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Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Hebreus 10:35 O DESPERTAR VITÓRIA • ES • SEGUNDA QUINZENA DE MAIO • 2013 • Nº 237 COZINHA EVANGÉLICA CINEMA Conheça a influência da igreja cristã nos meios de comunicação Star Trek: Além da Escuridão, continuidade vale o incresso Pg 06 Pg 13 Pg 07 ENTREVISTA CULTURA André Valadão fala sobre a experiência de lançar seu novo cd Rubem Braga: exposição revela vida e obra Pg 14 Pg 04 09 Espírito Santo no Brasil Sabor 2013 esbanja criatividade 478 ANOS DE HISTÓRIA Descubra como começou a história do Estado em sua Vila mais antiga e suas transformações econômicas e sociais Vila Velha CADERNO ESPECIAL

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Page 1: O Despertar 237

Não rejeiteis, pois, a vossa confi ança, que tem grande e avultado galardão. Hebreus 10:35

O DESPERTARVITÓRIA • ES • SEGUNDA QUINZENA DE MAIO • 2013 • Nº 237

CoZINHA EVANGÉLICA

CINEMA

Conheça a influência da igreja cristã nos meios de comunicação

Star trek:Além da Escuridão, continuidade vale o incresso

Pg 06 Pg 13

Pg 07

ENTREVISTA

CULTURA

André Valadão fala sobre a experiência de lançar seu novo cd

Rubem Braga: exposição revela vida e obra

Pg 14

Pg 04

09

Espírito Santo no Brasil Sabor 2013 esbanja criatividade

478 aNos de HistÓriaDescubra como começou a história do Estado em sua Vila mais antiga e suas transformações econômicas e sociais

sobre a experiência de

Pg 14

Vila VelhaCADERNO ESPECIAL

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Vitória, segunda quinzena de maio2 EDIToR

EXPEDIENTEO DESPERTAReditorial

Edição nº237

Não rejeiteis, pois, a vossa confi ança, que tem grande e avultado galardão. Hebreus 10:35

O DESPERTARVITÓRIA • ES • SEGUNDA QUINZENA DE MAIO • 2013 • Nº 237

COZINHA EVANGÉLICA

CINEMA

Conheça a influência da igreja cristã nos meios de comunicação

Star Trek:Além da Escuridão, continuidade vale o incresso

Pg 06 Pg 13

Pg 07

ENTREVISTA

CULTURA

André Valadão fala sobre a experiência de lançar seu novo cd

Rubem Braga: exposição revela vida e obra

Pg 14

Pg 04

09

Espírito Santo no Brasil Sabor 2013 esbanja criatividade

478 ANOS DE HISTÓRIADescubra como começou a história do Estado em sua Vila mais antiga e suas transformações econômicas e sociais

sobre a experiência de

Pg 14

Vila VelhaCADERNO ESPECIAL

Diretor Geral

Miguel Sabarense

Diretora Comercial

Aldeny Mendes da Silva Sabarense

Jornalista Responsável

Ronaldo Montalvão

Colaboradores

Secom-Governo do Estado

Agência Brasil

Secom-Prefeitura de VItória

Secretaria de Turismo

Cronista desta edição

Pr. José Wellington

Diagramação e criação

Michel Sabarense

Contato Comercial:

(027) 3222-0588

(027) 9309-7627

(027) 8888-4636

E-mail:

[email protected]

As matérias assinadas são de responsabilidadede seus autores

Praça Francisco Teixeira da Cruz, 16 Sala 1205 • Ed. Navemar

Centro Vitória/ES • Cep: 29010-210

A análise dos atuais desafi os relacionados à presença do Brasil na América do Sul, e mais amplamente na América Latina,

benefi cia-se de considerações históricas que escla-recem o pano de fundo da singularidade brasileira na região. Nosso processo de independência fez do Brasil um Império em meio a Repúblicas, o dife-rente na região em matéria de regimes políticos.

O diferente era também o de um Estado com grande massa territorial e uma população de língua portuguesa que permaneceu unida num só Estado. Em contraste, o mundo hispânico, de fala castelhana, fragmentou-se em vários países nos processos da independência.

A manutenção da unidade nacional foi o grande e bem-sucedido objetivo do Brasil Império e o seu legado para o País. A construção desse legado fez, no século 19, da política interna e da política externa as duas faces de uma mesma moeda: a da consolidação do Estado brasileiro numa região instável e centrífuga.

A República preservou a herança do Império e, graças à obra de Rio Branco, foram dirimi-dos, pelo Direito e pela diplomacia, os temas pendentes de fronteiras. Equacionou-se assim o primeiro item da agenda da política externa de um Estado independente, o da clareza quanto ao que é “interno” ao País e o que a ele é “externo”. O Brasil é raro caso de país com abrangente vizinhança sem contenciosos territoriais.

Desses elementos defl uem desdobramentos que podem ser considerados “forças profundas” da visão brasileira sobre sua presença na região e no mundo. Primeiro, um nacionalismo voltado para dentro, não para fora, preocupado e dedicado ao desenvolvimento do grande espaço nacional. Segundo, um interesse específi co em contribuir para a paz e o progresso na América Latina, com ênfase na América do Sul. Terceiro, a aspiração, com o lastro de um país consolidado e de escala continental, de ter presença na defi nição das regras de funcionamento do sistema internacional.

Essa leitura, com ajustes e mudanças em fun-ção das transformações internas e externas, explica a importância atribuída pelo Brasil ao entendimento com os vizinhos e à cooperação latino-americana, que teve novo impulso com os processos de redemocratização no Cone Sul no contexto do fi m da guerra fria. Isso trouxe signifi cativa aproximação entre Argentina e Bra-sil, levou ao Mercosul, induziu a uma tentativa de integração energética de gás com a Bolívia e chegou, por iniciativa do presidente Fernando Henrique Cardoso, à inédita reunião em 2000 de

todos os países da América do Sul, que propiciou o IRSA, conjunto de projetos de integração logís-tica, energética e de infraestrutura para fazer a melhor economia da nossa geografi a comum.

Isso tudo mudou nestes últimos dez anos - os dez anos do governo do PT -, de maneira que os caminhos anteriores não dão resposta aos problemas do presente. De certo modo, creio que se confi gura, em novos moldes, a singularidade do Brasil na região e no mundo.

O Brasil é hoje, mais do que antes, um ator global, com um patamar no mundo distinto de outros países da nossa região. O eixo regional tornou-se mais assimétrico. São maiores as expectativas dos vizinhos quanto ao papel do País na sustentabi-lidade de cooperação. Também são maiores os desafi os relacionados às ambições do Brasil num mundo multipolar fragmentado, com tendências centrífugas e muitas tensões de hegemonia.

A fragmentação alcança nossa região, que se tornou mais heterogênea nas suas visões da economia e da política. Nas instâncias de con-certação política e nos processos de integração não ocorrem apenas os naturais confl itos de interesses, mas múltiplos confl itos de concepção, até sobre o valor da democracia e dos direitos humanos. Esses confl itos de concepção explicam a perda do impulso original do Mercosul, que se “aladifi ca”, ou seja, torna-se um mecanismo de cooperação que deixou de ter o foco de uma dimensão transformadora, voltada para lidar com um mundo globalizado. A visão dos países com tendências economicamente liberalizantes que integram a Aliança do Pacífi co (Chile, Peru, Colômbia, México) contrasta com a dos boliva-rianos, de discutíveis credenciais democráticas e orientação estatizante nacionalista (Venezuela, Equador, Bolívia). Ora, o Brasil não se enquadra em nenhuma dessas concepções: não é libera-lizante à moda da Aliança do Pacífi co nem é bolivariano; e a Argentina, com seus problemas internos, imobiliza, no Mercosul, a nossa ação externa comercial.

Um grafi te recente num país latino-americano dizia: “Cuando teníamos las respuestas nos cam-biaran las preguntas”. Mudaram as perguntas relacionadas ao como melhor conduzir de forma cooperativa nossa inserção na América do Sul. Falta ao governo brasileiro não só uma nova e necessária visão estratégica apta a lidar com a nossa singularidade, agravada por um processo decisório fragmentário que, à deriva, reitera res-postas inadequadas e tópicas para uma realidade que mudou.

BRASIl NA AMÉRICA DO SUl

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Vitória, segunda quinzena de maio 3

D entro da proposta da Gestão Compar-tilhada, o prefeito de

Vitória, Luciano Rezende, fez uma visita às obras da praça de Eucalipto. Ele conversou com frequentadores do local, ouviu as reivindicações do presidente da Associação de Moradores de Maruípe, Aguinaldo Fritoli Vieira, do vice-presidente da Associação de Jogadores de Bocha, Elcide Costa Silva, e conversou ainda com pacien-tes do Hospital Santa Rita de Cássia que vieram do interior do Estado para se consultar em Vitória.

Vários pontos foram obser-vados pelo prefeito, como melhoria da iluminação da praça, reforma do ponto de táxi e dos banheiros do local, entre outros itens. Luciano pediu aos secretários que o acompanha-vam na visita que mantenham equipes de Abordagem de Rua e agentes da Guarda Municipal na região.

“Estamos visitando todas as regiões da cidade. A praça de Eucalipto é um local muito desgastado, com problemas de reforma, com moradores de

rua e usuários de drogas. Mas nós estamos tratando de uma forma humana e carinhosa esses casos utilizando o Con-sultório na Rua e as abordagens em vários locais da cidade. Essa é uma ação cuidadosa e perma-nente da Prefeitura de Vitória”, disse o prefeito.

Luciano destacou a impor-tância de interagir “in loco”, no espírito do Gabinete Itinerante e da Gestão Compartilhada, para ir avançando nas questões importantes da cidade.

Gestão CompartilhadaUma das marcas da atual

administração de Vitória é a Gestão Compartilhada, uma iniciativa fundamental na construção de uma cidade com qualidade de vida para todos. O modelo tem o objetivo de envolver a população nas esco-lhas das ações da Prefeitura e permite buscar problemas reais das comunidades e soluções efetivas.

A Gestão Compartilhada também facilita a elaboração do Planejamento Estratégico da Prefeitura, porque aponta as necessidades dos moradores da

cidade e seu nível da urgência. A Prefeitura tem um plano de ações até 2016.

“Essa é uma praça muito frequentada e precisa de uma melhoria. Tanto que as obras

já começaram”, informou Luciano, acrescentando que a atual administração já está mudando essa realidade em Vitória.

Centro esportivo de Goiabeiras

Da praça de Eucalipto, Luciano seguiu para a praci-nha do Bairro da Penha, onde também fiscalizou de perto o trabalho que está sendo feito lá. Em seguida, Luciano foi para

a Grande Goiabeiras, onde está sendo construído um centro esportivo para atender a comu-nidade. O campo de futebol já recebeu a grama sintética e deverá ser aberto aos moradores em breve.

O complexo será finalizado em junho de 2014 e contará com campo de futebol, quadra polies-portiva, centro de convivência para a terceira idade, academia popular, praça, estacionamento e área de caminhada.

CIDADES

EXPEDIENTEO DESPERTAR Obras em Vitória são visitadas

FATO&foto

Um dia antes de encerrar a campanha de vacinação contra a gripe, o Espírito Santo registrou um total de 428.449 pessoas imunizadas, alcançando 76,6% da meta do Ministério da Saúde. Ainda faltava mais de 120 mil pessoas.

Vila Velha terá restinga recuperadaA Prefeitura de Vila Velha

assinou Termo de Cooperação Técnica com o Movimento Vida Nova Vila Velha (Movive) referente ao projeto Amigos da Restinga, criado em 2012. O projeto prevê a preservação e a manutenção da restinga. Aproximadamente um quilô-metro de vegetação receberá cercamento, sinalização e identificação das espécies. Paralelo a isto, haverá um tra-balho de educação ambiental nas escolas da rede municipal.

A ação inicia em áreas piloto localizadas na orla dos bairros Praia da Costa, Itapuã e Itapa-rica. Na oportunidade também será assinado Termo de Par-ceria com todas as entidades que participam do grupo. De

acordo com o Código Florestal a restinga é considerada Área de Preservação Permanente (APP), logo é responsabilidade de todos conter a degradação.

O projeto é uma parceria entre Prefeitura, Movive, Futura, Vale, Cesan, associação dos bairros Itaparica, Itapuã e Praia da Costa, Associação Preserve o Barra Sol de Body-boarding (APBB) e o Instituto Capixaba de Ciências e Admi-nistração (ICCA).

restinGaElas parecem simples plan-

tas na orla, mas tem funções importantes para o meio ambiente. Além de embelezar as praias, a restinga serve de contenção dos grãos de areia que incomodam moradores e resultam no aumento da demanda de limpeza pública. A vegetação é responsável por manter o nível da água no solo, preservando os nutrientes que flora e fauna deste ambiente precisam; evita a erosão cau-sada pelas chuvas; é refúgio para vida silvestre e é local de parada de aves migratórias. Esses e outros tantos bene-fícios fazem da restinga um ecossistema que precisa ser preservado.

A PRAÇA DE GOIABEIRAS JÁ GANHOU CENTRO ESPORTIVO E GRAMA SINTÉTICA

“ Estamos visitando todas as regiões da cidade.

A praça de Eucalipto é um local muito desgastado, com

problemas de reforma”

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Vitória, segunda quinzena de maio4

C ontinua em cartaz no Salão São Tiago, no Palá-cio Anchieta, a exposição

“Rubem Braga – O Fazendeiro do Ar”, uma homenagem ao centenário do cronista capixaba nascido em Cachoeiro do Itape-mirim. A mostra, com visitação gratuita, fi cará em Vitória até o dia 26 de maio, antes de seguir para São Paulo e Rio de Janeiro, e retornar para o Espírito Santo, desta vez, na Casa dos Bragas em Cachoeiro.

Uma das marcas da expo-sição é a interação e familiari-zação do público com textos, documentos, correspondências, desenhos, pinturas, fotografi as, objetos, depoimentos em vídeos e publicações sobre a vida e obra do escritor.

A estrutura da mostra será dividida em módulos temáti-cos: Capital Secreta do Mundo, Retratos, Redação, Guerra, Pas-sarinhos, Musa e Cobertura.

Nestes, serão abordados sua infância em Cachoeiro de Ita-pemirim, o dia a dia em jornais como redator, repórter político e também seu trabalho com as artes plásticas.

Cada um desses espaços terá uma concepção visual de modo a provocar no espectador a ideia de imersão no universo ali retratado. Assim, na sala Retratos, imagens do escritor, em diversas épocas de sua vida, ocupam uma parede.

Também farão parte da mostra vídeos com depoimen-tos de amigos próximos que conviveram com Rubem Braga,

como Ziraldo, Zuenir Ventura, Ana Maria Machado, Danuza Leão, Fernanda Montenegro, Lygia Marina, José Hugo Celi-dônio, dentre outros.

Rubem Braga morreu no Rio de Janeiro, em 19 de dezembro de 1990, aos 77 anos.

ConCepÇãoA curadoria da exposição

é de Joaquim Ferreira dos Santos – escritor, jornalista e cronista –, que mergulhou nos arquivos integralmente cedi-dos pela família de Rubem Braga para traçar o fascinante percurso da exposição. O pro-

jeto cenográfi co é de Felipe Tassara. A concepção e produ-ção do projeto são do Instituto de Inovação do Estado e da Sociedade (IIES), e a realiza-ção é do Governo do Espírito Santo. A exposição conta com a parceria do Instituto Sincades e com o apoio ins-

titucional da Fundação Casa Rui Barbosa e da Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim.

São patrocinadores da exposição o Banestes, a Sereng Engenharia e Consultoria Ltda., a Cotia Comércio Exterior e a Help Capacetes.

CIDADES

Exposição detalha vida de Rubem Braga

SERãO PARTE DA MOSTRA VÍDEOS DEPOIMENTOS DE AMIGOS PRóXIMOS COMO zIRAlDO, zUENIR VENTURA, ANA MARIA MACHADO, DANUzA lEãO, fERNANDA MONTENEGRO, lYGIA MARINA

EXPOSIÇãO “RUBEM BRAGA O fAzENDEIRO DO AR”

SERVIÇO:O quê: “Rubem Braga – O Fazendeiro do Ar”Visitação: Até o dia 26 de maio de 2013Local: Palácio Anchieta, Praça João Climaco s/n, Cidade Alta, Centro, VitóriaHorário: Terça a sexta-feira, das 8 horas às 18 horas e sábado, domingo e feriados, das 9 horas às 17 horas.Site da exposição: www.centenariorubembraga.com.brEntrada: gratuitaAgendamento de escolas: (27) 3636-1032 / [email protected] a sexta-feira, das 08 horas às 18 horas.

DE MAIO, SERÁ O ÚLTIMO DIA DE

EXPOSIÇÃO ANTES DE IR PARA SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO

26

Page 5: O Despertar 237

Vitória, segunda quinzena de maio 5CIDADES

E squeça os tempos de inflação alta e insegurança econô-

mica, quando trabalhar em uma empresa com carteira assinada era praticamente a única alternativa conside-rada segura para a maioria da população brasileira. O perfi l da economia mudou e, atualmente, quase 44% dos brasileiros sonham em ter o próprio negócio, frente aos 25% que almejam seguir carreira como empregado em uma empresa. Os dados constam na pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2012 (GEM), realizada pelo Sebrae em parceria com o Ins-

tituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).

“O Brasil vive a plena expan-são do mercado interno e a ascensão da classe média, que desponta com grande poder de consumo e também empreende em setores diver-sos. Nos últimos dez anos, as mudanças na legislação tam-bém favoreceram o ambiente empreendedor no país”, ana-lisa o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. Ele cita como exemplos o surgimento da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, do Supersimples – que reduz em média 40% da carga tributária dos pequenos negócios – e a criação do Micro-

empreendedor Individual, que permite a formalização de negócios que faturam até R$ 60 mil por ano. “O brasileiro está mais escolarizado e passou a abrir empresa por identifi car uma demanda de negócio. É muito diferente do cenário há alguns anos, quando a pessoa abria empresa ao fi car desem-pregada e não encontrar outra alternativa”, completa.

Atualmente, quase 70% dos empreendedores abrem um negócio por oportunidade. Em 2002, o índice dos que empreendiam motivados pela identifi cação de uma chance no mercado empresarial era de 42,4%. O dinamismo da eco-

nomia brasileira nos últimos dez anos, com o aquecimento do mercado de trabalho e a melhora do grau de escolari-dade dos brasileiros, passaram a promover o empreendedo-rismo como uma alternativa de ocupação e renda aos bra-sileiros em todas as regiões do país. “O empreendedorismo hoje tem mais qualidade por-que cresce justamente em um

momento em que o nível de emprego está bastante alto”, completa Barretto.

A pesquisa GEM aponta ainda que a escolaridade está melhorando entre as empresas iniciais. Enquanto que nos negó-cios com mais de 3,5 anos de existência 30% dos empresários têm o Ensino Médio completo, nas empresas novas o índice corresponde a 37%.

Mais de 40% dos brasileiros quer ter próprio negócio

Sidney Martins abriu o seu negócio e já conseguiu aumentar as vendas em 20% após aceitar o cartão como pagamento

Bernardo Rebello/ASN

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Vitória, segunda quinzena de maio6

S egue até o próximo dia 31 o festival gastronô-mico Brasil Sabor que

reúne 42 restaurantes de nove municípios do Espírito Santo. As receitas inovadoras com o gostinho especial do tempero capixaba são as estrelas da oitava edição que conta com o patrocínio do Governo do Estado, por meio da Secre-taria de Turismo (Setur) e co-patrocínio da Prefeitura Municipal de Vitória.

O Brasil Sabor é uma rea-lização da Associação Brasi-leira de Bares e Restaurantes (Abrasel), com organização regional do Sindbares. A infl uência da cozinha inter-nacional e a criatividade dos chefs garantem um sabor singular às receitas.

Inspiradas na gastronomia regional as delicias vão desde frutos do mar a carnes, aves e massas. Na Grande Vitória, participam 16 restaurantes da Capital, 17 de Vila Velha, um de Cariacica e um de Guarapari. Já no interior, as opções estão em São Mateus, Anchieta, Domingos Martins, Cachoeiro de Itapemirim e Colatina.

No site oficial do evento (http://www.brasilsabor.com.br) e na página do festival no Facebook (brasilsabor.es) é pos-sível acessar a lista completa dos participantes, conferir curiosidades gastronômicas

e fi car por dentro das últimas novidades do Brasil Sabor.

A edição deste ano man-tém a tradição fi lantrópica do festival. Os clientes podem acrescentar R$ 5,00 à conta e contribuir com a Sociedade de Assistência à Velhice Desamparada (Asilo de Vitória), localizada em Ilha de Monte Belo, Vitória.

O valor é opcional e dá direito a um livro de receitas ou a um avental do evento. No entanto, quem quiser partici-par deve se apressar, já que o número de brindes é limitado.

prÊmio

Além de se deliciar com receitas exclusivas, os clientes ainda podem ganhar uma via-

gem de quatro noites (de 10 a 14/09/2013) para o Peru, com direito a acompanhante, para participar da Mistura - Feira Gastronômica Internacional de Lima. Basta consumir um dos pratos inscritos no festi-val, preencher um cupom e depositá-lo na urna do esta-belecimento visitado.

O sorteio será no dia 17 de

junho, na sede do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares), em Vitória. O resultado será divulgado no portal da entidade (www.sin-dbares.com.br), na mesma data, às 17 horas. Já o garçom que atendeu o cliente sorte-ado vai ganhar uma TV de LED 40”.

CIDADES

Brasil Sabor até 31 de maio

Carré de Cordeiro a moda - Carré de cordeiro , acompanhado de risoto de champignon e legumes cozidos, salteados na manteiga

Contra fi lé recheado e creme de aipim. - Um ar caipira do nosso Brasil com as técnicas européias da gastronomia

Mimo da Chef - Badejo com camarão ao molho citrico, acompanha arroz de champignon com legumes salteados na manteiga com ervas fi nas

Mineiro Ligth - Filet de peixe, arroz com brócolis e salada de cenoura, tomate e palmito.

Pesquisadores do ES apresentam projetos de excelência em Seminário

Jazz e Bossa em Santa Teresa

Após cerca de 30 meses de estudos em desenvolvimento, chegou a hora dos pesquisado-res de Instituições de Ensino e Pesquisa do Espírito Santo, contemplados com recursos fi nanceiros para desenvolvi-mento dos trabalhos, apre-sentarem os resultados fi nais das suas pesquisas. As apre-sentações terão início nesta

segunda-feira (20) durante o Seminário de Avaliação e Acompanhamento do Pro-grama de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex).

O Seminário do Pronex é uma das etapas finais de avaliação de pesquisas desenvolvidas por grupos de excelência do Espírito Santo, selecionados em três editais

conjuntos entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O evento contará com a presença de seis consultores especialistas de Instituições do Brasil e representantes do CNPq, que avaliarão as metas alcançadas.

Realizado pela primeira vez em 2012, o Festival Internacio-nal de Jazz & Bossa de Santa Teresa terá sua segunda edi-ção realizada nos próximos dias 24, 25 e 26 de maio, no Centro de Eventos da Cidade. O evento tem o apoio da Facul-dade de Música do Espírito Santo (Fames) e levará ao palco três grupos ofi ciais da instituição. A programação contará com atrações capi-

xabas, nacionais e interna-cionais.

Uma das novidades na pro-gramação deste ano são as apre-sentações no horário de almoço no sábado. Quem estiver em Santa Teresa poderá almoçar na praça de alimentação ao som de Roberto Menescal e Derico.

A programação do Festival Internacional de Jazz & Bossa de Santa Teresa 2013 terá 13 shows ao longo dos três dias.

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7Vitória, segunda quinzena de maio CINEMA

A pr imeira perg unt a que se escuta ao fi nal de uma continuação

é “supera o primeiro?” Além da Escuridão - Star Trek, sequência do inteligente reboot da série de 2009, é tão excelente quanto - e segue entregando exatamente o que se espera dessa nova série: camarada-gem, excelente desenvolvimentos de personagens, desafi os maiores e ação surpreendente.

O reinício de J.J.Abrams pode até

pecar em dar uma “ajudinha” ao público em certos momentos, com a insegurança gerada pelo olho opressor do estúdio, que precisa ver a série deixar seu status de cult e fi nalmente desabrochar para o abrangente mainstream. Jornada nas Estrelas, afi nal, nunca foi uma grande geradora de dinheiro, mas sim de paixões. Converter essa paixão em bilheteria - e consecuti-vamente dar sobrevida à série - é o papel da produtora Bad Robot... e

depois de um brilhante primeiro fi lme, que não empolgou o público fora dos EUA, acredito que fi nal-mente chegou a hora de Star Trek brilhar.

Cumberbatch está aterrorizante em momentos, absolutamente lúcido em outros e fascinante o tempo todo. Ele é o vilão que Nero (Eric Bana) não conseguiu ser no primeiro - e suas motivações e reve-lações devem arrancar aplausos dos fãs. Eu aplaudi, sem vergonha.

ALÉM DA ESCURIDÃO star treK

Vila VVVeellhaa,, o primeeiiiirrrro ppeeddaço ddoo nosso Estado. VViila Vellhhhhaa,, oo pprimeiro pedaço doo nnosso Estaddo.

Aquuii nnaassceeu o Esppíííírrrriiiittttoooo SSanttoo.Aquui nnaasceeu o Esppíííírrriiiittttoooo SSanttoo.

HááHH 44787887 aaanon ss, uuum mm pepep dacicicic nhnn o dododo BBraasis ll, ccchahah madodooo EEEspps írí ito o Santtto,o,o, fffoioi ddesscocoberto. Nascicicicia a Vila Vellhha, uma cic dade que apaixona à prprimim ieira

viviststts a:a praraaiaaias s deded bbbelelelezza aa ses m m m, rriqqiquuezazas nanaatutut rais eee hhhhisisistótót riir cacas, tememmpeeperoro e ssaba or para toododod s os gostoss, gentete de luta e de fé, com ororgulho

dede serer ccccanelela-a-veev rddr e e ououou ddde ee ter r esesese colhlhididdi o o essse lllugugugugugar para a viivivevev r. UUma ccididididaddadada e e ccom m ingredienttesese pperfeitos ppara cocontn inuar sendo irresisttíví el.

dan

za

Page 8: O Despertar 237

Vitória, segunda quinzena de maio8 PoLÍTICA

S egue até o próximo dia 31 o festival gastronô-mico Brasil Sabor que

reúne 42 restaurantes de nove municípios do Espírito Santo. As receitas inovadoras com o gostinho especial do tempero capixaba são as estrelas da oitava edição que conta com o patrocínio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo (Setur) e co-patro-cínio da Prefeitura Municipal de Vitória.

Gustavo De Biase, ex-candi-dato a prefeito de Vitória, está oferecendo apoio à ex-senadora Heloísa Helena e à ex-ministra Marina Silva para consolidar o

lançamento do novo partido, o Rede Sustentabilidade. Pela legislação em vigor, a consoli-dação exige 500 mil assinaturas de apoio, em todo o Brasil.

A contribuição para a forma-ção do novo partido decorreu de um encontro com a ex-senadora Heloísa Helena, em Brasília, durante o encontro que marcou a criação do Rede de Susten-tabilidade. “Saí do encontro convencido da importância dessa alternativa para a socie-dade brasileira e capixaba. Dessa forma, entendo como responsabilidade contribuir para a difícil tarefa de coleta das 500 mil assinaturas necessárias

para viabilizar a Rede junto ao TSE “, explicou De Biase.

evanGÉliCo

O jovem ex-candidato a pre-feito de Vitória (ES) se sente a vontade com as duas ex-sena-doras. Assim como Marina Silva e Heloísa Helena, Gustavo De Biase é também evangélico.

nova forma de faZer polÍtiCa

O ex-candidato a prefeito de Vitória não teme em declarar que ajudará na construção do que denomina de “um importante e ousado projeto, que busca a horizontalidade, a

importância do meio ambiente, a defesa de uma nova forma de se fazer política”. Para Gustavo De Biase, construir o novo é sempre difícil, porém é muito melhor que a acomodação com velhas práticas. “É neces-sário ter coragem pra mudar a realidade. Defendo que, mais importante que construir um novo partido contra a velha política, é construir uma nova política contra os velhos parti-dos,” complementou.

A experiência política de

Gustavo De Biase foi cons-truída desde a adolescência, quando começou a ver de perto as diferenças sociais. “Iniciei minha caminhada com os Valentes Noturnos, na recuperação de dependentes químicos, há alguns anos, Foi quando tive contato com uma realidade injusta nas ruas e morros de Vitória, onde a população não tinha acesso às políticas públicas essenciais, por pura omissão de nossos representantes”.

De Biase e Marina juntos na Rede Sustentabilidade

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Vila VelhaCADERNO ESPECIAL478

23 de maio, um começo de história.

P ara muitos capixabas, 23 de maio é apenas mais um dia de folga. Mas a data vai mais além do que um simples feriado . Foi no dia 23 de maio

de 1535 que os portugueses, a bordo da caravela Glória, desembarcaram na Prainha, em Vila Velha, com a missão de colonizar a então Capitania do Espírito Santo.

Breve HistóricoEm 1534, o Rei de Portugal, Dom João III, decidiu dividir o Brasil em 15 Capitanias Hereditárias, assim chamadas porque seriam pedaços de terras governados

por capitães-mores e que passariam de pai para fi lho. A decisão procedeu da difi culdade de administrar o país e principalmente, pelos contrabandistas que roubavam o pau-brasil.Assim, em 1º de junho deste mesmo ano, o fidalgo Vasco Fernandes Coutinho recebeu por Carta de Doação e Carta Foral a Capitania do Espírito Santo. Após vender os seus bens, o donatário embarcou na caravela Glória, juntamente com outros colonizadores portugueses, no intuito de governar a capitania.

ANOS

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A “Capitania Undécima”, denominação precedente à chegada de Vasco Fer-

nandes Coutinho, por ser a décima primeira capitania, recebeu a deno-minação de Espírito Santo, devido à chegada do donatário no exato dia da festa de Pentecostes, conforme a tradição. No entanto, é bom lembrar que Coutinho também era natural de Alenquer, em Portugal, uma região de forte devoção regional ao Divino Espírito Santo. Não “seria o caso de questionar se essa devoção regional teria também infl uenciado a deci-são de Vasco Fernandes Coutinho quanto à escolha da denominação de sua capitania”, como homem religioso que era?

Vasco Fernandes Coutinho era um dos três fi lhos de Jorge de Melo e

D. Branca Coutinho. Sob o comendo de Afonso de Albuquerque, serviu em Goa, em Málaga e na China, ser-viço, por certo que lhe valeu a aqui-sição de uma quinta em Alenquer, propriedades em Santarém, além de “uma tença (Pensão) de trinta mil reais que recebia do Erário”, fato que lhe permitiria uma vida abastada e tranquila em Portugal. Patrimônio que alienou para tomar posse da capitania que lhe fora doada em 1534 pelo rei D. João III. Casado com D. Maria o Campo teve o casal dois fi lhos: Jorge de Melo e Martim Afonso de Melo, que não sobrevive-ram ao pai. Por isso a sucessão de Vasco Coutinho, fi lho havido com Ana Vaz.

Vista como um obstáculo imposto à colonização portuguesa, no iní-cio da fase colonial, toda a região capixaba era coberta por exuberante

fl oresta tropical que atingia cerca de 90% do atual território do Estado. Aliados à densa fl oresta, os rios enca-choeirados para o interior e o indí-gena adverso, pareciam completar o quadro considerado desfavorável à colonização. Sobretudo, se levarmos em consideração que a colonização brasileira tomou o aspecto de uma

verdadeira empresa comercial, desti-nada a explorar os recursos da terra descoberta, particularmente pela agricultura, cujos estímulos eram provenientes do exterior.

Na realidade, conforme Celso Furtado, na principal economia, a do açúcar, as condições do meio não permitiam pensar em pequenas unidades produtivas, como fora o caso das ilhas atlânticas de Portu-gal. O senhor de engenho, no Brasil, teve, desde o começo, que operar em escala relativamente grande. Assim sendo, não foram as características físicas e o silvícola hostil os fatores determinantes do insucesso inicial da capitania de Vasco Fernandes Coutinho. A localização geográfi ca excêntrica, a má administração nos primeiros tempos e a baixa capacidade de atração dos capitais disponíveis para o açúcar, talvez se posicionem melhor. O que impor-tava para a produção açucareira, na etapa inicial da colonização, conforme o mesmo Furtado, eram

O início do Espírito SantoVila Velha

“Nestes 478 anos de Vila Velha, o mandato do vereador Zé Nilton convida a população a refl etir sobre a história

do nosso município. Conhecer bem o passado de nossa cidade, nos ajuda a entender o presente. Quais são os grupos políticos que governaram nosso município? Há alternância no poder? Será que todos os cidadãos do município se sentem representados? As políticas adotadas por esses grupos benefi ciam a maioria da população ou privilegia uma camada em detrimento de outra? Questionar-se sobre a realidade em que vivemos é fundamental para compreendermos como chegamos até aqui. Qual é o papel da Câmara Municipal? Qual é a função dos vereadores? Neste aniversário de Vila

Velha, o mandato do vereador Zé Nilton propõe uma série de refl exões e questionamentos e convida todos os moradores a participarem efetivamente da construção do nosso município, intervindo nos processos de decisão. Um convite para construirmos juntos um mandato democrático, popular e participativo”.

Vereador Zé Nilton

A divisão portuguesa da capitania dos portos do Brasil

O município de Vila Velha depois de anos de história continua crescendo

Texto: Gabriel Bittencourt

Page 11: O Despertar 237

os equipamentos e a mão de obra europeia especializada, já que a terra era abundante e o trabalho indígena (depois substituído pelo africano, mais efi ciente) devia ser utilizado para a produção de alimentos da nova comunidade e nas tarefas não espe-cializadas; até que, uma vez instalado o engenho, pudesse fi car reduzida

a importação da mão de obra espe-cializada, mediante treinamento daqueles escravos que demonstras-sem habilidades manuais.

Esta economia escravista, que dependia quase exclusivamente da procura externa, e que deveria mul-tiplicar o capital nela imobilizado, terminou direcionada, em sua maior parte, para o Nordeste açucareiro que, desde cedo, pelas suas peculiarida-des e localização, atraiu os capitais disponíveis ao açúcar colonial.

Por sua vez, a despeito da conjun-tura favorável ao açúcar no Espírito Santo, como de resto das demais capitanias, a princípio, os pioneiros das terras capixabas não pareciam muito interessados na agricultura. As perspectivas de descobrimento e da exploração de minas de metais preciosos é que, parece, polarizavam as atenções. Talvez, por isso mesmo, conforme Varnhagen, o capitão donatário se fez acompanhar, na expedição pioneira, do espanhol Felipe Guillen, “homem de bastante

capacidade e engenho, e entendido em mineração e em tomar as alturas.” Foi a agricultura, porém, que possi-bilitou a colonização sistemática da Capitania.

As tentativas de penetração, no entanto, esbarraram em alguns obstáculos intransponíveis, entre estes os tapuias que, aliados a densa fl oresta tropical e os rios encacho-eirados, a poucas léguas do litoral, tornaram-se fatores impeditivos à interiorização.

Assim sendo, o açúcar terminou por tornar-se, como nas demais capitanias, a opção econômica mais viável. Nas várzeas recentemente desmatadas do Espírito Santo, a reduzida e heterogênea população branca conseguia sempre exceden-tes exportáveis de açúcar, como por exemplo, em torno de 1545, quando se estabeleceu um comércio trian-gular direto com Portugal e Angola, conforme José Teixeira de Oliveira. Contando, ainda, a Capitania, dez anos após a chegada de Coutinho, com a instalação de sete engenhos,

que chegaram a produzir cerca de mil arrobas anuais. Fato, aliás, justifi cativo, em 1550, da criação da Alfândega de Vitória para controle fi scal daquele triângulo comercial, conforme pode fi car deduzido do estudo de João Eurípedes Franklin Leal.

Este fl orescimento econômico ini-cial, conforme sabemos, teve duração efêmera, reduzindo-se a produção e suprimindo-se a navegação direta com a Metrópole. A incapacidade em conter os frequentes ataques indígenas, as discórdias constantes entre os colonos e a desorganização administrativa, são as causas que podem ser captadas na historiografi a tradicional, no sentido da difi culdade da manutenção de uma produção dinâmica ligada à economia tropical de exportação. Razão pela qual se desviou aquela corrente que com-preendia capitais e contingentes de população e da mão de obra para o Nordeste brasileiro, que melhor atraía os fatores de produção.

Contudo, o açúcar continuou

“ Desejo um feliz aniversario a minha cidade querida.onde contribuimos com o nosso trabalho para fazer

desse lugar, um lugar ainda melhor de se viver.Aproveito esta oportunidade para

agradecer a votaçao recebida pelo povo canela verde.

Coloco-me a disposiçao no meu gabinete para receber sua visita,sugestoes e propostas para sua comunidade”.

Vereador Osvaldo Maturano

“ Agradeço ao povo vilavelhense a confi ança em mim depositada atraves das urnas.

Neste momento histórico em que VilaVelha completa 478 anos, não só quero parabenizar o povo canela verde, como colocar-me e ao meu Gabinete à disposição de todos”.

Vereador Valdir do Restaurante

A resistência dos índios a colonização e exploração transformou a política e economia do Estado

A religião e o desenvolvimento se contrastam na paisagem de Vila Velha

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sendo, como na maioria das capi-tanias litorâneas, a opção mais viável de sobrevivência econômica. Afirmando Francisco Adolfo de Var-nhagen, o visconde de Porto Seguro, que o Espírito Santo, “privado dos braços dos índios, recebia os africa-nos, e por privilégio especial, não era obrigado a pagá-los a dinheiro, mas em açúcares”. José Teixeira de Oliveira reitera essa afirmação de Varnhagen quando descreve em seu livro que, no século XVI, por ocasião do pagamento do Dote da Infanta e do estabelecimento da Paz de Holanda, cuja contribuição anual da capitania, fora estipulada em mil cruzados, aconselhou-se aos governantes lançar o ônus sobre o pau-brasil e sobre o açúcar, por serem os principais produtos do Espírito Santo.

Assim, também, Gabriel Soares de Souza afirma (em 1587) estar a Capitania do Espírito Santo “refor-mada, com duas vilas, numa das quais está o mosteiro dos padres da companhia, e tem seus engenhos de açúcar e outras muitas fazendas”. Fato que só faz confirmar os dados favoráveis da economia do Espírito Santo, conforme podem ser captados nos fins do século XVI, quando da sucessão do primeiro donatário.

Curiosa, portanto, é a descrição do fim de Vasco Fernandes Coutinho, conforme Frei Vicente do Salvador (1564-1639?), que “acabou tão pobre-mente que chegou a lhe darem de comer pelo amor de Deus, e não sei se teve um lençol seu em que o amorta-lhassem”. Tanto mais se atentarmos para os dados da capitania nos fins do século XVI, quando da sucessão do primeiro donatário.

Sobretudo porque Vasco Fernan-des Coutinho, filho, teve condições de imprimir consideráveis medidas administrativas na capitania que coroam de êxito sua gestão. Êxito, por certo, consubstanciado na infraes-trutura jacente que lhe deixara o pai. Afirmando o padre Fernão Cardim em 1585: “Esta capitania do Espírito Santo é rica de gado e algodões. Tem seis engenhos de açúcar e muitas madeiras de cedros e paus de bál-samo. A vila é de Nossa Senhora da Vitória: terá mais de 150 vizinhos...”

Nessa ocasião, contava-se no Espírito Santo cerca de 180 colonos de origem europeia, portugueses em particular. Passando este número para 500 no século seguinte, acres-cido de onze mil indígenas acultu-rados (distribuídos, sobretudo, nos aldeamentos dos jesuítas de São João de Carapina, Nossa Senhora

da Assunção de Reritiba, Nossa Senhora da Conceição, na Serra, e Reis Magos, em Nova Almeida); população responsável pela produ-ção de 1500 arrobas anuais de açúcar, resultante dos seis engenhos aqui existentes. Este número, aparente-mente reduzido, considerando-se os engenhos de Pernambuco (66) e os da Bahia (36), avultava-se, porém, quando comparado com os de Ilhéus e Itamaracá (três engenhos cada), seguido da Paraíba, com apenas um, das 118 unidades produtivas de açúcar do Brasil.

Em 1627, quando falece o dona-tário Francisco de Aguiar Coutinho, a receita da Capitania, estipulada em 94$040 (noventa e quatro mil e quarenta réis), superava as de Ilhéus, Porto Seguro, São Vicente, Sergipe e Itamaracá. Não fosse a obra dos jesuítas, por certo, o Espírito Santo poderia ser aquilo que frei Vicente do Salvador deixa subentendido e Var-nhagen descreveu: “Uma capitania com tão boas terras, com um porto excelente, com rios navegáveis para o sertão” e completamente abando-nada por mais de três séculos.

No Espírito Santo, como nas demais capitanias, a todas essas dificuldades impostas à pequena propriedade, aqui, pode ficar acres-centado, com relevo, a agressividade das tribos indígenas que, desde os primórdios, não aceitaram, passiva-mente, a usurpação de suas terras, pondo os invasores portugueses em constante estado de alarme. Assim, conforme Caio Prado Júnior, “enquanto a grande unidade agrária, o grande domínio rural conta com numeroso contingente de escravos e agregados para defender dos ataques, os pequenos lavradores são presa fácil nas incursões dos bárbaros”.

Visto por outro ângulo, os pri-meiro europeus aqui aportados, conforme vimos muitos já vieram arrastados pela obsessão de riquezas

representadas pelos metais e pedras preciosas. Se existia minas no México e no Peru, no mesmo continente onde se localizava o Espírito Santo, por que não haveria as mesmas riquezas por aqui?

Por isso, inúmeras expedições internaram-se pelo sertão, incen-tivadas, algumas, pelos próprios donatários. Quase todas desbara-tadas pelos indígenas, sem qualquer êxito expressivo. Outras, conforme Gabriel Soares de Souza, partindo de Porto Seguro e Salvador, penetra-ram mais profundamente pelos rios Doce, Cricaré ou Mucuri, mas apenas algumas notícias trouxeram da exis-tência de riquezas minerais. Buscas infrutíferas, portanto, que retraíram as entradas até a descoberta efetiva de ouro em grandes quantidades, na área da depois Capitania de Minas Gerais, nos fins do século XVII.

Nesse contexto passou o século XVIII, com a capitania espremida nos limites litorâneos, tanto pela floresta indevassável, como pelas proibições dos governos metro-politanos. Administrativamente, permaneceu o Espírito Santo sob o governo dos capitães-mores, pre-postos da Coroa, como que transfor-mado em posto militar e isolado do crescimento regional. Essa situação adversa só será revertida na conjun-tura de transmigração da Corte, sobretudo com o redirecionamento da política joanina, preocupada em favorecer o povoamento e melhorar as comunicações.

Depois de exaustivos estudos, muitos realizados pelo próprio gover-nador, em agosto de 1814, inicia-se a construção da estrada para Minas, no escopo da ligação Vitória-Mariana e Vila Rica, na extensão de 72 léguas. Foi este, aliás, o mais importante empreendimento da metrópole portuguesa na capitania do Espírito Santo. Lamentavelmente, quando a fase cíclica da exploração predo-minante do ouro já havia passado.

Vila Velha

HISTóRIA PRESERVADA

A Casa da Memória é um imóvel construído no final do século XIX (datada em 1893). A edificação é situada em frente à Praça Tamandaré. Em 1989, o Museu Etnográfico de Vila Velha foi instalado na Casa da Memória. Seu acervo reúne a memória etnográfica do cidadão canela-verde, resgatando a história e memória do município e do Estado.

“ Vila Velha é um gigante adormecido que, neste momento, desperta para a sua grandiosidade e

importância. Quando falamos da história de Vila Velha, temos o costume de nos refugiar no passado do Espírito Santo. É nele que pensamos encontrar o seu começo e o seu fim. Mas na realidade, é o inverso: a história de Vila Velha começa hoje e continua amanhã. E cada capítulo terá a nossa participação”.

Vereador Ivan Carlini

“ Respeitamos muito a história do Espírito Santo, que começou

em Vila Velha. Mas minha maior preocupação agora é com o futuro, pois é onde passaremos a maior parte das nossas vidas”

Vereador Joel Rangel

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Vitória, segunda quinzena de maio

O pastor Márcio recebe, mensalmente, cente-nas de cartas vindas

de todos os cantos do mundo. Escritas à moda antiga – em papel – ou, à moda nova – pela Internet e seus derivados. É humanamente impossível res-ponder pessoalmente a todas, analisar detidamente cada história, mas orar por todos os remetentes é prática corrente da Igreja Batista da Igreja. Ora-ção é pilar da Igreja Batista da Lagoinha liturgia. Não há um culto em que não oramos pelos milhares de pedidos que são colocados no Cálice de Oração. Como incenso suave, as orações têm subido até o Senhor, que tem distribuído respostas que encheriam livros e livros com histórias abençoadas.

histórias surpreendentes

Atualmente, não só a TV, mas também o rádio, a Internet, as revistas, têm sido utilizados, cada vez mais, para comunicação do Evangelho. E muitos não sabem, mas utilizar estratégias de comunicação é atitude bíblica. Os Dez Mandamentos escritos em tábuas de pedras (Êxodo 31.18) foi uma forma de divulgação dos preceitos de Deus; para que o povo não se esquecesse. Em Habacuque 2.2, temos o verso considerado o primeiro outdoor da História: “Escreve a visão em tábuas, de forma bem

legível, para que até quem passe correndo possa lê-la.” Aliás, quando os Atletas de Cristo começaram a usar camisetas com mensagens bíblicas, fazer sinais cristãos após suas conquistas, eles estavam se aproveitando da televisão para divulgar o Evangelho dentro da visão de Habacuque.

De igual forma, as músicas contidas nos CDs e DVDs pregam o Evangelho. Quando um artista cristão se apresenta e as pessoas adquirem o seu produto, é uma porção da Palavra de Deus que será escutada, repetidas vezes. Asaph Borba, compositor que possui 72 CDs gravados, tem centenas de histórias de pessoas que foram abençoadas com suas músicas, inclusive, em prisões. Há alguns anos ele cantou numa prisão de segurança máxima em Charqueadas, RS. “Lá encontrei vários detentos já convertidos ao Evangelho, que cantavam minhas canções e as aprendiam por meio do rádio e da televisão. Ao final da reunião,

mais presos entregaram suas vidas para Jesus. Isto me leva a pensar o quanto as mídias são importantes para a difusão da Palavra de Deus e o quão importante é para eles a TV e o rádio”, conta o pastor. Em seu contato com os cubanos, Asaph percebeu a importância dos programas de rádio e televisão. “Cuba é bombardeada por programas de rádio e televisão oriundos dos EUA, México e Porto Rico. Um dia perguntei a um irmão egípcio como poderíamos evangelizar o Oriente Médio. Sem hesitar ele respondeu: ‘pelo ar’”, complementa Asaph.

palavras que transformam

Na edição de 10 de março, publicamos o testemunho de Francis e Luene Carvalho. Luene estava grávida e não aceitava isso, então queria abortar. Entretanto, quando veio visitar nossa igreja, Luene foi surpreendida ao receber a revista Atos Hoje com a seguinte

manchete de capa: “Diga não ao aborto”. Deus usou esse veículo para iniciar o resgate de uma vida. Revistas cristãs colocadas em salas de espera de consultórios médicos e odontológicos, empresas, salões de beleza etc, são ferramentas de promoção da fé em Deus. São sementes cujo resultado só saberemos na eternidade. Por isso, quando alguém despreza uma revista, um folheto, deixando-o parado num canto, jogado no lixo, está desperdiçando uma semente. Creia que Deus irá usar essa semente, por isso, semeie nossas revistas, nossa Rede Super e nosso site www.O Despertar. Eles têm feito diferença na vida das pessoas, como fez na vida de Paula Cristina.

Há algum tempo ele dirigia o programa chamado “Super livre” na Rádio Super FM. No programa existe um quadro chamado “Tô na Super”, em que o ouvinte liga para pedir uma música e é entrevistado rapidamente. Numa quinta-

feira, antes do Carnaval, uma mulher ligou e pediu uma música que ela havia ouvido pela primeira vez no dia anterior: “História escrita pelo dedo de Deus”, do Thalles. “Quando a música terminou, eu a entrevistei ao vivo. Quando perguntei qual igreja evangélica ela frequentava e como havia conhecido a Super FM, respondeu assim: ‘ontem eu estava muito chateada, então, resolvi mexer no rádio e, de repente, caiu nessa rádio. Eu prestei atenção na letra da música e Deus começou a falar comigo de uma maneira diferente. Então, eu disse a ela que o Espírito Santo estava fazendo com que as palavras das músicas chegassem diretamente ao seu coração”, conta o pastor Jean que, aproveitou para convidá-la a participar do culto na Lagoinha que aconteceria naquela noite. Ela recusou porque estaria viajando no dia seguinte, mas prometeu que viria na igreja assim que voltasse da viagem.

EVANGÉLICA

A influência do cristianismo nos meios de comunicaçãoTV, RÁDIO, SITE, REVISTA, CDS, DVDS, SãO AlGUNS DOS PRODUTOS UTIlIzADOS POR NOSSA IGREJA PARA CUMPRIR O “IDE” DO SENHOR E lEVAR O EVANGElHO ATÉ OS CONfINS DA TERRA

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Vitória, segunda quinzena de maio14 ENTREVISTA

C om 10 álbuns grava-dos, André Valadão se prepara para o seu mais novo CD,

“Fortaleza”. O álbum terá as presenças da irmã e líder do Ministério Diante do Trono, Ana Paula Valadão, e do cantor Thalles Roberto. “Fortaleza” conta com canções inéditas e também algumas regravações com nova roupagem. Algumas músicas do novo CD têm sido apresentadas à igreja durante o culto Fé, realizado às terças--feiras, na Igreja Batista da Lagoinha.

Durante entrevista, André contou que o disco está reche-ado de novidades e diz que não poupou esforços na ousadia. “Nunca fiz um disco tão bem elaborado”. A gravação está marcada para o dia 11 deste mês, no Aterro da Praia de Ira-cema, em Fortaleza (CE), mas você já pode conferir nesta entrevista o que “Fortaleza” reserva a você.

O Despertar: O que motivou você a escolher a cidade de Fortaleza para sua gravação? O nome do CD foi escolhido por causa da cidade ou vice-versa?

André Valadão: A minha motivação de gravar na cidade de Fortaleza vem desde a pri-meira vez que estive ali. Nunca vou me esquecer da reação que tive ao ver o Aterro da Praia de Iracema, confesso que já me vi ali cantando. E isso aconteceu há 12 anos. Sobre o nome não teria como ser outro; afinal, Fortaleza é um dos nomes de Deus, atributos da pessoa Dele para conosco.

O Despertar: Por que o tema “Fortaleza”?

André: O que tenho em meu coração é que já tem começado e será intensificada, cada vez mais, a perseguição contra a

Igreja de Cristo. Temos que nos firmar no Senhor, guardar o coração e saber que Ele é a nossa segurança, nossa forta-leza. As canções são ecléticas, nunca fiz um disco tão bem elaborado, arranjos ousados e em diversos estilos musicais. O mais especial da minha vida!

O Despertar: Gravar um CD tão longe de Minas é um desafio?

André: Desafio incrível. Foi realmente um passo de coragem e dependência de Deus. Desde o princípio, tive a certeza do cuidado do Senhor. As batalhas são muitas, mas não desanimo, pelo contrário, fui criado para vencer. Fomos formados para avançar e evan-gelizar, isso é a minha vida. Mas que é longe de BH é, isso é muito longe mesmo!

O Despertar: Thalles fará participação no seu

CD. Vocês já realizaram vários trabalhos juntos, como o último CD/DVD do “Uma História Escrita Pelo Dedo De Deus”. Ele foi um dos responsáveis por conduzir o louvor na festa surpresa do seu aniversário, e você teve uma importante participação no processo de salvação dele. Fale um pouco sobre essa ligação?

André: Eu e Thalles somos amigos, irmãos, antes de ele ser o que é hoje. A nossa histó-ria existe desde 1997. Ele é um filho, um amigo, um irmão, tudo o que fazemos juntos é muito verdadeiro e puro.

O Despertar: Teria como adiantar um pouco sobre a participação da Ana na gravação. Qual será a música?

André Valadão: A Ana é a

pessoa que Deus usou para me permitir ser e estar onde estou hoje. Ela faz parte da minha história, do meu ministério, ela me deixa pleno em Deus. A canção que vamos cantar será uma regravação, uma das mais especiais que já gravei até hoje.

O Despertar: Como é o processo de criação das músicas?

André: Meus músicos já estão comigo há oito anos. Somos família, temos uma ligação forte com uma unidade incrível. Este disco está sendo produzido pelo André Lafaete, que é o mais novo do grupo, foi o último a entrar, tem apenas 27 anos de idade, é membro da Lagoinha também e soube respeitar minhas ideias e ten-dências para o projeto. Todo o processo de criação com o Lafa-ete foi incrível, por eu tocar e compor praticamente tudo, foi mais importante para ele me

“NuNca fiz um disco tão bem elaborado”

ANDRÉ VALADão

Page 15: O Despertar 237

Vitória, segunda quinzena de maio 15ENTREVISTA

entender musicalmente. Tem uma música que é do Renato Laranjo, meu guitarrista, con-sidero uma das melhores do disco. Preparem-se.

O Despertar: Houve uma pequena mudança no estilo musical com a nova canção “Quero agradecer ao salvador”. Haverá novos ritmos no “Fortaleza”?

André: Tenho uma assina-tura vocal, tenho uma identi-dade musical, mas o amadure-cimento só vem com o tempo e a experiência. O que as pessoas vão experimentar neste CD/DVD Fortaleza será mais do

que já viveram comigo. É um tempo novo em minha vida, ministério e na música.

O Despertar: O que mudou no André do “Mais que abundante” para o “Fortaleza”?

André: Está mais velho, menos cabelo, mas com certeza mais feliz, reali-zado, convicto e maduro. As mudanças foram pra melhor, a abrangência e a tendência de um crescimento guardado por Deus é tudo. O André do MAIS QUE ABUNDANTE não conhecia o Brasil, hoje conheço a nossa nação e toco nos quatro cantos dela todo

ano. Conheço nosso povo, nossa cultura, nossa verdade.

O Despertar: O que o público pode esperar? Haverá novidades?

André: Muitas novidades. Já começa pela gravação ser à luz do dia, nada de noite! Começará por volta das 15h30 e fi nalizará às 18h15. As parti-cipações serão diferenciadas, o vídeo, a edição tudo novo e muito diferente.têm tanto ativismo e ainda assim não gastam tanto tempo com Deus! De qualquer forma, procuro guardar meu coração. Quero dar o meu máximo na obra do Senhor.

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