o despertar – 8215 – 30.04.2003

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COBRIAGEM – NIQUELAGEM CROMAGEM – ZINCAGEM SERRALHARIA CIVIL SOLDADURAS A ELECTROGÉNEO AUTOGÉNEO E ALUMÍNIO REPARAÇÃO DE JANTES EM FERRO E ALUMÍNIO INSTALAÇÕES PRÓPRIAS: RELVINHA Telef. e Fax: 239 825 294 3020-365 COIMBRA PORTE PAGO Rua Pedro Roxa, 27 a 31 3000-330 COIMBRA Tel. 239 85 27 10/11/12 Fax 239 85 27 19 Email: [email protected] Director: Artur Almeida e Sousa FUNDADO EM 1917 BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE Quarta feira 30 de Abril de 2003 Ano 86 N.º 8215 – 0,50 e Tintas Produtos e Equipamentos para Repintura Automóvel 2001 86 anos Segundo de dois cadernos especiais de aniversÆrio 86 anos Segundo de dois cadernos especiais de aniversÆrio Fernando Antunes, “governador civil com espírito de autarca” Praia fluvial de Torres do Mondego já é referência da região S. Paulo de Frades inicia construção de Centro Social em Junho Autarcas apelam a Durão para impedir rotura nos Covões PÆgina 3 Chanfana e negalhos em Miranda do Corvo até domingo Última pÆgina Feira de Artesanato de S. Martinho do Bispo garante continuidade Última pÆgina Hoje Aniversário da Filarmónica A Filarmónica União Taveirense co- memora hoje o seu 134.º aniversário.Vai realizar nesse sentido, a partir das 20.30 horas, na sua sede, um jantar come- morativo, que conta com um espectáculo de variedades com a Orquestra Ligeira e artistas convidados. A direcção da Filarmónica conta com a presença neste jantar do governador civil de Coimbra; da delegada da Cultura do Centro; do presidente, vice-presidente e do vereador da Cultura da Câmara de Coimbra; do representante da Federação das Filar- mónicas do Distrito; dos presidentes das Juntas de Freguesia de Taveiro e Ribeira de Frades; de vários empresários; sócios e amigos da Filarmónica. Medalha Dia da Mãe A Medalhística Lusatenas, de Fernan- do Simões Ribeiro, editou uma meda- lha comemorativa do Dia da Mãe. Esta medalha surge com o intuito de celebrar o Dia da Mãe e, simulta- neamente, de agradecer e manifestar a gratidão pelo carinho com que a Mãe acompanha o seu filho ao longo da sua caminhada. Apesar do Dia da Mãe ser só no próximo domingo, esta medalha pode ser adquirida na Rua Simões de Castro ou pode ser reservada através dos telefones 239 836 663 ou 917 610 716, do fax 239 820 601 ou do e-mail [email protected]. Lançamento de livro No auditório do Instituto Superior Bissaya Barreto, em Bencanta, é apresentado hoje, pelas 17 horas, o livro “Administrar a Freguesia”, da autoria de quatro técnicos da administração local. “Álcool” na AAC No terraço do edifício-sede da Associa- ção Académica de Coimbra (AAC) está patente a exposição fotográfica “Álcool”, uma mostra organizada pela direcção-geral da AAC com o apoio da Comissão Organizadora da Queima das Fitas/2003. Concurso de gastronomia Na Cantina das Químicas, junto ao auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, realiza-se hoje, pelas 16.30 horas, um concurso de gastronomia. Esta iniciativa integra-se na programa- ção cultural da Queima das Fitas 2003. Amanhã Serenata na Sé Velha À meia noite de hoje começa a Serenata Monumental nas escadas da Sé Velha. Esta Serenata marca o início da Queima das Fitas de 2003, o evento mais esperado pelos estudantes da Universidade de Coimbra. Devido ao feriado do 1.º de Maio, “O Despertar” não se publica na próxima sexta feira, dia 2 de Maio. O bi- -semanário de Coimbra reto- ma a sua periodicidade habi- tual na próxima quarta feira, dia 7.

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Versão integral da edição n.º 8215 do bi-semanário “O Despertar”, que se publica em Coimbra. Ao tempo dirigido por Artur Almeida e Sousa. Segundo de dois cadernos especiais de aniversário (86 anos). Jornal fundado em 1917. 30.04.2003. Para saber mais sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747 Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

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Page 1: O Despertar – 8215 – 30.04.2003

COBRIAGEM – NIQUELAGEMCROMAGEM – ZINCAGEM

SERRALHARIA CIVILSOLDADURAS A ELECTROGÉNEO

AUTOGÉNEO E ALUMÍNIOREPARAÇÃO DE JANTESEM FERRO E ALUMÍNIO

INSTALAÇÕES PRÓPRIAS:

RELVINHATelef. e Fax: 239 825 294

3020-365 COIMBRA

PORTE PAGO

Rua Pedro Roxa, 27 a 313000-330 COIMBRA

Tel. 239 85 27 10/11/12Fax 239 85 27 19

Email: [email protected]

Director: Artur Almeida e SousaFUNDADO EM 1917

BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE

Quarta feira • 30 de Abril de 2003 • Ano 86 • N.º 8215 – 0,50 e

TintasProdutos e Equipamentospara Repintura Automóvel

2001

86 anosSegundo de dois

cadernos especiaisde aniversário

86 anosSegundo de dois

cadernos especiaisde aniversário

Fernando Antunes, “governador civil com espírito de autarca”

Praia fluvial de Torres do Mondego já é referência da região

S. Paulo de Frades inicia construção de Centro Social em Junho

Autarcas apelama Durão para impedirrotura nos Covões

Página 3

Chanfana e negalhosem Miranda do Corvoaté domingo

Última página

Feira de Artesanatode S. Martinho do Bispogarante continuidade

Última página

Hoje

Aniversário da FilarmónicaA Filarmónica União Taveirense co-memora hoje o seu 134.º aniversário. Vairealizar nesse sentido, a partir das 20.30horas, na sua sede, um jantar come-morativo, que conta com um espectáculode variedades com a Orquestra Ligeira eartistas convidados. A direcção daFilarmónica conta com a presença nestejantar do governador civil de Coimbra;da delegada da Cultura do Centro; dopresidente, vice-presidente e do vereadorda Cultura da Câmara de Coimbra; dorepresentante da Federação das Filar-mónicas do Distrito; dos presidentes dasJuntas de Freguesia de Taveiro e Ribeirade Frades; de vários empresários; sóciose amigos da Filarmónica.

Medalha Dia da MãeA Medalhística Lusatenas, de Fernan-do Simões Ribeiro, editou uma meda-lha comemorativa do Dia da Mãe.Esta medalha surge com o intuito decelebrar o Dia da Mãe e, simulta-neamente, de agradecer e manifestar agratidão pelo carinho com que a Mãeacompanha o seu filho ao longo da suacaminhada. Apesar do Dia da Mãe sersó no próximo domingo, esta medalhapode ser adquirida na Rua Simões deCastro ou pode ser reservada atravésdos telefones 239 836 663 ou 917 610716, do fax 239 820 601 ou do [email protected].

Lançamento de livroNo auditório do Instituto SuperiorBissaya Barreto, em Bencanta, éapresentado hoje, pelas 17 horas, olivro “Administrar a Freguesia”, daautoria de quatro técnicos daadministração local.

“Álcool” na AACNo terraço do edifício-sede da Associa-ção Académica de Coimbra (AAC) estápatente a exposição fotográfica“Álcool”, uma mostra organizada peladirecção-geral da AAC com o apoioda Comissão Organizadora da Queimadas Fitas/2003.

Concurso de gastronomiaNa Cantina das Químicas, junto aoauditório da Reitoria da Universidadede Coimbra, realiza-se hoje, pelas 16.30horas, um concurso de gastronomia.Esta iniciativa integra-se na programa-ção cultural da Queima das Fitas 2003.

AmanhãSerenata na Sé VelhaÀ meia noite de hoje começa a SerenataMonumental nas escadas da Sé Velha.Esta Serenata marca o início daQueima das Fitas de 2003, o eventomais esperado pelos estudantes daUniversidade de Coimbra.

Devido ao feriado do 1.º deMaio, “O Despertar” não sepublica na próxima sextafeira, dia 2 de Maio. O bi--semanário de Coimbra reto-ma a sua periodicidade habi-tual na próxima quarta feira,dia 7.

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0/04/03

crónica ao acaso

Manuel Bontempo

opinião 2

Folclore da Vila de Pereira

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ADELINO MARTINS, LDA.O ORGULHO DE BEM SERVIR DESDE 1940

FUNERAIS � FLORES � TRASLADAÇÕES

SERVIÇO PERMANENTETelefs. 239 824 825 - 239 820 406

R. Corpo de Deus, 118-120 3000 COIMBRA

BI-SEMANÁRIO(Sai às quartas e sextas feiras)

Número de Registo 100117

Redacção e Administração:Rua Pedro Roxa, 7-1.ºTel. 239 85 27 10/11/12

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Oficinas Gráficas:Rua Pedro Roxa, 27 a 31

Tel. 239 85 27 10/11/12Fax 239 85 27 19

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Composição, Montagem eImpressão nas Oficinas

Gráficas de “O Despertar”Tiragem média no mês deMarço 17.500 Exemplares

Denominação Social:ANTÓNIO DE SOUSA (HERDEIROS), LDA.

Contrib. N.º 502 137 258 - Cap. Social: 7.481,97 EurosGerência:

Artur Almeida e Sousa; Lúcia Maria Sousa Correiae José Carlos Antunes

Culto e Cultura

Sé Velha, o monumento de Coimbra

Aguarela de LeiriaJoaquim Vieira(6)

Recordar os anos 30/40Electricistas daquela época

ZÉ AUGUSTOEra tradição, e ainda existe - mas não tão vulgar como naqueles tempos - , ascrianças levarem uma saca e baterem à porta dos habitantes das redondezaspara pedir bolinho.

Batiam, truz...truz..., e diziam: «ó tia dá bolinho!» Por vezes, e debrincadeira, algumas respondiam: «Com uma tranca no focinho!» Masgeralmente lá vinham umas passitas, castanhas, nozes, tremoços e por vezesuns bolitos que já eram feitos propositadamente para aquele dia. E assim,todos contentes, lá íamos prosseguindo na nossa colheita. Quase nuncaconseguíamos chegar a casa com a saca cheia, porque éramos sempre tentadosa ir comendo da carga. Certo dia, ao chegar ao cimo da Calçada do Bravo (anossa rua), resolvemos, no entusiasmo que nos era próprio, virar para osAndrinos (aldeia que dista dali cerca de um quilómetro), para continuar afazer o mesmo peditório. Quando lá batemos à primeira porta, começam aaparecer garotos daquela localidade pedindo para nos irmos embora. Tinhamrazão, aquele território não nos pertencia. Tentámos insistir, mas, quandonos começam a cair pedras por todo lado, e ah, pernas para que vos quero!Toca a fugir, e assim fomos perseguidos até ao cruzamento, corridos à pedrada.Por vezes, e depois de tanto tempo, conto com muita graça esta aventura dosmeus sete ou oito anos. Mal eu viria a saber que um destes perseguidores foium jovem que agora tem 82 anos, menos um que eu, que é o Zé Augusto, dequem vou falar. Evidentemente, já está mais que perdoado, e não fosse elebom rapaz.

Caracteriza-o a graciosidade do constante sorriso, que torna os seusolhos castanhos ainda mais pequenos. O pouco cabelo que ainda lhe restaera louro mas agora, com aquela idade, já está embranquecido. Não muitoalto, antes de meia estatura, um pouco forte e muito pacato, nasceu emAndrinos, freguesia de Pousos. Enamorou-se por uma menina de Pinheiros,freguesia de Marrazes, com quem viria a casar. Tanto um como outro, muitotrabalhadores, souberam orientar o casal que pertencia aos sogros. Destaunião nasceram duas filhas e um varão, todos da mesma têmpera dos pais.Digo isto com razão de causa: o filho ingressou na central eléctrica, onde,pelo seu bom comportamento, se tem conservado desde há muitos anos. Asfilhas, de porte impecável, não só em simpatia, como no trabalho e moral,são, desde há mais de 30 anos, minhas colaboradoras no comércio queexerço, revelando assim que todos eles aprenderam as boas lições dosprogenitores.

Onde hoje se encontra a firma Lubrigaz, existia a fábrica Nobre &Silva, Lda (de que era sócio o benemérito Joaquim Lúcio da Silva, que doouà cidade o actual cine-teatro), onde se fabricavam artigos de plástico, maispropriamente baquelite, mas naquele tempo ainda muito pouco variado,apenas rolhas para frascos e pouco mais. Ainda me lembro e muito bem: asmáquinas, todas manuais, requeriam um grande esforço do operário seumanipulador. Este colocava num molde (recipiente) o respectivo pó, puxavauma grande alavanca metálica, que por sua vez comprimia a entrada domolde (macho), esperava cerca de um minuto para o calor actuar e, ao toquede uma campainha, levantava novamente a alavanca e pronto, estava feitauma rolha.

Além das peças em baquelite, fabricavam também alpercatas para todosos tamanhos e idades. Estas eram compostas por: um piso em borracha e aparte de cima em tecido de cor cinzenta. Eram muito jeitosas e, para quemtinha pouco dinheiro, serviam muito bem. Eu e minha irmã ansiávamossempre pela chegada das festas da Senhora da Encarnação, pois sabíamosque íamos estrear umas sapatilhas destas e não só: um bibe ou uma blusa emtecido do mais barato, que era riscado ou chita.

Mais tarde a fábrica mudou-se para Queluz, e o Zé Augusto foiconvidado a ir para lá trabalhar. A grande parte dos empregados foram, masele entendeu por bem não ir. Conseguiu ingressar na central eléctrica, jádepois de casado, onde esteve mais de 40 anos. Assim, com a suareformazita, continuou a fazer os seus biscates com o cuidado que lhe erapróprio. A sua grande paixão é a caça, de tal forma que tanto o genro comoo neto apanharam o vício. Dada a sua idade, agora só os acompanha detempos a tempos.!

Uma das missões a cumprir, de que foi encarregado na central eléctrica,era o cuidado de dar corda ao relógio que accionava os projectores docastelo.

Esta a história do José Augusto dos Santos, de seu nome completo, quefelizmente ainda se encontra entre nós, submetido a esta tão prejudicialpoluição.

P.e João Evangelista

Escrevendo sobre a cultura dos povos,a utilidade dos monumentos e dosdocumentos, o historiógrafo e insigneMestre da língua portuguesa, que foio Cardeal Saraiva (1766-1845),estabeleceu, a partir da etimologia dosvocábulos esta curiosa comparação: odocumento vem de “docere”, ensinar;o monumento vem de “monere”,advertir, prevenir, chamar à atenção.

Assim, torna-se mais claro que omonumento se sobrepõe ao docu-mento, porque para além de ensinar,adverte e patenteia muitos conheci-mentos pluridisciplinares que osdocumentos guardam nos arquivospara os investigadores. “Os monu-mentos, dizia um prestigiado Mestrede Coimbra, são os órgãos mais úteisda memória colectiva; são os teste-munhos vivos das grandes civilizaçõese sempre foram e hão-de ser o maisseguro índice do valor cultural detodas elas.”

Foi dentro destas convicções queo Ciclo de conferências sobre Culto eCultura, impulsionado por um Con-selho Científico seleccionou as maissugestivas “admonições” da monu-mental Sé Velha. Bastante esquecida emal tratada, guarda vivas as lembran-ças do passado culto que aqui fezcultura e as cicatrizes dos que a de-negriram ao longo de oito séculos.

Mês a mês, honrando Coimbra ea sua cultura, vamos oferecendodurante este ano, à população e aosestudiosos, um digno contributocultural a partir do monumento que éa Sé Velha.

A boa afluência às duas confe-rências já realizadas, além de constituirum sinal de interesse pessoal, mostratambém como as gentes de Coimbraestimam e apreciam a sua velhaCatedral. Nem outra coisa seria deesperar. A maternidade espiritual criavínculos estáveis e duradoiros muitopara além do tempo, da arte ou das“modas” emergentes do pensar. E acultura é muito mais abrangente doque o espaço limitado das própriasexistências humanas.

Pode a cultura moderna tentarignorar o culto e marginalizá-lo nassuas manifestações, pode ambicionarapropriar-se dos monumentos religio-sos e configurá-los apenas como

espaço museológico ou simples audi-tórios, pode pensar erradamente que aFé e a prática do culto são questõesmeramente individuais e pode aindajulgar que o arranjo e o decoro dosimóveis destinados ao culto, se devepautar pelas simples conveniênciasturísticas… com tais critérios não seengrandecerá decisivamente.

Esta será também uma “admo-nição” dos monumentos religiosos.Para os crentes e para a Igreja, não háproblemas insolúveis. Se lhe tiraremos monumentos, refugiam-se emgrutas ou em estábulos, ou em cata-cumbas e transformam-nos em refúgiosde paz, de oração, e de silêncioscriativos de cultura.

A Sé Velha precisa de ser assumidacomo Monumento religioso pelos quedetém os meios económicos, técnicose políticos de intervenção, para podercontinuar a ser uma casa de Oração,um espaço de silêncio, o Mistério deDeus a viver no meio de nós. E nós,somos homens e mulheres, filhos ouafilhados de Coimbra, contribuintespara o erário público, com exigênciasnaturais de segurança, de abrigo, dealgum conforto. Um reposteiro ouanteparo decente, um aquecimentomínimo são entre outras, as exigênciasurgentes, urgentíssimas, que a Cultura,mesmo a cultura moderna, haveria defavorecer, pois os maiores obstáculospara a sua execução são apenas e só deordem burocrática.

Preza a Deus que os apelosculturais que ecoam nas abóbadas doMonumento encontrem eco nocoração dos responsáveis apaixonadospor Coimbra.

Há uma identidade narrativa nestestrinta e sete anos do Rancho Folcloreda Vila de Pereira resultado dumaorganização que vai buscar ao húmuspopular a sua essência e não se socorredas abstracções sistemáticas, de falsoouropel, onde fica o estudo do faciehumano de todo o Baixo Mondegoque constitui, um modelo da ligaçãointerpessoal, ser e objecto, ou seja, umcomunitarismo personalista quedistingue de verdade este RanchoFolclore dentro do país e no estran-geiro.

Reconhecido pelos seus mé-ritos originais - mesmo no âmbitopedagógico - a sua acção através dos37 anos de vida implica múltiplasactividades lúdicas e uma rigorosaconcepção subjacente no traje, naindumentária em sucessivos cicloshistóricos que, por si, corresponde aprofunda observação psicológica doestado da natureza, do homem, comoa sua acção fosse uma espécie decontrato social ou de levar ao mundoas mundividências desta vila histó-rica.

Há anos realizou-se em Coim-bra com suporte em Pereira a reuniãoda Federação Nacional de Folclore,

com palestras e conferências, nafaculdade de Letras e lembramos, poracaso, contacto com figuras gradasdeste campo cultural nesta vila, onde,relacionámo-nos, por agradáveismomentos com personalidades dacultura, da arte, do turismo, da festapopular com efeitos intencionaisprevisíveis, que é, o folclore, cujareunião contou com a presença, sebem nos recordamos, do dr. ManuelChaves e Castro e outras persona-lidades, na proximidade e recipro-cidade desta gente sempre aberta, opovo da Vila de Pereira, numa liçãode bem receber.

Também recordamos uma pa-lestra que fizemos no Celeiro dosCondes de Aveiro, sede deste Ranchoilustrada pela amizade e pelo amor,que sentimos por esta gente queafirma, a cada momento, a mediaçãoobrigatória do seu estatuto: a origi-nalidade e os tipos humanos na suaautenticidade.

Certa inserção do pensamentocontemporâneo não ofusca o enten-dimento íntimo dum folclore de raíze uma constante redescoberta oureinvenção dos moldes antigos numalinguagem correcta e duma sequêncianarrativa que acentua, cada vez mais,o prestígio deste Rancho Folclore dePereira.

Esta mística propaga-se de paispara filhos, ou netos, numa escola vivaque não se seduz por inovaçõessurrealistas ou de meros interessesmercantilistas que abastardam aautenticidade do nosso folclore.

Há, por tanto, uma potência emacto, a visão do folclore, a filosofiada festa rural em todo o seu esplendorque leva, não raro, a lusitanidade aoutros povos da Europa.

Historial longo pelo valorintrínseco esperamos noutra ocasiãotraçar duas linhas a preceito.

Para já os nossos parabéns pelo37.º aniversário, a delícia própria dosseus componentes, e fica a ideia míticado folclore do Baixo Mondegoreencontrado com extenso fulgor poreste insigne agrupamento, que provacom estoicismo e dever humano oubairrista, a densidade da nossa culturapopular.

Bem-haja, pois, o Rancho Fol-clore de Vila de Pereira, pelo vigor everdade, nas suas brilhantes actua-ções no país, pela Europa, por ondecalha, na expressão romantizada dastrovas de Coimbra, do Baixo Mon-dego, das modas, das cantigas emúsicas, no amor acrisolado queimpõe ao destino do Homem, que égente, e não uma mera interpretaçãofreudiana.

Page 3: O Despertar – 8215 – 30.04.2003

30/04/03

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FALECEU

Alberto FernandesAlberto Fernandes, 65

anos, pai da escritora e nossacolaboradora Cristina Henri-ques, faleceu no passado dia 12de Abril.

À sua filha Cristina Henri-ques, esposa, neta e restantefamília, o jornal “O Desper-tar” apresenta as mais sincerascondolências.

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Deputados preocupados com a situação vivida no CHC

Assembleia Municipal aprova propostapara evitar rupturas em hospitaisA Assembleia Municipal(AM) de Coimbra apelou naquinta feira à intervenção doprimeiro-ministro para quepossam ser evitadas rupturasno Centro Hospitalar deCoimbra (CHC) ao nível doquadro médico e de meios dediagnóstico e tratamento.

A proposta, apresentada pelocardiologista do CHC ArmandoGonsalves, deputado municipalsocialista e representante da AM noConselho Geral da instituição médica,foi aprovada por maioria com aabstenção do deputado do CDS/PP,Serpa Oliva.

Na proposta aprovada, ArmandoGonsalves lembra o compromissoassumido pelo presidente da Admi-nistração Regional de Saúde (ARS) doCentro, com o apoio da tutela de, em

Março de 2003, “abrir dois lugares doquadro no serviço de Cardiologia doCHC para evitar a sua eminente rupturae uma vaga de pediatria no HospitalPediátrico”.

O cardiologista propôs que aassembleia municipal aprovasse opedido de intervenção do primeiro--ministro “para desencadear e agilizar

as acções necessárias para evitar asrupturas eminentes por falta de pessoalmédico”, bem como dar o impulso“necessário para a resolução e calen-darização dos restantes problemas doCHC”.

Em declarações à agência Lusa,Serpa Oliva, ortopedista nos Hospitaisda Universidade de Coimbra (HUC),

contestou a proposta de ArmandoGonsalves considerando que aquelasquestões “devem ser resolvidas nosórgãos próprios, nomeadamente noconselho geral do hospital e nãolevadas ao primeiro-ministro”.

O deputado do CDS/PP defendeuainda que o problema do Pediátrico“que é realmente importante, não deveser misturado nesta proposta porquedá a impressão que se está a misturarduas questões quando a situação doPediátrico até está a ser resolvida”.

Já Mário Nogueira, deputadomunicipal da CDU, louvou a “per-sistência” de Armando Gonsalvesacerca dos problemas que afectam oCHC, “que não podem ser faladosinternamente, porque a população temde saber”, disse.

AM exige compensaçãopor perda de receitas da sisaA Assembleia Municipal de Coimbraaprovou ainda, por unanimidade, uma

moção em que manifesta o seu apoio àexigência da Associação Nacional deMunicípios Portugueses (ANMP) deas autarquias serem compensadas pelaperda de receitas devido à redução dasisa.

Na moção é também manifesta-da a “profunda preocupação” daAssembleia com as consequências, paraos municípios, da diminuição dereceitas provocada pela reforma datributação do património.

O presidente da Câmara, CarlosEncarnação, defendeu que, paraultrapassar esta divergência entreautarquias e governo, o Executivodeve conceder aos municípios apossibilidade de recurso ao crédito nomontante equivalente à perda dereceitas em 2003. “As autarquias jáestão a assumir a sua quota-parte deresponsabilidade no esforço nacionalde reconstrução das finanças públicas.Há estimativas orçamentais que têmde ser garantidas”, defendeu o autarcasocial democrata.

Contudo, Carlos Encarnaçãosalientou a “coragem do governo” emavançar com a reforma e preconizoutambém o termo do clima de “des-confiança permanente” entre Estado eautarquias.

A moção resultou da fusão deduas propostas apresentadas por JoãoSilva (PS) e João Paulo Barbosa deMelo (maioria (PSD/PP/PPM).

Coimbra 2003

Festa este ano pode dar ressaca em 2004O sociólogo ClaudinoFerreira teme que os efeitosde Coimbra 2003 se sintamapenas durante este ano,transformando a cidadenuma festa, mas não deixemraízes para o futuro eproduzam um ambiente deressaca em 2004.

“Independentemente da qualida-de da programação, pode ser poucomais do que um ano muito preenchido.Acho isto positivo, mas não cheganuma cidade que anda há vários anosa discutir o que vai fazer e, quandotem uma oportunidade única, perde--a”, adiantou o investigador à agênciaLusa, três meses volvidos após ainauguração oficial da Coimbra 2003

- Capital Nacional da Cultura (CCNC),que se completaram na quinta feira.

Na opinião do sociólogo - ligado,no Centro de Estudos Sociais (CES)da Universidade de Coimbra, aoNúcleo de Estudos sobre Cidades eCulturas Urbanas - a comparação comgrandes eventos como o Porto 2001ou a Expo 98 ou outros idênticosadoptados noutras cidades da Europa,“sem objectivos e uma estratégia bemdelineados, acaba por se perder numafesta de um ano e até terá um efeito deressaca”.

“Em 2004, a produção culturalcairá. Se calhar, estamos a fazer umasangria este ano, porque não se geraramcondições para dar continuidade aosprojectos. Era uma oportunidade únicapara criar raízes”, adiantou ClaudinoFerreira, que tem estudado grandeseventos deste tipo e prepara a sua tesede doutoramento sobre a Expo 98.

O risco de que ao “clima de festa”este ano se suceda um refluxo em 2004é algo que também preocupa opresidente de Coimbra 2003, AbílioHernandez, ressalvando, contudo, que,numa Capital Nacional, o perigo deressaca é menor do que numa CapitalEuropeia.

“Tenho confiança que os par-ceiros da CCNC - cuja respon-sabilidade não se esvai com a Capital- e a própria cidade assegurem umconjunto de eventos que mantenhamuma dinâmica cultural adequada em2004”, sustentou Abílio Hernandezem declarações à Lusa.

Eventos como o festival Percur-sos, o Jazz ao Centro ou a I FeiraInternacional do Património Histórico,

são apontados por este responsávelcomo exemplos que vão perdurar,mesmo após o desfecho de Coimbra2003.

Primeira Capital da Cultura“não vai criar história”

Albano Silva Pereira, director dosEncontros de Fotografia de Coimbra eresponsável do Centro de Artes Visuais,recentemente inaugurado, manifestou--se “profundamente apreensivo” rela-tivamente à lógica de uma Capital queperdurasse, considerando que aprogramação peca por “falta deousadia”.

As prioridades, na sua pers-pectiva, deviam incidir nos equipa-mentos e nas instituições da cidadecom “potencial nacional e interna-cional”.

“Era uma homenagem, era justoe politicamente imprescindível. Nãome parece que tenha sido feito, ou sefoi, a aposta foi deficiente”, sublinhouo director dos emblemáticos Encontrosde Fotografia, que entende que omodelo da primeira CNC “não vai criarhistória”.

Na sua perspectiva, a progra-mação, “com excepção do teatro e dasexposições” produzidas pela Câmarade Coimbra é elaborada de forma “umpouco avulsa”.

Mas o projecto - sublinha - “temalguns méritos: polariza a atenção epode colmatar algumas deficiências emtermos dos equipamentos e de darcondições aos que produzem cultura”.

Por seu turno, Claudino Ferreira,ao defender a ousadia de elaborar um

“programa de risco”, com apostasestratégicas e sujeito a uma avaliaçãoposterior, sublinha que Coimbra 2003poderia “fazer história” e servir comoreferência para as futuras CapitaisNacionais.

Mas na avaliação que faz daprogramação conhecida, o investi-gador do CES entende que isto não sevai verificar, perdendo a CCNC umcerto “capital simbólico que lhe podiavaler”.

“A Expo 98 era uma palavramágica para fazer projectos e planos eo Porto 2001 foi pensado com refe-rência à Expo”, observou.

Programas que, por exemplo,tirassem partido das potencialidadesde Coimbra no domínio musical, parafazer um bom festival de música pop,que aproveitasse a experiência daQueima das Fitas e encarasse osestudantes no seu duplo papel de papelde público e de potenciais criadores,apontou o investigador a propósito doque poderia marcar a Coimbra 2003.

Ou que, no domínio da cidadania- um dos temas da Capital da Cultura -delineasse uma estratégia para envolvergrupos ou sectores mais marginali-zados da cidade ou associaçõesculturais, muitas vezes com capacida-des mas sem meios ou visão deconjunto.

O fortalecimento da relação entrea Academia - que produz Ciência,outro dos temas da CCNC - e a cidade,seria outra vertente susceptível de serexplorada de forma mais forte eexplícita.

Para Abílio Hernandez, a críticade falta de ousadia da programação

“não é pertinente”.“Esta programação não é para

agradar a gregos e troianos, é paracativar públicos diferentes. Algumaspessoas só pensam no seu gosto pessoale numa área específica”, frisou opresidente da CCNC.

Por outro lado, e em relação àsfuturas Capitais Nacionais, AbílioHernandez entende que deve ser cadacidade a definir a sua própria filosofiade programação, embora reitere que omodelo de gestão adoptado paraCoimbra 2003 “é insatisfatório”.

Para Claudino Ferreira, aspolémicas e as críticas associadas àCCNC, sendo a mais recente o pedidode auditoria à programação financeiraapresentado pelo deputado MiguelColeta (PSD), “fazem parte da natu-reza” deste tipo de projectos.

“Surpreende-me que não hajamais reacções. Esperava mais vigor emais debate”, observou.

Outro risco apontado por Clau-dino Ferreira nestas grandes operaçõesculturais é o perigo de as organizaçõesse fecharem sobre si mesmas, obrigadasa gerir, no quotidiano, uma progra-mação excepcional, que acaba por asdesligar dos grandes objectivosestratégicos.

“Este risco é tanto maior quantomenos claras são as ideias desde oinício. Numa lógica de gestão corrente,o programador tem de utilizar o di-nheiro disponível para fazer a pro-gramação e a estratégia de longo prazoé secundarizada”, adiantou o estudiosoda área da Sociologia da Cultura,professor da Faculdade de Economiada Universidade de Coimbra.

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coimbra 4

“Crê no Senhor Jesus Cristo eserás salvo, tu e a tua casa”.

Actos 16:31

JESUS CRISTO É O SALVADOR

“Quem crer e for baptizado serásalvo; Quem não crer serácondenado”.

S. Marcos 16:16

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JUÍZOS CÍVEISDE LISBOA7.º Juízo - 2.º Sec

ANÚNCIO1.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 1056/2000Execução OrdináriaExequente: Banco Totta &

Açores, S.A-Soc.AbertaExecutado: António Ribeiro

das Neves e outros…

Correm éditos de 20 dias paracitação dos credores desconhecidosque gozem de garantia real sobre osbens penhorados aos executadosabaixo indicados, para reclamarem opagamento dos respectivos créditospelo produto de tais bens, no prazo de15 dias, findo o dos éditos, que secomeçará a contar da segunda e últimapublicação do presente anúncio.

Bens penhorados:Prédio rústico sito em Vale da Cruz,

inscrita na matriz da freguesia de SãoMartinho da Cortiça, concelho deArganil, sob o n.º 5024 e descrita naConservatória do Registo Predial deArganil sob o n.º 38626 a fls. 16 v.º dolivro B-104.

Executados:Executado: António Ribeiro das

Neves, estado civil: casado, nacionalde Portugal, domicílio: Poços, 3315 SãoMartinho da Cortiça

Executado: Maria Helena DiasFerreira Ribeiro Neves, estado civil:casada, nacional de Portugal, domicílio:Poços, 3315 São Martinho da Cortiça

Lisboa, 14-04-2003N/Referência: 2603329

O Juiz de Direito,Paulo Reis

O Oficial de Justiça,Teresa Maria Silva

“O Despertar” N.º 8215, de 03/04/30

TRIBUNAL JUDICIALDA COMARCA

DE LEIRIA4.º Juízo Cível

ANÚNCIO1.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 64/2001Execução OrdináriaExequente: Crédito Predial Por-

tuguês, S.AExecutado: António Manuel Mar-

ques da Silva Cabral e outros…

Correm éditos de 20 dias para cita-ção dos credores desconhecidos que go-zem de garantia real sobre os bens pe-nhorados aos executados abaixo indica-dos, para reclamarem o pagamento dosrespectivos créditos pelo produto de taisbens, no prazo de 15 dias, findo o doséditos, que se começará a contar dasegunda e última publicação do presenteanúncio.

Bens penhorados:Fracção autónoma, designada pela

letra “V” do prédio descrito sob o n.º1178/960219, da freguesia de Leiria, na1.ª Conservatória do Registo Predial deLeiria, inscrito na matriz sob o art.º 2141/urbano.

Executados:ANTÓNIO MANUEL MARQUES DA

SILVA CABRAL, estado civil: casado,nascido em 22-04-1954, natural dafreguesia de Leiria, concelho de Leiria,nacional de Portugal, identificação fiscal:115304207, BI: 2581106, domicílio: Av.ªMarquês de Pombal, Lote 1, Bloco A 7.ºC, Leiria, 2400 Leiria e HELENA MARIAFERNANDES DE FIGUEIREDO CABRAL,identificação fiscal: 100762654, domi-cílio: Av.ª Marquês de Pombal, Lote 1, Blo-co A-7.º C, Leiria, 2400 LEIRIA, casadosno regime da comunhão de adquiridos.

Leiria, 14-04-2003N/Referência: 841145

A Juiz de Direito,Patrícia Cordeiro Costa

A Oficial de Justiça,Rosa Matos

“O Despertar” N.º 8215, de 03/04/30

SPRC fez 21 anos

Concursos, encontros e semináriosno centro das comemorações

Algumas centenas depessoas reuniram-se, no DiaMundial da Voz, noauditório da Reitoria daUniversidade de Coimbra,para, em conjunto, dizeremem alto e bom som “Não!” àguerra do Iraque. MárioSoares foi uma daspersonalidades que teceuduras críticas à actuação daadministração Bush eapelou à união dos povoscontra um conflito quemesmo já tendo terminado,considera “ilegítimo, imorale inútil”.

Quando já tudo indicava queos americanos iriam sair vitoriososno conflito contra o Iraque, algumascentenas de pessoas reuniram-se emCoimbra para demonstrarem a suarevolta para com esta guerra.

“Unir vozes pela paz” foi omote desta sessão pública que decor-reu, no passado dia 16, no auditórioda Reitoria da Universidade deCoimbra (UC), e que reuniu à mesmamesa o ex-presidente da RepúblicaPortuguesa, Mário Soares, o coorde-nador do Sindicato dos Professoresda Região Centro (SPRC), MárioNogueira, o vice-reitor da UC,Avelãs Nunes, o secretário geral daCGTP-IN, Carvalho da Silva, opresidente da Coimbra 2003, AbílioHernandez, o presidente da direcçãogeral da Associação Académica deCoimbra, Victor Hugo Salgado, e opresidente do Ateneu de Coimbra,Luís Carlos Silva.

Foram estas personalidadesque, perante uma audiência atenta,uniram as suas vozes contra a guer-ra, manifestando em conjunto o seudescontentamento pela forma comoos direitos humanos foram violadosno Iraque. Na sua intervenção, MárioSoares não poupou críticas à admi-

nistração Bush e classificou esta in-vasão como “ilegítima, imoral e inú-til”.

Para Mário Soares esta é umaguerra da “administração Bush enão do povo americano” e recordaque foram muitos os americanosque se manifestaram contra esteconflito, sofrendo, posteriormente,as consequências pela sua posição.

Consciente de que o sofrimentocausado pelo conflito não terminacom a rendição ou domínio dosiraquianos, Mário Soares aproveitoupara transmitir também uma “mensa-gem de esperança para que seconsolide a paz, porque esta é umaguerra muito injusta, que já provo-cou muito sofrimento a muita gentee que causou uma catástrofe ecoló-gica e no património da humani-dade”.

Quanto às consequências daguerra, Mário Soares assume queforam cometidos muito erros e que“ainda há muitas dúvidas, muitascoisas que se desconhecem”. “Estafoi a guerra mais exposta do pontode vista das televisões, mas é tam-bém a menos conhecida de todas asguerras até agora”, sublinhou.

Mário Nogueira também nãopoupou críticas à actuação da admi-nistração Bush e, numa altura em

que várias suposições se levantam,admite que não acredita que osamericanos se possam virar para aSíria. “Não acredito que os ameri-canos ataquem agora a Síria, seriade uma tal insensatez que nãoacredito”, explicou. Quanto à re-construção do país, Mário Nogueiraentende que “quem deve pagar areconstrução do Iraque não é aEuropa mas sim os EUA”, já que sãoeles os responsáveis pelo caosprovocado.

Abílio Hernandez também le-vantou a sua voz contra este confli-to e, num discurso sentido e muitoaplaudido pelo público presente,manifestou o seu repúdio contra aguerra e a sua convicção de conti-nuar a lutar pela paz. “Falo-vos comoalguém que não quer assistir à guerracomo um reality show servido àmesa, mas que anseia pela paz”,sublinhou.

Victor Hugo Salgado, Carva-lho da Silva, Luís Carlos Silva eAvelãs Nunes também levantaram asua voz contra este conflito, recor-daram as perdas irreparáveis a queconduziu e apelaram à paz dospovos. A sessão “Unir vozes pelapaz” foi promovida pelo Ateneu deCoimbra, SPRC e União de Sindi-catos de Coimbra.

O Sindicato dos Professoresda Região Centro (SPRC)completou, na semanapassada (dia 22), 21 anos deexistência e aproveitou estemomento festivo pararenovar a promessa decontinuar a defender a“valorização e dignificaçãoda profissão docente e deuma escola pública dequalidade para todos”.

Para comemorar esta efeméride,o SPRC vai realizar, no próximo mês,uma série de iniciativas, que se inte-gram também na política defendidapor este Sindicato e que privilegia aeducação e a formação. O VII Con-

curso Literário, que decorre até aofinal de Maio e que se integra nasiniciativas da Coimbra 2003; seisseminários sobre a Lei de Bases doSistema Educativo, designadas“Avaliar e Gerir – o Sistema Edu-cativo, as escolas, os docentes”, arealizar em Maio em seis capitais dedistrito da região; e o Encontro“Conversar com os alunos sobre… Aguerra… A pedofilia”, que irá de-correr em Coimbra, no dia 13, são asiniciativas propostas.

O SPRC foi constituído há 21anos, tendo participado na Assem-bleia Eleitoral Constituinte mais de3000 educadores e professores. Contaactualmente com cerca de 15 mildocentes sindicalizados, quase 200dirigentes e oito centenas de dele-gados sindicais, e orgulha-se de ser,como refere a direcção numa notaenviada, “a maior organização sin-dical docente da região Centro”.

“Depois de duas décadas detrabalho com os professores nasescolas, o SPRC não deixará decontinuar a lutar pelos objectivos quedesde sempre se propôs e que seorientam para a defesa da profissãodocente e da Escola Pública”, podeler-se na nota enviada.

A direcção realça ainda que “oSPRC continuará a reforçar o movi-mento sindical unitário com a suapresença e participação em todas asiniciativas em defesa dos trabalha-dores portugueses, e a dar força acausas como a defesa da paz e o com-bate à exclusão social, às injustiças eàs desigualdades”.

Actuação da administração Bush suscita várias críticas

Centenas de pessoasno encontro pela paz

Apesar da guerra do Iraque já ter terminado, as consequências desteconflito são ainda imprevisíveis. As várias personalidades que sereuniram em Coimbra alertam para o caos em que se encontra o paíse aguardam agora pela sua reconstrução

JS ameaça pedir auditoriaàs contas da Junta de EirasA Juventude Socialista (JS) de Eiras,Coimbra, ameaça pedir uma audi-toria à conta de gerência de 2002 daJunta local, alegando erros no do-cumento submetido à assembleia defreguesia, disse na quinta feira à Lusaum dirigente.

O secretário coordenador da JSde Eiras e membro da assembleia defreguesia, Francisco Fachada, afirmouque caso os erros detectados semantenham no documento que serávotado na próxima assembleia defreguesia, em 5 de Maio, irá solicitarao Tribunal de Contas uma audito-ria.

Em causa está uma diferença, paramais, de 205 euros entre as verbastransferidas pela Câmara de Coimbra(130.337 euros) e os montantesapresentados na conta de gerência,submetida dia 17 à assembleia defreguesia de Eiras, segundo uma notada JS divulgada a semana passada.

A assembleia acabou por seradiada para Maio, depois de os

membros eleitos pelo PS teremalertado para o erro, requerendo asuspensão da votação, “até esclare-cimento total da situação”.

“Exigimos ser esclarecidos napróxima assembleia de freguesia”,frisou Francisco Fachada, para quem“também não ficou claro o excesso dedespesas na rubrica de gastos ‘diver-sos’”, que atingem os 25 mil euros.

A JS acusa a assembleia de,“desde o início do mandato, apresentardocumentos com várias falhas”.

A Junta de Freguesia de Eiras érepresentada pela coligação PSD/PP/PPM e CDU, sendo presidida por umindependente, enquanto a Assembleiade Freguesia é constituída por quatroelementos do PSD, quatro do PS eoutros tantos da CDU, além de umindependente.

A Lusa contactou o presidente daAssembleia de Freguesia e o presidenteda Junta de Freguesia, que se escu-saram a prestar declarações sobre oassunto.

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Revolução dos Cravos festejada em toda a região

Autarcas enaltecem a democraciae lembram o que ainda há por fazerO 29.º aniversário da“Revolução dos Cravos” foifestejado um pouco por todaa região. Apesar do mautempo que se fez sentir nasexta feira, o dia que marcouo fim da ditadura foirecordado com sessõessolenes, com o hastear dasbandeiras e com diversasiniciativas de caráctercultural e desportivo.

Um pouco por toda a região, osautarcas e os membros da AssembleiaMunicipal aproveitaram esta datasimbólica para tecer algumas críticas àactuação do governo.

Em Coimbra o salão nobre daCâmara Municipal quase que encheu,já que foram muitos aqueles quequiseram recordar o simbolismo daRevolução dos Cravos, a liberdadealcançada e o fim da ditadura. Duranteesta sessão, que contou com a presençado presidente da autarquia, CarlosEncarnação, dos deputados da Assem-bleia Municipal e de muitas outrasindividualidades do campo político enão só, foram tecidas algumas con-siderações sobre a crise que assola opaís, foi reivindicado mais poder paraas autarquias e também houve quem

pela vila, com a Banda de Soure. Omomento alto do dia decorreu, noentanto, nos paços do concelho, com arealização da sessão extraordinária daAssembleia Municipal, onde foramevocados os valores e os princípios queconduziram à Revolução do 25 de Abrilde 1974. Esta cerimónia contou com apresença do presidente da autarquia,João Gouveia, e dos deputados daAssembleia Municipal e ficou tambémmarcada pela entrega de prémiosrelativos ao concurso “Conhecer Abril”,aberto a todas as escolas do 1.º CEB do

e culturais, como um torneio de andebol,um torneio de futsal, street basket e umconcerto coral no Cine-Teatro.

Os valores da liberdade e dademocracia foram também enaltecidos

pelo presidente da Vila Nova de Poiares.Jaime Soares recordou a Revolução deAbril e aproveitou também para chamara atenção para algumas das preo-cupações da actualidade. Durante a

sessão solene, foram entregues aindaas taças e troféus aos participantes daprova de atletismo e foi apresentado olivro “Santo André de Poyares –Paisagens e Memórias Urbanas”, umaobra de Pedro Santos. À tarde foiinaugurada a exposição “Áreas dePoiares”, de Rosa Campos.

Em Góis o 25 de Abril de 1974também foi recordado. O presidente daautarquia, assim como os deputados daAssembleia Municipal, também apro-veitaram esta data para recordar osimbolismo da “Revolução dos Cra-vos” e para alertar para o que ainda estámal ou por fazer.

Em Cantanhede as cerimóniasficaram marcadas pela entrega damedalha de ouro do município ao majorgeneral Júlio Carvalho Simões,presidente da autarquia entre 1980 e1983, enquanto que em Condeixa,depois da tradicional sessão solene, osautarcas eleitos do concelho sereuniram na Arrifana.

Em Miranda do Corvo, os festejostambém se estenderam durante todo odia e, para além da sessão solene,ficaram marcados pela inauguração, narotunda da zona industrial, de ummonumento ao trabalho, da autoria doescultor Fernando Martins. De realçarainda a descida em carros de rola-mentos do Senhor da Serra até Semidee a inauguração da Festa da Chanfana,que até ao dia 4 de Maio vai trans-formar Miranda do Corvo na Capitalda Chanfana.

Em Penela o 25 de Abril teve comomote o associativismo e as come-morações ficaram também marcadaspor um vasto programa cultural edesportivo.

Em Montemor-o-Velho, esta datafoi recordada na vila de Arezede, ondedecorreu a sessão extraordinária daAssembleia Municipal. Para assinalaresta data, foi também inaugurada aexposição evocativa do 25 de Abril, quereúne trabalhos dos alunos e foramassinados contratos-programa com asvárias associações do concelho.

As autarquias da região apro-veitaram, no fundo, o 29.º aniversáriodo 25 de Abril para recordar os valoresda Revolução dos Cravos e, simulta-neamente, para envolver a comuni-dade numa série de actividades cul-turais e desportivas. Apesar de distin-tas, as comemorações acabaram por sepautar todas pelos mesmos princípios,cujos objectivos passavam, por umlado, pelo enaltecer dos valores dademocracia e, por outro, pelo alertar parao que ainda está por fazer.

Fernando Carvalho, presidente da Câmara da Lousã, enalteceu osvalores da democracia

Em Soure o presidente da autarquia e os deputados da AssembleiaMunicipal também recordaram o fim da ditadura

Jaime Soares, presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, aproveitouesta cerimónia para enumerar também alguns dos problemas quepreocupam as autarquias

A tradição também se repetiu em Góis, com o presidente José Vitorinoe dos deputados da Assembleia Municipal unidos para comemoraremo 29º aniversário da Revolução de Abril

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O Salão Nobre da Câmara Municipal de Soure foi pequeno para acolhertodos aqueles que quiseram assistir às comemorações do 25 de Abril

tecesse algumas críticas à actuação dogoverno.

Em Soure as comemoraçõescomeçaram na quarta feira com ainauguração no átrio da Câmara daexposição de trabalhos sobre o 25 deAbril e prosseguiram na quinta com orecital de Manuel Freire, com o “FogoPreso” e com o concerto “Cruel Vision”.Na sexta feira, os festejos do 25 de Abrilcomeçaram, às 9 horas, com o Torneioda Liberdade, no Pavilhão da Encostado Sol, e prosseguiram com uma arruada

concelho de Soure.Na Lousã o 29.º aniversário do 25

de Abril também foi comemorado comum programa vasto que teve comoponto alto a sessão solene da Assem-bleia Municipal, que contou com apresença do presidente da autarquia,Fernando Carvalho, de alguns verea-dores, elementos da AssembleiaMunicipal e outras individualidades doconcelho. Para além desta sessão, nãofaltaram também, durante todo o dia, asmais diversas actividades desportivas

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Holanda e Portugal defrontam-se hoje

Selecção portuguesaà procura da 50.ª vitória foraA selecção portuguesade futebol pode conseguirhoje, em Eindhoven,a sua 50.ª vitória na condiçãode visitante, mais de 65 anosdepois de um triunfo em Vigo(2-1), no decorrer da guerracivil espanhola.

A 28 de Novembro de 1937, Arturde Sousa “Pinga” e Alfredo Valadas“selaram” o primeiro sucesso da equipadas “quinas” em reduto alheio, onde osnúmeros globais estão longe de ser“brilhantes”: 49 vitórias - mais 34empates e 87 derrotas -, em 170 jogos.

Esta falta de produtividade noterreno dos adversários tem muito a vercom os primórdios da história daselecção nacional: até ao final dos anos50, Portugal apenas coleccionou quatrotriunfos… em 43 jogos, com 38 golosmarcados e 122 sofridos.

Antes da “mágica” década de 60,a selecção lusa apenas venceu fora, alémdo jogo de Vigo - não reconhecido pelaFIFA -, a República da Irlanda (2-0 emDublin, a 4 de Maio de 1947), o Egipto(4-0 no Cairo, a 23 de Dezembro de1955) e a RDA (2-0 em Berlim, a 21 deJunho de 1959), sendo este último oprimeiro sucesso “a sério”.

Com uma grande ajuda do “rei”Eusébio, que se estreou pela equipa das“quinas” a 8 de Outubro de 1961 -marcou um golo na derrota lusa por 4-2no Luxemburgo -, as coisas mudaram

nos anos 60, nos quais Portugal logrousete triunfos fora, em 23 jogos.

Para a história, entraram, entreoutras, as vitórias obtidas - ambas comtentos do “Pantera Negra” - em Ancara(1-0 à Turquia, a 19 de Abril de 1965) eBratislava (1-0 à Checoslováquia, seisdias depois), decisivas para a presençano mundial de Inglaterra 66. Na décadade 70, os números voltaram a melhorar,com nove triunfos, em 24 jogos - e, pelaprimeira vez, menos de 50 por cento dederrotas (11) -, embora nenhum delescom “sabor” especial, destacando-seapenas os dois obtidos em França,ambos em particulares.

Para não variar, Portugal voltou amelhorar nos anos 80 - 12 vitórias,contra as nove dos 10 anos anteriores -, mas as derrotas também aumentaram(16 contra 11) e o saldo de golos foiigualmente bem mais pobre (31-54contra 24-34).

Apesar de tudo, a verdade é que,entre a dúzia de sucessos, a formaçãolusa conseguiu colocar mais um nagaleria dos “notáveis”: a 16 de Outubrode 1985, em Estugarda, um “golão” deCarlos Manuel proporcionou uminesperado triunfo sobre a RFA (1-0) econsequente “passaporte” para a fase

final do mundial do México’86.Claramente melhor, foi a prestação

global em reduto alheio na década de90, pois se as vitórias foram as mesmas(12) e o número de jogos aumentou (31para 37), as derrotas baixaram parametade (16 para oito) e o saldo de golosfoi, finalmente, positivo (49-30).

Da corrente década, espera-se,assim, que a prestação lusa seja aindamais convincente em reduto alheio, atéporque os primeiros números vão nessadirecção: cinco vitórias, quatro empatese três derrotas, em 12 jogos, com 22golos marcados e 16 sofridos.

Em termos globais, a próximameta será fazer baixar dos 50 por centoa percentagem de desaires, para jáfixado em 51,2 (87), e subir as vitóriaspara a “casa” dos 30 - representam, parajá 28,8 (49).

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Às 14,45 - 17 - 19,15 - 21,45

�DEMOLIDOR-O HOMEM SEM MEDO�

cinemas castello lopesC.C.Girassolum Tel. 239 702 466

sala 2

Cinemas Millenium

Hoje e Amanhã M/ 16S ANOSÀs 14,30 - 18,15 - 21.30 - 00.15

�O RECRUTA�

Académica B derrotada em O. do Bairro

União perde pontos nadeslocação a Mangualde

PERFUMARIAESTÉTICA / PROFISSIONAL

DEPILAÇÃO / LIMPEZA DE PELE

Galerias Avenida, 3.2 P Loja 302Telef. 239 836 468 - 3000 COIMBRA

DI DONNA

O Desportivo de Mangualde venceu,na sexta feira, o União de Coimbra por2-0. A deslocação da equipa da Arrega-ça ao Estádio Municipal de Mangual-de não correu da melhor forma para osvisitantes.

A chuva e o frio não ajudaram oUnião que, para além do mau tempo,teve que enfrentar também uma equipamuito determinada e com muitavontade de fugir aos lugares da despro-moção.

O Mangualde entrou em campocom uma postura fortemente atacantee os jogadores tentaram apostar narapidez para surpreender a defesa doUnião, que tentava responder com ocontra-ataque.

As equipas estavam a apresentarum futebol de grande qualidade einteresse e o público estava satisfeitocom as exibições das suas equipas.

Uma pequena desatenção con-duziu, no entanto, ao primeiro golo

do Mangualde, mesmo em cima dointervalo. Ao minuto 44, Eduardocolocou a bola em Tozé que aproveitoubem a saída do guarda redes Rui e fezo primeiro golo da partida.

No início da segunda parte, oUnião entrou em campo com vontadede igualar a partida e desperdiçoumesmo algumas oportunidades sober-bas. O Mangualde não se deixouassustar com a postura da equipa daArregaça e, apesar de ‘entregar’ ocomando do jogo ao União, apostouno contra-ataque para chegar comperigo à grande área dos visitantes.

Apesar da luta dos unionistas, oMangualde acabou por chegar ao 2-0,ao minuto 77, com Paulo Mota adecidir o jogo.

O União acabou por desperdiçaros três pontos em disputa, enquantoque o Mangualde ganhou um novofôlego e deu um passo importante comvista à manutenção.

Depois de nas últimas jornadas terpresenteado os adeptos com excelentesexibições, a Académica B não con-seguiu mais do que uma derrota, porduas bolas, em Oliveira do Bairro, numjogo com muito pouco brilho.

Sem nada a perder ou a ganhar,uma vez que ambas as equipas já asse-guraram a permanência na 2.ª DivisãoB/Zona Centro, a Académica B e oOliveira do Bairro limitaram-se a cum-prir calendário, apesar de a equipa dacasa ter tido melhor sorte.

A tranquilidade das equipas não

conduziu a um grande espectáculo defutebol e, principalmente na primeiraparte, faltou ao jogo alguma emoção.Muito longe do nível a que tem ha-bituado os adeptos, a equipa dosestudantes – que surgiu neste encontroum pouco desfalcada – não conseguiucriar grandes oportunidades e acaboupor sofrer, ao minuto 27, o primeiro goloda partida.

Pedro Penela derrubou MiguelTomás na grande área e o árbitro ValenteMendes assinalou grande penalidade afavor do Oliveira do Bairro. Chamado

a marcar, Carlos Miguel não desper-diçou e fez o primeiro golo para a equipada casa. Na segunda parte, o jogomelhorou de qualidade, ganhou maisritmo e as oportunidades de goloaumentaram. Ao minuto 64, o Oliveirado Bairro acabou por aumentar avantagem, com Pazito I a fazer o 2-0.

Apesar de o encontro estarbastante equilibrado, a Académica Bacabou por sofrer o segundo golo. Aindatentou reagir mas sem grande sucesso,já que os jogadores não conseguiamacertar com a baliza de Mário Júlio.

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30/04/03

televisão 7quarta feira quinta feira sexta feira sábado domingo

SIC MULHER11.30 Carolina e os Homens

HOLLYWOOD20.00 Quando um homem ama uma mulher

HOLLYWOOD15.45 Protocolo

SIC MULHER21.00 Um Dia de Cada Vez

ODISSEIA17.00 A Beleza do Bisturi

SIC RADICAL20.30 Howard Stern

CANAL DE HISTÓRIA17.00 A História da Imprensa

SIC MULHER23.00 Modelos

ODISSEIA17.00 Margens em Guerra: Soldados

SIC RADICAL17.00 O Príncipe de Bel-Air

09.00 Caminhos09.30 Novos Horizontes10.00 70 x 710.30 Inter-Europa11.30 Pontos de Fuga

“Guimarães”12.00 201013.00 Ásia Indómita14.00 Desporto 218.30 Como Construir um Ser Humano19.30 Onda Curta20.00 Docs21.00 Artes e Letras:

“O Homem - Teatro”22.00 Jornal 223.00 Artes de Palco:

“Martha Argeriche Evening Talks”01.00 Berlim, Sinfonia de uma Cidade

07.00 RTP Crianças10.00 Euronews13.00 RTP Crianças13.30 Undergrats14.00 Euronews14.45 Informação Gestual16.15 Euronews18.00 A Fé dos Homens18.30 Bombordo19.00 Inter-Europa20.00 RTP Crianças20.30 Série a Designar21.00 Sabrina, a Bruxinha Adolescente21.30 Acontece22.00 Jornal 223.00 Começar de Novo00.00 5 Noites, 5 Filmes:

“As Duas Inglesas e o Continente”02.15 Lupin III

06.45 Iô-Iô08.15 A Minha Família é uma Animação09.00 Uma Aventura... No Verão10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Às Duas Por Três16.45 Malhação17.30 Sabor da Paixão18.30 New Wave19.00 O Beijo do Vampiro20.00 Jornal da Noite21.15 Os Malucos do Riso21.45 Mulheres Apaixonadas22.45 O Quinto dos Infernos23.45 Hora Extra00.45 Cine América:

“O Invulgar Dr. Mumford”02.45 O Olhar da Serpente03.30 A Vida é Injusta

06.45 Totil Total09.00 Disney Kids10.00 Fun Totil12.00 O Nosso Mundo:

“Blue Planet 4”13.00 Primeiro Jornal14.00 Flash14.45 Rex, O Cão Polícia16.45 Sessão Aventura:

“O Encantador de Cavalos”20.00 Jornal da Noite21.15 Camilo e Filho22.15 Os Malucos do Riso22.45 Mulheres Apaixonadas23.45 O Sono da Verdade01.45 Sexappeal02.45 Os Recordes do Guiness03.45 O Olhar da Serpente04.40 Espaço Cinema

06.45 Totil Total09.00 Disney Kids10.00 Fun Totil12.00 BBC Vida Selvagem

“Wild New World 5”13.00 Primeiro Jornal14.00 Cinema Palace:

“Flubber, O Professor Distraído”16.00 Primeiro Balcão:

“O Quinto Elemento”18.00 Chiado Terrase:

“Nunca é Tarde”20.00 Jornal da Noite21.00 Os Malucos do Riso22.00 Herman SIC00.15 Maiores de 17:

“A Cor da Noite”02.15 No Fim do Mundo03.15 O Olhar da Serpente04.00 Jerry Springer

07.30 Sempre a Abrir09.15 Super Pai10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.00 A Vida é Bela16.15 Tudo Por Amor17.45 Amanhecer18.30 Saber Amar19.15 Coração Malandro20.00 Jornal Nacional21.10 Saber Amar22.00 Amanhecer23.00 Bora Lá, Marina23.45 Vidas Reais00.45 Informação Guerra no Iraque01.15 Filme:

“Amigo Mortal”03.00 Frasier04.00 As Feiticeiras05.00 D. Anja

07.30 Super Batatoon09.30 Sempre a Abrir11.00 Um Cãozinho Chamado Eddie12.00 Lux13.00 TVI Jornal13.30 Contra-Ataque14.00 Filme:

“A Chave Mágica”16.00 Filme:

“O Meu Primeiro Beijo II”18.00 Saber Amar20.00 Jornal Nacional21.00 Super Pai (Último Episódio)22.00 Amanhecer23.00 O Último Beijo00.00 Eu Confesso02.00 Filme:

“O Clube das Divorciadas”04.00 Survivor Austrália05.00 Dona Anja

07.30 Sempre a Abrir09.15 Super Pai10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.00 A Vida é Bela16.45 Tudo Por Amor18.15 Amanhecer19.15 Coração Malandro20.00 Jornal Nacional21.00 Saber Amar22.00 Amanhecer23.00 Vidas Reais00.00 Informação Guerra no Iraque00.30 Filme:

“A Paixão em Chamas”02.30 Filme:

“Todas o Fazem”04.15 Frasier05.15 Dona Anja

07.30 Super Batatoon09.30 Um Cãozinho Chamado Eddie11.00 Missa12.30 Oitavo Dia13.00 TVI Jornal13.45 Filme a Designar15.45 Filme:

“Perdidos em São Francisco”17.45 Filme:

“Irmãos Fora da Lei”20.00 Jornal Nacional21.30 Ana e os 722.30 Saber Amar23.45 Filme:

“Compromisso de Honra”02.00 Filme:

“Sea People”04.00 As Feiticeiras

07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Regiões14.30 Praça da Alegria18.15 SMS - Ser Mais Sabedor19.05 20.ª Moda Lisboa19.15 O Preço Certo em Euros19.45 Futebol:

Holanda - Portugal21.45 Telejornal22.30 12 Meses, 12 Temas00.45 Operação Triunfo01.20 20.ª Moda Lisboa01.30 24 Horas01.45 Liga dos Campeões02.15 RTP Cinema

“Lola”

07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Portugal no Coração17.30 Operação Triunfo18.00 SMS - Ser Mais Sabedor18.30 A Minha Sogra é uma Bruxa19.05 20.ª Moda Lisboa19.15 O Preço Certo em Euros20.00 Telejornal21.00 Contra-Informação21.05 RTP Cinema

“O Costa do Castelo”23.00 Operação Triunfo23.30 2400.15 Portugal FM00.45 RTP Cinema: “Erros Médicos”02.35 20.ª Moda Lisboa02.45 24 Horas

07.00 Jardim da Celeste08.00 A Floresta Mágica10.30 Eucaristia Dominical11.30 A Alma e a Gente12.00 Jornal da Tarde13.00 Automobilismo15.00 Operação Triunfo16.00 Domingo é Domingo19.00 Futebol:

FC. Porto - St.ª Clara21.00 Telejornal22.15 Operação Triunfo - Gala01.30 Domingo Desportivo02.00 Resumo F102.15 24 Horas02.30 Magazine da Liga dos Campeões

07.00 Jardim da Celeste07.30 A Floresta Mágica09.45 Hora Warner12.00 Descobrir Portugal13.00 Jornal da Tarde14.00 Top +15.00 Automobilismo16.00 Operação Triunfo19.00 Grande Aventura:

“National Geographic”20.00 Telejornal21.00 Contra-Informação21.30 RTP Cinema:

“A Menina da Rádio”23.00 Sorte ao Sábado23.30 RTP Cinema:

“Operação Swordfish”

07.00 RTP Crianças09.00 Documentário: “Com Quase Nada”10.00 Euronews13.00 RTP Crianças13.30 Undergrats14.00 Euronews14.45 Informação Gestual16.15 Euronews18.00 A Fé dos Homens18.30 Onda Curta19.00 Alfred Brendel:

O Homem e a sua Máscara20.00 RTP Crianças20.30 Série a Designar21.00 Sabrina, a Bruxinha Adolescente21.30 Acontece22.00 Jornal 223.00 Rosewell00.00 5 Noites, 5 Filmes:

“A Mulher do Lado”01.45 Lupin III

07.00 RTP Crianças10.00 Euronews13.00 RTP Crianças13.30 Undergrats14.00 Euronews14.45 Informação Gestual16.15 Euronews18.00 A Fé dos Homens18.30 A Gente da Cidade19.00 201020.00 RTP Crianças20.30 Série a Designar21.00 Sabrina, a Bruxinha Adolescente21.30 Acontece22.00 Jornal 223.00 Sinais do Tempo00.00 5 Noites, 5 Filmes:

“Finalmente Domingo”01.45 Lupin III

06.45 Iô-Iô09.30 A Minha Família é uma Animação10.15 Uma Aventura... No Inverno11.30 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Sessão Especial:

“Capitães para todo o Barco”15.45 Sessão Especial:

“O Que As Mulheres Querem”18.00 Sabor da Paixão18.45 New Wave19.15 O Beijo do Vampiro20.00 Jornal da Noite21.15 Os Malucos do Riso21.45 Mulheres Apaixonadas22.45 O Quinto dos Infernos23.45 Acção Total:

“A Lei da Milícia”01.45 Do Outro Mundo02.45 Sai de Baixo

06.45 Iô-Iô08.15 A Minha Família é uma Animação09.00 Uma Aventuna... Na Biblioteca10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Às 2 por 316.45 Malhação17.30 Sabor da Paixão18.30 New Wave19.00 O Beijo do Vampiro20.00 Jornal da Noite21.15 Os Malucos do Riso21.45 Mulheres Apaixonadas22.45 O Quinto dos Infernos23.45 Filme:

“O Sexto Dia”02.00 Lanterna Mágica:

“O Massacre”

07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Regiões14.30 Portugal no Coração16.45 Operação Triunfo17.15 SMS - Ser Mais Sabedor17.45 Lusitana Paixão18.30 Marisol19.15 O Preço Certo em Euros20.00 Telejornal21.00 Contra-Informação21.05 As Lições do Tonecas21.45 Operação Triunfo22.15 Noite de Cinema:

“Kramer Contra Kramer”00.00 Fora de Jogo01.05 20.ª Moda Lisboa01.15 24 Horas01.30 RTP Cinema: “A Sedutora”

07.30 Sempre a Abrir09.15 Super Pai10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.00 Filme a Designar16.15 Filme a Designar17.45 Amanhecer18.30 Saber Amar19.15 Coração Malandro20.00 Jornal Nacional21.10 Saber Amar22.00 Amanhecer23.30 Vidas Reais00.00 Especial Informação Guerra no Iraque00.30 Ally McBeal01.30 Filme a Designar03.30 Frasier04.15 As Feiticeiras05.15 D. Anja

08.00 Repórter RTP - 7 Dias09.00 Universidade Aberta12.00 Iniciativa14.00 Parlamento15.00 Desporto 219.00 A Alma e a Gente19.30 Bombordo20.00 De Comboio à Aventura20.30 Os Simpsons21.00 Por Outro Lado22.00 Jornal 223.00 O Lugar da História:

“No Tempo das Cruzadas”00.15 A Empresa00.45 Eternos Adolescentes01.15 Sax Azul02.30 Noites Curtas do Onda Curta:

“SOS Stress” e “Chuva”

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última página

Miranda do Corvo

Chanfana, negalhos e sopasde casamento até 4 de MaioA carne de cabra velha é, desdesexta feira, o centro da Festada Chanfana de Miranda doCorvo, um evento que seprolonga até domingo e queinclui também negalhos esopas de casamento, outrospratos típicos da região.

Promovida pela autar-quia de Miranda do Corvo, estainiciativa conta com a parti-cipação de 15 restaurantes davila e das aldeias de Casais deS. Clemente (freguesia deLamas), Senhor da Serra (Se-mide) e Moinhos (Miranda)que, durante este período, vãoestar de portas abertas para ser-vir os pratos típicos da região.

Numa nota de divulga-ção da iniciativa, a autarquiareclama para o concelho o títulode Capital da Chanfana e afirmaque o município “é o berço”daqueles três pratos típicos,confeccionados a partir dacabra.

Porém, o mesmo título éreclamado pelo concelhovizinho de Vila Nova de Poia-res, que recentemente criou aConfraria da Chanfana.

Nos restaurantes queaderiram, a chanfana, os ne-galhos e a sopa de casamentosão pratos obrigatórios nasementas durante este período,proporcionando assim a todosos visitantes a possibilidade deapreciarem alguns destes pratostípicos.

Paralelamente, na vila deMiranda do Corvo, decorremvárias actividades culturais,

nomeadamente concertos debandas filarmónicas, fados deLisboa e de Coimbra, folclore,dança de pauliteiros e provasde Andebol e Badminton.Ainda durante o evento, váriosoleiros vão trabalhar ao vivo,na Praça José Falcão.

A chanfana é um dospratos bem conhecidos da

região. É confeccionada comcarne de cabra velha, cobertacom vinho em caçoilas de barropreto, e é assada nos tradicionaisfornos de lenha. Os negalhossão buchos de cabra enchidoscom tripas, assadas também emvinho tinto. A sopa de ca-samento é feita com o molhoda chanfana, couve e pão.

Junta de S. Martinho do Bispo garante continuidade do certame

Feira de Artesanato e Gastronomia foi um êxito

Declarações• Da Sra. Dra. Fátima Ramos:A Sra. Dra. Fátima Ramos declara que nunca teve intençãode ofender o Sr. Dr. Fausto Correia na sua honra edignidade pessoal ou profissional, reconhecendo que omesmo é uma pessoa séria e honesta.Declara também que produziu determinadas afirmaçõesno âmbito da campanha eleitoral autárquica de Dezem-bro de 2001, com fundamento nas conclusões da Ins-pecção-Geral da Administração do Território que indi-ciavam a existência de diversas ilegalidades na CâmaraMunicipal de Miranda do Corvo, sendo certo, porém, que oSr. Dr. Fausto Correia não pertencia a qualquer dos órgãosautárquicos concelhios.Nestes termos, apresenta ao Sr. Dr. Fausto Correia aspresentes explicações não tendo tido intenção de lhecausar quaisquer eventuais prejuízos.A Sra. Dra. Fátima Ramos afirma ainda que esta declaraçãoé efectuada com o objectivo de manter o bom relaciona-mento institucional entre a Presidente da Câmara e o Presi-dente da Assembleia Municipal, tendo em vista o neces-sário desenvolvimento do concelho de Miranda do Corvo.

• Do Sr. Dr. Fausto Correia:O Sr. Dr. Fausto Correia, por seu turno, torna pública a suadesistência do processo apresentado e declara que, comreferência aos factos aludidos, nada mais pretende daSra. Dra. Fátima Ramos, a qualquer título, considerando aquestão encerrada.

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A I Feira de Artesanato eGastronomiaTradicional de S.Martinho do Bispoterminou com umbalanço “francamentepositivo”. Para opresidente da Junta deFreguesia, AntoninoMoura Antunes, o êxitodesta edição é a garantiade que este é um eventopara continuar e que nopróximo ano deverá terainda uma maiordimensão.

O artesanato e a gastrono-mia estiveram em destaque, desexta a domingo, em S. Martinhodo Bispo. Ao longo destes três dias,várias centenas de pessoasvisitaram este certame, promo-vido pela Junta, em colaboração

com algumas colectividades dafreguesia.

Inaugurada na sexta feira,numa sessão que contou com apresença do presidente da Câmarade Coimbra, Carlos Encarnação,a Feira de Artesanato e Gastro-nomia Tradicional de S. Martinhodo Bispo contou com aparticipação de cerca de 35expositores, que trouxeram a estecertame os mais variados produtosartesanais, como as louças, ostrabalhos em vime, estanho, ossapatos, as rendas e os bordados, apintura em azulejo, a louça deCoimbra.

Mas, mais do que o próprioartesanato, a gastronomia foi agrande “estrela” desta feira.Antonino Moura Antunes assu-me que a gastronomia tradicionalda região atraiu muitos visitantesao certame, uma vez que se tratade uma gastronomia muito rica ediversificada. A responsabilidadepelas tasquinhas esteve a cargodos seis grupos folclóricos dafreguesia - Grupo Folclórico

Ceifeiros da Corujeira, Grupo deDanças e Cantares do Mondego,Grupo de Danças e Cantares daCasa do Povo de S. Martinho doBispo, Grupo Folclórico Floresdas Parreiras, Grupo FolclóricoCamponeses de Montessão eGrupo Folclórico Mártir de S.Sebastião.

Coube a estas colecti-vidades a responsabilidade detrazer à feira alguns dos pratostradicionais, como as papas, asardinha assada e de escabeche,as tripas, a chanfana, as sopasfervidas, as pataniscas de ba-calhau, o arroz doce e muitasoutras iguarias.

Esta feira insere-se naprogramação da semana culturalque a Junta de Freguesia promoveanualmente e surgiu com o intuitode valorizar e divulgar os produtose tradições da região. Antes docertame, Antonino Moura An-tunes estava confiante de que estainiciativa iria ser um êxito e, apesarda chuva que caiu no dia dainauguração, S. Pedro acabou pordar uma ajudinha.

Assim, depois do êxito e dagrande adesão dos expositores,colectividades e da população,estão reunidas todas as condiçõespara que este evento possa tercontinuidade. Para o presidenteda Junta, este foi “o ano de

arranque” de um evento que se“deverá projectar e conquistar oseu próprio espaço no futuro”.

“Esta é uma iniciativa paracontinuar nos próximos anos. Te-mos todas as condições e para opróximo ano teremos até outroscuidados, em termos organiza-cionais, que não foram acautela-dos este ano”, explica.

Uma das mudanças anun-ciadas prende-se com o espaçoonde decorreu o certame. Nopróximo ano, a feira vai estender--se para um terreno da Junta quevai ser preparado de forma a poderacolher este evento que, nestaprimeira edição, decorreu na viapública, junto à sede da Junta.

Felicita a equipa de “O Despertar”pelo seu 86.º Aniversário

Depois da inauguração do certame, Antonino Moura Antunesacompanhou Carlos Encarnação e esposa numa visita pelastasquinhas e stands de exposição

Algumas centenas de pessoas visitaram, de sexta a domingo,a primeira edição da Feira de Artesanato e GastronomiaTradicional de S. Martinho do Bispo