o despertar – 8239 – 17.09.2003

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PORTE PAGO Rua Pedro Roxa, 27 a 31 3000-330 COIMBRA Tel. 239 85 27 10/11/12 Fax 239 85 27 19 Email: [email protected] Director: Artur Almeida e Sousa FUNDADO EM 1917 BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE Quarta feira 17 de Setembro de 2003 Ano 86 N.º 8239 – 0,50 e Horas extraordinárias provocam greve de médicos no IPO PÆgina 4 Xutos e Primal Scream no concerto dos Rollings Stones PÆgina 4 Autarca de Poiares acredita que a chanfana vai unir municípios PÆgina 5 Estádio de Coimbra é o terceiro a ficar pronto PÆgina 3 Basquete do Olivais promete encestar mais PÆgina 3 Hoje Colectiva na Paletro Na Galeria de Arte Paletro, na Rua do Brasil, em Coimbra, está patente ao público, até 31 de Outubro, a Exposição Colectiva de Aniversário que reúne trabalhos de Ângela Pinheiro, Caldeira Martins, Joaquim Canotilho, João Mário, Manuel Gregório Pereira, Miguel Levy Lima, Noronha da Costa, Tavares da Cruz, Rui Pinheiro, Salvação Barreto e Susan Harrison. Obra de Santa Zita Na Obra de Santa Zita, na Rua Gil Vicente, em Coimbra, estão abertas as inscrições para o ano lectivo de 2003/2004, que reabre a 13 de Outubro com os cursos de formação familiar: artes decorativas (segunda e terça, das 14.30 às 17.30 horas), bordados e tapeçaria (três turnos – segunda, terça e quarta, das 14.30 às 17.30), corte e confecção (quinta, das 14.30 às 17.30), culinária e nutrição (terça, das 16 às 18) e viola (sábado, das 10.30 às 11.30 e 11.30 às 12.30). Encontros de Alcobaça No Centro de Estudos de Alcobaça da Universidade de Coimbra está a decorrer, até sábado, os Iºs Encontros de Alcobaça/Sociedade da Informação. Estes encontros são dedicados aos “Arquivos Políticos” e pretendem abordar temas como o tratamento e disponibilidade pública, conservação, descrição e classificação de arquivos públicos; tratamento específico de suportes como a fotografia e o filme; recurso às modernas tecnologias da informação; utilização jornalística dos arquivos políticos. “Diversidades” Na Casa Municipal da Cultura, em Arganil, está patente ao público a exposição de pintura “Diversidades III”, da autoria de Florinda Ferreira. Esta mostra pode ser visitada até 2 de Outubro. Exposição de Pintura Na Sala de Exposições Temporárias do Museu Municipal da Lousã encontra-se patente ao público a exposição de pintura de Maria de Fátima Silva. Cursos da ACAC Na Associação Cultural e Artística de Coimbra (ACAC) encontram-se abertas as inscrições, até sexta feira, para os cursos intensivos de desenho e pintura, iniciação à música e apoio a línguas estrangeiras e português. Amanhã Artes Mental e Motora Na Escola Secundária Jaime Cortesão, em Coimbra, vai ser inaugurada amanhã a exposição colectiva de artistas portadores de deficiência física ou motora, integrada nas comemorações do Ano Europeu das Pessoas com Deficiência. Intitulada “Artes Mental e Motora”, esta exposição resulta de um parceria entre a ARCIL – Associação para a reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Lousã e da Coimbra Capital Nacional da Cultura. Pode ser visitada até 19 de Outubro. “Viagens” Vai ser inaugurada amanhã, pelas 18 horas, na Galeria de Exposições do Instituto Português da Juventude de Viseu, a exposição “À descoberta do concelho de Vouzela”, integrada no Programa Viagens. Críticas e novidades no regresso às aulas Última pÆgina

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Versão integral da edição n.º 8239 do bi-semanário “O Despertar”, que se publica em Coimbra. Ao tempo dirigido por Artur Almeida e Sousa. Jornal fundado em 1917. 17.09.2003. Para além de poderem ser úteis para o público em geral, estes documentos destinam-se a apoio dos alunos que frequentam as unidades curriculares de “Arte e Técnicas de Titular”, “Laboratório de Imprensa I” e “Laboratório de Imprensa II”, leccionadas por Dinis Manuel Alves no Instituto Superior Miguel Torga (www.ismt.pt). Para saber mais sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747 Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

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Page 1: O Despertar – 8239 – 17.09.2003

PORTE PAGO

Rua Pedro Roxa, 27 a 313000-330 COIMBRA

Tel. 239 85 27 10/11/12Fax 239 85 27 19

Email: [email protected]

Director: Artur Almeida e SousaFUNDADO EM 1917

BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE

Quarta feira • 17 de Setembro de 2003 • Ano 86 • N.º 8239 – 0,50 e

Horas extraordináriasprovocam grevede médicos no IPO

Página 4

Xutos e Primal Screamno concertodos Rollings Stones

Página 4

Autarca de Poiaresacredita que a chanfanavai unir municípios

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Estádio de Coimbraé o terceiro a ficar pronto

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Basquete do Olivaispromete encestar mais

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Hoje

Colectiva na PaletroNa Galeria de Arte Paletro, na Ruado Brasil, em Coimbra, está patenteao público, até 31 de Outubro, aExposição Colectiva de Aniversárioque reúne trabalhos de ÂngelaPinheiro, Caldeira Martins, JoaquimCanotilho, João Mário, ManuelGregório Pereira, Miguel Levy Lima,Noronha da Costa, Tavares da Cruz,Rui Pinheiro, Salvação Barreto eSusan Harrison.

Obra de Santa ZitaNa Obra de Santa Zita, na Rua GilVicente, em Coimbra, estão abertasas inscrições para o ano lectivo de2003/2004, que reabre a 13 deOutubro com os cursos de formaçãofamiliar: artes decorativas (segundae terça, das 14.30 às 17.30 horas),bordados e tapeçaria (três turnos –segunda, terça e quarta, das 14.30 às17.30), corte e confecção (quinta,das 14.30 às 17.30), culinária enutrição (terça, das 16 às 18) e viola(sábado, das 10.30 às 11.30 e 11.30às 12.30).

Encontros de AlcobaçaNo Centro de Estudos de Alcobaçada Universidade de Coimbra está adecorrer, até sábado, os IºsEncontros de Alcobaça/Sociedadeda Informação. Estes encontros sãodedicados aos “Arquivos Políticos”e pretendem abordar temas como otratamento e disponibilidadepública, conservação, descrição eclassificação de arquivos públicos;tratamento específico de suportescomo a fotografia e o filme; recursoàs modernas tecnologias dainformação; utilização jornalísticados arquivos políticos.

“Diversidades”Na Casa Municipal da Cultura, emArganil, está patente ao público aexposição de pintura “DiversidadesIII”, da autoria de FlorindaFerreira. Esta mostra pode servisitada até 2 de Outubro.

Exposição de PinturaNa Sala de Exposições Temporáriasdo Museu Municipal da Lousãencontra-se patente ao público aexposição de pintura de Maria deFátima Silva.

Cursos da ACACNa Associação Cultural e Artísticade Coimbra (ACAC) encontram-seabertas as inscrições, até sexta feira,para os cursos intensivos de desenhoe pintura, iniciação à música e apoioa línguas estrangeiras e português.

Amanhã

Artes Mental e MotoraNa Escola Secundária JaimeCortesão, em Coimbra, vai serinaugurada amanhã a exposiçãocolectiva de artistas portadores dedeficiência física ou motora,integrada nas comemorações doAno Europeu das Pessoas comDeficiência. Intitulada “ArtesMental e Motora”, esta exposiçãoresulta de um parceria entre aARCIL – Associação para areabilitação de CidadãosInadaptados da Lousã e daCoimbra Capital Nacional daCultura. Pode ser visitada até 19 deOutubro.

“Viagens”Vai ser inaugurada amanhã, pelas18 horas, na Galeria de Exposiçõesdo Instituto Português da Juventudede Viseu, a exposição “À descobertado concelho de Vouzela”, integradano Programa Viagens.

Críticas e novidades no regresso às aulas

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7/09/03

crónica ao acaso

Manuel Bontempo

opinião 2

Intercomunicar, escrever, falar

IMOBILIÁRIA PATROCÍNlO TAVARES, S. A.– CONSTRUÇÃO CIVIL– COMPRA, VENDA DE PROPRIEDADES

Rua da Sofia, 175 C 3000 COIMBRATels. 239 854 730 Fax 239 854 735

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Número de Registo 100117

Redacção e Administração:Rua Pedro Roxa, 7-1.º

Tel. 239 85 27 10/11/12 - Fax 239 852 719Jornalistas:

Artur Almeida e Sousa - CP n.º TE-628Zilda Monteiro - CP n.º 7937

Oficinas Gráficas:Rua Pedro Roxa, 27 a 31

Tel. 239 85 27 10/11/12Fax 239 85 27 19

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Gráficas de “O Despertar”Tiragem média no mês deJulho 24.000 Exemplares

Denominação Social:ANTÓNIO DE SOUSA (HERDEIROS), LDA.

Contrib. N.º 502 137 258 - Cap. Social: 7.481,97 EurosGerência:

Artur Almeida e Sousa; Lúcia Maria Sousa Correiae José Carlos Antunes

Maltrata-se constantemente o nossoidioma. Escreve-se mal. É ver tantosbem-pensantes a dar erros de palma-tória, em pequenos trechos emepístolas, em bocados de prosa malalinhavada e, sobretudo, com errosortográficos.

A língua portuguesa é alma donosso povo. Da nossa identidade. E háque defendê-la dos bárbaros, dosiletrados bem colocados em posiçõeschave, ou que se julgam sábios empitosgas de entendimento.

O professor da língua portuguesatem de criar nos alunos uma ética doconhecimento dessa alma e mostrar-lhes, sem desfalecimento, que aciência da sua aprendizagem tem deser extensa, que não basta captar asuperficialidade das palavras, os seussignificados, as letras, os sons.

O convívio do professor mo-derno, culto e diligente, com os alunos,é um fazer constante com as coisas eos seres, com o mundo do conhe-cimento, que abrange o diálogo nasciências relativas e ligadas à peda-gogia, na formação específica dohomem, no seu saber, no carácter, nossentimentos e nas sensibilidades,desenvolvendo mentalidades abertase curiosas, que aprendam em profun-didade o abc caminho para uma

“abertura geral” à cultura da fala, doidioma, nos segredos e mistérios deuma das línguas mais velhas domundo.

Intercomunica-se mal. Escreve-sepessimamente. Os erros grosseirosmorrem mais que o vento.

A língua portuguesa não ésomente o vocábulo, o juntar palavras,letras, é examinar exercícios, oaprofundar os efeitos do raciocínio, oir mais além, descobrir ou procurar osmeios de se formar juízos, conceitos,de a pessoa se afirmar pela palavracorrecta, pela ideia sem teias, de seexplicar sem acessos de gaguez…

Preservar é defender todo o“inventário” deste velho idioma, quecresce sempre, se renova, que insereoutros elementos dum vasto mundofalado por mais de trezentos milhõesde pessoas.

A palavra tem o efeito de explicar,de conduzir, e quem escreve tem deestruturar correctamente a frase, comofosse artista na redescoberta das coresde uma pedagogia diferente, viva,animada.

Quem descamba para os errosgramaticais devia quase de ser proibidode escrever. E há por aí tantos indígenasque botam figura na nossa praça noferoz ataque que fazem ao nossoidioma.

E só se pode defender a línguaportuguesa, da ignorância snob epedante de tantos figurões, a arte de

Novas oportunidadespara a Terceira Idade

escrever, falar correctamente, levandoa missão de ensinar com vocação, comsimpatia acrisolada, com dedicaçãosem limites, na busca de novasperspectivas.

O professor tem de ser muito claronas suas ideias, nos conhecimentosdiversificados, nos programas, em quetodos saibam compreender.

Não é de admirar este país ser dosmais atrasados da Europa no ensino,na cultura geral, na gramática e outrasciências do saber.

A incultura gramatical, os errostremendos ortográficos, acontecemtodos os dias, em qualquer parte e aténa voga dos desportistas e outroscomparsas na escolha de biografiasescritas por terceiros, ou nos milhentosautores que surgem por toda a parte,para gaudio da família ou na facili-dade de sujar ainda mais esta línguade Camões!

O professor moderno, e bempreparado e vocacionado, além doconceito pessoal tem de possuir asregras da língua portuguesa, na apre-ensão geral do seu conhecimento,que não pode ficar em comportamen-tos estanques ou nas meras forma-lidades burocráticas… tão ao gostode muitos inseridos em seara alheia.

E curvamos a nossa cabeça aosprofessores de português, os bons, quesão muitos que lembram os professoresda nossa geração, onde o “português”,era a base de todo o saber.

Sílvia Santos

Actualmente, as sociedades Ociden-tais confrontam-se com uma popu-lação cada vez mais idosa e em maiornúmero. A pirâmide que dantes cara-cterizava as faixas etárias existentes,com os mais novos e jovens na base,e os idosos no topo, agora tende paraum quadro, em que jovens e idososaparecem em números cada vez maissemelhantes.

E o que é a Terceira Idade?A ideia de que a Terceira Idade

começa aos 65 anos, por exemplo, éum erro, talvez por causa da asso-ciação à aposentadoria. Assim, aTerceira Idade são todas as pessoascom 60 anos ou mais.

Desta forma, indo ao encontrodas necessidades desta camada dapopulação, cada vez mais exigente,lúcida, saudável, e cada vez mais comsede de aprender aparecem as Uni-versidades para Terceira Idade.

Estas, surgiram na década de 70,em França e tinham como princípiosbásicos proporcionar aos mais velhosa possibilidade de aprenderem ouensinarem a promover o convívioentre gerações.

As Universidades para a TerceiraIdade consistem num conjunto deespaços que oferecem um ambientesocial que motive as pessoas daTerceira Idade e actividades que aspossam beneficiar, ao mesmo tempoque contribuem para a valorização dopatrimónio cultural das comunidadesa que pertencem.

Em Portugal o primeiro esta-belecimento de ensino para a TerceiraIdade, criado em 1976, foi a Uni-versidade Internacional para a Ter-ceira Idade. Actualmente já existemmais de 30 universidades que contamcom mais de 5000 alunos, sendo asmaiores a Universidade de Lisboa daTerceira Idade e a Universidade doAutodidacta e da Terceira Idade doPorto, com 630 e 500 alunos res-pectivamente. Existem ainda váriasem Lisboa, Santa Maria da Feira eOeiras.

Estas universidades propor-

cionam à maioria dos idodos que jánão tem idade para trabalhar e nãoquerem estar em casa sem fazer nada,uma oportunidade para uma melhorintegração na sociedade. As váriasactividades como, teatro, dança eginástica, pintura e passeios, minis-tradas nestas universidades propor-cionam não só uma melhor qualidadede vida como também reforça laçosde amizade, não os fazendo sentir tãosós e desnecessários.

A experiência e a sabedoriaadquiridas com a idade podem serutilizadas nestas universidades comoauxiliares para os outros e para ospróprios idosos, ajudando-os aconstruir um futuro melhor.

O objectivo é conquistar de no-vo um lugar importante no seio dafamília e da comunidade, que é suapor direito.

Assim, e a título de curiosidade,está provado que os indivíduos queestão sempre em busca do saber, e deestudar coisas novas são aqueles quemelhor lidam com o processo deenvelhecimento.

As Universidades da TerceiraIdade funcionam todas fora dosistema escolar, mantendo-se fiéis aosprincípios básicos da aprendizageminformal, não emitindo assim, certi-ficados ou grau académico doscursos ministrados. A maioria tra-balham com professores voluntários,existindo no entanto algumas quepagam aos professores, mas emcontrapartida têm mensalidades maiselevadas.

A diversificação das necessi-dades da sociedade contemporâneaexige o conhecimento e competên-cias específicas. Por isso é necessárioacompanhar e satisfazer as neces-sidades de novas competências, cujaaprendizagem passa por uma for-mação qualificada.O mega-processo

dos leitões ainda mexeAbílio Lopes

Na sequência duma mega-operação aos leitões levada a efeito pelasbrigadas da IGAE (Inspecção-Geral das Actividades Económicas) emque foram apreendidas 388 carcaças por crime de matança clandestinae um carimbo ilegal, vamos recapitular aos nossa leitores:

O delito deu-se por altura da quadra natalícia e o proprietário domatadouro, além de processado por crime de matança clandestina,encontra-se processado por agressão à veterinária municipal daMealhada e, seguidamente, acumulou mais um processo por crime deinjúrias à IGAE como pessoa colectiva, já que veio a Coimbraacorrentar-se à porta da IGAE com cartazes tidos por injuriosos, sendocondenado.

Acontece que, por altura do Carnaval, o Tribunal Judicial daMealhada foi assaltado, tendo os gatunos levado peças do processo.

Ponderados os factos e, isto porque os gatunos desconheciamque os agentes da IGAE ficam com cópias do processo, o MinistérioPúblico decretou a validade das referidas cópias, como se de originaisse tratasse, seguindo os autos a sua tramitação normal.

Assim, nada adiantaram actos extemporâneos porque a justiçaserá devidamente exercida.

Postal de Castanheira de PêraCristina Henriques*

Chegou-nos por correio, como éhabitual, o Boletim Municipal deCastanheira de Pêra, n.° 44, V série,de Maio-Junho de 2003.

É sempre com grande prazer querecebemos este Boletim, vindo daterra de nossos avós maternos e paraonde viajámos durante quase trintaanos; nos Verões da nossa meninice,corríamos e brincávamos com asnossas primas na primeira “Casa daCriança Rainha D. Leonor”, por entreaqueles magníficos jardins.

Castanheira de Pêra é a nossasegunda terra, uma vez que delaproveio a família materna; e foi umilustre filho dela, o dr. Bissaya-Barreto, quem foi o nosso médico denascimento, na Alta de Coimbra. Oactual Colégio de Música já foimaternidade e ainda hoje as suasparedes ostentam belas pinturas deimagens de temas maternais.

É um prazer observar as obrasligadas ao nome do dr. Bissaya--Barreto, homem que teve um enor-me poder de realização; faz parte da

sua herança e foi sua última vontadea instituição da Fundação Bissaya-Barreto, obra que perpetua o seunome desde 1958.

Ainda me lembro muito bem deque na vila, as “Senhoras Bissayas”eram muito poupadas; mas quandoeu ia visitá-las, trazia um saco cheiode rebuçados, pois era a “neta deCoimbra” da D. Mercedes, do Ou-teiro... velhos e belos tempos esses,em que eram vivas todas essas que-ridas pessoas! Só a morte arrancaráde mim a memória de meus avósmaternos, já falecidos! E foi o Bo-letim que me arrancou mais estasletras, que eram bolbos germinandodentro de mim...

O postal de Castanheira de Pêraestá-me radiografado no pensamentoe os melhores Verões, vivi-os noOuteiro, contemplando o nascer dosol e comendo sopas de broa. Davatudo por tudo para lá estar ainda!Foram esses tempos sadios que mederam força para fazer da vida, nãouma batalha, mas uma vitória.

Que a obra do Prof. Bissaya-Barreto perdure e avance por muitas

gerações!Gostei do Boletim Municipal,

fez-me sentir feliz e voltar até aotempo dos grilos da minha infân-cia...

Mais uma vez Castanheira dePêra está de parabéns, porque tem umBoletim das Deliberações, da vidamunicipal e das figuras importantesque engrandecem a minha vila pre-ferida!

*Escritora

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17/09/03

coimbra 3

Responsáveis elogiam “novo” Estádio de Coimbra

Arnaut elogia “transparência e rigor” de CoimbraO novo Estádio Cidade deCoimbra foi inaugurado, nasexta feira, numa cerimóniaque contou com a presençade responsáveis políticos edesportivos, que elogiaram atransformação verificadanum dos 10 recintos que vãoacolher o Europeu deFutebol Portugal’2004.

Carlos Encarnação, presidente daCâmara Municipal de Coimbra,entidade responsável pela construçãodo novo recinto construído a partir doantigo estádio municipal da cidade,manifestou a sua satisfação pelaconclusão atempada da obra e pela suadimensão.

“É uma sorte muito grande serpresidente da Câmara e inaugurar umaobra destas. Tudo foi feito dentro dosprazos previstos e o resultado final éde uma grande espectacularidade”,referiu o autarca durante a cerimónia.

Perante o responsável gover-namental com a tutela do Desporto, oministro adjunto do Primeiro-Mi-nistro, José Luís Arnaut, e o secretáriode Estado do Desporto, HermínioLoureiro, Encarnação sublinhou anecessidade de rentabilizar o in-vestimento efectuado no novo estádio,o terceiro a ficar concluído para oEuropeu.

“São 50 milhões de euros com ocusto da obra e seis milhões com a suamanutenção anualmente, incluindo oempréstimo bancário. Agora o im-portante é gerir isto bem e tentarrentabilizar o estádio”, sublinhou.

Para o autarca social-democrata,

a realização de concertos no novoestádio, como o dos Rolling Stonesmarcado para dia 27, “é um bomexemplo de sucesso para canalizargente a um espaço com estas condi-ções”.

O antecessor de Carlos Encar-nação à frente da autarquia conim-bricense, Manuel Machado, foi outradas figuras presentes a elogiar o novorecinto, que vai acolher dois jogos damáxima competição continental deselecções.

O ex-autarca socialista e primeiro

mentor da obra classificou o novoestádio como um veículo de valo-rização e projecção da cidade deCoimbra, “não apenas pela práticadesportiva, mas também pela práticacultural, com espectáculos”.

“Este era o equipamento quefaltava a Coimbra e era reclamado porvários profissionais, particularmenteligados ao futebol, mas não só.Aproveitámos, na altura, a ocasião coma perspectiva do Euro2004, fomoscriticados, mas o tempo deu-nosrazão”, frisou Manuel Machado.

João Moreno, presidente daAcadémica, representante do clube quemais vai utilizar o espaço, tambémmanifestou a sua satisfação e orgulhopela conclusão da obra.

“Como cidadão de Coimbra,sinto-me orgulhoso com esta estruturaque vai servir a cidade e, comopresidente da Académica, os reflexosfinanceiros e desportivos para ainstituição são por demais evidentes.

É preciso assegurar a estabilidadedo clube na SuperLiga e este instru-mento é fundamental para que issoaconteça”, defendeu.

O presidente da Liga Portuguesade Futebol Profissional, ValentimLoureiro, também manifestou a suasatisfação pela conclusão do EstádioCidade Coimbra, mas não deixou decriticar o governo português pela suafraca comparticipação nas obras parao Europeu promovidas pelas autar-quias e clubes.

“Não houve derrapagens naconstrução dos estádios, o que houvefoi uma previsão aquém do custo real

Equipas vão ser apresentadas no próximo fim de semana

Olivais renovado quermanter-se entre os primeirosA direcção do Olivais FutebolClube apresentou, na quintafeira, a equipa feminina debasquetebol. Com seis novosreforços, o plantel estácompleto e promete lutar porum dos “lugares cimeiros daLiga” e por uma boaclassificação na Taça dePortugal.

Durante a apresentação da época2003/2004, Carlos Gonçalves, pre-sidente do clube, mostrou-se bastanteconfiante numa boa exibição daequipa comandada por José Araújo.

Sempre com um discurso bastan-te optimista e, de alguma forma,ambicioso, Carlos Gonçalves assumiuque a intenção do clube é manter-seentre os primeiros, “chegar o maislonge possível, de preferência aoslugares da Liga e ir ao Final da Taçade Portugal”.

A boa prestação da equipa, adedicação e a entrega de cada atleta,irão contribuir, no seu entender, paraprojectar o nome da equipa e paraatrair mais adeptos ao pavilhão.

José Araújo assumiu o desafioambicioso da direcção e espera poderformar agora “uma equipa competi-

tiva” que em cada jogo possa atrairao Pavilhão do Olivais cada vez maisadeptos da modalidade e do despor-to.

“Seremos uma equipa jovem,muito combativa, competitiva e comprazer a praticar basquetebol”, su-blinhou.

Durante esta conferência deimprensa, Carlos Gonçalves anun-ciou ainda os seis novos reforços daequipa sénior masculina, que vaicontar esta época com os atletasValdemar Chindombe (ex-Acadé-mica), Nélson Chindombe (ex-Sampaense), Luís Fernandes (ex-PT),Guilherme Quintela (ex-Académica),Pedro Rebelo (ex-Académica) e CarloFerreira (regressa ao clube).

Em relação ao plantel da equipafeminina vai ser constituído porMafalda Jesus, Mitó, Ana Castro, SaraFerreira, Inês Albuquerque, MónicaSeidi, Sónia Ferreira, Sandra Ribeiro,Patrícia Marques, Latonya Mcdole,Rafaela Santos, Susana Silva, AnaTeixeira e Rhonda Price. José Araújoassume o cargo de treinador principal,Luís Gonçalves de treinador adjunto,Tiago Oliveira fica responsável pelafisioterapia e Luís Santos é o operadorde vídeo. Na direcção estão José Min-gocho, José Castro e Carlos Gonçal-ves.

As equipas vão ser apresentadasaos sócios no próximo fim-de--semana, no Pavilhão do Olivais,durante o 5.º Encontro de Gerações.

das obras. O governo agarrou-se a issoe as câmaras e os clubes não tiveram oapoio dos 25 por cento do custo daobra, mas apenas cerca de 20 porcento”, sustentou Valentim Loureiro.

“Transparênciae rigor”

O ministro adjunto do Primeiro-Ministro, José Luís Arnaut, garantiuque “não houve desperdício dedinheiros públicos” na construção donovo Estádio Municipal de Coimbra.

“Houve transparência e rigor naaplicação desses dinheiros”, salientouJosé Luís Arnaut, ao intervir nainauguração da obra.

O ministro afirmou que o governo“apoiou de forma clara e inequívoca”o projecto de remodelação do estádiodo Calhabé, frisando que a obra“passou por dois executivos” locaisde “cores diferentes” - PS e coligação“Por Coimbra” (PSD-CDS/PP-PPM) -,mas esta circunstância “nada afectou”a sua concretização.

Na sua opinião, a presença depresidentes de várias câmaras muni-cipais do distrito de Coimbra, socia-listas e social-democratas, “é umaprova” da importância de que esteinvestimento público tem para aregião. “Sinto-me orgulhoso comoportuguês”, disse o governante aoelogiar o projecto como “obra degrande envergadura”, lembrando queeste é o terceiro já inaugurado para oEuropeu Portugal’2004.

José Luís Arnaut defendeu que ocampeonato europeu de futebol “nãopode ser um acontecimento despor-tivo”, devendo contribuir para “pro-jectar a imagem de um Portugal mo-derno”.

Para o ministro adjunto, os novosestádios e a realização do Europeudeverão estar “à altura do esforço queos contribuintes portugueses fizeram”.

Carlos Encarnação confirmouque o Estádio Municipal custou 50milhões de euros e que os encargosanuais da autarquia, nos próximosanos, rondarão seis milhões de euros,incluindo esta verba a manutenção dainfraestrutura e as prestações de umempréstimo bancário contraído para oefeito.

Atenção2.ª Edição do concurso “O BOM OBSERVADOR”,

em comemoração do 30.º aniversárioda Galeria de Arte CAPITEL

Qualquer pessoa pode participar neste agradável“passatempo”. Apenas e, para o efeito, ver e anotartudo quanto está numa das montras da CRISLANA,Rua Eng.º Duarte Pacheco n.º 10, em Leiria, nosdias 20/09, 28/09, 5/10, 12/10, 19/10, 26/10, 2/11,9/11, 16/11, 23/11 e 7/12.

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R. Eng. Duarte Pacheco, 12-2.ºTelefone 244 832 499 - Fax 244 811 2612400 LEIRIA

A direcção do Olivais quer que a equipa senior feminina ocupe um doslugares cimeiros na Liga

Depois da inauguração do Estádio, o terceiro a ficar concluído para o Europeu, Carlos Encarnação sublinhou anecessidade de rentabilizar o investimento efectuado

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7/09/03

coimbra 4

Falando de Ceira… e não só João Baptista

Rolling Stones

Xutos e Primal Screamsão bandas-suporte

Os portugueses Xutos &Pontapés e os britânicosPrimal Scream juntam-seaos Rolling Stones noconcerto de dia 27 noEstádio Municipal deCoimbra, revelou à Lusafonte da promotora Ritmos& Blues.

Os Xutos & Pontapés, que em2004 comemoram 25 anos decarreira, serão os primeiros a pisar opalco do Estádio Municipal deCoimbra, cerca das 19 horas, numaactuação prevista para durar 45minutos.

Duração idêntica terá a actua-ção dos Primal Scream, prevista paracomeçar por volta das oito da noite,antecedendo os Rolling Stones,que sobem ao palco pelas 21.30horas.

Esta será a segunda vez que osescoceses Primal Scream actuam empalcos portugueses, depois da estreiano Festival Optimus Sudoeste, emAgosto último.

Os bilhetes para o público emgeral já estão esgotados, havendoapenas mil ingressos que a Movi-jovem de Coimbra disponibilizapara portadores do cartão jovem, comum desconto de 2,5 euros.

Os Rolling Stones regressam aPortugal com um concerto queinaugurará o novo Estádio Muni-cipal, onde são esperadas mais de 40mil pessoas.

De acordo com o site oficial,antes de chegar a Coimbra a bandade Mick Jagger e Keith Richardsactua nos dias 15 e 20 em Londres(Reino Unido), no dia 22 em Ames-terdão (Holanda) e no dia 25 emBenidorm (Espanha).

Depois de Coimbra, seguemnovamente para Espanha, dia 29,para um concerto em Saragoça.

Reunião de antigos alunosdo Liceu D. João III

O Álvaro Perdigão da Costa, pessoasobejamente conhecida na nossacidade, teve a feliz ideia de reunir osrapazes e as raparigas que em Outubrode 1943 entraram para o Liceu D. JoãoIII.

Como pessoa dinâmica quesempre foi depressa a ideia se trans-formou numa iniciativa que começoupela procura, nem sempre fácil,daqueles que há 60 anos, cheios deesperança num futuro risonho pelaprimeira vez se juntaram.

Desses 163 jovens (12 raparigase 151 rapazes) restarão, pelas dili-gências realizadas que abrangeram asmais diversificadas áreas, mais de 120tendo sido estabelecido contacto comtodos eles.

Neste momento são largas de-zenas as aderências que, assim, nopróximo dia 4 de Outubro cumprirãoo programa seguinte:

9.30/10.30 - Concentração econtacto dos antigos alunos com osecretariado (instalado no átrio prin-cipal da Escola) para confirmação da

inscrição.10.30 - Descerramento de uma

placa comemorativa dos 60 anos dematricula também no átrio principalda Escola. Algumas palavras de boasvindas.

11.00 - Breve visita às instalaçõesda Escola para relembrar as melhoreshistórias do passado.

12.00 - Missa em memória doscolegas falecidos na Igreja doConvento de Celas.

13.00 - Concentração no HotelD. Luís, em Santa Clara, para almoço.

Estão criadas, pois, todas ascondições para que estes jovens desetenta anos possam recordar comalegria os dias e anos que viveramjuntos, uns mais do que outros evi-dentemente, mas que são por certo ummarco dos mais importantes destasvidas que já vão longas.

Se porventura algum dessescolegas ainda não respondeu oueventualmente não recebeu acorrespondência que a todos foienviada e ler este jornal que contaassinantes espalhados pelo mundo,deve fazê-lo de imediato ou para oÁlvaro Perdigão da Costa - AvenidaBissaia Barreto n.° 3 – 2.° direito 3000-

076 - Coimbra ou para o João Pimentelda Fonseca - Rua Conde de Sabugosan.º 29 – 6.º dt.º 1700-115 - Lisboa.

Dos nossos professores de entãotemos ainda o prazer e a felicidade deter entre nós o Prof. José de SousaEsteves, desportista sobejamenteconhecido em todo o País, que nostransmitia um conceito e prática deeducação física que ainda hoje sãoexemplos para uma actividade básicana educação e que, infelizmente, emmuitas Escolas nem sequer pode serpraticada. Esperamos tê-lo entre nós.

É com muito orgulho que o autordestas linhas fez parte daquele númerode matriculados em 1943 e quedurante anos acompanhou diaria-mente os companheiros que agora sevão juntar.

Alguns, tenho a certeza, que nãose vêem há dezenas de anos uma vezque a vida os conduziu para outrasparagens onde implantaram a sua vidaprópria.

Mas para todos vai ser muito bomrever-nos uns aos outros, barrigas cres-cidas ou carecas alvas, mas subor-dinados ao mesmo espírito irreveren-te mas sadio de então, na Casa que nosprincipiou a formar para a vida.

Paróquia da Sé Velha

Responsabilidade diluídaP. João Evangelista

É responsabilidade pessoal que meproponho tratar neste apontamento.

Todo o homem é responsável nosentido em que chegou à vida e recebeudela algum ou alguns apelos expressosnas qualidades e virtudes pessoais enas condicionantes favoráveis querodearam o seu nascimento. Todos,consciente ou inconscientemente, têmde responder aos apelos, à vocaçãopessoal que eles representam querassumindo-os quer recusando-os.

Não sei se a culpa é da cultura edos mitos, ou da democracia e suasutopias ou simplesmente da fraquezahumana, o que é um facto hoje, e saltaà vista, é que a responsabilidadepessoal tende a diluir-se cada vez mais,em todos os níveis, em todas as idadese em todas as estruturas sociais. Sãocada vez menos os que se assumemcomo responsáveis sujeitos de direitose cada vez mais os inculpados, asvítimas, os sujeitos de direitos semdeveres. Valoriza-se ao máximo asopiniões pessoais, mas desvaloriza-seo sentido da verdade. Exalta-se aliberdade de cada um, à custa até dospróprios valores da vida e comargumentos de puras aberrações.Destrói-se a família, a cidadaniaarticulada, os fundamentos éticos dopoder, a dignidade humana dotrabalho, o respeito pelos valores daFé e da Moral. E a responsabilidadepessoal dilui-se nas comissões, nossujeitos colectivos, nos conselhos degestão na hidra da opinião pública.Não há verdadeiros responsáveis. E osque há são muito poucos.

Não adianta nada radicalizar opoder de mal e desatar a zurzi-lo comarrebatados pessimismos. Que estátudo perdido! Tudo ficaria pior, porqueiria inquietar ingénuos dormentes econsciências débeis que em vez de umareacção terapêutica contra o mal, sesentiriam chocados com tais pessi-mismos.

O mundo não está todo perdido.As crises civilizacionais trazem em simuitos e preciosos avanços. A quedade muitos impérios foram grandesserviços à humanidade. Subjacentes àscrises estão sempre a germinar novoscaminhos. E é nesta convicçãoprofunda que me sinto estimulado adenunciar a diluição da responsa-bilidade pessoal no colectivismoanónimo e inconsequente. Somos umageração “parola”. Misturamos asfarinhas todas com os padeiros paranos darem os “parolinhos” (Aliás unspãezinhos gostosos).

Quem é responsável hoje eporquê? Quem sabe discernir bem osseus deveres e os assume a sério?

A responsabilidade diluídacultiva-se nas constantes manifes-tações de rua em que participa toda agente, mas muito poucos dão a cara;cultiva-se no recurso fácil de problemasgraves as soluções de abandono oudemissão; cultiva-se no exagero comque se atribui à sociedade a culpa demuitos males; cultiva-se nas recla-mações idiotas de direitos sem deverese sem outra entidade responsável quenão seja o Estado; cultiva-se quandoem greves legais se ignora a justiçadaqueles que são vítimas inocentes;cultiva-se ainda quando na aplicaçãoda justiça se invertem os papéis deofendido e vítima com o de violadordos direitos alheios.

Gostaria de ver a Igreja a assumira sério esta questão que tem tambémimplicações graves no foro daconsciência moral. Quem sente hojenecessidade de se confessar? Quemsabe reconhecer-se pecador? A perdado sentido do pecado e da culpaenvolve um esvaziamento do própriosentido religioso. E há responsa-bilidades não assumidas que mere-ciam outra atenção. É que o que estáem causa não é a boa fé dos respon-sáveis é a sua rectidão moral e acompetência que devem ter no serviçodos outros.

Os Xutos & Pontapés serão os primeiros a pisar o palco do EstádioMunicipal de Coimbra, numa actuação prevista para durar 45 minutos

Paralisação prolonga-se até ao dia 5 de Outubro

Greve no IPO de Coimbraameaça dificultar serviçosUma greve dos médicos doIPO de Coimbra, iniciada às00:00 horas de segundafeira, deverá criardificuldades aofuncionamento destaunidade hospitalar, quepresta cuidadosespecializados de saúde adoentes de toda a RegiãoCentro.

Através da greve, várias dezenasde médicos do Centro Regional deOncologia de Coimbra (CROC, maisconhecido por IPO de Coimbra)exigem o pagamento de horasextraordinárias em urgência de acordocom a tabela das 42 horas semanais.

Os sindicatos acusam a admi-nistração do Instituto Português deOncologia (IPO) de Coimbra de nãoaplicar o disposto no decreto-lei 62/79, de 30 Março, aos médicos comregime de tempo completo de 35horas e aos médicos com horário de42 horas em exclusividade.

Desta situação, segundo umanota do Sindicato Independente dosMédicos (SIM), “resulta incorrecto eilegal o cálculo de remunerações”,designadamente de horas extraordi-nárias, trabalho prestado em “horasincómodas” e trabalho em regime deprevenção.

Outro dos motivos da paralisa-ção, que se prolonga até às 24 horasdo dia 5 de Outubro, era o “não reco-nhecimento da existência de equipasmédicas de urgência” pelo conselhode administração do CROC. Mas Cí-lio Correia, dirigente da FederaçãoNacional dos Médicos (FNAM), disseà agência Lusa que o presidente doCROC, Manuel António Silva, “veioentretanto reconhecer que há urgên-cias” neste hospital. “Esta foi a pri-meira conquista dos médicos do IPOde Coimbra, em resultado do pré-avisode greve”, sublinhou Cílio Correia.

A principal exigência dos médi-cos “é ver as horas extraordinárias emurgência pagas pela tabela única das42 horas e que a sua contabilidadeseja feita de forma correcta”, acres-centou Cílio Correia.

Não são abrangidos pelo pré--aviso de greve os profissionais queparticipam em concursos médicos eos que integram os respectivos júris.

O orçamento do IPO de Coimbra,segundo o dirigente da FNAM, prevê“apenas dois por cento” para horasextraordinárias, enquanto outroshospitais centrais reservam cerca de20 por cento para esse fim.

Num plenário realizado quintafeira, no IPO de Coimbra, “nenhumdos 50 médicos presentes” se pronun-ciou contra a greve, concordando coma fundamentação do pré-aviso, salien-tou. “Ficam garantidos os serviços deurgência interna e apoio e de apoioàs situações de emergência”, explicouCílio Correia.

Cirurgias que estão programadasserão alguns dos serviços prejudi-cados pela paralisação.

Outro motivo da greve, segundoo SIM, é a “não delimitação de tarefasassistenciais dos médicos” do CROC,que tem o estatuto de sociedade

anónima (SA).A nota realça que essa omissão

“obriga ao atendimento e responsa-bilidade médica simultânea do tra-balho programado, dos doentesurgentes e emergentes e à resposta aosdoentes enviados interna e externa-mente”. “Não reconhecimento dodireito legalmente estabelecido aoshorários em jornada contínua”, “nãoabertura de concursos” - ao abrigo doartigo 15-4 do decreto-lei 276/2002 -e “inexistência de regulamentointerno, aprovado em assembleia gerale negociado com os sindicatos”, sãooutras razões invocadas para recorrerà greve.

O SIM afirma que “são assegu-rados os serviços de hemodiálise, emdoentes urémicos, e os tratamentos deforo oncológico em curso, nomea-damente quimioterapia, radioterapiae respectiva ligação sob vigilância dosistema informático”.

O SIM acusa o administrador dohospital, Manuel António Silva, de“incapacidade de se adequar ao diá-logo e à lei, impossibilitando resul-tados positivos na mediação de con-flitos levada a cabo pelos sindicatosmédicos”.

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17/09/03

regional 5

Artesanato e gastronomia em Vila Nova de Poiares

Confraria da Chanfana com novos confradesO artesanato e agastronomia voltaram acruzar-se, este fim desemana, em Vila Nova dePoiares. Para além daexposição, o programa daPoiartes foi enriquecido peloII Capítulo da únicaConfraria da Chanfana dopaís que, no domingo,passou a contar com novosconfrades efectivos e novosconfrades de honra.

Dezenas de confrarias de todo opaís assistiram, no domingo, àentronização dos novos confrades daConfraria da Chanfana de Vila Novade Poiares, uma cerimónia que ficoumarcada pelos rituais e tradiçõesassociadas a este prato tão caracte-rístico deste município.

A sessão solene do II Capítulo daConfraria decorreu nos paços doconcelho, numa cerimónia presididapelo juiz da confraria e presidente daautarquia, Jaime Soares. Perante umasala repleta, Jaime Soares descreveu a

chanfana como “o prato rei” dagastronomia local e deu a conheceralgumas das tradições ligadas àconfecção deste prato típico.

Afastando as “polémicas bairris-tas” sobre a “Capital da Chanfana”,Jaime Soares assumiu que, de facto,também há chanfana boa noutrosmunicípios e preferiu evidenciar este

Corvo, que também reivindica para sio título de Capital da Chanfana, eafirmou mesmo que, num futuropróximo, os dois municípios sepoderão unir, para elaborar um trabalhoconjunto que permita a defesa desteproduto típico da região.

Jaime Soares e Fernando Antunes cumprimentam a Madre TeresaGranado, da Comunidade de S. Francisco de Assis

“A Chanfana – ex-libris da gastro-nomia regional”, da autoria deMadalena Carrito e Pedro Santos.

Seguiu-se a entronização dosnovos confrades efectivos e dosconfrades de honra que, perante umasala cheia, juraram defender o valorgastronómico e a confecção dachanfana.

Como novos confrades efectivosforam entronizados Maria MargaridaLoureiro Cardoso, Alfredo Lucas,Arnaldo Baptista, António Taborda,Álvaro Quatorze, António VieiraLopes, Carlos Henriques, CassianoBandeira, Lino Vinhal, Gabriel Matos,Rogério Carvalho, Rogério Silva,Horácio Pina Prata e Madalena Carrito.Como confrades de honra foramentronizados Amílcar Malhó, HélioLoureiro, Paulo Pereira Coelho, CarlosCandal, Marçal Grilo e Barbosa deMelo.

No final da entronização JaimeSoares sublinhou que os novosconfrades “assumiram uma granderesponsabilidade: a de seremembaixadores da chanfana de VilaNova de Poiares na região e no mundo”.No final do juramento, lançou apergunta “E agora o que queréis?”,tendo respondido todos em conjunto“A chanfana”. A cerimónia terminoucom um grande banquete onde nãofaltou, obviamente, a chanfana, assadaem forno de lenha e nas caçoilas debarro vermelho.

Poiartes divulga artesanato

Apesar da chanfana ter ganho, nodomingo, um papel de destaque, oartesanato também esteve em evidênciadurante todo o fim de semana. Cercade 150 expositores participaram naXIV edição da Poiartes - Feira deArtesanato de Vila Nova de Poiares,um certame que procurou divulgartodas as actividades artesanais quecontinuam a ser divulgadas noconcelho e na região.

Organizada pela Câmara Muni-cipal, a Feira de Artesanato de VilaNova de Poiares ofereceu aos visitantesum programa bastante diversificado eanimado, sendo de destacar a rea-lização no sábado do IX Festival deFolclore de Vila Nova de Poiares eno domingo a Tourada à Portuguesa,um dos pontos altos deste programa,que contou com a presença doscavaleiros Luís Rouxinol, JoãoSalgueiro e Ana Batista, Grupo deForcados Amadores da Chamusca eTouros da Ganadaria de CunhalPatrício.

A nível musical, de destacar asactuações de Marco Paulo, Excesso,Valentino e Dança Brasil.

As comemorações do II Capítulo da Confraria da Chanfana de Vila Nova de Poiares começaram com umdesfile dos confrades em direcção à Igreja

prato como mais um elementofundamental da cultura de Vila Novade Poiares. O juiz da Confrariasublinhou ainda que, apesar dachanfana ser confeccionada noutrosmunicípios, Poiares é o único do paíscom uma Confraria da Chanfana.

Jaime Soares afastou as polémi-cas com o concelho de Miranda do

As cerimónias do II Capítulo daChanfana começaram no restaurante“O Confrade”, propriedade daConfraria, seguindo-se o desfile emdirecção à Igreja. No final da missa, foiassinado um protocolo com a ConfrariaEnófilos do Dão e foi lançado o livro

Largas centenas de pessoas visitaram durante o fim de semana mais uma edição da Poiartes

Maria Margarida Loureiro Cardoso foi a única mulher a ser entronizadacomo nova confrade efectiva da Confraria da Chanfana de Vila Nova dePoiares

Os novos confrades receberam as insígnias e juraram “defender,pública e solenemente, em qualquer momento e lugar, a chanfana”

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7/09/03

Leiria

Autarquia estuda nova redede transportes públicosUma redistribuição dascarreiras urbanas, aconstrução de um terminalrodoviário e um novomodelo de gestão vão serobjecto de um estudo daCâmara de Leiria e daDirecção-Geral deTransportes Terrestres,anunciou a autarquia.

Segundo o vereador do Trân-sito, o protocolo para a realizaçãodo estudo vai ser celebrado no dia22 de Setembro, no âmbito do DiaEuropeu Sem Carros, e prevê areconfiguração de toda a estruturade transportes públicos do con-celho, adequando-a às necessidadesda população.

No final da década de 90, aCâmara encomendou um estudo decirculação na cidade à Universidadede Coimbra e as vias foram recon-figuradas de acordo com as ne-cessidades sentidas, mas a rede detransportes públicos, concessionadaà Rodoviária do Tejo, manteve-seinalterada.

Nesse sentido, a Câmara pre-tende estudar toda a rede, inte-grando-a no novo terminal rodo-viário, a ser instalado perto daurbanização Nova Leiria, junto àzona desportiva, e assumir umamaior intervenção na gestão dostransportes.

“O que nós queremos é arranjaras melhores soluções”, afirmou Fer-nando Carvalho, embora salien-tando a colaboração da Rodoviáriado Tejo, que tem manifestado“vontade de melhorar o serviço”que “está muito aquém daquilo queera desejável”.

Falta de autocarros e maus

horários são algumas das críticasmanifestadas no passado por autar-cas e utentes pelo que a Câmarapretende estudar o melhor modelode gestão, que pode incluir a mesmaconcessionária, uma nova conces-sionária ou a gestão directa, atravésde uma empresa municipal.

De qualquer modo, a autarquiapretende ter uma palavra mais fortena gestão, pelo que será ela aexplorar o novo terminal rodoviário,garantiu Fernando Carvalho.

Em paralelo, no dia 16, aCâmara vai celebrar um protocolopara a realização de um estudo darede viária de todo o concelho como Instituto Politécnico de Leiria,identificando as zonas de maiorfluxo e avaliando as melhoressoluções para o escoamento, emparceria com os concelhos vizinhos,adiantou o vereador.

No seu entender, estas ini-ciativas não significam o abandonoda relação com a Rodoviária doTejo, já que os estudos darão maisdados para a elaboração de uma redede autocarros que corresponda àsnecessidades efectivas da popu-lação.

O autarca revelou também quea futura zona pedonal do centro dacidade - entre a avenida Heróis deAngola e a Fonte Luminosa - vai terum pequeno circuito com veículosambientais, movidos a electricida-de.

Entretanto, o “Dia EuropeuSem Carros”, que decorre no centroda cidade entre os dias 20 e 22, estáintregado num outro evento local,denominado a Semana da Mobili-dade, que inclui um circuito detransportes públicos alternativos egratuitos, bem como vários debatessobre as barreiras arquitectónicas,sinistralidade, transporte de crian-ças, entre outras matérias.

Aveiro

Um dia sem carros e commobilidade garantida por um euro

Bilhetes intermodais de umeuro vão permitirdeslocações em Aveiro econcelhos periféricosdurante o Dia Europeu semCarros, sem limite de viagense utilizando umacombinação de transportesferroviários, rodoviários efluviais.

Os bilhetes serão válidos paraos municípios de Águeda, Aveiro,Estarreja (de Avanca para sul),Ílhavo (zona da Barra e CostaNova), Oliveira do Bairro e Vagos,em meios da CP, Transria (barcospara a península de S. Jacinto),Transportes Urbanos de Aveiro e umconjunto de cinco outros operadoresrodoviários.

Durante a apresentação do pro-grama a desenvolver em Aveiro noâmbito da Semana da Mobilidade

e do Dia sem Carros (22 de Se-tembro), o vereador do pelouro deTrânsito, Eduardo Feio, anuncioutambém a criação de uma novalinha de transportes urbanos.

A linha, do tipo intra-urbana,surge no âmbito de uma políticadestinada a desincentivar o uso doautomóvel particular no centrourbano, fomentando o estaciona-mento em parques periféricos eaproveitando melhor as potencia-lidades dos Transportes Urbanos.

A aquisição de novas bicicletasde utilização gratuita e a criação denovos corredores exclusivos paraaqueles veículos são outras apostasdo município de Aveiro com omesmo objectivo específico.

Para facilitar a mobilidade aportadores de deficiência, a autar-quia vai prosseguir um programaque passa por rebaixar os passeiosem zonas de passadeiras e colocaravisadores sonoros nos semáforos.

Nesse âmbito, Eduardo Feiodisse que os serviços técnicos da

autarquia estão a analisar umaeventual adesão à Rede Nacional deCidades e Vilas com Mobilidadepara Todos, proposta pela Asso-ciação Portuguesa de Planeadoresdo Território.

Aquela associação pretendeconciliar esforços para eliminar ouatenuar as principais barreirasarquitectónicas e urbanísticas queperturbam a mobilidade a todo equalquer cidadão.

Durante o Dia Europeu semCarros, a que a Câmara de Aveiroadere desde o ano 2000, vai proibir--se a circulação automóvel numaárea de 62 hectares, habitada por4.000 pessoas.

“É uma área um pouco inferiorà que vedámos no ano passado, massensivelmente o dobro da fechadadurante os domingos sem carros,que temos promovido este Verão”,clarificou o vereador.

Durante toda a Semana daMobilidade, a autarquia vai realizaracções educativas e lúdicas.

regional 6

Críticos desconfiam das compensações anunciadaspela promotora da futura marina de ÍlhavoO porta-voz do movimento“Pelo Futuro da Barra”,Jorge Guerra, desconfia dascompensações que apromotora da futura marinadaquela localidade de Ílhavopromete para minorar osdanos ambientais a provocarpelo empreendimento.

“Começo a ficar preocupado comtanta compensação”, ironizou JorgeGuerra durante uma sessão, iniciada nanoite de quinta feira e terminada já namadrugada de sexta feira, para analisaro Estudo de Impacte Ambiental (EIA)desta marina.

O empreendimento vai afectar0,11 por cento da zona de protecçãoespecial (ZPE) da Ria de Aveiro e oconsórcio promotor já anunciou queeste impacte negativo será “eficazmentecompensado”.

A recuperação de 10 hectares desapal no Canal de Mira, como habitatde aves aquáticas, a reabilitação de um

conjunto de salinas arrombadas e olançamento de um centro de inter-pretação e divulgação da Ria, sãomedidas mitigadoras propostas.

“Depois de um estrago destanatureza, há algum cinismo ao anun-ciar-se a criação de um centro deeducação ambiental”, comentou oporta-voz do movimento anti-marina.

“Estragamos num sítio e re-cuperamos marinhas do outro”,observou ainda Jorge Guerra, que seapresentou aos 200 participantes nasessão como “o mau da fita” doprocesso.

O movimento de que Jorge Guerraé porta-voz equacionou a formaliza-ção de uma queixa à União Europeiae outra ao Ministério Público, contra oEstado português, caso avance aconstrução da marina.

A marina surgirá em área dajurisdição da Administração do Portode Aveiro, que é concessionada àSociedade de Desenvolvimento eConstrução da Marina da Barra(SDEMB) por 60 anos.

A dimensionar para 850 embar-cações e com custo que oscilará entre

150 e 250 milhões de euros, a marina édescrita pelo consórcio promotor comoo “maior investimento privado desempre da Região Centro”.

O empreendimento poderá gerar250 empregos, de acordo com oresumo não técnico do EIA, e um milhar,segundo o consórcio investidor.

Para o presidente da Câmara deÍlhavo, Ribau Esteves, que moderou asessão, trata-se de uma “peça fun-damental” para um desenvolvimentolocal que pretende apoiar o turismo dequalidade.

Desvalorizando os receios sobreos danos ambientais que o empre-

endimento provocará, Ribau Estevesdisse que os impactes negativos“sempre existem” em qualquer inter-venção.

Também Eduardo Gomes, doconsórcio investidor, se declarou “cadavez mais convencido da premência doempreendimento e da bondade dassoluções”.

A desenvolver-se em 58 hectares -31 dos em zona aterrada sob a forma deilhas e a restante em área húmida -, oprojecto reserva um terço da área globalpara imobiliário, com o lançamento dedois hotéis, 130 moradias e 420 apar-tamentos.

Numa aparente alusão às críticassobre a componente imobiliária doprojecto, tida pelos críticos comoexagerada, Capinha Lopes, arquitectoque trabalhou este projecto, disse quese trata de construir “uma continuidadedo que é hoje a povoação da Barra enão uma nave espacial que aterra”.

Defendeu, por outro lado, quedesnivelamentos em dois “pontosnegros” viários resolverão os problemasgerados na Barra com o previsívelaumento da circulação automóvel nu-ma zona à entrada do itinerário principaln.º 5.

O EIA da Marina da Barra, porto-base da náutica de recreio na RegiãoCentro, está em debate público desde opassado dia 3 e até 15 de Outubro.

À margem desta iniciativa, foianunciado que o Departamento deBiologia da Universidade de Aveiropromove amanhã, uma visita à zonada futura marina.

A iniciativa, que faz parte dasactividades do Programa Ciência Viva,pretende mostrar o interesse da ria deAveiro como zona húmida e aspectosda sua flora.

“Crê no Senhor Jesus Cristo eserás salvo, tu e a tua casa”.

Actos 16:31

JESUS CRISTO É O SALVADOR

“Quem crer e for baptizado serásalvo; Quem não crer serácondenado”.

S. Marcos 16:16

Roga-Lhe - F. R. Santos

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17/09/03

regional 7

Câmara do Fundãodá dinheiro a quemcasar ou tiver filhosA Câmara do Fundão anunciou nasexta feira que vai dar apoiosfinanceiros para a fixação de popu-lação e incentivo à natalidade em seisfreguesias do concelho.

Segundo Manuel Frexes, pre-sidente da autarquia, a medida vai seraplicada em Bogas de Baixo, Bogasde Cima, Lavacolhos, Janeiro deCima, Mata da Rainha e Barroca.

Para os casamentos e fixação doscasais nestas localidades, durantepelo menos cinco anos, a verba aatribuir ronda os dois mil euros.Quanto às verbas a conceder por ca-da nascimento, o montante chegaaos mil euros.

“Não é com medidas destas quese resolve de uma vez por todas oproblema da desertificação”, mas “éum sinal, e todos os argumentos sãobons para contrariar o flagelo”,explicou Manuel Frexes.

A autarquia do Fundão está aptaa receber as candidaturas aossubsídios, depois de os apoios teremsido aprovados na reunião doexecutivo desta semana.

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ADELINO MARTINS, LDA.O ORGULHO DE BEM SERVIR DESDE 1940

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SERVIÇO PERMANENTETelefs. 239 824 825 - 239 820 406

R. Corpo de Deus, 118-120 3000 COIMBRA

Gastronomia, artesanato e animação em Lamas

Festa das Vindimaspromoveu vinho da região

Leiria

Primeira grande obrado Polis começa em OutubroA primeira grande obra doPolis de Leiria, um parque deestacionamento subterrâneono Largo de Infantaria 7, vaiavançar em Outubro, ficandoos restantes investimentos emsuspenso devido aocampeonato europeu defutebol de 2004.

Segundo a presidente da Câ-mara, Isabel Damasceno, “todo oPolis teve de ser articulado com o Euro2004”, de modo a que não ocor-ram obras de vulto por ocasião dosjogos.

Nesse sentido, a autarquiaaprovou a construção deste parque deestacionamento, concessionado a 50anos no âmbito do Polis, desde que

termine antes de Julho do próximoano.

“A zona é muito procurada pelaspessoas” e a construção do parquesubterrâneo vai permitir alargar ojardim existente e “concretizar arequalificação das margens do rio”.

Para a autarca, o Polis de Leiria“não tem grandes obras de construçãocivil”, existindo mais “intervençõesde jardinagem e de arranjo exterior”.Nesse sentido, a autarquia espera queo atraso de quase dois anos do Pro-grama - que será aumentado até aoEuro2004 - seja “parcialmenterecuperado”.

“No sentido de minimizar osinconvenientes para os automobi-listas e garantir a segurança nas viasafectadas” pelas obras de construção,a autarquia aprovou “alterações quevão permitir a optimização dotrânsito” na zona, já a partir dopróximo mês.

O vinho de Lamasesteve em destaqueeste fim de semana em maisuma Festa das Vindimasdesta freguesia. Promovidapela Câmara de Mirandado Corvo, Junta deFreguesia de Lamase associações locais,esta festa envolveu toda afreguesia e deua conhecer algumasdas tradições locais.

As tasquinhas, o cortejo etno-gráfico e o Encontro de Gaiteirosforam alguns dos pontos altos daFesta das Vindimas de Lamas, um

zação pretendia “divulgar as qua-lidades do principal produto endó-geno desta região – o vinho; valorizaras suas potencialidades; incentivar aprocura de melhorias técnicas;sensibilizar os vinicultores para aaquisição de conhecimentos especí-ficos ligados à vinha e ao vinho; dara conhecer as tradições culturaisligadas ao mundo rural; afirmar aruralidade, combatendo a deserti-ficação destas áreas interiores; epromover actividades de lazer, neste‘mundo de trabalho’”.

Paralelamente à Festa das Vin-

dimas decorreu também um “En-contro de Gaiteiros”, que surgiu comomais um ponto de interesse nestainiciativa, dando uma visão doscostumes e da cultura do meio ru-ral.

Outro dos pontos altos doevento foi a reconstituição da “Che-gada das Vindimas”, uma iniciativaque contou com a participação dapopulação que dos diversos lugaresda freguesia trouxe carros alegóricos,instrumentos e material da fainavinícola. O desfile contou ainda coma participação do Grupo Etnográfico

“Tecedeiras de Almalaguês” e dosgrupos de Gaiteiros de Alfafar, Casaldas Cortes, Ameal, Tábuas, Pousa-foles, Espinho, Gesteira e Alcabi-deque. Durante esta reconstituição foifeita a “Benção das uvas” e a “Pisadas uvas”. Durante o trajecto as “vin-dimadeiras” ofereceram aos visitantesas uvas e os “vindimadores” deram aprovar o vinho novo (água pé) a todosos forasteiros.

As Festas das Vindimas de Lamasforam apoiadas pela Região deTurismo do Centro, Governo Civil doDistrito de Coimbra e Inatel.

evento que animou a população e queatraiu à freguesia algumas centenasde pessoas.

As Festas das Vindimas de Lamascomeçaram na sexta feira e atédomingo, para além do vinho dequalidade, que esteve em destaquedurante toda a realização, a populaçãoe os visitantes tiveram ainda opor-tunidade de participar numa animadafesta, onde não faltaram as famosastasquinhas com os petiscos da região,alguns produtos artesanais, a músicae o convívio entre a população e osvisitantes.

Cerca de 50 expositores, ligadosao vinho e à vinha, deram a conhecertodas as qualidades do vinho deLamas e desvendaram alguns segre-dos da sua preparação, desde a videiraaté ao engarrafamento.

Com esta iniciativa a organi-

O artesanato e os utensílios ligados ao vinho e à vinha tambémestiveram representados nesta Festa das Vindimas

Centenas de pessoas participaram na Festa das Vindimas de Lamas, uma iniciativa que serviu parapromover o vinho da região

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7/09/03

saúde 8

Dadores de sanguereclama apoio do Governo

Governo atribui 22,5 milhõespara transplantes em 2004

Estudo em curso na UE poderá permitireliminar de raiz causa da doença da BSE

O secretário de EstadoAjunto do ministro daSaúde, Adão Silva,anunciou na sexta feira, noPorto, que o Orçamento deEstado de 2004 atribui 22,5milhões de euros para oprocesso de transplantação.

Segundo Adão Silva, pelo factode Portugal ocupar um lugar invejávelna Europa na área da transplantação -entre o terceiro e quarto lugares -, nãofaltarão recursos financeiros paraque o processo de transplantaçãoprossiga.

Falando na cerimónia deabertura das comemorações dos 20anos de transplantação renal noHospital Geral de Santo António,Porto, o secretário de Estado acres-centou, contudo, que a verba “podefacilmente ser ampliada”, uma vezque está inscrita no âmbito doprograma vertical.

“O Ministério da Saúde re-conhece que é fundamental que seprossiga o trabalho e dará todos osapoios financeiros, humanos etécnicos necessários”, disse.

Adão Silva reconheceu que otrabalho desenvolvido pelo SantoAntónio na área dos transplantes é de“referência” e que agora, após 20 anosde trabalho, “é tempo de consolidaçãoe de mais exigência”.

O serviço de Transplantação doHospital de Santo António realizounos últimos 20 anos cerca de 1.200transplantes renais.

Só em 2003, foram já realizados55 transplantes renais, dez dos quaisde dador vivo.

O departamento começou a suaactividade em 1983 com os trans-plantes renais, mas de então para cáforam iniciados novos programas e

actualmente são realizados naquelehospital portuense transplantes derim, fígado, pâncreas e córnea.

Segundo Margarida Amil,directora do Departamento de Trans-plantação do hospital, a taxa desobrevida no total das patologias ésuperior a 80 por cento, sendo amortalidade mais elevada (comíndices que a especialista afirmou nãodispor) nos doentes de transplantehepático.

Nos últimos anos, o departa-mento tem realizado uma média de60/70 transplantes renais por ano, um

número “sempre dependente dosórgãos disponíveis que não chegampara os doentes em lista de espera”.

“Uma das formas de resolvermosou diminuirmos este problema é oprograma de dador vivo que este anonos permitirá chegar a 30 por centodo total de transplantes efectuados”,disse.

Margarida Amil explicou que odesenvolvimento deste programa foium dos objectivos traçados para 2003,tendo-se decidido no início do anorealizar doze transplantes de dadorvivo.

Todos os países da UniãoEuropeia concluíram asemana passada um rastreioa uma amostra daspopulações ovinas paraconhecerem a resistência dasraças desta espécie à doençaque terá estado na origem daBSE, a “scrapie”.

Em Portugal, o estudo foi de-senvolvido na Estação ZootécnicaNacional (EZN), a pedido da Direcção-Geral de Veterinária.

João Ramalho Ribeiro, directorda EZN, disse à Agência Lusa que oestudo, uma “fotografia” à resistênciaou susceptibilidade das raças ovinasportuguesas à “scrapie” (doença dosovinos que os investigadores pensamter estado na origem da encefalopatiaespongiforme dos bovinos, vulgodoença das vacas loucas), visa nofuturo eliminar de raiz as causas daBSE.

O aparecimento da BSE, inicial-mente na Grã-Bretanha, terá tidoorigem na ingestão, pelos bovinos, dematerial orgânico da espécie ovina

incorporado nas rações.Ramalho Ribeiro disse à Lusa

que a identificação genética, em al-guns ovinos, de elos ligados à trans-missibilidade da “scrapie” permitiuencontrar indicadores de suscepti-bilidade e resistência, que permitirão,caso venha a ser tomada uma decisãonesse sentido, eliminar todos osanimais portadores.

Depois de encetar um conjuntogrande de medidas preventivas, quepassou pela proibição das farinhas de

carne na alimentação dos bovinos, aUnião Europeia poderá decidir ir maislonge e avançar para um estudoindividual, de forma a eliminar osanimais susceptíveis à “scrapie”,diminuindo os riscos para a saúdepública, adiantou.

O estudo elaborado por inves-tigadores da EZN incidiu não só emovinos mas também em caprinos.

Com um corpo de 34 investi-gadores, um número reduzido que nãopermite à EZN tirar todo o partido dos

meios de investigação que dispõe (queJoão Ramalho sublinha situarem-se aonível do melhor que há na Europa), aEstação Zootécnica Nacional de-senvolve contudo um extenso traba-lho que passa também por uma rela-ção directa com os produtores.

Para Ramalho Ribeiro, comolaboratório do Estado, a EZN tem aobrigação de prestar serviços e dedesenvolver investigação em áreas deque os agricultores mais necessitam.

Nesse sentido, na área da gené-

tica, têm vindo a ser desenvolvidostrabalhos com associações de bo-vinicultores e de produtores de ovinosda Serra da Estrela que permitirão criarum banco de dados com as ca-racterísticas e a capacidade produtivadas raças autóctones e contribuir parao melhoramento das raças.

Os trabalhos em curso nesta áreapermitirão também, num futuro pró-ximo, “ter o controlo absoluto dacadeia alimentar, do prado ao prato”,sublinhou.

Ramalho Ribeiro destacou que ainvestigação que se fez na área daprodução animal visa introduzir nomercado alimentos seguros e comqualidade, entrando também em áreasnovas, como a dos “alimentos fun-cionais”, que reduzem os riscos dedeterminadas doenças.

A EZN desenvolve ainda tra-balhos em áreas igualmente impor-tantes como a Eficiência Produtiva eReprodutiva, o Ambiente (em brevevai iniciar um estudo em colaboraçãocom a Federação das Associações deSuinicultores) e o Bem-Estar Animal.

O presidente da Federaçãodas Associações de Dadoresde Sangue (FAS) dePortugal, Joaquim MoreiraAlves, mostrou-se a semanapassada “muitopreocupado” com a alegadafalta de apoio do Governoàquela estrutura.

“Para colmatar a falta de finan-ciamento por parte do Governo”, oselementos que integram a FAS “sãocredores de cerca de 40 mil euros”,que terão sido utilizados para fazerface às despesas correntes daFederação, nomeadamente compessoal e deslocações, afirmou Joa-quim Moreira Alves à Agência Lusa.

“Em devido tempo apresentá-mos ao Ministério da Saúde o nosso

Orçamento e Plano de Actividadespara 2003, que contemplava a atri-buição de 69 mil euros para podermoscumprir a nossa missão”, disse,lamentando que, face à falta de apoiodo Governo, os elementos da FAS, “afim de não faltar sangue noshospitais”, se vejam “obrigados” adispor dos seus “recursos pessoais e acontrair dívidas”.

A FAS conta com mais de 50associações e cerca de 600 núcleos,que congregam cerca de 100 mildadores.

Para tentar ultrapassar osconstrangimentos financeiros, a FASpretende realizar uma reunião com osecretário de Estado da Saúde, aomesmo tempo que enviou umaexposição sobre a situação aoPresidente da República, Presidenteda Assembleia da República,Primeiro-Ministro e director doInstituto Português do Sangue.

Enfermeiros queremprémios de produtividadeO Sindicato dos Enfermeiros exigiuna semana passada à AdministraçãoRegional de Saúde do Algarve queatribua prémios de produtividade aosenfermeiros que asseguraram o Planode Verão, utilizando verba destinadaao reforço não concretizado dosserviços de saúde da região.

Em comunicado, o Sindicatodos Enfermeiros Portugueses (SEP)exigiu que a Administração Regionalde Saúde (ARS) do Algarve reparta odinheiro que não foi gasto emsubsídios de deslocação e alojamentopelos enfermeiros algarvios, que esteano asseguraram quase na totalidadeo Plano de Verão.

A Direcção Regional do SEPexigiu ainda que os enfermeiros queasseguraram os serviços de Verãogozem cinco dias de descanso porcada 22 dias completos de trabalho.

Segundo o SEP, esta exigên-cia “é tanto mais justa” se for tido emconta que nos serviços urgentes “nãoprogramados” o trabalho é pago aoabrigo do Plano de Verão, “indepen-dentemente dos direitos que o traba-lhador tenha de acordo com cadasituação”.

A agência Lusa tentou obteruma reacção da direcção da ARS/Algarve, mas tal não foi possível emtempo útil.

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17/09/03

desporto 9

Vítor Oliveira estreia-se no comando da “Briosa” com vitória

Académica vence em Guimarães

C L A S S I F I C A Ç Ã O

SUPERLIGA II LIGA II DIVISÃO - ZCentro III DIVISÃO - Série C III DIVISÃO - Série D

J V E D M S P

1 Marítimo 4 4 0 0 4 0 12 2 FC Porto 4 3 1 0 10 3 10 3 Sporting 4 3 0 1 9 7 9 4 Sp. Braga 4 3 0 1 5 3 9 5 Boavista 4 2 1 0 3 0 7 6 Nacional 4 2 0 2 6 3 6 7 Académica 3 2 0 1 5 3 6 8 Moreirense 4 2 0 2 3 4 6 9 Belenens. 4 1 2 1 10 8 510 Benfica 3 1 2 0 5 3 511 Gil Vicente 4 1 1 2 4 4 412 Beira Mar 4 1 1 2 2 4 413 Alverca 4 1 0 2 1 2 314 Guimarães 4 1 0 3 2 5 315 P. Ferreira 4 1 0 3 1 5 316 Rio Ave 4 0 2 2 2 4 217 U. Leiria 4 0 1 3 2 7 118 E.Amadora 4 0 1 3 2 11 1

J V E D M S P

1 Estoril 4 3 0 1 5 4 9 2 S. Clara 4 2 2 0 5 2 8 3 Desp. Aves 4 2 1 1 9 6 7 4 Ovarense 4 2 1 1 7 4 7 5 V. Setúbal 4 2 1 1 9 7 7 6 Naval 4 2 1 1 6 4 7 7 Feirense 4 2 1 1 7 6 7 8 Salgueiros 4 2 1 1 5 5 7 9 Penafiel 4 1 3 0 12 10 610 Varzim 4 2 0 2 6 7 611 U. Madeira 4 1 2 1 3 2 512 D. Chaves 4 1 2 1 5 5 513 Leixões 4 1 2 1 3 3 514 Felgueiras 4 1 1 2 3 4 415 Portimon. 4 1 0 3 3 6 316 Marco 4 1 0 3 3 7 317 Maia 4 0 2 2 6 10 218 Sp. Covihã 4 0 0 4 1 6 0

J V E D M S P

1 Sanjoan. 5 4 1 0 12 3 13 2 Torreense 5 4 1 0 9 1 13 3 Esmoriz 5 2 3 0 5 2 9 4 Alcains 5 2 3 0 7 5 9 5 Caldas 5 3 0 2 4 5 9 6 Portomos. 5 2 2 1 7 4 8 7 O. Bairro 5 2 1 2 9 6 7 8 Águeda 5 2 1 2 8 8 7 9 Lamas 5 2 1 2 2 3 710 Académ. B 5 2 1 2 6 8 711 Fátima 5 2 1 2 5 7 712 S. Espinho 5 2 1 2 4 8 713 Oliveiren. 5 1 3 1 7 7 614 Vilafranq. 5 1 2 2 7 5 515 Estarreja 5 1 1 3 10 10 416 Pombal 5 1 1 3 4 7 417 Marinhens. 5 1 1 3 2 5 418 Pampilho. 5 0 3 2 6 8 319 A. Viseu 5 0 3 2 2 5 320 O.Hospital 5 0 2 3 1 10 2

J V E D M S P

1 Tourizen. 3 3 0 0 8 3 9 2 Milheiroen. 3 3 0 0 7 2 9 3 Lamas 3 2 1 0 3 1 7 4 Santacom. 3 2 0 1 5 2 6 5 P. Castelo 3 2 0 1 5 3 6 6 F. Algodres 3 2 0 1 5 3 6 7 Tocha 3 2 0 1 4 2 6 8 Arouca 3 1 2 0 6 3 5 9 Arrifanen. 3 1 1 1 6 6 410 Valecambr. 3 1 0 2 3 4 311 S.J. Ver 3 1 0 2 5 7 312 Satão 3 1 0 2 3 5 313 Gafanha 3 1 0 2 3 6 314 A.Beira 3 1 0 2 2 5 315 Mangualde 3 0 2 1 0 3 216 U. Coimbra3 0 1 2 3 6 117 Anadia 3 0 1 2 1 4 118 Cesarense 3 0 0 3 2 6 0

J V E D M S P

1 Lourinhan. 3 3 0 0 6 2 9 2 Abrantes 3 2 1 0 8 2 7 3 Caranguej. 3 2 1 0 7 3 7 4 BC Branco 3 2 1 0 4 0 7 5 Sourense 3 2 0 1 7 3 6 6 Fazend. 3 2 0 1 4 4 6 7 Peniche 3 2 0 1 3 5 6 8 Benediten. 3 1 1 1 5 3 4 9 Riachense 3 1 1 1 6 5 410 Alcobaça 3 1 1 1 4 3 411 Bidoeiren. 3 1 1 1 3 3 412 Alq. Serra 3 1 0 2 3 4 313 T. Novas 3 1 0 2 3 5 314 Sertanense 3 1 0 2 2 4 315 Rio Maior 3 0 2 1 4 5 216 Idanhense 3 0 1 2 2 5 117 U.Almeirim3 0 0 3 0 6 018 Mirense 3 0 0 3 0 9 0

A Académica venceu, nosábado, o Vitória deGuimarães, por 2-1, na visitaao Estádio D. AfonsoHenriques, numa estreiaauspiciosa do treinador VítorOliveira no comando da“Briosa” depois da saída deArtur Jorge.

Em jogo que marcou as estreiasde Ednilson e João Tomás no “onze”vimaranense, que assinalou tambémo regresso de Romeu, a Académicaevidenciou uma eficaz postura tácticaque cedo rendeu frutos.

Os “estudantes” chegaram àvantagem por Dário (0-1), aos 10minutos, na sequência de umcruzamento de Pedro Henriques parao centro da área do Vitória, ondeapareceram três colegas na “cara” doguarda-redes Miguel.

A formação vimaranense depres-sa recuperou do golpe sofrido e Bessa,aos 12 minutos, finalizou uma jogadaatacante com um remate forte de forada área, que embateu na trave dabaliza defendida por Fouhami.

Guga, aos 19 minutos, tentoutambém surpreender de longe oguarda-redes academista, num remateforte mas sem direcção, e aos 20minutos foi a vez de Nuno Assis entrarna área, fazer um compasso de espera,e perder tempo de remate.

A Académica, bem posicionadano terreno e a tapar as linhas de passee espaços na sua intermediária, voltoua criar perigo por Dário, aos 21minutos, através de um cabeceamentoem voo que rendeu um canto.

Aos 30 minutos, numa desaten-ção na reposição da bola em jogo naequipa do Vitória, Paulo Adriano colo-cou à prova o guarda-redes Miguel,mas o remate saiu à figura, situa-ção que se repetiria aos 34 e 36minutos.

O treinador Augusto Ináciorecorreu a Romeu para contrariar aestratégia da Académica, alargandopara três elementos a linha da frente,e ainda antes do intervalo a ousadiado técnico rendeu o golo do empate.

O empate do Vitória surgiu antesdo intervalo por Manuel José (1-1),aos 46 minutos, num lance em que oguarda-redes da Académica, algonervoso, acabou por ser traído por umressalto em Pedro Henriques.

Na segunda parte, o Vitóriaevidenciou um maior ascendente,

perante um adversário apostado nocontra-ataque, e João Tomás, aos 49minutos, cabeceou já dentro da áreade cima para baixo, para defesa deFouhami.

A baliza da Académica voltou aestar em perigo aos 56 minutos numremate de Guga, que apanhou nocaminho para a baliza o corpo deNuno Luís, na sequência de umcruzamento de Nuno Assis para dentroda área.

Aos 59 minutos, o encontro foiinterrompido pelo árbitro PauloBaptista depois de se ter apagadoparte do sistema de iluminação do D.Afonso Henriques, que não impediuo seu reatamento minutos depois ecom as condições existentes.

Aos 60 minutos, e com o recintoà média-luz, o Vitória reclamou poruma alegada grande penalidade acastigar impedimento a Marco dentroda área, que o árbitro não consideroue que rendeu ao “central” um amarelo.

Apesar do domínio territorial doGuimarães, a Académica voltou a criarperigo aos 66 minutos, através de umcruzamento longo para Delmer,resolvido na área vimaranense comum alívio para canto de RogérioMatias.

Na sequência da marcação docanto, e algo contra a corrente do jogo,a Académica marcou por Tixier (1-2),aos 67 minutos, através de umcabeceamento ao ângulo superioresquerdo da baliza defendida porMiguel.

O Vitória ainda procurou reagire esteve perto de empatar, nomea-damente por Romeu já perto do finaldo jogo, mas a equipa da casa aospoucos perdeu o discernimento e atranquilidade necessária para ultra-passar a defesa dos “estudantes”.

A fase final do encontro foi aindamarcada pela falha da placa electró-nica do quarto árbitro, que provocouum sururu nas substituições, e pelosdesencontros no ajuizar do tempo que

faltava para a conclusão da parti-da.

A actuação do árbitro PauloBaptista, de Portalegre, foi marcadapela exagerada complacência naamostragem de cartões, nomeada-mente a punir entradas rudes doguarda-redes da Académica, Fouha-mi, e do vimaranense Guga.

Zé Castro prolonga contratopor duas temporadas

O defesa central da Académica, ZéCastro, de 20 anos, recém-pro-movido à equipa principal de fu-tebol dos estudantes, prolongousexta feira, por duas temporadas, oseu vínculo ao clube.

Zé Castro devia ter renovadohá cerca de um mês, mas segundo oseu empresário, Nuno Rolo, “houvenecessidade de limar algumasarestas, quanto à duração docontrato, vencimentos e outrascláusulas”.

“Como o atleta tinha contratocom a Académica até 2004, nãohavia pressa em pôr o preto nobranco. Agora está tudo acertado ena (sexta feira) o atleta renovou pormais duas temporadas, ou seja, até2006”, adiantou Nuno Rolo.

O jovem defesa centralintegrou a selecção lusa que venceua última edição do prestigiadoTorneio de Toulon, em França, e émais que uma promessa do futebolportuguês, tendo sido promovido àequipa principal pelo treinadorArtur Jorge, que recentemente sedesligou do clube.

Embora convocado, Zé Castroainda não se estreou na Superligaeste ano.

“Chegámos à conclusão que ojogador deveria ficar na Académica,porque ainda é jovem e tem aindamuito futuro pela frente. No entanto,ele (Zé Carlos) foi assediado pormuitos clubes da Superliga e doestrangeiro, exercendo grandepressão para que mudasse de ares “,concluiu o seu empresário.

Zuela, outro médio defensivoda equipa B, foi também chamado àequipa principal, assim como odefesa central Sérgio Rebordão, noentanto, vão jogar no domingo pelaB.

Esta política de rotação dejogadores entre a A e a B foi iniciadapor Artur Jorge e prosseguida peloactual técnico da Briosa, VítorOliveira.

Académica B derrotadapelo TorreenseA Académica B foiderrotada, no domingo,por três golos sem resposta,num jogo que ficou marcadopela experiência esuperioridade do Torreense,um forte candidatoà subida de divisão.

A jogar em casa, no EstádioSérgio Conceição, a Académica Bencontrou pela frente um adversáriomuito motivado e decidido a definir,desde o início, o rumo do encontro.O Torreense entrou muito bem nojogo, ‘empurrou’ a Académica para adefesa e procurou abrir espaços parachegar ao golo.

Esta pressão acabou porconduzir, logo aos três minutos dejogo, ao primeiro golo, com Ale-

xandre a bater o guarda redes da“Briosa”.

A Académica ainda tentou reagirmas o Torreense não permitiugrandes avanços aos pupilos de VítorAlves. Com uma defesa cerrada, oTorreense continuou a subir no ter-reno e, com uma postura muitosegura, tentava aumentar a vanta-gem.

O segundo golo acabou porsurgir já no segundo tempo, com Igora marcar ao minuto 57. Apesar dapressão da “Briosa”, que tentava otudo por tudo para chegar ao empate,acabou por ser o Torreense a marcarde novo e controlar o jogo.

A superioridade dos visitantesera evidente e, ao minuto 74, a equi-pa de Torres Vedras ampliou avantagem. Bernardo Vasconcelosmarcou o terceiro golo para o Tor-reense que conquistou assim, noEstádio Sérgio Conceição, trêspreciosos pontos.

U. Coimbra derrotadopelo TourizenseO União de Coimbrafoi derrotado, no domingo,por 3-1, pelo Tourizense,num jogo que ficoumarcado pela superioridadeda equipa da casa.

Apesar do jogo ter começado deforma bastante equilibrada paraambas as partes, com ambas as equi-pas a procurar subir no terreno, oTourizense acabou por dominar oencontro e conquistar os três pontosem disputa.

A primeira grande ocasião degolo surgiu primeiro para a equipada Arregaça que, logo nos primeirosminutos de jogo, ia surpreendendo adefesa do Tourizense.

A equipa da casa respondeu deimediato a esta “ameaça” e, ao minuto15, colocou-se em vantagem. AndréCosta fez o 1-0, um golo que veio

dar uma motivação acrescida aospupilos do Tourizense.

Apesar do golo sofrido, o Uniãoainda tentou responder e, mesmoantes do intervalo, Maná teve o golodo empate nos pés, mas propor-cionou ao guarda redes Babá umagrande defesa.

O golo do empate acabaria porsurgir no início do segundo tempo,ao minuto 46, com Xirola a bater, semdificuldade, o guarda redes doTourizense.

Este golo veio dar um novoânimo à equipa da Arregaça mas oânimo durou pouco tempo, já que,seis minutos mais tarde, Xico fez o2-1. Ao minuto 78 Kadu ampliou avantagem e fez o 3-1 para o Tou-rizense.

Mesmo no final do encontro, jáem períodos de desconto, o Touri-zense esteve perto de marcar, mas atrave evitou que o União sofresse oquarto golo.

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Rodrigo Leão regressaao Porto dia 16Rodrigo Leão regressou ontem aoPorto para actuar no Rivoli-TeatroMunicipal, no âmbito de uma digres-são ibérica com base no seu últimotrabalho - “Pasión” - que já o levou amais de vinte cidades. “Pasión”, editadopela Sony Music, foi o último disco deRodrigo Leão, gravado ao vivo numconcerto realizado em Abril de 2001 naAula Magna, em Lisboa. Consideradopela crítica um dos melhores criadoresde música moderna portuguesa e dosmais reconhecidos em termosinternacionais, Rodrigo Leão foifundador dos Sétima Legião ejuntamente com Pedro Ayres Magalhãescriou o projecto Madredreus, ondecompôs e tocou até 1994. A digressãoteve início oficial a 27 de Junho, noMosteiro de S. Bento da Vitória, noPorto, passando por Famalicão,Barcelona, Madrid, Nisa, Lagos, Vigo eLeiria, entre outras cidades ibéricas. Onovo alinhamento do concerto incluicinco originais que Rodrigo Leão irágravar no início do ano para um novoálbum a editar na Primavera de 2004.Esta tournée Ibérica termina sábado, noTivoli, em Lisboa. O primeiro álbumde Rodrigo Leão e Vox Ensemble - “AveMundi Luminar” -, criado em 1993, foieditado em vários países, com mais de100.000 exemplares vendidos. Segui-ram-se-lhe “Theatrum” (1996), consi-derado mais sombrio e denso, e “AlmaMater” (2000), que apresenta umavariedade de repertório que inclui abossa nova e o tango. Com este tra-balho, Rodrigo Leão recebeu o PrémioDN+ para o Disco do Ano e o PrémioBlitz para o Artista do Ano. “Pasión”reúne temas dos seus trabalhosanteriores, entre os quais “A Casa”,“Pasión”, “Carpe Diem” e “AveMundi”.

Rádio

TSF com novas estrelase mais informaçãoOs jornalistas Carlos Pinto Coelho,Carlos Narciso, Margarida Marante eAntónio Peres Metelo são as novas“estrelas” da TSF, cuja grelha de pro-gramas, delineada pelo novo directorJosé Fragoso, deverá arrancar “naspróximas semanas”. O ex-apresen-tador do programa televisivo “Acon-tece”, que se encontra actualmente anegociar a desvinculação da RTP, vaiser o moderador de um debate se-manal de actualidade, a emitir aodomingo de manhã. “Não será umprograma cultural, mas sim um debatesobre assuntos que estejam na ordemdo dia. Poderá ser política, saúde,pedofilia, ou outro qualquer assunto,desde que tenha uma componente deactualidade”, explicou à agência LusaJosé Fragoso. O novo director, queiniciou as suas funções no dia 18 deAgosto, sucedendo a Carlos Andradena direcção da rádio, adiantou aindaque o programa “terá dois ou trêsconvidados semanais e não haveráparticipantes fixos”. “Não será umsucessor do “Flashback”, porque esseera um programa apenas de política.Além disso, não vai para o ar à mesmahora”, adiantou. Para as manhãs desábado, José Fragoso já encontrou umsubstituto para “Gran-de Júri”, oclássico programa de en-trevistas daTSF, moderado durante anos porCarlos Andrade e Carlos Magno, eque chega agora ao fim. No seu lugarestará Margarida Marante, que assimregressa à estação infor-mativa, ondechegou a participar, agora à frente deum novo formato de grandeentrevista. Também de re-gresso àRádio Notícias está António PeresMetelo, para as crónicas de“Economia Dia-a-Dia”, um espaçocriado por si e que era agora asse-

Livros

Bocage e Luandino nasnovidades da quinzena “Bocage - O Perfil Perdido”, deAdelto Gonçalves, livro biográficoque recua ao avô do poeta para tentarconhecer todo o seu trajecto e seesforça por esclarecer alguns “erroshistóricos” é uma das novidades dapróxima quinzena. Com chancela daeditora Caminho, o livro retrata ainfância e adolescência de Bocage(1765-1805), bem como a suapresença na Índia, a estada no Rio deJaneiro e a participação e expulsãoda Nova Arcádia. O ensaio de AdeltoGonçalves resgata ainda o últimoperíodo da vida do Elmano Sadino,nome que também usava ManoelMaria Barbosa do Bocage, e dandoconta dos seus problemas com oscensores da Real Mesa da ComissãoGeral sobre o Exame e Censura deLivros, do seu trabalho como tradutore revisor da tipografia do Arco doCego e das suas derradeiras obraspublicadas. Contextualizando a vidae obra do poeta na época em que viveu- com a queda do Marquês de Pombal,a acção de Pina Manique e acampanha do Rossilhão -, a biografiarevela ainda detalhes dos confrontosentre admiradores e opositores deBocage já após a sua morte. AdeltoGonçalves, jornalista e escritor,nasceu em Santos em 1951,doutorou-se em Literatura Portuguesapela Universidade de São Paulo e jápublicou ficção e ensaio, tendo ganhoos prémios Assis Chateaubriand(1987) e Aníbal Freire (1994), ambosda Academia Brasileira de Letras,entre outros galardões. As novidadesda Caminho para a segunda quinzenaincluem ainda “A Vida Verdadeira deDomingos Xavier”, de José LuandinoVieira, que conta a vida de um homemapaixonado por Angola e o seu povo,

gurado por Carlos Rosado deCarvalho, que termina a sua cola-boração com a rádio. Sem pretenderrevelar as grandes linhas orientadorasda nova programação, que não temainda data certa de lançamento,embora deva ocorrer “nas próximassemanas”, José Fragoso esclareceuapenas que “a TSF continuará a serum projecto informativo”. “Os no-ticiários vão manter-se ao longo dodia e de meia em meia hora, que éuma marca distintiva da TSF”,assegurou. Durante a manhã, a rádioterá também um grande repórter“sempre em movimento”, que seráCarlos Narciso. “O Fórum TSF járegressou e mantém-se na grelha,haverá novos espaços e ainda umalinha de humor com actores”, disseFragoso à Lusa, sem adiantar por-menores. Quanto ao desporto, tidocomo um dos sectores alegadamentemais penalizado pela reestruturaçãoda rádio, o director desmente essaideia, garantindo que “até haveránovos espaços de actualidade des-portiva”. “Vamos manter a “BancadaCentral” e haverá relatos dos jogosonde intervierem os grandes dofutebol português e outras partidasque justificarem essa cobertura”,casos das competições europeias.Questionado sobre o ambiente en-contrado na estação, José Fragosoconsiderou-o “calmo e sereno”.“Nunca houve a turbulência que sedisse. Encontrei um ambiente deserenidade e de interesse pelas ideiasque queremos concretizar. Houvedúvidas que foram desfeitas e outrasque o serão dentro em breve”,revelou. Quanto ao alegado plano deemagrecimento de quadros, quechegou a ser assumido pela admi-nistração da Lusomundo Média, éque nem uma palavra. “Não me com-pete falar sobre esse assunto”, con-cluiu.

mas que apenas encontrou espaço nocoração da população após ser morto.Apesar de ter nascido em Portugal, oescritor foi viver para Angola aindacriança, onde participou no mo-vimento de libertação nacional econtribuiu para o nascimento daRepública Popular angolana. JoséLuandino Vieira, que escreveu boaparte da sua obra enquanto era presopolítico, venceu em 1965, com olivro “Luuanda” o Prémio de No-velística da Sociedade Portuguesa deEscritores, distinção que valeu à SPEuma ordem governamental deencerramento. Outra obra da editoraque chegará em breve às livrarias é“Moqueca de Maridos”, umacompilação de mitos eróticos daautoria da antropóloga Betty Mindline de narradores indígenas que mostraassim as raízes culturais de diversastribos. A autora, que é uma dasfundadoras do Instituto de Antro-pologia e Meio Ambiente e trabalhahá vários anos em projectos depesquisa e apoio a inúmeros gruposindígenas, realizou a pesquisa paraeste livro a partir de 1993. De acordocom o livro, muitos destes mitos,plenos de motivos amorosos, mastambém de soluções violentas erepressivas, são contados ainda hojeno Brasil por narradores tradicionais,tendo Betty Mindlin recorrido aalguns deles para traduzir relatos paraportuguês.

Dias 12 a 18 M/ 12 anosÀs 14,45 - 17 - 19,15 - 21,30

“American Pie - O Casamento”

cine-teatro Tel. 239 822 131

estúdio 1 Tel. 239 822131

estúdio 2 Tel. 239 822 131

Dias 12 a 18 M/ 12 ANOS

Todos os dias: 13.45 - 15,45 - 19 - 21,30 - 00.00

�BÁSICO�

Dias 12 a 18 M/ 12 anos

Todos os dias: 14 - 16.40 - 19.15 - 21.50 -22 - 00.30

“ Piratas das Caraíbas - A Maldição do Pérola Negra”

cinemas castello lopesC.C.Girassolum Tel. 239 702 466

sala 1

Dias 12 a 18 M/ 6 anos

Às 13,45 - 16,20 - 19 - 21,45

“Piratas das Caraíbas - A Maldição do Pérola Negra”

cinemas castello lopesC.C.Girassolum Tel. 239 702 466

sala 2

Cinemas Millenium

Dias 12 a 18 M/ 12 ANOSÀs 13,45 - 16.20 - 19 - 21.45

“CIDADE DE DEUS”

Page 11: O Despertar – 8239 – 17.09.2003

17/09/03

cartaz 11

COIMBRA• RDP Centro ............................................ 94.9• Universidade ........................................ 107.9• 90 FM ...................................................... 90• Província (Anadia) ................................. 100.8• Clube de Arganil ..................................... 88.5• Concelho Cantanhede ............................... 103• Regional Centro (Condeixa) ..................... 96.2• C. Foz Mondego (F. Foz) .......................... 99.1• Maiorca .................................................. 92.1• Clube da Lousã ....................................... 95.3• C. da Pampilhosa .................................... 92.6• Dueça (M. Corvo) ..................................... 94.5• Beira Litoral (Montemor) ......................... 101.7• Popular de Soure. .................................. 104.4• Santo André (Poiares) ............................ 100.5

rádios museusCasa Museu B. Barreto — Das 15 às 17 horas (3.ª a6.ª), das 10 às 12 e das 15 às 17 horas (sábados edomingos). Fechado à segunda-feira e feriados.Laboratório Minerológico e Geológico — Das 9,30às 12,30 e das 14 às 17 horas. Fechado aos sábados edomingos.Académico — Colégio S. Jerónimo Telef. 239 827-396.Arte Sacra — Pátio da Universidade.Laboratório Antropológico — De segunda a sextadas 9,30 às 12,30 e das 14 às 17,30 horas.Machado de Castro — Das 9,30 às 12,30 e das 14 às17,00 horas. Fechado à segunda-feira.Militar — Das 10 às 12 e das 14 às 17 horas. Todos os dias.Monográfico de Conímbriga — Ruínas abertas todosos dias das 9,30 às 13 horas e das 14 às 18 horas.Nacional da Ciência e da Técnica — Das 9,30, às12,30 e das 14 às 17 horas. De segunda a sexta-feira.Transportes Urbanos — Segunda a sexta das 9,00 às12,30 horas e das 14 às 17,30 horas.

Municipal – Aberta das 9 às 12,30 e das 14 às 17,30horas (2.ª a 6.ª feira). Encerra aos sábados edomingos.

Geral da Universidade – Das 9 às 22,45 horas 2.ªsábado das 9 às 12,45 horas. Fecha ao domingo.

Arquivo da Universidade – Das 9 às 12,30 e das 14às 18 horas (2.ª e 3.ª feira), das 9 às 12,30 e das 14às 17,30 horas (4.ª, 5.ª e 6.ª). Fecha ao sábado edomingo.

bibliotecasJoanina – Das 9 às 12 e das 14 às 17 horas. Todosos dias.

Casa-Museu Bissaya Barreto – Aberta das 15 às17 horas - 3.ª a 6.ª feiras. Encerra - sábados,domingos e feriados.

Centro de Documentação da A. R. S. – Aberta das 9às 13 e das 14 às 17 horas. Fecha aos sábados edomingos.

Centro de Documentação 25 de Abril

Maria Rita Mariano

Filha de Elis Regina lança primeiro discoUm “distanciamento respeitoso” com a obrade Elis Regina é como a filha da falecida estrelada música brasileira, Maria Rita Mariano,define o seu primeiro trabalho discográfico,editado esta semana no Brasil.

“A princípio, é um distanciamento respeitoso paracom a obra dela. Para mim, a obra dela é definitiva e eusó poderia fazer alguma coisa se pudesse acrescentar.Um dia vou cantar as suas músicas”, explica a jovemcantora, que quer ser mais do que filha de Elis Regina.

“O posto dela não está vago. Ela trabalhou muito avida inteira e lutou muito em condições em que o paístinha ditadura militar. O máximo que eu tenho dela é oexemplo como mãe. Ela é o máximo para mim”, sublinhaMaria Rita, que tinha quatro anos quando a mãe morreuprematuramente em 1982, aos 36 anos.

No entanto, a comparação entre a filha e a mãe éinevitável neste primeiro CD de Maria Rita, jáqualificada pela sua editora discográfica, a Warner Musicdo Brasil, como “a cantora que todo o mundo estava àespera”.

Desde o timbre da voz à interpretação, passandopelo estilo, pela técnica e pela base musical, assenteapenas em três instrumentos - piano, baixo acústico ebateria -, tudo no disco faz lembrar Elis Regina.

Algo que Maria Rita - que sempre que pode evitafalar da mãe - encara naturalmente como uma herançada “carga genética” de Elis Regina.

“As semelhanças são genéticas, não sãoconscientes.

Musicalmente então, eu não ouço tanto Elis Reginaquanto ouço Ella Fitzgerald. Elis, para mim, é antes detudo minha mãe.

Quando canto, fico tão envolvida que não pensono Lula, não penso no meu namorado, não penso naminha mãe”, diz.

“Ela foi um mito para a música e para a cultura doBrasil. Eu canto também, sou a filha (....). Lido com issomuito numa boa. Acho supernatural a comparação”,adianta, realçando contudo que detesta ser definida como“a próxima Elis”.

“A única coisa que eu não curto e que achodesrespeitoso, não só comigo, mas também com ela, équando dizem que alguém veio tomar o lugar, que eusou a próxima Elis”, salienta, qualificando taisafirmações como “comentários desnecessários”.

“Como cantora, acho que dificilmente teremosigual (a Elis Regina). Não teremos igual!”, assegura.

O CD, simplesmente intitulado “Maria Rita”, de13 faixas (mais uma interactiva que permite o“download” de outras duas músicas pela Internet), élançado por Maria Rita após uma experiência de vida

de oito anos em Nova Iorque, nos Estados Unidos.“Levei este tempo todo para seguir a minha carreira

profissionalmente porque a vontade existia, mas eu nãoentendia as minhas razões. Não sabia se era por causa dascobranças (de seguir a carreira da mãe) ou se realmenteporque eu precisava daquilo para viver”, diz.

Sobre o facto de a sua editora a definir como “acantora que todo o mundo estava esperando”, Maria Ritacomenta que reage a isso com “um frio na barriga”.

“Muito pode acontecer e nada pode acontecer. Essaexpectativa dá um pouco de susto, porque potencia apossibilidade de falhar. Mas estou tranquila, não vouperder a noção”, sublinha.

Produzido por Tom Capone, o trabalho abre comuma adaptação lenta de “La Bamba”, intitulada “A Festa”,com uma letra concebida especialmente para Maria Ritapor Milton Nascimento, um dos artistas lançados por ElisRegina.

“Apesar da carga emocional, sou fundamentalmenteuma pessoa alegre. Escolhi “A Festa” para iniciar tudo,porque é uma música inédita, mas de um autor conhecido.E porque é muito para cima”, explica.

Milton Nascimento, de quem a jovem cantoratambém interpreta no disco o tema “Encontros eDespedidas”, acompanhou Maria Rita desde que elaregressou ao Brasil e no ano passado convidou-a paraparticipar na faixa “Tristesse” do seu último CD, “Pietá”.

Entre outros grandes nomes com composições suasincluídas neste primeiro álbum de Maria Rita, conta-setambém Rita Lee, cantora que Elis Regina adorava.

De Rita Lee, figuram no CD as canções “Pagu” (emparceria com Zélia Duncan) e “Agora Só Falta Você”, emque Maria Rita, como que explicando a sua opção - aos26 anos - pela música, canta que “um certo dia resolvimudar e fazer tudo o que eu queria fazer”.

Entre outros temas mais ou menos conhecidos ealguns inéditos, o trabalho inclui ainda composições deCláudio Lins (“Cupido”), Renato Motha (“Menina daLua”) e Vítor Ramil (“Estrela, Estrela”, que Gal Costacelebrizou nos anos de 1980).

O álbum inclui também três temas de MarceloCamelo, músico da banda Los Hermanos, de quem acantora gravou os inéditos “Cara Valente” e “Santa Chuva”e o já conhecido “Veja Bem Meu Bem”.

Sobre o facto de ter escolhido para este seu primeiroálbum músicas que foram êxitos em outras vozes, MariaRita defende que, “mais uma vez, foi guiada pela suapreocupação em ser intérprete”.

“Se gravasse um disco só de temas inéditos, nãodaria um padrão ao público, uma possibilidade decomparação. Porque quando se canta alguma coisa jáconhecida, ou se imprime a sua marca, e se cria umaidentidade, ou não se cria, e eu queria criar”, salientaMaria Rita, filha de Elis Regina e do músico César CamargoMariano.

quarta feira quinta feira

07.00 RTP Crianças10.00 Euronews13.00 RTP Crianças14.00 Euronews15.00 Informação Gestual16.00 Euronews18.00 A Fé dos Homens18.30 Onda Curta19.00 Como Construir Um Ser Humano20.00 RTP Crianças20.30 Série a designar21.00 Casei com uma Feiticeira21.30 Planeta Azul22.00 Jornal 222.30 História de Nikita00.00 5 Noites 5 Filmes:

“Luzes da Ribalta”01.30 Andrómeda

HOLLYWOOD

16.30 Os Despojos do Dia

SIC MULHER

23.30 Vícios e Virtudes

07.00 RTP Crianças10.00 Euronews13.00 RTP Crianças14.00 Euronews15.00 Informação Gestual16.00 Euronews18.00 A Fé dos Homens18.30 Veterinário de Emergência19.00 Arranha-Céus, Pontes e Túneis20.00 RTP Crianças20.30 S-Club 7: Viva S-Club21.00 Casei com uma Feiticeira21.30 Bombordo22.00 Jornal 223.00 Mentes Assassinas00.00 5 Noites 5 Filmes:

“Fim Feliz”01.30 Andrómeda

06.45 Iô-Iô09.15 A Minha Família é uma Animação10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Às Duas Por Três16.45 Malhação17.30 O Beijo do Vampiro18.30 New Wave19.00 Agora É Que São Elas20.00 Jornal da Noite21.15 Malucos do Riso21.45 Mulheres Apaixonadas22.45 Kubanacan23.45 Hora Extra01.30 Cine América:

“Billy Bathgate”03.30 South Park

07.30 Animações09.00 Ligar P’ra Ganhar10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.00 A Vida É Bela14.45 Big Brother Gala17.00 Big Brother Extra17.30 Bons Vizinhos18.00 Quem Quer Ganha19.00 Morangos com Açúcar20.00 Jornal Nacional21.30 Big Brother Compacto21.45 Saber Amar22.45 O Teu Olhar23.45 Coração Malandro00.30 Filme: a designar02.00 Filme:

“A Hora do Amor”04.30 Dona Anja

07.30 Animações09.00 Ligar P’ra Ganhar10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.00 A Vida É Bela16.45 Bons Vizinhos17.00 Big Brother Extra17.30 Quem Quer Ganha18.30 Big Brother Compacto19.00 Morangos com Açúcar20.00 Jornal Nacional21.30 Big Brother Compacto21.45 Saber Amar22.45 O Teu Olhar23.45 Coração Malandro00.15 Espectáculo ao Vivo:

“O Homem que Mordeu o Cão”01.30 Filme:

“O Mayor de Casterbridge”04.30 Dona Anja

07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Regiões15.00 Portugal no Coração18.15 Lusitana Paixão19.15 O Preço Certo em Euros20.00 Telejornal21.00 As Lições do Tonecas21.30 Passo a Palavra22.30 RTP Cinema:

“Procurando Uma Mãe”00.15 A Febre do Ouro Negro01.00 RTP Cinema: Filme a designar

06.45 Iô-Iô09.15 A Minha Família é uma Animação10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Às Duas Por Três16.45 Malhação17.30 O Beijo do Vampiro18.30 New Wave19.00 Agora É Que São Elas20.00 Jornal da Noite21.15 Malucos do Riso21.45 Mulheres Apaixonadas22.45 Kubanacan23.45 Acção Total:

“O Uivo do Coiote”01.45 Cuidado com as Aparências02.30 Residencial Tejo03.30 South Park

HOLLYWOOD

19.00 Fim-de-Semana em Família

SIC MULHER

00.30 Páginas Soltas

07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Regiões15.00 Portugal no Coração18.15 Lusitana Paixão19.15 O Preço Certo em Euros20.00 Telejornal21.00 As Lições do Tonecas21.30 Passo a Palavra22.30 A Febre do Ouro Negro23.45 RTP Cinema:

“Um Pouco de Paz”02.15 RTP Cinema: Filme a designar

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última página

O ano lectivo arrancouanteontem comalgumas novidades,mas também críticasdos sindicatos aoelevado desemprego dedocentes e escolasfechadas em protestopor falta de infra-estruturas,funcionários econdições desalubridade.

Regressaram às aulas 1,4milhões de alunos e 147.400professores, o que representauma redução de 2793 docentesem relação ao ano passado.

Em matéria de reduções,este ano também há menos 782escolas na rede escolar públicae menos 121 estabelecimentosprivados.

O primeiro-ministro anun-ciou na segunda feira, emAlfândega da Fé, que os esta-belecimentos de ensino commenos de dez alunos serãoencerrados até 2007, no âmbitode um programa especial dereordenamento da rede escolar,de forma a “concentrar recursosem escolas com melhorescondições e qualidade”.

Esta situação poderá afec-tar pelo menos dez concelhosdo país, onde mais de metadedas escolas do 1.º ciclo têmmenos de seis alunos.

Um estudo do Ministérioda Educação, apresentado emMarço, aponta Almeida, Olei-ros, Pinhel, Meda, Alfândega daFé, Vimioso, Pampilhosa daSerra, Carrazeda de Ansiães,

Monchique e Figueira deCastelo Rodrigo como osconcelhos com a menor taxa deocupação das suas escolas.

O novo ano tem ainda co-mo novidade o fim da segundachamada da primeira fase deexames nacionais do ensinosecundário, decorrendo a faseainda em Julho e acabando porisso a época de Setembro.

Mas a falta de auxiliares,refeições ou de infraestruturas,bem como de condições dehigiene e segurança motivaramcríticas e boicotes ao início dasaulas em todo o país.

A Federação Nacional doEnsino e Investigação (FENEI)salientou que muitas escolasportuguesas abriram as suasportas com carências, como faltade professores e pessoal auxiliare de salas, obras de remodelaçãoou conservação ainda adecorrer, má conservação dosespaços.

A FENEI destacou aindaa falta de jardins de infância emLisboa, Setúbal e Porto e deEscolas Profissionais públicaspara introduzir qualificadamen-te os jovens na vida activa.

A Confederação Nacio-nal de Associações de Pais(CONFAP) criticou o facto doano lectivo começar sem quehaja a garantia de uma refeiçãoquente por dia a todas ascrianças das escolas do 1ºciclo.

A CONFAP consideraainda que Portugal está “longede ter nas escolas os professoresefectivamente necessários”.

Os alunos das sete escolasbásicas da freguesia do Po-ceirão, Palmela, faltaram aoprimeiro dia de aulas parareivindicar o início da cons-trução de uma escola 2+3, já no

próximo ano, ao contrário de2005, como está previsto.

A falta de uma auxiliareducativa na Escola do 1.ºCiclo do Ensino básico de Fala,Coimbra, foi a causa alegadapelos pais de cerca de cemalunos que também fecharam oestabelecimento a cadeado.

No Algarve, das 367escolas e jardins de infância, sóum jardim-escola em Vale deVenda, Loulé, não abriu, porqueos pais boicotaram a recepçãoaos alunos por consideraremque não estavam reunidas ascondições mínimas de salu-bridade.

Em Ovar, a Associação dePais da Escola dos Combatentesalertou para a degradação dastabelas de basquetebol na áreadesportiva, uma das quais caiuhá dias, embora sem causardanos pessoais.

A falta de segurança étambém denunciada pelaAssociação Sindical dos Pro-fessores Licenciados, quealertou para problemas ao nívelde infra-estruturas, saneamentobásico e planos de emergênciaem escolas dos concelhos deMontemor-o-Velho e Figueirada Foz.

Elevadores e esgotos quenão funcionam e inexistênciade planos de emergênciaafectam a escola básica de Pe-reira, enquanto casas de banhoexteriores, humidade, portas ejanelas degradadas, salitre nasparedes e chão a levantar sãoos problemas detectados pelaassociação na escola básica deMaiorca, na Figueira da Foz.

Para os sindicatos, o arran-que do ano lectivo fica marcadopela elevada taxa de desem-prego entre os docentes, situa-

ção que segundo dados doSindicato dos Professores daRegião Centro (SPRC) afecta50 mil licenciados, mas os errosna colocação dos professorestambém foram referidos,atingindo cerca de 500 pessoas.

Para a Federação Nacionaldos Sindicatos da Educação(FNE), é chocante “que secontinuem a desbaratar recur-sos humanos num país com tãoelevados níveis de analfabe-tismo, tão baixas taxas deescolarização e taxas de aban-dono escolar inaceitáveis”.

O SPRC criticou o factode a grande maioria das escolasnão começar as aulas anteon-tem, mas apenas ao longo destae da próxima semana, queatribui a “erros e atrasos nacolocação de professores, cria-ção ilegal de mega-agrupa-mentos e falta de pessoalauxiliar e administrativo”.

O Sindicato de Professoresda Zona Norte (SPZN) exigiuainda a rápida correcção dascolocações dos professores,qualificando de “inaceitávelque não tenham sido agilizadostodos os mecanismos quegarantissem, sem sobressaltos,de um processo de colocaçõesque beneficia os professores, asescolas e, obviamente, osalunos”.

SPRC alerta para atrasos naabertura do ano lectivo

O SPRC sustentou que várioserros e falhas atrasaram oarranque do ano lectivo, já queapesar de muitas escolas teremaberto as portas, as aulas sócomeçam mais tarde.

O sindicato frisou aindaque este ano 50 mil licenciados

ficaram desempregados, adivi-nhando-se uma “grande luta”para os docentes.

Em conferência de im-prensa, o dirigente MárioNogueira disse que, na RegiãoCentro, a generalidade dasescolas abriu as portas an-teontem, mas não iniciou asaulas.

“Ao contrário do queanuncia a Direcção Regio-nal de Educação do Centro(DREC), a grande maioria dasescolas do Ensino Básico 2/3 eSecundárias apenas inicia asaulas hoje, amanhã ou mesmosegund -feira” (dia 22), comoem Montemor-o-Velho e Lousã.

Em alguns concelhos,como Soure (distrito de Coim-bra) jardins-de-infância iniciama actividade escolar apenas emfinais de Outubro, porque “sóagora estão em obras”.

“Erros e atrasos na colo-cação de professores, criaçãoilegal de mega-agrupamentose falta de pessoal auxiliar eadministrativo” nas escolasforam algumas das situaçõesapresentadas pelo SPRC.

Para o dirigente do SPRC,“só há uma de duas leiturasquando o governo afirma nãoexistirem problemas no arran-que do ano lectivo: ou não osconhece ou manifesta falta devontade política para osresolver”.

Este ano, em que foramsuprimidos os mini-concursos,o desemprego terá atingidocerca de 50 mil docentes, entreos quais 30 mil dos ensinosbásico e secundários (7.500 naRegião Centro), cinco mil dopré-escolar e mais 14 mil doensino superior (tendo em contao número registado o ano

passado), segundo contabilizao SPRC.

“É um número verda-deiramente assombroso, umproblema extremamente preo-cupante e grave, que não é sódos professores mas do país”,considerou Mário Nogueira.

O dirigente sindical ques-tiona “como é possível um paíscom a maior taxa de abandonoe insucesso escolar da UniãoEuropeia e com cerca de ummilhão de analfabetos ter cercade 50 mil professores licencia-dos no desemprego”.

O SPRC denunciou tam-bém a existência de diversoserros na colocação de docentesque, de acordo com MárioNogueira, serão em todo o país“mais de meio milhar”.

“Há professores coloca-dos em duas escolas, outrosainda sem trabalho por falta dedefinição de horários, docentescolocados em áreas diferentesdaquelas para as quais estãohabilitados”, disse, referindo-seà situação na Região Centro,que tem levado vários profes-sores a recorrer aos serviçosjurídicos do sindicato.

A formação e funciona-mento de agrupamentos deescolas “à margem da lei, semque tenham sido consultadas asautarquias” é outra das ques-tões levantadas.

“Será um ano de grandeluta para os professores”, queserão confrontados com vá-rias alterações legislativas nosector, nomeadamente a novalei de bases do sistema edu-cativo, que levará o SPRC apromover debates com depu-tados da Assembleia daRepública, em Outubro, emCoimbra e Viseu.

Regresso às aulas

Milhares voltam à escola com novidades e protestos

Galeria de Arte “A Capitel” distinguida

Medalha de Mérito Culturalpremeia trabalho e dedicaçãoO Castelo de Leiria foipalco, no dia 5 deSetembro, de umacerimónia ímpar queserviu para distinguirdiversasindividualidades ligadasàs artes e associaçõesculturais e desportivasda região de Leiria.

Com o Castelo comocenário, a Academia de Letras eArtes de Paranapuã – ALAP, doRio de Janeiro, Brasil, realizouuma cerimónia única, que serviupara homenagear diversasentidades da região e que contoucom a presença de representantesdo Governo Civil de Leiria e dascâmaras de Leiria, Figueiró dosVinhos, Ansião, Batalha e mui-tos outros convidados, que lo-taram por completo um dos am-plos e belos salões do Castelo.

Organizado pela ALAP,esta cerimónia pretende ser umasemente avançada, que se espera

enraíze, e que contribua para oestreitar de laços de amizade ereconhecimento entre estes doispaíses irmãos. Uma banda filar-mónica, um rancho e o coro“Canta Libis” do Grupo da Cai-xa Geral de Depósitos, associa-ram-se a esta festa, encantando anumerosa assistência.

Uma das individualidadesdistinguidas foi o nosso bomamigo Joaquim Vieira e a suaconceituada Galeria de Arte “ACapitel”, pela sua criteriosa

gestão e disponibilidade para oconhecimento e divulgação detantos artistas brasileiros que alijá expuseram as suas obras.

Dada a importância doevento, associaram-se à ceri-mónia vários amigos do home-nageado, como o mestre CarlosAlberto Santos, o nosso VictorRamos, entre outros.

Coube a Joaquim Vieira(Filho), ilustre jornalista eescritor, protagonizar um dosmomentos altos da cerimónia,

quando, de forma comovente ecom a voz embargada, elogiouo percurso do seu pai, “umautodidacta, um ser curioso einteressado pela cultura, sa-bendo incutir nos seus filhosesse gosto”. Realçou também asua coragem, determinação egosto pela arte e cultura.“Quando menos se esperava,devido até à idade, resolveuabraçar o seu projecto, con-cretizando o seu sonho, e a suagaleria, não com o pensamentono lucro comercial mas simcomo ponto de encontro dignoe de apoio aos artistas da suacidade”, sublinhou.

Depois das palavras senti-das do seu filho, Joaquim Vieiraficou ainda mais emocionado

quando este leu uma mensagemde longe, do pintor João Mário,onde o classificava como “umhomem ímpar” e que, devido àimpossibilidade de estar pre-sente, dizia: “Onde me encontre,pararei pelas 18 horas, erguereios olhos ao céu e agradecerei aDeus, ter permitido tamanhoacto de justiça, que é sem dúvidaa homenagem agora prestada”.

O delegado da ALAP emLeiria, Arménio Vasconcelos,entregou a Joaquim Vieira aMedalha de Mérito Cultural“Austregésilo de Athayde”. Paraalém da Medalha, Joaquim Vieirarecebeu ainda dois diplomas, umdedicado a si e outro dedicado àGaleria “A Capitel”.

Joaquim Vieira, na altura em que recebia a condecoração

Joaquim Vieira (Filho) falou, muito emocionado, do seu pai eda sua dedicação à arte

Arménio Vasconcelos, delegado em Leiria da ALAP, e duasrepresentantes brasileiras da Academia apresentaram aspersonalidades e entidades distinguidas