nutrição contemporânea – saúde com sabor
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Livro publicado pela Editora Rubio em 2010 e destinado à área de Nutrição.TRANSCRIPT
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Nutrição ContemporâneaSAÚDE COM SABOR
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Alessandra U. Massad Marques
Aprendendo a Emagrecer
Bizu de Nutrição
3.000 Questões para Concursos, 2a ed.
Débora Lopes Solto/Eliane Lopes Rosado
Contagem de Carboidratos no Diabetes Melito
Francisco Juarez Karkow
Tratado de Metabolismo
Larissa Calixto-Lima et al.
Manual de Nutrição Parenteral
Lubos Sobotka (ESPEN)
Bases da Nutrição Clínica, 3a ed.
Manuela Pacheco
Tabela de Composição Química dos Alimentos e Medidas Caseiras – Guia de Bolso
Manuela Pacheco
Tabela de Equivalentes, Medidas Caseiras e Composição Química dos Alimentos
Márcia Regina Vitolo
Nutrição – da Gestação ao Envelhecimento
Nelzir Trindade Reis
Nutrição Clínica – Interações
Nelzir Trindade Reis
Nutrição Clínica – Sistema Digestório
Nelzir Trindade Reis/Cláudia Cople Rodrigues
Nutrição Clínica – Alcoolismo
OUTROS TÍTULOS DE INTERESSE
Saiba mais sobre estes e outros títulos em nosso site: www.rubio.com.br
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Nutrição ContemporâneaSAÚDE COM SABOR
Marcela Paranhos Knibel
Especialista em Nutrição Clínica pelo Instituto de Nutrição da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro
Nutricionista Esportiva pela Universidade Gama Filho – RJ
Mestre em Fisiopatologia Clínica e Experimental – FISCLINEX – Univesidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Dora Cardoso de Assis
Formada em Turismo pela UniverCidade - RJ
Formada em Gastronomia pela Universidade Estácio de Sá - RJ
Introdução: Chef José Hugo Celidônio
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA: SAÚDE COM SABOR
Copyright © 2010 Editora Rubio Ltda.
ISBN 978-85-7771-041-6
Todos os direitos reservados.
É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em partes,
sem a autorização por escrito da Editora.
Contato com as autoras: [email protected] (Marcela Paranhos Knibel) e [email protected] (Dora Cardoso de Assis)
Produção: Equipe Rubio
Editoração eletrônica: ô de casa
Fotos: Alessandro Mendes
Editora Rubio Ltda.Av. Churchill, 97 sala 203 – Castelo
20020-050 – Rio de Janeiro – RJ
Telefax: (21) 2262-3779 • 2262-1783
E-mail: [email protected]
www.rubio.com.br
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Knibel, Marcela Paranhos
Nutrição contemporânea: saúde com sabor / Marcela Paranhos Knibel; Dora Cardoso de Assis. –
Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2010.
Bibliografi a
ISBN 978-85-7771-041-6
1. Nutrição. 2. Nutrição – Recomendações dietéticas. I. Assis, Dora Cardoso de. II. Título.
CDD 612.3
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DEDICATÓRIA
A meus pais, Marcos e Márcia, e aos meus irmãos, Fre-
derico e Felipe, que sempre me apoiaram e me incenti-
varam nas minhas empreitadas.
Aos meus avós, principalmente à minha avó Hercília,
que infelizmente não pôde me ver lançando este livro e
defendendo minha tese de mestrado.
À minha professora da graduação Cláudia Meirelles,
da Universidade Gama Filho, e à nutricionista Fabrícia
Junqueira, meus grandes exemplos, desde o início.
Ao Dr. Isaac Vaissman, grande mestre. Apesar da
distância, guardo com carinho seus ensinamentos que
ficarão para a vida inteira.
Ao meu tio Zé, que sempre me perguntava: “... e
como vai o seu livro?” Isto me ajudou a terminá-lo.
À minha amiga e chef Dora, obrigada pela ideia des-
te livro e por me tratar sempre com tanto carinho.
MARCELA KNIBEL
Dedico este trabalho aos meus filhos Bernardo e Victor
e ao meu companheiro Jorge, por me apoiarem em todas
as investidas gastronômicas, que por mais mirabolantes,
gostosas ou não, eles sempre provaram e aprovaram. Se
alguma vez não gostaram, eu nunca soube.
Aos meus pais e irmãos e aos meus queridos amigos,
que também sempre me incentivaram a registrar essa
nossa busca pelo sabor.
A Marcela, querida amiga e colega de faculdade que
admiro pela sua competência, seriedade e perseverança
em tudo o que faz.
Ao José Hugo Celidônio, pela influência em minha
decisão de “mergulhar” no mundo da gastronomia.
E, finalmente, dedico este trabalho a você que, em
busca de qualidade de vida, procura encontrar saúde e
sabor nas receitas aqui compiladas.
DORA CARDOSO DE ASSIS
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–PREFÁCIO – I
Na qualidade de diretor do Instituto de Nutrição da San-
ta Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, exercendo o
magistério médico há mais de 60 anos, foi com o maior
prazer que li o livro de Marcela Knibel, por quem tenho
um misto de afeto, estima, carinho e muita admiração.
No meu curso de especialização em Nutrição Clínica,
Marcela sempre foi enaltecida pela probidade, idoneida-
de e grande dedicação na parte assistencial e docente.
É uma professora nata. “Felizes aqueles que transfe-
rem o que sabem e aprendem o que ensinam.”
Vários são os pilares que sustentam o mundo, sendo
o pilar do ensino de importância capital. “A vida é curta
e a arte é longa.” Estudar sempre.
De todas as especialidades da Clínica Médica, a que
tem mais caráter inter- e multidisciplinar é a Nutrologia.
Este livro, pelo seu conteúdo e valor pedagógico e
didático, será uma referência para quem estuda temas
de nutrição e metabolismo.
ISAAC VAISSMAN
DIRETOR DO INSTITUTO DE NUTRIÇÃO DA SANTA CASA
DA MISERICÓRDIA DO RIO DE JANEIRO.
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e presepadas, chama a atenção para os diversos riscos
que podem transformar em pesadelo a vida daquele
que não leva a sério a necessidade de uma boa alimen-
tação e da prática regular de atividades físicas.
Misturando em doses equilibradas a ciência e a
prática, as informações de cada capítulo devem inte-
ressar com certeza a nutricionistas, médicos e a qual-
quer um que pretenda tratar com seriedade a própria
alimentação.
Fico feliz em ver que a nutricionista Marcela Knibel
soube honrar com a qualidade deste livro a tradição
médica de seu pai Marcos.
Desejo a todos uma leitura saborosa e saudável.
Este texto pode ser consumido sem moderação.
WALMIR COUTINHO
MÉDICO ENDOCRINOLOGISTA
O excesso de peso tornou-se uma preocupação de to-
dos. Mesmo quem não está lutando contra os quilos
a mais, certamente tem alguém muito próximo com o
problema de peso, e também acaba se interessando
pelo assunto.
Com a disseminação de inúmeras informações vei-
culadas pela Internet e também pela mídia impressa,
torna-se cada vez mais importante e necessário saber
filtrar tais informações. Em quem podemos confiar?
Será que a dieta na capa da revista que me promete
perder quatro quilos por semana funciona mesmo?
E aquele e-mail que recebi, garantindo que consigo
emagrecer dormindo?
Este livro, além de trazer informações precisas e
verdadeiras, com ferramentas práticas para quem quer
encarar a sério o desafio de emagrecer, sem milagres
–PREFÁCIO – I I
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INTRODUÇÃO
Depois passei para as receitas, esperando encon-
trar aquelas de sempre, para nos fazer sofrer. E aí veio
uma agradável surpresa: as receitas da Dora têm cara
de gostosas.
Vejam uma das primeiras receitas, Chips de Aipim
Assados. Testei, ficou uma delícia e acho que dá até
para servir com caviar!
Muito sabor e muita saúde para todos nós!
JOSÉ HUGO CELIDÔNIO
CHEF
Quando Dora Cardoso de Assis me pediu que escre-
vesse um texto de introdução às receitas elaboradas
por ela para o livro Nutrição Contemporânea – Saúde
com Sabor, minha primeira reação foi a de “tirar o cor-
po fora”. Afinal, praticamente em todas as receitas que
tenho publicado não existe nenhuma preocupação com
o lado diet ou light. Apenas com o resultado final, que
tem de ser apetitoso. É verdade que, mesmo sem essa
intenção, muitas dessas receitas são leves e “de regi-
me”, como se dizia antigamente.
Então dei uma primeira olhada na parte inicial do
livro – Nutrição Contemporânea, e gostei muito. Con-
fesso que até comecei a me aprofundar um pouco.
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 21 Obesidade.................................................................189
CAPÍTULO 22 Osteoporose .............................................................219
CAPÍTULO 23 Pancreatite crônica .................................................. 225
CAPÍTULO 24 Sistema urinário ...................................................... 229
CAPÍTULO 25 Tensão pré-menstrual (TPM) ................................... 241
Anexo da Parte I
CAPÍTULO 26 Listas de alimentos e nutrientes importantes ......... 247
CAPÍTULO 27 Atendimento nutricional condensado ......................261
CAPÍTULO 28 Exemplos de cardápios especiais extras .................. 269
Parte II
Esclarecendo Dúvidas
CAPÍTULO 29 Dúvidas sobre nutrição e metabolismo ....................283
Parte III
Receitas
CAPÍTULO 30 Receitas especiais que cuidam da saúde sem perder o
sabor ......................................................................351
Parte I
Nutrição Contemporânea
CAPÍTULO 1 Alimentação adequada nas fases da vida ....................3
CAPÍTULO 2 Alimentação adequada para praticantes de
exercícios físicos regulares ..................................... 25
CAPÍTULO 3 Alimentação saudável durante a gestação e lactação... 45
CAPÍTULO 4 Alimentos campeões na promoção da saúde e
da beleza ................................................................. 53
CAPÍTULO 5 Alterações do perfil lipídico ....................................... 63
CAPÍTULO 6 Anemias ..................................................................... 73
CAPÍTULO 7 Constipação intestinal ................................................81
CAPÍTULO 8 Diabetes melito ......................................................... 89
CAPÍTULO 9 Diarreia .....................................................................103
CAPÍTULO 10 Dieta hipercalórica ................................................... 107
CAPÍTULO 11 Dietas da moda × alimentação saudável .................. 121
CAPÍTULO 12 Doença celíaca ..........................................................133
CAPÍTULO 13 Doença diverticular (diverticulose e diverticulite) ....137
CAPÍTULO 14 Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) .........141
CAPÍTULO 15 Esôfago e estômago ................................................ 147
CAPÍTULO 16 Estresse ....................................................................155
CAPÍTULO 17 Fígado ....................................................................... 161
CAPÍTULO 18 Hipertensão arterial sistêmica ..................................171
CAPÍTULO 19 Hiperuricemia ........................................................... 181
CAPÍTULO 20 Intolerância à lactose ................................................185
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Salgadinhos ..................................................................................352
Cestinha de atum
Chips de aipim assados com molho de queijo coalho
Flor de ricota integral assada
Pão árabe integral torrado com azeite e alecrim
Torradinhas de tortilha light com parmesão
Entrada............ .............................................................................. 362
Abobrinha e tomate assados com ervas finas
Arroz 7 grãos com agrião e ervas finas
Caldinho de feijão saudável
Camarão com gergelim e molho agridoce de abacaxi
Carpaccio de atum fresco marinado com agrião e beterraba crua
Carpaccio de salmão com tomate cereja recheado de cottage
Cestinha de salada de bacalhau marinado no azeite e vinagre de
estragão
Gratin de abobrinha verde light
Mousse de pepino
Mousse de roquefort
Papelote de frutos do mar e cogumelos
Pudim de atum
Queijos, castanhas e uvas
Quiche integral com espinafre e ricota defumada
Rosti de abobrinha verde recheada
Salada caprese com molho tapenade
Salada de abobrinha e cenoura cruas ao molho de laranja,
gengibre e shimeji
Salada de agrião e caqui
Salada light de camarão, frango, legumes e fl ores ao molho de
morango
Salada de camarão, hortelã e manga
Salada de chicórea crespa light
Salada de cuscuz marroquino com camarão, aromatizada com
limão siciliano
Salada de carne seca e couve mineira
Salada de grão-de-bico com nozes ao limão e azeite
Salada de lula em ninhos de abobrinha verde
Salada de pera com aipo, roquefort e agrião light
Salada de radicchio, alface e molho de kiwi
Salada morna de fígado de frango e ovo de codorna pochê com
agrião precoce
Sopa bisque de camarão
Sopa creme de batata-baroa com maçã verde
Sopa de agrião com amêndoas
Sopa de agrião e laranja
Sopa de cenoura, beterraba e suco de laranja
Sopa de espinafre
Sopa de feijão-branco com abóbora
Sopa de iogurte com salmão
Sopa picante de maçã verde
Vagem macarrão ao molho de cogumelos
Prato principal .............................................................................. 438
Bacalhau com frutas secas, espinafre e purê de batata-baroa
Badejo com crosta de amêndoa e arroz integral com grapefruit
Carneiro assado com batatas em seu molho
Coxas de pato recheadas com arroz de pato e tâmaras ao vinho
tinto
Crepes de palmito com frango, brócolis e amêndoas
Feijoada saudável
Filé de frango com mozarela de búfala, champignon e ervas
Frango crocante
Filé de salmão grelhado em crosta de gergelim com espaguete de
legumes ao molho funghi porcini
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Filé-mignon recheado
Folhado de congro rosa com legumes e cogumelos
Hambúrguer de atum fresco
Leitão de leite assado com batatas ao murro ao molho de
chouriço e presunto crocante
Lombo ao molho de balsâmico com laranja
Lula recheada com camarão e cogumelos com risoto de ervas e shitake
Magret de pato ao molho de maracujá
Paella carioca com arroz integral
Papelote de salmão com cebola, alcaparra e azeite
Pato com laranja e gengibre
Perna de cabrito desossada, recheada com arroz de ervas
Polpetone de soja
Ravióli de lagostim ao molho de maracujá
Risoto de abacaxi com grelhados de frutos do mar
Rocambole de fígado de frango com espinafre
Salmão com molho de tangerina e quinoa real
Sopa Leão Veloso light
Truta recheada com camarão e ervas com risoto de amêndoas
SOBREMESAS ................................................................................................................492
Bolo de laranja com casca recheado de damasco e amêndoa
portuguesa
Bolo de maracujá
Brownie especial light
Cestinhas de chocolate e maracujá light
Cheesecake com damasco diet
Gelado de figos com ricota de maracujá diet
Gelado de iogurte e damasco com figo fresco assado diet
Gelatina cremosa de maracujá diet
Leite condensado diet
Maçã recheada com nozes
Mousse de chocolate diet
Mousse de limão com leite condensado diet
Mousse de maracujá com leite condensado diet
Palha italiana light
Papelote de frutas perfumadas com coulis de jabuticaba e
sorvete de frutas cítricas diet
Pavê de damasco e castanhas light
Pera ao vinho tinto e especiarias light
Petit gâteau de castanha de caju light
Petit gâteau de goiabada cascão light
Petit gâteau de trigo sarraceno light
Petit gâteau diet
Rocambole de chocolate sem farinha light da Sueli
Salada de frutas frescas e secas ao vinho branco
Sopa gelada de frutas amarelas diet
Sopa quente de morangos com chocolate e prosecco
Sorvete de maracujá diet
Torta de limão light
Torta de ricota diet
SUCOS DE FRUTAS RICOS NAS SUBSTÂNCIAS ANTIOXIDANTES ................................548
PÃES E BISCOITOS ........................................................................................................550
Biscoitinho diet de limão e castanha de caju
Pão de fôrma com ervas e couve mineira
Pão de polvilho azedo com queijos e ervas
Pão de queijo mineiro do Flávio
Tuile de damasco light
REFERÊNCIAS..... ........ ......................................................................... 560
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CAPÍTULO 4
Alimentos campeões na promoção da saúde e da beleza
Atualmente muito se tem falado, discutido e pesqui-
sado a respeito da alimentação saudável na promoção
da melhora da qualidade de vida das pessoas. Aliás,
mais do que isto, hoje as atenções se voltaram para os
alimentos “queridinhos”, muito estudados e utilizados
na luta contra o envelhecimento “externo” e “interno”
do corpo humano, chamados de alimentos funcionais
ou nutracêuticos, que modulam os processos bioquí-
micos do organismo, prevenindo o desenvolvimento
precoce do envelhecimento e das doenças crônicas
degenerativas.
Estes alimentos, além de apresentarem a função bá-
sica de nutrir o organismo, contêm substâncias possi-
velmente capazes, segundo alguns estudos científicos,
de prevenir patologias crônicas, como câncer, doenças
cardiovasculares, cerebrovasculares, aterosclerose e ca-
tarata. A alimentação antioxidante tem como objetivo
atenuar a ação danosa dos radicais livres ao sistema
imunológico do organismo, e desta maneira prevenir
estas doenças degenerativas. Então conclui-se que, em
razão da potente ação antioxidante em combater os ra-
dicais livres, estes alimentos também teriam a função
de prevenir o envelhecimento precoce.
O estresse oxidativo e a inflamação do organismo
ocorrem tanto em pessoas magras como nos obesos.
Nos obesos, estes dois problemas são mais preocupan-
tes. Portanto, o consumo de alimentos funcionais na
dieta hipocalórica prescrita (que também exclui o con-
sumo das gorduras “ruins” e dos carboidratos simples
“ruins”), somado à prática regular de exercícios físicos
orientados, resultará em perda ponderal e na melhora
acentuada da inflamação e do estresse oxidativo. Con-
sequentemente, estar-se-á prevenindo as doenças crô-
nicas e o envelhecimento externo. Nos magros a
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ALIMENTOS CAMPEÕES NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E DA BELEZA
61
TABELA 4.1 CARDÁPIO UTILIZANDO-SE OS ALIMENTOS NUTRACÊUTICOS – A DIETA DA BELEZA, DA LONGEVIDADE E DA SAÚDE PERFEITA
Desjejum (8h) 1 copo de 200mL de água fria ou ge-
lada ao acordar (espere 15 minutos)
1 iogurte light de ameixa + 1 colher
(de sopa) nivelada de farelo de aveia
ou amaranto
1 fatia de pão de aveia light torrada
1 colher (de sobremesa) de cottage
com orégano e alecrim
5 uvas vermelhas (com casca)
Colação (11h) 1 castanha-do-pará + 1 damasco seco
+ 1 xícara de chá verde (infusão com
as folhas) com adoçante sucralose ou
estévia
Almoço (14h) 1 prato de salada crua de alface, rúcu-
la, agrião, pepino, cogumelos, beter-
raba ralada, cenoura ralada e tomate
cereja com fi o de azeite de oliva ex-
travirgem + limão + ervas aromáticas
2 colheres (de sopa) de purê de abóbora
2 colheres (de sopa) de arroz selvagem,
ou integral com brócolis, ou de quinoa,
3 colheres (de sopa) de salada de
soja, com tomate, cebola e cheiro-
-verde picados
1 posta de 100g de salmão grelhado
com crosta de linhaça dourada e er-
vas aromáticas
1 kiwi
Lanche (17h) 300mL de água-de-coco
1 fatia de pão de linhaça
1 fatia média de queijo-de-minas
light sem sal ou minas frescal
1 colher (de chá) de geleia de cassis
sem açúcar
Jantar (20h) 1 prato (de sobremesa) de brócolis
cozido com fi o de azeite de oliva ex-
travirgem
4 colheres (de sopa) de cenoura e be-
terraba cruas misturadas
3 colheres (de sopa) de penne integral
com molho de tomate feito em casa
100g de linguado cozido
4 cerejas ou 4 morangos
1 xícara (de chá) de suco de noni
Ceia (23h) 1 xícara de chá branco com adoçante
(sucralose ou estévia)
2 torradas médias tipo integral com
um pouco de pasta de tofu raspada
Observações (Tabela 4.1):
Fazer pratos •
coloridos! Utilizar
pratos orgânicos.
Escolher os alimentos •
certos para o seu
cardápio. Mudar os
hábitos de vida,
tornando-se uma
pessoa mais saudável
e ativa. O “conjunto
da obra” trará
resultados positivos!
Montar o seu •
cardápio utilizando
sempre alguns dos
alimentos sugeridos
neste capítulo.
Caprichar na água, •
no chá branco e no
chá verde com
adoçante, ou puro,
entre as refeições.
Utilizar 1 xícara de •
suco de noni
eventualmente,
encontrado em lojas
de produtos naturais.
Cozinhar os •
alimentos com pouco
óleo de canola.
Controlar o uso de •
sal de cozinha.
Não foi realizado o •
cálculo calórico deste
cardápio. Os alimentos
podem ser utilizados
ao longo do dia, sem
restrições, mas, se
houver patologias ou
sintomas específi cos,
a dieta deve ser
adequada à situação.
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
64
Lanche (16h30)Misturar: 1 iogurte light + 1 castanha-do-pará picada + 1 colher de sopa nivelada de farelo de aveia
1 xícara de chá branco com adoçante
Jantar (20h)
1 fi lé de peito de frango grelhado de 100g
3 colheres (de sopa) de feijão-preto sem carnes
2 colheres (de sopa) de arroz integral com vagem picada
Bertalha e couve-fl or cozidas à vontade, com um fi o de azeite de oliva extravirgem
4 colheres (de sopa) de abóbora cozida
1 pote pequeno de gelatina diet de morango
Ceia (23h)1 banana prata pequena assada com canela + 2 torradas tipo integral médias com 1 polenguinho light
1 xícara de chá branco com adoçante
Hipercolesterolemia
O colesterol é um tipo de gordura que, na medida certa,
é extremamente importante para o organismo. Os hor-
mônios esteroides (p. ex., a testosterona) necessitam de
colesterol para que a sua síntese ocorra perfeitamente.
O colesterol sanguíneo, ou sérico, provém dos ali-
mentos ingeridos e da síntese endógena do colesterol
realizada no fígado. Os alimentos que são fontes de
colesterol, de gordura saturada e de gordura vegetal
hidrogenada (ou trans), quando consumidos em ex-
cesso, influenciam o desenvolvimento da hipercoles-
terolemia. A enzima hepática responsável pela síntese
de colesterol chama-se HMG-CoA redutase. Pessoas
com hipercolesterolemia familiar geralmente apresen-
tam esta enzima hepática hiperfuncionante.
A hipercolesterolemia pode desencadear a ateros-
clerose. O excesso de LDL-colesterol pequeno e denso,
facilmente oxidável, principalmente no sangue, é um
dos fatores que ajuda na formação da placa de ateroma
(as placas instáveis, que podem romper-se mais facil-
mente são as preocupantes), a grande responsável
pela obstrução da passagem normal do sangue através
das artérias. Se o sangue não chegar ao coração ocor-
re o infarto agudo do miocárdio (IAM); se não chegar
ao cérebro, pode causar um acidente isquêmico tran-
sitório (AIT) ou um acidente vascular encefálico (AVE);
e se não chegar às extremidades pode ocasionar a ne-
cessidade de amputações de membros em casos ex-
tremos, em razão da insuficiência vascular periférica.
Isto ocorre porque há privação nos tecidos corporais,
de nutrição e de oxigênio, que são transportados atra-
Observações(Tabela 5.1):
Utilizar o mínimo de •
óleo de canola para
cozinhar os
alimentos e um
pouco de azeite de
oliva extravirgem
cru na salada.
Evitar a manteiga ou •
a margarina para
cozinhar os
alimentos!
Evitar o consumo de •
mais de 2 gemas por
semana e o excesso
de gorduras
saturadas, trans e de
colesterol. Ler os
rótulos sempre e
evitar alimentos
com o excesso
destes tipos de
gorduras.
Caprichar na água •
entre as refeições e
controlar o uso de
sal de cozinha.
Não foi realizado o •
cálculo calórico deste
cardápio, pois o
objetivo é
exemplifi car os
alimentos que podem
ser utilizados em cada
refeição ao longo do
dia. Podem-se utilizar
estes alimentos sem
restrições, mas, se
houver patologias ou
sintomas específi cos,
a dieta deverá ser
adequada a estas
situações.
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ALTERAÇÕES DO PERFIL LIPÍDICO
65
vés do sangue, impedido de circular normalmente, em
razão da presença dos “obstáculos gordurosos” no
interior das artérias.
Hipertrigliceridemia
Na hipertrigliceridemia ocorre um aumento dos triglice-
rídios no sangue (Tabela 5.2).
TABELA 5.2 EXEMPLO DE CARDÁPIO PARA HIPERTRIGLICERIDEMIA
Desjejum (8h) 200mL de leite desnatado
2 fatias de pão de linhaça sem açúcar
1 colher (de sobremesa) cheia de cottage com alecrim
Meio papaia
Colação (10h30) 1 tangerina + 1 xícara de chá verde com adoçante
Almoço (13h) Verduras de cor verde-escura cozidas à vontade (p. ex., bertalha e espinafre)
4 colheres (de sopa) de cenoura crua
3 colheres (de sopa) de arroz selvagem
1 concha média de feijão-branco sem carnes
100g de salmão grelhado
1 pote de gelatina diet de morango
Lanche (16h30) 200mL de leite desnatado batido com 2 colheres (de sopa) niveladas de semente de linhaça dourada + 1 banana prata pequena
Jantar (20h) 1 posta de atum de 100g com crosta de linhaça dourada
3 colheres (de sopa) de salada de feijão fradinho com cheiro-verde e cebola picada
3 colheres (de sopa) de arroz integral com brócolis, chicória e agrião à vontade + fi o de azeite de oliva extravirgem + limão
4 colheres (de sopa) de beterraba crua
1 pote de gelatina diet de limão
Ceia (23h) 1 pote de iogurte light ou desnatado natural
1 colher (de sopa) de linhaça dourada triturada no liquidifi cador (semente)
1 xícara de chá branco com adoçante
Observações(Tabela 5.2):
Utilizar o mínimo de •
óleo de canola para
cozinhar os
alimentos e um
pouco de azeite de
oliva extravirgem
cru na salada.
Evitar a manteiga ou •
a margarina para
cozinhar alimentos!
Evitar frituras, doces •
e o excesso de
carboidratos (p. ex.,
farinhas, pães, arroz,
batatas, frutas,
sucos, biscoitos,
açúcar, mel e
torradas).
Caprichar na água •
entre as refeições e
controlar o uso de
sal de cozinha.
Evitar o álcool e •
utilizar adoçante
artificial, sempre!
Não foi realizado o •
cálculo calórico deste
cardápio, pois o
objetivo é
exemplifi car os
alimentos que podem
ser utilizados em cada
refeição ao longo do
dia. Podem-se utilizar
estes alimentos sem
restrições, mas, se
houver patologias ou
sintomas específi cos,
a dieta deve ser
adequada a estas
situações.
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
68
HDL-colesterol (mg/dL) <40 Baixo
>60 Alto
Triglicerídios <150 Ótimo
150 a 200 Limítrofe
200 a 499 Alto
>500 Muito alto
Fonte: III Diretriz Brasileira sobre Dislipidemia e Diretriz de Prevenção de Aterosclerose,
do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2001
Recomendação especial para diabéticos
Colesterol total: <200mg/dL
Triglicerídios: <150mg/dL
LDL-colesterol: <100mg/dL
HDL-colesterol: >45mg/dL
As metas lipídicas para os diferentes graus de risco
encontram-se na Tabela 5.5.
ETIOLOGIA
As alterações do perfil lipídico podem ter origem em
várias causas, como fatores genéticos, dieta inadequada,
período pós-menopausa, uso de determinados fárma-
cos, obesidade, sedentarismo, e algumas patologias.
Fatores genéticos
São os mais importantes. Pessoas com avós, tios, pai,
mãe e/ou irmãos com dislipidemia, além de história fa-
miliar de doença aterosclerótica e de doenças vascula-
res, devem realizar exames de sangue rotineiramente.
Há presença da hereditariedade heterozigótica.
Dieta inadequada
O excesso de colesterol, de gordura saturada e de gordura
vegetal hidrogenada (ou trans) na dieta habitual aumenta
os níveis sanguíneos de colesterol total, de LDL-colesterol
e de triglicerídios. Além de diminuir os níveis de HDL-
colesterol. O excesso na ingestão de álcool e de carboidra-
tos também eleva os valores de triglicerídios no sangue.
O excesso no consumo de alimentos que causam o
rápido aumento dos níveis de açúcar do sangue ou da
glicemia, tais como os carboidratos de alto índice glicê-
mico (p. ex., açúcar, mel, xarope de milho, leite conden-
sado, glicose, dextrose, açúcar mascavo, doces, farinha
de trigo refinada, batatas e biscoitos refinados), desen-
TABELA 5.5 METAS LIPÍDICAS PARA OS DIFERENTES GRAUS DE RISCO CARDIOVASCULAR PROPOSTAS PARA A PREVENÇÃO DA DOENÇA ATEROSCLERÓTICA, DE ACORDO COM A
I DIRETRIZ BRASILEIRA DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA
Baixo risco Médio risco Alto risco Risco muito alto
LDL-colesterol
(mg/dL)
<160 <130 <100 <70
HDL-colesterol
(mg/dL)
>40 >40 >40
>45 (DM*)
>40
>45 (DM*)
Triglicerídios <150 <150 <150 <150
*DM = Diabetes melito
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ALTERAÇÕES DO PERFIL LIPÍDICO
69
cadeia a hiperinsulinemia (aumento da insulina no san-
gue). Isto ocorre para que os níveis de glicose no sangue
sejam normalizados. O excesso de insulina acarreta o
aumento da atividade das enzimas hepáticas: HMG-CoA
redutase e acetil-CoA carboxilase. A primeira é respon-
sável pela síntese hepática de colesterol, e a segunda
pela síntese hepática de triglicerídios. A dislipidemia
mista, portanto, pode ser desencadeada por este consu-
mo excessivo de carboidratos de alto índice glicêmico.
O consumo deficiente de fibras totais, mas principal-
mente de fibras solúveis, pode ser um fator colaborador
para a alteração do perfil lipídico do indivíduo. As fibras
na alimentação são muito importantes, pois através de
uma série de mecanismos que ocorrem em nosso me-
tabolismo elas são capazes de manter em níveis adequa-
dos as gorduras do sangue.
Período pós-menopausa: pela queda dos níveis
do hormônio sexual feminino, o estrogênio.
Uso de hormônios esteroides anabolizantes.
Medicamentos utilizados, exemplos:
Betabloqueador.•
Diurético tiazídico.•
Obesidade: principalmente a central, ou intra-
abdominal, ou visceral.
Sedentarismo.
Algumas patologias, exemplos:
Diabetes melito.•
Hipotireoidismo.•
Hepatopatias.•
TIPOS DE GORDURAS PROVENIENTES DA DIETA
Ácidos graxos saturados
O excesso deste tipo de gordura na alimentação estimu-
la a síntese hepática de colesterol, ocasionando a sua
elevação no sangue. As principais fontes alimentares são
as gorduras de origem animal (carne de boi, de carneiro
e suína; leite e derivados integrais), além do chocolate,
do coco, do óleo de coco e do azeite de dendê.
Gordura vegetal hidrogenada, ou gordura trans
(ou ácidos graxos trans)
É um tipo de gordura “invisível”. A maioria dos produtos
industrializados contém a gordura vegetal hidrogenada,
ou trans. Este tipo de ácido graxo nada mais é do que o
óleo vegetal líquido em temperatura ambiente (com a
sua estrutura química na forma Cis), que sofre o proces-
so de hidrogenação (ou seja, há perda das ligações du-
plas entre os seus carbonos, há saturação das ligações
químicas entre carbonos, e a sua estrutura química pas-
sa à forma chamada de trans). Estruturalmente, a gordu-
ra trans é similar à saturada, mas, além de aumentar a
Observação A indicação •
medicamentosa é
uma conduta
exclusivamente
médica.
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CAPÍTULO 7
Constipação intestinal
INTRODUÇÃO
A constipação intestinal, ou a prisão de ventre, é um
distúrbio muito comum nos dias de hoje, principalmen-
te em função do padrão alimentar adotado por grande
parte das pessoas.
Atualmente, a “dieta ocidental”, baseada em fast foods
está completamente disseminada em todos os cantos do
planeta. Ela é rica em carboidratos refi nados, gorduras
trans, gorduras saturadas e sódio, e é pobre em fi bras,
vitaminas e minerais. Este padrão alimentar equivocado
pode ser o fator desencadeante do desagradável trans-
torno intestinal que, literalmente, deixa qualquer um
“enfezado”. O mal-estar generalizado é a reclamação
mais comum das pessoas com constipação intestinal
crônica, que procuram o atendimento nutricional com o
intuito de tentar melhorar este sintoma.
Em resumo, o estilo de vida contemporâneo, em que
os indivíduos vivem estressados, “correndo contra o
tempo” e sedentários, aliado à alimentação desequili-
brada, formam um conjunto que pode ser o causador da
constipação intestinal crônica.
DEFINIÇÕES MAIS COMUNS DE CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Apresentação de fezes endurecidas.•
Esforço excessivo para defecar.•
Sensação de evacuação incompleta.•
Movimentos intestinais pouco frequentes.•
Número de evacuações inferior a 3 vezes por sema-•
na, mesmo na presença de alimentação rica em fi-
bras ou hiperfibrínica.
Falta do refl exo de evacuação por 3 dias consecutivos.•
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
82
TRÂNSITO INTESTINAL REGULAR
Geralmente, o peso normal das fezes excretadas varia
de 100g a 200g no período de 24 horas. A frequência
normal pode variar de uma defecação a cada 3 dias a 3
defecações por dia. O tempo de trânsito normal através
do trato gastrintestinal varia de 18 a 48 horas. As fezes
contêm em torno de 75% de água, e o seu volume é
maior nas populações que apresentam dieta rica em fi-
bra alimentar, como os africanos.
CAUSAS MAIS OBSERVADAS DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL EM PESSOAS SAUDÁVEIS
A inibição do estímulo da evacuação, repetidamente, •
pode ocasionar o desaparecimento do reflexo fisio-
lógico, com o passar do tempo.
O sedentarismo, ou seja, quando o indivíduo não •
pratica exercícios físicos, provoca a diminuição da
atividade contrátil do cólon.
Baixo consumo ou ausência total de fibra alimentar •
na dieta cotidiana.
Baixa ingestão hídrica.•
Uso crônico de laxantes, um hábito não fisiológi-•
co que faz com que os movimentos peristálticos
(ou “de descida” através do trato gastrintestinal),
estes sim, fisiológicos, sejam perdidos com o
tempo.
Deficiência de potássio e de tiamina, que causa a •
diminuição da funcionalidade intestinal.
Outras causas
Uso de alguns fármacos, como sulfato de bário, analgé-•
sicos, antiácido à base de alumínio, anticolinérgicos,
suplementos de ferro, anti-hipertensivos, cálcio, en-
tre outros.
Hipotireoidismo.•
Uremia.•
Hipocalemia.•
Doença vascular do intestino grosso.•
Distúrbios neurológicos.•
Distúrbios emocionais.•
Doenças inflamatórias intestinais.•
Síndrome do cólon irritável.•
Fissuras anais ou hemorroidas.•
Doença neuromuscular sistêmica.•
Tumor do trato gastrintestinal.•
Gravidez.•
IMPORTÂNCIA DAS FIBRAS
As fi bras alimentares são componentes de alimentos de
origem vegetal (cereais, leguminosas, hortaliças e frutas).
Podemos considerá-las como a parte não digerida e não
absorvida de alguns alimentos. Elas passam ao longo do
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CAPÍTULO 8
Diabetes melito
INTRODUÇÃO
O diabetes melito é uma doença crônica, ou seja, a par-
tir do momento em que o diagnóstico é feito, o diabetes
acompanhará a pessoa pelo resto de sua vida. Ainda
não foi descoberta a cura do diabetes, então, o que se
pretende com o tratamento intensivo é o melhor con-
trole da doença.
O diabético deve ser submetido ao tratamento indi-
vidualizado mais indicado para o controle adequado da
patologia e de suas comorbidades, caso estas estejam
presentes. Desta maneira, procura-se evitar ou poster-
gar o aparecimento de complicações agudas e/ou crô-
nicas decorrentes.
O que caracteriza essencialmente esta patologia é o
acúmulo de açúcar ou glicose no sangue, que configu-
ram a hiperglicemia.
TIPOS DE DIABETES
Diabetes tipo 1
De causa genética, surge na infância, na adolescência, ou
no início da idade adulta. Supõe-se ter característica au-
toimune, ou seja, o próprio organismo destrói as células
betapancreáticas, pois as identifi ca como sendo “corpos
estranhos” (ou antígenos), e então a insulina deixa de ser
produzida e secretada. O diabetes tipo 1 depende de apli-
cações de insulina exógena para o resto da vida do pa-
ciente, para que haja o controle glicêmico adequado.
Diabetes tipo 2
É mais comum o seu aparecimento na idade adulta, ao
redor dos 40 anos. Atualmente, em razão da crescente obe-
sidade em idades mais precoces, há pessoas com menos
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
90
de 40, 30 e até 20 anos que desenvolvem o diabetes melito
tipo 2. Indivíduos com história familiar de diabetes devem
ter um controle rígido do seu estilo de vida, pois a probabi-
lidade de desenvolverem a doença é grande. A obesidade
deve ser evitada a todo custo nesses indivíduos, pois há
uma junção de suscetibilidade genética e de fatores ambien-
tais que favorecem o seu desenvolvimento.
Pessoas obesas, hipertensas, dislipidêmicas (aumen-
to de colesterol, de triglicérides, do VLDL-colesterol, da
Apo B e/ou com diminuição do HDL-colesterol no san-
gue), com gordura corporal localizada essencialmente na
região abdominal (ou a chamada obesidade tipo maçã
ou androide – constatada pelo aumento da medida da
circunferência de cintura), mulheres com história de dia-
betes gestacional, ou que sofreram abortos naturais, ou
que deram a luz a fetos macrossômicos (bebês nascidos
com mais de 4kg) e/ou com história familiar de diabetes,
devem ter cuidados rigorosíssimos com o seu estilo de
vida, já que a probabilidade de desenvolvimento de dia-
betes melito tipo 2 pode ser enorme, nestes casos.
O paciente com diabetes tipo 2 normalmente não
necessita de insulina externa, a não ser em uma fase
mais avançada da doença, quando há a falência da fun-
ção pancreática endócrina, com diminuição da secreção
de insulina, e em que há frequentes hiperglicemias, mes-
mo com o paciente submetido ao tratamento intensivo
e convencional para este tipo de diabetes (dieta + ativi-
dade física + combinações e doses máximas dos hipo-
glicemiantes orais).
FISIOPATOLOGIA SIMPLIFICADA DO DIABETES MELITO TIPO 2
No diabetes melito tipo 2 ocorre defi ciência parcial ou
total da secreção de insulina produzida pelo pâncreas,
e/ou a resistência de alguns tecidos do organismo (essen-
cialmente o tecido adiposo, o fígado e os músculos es-
queléticos) à ação da insulina secretada. Na maioria dos
pacientes diabéticos, observa-se o funcionamento desor-
denado do metabolismo, fato que desencadeia, também,
o aumento da produção de glicose pelo fígado, através da
gliconeogênese hepática. A simultaneidade destes três
processos (diminuição ou ausência da produção de insu-
lina pancreática + resistência periférica à ação da insulina
+ aumento da produção de glicose pelo fígado) altera em
muito a glicemia do paciente diabético.
A insulina é um hormônio secretado pelas células do
tipo beta do pâncreas. Sua função é possibilitar a entra-
da de glicose nas células dos tecidos-alvos, como mús-
culos esqueléticos, fígado e tecido adiposo (ou estoque
de gordura corporal). O organismo processa a glicose
dentro da célula, produzindo, então, a energia para a
realização de suas funções normais. O excesso de glico-
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
98
TRATAMENTO
De modo geral, o principal objetivo do tratamento do
diabetes é manter um excelente controle glicêmico,
além de controle dos níveis de gordura do sangue, da
pressão arterial e do peso corporal. Vejamos os pontos
mais importantes:
Pressão arterial (PA): até 135 • × 80mmHg.
Índice de massa corporal (IMC): •
IMC = Peso (kg)
Estatura (m2)
(A normalidade está entre 18,5 e 24,9kg/m2.)
Colesterol total:• <200mg/dL.
Triglicerídios:• <150mg/dL.
LDL-colesterol:• <100mg/dL.
HDL-colesterol:• >45mg/dL.
Glicemia de jejum:• <100mg/dL.
Glicemia pós-alimentação ou pós-prandial (ou após •
2 horas): <140mg/dL.
Hemoglobina glicosilada ou glicada:• até o limite su-
perior do método utilizado pelo laboratório (prefe-
rencialmente, abaixo ou igual a 6%).
Embora o diabetes seja uma doença crônica, que •
necessita de cuidados permanentes, ela pode e deve
ser muito bem controlada com dieta adequada, exer-
cícios físicos regulares e terapia intensiva com
medi camentos hipoglicemiantes (p. ex.: insulina
ultrar rápida; insu lina regular ou rápida; insulina len-
ta e NPH; insulina ultralenta; insulina pré-mistura,
que une a regular com a NPH; e/ou com hipoglice-
miantes orais, que podem atuar estimulando a se-
creção da insulina pelas células betapancreáticas;
ou diminuindo a absorção de carboidratos no intes-
tino; ou diminuindo a produção de glicose hepática;
ou melhorando a sensibilidade dos músculos e do
tecido adiposo à ação da insulina).
Algumas novas propostas de tratamento vêm sendo
pesquisadas e colocadas, aos poucos, na prática. Dentre
elas estão o uso de insulina inalável, o transplante de
pâncreas e a cirurgia bariátrica do diabetes. A cirurgia
bariátrica, normalmente proposta como tratamento nos
casos de obesidade grave e intratável clinicamente, co-
meça a ser efetuada de maneira ainda experimental nos
diabéticos. É feito um by-pass duodenoileal sem gastrec-
tomia, o que ocasiona a chegada rápida de alimentos ao
íleo, estimulando a produção de incretinas intestinais
específicas. Estas incretinas atuam diminuindo a apop-
tose, ou destruição de células betapancreáticas, aumen-
tando a produção e a secreção de insulina por estas
células. A cura do diabetes poderá ser descoberta nos
próximos anos, melhorando a qualidade de vida de inú-
meras pessoas e diminuindo o número de mortes anuais
decorrentes da doença.
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DIABETES MELITO
99
!Dicas de alimentação para o diabetes
O cuidado com a alimentação é fundamental para o bom
controle da doença. O planejamento da dieta é feito a
partir do peso corporal atual, da estatura, da idade, do
nível de atividade física, dos hábitos alimentares, das
doenças associadas, dos déficits calóricos necessários
(na presença de excesso ponderal), e dos horários de
utilização dos medicamentos hipoglicemiantes.
Não utilizar: açúcar branco, mel, açúcar mascavo,
açúcar invertido, xarope de milho, doces, balas,
bolos, sorvetes, chocolates, refrigerantes comuns,
glicose, sacarose, frutose, geleia, leite condensa-
do, melado, suco de frutas e “bebidas esporti-
vas”. Ler os rótulos dos produtos atentamente.
Utilizar sempre os produtos adoçados com os
adoçantes artifi ciais, além de consumir produtos
dietéticos. As grávidas diabéticas devem fazer
uso somente da sucralose. Ler os rótulos, mesmo
que os produtos sejam denominados dietéticos.
Caso haja dislipidemia mista e/ou obesidade,
além do diabetes, tomar cuidado com os produ-
tos dietéticos, pois eles podem conter gordura
saturada, gordura trans e calorias em excesso.
Respeitar os horários das refeições e as quantidades
prescritas dos alimentos na dieta individualizada.
Utilizar estes cereais: milho, arroz integral, qui-
noa, aveia em flocos, massa integral, farelo de
aveia, pão integral sem açúcar e biscoito diet in-
tegral, pois são opções mais saudáveis do que
os alimentos preparados com a farinha refinada.
Atentar para o controle do número de porções
diárias destes alimentos, que é fundamental.
Utilizar os tubérculos ou hortaliças C: batata in-
glesa, aipim, inhame, batata-doce e batata-baroa
devem ser incluídos no esquema alimentar, mas
com parcimônia! Deve-se controlar o número de
porções diárias destes alimentos. Apesar do alto
índice glicêmico, ou seja, de terem o poder de
elevar rapidamente a glicose do sangue após o
seu consumo, principalmente se consumidos
isoladamente, quando fizerem parte de uma re-
feição completa e mista (aquela composta por
fibras – hortaliças A/B, cereal integral e legumi-
nosa; proteínas – carne magra; e lipídios – óleo
vegetal, azeite extravirgem e carne magra), se
feito o controle das porções alimentares, a carga
glicêmica da refeição tende a ser considerada de
baixa a moderada, mesmo contendo estes ali-
mentos com mais alto IG.
As hortaliças A e B (verduras e legumes), e as
frutas devem estar presentes na dieta do dia-
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DIETAS DA MODA × ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
127
a perda ponderal a partir de então ser mais paulati-
na, ela ocorrerá com resultados extraordinários, até
mesmo em grandes obesos, desde que estejam mo-
tivados e sejam disciplinados. A dieta passa a ser
hipocalórica e equilibrada nutricionalmente.
A distribuição dos macronutrientes da dieta equi-
librada normalmente é de 55% de carboidratos, 15%
de proteínas e 30% de lipídios.
Exemplo da quantidade de carboidratos de uma
dieta hipocalórica balanceada: em uma dieta hipoca-
lórica com valor energético total (VET) de 1.200kcal/
dia, a quantidade de carboidratos será de 660kcal, ou
de 165g, ou de 9 equivalentes de carboidratos com-
plexos e 3 equivalentes de carboidratos simples.
Equivalente refere-se à porção de cada alimen-
to presente na lista de substituição dos alimentos
(ver Capítulo 1, Alimentação adequada nas fases
da vida). Exemplo: 1 equivalente ou 1 porção de pão
integral é igual a 1 fatia.
Proteínas: 1g equivale a 4kcal
Carnes, leite, queijos, iogurte e ovos têm proteínas de alto
valor biológico, ou seja, proteínas que fornecem todos os
aminoácidos essenciais que o organismo não produz e
que são adquiridos por meio da alimentação. O grupo das
leguminosas também possui proteína, porém, de baixo
valor biológico, ou seja, que não fornecem todos os ami-
noácidos essenciais ao organismo. As leguminosas devem
ser consumidas com os cereais para que os aminoácidos
se complementem e passem a formar uma proteína com-
pleta. Exemplo: arroz + feijão (unem a metionina e a lisina,
o que resulta em uma mistura proteica completa).
Aminoácido essencial é aquele que o organismo não produz; é adquirido através da alimentação. A partir dele serão sintetizados os não essenciais no organismo.
Gorduras: 1g equivale a 9kcal
Frutas oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoa, pistache e
avelã), óleos vegetais (azeite de canola, de milho, de girassol,
de algodão e de soja), linhaça dourada e abacate. Os peixes
gordos (salmão, atum, sardinha, arenque e cavala) também
possuem ácidos graxos poli-insaturados ômega-3.
COMPONDO OS MACRONUTRIENTES NA REFEIÇÃO
O almoço e o jantar, para serem completos nutricional-
mente, devem conter os três grupos de macronutrientes.
Para cada refeição, escolha um carboidrato complexo
(cereal ou hortaliça C), uma leguminosa, uma proteína
de alto valor biológico, um tipo de hortaliça B, dois tipos
de hortaliça A (verduras, tomate, palmito, pepino, berin-
jela, brócolis, couve-fl or e cebola), um pouco de gordura
“boa” e, de sobremesa, uma fruta ou gelatina diet.
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
128
A refeição mista e composta desta maneira é nutri-
cionalmente equilibrada, além de ter o poder de amenizar
o alto índice glicêmico de determinados alimentos, quan-
do consumidos sozinhos. Por exemplo, a batata inglesa
cozida tem alto índice glicêmico, mas na refeição mista,
acompanhada por fi bras, gorduras e proteínas não tem
o efeito de aumentar tão repentinamente a glicemia. A
refeição mista tende a apresentar um médio índice glicê-
mico, o que é excelente para o controle glicêmico pós-
-prandial, o controle dos triglicerídios (principalmente os
níveis séricos pós-prandiais) e para aumentar a sacieda-
de, espaçando a sensação de fome. Esta é uma estratégia
inteligente para a promoção da perda ponderal.
Observação:
O índice glicêmico é a alteração da glicemia em reação à
ingestão de uma quantidade de carboidrato. É expresso por
uma porcentagem da resposta da glicemia a uma mesma
quantidade de carboidrato consumido, vinda de algum outro
alimento utilizado como padrão (glicose ou pão branco). O
carboidrato-padrão terá sempre 100% de aumento da glice-
mia após o seu consumo. O pico glicêmico ocorre normal-
mente aos 30 minutos pós-ingestão deste carboidrato.
Exemplos de índices glicêmicos (IG):
Alto (de 60% a 100%):• glicose, cenoura cozida, mel,
corn flakes, arroz branco, fubá, maltodextrina, xarope
de milho, refrigerante comum, biscoito doce, melan-
cia, pão integral, pizza, sonho, bolo, croissant, batata
cozida, abóbora, inhame cozido, pão branco, arroz
integral, beterraba, passas e banana.
Moderado (de 40% a 60%):• milho, sacarose, all bran,
batata frita, massa branca, lactose, batata-doce,
massa integral e laranja.
Baixo (até 40%):• maçã, pêssego, ameixa, pera, iogurte,
leite, ervilha seca, feijão, farelo de arroz, amendoim, len-
tilha, centeio, grão-de-bico, feijão-manteiga e frutose.
CONCLUSÃO
Os efeitos maléficos de um alimento com alto índice
glicêmico (proporcionando, p. ex., o aumento do peso
corporal, a alteração da composição corporal e o mau
controle glicêmico) podem ser amenizados com a com-
posição de uma refeição mista, ou com as misturas ade-
quadas de alimentos que serão consumidos.
Exemplos: • batata cozida + azeite + peixe + alface ou
• arroz branco + feijão + carne vermelha + palmito ou •
banana batida no liquidificador com leite e farelo de
aveia ou • iogurte com passas ou • pão branco + queijo-
-de-minas derretido + fio de azeite ou • maçã com casca
com mel ou • cenoura cozida com feijão-preto ou • be-
terraba com lentilha ou • corn flakes com leite.
Quando quiser consumir um doce, de preferência que
seja após uma refeição mista saudável. O efeito maléfi co
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CAPÍTULO 18
Hipertensão arterial sistêmica
INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial sistêmica (HAS), ou “pressão ar-
terial alta”, considerada o problema de saúde pública
mais comum nos países desenvolvidos, é uma patologia
bastante abrangente, pois atinge brancos e negros; ido-
sos e jovens; homens e mulheres; gordos e magros; ricos
e pobres; pessoas calmas e pessoas ansiosas.
DEFINIÇÃO
Define-se a hipertensão arterial sistêmica como o au-
mento crônico da pressão do sangue que circula através
das artérias. Há uma resistência vascular sistêmica, e o
efeito crônico da pressão arterial alta mal controlada é
o desenvolvimento do dano vascular e da lesão do en-
dotélio vascular, ou lesão endotelial. A pressão arterial
sistólica é igual ou superior a 140mmHg, ao passo que
a pressão arterial diastólica é igual ou superior a
90mmHg. Estes índices superam aqueles considerados
normais para o bom estado de saúde geral.
SINTOMATOLOGIA
Os principais sintomas são cefaleia, tontura, mal-estar geral
e sangramentos nasais. A maioria dos hipertensos não se
queixa de nada, e por isto esta patologia é frequentemente
chamada de “assassina silenciosa”. Isto se deve ao fato de
que indivíduos hipertensos assintomáticos durante anos,
podem, de repente, sofrer um infarto agudo do miocárdio
(IAM), ou um acidente vascular encefálico (AVE) fatal.
CAUSAS DA HIPERTENSÃO
Cerca de 90% dos casos são representados por hiper-
tensão arterial sistêmica essencial ou primária, para a
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
172
qual não se determina uma causa específica. As causas
prováveis são genéticas, obesidade (principalmente a
localizada na região abdominal, a chamada gordura vis-
ceral, ou intra-abdominal), sedentarismo, envelhecimen-
to, estresse, ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e
consumo excessivo de sal.
Os demais casos trata-se de uma hipertensão se-
cundária, pois estão associados a outra patologia já
existente:
Fármacos utilizados.•
Doença renal ou renovascular (hipertensão vascular •
renal).
Feocromocitoma.•
Hiperaldosteronismo primário.•
Hipotireoidismo ou hipertireoidismo.•
Hiperparatireoidismo.•
Acromegalia.•
Síndrome de Cushing.•
Hiperadrenalismo.•
Coarctação da aorta.•
RESUMO DAS CAUSAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL MAIS DISCUTIDAS ATUALMENTE
Aumento da renina plasmática, ativando o siste-•
ma renina-angiotensina-aldosterona: há o au-
mento da retenção de sódio, aumento do volume
intravascular, vasoconstrição e consequente au-
mento da PA.
Hiperaldosteronismo, que é o aumento da retenção •
de sódio e de água, fazendo aumentar o volume in-
travascular. A resistência vascular piora, ocasionan-
do o consequente aumento da PA.
A ativação do sistema nervoso simpático se dá com •
o aumento das catecolaminas plasmáticas, o que
causa a vasoconstrição, o aumento da resistência
vascular periférica, o aumento do débito cardíaco, a
expansão de volume e o aumento da PA.
Aumento do cortisol plasmático, o que causa vaso-•
constrição e aumento da resistência vascular perifé-
rica, ocasionando o aumento da PA.
A diminuição do cálcio ingerido por meio da dieta •
pode ser um fator causal da HAS.
Resistência à insulina causa o aumento da reten-•
ção de sódio e ativa o sistema nervoso simpático.
A via da MAP-cinase continua ativada no meio in-
tracelular, e ocorre a instalação do efeito mitogê-
nico da insulina, que causa a hipertrofia das
células dos músculos lisos vasculares a ateroscle-
rose, o aumento da resistência vascular e o conse-
quente aumento da PA.
Diminuição da bradicinina, potente vasodilatador e •
estimulador da natriurese.
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
173
Diminuição da vasodilatação endotélio-dependente •
mediada pelo óxido nítrico (NO), em razão da dis-
função endotelial.
A diminuição do magnésio ingerido pela dieta pode ser •
um fator causal da HAS. Um aumento do cálcio intrace-
lular e a supressão do magnésio intracelular são achados
comuns quando a pressão arterial encontra-se elevada,
em função do aumento da resistência vascular.
Aumento da endotelina e do angiotensinogênio pro-•
duzidos pelos adipócitos viscerais.
Algumas populações são mais suscetíveis à sensibi-•
lidade ao sal (p. ex., negros, idosos e diabéticos).
Presença de alguns possíveis genes que sofreram •
mutação e que desencadeiam a HAS.
Desnutrição intrauterina, seguida de rápido ganho •
de peso corporal na primeira infância da pessoa,
com o consequente desenvolvimento de sobrepeso
ou de obesidade, pode ter relação com o desenvol-
vimento da HAS na idade adulta.
COMO DIAGNOSTICAR E CLASSIFICAR
A aferição da pressão arterial é o elemento chave para o
estabelecimento do diagnóstico da hipertensão arterial
(Tabela 18.1). Os profissionais das áreas da saúde são
os mais indicados para verificá-la. O diagnóstico final é
uma conduta médica.
TABELA 18.1 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A IV DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL PARA ADULTOS (ACIMA DE 18 ANOS)
Classifi cação Pressão sistólica (mmHg)
Pressão diastólica (mmHg)
Ótima ≤120 <80
Normal <130 <85
Limítrofe 130 a 139 85 a 89
Hipertensão diagnosticada
Estágio 1 (leve) 140 a 159 90 a 99
Estágio 2 (moderada) 160 a 179 100 a 109
Estágio 3 (grave) ≥180 ≥110
Sistólica isolada ≥140 <90
HIPERTENSÃO DO AVENTAL BRANCO
Existem pessoas que apresentam aumento da pressão arterial
somente no consultório médico. Para o estabelecimento da
hipertensão arterial desse indivíduo é necessário o uso do
MAPA (monitoração ambulatorial da pressão arterial), um
aparelho colocado ao corpo da pessoa por 24 horas. A pressão
arterial é então monitorada ao longo do dia, servindo como
base para o diagnóstico defi nitivo da hipertensão arterial.
CONSEQUÊNCIAS DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NÃO TRATADA
A pressão arterial sistêmica alta é uma patologia crônica,
e portanto requer um tratamento contínuo, a partir do
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CAPÍTULO 20
Intolerância à lactose
Os sintomas comuns de intolerância à lactose após a
ingestão de leite e de produtos dele derivados são: disten-
são abdominal, cólicas, fl atulência (gases) e diarreia.
ALIMENTAÇÃO RECOMENDADA
Na intolerância à lactose diagnosticada devemos elimi-
nar da alimentação habitual o leite de vaca e seus deri-
vados (queijos e iogurte) e os produtos que contenham
leite (p. ex., tortas, bolos, biscoitos, pudim, mingau, su-
flê, cremes, flan e sorvetes).
Algumas pessoas que são intolerantes à lactose con-
seguem ingerir pequenas quantidades diariamente, prin-
cipalmente iogurte e queijos. A explicação para isto seria
a menor concentração de lactose nestes produtos, quan-
do comparada à do leite. Somado a este fato, a presença
da cultura bacteriana benéfica ao organismo (ou os cha-
A lactose é o carboidrato do leite. É um dissacarídeo
formado pela soma de dois monossacarídeos, a galac-
tose e a glicose.
A digestão da lactose acontece no intestino delgado
através da enzima intestinal chamada lactase. Esta en-
zima decompõe a lactose em galactose e em glicose, que
serão absorvidas e terão como destino o fígado.
Muitos indivíduos não possuem a lactase, e por esta ra-
zão não são capazes de digerir o leite e os seus derivados.
Em algumas infecções intestinais pode haver queda
na concentração da lactase, tal como na gastroenterite
acompanhada de diarreia grave. Desta forma, estes in-
divíduos também se tornam incapazes de digerir leite e
derivados, durante o período que durar a infecção intes-
tinal. Após a cura da doença, a digestão da lactose tende
a se normalizar.
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
186
mados probióticos) no iogurte pode ajudar no processo
digestivo da lactose, favorecendo também o equilíbrio
da flora intestinal. De qualquer maneira, esta tolerância
não é muito observada na prática clínica.
Na maioria das vezes o leite de cabra e seus deriva-
dos não são tolerados também. Fique atento!
! Dicas de alimentação para intolerância
à lactose
Leite de soja e seus derivados podem ser utili-
zados.
Leite deslactosado (sem lactose), especial, ven-
dido em farmácias e em alguns supermercados,
deve ser utilizado pelo menos 3 vezes por dia.
Principalmente se a pessoa não tolera os quei-
jos e o iogurte. Cada porção equivale a 200mL,
ou seja, a pessoa deverá ingerir 600mL por dia
do leite deslactosado, pelo menos. Isto garan-
tirá o aporte diário do cálcio dietético.
Queijos, iogurte e leite fermentado em pequenas
quantidades diárias (1 porção por dia) podem
ser oferecidos, caso sejam tolerados. Exemplos
de cada porção: 1 fatia média de 30g de queijo-
de-minas, ou 1 tablete de polenguinho light, ou
1 colher (de sopa) de cottage, ou 1 colher (de
sopa) de requeijão light, ou 1 pote de iogurte
desnatado, ou 1 pote de leite fermentado.
Consumir alimentos ricos em vitamina D: peixes
gordos (salmão, atum, arenque, sardinha e cavala).
Ficar no sol 15 minutos por dia, nos horários se-
guros. Isto ajuda na síntese da vitamina D ativa na
pele. Ela é a responsável pela absorção intestinal
do cálcio dietético.
Outros alimentos ricos em cálcio que devem ser
ingeridos: folhosos verde-escuros (couve, bróco-
lis, espinafre e rúcula) e a sardinha.
A seguir, na Tabela 20.1, exemplo de cardápio para
pessoas com intolerância à lactose.
Observação(Alimentação recomendada):
Talvez haja a •
necessidade de
suplementação de
cálcio e de vitamina
D, mas isto só
poderá ser
detectado através de
exames
laboratoriais.
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OBESIDADE
207
Figura 21.1 Pirâmide Alimentar
Para que haja o emagrecimento efetivo e ao mesmo
tempo se mantenha a nutrição equilibrada, as seguintes
escolhas diárias utilizando-se a pirâmide alimentar como
referência devem ser feitas:
5 porções da base, de preferência na versão inte-•
gral, o que equivalerá a: 2 colheres (de sopa) nive-
ladas de arroz integral + 1 fatia de pão integral
+ 1 colher (de sopa) de aveia + 2 colheres (de sopa)
de massa integral com molho de tomate + 3 bis-
coitos cream-crackers tipo integral. Você também
pode incluir em substituição ao arroz, ou ao ma-
carrão, ou à quinoa, ou ao milho, as seguintes hor-
taliças C: 1 batata-inglesa média cozida, 1 pedaço
médio cozido de aipim, ou de inhame, ou de bata-
ta-doce, ou de batata-baroa.
5 porções de frutas e /ou de hortaliças A e B (de •
acordo com a OMS), o que equivalerá a: 1 prato
(de sobremesa) de hortaliças A cruas no almoço
e outro no jantar + 4 a 8 colheres (de sopa) por
dia de hortaliças B + duas frutas com casca e ba-
gaço, ao longo do dia. Procure variar sempre es-
tes grupos alimentares para garantir o aporte
adequado de vitaminas, minerais, fitoquímicos
diferentes e fibras.
3 porções de leite e derivados light / desnatados, •
o que equivalerá a: 1 pote de iogurte light + 1 fatia
média de queijo-de-minas light + 200mL de leite
desnatado.
1 porção de leguminosas, o que equivalerá a: 1 con-•
cha pequena ou 3 colheres (de sopa) no almoço, da
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CAPÍTULO 24
Sistema urinário
corpórea, os minerais e os compostos orgânicos. Neste pro-
cesso se dá a reabsorção para o sangue das substâncias
necessárias, em sua grande maioria, e a eliminação na urina
de outras substâncias, algumas tóxicas, de modo a equilibrar
o organismo. Percebemos que o rim em seu perfeito funcio-
namento não permite que ocorra o acúmulo ou a falta de
determinados componentes no organismo humano.
PROCESSO EXCRETOR
Cada um dos rins é formado por aproximadamente um
milhão de néfrons. O néfron é composto por um glo-
mérulo conectado a uma série de túbulos. Cerca de
1.600mL de sangue, ou o equivalente a 20% do débito
cardíaco, passam pelos rins por minuto.
Ao chegar aos rins, o sangue passa pela filtração glo-
merular, resultando um ultrafiltrado. Os túbulos conec-
O sistema urinário é uma das quatro vias de excreção
de substâncias do organismo humano. As outras são a
pele, os pulmões e o intestino grosso, ou cólon.
Os componentes do sistema urinário são os dois rins,
os dois ureteres, a bexiga e a uretra. De forma sintetizada,
dizemos que os rins são responsáveis pela produção da
urina; os ureteres conduzem a urina dos rins à bexiga, para
ser feito o seu armazenamento; e, por fi m, a uretra encami-
nha a urina para a excreção (ou para fora do organismo).
RIM
O rim apresenta uma série de funções essenciais ao
equilíbrio orgânico, das quais as três principais são a
metabólica, a excretora e a endócrina.
A função excretora renal é extremamente importante e
considerada a principal delas, pois controla e regula a água
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
230
tados aos glomérulos reabsorvem a maior parte dos
componentes deste ultrafiltrado, que retornam então ao
sangue. As substâncias não reabsorvidas são eliminadas
na urina. Observamos, aqui, a “função renal purificado-
ra” do organismo.
Neste processo de filtração, alguns componentes
presentes no sangue que chegam aos rins têm sua
passagem bloqueada, como por exemplo as proteínas
e as hemácias. Portanto, a presença de proteínas na
urina (ou proteinúria) ou de hemácias (ou hematú-
ria) não é um fato normal na função renal. Outra
substância que só aparece na urina em momentos
adversos é a glicose. A presença de glicose na urina
(glicosúria) ocorre quando a glicemia (nível sérico
da glicose) ultrapassa 300mg/dL, o que caracteriza
hiperglicemia grave, fato muito comum no diabetes
melito descompensado, ou em quadro de diabetes
ainda não diagnosticado, portanto não tratado ade-
quadamente.
A urina final produzida é composta de 96% de água,
nos quais estão produtos de decomposição do metabo-
lismo proteico (ureia, creatinina, ácido úrico e amônia),
toxinas, pigmentos, hormônios e minerais (sódio, po-
tássio, magnésio, fósforo, cloreto e sulfato). A quanti-
dade diária eliminada atinge de 1.000mL a 1.500mL,
podendo variar de acordo com o estado de hidratação
do indivíduo. No verão a diurese está diminuída e no
inverno aumentada, normalmente.
A função renal adequada tem como objetivo principal
estabelecer a manutenção da homeostase corporal entre
líquidos, solutos e eletrólitos.
CONTROLE HORMONAL DA VOLEMIA (VOLUME DE SANGUE)
Hormônio antidiurético (ADH)• : secretado pela hipó-
fise para efetuar o controle da excreção de líquidos
feita pelos rins. Com a queda da volemia (volume
sanguíneo) e com o aumento da osmolalidade (con-
centração dos solutos presentes no sangue), há um
aumento da secreção do ADH, e os rins passam a
excretar menos água, ou seja, menos urina é produ-
zida. O contrário ocorre com o aumento da volemia
e com a queda da osmolalidade, havendo, neste
caso, a diminuição do ADH, e maior quantidade de
urina produzida.
Sistema renina-angiotensina-aldosterona• : os rins
secretam a renina, enzima que converte o angioten-
sinogênio na angiotensina I. Quando a volemia cai,
o glomérulo secreta mais renina. O sistema renina-
angiotensina é ativado, havendo a produção de al-
dosterona pela glândula adrenal. A aldosterona
ocasiona: aumento da reabsorção tubular de sódio,
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SISTEMA URINÁRIO
231
aumento da retenção hídrica e consequente aumen-
to da volemia.
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC)
A insuficiência renal pode apresentar intensidades va-
riadas, originando o desequilíbrio orgânico.
As causas mais comuns da insuficiência renal pro-
gressiva, em 90% dos casos, são diabetes melito, glo-
merulonefrite crônica (inflamação glomerular crônica)
e hipertensão arterial sistêmica.
Há a perda progressiva na taxa de filtração glomeru-
lar, perda de néfrons e perda de função renal. O débito
urinário começa a cair com a evolução da doença.
Com a presença da insufi ciência renal, os rins perdem
a capacidade de eliminar determinadas substâncias e líqui-
dos corporais, que então se acumulam no organismo.
Existe a incapacidade de excreção dos resíduos nitro-
genados do metabolismo proteico (ureia, creatinina,
amônia e ácido úrico), e da manutenção do equilíbrio
entre os líquidos e os eletrólitos (água, sódio, potássio,
fósforo, cálcio e magnésio). O resultado final é o acú-
mulo de líquidos corporais, ocasionando o edema (ou
inchaço), além do excesso de produtos nitrogenados,
minerais e eletrólitos presentes no sangue. Há ainda a
eliminação de substâncias anormais na urina, como a
glicose e as proteínas. Com a diminuição do débito uri-
nário, os líquidos não eliminados provocam o aumento
da volemia, da resistência vascular periférica e da pres-
são arterial.
A alcalose metabólica (aumento do bicarbonato no
sangue) e a acidose metabólica (aumento do hidrogênio
no sangue) podem acontecer, também.
Na insuficiência renal pode ocorrer a falta de dois
hormônios produzidos pelos rins, como a vitamina D
ativa (essencial para a absorção intestinal do cálcio die-
tético, e para o não desenvolvimento do hiperparatireoi-
dismo secundário) e a eritropoietina (essencial para a
eritropoiese adequada). A deficiência destes dois hor-
mônios ocasiona a anemia, o hiperparatireoidismo se-
cundário (para a retirada do cálcio dos ossos visando o
aumento da calcemia) e a osteoporose nestes pacientes
renais. A função endócrina renal também fica prejudica-
da, como podemos observar.
Como resumo dos efeitos colaterais negativos decorren-
tes da IRC, temos presença de edema; aumento da pressão
arterial; dislipidemia; hiperglicemia; aumento da concentra-
ção dos eletrólitos no sangue; anemia; hiperparatireoidismo
secundário; proteinúria; e osteoporose.
OUTRAS PATOLOGIAS RENAIS COMUNS
Síndrome nefrótica• : há eliminação de proteína na
urina, com diminuição da albumina plasmática. Isto
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CAPÍTULO 25
Tensão pré-menstrual (TPM)
rotransmissor, a serotonina, que oferece a sensação de
bem-estar geral, sentida por todas nós. Esta queda ocor-
re no período que antecede a menstruação. Os doces,
os carboidratos e as proteínas de alto valor biológico
(p. ex., carne de boi, aves, peixes, clara de ovo, leite e
derivados) contêm o triptofano (aminoácido essencial
ao organismo), o precursor da serotonina.
Antes de atacar a caixa de bombons, ou a panela de
brigadeiro, e colocar a perder as horas gastas na acade-
mia, siga as dicas de alimentação a seguir.
!Dicas de alimentação para TPM
Faça de 5 a 6 refeições ao dia, procurando ali-
mentar-se de 3 em 3 horas, com o objetivo de
evitar a queda glicêmica, fato que pode desenca-
dear a compulsão por doces.
No período conhecido como tensão pré-menstrual, que
de modo geral afeta a maioria das mulheres em idade
fértil, surgem dois sintomas principais: retenção de lí-
quidos, com consequente aumento de peso corporal, e
mudanças repentinas no humor em um curto espaço de
tempo (euforia, irritação, tristeza e depressão).
Algumas mulheres passam incólumes por este período,
mas a maioria sofre com a variação hormonal mensal.
A principal reclamação da maioria das mulheres é a de
sentirem uma vontade incontrolável de atacar uma caixa de
bombons, e por fi m, a atacam. Depois deste ato de desati-
no, o sentimento que em geral predomina é a culpa.
A explicação para este fato está na queda da produ-
ção hormonal (diminuição do hormônio luteinizante
(LH), do hormônio folículo estimulante (FSH), do estro-
gênio e da progesterona), além da redução de um neu-
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
242
Escolha carboidratos complexos, como batata-
inglesa, batata-doce, batata-baroa, aipim, inha-
me, quinoa, pão integral, massas tipo integral
com molho de tomate, arroz integral, farelo de
aveia, granola, aveia em flocos, biscoitos tipo
integral e barras de cereais light. Investindo nes-
tes alimentos haverá energia suficiente para o dia
a dia, além de frear a compulsão por açúcar.
Consuma frutas frescas e secas, além de legu-
mes e verduras em quantidades generosas.
Estes grupos de alimentos possuem fibras, mi-
nerais e vitaminas, importantíssimos por exer-
cerem efeito calmante, diurético e laxativo. Os
sintomas de constipação, inchaço e irritação
ficam amainados.
Consuma leite, queijos e iogurtes na versão light
e desnatada, pois possuem triptofano, além da
isenção ou diminuição no percentual de coleste-
rol, de açúcar, de gordura saturada e de calorias.
Utilize carne de boi magra, aves e peixes ricos em
ômega-3 (p. ex., peixes gordos: salmão e atum).
Consuma as leguminosas: feijão, lentilha, ervi-
lha, grão-de-bico e soja. Sem as carnes gorduro-
sas, lógico!
Use frutas oleaginosas em pequena quantidade diá-
ria: nozes, castanha-do-pará, amêndoas e avelã.
Azeite de oliva extravirgem para temperar as sala-
das e óleo de canola para cozinhar os alimentos.
Reduza o sal de cozinha neste período, além dos
enlatados, embutidos, industrializados de modo
geral, pelo grande teor de sódio que possuem.
Eles aumentam o inchaço!
Não consuma bebidas alcoólicas no período. Elas
engordam e aumentam o inchaço já existente!
Doces devem ser evitados, principalmente os
gordurosos. Prefira: compotas de frutas prepa-
radas com adoçante, salada de frutas com iogur-
te light, barra de cereal light com chocolate,
gelatina diet com iogurte light, sorbet light de fru-
tas, frutas secas ou frutas assadas no micro-
ondas ou no forno com canela.
Evite cafeína: café, chá preto, chá mate, refrige-
rantes à base de cola e guaraná.
Utilize chás, como o de hortelã, pois são diu-
réticos.
Dicas principais na presença de edema, cólicas,
nervosismo, mudanças de humor e cefaleia: dimi-
nuir a ingestão de gorduras, açúcar, sal e cafeína;
aumentar o consumo de alimentos ricos em cálcio
(leite e derivados magros, folhas verde-escuras e
sardinha), vitamina B6 (aveia, nozes, atum, bana-
na e batata), vitamina E (gérmen de trigo, óleos
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PARTE II
Esclarecendo Dúvidas
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CAPÍTULO 29
Dúvidas sobre nutrição e metabolismo
Neste capítulo são apresentados os questionamentos
em geral mais suscitados pelas pessoas a respeito de
nutrição e metabolismo, com os respectivos esclare-
cimentos.
1. POR QUE É TÃO IMPORTANTE ALIMENTAÇÃO E ESTILO DE VIDA
SAUDÁVEIS?
É por meio da alimentação que recebemos todos os nu-
trientes necessários à saúde e ao perfeito funcionamento do
organismo. A energia de que precisamos para o funciona-
mento das nossas células é conseguida por meio dos proces-
sos de digestão e de absorção dos alimentos ingeridos. O
consumo de alimentos certos garante potência máxima das
nossas capacidades orgânicas. Imagine um carro a álcool
que receba gasolina... Assim é o nosso organismo em rela-
ção à dieta diária.
Os nutrientes fornecidos pelos alimentos podem ser
divididos em dois grandes grupos: os macronutrientes
(carboidratos, proteínas e lipídios, ou gorduras), e os
micronutrientes (vitaminas hidrossolúveis, vitaminas
lipossolúveis e minerais). Diversos alimentos fornecem
substâncias antioxidantes, que podem ajudar a prevenir
doenças crônicas e degenerativas e o envelhecimento
precoce. As fibras e a água também devem ser prioriza-
das no plano alimentar perfeito. Alimente-se correta-
mente, priorize os alimentos saudáveis, e procure,
sempre, não ingerir mais alimentos além da sua real
vontade. Pratique exercícios físicos todos os dias por pelo
menos 30 minutos, não fume e diminua o consumo de
álcool. Estas condutas de estilo de vida aumentarão a
sua longevidade em pelo menos 14 anos, de acordo com
estudos científicos recentes.
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
284
2. O QUE É CARBOIDRATO (CHO) OU HIDRATO DE CARBONO (HC)?
O carboidrato é a principal fonte de energia para o bom
funcionamento do organismo; é a “gasolina” das nossas
células! Após ser digerido e absorvido no intestino delgado,
a glicose (o açúcar, ou a menor molécula de carboidrato
existente) proveniente deste carboidrato “entra” no interior
das nossas células. Vários processos metabólicos (glicólise
aeróbia e anaeróbia; ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico;
e cadeia de fosforilação oxidativa ou cadeia respiratória ou
cadeia de transporte de elétrons) ocorrem, então, no meio
intracelular, e resultam na produção do adenosina- trifosfato
(ou ATP), também conhecido como a moeda de energia
corrente do organismo. É ele que fornece a energia neces-
sária para a maquinaria orgânica funcionar a todo vapor.
3. COMO PODEMOS CLASSIFICAR OS CARBOIDRATOS?
Os carboidratos são classificados em dois grupos: car-
boidratos complexos e simples.
Carboidratos complexos: π são grandes polímeros de glico-
se, ou seja, várias moléculas simples de açúcar unidas por
ligações glicosídicas. Também chamados de polissacarí-
deos (amidos e fi bras), são as principais fontes alimenta-
res, compostas por cereais (arroz, quinoa, milho, farinhas,
farelos, pães, massas e biscoitos), hortaliças C (batata-
inglesa, batata-baroa, batata-doce, inhame e aipim) e
leguminosas (feijões, ervilha, lentilha, soja e grão-de-bico).
Nestes alimentos é encontrado o amido, que é produzido
pelas plantas por meio do processo de fotossíntese. A im-
portância do amido para os vegetais equivale à do glico-
gênio para o organismo humano.
Carboidratos simples: π são chamados de monossacarídeos
(frutose, galactose e glicose) ou de dissacarídeos, quando
formados pela união de dois monossacarídeos (lactose:
galactose + glicose; sacarose: glicose + frutose; maltose:
glicose + glicose). Este tipo de carboidrato é encontrado nas
frutas, no leite, nos queijos, nos iogurtes, nas hortaliças B
(p. ex., cenoura, chuchu, beterraba, ervilha fresca, quiabo
e abobrinha verde), nos doces, no mel, no melaço, na cana-
de-açúcar, no açúcar refi nado e no açúcar mascavo.
4. OS CARBOIDRATOS PODEM SER DIVIDIDOS EM “BONS” E “MAUS”?
De certo modo, sim. De modo geral, os “bons” carboidratos
são encontrados nas frutas (de preferência quando consumidas
com casca e com bagaço), nas hortaliças B (legumes crus), nas
hortaliças C cozidas, nos cereais integrais (como arroz integral,
pão integral, quinoa, farelo de aveia, aveia em fl ocos, farelo de
trigo, biscoitos tipo integral e massas tipo integral), nas legumi-
nosas (feijões), no leite e nos derivados desnatados (este grupo
alimentar possui predominantemente proteínas de alto valor
biológico, mas também o dissacarídeo lactose). Os considerados
“maus” carboidratos são aqueles provenientes dos doces, do
açúcar refi nado, do arroz branco e dos alimentos feitos com
nutricao_2a.indd 284nutricao_2a.indd 284 19.11.09 22:36:1219.11.09 22:36:12
PARTE III
Receitas
nutricaoReceitas_2a.indd 349nutricaoReceitas_2a.indd 349 19.11.09 21:58:2819.11.09 21:58:28
Algumas pessoas seguem regras dietéticas mais
rigorosas por conta de patologias e/ou sintomas crô-
nicos ou pontuais. Esse fato transforma o momento
das refeições em grande aflição, ao invés de propor-
cionar prazer; e o das festividades em verdadeiras
torturas por não poderem degustar a maioria dos
manjares oferecidos.
Nossa proposta foi adequar receitas tradicionais,
colocando ou retirando determinados ingredientes,
de acordo com o objetivo de cada dieta proposta em
nosso livro. Tudo foi realizado com muita criatividade
para imprimir sabor e variedade ao dia a dia e também
às comemorações de vida das pessoas.
RECEITAS ESPECIAIS QUE CUIDAM DA SAÚDE SEM PERDER O SABOR
Esperamos desta maneira oferecer sabor, alegria,
prazer e melhor qualidade de vida às pessoas subme-
tidas à dietoterapia.
Elaboradas por Dora Cardoso na sua cozinha ex-
perimental, todas foram testadas e aprovadas duran-
te diversas degustações realizadas com diferentes
pessoas.
Provavelmente, aqueles que as experimentarem se
surpreenderão com a inigualável palatabilidade que
receitas simples podem oferecer.
Bom apetite!
nutricaoReceitas_2a.indd 351nutricaoReceitas_2a.indd 351 19.11.09 21:58:3119.11.09 21:58:31
SALGADINHOS
357
Indicação: pessoas saudáveis; estresse;
TPM; processo de emagrecimento; gravidez
e lactação; hipertensão arterial (utilizar
sal light); DPOC; praticantes de exercícios
físicos; diverticulose; ovo-lacto-vegetarianos;
na restrição proteica da doença renal
consumir 2 fl ores no máximo; dieta
hipercalórica (aumentar a porção consumida);
hiperuricemia; osteoporose; diabetes melito
(controlar a porção, rigidamente).
Rendimento: 5 porções (22 fl ores).
Sugestão de porção: 2 fl ores pequenas.
Valor calórico da porção sugerida: 60kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 357nutricaoReceitas_2a.indd 357 19.11.09 21:58:5819.11.09 21:58:58
ENTRADA
373
Indicação: pessoas saudáveis; estresse;
TPM; processo de emagrecimento; DPOC;
praticantes de exercícios físicos (consumir 2
fatias de pão); dieta hipercalórica (aumentar
a porção consumida); hipertensão arterial;
osteoporose; diabetes melito (observar a
presença de açúcar no vinagre de framboesa,
e caso haja, retire-o da receita); constipação
intestinal; pancreatite crônica e hepatopatias
(retirar o azeite, se necessário); difi culdades
de deglutição; dislipidemia; doença celíaca
(retirar o pão; leia o rótulo dos produtos
utilizados na receita); anemia (não utilizar
o cottage); na restrição proteica da doença
renal, consumir somente 50g de salmão na
refeição, e não rechear os tomates com o
queijo cottage.
Rendimento: 2 porções.
Sugestão de porção: 100g de salmão com
4 tomatinhos recheados + 1 fatia de pão
integral torrada.
Valor calórico da porção sugerida: 170kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 373nutricaoReceitas_2a.indd 373 19.11.09 22:00:2219.11.09 22:00:22
ENTRADA
389
Indicação: pessoas saudáveis; estresse;
TPM; processo de emagrecimento;
DPOC; praticantes de exercícios físicos;
diabetes melito (com o controle rígido da
porção consumida); gravidez e lactação;
hipertensão arterial (utilizar sal light); dieta
hipercalórica (aumentar a porção consumida);
hiperuricemia; difi culdades de deglutição;
diverticulose; constipação intestinal; ovo-
lacto-vegetarianos; osteoporose.
Rendimento: 10 porções.
Sugestão de porção: 1 fatia fi na.
Valor calórico da porção sugerida: 100kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 389nutricaoReceitas_2a.indd 389 19.11.09 22:01:5319.11.09 22:01:53
ENTRADA
391
Indicação: pessoas saudáveis; estresse;
TPM; processo de emagrecimento; DPOC;
praticantes de exercícios físicos; diabetes
melito; dislipidemia; gravidez e lactação;
hipertensão arterial; dieta hipercalórica
(aumentar a porção consumida);
hiperuricemia; difi culdades de deglutição;
diverticulose (evitar ervas utilizadas);
constipação intestinal; vegetarianos (retirar
o peito de peru); na restrição proteica da
doença renal consumir ½ porção sugerida na
refeição; osteoporose (retirar o peito de peru);
pancreatite crônica; hepatopatias (diminuir
azeite se necessário); doença celíaca (leia o
rótulo dos produtos utilizados na receita).
Observações: Versão light e bem saborosa da
batata rosti recheada. Pode-se comer sem culpa.
Rendimento: 4 porções.
Sugestão de porção: 1 “hambúrguer” de
abobrinha.
Valor calórico da porção sugerida: 50kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 391nutricaoReceitas_2a.indd 391 19.11.09 22:02:0319.11.09 22:02:03
NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
392
Salada caprese com molho tapenade
PreparoAssar os discos de massa para pastel em forno baixo por 10 minutos ou até dou-•
rarem.
Fazer o molho de tapenade• : pode-se usar a centrífuga ou o liquidifi cador,
misturando todos os ingredientes do molho, tomando o cuidado prévio de tirar
um pouco do sal da azeitona e da alcaparra, deixando de molho na água fria por
1 hora, trocando a água a cada 15 minutos. Ao fi nal, corrigir o tempero.
Cortar os tomates cerejas e as mozarelas ao meio.•
Montar a salada a seu gosto: Colocar as metades de tomate alternadas com as da •
mozarela. Pincelar o molho de tapenade e decorar com folhinhas de manjericão
por todo o prato.
Ingredientes QuantidadesTomate cereja 18 unidades
Mozarela de búfala pequena 16 unidades
Manjericão fresco em folhas 4 raminhos
Massa para pastel pequena 4 discos
Molho tapenadeAzeitona verde sem caroço 12 unidades
Alho 1 dente
Alcaparra 1 colher (de sopa)
Anchovas 6 fi lezinhos
Suco de limão siciliano ½ colher (de sopa)
Conhaque 1 colher (de chá)
Pimenta branca ralada na hora A gosto
nutricaoReceitas_2a.indd 392nutricaoReceitas_2a.indd 392 19.11.09 22:02:0719.11.09 22:02:07
PRATO PRINCIPAL
443
Indicação: pessoas saudáveis; estresse;
gestação e lactação; TPM; processo de
emagrecimento; DPOC; praticantes de
exercícios físicos; dieta hipercalórica
(aumentar a porção consumida);
diverticulose; hipertensão arterial (utilizar
sal light); intolerância à lactose; anemia;
diabetes melito; na doença renal com
restrição proteica, consumir somente 50g do
carneiro na refeição.
Rendimento: 4 porções.
Sugestão de porção: 100g de carneiro + 2
colheres (de sopa) niveladas de batata-inglesa
cozida.
Valor calórico da porção sugerida: 300kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 443nutricaoReceitas_2a.indd 443 19.11.09 22:08:2619.11.09 22:08:26
PRATO PRINCIPAL
447
Indicação: pessoas saudáveis; estresse;
TPM; processo de emagrecimento; gravidez
e lactação; hipertensão arterial (utilizar sal
light e colocar o palmito por 30 minutos na
água fi ltrada para dessalgar); diabetes melito;
DPOC; praticantes de exercícios físicos; na
restrição proteica da doença renal (consumir
um crepe pequeno); na dieta hipercalórica;
constipação intestinal; hiperuricemia;
dislipidemia (substituir a gema por 2 claras.
Portanto, utilize 4 claras na receita e retire as
2 gemas); difi culdades de deglutição.
Rendimento: 4 porções.
Sugestão de porção: 1 crepe médio ou 2
crepes pequenos.
Valor calórico da porção sugerida: 150kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 447nutricaoReceitas_2a.indd 447 19.11.09 22:08:4519.11.09 22:08:45
PRATO PRINCIPAL
471
Indicação: pessoas saudáveis; gestação
e lactação; TPM; estresse; processo de
emagrecimento (controlar a porção
consumida rigidamente); praticantes de
exercícios físicos (aumentar a quantidade);
anemia; diverticulose (retirar bem as
sementes do tomate e do pimentão);
constipação intestinal; intolerância à lactose;
na restrição proteica da doença renal,
consumir 50g das carnes na refeição.
Rendimento: 8 porções.
Sugestão de porção: 3 colheres (de sopa)
niveladas.
Valor calórico da porção sugerida: 200kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 471nutricaoReceitas_2a.indd 471 19.11.09 22:10:5519.11.09 22:10:55
SOBREMESAS
495
Indicação: receita light, já que possui menos
calorias do que a versão tradicional; pessoas
saudáveis; no processo de emagrecimento;
como sobremesa de pessoas com anemia
ferropriva; opção de alimento doce mais
saudável na TPM (na existência de grande
vontade de consumir doces calóricos);
hipertensão arterial; vegetarianos; no
estresse; na intolerância à lactose; na
hiperuricemia; praticantes de exercícios
físicos.
Rendimento: 8 porções.
Sugestão de porção: 1 fatia fi na.
Valor calórico da porção sugerida: 100kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 495nutricaoReceitas_2a.indd 495 19.11.09 22:13:0919.11.09 22:13:09
SOBREMESAS
497
Indicação: pessoas saudáveis; estresse;
TPM; DPOC; praticantes de exercícios físicos
e dieta hipercalórica (aumentar a porção
consumida); hipertensão arterial; processo
de emagrecimento, já que a receita possui
menos calorias do que a versão tradicional;
difi culdades de deglutição; constipação
intestinal; na restrição proteica da doença
renal (controlar a porção rigidamente).
Rendimento: 20 porções.
Sugestão de porção: 1 fatia fi na.
Valor calórico da porção sugerida: 150kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 497nutricaoReceitas_2a.indd 497 19.11.09 22:13:2419.11.09 22:13:24
SOBREMESAS
503
Indicação: pessoas saudáveis; estresse;
TPM; processo de emagrecimento;
DPOC; praticantes de exercícios físicos;
diabetes melito; hipertensão arterial; dieta
hipercalórica (aumentar a porção consumida);
constipação intestinal; osteoporose;
pancreatite crônica; hepatopatias;
dislipidemia; doença celíaca (leia o rótulo
de todos os produto utilizados na receita);
ovo-lacto-vegetarianos; hiperuricemia;
difi culdades de deglutição.
Rendimento: 8 porções.
Sugestão de porção: 1 forminha.
Valor calórico da porção sugerida: 110kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 503nutricaoReceitas_2a.indd 503 19.11.09 22:14:0019.11.09 22:14:00
SOBREMESAS
515
Indicação: pessoas saudáveis; estresse; TPM;
processo de emagrecimento; hipertensão
arterial; DPOC; praticantes de exercícios
físicos; dieta hipercalórica (aumentar
a porção consumida); hiperuricemia;
dislipidemia; osteoporose; diabetes melito;
difi culdades de deglutição; constipação
intestinal; ovo-lacto-vegetarianos.
Rendimento: 800g ou 8 porções.
Sugestão de porção: 2 colheres (de sopa)
niveladas.
Valor calórico da porção sugerida: 70kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 515nutricaoReceitas_2a.indd 515 19.11.09 22:15:0819.11.09 22:15:08
SOBREMESAS
523
Indicação: pessoas saudáveis; estresse;
TPM; processo de emagrecimento, já
que se trata de uma receita com menos
calorias do que a versão tradicional;
DPOC; praticantes de exercícios físicos;
dieta hipercalórica; hipertensão arterial;
hiperuricemia; osteoporose; difi culdades de
deglutição; constipação intestinal; ovo-lacto-
vegetarianos.
Rendimento: 4 porções.
Sugestão de porção: 2 colheres (de sopa)
niveladas.
Valor calórico da porção sugerida: 110kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 523nutricaoReceitas_2a.indd 523 19.11.09 22:17:2319.11.09 22:17:23
SOBREMESAS
541
Indicação: pessoas saudáveis (em dia de
festa!); dieta hipercalórica; praticantes de
exercícios físicos com alto gasto energético
diário; vegetarianos; como sobremesa na
anemia ferropriva.
Rendimento: 6 porções.
Sugestão de porção: meia xícara (de chá).
Valor calórico da porção sugerida: 140kcal.
nutricaoReceitas_2a.indd 541nutricaoReceitas_2a.indd 541 19.11.09 22:19:1419.11.09 22:19:14
NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
548
SUCOS DE FRUTAS RICOS NAS SUBSTÂNCIAS ANTIOXIDANTES
Exemplos de misturas saudáveis, para acompanhar suas refeições equilibradas, ou para serem consumidas
nos lanches saudáveis
Sugestão de porção: 1 copo de 200mL
Para adoçar: edulcorantes artifi ciais no diabetes melito, na dieta
hipocalórica e na hipergliceridemia. O uso de mel ou de açúcar mascavo
é indicado para dieta hipercalórica, grávidas sem problemas com o peso
corporal (podem utilizar a sucralose) e para pessoas que não precisam
restringir, ou retirar o açúcar da dieta.
Laranja, beterraba crua e cenoura crua.•
Laranja e couve mineira crua.•
Limão siciliano, cenoura e beterraba crua.•
Laranja, limão e maracujá.•
Abacaxi com hortelã.•
Abacaxi com clorofi la (• wheat grass).
Laranja e morango.•
Manga e banana.•
Manga e morango.•
Maçã, aipo e manga.•
Melancia e água-de-coco.•
Maçã, água-de-coco e laranja.•
Tangerina e melancia.•
Framboesa, água-de-coco e abacaxi.•
Uva vermelha e água-de-coco.•
Suco de soja • light de pêssego e pêssegos frescos.
Iogurte • light de morango, leite desnatado e morangos
frescos.
Iogurte natural desnatado, papaia, ameixas secas sem caro-•
ços e água gelada.
Leite desnatado e morangos frescos.•
Leite desnatado, banana, mel e farelo de aveia.•
Leite desnatado, abacate e gérmen de trigo.•
Leite desnatado, papaia, mel e farinha de linhaça.•
Leite desnatado, morango e amaranto.•
nutricaoReceitas_2a.indd 548nutricaoReceitas_2a.indd 548 19.11.09 22:19:4719.11.09 22:19:47
SUCOS DE FRUTAS RICOS NAS SUBSTÂNCIAS ANTIOXIDANTES
549
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
550
PÃES E BISCOITOS
Biscoitinho diet de limão e castanha de caju
PreparoEm uma tigela média, misture a margarina e o adoçante até obter um creme liso.•
Junte o suco e as raspas de limão, a farinha, o sal, a castanha de caju bem picadi-•
nha e a gema e trabalhe com as mãos até conseguir uma massa macia, que descole
das mãos.
Divida em 55 bolinhas, espalhe em assadeira grande, mantendo uma boa distância •
entre elas e leve à geladeira por 10 minutos.
Em seguida, achate as bolinhas com um garfo para marcar a superfície com •
o desenho dos dentes, polvilhe mais castanha de caju picadinha por cima,
depois leve novamente à geladeira por 15 minutos, enquanto o forno é aquecido
a 200oC (médio).
Asse por 15 minutos até que os biscoitos estejam ligeiramente dourados (eles •
saem macios do forno, só fi cam fi rmes e crocantes quando esfriam).
Aguarde 5 minutos, solte os biscoitos da assadeira, deixe esfriar e guarde em um •
pote fechado por até 1 semana.
Ingredientes QuantidadesMargarina de canola light 150g
Adoçante de forno e fogão Meia xícara (de chá)
Suco de limão 2 unidades
Raspas de limão 2 colheres (de sopa)
Farinha de trigo 2 ½ xícaras (de chá)
Sal light 1 pitada
Castanha de caju picadinha 4 colheres (de sopa)
Gema de ovo 1 unidade
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PÃES E BISCOITOS
551
Indicação: diabetes melito; no processo de
emagrecimento, já que a receita contém
menos calorias do que a versão tradicional;
hipertensão arterial (utilizar sal light); TPM;
estresse; constipação intestinal; anemia
(como sobremesa da refeição); hiperuricemia;
na intolerância à lactose; na restrição
proteica da doença renal.
Rendimento: 55 biscoitinhos.
Sugestão de porção: 2 biscoitos.
Valor calórico da porção sugerida: 50kcal.
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NUTRIÇÃO CONTEMPORÂNEA – SAÚDE COM SABOR
560
REFERÊNCIAS
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em: www.abeso.org.br.
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maintaining cardiorespiratory and muscular fi tness, and fl exibility in
healthy adults. Medicine and Science in Sports and Exercise, 1998;
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REFERÊNCIAS
561
RECEITAS
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Celidônio, JH. Revista O Globo – Gastronomia. Rio de Janeiro: Editora
Globo.
Revista Gula. São Paulo: Editora Peixes.
Revista Estação Zona Sul
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Editores, 2003.
Culinária Light Diet. Escola de Gastronomia da Universidade Estácio
de Sá. Professora Patrícia Canete.
Cozinha Regional Francesa. Escola de Gastronomia da Universidade
Estácio de Sá. Professor Claude Lapeyere e Professor Ronald Carvalho.
Cozinha Regional Brasileira. Escola de Gastronomia da Universidade
Estácio de Sá. Professor Sebastião Vieira e Professora Viviane Barros.
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