o sabor amarelo

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Projeto acadêmico realizado para o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. O livro é baseado na história e cultura de Pouso Alegre, Minas Gerais e seu patrimônio histórico, o pastel de farinha de milho.

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Page 1: O Sabor Amarelo

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Page 3: O Sabor Amarelo

El Zein, Bárbara, 1991Sousa, Marco Aurélio, 1991-

Título principal : subtítulo / O Sabor Amarelo. – 2013.37 f. : il. color. ; 20 cm

Orientador: Elcio Sartori.Desenvolvimento Interdisciplinar de Projeto IV – Centro Universitário Belas

Artes de São Paulo, Design Gráfico, 20131. Sumário 2. Introdução. 3. História de Pouso Alegre 4. História do Pastel

de Farinha de Milho 5.Histórico do Registro do Pastel de Farinha de Milho como bem imaterial do município de Pouso Alegre 6. O Pastel e a Econo-

mia 7. BibliografiaI. Sartori, Elcio. II. Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Curso de

Design Gráfico. III. O Sabor Amarelo

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Este livro é dedicado a todo cidadão do sul de minas que participou da elaboração de uma receita tão querida por todos.

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Page 5: O Sabor Amarelo

Sumário

1. Introdução 5

2. História de Pouso Alegre 6

3.História do Pastel de Farinha de Milho 24 -Histórico do Registro do Pastel de Milho

5.O Pastel e a Economia 25 - Ingredientes - Modo de fazer - Para preparar os pastéis - Dicas de recheio salgado - Dicas de recheio doce - Dicas do cozinheiro 6. Receita 35

7.Bibliografia 41

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Pastel de Farinha de Milho é uma receita muito conhecida em Pouso Alegre, já faz parte da cultura mineira há mais de 80 anos, é uma prática rica em tradição e sabor que através deste livro de caráter documental é possível conhecer um pouco da história de Pouso Alegre, a história do Pastel de Farinha de Milho e como ele se tornou patrimônio histórico cultural e imaterial da cidade, podendo também conhecer os segredos da receita através de passos simples e ilustrativos.

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HISTÓRIA DE POUSO ALEGRE - MG

A história de Pouso Alegre está intimamente ligada à descoberta das terras sulminei-ras, no século XVII, por desbravadores portugueses e paulistas que chegaram à região para explorar lavras de ouro, no Rio Sapucaí. Eles não encontraram o mineral precioso, mas descobriram terras propícias para fixarem moradia e iniciarem a atividade agro-pecuária. Em meados do século XVIII, por volta de 1740, segundo algumas literaturas, um homem de espírito aventureiro, de nome João da Silva Pereira teria erguido uma casa às margens do Rio Mandu, lançando, assim, o primeiro marco de civilização na cidade de Pouso Alegre, inicialmente conhecida por Arraial do Bom Jesus de Matoz-inhos do Mandu. Alguns autores explicam que esse nome se derivou da corruptela do nome de um pescador, outros dizem que era um tropeiro de nome Manoel, que atendia pela alcunha, ora de Manduca, ora de Mandu, e que ele teria sido o primeiro povoador da região. Seja, porém, qual for o motivo dessa denominação, o que, de certo consta e atestam os escritores Marques de Oliveira e Augusto Vasconcelos é que até 1799, a florescente povoação, localizada às margens do Mandu era conheci-da pelo nome desse Rio. Com a prosperidade do local e o crescente número de ha-bitantes surgiu a necessidade de se construir uma capela em terras pousoalegrenses. Até então as missas aconteciam em Sant’ana do Sapucaí, a 36km de distância. ngelo Gomes Pereira, zelador da imagem do Senhor do Bom Jesus do Matozinho, com out-ros moradores, pediu ao bispo de São Paulo, Dom Manuel da Ressurreição, que con-struísse uma capela no local, o que firmou ainda mais o povoado. Diz a história que a primeira missa teria sido celebrada em 1799 pelopadre José Bento , mas a benção da capela ocorreu apenas em 18 de abril de 1802, ano em que a obra foi concluída.Oito anos depois da inauguração da capela dedicada ao Senhor Bom Jesus do Matoz-inhos, o povoado foi elevado à categoria de Freguesia através do alvará do Príncipe Regente D. João VI, datado de 06 de novembro de 1810. Criada a Freguesia, o padre José Bento, natural da cidade de Campanha, foi nomeado vigário da capela do Bom Jesus. Em 1797, o Governador D. Bernardo José Lorena (Conde de Sarzedas), transferi-do de São Paulo para a capitania de Minas Gerais, passou pelo povoado, onde veio ao seu encontro o Juiz de Fora de Campanha, Dr. Joaquim Carneiro de Miranda. Encan-tados com tanta beleza, conta-se que um deles teria dito: “Isto não devia chamar-se Mandu, mas, sim, Pouso Alegre”.

Brazão de Pouso Alegre

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Avenida Doutor Lisboa - 1916

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Avenida Doutor Lisboa - 1916 Mercado Municipal em 1869 na região central de Pouso Alegre

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Centro da Cidade- 1884

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Vista parcia de Pouso Alegre - 1904

Praça Senador José Bento - Centro da Cidade

Praça Senador José Bento - Centro da Cidade- 1884

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Praça Senador José Bento e a Catedral Metropolitana de Pouso Alegre

Santuário do Imaculado Coração de Maria 1904

Praça Senador José Bento

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Ponte sobre o rio Mandu -1884

Antiga Rodoviaria de Pouso Alegre - 1884

Centro da Cidade- 1884

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Faculdade de Mediciana de Pouso Alegre

Centro de Pouso Alegre em 1980

Praça Senador José Bento - Centro da Cidade

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Transporte de Mantimentos de Pouso Alegre em 1970

Marcado Municipal em 1918

Estação Ferroviaria

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Catedral Metropolitana de Pouso Alegre - 2010

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Page 17: O Sabor Amarelo

Teatro Municipal de Pouso Alegre - 2013

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Page 18: O Sabor Amarelo

Catedral Metropolitana de Pouso Alegre - 2013

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Vista traseira da Catedral Metropolitana de Pouso Alegre

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Centro de Pouso Alegre a noite - 2013

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Mercado Municipal de Pouso Alegre - 2013

Hotel Marques Plaza - 2013

Antigo Forum de Pouso alegre - Centro - 2013

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Paroquia Nossa Senhora de Fatima

Teatro Municipal de Pouso Alegre - 2009

Antiga Estação Ferroviária

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PASTEL DE MILHOProjeto_final_livro.indd 24 06/06/13 12:29

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HISTÓRIA DO PASTEL DE MILHO

O pastel de farinha de milho é uma receita que passou de geração em geração e já faz parte da história de Pouso Alegre. Um dos primeiros fabricantes dessa especialidade foi o senhor Aurélio Coutinho Rezende, que vendia o pastel no Mercado Municipal em 1928. Outro precursor foi o senhor Oliveira José Floriano. Hoje, os pastéis são ven-didos nas ruas e avenidas, principalmente no centro da cidade, nos tradicionais car-rinhos de pastéis. Preparados em cozinhas segundo normas da Anvisa e da Vigilância Sanitária, o pastel de milho é mais que uma receita que agrada aos paladares mais exigentes. É um Patrimônio Imaterial e Cultural da Cidade.

HISTÓRICO DO REGISTRO DO PASTEL DE FARINHA DE MILHO COMO BEM IMATERIAL DO MUNICÍPIO DE POUSO ALEGRE

A ASSEASAPA – Associação dos Empreendedores Autônomos do Segmento de Al-imentação de Pouso Alegre – manifestou ao Conselho Deliberativo do Patrimônio Histórico e Cultural de Pouso Alegre, em 17 de novembro de 2005, na 43ª reunião, interesse pelo processo de registro do pastel de farinha de milho como bem cultural imaterial do município. O Conselho se manifestou a favor e deu-se início ao processo. A primeira providência foi o inventário do pastel em fevereiro de 2006, integrando o IPAC – exercício 2007.Em 26 de junho de 2008, na 60ª reunião, o Conselho comuni-cou o interesse em iniciar as atividades necessárias ao Registro do Pastel de Farinha de Milho como bem imaterial do Município.Foi feito o dossiê do bem e procedeu-se ao Edital de Processo de Registro de Bem Imaterial 01, em 10 de novembro de 2008, para aprovação provisória do Registro do Pastel de Farinha de Milho como Patrimônio Imaterial do Município de Pouso Alegre. Por esse Edital de Registro Provisório foi dada ciência à comunidade da iniciativa de registro do bem e para serem recebidas, no prazo de quinze dias, manifestações contrárias a essa iniciativa. Não houve objeções a respeito.Na 68ª reunião, em 26 de março de 2009, o Conselho deliberou favorav-elmente ao Registro Definitivo do Pastel como bem imaterial do município. No dia 29 de julho de 2010 foi assinado pelo Prefeito Municipal o Decreto Nº 3405/10 e foi feito pela Prefeitura Municipal o lançamento do Programa de Valorização do Pastel de Farinha de Milho na presença dos associados da ASSEASAPA. 24

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O PASTEL E A ECONOMIA

Além de perpetuar uma receita antiga, o ofício do pastel movimenta a economia da cidade. Dessa forma, os pasteleiros fundaram a Associação dos Empreendedores Autônomos do Segmento de Alimentação de Pouso Alegre (ASSEASAPA), o que garantiu qualidade na produção do pastel de milho. A associação alcançou muitas conquistas para os empreendedores do ramo e consumidores, como a padronização dos carrinhos, a implantação de uniformes com jalecos e bonés, e a adequação das cozinhas conforme normas da Anvisa e Vigilância Sanitária.Também foi a ASSESAPA que deu entrada no processo de registro do ofício do pas-tel de milho como um Patrimônio Imaterial e Cultural da Cidade. Outra ação que merece destaque é a Festa do Pastel de Milho. Durante todo o dia de festa, são ser-vidos pastéis gratuitamente. Além de poder saborear os tradicionais pastéis de mil-ho de variados sabores, os participantes podem assistir às apresentações culturais e musicais que acontecem durante o evento.Pouso Alegre, no sul de Minas, é uma cidade agitada. Mas isso não impede que seus moradores interrompam a correria para, mineiramente, comer um pastelzinho. Não, não é um pastel comum, desses que se come nas feiras livres. O pastel de lá rompeu os limites da cozinha e hoje tem lugar garantido na história do município, além de movimentar fatia nada desprezível da economia.

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Barbara Matos Marco Aurélio Santos

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Pastel de farinha de milho - Queijo

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Barraca do Sr. Lucio Ribeiro - Localizada no centro da cidade.

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Barraca do Sr. José Marcantonio e seu filho - Localizada no centro da cidade.

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Barraca do Sr. José Marcantonio e seu filho - Localizada no centro da cidade.

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Barraca do Sr. Manuel Silveira e sua esposa Sra. Maria Rita - Localizada no centro da cidade.

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Barraca do Sr. Manuel Silveira e sua esposa Sra. Maria Rita- Localizada no centro da cidade. Barraca do Sr. Manuel Silveira e sua esposa Sra. Maria Rita - Localizada no centro da cidade.

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Catedral municipal de Pouso Alegre

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RECEITA

INGREDIENTES:

- 500 gr de farinha de milho- 100 gr de polvilho azedo- 2 saquinhos de tempero pronto- 1 ovo- 100 ml de leite- 1 colher de sopa de açúcar- 500 ml de água- Sal a gosto- 1 litro de óleo de milho para fritura

MODO DE FAZER:

Em uma vasilha coloque os ingredientes secos: a farinha de milho, o polvilho, o sal e o açúcar. Misture bem e reserve. Numa panela funda, leve a água para esquentar e adicione o tempero pronto aos poucos. Quando levantar fervura, adici-one os ingredientes secos já misturados. Mexa bem. Quando a massa ganhar consistência, desligue o fogo. Deixe a panela tampada por uns 10 minutos para esfriar a massa. Numa out-ra vasilha, bata o ovo junto com o leite e depois junte com a massa, já fria, para sovar vagarosamente até obter uma massa firme e lisa.

PARA PREPARAR OS PASTÉIS:

Numa mesa abra pequenas porções da massa (tamanho de um ovo) e coloque o recheio a gosto. Use uma forminha própria para fechar o pastel ou, se preferir, um garfo. Enquan-to isso, já coloque o óleo para esquentar. Leve os pasteis para 35

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fritar e vire sempre para evitar que ele se quebre. A fritura é rápida e o pastel fica sequinho. Nem é preciso colocar para escorrer o óleo em papel toalha.

DICAS DE RECHEIO SALGADO:

- Carne seca- Queijo- Carne moída- Bacalhau- Frango com requeijão

DICAS DE RECHEIO DOCE:

- Goiabada com queijo- Banana com canela- Maça com canela- Doce de leitea

DICAS DO COZINHEIRO:

- O recheio pode ser de goiabada e queijo, carne, calabresa e requeijão, rúcula com queijo e tomate seco.- Não coloque o ovo com a massa quente- Coloque um fio de óleo para conservar a massa- Use uma garrafa para substituir o rolo

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Bibliografia

Secretaria de Cultura de Pouso AlegreSecretaria de Cultura e Turismo de Pouso Alegre

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