neurociências 2prova

68
NEUROCIÊNCIA Neurociência... é o conjunto de ciências que se interessam pelo sistema nervoso: de que ele é feito, como varia entre animais, como funciona, como se desenvolve, como se modifica com o aprendizado, como gera a mente, os pensamentos e as emoções. Como os interesses da neurociência são vastos, muitas abordagens são utilizadas: biologia molecular, genética, biologia celular, biofísica, engenharia, matemática e filosofia são todas úteis, cada uma

Upload: andreaflima

Post on 19-Aug-2015

96 views

Category:

Education


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Neurociências 2prova

NEUROCIÊNCIANeurociência...é o conjunto de ciências que se interessam pelo sistema nervoso: de que ele é feito, como varia entre animais, como funciona, como se desenvolve, como se modifica com o aprendizado, como gera a mente, os pensamentos e as emoções. Como os interesses da neurociência são vastos, muitas abordagens são utilizadas: biologia molecular, genética, biologia celular, biofísica, engenharia, matemática e filosofia são todas úteis, cada uma à sua maneira, para estudar o sistema nervoso. (http://www.cerebronosso.bio.br)

Page 2: Neurociências 2prova

Se educar é promover a aquisição de novos comportamentos e os

comportamentos resultam do funcionamento do cérebro, poder-se-ia concluir que o

conhecimento das bases neurobiológicas do processo ensino-aprendizagem seria

fundamental na formação do educador. (O cérebro vai à escola: a experiência do projeto NeuroEduca)

Page 3: Neurociências 2prova

Pode-se afirmar ser possível conhecer uma pessoa, ou explicá-la, apenas em termos moleculares, ou fisiológicos, ou quânticos,

sem incluir os seus aspectos sociais e interacionais? (Campos)

Page 4: Neurociências 2prova

NEUROCIÊNCIA

CognitivoMemória

Inteligência

Aprendizagem

• Estudo científico do cérebro e do sistema nervoso• “Convergência” de muitas tecnologias

EstruturalSistema nervoso central

Cérebro

Cerebelo

Medula espinhal

Neurônios

EstruturalEstrutural

Cérebro

Cerebelo

Medula espinhal

Neurônios

Sistema nervoso central

Page 5: Neurociências 2prova
Page 6: Neurociências 2prova

Aspectos Biológicos

O cérebro controla a temperatura corpórea, a pressão arterial, a freqüência cardíaca e a respiração. Aceita milhares de informações vindas dos nossos vários sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar) controla nossos movimentos físicos ao andarmos, falarmos, ficarmos em pé ou sentarmos, nos deixa pensar, sonhar, raciocinar e sentir emoções. Todas essas tarefas são coordenadas, controladas e reguladas por um órgão que tem mais ou menos o tamanho de uma pequena couve-flor

O cérebro humano é dividido em dois hemisférios, cada um com quatro lobos diferentes, todos funcionando juntos para criar, controlar e regular a fala, os movimentos, as emoções e um bilhão de outras subfunções. O lobo frontal é a seção responsável pelas habilidades motoras, como o movimento e a fala, e pelas funções cognitivas, como planejamento e organização. (Freudenrich)

Page 7: Neurociências 2prova

O córtex cerebral, que é a parte mais externa no cérebro, é onde reside o pensamento e o raciocínio, que são as funções primordiais do cérebro. As funções secundárias, que estão relacionadas à sobrevivência básica, ocorrem em um local mais profundo do cérebro.

O córtex cerebral é a maior parte do cérebro e ele é cheio de rugas e dobras, que permitem que ele caiba dentro do crânio. Ele se divide em vários lobos e as diferentes regiões dentro desses lobos lidam com tarefas específicas relacionadas a como se pensa.

Frontal: fala, pensamento e memória Parietal: entrada sensorial do corpo Temporal: informações auditivas Occipital: informações visuais (Wilson)

FP1 FP2

F7 F3 Fz F4 F8

T3 C3 Cz C4 T4

T5 P3 Pz P4 T6

O1 Oz O1

Page 8: Neurociências 2prova

Estrutura dos neurônios:

Nosso cérebro é composto por aproximadamente 100 bilhões de células nervosas, chamadas de neurônios. Os neurônios têm a incrível habilidade de juntar e transmitir sinais eletroquímicos, como se fossem entradas, saídas e fios de um computador.

Os neurônios compartilham as mesmas características e têm as mesmas partes que as outras células, mas o aspecto eletroquímico os deixa transmitir sinais por longas distâncias e passar mensagens de um para o outro. Os neurônios possuem três partes básicas: corpo celular, axônio e dendritos (Freudenrich)

Page 9: Neurociências 2prova

Corpo celular - essa parte principal contém todos os componentes necessários da célula, como o núcleo (que contém DNA), retículo endoplasmático e ribossomos (para construir proteínas) e mitocôndria (para produzir energia). Se o corpo celular morrer, o neurônio morre.

Axônio - essa projeção da célula, longa e semelhante a um cabo, transporta a mensagem eletroquímica (impulso nervoso ou potencial de ação) pela extensão da célula; dependendo do tipo do neurônio, os axônios podem ser cobertos por uma fina camada de mielina, como um fio elétrico com isolamento. A mielina é feita de gordura e ajuda a acelerar a transmissão de um impulso nervoso através de um axônio longo. Os neurônios com mielina costumam ser encontrados nos nervos periféricos (neurônios sensoriais e motores), ao passo que os neurônios sem mielina são encontrados no cérebro e na medula espinhal.

Dendritos ou terminações nervosas - essas projeções pequenas e semelhantes a galhos realizam as conexões com outras células e permitem que o neurônio se comunique com outras células ou perceba o ambiente a seu redor. Os dendritos podem se localizar em uma ou nas duas terminações da célula. (Freudenrich)

Page 10: Neurociências 2prova

Tipos de neurônios básicos

Existem neurônios de vários tamanhos. Por exemplo, um único neurônio sensorial da ponta do nosso dedo tem um axônio que se estende por todo o comprimento do nosso braço, ao passo que os neurônios dentro do cérebro podem se estender por somente alguns poucos milímetros. Os neurônios possuem formatos diferentes, dependendo de sua função.

Os neurônios motores, que controlam as contrações dos músculos, possuem um corpo celular em uma ponta, um axônio longo no meio e dendritos na outra ponta. Já os neurônios sensoriais têm dendritos nas duas pontas, conectados por um longo axônio com um corpo celular no meio. (Freudenrich)

Page 11: Neurociências 2prova

Os neurônios também variam no que diz respeito a suas funções:

os neurônios sensoriais transportam sinais das extremidades do nosso corpo (periferias) para o sistema nervoso central;

os neurônios motores (motoneurônios) transportam sinais do sistema nervoso central para as extremidades (músculos, pele, glândulas) do nosso corpo;

os receptores percebem o ambiente (químicos, luz, som, toque) e codificam essas informações em mensagens eletroquímicas, que são transmitidas pelos neurônios sensoriais;

os interneurônios conectam vários neurônios dentro do cérebro e da medula espinhal.

O tipo mais simples de via neural é um arco reflexo monossináptico (conexão simples), como o reflexo patelar. Quando o médico bate no ponto certo do nosso joelho com um martelo de borracha, os receptores enviam um sinal para a medula espinhal através de um neurônio sensorial. Esse neurônio passa a mensagem para um neurônio motor, que controla os músculos da nossa perna. Os impulsos nervosos viajam pelo neurônio motor e estimulam o músculo específico a se contrair. A resposta é um movimento muscular que acontece rapidamente e não envolve nosso cérebro. Os seres humanos possuem vários reflexos desse tipo, mas, conforme as tarefas vão ficando mais complexas, o "circuito" também fica mais complicado e o cérebro se integra nele. (Freudenrich)

Page 12: Neurociências 2prova

Tronco encefálico - o tronco encefálico consiste em bulbo, ponte e mesencéfalo; o tronco encefálico controla os reflexos e funções automáticas (freqüência cardíaca, pressão arterial), movimentos dos membros e funções viscerais (digestão, micção);

Cerebelo - integra informações do sistema vestibular que indicam posição e movimento e utiliza essas informações para coordenar os movimentos dos membros;

Hipotálamo e glândula pituitária - controlam as funções viscerais, temperatura corporal e respostas de comportamento, como alimentar-se, beber, respostas sexuais, agressão e prazer;

Cérebro superior, também chamado de córtex cerebral ou apenas córtex- o cérebro consiste no córtex, grandes tratos fibrosos (corpo caloso) e algumas estruturas mais profundas (gânglio basal, amígdala, hipocampo); integra informações de todos os órgãos dos sentidos, inicia as funções motoras, controla as emoções e realiza os processos da memória e do pensamento, expressão de emoções e pensamentos são mais predominantes em mamíferos superiores.

Principais divisões do cérebro•Medula espinhal •Tronco encefálico •Cerebelo •Cérebro anterior

1.Diencéfalo - tálamo, hipotálamo 2.Córtex cerebral

Page 13: Neurociências 2prova

Medula espinhal

A medula espinhal pode ser vista como um órgão separado do cérebro ou simplesmente como uma extensão inferior do tronco encefálico. Ela contém vias sensoriais e motoras do corpo, assim como vias aferentes e eferentes do cérebro. E ainda possui arcos reflexos que reagem independentemente do cérebro, como o reflexo patelar.

bulbo - o bulbo contém núcleos para regular a pressão arterial e a respiração, assim como núcleos para transmitir informações dos órgãos dos sentidos que vêm dos nervos cranianos;

ponte - a ponte contém núcleos que transmitem informações sobre movimento e posição do cerebelo para o córtex. Além de também conter núcleos que estão envolvidos na respiração, no paladar e no sono;

mesencéfalo - o mesencéfalo contém núcleos que ligam as várias seções do cérebro envolvidas nas funções motoras (cerebelo, gânglio basal, córtex cerebral), movimentos oculares e controle auditivo. Uma parte, chamada de substância negra, está envolvida nos movimentos voluntários; quando não funciona, aparecem os tremores característicos do mal de Parkinson;

tálamo - o tálamo conecta vias sensoriais aferentes até as áreas apropriadas do córtex, determina que informações sensoriais realmente chegam à consciência e participa da troca de informações motoras entre o cerebelo, o gânglio basal e o córtex;

hipotálamo - contém núcleos que controlam secreções hormonais da glândula pituitária. Esse centro governa a reprodução sexual, a alimentação, a ingestão de líquidos, o crescimento e o comportamento materno, como a lactação, produção de leite em mamíferos. O hipotálamo também está envolvido em quase todos os aspectos do comportamento, incluindo nosso "relógio" biológico, que é ligado ao ciclo diário da luz e escuridão (ritmo circadiano).

Page 14: Neurociências 2prova

R E S U M I N D O . . . . .

Page 15: Neurociências 2prova

“ ... a aprendizagem é um processo mental que envolve o

processamento de informação e a sua passagem da memória

de curto prazo para a de longo prazo. Neste processo, o

conhecimento prévio do aluno e a construção de sentido tem

um papel determinante em toda a aprendizagem. “O que

cada um é capaz de aprender num dado momento depende

em grande parte daquilo que ele já sabe”. (Doolittle, 2002, p.

2).

“ ... a aprendizagem é um processo mental que envolve o

processamento de informação e a sua passagem da memória

de curto prazo para a de longo prazo. Neste processo, o

conhecimento prévio do aluno e a construção de sentido tem

um papel determinante em toda a aprendizagem. “O que

cada um é capaz de aprender num dado momento depende

em grande parte daquilo que ele já sabe”. (Doolittle, 2002, p.

2).

Page 16: Neurociências 2prova

EstruturalSistema nervoso central

Cérebro

Cerebelo

Medula espinhal

Neurônios

Estrutural

NEUROCIÊNCIA

CognitivoMemória

Inteligência

Aprendizagem

CognitivoMemória

Inteligência

Aprendizagem

• Estudo científico do cérebro e do sistema nervoso• “Convergência” de muitas tecnologias

Page 17: Neurociências 2prova

Neurociência Cognitiva

Pode ser definida como o estudo de como a cognição e a emoção são implementadas no cérebro , procurando ser uma ponte entre Mente e Cérebro, e objetiva estudar as representações neurais dos atos mentais. (Catarino)

Kandel et al classifica cinco abordagens :

1) Estabelecer a correlação entre células individuais específicas e determinados comportamentos, para isso usou-se a observação de atividade individual dos neurônios de animais não anestesiados e sem restrição física;

2) Correlacionar padrões de disparo em células individuais, em regiões específicas, com processos cognitivos superiores, como atenção e tomada de decisão. Estudo esse feito em macacos;

3) Estudo em pacientes com lesões encefálicas que interefem no comportamento;

4) Uso de imagens radiológicas e tomografias;

5) Uso de ciência computacional para modelagem da atividade neuronal.

Page 18: Neurociências 2prova

Neurociência Cognitiva

“A aprendizagem está ligada ao processo de desenvolvimento biológico. A evolução é determinada pela genética da espécie. Nosso cérebro demora vinte anos para amadurecer. Por isso, a criança faz atividades que interessam ao amadurecimento. Se você quiser jogar damas com uma menina de 3 anos, ela vai relacionar-se com as pedrinhas, não com as regras.

Aos 6 ou 7 anos, ela começa a organizar suas ações em razão de outros elementos: é capaz de se concentrar, ficar sentada ouvindo o professor, compreender orientações externas. Mesmo louco para jogar futebol, um garoto sabe que precisa primeiro fazer a lição. Com os adultos, o processo de aprendizagem é diferente. Com o passar do tempo, os hormônios passam por transformações que afetam os processos da memória. Por isso, sabemos hoje que os adultos aprendem mais lentamente, mas precisam aprender sempre. Nossa saúde mental depende da ampliação de experiências anteriores, de novas experiências práticas.” (Lima)

Page 19: Neurociências 2prova

Memória

A memória é a aquisição, a formação, a conservação e a invocação de informações. A aquisição é também chamada de aprendizagem: só se grava aquilo que foi aprendido. A evocação é também chamada de recordação, lembrança, recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que é aprendido. (IZQUIERDO)

A memória é o meio pelo qual você recorre às suas expoeriências passadas a fim de usar essas informações no presente ( STERNBERG)

Page 20: Neurociências 2prova

MemóriaA memória é basicamente a capacidade humana de inscrever, conservar, e relembrar mentalmente vivências, conhecimentos, conceitos, sensações e pensamentos experimentados em um tempo passado.

A memória humana focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade. É um processo que conecta pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas idéias, ajudando a tomar decisões diárias.

Os psicólogos e neurologistas distinguem memória declarativa de memória não-declarativa (ou memória procedural). Grosso modo, a memória declarativa armazena o saber que algo se deu, e a memória não-declarativa o como isto se deu.

De maneira geral, psicólogos tendem a ocupar-se da memória declarativa, enquanto neurobiólogos tendem a se ocupar da memória procedural.

Psicólogos distinguem dois tipos de memória declarativa, a memória episódica e a memória semântica. São instâncias da memória episódica as lembranças de acontecimentos específicos. São instâncias da memória semântica as lembranças de aspectos gerais.

Memória, segundo diversos estudiosos, é a base do conhecimento. Como tal, deve ser trabalhada e estimulada. É através dela que damos significado ao cotidiano e acumulamos experiências para utilizar durante a vida. (Wikipedia)

Page 21: Neurociências 2prova

MemóriaFundamento do desempenho cognitivo

Imediata / Sensorial

Curto Prazo(Trabalho)

Longo Prazo

FP1 FP2

F7 F3 Fz F4 F8

T3 C3 Cz C4 T4

T5 P3 Pz P4 T6

O1 Oz O1

Declarativa(Psicólogos e Neurologistas)

Expressão verbal

Não-Declarativa, (Neurobiólogos)

NÃO expressos verbalmente

Longo Prazo

Episódica

Evocação de fatos específicosCenário Espaço Temporal

Semântica

Conceitos , Aptidões, Acontecimentos e

Realizações.

Declarativa(Psicólogos e Neurologistas)

Expressão verbal

Procedural

Priming

Associativa

Não Associativa

Não-Declarativa, (Neurobiólogos)

NÃO expressos verbalmente

SQUIRE E KANDEL in TABACOW

Page 22: Neurociências 2prova

MemóriaO hipocampo, juntamente com outra parte do cérebro chamada de córtex frontal, é responsável por analisar as diversas entradas sensoriais e decidir se vale a pena lembrar delas. Se valerem a pena, elas podem se tornar parte de sua memória de longo prazo.;

A criação de uma memória começa com sua percepção: o registro de informações durante a percepção ocorre no breve estágio sensorial, que geralmente dura somente uma fração de segundo;

A memória de curto prazo tem uma capacidade um pouco limitada - ela pode manter sete itens, por não mais de 20 ou 30 segundos por vez. Você pode conseguir aumentar bastante essa capacidade utilizando diversas estratégias de memorização;

Diferentemente das memórias sensoriais e de curto prazo, que são limitadas e se desfazem rapidamente, a memória de longo prazo pode armazenar quantidades ilimitadas de informações;

A maioria das pessoas pensam na memória de longo prazo ao pensar na "memória" em si, mas a maioria dos especialistas acredita que a informação precisa passar pelas memórias sensorial e de curto prazo antes de poder ser armazenada como uma memória de longo prazo. (Mohs)

Memória

Page 23: Neurociências 2prova

MemóriaEfeitos do envelhecimento na memória

O hipocampo, área essencial para a memória, perde cerca de 20% de células nervosas até a pessoa chegar aos 80 anos

O envelhecimento causa uma perda de células enorme em uma pequena região na parte frontal do cérebro que leva a uma queda na produção de um neurotransmissor chamado acetilcolina. A acetilcolina é vital para o aprendizado e para a memória.

Além disso, o próprio cérebro encolhe e se torna menos eficiente conforme você vai envelhecendo.

É claro que outras coisas podem ocorrer com o cérebro que podem acelerar esse declínio.

Os exercícios físicos e a estimulação mental também podem melhorar a função mental.

Estudos mostram que, conforme ficamos idosos, um ambiente estimulante encoraja o crescimento dos dendritos, ao passo que um ambiente maçante impede esse crescimento.

O ponto importante a ser lembrado é que, conforme envelhece, pode ser que não se aprenda nem lembre tão rapidamente quanto quando estava na escola, mas provavelmente aprenderá e lembrará quase tão bem.

Memória

Page 24: Neurociências 2prova

Inteligência

in.te.li.gên.cias. f. 1. Faculdade de entender, pensar, raciocinar e interpretar; entendimento, intelecto. 2. Compreensão, conhecimento profundo. 3. Pessoa de grande esfera intelectual. (Michaelis)

# A inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, abstrair idéias, compreender idéias .pt.wikipedia.org/wiki/Inteligência

# compreensão fácil, nítida e profunda de qualquer coisa; faculdade que tem o espírito de pensar, conceber e compreender; capacidade de resolução de novos problemas e de adaptação a novas situações; entendimento; discernimento; juízo, raciocínio, talento; percepçãopt.wiktionary.org/wiki/inteligência

# capacidade de adaptação do organismo a uma situação nova.www.pedagogiaemfoco.pro.br/per09a.htm

# Faculdade de pensar, conhecer e compreender; conjunto de funções psíquicas superiores. Interacção constantemente activa entre a habilidade herdada ea experiência, que dá como resultado que o individuo é capaz de adquirir, recordar e usar conhecimentos, de entender conceitos concretos ...www.animacorpus.net/glossario/

Page 25: Neurociências 2prova

Inteligência

Não há resposta exata para o que é Inteligência;

Existe uma série imperfeita de conexões entre sistemas cognitivos e emocionais, provocando capacidades (quantas e quais?) não plenamente integradas;

O cérebro é visto , hoje, pela neurociência, como vários módulos distintos , donde surgiu a visão das Inteligências multiplas;

Inteligência é apenas uma indicação de que o cérebro está em bom funcionamento.

Experimento mostra que “ao desligar” partes do cérebro, há uma melhoria no desempenho de capacidades cognitivas como melhores desenhos, habilidade musical e desenho e raciocínio numérico;

Page 26: Neurociências 2prova

DESCOBERTAS

Em 1999, uma análise do cérebro de Albert Einstein verificou que, seu cérebro era um pouco menor do que o cérebro médio. Partes de seu lobo parietal, entretanto, eram mais largas do que o cérebro da maioria das pessoas. As áreas maiores no cérebro de Einstein estão relacionadas ao raciocínio matemático e espacial. Seu lobo parietal quase não apresentava uma fissura que é encontrada no cérebro da maioria das pessoas. Analistas formularam uma teoria de que a ausência da fissura significa que as diferentes regiões do cérebro de Einstein poderiam se comunicar melhor.

Em 2004, em um estudo na Universidade da Califórnia, descobriu-se que o volume da massa cinzenta em partes do córtex cerebral tinha um impacto maior na inteligência do que o volume total do cérebro.

Em 2006, um ensaio na revista "Nature" teorizou que a forma como o cérebro se desenvolve é mais importante do que seu próprio tamanho. O córtex cerebral de uma pessoa fica mais espesso durante a infância e mais fino na adolescência. De acordo com o estudo, o cérebro das crianças com QIs mais elevados ficou mais espesso mais rapidamente do que o das outras crianças. Os estudos também sugerem que, até certo ponto, as crianças herdam a inteligência dos pais e que isso ocorre porque a estrutura física do cérebro pode ser uma característica herdada.

Page 27: Neurociências 2prova

Mitos e Verdades

Page 28: Neurociências 2prova

Beber não destrói neurônios.Beber não destrói neurônios.Beber em excesso durante muitos anos pode reduzir o tamanho do cérebro, mas, pelo geral, se trata de um fenômeno reversível. O vinho tinto pode inclusive proteger o cérebro, ao reduzir o risco de derrames cerebrais, desde que a dose oscile entre dois copos por semana e até três taças ao dia como máximo.

Mitos

Um golpe forte na cabeça não cura a amnésia.Um golpe forte na cabeça não cura a amnésia.Por mais que o cinema tenha se empenhado em nos convencer do contrário. Também não se consegue com hipnose nem com a visão de um objeto muito apreciado; em relação à neurocirurgia, é mais provável que, em lugar de remediar a perda de memória, a cause.

A metade esquerda não é "racional".A metade esquerda não é "racional".Essa região do córtex cerebral é a que produz a linguagem e resolve os problemas, mas isso não quer dizer que seja a "metade racional". A parte esquerda do cérebro precisa de lógica e ordem, até o ponto de que, se algo não fizer sentido, o habitual é que o cérebro invente uma explicação verossímil.

Page 29: Neurociências 2prova
Page 30: Neurociências 2prova

Mitos

Os cegos não ouvem melhor.Os cegos não ouvem melhor.Não gozam de melhores condições que as pessoas que enxergam para identificar os sons, ainda que seja verdadeiro que têm uma melhor memória, especialmente para a linguagem. Também são mais capazes de localizar sons débeis. Ambas habilidades podem lhes ajudar a reconhecer melhor tudo aquilo que lhes rodeia

As marcas faciais não guardam relação com inteligência.As marcas faciais não guardam relação com inteligência.As circunvolução ou relevos estão mais relacionadas com o tamanho do cérebro, porque graças a essa disposição cabe mais cérebro num espaço mais reduzido. Nos cérebros maiores, a córtex contêm assim mesmo mais matéria branca, as fibras de associação que conectam regiões distantes do cérebro.

Escutar Mozart não deixa um bebê inteligente.Escutar Mozart não deixa um bebê inteligente.Este mito surgiu de uma pesquisa realizada entre estudantes de ensino superior que detectou que essa atividade produzia um efeito limitado, que durava só meia hora. No entanto, aprender a tocar um instrumento musical associa-se com um incremento da capacidade para o raciocínio espacial.

Page 31: Neurociências 2prova
Page 32: Neurociências 2prova

Mitos

Page 33: Neurociências 2prova

Mitos

É falso que só utilizamos 10%.É falso que só utilizamos 10%.

Nos Estados Unidos, esta afirmação apareceu pela primeira vez nos escritos de Dale Carneige, um autor de livros de auto-ajuda. Carneige citou erradamente uma consideração do psicólogo William James, que na realidade tinha afirmado que utilizamos mal uma fração do potencial do cérebro.

O mito dos 10% é a falsa crença sobre o cérebro mais conhecida, pois apela a nosso desejo de melhorar. Algumas pesquisas descobriram que isto é o que pensa a maioria das pessoas dos Estados Unidos e do nosso país. Hoje em dia os cientistas sabem que a totalidade do cérebro é necessária para seu funcionamento normal, tal como demonstram as conseqüências dos derrames ou danos cerebrais. Inclusive o dano limitado a uma parte muito pequena do cérebro pode ser detectada pelos sintomas neurológicos.

Page 34: Neurociências 2prova

VERDADES

A força de vontade aumenta quando conseguimos algo.A força de vontade aumenta quando conseguimos algo.É como um músculo e pode ser treinada. Após terminar uma tarefa que requeira autocontrole, as pessoas já não precisam do mesmo grau de esforço para fazê-la novamente, ainda que uma e outra tarefa não sejam parecidas. Esta reserva comum de força de vontade vai se fortalecendo com a prática. Em conseqüência, a disciplina acrescenta a força de vontade.

O exercício físico favorece o cérebro na velhice.O exercício físico favorece o cérebro na velhice.Faz que o oxigênio e a glicose sigam fluindo quando a pessoa envelhece. Praticá-lo de forma regular melhora o funcionamento do cérebro nas pessoas mais idosas, que podem sofrer problemas de planejamento e de pensamento abstrato porque o córtex frontal se reduz com a idade. (HERCULANO-HOUZEL)

Page 35: Neurociências 2prova

VERDADES

Tomada de atalhos pode ser equivocada.Tomada de atalhos pode ser equivocada.O cérebro costuma buscar rapidamente uma resposta adequada, em lugar de empregar mais tempo para ter a resposta perfeita. Isto significa que às vezes trocamos os pés pelas mãos. Responda ao seguinte problema o mais rapidamente possível, sem fazer as operações matemáticas: uma raquete e uma bolinha custam juntas 1,10 reais. A raqueta custa um real a mais que a bolinha. Quanto custa a bolinhas? Se respondeu rápido possivelmente você disse 10 centavos, mas a resposta correta é 5 centavos.

Quem sofre abusos durante a infância é mais vulnerável ao estresse.Quem sofre abusos durante a infância é mais vulnerável ao estresse.Foi descoberto em experimentos com ratos que uma boa criação torna os adultas menos vulneráveis ao estresse ao se reduzir a intensidade das respostas de seu sistema de hormônios do estresse. Uma má criação aumenta o risco de depressão, ansiedade, obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardíacas.

Sim, se aprende melhor um idioma na infância.Sim, se aprende melhor um idioma na infância.As crianças reconhecem os sons de todos os idiomas, mas, a partir dos dois anos de idade, seus cérebros começam a encontrar dificuldades para diferenciar sons que não são habituais em sua língua materna.

Page 36: Neurociências 2prova

VERDADES

Nem sempre interpretamos os fatos com lógica.Nem sempre interpretamos os fatos com lógica.Durante a maior parte do tempo, o cérebro interpreta aquilo que presenciamos de acordo com umas regras gerais que são fáceis de aplicar, mas que nem sempre guardam uma lógica. Requer muitíssimo esforço aplicar uma análise pausada e meticulosa, que é apropriada para realizar cálculos matemáticos ou resolver quebra-cabeças.

Só consome o equivalente a duas bananas.Só consome o equivalente a duas bananas.Todo o consumo de energia pode ser medir com a mesma unidade de potência: o watt. O cérebro só emprega 12 watts, menos que a lâmpada de sua geladeira, mas pode gastar bem mais. A cada dia o cérebro utiliza a quantidade de energia que contêm duas bananas grandes. Não é muita potência, mas é uma grande proporção do orçamento energético de todo o corpo, que é de aproximadamente 70 watts.

Page 37: Neurociências 2prova

VERDADES

Dispõe de uma espécie de relógio.Dispõe de uma espécie de relógio.Quando realizamos vôos de longa distância para o leste ou o oeste, este relógio demora algum tempo em se ajustar. Permanecer acordado não ajusta este relógio, mas a luz sim muda sua hora. A luz fixa o relógio interno segundo a hora que o cérebro calcula. Pelo geral, quando é pela tarde no lugar do destino de uma viagem, a luz ajusta o relógio cerebral de forma correta, independentemente de que se tenha viajado para o leste ou para o oeste. Não obstante, não é bom viajar demais. Atravessar muitas zonas horárias mais de duas vezes ao mês é perigoso para a saúde, pois pode ocasionar dano cerebral e problemas de memória, provavelmente devido aos hormônios do estresse.

A cada vez que recordamos algo, apagamos e recebemos a lembrança.A cada vez que recordamos algo, apagamos e recebemos a lembrança.É isso que permite que, ao final, recordemos coisas que na realidade não ocorreram jamais. Isso explica por que é freqüente que diferentes pessoas recordem os mesmos fatos de maneira diferente.

A tensão crônica faz perder a memória.A tensão crônica faz perder a memória.Uma excitação emocional incrementa a acumulação de detalhes importantes na memória de longo prazo. A tensão nervosa ativa a secreção de hormônios que atuam sobre o hipocampo e a amígdala para reforçar a memória. A tensão crônica, pelo contrário, pode prejudicar o hipocampo e dar lugar a perdas permanentes de memória.(HERCULANO-HOUZEL)

Page 38: Neurociências 2prova

VERDADES

Espirrar depois de um orgasmo é uma "falha" cerebral.Espirrar depois de um orgasmo é uma "falha" cerebral.Acontece freqüentemente com muitos homens. A razão é que as ramificações cerebrais são uma malha intrincadíssima que pode levar a que estranhos cruzamentos de cabos produzam movimentos com diferentes reflexos. Outro efeito produzido pelo mesmo: uma de cada quatro pessoas espirra quando olha uma luz resplandecente como, por exemplo, o Sol.

Ninguém pode fazer cócegas em si mesmo.Ninguém pode fazer cócegas em si mesmo.A razão é que o próprio cérebro prediz o que cada um vai sentir em resposta a suas próprias ações. Pode-se aproveitar esta faculdade do cérebro para defender-se de quem tente lhe fazer cócegas: simples, coloque sua mão em cima da mão da outra pessoa.

Page 39: Neurociências 2prova

VERDADES

Os bebês desligam as conexões neurais que não utilizam.Os bebês desligam as conexões neurais que não utilizam.Em geral, eliminam as que não usam o suficiente durante os dois primeiros anos de vida. Se o cérebro fosse um roseiral, as experiências do mundo exterior seriam a técnica que utilizariam para podar, não o fertilizante.

Page 40: Neurociências 2prova

VERDADES

Os adolescentes estão "equipados" para comportar-se bem.Os adolescentes estão "equipados" para comportar-se bem.Durante a adolescência, aprecia-se nos indivíduos uma melhora no planejamento e organização do comportamento, na inibição das reações, na capacidade de atenção, na memória e no autocontrole emocional. Provavelmente é devido a isso que as conexões no córtex cerebral pré-frontal, que são importantes na regulação do comportamento, seguem desenvolvendo até os 20 anos de idade.

O envelhecimento faz-nos mais felizes.O envelhecimento faz-nos mais felizes.À medida que as pessoas envelhecem aprecia-se uma melhora na superação dos pensamentos negativos e no controle das emoções. Isto pode explicar por que as pessoas idosas tendem a ser mais felizes que as jovens.

Os videojogos melhoram o funcionamento cerebral.Os videojogos melhoram o funcionamento cerebral.Estudantes do Ensino Superior que jogam regularmente este tipo de jogos são capazes de registrar mais objetos num estímulo visual breve que os que não jogam. Ademais, os que jogam reelaboram a informação mais rapidamente, reconhecem mais objetos de uma vez e podem mudar de tarefa com maior facilidade.

Page 41: Neurociências 2prova

VERDADES

Não memoriza a matéria da prova de uma vez só.Não memoriza a matéria da prova de uma vez só. O cérebro retém informação durante mais tempo se forem feitos descansos entre sucessivas tarefas de estudo. Duas sessões separadas podem facilitar que seja assimilado o dobro de conhecimentos que numa única sessão da mesma duração total.

Escolher não é o seu forte.Escolher não é o seu forte.As pessoas tendem a sentir-se mais satisfeitas com as decisões que tomam quando têm que escolher entre poucas alternativas que quando têm muitas opções. Ter que fazer muitas comparações pode reduzir a sensação de satisfação porque leva a lamentar não ter escolhido as outras alternativas que desprezamos.

A depressão moderada pode ser curada sem remédios.A depressão moderada pode ser curada sem remédios.Se ao término do dia relacionarmos três coisas boas que tenham ocorrido e uma breve exposição das circunstâncias que propiciaram a cada uma delas, teremos um acréscimo da sensação de felicidade que pode extirpar os sintomas de depressão moderada num prazo de poucas semanas.

Page 42: Neurociências 2prova

VERDADES

O amor é uma droga.O amor é uma droga.As regiões do cérebro que causam ao vício também reagem a estímulos positivos naturais como o amor. Estas regiões ajudam aos animais a estabelecer vínculos com seus iguais –o que pode explicar as razões de sua existência–, apesar dos danos colaterais causados por um vício.

Os orgasmos nos deixam mais confiantes.Os orgasmos nos deixam mais confiantes.A oxitocina, um hormônio que é liberada durante o orgasmo, faz com que aumente a confiança entre as pessoas nas relações sociais. Pessoas que receberam a oxitocina pulverizada por via nasal apresentaram mais que o dobro de probabilidades de emprestar dinheiro a outra pessoa que as quais não receberam o tratamento, o que dá a entender que a experimentação de orgasmos pode influir diretamente na tomada de decisões.

Page 43: Neurociências 2prova

VERDADES

Os homens e as mulheres tem visão espacial bem diferente.Os homens e as mulheres tem visão espacial bem diferente.As mulheres não tem visão espacial, dependem mais de pontos de referência para navegar, e muitas costumam dar indicações do tipo de "vire à esquerda no terceiro semáforo e procure uma casa de cor verde piscina“.Ao contrário os homens identificam a direção correta a partir de um mapa mental do espaço: "Siga para o leste um quilômetro e depois vire em direção norte". No entanto, as mulheres recordam o lugar onde estão guardados os objetos mais facilmente que os homens. (PEASE)

Somos cada vez mais inteligentes.Somos cada vez mais inteligentes.As pontuações médias nas provas de inteligência aumentaram entre três e oito pontos por década no século XX em muitos países industrializados. O fato não se deve à evolução senão à melhora das condições de vida das crianças economicamente mais desfavorecidas.

Certos danos dos derrames cerebrais podem ser evitados.Certos danos dos derrames cerebrais podem ser evitados.Entre os sintomas de um derrame cerebral figuram a impossibilidade repentina de mover um membro, ou de falar, ou também o intumescimento de uma parte considerável do corpo. O tratamento do derrame cerebral pode evitar danos em longo prazo, mas só se o paciente vai a um hospital num prazo de poucas horas.

Page 44: Neurociências 2prova

VERDADES

Após a amputação de um membro, os pacientes podem sentir a presença de um Após a amputação de um membro, os pacientes podem sentir a presença de um "membro fantasma"."membro fantasma".A razão é que o cérebro ainda tem registrado um mapa do corpo e demora algum tempo em assimilar que não existe mais a representação do membro perdido.

A dor reside no cérebro e pode ser controlada.A dor reside no cérebro e pode ser controlada.A atividade cerebral determina totalmente a sensação de dor e sua intensidade. Os cientistas estão tentando empregar imagens do cérebro e técnicas de retro-alimentação para ensinar às pessoas a ativar, por sua própria conta, as zonas do cérebro que controlam a dor. Em uma experiência conseguiu-se que o cérebro de um experiente em meditação inibisse sua resposta a picada de uma agulha na sua bochecha. Este método poderia ser empregado para que os doentes de dor crônica reduzissem a sensação de mal-estar ativando voluntariamente o efeito placebo.

A ciência trabalha em conseguir que os paralíticos movam seus membros. A ciência trabalha em conseguir que os paralíticos movam seus membros. Os pesquisadores estão trabalhando no desenho de prótese de braços para ajudar a pacientes que sofrem de paralisia. Mediante uma monitoração da atividade do cérebro, os pesquisadores podem deduzir qual é o movimento que pretendem reproduzir e utilizar essa informação para guiar um braço artificial..

Page 45: Neurociências 2prova

VERDADES

Por que sempre esquecemos os nomes dos outros?Por que sempre esquecemos os nomes dos outros?A memória está ligada às várias áreas do cérebro responsáveis por sentidos determinados. Quanto mais rica e forte for a rede de associações ou representações que você instalou em seu cérebro, mais ele fica protegido contra a perda de uma representação específica.

Quando você conhece uma pessoa, seu cérebro liga um nome a algumas informações sensoriais, como a aparência visual dela. Quando o cérebro é mais jovem, essas poucas associações são bastante fortes para que no próximo encontro você lembre o nome dela. Quanto mais velho você fica, porém, vai conhecendo mais pessoas, o que deixa menos características visuais específicas disponíveis para representar cada nova pessoa. Por isso, as ligações associativas entre características visuais e nomes são mais frágeis.

Imagine fechar os olhos quando conhece alguém. As outras informações sensoriais, além da visão, tornam-se muito mais importantes como base para formar as associações necessárias à recordação do nome: a sensação da mão da pessoa, seu cheiro, sua voz. Agora você não ligou o nome de alguém a uma ou duas associações, mas a pelo menos quatro. Mas nunca fazemos isso. (LAWRENCE)

Page 46: Neurociências 2prova

VERDADES

É verdade que perdemos capacidade cerebral quando envelhecemos?É verdade que perdemos capacidade cerebral quando envelhecemos?

Há muitos mitos sobre o envelhecimento do cérebro, mas os neurocientistas estão lutando para provar que ele não tem que envelhecer necessariamente junto conosco. Tudo depende da maneira como o usamos.

Outro mito diz que o declínio mental que a maioria das pessoas experimenta é resultado da morte constante das células nervosas. A verdade é que há uma redução do número e complexidade das dendrites, que são os prolongamentos das células nervosas que recebem e processam informações de outras células nervosas, formando a base da memória. Mais uma vez, se estimulado, o cérebro é capaz de manter a rede de comunicação entre as células nervosas tão forte e eficiente como na juventude. (LAWRENCE)

Page 47: Neurociências 2prova

VERDADES

As interações sociais têm alguma influência na nossa capacidade cerebral?As interações sociais têm alguma influência na nossa capacidade cerebral?

Está provado, através de inúmeros estudos, que a capacidade da pessoa de lembrar alguma coisa depende em grande parte do contexto emocional. Temos mais probabilidade de arquivar uma informação na memória de longo prazo se essa informação possui um significado emocional de maior peso. É por isso que as emoções agradáveis, através das interações sociais, constituem uma estratégia fundamental na neuróbica.

Como as situações sociais são em geral imprevisíveis, há mais possibilidade de resultarem em atividades fora da rotina. Quando as situações sociais diminuem, o desempenho mental declina. E quando ficamos mais velhos, nossos círculos sociais tendem a encolher, levando o cérebro a diminuir sua atividade.(LAWRENCE)

Page 48: Neurociências 2prova

VERDADES

Se diariamente nos defrontamos com situações novas, o que faz com que apenas Se diariamente nos defrontamos com situações novas, o que faz com que apenas algumas atividades sejam neuróbicas?algumas atividades sejam neuróbicas?

Embora o cérebro seja bombardeado de novos estímulos, nem todos eles são fortes o suficiente para ativar novas áreas. Por exemplo: se você escreve sempre a caneta e um dia resolve escrever tudo a lápis, quebrou sua rotina e está fazendo algo diferente. Mas uma mudança tão pequena não acarretaria uma nova e importante associação sensorial. Não seria suficiente para engajar os circuitos exigidos e dar ao cérebro um exercício realmente eficaz.

Compare isso com a decisão de escrever com a outra mão. Se você é destro, controlar uma caneta é normalmente responsabilidade do lado esquerdo do seu cérebro. Quando você se empenha em escrever como um canhoto, a vasta rede de conexões, circuitos e áreas do cérebro envolvida em escrever com a mão esquerda - quase nunca usada - é agora ativada, no lado direito do cérebro. Subitamente, ele é confrontado com uma nova tarefa absorvente, desafiadora e potencialmente frustrante. Em resumo, para uma atividade ser considerada neuróbica, deve ter um ou mais dos seguintes elementos: envolver um ou mais sentidos num novo contexto (como vestir-se de olhos fechados); concentrar sua atenção (como virar as foto da sua mesa de cabeça para baixo) e transformar uma atividade rotineira em algo inesperado e não-trivial (como escolher um caminho diferente para chegar ao trabalho). (LAWRENCE)

Page 49: Neurociências 2prova

VERDADES

Como aprendemos a fazer associações?Como aprendemos a fazer associações?

As associações são representações de eventos, pessoas e lugares que se formam quando o cérebro decide ligar diferentes tipos de informações, sobretudo se a ligação pode ser útil no futuro. Antes de fazer as conexões mentais, ele leva em conta várias coisas diferentes . Por exemplo, se alguma coisa proporciona informações a dois ou mais sentidos quase ao mesmo tempo - o aspecto, cheiro e gosto de um cheeseburger - o cérebro vai ligar as sensações de uma maneira quase automática. Ou seja, ao sentir o cheiro de um cheeseburger, a pessoa pode imediatamente lembrar o aspecto e o gosto do sanduíche.

Uma famosa experiência com cachorros explica de maneira simplificada o que acontece no processo de aprendizado. Todos sabemos que os cachorros salivam à vista de comida. Todos os dias, Ivan Pavlov tocava uma campainha na hora de alimentar os cães. Depois de alguns dias, o simples toque da campainha fazia os cachorros salivarem, mesmo que não houvesse comida. O mesmo acontece com as pessoas, apesar de, obviamente, termos uma capacidade mental bem maior que a dos cães. (LAWRENCE)

Page 50: Neurociências 2prova

VERDADES

É verdade que perdemos capacidade cerebral quando envelhecemos?É verdade que perdemos capacidade cerebral quando envelhecemos?

Há muitos mitos sobre o envelhecimento do cérebro, mas os neurocientistas estão lutando para provar que ele não tem que envelhecer necessariamente junto conosco. Tudo depende da maneira como o usamos.

Outro mito diz que o declínio mental que a maioria das pessoas experimenta é resultado da morte constante das células nervosas. A verdade é que há uma redução do número e complexidade das dendrites, que são os prolongamentos das células nervosas que recebem e processam informações de outras células nervosas, formando a base da memória. Mais uma vez, se estimulado, o cérebro é capaz de manter a rede de comunicação entre as células nervosas tão forte e eficiente como na juventude. (LAWRENCE)

Page 51: Neurociências 2prova
Page 52: Neurociências 2prova
Page 53: Neurociências 2prova
Page 54: Neurociências 2prova
Page 55: Neurociências 2prova
Page 56: Neurociências 2prova
Page 57: Neurociências 2prova
Page 58: Neurociências 2prova

REFERÊNCIAS:

Craig Freudenrich, Ph.D.. "HowStuffWorks - Como funciona o cérebro". Publicado em 06 de junho de 2001 (atualizado em 09 de maio de 2008) http://saude.hsw.uol.com.br/cerebro.htm (01 de setembro de 2008)

Charles W. Bryant. "HowStuffWorks - Como funciona a síndrome da mão alienígena". Publicado em 12 de setembro de 2007 (atualizado em 08 de novembro de 2007) http://saude.hsw.uol.com.br/sindrome-mao-alienigena.htm (31 de agosto de 2008)

Tracy V. Wilson. "HowStuffWorks - Como funcionam os gênios". Publicado em 01 de setembro de 2006 (atualizado em 09 de julho de 2008) http://pessoas.hsw.uol.com.br/genios1.htm (31 de agosto de 2008)

Richard C. Mohs, Ph.D.. "HowStuffWorks - Como funciona a memória humana". Publicado em 08 de maio de 2007 (atualizado em 11 de abril de 2008) http://saude.hsw.uol.com.br/memoria-humana4.htm (31 de agosto de 2008)

Bertolozzi, Marcia Regina. Um estudo sobre memória e soluçâo de problemas: enfoque das neurociências. São Paulo , 2004 79p.

DOOLITTLE, P. E. (2002). Online Teaching and Learning Strategies: An Experiential Exploration of Teaching, Learning, and Technology. Virginia: Department of Teaching and Learning. 2003. apud J Rodrigues, R Melo, S Ferreira, S Pinho, T. A Formação on-line - Um olhar sobre a importância da concepção e implementação de cursos de Ensino à Distância , 2003 - netprof.pt

http://www.neurolab.com.br/

CAMPOS, F. S. Psicanálise E Neurociência: Uma Relação Tão Delicada. http://br.geocities.com/materia_pensante/psic_neuro_sollero.html#_ftn1

LIMA, E.S. A função antropológica do ensinar. http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0138/aberto/mt_246808.shtml

ROCHA, A. F. ( 2000 ) O cérebro na escola. EINA, Jundiaí

TABACOW, L. S. Contribuições da neurociência cognitiva para a formação de professores e pedagogos. Campinas: PUC-Campinas, 2006. 266p

HERCULANO – HUZEL, S. Fique de bem com seu cérebro. Rio de Janeiro: Sextante, 2007

LAWRENCE, C. K. Mantenha o seu cérebro vivo. Rio De Janeiro: Sextante

 

Page 59: Neurociências 2prova

Sugestões para leitura

Page 60: Neurociências 2prova

Alfabetização Emocional: Novas EstratégiasAlfabetização Emocional: Novas Estratégias

Autor: Celso Antunes Editora: VozesAno de lançamento: 2001Edição atual: 8ªNúmero de páginas: 109ISBN: 8532621708

Apresenta aos educadores uma proposta aberta e interativa, sobretudo aos que acreditam que o aprendizado está mudando e que o ser humano demonstra potencial para desenvolver múltiplas inteligências. O autor, com sua larga experiência na direção e orientação educacional, expõe de forma transparente e didática que a educação da emoção é possível. Respaldando-se nas pesquisas de Gardner e Goleman sobre os novos conceitos de inteligência, esta obra propõe um currículo, estratégias e meios de avaliação da 'Alfabetização Emocional', incorporando-se aos princípios e fins de nossa escola, para uma nova educação.

Page 61: Neurociências 2prova

Cem Bilhões de Neurônios: Conceitos Fundamentais de NeurociênciaCem Bilhões de Neurônios: Conceitos Fundamentais de Neurociência

Autor: Roberto LentEditora: AtheneuAno de lançamento: 2004Edição atual: 1ªNúmero de páginas: 698ISBN: 857379383X

Um dos primeiros livros sobre neurociência integrado, publicado no Brasil. Faz um apanhado de todos os aspectos do tema. Dividido em cinco partes, aborda a neurociência celular, sensorial, dos movimentos, dos estados corporais e das funções mentais.

Page 62: Neurociências 2prova

Vygotsky: Aprendizado e Desenvolvimento, um processo sócio-históricoVygotsky: Aprendizado e Desenvolvimento, um processo sócio-históricoAutor: Marta Kohl de OliveiraEditora: ScipioneAno de lançamento: 1993Edição atual: 4ªNúmero de páginas: 111ISBN: 8526219367

Apresenta um síntese das idéias de Lev Vygotsky, situando o autor russo em seu contexto histórico e apresentando os principais conceitos de sua vasta e complexa obra. O objetivo teórico de Vygotsky levou a uma abordagem qualitativa, interdisciplinar e orientada para os processos de desenvolvimento do ser humano, capaz de manter o interesse ainda hoje. Trata-se da tentativa de reunir, em um modelo explicativo, tanto os mecanismos cerebrais subjacentes ao funcionamento psicológico como o desenvolvimento do indivíduo e da espécie humana, ao longo de um processo sócio-histórico. Enfatiza a importância da cultura e da linguagem na constituição do ser humano, e comenta algumas convergências e divergências entre Vygotsky e Piaget.Obs. Destaque para o capítulo "A base biológica do funcionamento psicológico: a neuropsicologia de Luria

Page 63: Neurociências 2prova

Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso

Autores: Mark F. Bear, Barry W. Connors, Michael A. ParadisoEditora: Artmed EditoraAno de lançamento: 2002Edição atual: 2ªNúmero de páginas: 856ISBN: 8573079118

Oferece a você um primeiro contato com os mecanismos do sistema nervoso, suas moléculas e células, e os sistemas que estão por trás do comportamento.Esta 2ª edição combina todos os atributos que garantiram o sucesso do livro original com as últimas novidades científicas da área e uma abordagem sintonizada com as necessidades dos estudantes. Você desvendará o sistema nervoso em toda sua complexidade, recebendo a informação na medida exata, além de atualizada e impregnada dos valores humanos que fazem da pesquisa em neurociências uma área fascinante.

Page 64: Neurociências 2prova

NEUROCIÊNCIA DO COMPORTAMENTONEUROCIÊNCIA DO COMPORTAMENTO

Autores: Bryan Kolb, Ian Q. WhishawEditora: Manole EditoraAno de lançamento: 2002Edição atual: 1ªNúmero de páginas: 664ISBN: 8520413927

A neurociência possibilita a compreensão de como o cérebro rege processos como a memória, o sono, o corpo e aprendizado não apenas em humanos como em outras espécies. Neurociência do Comportamento possui uma proposta de ensino inovada proporcionando uma leitura interessante. É uma obra completa que nos ajuda a entender como aprendemos, como nos desenvolvemos e como podemos ajudar as pessoas que sofrem de distúrbios cerebrais e comportamentais.

Page 65: Neurociências 2prova

ESTRUTURAS DA MENTEESTRUTURAS DA MENTE

Autor: Howard GardnerEditora: Artmed EditoraAno de lançamento: 1994Edição atual: 1ªNúmero de páginas: 340ISBN: 8573073462

Juntando elementos teóricos da neurologia, da psicologia cognitiva, do estudo de superdotados e de crianças diferentes, o autor examina as implicações educacionais de suas concepções teóricas, contrapondo-as com outras orientações.

Page 66: Neurociências 2prova

O cerébro nosso de cada dia: Descobertas da Neurociência Sobre a Vida CotidianaO cerébro nosso de cada dia: Descobertas da Neurociência Sobre a Vida Cotidiana

Autor: Suzana Herculano-HouzelEditora: Vieira & LentAno de lançamento: 2002Número de páginas: 206 (1ª edição)ISBN: 8588782014

A neurociência é o conjunto de áreas da ciência que se interessam pelo sistema nervoso: como ele funciona, se desenvolve, evolui, é alterado por substâncias químicas, e como resultado disso tudo produz a mente e os comportamentos. Neste, que foi o primeiro livro da neurocientista Suzana Herculano-Houzel, você descobre como a neurociência explica vários aspectos da vida cotidiana, da dificuldade de lembrar dos sonhos às vantagens cognitivas das mães, passando pela razão da falta de originalidade da ficção científica e pela descoberta intrigante das falsas memórias. Um livro escrito em linguagem ágil, acessível e bem-humorada, para o leitor não-especialista curioso com o que traz dentro da própria cabeça.

Page 67: Neurociências 2prova

Neuropscicologia hojeAutores: Vivian Mara Andrade, Flávia Heloísa dos Santos, Orlando F. A. BuenoEditora: Artes Médicas editoraN° de páginas: 454 (1ª edição)ISBN: 8536700084

Esta obra é uma aquisição indispensável para profissionais, professores e estudantes envolvidos com avaliação neuropsicológica, reabilitação cognitiva e os aspectos teóricos da neuropsicologia. De forma abrangente, aborda os principais momentos da evolução humana (infância, adultez e envelhecimento) fornecendo protocolos de avaliação, estudos de casos e um rol dos testes padronizados. A reabilitação é apresentada sob várias facetas e em diferentes indicações, algo raro

Page 68: Neurociências 2prova

DESCOBERTAS RECENTESDESCOBERTAS RECENTES

Crianças criadas em condições de pobreza têm mais dificuldade para aprender, não só por questões socioeconômicas, mas também biológicas. Pesquisas realizadas nos últimos anos comprovam que a pobreza tem impacto direto no desenvolvimento do cérebro, justamente no período mais crítico da infância, deixando seqüelas neurológicas que diminuem a capacidade de aprendizado.

Esquecer uma informação menos importante, mediante um processo de memória seletiva, torna mais fácil lembrar um dado mais relevante, segundo um estudo elaborado por cientistas dos Estados Unidos.

As partes do cérebro responsáveis pela memória sofrem com a perda de uma noite de sono, mostra pesquisa publicada pelo periódico Nature Neuroscience.

Uma variação genética associada à longevidade também parece estar ligada à preservação da memória e da capacidade intelectual em idosos, sugere um estudo feito nos Estados Unidos e publicado na revista científica Neurology.

Um grupo de cientistas franceses conseguiu identificar uma zona do cérebro indispensável à leitura e demonstrar a importância do inconsciente na percepção das palavras, disse hoje o principal autor dos dois estudos

"O que você gosta é uma função daquilo para que sua mente foi treinada", ( Winkielman)