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Módulo 3 – Atividades Módulo 3: Prevenção: evite transformar- se num agressor Atividades

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Page 1: Módulo 3: Prevenção: evite transformar- se num agressor Atividades

Módulo 3 – Atividades

Módulo 3: Prevenção: evite transformar-se num agressor

Atividades

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Módulo 3 – Atividades

Sub-módulo 3.1 Aumento da empatia

Atividade 3.1.1 Características de diversos sentimentos1 Breve descrição: Para criarem empatia com as outras pessoas, os formandos terão de conseguir identificar os sentimentos dessas pessoas; terão de saber com que sentimentos estão a lidar. Nesta atividade, os formandos ficarão familiarizados com diferentes sentimentos e aprenderão a exprimi-los.

Material necessário: Ficha de Trabalho n.º 3; opcionalmente, instrumentos musicais (tamboretes, xilofones, sinos, guizos, etc.), lápis e papel, jornais/revistas/imagens/fotografias para uma colagem.

Procedimento:

n Depois de ter sido explicado aos formandos o objetivo da atividade, é-lhes dada uma ficha de trabalho com palavras relacionadas com sentimentos e ainda com o desenho de rostos espelhando emoções.

n Discussão: Em grupo, deverão ser discutidos os sentimentos: o que significa estar-se triste, zangado, assustado, etc.? Que outros sentimentos conhecem os formandos? Em que situações experienciaram já fúria, tristeza, etc.? Que sentimentos são positivos ou negativos?

n Apresentação: Quando os formandos souberem distinguir os diferentes sentimentos, é-lhes dado tempo para apresentarem um sentimento (cada formando escolhe um diferente). Poderão apresentá-lo ou representá-lo através de pequena dramatização; poderão ainda recorrer a um instrumento musical, ou fazer um desenho (usando várias cores) ou uma colagem.

Final da atividade: A atividade terminará quando os formandos mostrarem conhecer os diferentes sentimentos e as situações que os suscitam. Deverão ser capazes de exprimir pelo menos um sentimento.

1 De acordo com Spies, C. (2011). “Wir können auch anders!” Weinheim und Basel: Beltz (p. 77).

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1.2 Exclusão2 Breve descrição: Os potenciais agressores são pessoas que normalmente já experienciaram o sentimento da exclusão. Torna-se necessária uma preparação cuidada desta atividade que constitui um desafio para os formandos.

Não é necessário qualquer material.

Procedimento:

n Os formandos são informados de que lhes será pedido que desempenhem um papel.

n Quatro voluntários (formandos autoconfiantes, possivelmente agressores) deixam a sala sem saberem o que irá acontecer de seguida.

n Os outros formandos formam quatro grupos. É-lhes dito que, quando os quatro formandos entrarem na sala, eles deverão pôr-se a falar uns com os outros, em pequenos grupos. Deverão falar sobre o que tencionam fazer no fim-de-semana. Se forem abordados por um dos quatro formandos que saíram da sala, deverão virar-lhes as costas de forma rude. Não deverão dirigir a palavra aos voluntários. Se acharem difícil lidar com a situação, poderão acabar por falar, mas deverão aguentar sem lhes falar o mais que puderem.

n Aos quatro voluntários, é-lhes pedido que, quando entrarem na sala, vão ter com um dos quatro grupos e perguntem aos colegas o que vão fazer no fim-de-semana, e se podem ir com eles. Deverão ser persistentes, não desistindo logo. Deverão tentar contactar todos os grupos a fim de obterem uma resposta. Deverão lembrar-se de que não deverão mostrar-se agressivos.

n Mal tenham sido dadas as instruções, poderá ser dado início à atividade.

n O formador deverá interromper a atividade se vir que os voluntários foram bem sucedidos no cumprimento da sua missão (isto é, se conseguiram obter uma resposta dos colegas), ou se se empenharam suficientemente. O formador deverá estar atento ao que se passar na sala, assegurando-se de que os formandos não fiquem perturbados com a atividade.

n Depois da atividade, os formandos “abanam o capacete” para se libertaram do papel desempenhado (agitam o corpo todo). O formador chama-lhes a atenção para o facto de eles terem estado a desempenhar um papel, que deverão deixar agora de desempenhar. O que eles estiveram a fazer não tem nada a ver com a vida real.

2 De acordo com Spies, C. (2011), p. 136.

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n Segue-se uma discussão. Questões para os voluntários: O que aconteceu? O que fizeram os colegas que estavam nos grupos? Como é que vocês (voluntários) se sentiram? Foi agradável ou desagradável?

n Questões para os outros formandos: Foi fácil virarem as costas aos colegas? Sentiram pena dos voluntários? Conhecem situações, na vida real, comparáveis a esta que representaram? Já passaram por experiências semelhantes ou conhecem alguém que por elas tenha passado? Como acham que se sentiram os voluntários quando se viram naquela situação?

n Deve então ser feita uma transferência para as situações de bullying. A ênfase deverá ser posta nos sentimentos das pessoas que se sentem excluídas.

Final da atividade: Os sentimentos dos voluntários excluídos devem ser discutidos com cuidado. Se a atividade não tiver funcionado, deverá ser promovido um debate sobre as razões que terão levado ao seu falhanço.

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Atividade 3.1.3 “Querido Diário”3 Breve descrição: Pede-se aos formandos que escrevam ou façam um desenho representando o que poderá uma vítima de bullying “dizer” ao seu diário depois de ter passado por uma situação de bullying.

Material necessário: Ficha de Trabalho n.º 4

Procedimento:

n Os formandos são informados de que vão fazer exercícios para criarem empatia com uma vítima de bullying.

n À guisa de introdução, será lido um estudo de caso de bullying (poderá encontrar os estudos de caso no Módulo 2).

n É então distribuída uma Ficha de Trabalho aos formandos. Deverão completá-la com os sentimentos e pensamentos que tem uma vítima de bullying depois de ter passado pela situação descrita. Podem escrever ou desenhar.

n De seguida, os diferentes diários são apresentados ao grupo.

Final da atividade: Deverá ser dado tempo suficiente aos formandos para criarem a página do seu “Querido Diário”. Quando parecerem ter criado empatia com a vítima de bullying, poderá ser posto um fim à atividade.

3 Stepping Stones Workshop (por publicar).

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Sub-módulo 3.2 Redução da agressividade

Atividade 3.2.1 Características da fúria4 Breve descrição: Para poderem aprender a lidar com a sua fúria e agressividade, os formandos deverão ser capazes de identificar os sintomas e características de um comportamento furioso ou agressivo. Nesta atividade, completam um contorno de corpo com as características próprias dos sentimentos de fúria/agressividade.

Material necessário: Fichas de Trabalho n.ºs 7 ou 8 com contorno de corpo (masculino ou feminino)

Procedimento:

n É dito aos formandos que o sentimento de fúria é sentido em diferentes partes do corpo. Pede-se-lhes que recordem uma situação em que tenham ficado verdadeiramente zangados e se tenham sentido descontrolados.

n O formador supervisiona a discussão entre os formandos: deverão debater situações em que se sentiram zangados. Deverão tentar descrever em que partes do corpo sentiram a fúria e se o corpo deles sofreu alguma alteração pelo facto de se sentirem zangados. O que eles venham a dizer poderá já estar incluído ou então ser acrescentado à lista abaixo, que servirá para que tenham consciência das partes do corpos que sofrem alterações em situações como essas.

Braços: ficam hirtos, junto ao corpo Mãos: palmas húmidas, a tremer, mãos fechadas, em punho Dedos: a tremer Estômago: pressão, vontade de vomitar Respiração: mais rápida ou pesada, dificuldade em respirar Peito: pressão, sensação de aperto, a bater Garganta: sensação de ter um nó na garganta, garganta seca Voz: a tremer, rouca, aula, estridente (ou então emudecer) Boca: seca, cantos retorcidos Olhos: vermelhos, visão desfocada, olhos injetados Testa: franzida, suada Cabeça: pressão, tontura, dor de cabeça, sensação de calor, sensação de que vai explodir Pescoço: rígido

4 De acordo com Spies, C. (2011), p. 81.

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n Depois de terem sido discutidos os diferentes sintomas, os formandos deverão completar um contorno do corpo, assinalando com flechas vermelhas as partes em que normalmente sentem fúria/agressividade. Os que souberem escrever poderão anotar as alterações sofridas pelo seu corpo.

n Os formandos poderão apresentar voluntariamente os seus contornos de corpo aos colegas. Deverá seguir-se uma discussão sobre as diferenças entre as diferentes representações.

Final da atividade: Se todos os formandos tiverem completado o respetivo contorno de corpo e se souberem em que partes do corpo é que a fúria é visível, a atividade é dada por terminada.

Poderão ser encontradas mais atividades com o objetivo de identificar fúria ou agressividade no Anexo (A 3 – Material adicional para o Módulo 3 “Prevenção: evite transformar-se num agressor”).

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Atividade 3.2.2 Controlando a fúria5 Breve descrição: A identificação da fúria ou da agressividade, bem como das situações que suscitam esses sentimentos, são sem dúvida os primeiros passos para se aprender a reduzir esses a intensidade dessas emoções. Para evitar uma explosão de raiva, os formandos precisam de saber o que fazer quando se sentirem zangados e como poderão controlar os seus sentimentos.

Material necessário: poster/quadro de folhas móveis (flipchart)

Procedimento:

n Juntamente com o formador, os formandos discutem e coligem diferentes estratégias para se controlar a fúria e escrevem-nos num poster. As sugestões que venham a dar poderão incluir as seguintes estratégias:

§ Tentar acalmar-se com uma “frase-para-acalmar” pessoal (ex.: “Eu tenho calma”) § Tentar distrair-se com outra coisa § Fazer qualquer coisa de que se goste § Sair daquele lugar/abandonar o lugar que provoca essa situação § Fazer exercício físico § Relaxar, fazendo exercícios de respiração § Pensar em locais agradáveis § Contar até 10 § Afastar-se por 5 minutos do que quer que seja que esteja a incomodá-lo (se for

possível)

Use bem as palavras: Conte a alguém o que fez com que se zangasse e por que razão isso aconteceu.

Deverão ser depois discutidas as vantagens e desvantagens das diferentes estratégias. Os formandos terão de dizer qual é a estratégia que preferem e que vão tentar pôr em prática da próxima vez que se encontrem numa situação que lhes suscite a cólera.

Final da atividade: Todos os formandos deverão ter aprendido pelo menos uma estratégia para controlarem a sua fúria e que estejam dispostos a experimentar numa situação futura.

5 De acordo com Spies, C. (2011), p. 84.

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Atividade 3.2.3 Espaço pessoal6   Breve descrição: Os formandos aprendem o princípio de que toda a gente deve ter um espaço individual, privado – uma distância em relação aos outros que é percebida como confortável. Numa das atividades, os formandos tentam avaliar a dimensão do seu espaço pessoal.

Procedimento:

n O formador explica que existe um espaço pessoal e que é importante que todos saibam disso: os formandos poderão imaginar esse espaço como uma espécie de sino, à volta de cada um de nós. Não pode ser visto, mas existe. Precisamos dele para nos sentirmos confortáveis e seguros. Damos conta da existência desse espaço quando alguém tenta invadi-lo. Aí, assolam-nos diferentes sentimentos: medo, mas também fúria ou agressividade. Estes sentimentos traduzem-se em sintomas físicos: sentimos o pulso acelerado, o estômago embrulhado. É o nosso corpo a dar-nos um sinal, a dizer-nos que temos de ter cuidado.

n Os formandos deverão avaliar a dimensão do seu espaço pessoal com a ajuda de uma atividade: deverão dispor-se em duas filas, frente a frente, a uma distância de cerca de 5 metros.

n A um sinal do formador, os formandos de uma das filas deverão dirigir-se lentamente para a pessoa que estiver em frente. Se essa pessoa sentir que o seu espaço habitual está a ser invadido, deverá dizer “Stop!”. O formando deverá parar de imediato. Nessa altura, aguardará que todos os participantes fiquem parados.

n Depois de todos os formandos terem parado, procede-se à comparação das distâncias que separam os diferentes formandos. Segue-se uma discussão: Estão todos à mesma distância? Como se sentiram os formandos? Como é que decidiram que aquela distância era a adequada? Acham que o nosso espaço pessoal é o mesmo, em todas as situações? Será que mudaria alguma coisa se os “parceiros” de jogo tivessem sido outros?

n Os formandos trocam de papéis. É importante que todos os formandos definam o seu espaço pessoal.

n Deverá ser depois promovida uma discussão sobre o significado da palavra “stop”: poderá querer dizer que o espaço pessoal foi invadido, que houve sentimentos que ficaram feridos, que a atividade foi longe de mais. Os formandos devem compreender que quando alguém os manda “parar”, eles terão de respeitar esse desejo.

6 Inspirado em Spies, C. (2011), p. 88

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n Alternativa: Os formandos desempenham o papel de um agressor, um familiar/amigo e dirigem-se à pessoa da outra fila para confirmar a flexibilidade do espaço pessoal. Por que razão é o espaço agora diferente?

Final da atividade: Os formandos devem ser informados da existência de um espaço pessoal e perceber que ele se relaciona com o desenvolvimento da fúria e da agressividade. Todos os formandos deverão aprender a respeita a distância definida pelos colegas, percebendo que ela é essencial em contextos de comunicação.

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Sub-módulo 3.3 Treino de competências sociais

Atividade 3.3.1 Conheça os seus pontos fortes: Cadeira quente7

Breve descrição: Os formandos, um após o outro, ficam a saber quais são, na perspetiva dos outros formandos, os seus pontos fortes.

Material necessário: uma cadeira por formando

Procedimento:

n Os formandos são informados de que irão participar numa atividade que os ajudará a descobrir os seus pontos fortes e perceber quais são os aspetos positivos que os colegas veem neles. É-lhes também dito que, no final da atividade, passarão a ver o grupo de uma perspetiva diferente. É naturalmente crucial que sejam elencados apenas os pontos positivos de cada formando.

n As cadeiras são dispostas em círculo. Um dos formandos senta-se numa cadeira, no centro do círculo, olhando para outro formando. Este último formando tem de lhe dizer quais são, na sua perspetiva, os pontos fortes do colega que está sentado na “cadeira quente”.

n De seguida, o formando que está no centro do círculo olha de frente para outro colega, virando para ele a sua cadeira. Cada um dos formandos tem de dizer algo simpático. O formando que se encontra no centro do círculo aceita estes cumprimentos.

n Discussão: o que sentiram ao ouvir todas aquelas coisas simpáticas? Esperavam ouvir tantos elogios? Os formandos dispostos em círculo podem também partilhar aquilo que sentiram ao dizer algo de simpático sobre um colega que não conhecem muito bem ou de quem não gostam particularmente.

n Mudam por fim de papéis (cada formando tem de se sentar no centro).

7 Com base em Portmann, R. (2008). Spiele, die stark machen. München: Don Bosco (p. 45)

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Atividade 3.3.2 Dramatização: Distinção entre um comportamento autoconfiante, inseguro e agressivo  

Breve descrição: Os formandos compreendem que um comportamento autoconfiante não implica agressividade. Não podemos fazer exigências ou desejar que todos os nossos desejos se realizem a qualquer preço. Nesta atividade, os formandos ficam a saber quais são as diferenças entre um comportamento autoconfiante e um comportamento agressivo.

Material necessário: dois formadores ou formandos para desempenharem os papéis, roupas chiques.

Procedimento:

n Os papéis são desempenhados por dois formadores ou formandos. A dramatização parte sempre da mesma situação, mas termina de forma diversa (cf. cenário descrito abaixo). Os outros formandos têm de prestar muita atenção a tudo o que é dito e feito.

n Depois de cada representação (com um fim diferente), pede-se aos formandos que avaliem se o final revela uma atitude de confiança, insegurança ou agressividade. Pede-se-lhes que justifiquem a sua opinião, apontando as características de um comportamento confiante, inseguro e agressivo (cf. abaixo lista de características).

n Deve tornar-se muito claro que ser-se autoconfiante não implica ser-se agressivo ou infringir a lei.

n Cenário: À hora do almoço, na cantina da empresa onde trabalha, o Sr. B espera pacientemente na fila, há já vários minutos. De repente, a Srª. A, sua colega, surge por trás, passa-lhe à frente e diz: “Olá, Sr. B., não se importa certamente que passe à sua frente”.

Diferentes reações do Sr. B: § Com a cabeça baixa e ombros descaídos, não diz nada. § Gagueja e não procura contacto visual, fala baixo, com a cabeça baixa e ombros

descaídos: “Ah, pois… não, não há problema. Tenho um pouco de pressa pois tenho de voltar ao trabalho dentro de minutos, mas não faz mal, como mais depressa”.

§ De forma rude e agressiva, fala muito alto, de forma a que todos possam ouvir: Claro que me importo! Estamos a fazer fila! A Srª. A tem de esperar, como as outras pessoas!”

§ O Sr. B. não diz nada. Cerra os punhos, tem o corpo todo tenso. Diz baixinho: “Ainda se há-de arrepender disto”.

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§ Procurando contacto visual e mostrando uma postura relaxada, o Sr. B. Diz: “Ouça, Srª. A, da próxima vez que quiser passar à minha frente, gostaria que me pedisse. Hoje não tenho pressa, por isso não há problema algum.”

Características de uma reação autoconfiante8:

• voz: forte, clara, precisa

• expressão: que não deixa margem para dúvidas

• conteúdo: justificação precisa, utilização do pronome pessoal (frases com “eu”), expressão de sentimentos

• gestos, atitudes: postura relaxada, contacto visual

n Alternativa: Os formandos assumem o papel de atores. Inventam finais que revelem atitudes de confiança.

Final da atividade: A atividade terminará quando os formandos tiverem uma ideia dos diferentes aspetos que caracterizam uma reação autoconfiante (postura, voz, expressão).

 

8 Hinsch, R. & Wittmann, S. (2010). Soziale Kompetenz kann man lernen. Weinheim, Basel: Beltz. (p. 14/15)

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Atividade 3.3.3 Dramatização: Treino de um comportamento autoconfiante em situações do quotidiano

Breve descrição: O comportamento autoconfiante faz com que a vida pareça mais simples e mais agradável. Torna-se por isso essencial que os formandos saibam em que situações é que esse comportamento é adequado e que exercitem reações de autoconfiança.

Material necessário: (câmara de vídeo), dois atores (um formando e um formador, ou então dois formandos), roupas chiques.

Procedimento:

n A atividade inicia com um debate de ideias. Juntamente com os formandos, o formador enuncia as características de um comportamento autoconfiante.

n Os formandos deverão então pensar em situações do dia-a-dia em que um comportamento autoconfiante os possa ajudar a alcançar um determinado objetivo.

n Procede-se à recolha de situações e escolhe-se os cenários que vão ser dramatizados. Deverão fazer de seguida uma representação.

n Se possível, as “peças” deverão ser filmadas.

n Exemplos:

§ proceder à troca de um produto novo mas defeituoso

§ pedir a um transeunte para trocar uma nota em moedas para colocar no parquímetro ou para comprar um bilhete de autocarro

§ pedir, na cantina, para ser servido uma segunda vez

§ pedir a uma empregada numa loja de roupas que a ajude a encontrar um vestido bonito

§ pedir a um colega que lhe pôs uma alcunha para parar de o chamar assim.

Final da atividade: A atividade termina quando todos os formandos tiverem treinado pelo menos uma vez uma reação autoconfiante a uma situação do dia-a-dia.

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Sub-módulo 3.4 Efeitos do cyberbullying

Atividade 3.4.1 Discussão de vídeo: possíveis consequências drásticas do cyberbullying

Breve descrição: Com o objetivo de introduzir o tema, deverá ser visualizado um vídeo, difundido pelo serviço de notícias da CNN, sobre um estudante americano que cometeu suicídio depois de ter sido vítima de uma situação de bullying.

Material adicional necessário: http://www.youtube.com/watch?v=bgxNItGmiC4 (until 1:55)

Descrição do vídeo: O serviço de notícias da CNN dá conta do caso de um estudante americano que cometeu suicídio depois de o seu colega de quarto o ter filmado numa situação de intimidade com um homem e de ter difundido as imagens através da Internet. A visualização deverá ser interrompida aos 1:55 minutos, pois a entrevista que se segue é demasiado longa.

Procedimento:

A descrição desta atividade poderá ser encontrada na secção “Bem-vindos ao Let me be ME!” (3.1 Discussão de vídeo)

Outras informações:

Discussão: Esperava que a publicação de um vídeo com imagens privadas pudesse levar a um suicídio? O que acha que sentiu a vítima? Quais terão sido os seus pensamentos? O que poderia ele ter feito em vez de se suicidar? O que poderemos fazer para evitarmos que as vítimas de bullying cometam suicídio?

Final da atividade: Não se pretende que os formandos fiquem assustados, mas é importante que tenham consciência das consequências drásticas que pode ter um episódio de cyberbullying. Quando mostrarem ter essa consciência, a atividade poderá ser dada por terminada.

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Atividade 3.4.2 Discussão de vídeo: Pense antes de publicar! Breve descrição: Os formandos são informados de que se publicarem uma fotografia ou um vídeo de uma outra pessoa poderão estar a magoá-la.

Material adicional necessário: http://www.youtube.com/watch?v=ciZKNARbkXY

Descrição do vídeo: O vídeo foi feito de propósito para o Dia da Internet Segura de 2010. Trata-se de uma animação, que mostra o “rato” de um computador a tirar fotografias a si próprio, sem roupas. Mostra como as fotografias logo se espalham pelo mundo inteiro (vídeo sem palavras).

Procedimento:

A descrição desta atividade poderá ser encontrada na secção “Let me be ME!” (3.1 Discussão de vídeo).

Outras informações:

n Discussão:

§ Quais são as consequências possíveis, de acordo com o vídeo visualizado, de alguém publicar uma fotografia ou um vídeo na Internet?

§ Quais são, na perspetiva dos formandos, as consequências para a pessoa fotografada ou filmada?

§ Que aspetos da vida pessoal podem ser influenciados? (Consequências para o presente, mas também para o futuro, pois a Internet não “esquece”; exemplo: dificuldade em encontrar emprego, etc.).

§ Como se sentiria se alguém publicasse uma fotografia de que não gosta, ou se alguém publicasse um comentário desagradável sobre si? Pense no impacto das suas ações sobre a pessoa que recebe o material.

Final da atividade: Se os formandos mostrarem estar conscientes dos efeitos da publicação de uma fotografia ou de um vídeo na Internet, a atividade poderá ser dada por terminada.

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Atividade 3.4.3 Discussão: Legislação para casos de cyberbullying Breve descrição: Os formandos são informados das consequências legais de atos de cyberbullying.

Material necessário: Ficha de Trabalho n.º 13, com a legislação em vigor em cada país.

Procedimento:

n É iniciada uma discussão sobre a possível legislação para casos de cyberbullying: O que pensam os formandos? Será que o cyberbullying é um crime? Deverá ser penalizado?

n O formador lê então a legislação do país onde vivem os formandos. Abre depois uma discussão sobre os diferentes exemplos regulamentados pela legislação.

Final da atividade: É importante que os formandos compreendam que o cyber-bullying não é de forma alguma divertido e que constitui um crime grave. Deverão ter percebido, no final da atividade, que os insultos e as ameaças através de telemóveis ou da Internet poderão ter consequências legais.

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Sub-módulo 3.5 Avaliação

Atividade 3.5.1: Barómetro da disposição9 A descrição desta atividade poderá ser encontrada na secção “Bem-vindos ao Let me be ME! (3.7 Atividade de avaliação: barómetro da disposição).

n Questões a colocar10:

n Gostou de fazer parte deste grupo?

n Gostou de trabalhar em pequeno grupo?

n Gostou de participar na discussão em grande grupo?

n Gostou das dramatizações/representações?

n Gostou dos vídeos?

n Gostou dos jogos e das outras atividades?

n Gostou das fichas de trabalho?

n Sente-se preparado/a para enfrentar uma situação de bullying?

n Estava consciente de todas as capacidades que tem?

n Acha que a sua autoconfiança aumentou?

n Aprendeu algo de novo neste módulo?

n Achou o tema deste módulo interessante?

n Gostou do curso de formação, de um modo geral?

n Compreendeu as explicações do formador?

Os formandos respondem a estas mesmas questões na Ficha de Trabalho n.º 14.

9 Jannan, M. (2010). Das Anti-Mobbing-Buch. Weinheim: Beltz. 10 Jannan, M. (2010). Das Anti-Mobbing-Buch. Weinheim: Beltz.