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TRANSFORMAR NATAL SERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE, DESENVOLVIMENTO E PAZ PLANO DE GESTÃO 2013-2016

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SERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE, DESENVOLVIMENTO E PAZ

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TRANSFORMAR

NATALSERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE,

DESENVOLVIMENTO E PAZ

PLANO DE GESTÃO 2013-2016

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TRANSFORMAR

NATALSERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE,

DESENVOLVIMENTO E PAZ

PLANO DE GESTÃO 2013-2016

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EXECUTIVA NACIONAL DO PSDB

PRESIDENTE DE HONRAFernando Henrique Cardoso

PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVASérgio Guerra

VICE-PRESIDENTE João AlmeidaEduardo Jorge Nion Albernaz Flexa Ribeiro

Emanuel Fernandes

1º VICE-PRESIDENTE Alberto Goldman

SECRETÁRIO GERAL Rodrigo de Castro

1º SECRETÁRIO Pimenta da Veiga

2º SECRETÁRIO Alfredo Kaefer

TESOUREIRO Márcio Fortes

TESOUREIRO-ADJUNTO Reinaldo Azambuja

LÍDER NO SENADO FEDERAL Álvaro Dias

LÍDER NA CÂMARA DOS DEPUTADOS Bruno Araújo

PRESIDENTE DO ITVTasso Jereissati

SECRETÁRIO EXECUTIVO Sérgio Silva

SECRETÁRIO DE JUVENTUDE Wesley Goggi

SECRETÁRIA DO PSDB MULHER Thelma de Oliveira

DIRETÓRIO ESTADUAL DO PSDB-RN

PRESIDENTERogerio Simonetti Marinho

VICE-PRESIDENTEDibson Nasser

SECRETÁRIO GERALClécio Santos

DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PSDB EM NATAL

PRESIDENTERinaldo Claudino de Barros

VICE-PRESIDENTEDickson Ricardo Nasser

SECRETÁRIA GERAL Valéria Cristina Simonetti

Marinho da Silveira

EQUIPE TÉCNICA

Carlos Henrique Araújo (Coordenador)Soares Júnior

Jurema Dantas

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Danilo Sá Washington Dantas

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Índice

Um Projeto Coletivo para Natal e suas Famílias ____________________________________________________________10

Os Problemas de Natal, Segundo os Moradores ___________________________________________________________16

Novos Princípios para Transformar a Gestão de Natal ______________________________________________________ 24

Região Metropolitana __________________________________________________________________________________ 48

Melhores Serviços de Saúde Pública _____________________________________________________________________54

Natal Segura. Segurança Pública Municipal _______________________________________________________________64

Cidade Aprendiz - Cidade Educadora. Política Municipal de Educação________________________________________76

Esporte e Lazer. Cidade Saudável e Segura _______________________________________________________________96

Cidade Criativa ______________________________________________________________________________________102

Investimentos nas Pessoas e suas Famílias _____________________________________________________________110

Cidade Confortável e Agradável. Trânsito Civilizado e Transporte Público Eficiente ___________________________114

Meio Ambiente Saudável _____________________________________________________________________________126

Reforma Urbana e Legalização Fundiária ________________________________________________________________132

Saneamento Básico __________________________________________________________________________________140

Cidade Empreendedora _______________________________________________________________________________146

Revolução Gerencial __________________________________________________________________________________160

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O diagnóstico é geral e definitivo: a gestão de Natal é um desastre. A Prefeitura é reprovada em todas as áreas de atuação, nas quatro regiões da cidade, em todos os segmentos sociais. A atual administração revelou-se incapaz até para as tarefas mais corriqueiras, como a limpeza pública e a manutenção das ruas com operações tapa-buracos.

As finanças municipais estão em situação crítica, com déficit fiscal, dívidas com fornecedores, capacidade zero de investimento próprio. Há obras paralisadas nas quatro regiões, em flagrante desperdício de recursos. A Prefeitura não consegue firmar parcerias com outras esferas da administração pública, levando Natal a perder recursos, obras e investimentos. Poucas vezes se viu tal desastre administrativo.

É preciso, porém, não perder a perspectiva correta para avaliar a crise de gestão em Natal. Ela não começou agora; nos últimos dez anos, a população assistiu, de gestão em gestão, à degradação progressiva dos serviços públicos, especialmente a educação e a saúde, que se ressentem da falta de comando, de investimentos, de planejamento e de novas ideias. Os indicadores negativos em áreas estratégicas, como a educação, vêm de longe. A conclusão, portanto, é inevitável: o que já estava ruim ficou pior. A boa notícia que emerge do diagnóstico recolhido pelo PSDB junto à população é que

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

os natalenses querem virar essa página. Natal olha pra frente e quer se renovar. O desejo de transformação e o sentimento de mudança transparecem com força ainda maior que a decepção vivida nos últimos anos. A cidade quer o fim da inércia e da incompetência na gestão municipal. Quer serviços públicos de qualidade, desenvolvimento e paz. Quer novas ideias e práticas de gestão. Quer uma reviravolta na economia, com a expansão do turismo e a abertura de novos caminhos para a geração de trabalho e renda.

O PSDB está junto com os moradores nesse sonho coletivo de transformação, debatendo e apontando caminhos, sugerindo alternativas e, principalmente, botando a mão na massa para construir um novo projeto de cidade. Porque diagnosticar o problema e identificar soluções não basta; é preciso trabalhar, é preciso realizar, é preciso dar concretude às boas intenções. Esse Plano de Gestão 2013-2016 é a nossa contribuição para dar forma à Natal que está na boca do povo. Ela é mais do que uma cidade possível: é necessária. E é urgente, porque o futuro não espera, e estamos marcando passo há muito tempo.

Vamos juntos. Natal precisa de todos.

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O projeto Pensar Natal, que deu origem a este programa de governo, foi iniciativa conjunta do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e do Partido da Social Democracia Brasileira do Rio Grande do Norte (PSDB-RN), em parceria com o Instituto Teotônio Vilela.

O Pensar Natal teve como objetivo estratégico desenvolver uma proposta de modelo de gestão pública capaz de enfrentar os principais problemas da capital potiguar e contar com a ampla e efetiva participação dos cidadãos natalenses na feitura do programa, muitos representados por líderes nos diversos segmentos da cidade, outros consultados diretamente.

Após diversas reuniões, entrevistas e um longo processo metodológico de ausculta da população, foram identificados os problemas enfrentados, os anseios e os clamores da sociedade por um presente de melhor qualidade de vida e um futuro promissor para a cidade e suas famílias.

Desde o seu início, em maio de 2011, foram realizados quase 150 seminários temáticos nos diversos bairros de Natal, em todas as Zonas residenciais, consultando a população e líderes comunitários diretamente.

Em cada seminário, um tema específico era escolhido para o debate. Com isso, foram abordados os problemas relativos à saúde, educação, mobilidade urbana, segurança, emprego, turismo e esporte, entre outros.

Nesses eventos, o Pensar Natal também coletou opiniões e avaliações sobre a qualidade dos serviços públicos oferecidos pelo município e reivindicações e sugestões de propostas gerais para a resolução dos problemas.

Estima-se a participação de mais de 1.500 pessoas nos seminários realizados.

Os seminários Pensar Natal são as repostas do PSDB para esse desafio de refletir sobre os problemas

de hoje e também sobre o futuro para colocar Natal no prumo. Natal está sendo maltratada pela atual

gestão e sofreu no passado com gestões apenas medíocres. Sei que é possível reverter esse quadro

e a melhor forma de fazer isso é debatendo essas questões e propondo alternativas.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

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Paralelamente, o PSDB-RN desenvolveu nos bairros o programa Ruas de Cidadania, que ofereceu, uma vez por semana, serviços de lazer, serviços médicos como identificação de hipertensos e diabéticos, cultura, atividades esportivas, oficinas educativas e de mídias sociais, para os moradores dos bairros.

Ainda, concomitantemente, foram feitas mais de 60 entrevistas semi-estruturadas em profundidade junto a personalidades natalenses pelas quais se coletou, por meio dos depoimentos, uma vasta gama de ideias, soluções, críticas e apontamentos técnicos extremamente valiosos sobre a cidade, seus problemas e as possíveis soluções de futuro.

Muitos focaram suas ideias para a cidade a partir de suas vivências nas áreas específicas de atuação profissional. Foram coletados depoimentos de técnicos, professores, especialistas, políticos, empresários, líderes de trabalhadores, eclesiásticos, lideranças evangélicas, membros da sociedade civil, empreendedores, militantes de partidos e organizações da sociedade civil e outros.

Os seminários e as entrevistas realizadas ajudaram o PSDB-RN a compreender mais profundamente os problemas enfrentados pela população da cidade do Natal, identificando os anseios e suas dificuldades enfrentadas. Posteriormente, técnicos foram ouvidos para construir propostas de superação dos problemas apresentados pela população.

Com este trabalho, o partido espera apresentar projetos que atendam às inúmeras demandas da sociedade natalense.

Ainda, uma equipe do Pensar Natal, liderada pelo Deputado Rogério Marinho, Presidente do PSDB-RN, visitou inúmeros postos de saúde, hospitais, clínicas e dezenas de creches e escolas da rede pública municipal de Natal. A equipe percorreu toda a cidade, constatando e verificando in loco a qualidade dos serviços de limpeza pública, de coleta do lixo, os problemas de urbanização, do trânsito, do saneamento nos bairros da cidade e os esqueletos de inúmeras obras paralisadas por irregularidades e em função das incompetências de gestões sucessivas.

A consulta à população natalense foi complementada com duas grandes pesquisas de opinião sobre a qualidade dos serviços públicos municipais, do tipo qualitativa, com 24 grupos focais, e a aplicação de 2.500 entrevistas representativas estatisticamente das quatro zonas residenciais de Natal, com erro previsto de 3% e grau de confiança de 95%.

Com estes instrumentos de consulta e verificação foi possível traçar os rumos e as diretrizes de um verdadeiro compromisso com o cidadão e cidadã de Natal.

O PSDB-RN quer deixar sua marca na retomada de tempos melhores. Vencer a incompetência e o atraso que assolaram nos últimos 10 anos a cidade do Natal.

Vencer com ousadia, responsabilidade e visão de futuro a mediocridade administrativa reinante na cidade, que ceifa os sonhos e as esperanças do natalense.

Retomar as rédeas da gestão administrativa para recolocá-la no rumo correto e desejado pela população. Mãos à obra!

Administrar Natal não é difícil desde

que se tenha vontade de trabalhar,

autoridade para comandar e capacidade

de propor coisas que funcionem na prática

e não apenas na propaganda.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

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Este é um resumo-diagnóstico baseado em pesquisas de opinião, reuniões, seminários e conversas formais e informais com uma vasta gama de moradores espalhados por todas as zonas residenciais da cidade.

• Zona Oeste – Bairros de Bom Pastor, Cidade da Esperança, Cidade Nova, Dix-Sept Rosado, Felipe Camarão, Guarapes, Nossa Senhora de Nazaré, Nordeste, Planalto, Quintas;

• Zona Sul - Bairros da Candelária, Capim Macio, Lagoa Nova, Neópolis, Nova Descoberta, Pitimbu, Ponta Negra;

• Zona Norte - Bairros de Igapó, Lagoa Azul, Nossa Senhora da Apresentação, Pajuçara, Potengi, Redinha;

• Zona Leste - Bairros do Alecrim, Areia Preta, Barro Vermelho, Cidade Alta, Lagoa Seca, Mãe Luíza, Petrópolis, Praia do Meio, Ribeira, Rocas, Santos Reis e Tirol.

O documento procura retratar a opinião de pessoas jovens, adultas, idosas, funcionários públicos, trabalhadores do setor privado, autônomos, profissionais liberais, donas de casa, aposentados, estudantes, desempregados, empresários, pequenos empresários, líderes de comunidades, lideranças de trabalhadores, lideranças empresariais, pessoas de escolaridades diferentes, dentre uma variedade ampla de membros dos segmentos sociais da cidade do Natal.

Os principais problemas da cidade, segundo a opinião pública, foram pesquisados e mapeados. Grosso modo, podem ser descritos e apontados como se segue:

• A insegurança, com o agravamento da situação provocado pela proliferação das drogas ilícitas. Encontram-se nas regiões Sul e Leste as reclamações mais intensas sobre a segurança pública.

• As deficiências nas ações preventivas são apontadas como o segundo maior problema da Capital. As regiões Leste e Oeste abrigam os percentuais de maior reclamação.

• Como terceiro desafio, com menos intensidade que os demais, surgem os problemas relacionados ao setor educacional.

• Falta de calçamento, pavimentação e buracos nas ruas são o quarto maior problema enfrentado pela população, segundo os depoimentos.

• O transporte coletivo como um problema é apontado numa parte significativa das reclamações dos moradores de Natal.

• Por fim, a falta de limpeza das ruas, o déficit de saneamento básico e a situação do trânsito de Natal aparecem como problemas significativos, a serem resolvidos ou amenizados urgentemente.

Uma boa gestão para a cidade, segundo moradores, é o exercício de um Poder Executivo que cumpra a palavra empenhada; tenha mecanismos e conhecimento técnico dos principais problemas, bem como de suas soluções; que promova e defenda os interesses de desenvolvimento de Natal; e seja capaz de responder às principais demandas dos mais humildes.

Mas, o que sempre é ressaltado nas reuniões e entrevistas junto a cidadãos e cidadãs de Natal, é a falta de qualidade, presteza e velocidade no atendimento dado pelo poder público municipal.

Os moradores querem, de forma unânime, melhorias nos serviços públicos de saúde, educação, limpeza e coleta de lixo, transporte público, saneamento, urbanização e mobilidade, com a amenização dos engarrafamentos.

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Clama, também, por segurança pública, além de destacarem o papel auxiliar do poder público municipal em promover ações e programas capazes de colaborar na construção de um ambiente mais seguro para as pessoas.

Há inúmeros depoimentos dedicados a destrinchar o sofrimento da população com a má gestão dominante no poder público municipal. São abundantes os depoimentos que relatam e dissertam sobre problemas de toda ordem, tais como falências de serviços, má qualidade do atendimento médico, educacional e urbanístico.

Consideram que a cidade está mergulhada em um “verdadeiro caos administrativo”, com falência múltipla

dos principais serviços públicos municipais oferecidos à população. Sobre o futuro, a população consultada pelo Pensar Natal aguarda uma nova gestão capaz de dar rumo à cidade, cumprindo as suas obrigações institucionais com um mínimo de competência administrativa.

A seguir, enumeramos trechos de depoimento de cidadãos e cidadãs pertencentes a várias classes de renda sobre os problemas da cidade, a sensação coletiva de que Natal está sendo mal administrada e sobre a falência dos serviços públicos municipais.

“Só tem buraco na cidade! Vem da Zona Norte, é só o que se vê, buraco! Tem muito buraco. A gente não via tantos buracos na Zona Sul, por causa dos turistas, agora também tem buraco. Com o dinheiro que a Prefeitura gastou em propaganda já dava para ter asfaltado

as duas principais avenidas de Natal”. (Jovem de classe de renda A/B)

“Acho que a Prefeitura não sabe o que faz; em vez de tapar os buracos, tapou os retornos, não tem mais retorno. Tá difícil andar em Natal. Estacionar o carro está ficando impossível. Eu não concordo em tapar os retornos”.

(Jovem de classe de renda A/B)

“Ela (a prefeita), como é do PV, prometeu uma cidade modelo, só se for modelo de caos. Nem maquiar a cidade, as praças, ela faz. O mínimo que poderia fazer é honrar o Partido Verde; nem isso: a cidade está um lixo.

(Jovem de classe de renda A/B)

“Não vi nada, Natal está ficando embaixo d´água, gari sempre em greve, buraco para todos os lados, o trânsito impossível.” (Adulto de classe de renda A/B)

“Natal está esburacada, não aguenta uma chuva, falta educação e saúde, um caos. Tá cheio de buracos”. (Jovem de classe de renda C)

“Nova Descoberta está só o caos de buraco”. (Adulto de classe de renda C)

“As ruas estão cheias de buracos, se chover entra água nas casas, alaga tudo, tem que desentupir os bueiros. O saneamento vai todo para a praia, você vê o corredor de água suja. Tem praia que não tem como tomar banho, a água do hotel vai para praia.”

(Jovem de classe de renda D/E)

“No meu bairro é uma buraqueira total, os bueiros estão afundando, precisa de muitas coisas, a prefeitura não está chegando nos bairros, está o caos”. (Adulto de classe de renda D/E).

“Eu me decepcionei! Ela (prefeita) falava muito e nada, não fez nada. Todo ano, no mês de junho e julho, a rua da minha cunhada alaga, ela já foi várias vezes na Prefeitura e nunca consegue falar com a prefeita, as galerias todas entupidas em trinta minutos de chuva alaga

tudo”. (Adulto de classe de renda D/E).

“Postos de saúde sempre fechados. Tudo muito ruim. Fechou os postos de saúde, terceirizou tudo.” (Jovem de classe de renda A/B).

“Na Cidade da Esperança tem um posto que fechou durante uma obra que tem mais de um ano, não funciona; pronto-socorro não tem médico: ou vai para o Walfredo ou espera morrer em casa”. (Adulto de classe de renda C).

“Falta qualidade nos médicos, não sabem nem passar remédios, receitas, falta médicos também. O posto em Felipe Camarão não funciona. Não tem médico. Os medicamentos faltam nos postos, igual ao governo passado.” (Jovem de classe de renda D/E).

“Lá no meu bairro falta dentista, um posto está com a cadeira quebrada dois meses. E o imposto tem dois meses que aumentou. Também sempre faltam remédios”. (Adulto de classe de renda C).

“A Secretaria de Educação mudou três vezes, a da Saúde também. A má gestão expulsa todos os secretários, são exonerados,

trocados, foram mais de 50.” (Adulto de classe de renda C).

“Nada é bom, sei lá, acho que não sabem o que estão fazendo. Tudo piora, mas o IPTU triplicou”. (Jovem de classe de renda C).

“A Secretaria de Educação foi para o hotel Ladeira do Sol, muito caro. Sete vezes mais caro do que o anterior. O MP entrou com ação

contra ela de incapacidade de gestão. É uma péssima gestora, pegou um centro de atendimento para criança e colocou longe”. (Jovem de classe de renda C).

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“Esses contratos de imóveis alugados, isto tudo é verdade? Colocou secretaria lá perto da praia, a Semurb tem até piscina, tudo aluguel altíssimo”. (Adulto de classe de renda C)“

“Educação péssima! Teve greve no começo do ano. As crianças não têm mais é nada, nem professor, só muita droga na escola”. (Adulto de classe de renda C).

“O governo dela é péssimo, ela é péssima, o posto de saúde do meu bairro não tem uma médica que preste, a médica é doida, só fala da vida alheia. Não vejo nada de bom na Prefeitura, se faz alguma coisa, não mostra.”

(Jovem de classe de renda D/E).

“Fechou creches: a de Felipe Camarão, a de Mãe Luiza abriu agora, tem três turnos de aulas. Não fez a drenagem de ligar a casa ao cano.”

(Adulto de classe de renda D/E).

“Deveria limpar a cidade, os garis entrando em greve, demitindo o povo, esta semana saiu 50, não estão fazendo nada”. (Jovem de classe de renda C)

“Hoje, a cidade está abandonada, na prática nada é feito, a prefeitura não faz nada. Nos colégios só tem a merenda, mas estudar que é bom, nada. As crianças de cinco ou seis anos pedindo esmolas”.

(Adulto de classe de renda D/E)

“No meu bairro tinha quatro linhas e ela tirou duas, agora os ônibus ficam que nem lata de sardinha. Ninguém gosta disso, não”. (Adulto de classe de renda D/E)

“A Prefeitura aumentou os impostos, o IPTU, aumentou a arrecadação, tem dinheiro em caixa, mas não está tendo uma boa assessoria para resolver os problemas”.

(Jovem de classe de renda A/B).

Administração desastrosa, ela não estava preparada, é o caos, para onde você corre um desastre. A educação é péssima, nos postos de saúde não têm médicos, você vai para o hospital eles te mandam novamente para os postos. Hoje, não tem medicamento de graça, agora tem que ir às farmácias populares, é uma burocracia

conseguir o remédio, caos”.

(Adulto de classe de renda C)

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Não é de hoje que o cidadão natalense exige e clama por melhores serviços públicos municipais. Essas exigências são absolutamente legítimas e justas. Pagam impostos para que tenham acesso e sejam bem atendidos.

Qualidade nos serviços públicos

Nós queremos no final do Pensar Natal apresentar uma proposta

ouvindo desde já a população. Porque nós entendemos que o poder público

precisa representar o sentimento do povo.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

Boa escola, aquela que realmente ensina; atendimento médico digno, acolhedor e eficiente; moradia em um bairro seguro, livre das drogas, iluminado, com rede de esgoto e água potável para a família, lazer, ocupação para os jovens; locomoção em transporte público regular, pontual, rápido, seguro e confortável; trânsito ordenado, sem engarrafamentos, civilizado, são partes dos sonhos dos cidadãos de Natal. Nada mais justo!

Mas, todos querem ainda mais para suas famílias e para a Cidade. Não querem mais ver as oportunidades de desenvolvimento serem desperdiçadas e não aproveitadas pelo município. Querem mais empregos, querem novas estradas e novos caminhos a ser percorridos. Clamam por um futuro melhor, mais próspero, com paz e harmonia. Querem progresso! Crescer. Querem projetos, um rumo para a cidade.

Sem uma administração pública municipal competente e honesta no cumprimento de suas obrigações, muitos

desses sonhos serão frustrados no cotidiano duro da cidade, hoje, quase abandonada, sofrendo com a desorganização visível em todos os lugares.

Com uma administração voltada ao passado, perdulária, inchada, sofredora do descontrole fiscal e executivo, os sonhos dos natalenses por um ambiente acolhedor, próspero e de futuro se desfaz; o morador da cidade vê suas ruas cheias de lixos espalhados em canteiros que deveriam estar floridos e verdes, vê esgotos correndo pelas ruas, postos de saúde abandonados, escolas em constantes greves, vive em um ambiente inseguro, sofre com a falta de água potável, e habita em casas sem escritura pública, garantidora da propriedade e do valor do imóvel.

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A Prefeitura tem problemas com seus fornecedores.

Está inadimplente em relação à contrapartida de recursos federais.

Quase 70% da sua área não tem saneamento.

A área sem escritura chega a 80%. Nossas atrações turísticas estão envelhecendo.

Somos a pior capital em educação infantil. Nosso planejamento urbano,

do início do século 20, não foi observado por governantes anteriores.

Com isso, passamos pela situação esdrúxula de ter problemas

de cidade grande numa cidade de médio porte.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

A situação atual é de falência administrativa e estabelecimento de verdadeiro caos gerencial em todos os setores da administração pública municipal.

A despeito de tanta incompetência, a Prefeitura de Natal

é composta por 26 unidades administrativas entre secretarias, gabinetes e fundações, é possuidora de 862 cargos comissionados e 772 funções gratificadas.

É muita máquina governamental para pouco resultado.

Aproveitar as oportunidades de desenvolvimento

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Se não bastasse a incompetência ordinária atual, a cidade sofreu com sucessivas administrações especializadas em deixar escapar o desenvolvimento e em perder oportunidades de crescimento econômico e geração de empregos.

Hoje, as famílias natalenses não enxergam no horizonte as oportunidades desejadas de crescimento para os seus filhos.

Não podemos viver à mercê da vontade de administradores que não conseguem dar foco à administração.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

Os cidadãos e cidadãs natalenses padecem com administrações que têm verdadeira fobia ao planejamento bem feito, estratégico, que se antecipe aos problemas e os corrija em tempo útil para a população.

O que se vê claramente são sucessivas gestões sem planejamento, sem rumo a ser seguido, apenas, e quando muito, respondendo às demandas cotidianas e patinando para resolver os grandes problemas. Não respondem aos grandes desafios da cidade, tais como, desenvolver e potencializar de maneira efetiva o turismo, fazer com que Natal se desponte no horizonte turístico nacional e mundial. A marca nos últimos dez anos foi a da falta de investimentos e cumprimento mínimo das obrigações munícipes em oferecer um ambiente apropriado ao turista nacional e estrangeiro.

Até hoje, por exemplo, não foi empreendido um verdadeiro esforço em gerar novas ofertas turísticas; pouco foi feito

para desenvolver o turismo de negócios e de eventos, atrair grandes públicos para congressos, feiras e, assim, combater a sazonalidade do fluxo turístico típico de uma cidade praiana.

Perder oportunidades é como perder empregos e renda. São incontáveis os desperdícios de oportunidades gerados pela incompetência das sucessivas administrações da cidade.

Natal precisa de uma verdadeira revolução gerencial para garantir a implementação de decisões centrais ao desenvolvimento da cidade.

É urgente reverter o quadro de má gestão, sem liderança, sem rumo e sem valorização do servidor.

Não tenho dúvida que estabelecer a meritocracia na

administração pública é um passo extremamente importante

para fornecer um serviço de melhor qualidade

e transparência.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

É preciso ter liderança gerencial capaz de resolver os problemas da cidade e qualificar os serviços públicos, dos mais cotidianos e comuns, como recolher adequadamente

o lixo, até os mais complexos, como retirar a saúde pública municipal do caos.

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Transparência, democracia, respeito ao cidadão.

É preciso governar a cidade com transparência, democracia, respeito ao cidadão; trabalhar para construir uma cidade cada vez mais confortável ao seu morador e acolhedora dos que a visitam, onde o agente público municipal aja com responsabilidade por resultados efetivos.

Uma gestão eficiente, com valorização do mérito de seu funcionário.

Visando o desenvolvimento da cidade é necessário que uma nova gestão municipal reconquiste a credibilidade perdida e amplie, substancialmente, as parcerias público-privado e, desta forma, procure atrair empresas para investimentos na economia local, seja na construção civil, seja na cadeia produtiva do turismo, por exemplo.

Isto é, em todos os setores produtivos da cidade, a nova gestão de Natal deverá buscar fomentar os motores do desenvolvimento. É preciso dar respostas aos problemas e melhorar a qualidade de vida da população. Com estes objetivos, deverão ser firmadas parcerias entre o poder público municipal e empreendedores.

Uma nova gestão deverá estar focada em buscar recursos financeiros, públicos e privados, por meio da preparação técnica da gestão em captação de recursos federais e

Há que se ter como norte o desenvolvimento dos processos gerenciais e a inovação como instrumento de qualificação dos serviços prestados à população.Isto tudo garantindo a qualidade fiscal, orçamentária e o controle rigoroso e austero das despesas.

Não podemos mais ficar sob os efeitos de uma má administração

que foi obrigada a sacar recursos da previdência dos funcionários

públicos municipais para fazer frente ao pagamento de salários,

mostrando absoluta falta de controle.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

estaduais pela qualidade dos projetos e programas tocados na cidade.

As diretrizes políticas de relação da nova gestão clamada pela cidade são a integração relativa e a colaboração do município com os governos Estadual e Federal. São parcerias institucionais, republicanas e baseadas no mérito dos projetos apresentados pela Prefeitura no futuro próximo, ou seja, a máxima de uma relação institucional republicana e colaborativa.

Hoje, ainda, é necessário que uma gestão eficiente faça o uso intensivo de tecnologias da informação e comunicação para alcançar resultados concretos de melhoria dos serviços públicos e atue levando em conta a intersetorialidade na ação governamental necessária ao alcance da qualidade nos resultados das políticas públicas.

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É uma Prefeitura que trata apenas de administrar uma folha

de pagamento inchada, sem prestar os serviços básicos

que a população necessita.

Se não existe um diagnóstico e instrumentos para avaliar

o processo, é evidente que a administração fica às cegas.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

A nova gestão também tem a função de mobilizar a cidade para uma agenda estratégica capaz de mudar rumos efetivamente. A gestão precisa retomar, urgentemente, a presença de Natal em planos regionais, aproveitar as oportunidades surgidas e consolidadas com o estatuto da cidade. Precisa, ainda, revisar o seu plano diretor, seus planos setoriais, tais como o de mobilidade urbana,

transporte integrado e habitação. Ou seja, Natal precisa de uma gestão com foco em resultados, traduzindo a agenda estratégica em planos operacionais. Necessário se faz alinhar a máquina administrativa à uma agenda estratégica trabalhada com a participação efetiva do cidadão e cidadã natalenses.

A nova gestão por meio do uso intensivo de tecnologia da informação deve instaurar processos continuados de avaliação e prestação de contas à população.

Por fim, uma gestão que se preze dá especial atenção à realidade metropolitana da grande cidade, como é o caso de Natal. A cidade e sua nova gestão precisam liderar os municípios a formar câmaras temáticas para assuntos em comuns, que sejam vitais para o desenvolvimento da região.

É preciso aprimorar e fazer funcionar os consórcios intermunicipais e celebrar novos, os quais foram sendo deixados de lado. Em todas importantes áreas, tais como,

a de resíduos sólidos e saneamento, de saúde, de habitação, de meio ambiente - revitalização de bacias -, de mobilidade urbana e transporte, de sinalização indicativa, de logística de cargas, de integração do transporte, de vias de ligação é importante haver consórcios intermunicipais constituídos e em pleno funcionamento.

São inúmeros os desafios de integração e resolução de problemas conjuntos da região metropolitana de Natal que precisam ser enfrentados; até então, foram negligenciados e mesmo esquecidos completamente por falta de liderança da Capital.

Faxina nas Despesas

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Saber administrar é saber economizar os gastos desnecessários

e aplicar em prioridades reais, que façam parte dos anseios da população.

Economizar para crescer, combater o desperdício e a má aplicação

dos recursos, isso é administrar.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

Uma rápida análise econômico-financeira da Prefeitura Municipal do Natal - 2003/2011 nos mostra desequilíbrios que precisam ser sanados.

Pelos números disponibilizados na Internet, pela Secretaria de Planejamento e Finanças da Prefeitura Municipal do Natal, percebe-se, de imediato o crescimento substancial de todas as receitas correntes, sobretudo as receitas com origem tributária, em todos os seus segmentos.

Em contraste com o oferecimento de péssimos serviços públicos municipais, a receita do município do Natal, de 2003 a 2011, teve um incremento da ordem de 209,5%, saltando de R$ 426.407.467,52 em 2003 para R$ 1.319.754.834,23, em 2011. Portanto, houve um significativo aumento na arrecadação municipal e nas transferências externas, que são as resultantes de convênios, transferências federais e operações de crédito.

O que chama atenção, também, é que as despesas correntes, que em grande parte consiste no chamado custeio, também acompanhou esse ritmo de crescimento. Ou seja, a receita aumentou e as despesas também.

Em 2003, o total das despesas correntes foi de R$ 416.959.009,22 (números já consolidados pelo Tribunal

de Contas do Estado), já em 2011, as despesas chegaram ao surpreendente número de R$ 1.225.471.873,69, que em termos percentuais importam num crescimento de 193,9%, no período.

Sem dúvida, um número elevado em se considerando um intervalo de apenas oito anos, ele mostra que não houve contingenciamento das despesas correntes, para que assim fosse diminuído o custeio e aumentada a capacidade de investimento que, em 2011, foi de apenas 94 milhões de reais.

Outros números importantes: em 2003, a receita tributária com a arrecadação do IPTU era da ordem de R$ 18.001.941,26; em 2011, constata-se um significativo aumento, chegando ao patamar de R$ 51.273.351,46.

Da mesma forma com o ISS, que em 2003, teve o número consolidado em R$ 50.610.987,97 e, em 2001, chegou ao número exato de R$ 173.161.096,77. Em temos percentuais, tais arrecadações cresceram, respectivamente, 184,8% e 242,1%.

Interessante é analisar que o custeio da Saúde, da Educação, da Assistência Social, e do Desporto e Lazer, por exemplo, aumentaram, proporcionalmente

ao aumento das despesas correntes, sem, no entanto, serem constatados investimentos significativos nas áreas. Então, houve aumento no custeio, sim, mas em rubricas como pessoal, que não produzem efeitos de ampliação e melhoria no sistema de atendimento à população e apenas sobrecarregam a estrutura pública posta à disposição.

No item Urbanismo, de 2003 a 2011, a despesa aumentou, respectivamente, R$ 94.416.385,41 para R$ 214.199.293,98, em termos percentuais, um incremento de 126,9% em oito anos.

Hoje, cerca de R$ 94.000.000,00 é o que sobra para investimento - excluídas às despesas (custeio) - em todas as áreas da municipalidade, exatamente o que se gastava só com o Item Urbanismo em 2003.

De pronto, resta evidenciado que a capacidade de investimento do município, com base em números de 2011, é de menos de 6%, não se fazendo distinção entre as receitas, se tributárias ou transferências externas. O que, em se tratando de uma Capital de médio porte, é um dado preocupante e que requer medidas urgentes.

O município de Natal investe pouco e, investe pouco por que gasta errado. Tem gastado errado ao longo dos anos, principalmente, no período observado entre 2003 e 2011, quando houve aumento das despesas (custeio), sem que fosse aproveitado o aumento da arrecadação e, a consequente, majoração das receitas.

A situação tende a se tornar limite. O PSDB-RN tem a consciência de que será preciso aplicar uma espécie de Faxina nas Despesas, isto é, uma profunda ação de reorganização das finanças e do planejamento municipal - resguardados os repasses legais e constitucionais - para que a administração volte a investir ou, ao menos, tenha capacidade de planejar o futuro.

Inicialmente, serão medidas que demandarão muito vigor, entretanto, que surtirão o efeito desejado sobre a execução orçamentária do município, de forma que a cidade possa retomar sua capacidade de investir e inovar, com lastro para contrapartidas de investimentos federais e estaduais e, ainda, equilibrar para o futuro o seu caixa.

Não é inteligível ao homem comum a completa ausência das ações municipais em seu próprio território. No lugar que ele recolhe impostos, tem sua atividade e cria seus filhos. Assistimos, hoje, estarrecidos, aos últimos suspiros de uma máquina pesada e ineficiente. Incapaz de suprir as mais elementares necessidades dos cidadãos.

Portanto, o que chamamos de Faxina nas Despesas é a proposta do Pensar Natal para garantir o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis, eliminando o chamado custeio ruim e assegurando a possibilidade do município se reordenar em modernas práticas de gestão pública, sem as quais, ficaremos na vanguarda do atraso com relação às demais capitais nordestinas e brasileiras.

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Acabar com a insegurança jurídica

Nós temos um ambiente de insegurança jurídica que afasta

empreendedores e faz com que Natal perca investimentos privados, que poderiam

propiciar geração de emprego e renda para muitos natalenses.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

É fácil constatar que as administrações dos últimos 10 anos em Natal pecaram pela falta de por em prática um planejamento público, claro e objetivo, para motivar investidores a empreender na cidade. Pelo contrário, há a criação de um ambiente de insegurança jurídica, que afasta o investidor para outras cidades.

Evidentemente que a lei existe e tem que ser cumprida por todos, não pode ser objeto de conveniência pessoal ou poder midiático do governante de ocasião, que por uma circunstância política de momento, entende que é melhor passar por cima da legislação para ficar bem com a opinião pública. O PSDB-RN tem consciência de que governar não é fazer teatro, mas, sim, cumprir a lei e respeitar o que diz a Constituição Federal e local.

Esses desserviços à população precisam não ser repetidos no futuro. A administração não pode iniciar uma obra sem planejamento e deixá-la inacabada para a população. Eis alguns exemplos muito negativos da história administrativa recente da Capital:

A reforma do Machadão sempre foi considerada uma obra supostamente superfaturada, o investimento foi da ordem de 16 milhões de reais. Anos depois o estádio foi demolido para dar passagem às obras da copa do mundo

a ser realizada no Brasil. O investimento da população virou pó. Hoje, o Machadão faz parte da sub-base do futuro estacionamento da Arena das Dunas.

O Parque da Cidade é outro exemplo de total incompetência no investimento. Primeiro, se construiu o parque em uma área privada sem desapropriação e sem passar a documentação à Prefeitura da cidade que por sua vez não pode fazer a legalização fundiária da área. A obra já foi inaugurada duas vezes e até hoje o Parque não funciona adequadamente porque as obras não foram concluídas.

Exemplo contundente de incompetência é a drenagem de Capim Macio, com obras iniciadas em administração passada. Os trabalhos estão parados, e o sistema de drenagem de Capim Macio está se deteriorando. Atualmente, 70% do projeto foram construídos. A morosidade do Poder Público fez com que o Ministério Público do Rio Grande do Norte e a Procuradoria Geral da República pedissem judicialmente um bloqueio de R$ 7,25 milhões da conta única do Município para garantir a conclusão das obras. A última medição foi feita em junho de 2011, por parte da CEF, instituição responsável por sua fiscalização e repasse dos recursos para a sua execução. A Prefeitura explicou que as obras foram suspensas durante o ano de 2011 por causa das restrições do

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Município junto ao Cadastro Único de Convênio (CAUC) que bloqueavam o repasse de empréstimos e convênios com Governo Federal e CEF. Hoje é obra inacabada, abandonada e em acelerada degradação.

Mais um exemplo de incompetência é a Drenagem de Nossa Senhora da Apresentação. As obras de drenagem e pavimentação do bairro Nossa Senhora da Apresentação, na zona Norte de Natal, foram orçadas em R$ 26 milhões. Quando concluídas, beneficiarão mais de 100 mil moradores de cinco loteamentos, como Vale Dourado, Jardim Primavera, Aliança, Jardim Progresso e parte do Parque dos Coqueiros. Entretanto, a obra está paralisada, desde o ano de 2011, devido a problemas da Prefeitura com o CAUC. Para concluir a intervenção, o Município ainda irá gastar R$ 500 mil.

A lista de incompetências, geração de problemas jurídicos e desperdício de recursos não tem fim. Outro exemplo é o Canal do Paço da Pátria. A população do Paço da Pátria, comunidade ribeirinha localizada na Zona Leste de Natal, sofre, todos os anos, com os alagamentos do canal que corta a comunidade e desemboca no rio Potengi. Em agosto de 2010, a Prefeitura assinou ordem de serviço para a retomada das obras, prevendo investimentos de R$ 2.847.362,57. Houve dispensa de licitação para a contratação da empreiteira. O serviço foi iniciado, mas, devido a novos alagamentos, foi interrompido, ainda, serão necessários pouco mais de R$ 2 milhões para completar as obras que se encontram abandonadas.

Nem os mortos ficam livres da incompetência das sucessivas administrações de Natal. A cidade possui oito cemitérios públicos, onde existem cerca de 23.850 túmulos. Hoje, não há nenhum espaço disponível para que novas sepulturas sejam abertas. Uma solução para o problema foi a construção de um Cemitério do Planalto, obra iniciada em 2007 e nunca finalizada. A degradação do canteiro de obras é total. Simplesmente a construção foi abandonada e, hoje, serve de abrigo para marginais e ponto de consumo de drogas. Empreendimento aguarda a aprovação das licenças ambientais e projeto de execução pela Prefeitura. O projeto prevê criação de 2.791 túmulos em 128 mil metros quadrados e a Prefeitura ainda necessitaria de R$ 6 milhões para concluir o cemitério.

Por fim, como mais um exemplo de incompetência, falta de planejamento e o desperdício de recursos tem-se o Mercado das Rocas. A construção foi iniciada ainda em 2007 e dois anos depois estava completamente parada. Projetado para ser um “mercado modelo”, pouco mais de 30% da obra está concluída. Após mais de três anos da data prevista para conclusão, o prédio encontra-se inacabado e abandonado. placa anuncia: “Reforma e Ampliação do Mercado Modelo das Rocas. Valor: R$ 1.570.930,00. Construtora: ECN - Empresa de Construção Natal LTDA. Ministério do Turismo”. Não há previsão de retomada das obras. As estimativas são de que a Prefeitura necessitaria de mais R$ 2 milhões de reias para finalizar mais essa novela sem fim.

A futura gestão da cidade precisará recuperar um ambiente de segurança jurídica que atraia empreendedores. Natal precisa de novos investimentos privados para gerar empregos e renda para os natalenses.

Nos últimos 10 anos, o natalense conviveu com inúmeros casos de obras inacabadas e abandonadas, elaborada sem planejamento e contra os condicionantes ambientais e legais. Muitas obras foram até inauguradas várias vezes apenas por pura conveniência política. Esse tempo precisa findar.

Compromisso do PSDB-RN com o cidadão e a cidadã de Natal

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É evidente que a Prefeitura tem dificuldade em oferecer recursos

para os investimentos que precisam ser colocados em nossa cidade em função do alto

custo da máquina pública. No passado, a administração anterior foi medíocre e não

conseguiu atender aos graves problemas da cidade. A atual tem como marcas o

descaso, o descompromisso e a falta de vontade gerencial e política no trato correto

com a coisa pública.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

A nova administração, tão necessária à cidade, será baseada em resultados, avaliada em sua eficiência e eficácia de atendimento das demandas dos moradores de Natal, com foco em alcançar qualidade nos serviços públicos e em criar as condições para o desenvolvimento da cidade, multiplicando as oportunidades aos indivíduos e às famílias.

Será uma gestão transparente e participativa. Ouvirá as pessoas e garantirá o amplo acesso do cidadão e cidadã às informações necessárias, às orçamentárias, às financeiras e sobre os resultados das políticas públicas, tais como a qualidade da educação e do atendimento no setor da saúde.

Serão estabelecidas metas mobilizadoras por área ou setor, por exemplo, na qualidade de vida com a melhoria do posicionamento do IDH - Municipal de

Natal, no ensino público municipal com a melhoria dos indicadores de fluxo-escolar e proficiência auferida na Prova Brasil do MEC, no número e qualidade dos atendimentos no sistema de saúde pública municipal, na melhoria da saúde pública retratada nos indicadores de saúde da população, estabelecimento de metas claras para a urbanização da cidade, aumentar a cobertura de saneamento, dentre outras.

O Partido da Social Democracia Brasileira do Rio Grande do Norte entende a responsabilidade que tem pela frente e os desafios a serem vencidos para o estabelecimento de novos patamares de gestão pública em Natal. Para tanto, tomará medidas concretas para fazer valer uma verdadeira reforma da gestão, da administração pública municipal.

Lutará para constituir um governo municipal para o cidadão e cidadã: com capacitação, resultados,

atendimento de qualidade, garantia dos processos democráticos de ouvir e consultar as pessoas, com gestão profissional e planejamento definidos os rumos adequados para o futuro de Natal.

O PSDB-RN compreende sua responsabilidade e papel histórico a ser cumprido. Preparou-se com afinco para enfrentar o grande empreendimento que é devolver o rumo administrativo à cidade e garantir as condições sociais e materiais de um futuro melhor às famílias natalenses.

As diretrizes assumidas e compromissadas, de forma resumida, podem ser descritas como se seguem. São compromissos do PSDB-RN com o cidadão e cidadã da Capital:

Diretrizes de Gestão, Planejamento e Execução:

I. Implantar um modelo de gestão pública por resultados e aferição de impactos, com o foco de atuação na qualidade dos serviços públicos - eficiência e eficácia;

II. Trabalhar sempre a partir de um planejamento estratégico e planos setoriais;

III. Garantir um ambiente com segurança jurídica clara que atraia investidores e empreendedores para Natal, garantindo a geração de empregos e renda;

IV. Valorização dos servidores concursados e implantação, após o primeiro ano, do SGD - Sistema de Gerenciamento de Desempenho - como forma de valorizar os servidores e começar a implantar o regime da meritocracia;

V. Criação de um Comitê Gestor de Governança - chefiado pelo Prefeito - para acompanhamento mensal do caixa municipal e seus desdobramentos na LOA e no Plano Plurianual;

VI. Atenção voltada ao investimento público em infraestrutura material e investimento em qualificação de pessoas para o desenvolvimento da cidade;

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VII. Valorização, formação e incentivo ao mérito do servidor público municipal - reconhecimento do desempenho individual e alcance de resultados;

VIII. Monitoramento e avaliação permanente do alcance de metas por setor da administração municipal;

IX. Desenvolver o governo eletrônico com a disponibilização de dados e informações aos cidadãos - transparência e participação;

X. Reestruturação completa dos procedimentos de compras da Prefeitura, ampliar o uso da modalidade de licitação de Pregão Eletrônico;

XI. Implantar um austero plano de corte de despesas e controle dos gastos públicos, eliminando os desperdícios - Faxina nos Gastos;

XII. Alcançar equilíbrio das contas públicas e aumentar a receita própria da Prefeitura combatendo a sonegação e aplicando a Faxina nos Gastos;

XIII. Reconquistar a credibilidade da Prefeitura junto aos fornecedores, com a institucionalização de uma relação clara, ética e voltada aos interesses públicos;

XIV. Elaborar bons e criativos projetos e programas para resolver problemas e incentivar a economia da cidade, além de captar recursos públicos e privados para execução dos mesmos;

XV. Atrair grandes investimentos privados por meio de parcerias em benefício da cidade;

XVI. Instituir uma relação republicana e colaborativa com os outros Entes da Federação.

São diretrizes a serem tomadas para fazer valer uma verdadeira revolução na forma de governar Natal. Na prática, se estará construindo os instrumentos para evitar graves problemas pelos quais a cidade sofreu e ainda sofre, tais como os desperdícios gerados com toneladas de medicamentos comprados fora do prazo de validade e jogados literalmente no lixo, existência de inúmeras obras inacabadas, mal planejadas e executadas de forma incompetente e incompleta, descontrole das contas públicas e a adoção de medidas pouco ortodoxas para sanar o descontrole como saques na previdência dos funcionários.

São medidas de gestão que irão ser implementadas para evitar tamanhos descalabros na gestão pública municipal.

O PSDB-RN quer contribuir e implementar estruturas capazes de resolução dos graves problemas estruturais, como a falta de regularização fundiária, o péssimo ensino municipal, o pior entre todas as capitais brasileiras, e caos das obras urbanas.

Natal quer, deseja e precisa de uma administração que seja capaz de adotar uma nova forma de atuar na administração pública municipal.

De atuar em favor do povo da cidade.

Precisamos diminuir o número de secretarias de forma radical

em até 30% e diminuir os cargos comissionados para que sobre recursos para

investir no que realmente interessa para a população, se isso não acontecer,

estaremos fadados a administrar folha de pagamento e endividamento do

município e pouco poderá ser feito para as urgentes necessidades

que a cidade tem.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

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TRANSFORMAR

NATALSERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE,

DESENVOLVIMENTO E PAZ

PLANO DE GESTÃO 2013-2016

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Não se pode esquecer que as realidades social e econômica de Natal são fortemente influenciadas por seu entorno, por sua região metropolitana. Infelizmente, não é prática comum na administração municipal levar em conta este fator tão importante, que é a região metropolitana.

Na realidade, muitas pessoas vêm trabalhar em Natal e buscar os já disputados e pressionados serviços que a cidade oferece, tais como os serviços de saúde pública e educação. Neste sentido, é fundamental ao poder público municipal, em todas as suas projeções, investimentos e políticas, incluir preocupação especial com a região metropolitana.

Hoje, a grande Natal é formada por dez municípios, incluindo a Capital. Ceará-mirim, Extremoz, Macaíba, Monte Alegre, Nísia Floresta, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu, Vera Cruz e Natal, juntos, possuem 1 milhão e 323 mil habitantes. Natal é a maior cidade da região metropolitana, com mais de 800 mil habitantes, além de possuir a melhor infraestrutura urbana da região.

Exerce uma liderança natural que foi deixada de lado pelas últimas administrações.

Claro, se os problemas são comuns e interdependentes, devem ser resolvidos ou amenizados também de forma conjunta e interdependente. É uma construção política a ser feita e muito negligenciada, não só em Natal pelos sucessivos governos, mas em quase todo o País.

As diferenças são enormes entre os municípios da região metropolitana, seja nas condições de vida, seja com as carências de serviços urbanos, tais como o abastecimento de água, esgotamento sanitário, iluminação pública, calçamento e pavimentação.

Natal retomará a liderança na região e aplicará os instrumentos legais e institucionais para tentar resolver em conjunto os enormes desafios de desenvolvimento harmônico da região, condição indispensável para o crescimento dos municípios de forma independente e colaborativa.

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• Mapear e examinar os grandes problemas em comum enfrentados pela população destas cidades que compoem a região metropolitana de Natal;

• Liderar os municípios a formar câmaras temáticas para assuntos em comum, que sejam vitais para o desenvolvimento da região;

• Ajudar na busca por autonomia destas cidades em seus serviços básicos e mesmo em seu desenvolvimento econômico, geração de empregos locais, serviços de saúde e educação autônomos da cidade líder, Natal;

• Construir relações políticas baseadas no constante diálogo e compreensão dos problemas comuns. Enfrentar os desafios de integração e resolução de problemas conjuntos da região metropolitana de Natal;

• Retomar a construção política envolvendo as Prefeituras das cidades da região metropolitana e desenvolver políticas estaduais e federais, além de fortalecer a aplicação de instrumentos legais e institucionais para a resolução dos problemas conjuntos;

• Propor formas, no curto e médio prazo, de arranjos supramunicipais e arranjos intermunicipais;

• Retomar, criar, aprimorar e fazer funcionar os consórcios intermunicipais e celebrar novos, os quais foram sendo deixados de lado. Em todas importantes áreas, nos quatro próximos anos, tais como resíduos sólidos e saneamento, saúde, habitação, meio ambiente - revitalização de bacias -, mobilidade urbana e transporte, sinalização indicativa, logística de cargas, integração do transporte e vias de ligação, haverão consórcios intermunicipais constituídos e em pleno funcionamento.

O que fazer

01.

02.

03.

04.

05.

06.

07.

Natal tem a imensa responsabilidade política de liderar um

movimento de fortalecimento da região metropolitana. É preciso haver

disposição política de colocar os problemas na mesa de forma franca e aberta,

enfrentá-los em conjunto, unindo forças para superar as contradições, claro,

sempre respeitando a autonomia administrativa de cada um dos municípios

que compõe a região metropolitana.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

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A saúde pública brasileira deixa muito a desejar. Segundo pesquisa do IBOPE, feita em parceria com a CNI, em janeiro de 2012, 61% dos entrevistados consideraram o serviço público de saúde em geral ruim ou péssimo, 54% avaliaram como ruim ou péssimo o serviço público de saúde em sua cidade e mais de 85% dos brasileiros entrevistados não perceberam avanços significativos no sistema público do país nos últimos três anos.

Dos brasileiros entrevistados, 68% têm a rede pública como único ou principal fornecedor de serviços de saúde e 61% utilizaram algum serviço de saúde nos últimos 12 meses que antecederam a pesquisa. Interessante notar que 79% dos que utilizaram serviço de saúde, foram de serviços ambulatoriais.

A pesquisa ainda revela que 55% dos entrevistados consideram a demora no atendimento como o principal problema da saúde, 57% consideram a falta de médicos como problema muito grave. Menos de 4% dos entrevistados acham que é preciso aumentar impostos para atender bem a saúde e 82% acham que os recursos adicionais

para a saúde podem ser conseguidos se o governo acabar com a corrupção no setor.

A saúde pública, portanto, é percebida pela população como um problema em todo país. E o pior, no Brasil cada vez mais tem sido a população quem arca com a maior parte dos gastos com saúde: 58% vêm das famílias e 42% do setor público. Na média mundial, a relação é de 30% e 70%, respectivamente, conforme aponta a CNBB.

A falta de qualidade no atendimento à população é cada vez mais visível. Faltam profissionais de saúde para atender uma demanda crescente, faltam médicos, em especializações importantes no atendimento.

Em Natal, a população, segundo as pesquisas de avaliação dos serviços públicos municipais, reclama intensamente dos serviços de saúde. Hoje, para os natalenses, precisar de atendimento médico é quase um pesadelo. Filas para marcar consultas, espera longa por atendimento, falta de médicos e outros profissionais de saúde, falta

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de medicamentos, de leitos e postos de saúde com atendimento precário e desumano são fatos rotineiros em Natal.

Há uma verdadeira falência na atenção básica na cidade. Nos postos de saúde e na distribuição de medicamentos prevalece anarquia e descontrole. As equipes da saúde da família estão incompletas e a cobertura é pouco significativa.

A Prefeitura não consegue atender a demanda por exames de média complexidade. Só em ultrassonografia há uma demanda reprimida de 32 mil exames. Com a falta de manutenção de aparelhos a situação só se agrava. Atesta-se a falta de especialistas e leitos, por exemplo, na policlínica da Zona Norte. Ainda, não é novidade para ninguém, a falta de uma gestão eficiente e a fiscalização dos serviços.

Não há uma política municipal de saúde consistente na atenção a saúde do idoso. Não se promove formação para os profissionais de saúde na área da saúde da pessoa idosa. O descaso é o que caracteriza a ação da Prefeitura.

A Prefeitura peca, também, no controle do câncer de colo de útero e da mama, pois não amplia adequadamente a oferta dos exames preventivos. É baixa a razão entre exames citopatológicos do colo do útero na faixa etária de 25 a 59 anos. O mesmo acontece com a oferta de mamografia. A Prefeitura não consegue fazer sua parte na promoção da saúde da mulher.

Ademais, a população não tem, em Natal, acesso a um pré-natal adequado à saúde materna e do bebê. A proporção de óbitos de mulheres em idade fértil e maternos é permanentemente alta. Não são assegurados os cuidados necessários no acompanhamento das gestantes e no pré-natal, no qual sejam fornecidas as consultas médicas e de enfermagem, disponibilizado acesso aos exames de apoio diagnóstico e tenha o tratamento adequado.

Nos últimos anos, os indicadores de dengue são extremamente preocupantes, mas, mesmo assim, não são tomadas as providências necessárias para que as ações de prevenção e controle de casos tenham sucesso. O controle de focos com a eliminação de criadouros, pesquisa larvária, borrifações não avança e o índice de infestação predial em Natal é de 1%, considerado estado de alerta para a dengue.

Sem um investimento substancial e bem gerido em ações de vigilância epidemiológica, pode-se perder o controle tanto das doenças transmissíveis como das não transmissíveis em Natal.

Ainda, percebe-se pelos dados disponibilizados que não há controle suficiente dos casos de hanseníase e tuberculose. Há aumentos preocupantes, aliás, uma tendência em todo o País. Contribui para o agravamento da situação a baixa e precária cobertura de Atenção Básica dada pela estratégia do Programa Saúde da Família.

Há sérias dificuldades no fortalecimento da atenção básica, tais como: ampliar a cobertura populacional da atenção básica por meio da estratégia saúde da família, ampliar o acesso à consulta pré-natal e reduzir a internação hospitalar por diabetes mellitus.

Infelizmente, o que se constata ao diagnosticar o setor de saúde pública municipal de Natal é que se instaurou o caos no controle na Atenção Básica, nas unidades de atendimento do nível primário de cuidados, na assistência farmacêutica ininterrupta, na atenção especializada garantida, no apoio laboratorial e no acesso aos serviços de urgência.

O setor padece de má gestão, falta de controle de gastos, anarquia funcional, falta de rumo claro e de investimentos em recursos humanos e infraestrutura de saúde pública.

A futura gestão no setor de saúde deve primar pela valorização do profissional, não apenas salarial, mas, também, das boas condições de trabalho. O médico, por exemplo, hoje exige ter uma boa condição de infraestrutura para poder exercer sua função; à Prefeitura cabe o dever de sempre manter o diálogo com as categorias do setor, motivá-las e cobrar o empenho profissional de forma inteligente e republicana.

A seguir, listamos medidas necessárias para iniciar e consolidar a transformação nos serviços municipais de saúde tão almejados pela população de Natal.

Pacto por uma Cidade Saudável: projetos, programas, medidas e ações

• Promover a realização em tempo curto de um profundo diagnóstico nos diferentes níveis de atenção (básica, especializada ambulatorial e hospitalar e de urgência e emergência), verificando o estado da infraestrutura de saúde e se os serviços ofertados têm capacidade de dar as melhores respostas aos problemas de saúde da população;

• Elaborar e implementar um projeto primário para consertar, reformar e complementar as instalações de suas unidades de saúde, com a meta de alcançar um padrão único a todos os postos de saúde e unidades de saúde da Prefeitura;

• Promover a realização em tempo curto de um profundo diagnóstico das despesas e custos com os serviços pagos na rede de saúde, verificando todas, as permanentes e temporárias para implantar um plano de corte de desperdícios, redução de custeio e aumento de investimentos para o setor de saúde;

• Reavaliar e fortalecer os postos de saúde de bairros, com equipe de atenção básica. Equalizar os problemas, revitalizar e ampliar o atendimento do PSF a 100% da demanda prevista;

• Ampliar as parcerias da Prefeitura com a UFRN, UERN e outras universidades para estágios nas profissões de saúde, serviços, pesquisas, sempre em uma gestão coparticipativa de projetos e recursos;

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• Utilizar as parcerias firmadas pela Prefeitura com a UFRN, UERN e universidadespara a qualificação de gestores da saúde, em todas as atividades do setor;

• Profissionalizar a gestão do setor e implantar um sistema de metas e objetivos a serem cumpridos por unidade de saúde da Prefeitura;

• Criar um plano de incentivo ao mérito profissional, premiando os bons resultados coletivos e individuais no atendimento da saúde e correção de rumos para o alcance de metas;

• Implantar um programa de atração de profissionais para as Unidades de Urgência e Emergência, com gratificações, benefícios indiretos e melhoria das condições de trabalho;

• Informatizar todo o atendimento à população e o funcionamento das unidades de saúde da Prefeitura, em um sistema integrado, que dê velocidade aos procedimentos, diminua as esperas por consultas, dentre outras demandas. Consideramos como um ponto crucial e decisivo para a melhoria do sistema de saúde municipal;

• Informatizar e profissionalizar o armazenamento e distribuição de remédios para a população, melhorando o trabalho na ponta. Regularizar, qualificar e ampliar o convênio com a universidade no setor;

• Adotar um programa especial à atenção à saúde dos doentes crônicos, evitando a procura de hospitais e emergência por falta de cuidados especiais que evitariam a demanda;

• Implementar um programa especial de atenção à saúde da mulher, à saúde do idoso e à saúde da criança, integrando ações e otimizando custos, elevando os padrões de saúde e evitando a superlotação em hospitais e prontos socorros;

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• Conveniar com o futuro Hospital Trauma-ortopedia da Polícia Militar para o atendimento à população;

• Construir duas Centrais de Diagnóstico na cidade, uma na Zona Norte e outra na Zona Leste, com clinicas de exames (endoscopia, Raio X, esteira ergonométrica, Tomografia, Ultrassonografia, dentre outros);

• Construir, equipar e fazer funcionar uma Unidade Materno Infantil na Zona Norte da Cidade;

• Implementar consórcio intermunicipal de saúde como forma de racionalizar e ajudar a equacionar o atendimento de pacientes da região metropolitana de Natal;

• Incentivar e ampliar as UPAs e as policlínicas, sempre procurando a disponibilização de serviços médicos de qualidade ligados à rede ambulatorial.

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Projeto Saúde na Escola

• Implementar um amplo projeto de Saúde na Escola que consistirá no primeiro atendimento a todas as escolas públicas da rede municipal de ensino por uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, especializados em visão, fonoaudiologia, dislexia, déficit de atenção e odontologia;

• Estima-se que 15% dos 55 mil alunos apresentem algum problema de visão, fala ou audição;

• Profissionais aplicarão os primeiros testes para selecionar os que necessitam de atendimento mais especializado. A meta é atender, nas duas primeiras semanas de aula, cada escola da rede municipal de ensino, realizando consultas médicas, odontológicas, oftalmológicas, de fonoaudiologia, atendimento psicossocial e de diagnósticos de síndromes, para encaminhar tratamentos, receitas de óculos e outros;

• O projeto se iniciará no atendimento às escolas com os piores desempenhos e indicadores de qualidade;

• Muitas crianças e jovens apresentam problemas de saúde que não são identificados e tratados. Estes problemas afetam diretamente a vida escolar, por vezes se constituindo em fator de insucesso escolar;

• O Saúde na Escola poderá, ao se consolidar, encaminhar crianças e jovens para tratamento adequado dos casos, evitar complicações e influir em uma elevação da qualidade de educação de Natal;

• Para o atendimento serão constituídos dois ônibus-consultório, aparelhados, que farão o atendimento às escolas e, posteriormente, serão utilizados nas comunidades.

Durante o Pensar Natal tivemos a oportunidade de

percorrer nossa cidade e entrar nos postos de saúde de diferentes

bairros. Conversamos com funcionários e usuários e verificamos

que a rede ambulatorial de saúde mais distante do centro está

completamente desestruturada. Assistimos a superlotação

do Hospital dos Pescadores, Walfredo Gurgel e Maria Alice

justamente em função da falta de postos de saúde funcionando

adequadamente nos bairros.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

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A prefeitura deve fazer com que áreas em que há maior

incidência de crimes sejam amplamente iluminadas e filmadas com câmeras

que possam ser monitoradas pela guarda municipal, que, por sua vez, deve realizar

um trabalho integrado com a Polícia Militar e Civil de Natal.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

A pergunta central para o poder público municipal sobre segurança pública é como ele pode atuar para ajudar na construção de um ambiente municipal seguro.

No setor de segurança, nas duas últimas décadas, está ocorrendo uma verdadeira mudança na atuação geral dos governos no combate a violência. Constatam-se grandes aumentos nas iniciativas comunitárias de autodefesa, na expansão das atividades da indústria da segurança e uma maior participação do governo Federal e dos municípios no tema da segurança pública. Está havendo um reconhecimento de que o poder público estadual não pode sozinho atender a todas as necessidades de segurança pública demandada pela sociedade. Mas, até hoje, cabe ao governo municipal diminuta parcela desta responsabilidade.

Porém, impactos de medidas municipais na segurança pública podem muito bem ser aproveitados. Hoje, em paralelo, houve diversos municípios que criaram novas guardas municipais, com funções que extrapolam na prática a proteção do patrimônio da cidade.

Elaboram-se Planos Municipais de Direitos Humanos e Segurança Pública e surgem Secretarias Municipais de Segurança.

Diversas pesquisas de opinião pública, nacionais e locais, revelaram que a criminalidade é uma das maiores preocupações dos habitantes de uma cidade, não é diferente em Natal. A Prefeitura tem que responder a essa demanda fazendo com competência a sua parte.

É preciso elaborar um plano municipal de prevenção ao crime, baseado em diagnóstico preciso, que determinem quais são os fatores de risco e os recursos disponíveis, tanto humanos, como materiais.

O agravamento da violência urbana no Brasil deve-se a uma multiplicidade de fatores, tais como a qualidade do acolhimento familiar, comunitário e escolar, a falta de integração social dos mais jovens, a ausência de serviços públicos em ambientes pauperizados e tomados por grupos de criminosos e a constituição, nas periferias, do tráfico de armas e drogas, bem como o recrutamento de jovens

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e o desdobramento do tráfico em uma variedade de práticas criminais.

Então, a Prefeitura tem um papel central na construção de um ambiente social de paz, programando ações que tenham impactos diretos na formação dos mais jovens e na urbanização de áreas degradadas.

Além disso, parece lógico ter uma política municipal de combate às drogas e recuperação de drogados para incidir de maneira mais efetiva na construção de um ambiente municipal saudável.

Algumas práticas municipais de segurança são catalogadas, pela literatura pertinente, como bem sucedidas na prevenção ao crime. Duas, em particular, chamam a atenção pela eficiência no combate ao crime: a primeira, investimento no disque denúncias, para fazer

crescer consideravelmente as denúncias, matéria prima da ação policial; a segunda, é a implementação de Leis que coíbem o uso indiscriminado e a qualquer hora de álcool. Os dados revelam que quando há leis secas, adequadamente implementadas, há diminuição signicativa na quantidade de homicídios passionais e por motivos banais, por exemplo.

Ainda, a Prefeitura deve alocar a guarda municipal de forma a contribuir para a redução dos índices de criminalidade contra o patrimônio, trabalhando de forma conjunta e colaborativa com as polícias militar e civil.

Quanto aos projetos de inclusão social e de prevenção primária e secundária, a Prefeitura pode atuar de forma específica melhorando indicadores sociais que, supostamente, impactam os níveis gerais de criminalidade de uma determinada área.

Crack – um capítulo à parte

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É impressionante como a Prefeitura tem sido omissa e está distante do

problema das drogas em Natal. A Prefeitura precisa construir clínicas de recuperação,

oferecer tratamento médico para tentar dar uma nova chance a esses jovens usuários

de drogas, principalmente usuários de crack.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

Segundo um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), realizado este ano, o crack chegou a 87% dos municípios do Rio Grande do Norte, 106 de 121 municípios pesquisados. A pesquisa informa que na região metropolitana de Natal quatro cidades foram sondadas e chegou-se a detectar alto índice de consumo da droga em Ceará-mirim, São Gonçalo do Amarante e Macaíba. Em Nísia Floresta, detectou-se um patamar médio de consumo. Natal não foi pesquisada.

A pesquisa ainda constatou inconsistências na capacidade de resposta dos agentes públicos contra o crack, na medida em que poucas cidades dispõem de unidades de atendimento psicossocial, os CAPs. A conclusão é alarmante, pois o número que indica circulação e consumo de drogas beira a totalidade no País.

Nesse ano, ainda, foi divulgado outro mapeamento feito desta vez pela Secretaria Nacional Antidrogas em parceria com a Fundação

Oswaldo Cruz. (Fiocruz). Neste levantamento, se traçou o cenário das cracolândias nas capitais brasileiras.

Em Natal, foram identificadas as seguintes localidades como pontos de concentração de usuários da droga: Potengi e Quintas; Praia do Meio, Capim Macio e Ponta Negra.

A Prefeitura de Natal não pode se furtar a executar ações para combater o uso de drogas e ajudar na recuperação de milhares de pessoas destroçadas pelas drogas e pelo uso do álcool.

Uma nova gestão para Natal não deve repetir o erro do descaso com o problema do uso de drogas. Tem por obrigação fornecer meios ou buscar meios de ajudar na recuperação dos drogados e alcoólicos; ajudar em programas consistentes de prevenção ao uso de drogas. Tomadas estas atitudes poderá a gestão contribuir para a construção de um ambiente seguro tão fundamental à vida das famílias de Natal.

POR UMA CIDADE SEGURA Programas, projetos e ações a serem implementados

• Elaborar um Mapa da Violência e da Criminalidade como instrumentos de trabalho para a elaboração de um plano municipal de segurança;

• Instituir um plano de ação que estabeleça prioridades, identifique programas que podem ser modelos úteis e defina objetivos de curto e longo prazo;

• Ativar avaliações que forneçam retornos tanto sobre os processos quanto sobre os resultados obtidos na implantação de um programa de cidade segura para Natal;

• Reformar, revitalizar e dar novo direcionamento de trabalho à Guarda Municipal - planejamento e organização baseados em estratégias preventivas e comunitárias, suas atividades deverão extrapolar o cuidado dos bens, serviços e instalações e aliar ações sociais e educativas de relevância para a execução de políticas locais de segurança pública. Integrar o trabalho da guarda municipal às demais agências de segurança do Estado;

• Implantar ações intermunicipais de cooperação nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de programas de gestão da segurança municipal; promover o intercâmbio técnico, de informações e tecnológico das instituições e municípios;

• Inscrever o município no Pronasci e aproveitar para captar o máximo de projetos que ajudem na atuação da segurança pública municipal;

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• Fomentar e investir no disque-denúncia; requalificar a Defesa Civil; implantar por meio de projeto de Lei a “lei seca” nas áreas, bares e locais onde as estatísticas indicarem maior índice de ocorrências;

• Implantar câmeras de vigilância em pontos problemáticos da cidade, nos corredores turísticos, centros comerciais com central de informações e monitoramento, em parceria com a Polícia Militar do estado;

• Recuperar áreas degradadas: aproveitando os espaços e as áreas desocupadas nos bairros para construção de quadras de esportes e equipamentos de lazer para os jovens; recuperar espaços públicos, aumentando a segurança, a qualidade de vida;

• Revitalização de bairros afetados com insegurança: recuperação urbana, ações integradas de habitação, saneamento, infraestrutura, trabalho social, cursos profissionalizantes e geração de trabalho e renda;

• Implementar programas de inclusão, complementação de renda, ocupação para os jovens, qualificação técnica, primeiro emprego;

• Dar prioridade à criança e ao adolescente, garantindo o funcionamento dos Conselhos Tutelar e Municipal da Criança e do Adolescente;

• Implantar Iluminação pública com lâmpadas de vapor de sódio, que iluminam mais e consomem menos, eliminando os pontos escuros que trazem insegurança;

• Oferecer ações parceiras na desmontagem de cracolândias, trabalhar a segurança nas escolas e a prevenção ao uso de drogas, encaminhar a cursos técnicos, profissionalizantes jovens pobres de bairros pobres que estejam começando a se envolver com drogas e crimes;

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• Instituir um amplo programa de prevenção ao uso de drogas nas escolas, o Escola Segura, com a participação de representantes das secretarias municipais, Igrejas, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal de Entorpecentes, Ministério Público, Juizado de Infância e Adolescência, Conselho Tutelar, Ordem dos Advogados de Natal, Polícias Militar e Civil;

• Constituir um grupo de altos estudos sobre políticas públicas sobre violência no meio escolar com organização de seminários, oficinas e grupos de trabalho sobre a violência em meio escolar, que terá, também, a função de avaliar sistematicamente os resultados das políticas e ações realizadas;

• Serão desenvolvidas oficinas da paz como espaços de aprendizado e do exercício do protagonismo juvenil em torno de ações pela paz e pela não violência, programa que terá ênfase nas Escolas de Talento;

• Ainda, como parte da política municipal de segurança, irá se revitalizar, ampliar e qualificar o Centro de Zoonoses e Vetores e instituir uma política municipal de adoção de animais e castração - com o oferecimento de palestras sobre posse responsável.

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Programa Renascer

IDENTIFICAÇÃO, ENCAMINHAMENTO, ATENDIMENTO INICIAL E RECUPERAÇÃO DE PESSOAS ENVOLVIDAS COM ÁLCOOL E DROGAS.

Implantação de equipes multidisciplinares (médicos, psicólogos, pedagogos, psicanalistas e assistentes sociais) e qualificadas especificamente para trabalharem em forma de redes de atendimento por meio dos Postos de Saúde, agentes comunitárias de saúde, Programa Saúde da Família e CAPs - Centros de Atenção psicossocial - Álcool e Drogas.

Essas equipes terão a função de identificação e atendimento da demanda espontânea das famílias que possuam filhos e membros com problemas de envolvimento com drogas e álcool: com o primeiro atendimento, se possível dos casos menos graves, e encaminhamento para redes de terapia como os Alcoólatras Anônimos e Narcóticos Anônimos, associações de recuperação de Igrejas e outras entidades.Nos casos mais graves, as Equipes farão a triagem, o primeiro atendimento e o encaminhamento para duas grandes clínicas, com as melhores práticas médicas conhecidas, que serão construídas nas regiões Norte e Oeste da cidade do Natal.

O objetivo é o atendimento estratégico nas regiões e bairros onde houver concentração de usuários de drogas e álcool. Sempre se buscará

“PROJETO RENASCER: SE LIVRAR DAS DROGAS

OU ÁLCOOL É UM RENASCIMENTO,

UMA SEGUNDA CHANCE.”

o atendimento integral e o envolvimento das famílias na recuperação dessas pessoas.

Na recuperação, uns vão frequentar os AA ou os Narcóticos Anônimos, entidades ligadas às Igrejas e/ou atendimento psicológico. Outros vão necessitar de internação, alguns nas clínicas modelo, outros em instituições terapêuticas ligadas, geralmente,a Igrejas.

A Prefeitura vai estimular a formação de consórcios intermunicipais de clínicas de recuperação, já que o problema não se restringe a Natal, mas a toda a Região Metropolitana.

Escola Segura

ORIGINADO EM LOS ANGELES (ESTADOS UNIDOS) EM 1983, ATUALMENTE É DESENVOLVIDO EM MAIS DE 58 PAÍSES E, HOJE, É CONSIDERADO COMO O MELHOR MEIO DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA CONTRA AS DROGAS.

O poder municipal irá atender crianças e adolescentes no ensino com o objetivo de combater o uso de drogas e a violência escolar.

Serão estruturados encontros semanais nas escolas municipais da rede pública de Natal, onde serão trabalhados temas como a autoestima, resgate de valores, limites e convivência por meio de palestras ministradas por policiais militares e guardas municipais que possuam treinamento especial, afetividade com crianças e comunidade.

Haverá empenho dos diretores escolares em reforçar a educação, a disciplina, o respeito aos colegas e professores e apoio para que familiares cultivem bons padrões de relacionamento e ensinem aos seus filhos posturas adequadas a serem vividas nas escolas.

O Escola Segura, ainda, envolverá Igrejas e comunidades na pacificação dos estudantes. O programa buscará parcerias com ações já existentes em outras esferas públicas, para

“SEM UMA ESCOLA ATRATIVA, CONFORTÁVEL E SEGURA NÃO É POSSÍVEL O APRENDIZADO NOS PADRÕES ADEQUADOS.

A FAMÍLIA TEM QUE SE SENTIR SEGURA AO ENVIAR OS FILHOS

À ESCOLA. É O MÍNIMO QUE O PODER PÚBLICO PODE

OFERECER”.

potencializar o trabalho educativo.

Será implantada a Ronda Escolar pela Guarda Municipal, com o trabalho diário de visitas às escolas, com prioridade para aquelas mais vítimas de violência.

A prefeitura irá formar e capacitar os guardas municipais como educadores sociais para fazer o primeiro atendimento às situações de risco nas escolas municipais.

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Apesar de se orgulhar de ser a 6ª economia mundial, o Brasil tem um dos piores sistemas educacionais do mundo. Em dezembro de 2010, o mais recente relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostrou o Brasil entre os piores colocados no ranking de ensino internacional. Situação que ostentamos nos três ciclos de avaliação até então realizados.

O Brasil está na 53ª colocação entre 65 países pesquisados no referido estudo. A proficiência média de nossos estudantes com mais de 15 anos é inferior ao dos estudantes de países como a Bulgária, a Romênia e os latino-americanos, como o México, o Chile e o Uruguai.

A média geral auferida pelos estudantes brasileiros foi de apenas 401 pontos, enquanto que os estudantes de Xangai alcançaram 556 pontos, os sul-coreanos 539, os finlandeses 536 e os canadenses 524 pontos.

Hoje, ainda há no país 3,8 milhões de crianças e jovens fora da escola e, segundo um relatório do movimento Todos pela Educação, divulgado em fevereiro de 2012, em apenas 35 cidades ou 0,6% do total de cidades brasileiras, 50% ou mais dos estudantes têm conhecimentos matemáticos adequados à sua série. Em leitura, aqueles 50% ou mais foram encontrados em apenas 67 municípios.

Na cidade de Natal a situação não é muito diferente, pelo que dizem os indicadores do setor de ensino municipal. Há a necessidade urgente de uma ampla e profunda reforma da Educação Pública Municipal. O foco desta reforma deve ser o de evoluir na qualidade da educação, com o aumento no percentual de crianças e jovens aprendendo efetivamente conteúdos, habilidades, perícias e qualificação nas principais áreas dos currículos escolares.

Hoje, a rede municipal de ensino é composta por 74 CMEIs e 69 escolas de ensino fundamental. Atualmente, a SME mantém contratos com quatro empresas terceirizadas para a locação de mão de obra.

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E a realidade atual do sistema de ensino municipal é de penúria, descaso com o aprendizado, desorganização do calendário escolar com as constantes greves de professores, desvio de função de milhares de funcionários, inadimplência com fornecedores e conveniados, falta de vagas na educação infantil (creches e pré-escola), número elevado de professores temporários, falta de gestão por resultados, problemas de infraestrutura nas escolas, falta de espaços para esporte e lazer dos estudantes e descontrole pedagógico, além de alta incidência de violência em algumas escolas.

Na educação infantil, o acesso ainda é precário e longe de atender a demanda cada vez mais crescente. No início deste ano, houve déficits das vagas para Berçário, crianças de até 2 anos, e para os níveis iniciais da Educação Infantil 1 e 2, crianças de 2 e 3 anos, com impactos maiores nas zonas Norte e Oeste. O município não expandiu sua rede de atendimento para atender esta demanda. Hoje, tem uma rede de 74 unidades, que estão matriculadas perto de 13 mil crianças.

É bom lembrar que as pesquisas internacionais em neurociência, a ciência que estuda o desenvolvimento e funcionamento do cérebro, têm indicado que as crianças de 0 a 3 anos passam por um período de alto desenvolvimento e que os estímulos educacionais, nesta fase, tendem a influenciar toda a vida escolar. A Capital está perdendo oportunidades em oferecer uma boa educação a uma criança que está no melhor período de aprendizado.

São inúmeros os dados que mostram a importância de uma educação infantil de qualidade para a vida futura destas crianças. Por exemplo, a fase de 0 a 6 anos, como as pesquisas têm indicado, são cruciais para toda a vida escolar da criança. Neste período é fundamental o apoio do poder público no fortalecimento da família e no oferecimento de condições adequadas de educação, que começa mesmo no nascimento.

A falta de vagas também atinge o ensino fundamental da cidade. Neste ano, 2012, a demanda reprimida no ensino fundamental chegou a ser de cinco mil crianças. Em 2011, quatro mil alunos ficaram fora da rede municipal, segundo dados da própria Secretaria Municipal de Educação.

Em 2011, portanto, foi gerada uma grande exclusão educacional, contribuindo, inclusive, para aumentar os problemas do fluxo escolar e distorção idade série dos estudantes.

Se não bastasse a falta de vagas na educação infantil e ensino fundamental, infelizmente, até agora, Natal é campeã em falta de qualidade, 2005, 2007 e 2009, sucessivamente, os natalenses passaram por repetidos vexames nacionais de ter um dos piores ensinos entre todas as capitais do país, segundo a Prova Brasil do MEC.

Em 2009, segundo o Ministério da Educação, as escolas municipais de Natal tiveram a pior nota no ensino de língua portuguesa, nos anos iniciais do ensino fundamental (4ª série ou 5º ano) dentre todas as capitais brasileiras.

Em matemática, no final da 4ª série ou 5º ano do ensino fundamental, a rede municipal de Natal ficou em penúltimo lugar em qualidade entre as capitais do País, à frente apenas de Macapá, capital do Amapá, no Norte do País.

Em 2009, o desempenho da capital não foi bom nem mesmo comparado aos demais desempenhos municipais dentro do RN. Em língua portuguesa, na 4ª série ou 5º ano do ensino fundamental, Natal ficou na 46ª posição entre 162 redes municipais de ensino do Estado que participaram da avaliação. A comparação mostra que Natal aferiu uma nota em matemática que a classificou como a 47ª colocada entre 162 cidades do Estado pesquisadas.

As crianças não aprendem porque o ensino é ruim; por isso são reprovadas em massa todos os anos. Em 2005, foram reprovados ou abandonaram a escola nada menos do que 35% dos alunos da 4ª série do ensino fundamental. Em 2007, 29% de reprovação e abandono. Em 2009, o problema se agravou. Segundo os dados do Ministério da Educação, na 3ª série do ensino fundamental foram reprovadas 28% das crianças e na 4ª série 30% dos estudantes da rede municipal de Natal.

De acordo com os dados do IDEB, em 2009, Natal é a oitava capital que mais reprovou crianças de 1ª a 4ª série em todo o País. E a vigésima cidade em aprovação entre todas as 27 capitais brasileiras; 15% das crianças foram repetentes em média nas primeiras séries do ensino fundamental, a base.

Em 2009, então, o ensino público municipal de Natal foi o último em desempenho e o oitavo que mais exclui as crianças da escola. Há diagnóstico, mas faltam prioridade e competência de gestão para solucionar os graves problemas da educação municipal. Os desafios não estão sendo enfrentados; se adota uma política de avestruz, aquela que se esconde e finge não haver o problema.

A situação educacional de Natal se agrava quando levamos em conta a dívida educacional da cidade com a população. Os dados divulgados pelo último censo decenal, realizado pelo IBGE, mostraram preocupantes índices de analfabetismo no município de Natal. De acordo com a pesquisa, 8,3% dos habitantes de Natal acima de 15 anos ainda são analfabetos. Mais de 50 mil pessoas em Natal não sabem ler e escrever. São cidadãos que tem o direito básico de acesso à cultura e ao conhecimento, negados pela realidade e pela falta de oportunidades.

É preciso revolucionar o ensino na capital e garantir um futuro melhor para as crianças natalenses e um presente com mais educação. Sabemos que o futuro da capital depende e dependerá ainda mais da qualidade de sua gente, do nível educacional de seu povo.

Terá um futuro melhor, com maiores oportunidades para as pessoas, quanto mais avançar em educação. Infelizmente, até agora Natal é tão somente campeã em falta de qualidade.

O PSDB-RN propõe uma ampla reforma do ensino com a implantação de medidas que vão transformar o ensino municipal e aos poucos ganhar em qualidade de aprendizado e regularização do fluxo educacional.

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Ações, programas e projetos

• Instituir um grande pacto com os principais segmentos sociais da cidade do Natal pela qualidade da educação e um futuro próspero para a cidade. Mostrar para a sociedade um diagnóstico fiel à realidade, instituir parcerias entre o poder público, os setores produtivos e definir os papeis de cada um na promoção da Educação em Natal;

• Instituir um grande programa de promoção da leitura, do livro e dos leitores, visando a formação e valorização do ato de ler: Cidade Leitora, incentivos ao leitor;

• Tomar as providências para reorganizar o sistema de educação, equilibrando as finanças da secretaria com a regularização dos repasses devidos pela Prefeitura, identificação de servidores e professores cedidos ou afastados. Reconquistar a confiança e credibilidade com os fornecedores e conveniados;

• Ensino infantil: trabalhar para concluir a construção dos CMEIs em andamento. Ampliar a matrícula e cumprir a regra constitucional de todas as crianças de 4 a 5 anos matriculadas na educação infantil. Aumentar paulatinamente a oferta de creches inclusive com vagas nas conveniadas;

• Implantar um rigoroso programa de ganho de qualidade pedagógica nas creches próprias e conveniadas e escolas de pré-escola, com avaliação (especialmente desenvolvidas para a educação infantil) de aprendizagem por parte dos estudantes, estabelecimento de metas e objetivos a serem alcançados. O bom ensino fundamental acontece a partir de uma boa educação infantil;

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• Implantar um programa de melhoria da infraestrutura das escolas do ensino fundamental e escolas e creches da educação infantil. Dotar todas as escolas de padrão adequado de infraestrutura para o ensino e faixas etárias correspondentes. Padronizar as escolas e compensar os déficits de infraestrutura para o ensino, tais como: falta de quadras de esporte, parquinhos para as crianças de pré-escola, bibliotecas e laboratórios de informática e outros;

• Dotar todas as escolas públicas municipais de acessibilidade plena aos estudantes portadores de necessidades especiais;

• Instituir uma Política de incentivo aos alunos superdotados ou de altas habilidades;

• Reforçar, ampliar e qualificar a política de inclusão de alunos portadores de necessidades especiais;

• Implantar um programa de melhoria da qualidade da educação no ensino fundamental, com a implantação de um currículo mínimo, disponibilização de material com ensino estruturado e instituição de formação permanente do professor mediante os resultados de seus alunos;

• Regularizar a distribuição de merendas de qualidade nutricional, fardamento e material didático-pedagógico adequado;

• Instituir programas de recuperação de desempenho e correção do fluxo educacional, com o objetivo de apoiar a elevação do desempenho, segundo a nota auferida por unidade escolar na Prova Brasil, com disponibilização de orientação pedagógica, material didático, formação de professores e meios de resolução de conflitos escolares.

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• Implantar um rigoroso programa de erradicação do analfabetismo escolar e do analfabetismo matemático, com estabelecimento de metas de alfabetização e educação matemática nos 1º e 2º anos do ensino fundamental, com apoio pedagógico, de material didático, de acompanhamento e avaliação da secretaria junto às diretoras e professores. Compromisso com os estudantes, familiares, professores e diretores em função da erradicação do analfabetismo funcional escolar. Os professores do programa serão preparados especialmente para o desenvolvimento de atividades pedagógicas já testadas cientificamente e que apresentaram resultados concretos de melhoria do aprendizado da língua e da matemática;

• Avaliação e acompanhamento em tempo útil. Constituir um INEP de Natal, que terá a função de avaliar todas as etapas de ensino, extrair a maior quantidade de dados das avaliações e censos nacionais e fomentar a pesquisa pedagógica em Natal e em sua rede de ensino. Orientar com subsídios técnicos as mudanças pedagógicas e de gestão para potencializar o ensino municipal;

• Implantar um amplo programa de valorização do professor e do mérito no magistério, com oferecimento de formação continuada de qualidade comprovada para os professores e implantação de uma lei municipal de responsabilidade educacional;

• Providenciar a abertura de novos concursos públicos para professores das áreas em que houver demanda e necessidade de preenchimento de vagas. Diminuir gradativamente a contratação temporária de professores para suprir carências quase permanentes;

• Construir e institucionalizar um Centro de Ensino Superior para o Magistério denominado de Escola de professores, em parceria com a UFRN, UERN e outras universidades para a formação continuada de professores da rede municipal;

• Conduzir a descentralização gerencial do ensino público, permitindo que escolas tenham autonomia administrativa responsável, autonomia pedagógica (com currículo mínimo definido), voltada para os resultados e financeira, com o caixa escolar;

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• Instituir um programa de apoio estrito, pedagógico e de gestão, às escolas que obtém os piores indicadores de aprendizado e fluxo escolar;

• Estabelecimento de metas e objetivos por unidade escolar, instituindo premiações coletivas, 14º salário, por exemplo, às escolas que mais evoluíram, tendo como parâmetro inicial sua própria posição em relação aos dados educacionais;

• Todas as escolas de Natal terão como uma das diretrizes de atuação a aproximação da escola às famílias dos estudantes e a abertura da mesma com atividades durante o final de semana;

• Fazer funcionar o programa Saúde na Escola, com a realização de exames de audição, visão e odontológico nos primeiros meses de aula;

• Definir escolas, segundo a incidência de violência, como prioritárias para receber o programa Escola Segura;

• Criar duas Escolas de Talento para atender as escolas de ensino fundamental em horário complementar ao regular. Serão escolas de tempo integral com professores formados e programas educacionais que incluam reforço escolar, ensino de língua estrangeira, artes, música, danças, teatro, artes plásticas, literatura, xadrez, esportes. Ampliar o turno escolar, por meio das escolas de talento, começando pelas escolas com os piores rendimentos e altas taxas de repetência;

• Instituir o programa Agente para a Promoção da Educação, para acompanhar, dar reforço escolar quando necessário, agir para evitar abandono e evasão escolar, identificar necessidades educacionais e informar providências;

• Trabalhar para aumentar a matrícula do EJA, qualificar o ensino de adultos e aplicar metodologias baseadas em evidências científicas de alfabetização de adultos;

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• Instituir o programa Educação Vem de Berço para atender a demanda por creches e ações pedagógicas das crianças pequenas. Apoio às famílias mais pobres, centrados na mãe, que promovam o desenvolvimento da leitura e do cuidado das crianças, acompanhar o desenvolvimento das crianças ao longo de todo o período da primeira infância, sempre promovendo o fortalecimento dos laços familiares, que é a base de uma sociedade saudável e próspera;

• Toda a educação terá como norte o fortalecimento das famílias, desenvolvendo desde cedo o hábito pela leitura e que o cuidado com a criança impacta o sucesso escolar por toda a vida.

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Educação Vem de Berço

As experiências internacionais exitosas, que obtiveram sucesso, são aquelas que promovem o hábito da leitura e conversação entre as mães e suas crianças desde a tenra idade.

Contar histórias para os seus filhos desde bebês, ter acesso a livros que possam ser lidos para as crianças, e, mesmo, conversar com elas na fase de 0 a 3 anos ajuda a desenvolver a capacidade de aprender a ler lá pelos 6 e 7 anos.

São inúmeras as experiências a serem aplicadas em Natal.

O primeiro livro (dado na maternidade), programas de apoio integrado na saúde e educação de atendimento das famílias, mães e crianças, é impactante no futuro destas.

Crianças são como esponjas, aprendem tudo que se ensina. Então, é fundamental ajudar a desenvolver o dom natural para aprender que o ser humano traz consigo.

O programa será desenvolvido em parceria da Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Saúde.

Pediatras, enfermeiros, professores, pedagogos irão preparar e distribuir controladamente um kit Mãe, composto por livros de histórias a serem lidas para

as crianças, orientações de como proceder com o aprendizado das mesmas, como fazer para o desenvolvimento da linguagem, a lista de diversos programas de apoio oferecidos pela Prefeitura.

Ao longo dos três anos, da primeiríssima infância, a mãe e a criança já cadastradas pelo programa, visitarão postos de saúde e outras unidades pelo menos uma vez por ano e receberão novos livros, novas orientações e apoio para continuar o desenvolvimento da linguagem da criança, inclusive assistindo palestras e cursos de orientação de potencialidades do infante e das relações entre as crianças e os adultos.

É um programa para apoiar a educação infantil, tão crucial ao futuro das crianças e sua trajetória.

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Programa Agente para a Promoção da Educação

Formação de equipes de jovens universitários de cursos de licenciaturas e pedagogia, de preferência nos anos finais de formação.

Estes estudantes deverão fazer um curso de qualificação básica para a formação do Agente de Educação. O trabalho deles será remunerado e contará como estágio para o currículo dos estudantes de ensino superior.

Serão formadas equipes de 10 agentes, chefiados por dois professores (licenciados ou pedagogos). O programa funcionará em parceria com os programas gerais de transferência condicionada de renda, como o Bolsa-Família. Será um Programa municipal em parceria com faculdades e universidades da cidade do Natal.

Cada agente de educação ficará responsável pelo acompanhamento e encaminhamento de dez famílias pobres com filhos de 0 a 15 anos matriculados no ensino municipal ao longo do ano.

Há funções específicas do Agente Comunitário de Educação, tais como: identificar casos de crianças de 0 a 15 anos que estejam fora da escola, não tenham feito matrícula ou que abandonaram o ano letivo e encaminhar para a escola municipal ou para os órgãos adequados. (Mapa da Exclusão Educacional).

Identificar as famílias com filhos de 0 a 3 anos que precisem de apoio de educação infantil, principalmente aplicando programas para os familiares e suas crianças (Baseados em programas internacionais consagrados de desenvolvimento das famílias e das crianças em fase pré-escolar, focados no desenvolvimento da linguagem).

Apoiar as famílias para que planejem a trajetória de seus filhos na educação. Articular apoio às necessidades das famílias para a educação pública municipal de pré-escola e ensino fundamental.

Conscientizar da importância da educação para o futuro das famílias. Estimular continuamente a organização comunitária e familiar.

Participar da vida da comunidade, estimulando a discussão das questões relativas à melhoria da educação da população.

Fortalecer elos entre a comunidade e os serviços municipais de Educação. Informar aos demais membros da equipe e a Secretaria Municipal de Educação das necessidades e dinâmicas específicas das comunidades atendidas.

Orientar as comunidades e as famílias para a utilização adequada dos serviços de Educação. Registrar casos em que haja problemas

multissetorias que estejam afetando os serviços de educação destinados às crianças.

Cadastrar todas as famílias, em seus aspectos de educação, da sua área de abrangência. Identificar e registrar problemas e dificuldades para que os serviços de educação funcionem a contento para as famílias.

Identificar e registrar os casos de necessidades especiais de educação. Identificar os casos de analfabetismo literal e funcional.

Incentivar a EJA para os que dela necessitam para educação municipal. Atuar integrando as instituições governamentais e não governamentais, grupos de associações da comunidade para a melhoria da educação.

Executar dentro do seu nível de competência, ações e atividades básicas de Educação: - Acompanhamento dos estudantes, principalmente os matriculados na Educação Infantil e Fundamental.

Identificação de dificuldades, saneamento das mesmas quando possível; e encaminhamento para sanar os que não forem possíveis de ser resolvidos.

Incentivar a leitura e o letramento em matemática. Acompanhamento do desenvolvimento das crianças.

Apoiar as famílias a cumprirem sua parte no calendário escolar. Apoiar as famílias a terem uma maior participação na vida escolar dos filhos. Orientação quanto a alternativas de apoio aos estudantes com talentos especiais e a estudantes portadores de necessidades especiais.

O trabalho do agente de Educação estará previsto em Lei Municipal.

Um agente comunitário de Educação atuará por meio de ações individuais ou coletivas, com o apoio constante da Secretarias Municipal de Educação.

A Secretaria Municipal de Educação deverá estruturar os serviços, bem como acompanhar e avaliar o trabalho dos agentes.

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Escolas de Talento

Construção de duas grandes escolas de ensino integral nas zonas Norte e Oeste, com quadras, anfiteatros, piscinas, ginásio, biblioteca e parques.

Escolas de Talento que atendam todos os alunos do ensino fundamental, em um período de quatro anos, em horário complementar - contraturno - ao das aulas nas escolas regulares.

As Escolas de Talento funcionarão com professores de qualidade, responsáveis e dedicados.

Os programas educacionais vão incluir reforço escolar, ensino de língua estrangeira, artes, música, dança, teatro, artes plásticas, literatura, xadrez, muitos esportes, iniciação profissional e ensino de ofícios.

São escolas para revolucionar o ensino e cuidar do futuro das crianças de Natal.

Prioritariamente, os estudantes das escolas de ensino fundamental que apresentem os piores indicadores de aprendizagem e fluxo educacional serão os primeiros a complementar o horário escolar matriculados nas Escolas de Talento.

Precisamos criar grandes polos como as escolas de talento,

onde poderemos dar contraturno com reforço educacional,

ensino de língua estrangeira, esportes e iniciação profissional.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

Poupança de incentivo ao Aprender

Para cada criança pobre da cidade, residente em bairros precários, sem infraestrutura, e membro de famílias com rendimento de até meio salário mínimo per capta, que estiver matriculada na rede municipal de ensino e passar de ano, com frequência acima de 80% e bom rendimento, receberá um depósito de meio salário mínimo em uma poupança reservada em seu nome.

Quando o aluno completar a primeira fase do ensino fundamental, poderá retirar metade dos recursos e após nove anos a outra metade. Pode, ainda, optar por retirar o montante de recursos somente após completar o ensino fundamental e ter a oportunidade de começar sua vida com um dinheiro que servirá para abrir um pequeno negócio, financiar um ensino técnico ou prosseguir os seus estudos no ensino médio.

A Poupança de Incentivo ao Aprender motivará o aluno a se esforçar, frequentar as aulas e tirar boas notas. Poderá impactar a vida do estudante e ajudá-lo a encontrar os caminhos da profissionalização ou da continuidade dos estudos.

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Centro de Ensino Superior para o Magistério, Escola de Professores

Com foco na formação continuada, no aprimoramento da profissão, na pós-graduação e na melhoria do magistério, visando ganhos efetivos na aprendizagem dos estudantes.

Será associada e contará com a colaboração, por meio de convênios, da UFRN, UERN, Instituições privadas de Ensino Superior, com excelência acadêmica, grandes universidades do exterior.

Deverá difundir técnicas pedagógicas de alfabetização de crianças, adultos, iniciação matemática, ensino da matemática, ensino de ciências humanas e da natureza, conhecimento dos avanços da ciência da leitura, ensino das artes, educação física, dentre outros conteúdos.

Difundir uma nova filosofia da educação e preparar os professores continuamente para os desafios impostos e a solução de problemas comuns do cotidiano do magistério.

Será uma Escola com aulas presenciais e cursos a distância, por meio das ferramentas da informática. Serão oferecidas vagas para professores recém- contratados e cursos especiais para professores temporários. A formação continuada será priorizada para professores de escolas de baixos índices de proficiência dos seus estudantes.

A Escola fomentará pesquisas de docentes desenvolvidas pelos professores da rede, com bolsas de pesquisas seguindo regras acadêmicas adotadas nas agências de fomento à pesquisa no Brasil (Capes, CNPQ, FINEP).

Para resolver esse problema, temos que ter compromisso

com a formação continuada dos professores e com a responsabilização

educacional dos gestores.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

Política de Incentivo aos Superdotados

Implantar uma política municipal de incentivo a superdotados. A política a ser implantada irá prever ações a serem desenvolvidas junto à rede municipal de ensino e constará de três eixos, quais sejam:

Identificação, acolhimento e encaminhamento: em parceria com Universidades se programará uma rotina de identificação de crianças (6 a 17 anos) e diagnósticos de suas altas habilidades na rede municipal de ensino, bem como se dará a investigação para a delimitação dos talentos e das áreas a que estes alunos são próximos. Nesta etapa, se fará um programa especial de trajetória e estudos específicos a esses alunos talentosos e se encaminhará os mesmos aos estudos suplementares.

Desenvolvimento: Constituição de centros de altas habilidades com equipes multidisciplinares de professores e monitores, além de recursos

pedagógicos diversos e apropriados para a aceleração dos estudos e diversificação do aprendizado. Alunos identificados como de altas habilidades poderão cursar esses centros em horário complementar aos estudos.

Acompanhamento individualizado: o terceiro eixo de ações diz respeito ao acompanhamento individualizado dos alunos de altas habilidades, acompanhamento do desenvolvimento feito por meio de professores tutores, os quais terão a responsabilidade de apontar caminhos e descobrir novos recursos pedagógicos para o desenvolvimento dos talentos.

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Cidade Leitora, incentivos ao leitor

A nova gestão irá fomentar e incentivar a abertura de sebos de livros, livrarias e centros de leitura para jovens e idosos por toda a cidade do Natal.

Irá implantar, em parceria com o setor produtivo e comunidades variadas, bibliotecas comunitárias, de uso coletivo, que atendam aos leitores e amplie o acesso à boa literatura e livros de informação.

É compromisso reformar e instalar bibliotecas em todas as escolas públicas municipais.

Far-se-á um grande pacto com a cidade pelo hábito da leitura, com a promoção de concursos de escritores, gincanas literárias, olimpíadas de escritores nas escolas públicas municipais, programa de erradicação do analfabetismo escolar e pequenas bibliotecas em pontos de ônibus e outros lugares de grande circulação de pessoas.

Pacto pela leitura, promoção para leitores e valorização da cultura e do saber.

Quando nos comparamos com países vizinhos,

a qualidade da nossa educação é risível, é uma coisa constrangedora,

o Brasil deveria ter vergonha da qualidade da educação que ostenta.

Infelizmente, o município também tem mostrado falta de compromisso

e dificuldades técnicas e gerenciais para dar respostas à sociedade

e melhorar a qualidade do ensino.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

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Um dos importantes atributos de se morar em uma cidade saudável e confortável é ter acesso à prática esportiva e ao lazer.

Bairros seguros são os que estão providos de espaços para a prática esportiva adequada aos jovens e aos idosos. Bairros saudáveis, confortáveis e agradáveis, geralmente, estão repletos de espaços públicos de lazer em praças, parques e bosques. Estão repletos de espaços como quadras, campos e parquinhos para as crianças e suas mães ou responsáveis. No entardecer e início da noite, é possível apreciar a paisagem ao ver jovens em atividades esportivas como vôlei, futebol, basquete e senhores e senhoras, de todas as idades, fazendo caminhadas ou corridas após um dia de trabalho.

Nesses bairros bem equipados e nutridos de vida comunitária, a incidência de violência urbana é sempre menor e as taxas de satisfação sempre maiores.

Infelizmente, a paisagem de Natal é outra. A degradação urbana que acometeu a cidade não permite cenas como as descritas acima. Parques abandonados, praças degradadas, poucos espaços

urbanizados e iluminados adequadamente para jovens e idosos se ocuparem.

O que se vê são lugares inseguros e desprovidos de estrutura, que não incentivam a prática esportiva das comunidades e muito menos fornecem ocupações aos mais jovens.

Nas escolas, a prática esportiva é muito importante para a educação geral de uma criança e um jovem. Não há boa educação, bom ensino, sem a prática frequente de esportes, sem o desenvolvimento da educação física.

Fundamental, também, incentivar a carreira dos mais talentosos no esporte profissional. A Prefeitura pode contribuir na identificação de crianças e jovens estudantes talentosos para os esportes e apoiar o desenvolvimento deste talento ao longo dos anos escolares.

Lazer e a prática de esportes frequentes são fatores de saúde pública e devem ser incentivados pelo poder público municipal. O PSDB-RN firma o compromisso de incentivar o lazer e a prática desportiva em todos os bairros de Natal e apresenta as seguintes propostas:

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Medidas de Promoção do Esporte e do Lazer

• Implantar centros de esportes e lazer nas áreas de maior incidência de violência e desemprego entre os jovens. Haverá espaço para oficinas de esportes e formação de clubes, com plena acessibilidade para portadores de necessidades especiais.

• Constituir e fomentar espaços públicos com atividades lúdicas e educativas para a terceira idade.

• Utilizar praças públicas, reformadas, como espaços permanentes de esporte e lazer, envolvendo a comunidade e a interação entre as diversas gerações por meio do incentivo a oficinas de esporte, ginástica, artes marciais, futebol e outras modalidades.

• Fomentar e estimular a realização de campeonatos esportivos diversos, durante todos os anos, finalizando com grandes competições de caráter regional com o apoio da administração municipal.

• Preparar e instrumentalizar espaços para a prática de esportes radicais em áreas de concentração de jovens e adolescentes.

• Incentivar o ciclismo com infraestrutura para a prática. Dotar Natal, em parceria com as entidades de ciclismo, de uma pista de Ciclismo Olímpica.

• Apoiar e valorizar o desportista local, por meio do fortalecimento dos produtos do esporte, incentivando e apoiando atletas para seu aprimoramento e captação de recursos na iniciativa privada.

• Incentivar a prática esportiva em todas as escolas públicas municipais de Natal.

• Instituir um programa de identificação de talentoso para os esportes e incentivar com apoio material e pedagógico o desenvolvimento dos mesmos.

• Estimular o atletismo e as corridas de rua, adaptando espaços para a prática de caminhada e corrida - projeto Caminhando com a Cidade.

• Desenvolver parcerias com empresas privadas na construção de praças de esporte, com equipamentos destinados a todas as faixas etárias, garantindo a boa manutenção dos equipamentos e a oferta permanente de atividades para a população do seu entorno.

Esporte e lazer são dois setores extremamente

importantes para todos os segmentos sociais. Saúde, segurança e educação

não são possíveis sem lazer e esportes. O município não oferece

adequadamente estes serviços tão vitais.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

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A cultura tem um aspecto de geração de renda, emprego

e fomentador de riqueza que é muito pouco aproveitado em Natal.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

A cultura é tão importante para a economia que hoje já se fala em uma indústria cultural, que tem o poder de gerar recursos financeiros e movimentar uma cadeia produtiva completa. A constatação é que o setor da cultura possui alto dinamismo econômico. E isto não é só no Brasil, no mundo é assim. É um setor que emprega muitas pessoas, cresce a taxas maiores do que os outros setores da economia. É dinâmico e envolve aspectos educacionais e de desenvolvimento social.

Não é necessário ser uma especialista para entender que cultura é fundamental para dinamizar economicamente uma cidade como Natal. A rica cultura do povo natalense pode se tornar um dos principais fatores de ampliação, por exemplo, do turismo saudável da cidade.

O potencial de Natal é enorme pelos Congos de Calçolas da Vila de Ponta Negra, pela Folia dos Caboclinhos na região metropolitana, a Sociedade Araruna de danças semidesaparecidas nas Rocas, pelo Bambelô, Boi Calemba, na comunidade de Felipe Camarão, pelo Pastoril na Vila de Ponta Negra, pelo Teatro Popular de Bonecos, de alta tradição e reconhecimento, pelo rico artesanato e arte popular,

pela gastronomia e quadrilhas juninas. São muitos os potenciais a serem desenvolvidos a partir da rica cultura de Natal e região.

Infelizmente, a atual gestão não está sabendo lidar com toda essa riqueza, pois, acredita que cultura é gasto, não sabe que é investimento. Para exemplificar a inépcia municipal, basta dizer que existem fundos de incentivo e fomento à cultura no Brasil que não são aproveitados, não são captados em Natal. A gestão municipal que deveria ter um papel de liderança, não tem tido a competência para capacitar gestores na área de produção cultural para buscar esses recursos.

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O PSDB-RN, ao ouvir inúmeros protagonistas do setor, propõe que para Natal possa se beneficiar com máximo de proveito da cultura alguns passos são essenciais.

1. Agentes culturais, artistas e produtores de cultura devem ser vistos como protagonistas e não como meros auxiliares, sendo excluídos das decisões e dos benefícios gerados.

2. É preciso amplas campanhas e programas de valorização do patrimônio material e imaterial da cidade.

3. É preciso que os jovens tenham acesso ao patrimônio imaterial e material e sintam-se motivados a levar adiante a cultura de seus antepassados.

4. É necessário o poder público municipal ajudar na dinamização das atividades culturais, na garantia da sobrevivência das tradições culturais, na preservação do patrimônio histórico, artístico, na integração da cultura ao desenvolvimento local, na ampliação do grau de participação social nos projetos culturais e na democratização da gestão da cultura.

5. O poder municipal deve se concentrar na promoção de atividades de capacitação para a elaboração, proposição e execução de projetos culturais financiados, incentivados ou fomentados pelo Governo Federal, pelo Estadual e por entidades civis ou privadas.

O desenvolvimento da cadeia produtiva da cultura poderá trazer impactos sociais claros, tais como diminuição de desigualdades e da violência existente nas comunidades, pois aumenta a coesão social e envolve os jovens nas atividades advindas do fazer cultural, além de gerar empregos e renda.

A cultura bem desenvolvida é capaz até mesmo de trazer novos investimentos para revitalizar áreas urbanas degradadas, consumidas pela violência, pelas drogas e pelo abandono, por exemplo.

Em cidades criativas se têm verdadeiras alianças estratégicas entre as instituições públicas, privadas e do terceiro setor, com os papéis de cada um bem definidos, no esforço de desenvolver a indústria da cultura. E isto pode e deve ser feito em Natal. No fundo está se perdendo tempo com políticas municipais fragmentadas e pouco efetivas nos resultados.

O que é feito são eventos que não geram resultados efetivos e duradouros. É tempo de mudar e ousar. Necessita-se de saltos qualitativos para superar a mesmice que prevalece há muito tempo nesta área na cidade do Natal.

Medidas para Transformar Natal em uma Cidade Criativa

• Implantar uma agenda cultural de padrão que mobilize os vários setores do público consumidor de cultura e promova e reafirme a identidade cultural de Natal, dando oportunidades de desenvolvimento dos produtos culturais locais e sua diversidade.

• Promover por meio de leis de incentivos à cultura e amplas parcerias com os setores produtivos da cidade um festival anual de cultura popular nordestina, uma grande feira de livros e uma feira anual de descoberta de novos talentos da literatura de Natal.

• Criar, fomentar e dar apoio a um Festival anual gastronômico de Natal e Região Metropolitana.

• Criar, fomentar e dar apoio a um festival do rico artesanato da grande Natal, com o apoio de empresas e a ampla participação de artesãos, criando, assim, mais um grande atrativo turístico.

• Promoção de feiras comunitárias de música, artes e teatro nos bairros de Natal.

• Ajudar na realização de grandes eventos que atraiam turistas, gerem emprego e renda e que contribuam na dinamização da cadeia produtiva da cultura e do turismo.

• Qualificar a gestão no setor com a nomeação de um gerente captador para buscar recursos, patrocínios, para os grandes eventos que a cidade já possui, tais como a Festa de Santos Reis, o Carnaval, as festas de São João, com suas quadrilhas juninas e o Natal em Natal.

• Incentivo ao patrocínio de grandes empresas do setor privado por meio de fomento e utilização das Leis da cultura, federal, estadual e municipal.

• Planejamento sistemático em busca do fomento e incentivo à Cultura por meio do apoio de grandes empresas como COSERN, bancos, cartões de crédito, Petrobrás, AleSat e Riachuelo, dentre outras.

• Criar a Virada Cultural de Natal, com apresentação de bandas locais e nacionais. Eventos durante uma semana escolhida estrategicamente e viabilizada com patrocínios e atrair maior número de turistas da região Nordeste.

• Intervenção Cultural em Natal, com a revitalização e elaboração do corredor cultural e a revitalização do centro da cidade.

• Criação de mais três escolas de música municipal na zona Sul, Leste e Oeste e revitalizar, reformar e qualificar a Escola municipal de música da Zona Norte.

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• Incentivar, via setor privado, parcerias, patrocínios, a construção de novos teatros em bairros da cidade.

• Revitalização da área de lazer da Zona Norte, ao lado do Ginásio do Gramoré.

• Criar, fomentar e estruturar um grande Salão Anual de Humor para procurar e descobrir os novos talentos humorísticos da cidade, utilizando, em parte, a estrutura das escolas municipais.

• Revitalizar e oxigenar a Banda Sinfônica Municipal, levando-a para tocar todos os finais de semana nas ruas da cidade, sempre em um bairro diferente.

• Construir parcerias entre o setor educacional e cultural da cidade do Natal, levando grupos de teatro, orquestra, músicos, exposições de artistas plásticos e escritores potiguares para apresentação ou palestras na intervenção cultural dentro das escolas públicas municipais. Incentivar a criação de concursos de teatro, estimulando a descoberta de novos talentos.

• Implantar um programa de visitação dos estudantes da rede de ensino municipal de Natal a museus, pontos culturais e turísticos da cidade.

• Implantar o CORREDOR CULTURAL DE NATAL, com três roteiros previstos: do Rosário; da Praça e o Noturno. Canalizar investimentos em infraestrutura e serviços, sinalização, informação turística e cultural, qualificação e capacitação de pessoal e guias turísticos, promoção do fortalecimento empresarial e atração de novos negócios, além de fomentar a animação cultural.

• Criar uma escola municipal de teatro, iniciada como uma rede de formação teatral aproveitando os jovens talentos das escolas municipais, com atividades variadas de teatro e formação teatral no segundo turno escolar e nos finais de semana.

• Fomentar apresentações culturais na Casa de Câmara Cascudo. Incluir a história e as obras do folclorista no roteiro turístico da cidade.

• Fomentar e dar apoio a atividades e manifestações culturais diversas e a apresentação frequente da Orquestra Sinfônica no Forte dos Reis Magos.

• Valorizar e fortalecer o conselho municipal de cultura.

Corredor Cultural de Natal

TRÊS ROTEIROS PREVISTOS: ROTEIRO DO ROSÁRIO; ROTEIRO DA PRAÇA; ROTEIRO NOTURNO.

RUA CHILE - CONJUNTO ARQUITETÔNICO • A Casa da Ribeira • A Casa de Ferreira Itajubá • A casa onde nasceu Câmara Cascudo • Largo Boêmio Dr. José Alexandre Odilon Garcia • Feira de artesanato e atrações culturais • Escola de Ballet e Dança Popular • Obelisco da Tavares de Lira • Prédio onde nasceu Pedro Velho • Centro de Treinamento Ferroviário

RUA DR. BARATA• Casa da Ribeira Estação Ribeira

ATRATIVOS NOTURNOS - OFERTA DE SERVIÇOS - BARES E RESTAURANTES, CASAS DE SHOW • Portos Bar • Music Club • Galpão 29 • Calígula Restaurante e Pizzaria Italiana • Do Sol Rock Bar

INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS• Determinar um local de desembarque na Avenida do Contorno • Sinalizar um local de desembarque na Praça• Habilitar estacionamento para ônibus de turismo • Estruturar um Ambiente Receptivo • Definição e recuperação de acessos, calçadas e passeios pedestres • Recuperar iluminação pública • Ordenar e delimitar áreas para estacionamentos • Aterrar as fiações desordenadamente distribuídas • Sistematizar limpeza pública e coleta de lixo • Adequação das Praças Augusto Severo e André de Albuquerque para circulação de visitantes

SINALIZAÇÃO TURÍSTICA • Ruas e avenidas • Monumentos • Largos e praças • Edifícios

INFORMAÇÃO TURÍSTICA• Produção e impressão de guias, mapas e folders com conteúdo dos roteiros turísticos histórico-cultural• Criação de site com informações permanentes e atualizadas do centro histórico

QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE PESSOAL E GUIAS TURÍSTICOS • Desenvolvimento e execução de plano de qualificação destinado ao pessoal dos espaços culturais, guias e monitores turísticos, guardas-mirins do patrimônio histórico; comerciários e empresários

FORTALECIMENTO EMPRESARIAL E ATRAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS • Estruturação e implantação de comitê técnico destinado à captação e avaliação de novos empreendimentos a serem instalados na região do centro histórico

ANIMAÇÃO CULTURAL INTEGRADA • Criação de núcleo de produtores culturais que gerenciará a programação cultural integrada na região do centro histórico

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A nova gestão da cidade do Natal deverá eleger a família como centralidade das políticas públicas de desenvolvimento social e garantia de direitos. E o eixo das ações de combate à exclusão e à pobreza será determinado pela geração de oportunidades e qualificação.

Toda a nova gestão trabalhará para definir e executar políticas públicas para a população que ampliem e melhorem o acesso aos serviços básicos da administração municipal.

Fará, na medida do possível, investimentos na qualificação profissional, sintonizada com as vocações econômicas da cidade, que gere oportunidades de trabalho, emprego e renda, visando à emancipação das famílias até então sob a dependência de programas governamentais de transferência de renda.

Será também guardiã dos direitos humanos, garantindo a organização social dos jovens, das mulheres e dos idosos, procurando garantir suas ações de proteção aos Estatutos constituídos nacionalmente.

Cidade do Desenvolvimento Social, da Inclusão Social, da Cidadania e dos Direitos Humanos

Medidas para Promover o Desenvolvimento Social

Revitalizar, aprimorar e programar o PETI-NATAL - atendimento direto a famílias que tenham filhos menores de 14 anos no trabalho infantil perigoso.

• Implementar um programa especial de atendimento e acolhimento das crianças e adolescentes em situação de rua, partindo de dados sobre os que se encontram nas ruas.

• Contribuir no Fortalecimento do SUAS, com a revitalização e investimento nos CRAS.

• Constituir atendimento nos hospitais e unidades de saúde municipais pela inclusão social dos pacientes, principalmente das crianças. É preciso dar condições para que as famílias possam voltar para casa depois do atendimento médico.

• Apoiar e viabilizar a implementação e o funcionamento dos Conselhos municipais previstos em legislação.

• Programar um amplo projeto de inclusão social para deficientes físicos. Hoje são reféns da acessibilidade.

• Instituir centros de atividades para Idosos.

• Instituir o programa Esporte toda Hora, com a promoção de oficinas de esportes das 22 a 1 hora da manhã, em bairros que haja aglomerações de jovens.

• Construir clubes populares em parceria com as comunidades para a prática de Natação em bairros.

• Ampla aplicação de um programa de acessibilidade, com a construção de rampas de acesso, adaptações nos ambientes urbanos, de uso coletivo e edifícios públicos.

• Ampliar e apoiar o sistema integrado de transporte para o ensino especial.

• Implantar serviço de saúde de reabilitação mental nas escolas municipais especiais, atendimento multiprofissional composta por neurologista, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacional e assistente social.

• Promover o fortalecimento e a divulgação da economia solidária, mediante políticas integradas, visando à geração de trabalho e renda, a inclusão social e a promoção do desenvolvimento justo e solidário.

• Promover o microcrédito para informais poderem investir adequadamente em seu negócio e inspirá-los à formalização.

•Proporcionar melhor acompanhamento e garantia de segundas oportunidades aos jovens egressos das medidas socioeducativas.

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É essencial que o governo municipal trace uma estratégia

que tenham alguns eixos e trabalhe o trânsito de forma inteligente.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

Trânsito

As estimativas dão conta de que a frota de Natal em 2012 já passa de 327 mil veículos, com um aumento anual de mais de 20 mil carros, ou, cerca de 1.700 novos veículos todos os meses circulando nas ruas já saturadas. O resultado de toda esta equação é o sofrimento de milhares de morados com engarrafamentos no trânsito de Natal, considerado cada vez mais caótico e lento.

As projeções de especialistas indicam que em pouco mais de dez anos, caso não sejam tomadas atitudes mais efetivas, Natal poderá ter um trânsito ainda mais problemático com engarrafamentos quilométricos e a necessidade de implantação de um sistema de rodízio, regulando a circulação dos automóveis nos dias da semana. As soluções propostas até então dependem de grandes obras, que custam muitos recursos. Diante das dificuldades, o que se vê é a inação do poder público municipal e a piora da situação associada à deterioração da malha urbana.

As obras de mobilidade prometidas para a copa do Mundo irão apenas amenizar os problemas, mas, não representam uma resposta em definitivo. As respostas mais definitivas serão aquelas que associam pequenas e múltiplas ações às grandes obras de engenharia inteligente de trânsito.

Ademais, é importante frisar que outros caminhos terão que ser adotados, tais como a desconcentração de serviços da cidade e um melhor aproveitamento, mais inteligente, do sistema viário disponível.

A atual gestão praticamente abandonou o planejamento sistemático da cidade e perdeu as rédeas do desenvolvimento e do crescimento ordenado da cidade.

Ora, se uma grande quantidade de moradores da Zona Norte não tiver acesso aos serviços básicos e ao emprego em sua região, irá continuar a se deslocar diariamente para a Zona Sul da cidade, onde há concentração de serviços básicos e emprego.

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É evidente que o poder público municipal deve levar infraestrutura à zona Norte e fomentar o desenvolvimento da região em prol do crescimento ordenado da cidade, com impactos profundos na reordenação do trânsito e do fluxo de pessoas.

Pequenas intervenções paliativas precisam, também, ser adotadas, tais como a criação de novas faixas em algumas avenidas, fechamento de retornos, implantação de novas rotatórias e tornar algumas avenidas mão-única. São intervenções que gerarão efeitos de curto prazo. Evidentemente, em um futuro próximo será necessária à construção de um sistema ferroviário urbano, um VLT, que exige investimentos vultosos.

As resoluções conclusivas para o trânsito são um cipoal de ações intersetoriais, que envolvem planejamento, técnicas de engenharia de trânsito, medidas educacionais, legais, e de grandes obras. A melhoria da estrutura viária, a diminuição de fluxos concentrados e a organização da cidade são as variáveis que determinam a qualidade do fluxo de veículos.

Não há desculpas para não se ter pelo menos um programa de medidas simples e criativas para melhorar a fluidez do trânsito. Pode-se afirmar que a melhoria do trânsito depende em parte de engenharia inteligente, baseada em diagnósticos bem feitos e pequenas atitudes de mudança de comportamento, que ajudam a transformar a realidade do trânsito e aumentam os padrões de segurança.

É um setor que demanda trabalho cotidiano, planejamento estratégico constante e o investimento de recursos ao longo do tempo. É, ainda, preciso retomar a aplicação de dispositivos e mecanismos já previstos no de plano diretor da cidade que evitam o afogamento do trânsito.

Outro componente que deve ser dado foco é o da fiscalização do trânsito, dotando o setor com materiais e infraestrutura adequada, com investimento em formação humana e técnica e em campanhas educativas dirigidas.

Ainda, não se pode trabalhar com o trânsito de Natal supondo que se está em uma ilha isolada. Os problemas do trânsito são de ordem metropolitana. Para ilustrar este fator basta lembrar que a frota de ônibus de Parnamirim é comparável numericamente a de Natal. Há a necessidade de construção de um anel viário para a região metropolitana de Natal e a aplicação de um plano metropolitano de mobilidade.

A construção de uma mobilidade de qualidade para Natal é um dos grandes desafios para a próxima gestão. A mobilidade influencia todos os setores econômicos, tais como o comércio, o trânsito de trabalhadores, o mercado imobiliário e o turismo. No fundo, é preciso tirar os carros das ruas, fazer o trânsito fluir de uma melhor maneira.

Um ponto essencial nesta equação são as intervenções e obras em geral nos estacionamentos. Países na Europa se esforçaram em tirar os carros das ruas, principalmente nas cidades turísticas. Solucionaram boa parte dos problemas com vagas e espaços para estacionamento construindo garagens subterrâneas, embaixo de vias públicas e praças e garagens verticais.

A nova gestão deverá promover um programa que utilize parcerias público-privadas, aplicando leilões reversos em busca das menores tarifas a serem cobradas nos estacionamentos subterrâneos e verticais, investimento do construtor, em troca da permissão para explorar comercialmente durante um tempo essas garagens. O investimento de construção das garagens seria privado em troca da concessão de exploração dos serviços, já que a cidade é dona do subsolo.

Transporte

O sistema de transporte coletivo em Natal está cercado de reclamações da opinião pública e dos líderes consultados pelo Pensar Natal. Passageiros reclamam do número insuficiente de ônibus que circula na capital, da falta de cuidado dos motoristas no trânsito, do desconforto com a superlotação, da violência, do valor da tarifa e do tempo gasto com o transporte, além, da condição das paradas de ônibus.

A situação, já descrita, do trânsito contribui na piora do desempenho do transporte coletivo. Causa atrasos, diminui as atividades e aumenta o tempo de viagem, causando mais desconforto aos passageiros e gerando ineficiências múltiplas no sistema.

Nos picos de engarrafamentos os prejuízos do sistema de transporte coletivo são alarmantes, todos os dias úteis essas situações são enfrentadas em mais de uma vez. As inúmeras lideranças do setor são unânimes em reconhecer que houve uma queda geral de desempenho no transporte coletivo; a maioria atribui aos engarrafamentos a responsabilidade pela diminuição do desempenho.

Citam e explicam que houve grave omissão do poder público municipal, nos últimos anos, em planejar e realizar serviços na área de transportes. Ao longo do tempo, isto causou uma verdadeira descaracterização da mobilidade da cidade, ou seja, descaracterização pela ausência do poder público na regulamentação e fiscalização no transporte público.

As sucessivas gestões municipais não fizeram o seu papel. Faltaram com o planejamento e o rigor e acabaram por gerar crescimento desordenado e caos urbano de Natal.

No transporte coletivo as marcas atuais são a da omissão do poder público em planejar e realizar serviços na área de transportes e da descaracterização da mobilidade da cidade.

É preciso que o setor público municipal retome com vigor o seu papel de regulamentar e fiscalizar o transporte público.

O PSDB-RN sabe que será preciso reconhecer o estado de penúria dos órgãos de planejamento da Prefeitura, deixados de lado há anos, sem os investimentos necessários. Irá desencadear um rigoroso processo de reconhecimento de falhas, ausências e necessidades legais de planejamento urbano, sabendo que este é um passo inicial para retomar as rédeas e o norte do crescimento urbano de Natal.

A nova gestão precisará, então, diagnosticar a atual situação e definir suas metas e enfoques no crescimento urbano da cidade, isto em consonância às intervenções do trânsito e as implicações para o transporte coletivo. É preciso revisar e tirar do papel o Plano de Mobilidade da cidade.

Como o transporte coletivo é uma concessão pública da Prefeitura, é preciso que a mesma regulamente, fiscalize e estabeleça metas e procedimentos a serem seguidos, inclusive metas de conforto, segurança e eficiência dos transportes. Enfim, que controle o transporte coletivo em favor do povo.

Ainda, é necessário reformar e estruturar as paradas de ônibus para que sejam abrigos confortáveis e seguros. De preferência que sejam também centros de informações sobre as linhas de ônibus e horários a serem cumpridos. Estas informações são vitais para que os passageiros se programem e podem ser ofertadas em totens nas paradas de ônibus revitalizadas e construídas adequadamente.

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Medidas a serem adotadas para um trânsito civilizado e um transporte público digno, confortável e eficiente

• Estabelecer como meta e espinha dorsal da política de trânsito e transporte na cidade as seguintes diretrizes: transporte público de qualidade e planejamento para o ordenamento da cidade.

• Criar uma estrutura de gestão metropolitana para o sistema público de transporte, permitindo a integração regional de toda malha urbana conurbada.

• Adequar a implantação de empreendimentos de grande impacto, em locais que permitam absorver a sobrecarga causada nas vias e seu entorno.

• Intervir no sistema viário existente e implantar novas vias que permitam o escoamento do tráfego entre o centro e os bairros, prevendo-se o aumento da demanda dos próximos anos, inclusive uma via no entorno da cidade para evitar o tráfego pesado na malha urbana.

• Implantar o plano de ciclovias de Natal e Região.

•Desenvolver campanhas permanentes para educação voltadas para a conscientização sobre cumprimento das leis do trânsito, sobre a utilização do sistema com soluções alternativas tais como mudança de sentido de vias em horários de pico melhorando a capacidade do tráfego, bem como o respeito ao pedestre.

• Liderar a discussão com as cidades da região metropolitana a integração entre os sistemas, bem como a implantação de um sistema de transporte metropolitano, prevendo-se o compartilhamento da gestão do transporte público intermunicipal. Construção de um anel viário para região metropolitana de Natal.

• Transformar as paradas de ônibus em verdadeiras estações de transferência confortáveis, seguras e com informações sobre linhas e horários de ônibus disponibilizados em totens para os passageiros.

• Fomentar e estimular a criação de estacionamentos e liberar as vias para circulação de veículos.

• Implantar um sistema de câmeras eletrônicas para fiscalizar as ruas da cidade, contribuindo na segurança aos cidadãos e na logística do trânsito, ou seja, estabelecer por meio de câmeras e de programas informatizados o monitoramento e a gestão do tráfego em tempo real.

• Acelerar, promover e captar recursos necessários para a implantação do metrô de superfície, tipo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que atenda toda a Região Metropolitana.

• Estabelecer padrões mínimos de qualidade obrigatórios na prestação do serviço de transporte público, com criação de atrativos para o transporte coletivo.

• Implantar em parceria com o setor empresarial, programa permanente de aperfeiçoamento e requalificação profissional para taxistas e operadores do sistema de ônibus.

• Implantar em parceria com o setor empresarial um programa para substituir as linhas elétricas aéreas por galerias subterrâneas (aterrar as fiações) das principais avenidas de Natal. Procurar um dispositivo legal para haver uma parceria público-privada para o trabalho.

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Medidas simples e criativas para melhorar a fluidez do trânsito

• Programar corredores exclusivos e prioritários para ônibus;

• Melhorar o transporte coletivo (área de abrangência, frequência, pontualidade, qualidade das estações de embarque, proximidade a serviços complementares);

• Implementar ciclovias e ciclo-faixas para estimular o deslocamento por bicicletas;

• Agilizar o embarque nos ônibus, instalando equipamentos apropriados para o acesso de cadeirantes;

• Adotar faixas de veículos em que só podem trafegar automóveis com mais de duas pessoas, que reduzem a quantidade de carros nas ruas;

• Estimular a conexão entre áreas residenciais e áreas de concentração de empregos;

• Consertar as ruas somente durante a noite;

• Coordenar melhor os semáforos;

• Restringir o horário de circulação de caminhões pela cidade.

São exemplos aplicados em várias cidades espalhadas no mundo e que em conjunto deram bons resultados.

Corredor Antônio Basílio e Amintas Barros

A cada mês a cidade de Natal recebe em suas ruas cerca de 1700 novos veículos. O crescimento da frota, ao longo dos anos, trouxe para a cidade um grave problema de congestionamentos. E esse problema é, a cada dia, agravado pela falta de investimento em infraestrutura, no melhoramento das vias públicas e na abertura de novas vias.

A cidade tem apenas duas vias de penetração longitudinal, sentido Sul-Leste, que são a Avenida Salgado Filho/Avenida Hermes da Fonseca e a Avenida Prudente Moraes, e apenas uma via de penetração transversal que é a Avenida Bernardo Vieira, que liga a Zona Norte às demais zonas da cidade.

A Avenida Bernardo Vieira nos anos de 2007 e 2008 recebeu uma intervenção parcial, que implantou

um corredor exclusivo para ônibus, na tentativa de diminuir os grandes engarrafamentos que já aconteciam naqueles anos. A intervenção recebeu uma grande crítica dos natalenses, especialmente dos comerciantes locais.

No início, a intervenção minimizou os engarrafamentos, no entanto, nos dias de hoje, outras intervenções são necessárias para garantir o direito de ir e vir da população de Natal e aumentar a velocidade média, a segurança e a pontualidade do Sistema Público de Passageiro de Natal por ônibus. Mais conforto, mais rapidez nos deslocamentos e confiabilidade do sistema através do cumprimento de horários.

Com o advento da Copa do Mundo foi incluído no PAC 1 a duplicação e implantação de corredores de

Temos que trabalhar a fluidez do sistema público de transporte

e do trânsito em Natal. Hoje a Bernardo Vieira está completamente estrangulada;

é necessário trabalhar com vias alternativas como a Antônio Basílio.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

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ônibus nas Avenidas Capitão Mor Gouveia, Napoleão Laureando e Felizardo Moura, até a Ponte de Igapó sobre o Rio Potengi.

Esta obra, já com os recursos aprovados pela CEF, diante da ineficiência da atual gestão, tem tido adiado o seu início.

Já se fala que a atual gestão irá desistir da duplicação da Avenida Mor Gouveia, transferindo o corredor para a Avenida Jerônimo Câmara, por não haver mais tempo para as desapropriações devidas.

Tão importante quanto a duplicação destas vias é a reestruturação das Avenidas Amintas Barros e Antônio Basílio para acabar com a descontinuidade e prolongá-las até a Avenida Napoleão Laureano/BR226.

A reestruturação criaria três novos corredores de penetração transversal para a cidade de Natal, transferindo parte do fluxo de veículos existente na

Avenida Bernardo Vieira para as Avenidas Antônio Basílio, Amintas Barros e Mor Gouveia.

Além de garantir uma melhoria substancial nos deslocamentos, beneficiando o transporte público coletivo, o individual e o transporte de mercadorias, nos sentidos norte/sul, norte/oeste e vice e versa.

Essas intervenções criarão novos destinos e novos negócios nos bairros de Bom Pastor, Quintas, Nazaré, Dix-Sept Rosado e Lagoa Nova, no quadrilátero formado entre as Avenidas Napoleão Laureano, Av. Mor Gouveia, Av. Prudente Moraes e Av. Bernardo Vieira.

As intervenções de prolongamento da Antônio Basílio foram orçadas em cerca de 23 milhões de reais, enquanto que as de prolongamento da Amintas Barros foram orçadas em 19 milhões de reais, recursos que seriam viabilizados no pacto da mobilidade urbana do Governo Federal.

Estacionamentos públicos

O PSDB-RN prevê a construção de três estacionamentos públicos que serão localizados no Alecrim, outro na Cidade Alta e um em Petrópolis/Tirol. Serão feitos através de Parcerias Público-Privadas, onde grupos empresariais interessados poderão fazer a obra de construção dos estacionamentos, em vias e praças públicas, todos com aproximadamente 1.000 vagas, e explorar a comercialização das vagas, oferecendo conforto, segurança e comodidade aos usuários.

O do Alecrim deverá ser na Rua Leonel Leite, atendendo a maior concentração de lojas do bairro.

O da Cidade Alta deverá ser em frente à Secretaria Municipal de Tributação, no encontro da Rua São Tomé com a Rua Cel. Bezerra.

O estacionamento de Petrópolis/Tirol deverá ser na Rua Mipibu, entre a Av. Afonso Pena e Campos Sales, atendendo a região das clinicas e hospitais.

Cada estacionamento terá aproximadamente 30.000m² de área construída em dois ou mais pavimentos.

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A nova gestão da cidade do Natal terá que implantar, em caráter de urgência, programa de reestruturação, recuperação, viabilização e fiscalização da limpeza pública da cidade e da coleta de lixo, em todos os bairros e ruas da cidade, com resultados efetivos de curto prazo.

Em outros termos, é inadmissível a situação de completo caos administrativo da coleta de lixo e limpeza da cidade.

É preciso tratar o planejamento urbano de forma integrada, envolvendo todos os setores responsáveis e secretarias que atuam diretamente na disciplina do uso do solo e da infraestrutura da cidade, tais como trânsito e transportes, abastecimento de água e saneamento básico, urbanização e meio ambiente.

O planejamento urbano integrado garantirá que as propostas sejam coerentes e sintonizadas com os objetivos estratégicos de desenvolvimento sustentável de Natal.

Como norte, a nova gestão acredita que será preciso readequar o uso e ocupação do solo de forma a respeitar e compatibilizar a dinâmica populacional, os eixos de desenvolvimento e qualidade de vida da população. Há um trabalho de médio prazo a cumprir que a compatibilização das diferentes legislações de uso e ocupação do solo para harmonizar o processo de crescimento da cidade, onde os interesses dos cidadãos de Natal sejam atendidos.

A nova gestão, também, terá que regulamentar adequadamente as ZPAs (Zonas de Proteção Ambiental). Evidentemente, terá que iniciar os processos de regulamentação das que ainda não o foram, seguindo as diretrizes e os condicionamentos ambientais, sociais e econômicos. Com o Plano Diretor e as zonas de proteção regulamentadas, haverá clareza sobre os limites e os condicionantes reais do desenvolvimento.

Procurar o equilíbrio entre os fatores ambientais, sociais e econômicos e permitir o uso responsável dos espaços, com foco no bem estar do povo de Natal é a diretriz fundamental da ação da futura gestão.

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A nova gestão também irá trabalhar para viabilizar a infraestrutura da Zona Norte da cidade, permitindo que a mesma se transforme em zona adensável, podendo ter um coeficiente de aproveitamento diferente do coeficiente básico. Com isso, haverá valorização da região e dos seus imóveis, além de consolidar e ampliar o desenvolvimento nesta parte de Natal.

Ainda, a nova gestão da cidade irá liderar para acelerar a elaboração do plano de mobilidade da região metropolitana, com proposição de modelo e forma de gestão compartilhada para o transporte intermunicipal. A nova política será a de integrar os municípios da grande Natal para gestação e tomada de decisões colegiadas que

afetarão toda a região, incorporando, desta maneira, uma visão metropolitana ao planejamento e regulamentação do crescimento da cidade.

É compromisso do PSDB-RN aprimorar o quadro técnico das secretarias envolvidas com a regulamentação do uso do solo para garantir a preservação dos recursos naturais e eficiência no processo de planejamento e controle do solo urbano. Ou seja, programar uma gestão que não empaque o desenvolvimento e o crescimento da cidade, mas, ao contrário, condicione este crescimento ao respeito racional ao meio ambiente.

A cidade tentava se maquiar, limpando pelo menos

os principais corredores da cidade, mas agora perdeu até essa

referência. Está acontecendo uma verdadeira falência administrativa e

gerencial. Se você não consegue pagar seus fornecedores, é evidente

que eles têm má vontade em prestar o serviço.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

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Em Natal, segundo o IBGE, nos últimos 10 anos, 2000 a 2010, houve um acréscimo de 1.324% no número de moradores que residem em habitações subnormais. Habitações subnormais, ainda segundo o IBGE, são aquelas localizadas em áreas precárias para sobrevivência, tais como favelas, cortiços e palafitas.

Hoje, Natal tem 10,08% de sua população vivendo nesses agrupamentos subnormais, o maior percentual do RN e média superior ao restante do país. O IBGE informou que Natal tem 41 favelas e similares que abrigam mais de 80 mil pessoas. São localidades de alta precariedade de infraestrutura urbana e quase desprovidas de serviços públicos.

Não se pode deixar de observar que este crescimento é uma demonstração de que não houve preocupação com o planejamento da cidade, em prol de um crescimento ordenado. O período de 2000 a 2010 foi de crescimento desordenado, indesejável para uma cidade.

Certamente, o planejamento urbano aplicado para disciplinar o crescimento foi deixado de lado por sucessivas administrações. Foram administrações irresponsáveis que não cuidaram de planejar a cidade, de prever o seu crescimento e evitar as grandes distorções que, hoje, ocorrem em diferentes bairros de Natal. A situação em que chegou a cidade é prova incontornável da inércia, do descaso, do abandono e a da falta de vontade política e administrativa dos gestores em planejar, regulamentar e coordenar o desenvolvimento da cidade.

Nos últimos 10 anos, o crescimento de favelas foi impressionante, uma verdadeira explosão demográfica não controlada.

A situação sugere que uma nova gestão da cidade tenha que promover uma verdadeira reforma urbana, capaz de melhorar as condições de habitação nas favelas, urbanizando-as quando possível; e removendo famílias para outras localidades com infraestrutura urbana planejada, quando necessário e impositivo for.

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A reforma urbana necessária deverá levar em conta a resolução para as habitações construídas em áreas de risco, combater os déficits habitacionais e prever investimentos em infraestrutura urbana e de serviços, saneamento e drenagem.

Ainda, segundo os levantamentos do IBGE, Natal tem 80% dos seus domicílios em condição irregular. Dos 265 mil imóveis, 80% ou 212 mil imóveis estão em situação ilegal. A realidade dos números impõe a necessidade de transformar a cidade real em uma cidade legal. Para isso, há respaldo no Estatuto da Cidade, Lei Federal, e deve contar com a liderança e empenho de uma Prefeitura, juntamente com os setores da justiça e da sociedade civil, em promover a legalização fundiária da cidade, de todos os imóveis.

Não há dúvidas de que a situação fundiária do município de Natal é um dos grandes problemas enfrentados pela população. Nos últimos anos, a legalização fundiária foi deixada de lado e virou sinônimo de descaso, descompromisso e falta de vontade política das sucessivas gestões municipais em resolver o problema.

Apesar de Natal ter uma Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, os trabalhos são extremamente tímidos e não avançam diante das grandes necessidades e demandas.

É preciso entender que a legalização fundiária não é apenas distribuir os títulos de propriedade dos imóveis, mas investir, também, na melhoria da qualidade de vida, infraestrutura e urbanização dos bairros. Além do mais, não adianta regularizar o imóvel se ele estiver caindo aos pedaços, é preciso dar condições e incentivos para a família possa melhorar as condições do seu imóvel preparado para a legalização.

A reforma urbana associada a um processo de legalização fundiária, precisa subordinar os seus interesses a projetos de melhoria das condições sociais e de prestação de serviços públicos. É preciso por em prática as Leis do Plano Diretor, e, em alguns casos, até rever leis e dispositivos legais.

É salutar lembrar que na realidade, o imóvel com escritura pública é um beneficio direto às famílias, pois aumenta o valor da casa em até 40% e permite ao proprietário oferecer o imóvel como garantia de empréstimos e benefícios por parte dos governos.

A legalização fundiária, com escritura pública para quem precisa, é cidadania; um direito do cidadão natalense.

Medidas, programas, projetos e ações de Reforma Urbana e Legalização Fundiária

• Reforma urbana significa urbanização, dotação de equipamentos públicos, saneamento básico e prestação de serviços públicos básicos nos bairros da cidade.

• Legalização fundiária significa escritura pública de imóveis, apoio na reforma do imóvel, aumento no valor do imóvel, direito e cidadania.

• A futura gestão adotará medidas urgentes para solucionar o problema, procedendo as articulações necessárias para fazer a ampla legalização dos imóveis de Natal, organizando e dotando de infraestrutura e equipamentos comunitários todos os bairros de Natal, priorizando as ações nos que possuem as piores situações.

• Irá aplicar o Estatuto da Cidade e o Plano Diretor para induzir o crescimento ordenado da capital. O Estatuto prevê a garantia do acesso de todos à terra urbana, e um meio ambiente social e ecologicamente equilibrado, além de definir o que são as áreas especiais de interesse social.

• O esforço da nova gestão estará concentrado na articulação e atuação conjunta das diversas

instâncias públicas pertinentes para a regularização fundiária dos 212 mil imóveis irregulares em Natal.

• Será feito um profundo diagnóstico da cidade, físico e territorial. Saber o que existe, onde fica e o que pode ser construído. Natal, hoje, possui praticamente todo o seu território ocupado, ou seja, é preciso mudar o foco de ocupação da cidade. Locais ainda pouco habitados, precisam ter suas áreas otimizadas.

• Investir na urbanização das próprias favelas onde elas estão. Fazer estudo sobre a situação territorial de cada uma, determinando investimentos em esgotamento sanitário,drenagem e pavimentação, abertura adequada de ruas e ordenação das casas.

• A nova gestão só irá realocar favelas nos casos em que a comunidade esteja em uma área sem condições de sobrevivência ou na presença de ameaças de desastres.

•Urbanizar e valorizar as ocupações subnormais da cidade, com praças, regularização de ruas, toponímia e equipamentos públicos; promover a melhoria das condições das comunidades e, ao mesmo tempo, ajudar a resgatar a autoestima dos moradores.

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• A legalização fundiária será também trabalhada em conjunto com a região metropolitana.

• Tomar medidas para reduzir o déficit habitacional e acelerar programas habitacionais em parceria com o governo federal para atender a população mais carente, que não tem acesso ao crédito do sistema financeiro.

• A nova gestão irá promover e incentivar a produção de habitações em áreas urbanizadas e passíveis de ocupação pelo setor privado. As áreas devem ser providas de infraestrutura compatível com a verticalização.

• Será prioridade para a nova gestão revitalizar as áreas que já possuam infraestrutura, por meio de incentivos para viabilizar a implantação de unidades residenciais e assim aperfeiçoar a utilização de espaços degradados.

É necessário e urgente uma reforma urbana em Natal e este

papel tem que ser encabeçado pela Prefeitura. A periferia vem

inchando com absoluto descontrole por parte do poder público

municipal. Natal precisa urgentemente de uma reforma urbana,

com uma grande política de legalização fundiária.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

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A falta de saneamento básico, drenagem e rede de esgoto no Brasil é praticamente a norma. Segundo dados censitários do IBGE, 61% das residências no Brasil têm o seu esgoto coletado e, desses, apenas 30% vão para tratamento. O restante é descartado in natura no meio ambiente.

Pode-se considerar a situação do saneamento básico brasileiro como, simplesmente, catastrófica. Os investimentos nacionais são parcos e mal planejados. Os especialistas dizem que mesmo que tenha havido algum avanço no volume de recursos investidos, a ampliação do saneamento está ficando estagnada frente ao crescimento desordenado das cidades. O patamar do saneamento no Brasil continua o mesmo ao longo de uma década.

Recentemente, foi divulgado um levantamento apontando que Natal está entre as piores cidades-sede da Copa em saneamento básico. Apresentou um dos piores índices de saneamento básico, hoje, apenas 32% dos domicílios têm saneamento básico adequado. Natal ocupa a 55ª posição no ranking das 81 maiores cidades do Brasil em saneamento.

A falta de saneamento básico adequado traz consequências negativas, por exemplo, piorando a saúde da população que acaba por superlotar postos de saúde e a demandar por mais remédios. Falta de saneamento básico gera despesas na saúde pública e fragiliza as pessoas e as famílias.

Os números revelados pelo IBGE mostram que Natal, com 32% de saneamento, divide a péssima posição com Rio Branco, Aracaju, Porto Alegre, São Luís, Teresina, Macapá, Belém, Recife, Manaus e Cuiabá, caracterizando uma situação generalizada no país.

Não se tem tratamento adequado de esgoto e isto é facilmente visto pelos bairros de Natal. Não é difícil ver esgoto a céu aberto. Bairros abandonados à própria sorte, sem infraestrutura adequada é rotina em Natal. Definitivamente, não foi prioridade das sucessivas administrações municipais melhorar a vida da população.

Segundo dados (2010) de drenagem e pavimentação divulgados pela própria Prefeitura, Lagoa Azul tem apenas 20% de drenagem e 23% de pavimentação. Pajuçara tem apenas 30% de drenagem e pavimentação. Na zona Sul, Candelária tem 20% de drenagem e 35%

de pavimentação, e na região Oeste, o bairro do Planalto tem apenas 13% de drenagem e pavimentação, para citar apenas exemplos em que a situação é pior.

Na região norte de Natal é onde se encontram as piores situações. Evidentemente, é uma área da cidade que precisa ser priorizada.

Segundo informações técnicas da CAERN, a Estação de tratamento do Baldo ainda não recebe toda a sua capacidade, pois as obras de Morro Branco e Nova Descoberta ainda precisam ser interligadas, o que está previsto para ainda este ano.

A estação em Ponta Negra será ampliada, enquanto as obras para o Guarapes não estão concluídas, segundo previsões em um ano o saneamento poderá ser ligado.

Nas Quintas se tem duas lagoas de estabilização e em Igapó uma lagoa de estabilização. Segundo os técnicos, lagoa de estabilização não é a mais adequada forma de tratamento atualmente. O tratamento do esgoto pode ser feito em três diferentes níveis, de forma primária, secundária e terciária. O tratamento primário

são as lagoas de estabilização, isto é, a forma mais simples.

A estação do Baldo comporta 450 litros por segundo de tratamento, o que significa o atendimento de toda a região central da cidade, Tirol, Petrópolis, Alecrim, Barro Vermelho, Santos Reis, Lagoa Nova. Com estação do Baldo completa, prevê-se a readequação do recebimento do esgotamento.

Os técnicos acreditam que até o final do ano 2014, 70% de Natal esteja servida de saneamento básico. Isto significa praticamente dobrar os atuais patamares. O bairro do Planalto está com contratos para ligações já assinados e recursos garantidos, mas nada ainda começou.

A Copa poderia ser uma oportunidade a ser aproveitada, e deixaria um legado se o município começasse a investir seriamente e de forma eficaz no saneamento dos bairros, aumentando os índices de esgotamento sanitário, pavimentação e drenagem.

Grande parte da rede de tratamento está feita, mas, ainda, não interligada. Faltam obras para definir a destinação do esgoto.

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Na Zona Norte, apenas Igapó e Redinha são saneadas. Igapó é em nível secundário e Redinha em nível terciário. As obras em Nossa Senhora da Apresentação ainda não foram concluídas.

O Bairro de Capim Macio possui rede de esgoto pronta. Projeto está praticamente concluído, falta concluir apenas 20% da obra. Destinação dos resíduos ainda não foi definida em discussão com Ministério Público.

Técnicos, ainda, informaram que há recursos para o esgotamento de San Vale, mas a atual administração municipal informou que não tem como fazer a drenagem. Hoje, a cidade possui 104 pontos críticos de drenagem, a maior parte na Zona Sul. Tirol e Petrópolis possuem problemas de drenagem por serem bairros muito antigos.

Especialistas, ainda, alertam que cidade possui grandes problemas com suas lagoas de captação. Exemplificam dizendo que o bairro de Capim Macio está na iminência de uma inundação e que há bombas sem uso, soterradas e se deteriorado pela ação do tempo. Um caso escabroso de omissão e descaso do poder público municipal.

O plano Integrado da Zona Norte e lagoas do Jiqui tiveram suas licitações realizadas, mas, não foram iniciadas, porque a atual gestão não pagou a contrapartida. Hoje, no saneamento a região do Planalto é a mais atrasada, ainda, é preciso fazer estudos para drenagem. A região do San Vale já tem projeto pronto para ser licitado.

O quadro não é nada bom. A nova gestão municipal terá muito trabalho a fazer no saneamento básico, na drenagem e pavimentação da cidade de Natal.

Após, um minucioso diagnóstico a nova gestão deverá implantar um plano rigoroso de obras para alcançar melhores patamares de urbanização da cidade. Será preciso, também, em regime de colaboração e entendimento, sentar-se à mesa com a Caern, rever o contrato e reajustar cronogramas para a aceleração do saneamento básico para toda a Natal.

Medidas a serem tomadas pela futura gestão municipal

• Dar prioridade máxima para dotar os bairros de infraestrutura minimamente digna para a população. Isto não deve ser encarado como despesa, mas, sim, como investimento, pois, com mais saneamento, pavimentação e drenagem pode-se economizar, por exemplo, nos serviços municipais de atendimento médico, pois a população ganhará em saúde e evitará doenças.

• A nova gestão buscará parcerias com o poder Estadual e Federal para a resolução destes problemas; os dados indicam que a Zona Norte deve ter atendimento prioritário, pois apresenta a pior situação entre todas as zonas residenciais de Natal.

• A nova gestão irá trabalhar com planejamento, buscando a eficácia administrativa. O que se tem visto até então é descaso e má administração. É possível mudar isto, com foco e trabalho conjunto entre os poderes públicos na captação de recursos para aplicar no saneamento, pavimentação e drenagem da cidade.

• O Governo Federal precisará investir R$ 22 bilhões apenas para manter a atual oferta de água nas cidades brasileiras até 2015. É preciso o empenho da nova gestão em conseguir mais recursos para o saneamento, a drenagem e o tratamento da água para a cidade.

• É imprescindível ampliar o saneamento da cidade para eliminar a presença de nitrato na água.

• Aplicar o Plano Diretor de Saneamento Básico, que define projetos para toda a cidade. Aplicar o Plano Diretor de Drenagem de Natal.

• A nova gestão irá negociar com a CAERN a dívida da Prefeitura e a dívida da empresa com a Prefeitura e encontrar os melhores meios de resolução do problema.

• Irá, também, rever os termos do Contrato com a CAERN no intuito de acelerar o saneamento básico da cidade; o nível de atendimento com sistema de esgotamento sanitário de Natal, segundo a Empresa, é de 34% e deverá atingir 52% até dezembro de 2012, e 70% até dezembro de 2013. A promessa é que todos os esgotos, a partir de 2013, sejam 100% tratados a nível terciário.

• A nova gestão terá que qualificar, modernizar e fortalecer a Arsban - Agência reguladora de saneamento básico de Natal - para que a mesma exerça suas funções institucionais de uma verdadeira agência reguladora.

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É preciso incrementar o setor de serviços da cidade do Natal, pois sua vocação nesta área é clara e indiscutível. A cidade tem uma vocação natural para o turismo, o que dinamiza ainda mais outros setores de serviços, por exemplo.

A nova gestão terá que investir na qualificação do setor e dar condições de gestão, estabelecer parcerias com a iniciativa privada e criar quadros técnicos compatíveis com o crescimento da região, que possam ser aproveitados nas novas indústrias e oportunidades locais no setor de serviços.

Além disso, deve se empenhar em implantar um sistema operacional para reduzir a burocracia dos órgãos públicos nos processos de abertura de empresas, aprovação e licenciamento de projetos, criando-se um canal único que possa receber a documentação e emitir as licenças.

O norte seria, também, ampliar e fortalecer a rede de microcrédito, estimulando o empreendedorismo, a capacitação e o fortalecimento

dos pequenos negócios que são grandes geradores de empregos na cidade.

Então, para alavancar a economia da cidade e potencializar a criação de empregos e a geração de renda, a nova gestão deverá estar focada em incentivar a implantação de novas cadeias produtivas, novas indústrias e arranjos produtivos no setor de serviços, por meio de incentivos fiscais e modificadores da legislação urbanística em áreas específicas da cidade.

O turismo merece especial atenção. É preciso mais apoio da administração municipal ao setor, tendo em vista que as demais capitais da Região Nordeste, que concorrem diretamente com Natal, estão a cada dia se profissionalizando na venda de seus produtos turísticos.

Com a aplicação de projetos criativos e em parceria com o setor privado, é preciso aumentar o fluxo turístico nos períodos de baixa estação. Na realidade, tem-se muito a fazer para dinamizar a cadeia produtiva do turismo.

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Nos últimos anos, as administrações têm virado as costas para esse segmento da economia. Por exemplo, há muito que Natal precisa de um grande parque de exposições para receber grandes eventos na baixa estação e permitir que a rede hoteleira não sofra nesse período.

Há muito tempo, é necessária a criação de um corredor turístico e cultural para o município, além de modernizar os atrativos turísticos, conservá-los e expô-los de forma conveniente.

O trabalho da nova gestão deverá ser o de preparar a cidade e a população para atender o grande fluxo de estrangeiros durante a Copa do Mundo e, principalmente, para o crescente fluxo após o evento. Por exemplo, deve-se começar pela sinalização a ser feita em dois idiomas.

É preciso unir estrategicamente o setor da cultura ao do turismo, identificando e promovendo uma identidade cultural para Natal, além de estruturar um plano de marketing para vender Natal ao Brasil e a outros países. Precisa, ainda, ajudar a fomentar outros tipos de turismo: de eventos, cultural e contribuir estrategicamente na diversificação da oferta.

É preciso dizer que a nova gestão exercerá um papel estratégico para incrementar e possibilitar o profissionalismo nos estabelecimentos turísticos de Natal, pois é preciso uma maior oferta de produtos para o turismo e diversificar essa oferta.

Constata-se, ainda, a existência de falhas graves no setor estratégico de levantamento de informações sobre o turismo em Natal e no Estado. Não há pesquisa para avaliar o perfil dos turistas que procuram a cidade.

Por fim, a nova gestão liderará uma ampla revisão na legislação existente, fazendo funcionar o Fundo Municipal de Turismo, que foi criado mas nunca efetivado, garantindo recursos permanentemente para o setor.

A revisão, principalmente, nos dispositivos que engessam a utilização de áreas importantes para o turismo deve ser feita urgentemente. Em suma, a nova gestão irá aplicar uma política pública estratégica para o desenvolvimento do setor de serviços da cidade do Natal, com especial ênfase ao turismo.

Os caminhos do desenvolvimento, do emprego e da renda

• Trabalhar fortemente o oferecimento de cursos técnicos em turismo para qualificar a mão de obra e implantar um ensino de ofícios do turismo;

• Criar um banco de informações sobre o turismo em Natal e no Estado, com pesquisas sistemáticas para responder sobre indicadores, que ajudem no desenvolvimento do turismo. Em parceria com UFRN criar o observatório do turismo como ferramenta essencial para o planejamento estratégico, responsável pela centralização das informações, análise da evolução do mercado e tomadas de decisão, sintonizado com os poderes públicos em todo o processo de manutenção e captação de informações. Soluciona a questão da falta de pesquisas para a área;

• Rever a legislação municipal que pode estar engessando possibilidades e áreas importantes para o avanço do setor de turismo;

• É preciso elevar o padrão do turista que visita Natal. A construção da Marina é fundamental para elevar o padrão de consumo, bem como a implantação de equipamentos turísticos de alto padrão de qualidade;

•Contribuir para aumentar a permanência do turista e, consequentemente, seus gastos na cidade e Região Metropolitana;

• Implantar uma linha de ônibus que passe nos pontos turísticos. Intensificar a ação para fazer avançar o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável, que pode conseguir captar investimentos do Governo Federal;

• Recuperar toda a orla de Natal, da Redinha à Ponta Negra, fazendo a engorda das praias, urbanização e implantação de equipamentos públicos;

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• Levar o turismo para o comércio do Alecrim ou Cidade Alta. Revitalizados. Resgatar a parte cultural e valorizar isso na população, com campanhas, oficinas, para que pessoas conheçam o patrimônio que possuem;

• Qualificar e investir no MUSEU DA RAMPA (os recursos para essa obra já estão garantidos pelo governo do Estado), que poderá representar um novo e grande atrativo para os turistas.Foi no museu que Getúlio Vargas recebeu o presidente norte-americano Franklin Roosevelt durante a Segunda Guerra Mundial;

• Definir um sítio histórico e arquitetônico na Ribeira. (Museu Café Filho, Museu Câmara Cascudo, Palácio do Governo, Buraco da Catita, Rua Chile);

• Combater problemas da cidade que prejudicam o turismo, como o despejo de efluentes nas praias, insegurança e falta de limpeza pública;

• Ampliar a vigilância sanitária: fiscalizar ambulantes. É preciso imprimir regras e organizar efetivamente as áreas com praia na cidade;

• Criar um Plano de metas permanente para o setor de serviços da cidade, com objetivos a serem atingidos nos próximos anos em todos os setores;

• Reconstruir, qualificar e investir na Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Natal;

• Ativar o Fundo Municipal de Turismo para garantir os recursos necessários aos investimentos no setor;

• Implantar a sinalização turística bílingue;

• Implantar um programa de incentivo a pequenas e microempresas de Natal - isenção do pagamento de taxas para alvará de micro e pequenas empresas; incentivar o pequeno crédito para a aplicação no desenvolvimento dos negócios; apoiar e incentivar parcerias com o sistema S para qualificação dos pequenos negócios nos diversos segmentos produtivos de Natal; simplificar os procedimentos de abertura, alteração e baixa de pessoas jurídicas, no tocante ao que depende da Prefeitura.

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Parque Tecnológico de Natal

Projeto Mirante do Potengi

Apoiar a implementação de mecanismos consolidados mundialmente como plataforma de desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação.

Implantar, em parceria com o setor privado e a UFRN, um Parque Tecnológico que tenha como objetivo promover e incentivar o desenvolvimento econômico e tecnológico, por meio da atração de investimentos e da geração de novas empresas intensivas em conhecimento.

A partir da integração entre universidades, institutos de pesquisa, setor privado e Prefeitura, buscar assegurar o desenvolvimento de atividades intensivas em conhecimento e tecnologia, com a criação de um ambiente favorável ao surgimento de novas empresas de base tecnológica, à geração e difusão do conhecimento e ao fomento da capacitação tecnológica em setores-chave para o desenvolvimento nacional.

O Metrópole Digital é o embrião do futuro Parque Tecnológico de Natal

A Zona Norte da cidade do Natal é a mais desprovida de equipamentos turísticos, e é de onde se tem uma das melhores vistas panorâmicas da área central da cidade, permitindo-se a contemplação de toda a área do estuário do Potengi.

A criação de novos pontos turísticos deve ser uma permanente preocupação do poder público local, no sentido de procurar desenvolver todo o potencial existente na região, criando-se oportunidade de trabalho, incrementando a absorção da mão de obra, ao mesmo tempo, em que possibilita o surgimento de novos atrativos a serem oferecidos às operadoras de receptivo turístico, beneficiando toda a população local.

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A implantação do MIRANTE DO POTENGI numa área de fácil acesso e muito ampla, foi a principal preocupação na escolha do lugar apropriado, visto que se trata de um tipo de equipamento que poderá desenvolver importante papel na geração de oportunidades a serem exploradas pelo maior número de pessoas possível.

A área mais apropriada para a implantação do MIRANTE é no final da Rua Construtor Severino Bezerra, ao lado da torre da Telemar em Igapó, num terreno com mais de 10.000,00m², de onde se tem uma vista panorâmica de mais de 180° pegando toda a praia da Redinha, as dunas, o Potengi, o Forte dos Reis Magos, o Porto e toda a maravilhosa vista da cidade.

O MIRANTE DO POTENGI será uma grande praça, com estacionamento para os ônibus de turismo, uma edificação onde deverá ter uma estrutura de terminal turístico com uma central de informações, posto policial, lojas de artesanato, lanchonete, agência para passeios de buggy, um restaurante de comidas típicas, palco para apresentações folclóricas, musicais e demais manifestações culturais produzidas pelas comunidades da Zona Norte.

Além da estrutura acima citada, o MIRANTE terá uma grande praça, com bancos onde os turistas possam contemplar a beleza da região, podendo ser oferecido lunetas para que se possa ter uma visão dos detalhes de toda a paisagem.

Como já existe acesso pavimentado até o local, os investimentos necessários para viabilizar o projeto deverão ser aplicados na desapropriação da área, e elaboração do projeto e estudos ambientais. Para a implantação da praça e a edificação da estrutura de terminal turístico deverá ser feito através de uma PPP onde o setor privado interessado poderá construir e explorar por um determinado período de tempo.

É importante considerar que os investimentos aplicados na criação de mais um importante atrativo turístico na cidade, irá produzir um efeito positivo muito grande, a começar pela própria população da Zona Norte, pois o número de postos de trabalho gerados diretamente no empreendimento deverá ser em torno de 120 postos.

O restaurante típico, as lojas de artesanato, o Box de informações, a agência de viagens vendendo os passeios no litoral norte, os grupos de produção de artesanato, os grupos de produção artística e cultural, os guias de turismo, e outros profissionais irão ser beneficiados com a implantação do MIRANTE DO POTENGI.

Mirante da Getúlio Vargas

Urbanização da Praia de Ponta Negra

Previsto como uma das ações do Plano Estratégico de Turismo de Natal, o Mirante da Getúlio Vargas será implantado na encosta paralela a av. Getúlio Vargas, aproveitando o desnível entre a Rua do Motor, onde seria construída uma estrutura contendo um estacionamento, sob o qual haveria um conjunto de lojas, bares, restaurantes e uma passarela que seria um Mirante. De lá, se teria toda a visão panorâmica das praias centrais de Natal.

Os acessos seriam por meio da av. Getúlio Vargas, com rampa e escadarias, bem como pela Rua do Motor, onde haveria um grande estacionamento e os acessos às lojas e mirante.

O conceito do empreendimento será estruturado com parcerias, onde o setor privado viabilizará os recursos para implantação da construção e urbanização, sendo explorado comercialmente pelos parceiros que comercializarão os produtos e serviços turísticos, ficando a Prefeitura do Natal como fiscalizador do empreendimento.

O projeto deverá ser licitado, conforme a legislação em vigor, onde todos os estudos referentes aos detalhes de engenharia, orçamento, de viabilidade socioeconômica e ambiental deverão ser viabilizados por meio do Ministério do Turismo.

Após a conclusão de aprovação dos projetos e estudos pelos órgãos competentes, a obra deverá ser licitada em forma de Parceria Pública Privado, onde o município entrará com o terreno e a fiscalização.

Implantação de um calçadão com 12 metros de largura, por 2.000 metros de extensão, com pavimentação realizada com tijolos de cimento intertravados, previsão de local para estacionamento, meio fio ao lado da via e da praia, iluminação, equipamentos de uso público como sanitários e apoio de salva-vidas, equipamentos para a prática de esportes, bancos, abrigos de passageiros e tratamento paisagístico.

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Urbanização da Praia do Forte e da Orla do Rio Potengi

Marina Pública no Rio Potengi

Consiste da definição da área a ser ocupada pela Marina Pública de Natal, entre o Forte dos Reis Magos e a Ponte Forte/Redinha, e a continuação do calçadão da praia do Meio, prosseguindo até o Iate Clube de Natal, num trecho em passarela de madeira, suspensa para proteger o manguezal, e outro com pavimento intertravado.

A sua implantação também irá se constituir de áreas para estacionamento, equipamentos como sanitários públicos, posto de policiamento, iluminação, paisagismo, bancos e demais equipamentos.

Trata-se da elaboração de projetos de arquitetura, engenharia, estudo de viabilidade econômico-financeira, estudos ambientais e complementares de instalações, em nível de projeto executivo, para construção de uma marina a ser realizada posteriormente por meio de Parceria Público-Privada.

O projeto definirá todos os detalhes de implantação, tais como: ancoradouros, piers, rampas, estacionamento de barcos, administração, estacionamentos de veículos, local para edificação do empreendimento que viabilizará economicamente a marina - a exemplo de área para implantação de hotel cinco estrelas, ou outros equipamentos a serem definidos no estudo.

Vale ressaltar que esta ação restringe-se apenas a elaboração de projetos executivos antecedidos dos respectivos estudos econômicos e socioambientais, que venham permitir a identificação de investidor interessado em implantar e operar esta marina de acordo com a legislação ambiental vigente para intervenções dessa magnitude.

Centro Cultural e de Eventos de Natal

Implantação, através de Parceria Público-Privada, de um centro de eventos multiuso, que tenha capacidade de receber até 12 mil pessoas sentadas em um auditório.

Haverá salas multifuncionais, salão de exposição com uma área coberta única, dentro das normas com tamanho mínimo de 30 mil metros.

Será composto ainda por um auditório teatro-escola, com capacidade de até 4.000 lugares, onde serão realizadas solenidades e eventos.

Ainda, possuirá uma escola de teatro, danças, artes cênicas, atividades ligadas diretamente à formação de mão de obra para a cultura e uma escola de ofícios para a atividade de eventos.

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Revitalização e reforma urbana do Alecrim

Comércio popular e variado já completou 100 anos.

Hoje, possui seis mil estabelecimentos comerciais, 50 mil pessoas trabalhando, além de concentrar 44% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) arrecadado em Natal, um valor que gira em torno de R$ 70 milhões por mês.

Pobre de infraestrutura e carente de investimentos por parte do poder público.

Milhares de pessoas se aglomeram diariamente nas suas ruas, que já não têm mais espaço para pedestres ou carros. Todos comerciantes reclamam da infraestrutura do bairro.

Situação de caos é o Camelódromo, não pela informalidade dos estabelecimentos, mas em razão da situação em que o mesmo se encontra.

Os camelôs reclamam da falta de ventilação externa, das inúmeras fiações expostas, das portas laterais com menos de um metro de largura e muito lixo.

É preciso desobstruir as calçadas e fazer um Centro Comercial Popular adequado.

A falta de estacionamento público ou privado pode ser sanada: o Alecrim tem nove terrenos que podem ser usados como estacionamentos.

A recuperação do Alecrim será feita a partir da implantação de um Centro Comercial Popular, localizado numa quadra entre a Av. Presidente Bandeira e a Presidente Quaresma, com amplos espaços para o público, fácil acesso, com sanitários adequados, praça de alimentação, estacionamentos, salas comerciais no pavimento superior, destinando-se lojas para todos os concessionários que atualmente estão na Av. Presidente Bandeira e adjacências.

O projeto será desenvolvido numa parceria entre a Prefeitura e os lojistas (ambulantes e concessionários), de forma a atender as necessidades do mercado a que se destinam, proporcionando espaços seguros e confortáveis para todos, permitindo assim a liberação das calçadas existentes no bairro.

Os investimentos serão em forma de Parceria Público-Privada.

É urgente que o município entenda que o setor

de turismo merece ser tratado de forma diferenciada.

Infelizmente, não é isso que estamos assistindo nos

últimos 10 anos. A Secretaria Municipal de Turismo tem

sido um exemplo do abandono e falta de planejamento

das administrações que vem se sucedendo. Não tem

orçamento, prioridade, estrutura e olhar diferenciado.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

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Natal precisa de uma Prefeitura que trabalhe sem pensar em reeleição,

é necessário fazer menos concessões e visar o bem-estar da população

antes de qualquer coisa.

Rogério Marinho, Deputado Federal, Presidente do PSDB-RN.

Hoje, a Prefeitura de Natal é composta por 26 unidades administrativas entre secretarias, gabinetes e fundações, é possuidora de 862 cargos comissionados e 772 funções gratificadas.

Há inúmeros casos de desvios de função, inchaço da máquina, contas desequilibradas, inadimplências generalizadas, desperdício financeiro, não aproveitamento de oportunidades e falta de qualidade generalizada nos serviços públicos municipais.

O PSDB-RN complementa suas propostas com as seguintes medidas de curto prazo a serem tomadas visando sanear a gestão municipal e permitir o trabalho de reconstrução da cidade, preparando-a para um futuro de maior prosperidade e justiça social.

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Cidade bem gerida, com equilíbrio nas finanças e serviços públicos de qualidade

• Controle dos recursos financeiros, materiais e humanos da Prefeitura - aplicação da faxina dos gastos;

• Reduzir, fundir e evitar duplicações de funções dos diversos órgãos da administração: reduzir em 30% o número de secretarias, priorizando a extinção de Secretarias e/ou Órgãos que cuidam de áreas afins e que hoje têm atribuições sobrepostas. Esse acúmulo só onera a municipalidade e atravanca a adequada prestação de serviços básicos à população;

• Diminuir 30% dos cargos em comissão;

• Corte imediato em 40% do custeio com telefones celulares, passagens aéreas, aluguéis de veículos, aluguéis de imóveis, diárias de viagens, consultorias;

• Construir e Implantar um centro administrativo municipal para organizar os serviços públicos da Prefeitura, as secretarias, em um prazo de quatro anos, economizando os altos custos com aluguéis;

• Reduzir em 15% ao ano o custeio das atividades e ampliar paulatinamente a capacidade de investimento;

•Equilibrar as finanças, aumentar o percentual de investimento e reduzir custeio, buscar o equilíbrio orçamentário e o cumprimento rigoroso da Lei de responsabilidade fiscal;

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• Estabelecer parcerias público-privadas e captação de recursos governamentais por meio da constante adimplência da Prefeitura frente aos órgãos financiadores e qualidade dos projetos de captação;

• Implantação em todos os setores de compra a modalidade de licitação Pregão Eletrônico, bem como estabelecer um sistema integrado de compras, descentralizado e privilegiando os produtos e serviços da economia local, sempre que possível;

• Ampliar, fortalecer e tornar inteligível para a população as informações do Portal da Transparência; implantar um governo eletrônico com transparência no acompanhamento da execução orçamentária, em tempo real e, ainda, construir um grande portal municipal disponibilizando diversos serviços municipais online, com totens espalhados em áreas estratégicas da cidade;

• Buscar transparência às ações do governo. Viabilizar uma ampla participação do cidadão na gestão e no controle social, com a instituição de instâncias de participação da sociedade na reformulação, no acompanhamento da execução e na avaliação das políticas;

• Estabelecer e fomentar o gerenciamento por projetos, com a criação da função de gerente público institucional, ocupado por um agente público especializado e responsável por equacionar problemas e alcançar metas e resultados em projetos especiais;

• Estabelecer objetivos e metas em cada unidade administrativa, além de cobranças monitoradas dos resultados comprometidos por contrato de gestão entre a Prefeitura, o órgão ou unidade administrativa e a sociedade de Natal;

•Implantar medidas de ganho de eficiência com o fim dos desperdícios e concentração das ações no alcance de resultados;

• Implantar uma gestão por resultados, baseada em princípios como a valorização do trabalho e do atendimento à população. Foco da atuação dos agentes públicos e nos controles voltados predominantemente para os resultados;

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• Implementação rigorosa de Planejamento e gestão estratégica baseada em processos de garantia de qualidade, gestão por contratos ou projetos e modelos em rede;

• Trabalhar com projetos planejados e com cronograma de execução, monitoradas e avaliadas em tempo útil para efetivar correções de rumo;

• Instituir uma Agência de avaliação do Município, que funcionaria como agência reguladora da qualidade e certificação da qualidade dos serviços públicos municipais prestados ao cidadão;

• Gestão de pessoas baseada nos princípios da valorização, formação e reconhecimento dos funcionários públicos municipais;

• Capacitação permanente, valorização dos mais esforçados e eficientes, apoio de correção e formação aos que possuem limitação no desenvolvimento eficaz e eficiente dos serviços públicos;

• Criar a Escola de Servidores do Público: Capacitação permanente dos servidores em parceria com a UFRN, UERN e cursos de universidades estrangeiras;

• Programar medidas visando menos burocracia e mais arrojo nas decisões estratégicas.

Centro administrativo de Natal, para centralizar a gestão e desenvolver uma região

Construção de um Centro Administrativo Municipal, na Zona Oeste da Cidade, nas proximidades da Rodoviária.

Além de conferir rapidez e racionalidade aos processos e procedimentos administrativos, oferece conforto aos cidadãos natalenses que necessitam de serviços personalizados.

Oferece instalações modernas aos servidores municipais e aos usuários, garante um bom atendimento por meio de boas vias de acesso, com grande oferta de transporte público de passageiros.

O Centro Administrativo irá garantir uma grande redução no custo de aluguel para a Prefeitura.

Dados da própria Prefeitura, em 2009, apontam para um dispêndio anual com imóveis alugados na ordem de 3,6 milhões de reais. Juntem-se ao valor desses aluguéis, as despesas com deslocamentos de funcionários e matérias para os mais diversos pontos onde a Prefeitura tem imóveis alugados, e novos aluguéis firmados, entre 2010 e 2012, além dos aumentos contratuais dos valores existentes em 2009.

Com a construção do Centro Administrativo Municipal de Natal haverá uma economia da

ordem de quatro milhões de reais por ano.

Os custos com desapropriação de terreno, construção, instalação e móveis e utensílios poderiam ser financiados em parte pelo BNDES.

O Centro Administrativo não tem sua importância apenas do ponto de vista da modernização da gestão pública, mas, também, do ponto de vista do desenvolvimento da região oeste de Natal.

A construção do Centro Administrativo irá trazer crescimento à região, levando comércio, serviços e moradia para o entorno do empreendimento.

Os novos corredores previstos por este plano e a construção do Centro Administrativo contribuirão para o desenvolvimento urbano do quadrilátero formado pelas ruas Bernardo Vieira, Prudente de Moraes, Mor Gouveia e Napoleão Laureano.

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Natal olha pra frente e quer se renovar.

O desejo de transformação e o sentimento

de mudança transparecem com força ainda maior

que a decepção vivida nos últimos anos.

A cidade quer o fim da inércia

e da incompetência na gestão municipal.

Quer serviços públicos de qualidade,

desenvolvimento e paz.

Quer novas ideias e práticas de gestão.

Quer uma reviravolta na economia,

com a expansão do turismo

e a abertura de novos caminhos

para a geração de trabalho e renda.

DEPUTADO FEDERAL ROGÉRIO MARINHO

Diretório Municipal de Natal

Diretório Estadual do Rio Grande do Norte