mapeamento de áreas de inundação em três municípios ... · 500 1000 1500 2000 tempo de retorno...
TRANSCRIPT
Mapeamento de áreas de inundação em três municípios localizados na bacia do rio Itajaí
Gustavo Andrei SpeckhannOrientador: Prof. Dr. Pedro Luiz Borges ChaffeCoorientador : Prof. Dr. Roberto Fabris Goerl
INTRODUÇÃO
2
JUSTIFICATIVA
Estima-se que as inundações resultaram 597.522 pessoas afetadas no período 1991-2012 em Santa Catarina. Sendo que ocorreram 38 mortes e 175.130 desalojados.
O mapeamento de áreas susceptíveis pode ser utilizado:
– Análise de áreas de risco dos municípios;
– Identificação de boas áreas para urbanização;
Inundações Blumenau 2008
INTRODUÇÃO
3
JUSTIFICATIVA
Tipos de modelo aplicados no mapeamento de inundações:
Hidrológico e Hidráulico
Aspectos positivos:
Precisão na qualidade do mapeamento Programas com interface amigável
HEC-HMS HEC-RAS
Aspectos negativos:
o Necessidade de muitos dadoso Cálculo computacional pesado
INTRODUÇÃO
4
Análise de série histórica
Utilização de Modelos Digitais de
Terreno
Aspectos positivos
Disponibilidade de MDT de alta qualidade. Baixo gasto computacional. Disponibilidade de dados fluviométricos. Aplicável em grandes áreas.
101
102
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Tempo de Retorno (anos)
Va
zã
o (
m³/s)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
+
Aspectos negativos
o Resultado condicionado a qualidade do MDTo Ausência de dados em bacias menores
INTRODUÇÃO
5
O objetivo deste trabalho foi testar uma metodologia para mapeamento das áreas de inundação dos municípios de Blumenau, Gaspar e Ilhota
OBJETIVO
Cálculo de tempo de retorno
INTRODUÇÃO
6
(c) (d)101
102
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Tempo de Retorno (anos)
Va
zã
o (
m³/
s)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Cálculo de tempo de retorno
1 - Análise dos eventos de cheia que atingem os municípios
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Tempo (anos)
Vazão (
m³/
s)
INTRODUÇÃO
7
2 - Utilizar uma metodologia Jackknife para avaliar a robustez das distribuições escolhidas;
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
(c) (d)101
102
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Tempo de Retorno (anos)
Va
zão
(m
³/s)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
Cálculo de tempo de retorno
INTRODUÇÃO
8
3 - Elaborar mapas de susceptibilidade à inundação para os municípios de Blumenau, Gaspar e Ilhota.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
101
102
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Tempo de Retorno (anos)
Va
zão
(m
³/s)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
Escolha da frequência
Mapeia a cota
Cálculo de tempo de retorno
Materiais e Métodos
MATERIAIS E MÉTODOS
10
ÁREA DE ESTUDO
Bacia do Rio Itajaí
Legenda
Hidrografia
Municípios escolhidos
Estações fluviométricas
Ü0 10 20 30 405
km
Blumenau
Gaspar
Ilhota
Características dos municípios escolhidos
- Histórico de inundações que afetam os 3 municípios
- Todos desenvolveram-se ás margens do rio Itajai
- Municípios conectados em série
Blumenau 65 1939-2005
Gaspar 58 1927-1966 e 1985-2006
Ilhota 18 1989-2006
Estação Quantidade de dados Período de anos Tipo de dado
Vazão
Cota
Vazão
MATERIAIS E MÉTODOS
11
ANÁLISE PRELIMINAR DOS DADOS DE COTA E VAZÃO
0 0.5 1 1.5 2
x 104
0
2000
4000
6000
8000
Vazão (
m³/
s)
Tempo(dias)
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Tempo (anos)
Vazão (
m³/
s)
0 200 400 600 8000
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Tempo (meses)
Vaz
ão(m
³/s)
mínima
media
máxima
Dados obtidos da ANA
Verificação dos dados de máxima, média e mínima mensal
Avaliação de possíveis resultados extremosAno 1983
Separação em máximas anuais
MATERIAIS E MÉTODOS
12
Normal – 2 parâmetros ( média e desvio padrão)
� � =1
2���� ��� −1
2
� − �
�
�
LogNormal – 2 parâmetros (média e desvio padrão)
� � =1
� 2���� ��� −1
2
ln(�) − �
�
�
���� � > 0
Gumbel– 2 parâmetros ( média e desvio padrão)
� � =1
���� −
� − �
�− ��� −
� − �
�
�
LogPearson tipo 3– 3 parâmetros (média, desvio padrão e assimetria)
�� � = � � ln � − � ���exp −� ln � − �
Γ α
DISTRIBUIÇÕES DE EXTREMO
MATERIAIS E MÉTODOS
13
PROCEDIMENTO JACKKNIFE
0 5 10 15 200.93
0.94
0.95
0.96
0.97
0.98
0.99
1
Repetições
Coeficie
nte
de c
orr
ela
ção
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
A utilização de Jackknife auxilia em 2 aspectos:
- Cálculo do Erro Padrão e Bias- Identificação de falsos positivos
MATERIAIS E MÉTODOS
14
IMPLEMENTAÇÃO DE ROTINAS NO MATLAB®
Cálculo das distribuições de extremo– Análise preliminar dos dados
– Normal, Log Normal, Gumbel e Log Pearson tipo 3
Procedimento do Jackknife.– Cálculo de Erro Padrão e Bias
MATERIAIS E MÉTODOS
15
COLETA DE DADOS EM CAMPO
1983
Pontos registrados com GPS: RN das réguas das estações utilizadas. Marcar os pontos e o nível das inundações mais severas. Primeiros pontos à inundar.
MATERIAIS E MÉTODOS
16
HAND – HEIGHT ABOVE NEAREST DRAINAGEO HAND reclassifica o modelo digital de terreno (MDT), levando em consideração a diferença de elevação do terreno e da rede de drenagem mais próxima.
Preenchimento de falhas no MDT
(sinks e pits)
SRTM/NASA – SCPixel de 30x30m
+
Resultados e Discussão
RESULTADOS
18
DISTRIBUIÇÕES
100
101
102
103
400
600
800
1000
1200
1400
1600
Tempo de Retorno (anos)
Cota
(cm
)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
100
101
102
103
0
500
1000
1500
2000
Tempo de Retorno (anos)
Cota
(cm
)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
101
102
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Tempo de Retorno (anos)
Va
zã
o (
m³/s)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
101
102
0
1000
2000
3000
4000
5000
Tempo de Retorno (anos)
Vazão (
m³/
s)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
Blumenau
Gaspar 1 Gaspar 2
Ilhota
RESULTADOS
19
DESEMPENHO DAS DISTRIBUIÇÕES
0.93
0.94
0.95
0.96
0.97
0.98
0.99
Normal Log Normal Log Pearson 3 Gumbel
Coeficie
nte
de c
orr
ela
ção
0.965
0.97
0.975
0.98
0.985
0.99
0.995
Normal Log Normal Log Pearson 3 Gumbel
Coeficie
nte
de c
orr
ela
ção
0.88
0.9
0.92
0.94
0.96
Normal Log Normal Log Pearson 3 Gumbel
Coeficie
nte
de c
orr
ela
ção
0.93
0.94
0.95
0.96
0.97
0.98
0.99
Normal Log Normal Log Pearson 3 Gumbel
Coeficie
nte
de c
orr
ela
ção
(a) (b)
(c) (d)
• Ao aplicar Jackknife , as distribuições utilizadas apresentaram resultados com baixa oscilação.
• Em geral, os valores de Erro Padrão e Bias permaneceram próximos de 2%.
Blumenau Ilhota Gaspar 1 Gaspar 2
Gumbel 0.97 0.97 0.97 0.94
Log-Normal 0.97 0.97 0.98 0.93
Normal 0.93 0.94 0.99 0.96
Log-Pearson 3 0.97 0.97 0.99 0.95
DistribuiçãoCidade
RESULTADOS
20
101
102
0
1000
2000
3000
4000
5000
Tempo de Retorno (anos)
Vazão (
m³/
s)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
ESCOLHA DE FREQUÊNCIA PARA MAPEAMENTO
100
101
102
103
400
600
800
1000
1200
1400
1600
Tempo de Retorno (anos)
Cota
(cm
)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
100
101
102
103
0
500
1000
1500
2000
Tempo de Retorno (anos)
Cota
(cm
)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
101
102
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Tempo de Retorno (anos)
Va
zã
o (
m³/s)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados Susceptibilidade
à inundação
Tempo de
retorno (anos)
Cor
representativa
Alto < 5
Médio 5 > x < 25
Baixo > 25
RESULTADOS
21
MAPAS DE SUSCEPTIBILIDADE A INUNDAÇÃO
!.!.!.!.
!.!.!.!.!.!.!.!.!.!.
%,
680000
680000
685000
685000
690000
690000
695000
695000
700000
700000
705000
705000
710000
710000
700
2000
700
2000
70090
00
70090
00
70
16000
70
16000
7023
000
7023
000
703000
0
703000
0
703700
0
703700
0
Susceptibilidade a Inundação
%, Estação Fluviométrica
!. Pontos coletados em campo
Alta - Tr < 5 anos
Média - 5 > Tr > 25 anos
Baixa - Tr > 25 anos
0 3 6 9 121.5km
¯
!.!.!.!. !.!.!.!.!.!.
!.!.!.!.!.!.!.!.
%,
%,
%,
695000
695000
700000
700000
705000
705000
710000
710000
715000
715000
70
090
00
70
090
00
70
160
00
70
160
00
702
3000
702
3000
703
000
0
703
000
0
70
370
00
70
370
00
Susceptibilidade a Inundação
%, Estação Fluviométrica
!. Pontos coletados em campo
Alta - Tr < 5 anos
Média - 5 > Tr > 25 anos
Baixa - Tr > 25 anos
0 2 4 6 81km
¯
!.!.!.!. !.!.!.!.!.!.
!.!.!.!.!.!.!.!.
!.!.!.!.!.!.!.!.
%,
%,
700000
700000
705000
705000
710000
710000
715000
715000
720000
720000
70
160
00
70
160
00
7023
000
7023
000
7030
000
7030
000
7037
000
7037
000
Susceptibilidade a Inundação
%, Estação Fluviométrica
!. Pontos coletados em campo
Alta - Tr < 5 anos
Média - 5 > Tr > 25 anos
Baixa - Tr > 25 anos
0 2 4 6 81km
¯
RESULTADOS
22
!.!.!.!.
!.!.!.!.!.!.!.!.!.!.
!.!.!.!.!.!.!.!.
!.!.!.!.!.!.!.!.
%,
Susceptibilidade a inundação
!. Pontos coletados em campo
%, Estação Fluviométrica
Alta - Tr < 5 anos
Média - 5 > Tr > 25 anos
Baixa - Tr > 25 anos
0 4 8 12 162km
¯
MAPAS DE SUSCEPTIBILIDADE A INUNDAÇÃO
101
102
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Tempo de Retorno (anos)
Va
zã
o (
m³/
s)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
1983
101
102
0
1000
2000
3000
4000
5000
Tempo de Retorno (anos)
Vazão (
m³/
s)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
100
101
102
103
400
600
800
1000
1200
1400
1600
Tempo de Retorno (anos)
Cota
(cm
)
Normal
Log-Normal
Log-Pearson3
Gumbel
Dados observados
Conclusões e Recomendações
RESULTADOS
24
As distribuições de extremo apresentaram valores de coeficiente de correlação próximos de 1.
CONCLUSÕES
OE1 - Análise dos eventos de cheia que atingem os municípios
Os valores de Bias e Erro Padrão foram baixos (4% a 7%).
OE2 - Utilizar uma metodologia Jackknife para avaliar a robustez das distribuições escolhidas
RESULTADOS
25
Modelo aparentemente robusto para produção de mapas de susceptibilidade a inundação.
CONCLUSÕES
OE3 - Elaborar mapas de susceptibilidade à inundação para os municípios de Blumenau, Gaspar e Ilhota.
RESULTADOS
26
Variar o tempo de retorno adotado na classificação da susceptibilidade de modo a testar e comparar a diferença no mapa.
Aplicar HAND utilizando Modelo Digital de Terreno de melhor qualidade.
Fazer uma análise da Bacia como um todo e comparar com o resultado para cada município.
RECOMENDAÇÕES
Muito obrigado!
RESULTADOS
28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HIRSCH, R. M; HELSEL, D.R.; COHN, T.A.; GILROY, E.J.. Statistical analysis of hydrologic data: Hydrology and Chance. In: MAIDMENT, David R. (Org.). Handbook of hydrology. 20. ed. United States Of America: R. R. Donnelley & Sons Company, 1992. Cap. 17.1, p. 17.1.
MCCUEN. R. H. Modeling hydrologic change: statistical methods. Department of Civil and Environmental Engineering University of Maryland, College Park – MD, 450p. 1941.
NAGHETTINI, M.; PINTO, É. J. de A.. Hidrologia In: Serviço Geológico do Brasil. Variáveis aleatórias contínuas: Distribuições e aplicações: Distribuição Normal. Belo Horizonte: CPRM, 2007. Cap. 5, p. 127.
RENARD, B.; KOCHANEK, K.; LANG, M.; GARAVAGLIA, F.; PAQUET, E.; NEPPEL, L.; NAJIB, K..; CARREAU, J.; AUBERT, Y.; BORCHI, F.; SOUBEYROUX, J.M.; JOURDAIN, S.; VEYSSEIRE, J.-M.; SAUQUET, S.; CIPRIANI, T.; AUFFRAY, A.; Data-based comparison of frequency analysis methods: A general framework. Water Resources Research, Vol. 49, p. 1-19, 2013