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Manual de Planejamento, Orçamento, Monitoramento e Avaliação da SES-DF DIPLAN – Diretoria de Planejamento em Saúde COPLAN – Coordenação de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Institucional SUPLANS – Subsecretaria de Planejamento em Saúde SES-DF – Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal

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Manual de Planejamento,

Orçamento, Monitoramento

e Avaliação da SES-DF

DIPLAN – Diretoria de Planejamento em Saúde

COPLAN – Coordenação de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Institucional SUPLANS – Subsecretaria de Planejamento em Saúde

SES-DF – Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal

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Governador do Estado do Distrito Federal

RODRIGO ROLLEMBERG

Secretário de Estado de Saúde

HUMBERTO LUCENA PEREIRA DA FONSECA

Subsecretaria de Planejamento em Saúde

MÁRCIA BENÉVOLO JOVANOVIC

Coordenador de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Institucional

CARLOS FERNANDO DAL SASSO DE OLIVEIRA

Diretora de Planejamento e Orçamento

CHRISTIANE BRAGA MARTINS DE BRITO

Equipe Técnica Assessoria Técnica CLAUDIA DANIELA SIMIOLI

FELIPE ALVES VIEIRA

GRACIELA PAULI GIL CARDOSO

Gerência de Planejamento GEPLAN

CINTHYA RODRIGUES FERREIRA

JAHILA DE SOUSA ANCELMO

PAULYANE APARECIDA DE PAULA CARVALHAIS RIBEIRO*

Gerência de Planejamento e Orçamento em Saúde

GEPLOS

CAMILA FERNANDES DOS SANTOS*

CAMILA FREITAS DE ARAÚJO

DEBORA FONTES SANTANA

LARISSA ALMEIDA FELIX

MARCELO RAMOS ALMEIDA BATISTA

NATHÁLIA DAYSE ARCANJO MARTINS SILVA

Gerência de Monitoramento e Avaliação

GEMOAS

CYNTHIA RODOVALHO ROSA

FABIANA MACEDO CARTAPATTI

GERALDO MAGELA

MARIA ARINDELITA NEVES DE ARRUDA

MARILZA OLIVEIRA DE ALMEIDA*

(*) GERENTES

Elaborado por: Camila dos Santos, Graciela Cardoso, Marilza Almeida e Paulyane Ribeiro

Revisado por: Christiane Braga Martins de Brito e Graciela Pauli Gil Cardoso

Brasília, 2018

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D614m Distrito Federal (Brasil). Secretaria de Estado de Saúde. Manual

de Planejamento, Orçamento, Monitoramento e Avaliação da

SES-DF. Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.

Brasília: Secretaria de Estado de Saúde, nov. 2018.

1. Saúde – Gestão – Distrito Federal. 2. Sistema único de Saúde. I. Título. CDU 614.2(817.4)(035)

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Sumário

Apresentação ........................................................................................................................ 10 Parte I: Contextualização sobre a Gestão do Planejamento em Saúde ................................ 11

1. Aspectos conceituais ............................................................................................. 11 1.1 Planejamento .............................................................................................. 11 1.2 Planejamento Estratégico ........................................................................... 12 1.3 Planejamento Governamental .................................................................... 12 1.4 Planejamento na Contratualização das Regiões de Saúde do DF ............... 13

2. Metodologia .......................................................................................................... 14 2.1 Cadeia de Valor ............................................................................................ 14 2.3 Balanced Scorecard-BSC ............................................................................... 15 2.4 Gestão por Resultados ................................................................................. 17 2.5 Gestão por Processos ................................................................................... 17

3. Instrumentos do planejamento da SES - DF .......................................................... 18 3.1 Plano Distrital de Saúde- PDS ....................................................................... 19 3.2 Programação Anual de Saúde-PAS ............................................................... 20 3.3 Pactuação Interfederativa (Pacto pela Saúde) ............................................. 22 3.4 Plano Plurianual-PPA .................................................................................... 23 3.5 Acompanhar a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO ................................ 24 3.6Proposta orçamentária Anual da Saúde/DF para composição do Projeto de Lei Orçamentária Anual PLOA/GDF ......................................................................... 26

Parte II – Ciclo do Planejamento, Orçamento, Monitoramento e Avaliação: uma forma de alinhamento e integração do planejamento à avaliação ....................................... 28

4. Ciclo Geral do Planejamento ................................................................................... 28 4.1 Ciclo do Planejamento .................................................................................. 29 4.2 Ciclo do Orçamento ...................................................................................... 30 4.3 Ciclo de M&A ................................................................................................ 31

5. Monitoramento ....................................................................................................... 32 5.1 Aspectos conceituais .................................................................................... 32 5.2 Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores .................................................. 33 5.3 Modelagem dos indicadores: Modelo Lógico e Tipologia de Desempenho.34

6. Sistemática de Monitoramento .............................................................................. 38 7. Sistemas de Monitoramento ................................................................................... 40

7.1 Sistema SESPlan ............................................................................................ 40 7.2 Sistema Integrado de Gestão Governamental – SIGGO .............................. 41

8. Revisão dos instrumentos de planejamento ......................................................... 42 8.1 Revisão do Plano Plurianual-PPA ................................................................. 42 8.2 Revisão do Plano Distrital de Saúde- PDS .................................................... 43

9. Relatórios de gestão .............................................................................................. 44 9.1 Relatório de Atividade Quadrimestral-RAQ ................................................. 44 9.2 Relatório Anual de Gestão-RAG ................................................................... 45 9.3 Relatório de Atividades Anual – RAT, (Relatório de Prestação de Contas Anual do Governador) .................................................................................................. 46

10. Plano de comunicação ......................................................................................... 47 11. Avaliação ............................................................................................................. 49

11.1Aspectos Conceituais .................................................................................. 49

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11.2 Planejamento em Avaliação ....................................................................... 50 Referência Bibliográfica ............................................................................................... 51 Anexos .......................................................................................................................... 54

Anexo 1: Fluxo I-Elaborar o Plano Distrital de Saúde ..................................... 54 Anexo 2: Fluxo II-Elaborar a Programação Anual de Saúde ........................... 57 Anexo 3: Fluxo III-Elaborar a Pactuação Interfederativa ............................... 60 Anexo 4: Fluxo IV-Elaborar o Plano Plurianual ............................................... 63 Anexo 5: Fluxo V-Elaborar a Proposta da Lei Orçamentária Anual ................ 66 Anexo 6: Linha do Tempo dos Instrumentos ................................................. 69 Anexo 7: Ficha de Indicador ........................................................................... 70 Anexo 8: Matriz de Informação ...................................................................... 73 Anexo 9: Fluxo VI: Realizar o Processo de Monitoramento ........................... 74 Anexo 10: Fluxo VII-Elaborar o Relatório de Atividade Quadrimestral ......... 75 Anexo 11: Fluxo VIII-Elaborar o Relatório Anual de Gestão ........................... 78 Anexo 12: Fluxo IX-Elaborar o Relatório Anual de Atividade RAT (Prestação de Contas do Governador) .................................................................................. 81

Glossário ...................................................................................................................... 84

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Lista de Quadros

Quadro 1 Modelo Lógico adaptado da Fiocruz e Publix, DIPLAN 2018...................... 32

Quadro 2 Aspectos para análise de indicadores.................................................... 34

Quadro 3 Relação dos meios de comunicação, segundo os atores interessados, SES-DF,

2018............................................................................................... 43

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Lista de Figuras

Figura 1 Dimensões do Planejamento................................................................. 11

Figura 2 Estruturação do Planejamento em Saúde das regiões................................... 13

Figura 3 Cadeia de Valor SES-DF.......................................................................... 14

Figura 4 Perspectivas do BSC............................................................................... 15

Figura 5 Modelo de Perspectivas do Mapa Estratégico...................................... 16

Figura 6 Elaboração dos Instrumentos de Planejamento..................................... 25

Figura 7 Ciclo Geral de Planejamento SES-DF...................................................... 26

Figura 8 Representação cíclica do Ciclo Geral de Planejamento SES-DF.............. 27

Figura 9 Ciclo do planejamento............................................................................ 27

Figura 10 Ciclo do Orçamento................................................................................ 28

Figura 11 Ciclo de M&A......................................................................................... 29

Figura 12 Modelo Lógico do Serviço do SAMU...................................................... 32

Figura 13 Tipologia 6Es Desempenho.................................................................... 33

Figura 14 Sistemática de Monitoramento da SES.................................................. 35

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Apresentação

O planejamento no Sistema Único de Saúde é uma função gestora que além de requisito legal, é um dos mecanismos relevantes para assegurar a unicidade e os princípios constitucionais do SUS. Expressa as responsabilidades dos gestores de cada esfera de governo em relação à saúde da população do território quanto à integração da organização sistêmica.

A edição do Decreto n° 7.508, de 28 de junho de 2011, e da Lei Complementar n° 141, de 13 de janeiro de 2012, recolocaram o planejamento em saúde na agenda do gestor, que tem por desafio cumprir este macroprocesso e executá-lo de forma integrada aos demais entes federados que compõem a região de saúde. O caráter integrado das atividades de planejamento no SUS valoriza a autonomia dos entes federados, uma vez que todo o processo deve ser conduzido de maneira ascendente, desde os Municípios até a União.

O Manual de Planejamento, Orçamento, Monitoramento e Avaliação da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal – SES-DF é um instrumento que propõe a implementação de ações de planejamento estratégico e gestão por resultados, baseados em metodologias aplicadas ao setor público, a fim de fortalecer o ciclo geral de planejamento da SES-DF e apoiar os processos de trabalho, com o objetivo de reunir conteúdo que subsidiará as ações dos gestores e dos profissionais de saúde.

É de fundamental importância a leitura rigorosa deste manual por parte das equipes técnicas participantes do planejamento, de forma a compreender e apropriar das informações contidas neste manual sem perder de vista outras disposições legais que regulamentam a matéria, em observância principalmente, às determinações contidas nas Leis Vigentes, contribuindo na formação técnica e política de profissionais, gestores e conselheiros de saúde no planejamento em saúde.

Diretoria de Planejamento e Orçamento em Saúde – SES-DF

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Parte I – Contextualização sobre a Gestão do Planejamento em Saúde

1. Aspectos conceituais

1.1. Planejamento

Planejamento é um processo contínuo e dinâmico que consiste em um conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e orientadas para tornar realidade um objetivo, de forma a possibilitar a tomada de decisões.

De acordo com Matus (1988), o planejamento está associado à ideia de preparação e controle do futuro a partir do presente, através da reflexão sistemática sobre a realidade a enfrentar e os objetivos a atingir.

É realizado em três níveis: estratégico, tático e operacional, que interagem entre si, não como um conjunto de fases rígidas que se sucedem cronologicamente, mas, se repetem contínua e dinamicamente. O estratégico envolve a definição do rumo a ser seguido pela organização; o tático envolve o desenvolvimento de programas e projetos, e o operacional envolve o detalhamento, conforme demonstra Figura 1.

Figura 1: Dimensões do Planejamento

Fonte: Adaptado de ENAP, 2013.

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1.2. Planejamento Estratégico

A palavra estratégia tem origem grega: stratos = exército + ego = líder, que significa conduzir, liderar para superar obstáculos e alcançar o objetivo esperado, e constitui uma escolha que a organização deve fazer sobre o caminho mais adequado a ser percorrido para alcançar objetivos ou superar desafios.

Quando integrada ao planejamento estratégico, há uma relação com a tomada de decisão, com a análise de riscos, com o seguimento do processo, com a identificação de agentes sociais e econômicos envolvidos.

De acordo com Lobato (2000) o planejamento estratégico é um processo dinâmico por meio do qual são definidos caminhos que a organização deverá trilhar, somado a um comportamento proativo, considerando a análise de seu ambiente e a sua razão de existir, visando construir o seu futuro desejado.

Deve ser desenhado de tal forma que possa ser avaliado não somente em termos de resultados finais, mas igualmente, em termos de comportamento organizacional à medida que a organização se desloca e movimenta para alcançar objetivos e resultados (CHIAVENATO, 2004).

Com isso, trata-se de uma atividade fundamental para a gestão estratégica das organizações, orientando-se por um conjunto de princípios metodológicos que determinam as atividades dos gestores e técnicos envolvidos nessa tarefa (ENAP, 2014).

Portanto, o planejamento estratégico deve possuir um forte componente comunicacional, adotando práticas dialógicas para estabelecer consensos e acordos sobre compromissos (OPAS, 2014).

1.3. Planejamento Governamental

O planejamento consiste em uma ação estratégica da gestão pública que tem por objetivo reorientar os programas e os projetos governamentais de forma a ampliar a eficiência, a eficácia e a efetividade da ação das políticas de saúde (BRASIL, 2016).

A efetividade da gestão governamental é pré-requisito para a qualidade do gasto público, sendo um preceito fundamental da Administração Pública Estadual, em consonância com os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Além disso, uma nova administração para o desenvolvimento, característica da gestão pública contemporânea, baseia-se em um conceito de desenvolvimento aberto, num contexto marcado pela globalização, integração e interdependência, tratando de forma integrada a dimensão do desenvolvimento econômico, social e da sustentabilidade ambiental. Essa realidade exige o desenvolvimento de modelos integrados de gestão para resultados (MARTINS e MARINI, 2010).

Na esfera pública e na área da saúde o planejamento é objeto de grande importância, formulado por instrumentos com requisitos para fins da programação das ações, de repasse de recursos, de controle e de auditoria. No Sistema Único de Saúde (SUS) trata-se de uma

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função gestora e um dos mecanismos relevantes para assegurar a unicidade e os princípios constitucionais do SUS.

Também visando novos modelos de gestão, o Manual de Planejamento do Ministério da Saúde (2016) reforça que para as ações de planejamento contribuírem com o aperfeiçoamento da gestão do SUS, deve-se comprometer com o monitoramento e a avaliação, visando analisar os resultados alcançados e as estratégias empregadas para tal.

O planejamento precisa ter foco no desempenho, entendendo este como o grau ou medida com que uma intervenção opera segundo critérios, normas e diretrizes específicos, ou o alcance de resultados de acordo com metas ou planos estabelecidos (HARTZ, 2008).

Os instrumentos básicos decorrentes do processo de planejamento do SUS, esfera federal, são:

Plano de Saúde (PS);

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);

Os Instrumentos de planejamento devem ser compatíveis em cada esfera de governo. Suas características serão abordadas no tópico 3 deste manual.

1.4. Planejamento na Contratualização das Regiões de Saúde do DF

O planejamento regional surge do reconhecimento das dinâmicas presentes no território e influenciam na saúde, bem como das necessidades e demandas em saúde da população local. Cumpre-se assim um aspecto legal, de ter um planejamento ascendente e integrado, do nível local até o federal, orientado por problemas e necessidades de saúde para a construção das diretrizes, objetivos e metas. Portaria de Consolidação Nº 1, de 28 de Setembro de 2017 – Art. 94, Parágrafo Único, inciso IV (Origem: PRT MS/GM 2135/2013, Art. 1º, Parágrafo Único, inciso IV).

Pressupõe uma dinâmica que contemple momentos interdependentes que possibilitem:

A identificação das necessidades de saúde da população da região;

A definição dos objetivos e das metas para a região;

A programação geral das ações e serviços de saúde, a qual é essencial ao alcance das metas estabelecidas para a região;

O monitoramento permanente e a avaliação das ações implementadas, e

A reprogramação contínua de seus melhoramentos.

No Distrito Federal define-se sete regiões de saúde como menor unidade de gestão de um território, a partir de uma base populacional delimitada, com estrutura de serviços e de gestão elaboradas de forma homogênea, embora respeitadas as singularidades regionais. Os hospitais especializados passaram a ter denominação de unidades de referência distrital (URD), para os quais também foram desenhadas estruturas organizacionais similares.

A designação e as atribuições das Regiões de Saúde e das Unidades de Referência Distrital foram definidas no Decreto nº 37.515/2016, que Instituiu o Programa de Gestão Regional da

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Saúde (PRS). O Decreto organiza o PRS em 5 eixos: Gestão do Sistema de Saúde Locorregional; Gestão da Atenção à Saúde; Gestão Financeiro-orçamentária; Gestão da Infraestrutura dos Serviços; Gestão da Educação, Comunicação e Informação em Saúde. Para cada eixo, elabora-se a matriz de objetivos, indicadores e metas para as regiões, com a participação dos atores implicados no processo, pactuados no Acordo de Gestão Regional - AGR.

A estruturação do planejamento ascendente a partir das regiões com as contratualizações existentes está representada na Figura 2.

Figura 2: Estruturação do Planejamento em Saúde das regiões

Fonte: DIPLAN, 2018.

A regionalização tem sido a resposta mais eficaz para reduzir a fragmentação dos sistemas de saúde com vistas à ampliação do acesso e da resolutividade das ações e serviços de saúde.

Considerações: Planejamento não é um exercício de futurologia, muito menos um olhar apenas para o passado. Trata-se de um processo de aprendizagem sistemático, traçando uma visão de futuro para a organização por meio de objetivos definidos, e com clareza dos meios mais eficazes para alcançá-lo. Na Secretaria de Saúde os objetivos compõem as diretrizes estabelecidas nos instrumentos de planejamento de saúde, e sua formulação e implementação envolve tanto o nível central como as regiões de saúde. O arcabouço apresentado – Planejamento/Estratégia/Planejamento Governamental e por Região de Saúde - assegura racionalidade para o processo decisório, além de aprofundar o conhecimento dos profissionais e criar sinergia na secretaria.

2. Metodologia

2.1. Cadeia de Valor

Cadeia de Valor é utilizada para demonstrar um fluxo simples e contínuo dos processos que diretamente contribuem para produzir valor para os clientes. O conceito foi desenvolvido por

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Michael Porter em seus trabalhos sobre estratégia corporativa. Compreende um conjunto de símbolos usados para visualizar os grandes níveis de processo da organização.

Não diferentes de outras instituições, a Secretaria de Estado de Saúde SES-DF precisa criar valor público, que é o benefício percebido pelo usuário quando utiliza os serviços ou recebe produtos. A seguir, na Figura 3, apresenta-se a cadeia de valor da SES-DF, ressaltando que os macroprocessos finalísticos são os identificados como os grandes processos que agregam valor a sociedade. Figura 3: Cadeia de Valor SES-DF

Fonte: Diretoria de Desenvolvimento Organizacional (DIORG), 2018.

2.2. Balanced Scorecard - BSC

O Balanced Scorecard (BSC), criado por Kaplan e Norton em 1992, como um sistema de avaliação de desempenho ou de mensuração do desempenho baseada não apenas na execução do orçamento financeiro e na existência de lucro. O termo balanceado foi adotado considerando que a visão estratégica deve ser desdobrada em quatro áreas estratégicas chaves das organizações, classificadas como perspectivas. São elas: financeira, clientes (no setor público apresenta-se como Sociedade), processos internos e aprendizagem e crescimento, conforme Figura 4.

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Figura 4: Perspectivas do BSC

Fonte: Adaptado de Felix &Felix, 2011.

De acordo com Kaplan e Norton (2004) o BSC é um modelo de gestão estratégica que comunica, alinha e monitora a estratégia organizacional, traduzindo a missão e a estratégia de uma unidade de negócio em objetivos e medidas tangíveis e mensuráveis.

Para materializar a visão e a estratégia, utiliza-se de uma figura que ocupa um único ambiente visual denominado Mapa Estratégico. Trata-se de uma ferramenta eficaz para tradução da estratégia, visto que, cumpre simultaneamente, diversas funções, sendo estas: a) explicitador ao apresentar o mapeamento claro das relações causa x efeito entre as ações a serem executadas; b) divulgador ao ser simples e conciso para todos os níveis da organização; e c) mobilizador ao facilitar a interligação de pessoas, processos, tecnologias e culturas em torno de objetivos. O modelo de mapa estratégico está apresentado na Figura 5.

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Figura 5: Modelo de Perspectivas do Mapa Estratégico.

Fonte: Diretoria de Planejamento e Orçamento (DIPLAN),2018.

2.3. Gestão por Resultados

Gestão por resultado envolve um conjunto coerente e sistemático de práticas que buscam melhorar o desempenho de governos, mercados, sociedade civil organizada, organizações e pessoas, de forma integrada, para solução de problemas coletivos complexos (MARTINS e MARINI, 2010).

Segundo os autores, uma boa gestão é aquela que alcança resultados e, no setor público, significa atender as demandas, interesses e expectativas dos beneficiários, criando valor público. Contudo, ressalta-se que modelo não visa apenas formular resultados que satisfaçam as expectativas dos legítimos beneficiários da ação governamental. Significa alinhar os arranjos de implementação para alcança-los, além de envolver a construção de mecanismos de monitoramento e avaliação que promovam aprendizado, transparência e responsabilização.

A gestão por resultado está cada vez mais presente no setor público e nas organizações, tanto pela complexidade dos temas enfrentados hoje e a escassez dos recursos, quanto por novas tecnologias gerenciais que permitem novas condições de enfrentamento do desafio da geração de resultados. A SES-DF define a gestão por resultado como seu modelo de gestão. A seguir serão apresentadas algumas metodologias consolidadas e utilizadas na busca de um bom modelo de gestão por resultados.

2.4. Gestão por Processos

Processos são uma dimensão fundamental do modelo de gestão por resultados, à medida que constituem arranjos estruturados de atividades que geram e entregam os produtos de uma organização, programa ou projeto aos devidos beneficiários. (MARTINS e MARINI, 2010).

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De acordo com os mesmos autores, a gestão de processos abrange a inter-relação das atividades e processos organizados sob a lógica de uma cadeia de agregação de valores direcionada para o alcance dos objetivos estratégicos da organização.

Com isso, ressalta-se que o gerenciamento de processos é uma metodologia empregada para definir, analisar e gerenciar as melhorias no desempenho dos processos das organizações, com a finalidade de atingir ótimas condições para os cidadãos. Nesse sentido, o gerenciamento de processos vislumbra três objetivos principais: tornar os processos mais eficazes, para que produzam os resultados esperados; tornar os processos mais eficientes, minimizando o uso de recursos e aprimorando seus resultados; e tornar os processos adaptáveis, capazes de serem modificados conforme as necessidades variáveis do cidadão e da organização.

A gestão por processos encontra-se em implantação na SES-DF, com a instituição da Cadeia de Valor e do Escritório de Processos, instrumentos que promovem o alcance dos objetivos e missão institucional, compatibilizando estratégia, estrutura e processos. As bases teórico-legais desse modelo de gestão estão previstas no Documento de Referência do Escritório de Processos da SES, disponível no repositório de processos da instituição.

Considerações: É importante traduzir a estratégia definida e pactuada em termos operacionais. Para tanto, necessita-se de metodologias e ferramentas, fundamentais para a concretização do planejamento, tornando a estratégia explícita para os profissionais. Os modelos apresentados trazem alguns elementos de gestão empresarial considerados bem-sucedidos para a esfera governamental. Para foco e comunicação utiliza-se do Mapa Estratégico e da Cadeia de Valor, permitindo aos profissionais maior compreensão e comprometimento com a estratégia definida. A Gestão por Resultado é o modelo de gestão definido pela SES para melhorar o seu desempenho frente as metas, indicadores e objetivos propostos, sempre visando proporcionar benefícios para a sociedade, ou seja, agregando valor a sociedade. Para tanto, exige-se identificar necessidades, problemas e priorizar os processos, objetivando sua eficácia e eficiência.

3. Instrumentos do Planejamento

Neste tópico apresenta-se os instrumentos que compõem o planejamento governamental anteriormente citado. Os instrumentos de planejamento tem por finalidade: apoiar o gestor na condução do SUS no âmbito de seu território, de modo que alcance a efetividade esperada na melhoria dos níveis de saúde da população e no aperfeiçoamento do Sistema; disponibilizar os meios para o aperfeiçoamento contínuo da gestão participativa e das ações e serviços prestados; apoiar a participação e o controle social e; auxiliar o trabalho interno e externo, de controle e auditoria.

Legalmente, a Portaria de Consolidação Nº 1, de 28 de Setembro de 2017 - Art. 95 (Origem: PRT MS/GM 2135/2013, Art. 2º), retrata os instrumentos de Planejamento que encontram-se no Plano Distrital de Saúde (PDS) e na Programação Anual de Saúde (PAS). Ambos estão interligados a fim de buscar construir no SUS uma forma de atuação sistêmica. Estes devem ser compatíveis com os instrumentos de planejamento orçamentário: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA).

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Estes instrumentos são peças centrais e formam o macroprocesso da Diretoria de Planejamento e Orçamento da SES-DF. Serão detalhados a seguir, cada processo no que tange a elaboração, objetivo, aspectos legais, periodicidade, dentre outras características.

3.1. Plano Distrital de Saúde - PDS

Descrição: O Plano de Saúde segundo a Portaria de Consolidação Nº 1, de 28 de Setembro de 2017 - Art. 96 (Origem: PRT MS/GM 2135/2013, Art. 3º), é o instrumento central do planejamento. É elaborado a partir de uma análise situacional que reflita as necessidades de saúde da população e apresente as intenções e os resultados a serem buscados no período de quatro anos. É expresso em diretrizes, objetivos e metas. O Plano é, portanto, a base para a definição e a implementação de todas as iniciativas no âmbito da saúde, a referência para os processos de planejamento regional e formulação de programações, projetos, entre outros. Processo apresentado no Anexo 1.

Para que serve: O Plano de Saúde serve de base para a execução, o acompanhamento, a avaliação da gestão do sistema de saúde em cada esfera de gestão, e contempla todas as áreas da atenção à saúde, de modo a garantir a integralidade dessa atenção.

Fundamentação Legal:

Lei nº 8.142/1990, Art. 4º;

Lei nº 8.080/1990 que dispõe sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências;

Decreto nº 1.232/1994, Art. 2º que dispõe sobre as condições e a forma de repasse regular e automático de recursos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos de saúde estaduais, municipais e do Distrito Federal, e dá outras providências;

Decreto nº 7.508/2011;

Portaria de Consolidação GM/MS nº 1/2017;

Lei Complementar nº 141/2012.

Documentos para a sua elaboração e sistemas de apoio: De acordo com a Portaria de Consolidação Nº 1, de 28 de Setembro de 2017 - Art. 96, §7º (Origem: PRT MS/GM 2135/2013, Art. 3º, § 7º), o Plano de Saúde - PS deverá considerar as diretrizes definidas pelos Conselhos e Conferências de Saúde conforme abaixo:

Diretrizes Nacionais do Conselho Nacional de Saúde;

Conferência Distrital de Saúde.

Outros documentos para elaboração:

Plano Distrital de Saúde do período anterior;

Programação Anual de Saúde do período anterior;

Relatório Anual de Gestão.

Norteia: A elaboração do planejamento e orçamento do governo no tocante à saúde.

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Periodicidade: 4 anos.

Tempo de elaboração: O Plano Distrital de Saúde é elaborado no primeiro ano da gestão em curso, com execução a partir do segundo ano dessa gestão ao primeiro ano da gestão subsequente.

Ator(es) do Processo: Equipe da DIPLAN em conjunto com todas as áreas técnicas da SES-DF.

Responsável pelo Processo: GEPLAN.

Estrutura do Plano:

Parte I - Análise Situacional;

Parte II - Composição de Diretrizes, Objetivos, Indicadores, Ações e Metas para 4 anos;

Parte III - Processo de Monitoramento e Avaliação do Plano de Saúde.

Documentação gerada: Plano Distrital de Saúde.

Instâncias de aprovação: deve ser submetido à apreciação e a aprovação do Conselho Distrital de Saúde - CSDF e disponibilizado em meio eletrônico no Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão (Sargsus).

3.2. Programação Anual de Saúde - PAS

Descrição: É o instrumento que operacionaliza as intenções expressas no Plano Distrital de Saúde (PDS) e tem por objetivo anualizar as metas do PDS e prever a alocação dos recursos orçamentários a serem executados. A PAS está interligada com o Plano Distrital de Saúde, o Relatório Detalhado Quadrimestral e o Relatório Anual de Gestão, constituindo uma ferramenta que deve possibilitar a qualificação das práticas gerenciais do SUS e a resolubilidade da sua gestão. Processo apresentado no Anexo 2.

Possibilita ainda, o acompanhamento dos prazos estabelecidos e a análise de viabilidade permitindo assim, o reconhecimento de situações desfavoráveis e o estabelecimento de estratégias para o alcance dos objetivos do Plano.

Para que serve: a PAS tem o propósito de determinar o conjunto de ações que permitam concretizar os objetivos definidos no Plano de Saúde. Assim sendo, sua construção busca garantir maior transparência à gestão, melhorando a relação com os órgãos de controle interno e externo do sistema, controle social e sociedade.

Fundamentação Legal:

Portaria de Consolidação Nº 1, de 28 de Setembro de 2017, Art. 97º e 98º (Origem: PRT MS/GM 2135/2013, Art. 4º e Art. 5º) que dispõe sobre conceito, metas e prazos;

Lei Complementar nº 141/2012 - Dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas três esferas de governo; e revoga dispositivos das Leis nº 8.080/1990, e nº 8.689/1993.

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Atenção A Lei Complementar nº 141/2012, Art. 36 § 2º, traz a obrigatoriedade da construção da PAS: “Os entes da Federação deverão encaminhar a programação anual do Plano de Saúde ao respectivo Conselho de Saúde, para aprovação antes da data de encaminhamento da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do exercício correspondente, à qual será dada ampla divulgação, inclusive em meio eletrônico de acesso público.” Dessa forma, a construção da programação deve ser realizada antes do ano de sua vigência para haver harmonia entre todas as peças orçamentárias, quais sejam a LDO e a LOA, tendo em vista a necessidade das programações serem consonantes com estas leis, no tocante aos recursos que as financiarão.

Documentos para a sua elaboração e sistemas de apoio: Plano Distrital de Saúde.

Norteia: A construção da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO bem como, da Lei Orçamentária Anual – LOA, além de ser a base para construção do Relatório Anual de Gestão – RAG.

Periodicidade: Anual.

Tempo de elaboração: a construção da PAS coincide com o ano orçamentário, portanto, sua elaboração deve orientar a formulação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA), observando-se os prazos estabelecidos para a formulação destes instrumentos. Considerando que a LDO deve estar em consonância com a PAS recomenda-se observar o período de sua deliberação, visto que, em 01 de Agosto do ano corrente, a LDO estará na Câmara de Deputados Distritais para ser analisada.

Ator (es) do Processo: Equipe da DIPLAN em conjunto com todas as áreas técnicas da SES-DF.

Responsável pelo Processo: GEPLAN.

Estrutura da Programação Anual de Saúde:

Ação - Medidas ou iniciativas concretas a serem desenvolvidas e que deverão contribuir para o alcance dos objetivos e das metas propostas no Plano de Saúde. Cada objetivo do Plano poderá conter uma ou mais ações, em sua Programação;

Meta anual programada - Expressões quantitativas das ações definidas. O estabelecimento das metas anuais deve levar em conta as metas definidas no Plano de Saúde. Cada ação da PAS poderá conter uma ou mais metas anuais;

Indicador anual - Razão que reflete uma situação determinada, a partir da relação entre variáveis existentes e programadas que permitam medir mudanças e determinar o grau de cumprimento das metas;

Recursos Orçamentários - Consiste em programar e realizar despesas levando-se em conta a disponibilidade financeira da administração e o cumprimento das exigências legais. Vale ressaltar que na programação dos recursos o setor de planejamento deverá estar em articulação com o setor financeiro e orçamentário da Secretaria Estadual de Saúde a fim de ser orientado sobre o orçamento disponível. Em contrapartida, o setor orçamentário e financeiro, após a elaboração da LDO e da LOA, deverá informar ao setor de planejamento o recurso disponível à saúde. Desta forma, a área tem como verificar a disponibilidade de recurso para o período e priorizar as ações a serem executadas no ano;

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Área responsável - Área da SES que responde pela execução da meta, podendo ser uma diretoria, uma gerência, uma coordenação, etc.;

Parcerias - Ocorre a partir da necessidade de agregar setores diversos, sejam da Secretaria de Saúde, ou fora dela (ex: demais secretarias e/ou empresas privadas), a fim de garantir a execução da meta proposta.

Documentação gerada: Programação Anual de Saúde (PAS).

Instâncias de aprovação: Por ser um instrumento de programação e execução dos objetivos e metas do Plano, cabe ao Conselho de Saúde do Distrito Federal a análise e deliberação sobre o referido instrumento, antes do envio da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que tem seu prazo estabelecido até 01 de agosto de cada ano, conforme Lei Complementar 141/2012. A emissão do parecer referente à PAS deve ser através de Resolução do Conselho que será publicizada juntamente com a Programação Anual.

3.3. Pactuação Interfederativa (Pacto pela Saúde)

Descrição: A Pactuação Interfederativa, conhecido como Pacto pela Saúde, aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde e pactuado entre os gestores do SUS em 2006, reitera os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. Trata-se de um esforço dos entes federados e governo (Municípios, Estados, DF e União) com o Conselho Nacional de Saúde (CNS) para ser um processo permanente de monitoramento e avaliação da saúde no Brasil. Processo apresentado no Anexo 3.

Para que serve: A pactuação reforça as responsabilidades de gestão de cada ente federado em função das necessidades de saúde da população no território reconhecida de forma tripartite e fortalece a integração dos instrumentos de planejamento no Sistema Único de Saúde (SUS).

Fundamentação Legal:

Lei nº 8.080/1990; Lei nº 8.142/1990;

Lei Complementar nº 141/2012;

Portaria de Consolidação Nº 1, de 28 de Setembro de 2017 (Origem: PRT MS/GM 2135/2013);

Resolução-CIT nº 04/2012;

Resolução-CIT nº 05/2013; e

Resolução CIT nº 08/2016.

Documentos para a sua elaboração e sistemas de apoio: Sistema de Informação em Saúde (de produção e epidemiológico), leis e normas do Ministério da Saúde.

Nota: Até 2017 os sistemas utilizados para o registro das metas e dos resultados dos indicadores era o Sistema de Pacto (SISPACTO) e, o Sistema de Apoio ao Relatório Anual de Gestão (SARGSUS). Estes sistemas serão migrados para o DigiSUS Gestor- Módulo Planejamento, sistema de informação que compõe o DigiSUS, estratégia do Ministério da Saúde (MS) de incorporação da saúde digital.

Norteia: A definição de indicadores e metas integradas ao planejamento distrital de saúde.

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Periodicidade: Anual

Tempo de elaboração: 90 dias após as videoconferências com o Ministério da Saúde, entes federados, áreas técnicas da SES-DF, oficinas internas com as áreas técnicas da SES-DF, apreciação da proposta de metas dos indicadores pelo Colegiado de Gestão da SES-DF e aprovação das metas pelo Conselho de Saúde do DF.

Ator(es) do Processo: Equipe da DIPLAN em conjunto com todas as áreas técnicas da SES-DF, Colegiado de Gestão da SES-DF e CSDF.

Responsável pelo Processo: GEMOAS.

Estrutura da Pactuação Interfederativa (Pacto pela Saúde): A pactuação interfederativa obedece as orientações da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) com os seguintes itens:

Nome do indicador, classificação, relevância, método de cálculo, observações e limitações e fonte;

Rol de diretrizes, objetivos e metas do Plano Nacional de Saúde;

Periodicidade dos dados para monitoramento e avaliação;

Responsável pelo monitoramento e avaliação no Ministério da Saúde (MS);

Responsável pelo monitoramento e avaliação na SES-DF.

Documentação gerada: Formulários do Sistema DigiSUS/MS - Módulo Planejamento.

Instâncias de aprovação: Colegiado de Gestão da SES-DF e CSDF.

3.4. Plano Plurianual – PPA

Descrição: O Plano Plurianual (PPA) é uma ferramenta de gestão estratégica que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas que orientarão a aplicação dos recursos públicos. Processo apresentado no Anexo 4.

Para que serve: O PPA tem o papel de declarar as escolhas do governo e da sociedade, indicar os meios para a implementação das políticas públicas, bem como orientar taticamente a ação do Estado para a consecução dos objetivos pretendidos. É o instrumento legal que viabiliza a integração do planejamento e do orçamento, a gestão empreendedora orientada para resultados, transparência, o estímulo às parcerias, e a organização das ações de governo em programas.

Fundamentação Legal:

Constituição Federal de 1988

Lei Orgânica do Distrito Federal

Emenda à Lei Orgânica nº 58/2010 – apresenta as determinações que deverão ser observadas para a elaboração do PPA no DF

Nota: Na Lei Orgânica do Distrito Federal, em seu §2º do art. 149, acrescenta três exigências a essa determinação constitucional: (1) compatibilidade com o Plano de Ordenamento Territorial; (2) regionalização por Região Administrativa; e (3) quantificação física e financeira das diretrizes, objetivos e metas.

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Documentos para a sua elaboração e sistemas de apoio:

Ficha de mapeamento das ações;

Ficha de descrição dos indicadores, e;

Ficha de descrição dos objetivos específicos.

Norteia: A aplicação dos recursos públicos, com a intenção de materializar as políticas públicas.

Periodicidade: 4 anos. A vigência inicia no segundo ano do mandato do chefe do poder executivo e finaliza no primeiro ano de seu sucessor, de modo que haja continuidade do processo de planejamento, mesmo no caso de troca de governo.

Tempo de elaboração: A elaboração do Projeto de Lei do PPA inicia-se em maio. Este é encaminhado pelo Governador à Câmara Legislativa até 15 de setembro, e devolvido para sanção até o encerramento da Sessão Legislativa até 15 de dezembro.

Ator (es) do Processo: Secretarias de Estado sob a coordenação da Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG).

Responsável pelo Processo: Na SES-DF a GEPLOS coordena o processo com todas as Subsecretarias seus assessores de planejamento, Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS), Fundação Hemocentro de Brasília (FHB).

Estrutura do PPA: O Plano estrutura-se nas seguintes dimensões: Estratégica; Tática e Operacional.

Dimensão Estratégica: precede e orienta a elaboração dos Programas Temáticos e tem como base os objetivos estratégicos e a visão de longo prazo do Governo;

Dimensão Tática: define caminhos exequíveis para o alcance dos objetivos e as transformações definidas na dimensão estratégica, considerando as variáveis inerentes à política pública tratada. Expressa as entregas de bens e serviços pelo Estado à sociedade. No PPA 2016-2019 esta dimensão é representada nos Programas Temáticos e nos Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado;

Dimensão Operacional: relaciona-se com o desempenho da ação governamental no nível da eficiência. Busca a otimização na aplicação dos recursos disponíveis e a qualidade dos produtos entregues.

Documentação gerada: Plano Plurianual.

Instâncias de aprovação: Câmara Legislativa do Distrito Federal – CLDF.

3.5. Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO

Descrição: É o instrumento que funciona como elo entre o PPA e os orçamentos anuais, compatibilizando as diretrizes do PPA à estimativa das disponibilidades financeiras de determinado exercício. A LDO deverá estabelecer os parâmetros necessários para a alocação dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das metas e objetivos contemplados no PPA. A LDO estabelece regras gerais substantivas, traça as metas anuais e indica os rumos a serem seguidos e priorizados no decorrer do exercício

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financeiro, não se detendo em situações específicas ou individuais, próprias do orçamento. O seu papel consiste em ajustar as ações de Governo, previstas no PPA, às reais possibilidades de caixa.

As competências constitucionais da LDO são:

Estabelecer as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para exercício financeiro subsequente;

Orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual-LOA;

Dispor sobre alterações na legislação tributária;

Estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento;

Dispor sobre a Dívida Pública Federal;

Dispor sobre as despesas da União com pessoal e encargos sociais;

Dispor sobre a fiscalização, pelo Poder Legislativo, com relação às obras e aos serviços com indícios de irregularidades graves.

Para que serve: A LDO, compatível com o PPA, compreende as metas e prioridades da administração pública do Distrito Federal, incluídas as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente; orienta a elaboração da LOA; dispõe sobre as alterações da legislação tributária; estabelece a política tarifária das entidades da administração indireta e a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento; bem como define a política de pessoal de curto prazo da administração direta e indireta do Distrito Federal.

Fundamentação Legal: A Constituição Federal de 1988 e a Lei Orgânica do Distrito Federal.

Documentos para a sua elaboração e sistemas de apoio: Não se aplica a SES. A elaboração da LDO é de responsabilidade da SEPLAG.

Norteia: A elaboração da Proposta Orçamentária da Saúde para composição do Projeto de Lei Orçamentária Anual - PLOA.

Periodicidade: Anual.

Tempo de elaboração: O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias é encaminhado até sete meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro, 15 de maio, e devolvido pelo Legislativo para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa, 30 de junho (art. 150, § 2º, LODF).

Ator (es) do Processo: SEPLAG e CLDF.

Responsável pelo Processo: SEPLAG.

Estrutura da LDO: Disposições iniciais; Estrutura e organização do orçamento; Metas, prioridades e metas fiscais; Diretrizes para elaboração do orçamento; Disposições relativas a despesas com pessoal, encargos sociais e benefícios de servidores, empregados e dependentes; Diretrizes para execução e alterações do orçamento; Política de aplicação do agente financeiro oficial de fomento; Disposições sobre alterações na legislação tributária; Disposição sobre a política tarifária; participação popular; Disposições Finais e Anexos.

Documentação gerada: Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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Instâncias de aprovação: Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

3.6. Proposta orçamentária Anual da Saúde/DF para composição do Projeto de Lei Orçamentária Anual – PLOA/GDF.

Descrição: É a estimativa das necessidades orçamentária da SES-DF, distribuída por programas de trabalho e subtítulos, para o exercício anual seguinte, formalizado como proposta orçamentária da SES para o Projeto de Lei Orçamentária Anual - PLOA. Processo apresentado no Anexo 5.

A Lei Orçamentária Anual - LOA é um dos mais importantes instrumentos de planejamento e orçamento, cuja finalidade precípua deve ser a ligação entre os sistemas de planejamento e de finanças, possibilitando, assim, a operacionalização dos planos em função das possibilidades de ingresso de recursos financeiros. É o detalhamento dos programas de governo e permite sua execução efetiva.

Para que serve: É o documento que subsidia o PLOA e que define a gestão anual dos recursos públicos. Nenhuma despesa poderá ser realizada se não for autorizada pela LOA ou por lei de créditos adicionais.

Publicada a LOA e observadas às normas de execução estabelecidas para o exercício, tem-se o início da execução orçamentária e financeira. Assim, após a autorização do crédito orçamentário, as unidades estão em condições de efetuar a realização da despesa pública, consubstanciada em três estágios ou fases: empenho, liquidação e pagamento.

Fundamentação Legal: A Constituição Federal de 1988, Lei Orgânica do Distrito Federal, PPA e LDO.

Documentos para a sua elaboração e sistemas de apoio: Estimativa da receita SEPLAG, previsão da necessidade orçamentária (áreas gestoras), definição de programas de trabalho e subtítulos para o próximo exercícios e apresentação das prioridades (DIPLAN).

Norteia: A execução das ações orçamentárias programadas e aprovadas.

Periodicidade: Anual.

Tempo de elaboração: A proposta do orçamento anual da SES-DF para compor o Projeto de Lei Orçamentária Anual - PLOA para o exercício seguinte é encaminhado à SEPLAG até julho do ano corrente, que terá até três meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro em curso (15 de setembro), que enviará ao Poder Legislativo para sanção até o encerramento do segundo período da Sessão Legislativa, 15 de dezembro (art. 150, § 3º, LODF).

Ator (es) do Processo: GEPLOS em conjunto com todas as áreas técnicas da SES-DF.

Responsável pelo Processo: GEPLOS.

Estrutura da PLOA: A LOA deverá ser detalhada a partir da categoria de programação, incluindo-se a região administrativa e a discriminação da despesa, quanto a sua natureza, que

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far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza da despesa e modalidade de aplicação, tendo entre suas funções a redução das desigualdades inter-regionais.

Documentação gerada: Orçamento da Saúde como Componente da Lei Orçamentária Anual.

Instâncias de aprovação: Secretário de Estado de Saúde – SES-DF.

Importante ressaltar que o detalhamento dos processos apresentados compõe o planejamento da Secretaria de Saúde e não ocorrem de forma isolada. Visando a interação e compatibilidade entre os instrumentos, a elaboração ocorre de forma integrada, por meio de oficinas envolvendo todas as áreas da secretaria. Suas correlações estão demonstradas na Figura 6.

Figura 6: Elaboração dos Instrumentos de Planejamento

Fonte: DIPLAN, 2018.

Para facilitar o acompanhamento quanto a periodicidade e prazos dos instrumentos deve-se verificar a Linha do Tempo dos Instrumentos no Anexo 6.

Considerações: Os instrumentos do planejamento são alicerces para a construção do planejamento público da SES-DF. Com isso, é necessário conhecer o marco conceitual, metodológico e legal para a elaboração de cada instrumento, mas o crucial é a articulação entre os instrumentos e garantir o envolvimento de todos os níveis da gestão da secretaria nessa construção para imprimir ao processo uma perspectiva gerencial alinhada a gestão estratégica.

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Parte II – Ciclo do Planejamento, Orçamento, Monitoramento e Avaliação: uma forma de alinhamento e integração do planejamento à avaliação

4. Ciclo Geral do Planejamento da SES – DF

Conforme reportados na primeira parte deste manual, os instrumentos de Planejamento objetivam apoiar o gestor, de modo que alcance a efetividade esperada na melhoria dos níveis de saúde da população e no aperfeiçoamento do SUS.

Contudo, para que isso se efetive é necessário o alinhamento desses instrumentos, de forma a propiciar a adequada utilização dos recursos orçamentários, a convergência das metas, a qualificação na formulação das ações e a análise dos resultados. É importante identificar potenciais e limites das diferentes áreas evitando déficits na replicação de processos de trabalho e implantação dos instrumentos de planejamento, evidenciados com a distorção de indicadores e desencontros das metas. Este foi o grande propulsor da necessidade de alinhamento dessas pactuações na Secretaria de Estado de Saúde/DF.

No Ciclo Geral do Planejamento, conforme Figura 7, percebe-se claramente a interligação dos instrumentos de planejamento e orçamento. No nível nacional tem-se o Plano Nacional de Saúde (PNS), o PPA, a LDO e a LOA. O Governo do Distrito Federal (GDF) realiza o PDS e o PPA para quatro anos, alinhando-os com o planejamento estratégico, Cadeia de Valor e o Mapa Estratégico (BSC). Anualmente concretiza e fortalece seu planejamento definindo o Acordo do Governador, a PAS e a PLOA, apresentados na parte I deste manual.

Figura 7: Ciclo Geral de Planejamento SES-DF

Fonte: Adaptado do MS, DIPLAN, 2016.

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Esses instrumentos interligam-se sequencialmente como uma engrenagem, compondo um processo cíclico de planejamento e gestão para operacionalização integrada, solidária e sistêmica do SUS, conforme apresentado na Figura 8.

Figura 8: Representação cíclica do Ciclo Geral de Planejamento SES-DF

Fonte: DIPLAN, 2017.

A seguir, reporta-se as fases de cada ciclo e como isso ocorre na prática.

4.1. Ciclo do Planejamento

No ciclo de planejamento coordena-se a gestão do Plano Distrital de Saúde por meio da Programação Anual de Saúde. Há um acompanhamento bimestral no que tange a execução das ações, o cronograma estabelecido e análise da situação. Assim, há uma melhor avaliação anual quanto aos produtos alcançados com proposta de melhoria para a construção da PAS para o ano subsequente, conforme Figura 9.

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Figura 9: Ciclo do planejamento

Fonte: DIPLAN, 2017.

4.2. Ciclo do Orçamento

No ciclo do orçamento, coordena-se a gestão do PPA e da LDO por meio da execução orçamentária na Saúde. A LOA apresenta a programação e detalhamento das despesas, considerando a disponibilidade financeira do Governo. O acompanhamento é bimestral da produção realizada de acordo com o recurso orçamentário. Essa sistemática permite anualmente avaliar o PPA quanto aos resultados apresentados e, consequentemente, propor melhoria no próprio plano e na construção da LOA para o ano subsequente, conforme Figura 10.

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Figura 10: Ciclo do Orçamento

Fonte: DIPLAN, 2017.

4.3. Ciclo do Monitoramento e Avaliação - M&A

O ciclo de Monitoramento e Avaliação (M&A) são processos analíticos organicamente articulados, que se complementam no tempo com o objetivo de subsidiar o gestor público com informações mais sintéticas e tempestivas sobre a situação da política ou programa e dados mais analíticos sobre o funcionamento deste que foram levantados na pesquisa de avaliação (JANNUZZI, 2016). Considerando a inter-relação entre esses dois processos a DIPLAN estabelece o Ciclo de M&A.

O ciclo vai além do cumprimento legal com os relatórios quadrimestrais e anuais. Ele demanda inicialmente a definição e formulação de um sistema de monitoramento e pesquisa de avaliação de processos chaves, seus produtos e resultados de programa, projeto, planos ou serviços contidos na agenda estratégica da secretaria, tudo para aprimorar suas políticas de saúde.

Para tanto, desenvolve processos específicos de monitoramento que tem como estratégia fundamental a definição de metas e indicadores e o processo avaliativo com evidências e pesquisas estruturadas alinhadas a agenda estratégica da secretaria, além da elaboração de um plano de comunicação para disseminação dos resultados alcançados aos interessados. O arcabouço dessa construção será apresentado nos tópicos 5, 10 e 11 deste manual. Esse ciclo está visualmente representado na Figura 11.

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Figura 11: Ciclo de M&A.

Fonte: DIPLAN, 2018.

A fase de implementação envolve o acompanhamento periódico dos indicadores (mensal, bimestral, quadrimestral) por meio do Sistema Estratégico de Planejamento (SESPlan), com análise, interpretação e validação dos resultados dos indicadores. Na fase de verificação do desempenho há proposições e plano de melhoria apresentados por meio dos relatórios e, por fim, uma forte comunicação visando a disponibilização e incorporação do aprendizado a todos os envolvidos no processo de M&A.

Essas fases do ciclo de M&A envolvem conceitos e técnicas de monitoramento e de avaliação distintos, por isso serão apresentados separadamente nos próximos tópicos.

Considerações: Com a apresentação do ciclo geral do planejamento consegue-se visualizar o alinhamento e a interação entre os instrumentos de planejamento pactuados, entre plano, programação e recurso orçamentário. Visualiza-se principalmente o “como” isso se desenvolve e se gerencia, sem perder o olhar para o acompanhamento sistemático, que permite checagens, identificação de inconformidades e ajustes no processo, qualificando cada vez mais as pactuações vigentes e materializando as políticas públicas.

5. Monitoramento

5.1. Aspectos conceituais

Monitoramento compreende a coleta e análise regular dos dados e ampla disseminação destes a todos que dele necessitam (WALDMAN, 1998). Significa gerar informações relevantes e orientadas a públicos diferentes de maneira qualificada e sistemática sobre os atributos e o desempenho do que foi pactuado.

Monitorar é acompanhar as realizações de forma contínua e compará-las com o planejado, sinalizando eventuais não conformidades a serem sanadas ao longo do caminho e sugerindo

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correções de rumo para melhorar o programa e subsidiar decisões de forma rápida e oportuna.

A incorporação de funções analíticas sobre um programa pode potencializar o uso do monitoramento na busca de respostas para entender os porquês do bom ou mau funcionamento das ações, indo além do como elas estão sendo desenvolvidas. Esse tipo de abordagem denomina-se monitoramento estratégico voltado para acompanhamento e gestão de políticas, planos de governo, agendas estratégicas ou um conjunto de programas com alto grau de priorização e/ou de intersetorialidade (JANNUZZI, 2016).

5.2. Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores

As diretrizes orientam escolhas estratégicas e prioritárias. Os objetivos devem expressar os resultados que se pretende alcançar para superar, reduzir, eliminar ou controlar os problemas identificados. Quando bem formulados, descreverão a situação futura pretendida pela gestão, direcionando a organização.

É importante destacar que a proposição de objetivos deve considerar não apenas os problemas, mas também a viabilidade política, econômica, técnico organizacional e a coerência com as políticas do governo.

A meta é uma expressão numérica que representa o estado futuro de um desempenho desejado. Ressalta-se que todo indicador de desempenho deve ter uma meta. Na SES-DF define-se meta para o quadriênio, contudo anualiza-se as metas.

As metas devem ser:

Alcançáveis;

Desafiadoras;

Negociáveis;

Fundamentadas em série histórica e/ou referenciais.

Indicadores são índices que refletem uma situação determinada, a partir da relação entre variáveis, que permitem medir mudanças e determinar o grau de cumprimento de metas. Indicadores de Saúde são medidas síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde (RIPSA, 2008).

São escritos com o uso de linguagem matemática e geram informações associadas ao desempenho do processo e suas atividades, que têm por objetivo básico dar suporte a tomada de decisão. São formados por valores de referência e valores medidos, cuja comparação permite a identificação de desvios e a tomada de ações.

Os indicadores deverão ser analisados e interpretados com facilidade, e que sejam compreensíveis pelos usuários da informação, especialmente gerentes, gestores e os que atuam no controle social do sistema de saúde.

Para tanto é consenso na literatura atributos essenciais para um indicador:

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Validade: capacidade de medir o que se pretende. Um indicador deve ser significante ao que está sendo medido e manter essa significância ao longo do tempo;

Confiabilidade: reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condições similares, ter origem em fontes confiáveis, que utilizem metodologias reconhecidas e transparentes de coleta, processamento e divulgação;

Mensurabilidade: devem ser de fácil obtenção, construção e manutenção;

Comparabilidade: indicadores devem ser facilmente comparáveis com referências internas e externas e ter série histórica;

Desagregabilidade: capacidade de representação regionalizada de grupos sociodemográficos, considerando que a dimensão territorial se apresenta como um componente essencial na implementação de políticas públicas.

Outro ponto importante no que tange a indicadores é a construção da ficha de qualificação do indicador, instrumento que especifica com clareza aspectos cruciais como método de cálculo, fonte, limitações, entre outros. A ficha de indicadores da SES encontra-se no Anexo 7.

Se gerados de forma regular e manejados em um sistema dinâmico, os indicadores são instrumentos valiosos para a gestão e avaliação da situação de saúde, em todos os níveis. Um conjunto de indicadores se destina a produzir evidência sobre a situação sanitária e suas tendências, como base empírica para identificar grupos humanos com maiores necessidades de saúde, estratificar o risco epidemiológico e identificar áreas críticas. Constitui, assim, insumo para o estabelecimento de políticas e prioridades melhores ajustadas às necessidades da população.

Importante reforçar que as metas e indicadores são orientados pelo arcabouço de diretrizes, objetivos, metas e indicadores que compõem os instrumentos de planejamento, principalmente PDS e PPA. São definidos visando responder às necessidades de saúde da população, identificadas na análise situacional e demais fases do planejamento.

5.3. Modelagem dos indicadores: Modelo Lógico e Tipologia de Desempenho

Um dos problemas frequentes é o excesso de indicadores utilizados no monitoramento. Para evitar exageros, necessita-se definir um conjunto de indicadores enxutos, coesos e direcionados para analisar o desempenho de um objeto (seja política, programa, organização, projeto etc.), com vistas ao controle, comunicação e melhoria.

Para tanto, modela-se os indicadores em dois momentos distintos, mas alinhados à cadeia de valor transformando recursos em resultados: 1) Modelo Lógico, um esquema no qual apresenta de uma maneira sistemática e visual as relações entre os recursos que se tem para um programa ou política, as atividades que se planejam e as mudanças e resultados que se esperam alcançar; 2) Dimensões de Desempenho seleciona indicadores que demonstrem os esforços e resultados alcançados para o programa, política ou serviço monitorado.

O modelo lógico de uma intervenção expressa o que deve ser feito para que se alcancem os objetivos esperados, mas prevê também quais poderiam ser os outros impactos importantes e determina o modo como esses objetivos e impactos poderão ser gerados (CHEN, 1990).

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Portanto, caracteriza o contexto, o problema a ser modificado, os atores envolvidos, descrevendo a expectativa de mudança que ocorrerá com a intervenção e os processos necessários para que a mudança ocorra, sempre alinhado com o planejamento estratégico definido.

Trata-se de uma ferramenta importante, pois auxilia na identificação dos objetos e indicadores a serem mensurados. Os componentes da ferramenta são:

Insumos/recursos: recursos necessários e disponíveis. Ex.: Recursos financeiros, materiais, humanos, tecnológicos, entre outros.

Atividades: procedimentos e ações que serão realizados com os insumos destacados, visando alcance de um resultado. Ex.: Distribuir medicamentos.

Produtos: consequência imediata da mobilização de insumos com a ação realizada. Ex.: Medicamentos distribuídos.

Resultados: efeitos esperados na sociedade, podendo focar conhecimento, habilidade, comportamento. Ex.: Melhoria de Acesso a medicamento.

Impactos: efeitos acumulados a longo prazo, geralmente relacionados a população geral. Refere-se também a contribuição dada pelo objeto analisado (projeto, política ou programa que está sendo analisado). Ex.: Reduzir taxa de mortalidade.

Para ficar mais claro, apresenta-se um exemplo de modelo lógico no Quadro 1.

Quadro 1: Modelo Lógico adaptado da Fiocruz e Publix, DIPLAN 2018

Insumos Ações/Atividades Produtos Resultados Impactos

Recursos físicos: instalações, equipamentos

Pessoal técnico: médicos, enfermeiros, técnico administrativo

Recursos financeiros

Distribuir material educativo sobre pré-natal

Elaboração de material educativo

Distribuir preservativo

Capacitar profissionais

Ações educativas sobre aleitamento materno

Material educativo produzido

Profissionais capacitados

Melhoria da qualidade da assistência ao pré-natal

Melhoria de acesso ao preservativo

Satisfação do usuário

Redução taxa mortalidade materna

Diminuir taxa mortalidade neonatal

Importante ressaltar que há uma inter-relação entre os componentes do modelo Lógico representado pelo símbolo da seta. Na representação visual do Modelo Lógico do SAMU observa-se essa representação de vinculação com mais detalhe, conforme Figura 12.

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Figura 12: Modelo Lógico do Serviço do SAMU, Fiocruz, 2017

Fonte: Curso de Especialização em Avaliação. Fiocruz, 2015.

O esquema realizado representa a atuação da ação pública desde a obtenção dos recursos até a geração dos impactos provenientes dos produtos/serviços. Assim consegue-se assegurar um conjunto de indicadores em todas as etapas do processo (insumo até resultado/impacto).

Finalizado essa fase, é necessário estruturar a segunda fase da modelagem, categorizar os indicadores pela tipologia dos 6Es de Desempenho, que classifica os indicadores em seis categorias relacionados às dimensões de esforço e resultado, dimensões presentes na metodologia de BSC. Conforme apresentado na Figura 13.

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Figura 13: Tipologia 6Es Desempenho

Fonte: Capacitação em Gestão para Resultado para SES-DF. Instituto Publix, 2014.

A dimensão de resultado foca no desempenho final das atividades e processo, e, a dimensão de esforço foca o progresso das atividades e processos. A seguir explicita-se os conceitos das categorias conforme apresentadas na Figura 13:

Economicidade: Mede a obtenção e o uso de recursos com o menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigida, gerindo adequadamente os recursos financeiros. Ex.: Valor médio pago ao professor.

Execução: Mede o quantitativo executado. Ex.: Porcentual de alunos que passaram de ano.

Excelência: Mede a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a realização dos processos, atividades (boas práticas). Ex.: Pontuação nos critérios de excelência da Fundação Nacional da Qualidade.

Eficiência: Mede a relação entre serviços fornecidos e recursos despendidos (recursos de forma geral, e não apenas relacionados a custos). Ex.: Custo por aluno.

Eficácia: Mede se foi entregue o que era necessário entregar. Ex.: Porcentagem de alunos com pontuação acima de 600, no ENEM.

Efetividade: Mede o impacto de ações no contexto, agregando-lhe valor. Ex.: Porcentagem de alunos aprovados no vestibular desejado.

Esse arcabouço é representado na Matriz de Informação, Anexo 8. Importante salientar que o uso da matriz torna o processo de monitoramento mais transparente.

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Considerações: Acompanhar a cadeia de transformação de valor dos recursos em resultados é a finalidade básica de um sistema de monitoramento. Mas a concretização disso depende de alguns passos: 1) etapa estruturante, com a formação de indicadores qualificados e robustos, 2) etapa de inteligência com a modelagem lógica e de desempenho. Ambos os passos estão inter-relacionados e devem estar representadas na matriz de informação.

6. Sistemática de Monitoramento

A sistemática de Monitoramento da SES está organizada em 5 fases correlacionadas:

Fase 1: As áreas responsáveis pelo acompanhamento dos resultados dos indicadores, ações e etapas do orçamento alimentam dados e informações no Sistema Estratégico do Planejamento-SESPlan até o 10° dia do mês subsequente ao período a ser monitorado.

Fase 2: A equipe técnica da DIPLAN realiza uma análise quantitativa e qualitativa das informações registradas no sistema.

Quadro 2: Aspectos para análise de indicadores Aspectos a serem

observados Perguntas direcionadoras O que esperar

Observar o resultado do indicador

Este resultado está adequado? Era o esperado? Está abaixo ou acima do esperado?

Compara-se com as metas e/ou parâmetros.

Observar a evolução dos resultados do indicador ao longo do tempo (série histórica)

Qual a é tendência? Os resultados tendem a melhorar ou piorar ou se mantém estáveis? Espera-se alguma modificação do estado atual da tendência? De que maneira se explica o resultado?

A busca para essas respostas nos leva a examinar a estrutura e os processos.

Comparar os resultados: com outros Estados e Municípios; com regionais, regiões de saúde

Os resultados estão diferentes ou parecidos com outros Estados e Municípios? Podem ser comparados com outros de mesmo porte ou de semelhantes características?

É possível saber se está indo bem ou não, se está conforme o esperado ou não.

Sempre que possível desagregar os resultados por Regiões de Saúde e/ou RA dentro das regiões

Como esses resultados se comportam ao serem desagregados por Regiões de Saúde e até mesmo por Região Administrativa? É possível comparar com as diferentes realidades e características? Como se comportam os resultados nas Regiões de Saúde? Existem variações? Os resultados das Regiões de Saúde mascaram as variações?

É possível se conhecer mais sobre as razões dos resultados alcançados com as diferentes realidades e características.

Fonte: Adaptado pela GEMOAS da SES-RS (2007), Paulo Januzzi (2016) e Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade (2010)

Realiza-se as RAR - Reuniões de Análise de Resultados. Trata-se de reuniões sistemáticas para discussão e análise das ações e resultados dos instrumentos de planejamento, PAS e Etapa SAG, a qual operacionaliza o PDS na respectiva esfera de gestão e orienta eventuais redirecionamentos. (Fase 3 e 4)

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Fase 3: RAR bimestral: Qualificação dos dados e informações com ajustes e análise dos resultados parciais com a equipe técnica, gerentes e diretores do nível central e administrativo (ADMC) da SES-DF .

Fase 4: RAR quadrimestral: Análise de resultados para tomada de decisões com os diretores, coordenadores, subsecretários, secretários adjuntos e o secretário de saúde.

Essa interação entre as fases pode ser observada pela representação gráfica da sistemática na Figura 14.

Figura 14: Sistemática de Monitoramento da SES.

Fonte: SUPLANS, 2018.

O processo do monitoramento está apresentada no Anexo 9.

Considerações: A sistemática de monitoramento envolve um processo articulado perpassando pelo levantamento, organização e disseminação de informação para o ciclo de gestão dos programas e ações estratégicas. Visa identificar gargalos, propor melhorias e garantir transparência no processo. Além de articulado, deve ser sistemático e contínuo, ou seja, com uma periodicidade bem definida e respeitando os diferentes prazos: curto, médio e longo. Essas fases estruturadas objetivam subsidiar a tomada de decisão dos atores interessados, gestores e técnicos.

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7. Sistema de Monitoramento e Avaliação

O Sistema Estratégico de Planejamento da Secretaria de Saúde - SESPlan, institucionalizado e gerido pela DIPLAN, operacionaliza a sistemática do monitoramento do planejamento da SES-DF. Tem como maior benefício, ser integrado e customizado para análise dos resultados dos instrumentos de planejamento. Ele qualifica as informações promovendo seu melhor uso e gera maior aprendizado pelos profissionais da agenda estratégica da secretaria. Outro sistema de apoio à gestão do orçamento é o SIGGO gerido pelo Governo do Distrito Federal cabendo a DIPLAN mantê-lo atualizado.

7.1. Sistema Estratégico de Planejamento - SESPlan

Descrição: O SESPlan é um sistema voltado ao planejamento e programação em saúde no DF. Ele consolida informações e resultados para apoiar a tomada de decisão dos gestores e, constitui um sistema institucional para o monitoramento da execução das ações estratégicas visando a integração dos instrumentos de planejamento pactuados.

Para que serve: O sistema permite aproximação do planejamento ao orçamento com diretrizes na execução, monitoramento e avaliação contínua dos serviços de saúde na SES DF. Trata-se de um modelo integrado para o gerenciamento dos instrumentos de planejamento de forma a auxiliar os profissionais e gestores a situação do seu desempenho, visando uma gestão para resultados.

Nesse contexto, reforça ao ciclo do planejamento um foco no desempenho, entendendo este como o grau ou medida com que uma intervenção opera segundo critérios, normas e diretrizes específicos, ou o alcance de resultados de acordo com metas ou planos estabelecidos (HARTZ, 2008).

Fundamentação Legal: Lei de Transparência

Documentos para a sua composição e sistemas de apoio: Está constituído pelos seguintes instrumentos: Plano Distrital de Saúde - PDS, Plano Plurianual - PPA, Pactuação Interfederativa de Indicadores, Programação Anual de Saúde - PAS, Lei Orçamentária Anual – LOA, e a Execução Orçamentária - Etapa SAG.

Norteia: O monitoramento das pactuações existentes na SES.

Periodicidade: A composição do SESPlan tem atualizações anuais, respeitando as metas e produtos programados. Sua atualização pelas áreas é contínua, podendo ser analisado mensalmente, ou em outros períodos, conforme a pactuação nos instrumentos de planejamento.

Tempo de elaboração: A composição do SESPlan com as pactuações ocorre no mês de janeiro para execução no ano vigente.

Ator(es) do Processo: Equipe da DIPLAN em conjunto com todas as áreas técnicas da SES-DF.

Responsável pelo Processo: GEPLAN

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Estrutura do SESPlan: O sistema é integrado por sete módulos:

Ciclo geral do planejamento: apresenta todos os instrumentos de planejamento da SES-DF;

Metas e Indicadores: apresenta as pactuações, monitoramento e resultados com análise detalhada;

Programação Anual de Saúde - PAS: acompanha a execução das ações;

Execução Orçamentária - LOA: apresenta a programação e detalhamento das despesas, considerando a disponibilidade financeira;

Acompanhamento Governamental - Etapa orçamentária: acompanha a produção e o recurso orçamentário;

Relatórios: contextualização das informações e resultados das pactuações e subsidiar as prestações de contas do SUS-DF.

Os módulos integram as diversas áreas da secretaria, que compartilham as informações do ciclo do planejamento, ampliando a compreensão dos macroprocessos, dos finalísticos até os de sustentação, e análise dos resultados.

Documentação gerada: Relatório Gerencial Analítico, Relatório de Pendência e Relatório de alterações.

Instâncias de aprovação: SUPLANS.

7.2. Sistema Integrado de Gestão Governamental – SIGGO

Descrição: O Sistema Integrado de Gestão Governamental – SIGGO é o sistema oficial do Governo do Distrito Federal. Está sob a responsabilidade da Secretaria de Fazenda, onde se dá a elaboração e o monitoramento do orçamento público no âmbito do Distrito Federal. O sistema abrange módulos específicos para tratar do Plano plurianual, Lei Orçamentária Anual, Execução Financeira e Contábil e acompanhamento das ações Governamentais

Para que serve: No SIGGO é possível realizar a elaboração, execução, consulta e auditoria do Plano Plurianual e Lei Orçamentária Anual. Além de possibilitar a padronização da informação, garante a transparência e prestação de contas aos órgãos de controle e à população.

Fundamentação Legal: Decreto nº 39.118/2018.

Documentos para a sua elaboração e sistemas de apoio: Informações do PPA e da LOA.

Norteia: A elaboração, execução e o acompanhamento das ações orçamentárias programadas e indicadores que compõem o PPA. Permite atualização da execução orçamentária para análises de impacto.

Periodicidade: Quadrianual: módulo PPA; Anual: módulo LOA e Bimestral: módulo SAG.

Tempo de elaboração: De acordo com o módulo.

Ator(es) do Processo: Na SES-DF a GEPLOS.

Responsável pelo Processo: SEPLAG-DF

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Estrutura do SIGGO: o SIGGO é dividido em módulos: PPA (Plano Plurianuais do Governo); SIOP (Elaboração e execução do Orçamento); SIAC (Administração Financeira e Contábil) e SAG (Planejamento e Ações do Governo).

Documentação gerada: Quadro de Detalhamento de Despesa- QDD, Relatório de Etapas Programas para execução no SAG e Relatório de Indicadores programados e alcançados no PPA.

Instâncias de aprovação: SEPLAG-DF.

Considerações: Uma sistemática de monitoramento robusta exige um sistema de informação como subsídio para a organização dos serviços de saúde, estruturado, intuitivo e orientado para resultados. Com um olhar sobre as metas, acompanha-se indicadores, suas evoluções e análise crítica, sempre integrado com as ações estratégicas e o acompanhamento da execução orçamentária, ou seja, integra o ciclo do planejamento e o ciclo orçamentário. Na SES isso se concretiza pelo Sistema Estratégico de Planejamento-SESPlan: um sistema unificado, padronizado, que permite acompanhar o estratégico e dar mais agilidade e praticidade para o gestor sobre o desempenho das pactuações. Como órgão público também alimenta sistemas de apoio de outros órgãos, mantendo assim a transparência necessária entre os entes federados.

8. Revisão dos Instrumentos de Planejamento

8.1. Revisão do Plano Plurianual - PPA

Conforme Lei nº 5.602/2015 que trata da Revisão e Alteração do Plano Plurianual – PPA e dos instrumentos legais, destaca-se:

A revisão do PPA consiste na atualização de programas com vistas a proporcionar sua aderência às especificidades e à gestão das políticas públicas e à efetivação de direitos, bem como subsidiar o processo de elaboração das diretrizes governamentais e das prioridades orçamentárias anuais.

A exclusão, alteração ou inclusão de programas no PPA deverá ser realizada por meio de projeto de lei específico a ser encaminhado à Câmara Legislativa do Distrito Federal, conforme estabelece o Art. 149, § 1º, da Lei Orgânica do Distrito Federal:

a. Considera-se alteração de programa: I - a modificação do título, do objetivo geral, do objetivo específico ou das metas durante os quatro anos; e II - a inclusão e a exclusão de ações orçamentárias.

b. O projeto de lei que dispor sobre a inclusão de programa temático no PPA explicitará, no mínimo, os seguintes elementos:

I - título, objetivo geral, contextualização, objetivo específico, caracterização, metas, indicadores, ações orçamentárias, com respectivas metas físicas e financeiras, e ações não orçamentárias, se necessário; e

II - indicação dos recursos que financiarão o programa temático proposto.

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c. Quando se tratar de alteração ou exclusão de programa, o projeto de lei de revisão do PPA conterá exposição das razões que motivam a proposta.

d. O projeto de lei de revisão do PPA será acompanhado da base de dados dos programas e das ações.

O Poder Executivo fica autorizado a incluir, excluir ou alterar, mediante decreto, as informações gerenciais e os seguintes atributos de programa temático do PPA:

I - contextualização; II - caracterização; III - indicador; IV - meta, cuja implementação não impacte a execução da despesa orçamentária; V - órgão responsável pelo objetivo específico; VI - ação não orçamentária; VII - descritor, produto, unidade de medida e regionalização de ação orçamentária; e VIII - adequação da vinculação entre ação orçamentária e objetivo específico,

constante do Anexo II.

8.2. Revisão do Plano Distrital de Saúde - PDS

O Plano de Saúde é elaborado para o período de quatro anos. Contudo, considerando a compatibilização entre os instrumentos de planejamento da saúde e os instrumentos de planejamento e orçamento de governo, apresentados no tópico 3 deste manual, a revisão do PDS ocorre anualmente, concomitante a revisão do PPA, pois os instrumentos interligam-se sequencialmente, compondo um processo cíclico de planejamento para operacionalização integrada, solidária e sistêmica do SUS.

Conforme trata a Portaria de Consolidação Nº 1, de 28 de Setembro de 2017 - Art. 96 (Origem: PRT MS/GM 2135/2013, Art. 3º), prioriza-se que:

O Plano de Saúde, instrumento central de planejamento para definição e implementação de todas as iniciativas no âmbito da saúde de cada esfera da gestão do SUS para o período de quatro anos, explicita os compromissos do governo para o setor saúde e reflete, a partir da análise situacional, as necessidades de saúde da população e as peculiaridades próprias de cada esfera.

O Plano de Saúde norteia a elaboração do planejamento e orçamento do governo no tocante a saúde, e observará os prazos em conformidade com a Leis Orgânica do Distrito Federal.

Considerações: O ciclo governamental é de quatro anos, mas esse ciclo precisa ser constantemente renovado e melhorado, de acordo com os desafios existentes. Essa dinâmica implica acompanhar resultados anuais, com finalizações e entregas. Essa maleabilidade permite racionalizar e redirecionar os recursos, ser mais efetivo nos resultados e assim materializar as políticas públicas.

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9. Relatórios de Gestão

A redação de um relatório é uma fase importante que deve ser conduzida com o mesmo cuidado que o profissional tem com a coleta, análise e interpretação dos dados para o monitoramento (CHIANCA et AL., 2001). Pouco adiantará um monitoramento e avaliação criterioso e de alto grau de qualidade técnica se os resultados dela não servirem para orientar mudanças para a melhoria do programa. A forma que o relatório deve ter depende do público para o qual ele é direcionado. A SES possui três importantes relatórios para a prestação de contas das suas pactuações que serão apresentados a seguir.

9.1. Relatório de Atividade Quadrimestral - RAQ

Descrição: O Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA), denominado na SES-DF de Relatório de Atividade Quadrimestral (RAQ), é um instrumento de monitoramento e acompanhamento da execução da Programação Anual de Saúde (PAS), em conformidade com a Lei Complementar nº 141/2012, Art. 36 e Portaria de Consolidação Nº 1, de 28 de Setembro de 2017, Art. 100 (Origem: PRT MS/GM 2135/2013, Art. 7º). Processo apresentado no Anexo 10.

Para que serve: O RAQ serve como um instrumento de comprovação da aplicação dos recursos, de monitoramento, de acompanhamento da execução da Programação Anual de Saúde (PAS) no período, e, subsidia a construção do Relatório Anual de Gestão (RAG) em três capítulos (I, II e III - Oferta de serviços oriundos do SCNES).

Fundamentação Legal: Lei Complementar nº 141/2012 e Portaria de Consolidação Nº 1, de 28 de Setembro de 2017, Art. 100 (Origem: PRT MS/GM 2135/2013, Art. 7º).

Documentos para a sua elaboração e sistemas de apoio: registros de informações oriundas dos Sistemas Nacional de Informação em Saúde, Sala de Situação, SESPlan, leis e normas do Ministério da Saúde.

Norteia: O Relatório Anual de Gestão (RAG)

Periodicidade: Quadrimestral.

Tempo de elaboração: Até 45 dias após a liberação dos dados de produção pelos Sistemas de Informação em Saúde (SIA, SIH e SIOPS), apresentados nos meses de maio (1º quadrimestre), setembro (2º quadrimestre) e fevereiro (3º quadrimestre).

Ator(es) do Processo: DIPLAN em conjunto com todas as áreas técnicas da SES-DF, FEPECS, FHB, Colegiado de Gestão da SES-DF e Conselho de Saúde do Distrito Federal.

Responsável pelo Processo: GEMOAS.

Estrutura do RAQ: O relatório detalhado do quadrimestre anterior, em conformidade com a Lei Complementar nº 141/2012, Art. 36 e Portaria de Consolidação Nº 1, de 28 de Setembro de 2017, Art. 100, Parágrafo Único (Origem: PRT MS/GM 2135/2013, Art. 7º), contém as seguintes informações:

Montante e fonte dos recursos aplicados no período (informações oriundas do SIOPS);

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Relatório Resumido da Execução Orçamentária - Demonstrativo da Receita de Impostos Líquido e das Despesas Próprias com Ações e Serviços Públicos de Saúde - Orçamento Fiscal e da Seguridade Social e Relatório da Execução Financeira por Bloco de Financiamento;

Auditorias realizadas ou em fase de execução no período e suas recomendações e determinações, expressam informações sobre: UF / Município / Demandante / Órgão responsável pela auditoria/Nº auditoria/Finalidade/Unidade auditada/ Encaminhamentos (recomendações e determinações);

Oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial própria, contratada e conveniada, cotejando esses dados com os indicadores de saúde da população em seu âmbito de atuação, observa:

Dados de oferta de serviços oriundos do SCNES, evidenciando quantitativo, tipo de estabelecimento e esfera administrativa;

Dados de produção de serviços, oriundos do SIA e SIH/SUS, contemplando aspectos relativos à Atenção Básica, Urgência e Emergência, Atenção Psicossocial, Atenção Ambulatorial Especializada e Hospitalar, Assistência Farmacêutica e Vigilância em Saúde;

Os indicadores de saúde da população, contemplando os de oferta, cobertura e produção de serviços estratégicos ao monitoramento da Programação Anual de Saúde (PAS), passíveis de acompanhamento quadrimestral, que possibilitem o monitoramento das ações da PAS, bem como os da Pactuação Interfederativa (Pacto pela Saúde);

O conteúdo detalhado das ações previstas pela PAS nos respectivos quadrimestres;

Análise e considerações gerais do quadrimestre a que se refere.

Documentação gerada: Relatório de Atividade Quadrimestral.

Instâncias de aprovação: Colegiado de Gestão da SES-DF, CSDF e CLDF (em audiência pública).

9.2. Relatório Anual de Gestão - RAG

Descrição: É o instrumento de planejamento que apresenta os desdobramentos das ações previstas e os resultados alcançados com a execução da Programação Anual de Saúde (PAS), apurados com base no conjunto de ações, metas e indicadores. Constitui-se ainda, um instrumento de comprovação da aplicação dos recursos financeiros aplicados na área da saúde incluindo os repassados para o FSDF. Processo apresentado no Anexo 11.

Para que serve: Análises das Pactuações Anuais em Saúde para avaliação e revisão do Plano Distrital de Saúde (PDS) e considerações às Programações Anuais seguintes.

Fundamentação Legal: Lei nº 8.080/1990; Lei nº 8.142/1990; Lei Complementar nº 141/2012; Portaria de Consolidação GM/MS nº 1/2017, Art. 99 º (Origem: PRT MS/GM 2135/2013, Art. 6º).

Documentos para a sua elaboração e sistemas de apoio: registros de informações oriunda da interoperabilidade dos Sistemas de Informação em Saúde (produção e epidemiológico), IBGE,

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Receita Federal, Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde - SIOPS, leis e normas do Ministério da Saúde.

Norteia: A avaliação do PDS.

Periodicidade: Anual.

Tempo de elaboração: 30 dias, após fechamento dos sistemas SIM e SIH.

Ator(es) do Processo: DIPLAN em conjunto com todas as áreas técnicas da SES-DF, FEPECS, FHB, Colegiado de Gestão da SES-DF e Conselho de Saúde do Distrito Federal.

Responsável pelo Processo: GEMOAS.

Estrutura do RAG: O Relatório Anual de Gestão, conterá os seguintes itens:

Identificação (esfera de gestão correspondente), atendendo Lei nº 8.142/1990, Art. 4°;

Demografia e dados de morbimortalidade;

Rede física de saúde;

Profissionais do SUS-DF;

Diretrizes, objetivos e indicadores do Plano de Saúde;

Metas da PAS previstas e executadas;

Resultados da Pactuação Interfederativa anual;

Análise da execução orçamentária, contendo o demonstrativo da utilização dos recursos;

Auditorias realizadas ou em fase de execução no período e suas recomendações e determinações;

Recomendações necessárias, incluindo eventuais redirecionamentos do Plano de Saúde, sugestões e ajustes para a PAS do ano seguinte.

Documentação gerada: Relatório Anual de Gestão.

Instâncias de aprovação: Apreciação pelo Colegiado de Gestão da SES-DF e parecer conclusivo do CSDF.

9.3. Relatório Anual de Atividades – RAT, (Relatório de Prestação de Contas Anual do Governador)

Descrição: A Prestação de Contas Anual do Governador é constituída por um conjunto de relatórios elaborados por diversas unidades do GDF. O Relatório de atividades de cada unidade deve refletir as realizações ocorridas durante o exercício, com ênfase nas atividades finalísticas. É um documento que proporciona aos dirigentes e colaboradores a oportunidade de demonstrar sua atuação e desempenho no exercício finalizado, o compromisso com a oferta de bens e serviços à população e, ainda, promover a transparência da gestão dos recursos públicos e as perspectivas futuras. Este relatório também é utilizado como subsídio para avaliação da eficiência e eficácia da gestão. Processo apresentado no Anexo 12.

Para que serve: Demonstrar as realizações governamentais e os resultados alcançados no exercício.

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Fundamentação Legal: É prevista no Art. 100, § 17º da Lei Orgânica do Distrito Federal e na Resolução nº 296/2016 – TCDF.

Documentos para a sua elaboração e sistemas de apoio: Relatório elaborado pelas áreas técnicas responsáveis, descrevendo as realizações e produções ocorridas durante o exercício, utiliza-se do sistema SESPlan para analisar execução orçamentária e resultado de indicadores.

Norteia: A avaliação do PPA e PDS.

Periodicidade: Anual.

Tempo de elaboração: o processo inicia na primeira quinzena de dezembro e se encerra na segunda quinzena de janeiro do ano subsequente. Para o último ano de governo o RAT se apresenta duas fases: outubro do ano vigente e janeiro do ano subsequente.

Ator (es) do Processo: DIPLAN em conjunto com todas as áreas técnicas da SES-DF, FEPECS, FHB.

Responsável pelo Processo: GEPLOS.

Estrutura do Relatório de Prestação de Contas do Governador: Histórico de Criação e Competência (Legislação Atualizada e síntese das Competências e Força de Trabalho); Realizações por Programa; Informações Complementares; Diagnóstico do Desenvolvimento da Unidade e Identificação dos Responsáveis.

Documentação gerada: Relatório de Prestação de Contas do Governador.

Instâncias de aprovação: Câmara Legislativa do Distrito Federal – CLDF.

Considerações: Os relatórios são instrumentos de gestão e de publicização. Gestão, pois facilita ao gestor o acompanhamento do planejado, sendo um produto do monitoramento, pois presta contas do que está sendo realizado na SES. Publicização, por ser um meio de comunicação para os órgãos de controle e para a sociedade, além de um importante canal provedor para pesquisa. Com isso, são componentes essenciais para um bom relatório: descrição dos programas, clareza do que foi produzido, apresentar conclusões e recomendações e lições aprendidas.

10. Plano de Comunicação

Um aspecto importante no monitoramento e na avaliação é a forma de divulgação dos resultados. Considerando os meios de comunicação como instrumento que possibilita o acesso à informação por parte dos usuários do monitoramento, define-se o seguinte desenho para a matriz de comunicação - Quadro 3.

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Quadro 3: Relação dos meios de comunicação, segundo os atores interessados, SES-DF, 2018

MATRIZ DE COMUNICAÇÃO DE RESULTADOS

PÚBLICO

MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Reuniões programadas

de Análise

Oficinas / seminários / workshops

internos

Intranet/ Mailing

Site SES

Relatórios Executivos

Relatórios de Gestão

Painel Indicadores /Infográfico

Públicos Internos

Colegiado de Gestão SES-DF - - - X X X X Diretores e Gerentes da Adm. e das Regiões de Saúde

X X X X X X X

Técnicos da Subsecretarias e das Regiões de Saúde

X X X X X X X

Públicos Externos

Conselho de Saúde do Distrito Federal

- X - X - X X

Controle Externo - - - X - X X

Fonte: Adaptado do Curso de M&A do Instituto Publix, 2014.

A seguir esclarecem-se as escolhas dos respectivos meios de comunicação:

Painel de indicadores e Infográfico: permite uma visualização rápida, principalmente para gestões e trabalhadores, de como está o desempenho das pactuações, por meio dos indicadores escolhidos. Além de ser uma forma dinâmica, lúdica e criativa de apresentar os resultados;

Relatórios executivos e de gestão: permitem aos interessados terem contato com a análise e os achados, de uma forma mais descritiva e detalhada. Devem conter um sumário executivo, que permite um resumo do relatório, com destaque para os principais aspectos da avaliação realizada.

Reuniões programadas de análise: devem ter pauta específica para apresentar os resultados, definindo melhorias na intervenção a partir dos achados;

Seminário, oficina e workshop: estes espaços auxiliam na apresentação dos resultados e propiciam momentos de sensibilização, integração entre os envolvidos, mas principalmente momentos para abordar problemas e em conjunto propor soluções e planejar os próximos passos – plano de ação;

Intranet/mailing: espaço entre a equipe de monitoramento e a equipe técnica, mantendo um canal de informações e experiências de forma rápida e objetiva;

Site da SES: espaço para publicação dos instrumentos de planejamento e seus relatórios de prestação de contas, mantendo assim a transparência de informações.

A intenção com o presente plano é o aprendizado e melhoria da intervenção.

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No nível de gestão a influência pode-se dar na articulação e integração entre as diferentes áreas envolvidas na intervenção, provocando uma corresponsabilidade entre todos para melhorar o desempenho dos programas.

No âmbito da área técnica destaca-se a possibilidade de mudanças no processo de trabalho para alcance dos resultados. As informações levantadas poderão instigar reflexões aos profissionais sobre o processo e sobre o modo operante, de forma a sensibilizar e estimular para um maior comprometimento e amadurecimento da equipe.

Considerações: Outra fase crucial de um sistema de monitoramento é a etapa de comunicação. A SES-DF possui diferentes meios de comunicação, com a partilha de informações de suas execuções e resultados, contribuindo com um processo decisório fluído e visando o fortalecimento das políticas de saúde.

11. Avaliação

11.1. Aspectos Conceituais

Pressuposto importante para este manual é compreender avaliação como recurso para aprendizagem organizacional e, como consequência, para desenho e redesenho de processos e atividades de forma a incrementar e inovar as políticas e programas definidos na SES-DF.

Avaliação consiste em emitir um juízo de valor sobre uma intervenção (projeto, programa, plano, ação ou serviço), fornecendo informações cientificamente válidas e socialmente legítimas sobre a intervenção ou qualquer componente dela, com objetivo de que diferentes atores envolvidos estejam aptos a se posicionar sobre a intervenção construindo um julgamento que possa se traduzir em ação (CHAMPAGNE, 2011).

Assim sendo, avaliação determina o mérito ou valor de um projeto, programa, plano, ação ou serviço e explica a relação entre ele e seus efeitos considerando os contextos político, econômico, cultural, sociodemográfico, organizacional, entre outros.

Mas importante ressaltar que para sua realização, geralmente exige-se definir o tipo de avaliação. Em função de quem realiza, COHEN & FRANCO in SILVA (2001), apresenta os seguintes tipos de avaliação:

Avaliação Interna - realizada por pessoas da própria equipe executora (auto avaliação) ou especialistas de outras áreas da mesma instituição.

Avaliação Externa - realizada por profissionais que não integram o quadro da instituição ou não participam de nenhuma fase do ciclo da iniciativa.

Avaliação Mista - realizada por equipes compostas por elementos internos e externos, combinando as duas avaliações (interna com a externa).

Avaliação Participativa - realizadas com o envolvimento do público alvo.

Auto avaliação - realizada por pessoas envolvidas diretamente na execução do programa, plano, projeto ou ação).

Segundo o momento, a avaliação apresenta os seguintes tipos:

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Ex-ante ou anterior - realizada antes do início da iniciativa, por meio de algum tipo de simulação sobre o público alvo, subsidiando os tomadores de decisão a mudar o rumo ou não.

Intermediária - analisa o processo de implementação; mede os resultados alcançados num determinado momento da implantação e analisa as tendências do alcance dos objetivos.

De término - ao término da iniciativa, consolida as informações do monitoramento.

Ex-post ou somativa - realizada após um determinado período da conclusão da iniciativa (é conhecimento do efeito que ela efetivamente teve sobre o público alvo.

O tipo de análise é conceituado por Champagne (2011) como as relações entre uma intervenção e seu contexto durante sua implementação, tendo por objetivo delimitar melhor os fatores que facilitam ou comprometem as implantações de uma intervenção.

A SES-DF tem envidado esforços para capacitar servidores em Monitoramento e Avaliação (Cursos de Especialização e de Mestrado 2019 a 2020), para fomentar a institucionalização da avaliação participativa.

11.2. Planejamento da Avaliação

As etapas a seguir devem ser consideradas para o planejamento de uma avaliação:

“O que avaliar?” Identificação dos objetos de mensuração: uma política, um programa ou projeto, plano, ação ou serviço; sempre inter-relacionado com as grandes pactuações: PPA-LOA, PDS-PAS, Pactuação Interfederativa, Acordo de Resultado – GDF.

“Quem utilizará a avaliação?” Identificação dos principais atores interessados que são todos os envolvidos ou afetados pela iniciativa e/ou avaliação. Não deve ser confundido com atores da intervenção.

“O que realmente interessa saber sobre o objeto avaliado?” Identificação das perguntas avaliativas, o ponto de partida de toda e qualquer avaliação. É a definição da pergunta que irá identificar o que se irá examinar, avaliar e analisar criticamente. Inicialmente, no caso de avaliação de programas, por exemplo, deve-se pensar o que se deseja: avaliar um processo de implementação, resultados, impacto ou percepções de beneficiários de programas etc.

“Qual o objetivo com a avaliação?” Identificação dos objetivos da pesquisa que podem se dividir entre geral ou específico. É pelos objetivos que serão definidas as informações e os dados que serão buscados ao se pesquisar. Sendo assim, os objetivos estão vinculados com a pergunta na medida em que concretizam a pergunta de pesquisa, dizendo para onde apontará o olhar da pesquisa e indicando os caminhos que serão percorridos.

Considerações: Avaliação precisa ser incorporada no cotidiano da secretaria, como instrumento para formulação de políticas públicas. E precisa estar embasada numa metodologia, com técnicas e abordagens consistentes. As práticas de avaliação podem operar descobertas, aprendizagem e apoio à mudança.

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Anexos

Anexo 1: Fluxo I-Elaborar o Plano Distrital de Saúde

A seguir apresenta-se o processo detalhado, estratificado em duas páginas.

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Anexo 2: Fluxo II-Elaborar a Programação Anual de Saúde

A seguir apresenta-se o processo detalhado, estratificado em duas páginas.

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Anexo 3: Fluxo III-Elaborar a Pactuação Interfederativa

A seguir apresenta-se o processo detalhado, estratificado em duas páginas.

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Anexo 4: Fluxo IV-Elaborar o Plano Plurianual

A seguir apresenta-se o processo detalhado, estratificado em duas páginas.

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Anexo 5: Fluxo V-Elaborar a Proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA)

A seguir apresenta-se o processo detalhado, estratificado em duas páginas.

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Anexo 6: Linha do Tempo dos Instrumentos

Fonte: DIPLAN, 2018

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Anexo 7: Ficha de Qualificação do Indicador

Campo Exemplo Descrição

Código COAPS05 Trata-se de uma identificação única para o indicador em questão servindo para fins de rastreabilidade e de referência do indicador pelos sistemas que o consulta.

Título Cobertura de acompanhamento das condicionalidades de saúde do Programa Bolsa Família

Trata-se de uma identificação única para o indicador em questão servindo para fins de rastreabilidade e de referência do indicador pelos sistemas que o consulta. Pode-se adotar um padrão para esse campo.

Descrição Cobertura de acompanhamento das condicionalidades de saúde do Programa Bolsa Família em determinado local e período.

Informação expressando as intenções de dimensionamento (determinado espaço geográfico, no período considerado) do indicador

Conceituação

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa federal de transferência direta de renda a famílias em situação de pobreza (renda entre R$70,01 a R$140,00 por pessoa) ou de extrema pobreza (renda de até R$70,00 por pessoa), com a finalidade de promover seu acesso aos direitos sociais básicos e romper com o ciclo intergeracional da pobreza. O Programa é realizado por meio de auxílio financeiro vinculado ao cumprimento de compromissos na Saúde, Educação e Assistência Social - condicionalidades.

Informações que definem o indicador e a forma como ele se expressa, se necessário agregando elementos para a compreensão de seu conteúdo.

Interpretação

Esse indicador possibilita o monitoramento das ações de saúde essenciais oferecidas nas UBS para as famílias beneficiárias do PBF. Expressa a quantidade de famílias acompanhadas pelas equipes na Atenção Primária e visa a vinculação do usuário à equipe de saúde da família, permitindo acesso a promoção de saúde, prevenção de doenças e recuperação de agravos, bem como a participação social

Explicação sucinta do tipo de informação obtida e seu significado.

Usos Monitorar as famílias beneficiárias do PBF no que se refere às condicionalidades de Saúde, que tem por objetivo ofertar ações básicas, potencializando a melhoria da qualidade de vida das famílias

Principais finalidades de utilização dos dados a serem consideradas na análise do indicador.

Limitações

Indicador não reflete a capacidade de mobilização e articulação intersetorial (saúde, educação e assistência social) nos estados e municípios. Famílias que são acompanhadas no sistema de saúde mas não foram identificadas como beneficiárias não são incluídas nesse registro.

Fatores que restringem a interpretação do indicador, referentes tanto ao próprio conceito quanto as fontes utilizadas.

Fonte Sistema de Gestão do Acompanhamento das Condicionalidades de Saúde do PBF – DATASUS/MS. Link: http://bolsafamilia.datasus.gov.br/w3c/bfa.asp

Arquivos, bases de dados ou sistemas informatizados ou instituições/unidades responsáveis pela produção dos dados utilizados no cálculo do indicador.

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Fórmula de cálculo

Número de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família com perfil saúde acompanhadas pela atenção primária x 100 Número total de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família com perfil saúde

Fórmula utilizada para calcular o indicador, definindo o tipo de relação matemática e os elementos que a compõem

Metodologia de Cálculo

Numerador: Número de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família com perfil saúde acompanhadas pela atenção primária e determinado local e período Denominador: Número total de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família com perfil saúde no mesmo local e período Multiplicador: 100

Descritivo da forma que se calcula o indicador

Periodicidade de atualização

MENSAL Frequência de atualização do resultado do indicador segundo sua granularidade

Periodicidade de monitoramento

Quadrimestral Frequência de monitoramento do resultado do indicador

Periodicidade de apuração

ANUAL Frequência de apuração do resultado do indicador na qual o resultado é considerado concluído para avaliação final

Unidade de medida Percentual A unidade de medida utilizada para a apresentação do indicador.

Parâmetro Série histórica DF: 37,83% (2014), 41,71% (2015), 33,91% (2016), 37,07% (2017) Valor de referência nacional ou internacional para o indicador

Fonte do parâmetro DATASUS - http://bolsafamilia.datasus.gov.br/w3c/bfa_relconsol.asp Fonte do parâmetro (se especificado)

Polaridade MAIOR MELHOR Indica o sentido do indicador. Ex.: quanto maior melhor, quanto menor, melhor

Visibilidade Pública Indica se a visibilidade do indicador é pública ou privada

Indicador acumulativo

SIM O resultado do Indicador demonstra o somatório de ocorrências ao longo do período de tempo de sua atualização.

Estratificação RA, Região de Saúde, distrital Recorte espacial/territorial de referência do indicador (Distrital, Região de Saúde, por RA, por CNES)

Critérios de análise Faixa etária, sexo, renda Referem-se às possíveis desagregações que os dados têm nas suas bases (ex.: faixa etária, sexo, raça/cor).

Indicador relacionado/referências

Cobertura populacional estimada pelas equipes de Saúde da Família Relações com outros indicadores

Observações Não se aplica Informação adicional sobre o indicador

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Área Responsável Técnica ADMC

SES/SAIS/COAPS/DAEAP/GASPV Responsável técnico pelo indicador na ADMC

Área Responsável Gerencial ADMC

SES/SAIS/COAPS/DAEAP Responsável pelo monitoramento do indicador na ADMC

Área Responsável Técnica Região

SES/SRS/DIRAPS/GAP Responsável técnico pelo indicador na Região

Área Responsável Gerencial Região

SES/SRS/DIRAPS Responsável pelo monitoramento do indicador na Região

Preenchimento Pela Suplans

Instrumentos de Planejamento

(X)PA (X ) ODS ()AGR (X)PDS ()Pactuação Interfederativa (X)PAS () Acordo de Resultados do Governador

Selecionar em quais instrumentos de planejamento este indicador está sendo monitorado.

Classificação Ministério da Saúde (Pacto pela Saúde)

Universal

(1) Indicadores Universais: pactuação comum e obrigatória nacionalmente.(2) Indicadores Específicos: pactuação obrigatória quando forem observadas as especificidades no território.(3)Indicadores Complementares: São referências para pactuação de metas não obrigatórias para as regiões.

Classificação do Indicador "6 S"

Eficácia

(1) Efetividade são os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetos (2) Eficácia é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário (beneficiário direto dos produtos e serviços da organização). (3) Eficiência é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. 4) Execução refere‐se à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabelecidos. Indicadores de execução podem ser encontrados no monitoramento das ações; (5) Excelência é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a realização dos processos, atividades e projetos na busca (6) Economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus possível.

Classificação (modelo lógico).

Resultado

(1) Insumos: recursos materiais, financeiros e humanos. 2) Processos: quantificam o desempenho de atividades relacionadas à forma de produção de bens e serviços (3) Produtos: demonstra quantitativamente os bens e serviços produzidos por um programa.(4) Resultados: estão relacionados aos objetivos que determinado programa visa a cumprir. Também são denominados indicadores de impacto e se relacionam à efetividade do programa. Exemplos: índice de morbi-mortalidade infantil; índice de desnutrição infantil; 5) Impactos: Efeitos acumulados, de longo prazo, usualmente referidos à população geral. Raramente são atribuídos a um único programa ou intervenção. Ex.: Redução da taxa de mortalidade materna

Fonte: Diretoria de Gestão da Informação Estratégica (DGIE), 2018

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Anexo 8: Matriz de Informação

Instrumento

de Planejamento

Pactuado

Diretriz Objetivo

Estratégico Classificação modelo lógico

Dimensões Desempenho

(Tipologia 6Es)

Indicador Método

de cálculo

Unidade de

medida Polaridade

Periodicidade de

monitoramento

Parâmetro nacional/internacional

Meta anualizada

Fonte Responsável

Fonte: DIPLAN, 2018

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Anexo 9: Fluxo VI- Realizar o Processo de Monitoramento

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Anexo 10: Fluxo VII-Elaborar o Relatório de Atividade Quadrimestral

A seguir apresenta-se o processo detalhado, estratificado em duas páginas.

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Anexo 11: Fluxo VII-Elaborar o Relatório Anual de Gestão

A seguir apresenta-se o processo detalhado, estratificado em duas páginas.

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Anexo 12: Fluxo IX-Elaborar o Relatório Anual de Atividade (Prestação de Contas do Governador)

A seguir apresenta-se o processo detalhado, estratificado em duas páginas.

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Glossário

GLOSSÁRIO DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DA SES-DF

Esse glossário dos instrumentos de planejamento da Secretária de Estado da Saúde do Distrito Federal (SES-DF) explica os termos ou siglas específicas utilizadas no Plano Plurianual para o período 2016-2019, o Plano Distrital de Saúde 2016-2019, Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), Lei Orçamentária Anual (LOA), nos relatórios de Gestão, RAQ, RAG e sistema de Acompanhamento Governamental (SAG), Pactuações Interfederativa, e dentro do DF entre a SES e Governo, bem como as pactuações/acordos entre ADMC e Regiões de Saúde.

Sua finalidade é explicar os termos e conceitos relevantes para o planejamento, monitoramento e avaliação da SES-DF.

Avaliação: a avaliação determinar valores e méritos das políticas de saúde, programas e projetos estratégicos, requer maior rigor no uso de procedimentos metodológicos, na busca de evidências com credibilidade para se fazer um julgamento (juízo de valor) das intervenções/realizações;

Acordo de Gestão Regional (AGR): instrumento a ser celebrado entre a Secretaria de Estado da Saúde - SES-DF e as Superintendências das Regiões de Saúde e Unidades de Referência Distrital, conforme o Decreto 37.515/2016 o AGR terá alocação de créditos orçamentários e de recursos financeiros para apoiar a execução das atividades pactuadas no referido Acordo;

Diretrizes: as Diretrizes expressam as linhas de ação a serem seguidas e orientam a formulação da política e dos programas e projetos estratégicos/prioridades do Governo, do Plano Saúde Distrital (PDS) e do Projeto de Lei Orçamentário Anual (PLOA), a Programação Anual de Saúde (PAS).

Efetividade: são os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetos. A efetividade está vinculada ao grau de satisfação ou ainda ao valor agregado, a transformação produzida no contexto em geral. Esta classe de indicadores, mais difícil de ser mensurada (dada a natureza dos dados e o caráter temporal), está relacionada com a missão da instituição. Por exemplo, se uma campanha de vacinação realmente imunizar e diminuiu a incidência de determinada doença entre as crianças, a campanha foi efetiva. Indicadores de efetividade podem ser encontrados na dimensão estratégica do Plano Plurianual (PPA)

Eficácia: é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário (beneficiário direto dos produtos e serviços da organização). Por exemplo, se, na mesma campanha citada, a meta de vacinação é imunizar 100.000 crianças e este número foi alcançado ou superado, a campanha foi eficaz. Indicadores de eficácia podem ser definidos a partir da Carta de Serviços do órgão;

Eficiência: é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. Por exemplo: uma campanha de vacinação é mais eficiente quanto menor for o custo, ou seja, quanto menor for o custo da campanha, mantendo‐se os objetivos propostos. Indicadores de eficiência podem ser encontrados na

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Carta de Serviços com seus elementos de custos e em informações de sistemas estruturantes do Governo, como o SIAFI;

Execução: refere‐se à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabelecidos. Indicadores de execução podem ser encontrados no monitoramento das ações do PPA;

Excelência: é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade; sendo um elemento transversal. Indicadores e padrões de excelência podem ser encontrados no Instrumento de Avaliação da Gestão Pública (IAGP)

Economicidade: está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequadamente os recursos financeiros e físicos. Indicadores de economicidade podem ser encontrados nas unidades de suprimentos.

Indicadores: os indicadores são medidas que expressam ou quantificam um insumo, um resultado, uma característica ou o desempenho de um processo, serviço, produto ou organização.

Indicadores Universais: expressam o acesso e a qualidade da organização em redes, além de considerar os indicadores epidemiológicos de abrangência nacional e desempenho do sistema (IDSUS), sendo de pactuação comum e obrigatória nacionalmente. Ex.: Cobertura vacinal.

Indicadores Específicos: Expressam as características epidemiológicas locais e de organização do sistema e de desempenho do sistema (IDSUS), sendo de pactuação obrigatória quando forem observadas as especificidades no território.

Indicadores Complementares: São referências para pactuação de metas não obrigatórias para as regiões, tendo em vista as prioridades de cada ente federativo, expressas nos seus planos de saúde. Cada ente federativo poderá, por meio do consenso tripartite na região, complementar a lista desses indicadores de acordo com as necessidades da região de saúde.

Metas: as metas são as expressões quantitativas dos objetivos, ou seja, o compromisso de alcance dos objetivos.

Monitoramento: é um processo sistemático e contínuo de acompanhamento de indicadores de saúde, visando a obtenção de informações, em tempo oportuno, para subsidiar a tomada de decisão, redução de problema e correção de rumos. No monitoramento verifica-se a realização das atividades e o alcance dos objetivos e metas;

Objetivos: os objetivos expressam o que se pretende fazer acontecer a fim de superar, reduzir, eliminar ou controlar os problemas identificados, é um resultado esperado/proposto

Plano Distrital de Saúde (PDS): instrumento central do planejamento onde está a definido as iniciativas da SES-DF para o período de quatro anos (2016-2019);

Programa de Gestão Regional da Saúde (PRS): acordo de resultados pactuados com as regiões de saúde.

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Programação Anual de Saúde (PAS): instrumento que operacionaliza as intenções expressas no Plano de Saúde e tem por objetivo anualizar suas metas e está em consonância com a LOA onde estão previstos a alocação dos recursos orçamentários a serem executados;

Quadro de Detalhamento de Despesas (QDD): demonstra a elaboração do orçamento por ítem orçamentário, detalhado por natureza de despesa.

Relatório Anual de Gestão (RAG): instrumento de gestão onde a equipe gestora da SES apresentam ao Conselho Distrital de Saúde os resultados alcançados com a execução da PAS. É o momento de avaliar e revisar o PDS para os anos seguintes considerando que o RAG e o PDS devem ser aprovados pelo CSDF.

Relatório de Atividade Quadrimestral (RAQ): instrumento de monitoramento e acompanhamento quadrimestral da PAS, previsto em lei, que consolida de forma detalhada as atividades realizadas no quadrimestre anterior que é apresentada em audiência pública na Câmera Legislativa - CLDF nos de maio, setembro e fevereiro;

Região de Saúde: Unidade de gestão de um território, a partir de uma base populacional delimitada, com estrutura de serviços e de gestão elaboradas de forma homogênea embora respeitadas as singularidades regionais.

Sistema de Acompanhamento do Governador (SAG): sistema oficial do Governo do Distrito Federal que acompanha a realização das ações orçamentárias. Corresponde há um módulo do Sistema Integrado de Gestão Governamental (SIGGO).

SARGSUS: Sistema de Apoio aos relatórios de Gestão RAQ e RAG

Sistema DigiSUS: é a estratégia do Ministério da Saúde (MS) de incorporação da saúde digital (e-Saúde). Incorporará o SARGSUS e o SISPACTO. DigiSUS Gestor/Módulo Planejamento será responsável pelos relatórios de gestão.

Sistema Estratégico de Planejamento (SESPlan): Sistema de monitoramento das pactuações vigentes da Secretaria de Saúde.

Unidades de Referência Distrital (URD): estrutura dos hospitais especializados e de referência para o Distrito Federal