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MANUAL DE NORMAS PARA O CONTROLE E ASSISTÊNCIA DAS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS

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Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas. Larissa Barbosa Luana Valente Marcella Rezende Mayara Bravo Paula Madruga Tamiris Moura. Seção I. Apresentação Síndromes Clínicas. Seção I. Apresentação Síndromes Clínicas. Vias aéreas Superiores: - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

MANUAL DE NORMAS PARA O CONTROLE E ASSISTÊNCIA DAS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS

Page 2: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção I. Apresentação Síndromes Clínicas

Page 3: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Vias aéreas Superiores: Amigdalite Otite Média Aguda Sinusite Rinofaringite (Resfriado Comum)

Vias aéreas Inferiores: Pneumonia Bronquite Bronquiolite

Seção I. Apresentação Síndromes Clínicas

Page 4: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Amigdalite

Inflamação das Amígdalas

Origem: Viral ou Bacteriana

Quadro Clínico: Dor de Garganta Febre Linfonodomegalia

Page 5: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Otite Média Aguda (OMA)

Inflamação do Ouvido Médio

Origem: Germe migra via tuba auditiva da nasofaringe

Quadro Clínico: Dor severa Febre Otorréia*

Complicação: Mastodite Sinais de irritação Meníngea

Page 6: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Membrana Timpânica normal

OMA Estabelecida

OMA inicial

Membrana Timpânica Abaulada

Page 7: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Sinusite

Infecção dos Seios da face

Origem: Viral ou Bacteriana

Quadro Clínico: Cefaléia Febre Tosse e secreção mais de 7 dias

Complicação: Mastodite Sinais de irritação Meníngea

Page 8: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Pneumonia

Processo Inflamatório, geralmente Infeccioso que envolve o parenquima pulmonar.

Quadro Clínico: Taquipnéia Febre Prostração Ausculta: crepitações e MV abolido

Page 9: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção I. Apresentação

Década de 70: Brasil (DNPS do MS)→ Medidas para controle e assistência das Infecções Respiratórias Agudas (IRA)

1981: IRA → Primeira ou segunda causa de morte entre os menores de 5 anos (112,5/100.000) >> menores de 1 ano (414/100.000)

Page 10: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção I.1. Introdução da Terceira Edição

1984: MS → Primeira versão das normas para assistência e controle das IRA (Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança)

Diagnóstico por graus de gravidade crescentes: IRA leve, IRA moderada e IRA grave

1987: Revisão e edição das normas >> manutenção da classificação prognóstica

Page 11: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

1988: Problema: casos moderados classificados erroneamente → aumento do uso de antibióticos

Maior parte dos óbitos em menores de 5 anos por infecções do TRI → Pneumonia bacteriana

Grande número de crianças com pneumonia morre em domicílio (24 - 48 horas de evolução)

Necessidade de uniformizar a linguagem

Page 12: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção I.2. Objetivos do Programa Reduzir a mortalidade dos menores de 5

anos por IRA >> pneumonia

Reduzir o número de casos graves e de complicações

Diminuir o uso inadequado de antibióticos e outros medicamentos

Page 13: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção I.3. Estratégias

1. Prevenção

2. Manejo dos casos

Page 14: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

1. Prevenção

Reduzir o número de casos e suas complicações:

Incremento dos esquemas de vacinação no 1° ano de vida

Orientação das mães e familiares Diagnóstico precoce Utilização racional de drogas

Page 15: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

2. Manejo dos casos

Adoção e utilização de conceitos clínicos tradicionais e sinais com valor preditivo:

Pneumonia grave Pneumonia não grave

Diagnóstico baseado na faixa etária

Page 16: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção II. Avaliação e Conduta

Avaliar a criança

Classificar

Definir condutas

Page 17: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção II.1. Identificação da criança com risco de vida

febre ou hipotermia palidez cutâneo-mucosa acentuada desnutrição grave edema generalizado Desidratação impossibilidade de beber ou de sugar convulsão ou estado pós convulsivo alternância entre agitação e prostração acentuadas estridor em repouso crises de apnéia Cianose insuficiência respiratória

Page 18: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção II.2. A criança com IRA

Define-se IRA com 1 ou mais dos seguintes sinais, com evolução média de 7 dias:

Tosse Dificuldade para respirar Chiado Coriza Dor de ouvido Dor de garganta

Page 19: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Tosse ou dificuldade para respirar Pneumonia??

Examinar (com a criança calma e acordada): contar movimentos respiratórios em 1 min, no mínimo 2x observar: retração torácica Estridor Sibilância presença de gemidos em < 2 meses períodos de apnéia cianose (língua) exantema do sarampo distensão abdominal

medir a temperatura

Page 20: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção II.3. Criança Menor de 2 Meses com Tosse ou Dificuldade respiratória Risco maior de morte por infecções

bacterianas graves

Sinais inespecíficos: Dificuldade de alimentação Dor abdominal Febre ou hipotermia

Page 21: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Diferenças

Tiragem subcostal e acentuada

FR mantida > 60 ipm

Qualquer pneumonia é considerada grave

Page 22: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Conduta

Hospitalização urgente

Aquecer a criança e mantê-la seca e aquecida

Medidas de emergência: Oxigenoterapia Antibioticoterapia (1ª dose): Penicilina Procaína

50.000 U/Kg e Gentamicina 2,5 mg/Kg IM Aleitamento materno (caso a sucção não seja

possível e/ou se houver diarréia >> hidratação com soro)

Tratar a febre Havendo sibilos>>tratar como Seção III

Page 23: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Conduta

Caso não haja sinais de pneumonia → outros diagnósticos de menor gravidade (rinofaringite)

Orientar a mãe:

Tratamento com sintomáticos em casa

Identificação dos sinais de gravidade (retorno)

Respiração difícil

Dificuldade de alimentação

Piora do quadro

Page 24: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Quadro 3 – Conduta da Criança Menor de 2 Meses com Tosse ou Dificuldade Respiratória

Page 25: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção II.4. Crianças de 2 Meses a 4 Anos com Tosse ou Dificuldade para Respirar Avaliar se há pneumonia e se esta é grave:

Tiragem subcostal ou intercostal Gemido Batimento de asas de nariz Cianose

Respiração rápida: FR > 50 (2 a 11 meses); FR > 40 (1 a 4 anos)

Ausência de tiragem

PNEUMONIA GRAVE

PNEUMONIA NÃO GRAVE

Page 26: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Ausência de tiragem Ausência de respiração rápida

Seção II.4. Crianças de 2 Meses a 4 Anos com Tosse ou Dificuldade para Respirar

NÃO PNEUMONIA OU OUTROS PROBLEMAS

RESPIRATÓRIOS

ResfriadoAmigdaliteOtiteTBCoquelucheAsmaSinusopatias

Page 27: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Conduta no caso de PNM grave Hospitalização urgente

1ª dose do antibiótico (Penicilina Procaína IM 50.000 U/Kg até o limite de 400.000 U/dia)

Tratar a febre

Tratar a sibilância

Iniciar oxigenoterapia

Page 28: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Conduta no caso de PNM

Tratamento em domicílio

Antibiótico de acordo com o quadro 4

Tratar a febre

Recomendar e enfatizar com a mãe a importância do retorno em 48 horas, ou antes no caso de piora do quadro

Page 29: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Conduta no caso de Não PNM Tratar a febre

Tratar a sibilância

Tratar outras infecções do trato superior

Orientar a mãe para o tratamento em domicílio

Investigar outras doenças (tosse por mais de 30 dias)

Page 30: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Atenção: A reação alérgica à Penicilina é rara em criança. Valorizar apenas se houver relato com o uso de Penicilina, Amoxicilina ou Ampicilina.

Alternativa: Eritromicina ou Sulfametoxazol-Trimetopim (exceto para crianças menores de 2 meses ou com icterícia)

Teste alérgico para Penicilina não é recomendado rotineiramente.

Page 31: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas
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Quadro 6: Conduta da Criança de2 Meses a 4 Anos com tosse ou Dificuldade Respiratória

Sinais Tiragem Sem Tiragem Sem Tiragem

(Se também tem sibilância referir-se à seção III)

Respiração rápida (FR > 50/min se tem 2 a11 meses e FR >40/min se tem de 1 a 4 anos)

Sem respiração rápida

Classificar como Pneumonia Grave Pneumonia Não Pneumonia

Conduta • Referir ao hospital• Dar a primeira dose de antibiótico• Iniciar a oxigenoterapia• Tratar a febre• Tratar a sibilância

• Orientar para tto domiciliar•Dar o antibiótico•Orientar para retorno em 48 horas ou antes se piorar

• Orientar para tto domiciliar•Tratar a febre e a sibilância•Avaliar e tratar a dor de garganta, dor de ouvido, estridor ou outros problemas•Se tosse há 30 dias, encaminha para avaliação

Page 33: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção II.5. Outros Problemas Respiratórios Dor de ouvido

Sinais Indiretos de otite: Irritabilidade Dificuldade para sugar Choro frequente levando a mão à orelha Interrupção da mamada como choro

Page 34: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Dor de ouvido

Otoscopia anormal

Presença de pus há menos de 2 semanas

Dor e vermelhidão atrás da orelha

Otite Média Aguda

Mastoidite

Antibioticoterapia oral

Limpar secreções

Tto sintomático

Reavaliar em 5 dias

Hospitalizar

Seção II.5. Outros Problemas RespiratóriosDor de ouvido

Page 35: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Pouca dor

Vesícula e/ou hiperemia na garganta

Ganglios aumentados e dolorosos

Amigdalas hiperemiadas com ou sem pus

Dificuldade de engolir

Aspecto toxêmico

Amigdalite viral

Amigdalite bacteriana

Abscesso de garganta

Tto domiciliar Sintomático

Tto domiciliar

Sintomático

Pen benzatina

Hospitalização

Seção II.5. Outros Problemas RespiratóriosDor de garganta

Page 36: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Estridor leve que desaparece em repouso

Apirexia e bom estado geral

Estridor em repouso

Dificuldade para engolir

Toxemia

Tiragem

Ansiedade

Febre

Laringite Viral Laringite bacteriana

EpiglotiteTto domiciliar e sintomático

Orientação materna

Hospitalização

Oxigênio

Antibioticoterapia

Seção II.5. Outros Problemas RespiratóriosCriança com estridor

Page 37: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Avaliação e Conduta na Criança com Sibilância

Page 38: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Critérios de Melhora:

Respiração mais fácil

Diminuição ou desaparecimento da tiragem

Diminuição da freqüência respiratória

Diminuição da sibilância

Seção III. Avaliação e Conduta na Criança com Sibilância

Page 39: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção IV. Instruções para Mães e Familiares Sono e Repouso; Alimentação e Hidratação; Eliminação das secreções; Higiene; Febre; Doença em tratamento:

Sinais de gravidade; Piora do quadro

Page 40: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Medidas Preventivas

Imunização

Aleitamento Materno

Aquecimento

Evitar Poluição

Page 41: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Seção V. Procedimentos Técnicos e Terapêuticos

Tratamento da Febre Ácido Acetil Salicílico

Via Oral 60mg/Kg/dia; 4 a 6 tomadas Dose máxima: 100mg/Kg

Acetaminofen ( ou Paracetamol) Via Oral 1gota/Kg/dose; 6/6 horas Dose máxima: 30 gotas/dose

Dipirona Sódica Vias: intramuscular, endovenosa (10-15

mg/kg/dose; dose máxima de 1g/dia) e supositório ( dose variável, intervalo mínimo 6/6 horas)

Page 42: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Oxigenoterapia Indicações:

Cianose; Impossibilidade de ingerir líquidos; Tiragem subcostal; Menor de 2 meses: gemido ou respiração > 60

RPM; Irritabilidade/Sonolência; Estridor em repouso

Page 43: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

ATENÇÃO: Lactentes ( > Risco de apnéia e IR): Uso

precoce de Oxigênio; Casos de estridor: Oxigênio pode dissimular

o agravamento da IRA

Page 44: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Procedimento: Uso de água destilada ou fervida; Observar funcionamento: Borbulhar da

água; Ajuste do manômetro - Fluxo de

Oxigênio:1L/min (Uso de cateter); 5L/min (Uso de máscara);

Não utilizar: Fluxos maiores; Graxas ou óleos nas conexões e válvulas

Page 45: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Cuidados: Observar Sinais Vitais; Tamanho do cateter a ser introduzido; Manter as narinas limpas; Uso de sombra nasogástrica; Proibido Fumar no local; Evitar que a água acabe; Após TTO:

Desprezar cateter; Lavar o rosto da criança

Page 46: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

Nebulização Procedimento:

Recipiente: 5 mL de soro fisiológico + Medicação prescrita;

Verificar sinais vitais, acalmar criança no colo, fazer limpeza do nariz;

Ajustar o manômetro em 5L/min; Máscara envolve toda a boca e nariz; Após TTO:

Enxugar o rosto da criança; Lavar e desinfetar a máscara

Page 47: Manual de normas para o controle e assistência das infecções respiratórias agudas

OBRIGADA!!!