livro a cópia, ansel adams; resumo; laboratorio preto e branco

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM FOTOGRAFIA LABORATORIO PRETO E BRANCO PROFº FERNANDO PIRES DANIELA PIRES RESUMO: A CÓPIA ANSEL ADAMS

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Page 1: Livro a cópia, Ansel Adams; Resumo; Laboratorio preto e branco

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASILCURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM

FOTOGRAFIALABORATORIO PRETO E BRANCO

PROFº FERNANDO PIRESDANIELA PIRES

RESUMO: A CÓPIAANSEL ADAMS

2014/1

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Visualização e imagem expressiva

A produção da copia é uma combinação única de trabalho de trabalho mecânico e atividade criativa. A criatividade no processamento da copia é bastante similar à criatividade na preparação dos negativos. Na revelação da copia, no entanto, chegamos à versão final depois de produzir varia provas, oferecendo amplo espaço para a criatividade e o controle subjetivo.

O negativo pode ser considerado o portador da informação básica da imagem revelada.

Uma copia ideal normalmente tem uma grande quantidade de tons, formas e texturas bem delineadas e uma cor satisfatória.

Como regra geral, a escala de densidade do negativo deve corresponder ao contraste do papel, mas os tons que realmente nos satisfazem quase que nunca é a transcrição direta dos tons do negativo.

A qualidade da copia, portanto, é basicamente uma questão de sensibilidade aos tons. O importante para os fotógrafos é que os tons da imagem sejam apropriados e contribuam para o efeito visual pretendido. Talvez a melhor orientação que eu possa dar é que o fotografo olhe cuidadosamente suas copias e guarde as primeiras sensações que elas lhe passarem.

Projeto do laboratório e equipamentos

Entre elementos que devem ser analisados esta o quanto o laboratório vai ser utilizado. O laboratório de um fotografo profissional será mais complexe mais caro que o de um amador.

O layout mais simples é uma mesa de trabalho extensa na área seca, oposta a uma pia igualmente grande. No comprimento, a pia deve abrigar três bandejas de processamento (revelador, interruptor e fixador), uma bandeja de agua e uma área de lavagem e armazenamento de copias. O ampliador vertical deve ser colocado em frente a uma bandeja do revelador, no final da pia, com o espaço para o papel novo de um lado e para estocagem de papel exposto do outro. As pias podem ser de aço inoxidável ou de fibra de vidros.

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A sala de trabalho deve incluir equipamentos para secar copias guilhotina, densitometros e uma área de mesa suficiente para acomodar o corte, a montagem, o corte da moldura, retoques, etc.

Depois da câmera e da lente, o ampliador é o equipamento mais importante do fotografo.

Você deve escolher um ampliador adequado ao maior negativo que pretende revelar num futuro próximo. Escolha um ampliador que tenha gavetas acima do negativo para por filtros, para fotos coloridas. Qualquer movimento ou vibração durante a ampliação reduz a nitidez da imagem. A instalação do ampliador deve ser estudada cuidadosamente, a bancada e a mesa q irão sustenta-las devem ser fortes e seguras.

O sistema optico do ampliador também tem um efeito significativo nas características da ampliação final. Um sistema de condensador foca a luz sobre o negativo em raios paralelos, enquanto o sistema de difusão libera uma luz difusa, não paralela, sobre e negativo.

Deve-se verificar a uniformidade da iluminação expondo uma tira de papel com a porta negativos vazio.

O ampliador de luz mais colimada é o de fonte pontual, que utiliza uma lâmpada pequena, mas extremamente brilhante com lentes condensadoras especiais. O sistema optico de alguns ampliadores de condensador exige ajustes para diferentes tamanhos de negativo, para assegurar que a luz seja ficada na área do filme e seja uniforme.

A fonte mais comum de luz difusa hoje é a luz fria, um tubo ou uma grade localizada atrás de uma tela de difusão. A vantagem de uma fonte de luz fria é que ela proporciona uma iluminação suave e difusa e transmite toda a escala de densidade do negativo com pouca ou nenhuma interferência do efeito Callier, além de produzir pouco calor.

Mesmo os melhores tubos de luz fria são sensíveis às mudanças de voltagem e temperatura, e é difícil manter uma corrente constante por um período de tempo.

Depois de instalar um ampliador é muito importante assegurar-se de que ele este perfeitamente alinhado. O plano do negativo deve estar paralelo ao chão, e o eixo da lente deve estar perpendicular a ambos.

Assegure-se de que a mesa esta perfeitamente alinhada na horizontal. Se a base sobre a qual o ampliador repousa não estiver nivelada, ele poderá ser calçado com um papelão.

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No que diz respeito à lente, podemos averiguar seu alinhamento colocando o nível sobre o suporte de lenteou posicionando-o sob o tubo de lente e verificando o alinhamento em direções perpendiculares. Verifique o alinhamento da cabeça do ampliador em varias posições na coluna. Se em todas as posições estiver correto, o ampliador esta alinhado.

A vibração é um dos maiores problemas do projeto dos ampliadores. Elas podem ser causadas pela operação de maquinas próxima, por assoalho instável, por impacto, etc. O próprio ampliador pode oscilar levemente, e o período de vibração pode ser um tanto longo. Quando o negativo é inserido ou outra operação é realizada, uma vibração pode ocorrer.

A qualidade das lentes de ampliação e o resultado por elas oferecido variam muito. Ao selecionar a lente, você deve primeiro se assegurar de que ela tenha distancia focal apropriada para o formato. Como nas lentes de câmeras “normais”, as distancia focais padrão são 50 mm, para negativos de 35 mm; 80 mm, para negativos de 2,25 x 2,25 polegadas; e 150 mm, para negativos de 4,5.

As lentes também devem “cobrir” a área do negativo com queda mínima de iluminação. Lentes de distancia focal maior que a “normal” ajudam a evitar esse problema; elas ajudam também a assegurar uma boa definição com qualquer abertura, uma vez que somente a porção central do campo de visão da lente, onde a resolução é mais alta, é usada.

A lente de ampliação, como as lentes de câmera, dera mais nitidez à imagem se diagrama dois ou três pontos abaixo da maior cobertura. Uma abertura pequena pode ser necessária para manter a nitidez em toda a copia se o negativo ou o papel tiverem a tendência de ficar ondulados.

Os papeis fotográficos são sensíveis apenas à luz azul, e podem, portanto, ser usados com luzes de segurança com filtro amarelo relativamente brilhante. Papeis de constaste variável são sensíveis a uma escala mais de cores, e podem exigir outros filtros nas luzes de segurança. Em laboratórios grandes, varias luzes de segurança podem ser instalados em locais convenientes.

Os melhores marginadores para ampliadores verticais consistem em uma base de metal. Com laminas de prendem os quatro cantos do papel e o fixa no lugar; deixando as margens desejadas.

O tempo preciso de exposição e revelação das copias é importante. Para marcar o tempo de revelação das copias, usa-se um timer eletrônico digital que parte do zero e conta os segundos.

As melhores bandejas são as de plástico ou as de aço inoxidável.

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Materiais para copias

Quase todos os papeis fotográficos exigem a revelação da imagem; chamados papeis de revelação. Papéis de impressão são usados para fazer provas de retratos. Com eles a revelação não é necessária; basta expor o papel a uma luz bastante forte como a solar. A imagem se forma nesse processo e depois é fixada por uma tonalização.

Os papeis fotográficos contem uma emulsão de haleto de prata sobre um suporte de papel branco. Se retirássemos a emulsão de sua base de papel e examinássemos a imagem por luz transmitida, ficaríamos surpresos com sua baixa densidade e seu baixo contraste.

A emulsão fica numa base de papel que também contribui para o resultado final da copia. Os papéis de fibra são mais convencionais, e ainda os recomendo para sua ótima qualidade e durabilidade.

A cor da imagem é uma propriedade da combinação da emulsão com o papel, a cor da base varia de um branco frio a cores mornas. Uma vez que não há mais sistema comum para designar a cor básica, é melhor comparar amostras de papel de vários fabricantes.

Metol e hidroquinona. O metol se usado sozinho tende a produzir uma imagem suave, delicada e de boa cor, na maioria das fórmulas ele é misturado com hidroquinona, que aumenta o contraste da imagem. A hidroquinona costuma ser utilizada sozinha, mas precisa de um pouco de metol para ativá-la.

Fenidona, também tem a propriedade de ativar a hidroquinona, tem longa vida nas bandejas e pode processar um grande número de cópias.

Amidol, revelador muito popular entre os fotógrafos, produz ricos tons negros e levemente frios, a solução possui vida curta e tende a manchar a cópia.

Glicina é usada com metol ou hidroquinona, ou com ambos, produz imagens ricas e brilhantes. Como é um revelador de ação lenta, é preferida quando um grande número de cópias deve ser reveladas ao mesmo tempo.

O sulfato de sódio tem a função de retardar a oxidação, assim como o amidol, também produz uma leve alcalinidade.

Os restringistes retardam a redução dos haletos de prata e são uteis para prevenir a velatura.

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O brometo de potássio é a substancia mais comum na prevenção das velaturas, entretanto se utilizar muito brometo pode tornar esverdeados certos papeis.

A solução reveladora reage à mudança de temperatura, quando a temperatura sobe a ação da solução é mais rápida, quando a temperatura desce a ação da solução é retardada.

O banho interruptor neutraliza a alcalinidadeda da solução reveladora, prevenindo o aparecimento de manchas. O agente fixador é normalmente o tiossulfato de sódio, o fixador remove todos os haletos de prata residual não reduzidos à prata metálica durante a revelação, a assim fixa a imagem para não descolorir na luz. Fixadores rápidos são feitos com tiossulfato de amônia que nas imersões muito demoradas a prata da imagem começa a ser rapidamente branqueada.

Agente removedor de hipo ou subproduto de fixação forem deixados na base do papel, eles acabarão por causar a descoloração da copia, como a base do papel é fibrosa, absorve mais substancias químicas e requer lavagens mais demoradas e tratamento muito cuidadoso.

NA revelação temos a liberdade de interpretar a produção da cópia de maneira que a visualização original de cena seja realçada. Observamos que a cor do negativo influencia o contraste da cópia.

É frequentemente desnecessário na revelação em preto e branco do chamado banho-maria, já que podemos monitorar visualmente a atividade do revelador. Uma solução muito forte causa bolhas na emulsão, pois o ácido interage com o álcali da cópia revelada.

Até o final do século XIX, quase todas as fotografias eram feitas pelo método do contato, e muitas vezes a luz solar era usada na exposição. A cópia de contato exige pouco equipamento. Algumas molduras de impressão mais antigas tinham uma dobradiça, para que o fotógrafo pudesse conferir a exposição periodicamente.

A primeira prova é um teste de exposição e pode ser realizada numa tira de papel com 5 cm de largura.

A ampliação e um negativo pequeno para 20x25 cm cria certos efeitos que não são observáveis na cópia de contato. Numa cópia de contato, a reprodução literal da perspectiva aparece quando a imagem é vista a partir de uma distância igual á distância real entre a lente da câmera e o negativo.

A incapacidade de focar o centro e as margens simultaneamente pode ser provocada pela falta de alinhamento entre a cabeça do ampliador, a lente e a mesa.

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A cópia de teste deve ser processada exatamente do mesmo modo que as provas subsequentes. Agitar as cópias durante a revelação é tão importante quanto agitar o negativo. Para chegar à cópia ideal você precisa passar por várias provas até obter um resultado que pareça correto sob todos os aspectos.

Um pouco do brilho da cópia molhada se perde inevitavelmente quando as altas-luzes secam. O melhor jeito de aprender a julgar esse efeito é fazer duas cópias idênticas, secar uma e comparar com a molhada.

As cópias de teste e de trabalho são muitas vezes descartadas ao final da sessão. As cópias podem ser mantidas numa bandeja de água depois de 3 minutos de fixação.

É possível também eliminar pequenos elementos sem danificar o essencial da composição. Nas cópias de teste, estabelecemos a exposição correta para as altas-luzes. Entretanto, a determinação do contraste correto é sutil demais para que possamos pensar nela de maneira totalmente mecânica.

Para determinar as características de exposição e contraste de papeis diferentes, é bom estabelecer um procedimento padrão. Fazendo isso podemos conseguir duas cópias com a mesma qualidade.

Durante a exposição principal da cópia, é possível deixar de iluminar certas áreas bloqueando parte da luz que atinge o papel. No processo de diminuição localizada da exposição, bloqueamos a luz de áreas selecionadas da cópia para aumentar o seu tom.

A montagem de uma cópia com margens brancas pode produzir um brilho nas bordas e enfraquecer a imagem. O aumento da exposição nas bordas da imagem pode coloca-la na moldura. Papéis com agentes reveladores incorporados na camada de emulsão não aceitam controle de contraste pela alteração da revelação.

Em certas circunstâncias, flashing na cópia pode servir para reduzir o contraste e aumentar a separação das altas-luzes. Assim, é preciso tomar muito cuidado com a intensidade da luz do flashing para evitar uma diminuição evidente das altas-luzes.

As cópias que precisam ser intensificadas devem receber somente os primeiros 3 minutos de tratamento em fixador ácido-endurecedor. As mudanças de cor são quase sempre sutis, e o efeito visual depende em partes de detalhes como a natureza da luz usada para avaliar as cópias durante a intensificação ou a exibição.

Depois do tratamento removedor de hipo, as cópias devem ser totalmente enxaguadas. Esta operação é importante, pois remove a maior parte da solução. Cada cópia deve ser removida do tanque de lavagem, escorrida e

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secada com uma esponja dos dois lados para remover o excesso de água da superfície.

A montagem da foto serve para protegê-la e facilitar seu manuseio. Uma maneira é prender a cópia não cortada a um fundo com cantoneiras e depois cortar esse suporte no tamanho desejado. A relação entre a cor da foto e a cor do fundo ou passe-partout também é importante. Para um bom resultado é necessário ter uma prensa de montagem a seco. A montagem úmida é às vezes recomendada para fotos de tamanho mural.

Há duas maneiras de esconder pequenas marcas ou sinais de poeira na cópia: o retoque químico ou a raspagem. Retocar áreas maiores requer muita habilidade. Geralmente é melhor pontilhar a área para igualar os tons e conseguir um efeito bem próximo do grão da imagem. A técnica de raspagem exige paciência e prática. A tendência é furar os pontos escuros, mas o resultado será certamente uma cratera na emulsão. Assim como o retoque, a raspagem deve ser cuidadosa para que o resultado seja aceitável a uma distância normal.

Grandes ampliações exigem planejamentos especializados. Antes de tratar dos aspectos mecânicos, entretanto, é preciso considerar os aspectos estéticos. O equipamento necessário para grandes ampliações inclui um espaço de projeção adequado, um grande marginador e uma lente de distância focal apropriada de alta qualidade.

Quanto maior a cópia maior a dificuldade. Um bom moldureiro pode se encarregar do trabalho de montagem e apresentação. Se possível providencie que uma iluminação de lâmpadas de tungstênio seja uniformemente dirigida sobre imagem.