lipidios
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BIOQUIMICATRANSCRIPT
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Lipdeos
FacMaisCurso: EnfermagemDisciplina: BioqumicaProf: Erika
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Lipdeos Os lipdeos so molculas orgnicas que resultam da
associao entre cidos graxos e lcool.
Insolveis em gua, mas solveis em componentes orgnicos como a benzina, o ter e o lcool.
Os lipdeos se encontram distribudos em todos os tecidos, principalmente nas membranas celulares e nas clulas de gordura.
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Lipdeos
Aos componentes orgnicos formados pela unio de um cido e um lcool d-se o nome de steres.
Do ponto de vista qumico, os lipdeos so steres de cidos graxossuperiores com lcoois variados.
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cidos graxos cidos
carboxlicos com grupos laterais formados por longas cadeias de hidrocarbonetos.
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cidos graxosPossuem geralmente nmero par de
tomos de carbono;Podem ser saturados ou insaturados;Geralmente so acclicos e no
ramificados
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cidos graxos cidos graxos
saturados contm apenas ligaes simples entre os tomos da cadeia carbnica.
cidos graxos insaturados contm algumas ligaes duplas entre os tomos de carbono.
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cidos graxos
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Os lcoois presentes nos lipdeosOs principais representantes so:- Glicerina, glicerol ou propanotriol (HOCH2 CH(OH)
CH2OH).
- lcool cetlico ou hexadecanol (C15H31 CH2OH).
- lcool cerlico ou hexaconsanol (C25H51 CH2OH).
- lcool melssico ou hentriacontanol (C30H61 CH2OH).
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Propriedades dos cidos graxos Solubilidade: So insolveis em gua e
solveis no ter, clorofrmio e benzeno (solvente das gorduras).
Ex: H3C (CH2)8 COOH
Quanto maior o radical, maior o carter apolar e menor a solubilidade.
Saponificao: Os cidos graxos na presena de ctions formam sais denominados sabes.
RadicalCarter apolar
CarboxilaCarter polar
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Lipdeos - Classificao
A classificao fundamental decorre da natureza do cido e do lcool que formam o lipdeo. So trs grupos:
Lipdios Simples ou Ternrios Lipdeos Complexos ou Compostos Lipdeos Precursores e Derivados
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Lipdeos Simples ou Ternrios
Possuem na sua constituio apenas tomos de C, H e O.
So steres de cidos graxos com algum tipo de lcool;
Segundo o tipo de lcool, dividem-se em: A) Glicerdeos (steres de glicerol): leos e
gorduras. B) Cerdeos (steres de lcoois acclicos
superiores): ceras
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A) Glicerdeos So estreis formados pela juno de cidos
graxos e glicerol (lcool). Em temperatura ambiente mostram se
slidos (gorduras) e lquidos (leos). Possuem funo isolante Reserva energtica
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Glicerdeos leos So divididos em leos comestveis e leos secativos.
De origem animal: leos comestveis leo de peixes: fgados de diversos peixes (bacalhau, tubaro). So
ricos em vitamina A e D, e usados como medicamentos. leo de capivara: de cor amarela, cheiro e sabor pronunciados e
usado como tnico e reconstituinte.
De origem vegetal: leos comestveis: algodo, amendoim, babau, coco, milho, oliva,
soja, dend, etc. So usados em culinria. leos secativos: linhaa, oiticina, rcino, tungue, cnhamo, etc.
Possuem a propriedade de se polimerizarem produzindo resinas. Devido essa propriedade so empregados em vernizes e tintas paraalvenaria, pois assim, do pelculas finas e resistentes.
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Glicerdeos Gordura So slidas temperatura ambiente. Predominam steres de glicerol
com cido graxo saturado. As gorduras so slidos brancos ou levemente amarelados, de origem animal ou vegetal.
De origem animal: Sebo: a gordura branca e consistente que se encontra em volta das
vsceras de alguns animais, especialmente do gado bovino e do carneiro adulto. Usado na fabricao de sabes, sabonetes, velas e glicerina.
Banha: obtida pela refinao da gordura dos sunos. composta, em sua maioria de 62% de olena e 38% de palmitina e estearina. A olena usada como lubrificante; a palmitina usada para sabonetes e velas; e a estearina na fabricao de sabo.
Manteiga: consiste principalmente na gordura que existe no leite. De origem vegetal: Gordura de coco: usada na fabricao de sabonetes e perfumaria em
geral. Gordura de cacau: usada na obteno da manteiga de cacau
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Glicerdeos Funes: Os glicerdeos (leos e gorduras) so alimentos muito
importantes para o nosso organismo. No estmago e nos intestinos existem enzimas denominadas
lipases, que catalisam a hidrlise dos glicerdeos com formao de glicerina e cidos graxos. Nesse processo, participam tambm os sais biliares, produzidos pelo fgado, que ajudam a disperso das gorduras em partculas coloidais, atuando ento como verdadeiros detergentes.
No processo do metabolismo, nosso organismo d trs destinos glicerina e aos cidos graxos assim formados:
Reagrupa-os em molculas mais complexas, que constituiro as clulas, os tecidos, etc;
Queima-os para obter energia; Guarda-os, na forma de novas molculas, nos tecidos adiposos
do organismo. A gordura um material de reserva no nosso organismo.
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Triacilgliceris ou triglicerdeos So tristeres de glicerol com cidos graxos; Diferem pela posio dos 3 resduos de cidos graxos; Gorduras e leos de plantas e animais consistem em misturas
de triacilgliceris; Em animais, faz a reserva de energia metablica.
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Triacilgliceris - Funo Adipcitos: Clulas especializadas na sntese e armazenamento de
triacilgliceris
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Triacilgliceris - Funo
Tecido adiposo: Abundante na camada subcutnea e
cavidade abdominal. Permite a sobrevivncia a um jejum de 2 a 3
meses.
A camada gordurosa subcutnea a importante forma de isolamento trmico em animais aquticos de sangue quente.
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B) Cerdeos So estreis formados por cidos graxos e
lcoois superiores, de cadeia mais longa que o glicerol.
Compreendem as ceras (folhas e frutos) permeabilizadoras que evitam a desidratao excessiva.
So encontrados na secreo de insetos (cera de abelhas) e na secreo uropigiana das aves (impermeabilizao das penas).
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Lpideos complexos ou compostos
Apresentam alm dos elementos contidos nos lipdeos simples (C, H e O), tomos de fsforo e nitrognio.
Dividem-se em: A) Fosfolipdeos B) Glicolipdeos
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A) Fosfolipdeos So materiais constitudos por uma mistura
de steres de cidos graxos, cido fosfrico e lcool.
Dividem-se em: fosfoglicerdeos (o lcool o glicerol), fosfoesfingosdeos ou esfingolipdeos (o lcool a esfingosina).
Ocorrncia: todos os tecidos do corpo humano, particularmente crebro, fgado e membranas celulares.
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A) Fosfolipdeos Fosfoglicerdeos: Principal componente lipdico das
membranas biolgicas. Consiste de glicerol-3-fosfato. C1 e C2 so esterificados com cidos graxos O grupo fosforil ligado ao grupo A.
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A) FosfolipdeosClasses comuns de fosfoglicerdeos
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A) Fosfolipdeos Os fosfoglicerdeos
podem ser hidrolisados por enzimas conhecidas como fosfolipases que remove o resduo de cido graxo da posio 2, formando um lisofosfolipdeo.
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A) Fosfolipdeos Fosfoglicerdeo: Lisofosfolipdeos so detergentes potentes
que rompem a membrana celular e lisam as clulas.
Veneno de cobras e abelhas so fontes de PLA2 (fosfolipase A2).
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A) Fosfolipdeo Fosfoesfingosdeo: Componentes importantes da membrana celular. A maioria derivada do lcool esfingosina. Os cidos graxos N-acil da esfingosina so
conhecidos como ceramidas.
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A) Fosfolipdeo Fosfoesfingosdeos Compostos precursores dos
fosfoesfingosdeos: A) Esfingomielina B) Cerebrosdeo C) Gangliosdeo
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Fosfoesfingosdeos A) Esfingomielina A mais comum: ceramida
cujo o grupo polar pode ser tanto uma fosfocolina ou fosfoetanolamina.
A bainha de mielina que reveste e isola eletricamente muitos axnios das clulas nervosas particularmente rica em esfingomielinas.
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Fosfoesfingosdeos B) Cerebrosdeos - ceramidas cujas cabeas polares possuem
um resduo de acar. Os mais comuns: galactocerebrosdeos e glicocerebrosdeos No possuem grupo fosfato e so dessa forma no-inicos
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Fosfoesfingosdeos C) Gangliosdeos So os fosfoesfingosdeos mais complexos -
ceramidas ligadas a oligossacardeos com pelo menos um resduo de cido silico.
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Fosfoesfingosdeos - Funes Suas cabeas de carboidratos complexas agem
como receptores especficos para determinados hormnios glicoproticos pituitrios (hipfise) que regulam uma srie de funes fisiolgicas importantes como o crescimento e a secreo de leite.
Tanto os fosfoesfingosdeos como os fosfoglicerdeos modulam especificamente as atividades de protenas quinases e fosfatasesenvolvidas na regulao do ciclo de diviso celular e diferenciao.
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Fosfoesfingosdeos - Funes Os gangliosdeos so determinantes
especficos do reconhecimento clula-clula, exercendo funo importante no crescimento e diferenciao de tecidos e na carcinognese.
Distrbios na degradao de gangliosdeosso responsveis por vrias doenas hereditrias de armazenamento de fosfoesfingosdeos doena de Tay-Sachs deteriorao neurolgica invariavelmente fatal no incio da infncia.
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Doena de Tay-Sachs
Devido a uma enzima (hexosaminidase A (hex-A)) necessria para a execuo de reaes qumicas essenciais no corpo estar ausente ou funcionando mal, h um aumento do lipdeo GM(2) gangliosdeo, fazendo com que as clulas nervosas do crebro sejam particularmente afetadas.
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Doena de Tay-Sachs Crianas com Tay-Sachs aparentam desenvolver-se
normalmente nos primeiros meses de vida. Devido ao acmulo do lipdeo GM(2) gangliosdeo
nas clulas nervosas, ocorre uma severa deteriorao das habilidades mentais e fsicas.
A criana torna-se cega, surda e incapaz de engolir. Os msculos comeam a atrofiar e ocorre a paralisia. Outros sintomas neurologicos incluem demncia,
convulses e crescentes "reflexos de susto" a barulhos.
A doena torna-se fatal normalmente na faixa de 3 a 5 anos.
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B) Glicolipdeos So materiais constitudos por uma mistura
de steres de cidos graxos, carboidrato (galactose ou glicose) e lcoois.
Mais comuns: galactocerebrosdeo e glicocerebrosdeo.
Ocorrncia: nas clulas vivas, principalmente do sistema nervoso.
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Lipdeos precursores e derivados Lipdeos precursores compostos
produzidos quando lipdeos simples e complexos sofrem hidrlise.
Eles incluem substncias como: cidos graxos, glicerol, esfingosina e outros lcoois
Lipdeos derivados so formados pela transformao metablica dos cidos graxos.
Eles incluem corpos cetnicos, esterides, aldedos graxos, prostaglandinas e vitaminas lipossolveis.
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Lipdeos Derivados - esterides So estreis formados pela unio de cidos graxos
com alcois policclicos (de cadeia fechada) denominados estrois.
O esterol mais comum o colesterol O colesterol encontrado em todos os tecidos
animais, particularmente no crebro e nos tecidos nervosos, na corrente sangunea e nos clculos biliares.
Ele auxilia na absoro de cidos graxos no intestino delgado.
Outros esterides incluem hormnios sexuais e da glndula supra-renal.
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Lipdeos Derivados - esterides Esterides anablicos So hormnios que controlam a sntese de
molculas grandes a partir de molculas pequenas. Ex. de esteride anablico hormnio masculino
testosterona. Atletas tm usado essas substncias para aumentar
a massa muscular. Embora aumente a massa ele causa vrios efeitos
colaterais como: Homens: atrofia dos testculos, impotncia, aumento
das mamas e cncer de fgado. Mulheres: aumento da masculinidade, aumento de
plos, etc.
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Referncias Bibliogrficas VOET, D. Fundamentos de Bioqumica. Porto Alegre:
Artmed, 2000.
CAMPBELL, M.K. Bioqumica. Porto Alegre: Artmed, 2000.
LEHNINGER, A. L. Princpios de bioqumica. Ribeiro Preto: Sarvier, 2002.
MARZZOCO, A. Bioqumica Bsica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
SACKEIM, G.I. Qumica e Bioqumica para Cincias Biomdicas. Barueri: Manole, 2001.