lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 massa corporal, ... 02 consumo de oxigenio e...

50
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO LIPÍDIOS DIETÉTICOS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Jaide Almeida da Silva Recife-PE 2004

Upload: vuongnga

Post on 10-Jan-2019

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

LIPÍDIOS DIETÉTICOS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Jaide Almeida da Silva

Recife-PE

2004

Page 2: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

Jaide Almeida da Silva

LIPÍDIOS DIETÉTICOS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

graduação em Nutrição, como parte dos requisitos

para obtenção do grau de Mestre em Nutrição.

Orientação: Prof Dr. Herrnando Flores.

Co-orientação: Prof. Dr. Manoel Costa.

Recife-PE

2004

Page 3: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIENCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRICAO

TITULO: Lipídios Dietéticos e Eficiência Energética.

AUTOR: Jaide Almeida da Silva. APROVAÇAO DA TESE: 20/02/04 MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA.

_________________________________________________________________

Prof ª.Drª. Débora Catarina Nepomuceno de Pontes Pessoa – UFPE

_________________________________________________________________

Profª Drª. Florisbela de Arruda Câmara –UFPE

______________________________________________________________

Prof. Dr. Manoel da Cunha Costa -UPE

Page 4: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

2

Depois de algum tempo você aprende...

Que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que

você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resta da vida.

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você

precisa perdoá-la por isso.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você

muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras

amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as

conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática

Aprende que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que

você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você já celebrou.

Aprende que a mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga

flores.

você aprende que realmente pode suportar, que realmente é forte, e que pode ir muito mais

longe depois de pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida

(William Shakespeare)

Page 5: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

3

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a todos que contribuíram para a realização deste estudo e, em

particular:

Ao Prof. Hernando Flores, pela atenção, orientação e ensinamentos dispensados

durante elaboração do estudo.

Ao Prof. Manoel Costa, pela orientação, incentivo e pela cordialidade que me

recebeu no CENESP - ESEF / UPE .

Aos meus pais José Almeida da silva e Maria José da silva, pela essencial ajuda

durante todo o processo e dedico todo meu carinho, sem vocês não teria conseguido.

As Professoras Florisbela Campos e Maria Helena Chagas, pela ajuda, atenção e

incentivo.

Ao Prof. Fernando Guimarães.

Aos Professores do CENESP – ESEF / UPE Leonardo Delgado e Cláudio

Barnabé, pela indispensável ajuda durante a fase experimental.

Aos voluntários que participaram do estudo.

Aos colegas do Mestrado, pela cumplicidade nos momentos alegres e difíceis em

especial, as amigas Keyla Brandão e Alyne Cristine.

A nutricionista Maria do Amparo.

A Isinete Muniz, pelo incentivo e apoio em todos os momentos.

Ao Departamento de Nutrição da UFPE.

A Escola Superior de Educação Física (UPE) e ao Centro de Excelência

Esportiva (CENESP), pela disponibilidade das instalações para a realização do

estudo.

Page 6: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

4

SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 05

LISTA DE ANEXOS 06

LISTA DE TABELAS 07

LISTA DE GRÁFICOS 08

RESUMO 09

ABSTRACT 10

1 INTRODUÇAO 11

2 OBJETIVO 18

3 MATERIAIS E MÉTODOS 19

3.1 Amostra 19

3.2 Medidas antropométricas 20

3.3 Exames bioquímicos 20

3.4 Eficiência energética 20

3.5 Análise estatística 21

4 RESULTADOS 22

5 DISCUSSÃO 26

6 CONCLUSÃO 32

7 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 33

8 ANEXOS 43

Page 7: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

5

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.

HDL = High densid lipoprotein/proteína de alta densidade.

LDL = Low densid lipoprotein/ proteína de baixa densidade.

TG = Triglicerídeos.

TMB = Taxa metabólica basal.

HMG-CoA = Hidroximetil glutaril coenzima A sintetase

GER = Gasto energético em repouso

ACETIL COA = Acetil coenzima A

VO2 = Volume de oxigênio.

VCO2 = Volume de gás carbônico

Page 8: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

6

LISTA DE ANEXOS

01 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO 43

02 PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA DE PESQUISA EM HUMANOS

CCS/UFPE 46

03 CARDÁPIO DA DIETA RICA EM GORDURAS 47

04 FORMULÁRIO PARA DIÁRIO ALIMENTAR 48

Page 9: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

7

LISTA DE TABELAS

01 MASSA CORPORAL, CONSUMO CALÓRICO E LIPÍDIOS

DIETÉTICOS 22

02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23

03 LIPÍDIOS CIRCULANTES E GORDURA DIETÉTICA 25

Page 10: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

8

LISTA DE GRÁFICOS

01 GRÁFICO 1 - CONSUMO DE OXIGÊNIO EM REPOUSO 24

02 GRÁFICO 2 - CONSUMO DE OXIGÊNIO EM ATIVIDADE 24

Page 11: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

9

Resumo

Existe muita controvérsia na literatura a respeito da associação entre lipídios dietéticos, obesidade e doenças cardiovasculares. Até os dias atuais ainda não é possível estabelecer com embasamento cientifico as recomendações de ingestão de carboidratos e lipídios. O presente estudo teve como objetivo estudar os efeitos da dietas ricas em lipídios na eficiência energética de 10 voluntárias adultas saudáveis, as quais foram alimentadas durante 15 dias, com dieta rica em lipídios, em média 60% do valor calórico total, consumindo preparações culinárias comuns. Através da calorimetria indireta mediu-se o consumo de oxigênio das voluntárias durante repouso e atividade padrão em bicicleta ergométrica por 10 minutos antes e depois da dieta experimental. Os resultados indicam que houve aumento significativo (p<0,05) no consumo de oxigênio, o que pode explicar a manutenção do peso ou diminuição do mesmo, apesar da alimentação ser rica em calorias e gordura de origem animal, também não houve alteração nos lipídios séricos. Sendo assim os resultados indicam que o consumo de uma dieta com teor de gordura semelhante ao leite materno diminui a eficiência energética (aumenta consumo de oxigênio) em humanos o que pode explicar o não aumento do peso ou manutenção do mesmo, sem alterar lipídios séricos. Esses resultados indicam que conceitos largamente aceitos sobre a associação entre lipídios dietéticos e aumento de peso bem como, predisposição a hiperlipemias precisam ser revisados

Page 12: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

10

ABSTRACT

Much controversy in literature regarding the association between dietary lipídios, cardiovascular obesidade and illnesses exists. Until the current days still it is not possible to establish with cientifico basement the recommendations of ingestion of carboidratos and lipídios. The present study it had as objective to study the effect of the rich diets in lipídios in the energy efficiency of 10 healthful adult volunteers, which had been fed during 15 days, with rich diet in lipídios, average 60% of the value total caloric, consuming common culinárias preparations. Through the indirect calorimetria one before measured the consumption of oxygen of the volunteers during rest and activity standard in ergometric bicycle per 10 minutes and after the experimental diet. The results indicate that it had significant increase (p<0,05) in the consumption of oxygen, what can explain the maintenance of the weight or reduction of exactly, despite the feeding being rich in calories and fat of animal origin, also did not have alteration in the séricos lipídios. Being thus the results they indicate that the consumption of a diet with text of similar fat to maternal milk diminishes the energy efficiency (increases oxygen consumption) in human beings what can explain not the increase of the weight or maintenance of exactly, without modifying séricos lipídios. These results indicate that accepted concepts wide on the association between dietary lipídios and increase of weight as well as, predisposition the hiperlipemias need to be revised

Page 13: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

11

1. INTRODUÇÃO

Os lipídios compreendem uma grande variedade de substâncias químicas tais

como gorduras neutras (triglicerídeos), ácidos graxos e seus derivados, fosfolipídios,

glicolipídios, esteróis e carotenos. São moléculas que fornecem em torno de nove calorias e

a principal forma de armazenamento de energia nos seres humanos, pois dos três principais

nutrientes, este, é o único que pode ser armazenado em grandes quantidades porque o corpo

contém células mesenquimais especializadas, adipócitos, exclusivamente para desempenhar

esta função. Outra função importante das gorduras é que estas fazem parte de

aproximadamente 50% das membranas celulares estando assim presentes em todos os

tecidos do organismo. São nutrientes que desempenham funções no organismo humano,

tais como: combustível metabólico, reserva energética, componente da estrutura das

membranas celulares, além de promover absorção de vitaminas lipossolúveis e participar da

formação de hormônios (Lichtenstein, 1998; Nelson, 2000; Orten, 1984).

Os lipídios dietéticos são de grande importância na alimentação de lactentes

crianças e adolescentes, pois são fonte importante de calorias, ácidos graxos essenciais,

vitaminas lipossolúveis os quais são componentes imprescindíveis para o crescimento e

desenvolvimento neste estágio da vida (Hardy, 1994; Lichtenstein, 1998).

Durante décadas tem sido aceito como dogma que a alta ingestão de lipídios

acarreta hiperlipemia e aumenta risco de doenças do coração, além de favorecer o aumento

de peso corporal (Azevedo, 1979; Taubes, 2000; Varela 1986)

Não existem estudos sistemáticos que permitam formular recomendações para

ingestão de lipídios para humanos nem para animais de laboratório (Pessoa 1979; Varela

Page 14: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

12

1986). As recomendações atuais (USDA, 1995; Kraus, 1996), estão baseadas em

observações empíricas a nível epidemiológico, as quais sugerem que ingestões acima de

30% predispõem a obesidade, hiperlipemia e doenças cardiovasculares (Varela, 1986;

Medeiros,1982; Taubes, 2000; Stallones, 1983, McNamara, 2000). Porém estas

recomendações não se aplicam a menores de 2 anos de idade, pois dietas ricas em gorduras

são necessárias para dar suporte ao alto requerimento calórico, rápido crescimento e

possivelmente para maturação do sistema nervoso central típico desta idade (Hardy, 1994;

Lichtenstein, 1998; AAPCN, 1992).

O leite materno tem cerca de 50% de energia na forma de lipídios, conteúdo

considerado, acima das recomendações atuais (USDA, 1995; Kraus, 1996), e é um alimento

natural por excelência, sendo assim, cabe perguntar qual o conteúdo de gordura que se

consideraria normal em uma dieta tendo em vista a falta de bases científicas para identificar

o conteúdo de tal nutriente. Além disso, as reservas de lipídios corporais encontram-se em

cerca de 80%, o que leva ao questionamento se as recomendações que limitam o conteúdo

deste nutriente a menos de 25% de energia total tem de fato alguma base racional

(Azevedo, 1979, Orten, 1984). Os carboidratos quando consumidos em excesso se

transformam em gordura para ser armazenado, pois na forma de glicogênio sua reserva é

muito limitada, devido a sua composição química (Montgomery, 1994; Lichtenstein, 1998;

Nelson, 2000; Orten, 1984).

Apesar da importante função dos lipídios no metabolismo intermediário, costuma-

se relacionar sua presença na dieta a uma série de desordens metabólicas sem que haja a

necessária base científica que justifique tal atributo. A prevalência de obesidade está

aumentando no mundo (Popkin, 1994; Kuczumarski, 1994), mas as causas deste problema

Page 15: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

13

permanecem obscuras. Pode ser o resultado de uma tendência a ingestão excessiva de

calorias em relação ao gasto, no qual este excesso é armazenado como triglicerídeos no

tecido adiposo, porém os papéis relativos a um maior consumo e baixo gasto energético não

estão bem esclarecidos (Roberts & Melvin, 2000). A prevenção e tratamento da obesidade

são os principais desafios de saúde pública e embora perda de peso possa ser alcançada

prontamente em experimentos, a manutenção do peso a longo prazo é freqüentemente mal

sucedida (Pasman, 1999; Saris, 2001).

Apesar de se atribuir a obesidade ao consumo de lipídios (Hill, 2000; Popkin, 1994

Bray, 1998), nos últimos trinta anos a prevalência de obesidade nos Estados Unidos

aumentou em níveis epidêmicos enquanto que diminuiu-se o consumo deste nutriente

(Taubes, 2000; Willet, 1998; Lichtenstein1998). Em conseqüência as dietas ricas em

gordura não parecem ser a causa primária do excesso de gordura corporal e a redução deste

nutriente na dieta não parece ser a solução (Willet, 1998 Lichtenstein1998). Deve ser

discutida a importância de outros componentes dietéticos além dos lipídios no aumento da

gordura corporal (Roberts & Melvin, 2000).

Existem fortes evidências na literatura para questionar os lipídios dietéticos como

fator que predispõe ao ganho de peso, hiperlipemias e doenças cardiovasculares (Medeiros,

1982; Willet, 1998; Lichtenstein, 1998; Taubes, 2000; McNamara 2000). Em cuidadosa

revisão da literatura a respeito da teoria da dieta-coração foi encontrado um grande número

de estudos científicos que contradizem a hipótese que a gordura dietética e alta taxa de

colesterol tem papel principal nas doenças cardiovasculares e na aterosclerose (Kyrkogata,

2002; Weintraub, 2002; Taubes, 2000; Willet, 1998). Várias tribos africanas que se mantêm

consumindo principalmente leite de camelo, que é mais gorduroso que o de vaca, fonte

predominante de leite nos Estados Unidos, têm colesterol mais baixo que de americano, e

Page 16: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

14

as doenças cardiovasculares nas mesmas são raras. Outro exemplo são as pessoas de Masai

que consumiam duas vezes mais ácidos graxo saturados que os americanos de mesma idade

e sexo, e apresentaram menos achados patológicos em eletrocardiogramas, bem como

poucas lesões ateroescleróticas complicadas (Mann et al, 1964; Mann et al, 1972).

Foi observado que membros de duas tribos de mesma origem étnica com padrões

dietéticos completamente diferentes no que diz respeito ao consumo de gordura dietética:

uma tribo sedentária ingeria 9% do valor calórico total na forma de gordura saturada e a

outra nômade chegava a consumir 73% na forma de gordura, e estas não possuíam

diferenças significativas nos teores de lipídeos séricos, ocorrência de doenças

cardiovasculares bem como variações de peso corporal, ambos os grupos eram magros

(Murray, 1978). Quase 60% da população Sul africana apresenta sobrepeso e o consumo de

energia na forma de gordura é menor que 22%, o que demonstra que problema de

obesidade ocorre com ingestão de lipídios considerada baixa e o mesmo aplica-se a Arábia

Saudita (Willet, 1998). Em mulheres com diagnóstico de câncer de mama observou-se que

a diminuição no consumo de lipídios não tinha relação significativa com perda de peso

(Rock, 2001).

Em animais de laboratório foi mostrado que a alimentação hiperlipídica acarreta

perda e estabilização de peso corporal em ratos adultos não conduzindo a obesidade

(Pessoa, 1979) Além de não possuir potencial aterogênicos que comumente é atribuído a

dietas com estas características (Medeiros, 1982).

Estudo recente comparando-se dietas ricas em gorduras com dietas pobre em

gorduras durante o período de doze meses foi observado que a dieta rica em lipídios

provocou aumento nos níveis de HDL, diminuição nos triglicerídeos circulantes e

diminuição no peso corporal (Foster, 2003).

Page 17: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

15

Em indivíduos normais submetidos à dietas com altos teores de lipídios ocorre uma

adaptação metabólica, na qual há uma derivação do metabolismo energético para utilização

de ácidos graxos livres em vez de glicose como substrato energético (Azevedo, 1979).

Estudos em ratos e humanos sugerem que entradas modestas de diglicerídeos

possam ter efeito benéfico no metabolismo de lipídios. Comparado com consumo de

triglicerídeos, o consumo de diglicerídeos pode produzir menor elevação das concentrações

pós-prandial plasmáticas de triglicerídeos em humanos (Taguchi, 2000; Watanabe, 1997) e

mais baixas concentrações séricas de triglicerídeos em ratos (Hara 1993; Murata 1997) e

humanos em jejum (Yamamoto, 2001). Consumo de diglicerídeos também reduz acúmulo

de gordura corporal total (Watanabe, 1997) e gordura visceral (Murase, 2001) em ratos e

humanos (Nagão 2000; Watanabe, 1998).

O consumo de diglicerídeos em lugar de triglicerídeos não altera o gasto

energético, mas produz efeitos metabólicos, como aumento da oxidação de gordura, que

pode estar associada com controle do apetite (Kamphuis, 2003).

O principal combustível metabólico durante o jejum, exercício, e períodos entre as

refeições são os lipídios, pois os níveis de glicose diminuídos, estimulam as células alfa das

ilhotas de Langheram a liberar glucagon o que estimula a neoglicogênese e a lipólise. Em

dietas ricas em lipídios, os ácidos graxos são utilizados como combustível metabólico e

para evitar a conversão de glicose a acetil CoA, o que seria um “desperdício” para o

organismo, a piruvato desidrogenase é inibida e a única fonte de acetil CoA é a beta

oxidação sem prejuízos para as células (Nelson, 2000; Montgomery, 1994).

Um aumento na ingestão energética em conseqüência da ingestão de uma dieta

hiperlipídica pode estimular o gasto energético em ratos evitando ganho de peso (Lionetti et

al. 1996 a; b; Iossa et al. 1997). A exposição de ratos ao frio e a uma dieta de alto teor de

Page 18: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

16

gordura melhora a habilidade para utilizar gordura como combustível metabólico,

prevenindo assim obesidade (Iossa et al. 2001). Dietas hiperlipídicas aumentam a

velocidade de oxidação de ácidos graxos no fígado e músculo esquelético de ratos, o que

contribui para a prevenção do excesso de gordura corporal (Mollica, 1999) acredita-se que

em humano ocorra da mesma forma.

Existem agentes desacopladores que enfraquecem ou destroem completamente o

acoplamento forte normal da oxidação e fosforilação. Estes compostos podem ser naturais

como a bilirrubina e ácidos graxos livres, que possuem propriedades hidrofóbicas que

permitem a pronta difusão através das membranas mitocondriais e depois de introduzidos

na matriz em forma protonada, estes liberam um próton e dissipam o gradiente de prótons,

eles reduzem assim a relação fosforilação/oxidação. Quando desacoplada a velocidade de

oxidação aumenta e a fosforilação diminui resultando em formação de calor (Nelson, 2000;

Montgomery, 1994).

Metabolismo e técnicas de medição

A taxa de metabolismo basal (TMB), é uma das informações fisiológicas mais

importantes em estudos nutricionais clínicos e epidemiológicos, seja para determinar as

necessidades energéticas ou calcular o gasto energético de indivíduos ou populações

(Wahrlich, 2001). Esta é definida como a quantidade de energia necessária para a

manutenção das funções vitais do organismo, sendo medida em condições padrão de jejum,

repouso físico e mental em ambiente tranqüilo com controle da temperatura, iluminação e

sem ruídos (Busztein, 1989; Garrow, 1974; Harris & Benedict, 1919) .

A TMB é o principal componente do gasto energético diário podendo representar de

50% (nos indivíduos mais fisicamente ativos) a 70% (nos mais sedentários) do total de

energia gasta diariamente (Wahrlich, 2001; Clark, 1991).

Page 19: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

17

A TMB ou gasto energético em repouso (GER), pode ser estimado de forma

grosseira através de fórmulas. Porém uma das formas de determinação mais precisa de

realizar esta medida é através do método de calorimetria indireta (Patiño,1990).

A calorimetria indireta é uma técnica não invasiva que pode ser bem aplicada em

varias situações tais como pesquisas científicas estudos clínicos e associada a outras

técnicas em estudo de campo (Schutz, 1996), onde o gasto energético é estimado através da

medição das trocas respiratórias especificamente por meio de mensurações de consumo de

oxigênio (VO2) e produção de gás carbônico (VCO2), (Silva et al 1998; Ferrannini, 1988;

Murgastroyd, 1993). Através da calorimetria indireta é possível não só calcular a taxa de

energia gasta como também estimar a taxa de utilização de substratos (Schutz ,1996).

Numa tentativa de melhor compreender os mecanismos envolvidos na perda de peso

ou estabilização do mesmo em indivíduos que consomem um dieta rica em gordura, foi

desenvolvido este estudo e a seguinte hipótese: o consumo de uma dieta rica em gordura

leva a diminuição de peso corporal devido a uma maior utilização de lipídios, o que leva a

uma maior concentração de ácidos graxos livres nos espaços intramitocondriais, os quais

devem produzir um desacoplamento da cadeia respiratória de elétrons com conseqüente

diminuição da eficiência do sistema produtor de energia, mais combustível será necessário

para a mesma quantidade de trabalho. Podendo assim embasada na revisão da literatura e

em estudos realizados anteriormente contribuir com informações importantes relativas a

dietas rica em gorduras e eficiência energética tornando possível que profissionais de

nutrição, possam prescrever se assim optarem, com segurança e embasamento cientifico

dietas com estas características tendo em vista a escassez de trabalhos ligados a este tema

bem como exploração pelos meios de comunicação de massa.

Page 20: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

18

2. OBJETIVOS

Geral

Estudar os efeitos da dieta rica em lipídios na eficiência energética.

Específicos

Avaliar níveis de lipídios séricos na dieta habitual e na dieta rica em gordura

Identificar correlações entre lipídios séricos e gordura dietética.

Verificar diferenças no consumo calórico, massa corporal e consumo de

oxigênio antes e após consumo de dita rica em lipídeo.

Page 21: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

19

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 AMOSTRA

O estudo foi realizado com 10 voluntárias adultas com idade entre 23 e 55 anos,

estudantes ou funcionárias da Universidade Federal de Pernambuco, sedentárias ou

praticantes de atividade física, que apresentaram níveis de lipídios séricos normais.

Todos as participantes deram sua autorização por escrito (anexo 1) de acordo com

as normas éticas exigidas pela resolução n° 1961/ outubro de 1996 Conselho Nacional de

Saúde. (Aguiar, 1998.)

O protocolo de estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética de Pesquisa

em Humanos da Universidade Federal de Pernambuco em agosto de 2002 (anexo 2 ).

Durante o período prévio a dieta experimental foi realizado o registro de consumo

alimentar para determinar a ingestão diária de energia total e de gordura da dieta habitual

dos voluntários por um período de 7 dias. Na fase experimental que durou 15 dias, as

voluntárias receberam dieta rica em lipídios com preparações culinárias comuns (cardápio

em anexo3) as quais foram calculadas para fornecer 60% da energia total na forma de

lipídios. A ingestão foi “ad libtum” com rigoroso registro de consumo (anexo 4).

A apuração dos dados de consumo alimentar, antes e durante dieta experimental,

foi feita utilizando tabelas de composição de alimentos (Franco, 1995; Pinheiro, 2001)

Page 22: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

20

3.2 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS

PESO E ESTATURA

A estatura foi determinada no início do experimento utilizando-se o antropômetro e

o peso corporal determinado utilizando-se balança eletrônica antes da dieta experimental e

em seguida a cada dois dias

durante os 15 dias de experimento, em condições-padrão seguindo protocolo

(WHO, 1986).

3.3 EXAMES BIOQUÍMICOS

Os exames bioquímicos foram realizados no Laboratório de Análises Clínicas do

HUOC (Hospital Universitário Oswaldo Cruz - UPE), utilizado-se o Sistema

ROCHE/HITACHE. Coletou-se 5ml de sangue para dosagem dos lipídios circulantes das

voluntárias e através do teste colorimétrico enzimático foi determinado colesterol total e

frações HDL, LDL e os níveis de triglicerídeos das voluntárias no dias 0, e 15 do

experimento após jejum de 12 horas.

3.4 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

O consumo de oxigênio foi determinado através do método de espirometria de

circuito aberto ( Medical Graphics – Vo2000), no qual o indivíduo inala o ar ambiente e o

aparelho que possui uma célula para O2 e outra para CO2 analisa os gases no ar expirado.

Através da análise de gases é possível identificar qual o substrato energético que está sendo

utilizado bem como determinar indiretamente o metabolismo energético (Schutz, 1996;

Page 23: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

21

Roberts 1997, McArdle, 1992). O consumo de oxigênio foi medido antes e depois da dieta

experimental.

Para se determinar o metabolismo de repouso as voluntárias foram submetidas a

jejum de 12h e a repouso de 30 min em posição supina antes de medir consumo de oxigênio

por um período de 10 min em ambiente tranqüilo, com controle de temperatura e

luminosidade. E para se determinar o metabolismo durante atividade as voluntárias foram

expostas a esforço padronizado em bicicleta ergométrica elétrica a 25 watts medindo-se o

consumo de oxigênio por um período de 10 min. Nas duas medições foram desprezados os

três primeiros minutos que refletiam o período de adaptação do indivíduo aos aparelhos.

3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Foram utilizados procedimentos estatísticos convencionais para análise dos dados e

descrição dos resultados tais como media e desvio padrão, teste “t” de Student e regressão

linear simples (Snedecor & Cochran, 1967; Wilkinson, 1990) com ajuda de programas de

microcomputador adequados (STATIGRAPHICS, EXCEL).

Para verificar as diferenças de consumo de oxigênio, massa corporal, valor calórico

da dieta e níveis de lipídios séricos foi utilizado o teste “t” de Student e para verificar

correlações entre lipídios séricos e gorduras dietéticas foi utilizado a regressão linear

simples.

Page 24: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

22

4. RESULTADOS

Pode-se observar que houve um aumento sinificativo da ingestão energética e de

lipídios (p<0,05), porém não houve diferenças significativas da massa corporal (Tabela 1)

TABELA 1

MASSA CORPORAL, CONSUMO CALÓRICO E LIPÍDIOS DIETÉTICOS.

Parâmetros

Dieta habitual

Dieta hiperlipídica

t

Valor calórico total da dieta

2062,35 ± 290,95

2666,82 ± 314,20

-4,46*

% lipídios da dieta

31,65± 5,00

60,71 ± 1,45

-17,63*

Massa corporal Kg

58,37 ± 7,62

57,78 ±7,96

0,16

* Diferenças significativas (p<0,05)

Page 25: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

23

O consumo de oxigênio teve aumento significativo (TABELA 2) quando se

consumiu uma dieta rica em lipídio, tanto no repouso (GRÁFICO 1) quanto no exercício

(GRÁFICO 2), o que indica diminuição na eficiência energética.

TABELA 2

CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS

Parâmetro

Dieta habitual

Dieta hiperlipídica

t

Consumo O2 em repouso l/10min

2,15 ± 0,37

3,19 ± 0,47

-5,42*

Consumo O2 em atividade l/10min

8,89 ± 1,50

10,25 ± 0,97

-2,41*

*Diferenças significativas (p<0,05)

Page 26: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

24

GRÁFICO 1CONSUMO DE OXIGÊNIO EM REPOUSO

1,37

2,11 2,17 2,15

2,6

2,02

2,49 2,572,32

1,78

3,22 3,132,74 2,86

4,36

2,67

3,16 3,143,37 3,31

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Voluntários

Oxi

gêni

o L

/ 10m

in

Dieta habitual Dieta hiperlipídica

GRÁFICO 2 CONSUMO DE OXIGÊNIO EM ATIVIDADE

8,219,22

8,579,12

9,82 9,7310,35 10,08

5,09

8,03

10,7510,05

9,4910,15

10,9810,14

11,510,95

8,03

10,55

0

2

4

6

8

10

12

14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Voluntários

Oxi

geni

o L

/ 10m

in

Dieta habitual Dieta hiperlipídica

Page 27: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

25

Apesar do alto consumo de lipídios na dieta não houve alteração nos lipídios

sanguíneos (TABELA 3) o que demonstra não haver relação entre o consumo de lipídios e

concentração de lipídios séricos em indivíduos saudáveis.

TABELA 3

LIPÍDIOS CIRCULANTES E GORDURA DIETÉTICA

*Diferenças significativas (p<0,05)

Parâmetros

Dieta habitual

Dieta Hiperlipídica

t

r

p

Colesterol Total mg/dl

180,6 ± 20,18

178,9 ± 20,45

0,27

-0,11

0,63

Colesterol HDL mg/dl

61,3 ± 13,8

65,8 ± 15,45

-0,95

-0,15

0,50

Colesterol LDL mg/dl

100,9 ± 20,2

101,3 ± 18,43

-0,06

-0,09

0,67

Triglicerídeos mg/dl

91,8 ± 56,17

58,5 ± 26,96

2,45

-0,29

0,20

Page 28: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

26

5. DISCUSSÃO

A relação entre lipídios dietéticos hiperlipemias, hipertensão, aterosclerose doenças

cardiovasculares e obesidade continua sendo um dos assuntos mais controvertidos nos

estudos de nutrição na atualidade (Stallones, 1983; Willet, 1998; Lichtenstein, 1998).

O resultado deste estudo sugere uma revisão, a respeito da verdadeira associação

entre consumo de gordura dietética e desordens metabólicas tais como aumento de peso e

hiperlipemias. O mesmo desperta interesse, pois apresenta a possibilidade de se utilizar

uma dieta rica em lipídios com segurança e embasamento científico, com objetivo de

diminuição de massa corporal sem afetar lipídios sangüíneos.

Sabe-se que a obesidade é conseqüência do desequilíbrio entre consumo e gasto de

calorias (Roberts & Melvin, 2000; Lichtenstein, 1998), sendo os lipídios dietéticos

apontados como grandes vilões no aumento de massa corporal (Hill, 2000; Popkin, 1994;

Bray, 1998), porque acredita-se que dietas com altos percentuais de gordura, têm

geralmente maior densidade calóricas e são mais saborosas, o que conduz a um aumento no

consumo calórico (Prentice, 1996; Lichtenstein, 1998). Todavia nossos resultados

contradizem tal afirmação, além disso é esquecido que outros fatores como a falta de

atividade física, predisposição genética, stress podem influenciar no desequilíbrio

energético.

Estudos com dietas isocalóricas ou hipocalóricas pobres em gordura apresentam

diminuição na ingestão de alimentos (Ducan, 1983) e em peso corporal (Sheppard, 1991;

Kendall, 1991), porém é difícil saber se a perda de peso é devido a diminuição da densidade

energética pela remoção da gordura ou pela diminuição do sabor da dieta tendo em vista

que a gordura é responsável pelo sabor da comida (Lichtenstein, 1998). Na análise de

Page 29: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

27

nossos resultados pôde-se observar que houve boa aceitação da dieta lipídica, tendo em

vista que a ingestão energética “ad libtum” aumentou em média 29,3% com preparações

culinárias comuns como estrogonofe, feijão tropeiro, arroz refogado (anexo 3). Houve um

aumento significativo na ingestão energética e de lipídios, porém não houve alteração

significativa do peso corporal (este teve uma tendência a diminuir), confirmando resultados

anteriores, onde apesar da ingestão energética e de lipídios ter se mantido acima das

recomendações, os voluntários não apresentaram alteração significativa da massa corporal

(Araújo, 1975; Azevedo, 1979). Estudos como o nosso de curto prazo não encontraram

associação entre alto consumo de calorias e gorduras dietética com obesidade (Katan, 1997;

Cooling, 2000)

Estudo em animais adultos alimentados com dieta hiperlipídica apresentaram

resultados semelhantes ao nosso onde este tipo de dieta acarretou perda e estabilização de

peso corporal não conduzindo a obesidade (Pessoa, 1979).

A suplementação dietética com diglicerídeos em humanos traz benefícios como

diminuição de massa corporal, gordura visceral e hepática o que traz benefícios para saúde

dos indivíduos (Nagão, 2000). Isto indica evidência para o consumo de dietas com alto teor

de lipídios, com objetivo de controle e manutenção de peso corporal e contradiz estudos

que sugerem que a gordura dietética leva ao aumento de peso (Roll, 1995; Lissner 1995).

Além disso, uma diminuição no conteúdo da gordura dietética leva ao maior

consumo de carboidratos o que pode ser prejudicial, sabe-se que a diminuição dos lipídios

na dieta dos americanos pode ter levado ao aumento da obesidade a níveis epidêmicos nos

últimos anos (Stallones, 1983; Willet, 1998). Um consumo maior de carboidratos seja este

simples ou complexo não só reduz os níveis de colesterol LDL e HDL como aumenta os

triglicerídeos séricos (Lichtenstein, 1998), isto demonstra uma desvantagem para dietas

Page 30: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

28

ricas em carboidratos, pois diminuição de HDL e aumento de triglicerídeos estão

associados a aumento do risco de doenças cardiovasculares. Este tipo de padrão alimentar

está se tornando popular também aqui no Brasil o que pode trazer, a exemplo dos Estados

Unidos, resultados desastrosos para a saúde.

Em nosso experimento ocorreu um aumento significativo no consumo de oxigênio,

quando se consumiu uma dieta rica em lipídios, tanto no repouso como no exercício, o que

indica que nos indivíduos alimentados com dietas ricas em gorduras, devido a uma maior

utilização de lipídeos, ocorreu um acréscimo na concentração de ácidos graxos livres nos

espaços intramitocondriais, os quais produziram um desacoplamento da cadeia respiratória

de elétrons com conseqüente diminuição da eficiência do sistema produtor de energia,

sendo assim, foi necessário uma maior quantidade de substrato energético para a mesma

quantidade de trabalho que pode ter contribuído para o não aumento de peso nas

voluntárias.

Indivíduos magros são capazes de ajustar o balanço energético à oxidação de

gordura em 7 dias de consumo com dietas ricas em lipídios (Schrauwen, 1997; Azevedo,

1979) sendo assim o nosso experimento durou 15 dias com intuito de se obter uma margem

se segurança e esclarecer possíveis questionamento a respeito. Foram encontrados

resultados de consumo de oxigênio semelhante aos nossos em estudos realizado em animais

de laboratórios alimentados com dieta rica em gordura, (Lionetti, 1996 a; b; Iossa, 1997) e

quando os mesmos foram expostos ao frio, houve um aumento na habilidade dos músculos

para queimar gordura como substrato energético (Iossa, 2001).

Em humanos submetidos a treinamento houve também uma maior habilidade dos

músculos para queimar lipídios quando alimentados com dietas rica em gordura e expostos

a treinamento físico (Smith, 2000). Em nosso experimento tanto no repouso como na

Page 31: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

29

atividade a dieta hiperlipídica estimulou uma maior queima de gordura o que indica

adaptação das voluntárias à dieta, e está de acordo com estudo anterior no qual um grupo de

indivíduos alimentados com dietas rica em gordura apresentou maior TMB e oxidação de

gorduras que outro grupo que consumia dieta pobre em gordura (Cooling, 1998). Estes

tipos de estudo levam a questionar o papel dos gorduras dietéticas no desenvolvimento de

obesidade, e sugere que é necessário levar em consideração outros fatores tais como

predisposição genética, fatores emocionais, ambientais entre outros antes de afirmar que a

gordura dietética é principal componente da obesidade.

Em nossos resultados a respeito dos lipídios séricos não foi encontrado alteração

significativa dos mesmos, o que reforça estudos anteriores que não encontraram relação

entre lipídios dietéticos e hiperlipemias (Stallones, 1983; Willet, 1998; Varela, 1986;

McNamara, 2000).

Análise de dados clínicos e epidemiológicos disponíveis indicam que para

população geral o colesterol dietético não tem nenhuma contribuição significante para

aterosclerose e risco de doença cardiovascular (McNamara, 2000; Weintraub, 2002).

Os lipídios dietéticos estão associados ao aumento do colesterol sanguíneo (Shaefer,

1981; Keys 1959), porém em estudo anterior foi observado que o organismo humano é

capaz de adaptar-se a uma dieta lipídica no período de sete dias (Azevedo, 1979). Em

estudo recente observou-se que indivíduos alimentados com dietas rica em gordura,

acompanhados por um período de doze meses apresentaram níveis de colesterol HDL

aumentados e triglicerídeos circulantes diminuídos (Foster, 2003), em ratos foi observado

que uma dieta com 60% de gordura de origem animal (banha) apresentou menor

capacidade aterogênica do que em dieta com menor proporção 25% de gordura de mesma

Page 32: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

30

origem, e também não houve alteração dos níveis de colesterol circulantes (Varela, 1986;

Pessoa, 1979).

As bases bioquímicas podem explicar porque uma dieta rica em lipídios não

alteraria os níveis de colesterol sanguíneo, sabe-se que existem mecanismos homeostáticos

responsáveis pelo controle da produção do colesterol endógeno. Em dietas rica em lipídeos

há uma grande formação de corpos cetônicos sendo assim a enzima HMG-CoA-sintetase

estará toda desviada para formação do mesmo, estando assim indisponível para formação

de colesterol tendo em vista que a mesma é uma enzima ponto chave do metabolismo de

colesterol, pois participa da primeira reação de formação do mesmo (Nelson; 2000; Orten,

1984).

As tendências atuais para promoção de saúde enfatizam a importância de se reduzir

ingestão de gordura dietética. Porém, como a gordura dietética está reduzida, o conteúdo de

carboidrato sobe tipicamente, e a redução desejada de concentrações de colesterol

plasmático freqüentemente é acompanhada por uma elevação de triglicerídeos (Parks,

2000; Lichtenstein, 1998; Mensink, 1992).

Pela análise da dieta habitual a maioria dos indivíduos de nosso experimento, com

exceção de três, já consumiam uma dieta com lipídios acima das recomendações atuais que

preconizam um consumo de lipídios > 30% das calorias totais da dieta para todos os

indivíduos maiores de 2 anos de idade (USDA 1995; Kraus, 1996) e todos eles possuíam

peso e lipídios séricos normais o que reforça a idéia de que para indivíduos normais o

conteúdo de lipídios dietético não produz aumento de peso ou altera lipídios séricos.

Page 33: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

31

Vale salientar que a voluntária que apresentou menor conteúdo de lipídios dietético

foi também quem apresentou maior nível de colesterol sérico.

Em nosso experimento houve diminuição, porém não significativa de triglicerídeos

circulantes, resultado diferente de estudos anteriores onde houve marcante diminuição de

triglicerídeos quando se consumiu uma dieta rica em lipídios (Azevedo, 1979; Araújo,

1975; Seakins, 1970). Este fenômeno pode ter ocorrido devido a maioria dos indivíduos já

consumirem uma conteúdo de lipídios maior do que o recomendado e apresentarem níveis

de triglicerídeos já baixo, pois é bem conhecido o efeito de dietas diminuídas em

carboidratos para controle de triglicerídeos circulantes (Azevedo, 1979; Araújo, 1975;

Seakins, 1970; Parks, 2000; Lewis, 1977; Foster, 2003).

Este estudo contribui com informações importantes a respeito de dieta ricas em

lipídios e eficiência energética, e levanta questionamentos a respeito do papel das mesmas

em doenças cardiovasculares e aumento de peso.

Page 34: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

32

6. Conclusões

Diante do resultados pode-se concluir que:

1. Que houve boa aceitação da dieta lipídica e o valor calórico total aumentou

significantemente em média 29,3%.

2. Não houve diferenças significativas entre a massa corporal anterior e

posterior a dieta.

3. Houve aumento significativo do consumo de oxigênio tanto no repouso

como no exercício após introdução da dieta rica em lipídios.

4. Não houve diferenças significativas nos níveis de triglicerídeos, colesterol

total, colesterol LDL e colesterol HDL quando comparou-se dieta habitual e

dieta experimental.

5. Não houve correlação entre consumo de lipídios e aumento nos lipídios

séricos.

Sendo assim os resultados indicam que o consumo de uma dieta com teor de

gordura semelhante ao leite materno diminui a eficiência energética (aumenta consumo de

oxigênio) em humanos o que pode explicar o não aumento do peso ou manutenção do

mesmo, sem alterar lipídios séricos. Os resultados sugerem que dietas ricas em lipídios

podem ser utilizadas com o objetivo de perda de peso sem alterar os lipídios circulantes.

Estes resultados reforçam a necessidade de se reavaliar os conceitos a respeito dos efeitos

adversos dos lipídios na dieta.

Page 35: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

33

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

AGUIAR, C. M; VARANDAS, T.E; ASFORA, K. K; SANTOS, M DO C.M.S;

BEZERRA, S. R. S; PINHEIRO, J. T. Pesquisa em seres humanos: Normalização para

apresentação de protocolos. Recife, Universidade de Pernambuco, 1998. p.66-84.

AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS COMMITTEE ON NUTRITION: Statement

on cholesterol. Pediatrics. 1998.101:141-7.

AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. National cholesterol education program :

report of the expert panel on blood cholesterol level in children and adolescents.

Pediatrics. 1992. 89:525-84.

ARAÚJO, C.R.C. DE. Manipulação dietética dos triglicerídeos. Recife, Universidade

Federal de Pernambuco, Instituto de nutrição, 1975.44p.Tese

AZEVEDO, M.C.N. DE A. Adaptação metabólica a alimentação hiperlipídica. Recife,

Universidade Federal de Pernambuco, Instituto de Nutrição, 1979.44p.Tese

BRAY GA; POPKIN B M Dietary fat intake does affect obesity!1–3. Am J Clin Nutr.

1998. 68: 1157–73.

BURSZTEIN, S; ELWYN, D.H; ASKNSY, J; KINEY, J.M. Energy Metabolism,

Indirect Calorimetry, and Nutrition. Baltimore: Williams e Wilkins. 1989

CLARCK, H.D; HOFFER, L.J. Reappraisal of the resting metabolic rate of normal

young mem. American journal of clinical nutrition. 1991,53: 21-26.

COOLING J; BLUNDELL J. Differences in energy expenditure and substrate oxidation

between habitual high fat and low fat consumers (phenotypes). Int J O bes Relat Metab

Disord. 1988 jul.22 (7):612-8.

Page 36: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

34

COOLING J; BLUNDELL J. Lean males Righ and low-fat phenotypes – different

rountes for achieving energy balance. Int J O bes Relat Metab Disord. 2000 Dec. 24

(12):1561-6

DUCAN K.H; BACON J.A; WEINSIER R.L. The effects of high and low energy density

diet on satiety,enrgy intake, and eating time of obese and no obese subjects. Am J clin

Nutr. 1983; 37:763-7.

FOSTER G.D; WYATT H.R; HILL J.O; MCGUCKIN B.G; BRILL C; MOHAMMED

B.S; SZAPARY P.O; RADER D.J; EDMAN J.S; KLEIN S. A Randomized Trial of a

Low-Carbohydrate Diet for Obesity. N. Engl. J. Med. May 22, 2003. 348(21):2082–

2090.

FERRANNINI, E. The theoretical bases of indirect calorimetry: A review. Metabolism,

1988.37:287-301.

FRANCO, G. Tabela de composição de alimentos. Editora Atheneu. 9a edição 1995.

GARROW, J. S. Energy Balance and Obesity in Man. Amsterdam: North-Holland. 1974.

HARA K; ONIZAWA K; HONDA H; OTSUJI K; IDE T; MURATA M. Dietary

diacylglycerol-dependent reduction in serum triacylglycerol concentration in rats.

Ann Nutr Metab. 1993. 37:185–91.

HARDY S.C; KLEINMAN R.D. Fat and Cholesterol in the diet of infants and young

children. Implications for growth, development, and long-term health. J Pediatr

1994.125:S69-77.

HARRIS, J.A. & BENEDICT, F.G. A Biometric Study of Basal Metabolism in Man.

Boston: Carnegie Institution of Washington. 1919

Page 37: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

35

HILL J.O. Dietary Fat Intake and Regulation of Energy Balance: Implications for

Obesity1,2. J. Nutr. 2000. 130:284S-288S.

IOSSA, S; LIONETTI, L; MOLLICA, M.P; CRESCENZO, R; BARLETTA, A;

LIVERINI, G. Effect of cold exposure on energy balance and liver respiratory capacity

in post-weaning rats fed a high-fat diet. British Journal of Nutrition. 2001.(1) 89 – 96.

IOSSA S; LIONETTI L; MOLLICA M.P; CRESCENZO R; BARLETTA A; LIVERINI G.

Effect of long-term high-fat feeding on energy balance and liver oxidative activity in

Rats. British Journal Of Nutrition. 2000. 84:(3) 377-385

IOSSA S; MOLICA M. P; LIONETTI L; BARLETTA A. LIVERINI G. Energy balance

and liver respiratory activity in rats fed on na energy dense diet. British Journal Of

Nutrition. 1997. 77: 99 – 105.

KAMPHUIS, M.J.W ET AL. Diacylglycerols affect substrate oxidation and appetite in

humans1,2,3. American Journal of Clinical Nutrition. 2003. 77(5):1133-1139.

KATAN M.B; GRUNDY S.M; WILLETT W.C. Beyond low-fat diet. Clin Diabet.1997.

337:563-6.

KENDALL A; LEVITSKY D.A; STRUPP B.J; ET AL Weight loss on a low-fat diet:

consequence of the imprecision of the control of food intake in humans. Am J clin Nutr

1991. 53:1124-29.

KEYS , A. ET AL. Prediction of serum cholesterol responses of man to changes in fat in

diet. The Lancet.1959.959.

KRAUS R.M; DECKELBAUM R.J; ERNEST N; FISHER E; HOWARD B.V; KNOPP

R.H ; ET AL. Dietary guideline for healthy American adults: a statement for health

Page 38: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

36

professionals from nutrition Committee, American Heart Association. Circulation

1996. 94:1795-1800.

KYRKOGATA M. S. Presentation A hypothesis out-of-date: The diet–heart idea.

Journal of Clinical Epidemiology. 2002. 55:1057–1063

KUCZMARSKI M; FLEGAL K.M; CAMPBELL S.M; JOHNSON C.L. Increasing

prevalence of overweight among US adults. The National Health and Nutrition

Examination Surveys, 1960 to 1991. JAMA. 1994. 272:205–11.

LEWIS S.B; WALLIN J.D; KANE J.P; GERICH J.E. Effect of diet composition on

metabolic adaptations to hypocaloric nutrition: comparison of high carbohydrate and

high fat isocaloric diets. Am J Clin Nutr. 1977. 30:160-70.

LICHTENTEIN A.H ET AL Dietary Fat Consumption and health. Nutrition Reviewes,

vol 56, 5, May 1998;S3-S28.

LIONETTI L; IOSSA S; BRAND M.D; LIVERINI G. Relationship between membrane

potential and respiration rate in isolated liver mitochondria from rats fed anergy

dense diet. Molecular and Cellular Biochemistry .1996a. 158:133 – 138.

LIONETTI L; IOSSA S; BRAND M.D; LIVERINI G. The mechanism of stimulation of

respiration in isolated hepatocytes from rats fed an energy-dense diet. Nutritional

biochemistry 1996b. 7: 571-576.

LISSNER L; HEITMANN B.L. Dietary fat and obesity: evidence from epidemiology.

Eur J Clin Nutr. 1995. 49:79-90.

MCARDLE, W.D; KATCH, F.I; KATCH, V.L. Fisiologia do exercício: Energia,

nutrição, Desempenho Humano. Rio de Janeiro, terceira edição, Editora Guanabara

Koogan S.A. 1992.510p.

Page 39: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

37

MACNAMARA, D.J. Dietary cholesterol and arteriosclerosis. Biochimica at Biophysica

Acta (BBA) – Molecular and Cell Biology of Lipids. 2000.Vol.1529 (Issue 1-3):310-320.

MANN G.V; SHAFFER R.D; ANDERSON R.S; SANDSTEAD H.H. Cardiovascular

disease in the masai. J Atheroscler Res.1964.4:289–312.

MANN GV, SPOERRY A, GRAY M, JARASHOW D. Atherosclerosis in the Masai. Am

J Epidemiol. 1972. 95:26–37.

MEDEIROS, MARIA DO CARMO. Dieta hiperlipidica e risco de doenças

cardiovasculares. Recife, Universidade Federal de Pernambuco, Instituto de Nutrição,

1982.44p.Tese

MENSINK R.P; KATAN M.B. Effect of dietary fatty acids on serum lipids and

lipoproteins: a meta-analysis of 27 trials. Arterioscler Thromb Vasc Biol.1992. 12:911-9.

MOLLICA M.P; IOSSA S; LIVERINI G, SOBOLL. Stimulation of oxygen consumption

following addition of lipid substrates in liver and skeletal muscle from rats fed a

hight-fat diet. Metabolism. 1999. 48:(10)1230-1235.

MONTGOMERY, R; CONWAY, T; SPECTOR, A. Bioquimica : Uma abordagem

dirigida por casos. São Paulo, 5 °edição, Editora Artes Médicas. 1994. 447p.

MURASE T; MIZUNO T; OMACHI T, ET AL. Dietary diacylglycerol suppresses high

fat and high sucrose diet-induced body fat accumulation in C57BL/6J mice. J Lipid

Res. 2001. 42:372–8.

MURRAY, M.J. ET AL. Serun cholesterol, triglycerides and heart disease of nomandie

and sedentary tribesmen consuming isoenergetic diet of higth and low fat content.

Brit.J.Nutr. 1978.39:159-163,

Page 40: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

38

MURATA M; IDE T; HARA K. Reciprocal responses to dietary diacylglycerol of

hepatic enzymes of fatty acid synthesis and oxidation in the rat. Br J Nutr.

1997.77:107–21.

MURGATROYD, P.R; SHETTY, P.S; PRENTICE, A.M. Techniques for the

measurement of human energy expenditure: A practical guide. Inter Journ Obes and

Rel met Dsord. 1993. 17:549-568.

NAGAO T; WATANABE H; GOTO N; ONIZAWA K; TAGUCHI H; MATSUO N;

YASUKAWA T; TSUSHIMA R; SHIMASAKI H; ITAKURA H. Dietary diacylglycerol

suppresses accumulation of body fat compared to triacylglycerol in men in a double-

blind controlled trial. J Nutr. 2000.130:792–7.

NELSON, DAVID L; MICHAEL M. COX. Lenhinger principles of biochemistry, 3ª

edição. New York.Worth publishers. 2000.

ORTEN J.M; NEUHAUS O. Bioquímica Humana. 10ª edição, Editora Panamericana

Buenos Aires. 1984.

PARKS E.J; HELLERSTEIN M.K. Carbohydrate-induced hypertriacylglycerolemia:

historical perspective and review of biological mechanisms1–3. Am J Clin Nutr. 2000.

71:412–33.

PASMAN W.J; SARIS W.H; WESTERTERP-PLANTENGA M.S. Predictors of weight

maintenance. Obes Res.1999. 7:43–50.

PATIÑO, J. F. Determinación del gasto energético básico / Basal metabolic rate

determination. Rev. Colomb. 1990. 5 (2): 116-118.

Page 41: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

39

PESSOA, D.C.N. DE P. Alimentação hiperlipidica e obesidade em ratos. Recife,

Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências da Saúde, Deparatmento de

nutrição, 1979.35p.Tese

PINHEIRO A.B.V; LACERDA E.M.A; BENZECRY E.H; GOMES M.C.S; COSTA V.M.

Tabela para avaliação de consumo alimentar em medidas caseiras., 4ª edição, Ed

Atheneu, São Paulo /Rio de Janeiro/Belo Horizonte. 2001.

POPKIN B. M. The nutrition transition in low-income countries: an emerging crisis.

Nutr. Rev. 1994. 52:285-298.

PRENTICE A.M; POPPIT S.D. Importance of energy density and macronutrients in

the regulation of energy intake. Int J Obes. 1996.20 (suppl 2):S18–23.

ROBERT A. ROBERGS SCOTT, O ROBERTTS. Exercice Phisiologhy: Exercice,

Performance and Clinical Aplications. Editora Mosby. 1997.Capitulo 6 p.127-143.

ROBERTS, S.B; MELVIN B. HEYMAN. Dietary Composition and Obesity: Do We

Need to Look beyond Dietary Fat?1,2.Journal of Nutrition. 2000.130:267S.

ROCK, C.L; THOMSON, C; CAAN, B.J; FLATT, S.W; NEWMAN, V; RITENBAUGH,

C; MARSHALL, J.R; HOLLENBACH, K.A; STEFANICK, M.L; PIERCE, J.P.

Reduction in fat intake is not associated with weight loss in most women after breast

cancer diagnosis - Evidence from a randomized controlled trial. Cancer. 2001.

91(1):25-34.

ROLLS B.J. Carbohydrate, fats and satiety. Amer J Clin Nutr. 1995.61:960S- 67S.

SARIS W.H. Very low calorie diets and sustained weight loss. Obes Res 2001. 9(suppl):

295S–301S.

Page 42: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

40

SCHAEFER, E.J ET AL. The effects of a low cholesterol, high polynsaturated fat and

low fat diets on plasma lipid and lipoprotein cholesterol level in normal and

hypercolesterolemic subjects. American Journal of Clinical Nutrition.1981.34: 1758.

SCHRAUWEN, P; LICHTENBELT W.D.M; SARIS W.H; WESTERTERP K.R. Changes

in fat oxidation in response to a high-fat diet. American Journal of Clinical

Nutrition.1997. 66: 276-282.

SCHUTZ Y; DEURENBERG P. Energy Metabolism: Overview of recent Methods

Used in Human Studies. Ann Nutr Metab. 1996. 40:183-193.

SEAKINS, A. FLORES, H. Dietary fat and serum triglycerides. West Indian Medical

journal. 1970. 19:119.

SEIDELL J. The impact of obesity on health status: some implications for health care

costs. Int J Obes Relat Metab Disord. 1995.19(suppl):S13–6.

SENEDECOR, G; COCHRAN, W. Statical methods. Ames, I.A: The Iowa State

University Press.6 th. Ed.; 1967

SILVA, P.R.S; ROMANO A.; YAZBEK J.R.P; CORDEIRO, J.R; BATTISTELLA L.R.

Ergoepirometria computadorizada ou calorimetria indireta : um método não invasivo

de crescente valorização na avaliação cardiorrespiratória ao exercício. Rev Bras Med

Esporte. 1998. 4(5) 147-158.

SHEPPARD L; KRISTAL A.R; KUSHI L.H. Weight loss in women participating in a

randomized trial of low fat diet. Am J clin Nutr.1991. 54:821-8.

SMITH S.R; JONGE L; ZACHWIEJA J.J; ROY H; NGUYEN T; ROOD J;

WINDHAUSER, M; VOLAUFOVA J; BRAY G.A. Concurrent physical activity

Page 43: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

41

increases fat oxidation during the shift to a high-fat diet1–3. Am J Clin Nutr. 2000.

72:131–8.

STALLONES, R. A. Ischemic Heart Disease and lipids in blood and diet. Annual

Review of Nutrition. 1983. 155-185.

TAGUCHI H. WATANABE H. ONIZAWA K. ET AL. Double-blind controlled study on

the effects of dietary diacylglycerol on postprandial serum and chylomicron

triacylglycerol responses in healthy humans. J Am Coll Nutr. 2000. 19:789–96

TAUBES, G. The soft science of dietary fat. Science. 2001. 291 5513.

USDA. Nutrition and your health. Dietary Guiderlines for American. U.S. Dept Health

and Human Service : Fourth Ed, Home and Garden Bulletin n0 232;1995.

VARELA, M.R. Dieta hiperlipidica e aterogenicidae em ratos, São Paulo, Universidade

de São Paulo, Faculdade de Ciências farmacêuticas, 1986,79p.Tese

WAHRLICH V; DOS ANJOS L.A: Aspectos históricos e metodológicos da medição e

estimativa da taxa metabólica basal: uma revisão da literatura.Cad Saude Pública. Rio

de Janeiro. 2001. 17(4):801-817.

WATANABE H; ONIZAWA K; TAGUCHI H; ET AL. Effects of diacylglycerols on

lipid metabolism in human. Nippon Yukagaku Kaishi 1997;46:309–14.

WATANABE H, ONIZAWA K, TAGUCHI H, ET AL. Nutritional characterization of

diacylglycerols in rats. J Jpn Oil Chem Soc. 1997. 46:301–7.

WATANABE H, NAGAO T, GOTO N, ET AL. Long-term effects of dietary

diacylglycerols on body fat metabolism in man. Nippon Yukagaku Kaishi. 1998.

47:369–76.

Page 44: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

42

WEINTRAUB W.S Is atherosclerotic vascular disease related to a high-fat diet?.

Journal of Clinical Epidemiology. 2002. 55:1064–1072

WILKINSON L. Systat: The Sistem for Statics. Evanston,Il: Systat;1990

WILLETT, W.C. Dietary fat and obesity: An unconvincing relation. American Journal

Of Clinical Nutrition. 1998.68(6):1149 –1150.

WILLETT, W.C. Is dietary fat a major determinant of body fat? American Journal Of

Clinical Nutrition. 1998. 67(3): S556-S562.

WORD HEALTH ORGANIZATION. REPORTE OF WORKING GROUP. Use and

interpretation of antropometric indicators of nutritional status. Bulletin of world health

organization. 1986.64:929-941.

YAMAMOTO K, ASAKAWA H, TOKUNAGA K, ET AL. Long-term ingestion of

dietary diacylglycerol lowers serum triacylglycerol in type II diabetic patients with

hypertriglyceridemia. J Nutr. 2001.131:3204–7

Page 45: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

43

ANEXOS 1

TERMO DE CONSSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

Nome: ______________________________________

Data de nascimento(dd/mm/aa):____________________________

Projeto de Pesquisa:

LIPÍDIOS DIETÉTICOS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Investigador (es): Jaide Almeida da Silva, mestranda, Universidade Federal de

Pernambuco; Hernando Flores, Professor titular, Universidade Federal de Pernambuco;

Manoel da Costa, professor substituto, Escola Superior de Ed Física /UPE.

Propósito da pesquisa: breve introdução sobre obesidade e objetivos

A prevalência de obesidade aumentou nos últimos anos e a causa deste problema

permanecem obscuras, envolve uma série de componentes dentre eles hereditariedade e

dieta,. Devido ao escasso conhecimento a cerca dos mecanismo envolvidos no controle de

peso este estudo que envolve lipídeos dietéticos e consumo de oxigênio, torna-se

importante para elucidar os mecanismos do controle de peso corporal e do metabolismo

energético

Procedimentos:

Se você concordar em participar, você virá ao laboratório de bioquímica e fará todas as

refeições durante 15 dia. Para determinar o metabolismo basal você terá de ficar de jejum

por 12 hs e em repouso de 30min na posição supina para se medir consumo de oxigênio por

um período de 10 min. Para determinar o metabolismo durante o exercício utilizar-se-á

uma bicicleta ergométrica em teste de esforço padrão durante o qual será medido o

consumo de oxigênio por 10 min.

Será determinado seu perfil lipídico durante os dias 0, e 15 de consumo de dieta rica em

gordura o qual será realizado no Laboratório de Análises Clínicas do HUOC (Hospital

Universitário Oswaldo Cruz) Você terá também que anotar todo o seu consumo dietético 15

Page 46: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

44

dias antes e durante todo o período de dieta experimental. Se você desejar, nós lhe

enviaremos os resultados da análise assim que estiverem prontos e compartilharemos os

resultados de todas as análise. Se você não desejar ser informado dos seus resultados nós só

o contaremos se estes mostrarem alguma anormalidade.

Danos Potenciais desconfortos ou inconvenientes:

Eventualmente durante o procedimento de medir consumo de oxigênio a pressão que o

aparelho exerce sobre o músculo masseter poderá provocar desconforto.

Benefícios potenciais

Um benefícios por participar do estudo é contribuir para elucidar os mecanismos do

controle de peso corporal e do metabolismo energético . Assim como ter conhecimento do

seu perfil lipidíco e consumo de oxigênio.

Benefícios para a população em geral oferecer alternativas de dietas controle do peso

corporal.

Confidencialidade:

Todas as informações sobre você serão estritamente confidenciais, e nada que possa

identifica-lo será publicado sem seu consentimento. Só os pesquisadores terão aceso aos

dados. Os dados com seu nome serão destruídos, junto com informações de contato, depois

que as amostras forem analisadas e você for informada do resultado ( se assim desejar) .Os

dados sem ligações com a seu nome serão mantidos indefinidamente. Seu sangue não será

utilizado para qualquer outro teste ou propósito que os que declarados aqui.

Reembolso:

Você não terá que gastar dinheiro nem tão pouco será pago par participar da pesquisa. Você

recebera todas as refeições durante o período experimental por participação.

Participação:

A participação é voluntária. Se você escolher não participar não haverá nenhum problema.

Se escolher participar deste estudo poderá desistir a qualquer momento. Você terá acesso a

Page 47: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

45

atendimento médico e dietético para agravos ou desconforto á sua saúde que por ventura

vier a ocorrer.

Patrocínio

Todos os gastos com esta pesquisa serão de inteira responsabilidade do Laboratório de

Bioquímica da Nutrição. Se você quiser saber sobre a fonte dos recursos, por favor discuta

isto com o investigador responsável, Dr Hernando flores.

Ética

O protocolo de estudo e esta forma de consentimento forma revisados e aprovados pelo

Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de

Pernambuco.

Consentimento:

Eu Declaro que os procedimentos descritos acima me foram explicados e que todas minhas

perguntas foram respondidas a minha satisfação. Fui informado do direito de não participar

e do direito de abandonar o estudo, sem nenhum tipo de sanção para mim ou para qualquer

membro da minha família. Foram também explicados os possíveis danos e desconfortos, e

entendo os benefícios de participar do estudo. Eu sei que posso esclarecer agora, ou no

futuro, qualquer dúvida que tiver sobre o estudo e ou procedimentos do estudo. Tenho

ciência de que os registros que possam me identificar serão mantidos em sigilo e que

nenhuma informação que permita me identificar será divulgada, sem minha permissão,

amenos que viole a lei.

Eu concordo em participar por este meio.

______________________________________________ _______________________

Nome e idade da pessoa que está dando consentimento data assinatura

_______________________________________ ______________________________

Nome de pessoa que obteve o consentimento data e assinatura

______________________________________ _______________________________

Nome responsável pela pesquisa data e assinatura

Page 48: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

46

ANEXO 2

Parecer do Comitê de Ética de Pesquisa em humanos CCS/UFPE

Page 49: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

47

ANEXO 3

CARDÁPIO DA DIETA RICA EM GORDURAS

ARROZ-DE-CARRETEIRO ARROZ-DOCE STROGONOFE DE CARNE STROGONOFE DE GALINHA BIFE A MILANESA CRÈME ROSADO ARROZ REFOGADO MAIONESE DE PEIXE SOPA DE VERDURA FRANGO COM CALABRESA FEIJÃO-TROPEIRO ARROZ CHINÊS FRANGO AO MOLHO DE AMEDOIN BACALHAU GRATINADO MUNGUZÁ FRANGO A PARMEGIANA C/ MOLHO BRANCO BIFE Á PARMEGIANA C/ MOLHO BRANCO FRANGO FRITO ORIENTAL

Page 50: Lipídios dietéticos e eficiência energética. · 01 MASSA CORPORAL, ... 02 CONSUMO DE OXIGENIO E LIPIDIOS DIETÉTICOS 23 ... na eficiência energética de 10 voluntárias adultas

48

ANEXO 4

FORMULÁRIO PARA DIÁRIO ALIMENTAR

Data Alimento Quantidade Medida Caseira