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lhar ocia l Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul Ano 5 - Nº 38 - Junho de 2014 Página 6 ECONOMIA Jovens empreendedores apostam em Startup para ingressar no mercado de trabalho Página 3 Futebol Americano busca marcar seu Touchdown no país do Futebol Página 7 CRÔNICA Página 2 A PAIXÃO INEXPLICÁVEL Teatro no ônibus inova jeito de viajar na história pela cidade Bancos de sangue no ABC mantêm nível adequado CIDADES Demanda de doações mensais garantem estabilidade no sistema Página 5 CULTURA - Página 8 Rock in Rua de volta à Santo André Estações rodoviárias do ABC viram pontos de cultura CIDADES + CULTURA Página 6 São Caetano investe na formação de atletas Centro BM&F Bovespa conta com 100 atletas com toda a infraestrutura em três modalidades ESPORTES Página 7 “Arte nos terminais” transforma rodoviárias em palco de artistas de diversos segmentos culturais ESPORTES CIDADES

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lharocialJornal-Laboratório do

Curso de Jornalismo da Universidade Municipal de

São Caetano do SulAno 5 - Nº 38 - Junho de 2014

Página 6

ECONOMIA

Jovens empreendedores

apostam em Startup

para ingressar no mercado de

trabalhoPágina 3

Futebol Americano busca marcar seu

Touchdown no país do Futebol

Página 7

CRÔNICA

Página 2

A PAIXÃO INEXPLICÁVEL

Teatro no ônibus inova jeito de

viajar na história pela cidade

Bancos de sangue no ABC mantêm nível adequado

CIDADES Demanda de doações mensais garantem

estabilidade no sistema

Página 5

CULTURA - Página 8

Rock in Rua de volta à Santo André

Estações rodoviárias do ABC viram pontos de cultura

CIDADES + CULTURA

Página 6

São Caetano investe na formação de atletas

Centro BM&F Bovespa conta com 100 atletas com toda a infraestrutura em três modalidades

ESPORTESPágina 7

“Arte nos terminais” transforma rodoviárias em palco de artistas de diversos segmentos culturais

ESPORTES

CIDADES

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Junho de 2014Ano 5 - Nº 382 lharocial OLHAR DIFERENTE

Ano 5 - Edição 38Junho de 2014

Jornal - Laboratóriodo Curso de Jornalismo da

Escola de Comunicação

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Tiragem: 500 Exemplares

lharocial

Universidade Municipal de São Caetano do Sul

ReitorProf. Dr. Marcos Sidnei [email protected]ó-Reitor Administrativo e FinanceiroProf. Dr. Gilberto da Silva [email protected]ó-Reitor de GraduaçãoProf. Ms. Marcos Antonio [email protected]ó-Reitora de Pós-Graduação e PesquisaProfa. Dra. Maria do Carmo [email protected]

Diretores de ÁreaPesquisaProfa. Dra. Carla Cristina [email protected] SensuProf. Ms. Silton Marcell [email protected] SensuProfa. Dra. Maria do Carmo [email protected] de Stricto Sensu em AdministraçãoProfa. Dra. Raquel da Silva Pereira [email protected] de Stricto Sensu em ComunicaçãoProf. Dr. Herom Vargas Silva [email protected]

Gestores Escola de ComunicaçãoCursos: Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Rádio e TV.Prof. Dr. Sérgio Sanches [email protected]

Prof. Ms. Flávio [email protected]

Prof. Ms. Luciano de [email protected]

Editora Jornal Olhar Social: Profa. Ms. Eloiza de Oliveira Frederico (Mtb 32.144)Planejamento Gráfico: Prof. Ms. Paulo Alves de LimaFotojornalismo: Profa. Jô RabeloDiagramação da edição: Prof. Ms. Paulo Alves de Lima

Equipe de fechamento dessa edição: Cordenação: Iara Voros.Membros: Thatyla Santana Carvalho, Fernando Pereira Gomes, Juliana Maciel Ferreira, Giuliano Denardi Botteoni, Telma de Almeida Calixto, Kaio Augusto de O. Silva, Victoria Lima Lechado, Romulo Fernandes, Daiana dos Santos Barasa

Logotipo do Jornal Olhar SocialAG - Agência Experimental dePublicidade da [email protected] - Fone: 4239-3212

EDITORIAL

As dificuldades em encontrar um doador de sangue compatível pode ser um dos maiores desafios na vida de uma pessoa, principal-mente porque, mesmo com os avanços da Ciência, os especialistas ain-da não encontraram algo que substitua o sangue humano.

Diante desta problemática chega a ser uma grande satisfação para os moradores do ABC que a Região registra níveis estáveis, pois cer-ca de quatro mil pessoas realizam doação mensalmente. O antigo temor das agulhas foi superado graças às campanhas desenvolvidas pelos municípios e entidades públicas em incentivo a essa boa ação em benefício da saúde do próximo.

Nesta edição você, leitor, encontra matéria esclarecedora sobre esse procedimento, bem como os principais locais para doação nas sete cidades, além de algumas curiosidades sobre o que acontece com o sangue após a doação.

Ainda nesta edição são apontados os avanços e atrasos do Esporte em São Caetano que, por um lado, está no impasse de seguir com sua única equipe de futebol americano por falta de incentivos, e por outro investe na formação da equipe base de atletismo, inclusive com infraestrutura de ponta.

Para aqueles que a falta de tempo é motivo de não ir ao teatro, diversas ações são sugeridas sem ocupar muito tempo na agenda. En-tre uma ida e volta nos terminais da Região grupos de teatro realizam apresentações. Se o destino está sem São Paulo, especificamente no terminal Parque Dom Pedro II, atores com formação na Fundação das Artes pode ser encontrado.

Esperamos que sua leitura seja tão prazerosa, quanto a produção destas informações foi para nós, integrantes da 38ª edição do Olhar Social. Boa atualização de dados!

Rapidinhas Daiana Barasa

Iara Voros

O futebol visto por quem não gosta, são 22 caras correndo atrás de uma bola que ganham milhões e são louvados pelos torcedores “babacas” do Brasil. Mas não é essa a verdade, o futebol é a maior representação da vida, de que nem sempre é necessário ser o melhor para vencer, que muitas vezes a estratégia ultrapassa a qualidade, de que a vontade é sim imprescindível para as conquistas do dia a dia.

Pra falar de futebol não é necessário torcer por um determinado time, o esporte ultrapassa essas barreiras, nem sempre é necessário vencer para nos sentirmos vitoriosos, não precisa perder para cairmos em prantos, à emoção é diária.

Minha primeira lembrança de infância é a minha família reunida na sala de casa se esgoelando pelo Corinthians na final do campeonato Brasileiro de 98, eu mo-leque sem entender o porquê do meu pai se emocionar por aquela coisa estranha que ocorria na TV, perguntei pra ele, por que vocês estão gritando? Ele respondeu “Não sei filho, mas só sei que é necessário gritar”.

O futebol trazido por Charles Miller no final do século retrasado com a intenção

de o povo praticar um novo esporte era inofensiva, era apenas mais uma distração, algo que divertiria o povo, mas ultrapassou todas essas barreiras se tornando uma “bola de neve” que fez com que não fosse só mais um esporte e sim um sentimento.

Cresci com esse espírito dentro de mim, de que o futebol não é só mais uma distra-ção, e sim um estilo de vida, é verdade que não empolga como antigamente e é natural que seja assim, atualmente é muito questionada as interferências “extra campo” e de que deixou de ser um esporte para ser um negócio, e essa interpretação se permite ser feita.

Mas cá entre nós o que não é negócio hoje em dia? O mundo se tornou um grande negócio, e o futebol não é diferente (e nem pode ser diferente) quem não se lembra de onde estava quando o Brasil perdeu pra França em 98, quem não se lembra da família acordando logo cedo para assistir o Brasil ser campeão da Copa de 2002 no Japão...ou seja, por mais que o povo não se mobilize como antigamente, o futebol sempre estará presente na vida do povo brasileiro.

AH mas só no Brasil se esgoelamos por futebol! Outra mentira, o futebol não é só uma paixão nacional, é muito mais que isso, as manifestações nas ruas espanholas em 2010 dá um tom disso, e olha que estamos falando da Espanha um país com uma crise gigantesca, principalmente nos índices de desemprego e mesmo assim a emoção prevaleceu...

Outro problema que afasta as pessoas é a violência nos estádios, quando na verda-de a violência é da sociedade em geral, vivemos em um país violento, e o problema não é o jogo e nem a paixão, o problema é a educação da sociedade em geral, tão é verdade que não é absurdo nenhum dizer que vivemos o caos.

Querem ver mais um mito, o futebol é ferramenta de manipulação! Ok... Con-cordo que pode ser usado dessa maneira, mas assim como as pessoas se importam com o futebol em detrimento de assuntos mais importantes, o que é paixão das pessoas por seu musico favorito? Uma banda “gringa” vem ao Brasil às pessoas dormem em frente às bilheterias com o objetivo de conseguir um lugar melhor para ver seus ídolos, e se esgoelam por esses caras! e aí? O que é isso? Pessoas brigam pelo final de sua série favorita não ter terminado do jeito que elas queriam, e isso o que é?

O problema é gente que não tem o futebol no coração querendo determinar o que é e o que não é importante, e sim não tenho vergonha nenhuma de dizer que respiro futebol, e de que é sim algo relevante em minha vida, afinal “Futebol é a cois mais importante dentre as menos importantes” como diz o italiano Arrigo Sacchi.

Agradeço a tudo que aconteceu na minha vida para poder amar o futebol, e termi-no o texto com a frase da grande figura do futebol Britânico, o ex-jogador e ex-treinador Bill Shankly “Algumas pessoas acreditam que futebol é questão de vida ou morte. Fico muito decepcionado com essa atitude. Eu posso assegurar que futebol é muito, muito mais importante”.

Campanha de vacinação contra o HPV no ABCD até 2015Os municípios do ABCD alcançaram o

êxito da campanha contra o HPV (Papilo-ma Vírus Humano). Em Santo André, apro-ximadamente 80,42% das meninas foram vacinadas; em Diadema, o número chegou a 75,94%; em São Bernardo, 87,42%; em Mauá, 80,23% e em Ribeirão Pires, 64%.

A campanha teve encerramento no dia 10 de abril, mas a vacina continuará disponível nos postos de saúde até o res-tante do ano.

Segundo estimativas do Ministério da Saúde, em 2015 e 2016 pretende-se atin-gir as jovens entre 9 e 15 anos e idade.

Incentivo à leitura em SBCA prefeitura de São Bernardo já for-

mou 196 pessoas para atuarem no proje-

to Agentes de Leitura. O trabalho desses agentes consiste em incentivar pessoas pe-los bairros da cidade ao hábito da leitura.

Para ser voluntário, é necessário que a pessoa tenha entre 18 e 29 anos de idade, ensino médio completo e resida na cidade.

Os voluntários recebem uma bolsa auxílio de R$ 350.

Crianças e adolescentes em SBC são beneficiadas por Instituição Assistencial

Desde 1979, a IAM – Instituição As-sistencial Meimei, atua a favor das crianças e adolescentes em situações menos favore-cidas sociais e econômicas na cidade de São Bernardo.

São diversos os projetos executados pela IAM, dentre eles, a Creche e Escola de Educação Infantil Memei, que atende

gratuitamente crianças de 1 a 5 anos de idade em horário integral, oferecendo ati-vidades que atuem no desenvolvimento físico, mental, moral, social e que viabili-ze condições de liberdade e dignidade às crianças e suas famílias.

Para mais informações sobre este e os demais projetos, a IAM pode ser contada através do telefone (11) 4176-8600.

Projeto esportivo em SCS reúne diversas modalidades para

deficientes físicosO Projeto Esporte Adaptado em São

Caetano começou voltado apenas para cadeirantes, mas hoje acolhe todos os de-ficientes que tenham vontade de praticar esportes.

O Projeto oferece diversas modali-dades (judô, natação, atletismo, ginástica

rítmica e artística, karatê, ballet, capoeira, entre outros).

Para informações sobre o projeto, a Secretaria de Esportes pode ser contatada através do telefone (11) 4228- 2000.

Livro de ficção escrito por jovem de SBC

O livro A Ordem Perdida, escrito pelo jovem Gabriel Schmidt quando ti-nha 16 anos, relata a história de seis jovens guerreiros que se descobrem filhos de deu-ses no auge da adolescência.

A narrativa de ficção é fruto da inspi-ração de Gabriel por autores como: J. K. K. Tolkien, escritor da trilogia Senhor dos Anéis; J. K. Rolling, escritora da série de sete livros do Harry Potter, entre outros.

O jovem autor levou seis meses para escrever a obra.

A PAIXÃO INEXPLICÁVELPiero Fiorelli

Foto: Paulo Alves de Lima

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Junho de 2014Ano 5 - Nº 38 3Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCSlharocialEconomia

Luiz Henrique CondePopularizadas no início dos anos

90, as empresas Startup são a aposta entre jovens universitários que bus-cam montar o seu próprio negócio. Um levantamento da Associação Brasileira de Startups (AB Startups) apontou que das 10 mil empresas do tipo em atividade no Brasil, 55% delas possuem jovens empreendedo-res com idade entre 20 e 23 anos no comando dos negócios.

“Startups não são versões pe-quenas de empresas normais. Elas são negócios cuja gestão é totalmen-te focada em crescer rapidamente e garantir margens de lucro muito grandes”, explica Yuri Gitahy, con-selheiro de empresas de tecnologia e fundador da Aceleradora, que apóia startups com gestão e capital semente.

Umas das facilidades que atraem os universitários - na maioria dos casos com formação em áreas como tecnologia, marketing ou adminis-tração - é o fato das startups abor-darem diversos tipos de mercado, o que possibilita a criação de empresas

Jovens empreendedores apostam em Startuppara ingressar no mercado de trabalho

Baixo investimento e apoio de empresas financiadoras incentivam a escolha pelo modelo de negócio

para vários tipos de setores. Além disso, o baixo investimento em capi-tal social e o apoio das empresas de capital semente - que apostam no fi-nanciamento dirigido a projetos em estágio inicial ou zero - incentivam os jovens na escolha deste padrão de negócio.

Google, Apple Inc., Facebook, Whatsapp, Instagram e Microsoft são exemplos de startups que, hoje, estão fortemente consolidadas e atu-am como líderes nos seus setores de atuação no mercado. Esses casos de sucesso demonstram a efetividade deste modelo de negócios, que, por outro lado, mantém riscos até mui-tas vezes maiores do que os de uma empresa tradicional. Yuri explica, também, que 99 em cada 100 star-tups dão errado, e o principal moti-vo é falta de experiência e conheci-mento dos empreendedores.

Atualmente, eventos como o Startup Weekend permitem que jo-vens experimentem sua capacidade empreendedora, onde os compe-tidores têm 54 horas para montar sua equipe, planejar, discutir e criar

a própria empresa, o que possibilita aprender e colocar em prática um plano de negócios.

Luis Barros Guilherme, de 22 anos, apostou em outro modelo de mercado para montar a sua empresa. Motivado pela independência finan-ceira, ele investiu em uma franquia de mídias sociais, da Social Lounge. “Estava elaborando um planejamen-to de negócios junto a uma sócia e pretendíamos iniciar uma empresa do zero. Tomamos conhecimento da Social Lounge, que poderia nos dar toda a estrutura e suporte de uma franquia (treinamentos, métodos, macetes, apoio, equipe, etc.), e, des-ta forma, nos poupariam de alguns obstáculos, que empresas iniciantes geralmente enfrentam por falta de experiência”, comenta.

Para Ricardo da Ros, CEO e fundador da Tabber – uma startup que desenvolveu um aplicativo para agilizar o serviço de pedidos em res-taurante –, a cultura de startup no Brasil ainda não é solida: “O merca-do de startups no Brasil está bastante aquecido, mas a cultura ainda está se

Foto: Divulgação photl.com

formando. Muitos jovens ainda não entendem bem o que significa ser um empreendedor de startup e acreditam que é um conto de fadas. Na realida-de, é um caminho bastante difícil, que exige muito trabalho e tem muitos ris-cos. Alguns jovens, hoje, pensam que uma startup é um atalho para o suces-so sem ter que suar a camisa.”.

De Ros acredita que o merca-do de Startup é dos jovens e que os melhores conceitos que irão surgir

serão totalmente relacionados com a forma de pensar da nova geração, quebrando paradigmas e modelos de negócio antigos.

Dentro deste cenário de incer-tezas, é difícil afirmar se um projeto de empresa irá realmente funcionar. Nessa busca, devesse analisar o perfil pessoal. Nem todos têm facilidades para empreender e o melhor a fazer é ser honesto e escolher uma carreira alinhada com os seus objetivos.

Rodrigo Zerneri

Quem depende de veículo para a locomoção do dia-a-dia, sabe que está cada vez mais difícil transitar pelas ruas da Cidade. Não é dife-rente quando o assunto é encontrar uma vaga disponível na rua para es-tacionar o carro. Além desta dificul-dade de achar um espaço propício para parar o veículo, os motoristas precisam estar atentos à localização, pois grande parte desses lugares são pagos. Com isso, a cidade de Santo André, resolveu facilitar o cotidiano dos usuários do sistema Zona Azul, implantando um aplicativo que be-neficia os condutores.

O aplicativo Vaga Inteligente, criado para tablets e smartphones, permite aos usuários conforto, co-modidade e agilidade. Para utilizar o serviço, é necessário se cadastrar no site www.vagainteligente.com.br e fazer o download do aplicativo, que se encontra na página principal e em seguida registrar a placa do ve-ículo e o número do cartão de cré-dito para que seja feita a cobrança da compra dos tíquetes virtuais. A partir disso é só carregar o valor de-sejado no sistema e começar a utili-zá-lo. Este aplicativo é gratuito para os sistemas operacionais da Apple, Windows Phone e Android. ‘’Te-

nho o aplicativo no meu Windows Phone há quase dois meses e por enquanto facilitou muito a minha vida. Esses dias mesmo eu estava em uma consulta médica, no qual o doutor atrasou e eu não precisei sair do consultório e ir até o parquíme-tro para comprar um novo bilhete, fiz tudo através do Vaga Inteligen-te’’, informa o aposentado Antonio Neto, 59 anos, de Mauá.

O pagamento tradicional do bilhete, feito a partir dos parquíme-tros fixos, continua funcionando normalmente. Neste caso, há op-ções para pagamento em moedas e

cartão recarregável e os valores per-manecem os mesmos. ‘’ Foi um be-nefício e tanto para quem tem pre-guiça de sair contando moedas para comprar os bilhetes na máquina, assim como eu. Uma pena que no Grande ABC, somente a cidade de Santo André tenha feito o uso deste aplicativo, mas estou torcendo para que as demais regiões agilizem o processo e forneça isso aos seus mo-radores e usuários da Zona Azul’’, diz o mecânico José de Abreu Silva, 46 anos, morador da cidade de São Caetano do Sul.

O parquímetro eletrônico é um

Vaga na Zona Azul pode ser paga através do celularequipamento utilizado diariamente por milhares de pessoas para a emis-são do comprovante de estaciona-mento em vias públicas, onde fun-ciona a Zona Azul.  ‘’As operações realizadas pelo aparelho são registra-das eletronicamente em base invio-lável e transformadas em relatórios, que podem ser facilmente auditados e garantem total integridade de in-formações e receita ao poder públi-co, ’’ declara a operadora do sistema, Amanda Cristina Valentim, 27 anos.

O Vaga Inteligente define pelo GPS a posição do motorista e regis-tra por quanto tempo ele ficou es-tacionado na vaga. O usuário pode ainda definir um tempo mínimo e programar um alarme para avisá-lo do vencimento do horário. Além disso, será possível acompanhar a lista de tíquetes emitida no dia e o saldo de créditos. Não há necessida-de de se preocupar com o compro-vante físico, uma vez que o agente de trânsito usa um aparelho portátil com acesso online que permite con-firmar o tíquete virtual. ‘’Caso ocor-ra alguma falha nessa comunicação e eventualmente o automóvel seja notificado, o proprietário tem como provar que estava em situação re-gular, pois todas as operações feitas nesse aplicativo ficam registradas no

Adquirir créditos, receber avisos e consultar saldo disponível estão entre os fatores principais do aplicativo Vaga Inteligente

Foto: Rodrigo ZerneriSistema da Zona Azul na cidade de Santo André.

próprio cadastro de acesso do usuá-rio ao sistema’’, afirma o secretário de mobilidade urbana, obras e servi-ços públicos de Santo André, Paulo Henrique Pinto Serra.

A Zona Azul funciona em San-to André desde fevereiro de 1999, no Centro, Parque das Nações, Santa Terezinha, Bairro Jardim, Vila Assun-ção, SESI, Parque Celso Daniel, Vila Linda, Vila Pires e Vila Gilda, com um pouco mais de 3 mil vagas par-quimetradas, incluindo 86 vagas para deficientes, 169 para idosos, 32 para farmácias e 716 para motociclistas.

Foto: Reprodução do aplicativo

Imagem da tela inicial do aplicativo.

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Junho de 2014Ano 5 - Nº 384 lharocial Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCSCidades

Refeição em São Caetano está cada vez mais caraEstudo realizado pelo Datafolha revela que o gasto mensal na cidade corresponde à 87% do salário mínimo

Fernando Pereira Gomes

De acordo com o proprietário e chef de cozinha do restaurante Flor de Romã, Luiz Conte, o reajuste de preços é sazonal eo trabalhador deve pesquisar ao comer fora de casa. No último levantamento realizado sobre o preço médio da refeição foi constatado aumento do número de restaurantes e lanchonetes na região. Com a nova oferta de estabelecimentos, o consu-midor aumentou sua exigência com relação aos produtos e pode usufruir de maior comodidade.

Quem sofre com os altos preços é o cliente que não recebe vale refeição. De acordo com a média nacional da

De acordo com a proprietária, mesmo com a alta do tomate que che-gou a preços nunca vistos, o restauran-te continuou consumindo o produto já que é utilizado em vários pratos, não houve o repasse ao consumidor e o restaurante diminuiu sua margem de lucro.

Jorge Pereira de Carvalho, consu-midor de restaurantes self sevice, diz que o preço aumentou muito ‘’ Antes consumia peixes em grande quantida-de, hoje já consumo menos peixes e prefiro saladas’’ contou Jorge.

O IPCA, medido pelo IBGE, é o índice oficial do Governo Federal para medição da inflação. A Inflação de 2013 foi de 5,91%. Ficou acima do IPCA de 5,84% relativo a 2012 em 0,07 ponto percentual. Dos grupos de produtos e serviços pesquisados, alimentação e bebidas foi o mais ele-vado, atingindo 8,48%, embora tenha mostrado recuo em relação aos 9,86% de 2012.

O economista Sandro Maskio, co-ordenador de estudos do observatório econômico da Universidade Metodis-ta de São Paulo, aponta as causas para o aumento de preços

‘‘A melhoria na composição das refeições e na ampliação do acesso aos alimentos, melhora o bem estar da so-ciedade, com reflexos sobre sua saúde e produtividade. Os setores agrícolas

podem usufruir desta alteração no padrão de consumo entretanto, esse aumento de demanda também tem pressionado o preço de alguns alimen-tos’’, contou Maskio.

De acordo com o proprietário e chef de cozinha do restaurante Flor de Romã Luiz conte, como o reajuste de preços é sazonal devido à falta de chu-vas, o restaurante mantém o item no cardápio e sacrifica a sua rentabilidade momentaneamente. Já em relação às maiores dificuldades enfrentadas é en-contrar um fornecedor que tenha um preço competitivo e uma qualidade compatível com a necessidade.

Zilda Dias, consumidora de res-taurantes self-service diz que diminuiu sua ida aos restaurantes ‘’ Antes deste aumento de preços iria no restaurante toda semana, hoje vou quinzenalmen-te’’ disse Zilda.

São Caetano possui o terceiro prato mais caro dentre as nove cida-des pesquisadas da região metropo-litana, ficando atrás de Barueri com R$ 34,17 e São Paulo com 33,17. Em quinto lugar no ranking vem Santo André com o valor R$ 30,44. São Bernardo e Diadema têm valores me-nores do que a média nacional que é de R$ 30,14. As refeições nas cidades custam R$29,55 e R$25,43 respecti-vamente, sendo que Diadema possui a refeição mais barata do ABC.

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Sobremesa do Laportes Restaurante que faz grande sucesso com os clientes e muito contribui para o sucesso do comércio.

Vendas de CDs e Discos caem na Era DigitalAltos preços, pirataria e Internet são os principais motivos que justificam a constante queda das vendas de CDs

Leonardo Silva

Discos de ouro e platina na parede eram sinônimos de recordes de venda-gem, sendo vinil ou CD. Na década de 90, artistas como Michael Jackson, Madonna, Guns N’Roses e Metallica vendiam milhões de cópias que os per-mitia ter galerias de discos platinados. A pirataria e o download legalizado mudaram o cenário do mundo da música. Em 2013, a venda de CDs caiu 15,5% no Brasil, segundo relató-rio da ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Disco). Artistas como Roberto Carlos, Padre Marcelo Rossi e Paula Fernandes foram os que mais venderam no país até agora no forma-to físico de CD, sendo que o religioso e o “Rei” das canções românticas ven-deram discos a R$9,90.

O preço dos CDs é um dos prin-cipais motivos da queda das vendas do produto. “Minha banda favorita é o Metallica, tenho quase todos os CDs e DVDs, e não consigo completar o resto da coleção porque não dá para ficar comprando toda hora”, diz o es-tudante Jair de Oliveira Neto. Já para o vendedor João Carlos de Souza Junior da Merci Disco, loja de São Bernardo do Campo com mais de 50 anos e referência na região do ABC, o preço não justifica a diminuição das vendas: “O CD do Roberto Carlos vendeu bem porque só tinha quatro faixas, e

mesmo assim um CD com 10,12,14 faixas já não está tão caro, ele custa em média R$14,90, R$19,90. Existem os CDs caros mas são especiais, ou de artistas consagrados como Beatles e são produtos que um fã só compra original”, afirma. Fundada em 1960, a loja acompanhou todas as épocas e formatos: vendeu discos, cassetes, CDs e ainda está de olho nos novos produtos que surgem, como o Blue--Ray: “Acompanhar todas as fases é satisfatório para nós, porque é muito difícil sobreviver nesse mercado devi-do a vários fatores como a internet, a pirataria. Mas temos muitas clientes fi-

gênero Rock é maior que a dos CDs que estão disponíveis em sua loja: “Quem procura mais hoje em dia não é nem o colecionador, é mais a ‘mole-cada’ que procura por discos de rock”. Gêneros como MPB já não tem tanta procura.”

Simone Essi, crítica musical do Espaço 50, um coletivo de cultura e arte em São Bernardo do Campo, afirma que o preço dos CDs influen-cia a venda de discos: “O mercado independente, que chamam de mer-cado pirata, flui. O camelô vende o CD por R$2,50, R$5,00 e ele flui. A grande aplicação dos impostos, mais

a indústria querendo ganhar rios de dinheiro em cima do CD, faz com que ele saia com um valor muito alto e que ninguém mais quer comprar”. Ela também diz que para uma ban-da que está começando agora, não é difícil fazer seu próprio CD: “Hoje você pode fazer seu CD em casa com uma boa qualidade, a arte dele e você pode dar como brinde ao pú-blico de seus shows, e o valor sai bem baixo. O CD não é um caminho de se buscar o retorno financeiro, então se aplica em shows e outras saídas para que as bandas e artistas grandes levantem dinheiro”.

Segundo a crítica, a aprovação do Marco Civil da Internet, uma ini-ciativa legislativa que tem como ob-jetivo democratizar as informações e conteúdos da Internet para todos, não vai interferir o mercado inde-pendente: “O CD dentro do meio independente não é atingido, agora para o pessoal que quer demarcar território dentro da cultura antiga de não deixar o conteúdo livre e não querer compartilhar informações vai se doer. Não adianta fechar a Inter-net um pequeno grupo, como Ro-berto Carlos e cia., ganhar dinheiro. E quanto aos outros artistas que não conseguem viver do seu trabalho? A Internet é livre e deve permanecer li-vre”, explica a crítica musical.

éis que ainda gostam de ter o material, e o legal é que tem muitos jovens que ainda vem comprar e se tornam cole-cionadores, não é só a clientela velha”, brinca Junior.

Uma pesquisa do Nielsen Soun-dScan, o mercado de discos cresceu 32% em 2013 e registrou uma queda de 8,4% na venda de álbuns em CDs. No final de 2013, foram vendidos 6 milhões de LPs no mundo, enquanto a venda de Compact Disc e de músicas no formato digital caiu em 14,5%.

Paulo Rosa, proprietário do Sebo Rudge Ramos em São Bernardo do Campo conta que a procura de LPs do

Foto: Divulgação Padaria Sam

ara

pesquisa, o funcionário que consumir diariamente uma refeição completa, com bebida, sobremesa e cafezinho vai desembolsar R$602,80 mensais. Se ele residir em São Caetano, esse valor sobe para R$636,00, o que corresponde à 87% do salário mínimo.

‘’Não encontramos muitas difi-culdades em relação à diversidade de alimentos pois na cidade de São Paulo, como no grande ABC, há uma grande oferta de variedades de produtos tan-to em mercados pequenos como em atacados.Nossa maior dificuldade é a logística de nossos fornecedores’’ , disse a proprietária do Laportes restaurante Marina Laportes.

Merci Discos, loja referência

em SBC

Fotos: Divulgação Merci Discos

Fundada por portugueses a 60 anos no Bairro Santa Maria a Padaria Samara vêm fazendo sucesso, recentemente ser incluída na lista dos 50 Melhores Locais para se fazer refeições da revista Veja.

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Junho de 2014Ano 5 - Nº 38 5Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCSlharocialCidades

Bancos de sangue no ABC mantêm nível adequadoDemanda de doações mensais garantem estabilidade no sistema

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Locais para doaçãoHospital Estadual Mário CovasRua Dr. Henrique Calderazzo,321

Santo André - SP Tel: 2829-5162 / 2829-5144

Segunda a sábado das 8h às 13h (exceto feriado)

Estacionamento no local

Centro Hospitalar Santo AndréAv. João Ramalho,326

Santo André - SP Tel: 4433-3718

Segunda a sábado das 8h às 13h (exceto feriado)

Hemocentro RegionalSão Bernardo do Campo - ColsanRua Pedro Jacobucci, 440 - Jardim

das AméricasSão Bernardo do Campo - SP

Tel: 4332-3900Segunda a sábado das 8h às 13h

(exceto feriado)Estacionamento:

Rua: Olavo Bilac, 240 - Estádio Primeiro de Maio

Núcleo Regional de Hemoterapia Dr. Aguinaldo QuaresmaRua Peri, 361 - Oswaldo Cruz

São Caetano do Sul - SP Tel: 4227-1083

Segunda a Sexta das 8h às 12h (exceto feriado)

Bolsa de sangue após doação.

Foto

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Foto: Divulgação - M

inistério da Saúde

Moradora doa sangue no hospital municipasl de Santo André.

Telma Calixto

O Grande ABC tem capacidade para armazenar 8.000 bolsas de san-gue por mês e registra nível estável atualmente e ressalta que os períodos em que os estoques ficam alarman-tes, são os de férias como janeiro, ju-lho e dezembro. O Gerente Médico do Colsan e Hematologista Toebaldo Antônio de Carvalho, explica que o sangue é um produto perecível, por-tanto deve haver uma frequência nas doações para que se consiga manter um atendimento adequado.

Cerca de 4.000 pessoas doam sangue mensalmente na região das sete cidades, a maioria são homens de 30 a 50 anos e vem doar espon-taneamente ou por hábito. “Come-cei por incentivo da empresa que trabalhei e desde então venho doar com frequência”, disse o aposenta-do José de Almeida.

O estoque do tipo sanguíneo O- (negativo), que é considerado doador universal é estável devido ao bom número e frequência de doa-dores deste tipo. A cidade que mais coleta e que mais precisa de bolsas de sangue é Santo André, devido à grande quantidade de procedimen-tos cirúrgicos que ocorrem no Hos-pital Estadual Mario Covas, locali-zado no município.

CPA/M-6 (Comando de Poli-

ciamento Metropolitano de Área 6) responsável pelos batalhões da Po-lícia Militar na região, realiza pelo menos 4 campanhas anuais para doação de sangue. “Com isso visa-mos ajudar a quem precisa e chamar a atenção do público em geral para esta causa” disse o Chefe de Comu-

nicação, Capitão PM Jeferson Auré-lio Cansian.

O Colsan realiza ações duran-te todo o ano, junto à população e possui programas de incentivo à do-ação com os projetos “Organize Sua Campanha” que dá a oportunidade para qualquer pessoa criar a sua pró-

O que acontece com o sangue após a doação?O Hematologista Toebaldo Antônio de Carvalho explica:

pria campanha de doação e o “Clu-be do Doador”, que gratifica doa-dores assíduos. Quem completar 10 doações recebe o cartão Clube do Doador, a partir da 15ª doação têm direito ao cartão Clube do Doador prata e a partir da 20ª doação o car-tão Clube do Doador ouro.

Requisitos para doação:• Portar documento oficial de identidade com foto (RG, Carteira Profissional, Carteira de Habilitação);• Ter entre 18 e 69 anos de idade, sendo que a primeira doação deve ter sido feita até 60 anos;• Pesar acima de 50 quilos;• Estar em boas condições de saúde;• Estar alimentado, porém tendo evitado refeições pesadas (gordurosas).

Não deve doar:• Ter risco acrescido para doenças transmissíveis pelo sangue (usuário de drogas injetáveis e inalatórias, prática de sexo não seguro e vários parceiros sexuais ou ser parceiro sexual de portadores de Aids ou Hepatite).

Banner da Campanha nacional para doação de sangue

1. Processamento: É a separação do sangue (por centrifugação)

em seus componentes para transfusão.2. Exames: Simultaneamente ao

processamento, amostras de sangue são encaminhadas ao laboratório a fim de serem submetidas a exames sorológicos para Sífilis, Hepatite B e C, Doença de Chagas, HIV I, HTLV I e II e imunohematológicos que classificam o tipo sanguíneo e o fator RH.

3. Pré-estoque: Aguarda-se o resultado dos exames para liberação das bolsas.

4. Liberação: Com todos os exames sorológicos negativos o sangue é liberado para distribuição.

5. Estoque: Componentes do sangue são armazenados adequadamente, de acordo com

sua classificação e prazo de validade.6. Distribuição: O sangue é distribuído de

acordo com a necessidade para os hospitais parceiros.

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Rodoviárias do ABC recebem cultura e entretenimento através de projeto“Arte nos terminais” transforma rodoviárias em palco de artistas de diversos segmentos culturais

Ricardo Siqueira

Ir ao Terminal Metropolitano e pe-gar um ônibus pode ser mais divertido do que parece. “Arte nos Terminais” é um projeto gratuito promovido pela Empresa Metropolitana de Transpor-tes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP) nos terminais do corredor ABD (São Matheus – Jabaquara), Taboão na cidade de Guarulhos, Magalhães Teixeira, em Cotia.

assistir aos shows oferecidos e é mui-to legal essa possibilidade do público estar em contato direto com alguns artistas. O projeto é importante pra dar uma desafogada na rotina pesa-da que as pessoas enfrentam no dia a dia”, afirmou a coordenadora. Shows musicais dos mais diversos gêneros e peças teatrais fazem parte do calendá-rio do projeto e Rose conta como são escalados os artistas que participam do evento.

“No começo os artistas nos pro-curavam, mas depois que o projeto começou realmente a funcionar, a dar melhores frutos, contratamos uma produtora que nos ajuda com a seleção dos mesmos”, revelou Sakamoto.

Uma das musicistas do grupo Samba de Rainha, Aidée Cristina, que se apresentou recentemente no Termi-nal Metropolitano de Diadema, con-tou que a banda foi convidada pela produtora a se apresentar no projeto e que adorou a experiência de poder tocar ao ar livre para um público des-conhecido.

“Foi fascinante porque é muito legal você tocar para um público que não é exatamente o seu, em um palco no meio do terminal e ver as pesso-

as pararem um pouco da sua rotina diária para ver a gente tocar”, relatou a líder do grupo que completou. “O dia que a gente tocou tava uma baita chuva, então muita gente ficou no ter-minal esperando a chuva passar vendo o nosso show”.

O gerente de marketing, Cesar Grecco, que passa pelo terminal Jaba-quara todos os dias, aprova o projeto realizado pela EMTU, e disse que es-

pera que outras empresas possam ter a mesma iniciativa.

“Eu acho que esse tipo de projeto deve ser levado adiante. É bacana esse tipo de incentivo dos caras de levar um pouco de cultura pras pessoas gra-tuitamente.”

Com o sucesso do projeto nos terminais do ABC, a EMTU ampliou em 2013 a iniciativa para as cidades de Campinas, Guarulhos e Cotia.

O programa iniciado em 1997, nos municípios de Diadema, São Bernardo, Santo André e Mauá, tem o objetivo de promover entreteni-mento, arte e cultura aos que usam o transporte coletivo. Rose Sakamo-to, Coordenadora de marketing da EMTU, contou que o projeto tem sido um grande sucesso entre os usuá-rios dos terminais.

“As pessoas se programam pra

O Grupo “Samba de Rainha” foi a atração de Maio no projeto Arte nos Terminais

A líder do grupo Samba de Rainha, Aidéé Cristina, afirmou que tocar no projeto deu mais visibilidade ao grupo.

Foto: Johny Gitti

Foto

: Miro

Junho de 2014Ano 5 - Nº 386 lharocial Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCSCidades + Cultura

Iara Voros

Embarcar em uma viagem de ôni-bus com um espetáculo de teatro. É o que a Trupe Sinhá Zózima faz por meio do projeto Arte Expressa. O grupo transforma histórias de vida em poesia e as concretiza em um meio de transporte coletivo comum em busca da aproximação entre os personagens e o público passageiro.

Com direção de Anderson Mau-rício, Dentro é Lugar Longe traz lembranças e memórias colhidas dos próprios atores para compor a nar-rativa poética durante um trajeto de aproximadamente setenta minutos no centro de São Paulo, tendo como ponto de partida o Terminal Parque Dom Pedro II.

A pesquisa de transformar o ônibus como espaço cênico é desen-volvida desde 2007 pela trupe, e foi iniciada a partir de intervenções tea-trais apresentadas para mais de 4.500 pessoas que circulavam pelo Expresso Tiradentes durante uma semana.

Nesse período foi possível iden-tificar a relação dos passageiros com a arte e foi constatado que 75% das pessoas que usavam aquela linha do transporte municipal nunca haviam assistido a uma peça de teatro, mas 97% escolheriam para se locomover um ônibus onde houvesse encenações teatrais.

“Percebemos que esse é o nosso público forte e que a mobilidade do ônibus leva o teatro a lugares que não possuem a infraestrutura do teatro ita-liano, além das pessoas se sentirem a vontade com o espaço, por fazer parte do cotidiano”, afirma o diretor, que pretende com o novo projeto Toda terça tem trabalho, tem também te-atro! democratizar e descentralizar a obra artística.

Para o dramaturgo, Rudinei Bor-ges, a construção do texto baseada em

ria de Santana, passageira do ônibus da trupe. “As histórias acabam sendo reais, pois eles mostram o valor da fa-mília, a dor de perder alguém querido e os sonhos que cada um de nós leva-mos para seguir a vida”, comenta Julio César Perrud, ao assistir a apresenta-ção pela primeira vez.

Para os atores fica a experiência de interagir com maior proximida-de do público. “Podemos apreciar o olho no olho, tocar e sentir o cheiro de cada pessoa. Temos que lidar com

Estações rodoviárias do ABC viram pontos de cultura

"É como se eu estivesse vivendo em dois mundos"

Alunos formados pela Fundação das Artes, em São Caetano, lideram projeto em prática nas ruas de São Paulo

Foto: Iara Voros

histórias reais da rua permite conhecer mais o outro.

“Em latim, rua quer dizer rugas. São as marcas do traçado compostos da própria vida urbana. Por isso o diá-logo da dramaturgia prioriza a memó-ria humana”, explica Borges.

A composição cênica dentro do ônibus em movimento permite, aos passageiros e aos personagens, inte-ragir com a história que se passa no interior do espaço quanto mesclar as impressões pessoais com as vidas que se passam no trajeto percorrido pelo coletivo.

“É como se eu estivesse vivendo em dois mundos”, expressa Ana Ma-

imprevistos, além da própria postura do ator ser diferente para conseguir alinhar o eixo corporal durante o per-curso do ônibus”, relata a atriz, Tatia-ne Lustoza.

O apoio para o desenvolvimento do projeto é concentrado no Progra-ma Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, e o ôni-bus utilizado é financiado pelos pró-prios integrantes do grupo de teatro.

A Trupe integra atores formados pela Fundação das Artes de São Cae-tano. O espetáculo é gratuito e o ôni-bus, com 28 lugares, parte sempre de terça-feira, às 20h, com agenda no site www.sinhazozima.com.br.

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Junho de 2014Ano 5 - Nº 38 7Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCSlharocialEsportes

São Caetano investe na formação de atletas no atletismoCentro BM&F Bovespa conta com 100 atletas com toda a infraestrutura em três modalidades

Fernando Pereira Gomes

O Instituto Elisångela Maria Adriano (IEMA) possui toda a infra-estrutura necessária para os atletas terem bom rendimento e faz parte do núcleo esportivo do centro de atletis-mo da cidade, além de ser considera-do como a equipe base do atletismo de São Caetano . O polo esportivo surgiu da iniciativa do técnico João Paulo Alves da Cunha em manter a contribuição de Elisangela Para se ins-crever, basta ir ao centro de segunda à sexta feira e ter de 10 a 19 anos.

Elisångela Adriano, que fundou o instituto comenta sua importância ‘’Se não houver esse tipo de investimento, o futuro fica comprometido. Esta-mos trabalhando agora por resultados em oito anos. Cada núcleo tem suas características, em Campinas com o trabalho de fundo desenvolvido pelo Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima; aqui em São Caetano, com lançamen-tos, velocidade e salto com vara e em Rio preto por meio da Associação Riopretense de atletismo com os saltos triplo e em distancia’’ disse Elisångela

De acordo com Elson Miranda téc-nico de salto com vara, todo atleta dessa modalidade deve ter força, agilidade,

flexibilidade e não ter medo de altura. O especialista acredita que a modalida-de terá crescimento nos próximos anos com o intercâmbio de treinadores mais experientes nas competições de grande porte. Segundo ele, todo atleta têm suas características particulares e tenta de-senvolver o melhor de cada um dentro da sua individualidade.

Nicole Barbosa, atleta do salto com vara elogia o programa, mas com ressalvas’’ Temos o que é necessário para competir bem e temos a nossa inspiração que é a Fabiana Murer . A dificuldade que enfrentamos é que a pista de atletismo necessita de repa-ros’’, disse Nicole

Segundo o balanço de ações di-vulgado pela Prefeitura de São Ca-etano do Sul, já está nos planos essa reforma da pista de atletismo para que os atletas tenham uma infraestrutura melhor para treinarem.

Cleverson Pereira de Oliveira co-menta sobre o programa e diz o que espera do futuro ‘’Conquistei meda-lha de prata no torneio de atletismo no arremesso de peso que ocorreu no fim do ano passado e estou treinando duro para poder e para estar na Olim-píada da Juventude que ocorrerá de

16 a 28 de agosto em Nanquim, na China’’, contou Cleverson

De acordo com o assistente técni-co de salto com vara Edson Dindilat-ti depois que a atleta Fabiana Murer começou a se destacar nacionalmente, houve um aumento no número de meninas, hoje temos oito atletas e sete são meninas. O objetivo das atletas é o ano de 2020 com as olimpiadas em Toquio, mas pelo trabalho que está sendo realizado acredito que teremos boas surpresas antes deste período.

O centro conta com um corpo clínico com seis fisioterapeutas e dois massagistas comandados por um or-topedista que se empenham para pre-servação e reabilitação de lesões.

De acordo com José Paulo Alves da Cunha, para se tornar atleta de lan-çamentos, deve-se ter paciência, dedi-cação nos treinamentos e respeitar os limites dos atletas entre eles a idade. Entre os prêmios conquistados estão Izabele Rodrigues que foi campeã pan-americana juvenil no lançamento de disco e vice no arremesso de peso e posteriormente buscou novos desa-fios, além de Nelson Fernandes que conquistou a medalha de bronze neste mesmo campeonato.

Pista de atletismo que precisa de reparos

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Parte interna do centro de treinamento

Futebol Americano busca marcar seu Touchdown no país do Futebol

Presidente do Cougars FA divide as conquistas, as metas e as dificuldades encontradas pelos entusiastas do esporte norte-americano em terras tupiniquins.

Felipe Neris

Quando se fala em futebol ame-ricano, muitos de nós dá de ombros, e com razão, afinal esse esporte nem sequer repercute nos canais abertos da televisão brasileira. Entretanto, o que muitos de nós não sabemos, de fato, é que ele é um dos esportes que mais cresce no Brasil.

Só em São Paulo há diversas equi-pes, e muitas delas estão mais próximas da gente do que você imagina. É o caso do Cougars Football, de São Caetano do Sul; um time com 10 anos de exis-tência, aproximadamente 100 jogado-res e que nos últimos anos chegou às quartas de final do torneio paulista, e às semifinais da Taça 9 de Julho (principal torneio em nível nacional). Apesar de ter obtido ótimos resultados em sua primeira década de vida e ser conside-rado uma das equipes mais tradicionais do país, permanece sendo uma equipe amadora.

Futebol americano; um jogo fasci-nante, que envolve estratégia, compa-nheirismo e muito, mas, muito conta-to físico. Esse é o esporte número um dos EUA. É também considerado um dos esportes mais democráticos de to-dos, já que para praticar não importa se está com alguns quilos acima do peso ou se é peso-pena, tudo o que precisa é ter vontade, habilidade, e é claro, não ter medo de tomar pancada, ou tackle, no jargão do esporte.

Apenas agora o FA (futebol ame-ricano) está começando a ganhar vi-sibilidade no Brasil, apesar do nosso futebol bretão atrair todos os holofo-tes para si deixando os demais espor-tes em segundo plano. Contudo, ele encontra aqui uma legião de fãs. Fãs

que nunca seguraram a tão famosa bola oval, ou que nem ao menos sa-beriam apontar quantos centímetros tem uma jarda (unidade de compri-mento utilizada em países de língua inglesa), mas que sabem apreciar um bom e belo Touchdown (pontuação no futebol americano). A ignorância aqui, no entanto, é não dar valor ao potencial desta modalidade tão em-polgante que é o Futebol Americano.

O Presidente do Cougars Foo-tball, Marcos ‘Pestrana’ Sereno, 28, está na equipe desde a sua fundação e 2004. De acordo com ele, os jogado-res contribuem financeiramente com a equipe para que ela permaneça na ativa, ou seja, eles jogam por amor ao esporte sem pretensões de obter lucro algum através dele. Os patrocínios são poucos, mas exercem um papel funda-mental para a sobrevivência do clube. Em caso de perder os patrocínios, os jogadores teriam que colaborar ainda mais com os custos da equipe, e a es-cassez de patrocinadores neste esporte é um dos principais responsáveis pela queda de diversos times com potencial.

Segundo Pestrana, o ABC paulista foi berço da criação de muitas equi-pes de FA, mas quando se deparavam com dificuldades técnicas e financeiras, e ainda por conta da falta de suporte e experiência, as equipes não conse-

guiam se sustentar e isso culminava em sua falência prematura. E mais, diz que ‘‘em muitos casos os integrantes das novas equipes não aguardaram o tempo de maturação necessário, pois mal nasciam e já queriam disputar em campeonatos e ganhar jogos’’.

Para Pestrana, a única maneira de manter um time com mais de 50 jogadores, depende da capacidade de liderança do administrador, conheci-mento do corpo técnico e por fim da colaboração dos atletas. As maiores di-ficuldades em se dirigir um time que se sustenta por meio dos próprios jogado-res é ‘‘mantê-los motivados apesar das baixas expectativas e das cobranças que tendem a crescer conforme os custos aumentam’’.

O Cougars durante o ano de 2012 contou com a parceria do muni-cípio de São Caetano do Sul, onde foi cedida à equipe, estrutura necessária para a prática do esporte, como: cam-po em boas condições, com vestiários descentes e ambulâncias de prontidão. Entretanto, no ano seguinte, a parce-ria foi interrompida por conta da tro-ca da administração da cidade. Como não há nada confirmado, o time es-tuda a possibilidade de aceitar pro-postas de outras cidades da região que tenham interesse em adotar a equipe, mesmo que isso signifique o total des-

ligamento com a cidade de origem. Embora haja uma rixa entre o Fu-

tebol Americano e o nosso Futebol, diversos clubes tradicionais paulistas como Corinthians, Palmeiras, Santos e Portuguesa estão investindo no futebol jogado com as mãos. Pestrana diz que esses clubes trazem mais visibilidade ao esporte, ‘‘muitos torcedores são apai-xonados pelo clube, independente da modalidade, e isso tem ajudado a tra-zer cada vez mais torcedores aos jogos. Há também a questão da mídia, que dá uma maior cobertura, e consequen-temente traz mais interessados em in-vestir no esporte’’.

É o caso de Caique Correia, 22, torcedor do Corinthians que teve seu primeiro contato com o futebol ame-

ricano ao acompanhar o jogo realiza-do no estádio Anacleto Campanella de São Caetano do Sul em 2011, entre Corinthians Steamrollers e os Tubarões do Cerrado. Ele diz que o mais próximo que tinha chegado de conhecer o esporte era pelos filmes americanos e que nunca tinha se in-teressado porque parecia ‘complexo demais’, por fim, acrescenta, ‘‘não há maneira melhor de aprender as regras senão assistindo às partidas’’.

Quem vê o espetáculo que é o Super Bowl pela TV não consegue imaginar um evento dessa magnitude acontecendo no Brasil todos os anos. Pestrana, por outro lado, se mantém otimista, e diz orgulhoso, ‘‘já conse-guimos levar o Futebol Americano Nacional à TV fechada, por meio de VTs de jogos do Torneio Touchdown na BandSports, e desde então, diver-sas emissoras regionais têm demons-trado interesse em cobrir os campeo-natos estaduais’’, e conclui, ‘‘tudo vai depender da dedicação e competên-cia das pessoas que trabalham pelo esporte, pois há público’’.

Bola oval vem se tornando cada vez mais presente nos gramados brasileiros

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Junho de 2014Ano 5 - Nº 388 lharocial Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCSCultura

Telma Calixto

O projeto intitulado de “Rock In Rua” foi criado na década de 90 pelo então prefeito de Santo André, Celso Daniel. Na época era realizado semanalmente e em local fixo, com o tempo foi deixado de lado e acabou no esquecimento.

O projeto foi resgatado por Car-los Frei e Cibele Latini, que realiza-vam duas vezes ao ano uma festa na rua ao som de muito rock’n roll, no Vol. 4 Rock Bar. O festival voltou em janeiro de 2013, na Vila Curuçá em Santo André. O local foi interdi-tado por alguns metros para realiza-ção do evento com entrada gratuita e a participação das bandas Forka,

Locomotrio, Zumbiphonicos, Me-tal Restless e Midnightmare. A or-ganização foi feita por Cibele Latini

Rock in Rua de volta à Santo AndréFestival ressurge com apresentação de bandas conhecidas e independentes

e Carlos Frei, com apoio da Secreta-ria de Cultura de Santo André, Sp Eventos e lojistas da região.

“Precisamos de novas bandas, queremos dar espaço não só para grupos consagrados”, disse Júnior Camargo, diretor executivo da 89FM a Rádio Rock. A parceria da rádio com Santo André é antiga e já foram realizados vários shows na cidade com grandes bandas do rock nacional como: Ultraje a Rigor, CPM22, Matanza, Raimundos en-tre outros. A 89fm divulga o Rock In Rua em sua programação, toca as músicas das bandas e possui um programa dedicado a grupos inde-pendentes o “Temos Vagas” coman-dado pelo músico Andreas Kisser co-

Foto: Divulgação Banda Bioface

Banda Bioface de São Bernardo do Campo

Logotipo do festival Rock In Rua.

Os ingredientes para uma nova banda começar são:

1. Saber o que quer tocar (procurar se posicionar em um seguimento que se adequa melhor ao seu estilo musical);

2. Se dedicar ao máximo nas músicas próprias (é legal tocar algum cover no show, mas será a sua música que irá mostrar ao público quem é a banda)

3. Ser persistente, porque no começo será comum ouvir a palavra “não”, mas com o tempo as oportunidades vão aparecendo.

nhecido por ser guitarrista da banda brasileira de metal Sepultura.

O Rock In Rua é itinerante e passará por locais famosos da cida-de como Paço Municipal, CRAISA, Vila de Paranapiacaba e Parque da Juventude. O evento é gratuito e acontece sempre no último domin-go de cada mês. São cinco bandas a cada edição de variados gêneros do rock: classic, hard, punk, metalcore e thrash metal. A seleção é feita por estilo de som, qualidade, inscrição correta e clipping através do email: [email protected]. Confira também a página do festival no fa-cebook: Rock In Rua Santo André, para mais informações e programa-ção completa.

Juliana Maciel FerreiraDançar, segundo definições

encontradas no dicionário, sig-nifica dar passos ao som de um ritmo, movimentar-se. Porém, há quem faz da dança muito mais que isso, tornando-a uma ativida-de frequente e um modo de vida, que ajuda a melhorar a autoesti-ma, a saúde e a conhecer melhor o próprio corpo. O grupo Mão na Roda e o Ballet Evelyn, localiza-dos em Diadema e São Bernardo, carrega histórias de superação e amor à dança, melhorando a roti-

na e as condições físicas de quem participa.

Coordenado pelo bailarino e coreógrafo Luis Ferron, o gru-po Mão na Roda surgiu em 1999 como um projeto social da Compa-nhia de Danças de Diadema com o

objetivo de incluir no universo da dança pessoas portadoras de neces-sidades ou com algum tipo de limi-tação. Depois de receber deficientes visuais e auditivos, hoje Ferron en-sina dança a alunos com deficiência motora, com idade entre 30 e 50 anos. “Nas minhas aulas, utilizo o método da educação somática, que visa levar o indivíduo a conhecer a si próprio e seu corpo, cada qual com sua dificuldade”, explicou o coordenador.

Depois de se apresentar em di-versas regiões do Brasil e no exterior – o grupo já dançou em Portugal, o coordenador lembra a reação positiva do público. A comoção e a surpresa de verem a capacidade dos alunos marca cada apresenta-ção. “Eles se impressionam em ver como se movimentam e dançam com perfeição”, disse o coordena-dor. Mas isso é resultado de ensaios constantes e dedicação dos alunos. Duas vezes por semana, Luis se re-úne com seus alunos para fazerem o que mais gosta: dançar. Hoje, o Mão na Roda não perdeu o víncu-lo com a Companhia de Danças

de Diadema, porém é um projeto mais independente.

Balé “Jurássico”

“Antes, o ballet era considerado uma atividade focada nas crianças. Agora, com a procura de adultos pelas aulas, este preconceito vem sendo quebrado”, explica a baila-rina Evelyn Agabiti. No comando do Ballet Evelyn há 40 anos, ela está vivendo um momento único na es-cola e na carreira.

Tudo começou quando Evelyn conseguiu reunir em uma página do Facebook várias ex-alunas que passaram pelo Ballet desde o início, em 1974. O encontro virtual resul-tou em uma festa onde Evelyn pôde reencontrar boa parte das suas “me-ninas” que não via há muito tempo. “Foi lindo, um momento mágico. Uma coroação da minha carreira”, disse a bailarina. Em seguida, as dançarinas, hoje com idades entre 40 a 54 anos, retomaram as aulas e formaram o “Grupo Jurássico”. Apesar de o nome remeter a idade avançada, a vitalidade e o estado de

espírito das alunas deixam de lado qualquer vestígio de desânimo. A professora, segundo as alunas, tam-bém é jurássica. “A Solange deu au-las quando éramos pequenas e agora está aprimorando nossos conheci-mentos”, disse Emeri Guglielmetti, 50 anos. A complexidade do ballet é um desafio para elas, mas a profes-sora garante que são dedicadas.

Daniela Aiello ingressou no ballet quando tinha 6 anos. Hoje, com 42, declarou que a sensação de voltar aos palcos é indescrití-vel. “Sabemos que não temos o mesmo preparo físico de antes, porém a emoção de dançar foi mais forte que as limitações. Nos-sa professora, que já nos conhece, é maravilhosa”, disse.

Hoje, as alunas seguem vidas e carreiras diferentes, com rotinas de trabalho que exigem dedicação, porém não deixam de comparecer ao ballet duas vezes por semana para as aulas e ficam ensaiando por cerca de uma hora e meia. O esforço das Jurássicas é reconheci-do: se apresentarão na Mostra de Dança de São Bernardo. Para Eve-lyn, reunir suas ex-alunas e fazer com que realizem uma atividade que tanto gostavam quando eram pequenas tem um significado es-pecial. A dança, segundo a baila-rina, traz benefícios tanto para a criança quanto para o adulto. “É fundamental, uma terapia”, disse.

Balé para adultos e dança para deficientes mudam a rotina de dançarinos

Dedicação e força de vontade são marcas registradas dos alunos

Dançarinas com mais de 40 anos formam a

Turma Jurássica

Foto: Juliana Maciel Ferreira