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Proteja seus filhos do vírus da gripe lhar ocia l Jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul Maio de 2013 - Ano 4 - Nº 33 Campanha de vacinação previne contra doenças respiratórias e projeta 125 mil imunizações no próximo outono e inverno. Liga Paulista profissionaliza esporte universitário Cultura Esportes Página 7 Economia Página 3 Cursos técnicos capacitam candidatos para o mercado de trabalho Cidades Página 4 Acessibilidade no mercado de trabalho Página 6 Imagens Divulgação Crédito: Felipe Gulin Crédito: Adriana Garbim Crédito: Renan Santiago Imagens Divulgação Política Página 5 - Saúde Estádio andreense é promessa até o Mundial da FIFA Reforma de estádio gera polêmica e descofiança sobre o prazo de entrega. Copa do Mundo de 2014 ainda é um dos objetivos. "Sempre acreditei que a melhor forma de aprender a tocar é tocando” Página 8 Cursos técnicos capacitam candidatos para o mercado de trabalho

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Proteja seus filhos do vírus da gripe

lharocialJornal-laboratório do Curso de Jornalismo da

Universidade Municipal de São Caetano do SulMaio de 2013 - Ano 4 - Nº 33

Campanha de vacinação previne contra doenças respiratórias e projeta 125 mil imunizações no próximo outono e inverno.

Liga Paulista profissionaliza

esporte universitário

Cultura Esportes

Página 7

EconomiaPágina 3

Cursos técnicoscapacitam candidatos

para o mercado de trabalho

Cidades

Página 4

Acessibilidade no mercado de trabalho

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Crédito: Felipe Gulin

Crédito: Adriana Garbim

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Política

Página 5 - Saúde

Estádio andreense é promessa até o Mundial da FIFAReforma de estádio gera polêmica e descofiança sobre o prazo de entrega. Copa do Mundo de 2014 ainda é um dos objetivos.

"Sempre acreditei que a melhor

forma de aprendera tocar é tocando”

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Cursos técnicoscapacitam candidatos

para o mercado de trabalho

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Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

Maio de 2013

Ano 4 - Nº 332 lharocial

Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCSReitor: Prof. Dr. Marcos Sidnei BassiPró-Reitor Administrativo e Financeiro: Prof. Dr. Gilberto da Silva Alves Pró-Reitor de Graduação: Prof. Ms. Marcos Antonio BiffiPró-Reitor de Extensão: Prof. Ms. Joaquim Celso Freire SilvaPró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa: Profa. Dra. Maria do Carmo RomeiroPró-Reitor de Educação a Distância: Prof. Dr. Denis Donaire

Diretoria de Área de Comunicação: Profa. Ms. Ana Claudia GovattoGestor do Curso de Comunicação: Prof. Dr. Sergio Sanches Marin

Jornal Olhar SocialEditora: Profa. Eloiza de Oliveira Frederico (Mtb 32.144)Planejamento Gráfico: Prof. Ms. Paulo Alves de LimaFotojornalismo: Profa. Mariana MeloniEquipe de fechamento desta edição: Felipe GulinLogotipo: Criação da AG - Agência Experimental de Publicidade da USCS

Contato: [email protected] - Fone: 4239-3212

Impressão: Pigma Gráfica e Editora. Fone: 4239.3212.Tiragem: 500 exemplares

Jornal-laboratório do Curso de Jornalismo daUniversidade Municipal de São Caetano do SulMaio de 2013 - Ano 4 - Nº 33

lharocial

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Sentimento por trás dos cliquesComo fotojornalistas agem quando tudo acontece num piscar de olhos

Fotos como a do homem que foi empurrado por um mendigo na linha do trem em Nova York no fim do ano pas-sado são bastante discutidas pela crítica e pela sociedade. O que fica no ar é se o jornalismo deve se manter em situações como es-sas, menosprezando, de alguma forma, o “lado humano”. Por que o fotógrafo não ajudou Ki--Suck Han quando este foi lan-çado ao trilho enquanto o trem se aproximava? E qual a finali-dade de uma imagem tão trágica como essa?

O que se sabe é que a cena que aconteceu na estação de Times Square, em Nova York, teve em seu total, míseros 22 segundos. Pouco tempo para tentar fazer algo, pouco tem-po para tentar salvar uma vida. Um homem discutiu com um mendigo na plataforma. De repente, Ki-Suck Han, 58, foi empurrado pelo indivíduo para os trilhos.

O fotógrafo freelancer R. Umar Abbasi esperava o trem quando viu o homem caído e começou a clicar alegando que estava usando apenas o flash para chamar a atenção do con-dutor do trem. Alegou também que não teria tempo suficien-te para ajudar o homem, que sentiu medo de ser empurrado junto para o trilho e que havia outras pessoas também na plata-forma, mas ninguém se mexeu.

Por quê? Por medo? Por se

sentir incapaz de salvar uma vida? Ou porque esse não era o seu papel? Talvez fosse dos guardas de seguran-ça da estação ou mais ainda, talvez fosse papel da própria “vítima” tentar se salvar.

A foto foi capa de um tabloi-de com as seguintes informações: “CONDENADO – Este homem está prestes a morrer”. O que pensar diante de uma situação como essa? Desacredito na solidariedade huma-na. Até que ponto a profissão fala mais que a atitude humana?

Sabemos que, como regra geral, fotógrafos e repórteres devem, nor-malmente, manter um certo distan-ciamento em situações como essas. Apenas registrar os fatos, o que não é pouco se colocarmos em questão guerras e epidemias, por exemplo.

Mas aí entra o papel como ser humano. Quando se age por instin-to, para tentar salvar uma vítima. O coração nessas horas não costuma deixar a razão ganhar. Ele age. Ele tenta, mesmo sem saber se vai conse-guir mudar o rumo da história.

A polêmica nos lembrou da fa-mosa fotografia da criança faminta observada por uma ave de rapina do fotógrafo Kevin Carter, tirada no Sudão, em 1993. A imagem que foi premiada como símbolo da luta contra a fome atormentou o autor, que precisou responder para a mídia e a sociedade por que não ajudara a criança. Com diferentes versões, Carter disse que não era preciso, pois havia um centro de distribuição de alimentos ali perto, que a criança se levantou sozinha e que ele mesmo

tinha afastado o animal. Um ano depois de registrar tal cena, o au-tor, que tinha vários problemas, se matou.

Argumentar sobre a ética no fotojornalismo não é tão fá-cil quanto se parece. Enquanto alguns não perdem a oportuni-dade de registrar uma boa foto, outros simplesmente se esque-cem do motivo para que estão ali e seguem o instinto. Aquele de ajuda, de compaixão e amor ao próximo. Temos exemplo de um profissional que estava cobrindo uma guerra e ao ver um pai carre-gando o filho ferido, não pensou duas vezes, correu para ajudar. A criança não se salvou e, segundo o próprio fotógrafo, “o gesto se tornou meio sem sentido”, que deixou de clicar o momento e tentou mudar o destino de uma vida. Sim, porque o coração ain-da pulsava no momento em que a foto podia ter sido tirada. A esperança ainda existia, mesmo que mínima.

Casos como esses nos fazem pensar na frieza da imprensa, na preocupação de um furo jornalís-tico. O ser humano tem se preo-cupado mais com o seu ego e se promovido à custa do sofrimen-to alheio. É inaceitável que não se faça nada. E é comum que to-dos queiram culpar alguém. No caso do homem jogado ao trilho, a culpa não é apenas do mendi-go que o empurrou. Qual o grau de erro daquele que fotografou junto com os que publicaram? São questionamentos que nem sempre se tem respostas.

O ser humano antes de ser forte e herói, é fraco e sente medo. Nunca se sabe a verdadei-ra atitude até passar pelo teste. Muitos acreditam que salvariam a vida desse homem, mas so-mente quem passa pela situação tem os instintos testados e desco-bre sua verdadeira reação. Neste momento, a experiência pode se tornar frustrante.

O papel da foto é levar o leitor até a cena. Ela remete de-talhes que um texto talvez não consiga transmitir. A foto traz a realidade e deve ser publicada como ela de fato é. Mas antes de profissionais, somos humanos. E junto com essa ideia, deve vir o respeito e a ética. O respeito ao se colocar no lugar da víti-ma e ética para ser não apenas um profissional melhor e com a consciência tranquila, mas um ser humano bem resolvido con-sigo mesmo.

OLHAR DIFERENTE

Estão abertas as inscrições para as

oficinas socioculturais em São Bernardo

Com a finalidade de oferecer oportunidades de aprendizado, lazer e integração social através da dança entre os cidadãos da cidade. Para participar, é neces-sário ser morador da cidade, ter entre 14 e 29 anos de idade e es-tar matriculado em ensino regular ou ter concluído o ensino médio. A matrícula deve ser feita duran-te o mês de julho. Informações: 4126-3650 / 4126-3654

Rapidinhas 6° Olimpíadasda Guarda Civil Municipal de

São Caetano do Sul Evento promove a integração, socialização, prática esportiva, manutenção da saúde e qualida-de de vida dos integrantes das corporações. Em três meses de competições, guardas civis de todo o Estado têm mostrado suas habilidades em 25 modalidades esportivas e de lazer. O encerra-mento está previsto para 27 de julho, véspera do aniversário da cidade.

Ao que tudo indica esse novo formato para o Olhar Social era o requinte que faltava, já que foi uma mudança acertada que possibilitou novas perspectivas e experiências aos alunos do 5º semestre do curso de Jornalismo, que conseguiram desenvolver ainda mais todo o seu potencial na publicação. Com um estilo engajado, as matérias dessa edi-ção apresentam um estilo crítico e informativo, sempre focado nas cidades do ABC Paulista, que é a nossa identidade.Nessa edição, o leitor confere na seção Esportes como as ligas uni-versitárias têm ajudado a revelar novos talentos para o esporte bra-sileiro, e para quem gosta de mú-sica uma novidade, São Caetano abre franquia da rede School of Rock e Carlos Dias conta como essa receita de sucesso mundial chegou em terras brasileiras.Com as estações frias se aproxi-

mando, é importante estar atento às doenças mais comuns desses períodos, assim, Priscila Fernan-des fala um pouco sobre campa-nhas de vacinação no segundo se-mestre. Em Política, Felipe Gulin aborda a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de traba-lho, as dificuldades e preconcei-tos sofridos nos dias de hoje.E como estamos a poucos meses da Copa do Mundo, Renan San-tiago apresenta um panorama so-bre as obras no estádio andreense Bruno José Daniel, prometido até o inicio da competição. Em Educação, Adriana Garbim fala um pouco sobre o crescimento de cursos técnicos nas mais dife-rentes áreas profissionais e como o Governo brasileiro supre essa demanda que busca qualificação no mercado de trabalho.

Boa leitura a todos e vamos Brasil!

EDITORIAL

Divulgação

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Cursos técnicos são boa opção para o ingresso no mercado

Governo prevê mais de 2 milhões de vagas em escolas de formação continuada

Foto: Adriana Garbim

Uma infraestrutura adequada com recursos modernos contribui para o aprendizado dos alunos

Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

Maio de 2013

Ano 4 - Nº 33 3Economia lharocial

Adriana Garbim

A palavra profissional vem do la-tim Professio que é o ato de declarar, tornar público, e do verbo profiteri, manifestar, ensinar. Assim, pode-se afirmar que “a pessoa que exerce um ofício” vem do sentido de “alguém que proclama publicamente que sabe fazer determinada coisa”.

Com esse conceito, o ensino profissionalizante no Brasil está em alta, já que teremos diversos eventos no país, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 forçam a necessidade de modernizar a infraestrutura nacional.

Para atender tal demanda por profissionais qualificados, o Gover-no Federal lançou em 2011 o Pro-natec -programa de incentivo ao in-gresso nos cursos técnicos- que prevê em 2013, 2,3 milhões de vagas em 724.539 cursos técnicos e 1.565.682 vagas em cursos de formação inicial e continuada em âmbitos nacional e estadual.

“Um curso profissionalizante nos dias atuais traz muitos benefí-cios não só para o aluno, que já sai inserido no mercado de trabalho, como também para a sociedade, que passa a ter profissionais mais bem qualificados em atividade”, afirma Pedro Valcante, Vice-presidente do Sindicato do Técnicos do Estado de São Paulo e Gestor do CREA-SP na região do ABC.

“Um curso profissionalizante nos dias atuais traz muitos benefícios não só para o aluno, que já sai inserido no mercado de trabalho, como também para a sociedade,

que passa a ter profissionais mais bem qualificados em atividade”, afirma Pedro Valcante, Vice-presidente do Sindicato do Técnicos do Estado de São Paulo e Gestor

do CREA-SP na região do ABC.

Devido ao panorama favorável, os jovens passaram a ver o curso téc-nico profissionalizante como uma ótima oportunidade para o ingresso no mercado de trabalho. Marcos Al-meida dos Santos, aluno da ETEC Jorge Street em São Caetano do Sul. Já trabalha na área de formação há um ano e meio. “O curso correspon-deu minhas expectativas e assim que me formar quero continuar os estu-dos na faculdade e abrir meu próprio negócio”, salienta o atual estagiário em eletroeletrônica.

O empresário Leonardo Gamei-ro Raphael, 21, ao concluir o curso de Técnico em Mecatrônica já visu-alizou ótimas chances no mercado. Abriu a própria empresa na área de telecomunicações, prestando servi-ços como implantação de redes de computadores, consultoria e tam-bém elaboração de projetos na área de TI. “A opção de atuar como pa-trão trouxe mais agilidade e autono-mia em minhas decisões e projetos”, declara Raphael. A ousadia se mostra acertada e ele credita o sucesso ao conhecimento adquirido no curso profissionalizante, que proporcio-nou recursos suficientes para uma boa atuação no mercado.

Curto-circuito“Os profissionais técnicos pre-

cisam ter mais espaço e voz no

Conselho Regulador da profissão – CREA . Afinal estima-se que o mercado necessitará de cinco mi-lhões de profissionais técnicos no país”, reinvindica o Vice-presiden-te. De acordo com o sindicalista,

somente com a participação mais efetiva dos profissionais de nível médio na regulamentação dos cur-sos e atribuições a eles conferidas, poderá ser devidamente suprida por formandos com capacitação semelhante à de profissionais de nível superior.

Além disso, segundo o enge-nheiro Renato Agostinho, pro-fessor da ETEC Jorge Street, o incentivo governamental para a manutenção das escolas no senti-do administrativo deixa a desejar, pois além da baixa remuneração dos professores. não fornece verbas suficientes para itens de necessida-des basicas. “Muitas vezes temos que usar o dinheiro da APM para compramos até papel higiênico, porque a escola não tem verba sufi-ciente”, expõe o docente.

Mas, apesar de toda dificuldade estrutural, Agostinho admite que os alunos saem para o mercado bem preparados, capacitados na

parte teórica e na prática, obtida nos laboratórios da instituição.

A duração de um curso técni-co é menos extensa – um e meio a dois anos - , mas a taxa de evasão é muito grande. “Basta o aluno ser cobrado com mais severidade que ele abandona o curso”, relata o pro-fessor Agostinho. Para Pedro Val-cante, uma possível solução para diminuir tal desistência, seria o retorno do ensino médio integrado ao curso profissionalizante. “A ado-ção de tal mudança curricular traria uma motivação a mais para o estu-dante concluir os estudos agilizar a conclusão dos estudos”.

Outro ponto importante para atrair mais alunos seria a definição de um piso salarial para os técni-cos. “O salário mínimo de em en-genheiro é de 6,5 salários-mínimo em vigor e adotar tal valor mínimo preestabelecido para a remuneração de um profissional técnico seria mais atrativo para a categoria, prin-cipalmente para os jovens”, pontua Valcante. Segundo a Coordenado-ra do Sistema “S” – SESI, SENAC, SENAI - Simone Balsamo, o profis-sional de nível médio entra no mer-cado ganhando aproximadamente R$ 1.500,00 e as maiores emprega-doras são as prestadoras de serviços.

Mercado de trabalho

De acordo com a coordenado-ra, os cursos de maior procura nas escolas do Sistema “S” são os vol-tados para as áreas eletroeletrônica, mecatrônica e edificações, com uma média de cinco candidatos por vaga nos vestibulinhos. “Não é muito concorrido e o leque de oportuni-dades que se abre é bem interessante para a carreira, pois muitos são con-tratados sem experiência exigida”, afirma Simone Balsamo

O Sistema “S” mantém acordo com o Pronatec para aumentar as vagas gratuitas em cursos técnicos e de qualificação profissional ofe-recidas a pessoas de baixa renda, prioritariamente, estudantes e tra-balhadores em geral.

Dados do MEC (Ministério da Educação) apontam que só 17, 6% da população entre 18 e 24 anos frequentou ou já concluíu o ensino superior. Os demais seguem para curso técnico ou param de estudar.

Foto: Adriana Garbim

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Santo André garante Brunão pronto em 2014

Renan Santiago

Já se passaram três anos desde que o está-dio municipal de futebol Bruno José Daniel, em Santo André, entrou em processo de re-vitalização. Ainda com o ex-prefeito Aidan Ravin (PTB) à frente do projeto, a promessa era de que o local teria um novo setor para a imprensa, um piscinão na parte inferior do campo e ainda a elevação dos vestiários para a área abaixo das arquibancadas. Segundo o pla-nejamento feito, as obras ficariam prontas em nove meses, mas houve somente a demolição da marquise nesse período.

Depois da retirada da arquibancada cober-ta, as obras ficaram paralisadas por mais de um ano e meio até o atual prefeito, Carlos Gra-na (PT) anunciar, dias após a posse, um novo projeto e a reabertura do estádio para receber jogos e espectadores. Desde então, foram rea-lizadas somente pequenas reformas. “Até agora foram gastos R$ 300 mil. Foram feitos repa-ros nos vestiários, pintura, manutenção do elevador, adequação das bilheterias e outras intervenções pontuais”, afirmou o Secretário de Obras e Serviços Públicos de Santo André, Paulo Serra.

De acordo com o secretário, o novo projeto terá a construção de uma nova arquibancada, além da revitalização dos arredores do local, com orçamento total de R$ 20 milhões. “Nos-so projeto final é chegar aos 20 mil lugares. Queremos construir uma mini arena. Além disso, todo o entorno do estádio será revita-

Ainda que o Secretário de Obras e Serviços Pú-blicos de Santo André prometa uma transfor-mação no estádio Bruno José Daniel, nem todos os envolvidos na reforma estão a par do que deve acontecer. O engenheiro responsável pelo estádio municipal e contratado pela prefeitura de Santo An-dré, Nicolau Cilurzo, ainda desconhece os planos da Secretaria. “Estamos estudando o novo projeto. O único contrato que tenho hoje é o da conserva-ção do gramado. Não tenho nem noção de quan-do a obra será iniciada ou o que será feito”, contou.

Desde 2010, a única intervenção realizada na reforma do estádio municipal foi a demolição da arquibancada coberta

Cidades

Reforma desconhecida

lizado com o programa PAC2 Mobilidade”, declarou.

Entretanto, a prefeitura não tem orçamen-to próprio para a realização de todo o proje-to, por isso buscará parcerias. Segundo Serra, a proximidade com o Secretário Estadual de Esporte, José Auricchio Junior, deve facilitar a entrada de recursos junto ao Comitê Paulis-ta da Copa do Mundo FIFA 2014. “Estamos tratando com esse comitê e temos um conta-to muito próximo com o Auricchio. Estamos confiantes que a parceira vai dar certo”, reve-lou.

Paulo Serra assegurou, ainda, que a ima-gem negativa da reforma está com os dias contados. “Acreditamos que esse será um ano de intervenção. No começo de 2014 o Brunão já estará com outra cara”, concluiu.

Acima, o estádio deve ficar pronto antes da Copa do Mundo FIFA 2014. Abaixo, a imagem de como será a nova cara do Brunão.

PAC2 Mobilidade revitalizará entorno

do BrunãoO PAC2 Mobilidade prevê a me-lhoria e ampliação do corredor de ônibus Guarará, que passa em fren-te ao estádio Bruno José Daniel. Estão previstas a construção de alças de acesso para fazer trans-posição de avenidas e a elimina-ção de semáforos com objetivo de buscar mais fluidez no trânsito.Uma ciclovia, a expansão do termi-nal rodoviário da vila Luzita e a cons-trução do monotrilho, que interligará as cidades de Santo André, São Ber-nardo e São Caetano do Sul, tam-bém estão contempladas no proje-to. A estimativa é de que R$ 127,6 milhões sejam investidos nas obras.

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Onde antes estava a marquise do estádio,

hoje se vê uma área vazia.

A promessa é que uma nova arquibancada

com capacidade para 20 mil pessoas

deva ser construída no local

Foto: Divulgação

Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

Maio de 2013

Ano 4 - Nº 334 lharocial

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Proteja seu corpo dos vilõesdo Outono e Inverno

Priscila Fernandes

“Carrego sempre lencinhos de papel para cima e para baixo, quem sofre com as mudanças climáticas não pode dar mole, principalmente nos dias de frio, onde o resfriado e a gripe nos pegam sem dó” afirma Maria Carolina Teixeira, auxiliar de fa-turamento.

Nos meses de outono e in-verno, doenças típicas das épo-cas mais frias do ano são co-muns, e afetam grande parte da população brasileira. Com a temperatura baixa o organismo começa a sentir reações causa-das pelos vírus e bactérias, que aproveitam os locais fechados e com grande número de pessoas para se espalhar e afetar primei-ramente o sistema respiratório. Doenças que quase sempre são virais costumam afetar normal-mente, nariz, garganta, brôn-quios e ouvidos. Evitar locais com pouca ventilação, onde há acumulo de poeira e mofo, po-dem ajudar na prevenção, além de beber bastante liquido e pro-curar estar sempre em lugares mais arejados, onde não faci-litem a proliferação de micro--organismos, aconselha a pneu-mologista e alergista Francisca Rosangela Araújo Castro.

“Procuro sempre agasalhar bem os meus filhos que acordam cedo

para ir para a escola, protejo o máximo que posso para não os ver sofrendo com o nariz entupido e a garganta

doendo”

Curta a época mais fria do ano, longe da gripe e doenças da estação do ano

Cartaz de campanha do Ministério da Saúde

Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

Maio de 2013

Ano 4 - Nº 33 5Saúde lharocial

A Região do ABC participa da mobilização nacional, que segundo o Ministério da Saúde em 2013, irá contar com 65 mil postos de vacinação e o envolvimento de 240 mil pessoas. As unidades básicas de saúde das cidades do ABC oferecem vacinas contra a gripe. De acordo com a secretaria de Saúde de Santo André, a cidade pretende imunizar 124.353 pessoas contra o vírus da Influenza. As expectativas são grandes, mais de 440 mil pessoas devem ser vacinadas contra a gripe em toda a região. São Bernardo. São Caetano, Diadema, Mauá e as demais cidades também projetam imunizar maior número de cidadãos propensos ao vírus.

Mais de440 mil devem ser vacinados contra a gripe

no ABC

• Gripe: Febre alta, tosse, secreção nasal, dor de garganta, dor de cabeça e no corpo, além do cansaço físico.

• Resfriado: Espirro, congestão nasal e coriza (catarro).

• Rinite: Coceira e irritação no nariz. Coriza, espirros e congestão nasal.

• Sinusite: Obstrução nasal, dor de cabeça, dor no rosto, coriza, tosse, alteração ou ausência do olfato. Sintomas menos óbvios, como rouquidão e tontura, também podem estar associados à doença.

• Bronquite: Tosse falta de ar, expectoração excessiva, febre, chiado ou dores no peito.

• Asma: Tosse, chiado, sensação de pressão no peito e falta de ar.

• Pneumonia: Infecção pulmonar que se apresenta na forma de tosse, com ou sem catarro, febre e falta de ar.

da do outono e inverno é ainda mais delicada “Procuro sempre agasalhar bem os meus filhos que acordam cedo para ir para a escola, protejo o máximo que posso para não os ver sofrendo com o nariz entupido e a gar-ganta doendo” diz a comerciante Andrea Rodrigues de Oliveira, moradora de Mauá que tem dois filhos pequenos, uma menina de 8 anos e um garoto de 5 anos.

As principais doenças do Outono/Inverno são classifica-das em: Doenças Infecciosas, Viroses do tipo resfriado, infla-mação das amigdalas, infecção no ouvido, infecções na laringe, gripes, pneumonias e meningi-tes virais ou bacterianas.

Os principais sintomas das doenças consideradas de inver-no são, segundo os especialistas; febre, secreções nasais líquidas e transparentes, tosse seca, falta de apetite, vômitos e dores de ouvi-dos, sintomas esses que podem resultar em: gripes, resfriados, rinites, sinusites, monias.

A médica alerta ainda que os cuidados devem ser redobrados em determinadas épocas do ano, já que o clima seco pode favore-cer a disseminação e contração do vírus e bactérias. O público idoso, acima de 60 anos, pro-fissionais da saúde, gestantes e crianças com idade inferior a 2 anos, estão mais vulneráveis a esse tipo de vírus.

Para algumas mães, a chega-

Sintomas mais comuns...

Imagem

Divulgação M

inistério da Saúde

Imagem

Divulgação M

inistério da Saúde

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Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

Maio de 2013

Ano 4 - Nº 336 Políticalharocial

Felipe Gulin

Viajar, sair, comprar suas rou-pas preferidas, ter um carro e muito mais, sempre passa pela nossa cabe-ça quando conseguimos o primei-ro emprego. A sensação de liberda-de que nos cerca é uma experiência nova e prazerosa. Para quem é por-tador de alguma deficiência, seja ela física, motora, intelectual ou de qualquer outro tipo, a necessidade de trabalho é ainda maior, devido ao alto custo de equipamentos, veículos adaptados e modificações que precisam ser feitas nas resi-dências como corrimãos e rampas.

A estudante de Direito Dé-bora Rulkowski, 25, garante que mesmo depois de seu acidente, há dois anos, que a deixou para-plégica, continuou a exercer ativi-dades que fazia, “Eu já tinha um curso de mergulho bem antes do meu acidente e depois dele pen-sei ‘quero mergulhar de novo’, ai eu fiz um curso de mergulho adaptado para ter uma carteirinha especial. Fora do Brasil principal-mente, eles são muito criterio-sos com isso”, relata a estudante.

Mas as facilidades que ela en-contra para estudar e se divertir não são as mesmas para ingressar no mercado de trabalho. Mesmo graduada em Administração, ela sente certa dificuldade em conse-guir emprego: “Eu recebo muito e-mail de proposta...”, afirma. Ela aponta ainda dificuldades para um estagiário cadeirante na área de Direito, que normalmente realiza muitos serviços externos como idas constantes a Fóruns

e cartórios, o que dificulta ainda mais a inserção no mercado de tra-balho da pessoa com deficiência.

“Lei, ora a lei” Mesmo após 21 anos de promul-

gada a Lei de Cotas (Lei nº 8.213 de 25 de julho de 1991, Art.93), que determina às empresas com mais de 100 funcionários um número de 2% a 5% das vagas destinadas à contra-tação de pessoas com deficiências, não existe um cumprimento efetivo da norma, como explica o sociólogo e coordenador do programa de di-versidade e inclusão da Serasa Expe-rian João Ribas: “Uma enorme parte das empresas nem sabe que existe a Lei de Cotas por falta de informação. A fiscalização do Ministério do Tra-balho só atinge as grandes empresas, então as médias, com 300 a 400 fun-cionários em média, nem sabem que tem que contratar”. A declaração de Ribas remete ao episódio da histó-ria do País quando o ex-presidente Getúlio Vargas em um discurso de 1947 proferiu tal sentença: “A lei, ora a lei...”, ironizando o pensamento de empresários da época que tentavam burlar as leis trabalhistas, queren-do dizer que não havia sentido em ter leis se elas não eram cumpridas.

Para o coordenador da Sera-sa Experian algumas empresas só contratam porque tem legislação á cumprir. “Muitas vezes as multas são muito altas, conheço empresas que nos últimos tempos foram multadas em trezentos, quatrocentos mil re-ais”, adverte Ribas. De acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF

Ser cadeirante não é serdiferente, é ser cidadão

As dificuldades e desafios a se vencer no mercado de trabalho

Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários rea-bilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilita-das, na seguinte proporção: I - até 200 empregados - 2%II - de 201 a 500 - 3%III - de 501 a 1.000 - 4%IV - de 1.001 em diante - 5%

Foto: Felipe Gulin

“...não abri mão de muitas coisas que eu fazia antes, como viajar emergulhar...”

Nº 15, a partir de janeiro de 2013, o valor da multa pelo descumpri-mento da lei de Cotas varia entre R$ 1.717,38 a R$ 1.736,10 para cada vaga não ocupada dentro da cota, podendo ter o valor recalcula-do diariamente enquanto persisti-rem as irregularidades na empresa.

Desenvolvimento Cidadão

De acordo com o Censo 2010, existem no Brasil mais de 45 mi-lhões de pessoas com algum tipo de deficiência, das quais cerca de 13 milhões são portadores de defi-ciência motora em diversos níveis.

Em São Caetano, no ABC pau-lista, algumas instituições desen-volvem projetos como oficinas de marcenaria, cursos de informática e pintura, que ajudam na reinser-ção não só no mercado de traba-lho, mas também na sociedade. Uma delas é a APAE - Associação dos Pais e Amigos dos Excepcio-nais, que atua principalmente na área de deficiências intelectuais e múltiplas, como explica a fono-audióloga e coordenadora técnica da unidade, Samanta Cartabiano Barbagallo: “As oficinas têm como objetivo promover a capacitação dos alunos para o mercado de trabalho [...]. Também são desen-volvidos aspectos de autonomia, responsabilidade, pontualidade, assiduidade, dentre outros”. A ins-tituição também mantém uma par-ceria com diversas empresas como a Lopsa - Usinagem de Precisão e a Chocolates Pan, que contratam pessoas com deficiência que inte-gram o banco de dados da APAE.

Páginasda vida

“Eu nunca sofri um precon-ceito deliberado [...], o que eu sinto é que definitivamente as pessoas não sabem como lidar com a situação, e a falta de in-formação é um fator importante nisso”. É dessa maneira que João Ribas enxerga a realidade das pes-soas com deficiência atualmente.

Durante a fase universitária, sua busca por emprego foi bem conturbada, ele diz que várias em-presas negavam estágio não por não

o quererem por perto, mas por não saberem como lidar com a situação.

Ele conta que estudou em escola pública e teve a oportu-nidade que muitas pessoas com deficiência não tiveram. Além de jornalista, ele é formado em ciên-

cias sociais e hoje ocupa um cargo muito importante dentro da Serasa Experian coordenando a área de Diversidade e Inclusão, e acredita que sua deficiência não o impe-diu de seguir um caminho que tinha tudo para lhe impor barrei-ras. Ribas nasceu com mielome-ningocele, uma má formação da coluna vertebral, e durante uma ci-rurgia corretiva acabou paraplégico.

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LEI Nº 8.213DE 24 DE JULHO DE 1991

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Brasil precisa investir noEsporte Universitário

Bruno Dau Sein

Para muitos “atletas de finais de semana”, o campeonato mais im-portante é a Liga Paulista Univer-sitária. Isso mesmo, eles aguardam ansiosamente os sábados e domin-gos para se encontrarem e honrar a camisa da faculdade.

O campeonato que reúne o maior número de entidades filiadas no Brasil é a Liga Paulista Univer-sitária, criada em 2004 a partir da Liga Universitária do Grande ABC, pelas principais faculdades de re-gião, entre elas a USCS, antes cha-mada de IMES.

O presidente da Liga Paulista Universitária, José Putarov Júnior, disse que este antigo formato se mostrava grande para a região, já que contava com 4.500 participantes, entre atletas e dirigentes. “A necessi-dade de criar uma nova instituição se dá pelo crescimento que a entidade regional obteve nos seus três anos de atividades”, explica Júnior.

A partir de 2007, foi criada em âmbito estadual a Liga Paulista Uni-versitária, com intuito de suprir a carência do esporte universitário no Estado de São Paulo e também criar parcerias com entidades públicas e privadas. A Liga Paulista conta hoje com cerca de 30 entidades ativas e aproximadamente 6.000 partici-pantes, entre atletas e dirigentes. “As principais parcerias que a Liga Pau-lista tem hoje são públicas, inclusive com prefeituras da grande São Paulo através da utilização de espaços até a disponibilização de receitas para a execução de eventos”.

TRADIÇÃO E RIVALIDADE

Para Lucas Souza, atleta de Handebol da FEFISA e com passa-gens por categorias de base da Sele-ção Brasileira, a emoção de disputar uma Liga Paulista é indescritível. “Para mim, disputar uma compe-tição como a Liga Paulista é um prazer imenso. Representar a minha faculdade em meio a tantas grandes equipes é ter a chance de escrever a história com as próprias mãos, lite-ralmente no meu caso, afinal, sou atleta de Handebol. Já tive o prazer de vencer a competição e sei o quan-to é difícil alcançar tal feito, afinal, a Liga proporciona clássicos inter--cursos”.

A emoção que Souza sente ago-ra é parecida com a de Zuleica Frei-

Dirigentes e ex-atletas garantem que ligas universitárias revelam novos talentos para o País

Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

Maio de 2013

Ano 4 - Nº 33º 7Esporte lharocial

tas, campeã brasileira e paulista de Handebol na década de 70, campeã brasileira e 4º colocada nos Jogos Sulamericanos de Atletismo (Ar-remesso de Disco, Dardo e Peso), representando a Seleção Brasileira. “Foi um prazer enorme, pois na-queles tempos fazíamos o esporte por amor, e com isso, reuníamos os principais atletas de Seleção Bra-sileira da época para representar a

principal rivalidade da época era entre a minha faculdade, a FEC (Faculdade de Educação e Cultura, atual Anhanguera) contra FEFISA (Faculdade de Educação Física de Santo André). E isso, proporciona-va para todos excelentes exibições e promovia as entidades com seus ta-lentos esportivos”. Um dos momen-tos marcantes na história do esporte universitário foi a criação, em 1972,

de um time de handebol batizado de “Handsket”, porque contava com estrelas da seleção brasileira de basquete, como Norminha – Maior jogadora na época – e Benta, por exemplo. Esta formação inusitada contou com um treinador jovem que, anos depois, comandaria a seleção brasileira masculina de han-debol em duas Olimpíadas (1996 em Atlanta e 2004 em Atenas).

“Dirigir um time como aquele para um jovem de 18 anos, acadêmico em Educação Física foi uma tarefa divertida, talvez pela inconsequên-cia natural dos jovens. Posso afirmar que sendo aquele o meu primeiro trabalho como técnico de Hande-bol, fui privilegiado. Além de ga-nhar o Campeonato Paulista Uni-versitário, ganhei muita experiência e sempre fui muito grato a todas as atletas. E o “Handsket”, foi o único time feminino que treinei até hoje, então, posso dizer que sou invicto”, relembra entre risos Alberto Rigolo, que atualmente é o Gerente de Es-portes da Universidade Metodista de São Bernardo Campo.

Neste segundo semestre, a Liga irá realizar os Jogos Universitários Paulistas, que dará uma vaga ao campeão da série Ouro para parti-cipar de um quadrangular no final do ano da Liga do Desporto Uni-versitário 2014, que é um torneio de âmbito nacional. Mas, o maior objetivo apontado por José Puta-rov Júnior é a profissionalização do esporte universitário, dando mais credibilidade porque hoje a gestão é muito amadora. “Precisamos pro-fissionalizar o esporte universitário, pois, infelizmente, alunos não capa-citados estão dirigindo este negócio. Precisamos criar uma gestão para desenvolvimento do esporte univer-sitário nos moldes dos Estados Uni-dos”, comparou o dirigente com o exemplo bem sucedido das ligas universitárias norte-americanas, que movimentam milhões de dó-lares, têm transmissão ao vivo pela TV e revelam atletas ganhadores de medalhas olímpicas.

USCS e Medicina ABC se cumprimentam antes do início do jogo da primeira fase da Liga.

nossa entidade universitária, já que participávamos de campeonatos importantes como o JUP’S (Jogos Universitários Paulistas) e o JUB’S (Jogos Universitários Brasileiros)”, relembra a ex-atleta.

Muitas rivalidades esportivas, profissionais ou não, tem como foco o fato de serem equipes de cidades vizinhas, ou até da mesma cidade, o que atrai cada vez mais espectadores curiosos ou fanáticos para acompanhar esses jogos. “A

Time feminino de futsal da USCS vence a Medicina ABC por 3x1 em partida disputada pela Liga Paulista Universitária.O jogo aconteceu no Campus I da USCS.

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Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

Maio de 2013

Ano 4- Nº 338 Culturalharocial

Prepare seus ouvidos e a pipoca

Carlos Dias

Uma escola, digamos um tan-to diferente, promete agitar a vida de crianças e adolescentes no ABC. Nela, é permitido todo o tipo de barulho, trocam-se canetas e ca-dernos por baquetas e guitarras e as notas, no fim do semestre para se passar de ano por notas musicais. Esta é a Escola de Rock.

A ideia é de uma rede lançada na Filadélfia nos Estados Unidos, em 1998, e já conta centenas de unidades espalhadas pelo mundo. A escola serviu de inspiração para o filme "The School of Rock", es-trelado por Jack Black (lançado em 2003) e é a primeira franquia no Brasil.

A School ensina guitarra, bai-xo, vocais, teclados, bateria e com-bina semanalmente aulas de música e práticas de banda para preparar os alunos para entrar no palco diante do público ao vivo, como em um autêntico ambiente do show.

Segundo o diretor, Ricardo Fernandes a ideia surgiu em 2012 quando conheceu a School of Rock pela internet. “No começo, achava que era apenas uma escola de mú-sica inspirada no filme, mas logo descobri que era ao contrário, a escola de verdade é que serviu de inspiração para o filme. Achei o método de ensino ótimo, ensinan-do os alunos a aprenderem a tocar sendo integrantes de uma banda de rock de verdade. Sempre acreditei que a melhor forma de aprender a tocar, é tocando”.

Incentivo não faltará aos alu-nos inscritos, que em sua maioria têm entre sete e 17 anos, para que se tornem músicos renomados. A escola tem à disposição aulas de composição, estúdio fonográfico e também que não pode ficar de fora: a história do rock em sua grade.

O estudante de Comércio Ex-terior, Eduardo Teodoro, aluno de contrabaixo há três meses sonha em tocar como seus ídolos. “Comecei a fazer as aulas com a expectativa de montar uma banda e me diver-tir. Minha inspiração é tocar como Geddy Lee do Rush, minha banda favorita”.

Mas nessas aulas, os alunos não aprendem somente acordes e riffs de guitarras, aprendem também a trabalhar em equipe, a socializar, fazer amizades, participar de várias atividades em grupo e organização

São Caetano inaugura primeira escola de rock do Brasil

School of Rock conta com110 unidades espalhadas pelo mundo e abre franquia em cidade do ABC

dos shows junto com a equipe de professores.

“Os alunos também ajudam nas escolhas de temas, repertório, casting de músicos e em toda pro-dução do show. Enquanto apren-dem a tocar um instrumento em uma banda de rock, levam histó-rias e lições para toda a vida”, relata Fernandes.

A escola tem em média 80 alu-nos matriculados em cursos que custam entre R$ 150 e R$ 300 por mês com três horas de aula mais 45 minutos de aula individual por se-mana. No time dos professores há donos de estúdios ou instrumentis-tas que acompanham músicos co-nhecidos no cenário nacional.

Para o produtor musical, Nan-do Guto, o diferencial é o contato direto com a música. “Os alunos aprendem sem muitos rodeios, a possibilidade de poder tocar com outros músicos logo de cara é algo sem precedentes e nota-se que o desenvolvimento se torna muito prazeroso e eficiente. Com as crian-ças isso é ainda mais evidente, eles literalmente aprendem se divertin-do e isso é muito bom,” relata.

O guitarrista Dewey Finn é completamente antinstituição, irreverente ao máximo e idolatra o poder do rock and roll. Arrasado por ser expulso da banda e precisando de dinheiro para pagar o aluguel, Dewey atende um telefonema para seu amigo e, impulsivamente, aceita o trabalho de professor substituto de uma renomada escola. Apesar de não ter a menor ideia de como e o que ensinar, ele sabe bem como inspirar confiança em seus jovens alunos da 5a série. E quando, acidentalmente, os ouve tocando numa aula de música, decide transformar esses pequenos prodígios numa banda de rock de alta voltagem, fato esse que mudará as suas vidas para sempre.

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Alunos americanos participam do Festival Lollapalloza

A School of Rock americana tem um convênio com o

Festival de Rock Lollapalooza e os melhores alunos que se

destacaram, integram a lista de bandas da edição abrindo show de bandas importantes do rock mundial como: Black Sabbath, Red Hot Chilli Peppers, Roger

Waters, por exemplo. Para a versão brasileira, há conversas para que em breve, os alunos

também participem da lista de bandas brasileiras.

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