jornal opinião 07 de setembro de 2012

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PÁGINA 17 R$ 902,70 POLÍCIA INVESTIGA morte na Gruta OURO VERDE CHEGA AOS 30 Corpo de Sílvio Alves Chaves, 38 anos, foi encontrado por populares. Suspeita é de que ele tenha caído de uma altura aproximada de 50 metros PÁGINA 14 DOUTOR RICARDO Corpo de Bombeiros de Encantado ENCARTADO: CADERNO MIX

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Veículo do Grupo Encantado de Comunicação, da cidade de Encantado/RS.

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Page 1: Jornal Opinião 07 de Setembro de 2012

PÁGINA 17

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POLÍCIA INVESTIGAmorte na Gruta

OURO VERDE CHEGA AOS 30

Corpo de Sílvio Alves Chaves, 38 anos, foi encontrado por

populares. Suspeita é de que ele tenha caído de uma altura aproximada de 50 metros

PÁGINA 14

DOUTOR RICARDO

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ENCARTADO: CADERNO MIx

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COLUNA

[email protected]

5JORNAL OPINIÃO n 07 de setembro de 2012

DOMÉSTICA Procura-se c/ referências para

moradia c/ 01 senhora e que durma no emprego. Bom salário.

Tratar: 9995-5833

Na sexta feira, 12 de maio de 2011, uma amiga do meu filho pulou do 8º andar do pré-dio onde morava na Rua Emiliano Perneta. Era uma adolescente. Tinha acabado de almoçar, estava com o uniforme do Colégio Bom Jesus, e a mochila nas costas, o que indicava que iria para o colégio à tarde, pois nas quartas e sextas eles têm aula o dia todo. Foi um choque para todos os colegas!

Aí vem a pergunta: Por quê? Ela tinha ape-nas 15 anos. Que problemas uma menina de 15 anos pode ter? Fiz esta pergunta ao meu filho, e a resposta me deixou chocada...

Ele me disse:- Mãe, eu acho que era falta de colo.Questionei:- Como assim?E ele me disse:- Hoje em dia, os pais trabalham prati-

camente o dia todo, sempre com a mesma desculpa de que querem dar aos filhos tudo aquilo que nunca tiveram e, na maioria das vezes, eles estão conseguindo. Eles estão dando um estudo no melhor colégio, cursos de idiomas, dinheiro para gastar no shopping, um computador de última geração pro filho ficar enfiado em casa durante o pouco tempo livre que sobra, roupas, tênis, celular, tudo muito caro, etc... E sempre cobrando da gente boas notas, pois estão investindo muito... Na maio-ria das vezes, os pais não têm mais tempo para os filhos, não conversam mais, não fazem um carinho...

Ele fez uma pausa. Eu estava boquiaberta com o que ele acabara de falar-me e meus pensamentos foram a mil. Mal comecei uma

frase- Meu filho, você tem razão. É isso mesmo...E ele me interrompeu dizendo:

Mãe, quando a gente chega em casa, o que mais a gente quer é o colo da mãe. Quando vai mal nas provas ou quando acontece alguma coisa ruim, a gente quer colo. Por que você acha que hoje tantos jovens são quase revolta-

dos? Na maioria das vezes, eles estão queren-do chamar a atenção, ser notados... Só que no lugar errado e de forma errada: na rua e com violência.

- Dei um grande abraço em meu filho, beijei-o com muito carinho. E lhe disse:

Meu filho, espero que a morte da Joana não tenha sido em vão, pois quem sabe desta forma muitos pais vão repensar suas atitudes para com seus filhos!

Ele olhou-me carinhosamaente e concluiu, antes de sair para a escola:

Não somos máquinas, mãe. Não somos to-dos iguais. Não é porque o filho da vizinha tira só dez que todos nós vamos tirar 10. Talvez, nem todos nós queiramos falar inglês!

Seus olhos cheios de lágrimas revelavam a dor que sentia pela morte da colega e, ao mesmo tempo, o quanto meu filho valorizava a nossa família. Já fora de casa, ele voltou cor-rendo e me deu um forte abraço e me disse:

- Mãe, obrigado por eu poder contar sem-pre com você nos maus momentos...E, obri-gado, também, pelas broncas, pois sei que as mereço.

Depois que ele virou a esquina, fechei suavemente a porta, pensativa e convencida de que o tempo e o amor são os melhores investimentos que podemos fazer pelos nos-sos filhos. O resto é consequência. Nada é mais importante que estes meios essenciais para a felicidade de nossos filhos. E, sem dúvida, só assim poderemos também ser felizes com a consciência tranquila de ter cumprido bem a nossa missão de pais.

(Texto anônimo, circulando na Internet)

A pedido de alguns ouvintes/leitores reproduzo abaixo o texto que li no comentário Ponto de Vista, nesta semana na Rádio Encantado AM

Os filhos querem colo... sempre!

“Tudo o que acontece, sucede por alguma razão”.

Mãe, quando a gente chega em casa, o que mais a gente quer é o colo da mãe. Quando vai mal nas provas ou quando acon-tece alguma coisa ruim, a gente quer colo. Por que você acha que hoje tan-tos jovens são qua-se revoltados?

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6 JORNAL OPINIÃO n 07 de setembro de 2012

quem te viuquem te vêsérie

O pintOr vira atOr de cinema

Adelton José de Castilhos, 37 anos

Tudo começou em Porto Mauá, mu-nicípio localizado

no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, às margens do Rio Uruguai, divisa com a Argentina. Turistas e homens de ne-gócios utilizam a travessia de barca para chegar à cidade de Alba Posse, na Argentina. E foi ali, seguin-do as estrofes do hino de Porto Mauá, que Adelton cresceu e morou até os 15 anos....

r r Por entre os mor-ros, és divisa do Brasil,

Banhado em sonhos, neste rio que lá se vai...

Quem vive aqui tem a alegria contagiante,

São navegantes do velho Rio Uruguai.

...Teus filhos crescem, vão

à luta, até vencer!Alicerçados na justiça e

ideais. r r

Oriundo de família humilde, casa de pau a pique, sem luz elétrica e sem conforto nenhum, viviam os nove irmãos, pai e mãe. A mãe era uma pessoa doce e trabalha-dora, fazia o possível para que a família tivesse um futuro melhor. O pai, sem emprego fixo, exercia todo tipo de trabalho para sobreviver e, infelizmen-te, a bebida o consumia. Dessa maneira, Adelton e seus irmãos tiveram que “se virar”, como se diz co-mumente, para conseguir algo na vida.

Se cada pessoa é do tamanho do seu mundo, que tamanho ele tem? O seu mundo tem o tamanho dos seus sonhos.

E falar sobre isso é, principalmente, mexer com a emoção e o in-consciente das pessoas. É procurar em cada um de nós aquilo que parece e precisa nos dar um motivo maior para viver.

A série que o Jornal Opinião apresenta a partir desta edição, num total de quatro histórias, tem o objetivo de perceber as qualidades e belezas escondidas num universo particular transformando-os num momento real.

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ESPECIAL

Isso marcou sua vida e revela com tristeza aquilo que mais sentia falta: o apoio do pai, a proteção e o incentivo para que melhorasse de vida.

Lembra com certa mágoa, também, o fato de o pai ser tão aco-modado e não ter trocado de cidade - já que ali não havia indústrias - e tentado outras oportunidades para que a família não sofresse tantas necessidades. Mesmo assim, recorda com carinho a atitude do pai, à noite, sob a luz da lamparina, contar histórias do Pedro Malazar-te. Essas histórias povoaram a sua infância e ele jamais esqueceu.

Lembra também que o próprio pai foi o parteiro de todos os seus nove irmãos que nasceram em casa, bem longe de um hospital. Quando criança, suas roupas eram fruto de campanhas de arrecadação e muitas da LBA (Legião Brasileira de Assistência).

a escola

Mesmo com dificuldades, tinha a escola como refúgio. Estudava pela parte da manhã, almoçava na casa de algum conhecido e trocava o almoço pela limpeza do pátio ou outro serviço que o dono da casa precisasse. Depois, partia para o porto, na beira do Rio Uruguai, vender pastel, chocolates, perfumes, enfim, qualquer coisa que resultasse em al-gum dinheiro no final do dia.

“Nessa época, os argentinos vinham muito para o lado brasileiro fazer compras pois eram mais baratos os nossos produ-tos.” Adelton aproveitava essa leva de pessoas e os

“puxava” para algum res-taurante local e, em troca, garantia sua refeição - essa atividade continua sendo comum em qualquer roteiro turístico hoje em dia. Na época de férias, passava o dia no porto fazendoseus biscates, pois cada um dos seus irmãos sempre tiveram que, sozinhos, “fazer a sua vida.”

Foi crescendo e enten-dendo as coisas do mundo aos “trancos e barrancos,” bem como, milhares de brasileiros que vemos todos os dias, batalhando pela dignidade e sobrevivência.

Aos 15 anos e termi-nado o Ensino Médio, foi chegada a hora de enfrentar novos desafios. Seu irmão mais velho havia saído de Porto Mauá para acompa-nhar um circo que passou uma pequena temporada em Roca Sales e comentou sobre uma fábrica (Berger) que precisava de funcioná-rios. Veio de “mala e cuia” para a região buscar opor-tunidades.

o tatuador

Aos 18 anos, sua casa foi o Exército. Alistou-se como voluntário em Santa Maria, pensando em fazer carreira e também a Faculdade de Publicidade. Por falta de in-centivos e dinheiro, acabou desistindo da ideia. Retor-nou para Porto Mauá para visitar os pais e, depois, ru-mou para Encantado, cidade que aprendeu a amar. Aqui,

trabalhou em vários lugares, tornou-se tatuador por três anos – orgulha-se de ser o pioneiro em Encantado.

Diz a lenda que Encan-tado encanta seus visitan-tes e foi assim que ele se encantou pela cidade e pela Janaína. O amor falou alto e rápido. Em três meses, casaram-se. Dois anos depois nasceu o primeiro filho, Marlon, e mais tarde, a “princesa” Valentina.

Adelton tem a arte no sangue, como se diz da-quelas pessoas que nascem com um dom específico. Ele gosta de pintar, desenhar, fazer caricaturas e faz tudo isso com muita habilidade e leveza. Essa presteza foi seu “ganha-pão” por um bom tempo. Ah! até violino ele toca e participa do CTG Giuseppe Garibaldi, juntamente com seus filhos, os quais fazem parte da Invernada.

o trabalho

Aproveitando essa habi-lidade nata, viu na atividade de pintor na construção civil, a oportunidade para trabalhar por conta própria. Há cinco anos é seu próprio patrão. Morou por 10 anos no Bairro Navegantes, mas os problemas causados pelas enchentes fizeram com que procurasse outro lugar para se estabelecer com a família. Saíram do bairro, mas deixaram ali muitos amigos, compadres e familiares.

Procura passar para os filhos, os valores éticos de responsabilidade e caráter, e frisa que é importante “sem-pre poder voltar de cabeça erguida, por todos os luga-res por onde andarem, com orgulho de não dever nada a ninguém.” Acredita também que as pessoas “vão bem na vida se tiverem objetivos concretos e lutarem muito que isso se torne realidade”.

felicidade

Adelton está realizado na vida e feliz pelas conquis-tas pessoais. Hoje, diz ele, “posso fazer passeios com a família e frequentar lugares que jamais pensei que um dia entraria”.

E, finalmente, deixa uma mensagem, que reproduzo com suas palavras:

“Agradeço aos meus filhos por me fazerem ver flores onde só tem gravetos. Aos amigos, pela amizade incondicional. Aos clientes, pela jornada. A Janaína, minha esposa, por todos os dias e, a Deus, por cuidar de mim”.

Ao aceitar o convite para ser

personagem desta série, Adelton nos mostra que a vida pode ter o tama-

nho dos nossos so-nhos e tudo pode ser diferente. “Até eu me transformei

no ator Antonio Banderas”

Direção e reportagem: ANGELA REALEProjeto Gráfico: DIOGO DAROIT FEDRIZZIRoupas/Acessórios: CASA BELLACabelo e Make: SALÃO DIVASFotografia: JOSUÉ BIGLIARDIEspaço: ELEGANCE DELLANO

Josué Bigliardi, Angela Reale, Janaína Marostica (Casa Bella), Valéria e Maria de Fátima (Salão Divas)

EXPEDIENTE

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8 JORNAL OPINIÃO n 07 de setembro de 2012 Gente que acredita no Turismosé

rie

Hotel em cima do RestauranteDepois de se tornar referência no setor da gastronomia e motivado pela perspectiva positiva do turismo na região, empresário Debrunes Luiz Biolchi planeja a construção de um hotel nas margens da ERS 332 em Doutor Ricardo

RepoRtagem e fotos: Diogo DaRoit feDRizzi

Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales

Estamos na Rota do Pão e do Vinho

parceria

A maioria dos turistas que atravessa a região Alta do Vale do Taquari pela RS 332 já conhe-ce o sabor da comida oferecida pelo Restaurante Biolchi. Ago-ra, além da gastronomia, o local pretende ser referência também no setor hoteleiro, oportunizan-do aos visitantes uma estrutura confortável para o descanso.

Conforme o empresário De-brunes Luiz Biolchi, a ideia de construir o hotel surgiu há seis anos, quando da instalação do Restaurante às margens da ERS 332, em Doutor Ricardo. O dese-nho da planta projeta mais dois pavimentos acima da atual es-trutura. O primeiro andar ocu-pará uma área de 308 metros quadrados e deve ficar pronto em um ano. Serão 10 quartos, incluindo duas suítes com 19 metros quadrados cada. O pré-

dio terá sistema de calefação e aquecimento solar para distri-buir água quente nas torneiras. O investimento é de R$ 500 mil. “Vai atender a demanda da re-gião”, garante.

A segunda etapa ainda não tem previsão para começar. O acabamento externo será todo em pedra, semelhante ao inte-rior do Restaurante. Já as pare-des serão de alvenaria. “Cons-truí o restaurante já pensando no hotel. É uma necessidade do município”, comenta. “Acredi-to muito em Doutor Ricardo. O hotel é um investimento para longo prazo. Minhas filhas é que vão ter retorno”. Biolchi é pai de quatro meninas: Bruna (18), An-gela (16), Giovana (15) e Valéria (12). “Nenhuma delas pretende seguir na administração do res-taurante”, conta o empresário.

“Acredito muito em Doutor Ricardo. O hotel é um investimento para longo prazo.

Minhas filhas é que vão ter retorno”Debrunes Luiz Biolchi vai investir R$ 500 mil na construção da primeira parte do hotel

Há seis anos, Biolchi construiu o Restaurante às margens da ERS 332

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9JORNAL OPINIÃO n 07 de setembro de 2012SÉRIE ESPECIAL

Casarão no centroRicardense de nascimento, antes de virar empresá-

rio, Biolchi trabalhou na roça. Ganhou dos pais o peda-ço de terra ao lado da rodovia para construir o Restau-rante. Começou a se envolver com a gastronomia há 16 anos, quando passou a administrar o estabelecimento que funcionava junto ao antigo Hotel, no centro da ci-dade. O quase centenário casarão de madeira pertence aos familiares da esposa Leni e hoje recebe cuidados especiais de preservação. “É um prédio histórico, um dos mais velhos de Doutor Ricardo, vai ser tombado”, comenta Biolchi. “O hotel era uma referência, as pes-soas diziam ‘lá se come bem’. Mas precisávamos de um espaço maior e mais adequado”.

Elogios à esposaO Restaurante Biolchi serve 100 refeições por dia,

incluindo café da manhã, almoço, janta e viandas. Os pratos italianos compõem o cardápio. “A polenta é o nosso carro-chefe”, diz. Aos domingos, o churrasco com espeto corrido também atrai muitos clientes. “No Dia dos Pais servimos 160 almoços”. São seis funcionários efetivos mais os colaboradores que trabalham em finais de semana ou em ocasiões de maior movimento.

Ele acredita que o turismo se consolidará na região. Prova disso é que Biolchi atende muitas pessoas que tinham o hábito de passar o fim de semana em Caxias do Sul ou em Gramado. “Recebemos visitantes de So-ledade, da serra, de Lajeado, de toda a região”, afirma Biolchi, que não cansa de elogiar o trabalho da esposa Leni. “É impressionante o amor que ela dedica para fa-zer a comida. Quer brigar comigo é falar mal da nossa comida”, brinca.

200 terrenosNos últimos meses, Biolchi também vem apostando

no setor habitacional. Comprou áreas de terras e as dividiu em quatro loteamentos com 200 terrenos de, em média, 360 metros quadrados cada um. Parte do dinheiro que arrecada com a venda dos espaços, ele vai aplicar na construção do hotel. “Nossa empresa evo-luiu em função do crescimento do município. Alavan-quei junto”, comemora.

Casarão antigo deverá ser tombado

Móveis antigos deco-ram o ambiente do restau-

rante. Armário de quase cem anos foi reformado.

Biolchi investiu também no setor habitacional em quatro loteamentos

Paredes do ambiente interno tem acabamento em pedra

Biolchi serve cerca de 100 refeições por dia

Hotel será construído acima do Restaurante Placa às margens da 332 chama atenção dos turistas

A turismóloga da Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), Lizeli Bergamaschi, comenta que a alimentação e o turis-mo são dois elementos que caminham lado a lado. “O alimento é um dos componentes essenciais da experiência turística, podendo tanto satisfazer as necessidades biológicas quanto ser visto como um atrativo pelos turistas”, afirma.

Ela destaca que Biolchi investiu no Restaurante para atender a uma necessidade básica dos visitan-tes no município. “Seu Biolchi também vislumbrou a importância de investir em um Hotel para explorar o potencial turístico em virtude de estar inserido na Rota da Erva-Mate. Ele percebeu que mercado do turismo está evoluindo e consequentemente irá ge-rar oportunidades na implantação de seu negócio”.

Rota da Erva-Mate

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11JORNAL OPINIÃO n 07 de setembro de 2012GERAL

O grande crescimento de empresas no Brasil nos últimos anos traz consigo a necessidade de um profissional competente, capaz de organizar, auxiliar e resolver pendências dos mais diversos tipos.

Pensando nisso a Lume Centro de Ensino está oferecendo o curso Secretária- Habilidades e Compe-tências, onde você irá desenvolver suas habilidades, aprendendo a gerenciar processos administrativos, planejar e organizar a rotina de trabalho em empre-sas, escritórios e consultórios médicos.

O curso Secretária – Habilidades e competências é um curso onde todos os princípios do secretariado são passados, sempre de modo agradável e prazero-so. Na Lume Centro de Ensino e Qualificação Profis-sional, este incrível curso inicia no dia 19/09/2012.

As vagas são limitadas! Para mais informações acesse o site da escola www.lumeonline.com.br ou entre em contato com nossa equipe pelo telefone 51.3751 6812 ou pelo e-mail [email protected].

SECRETÁRIA - HABILIDADES E COMPETÊNCIAS

Porto Alegre - A Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales) assinou na sexta-feira (31), com a Secretaria Estadual de Turismo (Setur-RS), um convênio para a realização do Cursos de Qualificação de Recursos Humanos para o Turismo.

O ato, que ocorreu no estande da Setur na Expointer, em Esteio, se re-fere à demanda aprovada na Consul-ta Popular 2011 e tem por finalidade estabelecer ações conjuntas entre a Secretaria e a entidade representati-va do Vale para o desenvolvimento de

projetos.O convênio, no valor de R$ 500

mil, é destinado à qualificação de 825 pessoas. Pelo acerto serão oferecidos diversos treinamentos, entre eles, de capacitação profissional de turismo, de gestão de agências e de produção de eventos.

A secretária Estadual de Turismo, Abgail Pereira, enfatizou que a ceri-mônia foi importante para estreitar a relação com a Amturvales. “A reali-zação desses cursos dá a perspectiva que o turismo do Estado chegará ao

patamar que merece”, disse.O presidente da Amturvales, Va-

nildo Roman, destacou o empenho do governo do Estado, por meio da assinatura do convênio. “Assinando este convênio, o governo está dando a resposta e cumprindo o que o Vale escolheu e votou”, falou.

O treinamento beneficiará 36 mu-nicípios da região do Vale do Taquari. Também participaram da cerimônia de assinatura o diretor de eventos da Amturvales, Leandro Arenhart, e a turismóloga Lizeli Bergamaschi.

Turismo do Vale recebe R$ 500 mil para cursos de qualificação

825 pessoas participarão de treinamentos nas áreas de turismo, gestão de agências e produção de eventos

Integrantes da Setur e do Vale do Taquari durante o ato de assinatura do convênio

Caroline Rodrigues

Porto Alegre - O governador Tarso Genro autorizou o ingresso de todos os 571 aprovados no concurso recém fina-lizado da Brigada Militar, durante o processo de inclusão dos novos sol-dados da BM na manhã de ontem (06). Com isso, 2.571 policiais serão incorporados na folha de pagamento de setembro.

O anúncio ocorreu após a vistoria do chefe do Executivo à força-tarefa montada para efetivar o ingresso dos novos brigadianos. A ação com 80 servidores da Brigada Militar (BM) e da Secretaria da Admi-nistração e dos Recursos Humanos (Sarh) ocorreu no Ginásio da Academia de Polícia Militar para agilizar os processos.

O trabalho consiste em conferir documen-tos, exames e preencher formulários necessários para efetivar o ingresso. A admissão na BM inclui uma prova intelectual, exames de saúde, prova de aptidão física e o teste psicológico. Somente de-pois de vencer as quatro

etapas é que o concur-sado pode encaminhar os documentos para ingressar no Estado.

Para a titular da Sarh, Stela Farias, o processo está inserido na trans-versalidade proposta por este Governo. “Houve um esforço coletivo e organizado, que contou com a capacidade de mobilização da Brigada Militar para que pudés-semos dar celeridade ao ingresso desses servido-res, cujo trabalho é es-sencial para a população. Não tivemos nem aporte extra, tudo foi feito com estruturas e recursos que o Estado já possui”, salientou Stela Farias.

O mutirão é uma medida para garantir que este efetivo já esteja incorporado na folha de pagamento de setembro. Vencida esta etapa, os servidores ingressam em um curso preparató-rio para o exercício das funções com duração de 8 meses. A previsão é que em abril de 2013 o grupo já esteja apto ao policiamento e às demais funções do cargo.

Tarso autoriza ingresso de todos PMs aprovados em concurso

Caco Argemi/Palácio Piratini

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12 JORNAL OPINIÃO n 07 de setembro de 2012

Jornal Opinião - Por que um capítulo dedicado a Encantado?

Paulo Luiz da Silva – As-sumi as funções de escrivão judicial no fim de 1980 e tra-balhei 13 anos na Comarca de Encantado. Na época fui fundador do Grupo Nativista Capivari. Foram os anos dou-rados da minha vida a passa-gem por Encantado. Agora, escrevendo o livro, não poderia deixar de prestar uma merecida homenagem a esta cidade que me marcou tanto. Nesse capítulo, falo dos festivais, dos amigos, de fatos pitorescos, alguns trágicos, tragicômicos.

JO - E a música, como apareceu na sua vida?

Paulo - Vem de lon-ga data. Eu tinha 11 anos quando comecei a estudar numa academia de música em Santa Cruz do Sul. Eu já fazia apresentações escola-res. Entrei nesse caminho sem volta (risos). Até hoje continuo fazendo música no resort Costão do Santi-nho, em Santa Catarina. Sou contratado deles e continuo fazendo um trabalho solo. A música, a gente nasce com o dom e não sai nunca mais.

JO – E o envolvimento com a música gaúcha?

Paulo - Aconteceu justa-mente em Encantado. Sem-pre trabalhei em orquestra com MPB, canções interna-cionais. Justamente nos anos 70 e 80 surgiu o movimento nativista, os festivais da Califórnia, e eu comecei a me interessar. Tive o prazer de encontrar em Encantado um colega da minha esposa no Banco do Brasil, o Soniel. Um dia, ele me levou até a resi-dência dele e me apresentou vários LPs dos festivais de música nativista. O Soniel tinha uma bela voz e tocava violão. Começamos a nos encontrar nos jantares de sextas na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) e, em seguida, surgiu a ideia de se montar um grupo. Por su-gestão do Soniel procuramos o saudoso Dimorvan Saraiva, que trabalhava na CEEE na época. Ele, prontamente, com um belo timbre de voz, integrou o grupo. Mais

adiante, o Antenor Scapini e o saudoso Chiquinho Werner. E assim nos reuníamos no galpão do Jorge Moreira no Bairro Lajeadinho para fazer os ensaios. Depois come-çamos a ensaiar numa sala cedida pela própria AABB. Participamos de vários fes-tivais de música, do Galpão Crioulo, da Peña em Lajeado, da Reculuta da Canção Crioula em Guaíba. No livro faço uma narrativa de toda a trajetória.

JO – O Grupo Capivari existiu por quanto tempo?

Paulo – 10 anos. Depois, se desfez. Eu acabei me envolvendo com trabalho musical de MPB com a can-tora Stela Maris. Eu também já estava indo embora de Encantado, então termina-mos o grupo. O pessoal con-tinuou depois com o Grupo Tebiquari.

JO – Você resgata vários nomes no livro...

Paulo – Sim, muitas pes-soas. O Ênio Sartori, o Pedro Nolibus, o Valmor Griesang, o Jorge Moreira. Existia um trio, que era o Jorge Morei-ra compondo as letras, o Dr. Irineu Mariani, que era juiz da Comarca, fazia as músicas e o Grupo Capivari interpretava. Por exemplo, Canto ao Rio Xucro Taquari, a letra do Jorge e a música do Irineu. Mágoas de Barqueiro, Ronda de Pescador. No livro está tudo isso, a história dos festivais, as parcerias.

JO – Que momento marcante você ainda hoje destaca do Grupo Capivari?

Paulo – A premiação de primeiro lugar no Festival Peña da Canção Crioula, em Lajeado, com a música Canto ao Rio Xucro Taquari. Foi bastante marcante. Os en-cantadenses se fizeram pre-sentes no ginásio. Foi uma comitiva de Encantado para lá. Voltamos com buzinaço, a comemoração foi muito grande. Também ganhei o troféu de Melhor Intérprete do Festival. O Jorge Moreira até hoje compõe uma poesia nova e me manda. Tenho no meu computador uma pasta com as poesias do Jorge. Se um dia ele perder, é só me

ligar que eu tenho todas (risos).

JO – E a ideia de escre-ver um livro...

Paulo – Surgiu em 2004. Comecei a recordar os tem-pos de orquestra, aqueles fatos pitorescos que acon-teciam. Em Santa Cruz do Sul também fundei um trio, o Bossa Três, depois o Nova Bossa Musical. Foram tantas passagens engraçadas. Fui revivendo esses momentos e comecei a rascunhar. No final eram 110 histórias, aí vi que estava na hora de começar a por num livro. Contei com a ajuda muito importante do Irineu Mariani, que fez a revisão e a estruturação do texto. Dividiu o livro em partes, a fim de uma história fechar com a outra para tornar a leitura agradável. É uma obra que você pode abrir o livro aleatoriamente que vai ler uma história, não é como ficção que tu tens que começar do início ao fim para não perder o fio da meada. O meu é diferente. Faço uma ordem cronológica das datas. Tenho por hábito de colecionar recortes de jornal e o Opinião muito colaborou em função das da-tas. Preocupei-me muito em ilustrar com fotos da época.

JO – E o sentimento de ver o livro pronto?

Paulo – A emoção é quase igual a de quando nasce um filho. Fiquei muito emocionado. Editei mil exemplares.

LITERATURA

“Vivi em Encantado os anos dourados da minha vida”

Encantado - O músico santa-cruzense Paulo Luiz da Silva, 61 anos, lançou na quinta-feira (30), na Casa de Cultura Dr. Pedro José Lahude, o livro “Bastidores da Vida de um Músico: retrato de uma época”. A obra com 368 páginas resgata a paixão do escrivão judicial aposentado pela música. Um dos capítulos, “Encantos de Encantado”, relembra os 13 anos que Paulo viveu e trabalhou na cidade, período também em que ajudou a fun-dar o Grupo Nativista Capivari. Atualmente, ele reside em Florianópolis e é músico oficial dos eventos do resort Costão do Santinho, no Norte da

Ilha. Nesta entrevista, ele fala da alegria de poder homenagear Encantado na primeira obra literária de sua autoria.

Meu amigo Paulo SilvaQue contou nos “Bastidores”Alegrias, dissabores,De sua vida fez um relato,Pintando o próprio retratoDo músico que ainda é...Chegaste, às vezes, de a péPra animar algum fandango,Tocando Vaneira ou TangoEm baile fino ou arrasta-pé...

São fatos bem verdadeirosQue repontam tua históriaNos meandros da memóriaQue narraste sem rodeios...Teu “Bastidores” nos veioRevelar tua ternura

Ao Velho Pai Boaventura,E a saudade de permeio....

Tropeaste campo e coxilhasEnfrentando chuva ou vento,Musicando encantamentosCom lirismo e emoção,Palmilhaste este RincãoCom tua arte de caronaE apresilhando a CordeonaNos acordes do Coração...

“Tiraste Reises” em EncantadoCom os velhos “Seresteiros”, Cantaste o Rio e o BarqueiroDeste Xucro Taquari...E a saudade ficou aqui

Nos cantos de terra e chãoNas Tertúlias de GalpãoCom o Grupo Capivari !

Recordamos, pois, agoraOs amigos que se foramE que a saudade não morraNo sem fim dos corredores...O teu Livro “Bastidores”Desvendou novos sentidos, Trouxe novos coloridosDo teu tempo de Encantado...Teus encantos do PassadoJamais ficarão perdidos !...

JORGE MOREIRAEncantado, 30/08/2012

Nos bastidores da vida de um músico

Diogo DaRoit feDRizzi

Fotos: Juremir Versetti

Paulo com a esposa e as filhas

Livro começou a ser projetado em 2004Paulo se emocionou com o

poema de Jorge Moreira

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OURO VERDE

JORNAL OPINIÃO n 07 de setembro de 2012 15COLUNA DE NILSON DEBORTOLI - Página 18

Henrique Pedersini

Há cerca de cinco anos, o CFM teve à disposição uma safra de bons valores na modalidade de futebol feminino. A práti-ca ganhou tamanha força que a escolinha ganhou títulos como a Copa Piá, Garoto de Ouro e até Liga Futura, sob o comando de Fernando Radaelli e Tiago Marchese.

Algumas garotas seguiram no futebol. É o caso das jovens Ana Caliari Sestari e de Adrieli Berté. Atualmente, elas defen-dem as cores do Barateiro Futsal, time de Santa Catarina. Naturais de Progresso e moradores de Nova Bréscia, os pais de Ana, Milton José Sestari e Elizandra Calia-ri Sestari, e os pais de Adrieli, Luiz Berté e Isolde Melo Berté, receberam com satisfação a notícia de mais uma conquis-ta das filhas, que iniciaram a caminhada pelo clube catarinense em 2010, onde chegaram por indicação de uma atleta que já estava na equipe.

As meninas, que são amigas insepa-ráveis, têm uma rotina acelerada, onde estudam pela manhã e treinam na parte da tarde.

Tamanha é a qualidade da dupla, que

além da categoria sub 17, são aprovei-tadas na sub 20 e até são relacionadas na categoria principal. Ana é goleira, já Adrieli atua como ala e pivô, onde tem destaque em razão de seu porte físico.

TítulosNo final do mês de agosto, as garotas

disputaram a finalíssima da Taça Brasil Correios de Futsal Sub17 na divisão espe-cial, realizada em Igarassu, Pernambuco. Com boa atuação, a dupla contribuiu para que a equipe do Barateiro Futsal conquistasse o título. Na partida final, a vitória foi de goleada sobre o Náutico pelo placar de 4 a 1. No ano anterior, as meninas já haviam sido campeãs nacionais ao vencerem a competição disputada na cidade catarinense de Brusque. Responsável pelas defesas, Ana comemorou o fato de o time finalizar a competição com a melhor defesa entre os participantes. Adrieli pode comemorar o fato de o ataque da equipe ser o mais efetivo do campeonato.

Fernando Radaelli, que lapidou as meninas durante a passagem delas pelo CFM, ressaltou a qualidade delas. “Eu tive

o prazer de trabalhar essas meninas des-de pequenas, sempre foram dedicadas e interessadas, hoje elas estão colhendo os frutos disso”, avalia Radaelli. Com o título conquistado, as duas almejam ter oportunidades no grupo principal.

RevelaçãoAlém delas, outra menina com raízes

em Nova Bréscia foi destaque durante a semana. A jovem Talía, que chamava atenção por se destacar atuando com os meninos pelo CFM despertou interesse de um grande clube brasileiro. Talia Daroit, que atua na cidade de Chapecó em Santa Catarina, sempre mostrou que tinha talento para o futebol. Com cerca de 10 anos, a menina entortava garotos com a camisa do CFM e os longos cabelos loiros. Hoje, a garota é destaque do seu time, atuando com a camisa de número 10. O talento é tanto, que o Santos Fute-bol Clube está tentando levar Talia para São Paulo. A garota, que tem 15 anos de idade, divide seu tempo entre o futsal e a escola. O técnico Fernando Radaelli, amigo e conselheiro de Talia, se disse realizado pelo sucesso de sua ex-pupila.

Na décima primeira reportagem da série, conheça as histórias do Ouro Verde, que completou 30 anos no mês passado. PÁGINA 17

Atletas de Nova Bréscia ganham repercussão Nacional

Fernando Radaelli e Adrieli Berté

Ana Caliari Sestari

Fotos: Divulgação/CFM

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Encantado, 07 de setembro de 2012

A partir de hoje, o Jornal Opinião apresenta quatro histórias de

gente que acredita que a vida tem o tamanho dos seus sonhos e tudo

pode ser diferente.

PÁGINAS 6 e 7Josué Bigliardi

LITERATURAMúsico dedica capítulo

especial de livro para Encantado

PÁGINA 12

Juremir Versetti

ENART 2012Encantado classifica oito

tradicionalistas para a final

Gente que acredita no Turismosé

rie

Empresário Debrunes Biolchi investe na constru-ção de um hotel, às margens da RS 332, em Doutor Ricar-do. PÁGINAS 8 e 9

As peças chaves para a próxima estação

CADERNO MIx

O chuleador Mauro Laidens, do CTG Giuseppe Garibaldi, foi o campeão da

Inter-regional em Santa Vitória do Palmar

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