jornal opinião 43 nº 01

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10 artigo PV Salvador cresce 60% em 6 meses Verdes terão chapa própria em 2012 PV coloca problemas de Salvador na roda de discussão Cadê o Plano Municipal de Políticas para Mulher da cidade do Salvador? Além da copa, queremos quartos, sala, cozinha e banheiro. Notas sobre atividades relacionadas à causa Verde artigo ecoprático Salvador na roda acontece 03 Gordinhas contra a Energia Nuclear e as alterações no Código Florestal Domingo 5 de junho. Dia Mundial do Meio Ambien- te. Dirigentes, militantes, filiados e simpatizantes se reuniram no largo das gordinhas em Ondina para manifestar-se de forma di- ferente. Com uma camiseta sob medida vestiram as estátuas da artista Eliana Kertész com mensagens contra Energia Nuclear e o as alterações no Código Florestal aprovados na Câ- mara dos Deputados. Militantes e simpatizantes do PV em manifestação no dia do meio ambiente 04 08 12 09 03 Eures quer cidadanie ecológica nas escolas. .:. .:. .:. .:. PV Salvador inaugura lojinha. .:. .:. .:. .:. PV Salvador retoma reuniões abertas. .:. .:. .:. .:. Verdes presentes em Seminário Universitário. .:. .:. .:. .:. Fundação Getúlio Vergas oferece cursos gratuitos. .:. .:. .:. .:. DVDs de formação já estão disponíveis. .:. .:. .:. .:. Por unanimidade, STF vota pela legalidade da Marcha da Maconha. .:. .:. .:. .:. Verde assume presidência do Conselho da Mulher. .:. .:. .:. .:. Verde assume cadeira no CEJUVE. .:. .:. .:. .:. Subcomissão vai visitar Caetité. .:. .:. .:. .:. Segregação urbana é debatida. .:. .:. .:. .:. Sessão de vídeo discute sexualidade. .:. .:. .:. .:. PV alemão se torna o maior partido de oposição. .:. .:. .:. .:. Salvador perde o 1º lugar do turismo nacional. .:. .:. .:. .:. Festa de Iemanjá com participação Verde. .:. .:. .:. .:. Verdes visitam Parque das Dunas. .:. .:. .:. .:. PV Salvador promove palestra para pré-candidatos. entrevista 06 “Não quero que minha casa seja cercada por muros de todos os lados e que minhas janelas estejam tapa- das. Quero que as culturas de todos os povos andem pela minha casa com o máximo de liberdade”. Gandhi Jornal do PV Salvador / Bahia Edição / nº01, julho de 2011

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Jornal do PV de Salvador - Bahia

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Page 1: Jornal Opinião 43 nº 01

10

artigo

PV Salvador cresce60% em 6 mesesVerdes terão chapa própria em 2012

PV coloca problemasde Salvador na roda

de discussão

Cadê o Plano Municipal de Políticas para Mulher da cidade

do Salvador?

Além da copa, queremosquartos, sala, cozinha e

banheiro.

Notas sobre atividades relacionadas à causa Verde

artigo ecopráticoSalvador na roda

acontece

03

Gordinhas contra a Energia Nuclear eas alterações no Código Florestal

Domingo 5 de junho. Dia Mundial do Meio Ambien-te. Dirigentes, militantes, fi liados e simpatizantes se reuniram no largo das gordinhas em Ondina para manifestar-se de forma di-ferente. Com uma camiseta sob medida vestiram as estátuas da artista Eliana Kertész com mensagens contra Energia Nuclear e o as alterações no Código Florestal aprovados na Câ-mara dos Deputados.Militantes e simpatizantes do PV em manifestação no dia do meio ambiente

04 08 1209

03

Eures quer cidadanie ecológica nas escolas..:. .:. .:. .:.

PV Salvador inaugura lojinha..:. .:. .:. .:.

PV Salvador retoma reuniões abertas..:. .:. .:. .:.

Verdes presentes emSeminário Universitário.

.:. .:. .:. .:.Fundação Getúlio Vergas oferece

cursos gratuitos..:. .:. .:. .:.

DVDs de formação já estão disponíveis..:. .:. .:. .:.

Por unanimidade, STF vota pelalegalidade da Marcha da Maconha.

.:. .:. .:. .:.Verde assume presidência do

Conselho da Mulher..:. .:. .:. .:.

Verde assume cadeira no CEJUVE..:. .:. .:. .:.

Subcomissão vai visitar Caetité..:. .:. .:. .:.

Segregação urbana é debatida..:. .:. .:. .:.

Sessão de vídeo discute sexualidade..:. .:. .:. .:.

PV alemão se torna o maiorpartido de oposição.

.:. .:. .:. .:.Salvador perde o 1º lugar do

turismo nacional..:. .:. .:. .:.

Festa de Iemanjá com participação Verde..:. .:. .:. .:.

Verdes visitam Parque das Dunas..:. .:. .:. .:.

PV Salvador promove palestrapara pré-candidatos.

entrevista 06

Opinião 43 / julho / 2011 1“Não quero que minha casa seja cercada por muros de todos os lados e que minhas janelas estejam tapa-

das. Quero que as culturas de todos os povos andem pela minha casa com o máximo de liberdade”. Gandhi

Jornal do PV Salvador / Bahia Edição / nº01, julho de 2011

Gandhi

Jornal do PV Salvador / Bahia Edição / nº01, julho de 2011

Page 2: Jornal Opinião 43 nº 01

Participação e Envolvimento!“Ouço e esqueço. Vejo e me lembro. Faço e entendo.”

Confúcio

Essa é a primeira edição (de muitas), do novo ins-trumento que o Partido Verde de Salvador coloca a disposição, não apenas para o coletivo partidá-rio, mas para o conjunto da sociedade soteropo-

litana. O OPINIÃO 43, foi pensado para ser um canal de mão dupla, de representação das ideias do PV, mas em especial das

demandas de nossa cidade, da discus-são de temas essenciais para nosso convívio.

Nossa gestão a frente do PV sotero-politano, tem se esforçado sobremanei-

ra para fazer política de forma diferente e materializarmos um de nossos slogans: uma nova forma de ver o mundo e fazer política. Para isso ocorrer não há receita pronta: tod@s junt@s discutimos nosso futuro. Reuniões, debates, visitas, ações, atividades: o PV de Salvador nunca esteve tão movimentado. Estamos nos reunindo um ano antes da eleição. Discutindo os problemas da cidade e do cidadão.

Esses espaços são feitos para participação. Mas a participação precisa ir além. É preci-so também o envolvimento de tod@s. Todo mundo ensina e aprende. Aprende e ensina. O PV precisa de tod@s.

Estou certo que alcançaremos resultados vitoriosos em 2012. Mas precisamos en-tender que nosso principal objetivo e levar

uma mensagem diferente à sociedade. Que a políti-ca é algo vital para mudarmos a rota de um modelo

que nos trouxe ao caos: cada vez mais nossas cidades estão fi cando inóspitas, as pessoas desenvolvem novas doenças, os alimentos en-venenados, nossas fl orestas ameaçadas, radiação nos rondando dia e noite. Para isso temos a missão de capacitar cada militante do PV. E isso está sendo feito.

O OPINIÃO 43 cumprirá esse papel complementarmente. Mais um instrumento de formação politica e da cidadania. É pra isso que ele foi pensado. Aproveite!

Se envolva!

André FragaPresidente PV Salvador

editorial

Salvador Verde!Tenho acompanhado de perto a organização do Partido Verde em Salvador para fazer frente ao grande desafi o que está colocado, seja para a cidade, seja para o próprio partido. Vivemos em uma cidade onde os problemas nos encontram em cada esquina, e as soluções nos parecem cada vez mais distantes, a cada dia que passa. Para o PV na Bahia e em Salvador o desafi o reside em mantermos acesa a chama dos quase 30% dos votos válidos recebidos em 2010. Somos pequenos e temos difi culdades estruturais, mas tenho a certeza que com vontade e dedicação conseguiremos levar a mensagem verde ao povo soteropolitano.

Não tenho dúvidas ainda que representamos a única alternativa de fato nova para a cidade. Uma outra forma de fazer política e ver o mundo nos orienta desde nossa fundação na década de oitenta. Lá tivemos a coragem de defender bandeiras que ninguém ousava, o que sempre colocou o PV na vanguarda da política brasileira. É inte-ressante perceber que outros partidos trazem o debate ambiental em seus programas televisivos e partidários, nos dando a certeza de que quando o PV foi fundado em 1986, estávamos olhando à frente, além do horizonte.

Aqui na Bahia iniciamos o grande projeto politico do PV no estado em 2010. Candidato a governador, sena-dor e chapas proporcionais próprias nos mostraram que é possível sim caminharmos com nossas próprias pernas e defendermos nossas ideais, encontrando ressonância na sociedade, multiplicando nossos votos em todos os aspectos.

O ano de 2012 será mais uma etapa desse nosso projeto, e para que ele aconteça de forma vitoriosa precisamos trabalhar muito em 2011. Organizar a casa, debater nossas questões, discutir os problemas de nossas cidades, ampliar nossa base.

É isso que tenho visto em Salvador. É isso que fare-mos na Bahia!

Ivanilson GomesPresidente PV Bahia

2010. Candidato a governador, sena-dor e chapas proporcionais próprias nos mostraram que é possível sim caminharmos com nossas próprias pernas e defendermos nossas ideais, encontrando ressonância na sociedade, multiplicando nossos votos em todos os aspectos.

em 2011. Organizar a casa, debater nossas questões, discutir os problemas de nossas cidades, ampliar

É isso que tenho visto em Salvador. É isso que fare-

Ivanilson GomesPresidente PV Bahia

Essa é a primeira edição (de muitas), do novo ins-trumento que o Partido Verde de Salvador coloca a disposição, não apenas para o coletivo partidá-rio, mas para o conjunto da sociedade soteropo-

litana. O OPINIÃO 43, foi pensado para ser um canal de mão dupla, de representação das ideias do PV, mas em especial das

demandas de nossa cidade, da discus-

politano, tem se esforçado sobremanei-ra para fazer política de forma diferente e materializarmos um de nossos slogans: uma nova forma de ver o mundo e fazer política. Para isso ocorrer não há receita pronta: tod@s junt@s discutimos nosso futuro. Reuniões, debates, visitas, ações, atividades: o PV de Salvador nunca esteve tão movimentado. Estamos nos reunindo um ano antes da eleição. Discutindo os problemas da cidade e do cidadão.

Esses espaços são feitos para participação. Mas a participação precisa ir além. É preci-so também o envolvimento de tod@s. Todo mundo ensina e aprende. Aprende e ensina. O PV precisa de tod@s.

Estou certo que alcançaremos resultados vitoriosos em 2012. Mas precisamos en-tender que nosso principal objetivo e levar

uma mensagem diferente à sociedade. Que a políti-

expedientePartido Verde Salvador

Rua João Gomes 160, Rio VermelhoSalvador / Bahia

Fotografi as: Marcelo Tourinho ebanco de imagens do PV

Projeto gráfi co e diagramação: Hendrik AquinoTiragem: 3.000 exemplares

Site: www.pvsalvador.com.brTelefone: (71) 3017.5860E-mail: [email protected]

Grupos: [email protected]: www.fl ickr.com/pvsalvadorYouTube: www.youtube.com/pvssa43

Participe: mande textos, criticas, sugestões e/ou elogios

Opinião 43 / julho / 20112fo

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Page 3: Jornal Opinião 43 nº 01

A partir do tratamento dos da-dos desta lista o PV Salvador come çará a recadastrar os fi -liados que estão com os dados desatualizados. O mapa deixou claro ainda onde o PV precisa crescer mais a partir das zonas eleitorais.

Para o presidente do PV de Sal-vador André Fraga “o partido vive um momento ímpar. Con ti-nu amos a crescer após as elei-ções, estamos nos reunin do, dis cu tindo, enfi m construindo um PV muito mais forte em Sal-vador. Os dados apenas crista-lizam o que se vê a olho nu”.

CHAPA PRÓPRIASeguindo a estratégia adotada nas eleições de 2010, quando o PV Bahia conseguiu retomar uma cadeira na Assembleia Legislativa com a menor votação entre todos os eleitos, o PV soteropolitano está no processo de construção de uma chapa proporcional robus-ta para voltar a Câmara Munici-pal.

Com o movimento gerado de de-bates e discussões já são mais de 80 pré-candidaturas a vereança em Salvador pelo PV. A partir do aumento do numero de vagas na Câmara para 43 (ótimo número), o PV poderá lançar até 63 candi-datos o que signifi ca que o PV já

ultrapassou a meta estabelecida.“Uma chapa própria nos dará a certeza da eleição de verdes para a câmara municipal. Temos me-tas ousadas e vamos alcança-las. 2012 será de retorno do Partido Verde à Câmara Municipal e quem sabe da conquista do Palácio Tomé de Souza, com uma candidatura a prefeitura”, declara André Fraga.

CRITÉRIOSConsiderando o expressivo núme-ro de pré-candidaturas a vereança, O PV Salvador adotará critérios para, se necessário, “desempatar” candidaturas. Alguns dos critérios já podem começar a ser obser-vados pelos pré-candidatos tais como regularidade nas contribui-

Encerrado o prazo para envio da lista com fi liados para o TRE, o Partido Verde de Salvador registrou um crescimento de mais de 60% desde a última lista, em outubro de 2010. O número de fi liados aumentou de 407 para 652 verdes soteropolitanos, o que signifi ca um aumento de 60,2% em apenas sete meses, já considerando as desfi liações.

ções fi nanceiras, participação e envolvimento nas atividades do partido, organiza ção de ati-vidades nas bases de atuação, etc. A partir de outubro um pro-cesso de defi nição e adoção de critérios será disparado para a construção da chapa proporcio-nal. A participação nas ativida-des de formação política será um dos itens mais cobrados. “Não adianta se fi liar ao PV para ser candidato. É preciso estar preparado para carregar nossa bandeira, e para isso es-tamos proporcionando muitos espaços de debate e formação para capacitar os militantes, fi -liados e candidatos”, defende André Fraga.

PV Salvador cresce60% em 6 mesesVerdes terão chapa própria em 2012

capa

Domingo 5 de junho. Dia Mundial do Meio Ambiente. Dirigentes, militantes, fi liados e simpatizantes se reuniram no largo das gordinhas em Ondina para manifestar-se de forma diferente. Com uma camiseta sob medida vestiram as estátuas da artista Elia-na Kertész com mensagens contra Energia Nuclear e o as alterações no Código Flores-tal aprovados na Câmara dos Deputados.

O grupo distribuiu 10.000 pan-fl etos para os carros e os tran-seuntes convocando a socie-dade a se mobilizar e impedir o retrocesso na alteração do Código Florestal e a retomada do programa nuclear brasileiro, bem como o investimento em

fontes renováveis de energia.

“O Código fl orestal vai agora para o senado e precisamos saber como pensam nossos senadores. A sociedade precisa se mobilizar e barrar esse retrocesso ago-ra no senado”, declarou André Fraga presidente do PV Salvador. O panfl eto convoca a sociedade baiana a procurar os três senado-res do estado e se manifestarem contra as alterações no código fl orestal, que passará por vota-ção no senado.

A manifestação reuniu cerca de 60 pessoas e atraiu a atenção de todos que passavam, inclusive turistas que aproveitaram para fotografar-se junto com o Partido Verde.

Gordinhas contra a Energia Nuclear eas alterações no Código Florestal

Militantes e simpatizantes do PV em manifestação no dia do meio ambiente

Opinião 43 / julho / 2011 3

Page 4: Jornal Opinião 43 nº 01

Meu povo, preste atençãoNa roda que eu te fi zQuero mostrar a quem vemAquilo que o povo diz

Agora vou divertirAgora vou começarQuero ver quem vai sairQuero ver quem vai fi carNão é obrigado a me ouvirQuem não quiser escutar

Quem tem dinheiro no mundoQuanto mais tem, quer ganharE a gente que não tem nadaFica pior do que estáSeu moço, tenha vergonhaAcabe a descaraçãoDeixe o dinheiro do pobreE roube outro ladrão

Agora vou divertirAgora vou prosseguirQuero ver quem vai fi carQuero ver quem vai sairNão é obrigado a escutarQuem não quiser me ouvir

Quero ver quem vai dizerQuero ver quem vai mentirQuero ver quem vai negarAquilo que eu disse aqui

Agora vou terminarAgora vou discorrerQuem sabe tudo e diz logoFica sem nada a dizer

Quero ver quem vai voltarQuero ver quem vai fugirQuero ver quem vai fi carQuero ver quem vai trair

Por isso eu fecho essa rodaA roda que eu te fi zA roda que é do povoOnde se diz o que diz

Roda, Gilberto Gil

Salvador é a terceira capital do país em termos demográfi cos, e já en-frenta problemas sérios sob todos os aspectos que vão desde a histórica desigualdade cristalizada em bair-ros centrais equipados e seguros às periferias distantes, insalubres e precárias, aos (nem tão) recentes congestionamentos quilométricos, a constante derrubada das poucas áreas verdes que ainda existem e ao sepultamento dos nossos rios.

Aliado a esse caos urbano instalado em nossa cidade, a inexistência de espaços que proporcionem o debate e que vislumbrem possíveis soluções deixam a sensação de que a cidade caminha para o aprofundamento dos problemas e o esgotamento de qualquer possibilidade de convívio urbano com qualidade de vida. Nes-se sentido o Diretório Municipal do Partido Verde em Salvador ideali-zou e tem promovido o Salvador na Roda.

O Salvador na Roda é um projeto composto de um seminário mensal ao longo do ano de 2011 e foi pensa-do para ser um espaço de discussão dos problemas urbanos da capital baiana, o intercambio de ideias com os mais diversos segmentos da so-ciedade, colocando Salvador na roda de discussão, bem como resgatar o caráter de movimento que moveu a fundação do PV e reunir os mais diversos segmentos sociais ao redor

PV coloca problemasde Salvador na roda

de discussãoSalvador na Roda cresce a cada edição realizada

de um projeto para a cidade, que integre democracia, planejamento e meio ambiente. A partir da síntese dos debates, será construído um programa para a cidade, elemento de discussão política e de defesa eleitoral em 2012.

Iniciado em março com o debate título Salvador: ainda dá pra plane-jar?, já discutiu também Mobilidade Urbana: trânsito, transporte e susten-tabilidade em abril e Drogas: Saúde ou Segurança Pública? em maio, o Salvador na Roda tem sido um espaço plural de discussão e formação política e já reuniu mais de 400 pessoas. Em junho o tema foi Áreas Verdes Urbanas fe-chando o primeiro semestre. No segun-do semestre outros temas serão dis-cutidos como Se-gurança Pública e Promoção da Paz, Cultura, Educação, Saneamento, Habitação, Economia, etc..“Tanto para o PV e seus militantes quanto para a cidade, penso que

o debate traz temas essenciais para encontrarmos possíveis soluções para nossos problemas. Só assim, juntando Academia, sociedade civil e todos os outros atores sociais é que podemos pensar em mudanças”, declara André Fraga, presi-dente do Diretório do PV Salvador.

eventos

Opinião 43 / julho / 20114

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Salvador: ainda dá pra planejar? [Teatro do ICBA,26 de março, 14 horas]

Discutindo Planejamento Urbano o PV Salvador abriu o calendário de debates sobre a cidade e o projeto Salvador na Roda no dia 26 de março. Cerca de 100 fi liados, militan-tes e simpatizantes participaram ativamente do debate que contou com a presença dos arquitetos e urbanistas Paulo Ormindo e Lourenço Mueller.

Para Ormindo, professor dos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBA, ainda é possível pensar em um planejamento para a acidade. “Salvador vive uma das crises urbanas mais graves do país. Mas essa crise tem raízes históricas nos últimos 40 anos”. De acordo com Ormindo Salvador está fali-da, pois se confi gura basicamente como uma cidade dormitório e a municipalidade trans-fere a prerrogativa de planejar ao mercado privado que se apresenta com projetos que são assumidos pelos gestores municipais.

Já Mueller, articulista do jornal A Tarde e urbanista da CONDER, é entusiasta da bicicleta enquanto meio de sairmos de uma crise urbana crescente. “A bicicleta talvez seja a resposta que sintetize todas as nossas angústias. A infraestrutura para o uso da bicicleta custa 30 vezes menos que para os automóveis, que são os grandes responsá-veis pelo imobilismo urbano que estamos chegando”. Para Mueller precisamos fazer com que as pessoas passem a usar a frase “Minha cidade Minha vida” para demonstra-rem uma relação de maior pertencimento com a urbis.

Mobilidade Urbana: Trânsito, Transporte e Sustentabilidade[Grande Hotel da Barra,30 de abril, 14 horas]

O segundo debate reuniu mais de 200 pessoas discutindo a mobilidade urbana de Salvador em dois painéis com dois debate-dores cada. O primeiro com o secretário es-tadual extraordinário para Assuntos da Copa 2014 Ney Campello e o arquiteto e urbanista Francisco Ulisses, técnico sênior de Trans-portes da Prefeitura e um dos elaboradores do projeto da Rede Integrada de Transportes de Salvador. O segundo bloco contou com Horácio Brasil, superintendente do SETPS, e o engenheiro Osvaldo Magalhães, espe-cialista em transportes e consultor da FIESP. Para Horácio Brasil “em quase 40 anos que trabalho na área de transporte e mobilidade, não me lembro de um partido político ter puxado uma discussão como essa. O PV saiu na frente”.

As discussões sinalizaram para a necessida-de imediata de instalação do Conselho Mu-nicipal de Transportes e pela integração dos diversos modais incluindo os deslocamentos a pé e com bicicletas e não pode-se reduzir o debate à escolha entre o BRT ou VLT. Esti-veram presentes o presidente da Associação dos Bicicleteiros da Bahia, Gilson Cunha, o presidente do Instituto dos Arquitetos da Bahia, Daniel Colina, o arquiteto e urbanista Lourenço Mueller, o conselheiro de Juven-tude da Bahia, Marcelo Tourinho, membros do Movimento Massa Critica Salvador ( que entregaram ao partido o Manifesto Massa Crítica Salvador, com propostas de ações para melhorar a mobilidade dentro de Sal-vador, tendo como foco especial os modais bicicleta e pedestres, prontamente integrado às propostas do PV Salvador) e do Movi-mento Eu Quero VLT em Salvador, além de militantes, fi liados e simpatizantes do Partido Verde.

Drogas: Saúde ou Segurança Pública?[Escola Politécnica da UFBA,14 de maio, 14 horas]

Na terceira edição o projeto Salvador na Roda discutiu a temática ligada às subs-tâncias psicoativas com Antônio Nery Filho, fundador e coordenador geral do Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas (Ce-tad); Edward MacRae sociólogo-antropólogo professor da UFBA e atualmente membro do Conselho Nacional Antidrogas -CONAD e membro da Câmara de Assessoramento Técnico-científi co do CONAD; e Marcio Vilas Boas, delegado da direção da Narcóticos da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia.

O evento iniciou com a leitura da terceira se-ção, do capítulo oito do programa do Partido Verde que trata especifi camente da questão das drogas.

O professor Edward MacRae começou sua intervenção declarando concordância com o programa do PV sobre drogas, mas salienta que ainda há um longo caminho a percorrer. “Mesmo com a mudança na lei sobre drogas, com a redução das penas para usuários, a situação ainda permanece como antes, com poucos espaços para o debate já que a grande mídia trata do tema de forma extremamente conservadora, o que acaba por infl uenciar parte signifi cativa da socieda-de. Temos hoje mais de oitenta mil pessoas cumprindo pena por tráfi co de drogas no Brasil. Será que a solução é construir mais cadeias?”. O professor lembrou ainda que a proibição do consumo de substâncias psico-ativas sempre foi um instrumento de controle de populações marginalizadas.

Para o professor Antônio Nery Filho, “Dro-ga não tem alma, não pensa, não sente. Precisamos considerar as drogas, os seres humanos e as condições socioeconômicas onde todos se encontram. O consumo de substâncias psicoativas não é uma causa e sim um sintoma social e por isso a forma de trata-la deve considera-la nesse sentido: um sintoma social”. Para Nery é essencial restabelecer pactos morais na sociedade, resgatar a cordialidade no trato cotidiano e revalorizar a vida enquanto elemento de diálogo com a morte. Ainda de acordo com Nery não podemos pensar em uma política de drogas com a separação entre saúde e segurança. “Não gosto de políticas setoriais. Precisamos ter uma política de Educação, Saúde, Segurança, Desenvolvimento Urba-no, todas integradas para que a vida permita oportunidades a todos, espaço a todos”.

Em seguida o delegado Márcio Vilas Boas iniciou sua fala contextualizando a questão em debate com o direito penal, salientando que a mudança na lei 11.343/2006 trouxe a despenalização do usuário. Expôs as diversas ações empreendidas pela Secreta-ria de Segurança Pública sobre as drogas e invocou a sociedade a se mobilizar.

Parques e Áreas Verdes Urbanas[Catussaba Hotel,04 de junho, 14 horas]

Um sábado de sol com jogo da seleção brasileira não impediu a participação ativa de quase 200 fi liados, militantes e simpatizantes do PV em uma edição do Salvador na Roda, que debateu a situação das áreas veredes e parques de Salvador.

Contando com a presença do vereador San-doval Guimarães (PMDB), autor de projetos de lei criando cinco parques municipais; Jorge Santana, coordenador do Parque das Dunas; a arquiteta Regina Luz, responsável pelo projeto de revitalização do Parque São Bartolomeu; a arquiteta Maria Angela Dange, com diversos trabalhos em Salvador inclusi-ve o parque do Campo Grande, e o Vice-Presidente do PV Salvador, José Augusto Saraiva.

Para Ivanilson Gomes, Presidente Estadual do PV Bahia e membro da Direção Nacional do PV, presente no evento, “o PV Salvador tem dado um bom exemplo do papel que deve exercer um Partido Político, discutindo os problemas da cidade e dos cidadãos. Tem sido tão interessante que outros partidos da capital e dirigentes verdes de diversos municípios e até outros estados tem se ins-pirado na experiência desenvolvida aqui na capital baiana, e estão replicando a iniciativa soteropolitana”.

Para André Fraga, Presidente do PV Salva-dor, “o debate sobre a questão é essencial em um momento que o Congresso Nacional tem em mãos o projeto de reforma do código fl orestal que contém retrocessos impen-sáveis para um país que se pretende uma economia do século 21. Reduzir a preser-vação do verde que protege rios e encostas e mantem a biodiversidade no campo só aumentará a incidência dos problemas ambientais”. Ainda de acordo com Fraga, “o que temos visto acontecer no PV Salvador é a vitória do coletivo sobre o individual. Aqui todos e todas discutem e trabalham juntos. Não há espaço para carreira solo. Estamos construindo verdadeiramente de forma cole-tiva o Partido Verde. A democracia aqui não está em nossos discursos, e sim em nossas práticas”.

Ao fi m do debate fi cou clara que os conse-lhos gestores dos parques precisam funcio-nar de forma ativa e que cabe a prefeitura subsidiar tais atividades. Há ainda um pleito pelo real funcionamento dos conselhos municipais de meio ambiente e da cidade, ainda cambaleantes ou nulos. Uma política municipal para as áreas verdes e parques também foi discutida. Os encaminhamentos do debate comporão o programa verde para Salvador que vem sendo construído desde janeiro e seguirá até dezembro de 2011.

Opinião 43 / julho / 2011 5

Page 6: Jornal Opinião 43 nº 01

O43: Quais os maiores desafi os em presidir o PV em Salvador?Eu diria que todos. Primeiro sou jovem e muitas pessoas se sur-preendem quando me conhecem, mas temos construído uma gestão coletiva. O PV de Salvador estava inerte. Não se reunia, não se orga-nizava, não se comunicava. Sequer havia um CNPJ. Não havia lista de fi liados atualizada, não havia um meio de comunicação institucional e os processos, inclusive eleitorais, eram feitos na base da improvisa-ção. Deixamos de ser referência na cidade. Retomar isso não é fácil. Estamos empreendendo uma força tarefa que está atuando em todas as frentes para recuperarmos o tempo perdido e recolocarmos o PV como referência nos grandes deba-

tes da cidade. A partir do Salvador na Roda estamos construindo uma agenda de discussões e um progra-ma para a cidade que capacitará o PV a entrar no debate da cidade. É essencial que resgatemos o caráter de partido movimento que motivou a fundação do PV e que nos dife-rencia dos demais, além de nossas bandeiras históricas. Há outro ele-mento essencial que é tornar o PV orgânico em Salvador, estarmos nos bairros, dar a cara do povo so-teropolitano ao partido. Essa parte inclusive tem sofrido resistências internas, mas seguiremos no proje-to de popularização verde.

OPINIÃO 43: Como é presidir o PV da terceira capital do país com apenas 27 anos?

Um desafi o. Nossa sociedade tem o hábito de tratar a juventude a partir de um prisma da domestica-ção. Mas é interessante quando vou a reuniões e coordeno ativida-des e o partido começa a aparecer de forma positiva. Mas acredito que o grande exemplo fi ca para os jovens, que percebem que um jovem como ele está na política, trazendo novas ideias, arejando antigas estruturas. Gosto muito de uma citação de Karl Mannheim que nos diz que a juventude “... chega aos confl itos de nossa sociedade moderna vinda de fora. E é este fato que faz da juventude o pioneiro predestinado de qualquer mudança na sociedade”.

O43: O que é o Salvador na

Roda?Salvador na Roda é o um espa-ço de debate construído pelo PV Salvador. Uma vez por mês duran-te 2011 debatemos um tema com professores, pesquisadores, movi-mentos sociais, empresários, enfi m com todos os segmentos da socie-dade. A partir da síntese e sistema-tização desses debates e seguindo as linhas do programa partidário montaremos um programa para a cidade. Esse será nosso principal instrumento na disputa eleitoral em 2012. Entraremos com propostas, ideias. Claro que esse espaço tam-bém foi pensando para a formação de nossos quadros. Candidatos a vereador, prefeito precisarão as-sumir o discurso desse programa construído coletivamente.

Engenheiro Ambiental, aluno especial do Mestrado em Urbanismo na UFBA e estudante do MBA em Gerenciamento de Projetos da Fundação Getúlio Vargas-FGV, André Fraga tem 27 anos. Começou a participação polí-tica na Universidade onde foi presidente do Diretório Acadêmico de Engenharia Ambiental e do Diretório Central dos Estudantes-DCE. Foi também presidente da Executiva Nacional dos Estudantes de Engenharia Ambiental-ENEEA, e Vice-Presidente da União dos Estudantes da Bahia-UEB. A pouca idade esconde sua já longa trajetória verde: em 8 anos de militância partidária é membro da Direção Estadual, do Conselho Nacional e recentemen-te assumiu uma missão e tanto: reorganizar o PV da capital baiana e preparar o partido para as eleições de 2012. Nesse bate papo André fala do projeto politico para o PV soteropoli-tano e as expectativas eleitorais.

Trocando ideia André Fraga

entrevista

No encontro de jovens com Marina Silva-Itú-SP Com Edson Duarte e Sandro Tuxá em Paulo Afonso Visitando as obras da transposição doRio São Francisco em Pernambuco

Engenheiro Ambiental, aluno especial do Mestrado em Urbanismo na UFBA e estudante do MBA em Gerenciamento de Projetos da Fundação Getúlio Vargas-FGV, André Fraga tem 27 anos. Começou a participação polí-tica na Universidade onde foi presidente do Diretório Acadêmico de Engenharia Ambiental e do Diretório Central dos Estudantes-DCE. Foi também presidente da Executiva Nacional dos Estudantes de Engenharia Ambiental-ENEEA, e Vice-Presidente da União dos Estudantes da Bahia-UEB. A pouca idade esconde sua já longa trajetória verde: em 8 anos de militância partidária é membro da Direção Estadual, do Conselho Nacional e recentemen-

Com o Deputado Federal Fernando GabeiraCom o Deputado Federal Edgard Mão Branca Juventude do PV com Marina em BrasíliaCom Marina Silvaem Salvador

Liderando mobilizações estudantisCom o Frei Dom Luiz Cappio

Opinião 43 / julho / 20116

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O43: Como você avalia o cenário politico da capital?Salvador passa por uma situação muito complicada. A qualidade de vida, aquela cidade aprazível já não existe mais. Vivemos em uma cidade repleta de problemas. E as soluções fi cam hoje a cargo de grandes grupos empresarias que verdadeiramente governam nossa cidade. É claro que todo interesse é legitimo até certo ponto. E cabe ao Estado ser o elemento planeja-dor, conciliador de interesses. Não é o que acontece hoje. Poucos segmentos ditam as ordens e orga-nizam a cidade ao seu bel prazer. Gestão não existe e nossos proble-mas se agravam.

O43: E como o PV se posiciona

nesse contexto?O PV tem procurado debater um novo modelo de gestão para Sal-vador. Sabemos que a cidade é pobre em recursos, mas podemos pensar de forma diferenciada a economia da cidade. Pensar a Eco-nomia Criativa, tentar constituir um polo industrial limpo com fabricas que gerem empregos verdes com incentivos fi scais. Enfi m, estamos juntos nesse esforço de pensar um novo modelo para a cidade. E esse novo modelo o PV defende há mais de 25 anos.

O43: Qual a estratégia do PV para 2012?O Partido Verde em Salvador, manterá a estratégia iniciada com as eleições de 2010 quando elege-

mos um Deputado Estadual (Eures Ribeiro) com a menor votação do estado: chapa própria. Time que não disputa campeonato não tem torcida e hoje o PV conta com uma das maiores torcidas. Tivemos 20 milhões de votos em todo o Brasil. Aqui em Salvador tivemos 30% dos votos válidos. Isso nos dá uma responsabilidade e tanto. É preciso manter acesa a chama dos que acreditaram no projeto do Partido Verde. Mas é importante frisar que para poder levantar a bandeira do PV os candidatos deverão passar por um intenso e longo processo de formação política. Não adianta chegar e querer ser candidato. Se não tiver identidade, não vai ser candidato.

O43: Então o PV lançará uma candidatura à prefeitura?Hoje a maioria absoluta do conjunto partidário defende uma candidatura majoritária. Faço parte dessa ala e penso essencial ao nosso projeto termos uma candidatura própria à prefeitura. Precisamos apenas tra-balhar para construir as condições efetivas no sentido de estarmos es-truturados para essa missão. Quan-to à chapa proporcional já temos a certeza de que sairemos sem coligação. Teremos 63 candidatos a vereança em Salvador, mesmo en-frentando resistência de uma parte do PV que ainda pensa pequeno e que defende o lançamento de poucas candidaturas. Nossa meta é elegermos entre 1 e 4 vereado-res. Retornar à Câmara Municipal

é vital para o PV. Estamos há mais de 8 anos fora do debate municipal e com resultados eleitorais pífi os nas últimas eleições locais.

O43: Já existe algum nome defi -nido para disputar a prefeitura?Bom, de forma ofi cial não abrimos o processo de discussão de no-mes. Estamos discutindo o perfi l. O importante é termos uma candi-datura. Há quem defenda que o PV não tenha candidaturas majoritárias dizendo que ainda não é a hora. Ora, se o mundo inteiro discute a agenda ambiental quando então será nossa hora? Se nas ultimas eleições 20 milhões de brasileiros digitaram 43 na urna, não é hora de disputarmos cargos majoritários? Os que assim pensam devem estar

esperando Godot.

O43: Do ponto de vista ambiental como está Salvador?Salvador está inóspita. O trânsito é caótico. Os rios poluídos ou sepul-tados. O verde sendo devastado. Não há qualidade de vida. Nada funciona. A agenda ambiental não é prioridade para o atual prefeito. Veja que quando eleito no pri-meiro mandato tinha assumido o compromisso com o PV, ainda na campanha, de criar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O segundo mantado está acabando e a secretaria você viu? Nem eu! Os conselhos quando existem não funcionam. O de meio ambiente? O de transportes? O da cidade? Não há espaços para participação. Os

rumos da cidade são defi nidos nos gabinetes.

O43: Como então resolver esses problemas?Não há formula mágica. Precisa-mos construir um movimento que envolva a todos e todas no sentido de encontrarmos soluções. Mas isso só acontecerá se espaços de participação efetiva forem propor-cionados. Outra questão é que é vital pensar Salvador no contexto metropolitano. Nossos problemas são devem ser solucionados junto com Lauro de Freitas, Camaçari, Simões Filhos, Candeias e etc. A copa do mundo vem aí e temos a oportunidade de amenizar certos problemas, por que não acredito que teremos a redenção com a

vinda da copa. Além do mais o planejamento precisa fi car a cargo da gestão governamental e não podemos mais passar a solução de problemas para a iniciativa privada pura e simplesmente.

O43: Então Salvador tem solu-ção?Claro que tem. Mas precisamos estar todos juntos. O PV estará sempre de olho e contribuindo para o debate, bem como convocando a sociedade para o debate e a cons-trução de novas possibilidades. Eu diria que a senha é CIDADANIA. Depende de nós. Com dizia nosso saudoso Milton Santos: “A vontade política é o fator por excelência das transfusões sociais”.

Com Marcelo Silva (presidente do PV Ceará) eIvanilson Gomes (Presidente PV Bahia) em Juazeiro

Inauguração da sede do PV em Mucuri-BACom José Luiz Penna (presidente nacional do PV)na festa de Iemanjá em Salvador

Com o Deputado Federal Fernando GabeiraCom o Deputado Federal Edgard Mão Branca Juventude do PV com Marina em BrasíliaCom Marina Silvaem Salvador

Liderando mobilizações estudantisCom o Frei Dom Luiz Cappio

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Após duras batalhas e debates as Mulheres brasileiras, no plano na-cional, conseguiram um espaço de representação ofi cial na sociedade e levar seus dilemas ao rol das Políticas Públicas com a criação, em janeiro de 2003, da Secretária Especial de Polí-ticas para as Mulheres da Presidência da República, órgão que tem status de Ministério. Em março de 2008 o pro-duto do esforço se concretizava com o II Plano Nacional de Políticas para Mulheres sancionado pelo Decreto 6.387 de 5 de março de 2008. No plano estadual, o Governo do Estado da Bahia, sob a pressão do movimento de mulheres, seguiu as diretrizes do Governo Federal e entre os anos de 2008 e 2009, aderiu ao Plano Nacional de Políticas para Mu-lheres. Tal fato, possibilitou a captação de recurso federais e viabilizou uma série de ações, que potencializaram as Políticas para Mulheres em diversos municípios do Estado da Bahia.O município de Salvador se mostrou omisso nas questões relacionadas a Políticas Públicas para Mulher, pois até os dias de hoje não dispõe de um Plano Municipal de Políticas para as Mulheres. Ou seja, as mulheres Sote-ropolitanas, estão perdendo a oportu-nidade de fortalecer a rede de pro-teção, promover o enfrentamento da violência contra mulher como também viabilizar as diversas ações do II Plano Nacional de Políticas para Mulheres a saber: a)Autonomia Economica e Igualdade no mundo do trabalho com inclusão social; b) Educação inclusiva, não-sexista, não-racista, não-homofó-

bica e não-lesbofóbica; c) Saúde das mulheres, Direitos Sexuais e Direitos reprodutivos; d) Enfrentamento a todas as formas de violência contra as mulheres; e) Participação das mulhe-res nos espaços de poder e decisão; f) Desenvolvimento sustentável no meio rural, cidade e fl orestal, com garan-tia de justiça ambiental, soberania e segurança; g) Direito a Terra, mora-dia digna e infra-estrutura social nos meios rural e urbano, considerando as comunidades tradicionais; h) Cultu-ra, comunicação e mídia igualitárias, democráticas e não discriminatórias; i) Enfrentamento do racismo, do sexismo e da lesbofobia; j) Enfrentamento das

Mesmo tendo sido a primeira capital brasileira, mesmo possuindo um dos mais ricos acervos históricos do país, com suas inúmeras e belas praias. E sem mencionar o fato de ter sido esco-lhida como sendo uma das 13 cidades que receberão jogos da copa do mun-do de 2014. Nada disso impediu que a capital soteropolitana parasse no tempo quando o assunto é TURISMO. Ou se não parou retrocedeu o que é bem pior!Parar ou retroceder? Pessimismo ou realidade? Profi ssionalismo ou amado-rismo?Pesquisas recentes apontam, dentre as cidades, que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014 Salvador como a que registra o maior número

de denúncias de exploração sexual de jovens e adolescentes, segundo dados do Ministério do Turismo (Mtur).Pode-se somar para essa estagnação ou retrocesso do turismo fatores como: Segurança, mobilidade urbana, lim-peza, serviços, e a lista de problemas não para por aí.Já existem algumas pesquisas apon-tando a cidade de Fortaleza-CE, como sendo o principal destino turístico da região nordeste do Brasil. Isso quebra um longo período de hegemonia da capital Baiana como a líder de merca-do na região. Mostrando que não da para manter-se na posição de lide-rança apenas com o crescimento no período momesco.Como assim? Cadê o turista atraídos

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Que turismo queremos?

Marcelo Domingos *______________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Cadê o Plano Municipal de Políticaspara Mulher da cidade do Salvador ?

Célia Sacramento*______________________________________________________________________________________________________________________________________________

desigualdades geracionais que atin-gem as mulheres, com especial aten-ção as jovens e as idosas k) Gestão e monitoramento do plano.Parece desnecessário comentar coi-sas miúdas, mas para melhor elucidar o descaso do governo municipal frente às questões vinculadas ao direito adquirido pelas Mulheres, vale comen-tar um fato curioso: hoje um veiculo destinado, através de recursos capta-dos do governo federal, pela Superin-tendência Estadual de Políticas para Mulher do Estado da Bahia, para uma das entidades que compõe a Rede de Proteção a Violência contra Mulher de Salvador, se deteriora num pátio de

estacionamento pelo simples desca-so e descomprometimento do poder executivo municipal que se exime de apenas despachar por assinatura um termo de posse para o recebimento do veículo.A existência das Mulheres nos eixos de comando e desenvolvimento de leis fará de forma paulatina o enfra-quecimento dos pilares machistas e por reboque a quebra de paradigmas seculares que sempre, de forma tácitas, prejudicaram qualquer tipo de ascensão das Mulheres em postos de decisão. A população da cidade do Salvador é constituída de 52% de mulheres é um evidente desequilíbrio ter apenas cinco mulheres na câmara municipal na imensidão das 41 cadei-ras existentes. Além de conquistar à possibilidade da voz e determinar seu destino a mulher soteropolitana preci-sa se enxergar no poder. Dessa forma, nos mulheres precisamos construir estruturas simbólicas não apenas para nossas fi lhas, mas para que nossos fi lhos cresçam com a mentalidade de equidade e respeito à sua mãe, sua esposa, suas irmãs e suas fi lhas, enfi m a Mulher.

Célia Sacramento é Contadora e AdvogadaProfessora da Universidade Federal da Bahia - UFBA, Professora da Universidade Estadu-al de Feira de Santana – UEFS, Superinten-dente do Conselho Regional de Contabilida-de do Estado da Bahia -CRC, Integrante do Núcleo de Mulheres do Partido Verde – PVPresidente da Cooperativa Nacional de Professores - CONAPROF e Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher do Município de Salvador

pelo nosso rico centro histórico (Pelou-rinho) ? Cadê os turistas que vinham às nossas magnífi cas praias? Simples: Pelourinho tornou-se um lo-cal com fama atrelada a insegurança, droga e abandono, ou seja, totalmente inóspito ao turismo. Orla marítima após a retirada das barracas tornou-se uma favela a céu aberto, cheio de co-merciantes ambulantes sem nenhuma estrutura e higiene. Não existe chuvei-ros e ou banheiros públicos. Não exis-te nada a não ser o total abandono. Simplifi cando tornou-se um fardo a ida a praia por parte dos soteropolitanos quem dirá dos turistas.Mas afi nal que turismo queremos para nossa Salvador?Queremos um turismo que faça

propostas de mudanças para melhor, que pense em soluções para nosso principais problemas, que pense e viva o turismo de forma efi ciente e efi caz. Propomos um novo turismo, um turismo baseado no bem e mais humanizado. O turismo da divisão de rendas e da economia solidaria. O tu-rismo da geração de empregos e bem estar social. O turismo da revitalização e conservação. O turismo da susten-tabilidade e preservação... Por fi m um Turismo verde para Salvador!

*Marcelo Domingos é bacharel em turismo, pós graduado em gestão ambiental, profes-sor e ex- presidente da Federação Nacional de Estuantes de Hotelaria e Turismo (FE-NEHTUR).

artigos

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Nossa Salvador encontra-se próxima ao colapso, exposta a uma multipli-cidade de condições especiais de formação de riscos socioambientais e urbanos, com boa parte da população e seus bens em condições bastante vulneráveis, em diversas situações de ameaças, no que se refere a diferen-tes aspectos, notadamente quanto à mobilidade, à falta de segurança, de estrutura (infra e super), com amplia-ção de áreas precárias e pontos de riscos, além do imenso défi cit habita-cional existente, acumulado e cres-cente. A concentração e a densidade populacional apresentam-se bastante elevadas em certos trechos da urbe e do território municipal, gerando irrita-bilidade, estresse e violência, registra-dos em diversas ocorrências e maté-rias jornalísticas.Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-IGBE) de 2007, o défi cit habitacional na Re-gião Metropolitana de Salvador (RMS) é de 141 mil unidades, mostrando também que a Bahia tem um défi cit de 636.522. Estima-se que 90% deste dé-fi cit englobam justamente as famílias de baixa faixa de renda. Esses dados, que confi guram a pior situação dentre as regiões metropolitanas do nordeste brasileiro, foram apurados pelo Minis-tério das Cidades em parceria com a Fundação João Pinheiro (FJP). Deve-se buscar também a constatação da gravidade e da profundidade dos riscos, seus fenômenos geradores e a extensão dos possíveis danos, num conjunto de situações de natureza (diferenciadas e desiguais), em pro-cessos adversos, quanto à qualidade e condições de vida humana.Segundo o Jornal A TARDE, de julho de 2009, a partir de dados levantados no Ministério das Cidades, aponta-se que das 10.958 unidades contratadas na Bahia de abril a junho, apenas 1.096 são em Salvador. Dessas novas

moradias previstas para Salvador, ape-nas 200 unidades são voltadas para as famílias com renda entre zero e três salários míni-mos, um número que representa apenas 2% do volu-me total.É preciso, portan-to, urgentemente, partir para o desafi o de implementar políticas públicas, modelos de gestão, ações estratégicas e intervenções, planejadas, conver-gentes e articula-das, voltadas para a produção de mo-radias e construção de unidades habita-cionais populares, com fi ns e interesses sociais, urbani-zação de assentamentos precários e regularização fundiária, que venham contribuir para a diminuição do imenso défi cit e desequilíbrio socioambien-tais, com inclusão e dignidade para os cidadãos e as comunidades. Em termos de construção gramatical não maniqueísta, não basta o PAR (Pro-grama de Arrendamento Residencial), operacionalizado pela Caixa Econô-mica Federal (CEF). É fundamental a edifi cação da moradia ÍMPAR!Fato grave: Devido à implacável con-tagem regressiva para a Copa Mun-dial de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, as três esferas de governo estão procurando fl exibilizar as contratações de obras e serviços diretamente envolvidos e comprome-tidos com os dois eventos, no tocante à acessibilidade e mobilidade urbana, fora a ARENA propriamente dita, a

exemplo da medida provisória (MP) assinada no fi nal de 2010, que pro-põe tratamento de excepcionalidade aos municípios que sediarão, com o objetivo de dar agilidade às obras de infraestrutura que vão capacitar os estados a sediar os jogos. Desse modo, pretende-se encontrar soluções rápidas para os terminais (portuário, aeroviário e rodoviários) e a implantação de transportes de alta capacidade, como o metropolitano. As-sim, tudo indica que, esses empreen-dimentos sofrerão aditivos contratuais e, pelo chamado Regime Diferenciado de Contratações (RDC) deverão deixar de ser regidos pela Lei de Licitações, possivelmente confl uindo dispensas nas três esferas de governo, que, de certa forma poderão fi car reféns das empreiteiras, construtoras e empresas de engenharia.Diante deste quadro conjuntural, onde

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Além da copa, queremos quartos,sala, cozinha e banheiro.

José Augusto Saraiva Peixoto*______________________________________________________________________________________________________________________________________________

a hegemonia do capital é capital, sobretudo na capital, organizações populares dos Sem Teto e movimentos de luta pela moradia em grande parte de Salvador e Região Metropolitana, aproveitando o ensejo dos prepa-rativos para os citados eventos que ocorrerão em território soteropolita-no, buscando atenuar possibilidades tendenciais de iminentes confl itos (que vem se ampliando ultimamente, de for-ma considerável) reivindicam com jus-teza, imóveis residenciais dignos, para a moradia própria, que, ao menos, tenham todos, os cômodos básicos necessários. Em outras palavras:Além da COPA: quartos, sala, cozinha e banheiro !Ainda em relação aos eventos espor-tivos que ocorrerão nas estações chu-vosas de 2014 e 2016, é bom lembrar que nossa cidade ainda não dispõe de redes de drenagem (macro e micro) sufi cientes para evitar transtornos para os moradores e visitantes, com alaga-mentos, infi ltrações, escorregamentos e deslizamentos de terra, desabamen-tos e inundações, prejudicando tam-bém o caótico trânsito, em diversos pontos.

* José Augusto Saraiva Peixoto é um dos fundadores e atual Vice-Presidente do PV Salvador, arquiteto (UFBA, 1986), mestre em engenharia ambiental e urbana (UFBA, 2008), servidor público municipal; fundador e membro das atuais Coordenações do GERMEN (Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental) e da LIGAMBIENTE (Liga de Entidades Ambientalistas da Bahia), que integram o CEPRAM (Conselho Estadual de Meio Ambiente) e os Fóruns “A Cidade Tam-bém é Nossa”; FALTA (Fórum de Articulação das Lutas nos Territórios Afetados) pelas obras da COPA 2014; Movimento “Vozes de Salvador”; COMPOP (Conselho de Comuni-cação e Políticas Públicas e Comitê Baiano do Fórum Social Mundial e Fórum Floresta do Sul e Extremo Sul do Estado da Bahia.

Muito se fala hoje de “desenvolvi-mento sustentável”, chavão que está na boca de todos, inclusive daqueles que fazem exatamente o contrário. Na minha opinião, o que precisamos de verdade é um “retrocesso sustentável”, pois não dá mais para pensar dentro da ótica do capitalismo, que prevê um crescimento e um consumo cada vez maiores. Precisamos reduzir, repensar, reciclar e mudar nossos padrões de consumo e conduta.Como sabemos, a crise planetária que enfrentamos é uma crise de civiliza-ção e de modelos. Em última análise, requer uma transformação profunda nos valores e no espírito humanos, com a emergência de uma nova cul-tura e civilização. E esta mudança já está ocorrendo, para aqueles que são

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Retrocesso sustentável já!

Augusto Queiroz*______________________________________________________________________________________________________________________________________________

sensíveis e sabem interpretar os sinais dos tempos... Nossa sorte é que, nos planos mais sutis, a Hierarquia espiritual que auxi-lia nosso planeta, em comunhão com sistemas ainda mais vastos e desen-volvidos, zela permanentemente pelo progresso e bem estar do nosso globo e humanidade. E é o nosso alinha-mento e harmonização com o propósi-to dessas inteligências superiores que nos permitirá avançar em direção a um novo futuro de brilhantes promes-sas e espantosas realizações, concre-tizando o melhor de nossos potenciais.A tarefa é vasta, os desafi os imensos, a resistência à mudança abissal. Mas precisamos manter uma vontade fi rme e começar de onde estamos, dando os passos necessários que estão ao nos-

so alcance. Não dá mais pra adiar, ou deixar para depois. Vivemos momen-tos críticos. A civilização pede socorro.Precisamos mudar e adotar novos valores e estilos de vida já! Permane-cer na mesma e agir como se nada estivesse acontecendo é o pior dos caminhos e levará ao desastre. O velho modelo já se esgotou e todos parecem estar sentindo isso, pois a crise é planetária. Precisamos de novos modelos e atitudes mais cooperativas e fraternas, de modos de produção e de consumo mais ecológicos e efi cientes, novas diretrizes industriais, um capitalismo menos predatório, uma política mais responsável e verdadeiramente volta-da para a sustentabilidade, ao invés do

lucro a qualquer custo... Precisamos nos posicionar perante o mundo como uma potência não apenas econômica, mas alinhada com as novas demandas e promessas do século 21.A solução está dentro de cada um. Cada um é responsável. Como diria o Lennon, você pode achar que eu sou um sonhador. Mas não sou o único. Just Imagine. Vamos trabalhar em prol de um planeta azul mais verde e vi-brando em sintonia com as hierarquias cósmicas e planetárias que, desde sempre, aguardam nossa ascensão a um novo nível vibratório.

* Augusto Queiroz é jornalista e fundador do PV Bahia

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PV Salvador inaugura lojinhaA marca do PV agora está estampada em diversos modelos de camisetas, passando por cha-veiros, adesivos, broches, e até microlixos para praia. Mas quem tem interesse deve se apres-sar, pois devido aos poucos recursos foram feitas poucas unidades das peças e por ter uma

demanda reprimida, o estoque já acabando. A lojinha funciona no horário comercial de segunda a sexta na sede do PV localizada na Rua João Gomes 160, Rio Vermelho, Salvador.

PV Salvador retoma reuniões abertasToda terça-feira as 19 horas os fi liados ao PV Salvador tem um espaço aberto para con-tribuir na construção do projeto político verde para a capital. As reuniões são abertas a

qualquer fi liado e voltaram a acontecer depois de mais de 4 anos de paralização. Anote na agenda e apareça.

Fundação Getúlio Vergas oferece cursos gratuitosA Fundação Getulio Vargas é a primeira instituição brasileira a ser membro do OCWC

(Open Course Ware Consortium), o consórcio de instituições de ensino de diversos países que oferecem conteúdos e materiais didáticos de graça pela internet. Pelo endereço http://www5.fgv.br/fgvonline/CursosGratuitos.aspx, qualquer pessoa pode se inscrever em mais de 21 cursos com carga horária que vão de 5h à 30 horas. Os cursos vão de Sociologia e

Filosofi a à cursos ligados à gestão e ao direito.

Verde assume cadeira no CEJUVEMarcelo Tourinho, fi liado ao PV e presidente do DCE FTC assumiu uma cadeira no Conselho Estadual de Juventude, representando a União Nacional dos Estudantes. O CEJUVE é um espaço de diálogo entre a sociedade civil, o governo e a juventude baiana. É formado por representantes do poder público e da sociedade. É um órgão consultivo e tem por objetivo propor estratégias de acompanhamento e avaliação da política estadual de juventude; apresentar políticas públicas para o segmento juvenil;

promover a realização de estudos, debates e pesquisas sobre a realidade da juventude baiana; e assegurar que a Política Estadual de Juventude do Governo da Bahia seja

conduzida por meio do reconhecimento dos direitos e das capacidades dos jovens e da ampliação da participação cidadã.

acontece

Verde assume presidência do Conse-lho da Mulher

Célia Sacramento, assumiu a presidência do Conselho Muni-cipal dos Direitos da Mulher. A vitória de Célia tem dado um novo ânimo á participação feminina nas reuniões e espaços

do PV Salvador. De acordo com ela “a participação das mulheres na política é essencial no mundo moderno e o PV

precisa começar a discutir gênero”.

Por unanimidade, STF vota pela legalidade da Marcha da Maconha

Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestou pela legalidade da realização de manifestos em prol da

descriminalização de drogas. Com o veredicto, eventos como a Mar-cha da Maconha não poderão mais ser barrados pelo Poder Judiciário

sob o argumento de eventual apologia ao uso de entorpecentes.“O Estado não pode nem deve inibir o exercício da liberdade de

reunião ou frustar-lhe os objetivos ou ainda pretender controle ofi cial sobre o objeto da passeata ou marcha. É perfeitamente lícita a defesa pública da legalização das drogas na perspectiva do legítimo exercí-

cio da liberdade de expressão”, opinou o relator.

DVDs de formação já estão disponíveisPara complementar a formação política dos fi liados, o PV de Salva-dor disponibilizou para venda DVDs de 3 cursos, contendo mais de

60 horas de vídeo-aulas e uma apostila com mais de 100 páginas. Os cursos são Meio Ambiente e Sociedade, Filosofi a e Ética e Cidadania e Interculturalismo. Os DVDs estão a venda na sede do Rio Vermelho e

custam R$ 10,00 cada. A compra dos 6 primeiros sai por R$ 50,00.

Acompanhe as atividades do PV Salvador pelo nosso álbum de fotos on line acessando www.fl ickr.com/photos/pvsalvador

Opinião 43 / julho / 201110

Page 11: Jornal Opinião 43 nº 01

Subcomissão vai visitar CaetitéA subcomissão de Águas e Bacias Hidrográfi cas da Assembléia Legislativa, cujo coorde-nador é o Deputado Estadual Eures Ribeiro visitará as instalações das Industrias Nuclea-res do Brasil, que fi ca em Caetité e extrai urânio para as usinas nucleares brasileiras. “Há muitas denuncias de desrespeito à legislação e contaminação das águas, o que motivou

nossa visita”, declarou Eures.

Segregação urbana é debatidaO presidente municipal do PV em Salvador, o Engenheiro Ambiental André Fraga, apre-

sentou a palestra: Salvador-BA, O URBANO SEGREGADO: Estado, mercado e ideologia em SINTONIA na sede do PV no Rio vermelho, no dia 22 de março. Na ocasião um ex-tenso debate se seguiu à palestra, que também tinha como objetivo ajudar a preparar a

militância para o debate de lançamento do Salvador na Roda que teve como tema Planeja-mento Urbano no dia 26 de março.

Sessão de vídeo discute sexualidadeSessão do grupo de discussão sobre sexualidade Psico-Sex-Cine aconteceu na sede do

PV em Salvador dia 19 de fevereiro. O grupo se reúne quinzenalmente para discutir a temática da Sexualidade a partir da exibição e debate de fi lmes. Na ocasião foi exibido o

fi lme Humpday – O Dia da Transa.

PV alemão se torna o maior partido de oposiçãoVerdes mais que dobram seus votos nas eleições de março de Baden-Württemberg e da

Renânia-Palatinado e integrarão coalizões de governo nos dois estados.

Segundo o site da TV Deutsche-Welle, o levantamento, feito pelo instituto Forsa a pedido da revista Stern e da emissora RTL, mostrou que 24% dos alemães votariam no PV se as eleições fossem hoje. Esse número torna o PV o maior partido de oposição da Alemanha, superando o Partido Social Democrata (SPD), que caiu dois pontos porcentuais na pesqui-

sa e fi cou com 23%.

Salvador perde o 1º lugar do turismo nacionalA situação do turismo da cidade de Salvador, que completou recentemente 462 anos, é

destaque no site da Carta Capital. A reportagem destaca o fato de Fortaleza ter superado a capital baiana como o destino mais procurado por turistas nacionais, dado divulgado

em março pelo site Hoteis.com. O prefeito João Henrique (PP), dono de uma das piores avaliações do país, também é lembrado pelo episódio das contas de 2009 terem sido

rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Município, com quem o alcaide trava uma disputa judicial. A matéria aborda a sujeira e desorganização da orla marítima, o abandono do

centro histórico e o trânsito como os maiores “espanta-turistas”. De acordo com a repor-tagem, os lojistas do Pelourinho reclamam de uma queda de mais de 70% do movimento nos últimos três anos. O presidente da Associação dos Comerciantes do Centro Histórico

(Acopelô), Lenner Cunha, em entrevista à Carta, informou que mais de 200 lojas fecharam na região nos últimos sete anos. O transporte urbano também é posto em xeque. O metrô, que alcançou o recorde de 12 anos sem conclusão, é recordado como o equipamento que

irá ligar “nada a lugar nenhum”.

Acompanhe as atividades do PV Salvador pelo nosso álbum de fotos on line acessando www.fl ickr.com/photos/pvsalvador

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