jornal litoral alentejano

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O projecto de criação da moeda única surgiu de um mercado que contava com 250 milhões de pessoas e se afigurava capaz de transformar a Europa na maior potência comercial a nível mundial, o que, pelos resultados que todos sentem, não veio a acontecer. Entretanto, Ângela Merkel reafirmou que se o euro fracassar “a Europa fracassará porque, entretanto, o euro é parte constitutiva da União Europeia”. Será ? 1 de Outubro 2011 Ano XI n.º 243 Quinzenal Preço 0.50 Directora n Aliette Martins m Director-adjunto n Marcos Leonardo Apoia o desporto e a cultura na Região Rua Poeta António Aleixo nº 5, loja 2 - 7520 Sines 269 636 087 [email protected] www.mrw.pt Loja de Sines MRW de Sines com NOVA GERÊNCIA “Por todas as estradas do Mundo” “Nome maior do neo-realismo literário português, é autor com lugar próprio e comunicante com o seu tempo e com a tradição literária”. Manuel da Fonseca

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Jornal Litoral Alentejano - Edicao 243

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Page 1: Jornal Litoral Alentejano

O projecto de criação da moeda única surgiu de um mercado que contava com 250 milhões de pessoas e se afigurava capaz de transformar a Europa na maior potência comercial a nível mundial, o que, pelos resultados que todos sentem, não veio a acontecer. Entretanto, Ângela Merkel reafirmou que se o euro fracassar“a Europa fracassará porque, entretanto, o euro é parte constitutiva da União Europeia”.

Será?

1 de Outubro

2011

Ano XI n.º 243

Quinzenal Preço 0.50 € Directora n Aliette Martins m Director-adjunto n Marcos Leonardo

Apoia o desporto e a cultura na Região

Rua Poeta António Aleixonº 5, loja 2 - 7520 Sines269 636 087

[email protected]

Loja de Sines

MRW de Sines com NOVA GERÊNCIA

“Por todas as estradas do Mundo”

“Nome maior do neo-realismo literário português, é autor com lugar próprio e comunicante com o seu tempo e com a tradição literária”.

Manuel da Fonseca

Page 2: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Sábado, 1 de Outubro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com02

PropriedadeLitoralPress, Lda

DirectoraAliette Martins

Director AdjuntoMarcos Leonardo

RedacçãoAliette Martins

([email protected])

Raul OliveiraClaúdio Catarino

Angela Nobre([email protected])

Rute Canhoto([email protected])

Joaquim Bernardo([email protected])

Helga Nobre([email protected])

Bruno Cardoso([email protected])

CronistasFrancisco do Ó

Custódio RodriguesSerafim MarquesVeríssimo Dias

SecretariaAna Cristina

FotografiaPaulo ChavesAna Correia

Luís GuerreiroJosé Miguel

Duarte Gonçalves

PublicidadeMarcos Leonardo

Telem. 919 877 399

PaginaçãoARTZERU, Lda.

Telef. 265 232 [email protected]

DistribuiçãoVelozEficácia269 862 292

SedeColégio de S. JoséRua do Parque, 10

7540-172 Santiago do Cacém

Tel./Fax: 269 822 570Telem. 919 877 [email protected]

DelegaçãoRua do Romeu, 19-2.º

2900-595 SetúbalTelf./Fax: 265 235 234

Telem. 919 931 [email protected]

Membro :

Gisela [email protected]

LASAM lança diálogo sobre património e crescimento das cidades O encontro teve como objectivo fazer uma reflexão, e estabelecer o diálogo entre os diferentes agentes que estudam, pensam e constroem as cidades.

A Liga dos Amigos do Sítio Arqueológico de Miróbriga e o Núcleo de Arquitectos do Litoral Alentejano pro-moveram dia 23, sexta-feira, o encontro Cidades Vivas/Cidades Mortas que decor-reu no Centro Interpretativo de Miróbriga.A iniciativa esta integrada nas Jornadas Europeias do Património, e reuniu mais de meia centena de especialis-tas entre arquitectos, autar-cas, técnicos, historiadores e arqueólogos.O encontro teve como objectivo fazer uma refle-xão, e estabelecer o diálogo entre os diferentes agen-tes que estudam, pensam e constroem as cidades. Colo-cando os arquitectos, autar-cas, arqueólogos, urbanistas e técnicos como elementos essenciais para a investiga-ção e o conhecimento do passado, a fruição e usufruto no presente e o desenvolvi-mento e melhoria da quali-dade de vida futura dentro das cidades.Francisco Lobo de Vas-concelos, presidente da Liga dos Amigos do Sítio Arqueológico de Miróbriga (LASAM), sublinhou que a realização deste encontro “era um desejo antigo que esperamos ver repetido”. A LASAM tem entre os seus

objectivos “potenciar e desenvolver o sítio arqueo-lógico de Miróbriga”.A sessão de abertura contou com a presença de Aurora Carapinha, Directora Regio-nal de Cultura do Alentejo, que manifestou a vontade deste organismo “em cola-borar e incentivar todas as propostas apresentadas” quer pela LASAM como pelo Núcleo de Arquitectos. Esta responsável sublinhou também o papel que a autar-quia de Santiago do Cacém tem desempenhado como interlocutor e parceiro na dinamização de Miróbriga. “É uma atitude de parce-ria dividida entre recursos e possibilidades económi-

cas, porque a realidade é que muitas vezes as nossas verbas são escassas para as necessidades”.O interesse do tema do encontro foi destacado por Aurora Carapinha, “é importante discutir a problemática da cidade, e pensar que, pensando o património, podemos olhar para futuro e para os problemas da contem-poraneidade”. Para esta responsável um dos grandes desafios do século XXI será “repensar, e olhar para todo este património que é a arquitectura da cidade, num momento em que grande parte da população se concentra aí”.Há que manter o diálogo com o passado, “olhar para a forma como se construía a cidade e como era esta-belecida a sua relação com o território que lhe é ante-rior”.Para Aurora Carapinha as “grandes dimensões do valor patrimonial não são só a sua fruição turística e preservação de memória, mas como espaços de com-preensão e experiência do futuro”.Victor Mestre, em repre-sentação do presidente da Ordem dos Arquitectos João Rodeia, leu uma mensagem

enviada por este último. A mensagem sublinhava a importância que arquitectos, autarcas, arqueólogos, urba-nistas e técnicos “têm na preservação dos vestígios do passado, na sua reinte-gração e potenciação como um dos aspectos valori-zadores de um melhor futuro”.Vítor Proença, presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém consi-derou o tema apresentado neste encontro de “interes-sante, e gerador de vários momentos de reflexão de acordo com o prisma que escolhermos”.Para o autarca o facto de Portugal ser dos países com

as fronteiras definidas há séculos, mas em paralelo ser “o que menos investe em reabilitação, e ser na União Europeia aquele onde menos pessoas habitam edifícios anteriores 1920, diz alguma coisa sobre o desenvolvimento urbanís-tico e da sua abordagem, particularmente no pós 25 de Abril”.Núcleos Urbanos Antigos são para Vítor Proença a designação que mais se adequa à realidade actual.

“Porque muitas das vezes, os centros históricos nem são centrais nem são pro-priamente históricos, no sentido em que entende-mos a história”.A relação entre a parte nova das cidades, que cresceram rapidamente, e núcleos anti-gos “nem sempre foi tida em conta. As razões são várias desde questões de fiscalidade, terrenos, mais-valias, solos”.Apresentando o ponto de vista da autarquia, o edil frisou que “as cidades devem ter uma abordagem que tenha no centro o ser humano e a sustentabili-dade, que no nosso conceito envolve o emprego, a eco-nomia, a ecologia, as vias de comunicação”. Nesse sentido vão investimentos que a autarquia efectuou no centro histórico, como nos trabalhos que estão a decor-rer nos acessos a Miróbriga e Moinho Municipal. Outro exemplo dado pelo autarca foi o apoio na recupera-ção do hotel Caminhos de Santiago, e preservação da pousada. “Mas este inves-timento na renovação urbana só é possível actu-almente porque gerações de autarcas, eleitos demo-craticamente, desenvolve-ram um trabalho intenso

para dotar as aldeias de água, luz passeios e esgo-tos, afinal de uma vida digna”.Em relação a Miróbriga “esta encerra um patrimó-nio valiosíssimo que nos deve conduzir a reflectir não só sobre os investimen-tos, mas a potencia-la quer do ponto de vista científico da investigação arqueoló-gica como socioeconómico e educativo”. Vítor Pro-ença defendeu que a estação arqueológica de Miróbriga

“não deve ser património de alguns exclusivamente para estudos, mas que esteja ao serviço da comu-nidade”.

Oradores abordam a problemática

de preservação e desenvolvimento

Os oradores convidados abordaram temáticas que tiveram como ponto central a ligação passado/presente, e as acções para preservar uma identidade urbana. A compatibilidade ente ves-tígios do passado e a pai-sagem urbana presente, o papel social do património, a importância dos arquitec-tos estudarem, interpretarem e intervirem na ruína foram algumas das questões abor-dadas.A autarquia de Alcácer do Sal através do seu presidente Pedro Paredes, apresentou neste encontro o programa RUAS. Esta iniciativa “pretende provar, no terreno, que as intervenções de rea-bilitação exigem tempo, dinheiro e engenho, mas dão um admirável contri-buto para a saúde social e económica dos locais onde ocorrem”.

O autarca criticou o facto de ainda existirem muitos autarcas que consideram que as “novas urbanizações” dão votos, muitos arquitec-tos que julgam que projectar é fazer “obra nova, limpa e fotogénica” e muitos promotores que acham que “ninguém compra edifí-cios restaurados, porque são caros e não têm gara-gem”.Outro exemplo de políti-cas de preservação, estudo e integração do património

surgiu da câmara de Lagos. A autarquia no âmbito das opções estratégicas do PROT-Algarve inseriu-se num programa de qualifica-ção das condições de conhe-cimento do património, e da respectiva valorização.Em 2010, a autarquia de lagos aprovou internamente um Programa Global de Arqueologia Urbana. “Este corresponde a um conjunto de acções programadas a médio prazo para salva-guardar e rentabilizar o património passível de valorização, partilhando o seu conhecimento com a população residente e com as comunidades sazonais. Na prática, o Programa corresponde a uma estra-tégia sustentável, previa-mente definida e plane-ada no âmbito da Gestão Urbana, e resulta na pro-tecção e na conservação dos testemunhos históricos e na sua valorização como recursos culturais, sem por isso inviabilizar ou reduzir a execução de novas ope-rações urbanísticas”.Este foi o primeiro encontro sob o mote Cidades Vivas/Cidades Mortas, a LASAM e o Núcleo de Arquitectos do Litoral Alentejano tem programado uma segunda edição da iniciativa.

CM

SC

“é importante discutir a problemática da cidade, e pensar que, pensando o património,

podemos olhar para futuro e para os problemas da contemporaneidade”

Page 3: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Sábado, 1 de Outubro de 2011www.jornallitoralalentejano.com 03

Feira Nova de Outubro, a Feira dos AfectosPrimeiro a Escola, os Livros, os Garotos, depois - a Feira Nova e, por fim, o RUAS e a construção de emissário para despoluir o rio numa abordagem serena, sobre Alcácer do presente.

Na já habitual abordagem da Feira Nova de Outubro, que se realiza em Alcácer do Sal - este ano, entre os dias 30 de Setembro e 2 de

Outubro - na informalidade que antecedeu a breve entre-vista que o Litoral Alente-jano fez a Pedro Paredes para significar um certame que tem atravessado gera-ções de alcacerenses e não só, o diálogo estabelecido começou por fixar que – pelo segundo ano consecu-tivo - a distribuição recente de mais de 1.500 livros a todas as crianças do Pri-meiro Ciclo Escolar daquele Concelho, foram momentos de elevado significado, em que o Presidente Paredes, na que foi uma boa conversa - numa que foi uma manhã de acentuada brandura, com alguma névoa a encobrir o rio, com uma indisfarçá-vel satisfação, confessou que, este ano, esteve mais descontraído a fazer a dis-tribuição de livros escola-res aos garotos do primeiro ciclo escolar e, isso, porque, esclareceu: “no primeiro ano pensava: parece que aqui venho fazer charme com os pais dos miúdos ou venho colher votos”, para destacar que essa ques-tão, que o “perturbou, foi esquecida”. Este ano esti-vera totalmente entregue a uma tarefa que lhe deu ale-gria, sem quaisquer cons-trangimentos avulsos e sem

razão de ser. Da nossa parte enquanto Jornal, com conhecimento da dureza dos problemas que as famílias suportam para a

aquisição dos manuais para os seus filhos, a matéria ofe-recia um particular interesse, que mereceu do Presidente, a seguinte consideração: “A questão do financia-mento dos livros, claro que é uma ajuda às famílias, as que precisam e, num caso ou outro, haverá famílias que não precisam.

Os miúdos partempara uma corrida,

que é a vida,com os mesmos instrumentos

Litoral Alentejano - Porque é que a Câmara dá a todos e não seleccionada?- Poderíamos ir ao IRS corrigir com a Segurança Social para ver quais seriam os podiam pagar e podía-mos poupar umas ‘massas’ com isso. Damos a todos e, então, o que é que acon-tecer? Ricos e menos ricos recebem todos os mesmos livros e, no mesmo dia. Ou seja os miúdos partem para uma corrida, que é a vida com os mesmos instrumen-tos, com as mesmas armas, depois há um deles que é mais esperto, vai mais longe, outro menos. É a vida, mas é lindíssimo presenciarmos a

satisfação dos garotos.

Litoral Alentejano - A prá-tica de entrega dos livros que é feita pelo Executivo da Câmara Municipal de Alcácer, de certo modo permite quebrar as barrei-ras sociais de grupos dife-rentes. - Exactamente. O pai ou a mãe que tem dinheiro e compra logo. Para aqueles que não tem essa possibi-lidade, a distribuição dos livros como é feita, é lin-díssima. É das coisas mais bonitas que eu tenho feito.

Litoral Alentejano – Dis-se-me que manteve um interessante diálogo com os miúdos.- É verdade, a certa altura lembrei-me de pergun-tar: Qual é o maior amigo do homem ou da mulher? Diz-me um dos miúdos: Ah! É o cão. “Não senhor, respondi”, concluindo: “É o livro”.

Feira Nova de Outubro,

a Feira dos Afectos

De seguida, o rumo da amena conversa foi a Feira Nova de Outubro. As pes-soas da Região sabem que é na Feira Nova de Outu-bro que encontram os frutos secos que o Verão permitiu colher para, quem quiser, os armazenar para serem apreciados durante todo o tempo dos ciclos que virão, até se renovarem no Outono seguinte. É uma Feira que tem a particularidade de se realizar em contextos com-pletamente diferentes das demais feiras. Hoje, como sabemos, este tipo de cer-tame, dividem-se a partir de objectivos diversos, nomea-damente em feiras de negó-

cio, geralmente com temá-ticas específicas e, aquelas que enveredam por fazer um apelo, não só à memó-ria colectiva de uma locali-dade, como as designadas por feira dos afectos, como é disso expressão sentimen-tal, a Nova de Outubro Alca-cerense. Com o quadro acima expli-cado, solicitei ao Presidente Paredes que me mostrasse qual é a realidade da “Nova de Outubro” no que diz respeito aos afectos, recebi-dos ou não, pelas gerações que a visitam, sublinhando que, com a sua realização,

se encerra o ciclo anual de Feiras no Distrito de Setú-bal.- Pedro Paredes - Como sabe, quase todos os municí-pios, tem uma feira só. Con-

centram todos os esforços e, eventualmente, todos os afectos – todas as necessida-des de encontro, etc. -, numa só feira anual. Em Alcácer do Sal temos mantido duas feiras e, isso tem custos ele-vados e problemas de orga-nização.

Como disse, as feiras têm características muito dife-rentes, uma será mais a dos negócios, embora também tenha o reencontro, que é no Verão, com a vinda do emigrantes, mas a de Outu-bro, tem uma característica muito interessante, por isso é que eu geralmente não lhe chamo “Feira de Outubro”, chamo-lhe “Feira Nova”, Nova porque…são os frutos as novidades do Verão que, entretanto, secaram. São os novos frutos do Outono que são secos para o Inverno todo. Quando as técnicas de conservação eram meno-res, os frutos (as vitaminas) secavam-se no Verão para dar para o ano todo. Gosto do título: A Feira Nova, a Feira das Novida-des. A Feira da preparação … a cigarra e formiga. Esti-vemos a preparar, a colher para, no Inverno, termos os frutos secos. Além desta componente tradicional, a Feira está associada as Corridas de Toiros, aos Concertos, às Tasquinhas, os expositores com material que percorre o país, mas é muito essa questão da Feira Nova, a Feira do balanço do Verão – a Feira de quem trabalhou bem, de quem secou os seus frutos e que tem frutos para o Inverno. Associo isto tudo à fábula de La Fontaine “A Cigarra e a Formiga”.

Litoral Alentejano - Pelo conhecimento e observa-ção das atitudes dos Alca-cerenses o Presidente acre-

dita que se revêem na sua Feira Nova de Outubro? - Essa questão não se coloca. Se nós acabássemos com a Feira Nova de Outubro, as consequências seriam as de “luto Concelhio.

Pedro Paredes destacou a

Corrida de Toiros como uma marca presente na Feira Nova de Outubro, lembrando a tra-dição existente, referindo-se ao saudoso e grande cava-leiro João Branco Núncio, informando que a Autarquia está a proceder a uma requa-lificação do espaço à volta do recinto da Feira, na zona em que há hortas e - inclusi-vamente - viveiros. Requali-ficação essa que espera ver concluída em tempo da rea-lização da Feira. Se não for possível, essa zona “estará melhor ainda no próximo ano”, concluiu.

O “RUAS”Tratamento de esgotos

de 700 habitações Litoral Alentejano - Não era para questionar o RUAS na sua génese, mas sabemos que existe uma perspectiva do RUAS que ainda não foi referida. Não nos quer informar que perspectiva é essa?- Toda a gente já ouviu falar do RUAS por causa das esplanadas, da circulação da marginal der Alcácer, que vai passar a ter num sentido só, mas - ultimamente - tem me ocorrido o seguinte: Este é um erro falar só nisso. Neste caso é um auto-erro, no sentido de que nós pró-prios cometemos esse erro e, porquê? Uma coisa é a superfície – as esplanadas, etc., - embora tenha todo o interesse, porque isso é cenário urbano - qualidade

dos espaços públicos - mas… falta uma coisa muito importante, é que nós vamos fazer uma componente muito grande do projecto na obra. Vamos fazer um emis-sário que vai drenar todos os esgotos da cidade – há 7.000 habitações, aqui nesta

Aliette [email protected]

...os miúdos partem para uma corrida, que é a vida com os mesmos instrumentos, com as mesmas armas, depois há um deles que é mais esperto, vai mais longe, outro menos. É a vida, mas é lindíssimo presenciarmos a satisfação dos garotos.

Page 4: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Sábado, 1 de Outubro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com04

CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA EDITAL 227

PUBLICIDADE DAS DELIBERAÇÕES

Aníbal Manuel Guerreiro Cordeiro, Vereador da Câmara Municipal de Grân-dola, no uso da competência que lhe foi conferida pelo despacho nº 4/2011, de 10 de Janeiro, no âmbito das competências respeitantes ao art.º 91º - alínea v) do nº 1 do artº 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro na redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que em reunião extraordinária, não pública, de 15 de Setembro de 2011, foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa:

Apreciação e eventual aprovação da Taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis – IMI, para o ano 2012: Deliberado, por maioria, com dois votos contra por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a Taxa de Imposto sobre Imóveis – IMI, para o ano de 2012 e remeter a mesma a apreciação e even-tual aprovação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Ser-viços;

Apreciação e eventual aprovação da contratação de Empréstimo de Curto Prazo, até 750.000,00€, para 2011: Deliberado por maioria, com duas abstenções por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a contratação de Empréstimo de Curto Prazo, até 750.000,00€ (setecentos e cinquenta mil euros) e remeter a mesma a apreciação e eventual aprovação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços.

Para constar se lavrou este e outros de igual teor os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume.

Paços do Concelho de Grândola, 19 de Setembro de 2011.

O Vereador do Pelouro da Administração,

Aníbal Cordeiro

encosta, que estão a drenar para o rio actualmente, que é uma vergonha – e, vamos, em colaboração com as Águas de Portugal fazer um emissário e, levar isso, para uma estação elevatória e, depois – lá para cima - para a estação de tratamento. Finalmente, tenho esperan-ças, que possamos fazer aqui uma prova de vela, com os miúdos em barquinhos pequenos - os optimistas ou snyp’s - para que possam molhar as mãos sem ficarem com problemas de pele.

Litoral Alentejano - Está a falar-me da despoluição do Rio? - Exactamente. Deixa de haver descargas de efluentes domésticos para o rio de 7.000 habitações.

Litoral Alentejano - O rio voltará a ser azul? - O rio nunca vai ser azul. Há em Alcácer um mito que se criou que diz que o rio aqui era azul. -O rio nunca foi azul porque tem aluviões, mas com o emissário passará a ter menos contaminantes. Por isso, tenho a esperança de que, um dia se possa vir a fazer, no Sado, em Alcácer do Sal, uma prova de nata-ção, atravessar o rio de um lado para o outro, por exem-plo.

O nosso endividamento

é zero

Litoral Alentejano - A construção desse emissário já está garantida? Estou a falar do suporte finan-ceiro? Entrei no busílis da questão? - Essa é uma questão que me parece também importante. Porque tivemos juízo nestes seis anos de exercício autár-quico - não nos metemos em aventuras nem pedimos dinheiro emprestado - a Câmara Municipal de Alcá-cer do Sal tem uma situação razoável, do ponto de vista financeiro. Não tem encar-gos financeiros muito gran-des. Então o que é que acontece? Num período em que toda a gente está a cortar na despesa mas também está a cortar no investimento, nós vamos investir. Vamos investir 3 milhões de euros.

Litoral Alentejano - Os 3 milhões de euros são para fazer a obra do emissário?- São para fazer essa obra, ou seja, como tivemos juízo, como concentramos inves-timento em duas ou três coisas, vai haver em Alcá-cer, durante uns tempos, emprego para quem trabalha com o empreiteiro e, as pen-

sões, hotéis e restaurantes vão ter clientes, portanto, num período de depressão como o que estamos a viver, uma injecção numa obra na cidade principal do Conce-lho vai gerar economia, daí que eu esteja muito satis-feito.

Litoral Alentejano - Deixe-me pedir-lhe um reforço do que afirmou. A construção do emissário não poderá ter qualquer impedimento?- O contrato já foi assinado há cerca de duas semanas. A candidatura está aprovada. Está tudo pronto. Só falta o Tribunal de Contas, mas não se poderia ter pedido o visto sem que tudo esti-vesse pronto e, a obra já está adjudicada. Entretanto eu poderia pensar: O Tribunal de Contas poderá chumbar porque a Câmara não tem capacidade, mas não é esse o caso. Fizemos uma gestão cuidadosa, por isso, essa questão, não se colocará porque, temos capacidade. O nosso endividamento é zero. Não devemos dinheiro a ninguém, excepto o resto de um empréstimo que ainda estamos a pagar, do Execu-tivo anterior.Concluí-se, sem esforço que, na actualidade, ter zero de endividamento é uma raridade.

CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA EDITAL 228

PUBLICIDADE DAS DELIBERAÇÕES

Aníbal Manuel Guerreiro Cordeiro, Vereador da Câmara Municipal de Grândola, no uso da competência que lhe foi conferida pelo despacho nº 4/2011, de 10 de Janeiro, no âmbito das competências respeitantes ao art.º 91º - alínea v) do nº 1 do artº 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro na redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que em reunião ordinária, não pública, de 22 de Setembro de 2011, foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa:

Ratificação do despacho do Presidente da Câmara, exarado no dia 14 de Setembro de 2011, referente à Proposta de Protocolo de Colaboração, entre o Município de Grândola e a Associação de Intervenção Social de Grândola: Deliberado, por unanimidade, ratificar o Despacho do Presidente da Câmara, exarado no dia 14 de Setembro de 2011, referente à pro-posta de Protocolo de Colaboração, entre o Município de Grândola e a Associação de Interven-ção Social de Grândola, tendo a Senhora Vereadora Graça Nunes assumido a presidência dos trabalhos em virtude do Senhor Vice-Presidente se ausentar da sala, por razões de impedimento, conforme o preceituado no nº 6 do Art. 90, da Lei Nº 169/99, de 18 de Setembro, não partici-pando na discussão, nem na votação;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de atribuição de subsídio à Associação Anti-gos Alunos, Professores e Funcionários da Escola António Inácio da Cruz: Deliberado, por unanimidade, atribuir à Associação Antigos Alunos, Professores e Funcionários da Escola António Inácio da Cruz, um subsídio no montante de € 250,00 (duzentos e cinquenta euros), de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de celebração de Protocolo com a Facul-dade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa para elaboração da Carta Arqueológica Subaquática de Grândola: Deliberado, por unanimidade, aprovar a celebração de Protocolo com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa para elaboração da Carta Arqueológica Subaquática de Grândola, de acordo com a proposta dos serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de aprovação do Orçamento de Gestão da Urbanização Soltróia – Núcleo C1 – ano 2011, após apreciação pública: Deliberado, por unanimidade, aprovar o Orçamento de Gestão da Urbanização Soltróia – Núcleo C1 – Ano 2011, após apreciação pública e remeter o mesmo a apreciação e eventual aprovação da Assem-bleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta referente a incumprimento de contrato pro-messa de compra e venda celebrado com Mário Lino José Simões, referente ao lote 17 do Loteamento L2 – Lagoa Travessa: Deliberado, por unanimidade, aprovar considerar sem efeito o Contrato Promessa de Compra e Venda celebrado com Mário Lino Simões, referente ao Lote 17 do Loteamento L2 – Lagoa Travessa, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Minuta de Contrato, da Empreitada dos Arranjos Exteriores da Igreja Matriz e Requalificação do Mercado Municipal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a Minuta de Contrato, da Empreitada dos Arranjos Exteriores da Igreja Matriz e Requalificação do Mercado Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da revogação da deliberação de câmara de 11 de Agosto de 2011, referente à Operação de Loteamento – OPL3, nas Minas do Lousal – SAPEC Parques Industriais, S.A, - Processo nº 6-A/09: Deliberado, por unanimidade, aprovar a revo-gação da deliberação de Câmara de 11 de Agosto de 2011, referente à Operação de Loteamento – OPL3, nas Minas do Lousal – SAPEC Parques Industriais, S.A. – Processo nº 6-A/09, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Operação de Loteamento – OPL-3, nas Minas do Lousal, requerido por SAPEC Parques Industriais, S.A. – Processo º nº 6-A/09: Delibe-rado, por unanimidade, aprovar a Operação de Loteamento – OPL-3, nas Minas do Lousal, requerido por SAPEC Parques Industriais, S.A. – Processo nº 6-A/09, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração dos Loteamentos Municipais do Carvalhal e Lagoas: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração dos Loteamentos Municipais do Carvalhal e Lagoas, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de Regulamento Municipal da atribuição de Lotes na Zona de Industria Ligeira de Grândola: Deliberado, por unanimidade, aprovar o Regulamento Municipal da atribuição de Lotes na Zona de Industria Ligeira de Grândola e submeter o mesmo a apreciação e eventual aprovação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços.

Para constar se lavrou este e outros de igual teor os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume.

Paços do Concelho de Grândola, 27 de Setembro de 2011.

O Vereador do Pelouro da Administração,

Aníbal Cordeiro

Page 5: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Sábado, 1 de Outubro de 2011www.jornallitoralalentejano.com 05

Por todas as estradas do Mundo

Aliette [email protected]

O Neo-Realismo

Designa-se por Neo-Realismo ou de Movimento Neo-Realista, uma tendência artística moderna, de realismo social, que surge a partir de 1945, e que terá inspiração em Courbet e no Realismo do século XIX, encontrando praticantes desde os Estados Unidos, à América Central e do Sul, e a toda a Europa, especialmente a latina.Aderindo às propostas do Neo-realismo literário, alguns pintores lançam uma pintura Neo-realista, fundada no figurativismo e numa crítica social de raiz Marxista, retratando as condições de vida das classes mais desfavorecidas e do operariado industrial.Internacionalmente, o Neo-realismo terá especiais intérpretes nos grandes muralistas Mexicanos, Orozco, Rivera e Siqueiros, no Brasil com a pintura de Cândido Portinari, e no cinema italiano com De Sica “Ladrões de bicicletas”.Em Portugal o Neo-Realismo surge no mesmo período que o Surrealismo e o Abstraccionismo, gerando-se entre estes movimentos acesa polémica sobre a natureza e o papel das artes.

Manuel da Fonseca, numa sentida homenagem a uma figura incontorná-vel da sociedade santiaguense.

“Por todas as estradas do Mundo” é o título do Con-gresso que terá lugar em Lisboa, Vila Franca de Xira e Santiago do Cacém que homenageará Manuel da Fonseca.Dizem os organizadores: “Nome maior do neo-rea-lismo literário português, Manuel da Fonseca é autor com lugar próprio e comunicante com o seu tempo e com a tradição literária; a navegação pelo mundo faz-se com a limpidez das imagens sobre a infância e sobre a paisagem que não lhe abrandam o compro-

misso com as dores e os sonhos dos homens. O cente-nário do seu nascimento, em 2011, justificou o ensejo para organizar um congresso internacional que pre-tende renovar e enriquecer as leituras críticas sobre a sua obra em prosa e poesia”.

Escola,no âmbito da

disciplinade Português,

honra o Escritorcom trabalhos dos alunos

“Manuel da Fonseca – (1911-1993), poeta e escritor, ori-ginário de Santiago do Cacém, que o embebeu na tão pró-pria cultura popular alentejana, disso deu testemunho em vários poemas e livros que o conotaram com a corrente do Neo-Realismo.

Manuel da Fonseca foi um dos mais fecundos originais contadores de histórias portugueses, tendo sempre aliado ao seu talento, uma postura ética exemplar, motivo pelo qual é sempre redescoberto por novas gerações” e é exactamente por essa vertente que a nossa escolha para o pequeno/grande trabalho, enquanto contributo no sentido de juntarmos a uma homenagem - sem equívocos justa e merecida - um excerto do trabalho realizado no âmbito do estudo do Português, da aluna do 10.º Ano, de 2011 Daniela Martins, onde se poderá entender o sentido profundo com que Manuel da Fonseca atra-vessa – de facto - gerações”.Pela leitura que fizemos do documento que temos em nosso poder, “O Diário de Leitura”, cumpre-se apaixo-nadamente – diria até, em harmonia - na relação Aluno/Professor, de que resultará, forçosamente, na personali-dade dos alunos tocados pelo Saber, uma visão mais alar-gada e interventiva da sociedade em relação ao futuro.

Congresso InternacionalPOR TODAS AS ESTRADAS DO MUNDO

No centenário do nascimento de Manuel da Fonseca

O Congresso realizar-se-á nos próximos dias lugar 7, 8 e 9 de Outubro de 2011, nos locais abaixo referidos:Faculdade de Letras (7 de Outubro) /, Museu do Neo-Realismo (Vila Franca de Xira) / Santiago do Cacém (8-9 de Outubro).Organização:- Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa;- Museu do Neo-Realismo;- Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo.

Diário de LeituraSexta-feira, 4 de Março de 2011

Resolvi, antes da leitura de O Fogo e as Cinzas, infor-mar-me sobre o escritor, de modo a compreender melhor a sua obra. Concluí que Manuel da Fonseca se inclui numa literatura crítica social, apresentando-nos o Homem não só como o protagonista da miséria como da esperança. A sua obra, assente na realidade, revela o ponto de vista do escri-tor, para quem o Alentejo foi/seria o lugar de revolta dos camponeses contra os latifundiários. Fiquei também a saber que este livro, composto de onze contos, foi organizado por Carlos de Oliveira e José Gomes Ferreira, os quais recuperaram textos que Manuel da Fonseca tinha publicado em jornais e revistas, ao longo dos anos quarenta.

Sábado, 05 de Março de 2011

Iniciei hoje a leitura do livro. Na minha opinião, O Largo, conto de abertura, não pode deixar ninguém indiferente. Interessou-me logo na primeira página através de duas frases: Antigamente, o Largo era o centro do mundo/O comboio matou o Largo. Foi, pois, no seguimento da lei-tura, que me apercebi de que este conto mostra as mudan-ças que se deram numa vila com a chegada do progresso, representado simbolicamente pelo comboio. No passado (antigamente) permaneciam no Largo os senhores da vila ou bêbados como o Estróina, homens violentos como o Má-Raça, valentes como o Alba Grande, mestres ferreiros, donos do comércio, camponeses, vagabundos. E todos fala-vam uns com os outros, de igual para igual, sem distinção de classes. Mas quanto às mulheres, havia discriminação: nessa altura, no passado, as mulheres permaneciam em casa; só podiam sair à rua acompanhadas por um homem da família, viviam apenas para os homens, submissas.O Largo era também o espaço das crianças, era o melhor das crianças, que, com a sua capacidade de aprendizagem, aprendiam qualquer coisa, usando os sentidos: a audição (ouvindo os mestres artífices), a visão (olhando os seus

gestos graves), acabando por aprender a vida. E era esta aprendizagem (que se fazia através da observação do real) que tornava possível a criança vir a ser poeta. E entristecia por não ficar sempre criança a aprender a vida.A ligação entre criança/poeta transporta-nos também para

o carácter sonhador destas figuras. Assim tratava-se não só de aprender a vida como de fantasiá-la, o que na minha opi-nião é uma imagem muito bonita.Nessa altura, no passado, o Largo era de todos e estava cheio de vida. Para representar isto o escritor serve-se das faias. As faias agitavam-se viçosas. O progresso/a chegada do comboio transformou tudo. Dividiu a Vila, os homens separaram-se e também as crianças se dividiram. Além disso, os mestres “desceram a operários”, as oficinas fali-ram, construiu-se uma fábrica. As mulheres cortaram os cabelos, pintaram a boca e saem sozinhas. Neste aspecto, quanto às mulheres, acho que a mudança pode entender-se como positiva, no sentido do que já não eram obrigadas a fiar em casa, escondidas da rua. Com o desenrolar da narrativa, o Largo tornou-se o palco de faias silenciosas. No final, o Largo morre, mas perma-nece na memória de muitos, como João Gadunha. O Largo é o mundo fora daquele círculo de fatias ressequidas.No final, o narrador diz: (…) qualquer coisa terrível e dese-jada, está acontecendo. Esta forma como o conto acaba deixou-me uma dúvida: as consequências da chegada do comboio foram apenas negativas?O Largo deu-me que pensar. Manuel da Fonseca escre-veu este conto na primeira metade do séc. XX e eu nasci já no fim desse século. Não pude conhecer o Alentejo de que o escritor fala. O Alentejo que conheço tem lugares onde parece que o tempo parou, onde tudo acontece muito devagar, onde toda a gente se conhece. Tem também luga-res onde o ruído toma conta de tudo, sobretudo onde há muitos turistas. Na verdade, ainda não sei o que é ter-se saudade de um espaço-tempo. Se calhar ainda não vivi o suficiente para isso.

Domingo, 06 de Março de 2011

Hoje acordei muito cedo para continuar a leitura. Agora, de noite, escrevo as minhas impressões sobre A Harpa, O Fogo e as Cinzas e Noite de Natal.

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Litoral Alentejano – Sábado, 1 de Outubro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com06

Aliette [email protected]

Grupo de Caminheiros de Grândola celebra 4.º AniversárioMais um aniversário celebrado - o 4.º dos Caminheiros de Grândola - com uma mochila às costas carregada de … “sementes de Solidariedade - sinónimo da vida que rebenta em cada ramo - um “Hino de terra remexida no perpétuo de espigas maduras” reconhecido em trilhos percorridos nas terras alentejanas.

Com o montado de sobro e azinho entornado pelas planícies, em percursos por entre matas, estevas e medronheiros, erva alta, mas também junto à costa a ver o mar azul alargando horizontes com promessas de manhãs e crepúsculos de sonho, os Caminheiros que percorrem o chão alente-jano, viajam comodamente, com uma mochila recheada de beleza, descobrindo a

cultura de lugares ímpares a que associam agradáveis passeios, numa actividade que os leva ao ritmo a favor da saúde, onde as meren-das podem ter lugar nos momentos de pausa e con-fraternidade.Foi, assim, num breve resumo feito da cumplici-dade de um encontro que identificou um dos espaços iluminados de uma locali-dade e região, percorrida nas suas mais diversas formas de convívio, que entendemos a mensagem que, Elisabete Dias - Pre-sidente da Direcção do Grupo de Caminheiros de

Grândola, deixou implí-cita, ao fazer uma breve retrospectiva da existência do “Grupo de Caminhei-ros de Grândola, no ano em se assinala o 4.º Aniver-sário do Grupo.Tudo começou na Divisão de Desporto da Câmara Municipal de Grândola, que foi o impulsionador das caminhadas pelo Concelho de Grândola e que viria a motivar o Grupo que então

se formou e que, posterior-mente, com reforços de mais aderentes, viu – há 4 anos - chegado ao dia da sua emancipação. A partir daí, ganhou maturidade de vida própria, continuando a desenvolver eventos que o têm levado para fora dos contornos geográficos do território grandolense, isto em harmonia com calen-dários pré-estabelecidos, promovendo um intercâm-bio interessante, com o destaque de dar e receber, sempre que existam essas oportunidades.

Comissão Instaladora

Lembrar que o “Grupo de Caminheiros de Grân-dola” foi conduzido por uma Comissão Instaladora constituída por: Rui Silva, Joaquim Silvério (que viria a fazer parte da Direcção que durou até 2010) e, Luís Duarte, que não passou fez parte da Direcção, nem inte-grou nenhum dos Órgãos Socais eleitos de seguida, Da Comissão Instaladora passou a colaborador do Grupo, dando o seu apoio enquanto Técnico de Des-porto. É, no actual mandato, o vice-presidente do Grupo.Desde a sua formação, o “Grupo de Caminheiros de Grândola” cumpre-se durante todo ano - à excep-ção do mês de Agosto - nos passeios semanais que rea-liza, que têm lugar no perí-metro urbano e na serra de Grândola, a partir das 20h00 de todas as quartas-feiras e, uma vez por mês, nas manhãs dos Domingos. À prática referida, o “Grupo de Caminhos de Grândola” soma passeios diversificados, com even-tos previamente agendados no seu Calendário anual de Actividades, tendo - este ano - cumprido várias deslo-cações, respondendo a con-vites para o efeito. A saber: Em Fevereiro, organizado pelo Grupo congénere de Évora, a Caminhada: “À Descoberta de Arraiolos – na Rota das Pousadas” e, ainda em Fevereiro “Um Saltinho ali à Serra”, pas-seio à Serra de Grândola. No dia 20 de Março “Vamos a Sintra”e, o Grupo foi a Sintra, onde – logicamente – viu o Castelo da Pena. No dia 17 de Abril o “II Passeio Vila Morena”, no Dia 1.º de Maio, honrando a data, o Grupo fez um “Pique-nique com Caminhada”. No dia 29 de Maio, uma participação na “Corrida da Mulher”, que tem sido organizada pelo Município, à excepção deste ano que foi organizada pela Maratona Clube de Portugal, corrida esta que tem por fim, rever-ter parte das verbas realiza-das, para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Neste mesmo dia, os Caminheiros fizeram ainda uma “Roma-ria à Capela da Senhora da Penha”, organizada com o apoio da Paróquia. Juntou-se aos Caminheiros – que foram os responsáveis pela orientação do percurso

-, o Grupo de Escuteiros. Lembrar que a Romaria – a ida à Penha - é uma festa religiosa que junta muitas pessoas. No período de 9 a 12 do mês de Junho, os Caminheiros de Grândola fizeram per-cursos “Nos Caminhos de Santiago de Compostela”, lugar do mundo de grande referência histórico/reli-giosa, por tudo aquilo que se conhece de Santiago de Compostela. Em Julho, no território caseiro, deu-se o passeio nocturno em noite de “Lua Cheia”. Também em Julho, com um pormenor de certo modo inédito, a par-ticularidade do percurso ter tido uma parte radical, que cumprida pelos mais afoi-tos. Ou seja, a proposta foi: “A ver o Mar, Cavaleiro - Zambujeira do Mar”, num passeio que se deu junto à arriba, com partida do Cabo Sardão, em que, em deter-minado espaço do percurso, uma ribanceira, impôs que fosse feito uma escalada, o que aconselhava descer de forma segura. Para o efeito umas cordas fizeram tudo o que foi preciso… Por tudo que foi visto e se poderá ima-ginar, desde a irregularidade das arribas, a beleza do mar, o som das ondas, o cheio e… o sonho, o saldo acabou por ter sido um passeio inte-ressante, com uma vertente bem diferente dos habituais que se fazem pela serra, ter-minando com merecido um pic-nic, que teve lugar no Parque de Boa Vista dos Pinheiros, no Concelho de Odemira.Segundo Elisabete Dias, os passeios são previamente reconhecidos pelos respon-sáveis do Grupo, para lhes conhecerem melhor os ata-lhes do percurso e, por regra,

poderem aconselhar os ele-mentos do Grupo de quais são as limitações ou não, que poderão vir a encontrar.

Encontro de Caminheiros

na Serra de Grândola

Da programação em curso, terá lugar neste mês de Outubro, no dia 23, na Serra de Grândola, um “Encontro de Caminhei-ros”. Em, em Novembro, também na Serra de Grân-dola, os Caminheiros terão por missão partir… “À Pro-cura de Cogumelos”.

Protocolo de colaboração

estabelecido entrea Câmara e o Grupo

Elisabete Dias falou ainda da existência de um proto-colo com a Câmara de Grân-dola e, também, do apoio que o Grupo de Caminheiro recebe da Junta de Fregue-sia de Grândola, realçando que, os Caminheiros estão sempre dispostos e, partici-pam (voluntariamente), nos eventos organizados pelo Município e pela Junta, de que é exemplo a sua parti-cipação na “Feira Geração + “, um evento que junta em Grândola cerca de mil idosos vindos de todo o país, que se reúnem no Complexo Desportivo e no Parque de Feiras, ajudando, nomeada-mente no fornecimento de refeições. Também colabora com a Junta de Freguesia na Prova Anual de Atletismo que realiza e que movimenta muita gente. O Grupo de Caminheiro está no terreno, para ajudar, por exemplo no trânsito. Os Caminheiros fizeram –

este ano excepcionalmente, a caminhada do dia 24 para o 25 de Abril. Tiveram ainda uma participação no Raide Melides/Tróia, resumindo, o Grupo participa em todas as modalidades que sejam organizadas quer pelo Junta, quer pela Câmara. Ou seja, sempre que esses organis-mos solicitem, o Grupo estará presente.Para os interessados, da conversa tida com Elisa-bete Dias, trouxemos uma recomendação não só dos benefícios das caminhadas, mas também que esses pas-seios se devem fazer com indumentária adequada, com peças de algodão e com ténis - com um numerozito a mais - para um maior con-forto.Dizer que o “Grupo de Caminheiros de Grân-dola” já passou a barreira das 140 pessoas associadas, reunindo parceiros de todas as idades, com destaque para alguns resistentes que já contam com mais de 70 anos.

A celebraçãode

4 anos de existência Para o fim deste aponta-mento, o destaque vai para o passeio com a duração de quatro horas, que teve início a partir das 9.00 horas, no passado Domingo, dia 25 de Setembro, intitulado “Montes Perdidos”, efec-tuado no território Grando-lense, passeio esse, respon-sável pela celebração do 4.º aniversário do Grupo de Caminheiros de Grândola que, após a caminhada agen-dada, a partir das 14h00, o continuar fez-se em festa, num almoço de confraterni-zação em Vila Morena.

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Litoral Alentejano – Sábado, 1 de Outubro de 2011www.jornallitoralalentejano.com 07

Carvalhal e Melides inauguram Centros Escolares Em dia importante para a Comunidade Escolar, Carlos Beato, na essência do seu discurso, referiu-se a Melides lembrando que ficou na história da peregrinação de Fernão Mendes Pinto.

Para que conste, na ante-rior edição do Jornal Litoral Alentejano, foi noticiado que o Ministro da Educação, Nuno Crato, no passado dia 15 de Setembro, iria presi-dir à inauguração do Centro Escolar de Melides que teve lugar no passado dia 15 de Setembro, em conjunto com o Centro Escolar do Car-valhal, entraria em funcio-namento no início do ano lectivo no Município de Grândola. A inauguração dos Cen-tros de Educação do Car-valhal e de Melides foi pre-sidida pela Secretária de Estado do Ensino Básico e do Secundário, Dr.ª Isabel Leite. Da comitiva responsável por aquele acto além de Carlos Beato - Presidente da Câmara Municipal de Grândola, esteve o Fer-nando Caeiros - Vogal Exe-cutivo de In-Alentejo (enti-dade que gere os fundos comunitários do QREN), a Directora Regional de Educação do Alentejo, o Director das Escolas do Concelho de Grândola, o Sr. Padre Adalberto, que procedeu à bênção dos

dois Centros Escolares e, as autoridades concelhias e locais.

Sobre os discursos proferi-dos, deixamos quatro notas do Presidente Carlos Beato. Na primeira, a Edil referiu que na placa que assinala a efeméride, não consta o nome de Nuno Crato, na sua qualidade de Ministro da Educação por vontade expressa do próprio Minis-tro, explicando ainda a sua ausência, que se dera por imposição de uma desloca-ção com o Sr. Presidente da

República. A segunda foi para Pedro do Ó Ramos pela “grande

importância que teve na organização do programa em Melides”, a terceira nota destacou o Professor Fernando Caeiros, tendo o Autarca sublinhado que o Professor “é o grande responsável pelas solu-ções pelos problemas que aqui tivemos neste Centro Escolar”, explicando que, “se calhar com outra pessoa, com um olhar mais fechado e menos sensível (o Sr. Vogal Fer-nando Caeiros foi pre-sidente da Câmara de Castro Verde mais de 25 anos, onde também fez um trabalho notável, diria), se não fosse o seu olhar, não apenas para Grândola, mas para as novas autar-quias do nosso Alentejo, se calhar, com os problemas que aqui tivemos não está-

vamos aqui hoje”. Uma quarta nota destacou o Sr. Padre Adalberto, “pela

bênção com que apadri-nhou aqueles novos Equi-

pamentos agradecendo ainda a presença do Sr. Padre Manuel António, Pároco de Grândola antigo e Reitor do Seminário de Beja durante 11 anos”, dizendo do quanto era gra-tificante vê-lo em naquela cerimónia.Mereceu ainda o destaque do Presidente Carlos Beato, o Director das Escolas do Concelho, Secretário da Associação de Municípios do Litoral Alentejano, Dr. Ventura Leite, o Presidente da casa do Povo, o Vice-presidente do Turismo e da Costa Alentejana, represen-tantes da Costa Terra, em especial do Presidente do seu Conselho de Adminis-tração que, na palavra da Autarca, o seu “envolvi-mento e contributo” para ali todos estarem naquele dia, “nomeadamente com as acessibilidades que aqui temos e com a dignidade de acolher os pais especial-mente e as nossas crianças, muito se lhe deve”, disse.

Carlos Beato, na essência do seu discurso, para além de

falar da economia e da espe-rança de tempos melhores, referiu-se a Melides lem-brando que ficou na história da peregrinação de Fernão Mendes Pinto e, o Concelho de Grândola Vila Morena faz parte da história recente da Liberdade em Portugal, vivem hoje, mais um dos momentos importantes do seu rico e vasto património histórico. Por sua vez, o Fernando Caeiros, em representação em representação do Pre-sidente da CCDR-A e do In-Alentejo, manifestou a “renovada alegria” por ali estar, pelo facto, em termos pessoais, ter acompanhado o processo de centros esco-lares em todo o Alentejo”, destacando “o crescimento e importância” daquela agenda “nos últimos anos”, informando “que o pro-grama, que tinha previsto 14 milhões de euros para escolas, acabou por alocar a investimentos destes, qualquer coisa parecida com 88 milhões a esta data e, a procissão ainda vai no adro”, sublinhando ainda “o esforço que se pediu à autarquia, pare-

cendo curto, 15% a esta data, segundo as regras do

QREN, é ainda um esforço muito expressivo dentro das actuais condições financeiras do País e das entidades públicas de uma maneira geral”, disse.A Secretária de Estado do Ensino Básico e do Secun-dário, Dr.ª Isabel Leite, foi quem presidiu à inauguração do novo equipamento edu-cativo e também encerrou as cerimónias de inauguração dos Centros Escolares – de manhã - no Carvalhal - e, na parte da tarde – Melides. A Secretária de Estado sublinhou o esforço e empe-nho da Autarquia na quali-ficação dos equipamentos escolares, certa de que, “os novos Centros Esco-lares, contribuirão para melhorar as respostas às necessidades da região e para elevar qualidade do ensino”, reforçando a ideia de que “vale a pena investir e apostar na edu-cação”, sublinhando que “o conhecimento é a prin-cipal arma de combate à pobreza e a principal via para o desenvolvimento”.Isabel Leite, no seu dis-curso, deixou palavras de incentivo e esperança.

Aliette [email protected]

Plano de Melides vai ser uma realidade

Neste dia, em Melides, Carlos Beato, na presença não só as autoridades presentes, mas ainda de muitos popu-lares, afirmou que, o Plano de Urbanização de Melides, embora atrasado, vai ser uma realidade e, ainda este ano.

Refira-se que os referidos estabelecimentos de ensino resultaram de um investimento conjunto de 1,6 milhões de euros e que foram construídos no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional, que compartici-pou cada projecto em 80 por cento.

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Litoral Alentejano – Sábado, 1 de Outubro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com8

Aliette [email protected]

“O projecto de criação da moeda única surgiu de um mercado que contava com 250 milhões de pessoas e se afigurava capaz de transformar a Europa na maior potência comercial a nível mundial”A Europa do EuroNo mês em que se assinala a entrada em vigor da dupla coexistência do euro, que teve lugar em 1 de Outubro de 2001, afirmam alguns responsáveis políticos “que o momento actual”, quanto à moeda europeia, é o da “(…) fase da sua refundação”. Para assinalar a efeméride, na peça que abaixo se publica, deixamos uma retrospectiva dos principais momentos que decidiram a sua existência.

Uma conturbada sessão nocturna em Bruxelas decidiu, a 2 de Maio de 1998, que a União Europeia teria uma moeda conjunta – o Euro. A história do Euro iniciou-se em 1957, com a assinatura do Tratado de Roma e a criação da Comunidade Económica Europeia (CEE), entre a Alemanha, França, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Holanda. O Tratado estabeleceu o Mercado Comum Europeu com a finalidade de assegurar o progresso económico e contribuir para uma união cada mais estreita entre os povos europeus.Nos 30 anos seguintes, seis outros países aderi-ram à CEE. Em 1973, o Reino Unido, Irlanda e Dinamarca, em 1981 a Grécia e, em 1986, Portu-gal e Espanha. Em 1995, foi a vez da Áustria, Fin-lândia e Suécia. A União Económica e Monetária tornou-se, em virtude da proximidade dos prazos, num assunto da maior importância para todas as empresas e, com efeito, o euro seria uma realidade em menos de dois anos.A partir de 1 de Janeiro de 2002, foram postas a circular as notas e moedas de euros e foram retiradas de circulação as notas e moedas nacionais.Entretanto, neste momento, com toda a perturbação económico e financeira que se vive, alguns analistas já afir-maram que “esta é a fase da refundação do euro”.

Breve Retrospectiva:

Dezembro de 1969

Em Dezembro de 1969, a Comunidade Europeia havia aprovado o Plano Werner, em referência ao então primeiro-ministro de Luxemburgo, Pierre Werner. A sua ideia era concretizar a União Eco-nómica e Monetária da Europa em 1980, contudo as turbulências monetárias da década de 70 atrasa-ram o cronograma. Neste período, os países filiados contentaram-se com a coo-peração monetária.

Europa já viveravárias uniões monetárias

A Europa já havia vivido, nos séculos passados,

várias uniões monetárias. Em 1863, por exemplo, Napoleão III criou a

chamada União Monetária Latina (entre França, Bélgica, Suíça e Itália), visando a estender a hegemonia francesa no Continente. Bem mais recente foi a união monetária da Alemanha, realizada nas vésperas da Reunificação, em 1990, quando a então socialista Alemanha Oriental, um país falido, passou a adoptar o forte marco Alemão-Ocidental.

O euro,a maior troca

monetáriajá realizada na

história

Na maior troca monetária já realizada na história, o euro substituiu 12 moedas, tornando-se o meio de pagamento oficial daqueles países. Isso significa que, passado o período de dupla circulação, 12 moedas europeias deixaram de existir; é o caso, por exemplo, do marco alemão, uma das moedas mais estáveis do mundo; assim como da dracma grega, cujo nome tem suas origens no século VI a.C.

Tratado de Maastricht

consagrou o nomeUnião Europeia

Em 1992 foi assinado o Tratado da União Euro-peia, ou de Maastricht,

que consagrou o nome União Europeia e lançou as bases para a moeda

única. Um passo decisivo seria tomado numa reu-nião do Conselho Euro-peu entre 1º e 3 de Maio. Uma conturbada sessão nocturna em Bruxelas decidiu, a 2 de Maio de 1998 (na realidade já era o dia seguinte, pois pas-sava da meia-noite), que a União Europeia teria uma moeda comum. Entre 1994 e 1999, foi criado o Instituto Mone-tário Europeu e apro-vado o nome Euro para a moeda única.O então Chanceler Fede-ral alemão, Helmut Kohl, considerou a decisão de importância histórica, afirmando que : “A união económica e monetária é uma resposta decisiva à competitividade interna-cional cada vez mais acir-

rada, não só entre países, mas entre grandes regi-ões no mundo. Por isso

a importância da zona do Euro, em que residem 300 milhões de pessoas, que ganham 20% dos rendimentos no mundo, uma situação comparável à dos Estados Unidos”.

Razões do euro,a Moeda Única

A criação do Mercado Único, como espaço comercial e de cooperação tinha sido, desde 1986, o objectivo fundamental dos 12 Países-membros que então constituíam a Comunidade Económica Europeia. O nível de rea-lização conseguido, base-ado sobretudo em medidas legislativas, arriscava-se a ser prejudicado por políti-cas monetárias e cambiais divergentes. O projecto de criação da moeda única surgiu de um mercado que contava com 250 milhões de pessoas e se afigurava capaz de transformar a Europa na maior potência comercial a nível mundial.A moeda única passou a ser o objectivo mobiliza-dor do projecto europeu pós-Maastricht, numa União Europeia alargada a 15 Estados-membros (cuja população na altura atingia os 340 milhões de pessoas). A realização deste projecto apontava que viria a permitir ultra-passar os problemas de credibilidade de algumas moedas nacionais, uma vez que dotaria o espaço europeu de uma moeda internacional com estatuto

idêntico ao do dólar e do iene.

O euro,um projecto

inédito

Desde 1º de Janeiro de 2002, o Euro, a nova moeda comum europeia, deixou de ser virtual para tornar-se realidade. Três anos depois de ter sido introduzido no mercado financeiro, na condição de moeda abstracta, o euro chegou, finalmente, ao bolso dos consumidores, circulando em 12 países da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal, reunidos na chamada zona do euro, ou “Eurolândia”. Entretanto a Dinamarca, a Grã-Bretanha e a Suécia - que, junto com os países da zona do euro formam a União Europeia (UE) - decidiram ficar de fora da união monetária, mantendo as suas moedas nacionais. O projecto euro, porém, é uma experiência inédita, “talvez a mais ousada da história económica dos povos”, como definiu a professora Diva Benevides Pinho. Nunca uma união monetária reuniu tantos países. Além disso, ela acontece como resultado não de uma crise económica, mas de um processo sistematizado (e pacífico) de integração da Europa.

1998: Decidida a criação do

euro.

Monumento ao Euro

em Frankfurt.

Page 9: Jornal Litoral Alentejano

Ano II • n.º 43•

DirectoraAliette Martins

Director-adjuntoMarcos Leonardo

EditorJoaquim Bernardo

1 de Outubro/11

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Se não conseguiu o seu exemplar peça-o para as nossas delegações

269 822 570265 235 234

Vasco da Gama recebe o Estrela de Santo André neste domingo às 15 horas

FUTEBOL - Taça do Distrito de Setúbal - Grupo D

Teresa Fernandes sagrou-se Vice-Campeã Nacional de Maratonas em BTT

BTT - Campeonato Nacional de Maratonas - XCM

Começou no último domingo a época desportiva 2011-2012 na Associação de Futebol de Setúbal, com a realização da 1ª jornada da Fase de Grupos da Taça. Nesta 1ª jornada, destaque para o Juventude Melidense que recebeu o Charneca da Caparica e venceu por 3-0. O Grandolense empatou a dois golos em Setúbal, frente ao Comercio e Indústria. O Vasco da Gama de Sines perdeu no Barrei-ro por 3-2, enquanto o Estrela de Santo André foi derrotado em casa por 3-1, pelo Cova da Piedade. No domingo, dia 2 de Outubro, a par-tir das 15 horas, o Estádio Muni-cipal de Sines recebe um jogo his-tórico, pela primeira vez o Vasco da Gama de Sines e o Estrela de Santo André vão defrontar-se ofi-cialmente no escalão de seniores. Uma partida muito aguardada na região e com a garantia de mui-to público a assistir. Tanto uma como a outra equipa reconhecem o valor do adversário, mas vão en-trar em campo com o objectivo de vencer, embora a equipa sineense seja favorita.Resultados da 1ª jornada: Grupo A: Alfarim - Amora 2-2 e Meli-dense - Charneca da Caparica 3-0. Classificação Geral: 1º Melidense, 3; 2º Amora e Alfarim, 1 e 4º Char-neca da Caparica, 0. Na 2ª jornada, neste domingo, dia 2 de Outubro, vão jogar: Amora – Melidense e Charneca da Caparica – Alfarim. Na 3ª jornada, dia 9 de Outubro, vão jogar: Charneca da Caparica – Amora e Melidense – Alfarim.

Grupo B: Quinta Conde - Alma-da 1-3 1º Maio Sarilhense - Desp Portugal 0-1. Classificação Geral: 1º Almada e Desp. Portugal, 3 e 3º o 1º Maio e Quinta do Conde, 0. Na 2ª jornada, neste domingo, dia 2 de Outubro, vão jogar: Almada – 1º Maio Sarilhense e Desportivo Portugal – Quinta Conde. Na 3ª jornada, dia 9 de Outubro, vão jo-gar: 1º Maio – Quinta do Conde e Almada – Desportivo de Portugal. Grupo C: Comércio e Indústria - Grandolense 2-2 e Paio Pires - Ar-rentela 1-0. Classificação Geral: Paio Pires, 3; 2º Grandolense e C. Industria,1 e 4º Arrentela,0. Na 2ª

jornada, neste domingo, dia 2 de Outubro, vão jogar: Grandolense – Paio Pires e Arrentela – Comer-cio e Industria. Na 3ª jornada, dia 9 de Outubro, vão jogar:Arrentela – Grandolense e Paio Pires – Comercio e Industria.Grupo D: Barreirense - Vasco Gama 3-2 e Estrela Santo An-dré - C.Piedade 1-3. Classifica-ção Geral: 1º Cova da Piedade e Barreirense,3 e 3º Vasco da Gama e Est. Santo André,0 pontos. Na 2ª jornada, neste domingo, dia 2 de Outubro, vão jogar: Arrentela – Grandolense e Paio Pires – C. Industria. Na 3ª jornada, dia 9 de

Outubro, vão jogar: Cova da Pie-dade – Vasco da Gama e Estrela de Santo André – Barreirense.Prova que conta com a participa-ção de 16 equipas, 10 da primeira divisão e seis da 2ª divisão. Do Litoral Alentejano apenas a União de Santiago e Atlético Alcaceren-se não se inscreveram na compe-tição. Nesta primeira fase a prova disputada por quatro grupos de quatro equipas, onde os dois pri-meiros são apurados para os quar-tos de final.

Teresa Fernandes, atleta odemirense, sagrou-se Vice - Campeã Nacional de Maratonas (XCM), na categoria de veteranas femininas, no Campeonato Nacional, que decorreu no dia 11 de Setembro, na cidade de Meda. Apesar das duas aparatosas quedas a meio da prova, a atleta terminou com o tempo de (3h e 26m), num percurso de 60 quilómetros, com um acumulado de 1500 metros.O Campeonato Nacional XCM

é um troféu oficial da UVP/Federação Portuguesa de Ciclismo e constou de uma prova única.A atleta tem 31 anos e é licenciada em Educação Física pela Universidade do Algarve. Participa em competições pelo Clube Xelb/G-Ride, de Silves, mas a sua equipa local chama-se “Duraizos”, a secção de BTT da Associação Cultural Recreativa e Desportiva da Longueira.

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Pedro Lança regressou às vitórias em Serpa

Campeonato Regional de Ralis sul 2011

Odemirense joga em Milfontes neste domingo

FUTEBOL - 1ª Divisão - AF Beja

São Teotonio - Sanluizense dia 1 de Outubro

FUTEBOL - Distrital de Beja da 2ª divisão

Grândola inaugurou Polidesportivo renovado

Obra que custou 100 mil euros

A dupla sineense Pedro Lança e Ricardo Batista regressou às vitórias no Regional Sul de Ralis este fim-de-semana, colocando-se na liderança do campeonato de duas rodas motrizes.O Rally Flor do Alentejo / Cidade de Serpa apresentava-se como uma prova nova para a dupla do Citroen Saxo, mas cedo a equipa mostrou que estava para lutar pela vitória. Apesar de ter menos provas que a concorrência mais directa, a luta pela vitória começou bem cedo. “Depois do desaire em Vila do Bispo corrigimos o que estava mal e trabalhamos muito para ter o carro em plenas condições para o rali de Serpa onde queríamos voltar aos bons resultados. Apesar dos nossos mais directos adversários na divisão terem muitos mais ralis disputados este ano, conseguimos mesmo assim entrar no rali a perder somente 0,1 segundos na

super especial nocturna de sábado. No domingo arrancámos para o rali com um ritmo forte, mas sem nunca pôr em causa o nosso objectivo que era terminar o rali e somar os primeiros pontos da época. A partir do momento que ficamos isolados no comando foi simplesmente gerir a vantagem e a mecânica do carro, uma vez que os troços começaram a ficar em algumas partes muito demolidores e não queríamos pôr em causa o resultado. Finalizamos o rali sem qualquer problema e agradeço em especial a toda a equipa e aos nossos patrocinadores porque esta primeira vitória de 2011 é de todos os que colaboram neste projecto! Vamos continuar o bom trabalho para estarmos mais competitivos nos ralis que se seguem”, comentou piloto Pedro Lança.“Nesta prova já pudemos mostrar um pouco do que podemos fazer e o resultado

final acaba por premiar o nosso trabalho e de toda a equipa. Soubemos gerir mecanicamente nos momentos mais difíceis da prova e esta vitória acaba por nos dar mais alento para o que resta do campeonato e o nosso objectivo continua a ser o mesmo, vencer entre as equipas dos duas rodas motrizes” comentou o navegador Ricardo Batista.Pedro Lança e Ricardo Batista terminaram a prova no oitavo lugar da geral, sendo os melhores duas rodas motrizes e ainda vencedores na Classe 1, numa prova que teve em Ricardo Teodósio e João Luz os vencedores absolutos. Com este resultado, a dupla do Citroen Saxo ocupa agora a liderança na Classe 1.A próxima prova do Campeonato Regional Sul de Ralis será o Rali de Loulé / Casino de Vilamoura, que terá lugar nos dias 8 e 9 de Outubro.

O Castrense confirmou na 1ª jornada do Campeonato Distrital de Beja, o estatuto de principal candidato ao título já que entrou no campeonato com uma goleada sobre o Panóias.Destaque ainda para a vitória do Odemirense em casa por 2-0, frente ao Vidigueira e para o empate do Milfontes no campo do Sporting Ferreirense e três golos.

Resultados da 1ª jornada: FC Castrense 6 - Panóias 1; Rosairense 1 - Guadiana de Mértola 0; Odemirense 2 - Vasco da Gama 0; Ferreirense 3 - Milfontes 3; Desp. Beja 3 - Almodôvar 2; Aldenovense 1 - FC Serpa 0 e Sp. Cuba 4 - FC São Marcos 1. Na 2ª jornada, dia 2 de Outubro, vão jogar: Panoias – Cuba; Guadiana – Castrense; Vidigueira – Rosairense;

Milfontes – Odemirense; Almodôvar – Ferreirense; Serpa – Desportivo de Beja e São Marcos – Aldenovense. Na 3ª jornada, dia 9 de Outubro, vão jogar: Panoias – Guadiana; Castrense – Vidigueira; Rosairense – Milfontes; Odemirense – Almodôvar; Ferreirense – Serpa; Desp. Beja – São Marcos e Cuba – Aldenovense.

A Câmara Municipal de Grândola reabriu ao público no dia 24 de Setembro, o Polidesportivo nº2, do Parque Desportivo Municipal.Com um investimento global de 100 mil euros,

a construção deste novo equipamento permitiu uma requalificação no Parque Desportivo de Grândola, ganhando novas valências tais como: Campo de Basquetebol, Campo de Mini Futebol, Campo de

Voleibol e Campo de Ténis. A cerimónia de reabertura contou com uma tarde desportiva com demonstração de Voleibol, Futsal pela Grandolafoot e Street Basket pelo CAB de Grândola.

A Associação de Futebol de Beja vai iniciar no dia 1 de Outubro, o Campeonato Distrital da 2ª divisão. Prova que conta com a participação de três equipas do concelho de Odemira.Na 1ª jornada, dia 1 de Outubro, vão jogar: Negrilhos - Cabeça Gorda; Piense –Barrancos;

Renascente – Sanluizense; Ourique - Vale de Vargo; Bº Conceição-Messejanense e Amarelejense-Alvorada. Descansa o Sabóia Na 1ª eliminatória da Taça do Distrito de Beja em seniores, dia 15 de Janeiro de 2012, vão jogar: Praia de Milfontes-Ourique; Panóias – Renascente; Amarelejense-

Negrilhos; Bº Conceição-Guadiana; Aldenovense-Piense; Desportivo de Beja - Vidigueira; Castrense- Vale de Vargo; Rosairense - São Marcos e Ferrreirense-Alvorada. Isentos: Almodôvar, Odemirense, Cuba, Serpa, Cabeça Gorda, Sabóia e Messejanense.

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Ruben Tavares conquistou um brilhante segundo lugar

Ginástica - Loulé Cup 2011

HC Vasco da Gama venceu o HCP de Grândola

Hóquei - Camadas Jovens da AP Setúbal

Sérgio Carlos treina a equipa dos Independentes

Futsal - Campeonato Nacional da 3ª divisão

Azinheira dos Barros inaugurou Polidesportivo

Um investimento de 235 mil euros

A Associação de Patinagem de Setubal iniciou no último fim-de-semana os Campeonatos Regionais, onde alem das equipas do distrito de Setúbal participam equipas do Alentejo e Algarve.No escalão de juvenis, o HCP de Grândola recebeu o Seixal e perdeu por 8-0. Na outra partida, o HC Santiago venceu em Estremoz por 7-3. Na próxima jornada, dia 2 de Outubro, o HCP de Grândola joga em Setubal frente ao Naval (15.30h), enquanto o HC Santiago

Os Independentes de Sines iniciam no dia 1 de Outubro, a participação na Taça de Portugal de Futsal, e dia 8 de Outubro começa o Campeonato Nacional da 3ª divisão de Futsal. Integrados na Série D, a equipa sineense entra na competição com o objectivo de fazer o melhor possível já que procedeu as muitas alterações na equipa. António Paulo, presidente dos Independentes faz um balanço “muito positivo” das primeiras semanas de trabalho, destacando a aposta no técnico Sérgio Carlos, que define como “um homem da casa, que conhece os jogadores, tem formação e uma grande experiencia e considero que tem todas as condições para realizar um bom trabalho.” Quanto a objectivos, este responsável considera que “vamos jogar jogo a jogo e depois de conhecermos os adversários e de sabermos o que podemos fazer logo traçamos objectivos.” Quanto ao plantel, “já temos um bom grupo de jogadores, alguns que continuam, outros que regressam ao clube e muitos jovens que tem vontade de ajudar a equipa. Estou confiante que vamos formar um grupo que

A Freguesia de Azinheira dos Barros, em Grândola, inaugurou no dia 24 de Setembro, um Polidesportivo e um Jardim Público. Com um investimento global de 235 mil euros, co-financiados a 80% pelo FEDER, a construção destes novos equipamentos permitiu uma requalificação da entrada norte de Azinheira dos Barros, a pavimentação e iluminação de duas novas ruas, “Rua Vitorina

recebe o CP Beja (16h).Em Iniciados, o HC Vasco da Gama recebeu e venceu o HCP de Grândola por 3-1, enquanto o HC Santiago perdeu em Estremoz por 4-2. No próximo domingo, jogam Estremoz – HC Vasco da Gama (10h) e Naval Setubalense – HC Santiago (10h). Dia 5 de Outubro, pelas 10 horas, o HCP de Grândola recebe o Seixal.No escalão de infantis, o HC Vasco da Gama empatou a dois golos frente ao Boliqueime e o HCP Grândola venceu em

Santiago do Cacém por 10-1. No próximo domingo a partir das 11 horas, o HCP de Grândola recebe o Atlético Alcacerense que pela primeira vez participa numa competição de Hóquei em Patins.No escalão de Escolares, o HC Santiago recebeu o HCP de Grândola e venceu por 6-1. No próximo domingo, a partir das 12 horas, o HC Santiago joga em Lagos frente ao Roller Lagos. O Campeonato Regional de Benjamins vai começar no dia 16 de Outubro.

dignifique o nome do nosso clube no campeonato, onde para já pretendemos fazer o melhor possível.”No dia 1 de Outubro, a equipa sineense joga no Pavilhão do Quinta do Conde, jogo a contar para a 1ª Eliminatória da Taça de Portugal. Depois dia 8 de Outubro, a equipa orientada por Sérgio Carlos, joga no Pavilhão dos Indefectíveis, o Campeão Distrital de Setúbal na última época. Na 2ª jornada, dia 15, a equipa sineense realiza o primeiro jogo em casa, recebe o Portela. Na 3ª jornada, dia 22 de Outubro, os Independentes voltam a actuar em casa, desta feita frente aos alentejanos do Sporting de Viana do Alentejo.

Os Independentes voltam este ano a apostar numa equipa de formação. O clube sineense vai participar no Campeonato Distrital de Setubal de infantis, o objectivo desta equipa, segundo António Paulo, presidente do clube é “apostar na formação de jogadores que mais tarde possam representar a nossa equipa sénior, com formação na modalidade. Vamos começar com infantis e como não temos condições para ter todos os escalões, depois vamos subindo os vários escalões até seniores”. Na 1ª jornada, deste Campeonato, dia 29 de Outubro, os jovens sineenses jogam no Pavilhão do GD Chão Duro, na semana seguindo jogam em Sines frente ao GD Alegria.

Gamito” e “Rua Armando Mira do Ó”, e a criação de novos estacionamentos. Com a construção do Polidesportivo, que possibilita a prática desportiva e a realização de eventos recreativos e lúdicos, o Município de Grândola vai ao encontro de um longa aspiração da população daquela Freguesia. Foi também inaugurado o Jardim “Cerca do Rabaçal”, uma nova

zona verde central, onde se destaca a escultura da autoria do artista plástico Jorge Silveira. A peça com cerca de dois metros de altura, esculpida em pedra, é uma homenagem aos homens e mulheres que trabalham no campo, completada com poemas de poetas populares barrenses. O programa terminou com a actuação de vários grupos musicais que animaram a noite.

Decorreu nos dias 16 e 17 de Setembro de 2011, em Loulé, a 6ª edição da Loulé Cup, prova internacional de ginástica que contou com a presença de mais de 450 ginastas de todo o mundo. A Academia de Ginástica de Sines participou nesta prova com nove atletas, entre os quais seis estreantes: Beatriz Malafaia, Cátia Cova, Cláudia Bilau, Érica Carril, Márcia Tavares e Ruben Tavares. De um modo geral esta prova correu bem para a Academia uma vez que foram apurados dois atletas para as finais em trampolim individual: Ruben Tavares, no escalão Under 13 que acabou por subir ao pódio em 2º Lugar e a Elite Sénior Beatriz Martins que conseguiu um 5º Lugar. Destacamos ainda o 2º Lugar por equipas atribuído à equipa da AG Sines constituída por Beatriz Martins, Sara Sousa e Tatiana Belchior em

trampolim individual.Resultados finais dos atletas sineenses: Trampolim Individual: Sub-13 Masculinos: 3º Lugar - Ruben Tavares na qualificativa e 2º Lugar na Final. Sub-13 Femininos: 22º Lugar - Érica Carril, 30º Lugar - Cláudia Bilau, 32º Lugar - Beatriz Malafaia, 33º Lugar - Márcia Tavares e 35º Lugar - Cátia Cova. Junior Femininos: 9º Lugar

- Tatiana Belchior Open Femininos: 8º Lugar - Beatriz Martins na qualificativa e 5º Lugar na Final e 14º Lugar - Sara Sousa As atletas Beatriz Martins, Sara Sousa e Tatiana Belchior arrecadam o segundo lugar por equipas em trampolim individual. Duplo Mini-trampolim. Junior Femininos: 9º Lugar - Tatiana Belchior

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Câmara Municipal de Sines decidiu voltar a transportar atletas até aos 14 anos

Municipio de Sines aprovou o Regulamento Municipal de Apoio ao Associativismo Desporto

São Francisco com boa prestação

Atletismo - 15km de Benavente

A Câmara Municipal de Sines aprovou, o Regulamento Municipal de Apoio ao Desporto e Associativismo Desportivo, que regula os critérios de atribuição de apoios às entidades desportivas. A proposta de regulamento esteve em discussão pública entre 18 de Novembro de 2010 e 2 de Janeiro de 2011, na sequência da qual a autarquia decidiu introduzir uma alteração que permite a cedência directa de viaturas e motoristas da autarquia no transporte de atletas até aos 14 anos. Atenta às

exigências legais inerentes ao transporte de crianças até aos 14 anos, relativamente ao qual se concluiu pela impossibilidade de ser garantido com recurso ao aluguer de viaturas por parte dos clubes, a Câmara Municipal de Sines, visando proteger a segurança das crianças transportadas, decidiu disponibilizar directamente, através dos seus meios materiais e humanos, o transporte das equipas compostas por atletas de idade igual ou inferior a 14 anos, sempre que exista disponibilidade de

frota e motorista. A cedência será feita ao abrigo do Regulamento de Cedência e Utilização das Viaturas e Máquinas Municipais em vigor.Atribuição de verbas no caso de aluguer de viaturas para o transporte de atletas, ou se a deslocação não pressupor o aluguer de viaturas, são as restantes modalidades de apoio ao nível dos transportes, previstas no documento. Globalmente, os apoios previstos no regulamento são de natureza financeira, material e logística, e técnica. São

destinados ao apoio, fomento e desenvolvimento de actividades desportivas,

ao apoio a infra-estruturas e equipamentos, ou a apoios pontuais, e estão organizados em programas e subprogramas.Desenvolvimento de actividades desportivas, aquisição de material desportivo, cedência de instalações, transporte para deslocações, financiamento do processo de inscrição de jovens atletas federados, apoio médico, organização de eventos e participação em competições internacionais relevantes são os programas e sub-programas para o apoio, fomento e desenvolvimento de actividades desportivas.Aquisição de viaturas, instalações desportivas e sociais, execução de obras de beneficiação, construção de instalações desportivas e sociais e aquisição de bens e equipamentos são os programas e sub-programas para o apoio a infra-

estruturas e equipamentos. Eventos extraordinários e prémios são os programas e sub-programas previstos no regulamento para apoios pontuais. O Regulamento Municipal de Apoio ao Desporto e Associativismo Desportivo pretende uniformizar os critérios de atribuição dos apoios, simplificando o seu acesso pelas Entidades ou Organizações Associativas, obter uma maior racionalização dos recursos existentes, garantir uma distribuição mais equitativa dos mesmos, e implementar uma maior consciencialização e responsabilização das associações na gestão dos apoios que recebem. O Regulamento segue agora para apreciação e votação na Assembleia Municipal de Sines.

O São Francisco da Serra es-teve a participar no dia 18 de Setembro, na 24ª edição dos 15 km de Benavente.A corrida contou com 393 participantes e o vencedor foi o atleta do C. U. A. Be-naventense, António Tra-vassos, com o tempo de 50 minutos e 41 segundos.O São Francisco teve nesta

prova seis representantes que obtiveram as seguintes classificações.87º-Richardson Ferreira (31º Sénior), 90º-Luís Pe-reira (20º M40); 104ºRui Candeias (39º Sénior); 241ºAntónio Simões (46º M45); 247ºLuís Gonçalves (83º Sénior) e 248ºVítor Pe-reira (84º Sénior).

A Associação de Futebol de Setúbal já realizou o sorteio relativo aos Campeonatos Distrital de Juniores da 2ª divisão. A prova começa dia 8 de Outubro, na 1ª jornada vão jogar: Quinta do Conde – Monte da Caparica; Estrela

de Santo André – Pelezinhos; Charneca da Caparica – Arrentela; Brejos de Azeitão – Alcacerense; Paio Pires – Trafaria; Alfarim – União de Santiago e Vasco da Gama – Clube Instrução.

As equipas de veteranos do Litoral Alentejano continuam em actividade. No último fim-de-semana, a equipa do Vasco da Gama de Sines recebeu os espanhóis do Ayamonte e venceu por

3-2. Os veteranos do Estrela de Santo André jogaram em Santiago do Cacém onde venceram o União por 2-0. No dia 8 de Outubro, o Estrela joga em casa frente ao Vasco da Gama de Sines.

Vasco da Gama defronta o CRI

Futebol - 2ª divisão de Juniores

Vasco e Estrela jogam dia oito

Futebol - Veteranos

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Aliás, como insistem os “euroespecialistas”, o projecto euro não deve ser considerado uma reforma monetária, esta resultaria de uma crise económica, na qual uma moeda nacional perde o seu valor e, por isso, é substituída por outra (as inúmeras trocas monetárias realizadas no Brasil, nas décadas passadas, servem bem de exemplo para essa definição). No caso actual da Europa, porém, trata-se de uma união monetária, na qual as moedas nacionais foram simplesmente convertidas em euros, não pressupondo perdas no poder de compra, nos salários nem nas economias dos cidadãos.

Exigência de garantias

Em Janeiro de 1999,

as taxas de câmbio das moedas participantes foram fixadas em carácter irrevogável. Os países par-ticipantes da zona do euro passaram a pôr em prática uma política monetária única: o euro foi introdu-zido como moeda legal e as 11 moedas nacionais dos países-membros pas-saram a ser subdivisões do euro. O euro passou a ser a moeda comum da

Áustria, Bélgica, Finlân-dia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxem-burgo, Holanda, Portu-gal e Espanha. Em 2001, a Grécia entraria para o grupo. Em 2004 seria a vez da Eslovênia e, em 2007, ingressaram Malta e Chipre.

Divergências quanto

ao primeiro Presidente

do BCE

O Reino Unido, Dina-marca e Suécia, no início, não fizeram parte da zona do euro por motivos polí-ticos internos. O pomo da discórdia, entretanto, na cúpula de 2 de Maio de 1998, foi o nome para a presidência do Banco Central Europeu (BCE), com sede em Frankfurt,

na Alemanha.Enquanto a maioria dos países membros apoiava o holandês Wim Duisenberg para o cargo de oito anos, a França insistia em seu candidato: Jean-Claude Trichet. O consenso só foi encontrado depois que Duisenberg acenar com a possibilidade de renunciar - na metade do seu mandato - por questões de idade.

O euro constituiria

um trunfo para enfrentar

a concorrência mundial

Moeda estável, gerida por um banco central, independente e baseada em economias cujas finanças públicas viriam a ser controladas, o euro constituiria um trunfo para enfrentar a concorrência mundial: O euro permitiria às empresas, por exemplo, beneficiarem de taxas de juro baixas, permitiria, igualmente, defendê-las das turbulência monetárias e suprimiria os custos de conversão e de risco cambial no seio da União Europeia. Por outro lado, o desenvolvimento progressivo do euro, enquanto moeda internacional de transacção, permitiria, a prazo, alargar

esta vantagem ao conjunto das relações comerciais com o resto do mundo.

Os idealizadores do euro

Na visão dos idealizadores do Euro, a introdução de uma moeda única traria grandes vantagens para a Europa, que há anos conta com um dos maiores mercados comuns do

mundo, onde pessoas, bens e serviços circulam sem obstáculos. Como se sabe, o

euro facilita e torna menos custosas as transacções comerciais e financeiras dentro da Eurolândia. Além disso, os “euroentusiastas” acreditavam que a nova moeda viria a fomentar

a integração política do Continente. Tudo apontava para que os países de fora, como o Brasil - que, aliás, vieram a ter a União Europeia como principal parceiro comercial, também poderiam sair a ganhar com o euro. A visão, na altura da sua criação apontava para que, no caso de se impor no mercado internacional, o euro viria a tornar-se

outra moeda de referência além do dólar americano e do iene japonês, servindo

como nova opção para as transacções comerciais e financeiras. Além disso, a união monetária europeia poderia “inspirar” outros mercados comuns, como o Mercosul, a adoptar uma moeda única, como sugeriram alguns estudos a esse respeito.

“A introdução do euro

é tão naturalquanto

adoptarmosuma moeda vinda

de Marte”

O Euro, porém, contou não apenas com entusiastas, mas também com opositores, principalmente entre os economistas. Eles consideraram as economias europeias heterogéneas demais para adoptarem uma moeda única e alertaram para o fato de esta ter sido introduzida sem a existência de um poder central. Os “eurocépticos” também criticaram os altos custos relacionados ao projecto: a introdução do Euro exigiu, por exemplo, a conversão de milhões de máquinas automáticas do Continente e a eliminação de toneladas de notas e moedas antigas, que, em parte, acabaram como sucata. Por um lado, a opinião pública europeia sentiu-se alheia às decisões que levaram à introdução do euro, alegando, em várias pesquisas,

desconhecimento sobre a nova moeda única e suas consequências. Por

outro, nunca um tema económico mobilizou tanto os intelectuais europeus, das mais diferentes áreas. “A introdução do euro é tão natural quanto adoptarmos uma moeda vinda de Marte”, ataca o escritor espanhol Manuel Vázquez Montalbán. “O euro não é uma moeda sem alma”, defende o escritor italiano Claudio Magris.

Solucionar a crise

do euro“é uma tarefa

histórica”

Entretanto, no passado dia 19, a chanceler alemã, Angela Merkel, viria a afirmar que solucionar a crise do euro “é uma tarefa histórica”, garan-tindo que o seu governo estará à altura da situa-ção, apesar das divergên-cias internas na matéria. “Temos de superar a crise do euro e isso é válido para todos, para o meu partido, para os partidos da coligação e também para a oposição”, disse Merkel, em Berlim, ao fazer o rescaldo das elei-ções regionais que tiveram lugar no domingo, dia 18 de Setembro, na capital alemã.A chanceler reafirmou que se o euro fracassar “a Europa fracassará porque, entretanto, o euro é parte constitutiva da União Europeia”.

Jean Claude Trichet Presidente do Banco Central Europeu

A chanceler alemã, Angela

Merkel

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Verissimo Dias

Lusco-Fusco

MUNICÍPIO DE SANTIAGO DO CACÉM

AVISO

Vítor Manuel Chaves de Caro Proença, presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, torna público, para os efeitos previstos no artigo 77.º n.º 8 do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, aprovado pelo Decreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº 46/2009 de 20 de Fevereiro, a divulgação dos resultados através da comunicação social e da respectiva página da Internet, em www.cm-santiagocacem.pt, do período de discussão pública do Plano de Pormenor do Centro Histórico de Santiago do Cacém. -------------------------------

Santiago do Cacém, 12 de Setembro de 2011

O Presidente da Câmara Municipal

- Vítor Proença -

Puro arMarço. Vento fresco. Na campa rasa ergue-se uma cruz nova de carvalho, rija, de veio áspero mas super-fície suave. Jaz ali Maria Madalena.

Pequenita, em pouco dife-ria das colegas da Escola; depois espigou: aos 13 anos, já se adivinhavam no seu corpo delícias para as quais o Verbo não des-cobriu jamais os termos certos; aos quinze, era uma mulher! Nada temia, o Uni-verso pertencia-lhe. Todas as colegas queriam a ami-zade de Maria Madalena, por ela apaixonaram-se perdidamente vários fina-

listas, e por ela suicidou-se até um pastor inseguro.E foi nesses tempos sem crise, num Inverno que se adivinhava ameno, à saída da cantina, que Madalena ouviu da contínua-chefe:— Menina, a Directora mandou chamar!Quarentona já avançada, baixota, desiludida com um certo ramerrão conjugal, sem filhos, a voz admoes-tou: — Madalena, há muito que queria chamar-te por causa do teu comporta-mento. Dás demasiado nas vistas. Colocas em alvo-roço a Escola.Madalena nada disse, mas nos seus olhos, belíssimos, morava a serenidade. — Já não és criança, bem sei, mas estás longe de ser mulher! Porque tiraste as tranças? E que raio de pen-teado é esse, de mulher?— Não tenho culpa de ter bom cabelo, Senhora.— Ah, não tens culpa? Nem desse cabelo, nem dessas calças justas, nem do decote que revira os finalistas! Vou andar de olho em ti! Não te esqueças que ainda não és mulher! Porque vestes roupa tão cara?— Desculpe, Senhora! — interrompeu Madalena, com simplicidade e man-sidão. — Já sou mulher! E as coisas aconteceram com o seu irmão mais novo, o Moisés. Foi na aldeia, num Domingo, no fim do último

Verão. Já sou mulher!Um mês depois deste diálogo, na paragem do autocarro, um antigo aluno, repelido pelas raparigas, meio tarado, alcunhado de Barrabás, matou Maria Madalena. Logo fugiu para a capital do Reino.Certo de que apanharia o assassino, o Comissário da Guarda devolve o «diário» da jovem à família; na página 33 dizia assim: « três horas da madrugada, acordei algo emocionada … ontem, ao final do dia, fui de Moisés e ele também foi meu…já sou uma mulher; custou um pouco, mas valeu a pena. Estava sozinha na casa da aldeia (a Mãe, o Pai e o Lucas foram à capital); tomei banho logo de manhã no Rio Grande, passeei pelo bosque, e estava no pomar quando Moisés chegou, era quase o pôr-do-sol, perto do poço crepitava o resto de um lume…».Na página treze 13 de o «diário», estava escrito: « tive que dar hoje uma bofe-tada a Barrabás, odeio-o e tenho medo dele, mas não há-de ser nada…antes de partir, berrou-me: se não fores minha, não serás de mais ninguém!». Nestes dias de início de Primavera, a antiga direc-tora da Escola, já viúva, cumpre um ritual de muitos anos. Atravessa a aldeia, vai à campa de Maria Mada-lena, olha enlevada para o retrato, e põe-se a pensar na vida... Sem filhos, desacompa-nhada quase sempre do marido, um velho militar, sofreu com a partida do irmão mais novo, Moisés…de quem nunca mais soube nada. Maria Madalena era agora, e há já tantos anos, a sua razão de vida. Nesse dia sentia-se bem. Os olhos no retrato, perto da nova cruz de carvalho, pareciam sorrir-lhe. Em torno, soprava uma aragem agradável. O ar estava puro, muito puro, a mulher respirou-o a plenos pulmões, fechou os olhos, limpou uma lágrima, e sentiu que ele se iria espalhar em redor, sob o céu enevoado, espalhar e espalhar, esse ar puro, muito puro, levado pelo vento, ainda frio, mas pri-maveril…

S.P.A fiscaliza direitos de autorNo passado dia 15 de Setem-bro, efectivos do Destaca-mento da GNR de Santiago do Cacém e Inspectores da Delegação de Lisboa da (S.P.A.) Sociedade Portu-guesa de Autores levaram a cabo acções de fiscalização junto de diversos estabeleci-mentos comerciais nos con-celhos de Santiago do Cacém e Sines, das quais resultaram alguns autos de notícia e apreensões do material utili-zado ilicitamente.O objectivo destas acções visa informar e sensibilizar todos aqueles que neces-sitam das devidas autori-zações, nomeadamente os estabelecimentos comerciais de todo o género que proce-dam à comunicação pública de televisão por cabo e ou satélite, música ambiente, Dj´s, karaoke, etc.A Delegação de Lisboa da SPA, que actualmente tem

a coordenação dos distritos de Lisboa, Évora e Setúbal, tem previstas para os pró-ximos meses acções seme-lhantes por todo o distrito de Setúbal.

De salientar, que quem sem autorização do autor ou do artista, do produtor do fonograma e videograma ou do organismo da radiodi-

fusão, utilizar uma obra ou prestação por qualquer das formas previstas no Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, comete o crime de usurpação, puní-

vel com pena de prisão até 3 anos e multa de 150 a 250 dias, de acordo com a gravi-dade da infracção.

Remax pronta para conquistar o mercado imobiliário de Santiago do CacémA Remax expande os seus negócios ao Concelho de Santiago do Cacém, contrariando a tendência actual de falta de investimento.

“É uma aposta arrojada e corajosa nos tempos que correm, mas temos uma equipa motivada e esta-mos prontos para fazer negócios”, afirmou António Mendes, um dos directores da agência.

A inauguração que decorreu dia 21 de Setembro, e contou com a presença de diversas entidades que quiseram feli-citar os promotores deste investimento.Da autarquia santiaguense marcou presença o verea-dor Álvaro Bejinha, com o pelouro do urbanismo.

O autarca destacou o “con-tributo positivo para a economia local do inves-timento”, frisando que “é importante haver negócios a acontecerem no conce-lho”.O vereador não deixou de

sublinhar a aposta que a edilidade tem efectuado ao nível da criação de uma rede de parques industriais, “o que tem contribuído para que as pequenas e médias empresas continuem a investir”.A inauguração da loja Remax Radical contou ainda

com a presença dos presi-dentes da junta de fregue-sia de Santiago do Cacém, Vítor Barata, e de Vila Nova de Santo André, Jaime Cár-ceres.De entidades bancárias, nomeadamente, a Caixa Geral de Depósitos e Caixa de Crédito Agrícola de San-tiago do Cacém.Com este investimento de 60 mil euros a agência Remax Radical pretende recrutar 20

comerciais. A Remax aposta assim num mercado imobiliário que apresenta áreas habitacio-nais interessantes, e uma zona histórica com grande potencial.

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Litoral Alentejano – Sábado, 1 de Outubro de 2011www.jornallitoralalentejano.com 15

Viagem ao Mundo da MúsicaNos dias 1 e 2 de Outubro, o “Coral Harmonia” cumprirá um programa para comemorar “O Dia Mundial da Música”, com concertos e a criação de ateliês em que, o jogo, é convidar as pessoas a usarem a Voz, através da Palavra, nas suas mais diversas tonalidades. Para além disso, o Coral irá cantar à Praça do Mercado, mas não só…serão dois dias especiais.

Segundo o Maestro Fer-nando Malão, o “Coral Harmonia” vai dar início a actividades de carácter público, com o seu projecto “anti-crise me anti-depres-são”, que é criar actividades lúdicas, não só para o Coro se manter em actividade, mas para o público, de uma forma gratuita e, noutros casos, muito simbólica, que podem ter, durante este fim-de-semana - dia 1 e 2 de Outubro, fim-de-semana esse em que se assinala o “Dia Mundial da Música”.

Um projecto

Sublinhou o Maestro que o Coral ira desenvolver um projecto, que damos pelo nome de: “Viagem ao Mundo da Música”.- O que é que consta desse projecto?

- Consta a realização de ateliês de música, de dois concertos, e de uma inte-racção com o público muito grande.Com os ateliês, nós estare-

mos a promover dois dias diferentes: o Sábado direccionado aos adultos e aos jovens que, durante a tarde, poderão experimentar a Música, com a sua Voz – que pode ser falada, em rap, cantada –

e, terá como suporte, o Coral Harmonia. Ou seja, vamos estar senta-dos no palco e, nesse palco, vamos brincar (vamos expe-rimentar) a Música. Será

como se estivéssemos num laboratório. Não é um ateliê teórico, nem será direccionado de como é que funciona um Coro. Será um jogo em que a Música será o nosso plano. Será o actor principal.No sábado à noite, vamos ter um concerto com o Coral Harmonia, com a apresen-tação de novos temas de Música Pop Internacional e com a vinda de um Grupo Coral de Águeda, que tem a mesma linha de estilo que a do Coral Harmonia. É um concerto, todo ele, muito ligeiro e com uma linha de trabalho muito semelhante.

O destaquevai ser a Voz

Litoral Alentejano - Quando diz que esse pri-

meiro flash, em que a pessoa pode usar a sua Voz, a palavra para se expres-sar e que terá como pano de fundo o Coral Harmo-nia, eu pergunto se poderá ser até a leitura de um poema que alguém queira levar e ali, no uso da sua Voz, beneficiar dessa musi-calidade?- Exactamente. É um jogo. A participação do Coral Harmonia não é a de cantar uma peça do prin-cípio ao fim. Não. É, emprestarem as suas Vozes para acompanharem uma récita, por exemplo, de um poema ou, algo mais que tenha a ver com a utilização da Voz. É a Voz em si que será explo-rada como um jogo criativo, de estímulo e da pessoa que participar nesse ateliê e que, ao mesmo tempo, possa ver a sua Voz ao espelho. No fundo vai surpreender-se com as suas capacidades no que diz respeito à sua Voz. Aquela ideia de cantar é cantar ópera. A Voz pode ser utilizada nas suas diferentes formas, nas

diferentes cores que elas têm porque, as Vozes não são todas iguais.

É esse leque, que a Voz vai ser abordada. Ou seja, a pessoas vão se conhecer a si mesma em termos de Voz e, o Coral Harmonia, vai apoiar, na paisagem, esta iniciativa.

Que nuancesterão que ter

as Vozes

Litoral Alentejano - Dei-xe-me ser um bocadinho rude. Há pessoas que terão uma Voz a que se poderá ape-lidar de “esganiçada” e, outras, uma voz “incor-porada”, ora, o que quero significar com isto é, perguntar-lhe se vozes dessa eventual sonoridade também poderão arris-car-se a ir cantar no ateliê? Essas nuances poderão ser impeditivas de poderem participar?- Vozes roucas, aí está um exemplo. A Voz, seja ela qual for, é integrada no jogo que lhe falei. Recitar é cantar. As pessoas não vão cantar

uma música coral. Esta é a ideia. O concerto para a noite será

um concerto que terá, por trás dele, uma vez mais, a imagem. Este concerto vai ser ence-nado e vai ter uma prepa-ração de imagem que é tra-tada por uma coralista que é formada na área na área da imagem e da pintura e, aí, vamos ter algumas surpre-sas. Estamos a trabalhar para isso. Estamos a trabalhar nesse sentido. Durante o concerto as pes-soas serão brindadas com uma parte da encenação que - julgo - poderá ter interesse e vai dar outra beleza ao concerto, mas há outra ini-ciativa, que é, hoje, Sábado de manhã, o Coro vai cantar à Praça do Mercado. A ideia é do Harmonia inter-vir e, levar as pessoas que, habitualmente não vão ouvir o Coral Harmonia, a do Coral irá ter com elas e, de alguma forma, dizer-lhes que é neste dia que a Música se celebra por todo o Mundo, nas suas diferentes formas.Em Santiago o “Coral Har-monia” resolveu fazê-lo

desta forma, levar às pessoas temas musicais que lhes são próximos. Vamos cantar em português temas tradicionais. Este será um evento que iremos fazer – repito – também no Sábado.

Cantar e Dançarem Rede

No Domingo, vamos ter o “Dia da Música” dedi-cado às crianças, então, pela manhã temos o ateliê conduzido por um Senhor chamado Paulo Neto, que é animador da Casa da Música do Porto e, como tal, ele vai conduzir um ateliê em que as crianças irão “Cantar e Dançar em Rede”, é esse o nome que está sugerido porque, vão ser criados jogos musicais com essas crianças. Este é também um ateliê activo, dinâmico e que vai – uma vez mais – estender-se às famílias.

O Coro Infantil de Setúbal

o Coro de Viseuem Santiago do

Cacém

No Domingo à tarde tere-mos os “Cores Juvenis em Festa”, com a vinda de dois Coros convidados: O Coro Infantil de Setú-bal e o Coro de Viseu, dois Coros de grande qualidade do nosso País e que servem de incentivo e de motivação ao nosso, para o Coro conti-nuar a trabalhar e a crescer.É este o Programa que o Coral Harmonia vai levar este fim-de-semana, com todas estas iniciativas con-centradas no Auditório Municipal, à excepção do Sábado de manhã, da ani-mação que iremos fazer na Praça do Mercado.

Aliette [email protected]

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Litoral Alentejano – Sábado, 1 de Outubro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com16

CarneiroHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31

Carta Dominante: Rei de Copas, que significa Poder de Concretização.Amor: Pense com calma qual será a melhor atitude a tomar para resolver os seus problemas amorosos.

Saúde: Pede cuidados especiais.Dinheiro: Boa altura para se lançar em empreendimentos.

Números da Sorte: 1, 18, 22, 40, 44, 48Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.

TouroHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 32Carta Dominante: 6 de Copas, que significa Nostalgia.Amor: este será um período de paixão muito intensa.Saúde: Pode sentir-se em baixo de forma. Dinheiro: Deve tomar atenção aos seus compromissos financeiros.Números da Sorte: 3, 11, 19, 25, 29, 30Pensamento positivo: Estou atento a tudo o que se passa à minha volta.

GémeosHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 33

Carta Dominante: 2 de Paus, que significa Perda de Oportunidades.Amor: Aproveite para expandir os seus conhecimentos e amizades.

Saúde: Período isento de preocupações.Dinheiro: Aproxima-se uma oportunidade interessante que não deve desperdiçar.

Números da Sorte: 2, 8, 11, 28, 40, 42Pensamento positivo: Dedico-me às pessoas que amo.

CaranguejoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 34Carta Dominante: 9 de Ouros, que significa Prudência.Amor: Poderá sentir alguma dificuldade em estabelecer um verdadeiro contacto emocional com a pessoa que ama.Saúde: O stress acumulado poderá traduzir-se em cansaço.Dinheiro: Modere as suas expectativas, os tempos não estão para gastos.Números da Sorte: 19, 26, 30, 32, 36, 39Pensamento positivo: Eu tenho Fé para ultrapassar todos os momentos.

LeãoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 35

Carta Dominante: 9 de Copas, que significa Vitória.Amor: O seu sucesso dependerá da habilidade em lidar com situações de tensão.

Saúde: Dores de cabeça e outros sintomas de mal-estar. Dinheiro: A impulsividade está a ser o seu maior inimigo.

Números da Sorte: 5, 9, 17, 33, 42, 47Pensamento positivo: Tenho cuidado com o que digo e com o que faço para não magoar as pessoas que amo.

Virgem Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 36Carta Dominante: A Roda da Fortuna, isto quer dizer que a sua sorte está em movimento.Amor: Uma certa tendência para a irritabilidade poderá provocar discussões.Saúde: Tudo deverá permanecer estável.Dinheiro: Tenha cuidado no que diz respeito à assinatura de qualquer tipo de compromisso financeiro.Números da Sorte: 8, 9, 22, 31, 44, 49Pensamento positivo: Eu sei que mereço ser feliz.

Balança Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 37

Carta Dominante: 3 de Paus, que significa Iniciativa.Amor: Repense melhor o percurso afectivo que tem com o seu amor.

Saúde: Não se preocupe em demasia.Dinheiro: É provável que venha a obter alguns benefícios.

Números da Sorte: 7, 19, 23, 42, 43, 48Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.

EscorpiãoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 38Carta Dominante: 6 de Ouros, que significa Ganho.Amor: se tem estado só, poderá agora viver um grande amor caso consiga pôr de lado a sua mania de ser perfeccionista.Saúde: Seja prudente, não abuse.Dinheiro: Não descure das suas obrigações ou será repreendido. Poderá sofrer de falta de concentração.Números da Sorte: 2, 4, 22, 36, 47, 48Pensamento positivo: Vivo cada momento com felicidade.

SagitárioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 39

Carta Dominante: Rainha de Ouros, que significa Ambição.Amor: Evite os problemas e as discussões, ao contrário do que pensa nunca foi nem será a melhor forma de resolver as questões.

Saúde: Terá tendência para o nervosismo.Dinheiro: Evite a dispersão, os tempos não estão bons para gastos.

Números da Sorte: 3, 24, 29, 33, 38, 40Pensamento positivo: A alma não tem idade, jamais envelhece!

CapricórnioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 40Carta Dominante: Cavaleiro de Espadas, que significa Cuidado.Amor: Procure estar próximo das pessoas que mais gosta. Não se deixe absorver pelo trabalho.Saúde: Esteja atento a todos os factores, não arrisque.Dinheiro: Entrará num período favorável à consolidação dos seus objectivos.Números da Sorte: 4, 11, 17, 19, 25, 29Pensamento positivo: Procuro manter-me sereno e ouvir a voz de Deus!

AquárioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 41

Carta Dominante: 7 de Paus, que significa Discussão.Amor: dê mais valor ao diálogo na sua relação amorosa.

Saúde: tendência para tensão arterial alta.Dinheiro: seja mais diplomático e menos reivindicativo no seu local de trabalho.

Números da Sorte: 5, 17, 22, 33, 45, 49Pensamento positivo: O meu coração está disponível para o Amor.

PeixesHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 42Carta Dominante: 2 de Ouros, que significa Dificuldade.Amor: Fique atento às queixas da pessoa que tem a seu lado e não seja demasiado sarcástico.Saúde: Escute o seu organismo, ele poderá começar a dar sinais de cansaço.Dinheiro: Trabalhe e confie no seu sucesso.Números da Sorte: 2, 8, 11, 25, 29, 33Pensamento positivo: Eu venço os meus medos!

“Míldio atacou vinha como não há memória”Agricultores pedem Plano de EmergênciaA Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal deu conhecimento do péssimo ano agrícola para a vinha. Nesse contexto, em resposta ao Litoral Alentejano, Pedro do Ó Ramos, eleito Deputado da Nação, informou que ten-cionava “questionar o Ministério da Agricultura sobre os mecanismos à disposição dos produtores agrícolas da região de Setúbal ”.

O Jornal Litoral Alentejano, na sequência da reporta-gem que realizou e que foi publicada na sua edição do passado dia 1 de Setem-bro, subordinada ao título: “É preciso um Plano de Emergência para os agricultores de vinha da Região”, diligenciou junto do Dr. Pedro do Ó Ramos, eleito Deputado (pelo Cír-culo Distrital de Setúbal) e Coordenador da Comis-são de Agricultura e Mar do PSD na Assembleia da República, solicitando a sua intervenção, no sentido de que pudesse vir a tranquili-zar os pequenos agricultores do Distrito de Setúbal, pro-curando dar resposta à única questão que lhe colocamos sobre a matéria em referên-cia. A questão foi:- Como é do conhecimento público, os agricultores estão a viver momentos de desespero. 80% das vinhas da Região estão compro-metidas. Afirmam que precisam de um “Plano de Emergência”. Conside-rando que estão perante “uma situação de emergên-cia”, aguardam da tutela, “medidas que também sejam de emergência”.Perante o facto em si, que é o problema que afecta os agricultores da Região e que poderá comprometer o próximo ano agrícola, o Jornal Litoral Alentejano informou ainda o Dr. Pedro do Ó, que “os agricultores necessitam – com urgên-cia – de saber se vai ser possível ou não o Governo disponibilizar esse apoio, informando ainda o Depu-tado, que a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, no passado mês de Julho, já fizera um pedido de reunião a Assunção Cristas - Ministra da Agricultura,

com a finalidade dos agri-cultores poderem expor o que derivou do ano agrícola complicadíssimo, que com-prometeu as suas vinhas, e que embora tenham - inclu-sive feito - entrega à própria Ministra (em mãos) por altura das Festa das Vindi-

mas em Palmela, continuam sem saber se haverá ou não disponibilidade governa-mental para as medidas de emergência em causa soli-citadas.

PSD defendeuma revisão do actual

sistema de segurosagrícolas

Perante a solicitação por nós feita a Pedro Ó Ramos, em resposta, o Deputado mani-festou a sua “(…) apre-ensão quando à possível resolução deste problema que afecta a quase tota-lidade dos produtores de vinho da região”, esclarece do que “ De facto, no actual contexto económico do país não é fácil obter ins-trumentos eficazes e justos que compensem a perda de quase 80% da produ-ção vinícola da região”, esclarecendo ainda que: “Esta problemática é tanto

mais grave quando se veri-fica que afecta milhares de pequenos produtores agrí-colas, podendo comprome-ter a quantidade de vinho da Península de Setúbal, cuja qualidade já foi diver-sas vezes comprovada.Infelizmente as intempé-ries e as condições climá-ticas adversas são anual-mente um fenómeno de incerteza que se manifesta na produção final. É por isso que o PSD defende uma revisão do actual sis-tema de seguros agrícolas, de modo a que a o sistema se torne mais eficaz para os produtores e mais barato para o Estado”.“Enquanto isso, tomámos conhecimento que a Sra. Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordena-mento do Território afir-mou que havia “ajudas disponíveis para os vitivi-

nicultores de Palmela (…) sendo necessário esperar pela avaliação final”.

Deputado vai questionar

o Ministério da Agricultura

A finalizar, a resposta que deu à nossa solicitação, Pedro do Ó Ramos con-cluiu, informando ainda que: “Perante esta situação, como deputado da Nação eleito pelo círculo eleitoral de Setúbal (não desem-penhando qualquer lugar no Ministério da Agricul-tura) tenciono questionar o Ministério da Agricul-tura sobre os mecanismos à disposição dos produto-res agrícolas da região de Setúbal e as soluções possí-veis para fazer face à acen-tuada quebra na produção de uvas para vinho que se verifica”, disse.

Aliette [email protected]

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Litoral Alentejano – Sábado, 1 de Outubro de 2011www.jornallitoralalentejano.com

Crónicas de Lisboa

*[email protected]

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Estudar Vale (rá) Sempre a PenaEle nasceu numa aldeia beirã, onde a economia rural daquele tempo era manifestamente insuficiente para sustentar as famílias, normalmente numerosas naquela década de 50/60 e aquele menino pobre, o segundo duma família de seis irmãos, já foi incluído pela obrigatoriedade do ensino primário a quatro anos, mas perdendo o pai aos sete anos de idade, desde logo prematuramente adquiriu o estatuto de “trabalhador-estudante”,

porque muitos eram os dias que tinha que faltar à escola para poder ajudar a mãe nos trabalhos rurais. Apesar disso, as suas capacidades permitiram-lhe concluir os quatros anos de escolari-dade sem qualquer perda de ano e ser ainda um dos melhores alunos da sua escola. À alegria do exame da 4ª classe, naquele tempo exame nacional e efectuado na sede do distrito, logo se seguiu uma tristeza só sentida por ele, porque sabia que, para ele, a escola terminava ali. No silêncio, chorou, mais de tristeza do que do medo da dureza da vida que o esperava, que ele já conhecia desde que nasceu. Sabia que a sua formação escolar ia acabar ali, porque alem da família não ter posses para que ele pudesse ir estudar para a cidade (os 12 quilóme-tros de distância, eram, na época, uma enormidade e implicavam a hospedagem na cidade, logo inacessível à pobreza da sua família, onde o pão muitas vezes faltava), era ainda neces-

sário começar a trabalhar e ganhar uns “tostões” para ajudar a família, infeliz-mente amputada do chefe de família - o pai. Com onze anos, sim apenas com onze anos, teve que migrar para o Alentejo, como “ratinho” ou, se quisermos, como escravo e um ano depois trouxeram-no para marçano em Lisboa.Aqui, o sonho e o desejo de continuar os estudos foi avivado com os muitos exemplos de jovens que conheceu já na capital e que o faziam como trabalhado-res-estudantes, isto é, por questões económicas, que se prendiam com a capaci-dade financeira das famí-lias, só o poderiam fazer na escola nocturna e apenas nas escolas comerciais ou industrias, existentes naquela altura, pois o liceu nocturno não existia Não desistiu do seu sonho, mas apenas aos 15 anos, mesmo tendo que vencer enormes dificuldades, incluindo a financeira, iniciou então uma longa vida de estudante, mas sempre como trabalhador-estudante. Primeiro a escola comercial (com o curso comercial estruturado em seis anos na versão noc-turna) e depois seguiram-se três anos do serviço militar em pleno “período quente” da guerra colonial. Regres-sou a Lisboa, em Outubro de 1974, e ao emprego que deixara e que, por lei, o esperava e continuou os estudos no mesmo regime, isto é, trabalhador-estudante. Aos filhos dos pobres, aqueles que, apesar e tudo continuavam os estu-dos, tinham por destino a escola comercial ou indus-trial e a vida mais difícil nessa progressão acadé-mica. Depois de um bacha-relato em Contabilidade, seguiu-se um outro curso, este a nível de uma licencia-tura em Gestão de Empre-sas. Foi longo (dos quinze aos trinta e dois anos de idade, incluindo o serviço militar) e de sacrifício o seu percurso escolar, mas em cada fase ou etapa, o José sentia a alegria do sucesso e partia para outro desafio. Aquele tipo de ensino (o tal dos pobres, isto é, só este lhes estava acessível, com maiores ou menores difi-culdades) permitia que em cada ciclo ficasse habilitado para a vida profissional, ao contrário destes trinta e tal anos de “ensino unificado” pós 25 de Abril, depois que

acabaram com o ensino téc-nico-profissional, embora já sejam visíveis os resultados dos novos cursos profis-sionais a nível secundário, entretanto lançados, com sucesso, por muitas escolas do nosso país, corrigindo-se um erro de cariz político-ideológico.Hoje, ele é um cidadão com uma formação escolar e profissional muito acima da média, mas os sacrifícios pelos quais passou foram enormes e poderiam ter sido diferentes se alguém ou alguma instituição tivesse “investido” nele e este pagaria depois da conclusão dos estudos. Por isso, é fundamental que o Ministério da Educação crie mecanismos de apoio, para que nenhum jovem deixe de continuar os estudos ou seja obrigado a interromper a sua formação escolar por questões financeiras e difi-culdades familiares. Mas não basta anunciar que os jovens podem aceder aos empréstimos para prosse-guirem os estudos e cujo reembolso será efectuado por este, após a conclusão do curso e o inicio da vida profissional. É necessário, em primeiro lugar, sensi-bilizar os próprios, mas acima de tudo a respectiva família, porque este começa por ser um problema do agregado familiar. É preciso fazer-lhes sentir que a mão-obra que o seu descendente representa no imediato, poderá vir a valer muito mais se ele adquirir uma formação de maior valia no mundo de trabalho. Ganha ele e a respectiva família, mas também o país porque é na educação e na forma-ção que reside a chave do nosso desenvolvimento individual e colectivo. Por vezes, pensa-se que este tipo de problemas é exclu-sivo das famílias pobres como era a dele (apesar de tudo, nada comparável com a “pobreza” dos dias de hoje), mas não é verdade. Quantas e quantas famí-lias contraem emprésti-mos para a aquisição de bens supérfluos (carros, viagens, etc.) mas são incapazes, por falta de visão formativa para os seus descentes, de contra-írem empréstimos para fazer face ao investimento na formação dos seus descentes ou formandos? Se é verdade que à pobreza material estão “associadas” outras formas de pobreza, também é verdade que

existem outras formas de pobreza que não apenas a pobreza material. Este é uma grave problema de mentalidades e que urge alterar sob pena do Estado continuar a gastar rios de dinheiro com a educação e os resultados não serem correspondentes. À falta de sensibilidade ou von-tade destas famílias, não deveriam ser as escolas e outras instituições a orientarem estes jovens no sentido de que a continu-ação do seu percurso for-mativo não cesse por falta de capacidade financeira do seu agregado familiar? Numa época de crise como a que vivemos, esta situa-ção, isto é, abandono das “carreiras escolares”, por falta de capacidade finan-ceira das famílias, é uma situação ainda mais sensível e, como tal, que os jovens e os seus familiares deveriam ponderar as consequências dessa opção: estudar ou abandonar? O actual minis-tro da educação prometeu manter o programa de acção social escolar e afirmou, há dias, que ninguém devem deixar de estudar por difi-culdades financeiras, desig-nando isso por: “igualdade de oportunidades”. Lembremo-nos da história do meu amigo, atrás citada, e que caminhos ou o que poderia ter ele feito se não tivesse sido a enorme pobreza da sua família a determinar o seu futuro, após a obtenção do primeiro grau do ensino obrigatório da época? Quantas histó-rias, como esta não ficaram por contar? Contudo, o que pensará o meu amigo ao verificar que, actualmente, temos, nós os educado-res e o próprio Estado, que atribuir incentivos materiais aos jovens para “fazerem o favor” de continuarem na escola e, já agora, aprenderem alguma coisa, mesmo facilitando-lhes, cada vez mais, o seu esforço de aprendizagem? Estes sim, são os verdadeiros “pobres modernos”. Porque estamos no início de mais um ano escolar, vale a pena pensar nisto. ”. Estudar vale(rá) sempre a pena, como o “comprovou esta semana um “jovem de 69 anos” que concluiu a licencia-tura em direito!

Repsol Polímeros inicia projecto ‘Viver a Diversidade’ junto dos colaboradoresNo âmbito da política de Diversidade do Grupo, a Repsol Polímeros iniciou acções de sensibilização intituladas “Viver a Diver-

sidade: um olhar sobre a capacidade na diferença”, destinado a todos os seus colaboradores, com vista a despertar a sua atenção para a integração de pessoas com incapacidades.O Projecto “Viver a Diversidade”, realizado no Complexo em Sines, é desenvolvido em conjunto com a Cercisiago (Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Sines e Santiago do Cacém), o Centro Educativo Formação Profissional, o Centro de Actividades Ocupacionais e o Lar Residencial e Intervenção Precoce.“Viver a Diversidade’ con-siste em seis workshops que abordam vários temas como a deficiência visual, audi-

tiva, cognitiva, psíquica mental e perturbações de comunicação, numa ver-tente e perspectiva prática, dinâmica e interactiva, pos-

sibilitando ao colaborador vivenciar as diferenças, de modo a entenderem a forma de trabalhar com estas pes-soas.Cada workshop será dina-mizado por dois técnicos superiores, com experiên-cia na área de reabilitação, onde se pretende partilhar experiências, sempre com o objectivo último de realçar as potencialidades de cada um, mesmo na diferença – é necessário aprender não apenas a conviver com a diversidade, mas a promo-vê-la e a respeitá-la.Este projecto irá abran-ger 440 colaboradores da Repsol Polímeros, reparti-dos em grupos de 30 for-mandos, com uma duração de quatro horas por sessão, distribuídas ao longo de um ano e meio.

“Rio Mira” O “Rio Mira” é o tema da exposição de fotografia que vai estar patente ao público na Biblioteca Municipal José Saramago, entre os dias 1 e 29 de Outubro, em resultado de mais uma edição do con-curso nacional de fotografia, promovido pelo Município de Odemira e pela Associa-ção “Sopa dos Artistas”.A inauguração da exposição está marcada para as 12.00 horas do dia 1 de Outubro, bem como a entrega de pré-mios aos autores dos cinco melhores trabalhos a con-curso. O vencedor, João Pedro Costa, receberá um prémio no valor de 400,00€, pelo trabalho intitulado “Sereno Amanhecer”, Vítor Alexandre da Silva, o segundo classificado rece-berá 300,00€, o terceiro lugar pertence a Luís Filipe Pinheiro da Silva que recebe um prémio no valor de 180,00€, sendo que o 4º e 5º classificado, Catarina Barata

e Cátia Isabel Parreira, res-pectivamente, receberão 90,00€ e 50,00€.Com participação gratuita, o objectivo deste concurso e respectiva exposição passa pela promoção e divulgação do concelho, bem como o estímulo e desenvolvimento deste género de arte. A orga-nização contou com o apoio da empresa local Image Studio.O concurso foi aberto a fotó-grafos amadores e profissio-nais, que puderam participar com um máximo de 3 foto-grafias por concorrente, alu-sivas ao tema “Rio Mira”.Esta quarta edição do con-curso de fotografia pro-movido pelo Município de Odemira e pela Associação “Sopa dos Artistas” contou com a adesão de mais de 60 participantes e uma elevada qualidade dos trabalhos apresentados, o que consti-tui forte incentivo para dar continuidade à iniciativa.

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Investimento de 4,2 milhões deixa Fórum Luísa Todi pronto em JunhoTrabalhos estiveram paralisados durante meses, mas podem agora contar com apoio do QREN em até 65%. Empreitada vai deixar o fórum de cara lavada.

4,2 milhões de euros de investimento deverão deixar o Fórum Luísa Todi pronto em Junho do próximo ano, colocando um ponto final “num processo moroso e complexo” que se arrastou no tempo mais do que a Câmara Municipal de Setú-bal desejou. Maria das Dores Meira, presidente da autar-quia, lamenta a morosidade do processo e compreende alguma “incompreensão” que foi surgindo por parte da população da cidade, mas não se arrepende de ter entregado a moderni-zação e ampliação da mais emblemática sala cultural da cidade de Setúbal à Liga dos Amigos do Fórum Luísa Todi.“A liga desempenhou um papel de grande importân-

cia na consciencialização dos setubalenses para a necessidade de recuperar a sala e continuará a ter um importante papel na recolha de apoios para a manutenção deste espaço de produção e promoção da cultura setubalense”, explica. Dificuldades técnicas para ultrapassar problemas como o aparecimento de água nas fundações e fragilidades detectadas nas estruturas do edifício trouxeram custos acrescidos à obra e levaram mesmo a câmara municipal a chamar até si a responsabi-lidade pela execução e con-clusão da empreitada.A decisão ditou também o aumento do apoio dos fundos comunitários ao projecto que passou de 20 por cento

para até 65 por cento. “Até ao fim de 2011 as despesas do Luísa Todi apresenta-das à entidade gestora dos fundos comunitários serão comparticipadas a 65 por cento, o que significa que o valor da comparticipa-ção final dependerá da velocidade com que a obra avance nesta fase”, escla-rece Maria das Dores Meira, que vinca ainda o facto de a cidade ficar futuramente com um espaço “capaz de receber o melhor cinema, os melhores espectáculos que percorrem o território nacional e as iniciativas dos seus artistas e colecti-vidades”.A empreitada de moderniza-ção contempla a ampliação da caixa de palco e do corpo de camarins, a construção de uma sala polivalente por cima da caixa de palco, a criação de um novo fosso de orquestra e a criação de condições de acesso e cir-culação para pessoas com mobilidade reduzida em todo o edifício. A entrada principal do edi-fício passará para o alçado poente, onde ficará situada a nova bilheteira e se insta-

lará um elevador para garan-tir o acesso do público ao balcão.No alçado nascente vão nascer duas escadas exte-riores independentes para saída de emergência da sala polivalente e para acesso a zonas técnicas. Por este lado será feito o acesso à nova sala poliva-lente, dotada de uma cafe-taria, que vai servir essen-cialmente para a realização

de pequenos espectáculos. Uma nova régie de som e luz, cabines de tradução e um pequeno espaço para as crianças também estão con-templados no projecto.A empreitada de remode-lação do Fórum Luísa Todi está a ser feita ao abrigo do programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico de Setúbal (ReSet), candida-tura liderada pela autarquia, que contempla, entre outras,

a refuncionalização do antigo edifício do Círculo Cultural de Setúbal, já em obras, a recuperação e valo-rização da Casa do Corpo Santo, em marcha, e a quali-ficação do espaço público na Fonte Nova e no Troino. A mais emblemática sala cultural da cidade foi inau-gurada em 1960, sendo desde 1990 propriedade da autarquia.

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“Setúbal Mais Bonita” A campanha municipal “Setúbal Mais Bonita”, destinada a requalificar espaços urbanos no Concelho com trabalho voluntário da população, contou com a participação de mais de sete mil pessoas.

O desafio lançado pela Câmara Municipal de Setú-bal consistiu em reunir voluntários para executarem trabalhos de manutenção, como a pintura de fachadas e de muros ou o arranjo e embelezamento de bancos de jardim.A iniciativa teve início na sexta-feira dia 23 de Setem-bro, incidindo apenas no parque escolar e contando com o envolvimento de pro-fessores e alunos, prolon-gando-se, depois, por sábado

e domingo, dias em que as intervenções se realizaram em locais espalhados um pouco por todo o Concelho e nas quais a principal força de trabalho foram muníci-pes e pessoas que exercem actividade profissional em Setúbal.A presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, num pequeno balanço realizado no final da tarde de sábado, já sublinhava que a “Setúbal Mais Bonita” estava a ser “uma experiên-

cia extraordinária”, adian-tando que só entre sexta-feira e sábado “estiveram

na rua cinco mil pessoas, o número previsto para os três dias do projecto”.

Além do trabalho voluntá-rio, a edil salientou ainda o envolvimento de empresas

e instituições que, na qua-lidade de mecenas, faculta-ram a esmagadora maioria

do material usado na con-cretização das intervenções. “Se tivesse feito todas estas acções e com o que foi doado, a Câmara teria de pagar cerca de um milhão de euros”, sublinhou a autarca.O muro exterior e parte da fachada do Estádio do Bonfim foi uma das inicia-tivas desenvolvidas durante a campanha, que incluiu, num total de cerca de cem acções, intervenções tão sig-nificativas como a pintura do edifício do Clube Naval Setubalense, a recuperação de bancos e pintura de mure-tes e do coreto do jardim da Algodeia e a plantação do Bosque do Centenário, um novo espaço verde numa zona urbanizada em Vale de Cobro.Para Maria das Dores Meira,

o êxito da iniciativa, que fez de Setúbal, “com toda a cer-teza, muito mais bonita”, garante uma nova edição já em Maio, para a qual estão previstas “surpresas muito agradáveis”, uma vez que “o leque de acções, além de manter o mesmo tipo de intervenções, também deve ser alargado, sendo um dos objectivos a pin-tura de fachadas na Baixa” da cidade.Até essa altura, a popula-ção e visitantes de Setú-bal podem usufruir de um vasto conjunto de espaços requalificados e mais ape-lativos, sabendo que com o esforço de todos, entre enti-dades públicas e privadas e a própria comunidade civil, é possível tornar as cidades mais bonitas.

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Novo código contributivo e ajuda salarial vão diminuir estrangulamento das pescasPromessas do Governo aliviam sector a partir do próximo Inverno. Em cima da mesa continua o problema das quotas do pescado e o preço de venda em lota.

Os pescadores do Lito-ral Alentejano deverão ter menos uma preocupação no início do próximo ano

quando entrar em funciona-mento o novo código contri-butivo do sector. Apesar de reservar a maio-ria das explicações sobre o assunto para a altura da apresentação do Orça-mento de Estado para 2012, o Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, avançou com a pos-sibilidade de o novo modelo ser “mais próximo do ante-rior, satisfazendo assim as reivindicações do sector”.O membro do Governo

garante, para já, que o novo código contributivo das pescas “é uma boa solu-ção” para os problemas que

tinham vindo a ser apre-sentados pelo sector, ante-cipando o facto de o novo modelo poder mesmo redu-zir ou suspender totalmente as contribuições dos pesca-dores, consoante os casos. “O sector manifestou há muito a sua posição sobre este assunto, pelo que o Governo vai apresentar uma solução muito em breve”, sublinha.Manuel Pinto de Abreu refere também que está a ser tratada a hipótese de “exis-

tir alguém que futura-mente certifique a impos-sibilidade de os pescadores irem para o mar, devido ao mau tempo ou a desastres ambientais”, abrindo assim a possibilidade de estes terem acesso a um fundo de compensação salarial. Esta decisão deverá ser cru-cial para que no futuro não se repitam situações como a que se verificou este ano na Costa do Norte, em Sines, em que os pescadores não receberam qualquer tipo de ajuda financeira por terem

ficado em terra devido a uma mancha de poluição.A promessa do Secretário de Estado do Mar vai ao encontro de algumas das reivindicações do Sindi-cato dos Trabalhadores das Pescas do Sul (STPS) que há algum tempo tem aler-tado as forças políticas com assento parlamentar para o estrangulamento do sector. Sem resposta ficam, apa-rentemente, questões como a criação de duas taxas de preço para o pescado, uma

mínima para os pescadores e uma máxima para os comer-ciantes que revendam o pro-duto, e as que decorrem das políticas comunitárias que impõem quotas no pescado.As promessas do membro do Governo foram deixadas em Setúbal depois de uma reunião com o presidente da Sesibal, Cooperativa de Pesca de Setúbal, Sesimbra e Sines.

Na ocasião, Ricardo Santos alertou para o problema do decréscimo da qualidade da sardinha, “directamente relacionado com as bacias de retenção da lagoa de Santo André, com as des-cargas poluentes de Sines e com os navios que entram na baía de Setúbal”.“Isto tem destruído o plâncton da região que dá um sabor bem caracterís-

tico e único à sardinha”, afirma. O presidente da Sesibal pede ainda que o Governo imponha restrições à cap-tura deste produto durante o período da desova, entre Fevereiro e Março, “con-siderado muito sensível para a sobrevivência da espécie”.