jornal litoral alentejano

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1 de Setembro 2011 Ano XI n.º 241 Quinzenal Preço 0.50 Directora n Aliette Martins m Director-adjunto n Marcos Leonardo Apoia o desporto e a cultura na Região Míldio ataca vinha como não há memória Portugal e Espanha querem eixo ferroviário Sines-Madrid-França A Feira Festa de Grândola, da Região e do País 10 anos que mudaram a Região Esta Revista faz parte integrante do Litoral Alentejano nº 241 de 1 de Setembro de 2011, não pode ser vendida separadamente 01-09-01 01-09-11 Agricultores pedem um Plano de Emergência O Ministro da Economia está “empenhado” na construção da linha ferroviária de mercadorias entre Sines e a fronteira Espanhola, em bitola Europeia, com o principal intuito de alavancar as Exportações. A Feira de Agosto 2011, foi o retrato da sociedade actual, onde se falou da crise, mas também de tempos melhores que poderão e todos querem que venham. Nesta edição OFERTA Revista de Aniversário

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Jornal Litoral Alentejano - Edicao 241

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Page 1: Jornal Litoral Alentejano

1 de Setembro

2011

Ano XI n.º 241

Quinzenal Preço 0.50 € Directora n Aliette Martins m Director-adjunto n Marcos Leonardo

Apoia o desporto e a cultura na Região

Míldio ataca vinha como não há memória

Portugal e Espanha querem eixo ferroviário Sines-Madrid-França

A Feira Festa de Grândola, da

Região e do País

10anosque mudarama Região

Esta

Rev

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faz

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241

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ente

01-09-0101-09-11

Agricultores pedemum Plano de Emergência

O Ministro da Economia está “empenhado” na construção da linha ferroviária de mercadorias entre Sines e a fronteira Espanhola, em bitola Europeia, com o principal intuito de alavancar as Exportações.

A Feira de Agosto 2011, foi o retrato da sociedade actual, onde se falou da crise,

mas também de tempos melhores que poderão e todos querem que venham.

Nesta edição

OFERTARevista de

Aniversário

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Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Setembro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com02

PropriedadeLitoralPress, Lda

DirectoraAliette Martins

Director AdjuntoMarcos Leonardo

RedacçãoAliette Martins

([email protected])

Raul OliveiraClaúdio Catarino

Angela Nobre([email protected])

Rute Canhoto([email protected])

Joaquim Bernardo([email protected])

Helga Nobre([email protected])

Bruno Cardoso([email protected])

CronistasFrancisco do Ó

Custódio RodriguesSerafim MarquesVeríssimo Dias

SecretariaAna Cristina

FotografiaPaulo ChavesAna Correia

Luís GuerreiroJosé Miguel

Duarte Gonçalves

PublicidadeMarcos Leonardo

Telem. 919 877 399

PaginaçãoARTZERU, Lda.

Telef. 265 232 [email protected]

DistribuiçãoVelozEficácia269 862 292

SedeColégio de S. JoséRua do Parque, 10

7540-172 Santiago do Cacém

Tel./Fax: 269 822 570Telem. 919 877 [email protected]

DelegaçãoRua do Romeu, 19-2.º

2900-595 SetúbalTelf./Fax: 265 235 234

Telem. 919 931 [email protected]

Membro :

Míldio ataca vinha como não há memóriaÉ preciso um Plano de Emergência Joaquim Caçuete, da CNA, em declarações ao Jornal Litoral Alentejano, após visita de Técnica da Direcção Regional de Agricultura e Pescas a vinhas afectadas na Região, destaca o momento aflitivo que os agricultores estão a passar, “uma situação de que não há memória”, conforme sublinhou.

Segundo a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, no passado dia 18, a Técnica Eng.ª Alexandrina Costa Duarte Videira, da Direcção Regional de Agri-cultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, deslocou-se à região para constatar a situação caótica existente nas vinhas e, sobre a qual aquela Associação reclama um “plano de emergência para o combate às agressi-vas doenças”.

80% por cento das Vinhas

estão comprometidas.Os agricultores

estão a vivermomentos de

desespero

Para nos dar conta do seu testemunho sobre o que se passa na cultura da Vinha da Região de Setúbal, Joaquim Caçuete, da CNA - Confe-deração Nacional de Agri-cultura - esclareceu aquilo que aconteceu, afirmando: “O que aconteceu na Região de Setúbal foi que o míldio – e outras doenças – atacaram a produção de uva e, pelos dados que nos chegam através da Asso-ciação de Agricultores, estimamos que cerca de 80% da nossa produção de uva, está completamente estragada, está compro-metida, o que implica que os agricultores que se dedicam a esta actividade agrícola de produção da uva para vinho, estejam numa situação aflitiva, no sentido de que não têm condições agora para, no futuro, além de pagarem os investimentos e os custos de produção que já foram realizados, não facturando, não tendo dinheiro para a nova produção, para terem uva, comprometem o seu futuro. É nesse sentido que a Asso-ciação de Agricultores está

preocupada. É preciso não esquecer que estamos a falar de uma Região rica em boas uvas que produzem vinhos

que ganham medalhas e, com esta produção deste ano, os produtores ficam completamente compro-metidos, temendo-se que muitos venham a abando-nar as vinhas e, nós não queremos isso”.

Com as chuvasapareceram

doençasna Vinhade que não há

memória

“Queremos que cada vez mais se plantem mais vinhas e que alguém vá continuando a tratar dessas vinhas. O nível etário dos nossos agricultores já é elevado e, se num momento como este, não houver uma ajuda por parte do Governo para colocar ao serviço aqui destes agricultores uma ajuda financeira, eles não têm meios de fazer face à calamidade que se abateu sobre esta Região.

O míldio, por mais trata-mentos orientados pelos técnicos da área, não sur-tiram efeito em cerca de 80% dos casos e, nesse sentido, há agricultores que não irão fazer sequer qualquer tipo de vindima, por isso, imagine-se o pre-juízo e o drama para estes agricultores, na altura em que já têm todos os inves-timentos feitos e, a partir desta data em que deve-riam fazer a vindima, não têm uva para entregar.Isto aconteceu por acção do mau tempo que apare-ceu. Com as chuvas, aparece-ram doenças na vinha de que não há memória.

Estivemos a falar com uma agricultora que, com 43 anos de vinha – ela mora rodeada com vinhas por todo o lado - as suas vinhas já eram do seu pai – disse-nos que há 43 anos não se lembra de não se poder fazer vindima”.

O que dizemos agricultores

José e Manuela, viticulto-res de Palmela, perderam este ano cerca de 90% da sua produção por causa do míldio. Os prejuízos que tiveram rondam os 80 mil euros. Este casal de agricultores, com 74 e 64 anos, respec-tivamente, tem cerca de 15 hectares de vinha junto ao Poceirão, Palmela. Num ano “normal”, conse-guem vindimar cerca de 180 toneladas de “boa uva”, para fazer os vinhos premia-dos - Piriquita ou Aragonês. Mas, este ano não foi assim.

“Os anos não são todos iguais, mas este ano até fazia à volta de 200 mil quilos de uva mas, se con-seguir apanhar 15 a 20 mil já será tudo. Isto são 70 a 80 mil euros de prejuízo”, disse ainda José Augusto Silva, para concluir: “Não se sabe bem o que deu origem à doença que faz secar as uvas, se foi o mau tempo, a tempera-tura, mas começámos a notar o mal em meados de Maio”, contou o agricultor.“O míldio é assim, vem com a humidade e não deixa que as uvas cresçam ou seca as que já nasce-ram”, constatou.Entre a vinha, onde os cachos

de uvas secaram e caíram no chão e as parras acastanha-das, Maria Manuela Car-reira, lembrou que “o pri-meiro mal era um pozinho no cacho. Começou-se a curar, de acordo com um remédio que a engenheira da Adega Cooperativa de Pegões disse que fazia bem, no entanto, em vez de fazer bem, queimou os cachos todos e desapareceram as uvas. Não tratou, só fez foi pior”, afirmou Manuela.Emocionado, José não sabe como vai ser o futuro. Teme um “mal muito grande” e pede ajudas ao Governo.“Sem ajudas não sei como é que a gente se vai defen-der. Vivemos disto, da agricul-tura. Já estamos um bocadi-nho endividados porque no ano passado já houve muita queima, mas ainda se salvou muita uva mas, com um prejuízo destes,

gastou-se milhares e milha-res de euros em trabalhos e não sei como é que a gente se vai defender”, lamentou.

Os agricultores mais afectadossão os que têm

as parcelasmais pequenas

Segundo ainda Joaquim Caçuete, “Os agricultores que estão com mais difi-culdade são os mais peque-nos. São aqueles que têm 3/5 hectares de vinha e que poderiam tirar daí algum rendimento. São esses que mais rapi-damente abandonam as

terras e, nós queríamos preservar essa agricul-tura - a chamada agricul-tura familiar – aquela que normalmente passa das famílias para as famílias -, em que, mesmo que haja o segundo emprego dos filhos, as pequenas parce-las que têm, são cultiva-das. São tratadas. É preciso não esquecer que, muitos pequenos agri-cultores fazem uma região grande.Pelos dados que nos foram chegando, das cerca das 80 pessoas que temos aqui, 80%, havendo casos até de 100%, destas produções, têm a uva completamente inaproveitável, mas há vinhas com alguma uva, por isso a média é de 80%. A Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, tem agora os dados em seu poder sobre a área afecta-das, uma vez que fizeram uma amostragem que, cer-

Aliette [email protected]

“Tendo em conta a condição de excepção

que aconteceu nesta Região, que haja uma

medida também de excepção por parte do

Governo”.

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Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Setembro de 2011www.jornallitoralalentejano.com 03

tamente não será diferente dos dados que lhes apre-sentamos, isto para dizer que é a primeira vez que houve esta dimensão de estragos.Durante a visita da Técnica da Direcção de Agricultura e Pescas, fizemos o levanta-mento dos estragos, numa zona o mais concentrada possível – não poderia ter sido uma visita muito alar-gada – mas fomos a vários locais, não muito distantes uns dos outros.O que foi visto deu para perceber que os agriculto-res têm um drama muito forte à porta e que alguns deles accionaram uma linha de crédito para fazer face a algum investimento e que agora não têm fac-turação, estão desespera-dos porque, o banco não perdoa. O que pedem ao Governo é uma linha de crédito a fundo perdido.Tendo em conta a condi-ção de excepção que acon-teceu nesta Região, que haja uma medida também de excepção por parte do Governo.

Pedido de reuniãocom a Ministrada Agricultura

Em Julho, pedimos uma reunião à Senhora Minis-tra da Agricultura. Estamos à espera que nos receba.Possivelmente estarão também, por parte do Governo, à espera do ‘Relatório’ que será ela-borado pela Direcção Regional, mas nós, tendo em conta a situação afli-tiva existente que aqui se está a viver, vamos ter que reunir com os agricultores e veremos o que decidi-rão porque, alguém terá que olhar por esta Região e tomar medidas, para que não se comprometa o futuro destas pessoas que, grande parte delas, vivem desta actividade. Algumas têm vinhas e fazem o seu próprio vinho, outras há que vendem só a uva. Essas pessoas estão afli-tas”. Entretanto, a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal reforçou a sua posi-ção sobre esta calamidade que atingiu os produtores de Vinha, afirmando também que “É urgente e neces-sário que se encontrem medidas compensatórias que reponham a capaci-

dade produtiva perdida e que evitem mais falências no sector”.

Um ano complicadíssimo

Entretanto, sobre os pro-blemas da vinha, que foram uma consequência por todo o País, razão pela qual aqui deixamos uma descrição credível dos que se passou na vitivinicultura neste anos de 2011, através da visão da “Revista de Vinhos”, que começa o artigo sobre esta matéria, afirmando “Este tem sido um ano extrema-mente difícil para a viticul-tura. Temperaturas altas alternando com chuvas são as condições ideais para os fungos, organismos que tanto podem ter de bené-fico como de destruidor. Neste caso, o fungo cul-pado chama-se Míldio e já provocou avultados preju-ízos”.Infelizmente não há dados muito concretos mas, pelo que ouvimos falar com vários intervenientes, um pouco por todo o país, o

Míldio atacou em força este ano. A culpa foi das peculiares condições meteorológicas, que alternaram em Abril e Maio entre a chuva e o calor, um ambiente para-disíaco para o Míldio, que,

como todos os fungos, é fã do calor e humidade.Pelo que auscultámos, todas as regiões foram afectadas mas as menos habituadas a lidar com estes problemas, como as do interior e sul, foram as que mais sofreram. Mário Figueiredo, presi-dente da Cooperativa Agrí-cola de Pegões, dizia-nos que alguns agricultores que conhecia tinham a vindima feita: “chegaram atrasa-dos; quando acordaram o mal estava feito”. Luís Santos, técnico da AVIP, dizia que, ao contrário do que é normal, a doença começou pelos cachos e estendeu-se às folhas. Uma versão mais grave e mais tardia acabava por pintar de negro os cachos de um dia para o outro, termi-nando de uma vez por todas com qualquer aspiração de colheita.A situação foi de tal maneira generalizada que chegou a haver ruptura nos stocks de fungicidas em algumas empresas de produtos quí-micos. Uma história contava que

um viticultor alentejano teve que recorrer a embalagens de 250 gramas, as únicas exis-tentes, para tratar a vinha de emergência. Consta que teve um homem o dia todo a abrir pacotes…Os técnicos das empresas de

agroquímicos são espectado-res privilegiados desta situ-ação. João Farraia Pessoa, gestor do sector de fungi-cidas na Sapec Agro, disse-nos que “as regiões mais afectadas foram o Douro, onde o Baixo Corgo terá tido uma quebra de pro-

dução estimada de 50%. Ribatejo e Península de Setúbal virão logo a seguir, com 40%, e depois o Alen-tejo, com 30%, especial-mente nas zonas da Vidi-gueira e Redondo. Situação semelhante ocor-

reu nas Beiras, essencial-mente na Beira Litoral, Bairrada e na região de Viseu. Quanto ao Minho, e ainda segundo este técnico, terá havido uma quebra mais pequena, de apenas 20%”. João Farraia Pessoa acre-

dita que é “provavelmente a região mais bem pre-parada para este tipo de fortes ataques já que é a que tradicionalmente é mais atacada por esta doença”.A experiência e o saber de

viticultura foram mais uma vez cruciais: várias grandes empresas que sondámos reconheceram a gravidade dos ataques mas nenhuma delas teve prejuízos sérios. João Corrêa, enólogo-chefe da Companhia das Quintas, com vinhas em várias zonas do país confirmou-nos isto. E Filipa Tomás da Costa, da Bacalhôa Vinhos, também. Idem para Domingos Soares Franco, da José Maria da Fonseca. Outra confirmação veio de António Luís Cerdeira, pro-dutor e técnico da CVR dos Vinhos Verdes. As equipas de campo actua-ram a tempo e controlaram a doença. Assim escrito parece fácil mas não é: mesmo com os meios adequados há muitas decisões a tomar: quais os produtos certos, modos correctos de aplica-ção, timings exactos, muita atenção à meteorologia, cor-recto amanho da vinha, etc. O conhecimento e a experi-ência são aqui fundamentais. Quem esteve desatento, ou não tinha tempo, conheci-mento ou meios, acabou por pagar uma pesada factura: enormes quebras de pro-dução, que podem mesmo chegar à perda total.

O que foi visto deu para perceber que os agricultores têm um drama muito forte à

sua porta. O que pedem ao

Governo é uma linha de crédito a fundo

perdido.

Com as chuvas, apareceram doenças na Vinha de que não há memória. Estivemos a falar com uma agricultora que nos disse:

“Em 43 anos não me lembro de não se poder fazer vindima”. Nota da Redacção: Con-tactadas as Caixas Agríco-las de Alcácer/ Montemor e Costa Azul, concluiu-se o conhecimento do problema que deverá ser tratado con-soante as determinações dos mecanismos existentes para os efeitos considerados pro-venientes de calamidade, através das respectivas Con-federações de agricultores.

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Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Setembro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com04

Custódio Rodrigues

CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA EDITAL 217

PUBLICIDADE DAS DELIBERAÇÕES

Carlos Vicente Morais Beato, Presidente da Câmara Municipal de Grândola, no uso da competência que lhe confere a alínea v) do nº 1 do artº 68º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro na redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que em reunião ordinária, pública, de 11 de Agosto de 2011 foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa:

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de atribuição de subsídio à Paróquia de S. Sebas-tião de Setúbal, para apoio à realização das Festas em Honra de Nossa Senhora do Rosário de Tróia: Deliberado, por unanimidade, atribuir à Paróquia de S. Sebastião de Setúbal, um subsídio no montante de € 500,00 (quinhentos euros), para apoio à realização das Festas em Honra de Nossa Senhora do Rosário de Tróia, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de acção social Escolar – pagamentos em atraso: Deliberado, por maioria, com dois votos contra por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a Acção Social Escolar – Pagamentos em atraso, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de Critérios para o cálculo das comparticipações familiares no Programa de Apoio às Famílias para o Ano Lectivo 2011 – 2012: Deliberado, por unanimidade, aprovar os Critérios para o cálculo das comparticipações familiares no Programa de Apoio às Famílias para o Ano Lectivo 2011 – 2012, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de pagamento de títulos de transporte escolar: Deliberado, por unanimidade, aprovar o pagamento de Títulos de Transporte Escolar, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação do pedido de parecer nos termos do nº1 do artigo 54º da Lei nº 91/95, com a redacção da Lei nº 64/ 2003 de 23 de Agosto requerido por Rui Pedro Brás Teles Bispo: Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável nos termos do nº 1 do artigo 54º da Lei nº 91/95, com a redacção da Lei nº 64/2003 de 23 de Agosto, requerido por Rui Pedro Brás Teles Bispo, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de início de procedimento de Alteração do Plano de Urbanização de Grândola e a sua publicação, aprovação dos termos de referência e abertura de período de recolha de sugestões; Deliberado, por maioria, com dois votos contra por parte dos Vereadores da CDU, aprovar o início de procedimento de Alteração do Plano de Urbanização de Grândola e a sua publicação, aprovação dos termos de referência e abertura de período de recolha de sugestões de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da Proposta de atribuição de Topónimos, números de polícia e modelo de placas toponímicas: Deliberado, por unanimidade, aprovar a atribuição de Topónimos, números de polícia e modelo de placas toponímicas, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação do pedido de parecer nos termos do nº1 do artigo 54º da Lei nº 91/95, com a redacção da Lei nº 64/ 2003 de 23 de Agosto, requerido por António Sobral Pinela: Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável nos termos do nº 1 do artigo 54º da Lei nº 91/95, com a redacção da Lei nº 64/2003 de 23 de Agosto, requerido por António Sobral Pinela, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação do pedido de levantamento do ónus de inalienabilidade do lote 50 do Loteamento C1 – Carvalhal, requerido por Custódia Maria Costa: Deliberado, por unanimidade, aprovar o levantamento do ónus de inalienabilidade do lote 50 do Loteamento C1 – Carvalhal, requerido por Custódia Maria Costa, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação do pedido de levantamento do ónus de inalienabilidade do lote 89 do Loteamento C1 – Carvalhal, requerido por Rogério Sobral Rocha Carvalho: Deliberado, por unanimidade, aprovar o levantamento do ónus de inalienabilidade do lote 89 do Loteamento C1 – Carvalhal, requerido por Rogério Sobral Rocha Carvalho, de acordo com a proposta dos serviços;

Apreciação e eventual aprovação do Projecto de arquitectura referente ao Loteamento OPL 1 – Minas do Lousal, requerido por Sapec – Parques Industriais SA – procº 7 – A / 2009: Deli-berado, por unanimidade, aprovar o Projecto de arquitectura referente ao Loteamento OPL 1 – Minas do Lousal, requerido por Sapec – Parques Industriais SA – proc. 7-A/2009, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação do Projecto de arquitectura referente ao Loteamento OPL 3 – Minas do Lousal, requerido por Sapec – Parques Industriais SA – procº 6 – A / 2009: Deli-berado, por unanimidade, aprovar o Projecto de arquitectura referente ao Loteamento OPL 3 – Minas do Lousal, requerido por Sapec – Parques Industriais SA – proc. 6-A/2009, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação do Projecto de arquitectura referente ao Loteamento OPL 5 – Minas do Lousal, requerido por Sapec – Parques Industriais SA – procº 3 – A / 2009: Deli-berado, por unanimidade, aprovar o Projecto de arquitectura referente ao Loteamento OPL 5 – Minas do Lousal, requerido por Sapec – Parques Industriais SA – proc. 3-A/2009, de acordo com a Proposta dos Serviços.

Para constar se lavrou este e outros de igual teor os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume.

Paços do Concelho de Grândola, 16 de Agosto de 2011.

O Presidente da Câmara,

- Carlos Beato -

Monoteísmo:a religião de todos os tempos (2 de 2)

4- Nem sempre os crentes no único Deus deram bom exemplo... «Infelizmente nem sempre os cristãos viveram e vivem conforme a Revelação e a Vida de Jesus Cristo. A Igreja, fundada pelo mesmo Senhor sobre o alicerce dos Apóstolos, nem sempre foi coerente com a sua fé (até existiram Papas que não eram exemplo para ninguém!) e tem mesmo manchas negras na sua his-tória, como as Cruzadas e a Inquisição, se bem que se tenha de interpretar estas situações à luz do tempo e não culpabilizando uni-camente os responsáveis eclesiásticos, mas também o poder público, e sem deixar de reconhecer os imensos aspectos positivos e méritos da Igreja Católica ao longo de 20 séculos. Na sua fonte, o cristianismo, enquanto fé e vivência conforme a vontade do Senhor, é de uma pureza e sublimidade que ultrapassa todas as grandes religiões» (Barros de Oliveira).5- A imortalidade no cora-ção do homem. Todo o ser humano tende e procura a Deus, preocupa-se com a eternidade… Desde o prin-cípio da história, o homem tem acreditado na imorta-lidade. Por exemplo, «os vestígios de enterros rituais que remontam ao Paleolítico mostram que a morte tinha de ser “superada” religio-samente, como continua a acontecer hoje em dia». Por-tanto «desde tempos imemo-riais, o conceito imortalidade tem exercido influência pro-funda na vida de milhões de inumeráveis pessoas».Havendo imortalidade, tem de haver necessariamente outras dimensões para além das quatro que nós conhe-cemos. E a própria ciência vai neste sentido. A própria ciência vai reconhecendo que toda a realidade não se pode restringir ao nosso mundo. «As crenças de todas as reli-giões (desde as épocas mais antigas até hoje), num con-senso universal, demonstra-ram serem essas dimensões um tema constante. E aquilo que é consenso universal (como ensina a Filosofia), de algum modo tem que ser verdadeiro. E mais ainda: a firme convicção da reli-gião cristã (monoteísmo) baseia-se em toda uma his-tória de revelação divina (a única que Deus confirmou com os seus milagres)» (Renold Blank). Uma vez que o ser humano tem como futuro a eternidade (o que faz dele um ser imor-tal), essa imortalidade não seria possível sem ressurrei-

ção. Ressurreição é trans-formação em corpo glorioso para a vida na eternidade. E é também interessantíssimo verificar que «desde tempos imemoriais, muitos povos, referindo-se à sobrevivên-cia (“outro mundo”), falam de mundo das sombras, do corpo subtil, etc. Tendo pre-sente o conceito de corpo ressuscitado, glorioso, há nisso um pequeno fundo de verdade, embora depois muito deturpado nos con-ceitos de certos grupos ao longo da história» (Oscar Quevedo). Certa vez, numa aula, o pro-fessor perguntou a um aluno se ele acreditava só naquilo que podia ver e tocar. O aluno, muito prontamente, responde que sim, não acei-tava nada que de alguma forma, não pudesse ver, tocar, ouvir… Responde-lhe o professor: - Então sinto-nize-me aí a RFM. – Ora professor, mas eu não sou nenhum rádio! – Pois não, mas as ondas de rádio não existem, não andam por aí? O aluno pareceu ter apren-dido a lição… “Prisioneiros” agora nestas quatro dimen-sões, é como se estivéssemos subindo uma montanha. Enquanto não chegarmos ao cimo não podemos ver…, o que está do outro lado. Esse “outro lado”, essas outras dimensões, só as conhecere-mos quando chegarmos ao topo, isto é, quando chegar-mos ao término da nossa jor-nada (“subida”) neste mundo e passar-mos pelo “cume” da morte/ressurreição. É verdade que, já agora, gostaríamos de ter resposta para tudo. Mas não é assim. Por mais que avance o nosso conhecimento, sempre fica-rão perguntas por responder. Temos de ter paciência. Essa limitação do conheci-mento, também terá o seu sentido. Sabemos no entanto que na ressurreição toda a ignorância desaparecerá. Contudo, o que sabemos, já é mais do que suficiente para mantermos uma esperança inabalável, uma fé em Deus imperturbável e uma prática da caridade constante, perse-verante, incansável. Ou dizendo de outra maneira: naquilo que há dúvida, pode haver liber-dade de opinião, naquilo que há certeza, deve haver unidade de pensamento, e com dúvidas ou com certe-zas, em todas as situações sempre deve estar presente a caridade. Até que um dia compreenderemos e «apare-cerá por que justo juízo Deus faz com que todos os seus justos juízos se ocultem de

nossos sentidos e de nossa razão, embora nesse ponto não se oculte da fé das almas religiosas ser justo o que se oculta» (Santo Agostinho).6- Verdades universais. Aqui fica uma pequena sín-tese em jeito de conclusão:- Em todo o ser humano há uma tendência inata a Deus. A humanidade em toda a sua história tem procurado Deus.- A sobrevivência do ser humano à morte: a huma-nidade sempre acreditou. É uma crença de todos os tempos e de todos os povos. Junto com a crença na sobrevivência, vem a crença na purificação (cada um segundo os seus méritos). Em todas as religiões se fala de algum tipo de céu que

durará para sempre. Este é o consenso universal. E como tal não pode ser falso.- A moral que deve reger a humanidade «Flúi da natureza mesma de Deus, do homem e das coisas! As acções ou actos da vontade são bons ou maus enquanto estiverem em conformidade ou desconformidade, respei-tarem ou não a essência das coisas, do próprio homem e de Deus (lei ou moral natural). O que Deus como Supremo Legislador manda ou proíbe (lei positiva, por ex. os dez mandamentos) é só explicar e exigir que se cumpra a lei natural. A moral nasce em Deus, refere-se a Deus e a Deus volta, pois tudo é para Glória Dele e Ele mesmo é o prémio dos seres capazes de conhecê-Lo e amá-Lo» (Pe. Quevedo).- Os milagres acontecem na história, são factos do nosso mundo e confirmam a fé. No estudo do milagre o principal papel pertence à ciência, à Parapsicologia que primeiro verifica se se trata de um facto histórico. Se sim, estu-da-o para ver se a força que o realizou supera as forças da natureza.

Page 5: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Setembro de 2011www.jornallitoralalentejano.com 05

Nenhuma escola básica vai encerrar na região no próximo ano lectivoOs Municípios estão satisfeitos com decisão do Governo. Mas as 26 escolas básicas que continuam na lista indicativa podem fechar daqui a um ano.

Nenhuma escola básica com menos de 21 alunos vai encerrar no Litoral

Alentejano no próximo ano lectivo. A garantia, que agradou aos autarcas e pais da região, foi dada

recentemente pelo Ministé-rio da Educação, depois de divulgada uma lista onde constava o fecho de 266 estabelecimentos de ensino de norte a sul do país, todos eles em acordo com os municípios.No Litoral Alentejano, 26 escolas básicas, a maioria

nos concelhos de Odemira e de Santiago do Cacém, estavam em vias de fechar,

facto que sempre mereceu o desagrado dos executivos camarários da região. Em declarações na edição n.º

235 do “Litoral Alentejano”, o vereador com a pasta da Educação na Câmara Muni-cipal de Odemira, Hélder Guerreiro, tinha deixado essa posição bem aclarada, rejeitando encerramentos de escolas por “motivos eco-nomicistas”.Já o presidente da câmara

de Santiago do Cacém, Vítor Proença, considera que “foram atendidos os argumentos evocados pela manutenção de todas as escolas do 1.º ciclo existen-tes no município na actua-lidade”, reafirmando assim “os princípios de defesa dos interesses educacionais e pedagógicos dos alunos”. “É uma vitória alcan-çada”, acrescenta o autarca. Nos últimos 25 anos, encer-raram naquele município 25

estabelecimentos de ensino, ou por não terem condições ou por não terem o número de alunos suficientes para

assegurar a sua continui-dade.Quem também continua convicto de que se trata de uma vitória é o presidente da câmara de Grândola. Carlos Beato recorda que o município tem “estado desde há três ou quatro anos a discutir o assunto

com a tutela”, realçando o facto de o concelho “poder vir a ser surpreendido pela negativa lá mais para a frente”. “É preciso con-tinuar alerta”, sustenta. As escolas básicas de Cado-ços, do Lousal, de Água Derramada, de Aldeia Nova de São Lourenço e da Aldeia do Futuro estavam entre as 26 da região a encerrar.Por sua vez, o seu camarada Pedro Paredes, presidente da Câmara Municipal de Alcá-

cer do Sal, congratula-se pelo facto de o Ministério da Educação ter ouvido os apelos do município, man-tendo em funcionamento as escolas básicas de Palma e de Casebres. O autarca refere que ambos os estabelecimentos de ensino são “cruciais para valorizar o interior do concelho”. “Quando os autarcas têm bom senso, apresentam argumentos válidos e as coisas aconte-cem”, explica.O encerramento de escolas básicas com menos de 21 alunos é uma das imposi-ções da troika no memo-rando de entendimento firmado com Portugal, que exige que o país poupe nos próximos dois anos, só nesta área, quase 400 milhões de euros. Dos cinco municípios no Litoral Alentejano, somente Sines não tem escolas bási-cas em vias de fechar. Apesar de a decisão ser favorável aos quatro muni-cípios neste ano lectivo, nada garante que a história se repetirá daqui a um ano.

Bruno [email protected]

Moinhos em itinerância no

concelho de Odemira

A exposição “Para onde sopram os ventos”, que reúne 10 moinhos trabalhados pelas mãos de diferentes artistas plásticos do concelho de Odemira continua em itinerância pelas freguesias, com o objectivo de des-centralizar a actividade cultural e dinamizar o interior.Esta exposição tem por objectivo chamar a tenção para os moinhos de vento, elementos simbólicos do patri-mónio local, através da interpretação e intervenção de escultores, fotógrafos, ilustradores, cenógrafos, desig-ners e artistas populares.A exposição pode ser agora apreciada na sede da Junta de Freguesia de S. Teotónio, onde estará até ao dia 14 de Setembro. No dia seguinte, a exposição estará patente ao público na sede da Junta de Freguesia de Santa Clara-a-Velha, onde ficará até ao dia 15 de Outu-bro, sendo esta a última freguesia a receber a exposi-ção “Para onde sopram os ventos”.

A partir de um protótipo concebido pelos artesãos do município, são nove os artistas do concelho que deram a sua visão do moinho de Odemira: Ana Baleia (desig-ner de moda, Vale Bejinha), Ana Rita Viana (fotógrafa, Odemira), António Poeira (escultor, Zambujeira do Mar), Fernando Fonseca (escultor, S. Teotónio), Helen Lane (cenógrafa, Galeado), Liberdade Sobral (arte popular, Monte da Estrada), Luís Guerreiro (fotógrafo, Odemira), Ricardo Ramos (designer gráfico, Odemira) e Sara Serrão (ilustradora, Aldeia das Amoreiras). O décimo moinho a integrar a exposição ficou a cargo dos artesãos do Município que conceberam o protó-tipo: Élio Inácio, José António da Silva, Inácio Guer-reiro e António José Ramos.Esta iniciativa do Município de Odemira surgiu no âmbito da comemoração Dia Nacional dos Moinhos, no dia 7 de Abril, desafiando nove artistas locais a mos-trarem a sua visão do Moinho de Odemira. A mostra esteve patente na Biblioteca Municipal e em diversos espaços públicos da vila de Odemira. Agora será a vez de as freguesias conhecerem estes novos moinhos.

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Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Setembro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com06Câmara de Sines quer iluminação pública da cidade menos “gastadora”

A Câmara Municipal de Sines realizou uma candi-datura para a reformulação da iluminação pública da cidade de Sines ao Eixo 1 – Competitividade, Ino-vação e Conhecimento do programa operacional INALENTEJO do QREN 2007-2013.Trata-se de um investi-mento estimado em 575 mil euros.O objectivo da candidatura é a adopção de um sistema de iluminação pública moderno, constituído por fontes de luz de elevada eficiência (nomeadamente de tecnologia LED), tendo em consideração, simulta-neamente, a racionalização de energia eléctrica consu-mida (com um objectivo de redução de consumo de 30% a 40%), o prolonga-mento da vida útil das lâm-padas, a diminuição dos custos de manutenção e a segurança dos munícipes e visitantes.O programa da empreitada, em fase de concurso, prevê a utilização de equipamen-tos electrónicos com fun-cionamento a dois níveis, para obtenção de maior economia de energia.Os locais previstos na intervenção são agrupados em nove zonas, em função da proximidade entre cada um e no contexto do tecido urbano de Sines. A divisão por zonas per-mite controlar melhor as características dos pontos de luz instalados em cada uma e a sua manutenção.A concretização deste pro-jecto representará uma redução significativa das despesas da Câmara com iluminação pública e um benefício para o município e a cidade de Sines.

Empreitada da Avenida,

Falésia e Elevador com visto do

Tribunal de Contas

A empreitada do Programa de Acção para a Regenera-ção Urbana de Sines rela-tiva à requalificação da Avenida Vasco da Gama, construção de elevador e arranjo paisagístico e con-solidação de parte da falé-sia obteve o visto do Tribu-nal de Contas no dia 28 de Julho.Com a emissão do visto do Tribunal de Contas sobre o processo de adjudicação da empreitada, prevê-se que o início da obra aconteça em Setembro próximo.Um investimento de 4,5 milhões de euros, co-finan-ciado por fundos FEDER no âmbito do programa INALENTEJO do QREN 2007-2013, a empreitada junta as três operações da Regeneração Urbana de Sines dedicadas à transfor-

mação da frente marítima da cidade.O principal objectivo da obra na Avenida Vasco da Gama é a sua transforma-ção em espaço de lazer, vocacionado para as pes-soas, iniciativas festivas, feiras, desporto, espectácu-los e actividades turísticas e de lazer. Será feita a redu-ção do número de faixas de rodagem, de duas para uma, e criado um passeio público com 13,5 metros de largura, complementado por uma ciclovia, a ligar à da futura avenida marginal da Costa do Norte e entrada de Sines.O elevador, a localizar junto ao Largo dos Penedos da Índia, terá uma capaci-dade de 21 pessoas e garan-tirá melhores condições de acesso entre a zona ribeiri-nha e o centro histórico da cidade, particularmente às pessoas idosas ou com pro-blemas de mobilidade.No âmbito desta emprei-tada, está previsto o trata-

mento paisagístico de toda a falésia e a consolidação da secção contígua ao ele-vador, encontrando-se em

fase de abertura o concurso para a consolidação da zona crítica entre o Largo dos Penedos da Índia e as Escadinhas do Muro da Praia.

Encerramento da Rua

Teófilo Braga

A Câmara Municipal de Sines informa que, devido ao reinício dos trabalhos da empreitada de requali-ficação dos arruamentos do Centro Histórico, no âmbito do Programa de Regenera-ção Urbana de Sines, a Rua Teófilo Braga será encer-rada entre o Largo dos Penedos da Índia e a Praça Tomás Ribeiro a partir de 17 de Agosto de 2011.Durante esta fase, o trân-sito automóvel proveniente do Largo dos Penedos da Índia irá circular pela Rua Miguel Bombarda e Largo Poeta Bocage.

Prevê-se a conclusão desta obra até ao final de Novem-bro de 2011.

Campanha de esterilização foi um sucesso

Amigos de

Quatro Pataspor Patrícia Carloto Matos

De 25 a 29 de Julho a Asso-ciação São Francisco de Assis desenvolveu uma campanha de esterilização para evitar a proliferação dos animais vadios.

Este trabalho contou com a ajuda de duas médicas vete-rinárias Ana Luísa Costa e Rita Catita e duas voluntá-rias da associação, que em conjunto com o Canil Muni-cipal conseguiram realizar ao todo, 24 cirurgias.Para que este apoio se man-tenha a Associação apela à actualização das quotas dos associados e da solida-

riedade da população para ajudar estes animais na sua alimentação, desparasitação e vacinação. O envio de donativos deverá ser feito através de transfe-rência bancária pelo NIB 0045 6320 4004 54989 2961. Qualquer quantia já é uma grande ajuda, ao qual a

Associação São Francisco de Assis agradece.De momento estão acolhi-dos 35 cães que necessi-tam urgentemente de cari-nho e uma casa para viver.

Enquanto a casa destes ani-mais passa pela Associação é necessário também apoio e tratamento diário. Para isso, a Associação apela à integração de volun-tários que queiram fazer parte desta equipa preferen-cialmente aos domingos e feriados.Aos animais que têm sido adoptados, a Associação tem

garantido as suas esteriliza-ções de forma a evitar uma reprodução desordenada e à sua melhor adaptação no lazer de uma casa.

Vamos apoiar esta causa.

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Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Setembro de 2011www.jornallitoralalentejano.com 07

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Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Setembro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com08

Portugal e Espanha querem eixo ferroviário Sines-Madrid-FrançaComo é do conhecimento público, o Ministro da Economia Álvaro Santos Pereira, na passada quarta-feira, dia 17 de Agosto de 2011, reuniu-se em Madrid, com o seu homólogo espanhol, o Ministro do Fomento, para fazer um ponto de situação dos projectos ferro-viários e rodoviários transfronteiriços entre os dois países.

Como foi amplamente noti-ciado na imprensa portu-guesa, Portugal e Espanha, depois da reunião que teve lugar no passado dia 17, em Madrid, entre o Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e o Ministro do Fomento espanhol José Blanco, onde foram anali-sados vários temas relacio-nados com as infra-estru-turas transfronteiriças dos dois países, ficou acordado que seria criado um grupo de trabalho que viesse a impulsionar a vontade con-junta de criar um eixo fer-roviário de mercadorias, em bitola europeia, entre Sines e a fronteira franco-espanhola, com passagem por Madrid.

Ligação ferroviáriade mercadorias

é uma prioridade

Sobre a ligação ferroviária de Sines, com passagem por Madrid à Europa, Santos Pereira explicou que a liga-ção ferroviária de merca-dorias é uma “prioridade” dos dois Governos, o de Portugal e de Espanha, refe-rindo que, no que toca à rede de alta velocidade ferroviá-ria, o Executivo português tomaria uma decisão sobre o TGV no mês de Setembro.Os dois governantes fala-ram aos jornalistas depois de uma reunião de cerca de 90 minutos que mantiveram na sede do Ministério do Fomento em Madrid.Santos Pereira prestou apenas uma declaração, sem direito a perguntas, tendo José Blanco permanecido depois na sala de imprensa para responder aos jornalis-tas.Entretanto, o país vizinho aprovou ainda na terça-feira, dia 16 de Agosto, a ligação do TGV entre Bada-joz e Caia, precisamente um dia antes da reunião com o Ministro português da Eco-nomia. Alias, nos dias que antecederam a ida de Santos Pereira a Madrid, os jornais

espanhóis noticiavam que “Espanha iria insistir com Portugal para que o TGV não viesse a ficar arru-mado”. Ou seja, o Ministro do Fomento espanhol iria propor alternativas a Álvaro Santos Pereira para que o projecto não viesse a ficar na gaveta. “Qualquer coisa menos deixar que o TGV, que já chegara à Estrema-dura, viesse a morrer na fronteira com Portugal”, foi o que começou por dizer o jornal “Cinco Dias” sobre a posição do Governo espa-nhol em relação ao projecto da alta velocidade. Espanha já está a trabalhar na parte do troço entre Madrid e a fronteira com Portugal e, não quer, por isso, ver o projecto ficar a meio.

“Para sair da crise é importante apostar

nos portos”

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, defende que a aposta na bitola europeia permite

aumentar exportações e emprego.Álvaro Santos Pereira, reco-

nheceu as potencialidades das infra-estruturas portuá-rias para a competitividade das exportações. O gover-nante falava aos jornalistas numa visita que realizou ao Porto de Sines, na passada sexta-feira, 19 de Agosto, com o objectivo de se intei-rar do trabalho que tem sido desenvolvido pela adminis-tração portuária, liderada por Lídia Sequeira.“Perceber que o Porto de Sines, assim como os outros portos do país, são fundamentais para a com-

petitividade das nossas exportações e para Por-tugal conseguir apostar e

aproveitar ainda melhor os recursos e exportar mais, produzindo e criando mais riqueza e emprego”, frisou o ministro.Segundo o actual ministro, a aposta do Governo passa pelos portos e pelo trans-porte ferroviário de merca-dorias.“Para sair da crise é impor-tante apostar nos portos, bem como no transporte ferroviário de mercado-rias”, acrescentou.A criação de uma ligação ferroviária de mercadorias,

em bitola europeia, entre Sines e a fronteira franco-espanhola voltou a ser

Aliette [email protected]

defendida pelo Ministro da Economia, como forma de “aumentar a competitivi-dade das exportações por-tuguesas”.“Qualquer empresa que tente exportar para a Europa está sujeita a transvase em França, o que torna o transporte de mercadorias por ferrovia bastante descompetitivo”, acrescentou Álvaro Santos Pereira para justificar o “aumento do custo das nossas exportações em mais de 20 por cento”.Segundo o ministro, “uma forma de diminuir os custos para a Europa passa pela criação de uma linha de mercadorias de bitola europeia que leve as nossas mercadorias o mais rapidamente possível e a baixo custo para a Europa Central”, adiantou.De acordo com o ministro, o Plano Estratégico de Trans-portes “será apresentado em Setembro” como está definido no memorando de entendimento com a Troika.Sobre o projecto do TGV, Álvaro Santos Pereira, foi peremptório: “Está sus-penso e em reavaliação”.

Em 2010 o movimento de

comboios ultrapassou as 3.000 composições

O Porto de Sines e a sua Zona Industrial e Logística são já uma referência Ibérica no que diz respeito ao trans-

porte ferroviário de merca-dorias, com mais de 20 com-boios diários, transportando em média mais de 10.000 toneladas/dia, necessitando da referida melhoria de via para continuar a crescer.De realçar ainda, que no ano de 2010 o movimento de comboios no Porto de Sines ultrapassou as 3.000 compo-sições, o que no segmento da carga contentorizada cor-respondeu a 86% do tráfego do inland.Face aos fortes investimentos que presentemente decorrem no porto e na ZILS, o trans-porte ferroviário de merca-dorias apresenta um forte potencial de crescimento em novos tráfegos. Com efeito, o desenvolvimento de servi-ços marítimos directos aos principais mercados interna-cionais, através de navios de última geração com fortes economias de escala, asso-ciado ao potencial de cresci-mento no hinterland em todo o corredor até Madrid, irá certamente originar novas oportunidades de negócio nas cadeias logísticas marí-timo-ferroviárias, nas quais o Porto de Sines assume um lugar privilegiado.

Uma das fasesda ferrovia necessária,que espera

por ser construída

Devido de uma herança portuguesa já considerável sobre os comboios de alta

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Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Setembro de 2011www.jornallitoralalentejano.com 09

Portugal e Espanha querem eixo ferroviário Sines-Madrid-França

velocidade e na assumida anteriormente Bitola Ibé-rica, que implicaria perda de tempo e não só, como agora se explica, vindo a ser denun-ciado um eventual trans-bordo das mercadorias que estaria previsto seguiriam por uma linha em Bitola Ibé-rica, com consequentes limi-tações a que obrigaria, desde morosidade e transbordo, pontos que não eram escla-recidos, por isso, a decisão do Ministro Álvaro Santos Pereira “caiu” com espanto, no espaço crítico de alguns responsáveis conhecidos da “nossa praça”, que conhe-ciam as entorses do negócio que, para alguns, seria inte-ressante. Depois desta verdadeira novela, no momento, tudo leva a crer, que o momento

é de clarificação. Aliás, o Jornal Litoral Alentejano bem se pode orgulhar-se de afirmar que, nesta matéria, embora com algumas limi-tações e dificuldades, pau-tou-se por produzir alguns espaços de esclarecimento que contrariaram as ondas das então das rotas propos-tas. Seguiu o trilho da pala-vra de técnicos credíveis, quando o esclarecimento ditava a urgência de com-boios rápidos para trans-porte de mercadorias, sobre-tudo do Porto de Sines para a Europa, devido às carac-terísticas que o Porto tem, designadamente após a rea-bertura do canal do Panamá (de que realizou uma ampla reportagem), conforme se publicou com os devidos fundamentos. No momento, este Jornal, mais uma vez, regressa aos comboios de alta veloci-

dade, neste caso de merca-dorias, comungando com todos aqueles que entendem que Portugal não pode ficar à margem das redes transeu-ropeias de transporte ferro-viário. Aliás, contrariando a informação reinante que apontava para as virtude da construção da Bitola Ibé-rica, quando se que dizia que em Espanha a constru-ção da Bitola Europeia só estaria prevista daqui a uma boa meia dúzia de anos, mais precisamente 20 anos, a ver-dade ela aí está. Os nues-tros hermanos equipam-se velozmente com a Bitola Europeia, desligando-se – como os técnicos portugue-ses afirmaram - da Bitola Ibérica por todos os motivos conhecidos, inclusive os da

sua lentidão. Por isso, após o conhecimento das expli-cações de Santos Pereira, nesta peça, o Jornal Litoral Alentejano procurou saber qual o impacto que teve as suas decisões nos Autarcas do Litoral Alentejano que, indesmentivelmente, se têm batido a favor de uma fer-rovia aferida aos tempos modernos.

O que pensam os presidentes

de câmarado Litoral Alentejano

Nesta edição, a palavra a Vítor Proença, presidente da câmara municipal de San-tiago do Cacém e Carlos Beato, presidente da câmara municipal de Grândola:Vitor Proença - “ Relati-vamente às declarações

do Ministro da Economia sobre a vontade conjunta de Portugal e Espanha criarem um eixo ferro-

viário de mercadorias, em bitola europeia, entre Sines e a fronteira franco-espanhola por Madrid, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém afirma que esta é uma decisão que peca por tardia e reitera ainda a posição já assu-mida anteriormente sobre este assunto. É urgente uma decisão definitiva sobre a concre-tização desta ferrovia para mercadorias em velocidade alta, já que a mesma tem enormes implicações no desenvolvimento da Região do Alentejo Litoral, na sua complementaridade com o aeroporto de Beja e com o Baixo Alentejo. Apoiamos, incondicional-mente, uma decisão que aponte para a construção desta linha de mercado-rias entre Sines e a fron-teira espanhola, atra-

vés de parte do ramal de Ermidas, direccionando para a plataforma logís-tica do Poceirão e fazendo

daí a ligação a Évora e à fronteira espanhola.Não defendemos qual-quer troço que passe junto ao Hospital do Litoral Alentejano e que atravesse as duas cidades do conce-lho, Santiago do Cacém e Vila Nova de Santo André.Com esta nova linha fer-roviária, o tempo de trans-porte de mercadorias pode diminuir cerca de 12h, entre Sines e Madrid, isto é, das actuais 22h passa para apenas 10h. Esta opção, aumenta a competitividade e cria novas oportunidades para o Porto de Sines e para a nossa Região.A Câmara Municipal de Santiago do Cacém rea-firma a sua disponibili-dade para dar contributos construtivos que permi-tam ajudar a concretizar o referido traçado da fer-rovia que sem dúvida é aquele que melhor serve os interesses e o desenvolvi-mento da nossa Região”.

Carlos Beato - “O anúncio, feito há dias em Madrid, pelo ministro da Economia de que Portugal e Espanha vão criar, proximamente, um Grupo de Trabalho

que impulsione a vontade conjunta de criar um eixo ferroviário de mercado-rias, em bitola europeia, entre Sines e a Fronteira Franco-Espanhola, por Madrid, vem colocar nova-mente na ordem do dia um tema que já foi objecto de polémica assinalável e até de alguma incompreensão relativamente à posição de alguns autarcas da Costa Alentejana.A posição que o Municí-pio de Grândola sempre defendeu relativamente a esta matéria é muito clara. Consideramos da maior importância e utilidade a criação deste eixo ferrovi-ário, que é decisivo para aumentar ainda mais a

competitividade do Porto de Sines e afirmá-lo de modo crescente como a grande porta de entrada e de saída de mercadorias da Península Ibérica e de França.O que o Município con-testa, e – se for caso disso – continuará a contestar, é o traçado inicialmente proposto para esta linha, com impactos altamente negativos no montado de sobro – uma das princi-pais riquezas da Região – e que atravessava núcleos urbanos consolidados, des-truindo paisagens e limi-tando significativamente perspectivas fundadas de desenvolvimento rural e de crescente afirmação do nosso território como um Destino Turístico de Exce-lência.Por esse motivo o Municí-pio, a par de outras enti-dades, propôs uma alter-nativa consistente, finan-ceiramente menos pena-lizadora do investimento público e que permitiria que fossem alcançados todos os objectivos preten-didos, sem impactos nega-tivos para a Região.Acreditamos que, à seme-lhança do que aconteceu com a decisão tomada pelo

anterior Governo, o bom senso continuará a preva-lecer adoptando-se a solu-ção mais adequada que, cumprindo um objectivo estratégico para o País e para a Península Ibérica, não lese o projecto de desenvolvimento integrado e sustentado desta Região e minimize os custos de um investimento público relevante.”

Na próxima edição a palavra a Manuel Coelho,

presidente da câmara municipal de Sines.

Contactada a administra-ção do Porto de Sines não

obtivemos resposta até momento.

Não defendemos

qualquer troço que

passe junto ao Hospital

do Litoral Alentejano e

que atravesse as duas

cidades do concelho,

Santiago do Cacém e Vila

Nova de Santo André.

O que o Município

contesta, e – se for

caso disso – continuará a contestar, é o traçado

inicialmente proposto para

esta linha

Page 10: Jornal Litoral Alentejano

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Setembro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com10

A Feira Festa de Grândola, da Região e do País A Feira de Agosto 2011, foi o retrato da sociedade actual, onde se falou da crise, mas também de tempos melhores que poderão e todos querem que venham.

O “Novo Ciclo” anunciado pelo Dr. Carlos Beato quando – pela primeira vez - se candidatou à Câmara de Grândola, enquanto estilo, está consolidado. Apresenta-se activo, na sua melhor forma. Dentro dele cabe verdadeiramente um entusiasmo contagiante, protagonizado pelo Autarca, nomeadamente na partilha da energia e da alegria com dota o desempenho das tare-fas com que se compromete, até mesmo no visualizar o futuro, a partir do chão da crise em que vivemos.Se assim é o pensamento dominante quanto a Carlos Beato, é de esperar – neste caso - que a Feira de Agosto, Turismo e Ambiente seja, de facto uma festa. E, foi – mais uma vez, neste ano de 2011 - uma festa.Comecemos pelo princípio. Comecemos pela inaugura-ção da Feira de Agosto 2011, presidida pelo Secretário

Adjunto do Primeiro-mi-nistro, Engenheiro Carlos Moedas, através da palavra de Carlos Beato, no que prometera quando afirmou em entrevista a este Jornal quando afirmou: “Este ano a Feira de Agosto, vai ter um grande objectivo, o de dar

um sinal e uma resposta aos tempos de crise”.Perante tamanha responsa-bilidade ficou-nos – como a muitos - a expectativa de, como São Tomé, “ver para crer” e, assim foi. Primeiro, as suas palavras após os agra-decimentos às autoridades em presença, que começou por destacar a mais-valia da Feira de Agosto, enquanto “lugar de confluência de muitos milhares de visi-tantes de todo o País e até do estrangeiro, que aqui se deslocam, pela sua impor-tância e acrescem muitos valor e significado”, exal-tando que a Feira constituía “um momento único, de união e de partilha, onde se demonstra à sociedade a razão que tinha Zeca Afonso, ao ter cantado nesta Terra e neste Con-celho, o Hino à Amizade e o Hino à Fraternidade”, disse para continuar afir-mando: “A Feira de Agosto

afirma-se – finalmente - por ser a grande montra da nossa actividade. Por ser o espelho quase fiel do nosso desenvolvimento e do progresso que temos vindo a alcançar”.Carlos Beato não deixou de sublinhar o momento critico

pelo qual todos passamos, para sublinhar o exemplo da Feira de Agosto, enquanto “Um exemplo de gestão cuidada do interesse público e do controlo rigo-roso do dinheiro que é de todos”, isto para dizer que “de novo e, mais uma vez, a edição que estava a ser inaugurada, não iria pesar no orçamento dos cofres municipais”.

A Feira de Agostoé importante

pelos caminhosque aponta

Para além de tudo o que o Dr. Carlos Beato acabara de enumerar sobre o Certame que mobiliza Grândola anu-almente, disse ainda que, “a Feira de Agosto é ainda mais importante pelos caminhos que aponta, pela esperança que representa e, pelo sinal que nos dá, de que, é possível, inverter a difícil situação em que nos encontramos”, diria, para acrescentar: “Não há nin-guém, a não ser quem pros-siga outros interesses, que não reconheça o grande desenvolvimento do nosso Concelho nos últimos anos. Os resultados estão à vista e, a notoriedade e o crédito que conquistamos, bem o

demonstra”.Feitas as explicações preli-minares, com o estilo acen-tuado do apelidado “Novo Ciclo”, Carlos Beato, para além do mais, depois de falar da crise económica, propôs uma viagem pelo Concelho de Grândola, sendo o cice-

rone motivador para se apre-ciar o melhor que Grândola tem. Foi bonito.Terminado o percurso suge-rido que incluiu a beleza das praias do Concelho, também os lugares serranos com des-taque para a beleza das suas aldeias, Carlos Beato, fez as saudações que distinguiram a Região, o Concelho de Grândola e, Portugal.

Assinatura de protocolo

O momento que se seguiu ao discurso do Presidente

na inauguração da Feira de Agosto e que contribuiu também para o seu êxito e para o enorme prestígio e, a notoriedade que, de ano para ano tem vindo a conquistar, fez com que, a “todos, o Município de Grândola agradecesse reconhecida-

mente”. Nesta edição 2011, foi des-tacada a oferta do “Com-boio Lotas/Super Bock”, seguindo-se a assinatura do “Protocolo de Coopera-ção” entre o Município de Grândola e a UNICER que se traduz por mais um apoio daquela entidade à reali-zação da Feira de Agosto, Turismo e Ambiente. Assinaram o Protocolo de Cooperação, pela Câmara Municipal de Grândola, o Dr. Carlos Beato e pela UNICER, o seu presidente, Dr. Pires de Lima.

“Acho que não há nenhum

TGV que se nos compare,

em termos de capacidade

de execução”

No uso da palavra, Pires de Lima afirmou que “a UNICER e a Câmara de Grândola, através do seu Presidente, dão aqui um bom exemplo de colabo-ração e responsabilidade social em muito pouco tempo, porque, se bem me lembro, foi já este ano, no final do Inverno, que o Sr. Presidente manifestou à UNICER, numa reunião que tivemos em Grândola, o desejo antigo deste Con-celho ver renovado um comboio que pudesse estar ao serviço das populações da Vila de Grândola, de forma permanente, e com uma nova dignidade.E, em apenas dois/três meses, foi uma grande honra para a UNICER e para a Super Bock poder pôr de pé esse empreendi-mento, poder correspon-der ao desejo de Grândola, manifestado através do Sr. Presidente à UNICER.O Comboio Super Bock vai chegar hoje. Em apenas dois meses fez-se realidade”. Aliás, Pires de Lima, gracejando e dirigin-do-se a Carlos Beato disse: “acho que não há de facto nenhum TGV que se nos compare, em termos de capacidade de execução”. Acabaria a sua interven-ção, com uma explicando interessante sobre, não só a composição da Cerveja Super Bock, feita a partir de cereais cultivados no nosso País, como deixou a infor-mação de que é uma Cerveja cem por cento portuguesa.

Foi Carlos Moedasquem encerrou

os discursosde inauguração

da Feira de Agosto

A encerrar oficialmente a

Aliette [email protected]

“A Feira de Agosto é ainda mais importante pelos caminhos que aponta, pela esperança que representa e pelo sinal que nos dá de que é possível inverter a difícil situação em que nos encontramos”, sublinhou Carlos Beato.

Page 11: Jornal Litoral Alentejano

Ano II • n.º 41•

DirectoraAliette Martins

Director-adjuntoMarcos Leonardo

EditorJoaquim Bernardo

1 de Setembro/11

Revista a Cores

Formato: A4 (210x297)Edição: 1 de SetembroReserve já na sua banca

919 877 399

10anos

que mudarama Região

Sineense Fernando Sebastião conquistou a Taça de Portugal de Fosso Universal

TIRO - Taça de Portugal de Fosso Universal

O atirador senense Fernando Sebastião conquistou a Taça de Portugal de Fosso Universal 2011 (tiro aos pratos).A competição decorreu nos dias 13 e 14 de Agosto, no Clube de Tiro de Fervença em Barcelos, prova que contou com a presença de 100 atiradores nacionais de 15 equipas de clubes. A Associação de Caçadores de Sines esteve representada pelo atirador Fernando Sebastião que ao realizar uma prova ao mais alto nível, conquistou o tão desejado Troféu. O atirador conseguiu uma marca de grande nível, conseguiu partir 148 pratos em 150 possíveis, conseguindo nas 5 primeiras séries de 25 pratos fazer o pleno partindo todos os pratos, terminando a última série com um 23, em 25. Nesta prova, que liderou do primeiro ao último prato, deixando o 2º classificado da prova a 3 pratos de distância, estiveram ainda presentes as selecções nacionais de tiro e também o actual campeão da Europa em título, o só vem valorizar ainda mais esta vitória. Após a entrega oficial do Troféu à Câmara Municipal de Sines como fiel depositário o mesmo ficará exposto no Salão nobre da Câmara Municipal de Sines até ao próximo ano, para voltar a ser disputado em 2012.

Fernando Sebastião que iniciou a sua carreira desportiva em 1995 já conta com um palmarés invejável do qual destacamos os principais resultados conquistados no Fosso Universal (F.U.) e Fosso Olímpico (F.O.).Em 1995, sagrou-se Campeão Nacional Juniores (F.O) e Vice-Campeão Nacional de III cat. (F.O). Em 1997, vice-Campeão Europeu Juniores (F.U) e vencedor da Taça de Portugal II cat (F.O). Em 2004, sagrou-se vencedor absoluto Inter-concelhos 2004 Trap. Em 2005, conquistou o 2º lugar no Inter-Concelhos 2005 Trap. Em 2006, 3º lugar no Campeonato Nacional III Cat. (F.O) e 2º lugar na Taça de Portugal põe equipas (F.O). Em 2007, foi o vencedor da Taça de Portugal põe equipas (F.O) e vencedor Absoluto 4ª cont. Campeonato Regional Sul (F.U.). Em 2008, foi 6º classificado no Campeonato da Europa (F.U), 6º classificado na Taça da Europa (F.U) e 6º classificado na Taça do Mundo (F.U). Em 2009, sagrou-se Vice - Campeão Nacional II Cat. (F.O) e 5º classificado no Campeonato da Europa (F.U.). Em 2010, foi 2º na 2ª contagem do campeonato Regional Sul (F.O.), 2º na. 3ª Contagem do Campeonato Regional Sul (F.O) e vencedor Absoluto da 6ª contagem do Campeonato Regional Sul (F.O.).

Dois títulos e três pódios no Nacional Master de AA e 5 Kms positivos

Campeonato Nacional de Masters em Águas Abertas

Teve lugar no Centro Náutico de Montemor-o-Velho, no dia 15 de Agosto, o Campeonato Nacional de 5 Kms (Juv/Jun/Sen) e o Campeonato Nacional de Masters em Águas Abertas (2,5 Kms). O CNLA marcou presença com sete atletas: Andreia Lopes, Maria Marques, Paulo Janeiro, Rogério Tavares (5 Kms), David Gorgulho, Ricardo Silvestre e Rodrigo Costa (Masters). Destaque para os atletas Masters, todos eles em lugares de pódio: David Gorgulho venceu a classificação absoluta pelo 3º ano consecutivo e obteve o

título em Masters-A; Rodrigo Costa (vencedor absoluto em 2008) conquistou o título em Masters-C e Ricardo Silvestre garantiu o seu primeiro pódio em Campeonatos Nacionais de AA com o 3º lugar em Masters-B. Nos 5 Kms, Paulo Janeiro foi 8º em Juniores, Rogério Tavares foi 9º em Seniores, Maria Marques obteve igual posição em Seniores femininos e a estreante Andreia Lopes conseguiu terminar e alcançou a 10ª posição igualmente em Seniores, garantindo lugares no top-10 para todos os nadadores do CNLA presentes.

Neste ano de 2011, conquistou o 3º lugar no Campeonato Nacional por equipas (F.O) e sagrou-se

vencedor Absoluto da Taça de Portugal (F.U.).

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Sezões regressa a Sines a pensar na subida de divisão

No Vasco da Gama de Sines

Luis Delgado reforça o HC de Santiago do Cacém

Hóquei Clube de Santiago do Cacém

Vasco da Gama já definiu a nova época desportiva

Para os escalões de formação

A equipa de futebol do Vasco da Gama de Sines já está a trabalhar com vista à participação no campeonato distrital de Setubal da 1ª divisão.Joaquim Sezões é o novo treinador, substituindo no cargo João Direito que deixou o clube, segundo apurámos por razões pessoais e profissionais. Sezões regressa ao Vasco da Gama, depois de já ter orientado o clube nos nacionais de futebol. O treinador que tem o 4º nível da UEFA regressa a Sines com o objectivo que subir de divisão, “o nosso objectivo é a subida à 3ª divisão. Encontrei um clube organizado, com jogadores de qualidade que nos dão garantias de poder lutar pelo grande objectivo traçado pela direcção que é a subida de divisão.” Na primeira semana apenas estiveram presentes os jogadores portugueses, faltam os seis atletas profissionais cedidos pelo Clube Regatas Vasco da Gama. “Nesta primeira semana como acompanharam trabalhámos com um grupo reduzido, tivemos alguns jogadores à experiência, agora com a entrada dos jogadores brasileiros e com a entrada de mais dois ou três elementos, ficamos com o plantel completo e pronto a entrar em competição.”

Dia 3 de Setembro, o Vasco da Gama realiza o primeiro jogo de preparação e nessa data Joaquim Sezões pensa “já ter o plantel completo”.Joaquim Sezões, trabalha com Aníbal Machado, treinador de guarda-redes e Rómulo Pereira, preparador físico. O responsável pelo departamento de futebol será Carlos Pereira que conta com o consultor técnico Juarez Fischer. O departamento médico conta com Guido Júnior e Diogo Marinho apoiados pela Nutricionista Helena Sobral, pelo técnico de Fisioterapia Guido Marinho e pelo Massagista Miguel. João Paulo é o responsável pelos

equipamentos.O plantel conta neste momento com 19 jogadores. Guarda-redes: Gott e Carlos Pereira. Defesas: Mascarenhas, Filipe Sampaio, Cadú, Herbert, Ruca, Filipe Silva e Luis Varela. Médios: Diogo Filipe, Paulinho, Vítor Reis, Daniel Direito, Luan Costa e Maicon Assis. Avançados: Mikó, Idi, Pedro Alves e Alan Junior. Na cerimónia de apresentação, Carlos Pereira presidente do clube afirmou que “estamos a preparar uma equipa com o objectivo de subir de divisão, queremos ganhar o máximo possível de jogos e no final terminar em primeiro lugar.” Quanto ao plantel não está fechado, “vamos contratar mais um guarda-redes e dois jogadores de campo, depois vamos analisar o plantel e mais tarde se for necessário vamos reforçar a equipa.” A direcção do Vasco da Gama de Sines anunciou dois jogos de preparação que a equipa vai realizar durante o mês de Setembro. Assim a equipa que iniciou a preparação dia 22 de Agosto, defronta dia 3 de Setembro, em Sines o Odemirense às 17 horas e no dia 10 de Setembro, joga de novo em Sines, pelas 16 horas, frente ao Odiáxere, equipa da 1ª divisão do Algarve.

A direcção do Vasco da Gama já anunciou a data de inicio dos trabalhos das suas camadas jovens com vista à participação nos Campeonatos Distritais de Setúbal. A equipa de juniores que tem como treinador principal José Matias, inicia a preparação no dia 5 de Setembro, com vista à participação no Campeonato Distrital de Setúbal da 2ª divisão, prova que tem inicio em Outubro.A equipa de juvenis que

A equipa sénior do H. C. de Santiago do Cacém, iniciou na última segunda-feira a preparação com vista à participação no Campeonato Nacional da 3ª divisão.O plantel santiaguense conta com os seguintes elementos: Patrocínio Pacheco, Hélder Mateus, Miguel Costa, Filipe Marques, Gonçalo Paixão, Fábio Jorge, Fábio Santos, Tiago Martins, Luís Delgado, Henrique Pereira (JUN), João Rodrigues (JUN), Nuno Santos, Gonçalo Santos e Gonçalo Silva (Treinador/Jogador). Segundo Gonçalo Silva, treinador da equipa, “o objectivo é formar um bom grupo de trabalho e depois tentar fazer um campeonato melhor do que no ano passado. Já temos alguns jogos de treino marcados, nomeadamente com equipas da 2ª e 3ª divisão de forma a podermos estar melhor preparados para o inicio do campeonato a 22 de Outubro. Em Setembro, contamos fazer um estágio de pré-época com jogos e treinos onde pretendemos ganhar mais algumas horas de ritmo competitivo e de convívio de forma a estreitar os laços de amizade e cooperativismo entre todos os elementos do plantel o que é fundamental para levarmos com afinco e qualidade os próximos 8 meses de trabalho”. Em relação aos reforços, este responsável afirmou que o plantel não está fechado, “estamos a trabalhar nesses “dossiers” e nos próximos dias haverá novidades”.As camadas jovens do HC Santiago iniciam a época no dia 5 de Setembro. Segundo Gonçalo Silva, coordenador da formação

continua a contar com o treinador Paulo Candeias, iniciou os treinos na última segunda-feira dia 29 de Agosto. A equipa sineense já conhece o calendário, no dia 25 de Setembro começa o campeonato a jogar em Sarilhos, frente ao 1º Maio Sarilhense. A equipa de Iniciados que vai disputar a 2ª divisão, conta com Alexandre Ortiz como treinador, os treinos vão começar no dia 14 de Setembro.

No futebol de sete, a equipa de Infantis que conta com o treinador João Paulo Viegas, inicia a preparação dia 5 de Setembro, já a equipa de Benjamins que tem como treinador João Nunes, inicia a preparação dia 12 de Setembro. As equipas de Traquinas e Petizes que ainda não têm os treinadores definidos vão iniciar os treinos nos dias 6 e 9 de Setembro, respectivamente.

do clube. “Este ano vamos ter em competição equipas de Escolares, Infantis, Iniciados e Juvenis. Vai ser um ano muito competitivo para as nossas equipas onde muitos atletas do escalão de escolares, vão entrar em competições oficiais nas concentrações da A.P. de Setúbal, depois de no ano transacto terem efectuado vários jogos amigáveis e participado em alguns torneios. Em relação aos infantis esperamos poder realizar uma época melhor do que no ano passado, visto os nossos atletas terem evoluído, dando sinais de que este ano os resultados podem ser bem mais positivos. No escalão de Iniciados, são esperadas dificuldades, visto ser um ano com muitas equipas competitivas, mas onde a nossa equipa

tem uma palavra a dizer, podendo mesmo ser uma surpresa do campeonato. Na categoria de Juvenis, as expectativas são muito altas. Depois de no ano passado nos termos sagrado Vice-Campeão Regionais, este ano o objectivo passa por estarmos presentes uma vez mais no Campeonato Nacional, contudo iremos trabalhar com muita atitude e de forma séria para tentarmos chegar ao tão ambicionado título regional da categoria que no ano passado nos “fugiu” por escassos 20 segundos. Na área de formação de novos praticantes (patinagem), pretendemos aumentar o nosso número de atletas, para que de futuro tenhamos mais jovens a compor as nossas equipas de formação.

Estrela de Santo André com a nova época planeada

Com vista à época 2011-2012

O Estrela de Santo André já começou a época 2011-2012. Os seniores vão iniciar a época dia 5 de Setembro. Mário João continua como treinador principal contando com o apoio dos adjuntos, David Santos e Carlos Nobre. A equipa de juniores que conta com o treinador Vítor Madeira iniciou os

treinos no dia 29 de Agosto. A equipa de juvenis, conta com o treinador Bruno Cruz e inicia os treinos dia 1 de Setembro. Nos Iniciados continua o treinador Eurico Nunes e os treinos começam dia 5 de Setembro. No futebol de sete, a equipa de Infantis orientada por Carlos Boavida, inicia a preparação

dia 2 de Setembro. Os Benjamins que ainda não têm treinador definido, começam a preparação dia 14 de Setembro. A equipa de Petizes orientada por Carlos Gonçalves e os Traquinas orientados por Nuno Ganchinho iniciam a época dia 12 de Setembro.

A Associação de Patinagem de Setúbal, vai realizar no dia 3 de Setembro, os sorteios relativos aos Campeonatos Regionais de Juvenis, Iniciados e Infantis.No Campeonato Regional de Juvenis, vão participar, HC Grândola, HC Santiago, CN Setubal, GD Sesimbra, Seixal

FC, J. Azeitonense, CP Beja, CF Estremoz e GD Diana. No Campeonato Regional de Iniciados vão participar, HC Grândola, HC Santiago, HC Vasco da Gama, CN Setubalense, GD Sesimbra, GD Fabril, Seixal FC, Beja, Estremoz e Boliqueime. No Campeonato Regional

de Infantis, vão participar: HC Grândola, HC Santiago, HC Vasco da Gama, CN Setubalense, GD Sesimbra, GD Fabril, Seixal, J Azeitonense, Alcacerense, Estremoz, Diana, Externato São Filipe, Boliqueime e HC Portimão.

A. P. de Setúbal realiza sorteios dia 3 de Setembro

Hóquei - Campeonatos Regionais de Setúbal

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Clube Praia de Milfontes joga em Ferreira do Alentejo

Futebol - 1ª Divisão de Beja - 1ª Jornada

CP Milfontes reforçou-se em Sines e Santiago do Cacém

Tendo como objectivo lutar pelos primeiros lugares

Cruz de João Mendes inaugurou Polidesportivo

Um investimento de 70 mil euros

Tróia apurou jogadores para final nacional de golf

José Oliveira e Silva, João Girbal e Rodrigo Eusébio

A Junta de Freguesia de São Francisco da Serra inaugu-rou no dia 13 de Agosto, o Polidesportivo de Ar Livre da Cruz de João Mendes. O mais recente equipamen-to desportivo do concelho de Santiago do Cacém teve um investimento orçado em cerca de 70 mil euros, que contou com financiamento do Proder, através da Asso-ciação de Desenvolvimento do Litoral Alentejo (ADL) na ordem dos 42 mil euros. A Câmara Municipal de Santiago do Cacém atribuiu um apoio financeiro para os arranjos junto ao Polidespor-tivo na ordem dos 16 mil eu-ros. Esta candidatura resulta de uma parceria entre a Junta de Freguesia de São Francis-co da Serra, o Grupo Des-portivo e Recreativo de São Francisco da Serra e a Asso-ciação Jovem de Festas da Cruz de João Mendes. Pedro Gamito, Presidente da Junta de Freguesia de S. Francisco frisou que a partir de agora, “pretende-se envolver a po-pulação nas actividades que iremos desenvolver. Estará disponível à população e irá

funcionar como apoio às ac-tividades de enriquecimento curricular das crianças da Escola de 1.º ciclo da Cruz de João Mendes. Este um dos factores que valorizou a candidatura.”. Com a cons-trução deste equipamento foi também requalificado a sua zona envolvente, enri-quecendo o Bairro da Es-perança. Presente na inau-guração esteve o Presidente da Câmara Municipal, Vítor Proença, que na sua inter-venção elogiou a Junta de Freguesia de São Francisco da Serra, o Grupo Despor-tivo e Recreativo e a Asso-ciação Jovem de Festas da Cruz de João Mendes pelo empenho na concretização do Polidesportivo, “é um equipamento que demorou muito tempo para conse-guir o financiamento. Hoje é muito difícil conseguir meios para realizar obra. As autarquias locais atra-vessam um período difícil, no entanto, queremos fazer obra e estamos a fazê-las. Deixo os parabéns pela luta que a Junta de Freguesia e as colectividades envolvidas

tiveram para conseguir este financiamento. A Câmara Municipal associou-se por-que para além da construção do equipamento era impor-tante dar o enquadramento urbanístico deste espaço, que recordo, era só mato. Este é mais um exemplo de como vale a pena lutar.” A Vereadora com o Pelouro do Desporto, Margarida San-tos, mostrou grande satisfa-ção com a inauguração do polidesportivo por ser mais uma freguesia que passará a ter um espaço para a práti-ca desportiva “ é importante porque está próximo da po-pulação e das crianças. Vai estar acessível a todos com a vantagem de se poder prati-car várias modalidades. É o resultado do trabalho em par-ceria que mostra que com o esforço colectivo é possível proporcionarmos o melhor à população”. O polidesporti-vo está apetrechado para vá-rias modalidades entre elas: Futsal, Ténis, Basquetebol e Andebol. Terá um funcio-namento das 9 às 22 horas, mediante inscrições.

O CG de Tróia apurou os seus representantes para a Final Nacional do Circuito Allgarve Masters Series, a disputar no início de Outubro no percurso de Vila Sol. A equipa de Tróia será constituída por José Oliveira e Silva, João Girbal e Rodrigo Eusébio. O Circuito prossegue no

próximo sábado em Castro Marim, com o Torneio do Emigrante, um shotgun com cerca de 70 jogadores.O Allgarve Masters Series, organizado pela HoleIn One com o patrocínio do Turismo do Algarve, tem um calendário com torneios em todo o País, incluindo Açores e Madeira. A Final Nacional

em Vila Sol vai apurar as duas primeiras equipas da classificação final ‘net’, que serão depois convidadas pelo Turismo do Algarve para disputarem o Pro-Am do Portugal Masters, torneio do tour europeu a decorrer em Outubro no Oceânico Victoria em Vilamoura.

O Clube Praia de Milfontes iniciou no dia 20 de Agosto, a preparação com vista à participação no distrital de Beja da 1ª divisão, onde o objectivo é lutar pelo título distrital. Neste momento o plantel conta com 2e jogadores, e está completo.Plantel para a época 2011-2012. Guarda-redes: Pardal, Dino Ablum e Nuno Pinóia (ex. União de Santiago). Defesas: Bruno Candeias, Gilson Furtado, Filipe Mariano (ex. Vasco da Gama), Henrique Martins – (ex. Vasco da Gama), Filipe Ribeira, Richard

Santos, André Pato. Médios: Ricardo Oliveira (ex. Vasco da Gama), Pedro Cardita (ex. União de Santiago), Guilherme Bata, Rui Guerreiro, Daniel Sobral e João Luís, Paulo Romão (ex. União de Santiago), José Luís Brito (ex. Vasco da Gama), Valter Tairo, Vivaldo Candeias, Diogo Lino e Tiago Sobral. Equipa Técnica: Fernando Candeias – Treinador Principal, Sérgio Costa - Treinador Adjunto, Nuno Serralha - Treinador Adjunto e David Campos - Treinador Guarda-redes. Massagista: André Pastor.

O Milfontes já tem vários jogos de preparação agendados. No dia 27 de Agosto, a equipa orientada por Fernando Candeias recebeu o São Teotónio e venceu por 8-0. Dia 3 de Setembro, joga no Algarve a partir das 17 e 30 frente ao Silves. Dia 10 de Setembro, realiza um torneio particular em Vila Nova de Milfontes que conta com a participação do Lusitano de Vila Real e Estrela de Santo André. No dia 17 de Setembro, joga em Vila Nova de Santo André, frente ao Estrela.

A Associação de Futebol de Beja já realizou os sorteios relativos à época 2011-2012. Na 1ª jornada, da 1ª divisão, dia 25 de Setembro, vão jogar: Sporting de Cuba - São Marcos; Aldenovense – Serpa; Desportivo de Beja – Almodôvar; Ferreirense - Praia Milfontes; Odemirense – Vidigueira; Castrense – Panóias e Rosairense – Guadiana de Mértola.

Na 1ª jornada, da 2ª divisão, dia 1 de Outubro, vão jogar: Negrilhos - Cabeça Gorda; Piense –Barrancos; Renascente – Sanluizense; Ourique - Vale de Vargo; Bº Conceição-Messejanense e Amarelejense-Alvorada. Descansa o Sabóia Na 1ª eliminatória da Taça do Distrito de Beja em seniores, dia 15 de Janeiro de 2012, vão jogar: Praia de

Milfontes-Ourique; Panóias – Renascente; Amarelejense-Negrilhos; Bº Conceição-Guadiana; Aldenovense-Piense; Desportivo de Beja - Vidigueira; Castrense- Vale de Vargo; Rosairense - São Marcos e Ferrreirense-Alvorada. Isentos: Almodôvar, Odemirense, Cuba, Serpa, Cabeça Gorda, Sabóia e Messejanense.

Nuno Pinóia preferiu o Milfontes ao Vasco da Gama

Depois de ser anunciado pelo Vasco da Gama

Foto - C.P. Milfontes

Nuno Pinóia, guarda-redes que na última época representou o União de Santiago do Cacém, e que foi anunciado como reforço do Vasco da Gama de Sines, assinou contrato com o Clube Praia de Milfontes.Carlos Pereira, presidente do Vasco da Gama de Sines que tinha anunciado Nuno Pinóia como reforço do clube, afirmou durante a apresentação da equipa que, “Nuno Pinóia é um

grande guarda-redes, mas não tem palavra.” Segundo este responsável, “Nuno Pinóia foi contactado e aceitou a nossa proposta, depois sempre que falou comigo disse que podia contar com ele, há poucos dias liguei-lhe a informar a data do inicio dos treinos e ele uma vez mais afirmou que cá estaria. Nas várias conversas que tivemos nunca mostrou qualquer dúvida que vinha. Quatro dias antes

de iniciarmos os treinos mandou uma mensagem para um director a dizer que ia para o Milfontes. Nem teve a coragem de me ligar e falar comigo.” Tentámos um contacto com Nuno Pinóia para ouvir a sua posição em relação a esta questão, mas até ao fecho desta edição não foi possível. Na próxima edição vamos tentar publicar a posição do atleta que vai representar o Milfontes até ao final da época.

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8ª Prova de Mar “Baía de Sines” de novo uma grande festa da natação e do convívio

Uma organização do Clube de Natação do Litoral Alentejano

Numa organização do Clube de Natação do Litoral Alen-tejano, decorreu no dia 21 de Agosto, em Sines, a 8ª Prova de Mar Baía de Sines. Foi o regresso desta compe-tição desportiva após o inter-regno verificado em 2010. Alinharam um total de 104 atletas, no conjunto das três distâncias (400, 1000 e 2500m), em mais um dia de grande animação na Praia de Sines e depois na mega-sardinhada no Salão da Mú-sica. O CNLA marcou presença

na competição com 22 Atle-tas, num total de 104 nada-dores. A prova de 2500 metros, contou com algumas das maiores figuras nacionais em Águas Abertas, em espe-cial no sector masculino. A vitória absoluta coube a Duarte Mourão (Clube de Natação da Amadora), que cumpriu as duas voltas de 1250 metros a uma Baía de Sines com as águas anormal-mente agitadas em 29:42,95 minutos e consumou assim a sua segunda vitória na com-

petição, depois do triunfo obtido em 2006. Na segunda posição chegou Diogo Gaspar (SFUAP) e em 3º lugar ficou Mário Bo-nança (Sporting). Em femi-ninos, Leonor Neves (Spor-ting) confirmou o favoritis-mo e venceu destacada em 31:17,16. A 2ª posição foi para Ma-ria Marques (CNLA) - que assegurou assim um lugar cimeiro para os atletas “da casa” - e o 3º posto foi para Ana Carolina Gomes (Clube de Natação do Cartaxo). Tanto em masculinos como em femininos, os três pri-meiros classificados abso-lutos receberam cheques no valor de 150, 100 e 50 euros, respectivamente. Classificações dos atletas

do CNLA: Masculinos - 8º David Gorgulho, 9º Rogério Tavares, 10º Paulo Janeiro, 12º Rodrigo Costa, 15º Gil Gonçalves, 29º Rudi Sacra-mento; Femininos - 2ª Maria Marques, 5ª Andreia Lopes, 7ª Débora Patrocínio, 10ª Isabel Cansado. Na prova de 1000 metros, a vitória na classificação ab-soluta foi para Bruno Ruas, em 15:02.93, seguido de Ivo Margarido e David Maia. Em femininos, vitória para

Júlia Mallen, com a 2ª posi-ção a caber a Joana Guerra e o 3º posto a Ana Catarina Mateus. Para além desta última, des-taque para a presença de outros atletas do CNLA em prova: Rui Brito, Rui Ribei-ro, Daniel Pereira e Mariana Guerreiro, todos eles com uma boa prestação nas frias águas da baía de Sines. Nos 400 metros, o triunfo foi de Guilherme Rosa, se-guido de Jaime Costa e Gon-çalo Pereira. Em femininos, vitória para Daniela Pinela, com Ana Rita Boavista e Ana Cata-rina Boavista nos lugares imediatos. Destaque para o 2º e 3º lu-gar, tanto em masculinos como em femininos, a ser

ocupado por ex-atletas do CNLA que não quiseram perder a oportunidade de “matar o bicho”. De realçar ainda as presen-ças em prova de outros ex-nadadores do clube, como Tiago Telo, Rafael Torpes e Mónica Ferro e de actuais atletas: Nélson Malheiros, Íris Rola, Nicole Fernan-des, André Bôto, Ruben Aljustrel, Daniel Aljustrel e Orlando Delgado (que fez a sua estreia em provas).

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inauguração da Feira de Agosto, falou o Secretário Adjunto do Primeiro-mi-nistro, Engenheiro Carlos Moedas, um ilustre Baixo Alentejano que orientou o seu discurso em duas fases distintas. A primeira, foi a do “seu” Alentejo, falando das suas próprias memórias para significar as razões de que se os alentejanos se revestiam na sua luta pela sobrevivência.Começou por dizer “da sua emoção por estar na costa alentejana, que faz parte

da sua juventude”, lem-brando que “(…) durante os primeiros anos de minha vida passei largas temporadas entre a Zam-bujeira do Mar, Odeceixe, Vila Nova de Milfontes e a Praia da Comporta. Lembro-me dos pescado-res, das lotas, do cheiro a eucalipto e, de um sem fim de imagens (…)”.Lembro-me também, nessa juventude, das conversas que ouvia e em que parti-cipava, sobre o desenvolvi-mento do nosso Alentejo.

No Alentejo,depois de terem

vaticinado

a sua extinção,a sua reivenção

económica

Depois de tantos terem vaticinado a extinção eco-nómica do Alentejo, tanto do interior, como do lito-ral e de terem condenado a Região à desertificação, é com grande agrado que, eu, como Alentejano e como Português, posso tes-temunhar o notável esforço de reinvenção económica que aqui está a acontecer,

neste belo e sereno espaço do nosso País.

A Feira inscreve-senas grandes tarefasde transformaçãoda nossa economia

Esta Feira do Turismo e Ambiente do Litoral Alen-tejano é um exemplo digno de ser seguido, na medida em que se inscreve perfei-tamente nas grandes tare-fas de transformação da nossa economia e da nossa sociedade.Aqui, respira-se empreen-dedorismo. Aqui vemos o Estado e os Organismos Estatais a actuar com

mentalidade e agilidade empresarial. Aqui, as pes-soas desta Região, respon-dem ao desafio da inter-nacionalização da nossa economia.De frente para o Atlân-tico, a Feira do Turismo e Ambiente do Litoral Alen-tejano e os agentes nela envolvidos, têm a missão crucial de expandir os mercados portugueses no mundo.Como sabem, o Turismo é hoje e, uma das maiores indústrias mundiais, quer em termos valor acrescen-tado, quer em termos de criação de emprego.Desde que alicerçado em estratégias de sustentabi-lidade, o turismo abre a porta da prosperidade a Regiões como esta, ape-lando à criatividade das pessoas que estão envol-vidas nesta actividade e noutras que dela decorrem (…).”

“ (...) o Turismo no Lito-ral Alentejano constitui um destino de férias para muita gente que recente-mente descobriu as bele-zas destes olivais, destas serras, destas falésias e deste mar.

Uma ironia da história?

Será uma interessante ironia da história do nosso País que, no momento em que a economia portuguesa precisa de locomotivas de crescimento, esse estímulo venha de uma das regiões que muitos se habituaram a ver como economica-

mente perdida. E, todos os Alentejanos devem estar empenhados em consumar essa ironia e experimentar um merecido sentimento de orgulho.Falei-lhes de crescimento e de desenvolvimento, mas não preciso de vos dizer que a economia portu-guesa está a atravessar dificuldades que não se dissipam com um estalar de dedos (…).”

O Memorando de Entendimentofoi referido na

Feira de Agosto

Carlos Moedas não se furtou em falar da actual realidade política, esclarecendo que a “vinculação do Governo ao cumprimento escrupuloso do Memorando de Enten-dimento”, salientando as “responsabilidades espe-cíficas” que ele próprio tem no Executivo relativas a essa matéria, dizendo que é a ele que “cabe coordenar a equipa que monitorizará até ao final a observância rigorosa e atempada do que consta no programa de assistência económica e financeira. Faz parte das suas obrigações “procurar sempre esclare-cer os meus interlocutores nacionais e internacionais, acerca de tudo o que diz respeito ao ‘Memorando”, disse.As Reformas Estruturais também foram referidas, sobretudo, diria “porque sabemos que sem essas Reformas Estruturais, todos os sacrifícios que estão a ser feitos seriam em vão”. A tudo que enumerou, voltou a sublinhar a indús-tria do turismo, reforçando a sua convicção de que “as estratégias de sustentabi-lidade do turismo como actividade económica, obrigam a uma relação sã com o ambiente e com o meio natural envolvente”, certo de que, “só com uma reforma profunda da nossa economia e do Estado é que poderemos lançar as bases de um novo ciclo de prosperidade. Temos que nos preparar para o crescimento, e é isso que o Governo está a fazer desde que tomou posse”, sublinhou.O discurso do Governante - que decorreu em dois tempos – o das suas próprias memó-rias enquanto Baixo-Alen-tejano, e o do Político - foi claro e sem ambiguidades. Mereceu muitas palmas.

Carlos Moedas, orien-tou o seu discurso em duas fases distintas. A primeira, a do “seu” Alentejo”, para sig-nificar as razões com que os alentejanos se revestiam na sua luta pela sobrevi-vência. A segunda, a do seu desempenho no “Memorando de Entendimento”.

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Verissimo Dias

Lusco-FuscoO dedo do orangotangoFrei Tomé e o seu orango-tango, Judas, moravam numa choupana, perto da curva do Grande Rio, ladeada por ciprestes. Mais longe medra-vam tílias, muito verdes, muito cheirosas. Entre o arvoredo e a choupana, uma sebe viva feita de cedros bem

podados cercava, primeiro, um pomar de macieiras, depois um jardim onde arran-jos de flores desenhavam crucifixos na relva, e a seguir uma açoteia frondosa cheia de trepadeiras aonde se podia ir apanhar fresco e sombra. Do outro lado eram o forno, a estrebaria, o lagar e os celei-ros. À volta, cresciam flores silvestres que Tomé, amiúde, regava, e nas quais o oran-gotango gostava de dormir sestas.Uma noite, Tomé acordou e à luz da lua que entrava pela janela avistou uma espécie de vulto que se movia com a desmaiada aparência de uma coruja. Aproximou-se do frade e balbuciou-lhe quase sem abrir o bico: «Alegra-te, ó monge, porque o teu orangotango te fará milionário!»Passou-se entretanto muito tempo sem que nada de especial acontecesse. Tomé esqueceu a aparição. Corre-ram mais anos; alguns vizi-nhos do monge visitavam-no com frequência, comiam ali pão, dormiam na choupana, colhiam maçãs; os poços estavam cheios de água; e os abelharucos faziam ninhos nos despenhadeiros em redor. Vivia-se em paz.E foi nesses tempos de con-córdia e mel que o diabo, embrulhado numa peliça de leopardo, visitou Frei Tomé e o orangotango, que descan-savam à sombra de uma tília. Disse:— Não sou tão ruim como me pintam, Tomé; de tempos a tempos venho à Terra, exe-cuto uma acção boa, efectuo um milagre ou um prodígio. Pede-me o que quiseres, tê-lo-ás!— Arrenego-te Satanás! — disse o monge, fazendo figas, ao mesmo tempo que o orangotango rangia a den-tuça. — Nada quero de ti. Arrenego-te!

— Muito bem. — respondeu o diabo, antes de partir. Como tu não queres, de hoje em diante confiro ao teu bichano um poder sobrenatural: aquilo que ele tocar com o polegar direito converter-se-á em ouro. Adeus! Dois dias volvidos, Tomé e orangotango foram à vila. A primeira pessoa que lhes apa-receu foi o Alcaide-Mor que pediu a bênção e, receben-do-a, desatou a lamuriar.— Tempos difíceis, Frei Tomé. A comarca central manda cada vez menos dinheiro, os juros da dívida crescem, e crescem, e cres-cem; não sei aonde iremos parar! O monge recordou-se naquele instante do diabo e perguntou ao Alcaide:— Como vai de ouro? — Três quartos das reservas estão gastos, infelizmente. É uma pena não haver mais.— Judas, toca neste ladrilho! O orangotango obedeceu e a pedra converteu-se ime-diatamente em ouro. «Podes levar. É a minha ajuda à comunidade, perdão, a ajuda de Deus!» — disse Tomé, desejando que o diabo não levasse a mal a piedosa mentira. «Obrigado, Deus te pague. Mas é tão pouco!» — lamentou-se o Alcaide. — Judas, toca naquele leão de pedra! E naquela águia. E naquele paquiderme!De novo, o orangotango obedeceu e o grande leão de pedra converteu-se instanta-neamente em ouro maciço. Depois, a águia de mármore luziu douradamente. Por fim, resplandeceu em ouro puro o paquiderme. «Podes juntar os três ao ladrilho. É a minha ajuda à comunidade, perdão, a ajuda de Deus!» — acres-centou, plácido, Tomé. «Obri-gado, Deus te dê muita saúde. Mas é ainda tão pouco!» — lastimou-se o Alcaide. «Vem logo jantar comigo, e trás o orango!»Depois da refeição bem comida, bem regada, pas-saram à sala de sessões da Edilidade, um espaço amplo que, por ordem do Alcaide, se esvaziou de cadeiras durante a tarde e se encheu de pedregulhos colossais. Judas, mandado por Tomé, exerceu o mister prodigioso do seu polegar direito: e toda a sala se atulhou em ouro puro!Sob o brilho do metal dou-rado, o Alcaide, cujos olhos soltavam uma cintilação enigmática, choramingou que ainda era pouco e Tomé disse: «Esse ouro paga de longe toda a dívida da vila e ainda te permite investir muitíssimo em benfeitorias e cultura. Que mais queres?» — Quero o dedo de Judas! Quero o dedo do orango! Já! — berrou o Alcaide, enquanto sacava o revólver e o engati-lhava.

Histórias do Ciclismo III

Manuel dos Santos

Recordar é Viver

Porque não facilitaram – Russo do Botik voltou a ser favorito

Dezoito equipas e cento e quarenta ciclistas voltaram às estradas, depois da “Alen-tejana”, para uma prova bem dura. A 19.ª Edição do grande Prémio Jornal de Noticias, integrada no calen-dário da UCI, que foi dispu-tada em cinco etapas com pontes fortes a recaírem no curto contra-relógio da 4.ª etapa em Macedo de Cava-leiros e na derradeira tirada, em que os ciclistas subiram a Senhora da Graça.Com o Once fora da cor-rida, foi quem ditou leis na “Alentejana”, com três dos seus corredores nos primei-ros lugares preparando-se para o Tour, previa-se despi-que aceso entre os italianos da Bastik e os espanhóis dos Café Toscaf . Em primeiro, o russo Eugeni Bersin voltou a ser apontado como favorito.

Triunfou em Giro, em 1964, tendo sido, na “Alentejana”, a sua estreia em Portugal, onde acabou por ter ficado um pouco abaixo das suas credenciais, ao passo que no segundo lugar, o portu-guês Vítor Gamito – 4.º na prova “Alentejana” – esteve bem acompanhado pelo espanhol Francisco Cerezo, já vencedor do “Journal de Notícias”. Por outro lado, em 1994, Nícola Minali, o “sprinter” italiano da Batik - outro nome a ter em conta - e que uma semana depois tinha ganho a primeira etapa na “Alentejana” três dias depois, em Reguengos. Quando Vítor Gamito admi-tia que acusava algum can-saço, os consecutivos quar-tos lugares na Volta a Valên-cia-Semana Catalã, Volta a Aragão e, Volta ao Alentejo,

foram um bom estímulo, até porque, depois desta Prova foi descansar cerca de mês e meio, voltando à compe-tição em Junho, à Volta da Catalunha e, depois, vindo ainda a triunfar na “Journal de Notícias” , em 1993.Nestes duelos de equipas – e de corredores – mereceram igualmente destaque, a pres-tação da equipa Maia/ein, com três pesos pesados nas suas viseiras: Paulo Ferreira, Cândido, Barbosa e José Azevedo, que admitiram que poderiam discutir a vitó-ria no “Journal de Notícias”. A grande incógnita seria a Recer/Boavista, muito dis-creta. No Alentejo foi quinta na classificação por equi-pas mas, teve no “sprint”, o lituano Sarkaviskas, a sua figura mais em evidên-cia, (foi décimo, com uma vitória na segunda etapa) e já havia ganho, anterior-mente, o Grande Prémio de

Portugal Telecom. Delmiro Pereira e Quintin Rodri-gues não estiveram à altura, esperando-se agora que num terreno menos propício a roladores, possam brilhar um pouco mais.Finalmente, a “Alumínios” - com o seu chefe de fila - e, Joaquim Gomes, também estiveram apagados.

Santiago do Cacém. Apetece-me.

CIN chega a Santiago do CacémA CIN, marca líder no sector de tintas e verni-zes, acaba de inaugurar uma nova loja em San-tiago do Cacém., na ZIL - Zona Industrial Ligeira,

Activades Mistas - lote 12, loja B.Com esta abertura, a marca alarga a sua rede comercial e dá mais um passo no sentido da apro-ximação ao consumidor final, que pode encontrar neste espaço um atendi-mento eficaz e persona-

lizado, com toda a quali-dade e garantia CIN, bem como os mais modernos e inovadores produtos e soluções da marca. Para dar a conhecer a

nova loja aos habitantes da localidade, a CIN irá desenvolver uma forte campanha de comuni-cação sob o mote “San-tiago do Cacém. CIN. Apetece-me”. Esta campanha dá, assim, continuidade à linha de comunicação recente-

mente implementada e, para além dos outdo-ors que estarão no ar até Outubro, a marca reali-zará acções de rua que prometem tornar a cidade

muito mais colorida. Uma destas acções pas-sará pela distribuição de flyers pendurantes em cerca de 27 mil casas. E para festejar com os consumidores a inau-guração da nova loja, a CIN irá oferecer, entre 27 de Agosto e 10 de

Setembro, 50% de des-conto em tintas e ver-nizes (esta promoção é válida apenas na nova loja CIN de Santiago do Cacém e é exclusiva

para compras a pronto pagamento).Com esta inauguração, a CIN passa a contar com 64 lojas próprias de Norte a Sul do País e ilhas, um número consistente com a sua posição de liderança no mercado de tintas e vernizes.

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Inauguração do Museu de Arte Sacra de Grândola“Uma viagem à memória colectiva e às raízes profundamente cristãs das comunidades Grandolenses, desde a sua génese até à actualidade” num total de 100 peças, sobretudo pinturas e obras de artes decorativas realizadas entre os séculos XV e XX, constituem a exposição permanente que abriu as portas do Museu de Arte Sacra de Grândola.

No passado dia 23 de Agosto de 2011, realizou-se a inauguração do Museu de Arte Sacra de Grândola. A cerimónia iniciou-se pelas 19h00, com uma sessão no belíssimo Cine-Teatro Grandolense que benefi-ciou recentemente de obras de restauro, em que parti-ciparam D. António Vita-lino, Bispo de Beja; Dr. Carlos Beato - Presidente da Câmara Municipal de Grândola, que entre outras referências, não deixou passar a oportunidade de lembrar aos presentes que, fora ali, naquele espaço, que Zeca Afonso compôs a Grândola-Vila Morena”; o Professor José Antó-nio Falcão, Director do Departamento do Patri-mónio Histórico e Artístico da Diocese de Beja e, o Sr. Padre Manuel António do Rosário, Pároco de Grân-dola.Refira-se que as autoridades com assento na mesa, todas elas usaram da palavra, nomeadamente manifes-tando o seu agradecimento para com todos os presentes que encheram por completo o recinto, de que destacamos excertos do discurso do Sr.

Pe. Manuel António do Rosário, Pároco de Grân-dola, porque se ocupou do todo da instalação da colec-ção no Museu de Arte Sacra, que começou p0oe desta-car que: “ A instalação de

uma colecção permanente com peças de Grândola, Santa Margarida da Serra e Lousal na Igreja de S. Sebastião, Museu de Arte Sacra, coroa o esforço feito aquando da Exposição Locus Jacobi, tal como tive ocasião de referir no dia 5 de Fevereiro e concretiza um sonho, que Deus quer e que, por isso, se torna hoje realidade”, referindo-se de seguida ao dia daquela inau-guração, afirmando:

O despertar da memória colectivaÉ um valor crucial

nestes tempos que correm.

Um povo sem memória,

não tem futuro

“Este dia é também de grande importância porque nos permitirá conhecer visualizando, através de uma viagem à nossa memória colectiva, as raízes profundamente cristãs das nossas comuni-dades, desde a sua génese até à actualidade, reflec-tidas em arte que louva

a Deus e eleva o espírito humano Para o belo e para o trans-cendente.O despertar da memória colectiva parece-me ser, aliás, um valor crucial

nestes tempos que correm, pois, um povo sem memó-ria, não tem futuro, é órfão de uma identidade própria e, por isso, deixar-se-á facilmente diluir por apa-rências de modernidade e desenvolvimento, e pelo imediatismo queAmeaça deixar-nos mais superficiais, materialistas e pobres.Mas este dia, atrevo-me também a dizer, respon-sabiliza-nos a todos na preservação, valorização e segurança deste patrimó-nio. De facto, são muitas as ameaças que pairam hoje sobre ele, oriundas

de diferentes campos, e a tentação de o esconder em vez de o mostrar é muito grande, como compreen-derão. Hesitámos, pois, sobre o que fazer, mas optámos por aquilo que nos pareceu mais correcto e benéfico para todos.Contaremos com o vosso apoio e o vosso empenho”.

O momento dos agradecimentos

A finalizar, o Padre Manuel António do Rosário, disse que aquele era o momento adequado para agradecer os apoios que “Tivemos ao longo de todo o processo. A primeira palavra deve ser dirigida ao Senhor Presi-

dente da Câmara Muni-cipal, Dr. Carlos Beato, apoiante entusiasta desde a primeira hora. Mas não gostaria de omitir aqui o papel dos Senhores Vere-adores, nomeadamente da Senhora Vereadora Graça Nunes, dos técnicos e dos funcionários do Municí-pio, e permitam-me salien-tar a Eng. Paula Brito, a Dr.ª Isabel Revez, a Dr.ª Célia Costa, o Dr. Jorge Rodrigues e as equipas por eles chefiadas. Quero ainda salientar e agrade-cer ao Senhor Libânio, ao Senhor Arnaldo e aos tra-balhadores do Município que foram imprescindíveis neste projecto.Uma palavra deve ser diri-

gida à Sapec e quero fazê-lo na pessoa do Dr. Antoine Velge, a quem devemos a doação da Igreja do Lousal à Paróquia de Azi-nheira dos Barros-Lousal, recordada no passado dia 31 de Julho, e o emprés-timo da magnífica pintura de S. Jorge combatendo o dragão, Escolhida para motivo desta Exposição.Quero agradecer ainda ao Senhor Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Grândola, pela cedência da custódia que passará a integrar esta Exposição, embora não seja possí-vel visualizá-la hoje. Em breve será possível”, diria, para concluir: “O esforço em prol do património de Grândola, porém, não ter-minou, deixo-vos, por isso, um apelo. Depois do res-tauro integral da Capela das Almas e de um con-junto de estatuária, que ainda não nos foi entre-gue na totalidade, é nosso desejo prosseguir o res-tauro do telhado da Matriz e dos demais quatro alta-res. Para o efeito, já con-sultámos quatro empresas da especialidade, devendo agora passar à fase do estudo das propostas e da decisão sobre as mesmas. A vossa ajuda, amigos, é essencial para prosseguir-mos este projecto, uma vez que, a Paróquia, por si própria, não tem capa-cidade, e só o vosso apoio permitiu que tivéssemos investido até ao momento na salvaguarda e valori-zação do nosso património cerca de150 mil euros.Deixou uma palavra sobre o apoio sentido, por parte Bispo, D. António Vitalino Dantas e, sobretudo, do Departamento do Patrimó-nio Histórico e Artístico da Diocese de Beja, na pessoa

dos meus amigos e amigos de Grândola”.

Diocese de Beja homenageou

o Dr. Herman Reidl

A finalizar a sessão solene, a Diocese de Beja, na pessoa de seu Director do Património Histórico e Artístico, procedeu à entrega da Património His-tórico e Artístico “Cruz de S. Siso”, ao Dr. Herman Reidl, Director dos Museus da Diocese de Rastisbona, na Baviera (Alemanha), que é perito da Santa Sé para o património e é um dos maiores especialistas a nível da Europa, nesta área. A ele se deve em grande parte a Exposição “Rosa Mystica”, dedicada a nossa Senhora, que teve lugar na Alemanha, na primeira década deste século, e que teve como imagem principal, a imagem de Nossa Senhora da Con-ceição, em terracota, que se encontra no Museu de Arte Sacra. “A Condeco-ração”, conforme sublinhou José António Falcão, “ foi atribuída pelo excelente trabalho em prol do patri-mónio e da cultura.”

Património diversificado

com peças únicas

Segundo ainda José Antó-nio Falcão, o Concelho de Grândola “é dos mais ricos em arte sacra do Baixo Alentejo”, pelo seu acervo ser “muito diversificado e com peças únicas”.Na exposição permanente do Museu de Arte Sacra, os visitantes vão poder apreciar uma selecção de 100 obras cuja história está muito ligada à da própria comuni-dade local.

Aliette [email protected]

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Jogo de futebol fortalece as relações entre Tamera e RelíquiasNo dia 7 de Agosto, domingo, Relíquias foi sede de um verdadeiro Mundial de Futebol.Jogadores da Colômbia, Brasil, México, Alemanha e Quénia misturaram-se aos

portugueses durante a partida entre a equipa de futebol de Relíquias e a do “Campus Global” de Tamera.Atrás das grades do campo, em barrancos transformados em arquibancadas, um grupo igualmente diverso de apoiantes transformou o lugar num estádio, com os gritos de “Campus Global! Campus Global!” intercalados com canções em hebraico e saudações em espanhol.A partida faz parte de uma série de eventos programados para o mês de Agosto, nas Festas em honra de Nossa Senhora de Relíquias, nas quais Tamera terá grande participação.Até ao final do mês, também teremos o grupo coral de

Tamera a cantar na igreja de Relíquias, três sessões de cinema em Português ao ar livre no adro da igreja e uma apresentação da banda brasileira Poesia Samba Soul, cujos integrantes fazem parte do Campus Global.“Percebemos a necessidade de aproximar as duas comunidades, a de

Tamera e a de Relíquias, principalmente pela falta de opções de actividades culturais disponíveis”, diz Fátima Teixeira, uma das representantes de Tamera na organização destes eventos.

Alguns dos eventos agora programados para o mês de Agosto resultam das

actividades culturais mensais que Tamera tem vindo a

prôpor às várias entidades de Relíquias, nomeadamente a Casa do Povo de Relíquias, a junta de freguesia e o Grupo Desportivo e Recreativo de Relíquias, desde Abril deste ano e que estão agora a dar os melhores resultados.De acordo com o presidente da freguesia de Relíquias, Idálio Gonçalves, a integração de culturas

proporcionada por estes encontros tem sido bem-vinda pelos portugueses.“No início, ter estrangeiros entre nós pode ter causado uma certa estranheza, mas observo que a população se

revelou desde o princípio muito receptiva”, ele diz, “Esperamos que a nossa

relação com Tamera se torne cada vez mais próxima e cooperante”.Por sua vez o director do Grupo Desportivo e Recreativo de Relíquias, Sandro Silva, diz “A participação dos moradores de Relíquias nestes eventos é cada vez maior. Eu sinto que há muito a ser aprendido com essa integração”.O Campus Global é um curso de seis semanas que está a decorrer em Tamera, com participantes vindos de áreas de crise em todo o mundo, dedicado a encontrar soluções para problemas globais.Entre as casas caiadas de branco e a típica paisagem alentejana de Relíquias, a presença destes visitantes era uma figura não apenas inusitada, mas também muito bela. Durante algumas horas, Relíquias foi uma espécie de palco da actual situação mundial, com representantes de diversas

culturas, nacionalidades e movimentos sociais. A diversidade cultural fez-se notar, também, pelo interessante jogo de futebol. A dificuldade de comunicação rendeu algumas situações

pitorescas, como tradutores tendo que ser convocados ao meio do campo para

resolver um impasse entre jogadores.O resultado foi que as duas equipas do Campus Global acabaram por perder os dois jogos, e a final foi disputada entre as duas equipas de Relíquias. A torcida de Tamera, no entanto, mal se deixou abalar. Ficou claro que futebol era a última das razões para estarem ali: o mais importante era a celebração de todas as uniões inesperadas, tornadas possíveis por pessoas de boas intenções e mente aberta. A um olhar mais atento, podia ver-se ecos de um mundo novo a permear aquela ensolarada tarde de domingo.

Talita Soares, estudante em Tamera (talita.valle@hotmail.

com)

S. Martinho das Amoreiras em festa

entre 2 e 4 de Setembro

A aldeia de S. Martinho das Amoreiras, sede de freguesia com o mesmo nome no interior do concelho de Odemira, vai estar em festa entre os dias 2 e 4 de Setembro. Ceri-mónias religiosas, espectáculos com artistas populares, música tradicional e bailes compõem o cartaz.As festas, este ano alusivas aos 500 anos da reorganização do território da freguesia e da Igreja Matriz, são promovi-das pela Associação Cultural e Desportiva de S. Martinho das Amoreiras, com o apoio da Junta de Freguesia local, Município de Odemira, Bombeiros Voluntários de Ode-mira, GNR de Colos e Casa do Povo de S. Martinho das Amoreiras.

No dia 2 de Setembro, sexta-feira, as festas terão início pelas 16 horas, com uma sessão solene onde será abordada a temática dos 500 anos da reorganização do território da freguesia e da Igreja Matriz, pelas 19 horas terá lugar a procissão pelas ruas da aldeia e celebrações religiosas na Igreja Matriz. Para a noite está agendado um espectáculo com o grupo de Musica popular “Cantigas na Eira” e baile com José e Vítor Guerreiro.No dia 3, sábado, pelas 14 horas, sobem ao palco o Grupo Musical Amoreirense, o Grupo de Dança Vis à Vis e o Grupo Etnográfico de Danças e Cantares Planície Alen-tejana, para as 17.30 horas está agendada uma Tourada Alentejana. Para as 23.30 horas está reservada a actuação do Grupo Musica Popular Nova Aurora, seguida de espec-táculo com a artista Tucha. O baile vai continuar pela noite dentro com Rita Melo.

Para o último dia, domingo, está agendada uma Tarde Cul-tural, com a actuação de acordeonistas da região e encon-tro de poetas populares. Em palco estarão também o Grupo Vozes Femininas de Amoreiras-Gare, Violas Campaniças de Corte Malhão, Rancho Folclórico Santa Catarina de Fonte do Bispo e o Grupo Coral e Instrumental Novos Ventos da Casa do Povo de Ferreira do Alentejo. Durante os três dias estarão patentes ao público exposi-ções de artesanato no edifício junto ao recinto de festas.

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Crónicas de Lisboa

*[email protected]

CarneiroHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31

Carta Dominante: 4 de Copas, que significa desânimo.Amor: Lute pelos objectivos que pretende atingir. Dê mais importância ao presente, esqueça as situações negativas do seu passado.

Saúde: Período calmo, sem preocupações.Dinheiro: Seja prudente nos seus gastos.

Números da Sorte: 1, 18, 22, 40, 44, 49Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.

TouroHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 32Carta Dominante: 10 de Paus, que significa Sucessos Temporários.Amor: O seu poder de atracção vai abalar muitos corações. Encare a vida de uma forma optimista e verá que tudo corre melhor!Saúde: Prováveis dores de dentes.Dinheiro: Não gaste aquilo que tem e o que não tem!Números da Sorte: 3, 11, 19, 25, 29, 30Pensamento positivo: Estou atento a tudo o que se passa à minha volta.

GémeosHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 33

Carta Dominante: A Temperança, que significa Equilíbrio.Amor: Não espere que o amor vá ter consigo, procure ser você a distribuir amor pelas pessoas que o rodeiam. Que o seu sorriso ilumine

todos em seu redor!Saúde: Não esteja à espera de se sentir mal para ir ao médico, faça um exame completo.

Dinheiro: fase favorável para pedidos de empréstimo, mas seja prudente.Números da Sorte: 19, 26, 30, 32, 36, 39

Pensamento positivo: Eu tenho Fé para ultrapassar todos os momentos.

CaranguejoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 34Carta Dominante: Rainha de Espadas, que significa Melancolia.Amor: Para gostarmos dos outros temos que primeiro saber gostar de nós próprios. Saúde: Procure com mais regularidade o seu médico de família.Dinheiro: Este é um período favorável para fazer algumas renovações no seu guarda-roupa.Números da Sorte: 5, 9, 17, 33, 42, 47Pensamento positivo: Tenho cuidado com o que digo e com o que faço para não magoar as pessoas que amo.

LeãoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 35

Carta Dominante: Rainha de Paus, que significa Poder Material.Amor: Deixe o orgulho de lado e dê o braço a torcer, pois não tem razão para ter ciúmes!

Saúde: Recomenda-se repouso e relaxamento.Dinheiro: Este é um período favorável.

Números da Sorte: 8, 9, 22, 31, 44, 49Pensamento positivo: Eu sei que mereço ser feliz.

Virgem Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 36Carta Dominante: 8 de Ouros, que significa Esforço Pessoal.Amor: Dê um pouco mais de atenção às pessoas mais velhas da sua família, verá que ainda aprenderá muito com elas.Saúde: Não tente ser mais forte do que realmente é, para não vir a sofrer fisicamente com isso.Dinheiro: Tente poupar um pouco mais, pois avizinham-se períodos menos favoráveis.Números da Sorte: 2, 8, 11, 28, 40, 42Pensamento positivo: Dedico-me às pessoas que amo.

Balança Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 37

Carta Dominante: O Diabo, que significa Energias Negativas.Amor: Dê mais atenção à sua família.

Saúde: Cuidado com os excessos alimentares.Dinheiro: Possível aumento do seu rendimento mensal, que poderá estar relacionado com uma promoção no seu local de trabalho.

Números da Sorte: 7, 19, 23, 42, 43, 48Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.

EscorpiãoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 38Carta Dominante: 10 de Espadas, que significa Tristeza.Amor: Procure ser justo com as pessoas que mais ama.Saúde: Poderá andar um pouco indisposto, consulte o seu médico.Dinheiro: Andará mais responsável nos seus gastos.Números da Sorte: 2, 4, 22, 36, 47, 48Pensamento positivo: Vivo cada momento com felicidade.

SagitárioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 39

Carta Dominante: 3 de Ouros, que significa Poder.Amor: Há tendência para uma melhoria afectiva neste período.

Saúde: Não surgirão surpresas nesta área.Dinheiro: Trabalhe com mais afinco para atingir os seus fins.

Números da Sorte: 3, 24, 29, 33, 38, 40Pensamento positivo: A alma não tem idade, jamais envelhece!

CapricórnioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 40Carta Dominante: 2 de Espadas, que significa Falsidade.Amor: Seja prudente na forma como fala com a sua cara-metade.Saúde: Esteja atento para evitar quedas.Dinheiro: Pense bem, tenha cuidado para não se endividar.Números da Sorte: 4, 11, 17, 19, 25, 29Pensamento positivo: Procuro manter-me sereno e ouvir a voz de Deus!

AquárioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 41

Carta Dominante: O Sol, que significa Sucesso.Amor: Deixe que o seu coração fale mais alto do que a razão, e não se arrependerá.

Saúde: Faça exercício físico ao ar livre.Dinheiro: A estabilidade reina nas suas economias.

Números da Sorte: 5, 17, 22, 33, 45, 49Pensamento positivo: O meu coração está disponível para o Amor.

PeixesHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 42Carta Dominante: 6 de Espadas, que significa Viagem Inesperada.Amor: O Cupido poderá invadir o seu coração, esteja à espreita.Saúde: Nada o preocupará.Dinheiro: Tenha cautela, não gaste de mais.Números da Sorte: 2, 8, 11, 25, 29, 33Pensamento positivo: Eu venço os meus medos!

Os acontecimentos na Noruega e em Inglaterra, o que há em comum neles?Se o monstro dos atentados na Noruega tiver visto os actos de violência que cor-reram em várias cidades da Inglaterra, estará “cheio de orgulho” na ideologia que expressou no seu manifesto. Nele e nos actos que perpe-trou, o monstro quis chamar

a atenção para os problemas que o ocidente atravessa e que os políticos fingem não ver. Aliás, os princi-pais líderes políticos da Europa têm reconhecido o falhanço das políticas de integração das minorias e dos imigrantes, pelo que o multiculturalismo na Europa é uma utopia, pois o que vemos são bairros ou cidades “satélites” das grandes metrópoles, mas cada uma da sua naciona-lidade, cultura e religião e que são autênticos barris de pólvora prontas a explodir socialmente. Parece assim, haver algo em comum entre estes dois terríveis acontecimentos, porque ambos revelam que as sociedades ociden-tais estão doentes, sendo os agentes uma franja da juventude multicultural, deseducada, brutalizada, que não se revê nas ins-tituições e nos valores da sociedade, mas desta exige os subsídios, em troca duma “passividade aparente” e as autorida-des, mais preocupadas em “dar-lhes o peixe do que a ensiná-los a pescar”, isto é, a dar-lhes benefícios, para os manter anestesiados, mas estes, sempre insatisfeitos, estão prontos a explodir, se estes lhe são cortados. Vivem assim nas margens (guetos) da “sociedade rica” e acabam por ser vítimas duma cultura de consu-mismo desenfreado, dum bombardeamento publicitá-rio que promove certos bens e símbolos de “status” e de

que eles são excluídos. Por isso, atacam, com violência, destruindo e incendiando centenas de lojas e casas de habitação, invocando um sentimento de revolta e de frustração. Nas sociedades plurais, estes actos de violência, têm sempre duas leituras (da direita vs esquerda), mas este não é um problema apenas de pobreza ou desi-gualdades (os agitadores provêm de classe sociais e raças diversas), mas duma cultura de violência e de falta de respeito pelos outros e pela autoridade porque pensam que o mundo lhes deve tudo e que os seus direitos ultra-passam as suas responsa-bilidades e os seus deveres. Mas será que aquilo que se passou em diversas cidades inglesas merece desculpa por parte da esquerda, sempre muito complexada e esquecendo-se que os direitos conquistam-se pelo empenho pessoal e colectivo e não por reivindicações violentas? O que as chocan-tes imagens nos mostraram foram crimes urbanos e não de protesto. Nesta divisão de leituras, torna-se mais difícil resolver estes problemas, pois os políticos ficarão sempre divididos e os gover-nantes fragilizados na sua acção. Tal como cá e não apenas os jovens, têm sempre na polícia o bode expia-tório, tal o ódio que lhe têm e esta acaba por ser o “fiambre da sanduiche”, entalada entre o poder (político e da imprensa que denuncia abusos, mas também tem atitudes que a fragilizam) e os delin-quentes e desobedientes, pelo que estes sentem a impunidade para come-terem os crimes. Por que razão a polícia não tem elementos de outras raças nas suas equipas que dimi-nuiria esta acusação? E nas democracias, para que serve a polícia afinal, se não pode defender a ordem pública e os cidadãos e os seus bens, porque não sabe como agir perante delinquentes em que não pode tocar nem usar a força adequadas, mas aqueles podem? Muita gente, alguma com muita responsabilidade, tem vindo a chamar a atenção para a possível “explosão social” no nosso país, devido à crise, mas eu pergunto. Não temos , diariamente e com

esta onda de criminali-dade, casos de violência como roubos, destruições e homicídios gratuitos? Se incluirmos também actos de vandalismo e destruição dos equipamentos públi-cos, por exemplo escolas? São, acima de tudo, os valo-res que se perderam e a crise funciona com desculpa. Há, de facto, uma crise muito grande de valores.Os jovens, são o futuro dum país, mas como esta-mos nós a prepará-los para esse futuro, se as instituições as quais cabe esse papel estão em crise? A família desestruturada e sem valores de referên-cia? A escola também ela desautorizada? A televisão, com o seu enorme poder de influência, mas preocu-pada com as audiências? E as demais instituições e as autarquias, sempre muito preocupadas em prote-ger e a desculpabilizar os “monstrinhos” e também a construir guetos potencia-dores de graves problemas sociais? Também como cá, e no meio deste “caldeirão”, existe ainda a questão do racismo, sempre imputado ao branco, mas este vem donde, isto é, quem é mais racista se os conflitos ráci-cos são mais frequentes entre outras raças e etnias? E nós, os cidadãos o que fazemos? Encolhemos os ombros, mas somos sempre as primeiras vítimas dessa violência. Não será apenas com mais dinheiro ou cen-tros de laser e de ócio que se resolve o problema da juventude, mas sim inves-tindo nos pilares da socie-dade atrás citados, ou esta desmoronar-se-à. Aos polí-ticos, sempre fechados em casulos, exige-se que este-jam à altura da crise econó-mica e social que vivemos, porque é o nosso futuro colectivo que está em causa. Será que aqueles motins ser-virão de lição para todos os líderes europeus ou fecharão os olhos a uma realidade que não se pode esconder e que vai piorando? Ou se atacam as causas da doença do modelo de socie-dade, ou será o fim e cujas consequências podem ser catastróficas . O Império Romano também caiu às mãos dos bárbaros!

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François Baradez

João vendedor teimoso

João Carlos Heitor Alves Mimoso nasceu na Cruz Quebrada – na Freguesia de Carnaxide, Concelho de Oeiras – no dia 10 de Novembro de 1934. Antó-nio de Oliveira Salazar (1889-1970) era Presidente do Conselho de Ministros há dois anos e ficaria no cargo mais trinta e quatro anos. Três meses antes, o nazi Hitler (1889-1945) tinha vindo a ser o mestre absoluto do Reich alemão após o falecimento do Presi-dente Paul von Hindenburg (1847-1924). Quatro meses mais tarde seriam criados, na Alemanha, os campos de concentração dos judeus.Oriundo de Lisboa, o pai de João era oficial do Exército. Oriunda da Cruz Quebrada, a sua mãe era doméstica.Estudou até ao sétimo ano do liceu.Foi à tropa a partir de 1955, onde esteve durante três anos no Grupo da Compa-

nhias Trem Auto de Lisboa: “Gostei muito. Tenho pena de não estar lá outra vez já amanhã. Havia muito boa camaradagem. Só mau era o tempo que prejudicou a minha vida civil”.João começou a trabalhar aos 19 anos de idade, no escritório do seu avô, que era solicitador encartado. Isto até ir para o Exército.Após fazer a tropa, foi muito activo no comércio, onde desempenhou as funções de vendedor, gerente e sócio da indústria de carnes Gameiro, do Montijo.Teve de reformar-se prema-turamente: “Eu era jogador de ténis. Aos 55 anos de idade fracturei o menisco do joelho esquerdo”.Casou duas vezes. Primeiro com Rosemary, oriunda de Lisboa, doméstica (que morreu há cerca de anos), a qual lhe deu 7 filhos e, depois, com Maria da Con-ceição.É, ademais, avô de catorze netos e bisavô de mais dois. Gosta de comer bem: “Eu comia e bebia muito. Era um grande garfo. Não sei cozinhar. O trabalho em casa, nessa época era para a mulher”. Como “gour-met” (gastrónomo), os seus pratos de predilecção são os da cozinha portuguesa tra-dicional, nomeadamente, o bacalhau cozido.A televisão interessa-o, fun-damentalmente os noticiá-rios e os canais temáticos: “Olho o ténis, o hipismo

e a vela que foi aquilo que eu fiz quando era rapaz novo”. Os seus lazeres preferidos foram o desporto e a caça, o que já não é o caso hoje em dia, por ter ficado impossibi-litado devido ao seu joelho.“Tenho muito respeito pela política, mas não pelos políticos. A política é uma arte nobre. Na sua grande maioria, os políti-cos não são pessoas sérias. Procuram os seus interes-ses particulares e não os do Estado”.Faz questão de votar em cada eleição.Solicitado a dizer, ele pró-prio, qual é a sua maior qualidade, declarou que é a de “tentar ser um indi-víduo íntegro, imparcial e honesto”. O moralista francês Luc de Clapiers, marquês de Vauvenargues (1715-1747), salientou que “A integridade é um apego a todas as virtudes cívicas. A rectidão é um hábito das sendas da virtude. A equidade pode definir-se pelo amor à igualdade. A desigualdade parece uma igualdade sem mancha e, a justiça, uma igualdade e uma equidade prática”.Solicitado a dizer, com a mesma franqueza, qual é o seu maior defeito, declarou que é o da teimosia. Em “Os Trabalhadores do Mar”, Vítor Hugo (1802-1865) afirmou: “Os teimosos são os mais sublimes”.Não sabe dizer qual foi o

dia mais feliz da sua vida. Os mais tristes foram os da perda dos seus pais.“Não me orgulho de nada. Sou um cidadão normal que tenta lidar com res-peito com o seu seme-lhante”.Admite de bom grado, hoje em dia, ter feito um lamen-tável erro, ou seja, o de ter vendido um andar, em Setú-bal, do qual era proprietário: “Eu não devia tê-lo ven-dido”, afirmou. João considera que todas as regiões têm a sua beleza, portanto, para ele, a região Saloia talvez não seja a mais bela do País: “Gosto muito da Costa Vicentina e da Carrapateira, no Algarve”. As personalidades pelas quais tem a maior conside-ração são:- Dom Afonso Henriques (1110-1185) “porque foi o primeiro rei fundador da nossa nacionalidade;- Dom João II (1455-1495), “porque foi um ser com uma visão extraordiná-ria”.“Detesto Mário Soares. Ele foi pior que João Fernan-des de Andeiro, 2.º Conde de Ourém - amante de Dona Leonor Teles - que foi morto por D. João, por ser traidor”.A palavra da língua portu-guesa que acha a mais bela é “saudade”.A palavra da língua de Camões que acha a mais feia é “energúmeno”.

O seu emprego preferido foi o de vendedor: “Fui ven-dedor de camiões durante uma dúzia de anos. Gostei muito. Havia muitos con-tactos e confiança entre quem vendia e quem comprava”. Em 1954, o autor americano Rlmer G.Leterman publicou um livro intitulado “A venda começa quando o cliente diz Não”.Teria categoricamente recu-sado – o que seria contra a sua educação e a sua maneira de ser – por exemplo, ser advogado: “os advogados não aceitam causas com as quais não possam con-cordar. Isso por interesse material”. Por ele, para ser Feliz “deve haver harmonia, saúde e dinheiro”.“É Infeliz quem tem falta

de alguma destas três con-dições”.Tendo 77 anos de idade, João Carlos Heitor Alves Mimoso, teimoso vendedor e desportista durante várias décadas, teve de cessar o desporto por razões de saúde. Em “A Religião Vin-gada”, o escritor francês François-Joaquim de Bernis classificou a saúde, como “o maior dos bens”. Não basta produzir produtos úteis e de boa qualidade. É Preciso vendê-los.O que o João mais deseja-ria que acontecesse neste Mundo seria “que as pes-soas se entendessem”. Segundo o prelado e escri-tor francês Jacques Bénigne Bossuet (1627-1704): “O entendimento é a luz que Deus nos deu para nos libertar”.

Investimento de 1,6 milhõesembeleza entrada poente da vila de GrândolaQREN comparticipou “maior empreitada do género na vila desde o 25 de Abril” em 80%. Trabalhos prosseguem agora noutra entrada da localidade.

As obras de requalificação e regeneração urbana da entrada poente da vila de Grândola, desde os jardins dr. Júlio Rosário da Costa e dr. Jacinto Nunes até à praça da República, estão oficial-mente concluídas. O inves-timento, que ascendeu a 1,6

milhões de euros, foi com-participado em 80 por cento por fundos comunitários.Carlos Beato, presidente da Câmara Municipal de Grân-dola, diz que a empreitada, que demorou um ano e dois meses, “tem um enorme sig-nificado, tendo em conta que

é a maior do género operada na vila desde o 25 de Abril”. “Grândola está agora mais bonita, mais preparada para o futuro, assim como a população, que, estando feliz, conseguirá dar mais um sinal positivo perante a crise instalada no país”, afirma.A empreitada de regenera-ção urbana incluiu a zona da igreja, da autarquia e do mercado municipal, tendo englobado ainda a requali-ficação do antigo cine-teatro

e da “Música Velha”. Nestes locais, foram executadas operações de renovação de infra-estruturas e equipa-mentos, melhoria das redes eléctricas, gás, esgotos e águas e aperfeiçoamento das condições de acessibilidade, imagem e vivência destes espaços.Com as obras de regeneração concluídas, inicia-se uma nova fase da vida da vila de Grândola, tendo em conta as transformações que agora se verificam e que visaram,

entre outras, racionalizar a circulação pedonal e viária e a criar espaços verdes e de lazer. O término das obras foi assinalado com uma mega sardinhada no passado dia 19 de Agosto. “Teve tudo aquilo a que os munícipes têm direito, designadamente sardinhas, febras e muita música”, explica Carlos Beato, que agradece o con-tributo e o envolvimento da população no evento.Depois de concluída mais uma edição da Feira de

Agosto, os trabalhos vão agora prosseguir na entrada noroeste da vila, perto do recinto do certame e do memorial do 25 de Abril. A requalificação e regeneração urbana ali a operar deverá estar concluída até ao Natal. O investimento é de 550 mil euros, com uma compartici-pação do Quadro de Refe-rência Estratégico Nacional (QREN) na ordem dos 80 por cento.

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Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Setembro de 2011 www.jornallitoralalentejano.com22

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Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Setembro de 2011www.jornallitoralalentejano.com 23O futuro vai chegarGostaria de poder afirmar que os últimos dez anos tinham sido os dez anos que mudaram Sines e a sub-região litoral alentejana. Mas não, as coisas estão, a meu ver, muito iguais, algumas para pior e outras muito paradas, irritante-mente muito paradas.

Tudo bem, eu sei que alguns grandes projectos turísticos a norte do cabo de Sines e até Tróia estão a ser implementados, que a Sonae de Belmiro de Azevedo arrancou com o projecto da Tróia que esteve quase quarenta anos parado, que o grupo Espírito Santo e outros grupos económicos têm projectos turísticos e imobiliários que deverão arrancar brevemente. Também sei que grandes investimentos turísticos e hortofrutícolas se perfilam para Odemira, coisa que já ouço há dezenas de anos desde o mega projecto dos Aivados. Mas também sei que dos cinco municípios do litoral alentejano, quatro, Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Ode-mira perderam população nos últimos dez anos o que por si só é revelador de que as novas actividades eco-nómicas ligadas ao investi-mento turístico e imobiliá-rio, e à hortifruticultura não chegam para compensar o declínio acentuado que se verifica nas actividades agrícolas, florestais, agro-industriais, pecuárias e pis-catórias. O complexo industrial de Sines completou este mês de Junho que passou qua-renta anos. Foi em 1971 que foi publicado o decreto-lei que criou o Gabinete da Área de Sines - GAS com a incumbência de construir um porto oceânico, uma área concentrada de indús-trias de base e uma cidade nova em Santo André. Dez anos depois em 1981 o GAS fazia um novo plano geral da área de Sines alterando-lhe a componente industrial de indústria pesada para indústrias mais

limpas e diversificadas. Mas a diversificação indus-trial não frutificou apesar do plano director municipal de Sines a ter acolhido quando da sua publicação em 1992. O último revés foi a ida da fábrica de automóveis da Ford-volkswagen para Palmela deixando Sines entregue às indústrias mais poluentes assentes no carvão e no petróleo. E depois de belgas e fin-landeses temos agora espa-nhóis no complexo petro-químico da Repsol e nas novas unidades da Artenius e temos as novas unidades de gasóleo da Petrogal, dos italianos da Eni e do grupo Amorim. E temos também o resto do pacote. Os cheiros insuportáveis que invadem a cidade de Sines demasiadas vezes para o que deveria ser muito esporádico e aciden-tal. O mar poluído porque a estação de tratamento deixou passar os esgotos das fábricas para o mar sem tratamento e os pescadores, menos mil que há 30 anos, tiveram o mês de Maio passado parados por ordem da autoridade de saúde. O aquífero subterrâneo que abastece de água potável a cidade de Sines, contami-nado por hidrocarbonetos… (quando há um ano atrás a ARH – administração da rede hidrográfica do Alen-tejo disse que as captações de água de abastecimento a Sines tinham que ser abandonadas e feitos novos furos a norte do complexo industrial e lhe foi per-guntado quem pagaria tais investimentos, logo disse peremptória, a Câmara Municipal de Sines, claro, é sua competência …). Que saiba as captações de água ainda se mantêm. E para rematar o pacote, Sines tem um serviço local de saúde inqualificável … Ainda não percebi porque é que o governo e a câmara municipal não obrigam a indústria a tratar os seus próprios esgotos. E porque não estudam os impactos da poluição na saúde dos sinienses. Porquê? Em Coimbra estudaram … Pode ser que os próximos dez anos mudem a sério este estado de coisas…

Nota da Redacção:Este texto deveria ter sido inserido na Revista de Aniversário. Na impossi-bilidade verificada, de que pedimos desculpa ao seu autor, publicamo-lo nesta edição.

Francisco do Ó Pacheco

Rui Veloso ‘empresta’ nome a rua de Porto CovoO cantor Rui Veloso e o compositor Carlos Tê foram homenageados pela Junta de Freguesia de Porto Covo, no passado domingo, por oca-sião dos 25 anos da canção ‘Porto Covo’, com a atribui-ção dos seus nomes a duas ruas da aldeia do concelho de Sines. “Uma homenagem simbó-lica” aos autores de uma canção que “celebrizou a pacata aldeia turística” de Porto Covo, sublinhou o presidente da Junta de Fre-guesia, Luís Gil.A cerimónia decorreu na presença do cantor Rui Veloso que não escondeu “o privilégio” ao ser homena-geado pela população que, desde muito cedo, acolheu o artista. “Quando aqui estou sinto-me em casa. Andei aqui muito tempo e nem o jornal me deixavam pagar”, revelou o cantor.

Vinte e cinco anos depois de compor a canção, Rui Veloso, adiantou que a localidade cresceu “para

melhor”, apesar de preferir visitá-la “quando já se pode respirar à vontade” longe das multidões.

O compositor Carlos Tê não participou na homenagem, por se encontrar ausente do país.

Arte Velha vence Concurso de Melhor Prato de Sardinha das Tasquinhas 2011A Arte Velha - Associação de Artesãos de Sines venceu o Concurso de Melhor Prato de Sardinha das Tasquinhas Sines 2011. O galardão, entregue no passado dia 15 de Agosto, premiou o prato “Sardinha à Sineense”.O júri, composto por Filipa Faria, secretária-geral da Associação de Armadores de Pesca Artesanal e do Cerco do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, e por Alice Marques e José Jacinto, pes-cadores de Sines, decidiu também atribuir uma menção honrosa ao Ginásio Clube de Sines, pelo prato “Sardinha à Ginásio”.O concurso contou com a participação de 9 expositores / pratos e os prémios foram atribuídos com base nos cri-térios “tradição”, “apresenta-ção” e “sabor”.Para Manuel Coelho, pre-sidente da autarquia, “este concurso é uma forma de

estimular as colectivida-des participantes a servi-rem pratos de reconhecida qualidade. No entanto, a Câmara reconhece e releva

a preocupação de todos os participantes nas Tasqui-nhas em prestar um bom serviço com pratos de qua-lidade e eficiência no ser-

viço. Os nossos parabéns a todas as colectividades par-ticipantes nesta festa dos sineenses, que animou a Avenida durante um mês”.

11.º Aniversário da Biblioteca Municipal de OdemiraOficinas de Musica’Brincar em famíliaNo próximo dia 3 de Setem-bro a Biblioteca Municipal de Odemira vai receber o projecto MúsicA’Brincar, da responsabilidade da Archi-mouiké, que através de ofi-cinas musicalmente lúdicas, promove a compreensão musical dos bebés e crianças em idade pré-escolar.MúsicA’Brincar é um pro-jecto musical infantil que tem

como requisito fundamental a participação dos pais. Os principais objectivos desta iniciativa passam por pro-mover a compreensão musi-cal através de actividades que estimulam o sentido do ritmo e da melodia, criar um programa de tempos livres interactivo em família (entre pais e filhos), num ambiente estimulante e alegre, pro-

porcionar e promover, atra-vés de encontros musicais, o contacto e relacionamento entre pais que partilhem das mesmas ideias e objectivos e satisfazer algumas curiosi-dades que podem ajuda-los a seguir o melhor caminho para estimular os seus filhos, através da música.O projecto MúsicA’Brincar chega à Biblioteca Munici-

pal no dia 3 de Setembro no âmbito da comemoração do seu 11.º aniversário. Irão ter lugar duas sessões divididas por faixas etárias, a primeira está agendada para as 16.00h e destina-se a bebés até aos 24 meses, a segunda sessão agendada para as 17.15h tem como público-alvo crianças com idades entre os 2 e os 4 anos.

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Tel./Fax: 269 822 570

Sunset memorável com sabor a Vinho do Porto, no “Praia do Peixe” na ComportaA festa começou pelas 18h, no restaurante “Praia do Peixe”, na Comporta e brindou com o som de Francisco Penim os convidados que por lá passaram

O “Praia do Peixe” e o Ins-tituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) prepararam um Sunset muito especial com sabor a Vinho do Porto, no passado sábado, dia 12 de Agosto. A festa celebrou o verão, a

praia, a boa música e, princi-palmente, os bons cocktails com Vinho do Porto! A festa contou com a pre-sença de inúmeros convida-dos, entre os quais Miguel Júdice e Juliana Cavalcanti, e muitos outros amantes das festividades da estação. Todos estiveram animados e dançaram até tarde ao ritmo da escolha musical do Dj Francisco Penim.Se as músicas recordavam grandes êxitos, no que tocou às bebidas, não faltou varie-dade. Os sabores dos cocktails com Vinho do Porto fizeram as delícias de todos. Para surpresa dos convida-dos, além das novas mistu-ras e formas de beber Vinho do Porto, os bartenders da Cocktail Academy ainda protagonizaram alguns tru-ques muito arrojados.O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) mostrou que este ano quer estar um passo à frente: ao

desafiar os portugueses a serem os grandes embaixa-dores do Vinho do Porto - a companhia ideal para um verão cool e muito fashion!Francisco Penim, antigo diretor de Programas da SIC e DJ neste Sunset, comentou:

“É com grande prazer que estou a dar “som” a este

Sunset na Praia do Peixe. A paisagem é de cortar a respiração e os cocktails de Vinho do Porto de perder a cabeça... Estou a aproveitar o momento, e espero que todos o estejam a fazer”.

Vilhena Pereira, Presidente do IVDP, comentou que, “o nosso objetivo é fazer dos portugueses os verdadeiros embaixadores do Vinho do Porto, em Portugal e no mundo. Ao criarmos festas de verão como esta, esta-mos a dar a provar por si, como esta bebida pode ter muitas combinações e, apresentada em formato de cocktails, surpreende e adequa-se a diferentes momentos. Um espaço como a Praia do Peixe, torna tudo pos-sível, um ambiente pro-pício ao nosso público e à nossa campanha: “Muda de Cenário” é um convite aos portugueses a serem os arautos do Vinho do Porto”.Segundo a responsável pela comunicação do IVDP, Susana Monteiro, “esta campanha de promoção do vinho do Porto demonstra a preocupação em cativar os públicos mais jovens e de provar que o vinho do Porto é uma bebida para todos, para ser consu-mida em qualquer altura do ano e que, no Verão, os cocktails são a companhia perfeita para um fim de tarde especial”.

Raquel Rodrigues, Dire-tora de Comunicação do Grupo Lágrimas, reforçou: “O ‘Praia do Peixe’ é o lugar ideal, mas cada festa é única, e esta superou as nossas expectativas tanto no número de convidados como

no ambiente excecional que se viveu pela noite, em que celebrámos com o IVDP o sabor do Vinho do Porto nas mais deliciosas bebidas para

este verão. O ‘Praia do Peixe’ consegue oferecer um espaço muito especial para as festas de verão e estamos satisfeitos com a versatilidade da nossa oferta: menus sempre fres-cos, um staff muito profis-sional e, claro é de destacar ainda, a sua localização e fácil acesso, uma combina-ção perfeita bem perto da Praia do Pego com o mar mesmo aos nossos pés.”

O “Praia do Peixe”

O conceito do restaurante “Praia do Peixe” é fiel à sua localização.

Estando na praia do Pego, na Herdade da Comporta, e numa zona com grandes tradições piscatórias, é natu-ral que o peixe seja o “Rei”. Assim, o Praia do Peixe tem os melhores e mais frescos peixes dos mercados de Setúbal e Sesimbra, grelha-dos na perfeição para pre-servar toda a sua riqueza e sabor. Porque nem só peixe vem das águas vizinhas, têm também uma selecção de

pratos como ostras e amêi-joas do Sado, choquinhos de Setúbal e mariscos pescados ao longo da costa que desce até Sagres.

As carnes são biológicas, provenientes de pastos natu-rais Alentejanos. Como o restaurante fica na Comporta, o Praia do peixe tem também pratos feitos com arroz produzido nos arrozais vizinhos do restau-rante. O restaurante tem ainda uma carta de sobremesas requin-tada, incluindo o já célebre “Melhor Pão-de-ló do Uni-verso”.

Fernando Gomes da Silva, ex-ministro da Agricultura, com Paulo Osório

Miguel Judice e Juliana Cavalcanti

DJ Francisco Penim e João Pedro Galveias

Paulo Osório, vice-presidente do IVDP, com a esposa e filha e Joaquim e Manuela Couto