jornal 34

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Ano VII | Nº 34| Julho • Agosto | 2010 Órgão Oficial das Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da Convenção Batista Brasileira M issões Jornal de Brasil Mundo Pág. 5 Pág. 12 Mobilização Missionária Transformação da cracolândia em Cristolândia avança em São Paulo Renovo espiritual Igreja missionária Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba (PR), abençoa mais uma vez grupo de missionários de Missões Nacionais com o 17º Crescer Missionário Pág. 3 Pág. 14 Missão Batista em Libras batiza os seis primeiros surdos em Arapiraca (AL) Pág. 8 Pág. 21 Mobilizações missionárias Jesus Transforma movimentam dez estados brasileiros Bem-vindos ao novo Lar C ulto em gratidão a Deus pela inauguração do novo Lar Batista F. F. Soren reuniu cerca de 700 pessoas em Luzimangues – Porto Nacional (TO), no dia 26 de junho. Há muito tempo os batistas brasileiros não celebra- vam a Deus por uma obra tão vultosa, e por isso o momento tem sido considerado um marco na história dos batistas bra- sileiros. A ocasião também marca o envolvimento do povo batista com a ação social e estimula a unidade e reforça a convicção de que muito mais pode ser feito com a partici- pação de todos em favor de um Brasil que se demonstra tão carente do evangelho e da transformação que só Jesus pode operar. Na sociedade local e estadual, o Lar também tem tido grande destaque e é considerado como o projeto número um, de acordo com a afirmação da Secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado do Tocantins, Dolores Nunes, presente à inauguração. “Este trabalho é magnífico”. O novo Lar foi destaque da TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo, antes e após a inauguração com notícias sobre o pro- jeto e o evento. Págs. 6 e 7 Conexão desperta vocacionados Página 23 Novas metas na Espanha N a Copa do Mundo realizada na África do Sul, entre 11 de junho e 11 de julho, vencer era o objetivo principal daqueles que lá estavam representando suas pátrias. Mas, para uma outra seleção, escolhida nas igrejas do Senhor pelo Bra- sil, o objetivo maior não era conquistar uma goleada expressiva, mas superar o adversário de nossas almas e promover a salvação em Cristo. Essa jogada feita pelo grupo de 210 voluntários nos campos sul-africanos, durante o Projeto Conexão África, deixou resultados significativos para o Reino, como conversão de vidas, serviço e testemunhos de amor à socie- dade sul-africana. No dia 11 de junho, jogavam África do Sul e México, inaugurando no continente africano a competição mais importante do futebol mundial. Em relação à obra missionária mundial, a Copa do Mundo de 2010 também inaugurou um novo momento: pela primeira vez, o Brasil enviava para um campo missionário seu maior grupo de voluntários. Págs. 10 e 11 Vitórias para Cristo na Copa do Mundo Voluntários entregam bonecas missionárias (missionecas) para crianças sul-africanas Novos missionários Vocacionados recém-formados seguirão para os campos Formatura

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Jornal de Missões da JMN e JMM

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Page 1: Jornal 34

Ano VII | Nº 34| Julho • Agosto | 2010

Órgão Oficial das Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da Convenção Batista BrasileiraM issões

Jornal de

Brasil

Mundo

Pág. 5

Pág. 12

Mobilização Missionária

Transformação da cracolândia em Cristolândia avança em São Paulo

Renovo espiritualIgreja missionária Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba (PR), abençoa mais uma vez grupo de missionários de Missões Nacionais com o 17º Crescer Missionário

Pág. 3 Pág. 14

Missão Batista em Libras batiza os seis primeiros

surdos em Arapiraca (AL)

Pág. 8Pág. 21

Mobilizações missionárias Jesus Transforma movimentam dez estados brasileiros

Bem-vindos ao novo Lar Culto em gratidão a Deus pela inauguração do novo

Lar Batista F. F. Soren reuniu cerca de 700 pessoas em Luzimangues – Porto Nacional (TO), no dia 26

de junho. Há muito tempo os batistas brasileiros não celebra-vam a Deus por uma obra tão vultosa, e por isso o momento tem sido considerado um marco na história dos batistas bra-sileiros. A ocasião também marca o envolvimento do povo batista com a ação social e estimula a unidade e reforça a convicção de que muito mais pode ser feito com a partici-pação de todos em favor de um Brasil que se demonstra tão carente do evangelho e da transformação que só Jesus pode operar. Na sociedade local e estadual, o Lar também tem tido grande destaque e é considerado como o projeto número um, de acordo com a afirmação da Secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado do Tocantins, Dolores Nunes, presente à inauguração. “Este trabalho é magnífico”. O novo Lar foi destaque da TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo, antes e após a inauguração com notícias sobre o pro-jeto e o evento.

Págs. 6 e 7

Conexão desperta vocacionados

Página 23

Novas metas na Espanha

Na Copa do Mundo realizada na África do Sul, entre 11 de junho e 11

de julho, vencer era o objetivo principal daqueles que lá estavam representando suas pátrias. Mas, para uma outra seleção, escolhida nas igrejas do Senhor pelo Bra-sil, o objetivo maior não era conquistar uma goleada expressiva, mas superar o adversário de nossas almas e promover a salvação em Cristo. Essa jogada feita pelo grupo de 210 voluntários nos campos sul-africanos, durante o Projeto Conexão África, deixou resultados significativos

para o Reino, como conversão de vidas, serviço e testemunhos de amor à socie-dade sul-africana.

No dia 11 de junho, jogavam África do Sul e México, inaugurando no continente africano a competição mais importante do futebol mundial. Em relação à obra missionária mundial, a Copa do Mundo de 2010 também inaugurou um novo momento: pela primeira vez, o Brasil enviava para um campo missionário seu maior grupo de voluntários.

Págs. 10 e 11

Vitórias para Cristo na Copa do Mundo

Voluntários entregam bonecas missionárias (missionecas) para crianças sul-africanas

Novos missionáriosVocacionados recém-formados seguirão para os campos

Formatura

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Jornal de MissõesJulho/Agosto• 2010 2

Gratidão aos batistas brasileiros

O nosso Deus é maravilhoso! O dia 26 de junho de 2010 entrou para a história dos batistas brasileiros. Após 12 meses

do início das obras a primeira etapa do novo Lar Batista F. F. Soren foi inaugurada. Uma grande vitória! Agradecemos ao nosso Deus pela sua bon-dade e fidelidade para com o seu povo. Também registramos a nossa imensa gratidão aos batistas brasileiros pelas orações apoio e sustento deste projeto missionário. Aos voluntários que trabalha-ram incansavelmente na edificação desta grande obra, nossa gratidão e carinho.

Registramos também, com alegria, que toda a obra foi custeada com ofertas do povo batista. Ofertas que vieram de todos os estados. Igrejas, irmãos e irmãs participaram com alegria no envio dos recursos para que o sonho se realizasse. Nossa equipe percorreu centenas de igrejas em todo o país e a resposta sempre foi positiva.

O novo lar desfruta não somente de novas instalações mas também de toda uma estrutura funcional para atendimento das crianças conforme previsto na legislação em vigor no Brasil.

O sonho ainda continua, pois desejamos am-pliar a capacidade de atendimento para receber-mos mais crianças e, consequentemente, abençoar vidas preciosas que estão perdendo a esperança diante de tantas situações de sofrimento. Você pode continuar participando deste sonho por intermédio do PAM-Brasil.

Na verdade a construção do lar foi um marco para todos nós. A partir desta experiência temos

aprendido que podemos avançar muito mais se estivermos unidos, fo-cados na missão, traba-lhando com dedicação e na total dependência do poder de Deus. É possível avançar muito mais.

Outro motivo de gratidão é realização de 13 Trans no mês de julho. Tem sido uma experiência gratificante ver tantos voluntá-rios cruzando o país para proclamar a Palavra de Deus. Convenções, associações, igrejas e equipes, todos mobilizados com um único objetivo: proclamar a Palavra de Deus. No ano cujo tema dos batistas é o aperfeiçoamento dos santos na obra da evangelização, a realização das TRANS também é um grande evento de capacitação e despertamento para a obra de evangelização. Nossa gratidão aos voluntários, que, motivados pela visão do reino de Deus, deixaram seus lares para dedicar o melhor de suas vidas na proclamação do evangelho de Cristo Jesus durante todo o período da Trans. Após retornarem das Trans todos sabem que a evangelização continua no quotidiano de nossas vidas.

Por um Brasil verdadeiramente feliz, vamos avançar.

Por Fernando Brandão Diretor Executivo de Missões Nacionais

Editorial Palavra do Diretor

O JORNAL DE MISSÕES é uma publicação bimestral das Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da CBB.JorNalistas respoNsáveis: sérgio Dias 25.944/Drt-rJ (JMM)Marize Gomes Garcia 41.487/Drt-rJ da JMN

MISSÕES MUNDIAIS: rua senador Furtado, 71praça da Bandeira, rio de Janeiro, rJ - Cep: 20270-021tel.: (21) 2122-1900 - Fax: (21) 2122-1911e-mails: [email protected]; [email protected]: www.jmm.org.brDiretor eXeCUtivopr. João Marcos Barreto soaresGereNte De CoMUNiCaÇÃo e MarKetiNGpr. luiz Cláudio MartelettoreDatores: ailton de Faria Figueiredo, Márcia pinheiro e sérgio DiaseDitoraÇÃo: irlando lopez

MISSÕES NACIONAIS: rua Gonzaga Bastos, 300vila isabel Cep: 20541-000 - rio de Janeiro, rJtel.: (21) 2107-1818 | Fax: (21) 2107-3851e-mail: [email protected]: www.missoesnacionais.org.br Diretor eXeCUtivo: pr. Fernando BrandãoGereNte eXeCUtivo De plaNeJaMeNto e estratÉGia: pr. Jeremias NunesreDaÇÃo: tiago MonteirorevisÃo: adalberto alves de sousaCoorDeNaÇÃo Da proDUÇÃo eDitorial: Gerson Daminelli ribeiroDiaGraMaÇÃo: Wellington Nunes • oliverartelucas

Exped iente

TIRAGEM: 170.000 exemplares

Quantas bênçãos Deus nos dá“Pois estou certo de que Deus, que começou esse bom trabalho na vida de vocês,

vai continuá-lo até que ele esteja completo no Dia de Cristo Jesus.” Fp 1.6

Quantas vezes já passamos pela sensação de termos mui-to trabalho, mas de resultado compensador. É assim que nos sentimos ao apresentarmos, mais uma edição

do Jornal de Missões. Quantas bênçãos Deus tem nos dado, que perfeição nos seus caminhos! Quantas notícias, mas não temos como avaliar o alcance do que Deus está fazendo.

Quem antecipa o que pode fazer uma palavra dita no campo missionário por um voluntário a alguém sem esperança? Quem imagina o que virá a ser uma das nossas crianças nos lares ba-tistas? Quem explica o avivamento surgido na igreja do pastor que passou por uma clínica de Igreja Multiplicadora? O que di-zer daquela igreja que experimentou uma arrancada evangelís-tica depois que a promotora de missões mexeu com os brios do povo? O que podemos esperar quando voluntários conseguem romper o silêncio, se aproximam, apoiam e se comprometem em alcançar surdos? Quem pode imaginar a saudade, mas também a alegria que não se pode descrever, das famílias abraçando a filha ou filho que parte para o tratamento da dependência do crack numa comunidade terapêutica?

O grande desafio desta edição foi registrar em poucas páginas tantas maravilhas que Deus realizou. E este Deus, que nos ungiu para evangelizar, nos enviou para proclamar libertação, restaura-ção, a pôr em liberdade os oprimidos, tem sustentado esta obra confiada aos batistas brasileiros ao longo de 103 anos.

Temos convicção da presença de Deus na condução da obra missionária, razão por que convocamos todos, neste novo semes-tre, quando as atenções se voltam para a nossa Pátria, a cantarmos juntos “Vem, Brasil, com Jesus ser verdadeiramente feliz”.

Vamos lá, então? É só virar a página e você encontrará aqui edificação e desafios que o(a) impulsionarão a agir, tornando-se nosso parceiro na transformação de vidas. Boa leitura!

Pr. Jeremias Nunes dos SantosGerente Executivo de Planejamento e Estratégia da JMN Junta de Missões Mun-

diais para o período de 1° de outubro de 2010 a 30 de setembro 2013. Estão previstas metas arrojadas, como a aber-tura de 18 campos mis-sionários (com atenção especial aos povos não-alcançados), o envio de 300 novos obreiros, o aumento significativo do número de intercessores e mantenedores, o despertamento de vocacionados, a mobili-zação das igrejas, dentre outras metas.

Caminhamos tendo os olhos voltados para as necessidades urgentes do mundo, mas sem es-quecer que precisamos estar muito bem prepara-dos para atendê-los. Por isso, estamos trabalhando para o aperfeiçoamento do trabalho dos diversos setores da JMM, para que esta tenha uma estru-tura que dê o suporte à obra de missões.

Em todos contatos que tenho feito, seja nas via-gens ou por meios de comunicação, percebo que as pessoas e igrejas estão desejosas de alcançar as na-ções com a mensagem de salvação. Portanto, vamos avançar! E faremos isso sempre na dependência de Deus, mas certos de que não iremos sozinhos, pois contamos com um povo que ama missões e que, por Cristo, vai até os confins da Terra.

Por João Marcos Barreto Soares Diretor Executivo de Missões Mundiais

Depois de seis meses na liderança da JMM estou vivendo, de forma tranquila, o pro-cesso de adaptação e tenho aproveitado

as oportunidades para realizar as análises ne-cessárias para a definição dos rumos que a JMM pretende trilhar nos próximos anos. Sempre ten-do em vista os desafios e as oportunidades que estão diante de nós para levar o Evangelho a todos os povos da Terra.

O relatório que engloba o período de fever-eiro a maio deste ano (a ser apresentado ao Con-selho da Convenção Batista Brasileira, em agosto) mostra que o trabalho missionário continua a avançar. Nesses quatro meses aconteceram, nos campos de Missões Mundiais, quase 8 mil de-cisões por Cristo e 1.300 batismos; 200 novas fr-entes missionárias foram abertas e 20 igrejas orga-nizadas. O número de mantenedores cresceu e os recursos não faltaram.

Tudo isto nos leva a reconhecer a participação e a fidelidade dos crentes e das igrejas que têm sustenta-do essa obra com suas orações e ofertas, bem como o trabalho dos incansáveis missionários nos campos. Porém, acima de tudo, esses resultados nos fazem ex-altar o Senhor de Missões, que tem abençoado gran-demente a obra missionária mundial.

Embora esteja empenhado na execução dos projetos anteriormente planejados, também estou implementando diversas ações e de-finindo novas metas de trabalho. Assim, como equipe na Sede, elaboramos o Planejamento Estratégico que vai nortear o programa da

Primeiros Passos

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Jornal de MissõesJulho/Agosto • 2010 3

BrasilJuntos, somos muito melhores

Este foi o tema do 17º congresso Cres-cer Missionário, promovido pela Igreja Batista do Bacacheri, Curitiba,

PR, que reuniu missionários de Missões Nacionais, da própria igreja e da Convenção Batista do Rio Grande do Sul entre os dias 23 e 27 de junho, com o principal objetivo de proporcionar aos participantes um tem-po de refrigério e crescimento espiritual.

Desde 2008, Missões Nacionais, que esteve representada pelos pastores Daniel Eiras, gerente regional de missões no Sul, e Humberto Gomes de Souza, da gerência de expansão missionária, firmou uma parceria com a igreja, que vem sendo um Centro de Treinamento no Sul e abençoado muitos missionários. O congresso foi iniciado pela IB do Bacacheri como uma forma de auxi-liar a obra missionária, suprindo uma neces-sidade identificada em viagens missionárias realizadas pelos coros da igreja, trazendo missionários para o convívio com a igre-ja, visando “amá-los com o amor de Jesus”, compartilhou pastor Roberto Silvado.

O casal Natal e Carmen Chabaribery afirma que ao assumir a coordenação do Crescer sabiam o tamanho da responsabi-lidade, mas não imaginavam o que estava reservado para eles. Determinados a fazer acontecer o melhor para os missionários, durante o congresso foram entendendo a dimensão daquilo que estava reservado para eles.

“No início do primeiro dia, fomos sur-preendidos com o carinho, atenção e respei-to dos nossos queridos pastores da IBB que todos juntos oraram por nós e pelo Crescer. Isso só veio a nos fortalecer para o início de uma experiência que marcaria a nossa vida para sempre. No decorrer do Crescer, dian-te de toda programação vivida intensamen-te com os missionários, tivemos a rica opor-tunidade de conhecer e aprender um pouco da vida e da experiência de cada um. Foi através da preocupação de fazer o melhor, rindo e chorando com eles, que criamos um laço de amizade com o compromisso de continuar juntos nessa caminhada através de nossas orações e contatos contínuos. Te-mos certeza que fomos muito abençoados e que conquistamos novos amigos e irmãos. Que o Senhor continue nos abençoando e nos guiando a fazer sempre o melhor pelo nosso próximo!”

O Crescer missionário, além da ca-pacitação, ofereceu o cuidado espiritual, emocional e também o f ísico, por meio de palestras, oficinas e material de apoio; das famílias acolhedoras e membros da igreja; e dos projetos Vida e Dentista Cidadão em parceria com a igreja.

Todo o empenho dos coordenadores não foi ignorado pelos missionários, que fo-ram alvo dos cuidados do casal. Pastor Nel-

son Cardoso Aparecido, missionário em Itatiba, SP, relatou que Deus lhe concedeu a experiência de ver o casal (Natal e Carmem) usado por Ele e com tanta dedicação à obra do Senhor. Além do acolhimento por parte das famílias que receberam os missionários em suas casas, como a do irmão Sóstenes, que o recebeu. “Famílias praticando o amor de Deus no seu dia a dia. Uma igreja aben-çoadora e missionária; um pastor com seu coração em missões e fiel ao Senhor da Se-ara como o pastor Roberto Silvado”. Pastor Nelson deixou Curitiba levando todos em seu coração e garantindo que estarão sem-pre em suas orações.

Para outros missionários, como o ca-sal Ubirajara e Bárbara Alves, de Porto Alegre, RS, além do necessário renovo, os momentos vividos ali foram de singu-lar importância, quando Deus ampliou a visão de ministério e que produzirá frutos para o seu reino. “Esperamos ser tão rele-vantes, visionários e um dia tão abrangen-tes quanto o ministério que carinhosa-mente nos acolheu nestes dias.” Aos que por vezes se sentem sozinhos no campo, crendo que as pessoas se esqueceram do Ide de Jesus e de todos que lutam por ele, os momentos na IBB foram o próprio Deus falando com eles e dizendo: “Eu me

17º Crescer Missionário renova forças de obreiros da JMN

Pr. Silvado em aconselhamento aos missionários

Missionários recebem tratamento dentário gratuito Momentos de lazer no 17º Crescer

Ânimo redobrado e alegria em co-nhecer mais uma parte do corpo de Cristo é a marca do Crescer Missioná-rio. A visão de trabalho de uma igreja tão bíblica e o amor demonstrado por ela nos ajuda a reafirmar a igreja que precisamos plantar. A atenção especial que dedicam ao discipulado nos ajuda a perceber na prática a importância dessa ordenança. Com a visão de traba-lhar em função do próximo, sendo ele cristão ou não, a ONG ABC nos trouxe orientações importantíssimas a serem usadas no campo de trabalho. Realmen-te crescemos em todas as áreas durante esses dias. Dentre tantas coisas que nos animaram e nos incentivaram destaca-mos o tratamento dentário que recebe-mos. Com um empenho sobrenatural a doutora Rosilene, membro da Igreja Ba-tista do Bacacheri, nos presenteou com seus dons e fez isso realmente usando

Igreja de JesusRomanos 5.5, onde encontramos que o amor de Deus é derramado em nossos corações e esse amor mesmo é que ela demonstrou por nós. Citamos a douto-ra Rosilene, mas não podemos deixar de citar também os irmãos Natal e Car-mem, que se empenharam na organiza-ção desse evento e todos os irmãos da Igreja Batista do Bacacheri porque esse mesmo amor nos foi dado em todo o tempo por todos que nos encontravam e foi maravilhoso estar nessa atmosfera. Assim nos animamos e nos fortalece-mos, sempre tendo em mente que esse comportamento é que vai atrair almas para nossas frentes missionárias, um amor real e que é palpável. Que Deus abençoe sempre a Igreja Batista do Ba-cacheri e lhe dê a alegria de servi-lo até que Jesus volte.

Pr. Gilnei e Deise Gil da Silva Missionários em São Leopoldo, RS

importo com você, sinta o meu carinho e amor através destes irmãos e veja o fabu-loso exército que está na retaguarda”.

A dedicação da igreja e o cuidado re-cebido por parte dos missionários certa-mente marcou a vida de todos e influen-ciará positivamente seus ministérios. Serve-nos também como exemplo de que há muitas formas de envolver-se com a obra missionária e que uma não exclui a outra. Diante de tudo o que já vêm fa-zendo, no culto de encerramento, após uma reflexão sobre a visão missionária da igreja de Antioquia ministrada pelo pas-tor Marcos Calixto, pastor Roberto Sil-vado desafiou a igreja a se envolver com missões de maneira mais prática e vários irmãos da IBB adotaram os missionários da JMN em oração e financeiramente por meio do PAM Brasil. Os missionários, por sua vez, entregaram lembranças para todas as famílias acolhedoras que os hos-pedaram durante todo o evento, como uma pequena demonstração de sua grati-dão extensiva à igreja como um todo.

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Jornal de MissõesJulho/Agosto• 2010 4

Brasil

Fazer com que cada instituição so-cial de Missões Nacionais transfor-me-se em um centro de excelência,

onde vidas possam ser restauradas em todos os aspectos, é um grande desafio para a Junta de Missões Nacionais. Em virtude disso, o Lar Batista David Gomes (LBDG), em Barreiras, BA, vem receben-do uma série de modificações em sua infraestrutura, tendo salas, espaço admi-nistrativo, área externa, entre outras, to-talmente revitalizadas. A instituição, que há algum tempo precisava ser reformada, desde 2009 tem recebido grandes investi-mentos e boa parte dessas ações deve-se à mobilização de voluntários.

Desde novembro do ano passado, igrejas, profissionais e alunos de facul-dades parceiras do Lar se uniram para a realização de mutirões de revitalização do LBDG. Arregaçando as mangas, pri-meiramente prepararam o ambiente para

Dando prosseguimento ao treina-mento de missionários segundo a visão de igrejas multiplicadoras,

a Junta de Missões Nacionais realizou, no dia 21 de junho, um curso de capacitação para coordenadores do Nordeste, explo-rando a metodologia do manual Seme-ando Igrejas Multiplicadoras. O encontro aconteceu nas dependências do Seminário de Educação Cristã (SEC), em Recife (PE). Participaram do encontro os coordena-dores regionais de Missões Nacionais, pastores Manoel Moreira (RN), Mauri-cio Manoel (PE), Franscisco Washington (CE), Raimundo Rodrigues (MA), Almir

De cara novaObras de revitalização chegam ao Lar Batista David Gomes

Coordenadores do Nordeste participam de treinamento de igrejas multiplicadoras

Força voluntária promove reforma no

Lar Batista em Barreiras

Casas revitalizadas Construção de espaço multiuso Nova fachada do LBDG

a mudança, promoverem uma grande limpeza nas dependências, retirando en-tulhos e todo o material a ser descartado. Atualmente, a reforma já está em uma fase avançada, alcançando diversos pontos an-teriormente críticos. “Casas sendo refor-madas, ruas sendo preparadas para evitar a lama, entulhos e matos sendo retirados, terraplanagem para escoamento de águas pluviais, plantio de árvores e palmeiras na entrada do lar, confecção de novas placas, iluminação de todo o lar com postes de concreto e cabos de alumínio, começamos a fabricar o nosso próprio meio-fio, pla-cas de concreto para passeio, paisagismo na entrada e nas casas, flores e mudas de hortaliças sendo produzidas, a horta em andamento, a granja já produzindo nossos frangos, escritório reformado e muito mais já foi feito! Duas casas já foram reformadas e partimos para a terceira”, afirma Cleyton Machado, que juntamente com sua esposa

tem permanecido no lar para coordenar as obras. Além da reforma, Cleyton aponta que o planejamento prevê a construção de um Complexo Integrado de Atividades Multifuncionais – espaço que servirá para a realização de atividades educacionais, atendimentos nas áreas de saúde e empre-endedorismo.

A revitalização do Lar permitiu o retorno de atividades que estavam pa-ralisadas devido à falta de estrutura. A marcenaria, por exemplo, após a reforma e o conserto de maquinaria, tem servido para treinamento, profissionalização de internos e jovens da comunidade, geran-do recursos e autossustentabilidade. Na marcenaria, os adolescentes do lar são monitorados por profissionais voluntá-rios da região que, por solidariedade, fa-zem sua parte em prol de uma sociedade mais igualitária e humana. Projetos como esse já renderam ao LBDG reconheci-

mento da sociedade barreirense. A Revis-ta CIT (Comércio, Indústria e Turismo), em virtude da quarta edição do Prêmio Cidade, homenageou a Instituição por seus serviços prestados ao município e a todo o oeste baiano. Segundo o organi-zador da premiação, o publicitário José Bacellar, ao percorrer a cidade e sublinhar os destaques do início de ano, algumas pessoas – sem vínculos eclesiásticos – ci-taram como referência os novos projetos do LBDG, que têm ajudado no cresci-mento de Barreiras.

Os projetos do Lar continuam, pois ainda há bastante coisa a ser feita. Você, que deseja dedicar um período de sua vida ao crescimento do Reino, entre em contato pelo telefone (21) 2107-1818 ou e-mail [email protected] e seja um voluntário de Missões Nacio-nais para construção de um Brasil verda-deiramente feliz!

e sua esposa, Ormir Gonçalves (AL), Christian Heil (SE), Rick Tompson (PB) Marcos Azevedo (BA). Também estive-ram presentes, como convidados, os pas-tores Eber Mesquita, da Primeira Igreja Batista de Catu (BA), e Petrônio Borges, da Igreja Batista Sião de Camaçari (BA). Coordenaram o evento os pastores Sa-muel Moutta, gerente de Expansão Mis-sionária da JMN, e Cirino Refosco, geren-te regional do Nordeste. A programação foi marcada por uma discussão acerca dos princípios e estratégias apresentadas por Charles Brock em seu livro “Plan-tando Igrejas Contextualizadas”, além de

abordagens sobre a relevância de igrejas no contexto nordestino. A capacitação obedece ao Plano de Desenvolvimento Missionário e, portanto, refletirá também no ministério dos obreiros da região. A ideia é que o coordenador possa ensinar a metodologia ao grupo de missionários que está sob sua supervisão, acompanha-do ainda a gestão de projetos e realizando pastoreio da família missionária. Os coor-denadores também representam Missões Nacionais em ações de aproximação com as igrejas batistas do estado, mobilizando-as e capacitando-as para uma vivência missionária relevante.

SolidariedadeO treinamento para coordenadores

aconteceu em um período dif ícil para Pernambuco e Alagoas, dois estados fortemente atingidos pelas chuvas que provocaram alagamentos e deixaram milhares de desabrigados. Mostrando so-lidariedade aos que sofreram com as en-chentes, os coordenadores promoveram um momento de intercessão pelas vidas que perderam entes queridos, casas, ob-jetos pessoais, e levantaram uma oferta para a compra de donativos, que foram distribuídos por missionários que atuam próxima às localidades mais atingidas.

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Jornal de MissõesJulho/Agosto • 2010 5

BrasilCom a grande procura de marginalizados, Cristolândia necessita de mais apoio

Missão Batista Cristolândia

Cracolândia ou Cristolândia?

Com o objetivo de ministrar com-paixão e graça aos que estão ca-ídos à beira do caminho, sendo

destruídos pelas drogas, a Missão Batista Cristolândia funciona com força total no resgate destas vidas na cracolândia em São Paulo, oferecendo-lhes a oportuni-dade de reconstruir suas vidas.

Instalado nas ruas da cracolândia, o projeto atende diariamente uma média de 60 pessoas no café da manhã, quando também têm oportunidade de tomar ba-nho, receber roupas limpas e participar de estudos bíblicos. Novos projetos como alfa-betização para adultos, oficinas de música, atendimento psicológico, culinária, aula de balé para crianças, de informática e outras oficinas estão sendo implantados para auxi-liar no resgates dos dependentes químicos. Além disso, diariamente são realizados três cultos: pela manhã, à tarde e à noite.

O dia-a-dia na CristolândiaShirley Inojoza é uma das radicais

que está trabalhando na MB Cristolândia e relata uma de suas exeperiência neste campo.

Não tenho palavras pra expressar o que Deus tem feito na minha vida e na vida daqueles que estão junto comigo nes-sa missão. A cada dia Deus tem me dado a oportunidade de vê-lo transformando vidas e de presenciar seu amor por aqueles que necessitam.

Assim têm sido os meus dias, um di-ferente do outro em todos os sentidos. Há mais de um mês venho acompanhando uma mulher chamada Cláudia, que tenta sair das drogas. Levei-a ao albergue mas ela sempre dizia que não conseguia sozi-nha, mas não podíamos interná-la pois havia perdido todos os documentos, in-clusive a certidão de nascimento, necessá-ria para tirar segunda via da identidade. Por vários dias ela chegava chorando, mas nada podíamos fazer. Para minha tristeza em um sábado a encontramos fumando crack em frente à Cristolândia. Quando me avisaram chamei um rapaz e fomos

tirá-la de lá, entramos no meio deles pro-curando a Cláudia, até que a encontra-mos e quando ela me viu escondeu o rosto. Conversei com ela, disse que estava ali pra levá-la pra Cristolândia, mas a resposta dela foi: – Ah, Shirley, tô drogada! Deixa eu aqui! E eu insisti: – Vamos, Cláudia, eu vim aqui pra te buscar – , mas ela não foi comigo. Saí dali muito triste ao vê-la na-quele estado, mas não desisti, continuei orando por ela. Três dias depois, ao fim do culto, quando olho pra porta vejo a Cláu-dia, toda suja, olhando pra mim. Corri ao encontro dela e dei aquele abraço e ela dis-se: – Me perdoa? Eu continuei abraçando

aquela mulher e disse: – Cláudia, estamos aqui pra te ajudar, você quer? Ela disse: – Quero. Servi o café pra ela, depois ela tomou banho e me disse que estava com muita fome pois desde a sexta-feira não comia nem dormia. Ainda tentamos tirar o documento dela novamente, mas foi ten-tativa frustrada! Ela almoçou conosco e foi dormir. Para glória de Deus surgiu uma vaga no Desafio Jovem, que fica no interior do estado, e no fim do dia nós a interna-mos. No início ficou um pouco agitada, mas quando entrou no carro conversamos e ela se acalmou e chorava de felicidade.

Irmãos, nossos dias têm sido longos e muito cansativos. Mas, apesar de tudo, quando pensamos no que estamos fazen-do, descobrimos que nada fazemos. Ainda é muito pouco tudo o que fazemos. Preci-samos que os amados orem:

• Pela Cláudia, que Deus dê forças para chegar ao fim do tratamento;

• Pela nossa saúde f ísica e emocional;• Pelos nossos líderes: Pr. Humberto e

Soraya;• Pelas nossas famílias: a saudade au-

menta a cada dia.

A oportunidade de transformar vidas está em suas mãos! Se depender de você, quantas outras vidas terão a oportunida-de de transformação e de restauração de seus sonhos? Se você deseja apoiar este projeto, preencha o cupom da página 24 e envie-nos.

Zoraide sofreu abusos em sua casa na infân-cia e por isso a deixou aos 11 anos. Nas ruas se vendia em troca de comida, foi internada em instituições para menores e lá também sofreu abusos. De volta às ruas conheceu as drogas, tornou-se traficante e depois usuária. Tinha 43 anos quando foi resgatada das ruas da cracolân-dia paulista e está em tratamento, iniciando uma dif ícil caminhada para a qual necessita de ajuda, mas afirma ter encontrado o amor verda-deiro, acolhimento e forças nos dias de crise, o que não encontrou em outros lugares.

Radicais intercedem por marginalizados da cracolândia

Tadeu é médico e tinha um futuro pro-missor, mas também um grande vazio den-tro de si. Foi quando os amigos lhe apresen-taram o crack e nunca mais conseguiu se libertar. O futuro promissor foi ficando cada dia mais distante. Ele mesmo admite: “fumei os móveis, o carro, a casa...”. A família deci-diu deixá-lo, assim como os amigos. Perdeu também 20 kg, vive nas ruas da cracolândia paulista à espera de alguém que possa mos-trar-lhe um motivo forte o bastante para libertá-lo do vício.

Selio

Mor

ais

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BrasilInauguração do novo F. F. Soren

marca história dos batistas

Em janeiro de 2008, durante a noite missionária na 89ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, em

Brasília, muitos irmãos e as crianças e adolescentes dos lares Batista F. F. Soren e David Gomes vestiam camisetas alusivas aos Lares e nas costas havia a frase acima, título desta matéria. Graças a Deus este sentimento não ficou estampado apenas em camisetas, mas foi impresso no cora-ção e moveu os batistas de todo o Brasil, que se uniram e ofertaram recursos fi-nanceiros, dedicaram tempo à oração em favor daquilo que era sonho no coração de todos, doaram o projeto arquitetôni-co, tempo de serviço voluntário e artigos para equipar o novo Lar. Pela bênção de Deus e doação do povo batista, no dia 26 de junho de 2010, foi inaugurada a pri-meira fase da obra do novo Lar Batista F. F. Soren. Nesta ocasião, um culto de grati-dão a Deus foi celebrado no fim da tarde na nova sede do F. F. Soren com a partici-pação de aproximadamente 700 pessoas, entre autoridades estaduais e municipais e irmãos das igrejas de diferentes estados. A Convenção Batista Brasileira foi repre-sentada por seu presidente, pastor Josué Salgado, e o executivo, pastor Sócrates Oliveira, enquanto, assim como a Con-venção Batista do Tocantins, que teve seu atual presidente, pastor José Batista (que já dirigiu o Lar Batista F. F. Soren), e o executivo, pastor Josué Moura Santana. Também presente esteve o ex-presidente que acompanhou o início das obras do Lar, pastor Alcides de Oliveira Souza, que participou, inclusive, de mutirões na construção.

Nesta primeira fase foram construí-das quatro casas-lares; casa dos diretores; duas quitinetes (para abrigar as missio-nárias da área técnica); refeitório; cozi-nha central; despensa; lavanderia; bloco administrativo com 150m² (composto por recepção, secretaria, salas multiuso, consultórios de saúde e odontológico); bloco de salas com 200 m² para ofici-nas leves (inclusão digital, artes, música, biblioteca); brinquedoteca; sanitários; guaritas e obras de urbanização. As quatro casas são amplas e confortáveis, cada uma com capacidade para receber 12 moradores, além da missionária cui-dadora, com sala, copa-cozinha, área de serviço, três quartos, dois banheiros (cada um com dois boxes, duas pias e dois sanitários), sala de estudos e suíte para a missionária. Ao todo foram 2.000 m² de área construída (R$ 737.200,86), além de 1.000 metros lineares de muro, com 2,30m de altura (R$ 94.709,20), re-presentando um investimento total de R$ 831.910,06, incluindo todos os pavi-

Unidos por amor às criançasEm sua fala na inauguração, pastor

Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, informou o va-lor que havia sido gasto e lembrou que quando foi aprovada a transferência do Lar de Itacajá para as proximidades de Palmas, não havia um centavo para investir neste projeto, mas que a par-ticipação de todos e a bênção de Deus operou este milagre. Cláudio Márcio Rodrigues, missionário voluntário da JMN que coordenou toda a primeira fase das obras, testemunhou da fideli-dade de Deus, afirmando que em todo o processo nunca faltou dinheiro para a obra. Citou também, com lágrimas nos olhos e voz embargada, o teste-munho de uma das pessoas que acre-ditou neste sonho e contribuiu para torná-lo realidade. O pequeno Lucas Cavalcante Cardoso, de nove anos de idade, da IB Emanuel em Recife, PE. Ao ouvir pastor Fernando Brandão fa-lando em sua igreja sobre o novo Lar, o esperou na saída e disse que podia construir o Lar, pois ele ia ajudar. Ele havia acertado com o pai que este lhe daria um valor proporcional às notas que tirasse na escola. Conseguiu arre-cadar R$ 100,30, mas “como meu pai gostou das notas e ama também mis-sões, dobrou o dinheiro”. Assim Lucas testemunhou por carta ao executivo que enviaria R$ 200,60 e perguntava como poderia entregar: “o senhor vem visitar minha casa ou eu mando pela igreja?” Após o testemunho, pastor Fernando concluiu: “Os batistas bra-sileiros são exatamente isso: um povo apaixonado por missões, um povo ge-neroso. Um povo simples. E a obra de Deus se faz com milagre e oração, se faz pela fé”, enfatizando que mais que dinheiro, precisa-se de vidas no altar do Senhor para serem usadas podero-samente e milagres como este acon-tecerem. “E muitos outros vão acon-tecer”.

Há muitos anos os batistas brasilei-ros não celebravam uma obra tão vul-tosa e a realização dela tem sido con-siderada um marco na história. Pastor Josué Santana foi taxativo: “Aqui temos mais que um novo Lar, mas um mar-co na história dos batistas brasileiros. Com este novo Lar estamos dizendo a nós mesmos e às denominações do Brasil que nós podemos transformar nossa nação”. Acrescentando que se todo o povo de Deus tiver esta visão, não teremos mais crianças nas ruas, abandonadas, nem em casas de pas-sagens ou presídios, pois poderemos transformar o Brasil.

Batistas marcam presença no dia da inauguração

Coral F. F. Soren

lhões (piso, vidros, telhas, pintura, box, azulejos, banheiros, blindex, rede elé-trica e rede hidráulica). Considerando a aquisição do terreno no valor de R$ 100.000,00 e R$ 50.130,64 investidos na

compra de mobiliário e utensílios para o Lar, chegamos ao custo total desta primeira fase de R$ 982.040,70, confor-me dados do sistema financeiro da JMN apurados em 31 de maio de 2010.

IMB de Brasília inaugura a Casa Soldados de Cristo

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BrasilVoluntários fazem toda a diferença na construção do novo Lar

Voluntários Claudio e Rose são homenageados

Voluntários – um caso à parteOutro destaque nesta construção

foi o envolvimento de tantas pessoas e o trabalho voluntário realizado em todo o processo. O casal Cláudio Márcio e Rose Rodrigues fechou as portas de sua casa no Rio de Janeiro e mudou-se para Pal-mas para coordenar as obras, morando naquele estado por pouco mais de um ano, sem nenhum ônus pra Missões Na-cionais, trabalhando de segunda a sábado. Aos domingos, descansavam apoiando o trabalho de plantação de igreja em Laje-ado, liderado pela missionária Margarida Lemos Gonçalves. Na inauguração o casal foi homenageado por Missões Nacionais, reconhecendo todo o empenho, seriedade e amor pela obra missionária. Pastor Josué, executivo da convenção estadual, afirmou também que o casal deixava uma lacuna no Tocantins. “A vida e o modo de traba-lhar dos irmãos foi sempre uma inspiração para todos nós”.

Para acelerar as obras e reduzir custos, nove mutirões foram realizados por ir-mãos das igrejas do Tocantins como, por exemplo, IB Hebrom, IB Betel; IB Memo-rial de Palmas, IB Bíblica de Palmas e 1ª IB de Taquaralto; 1ª IB de Palmas, 3ª IB de Pal-mas; 1ª IB Taquaruçu, Ebenezer; 2ª IB de Palmas; 1ª IB de Porto Nacional; 1ª IB de Tocantínia; 2ª IB de Porto Nacional. Além destes também houve mutirão com a parti-cipação dos seminaristas do estado, lidera-dos pela Convenção Batista do Tocantins, dos executivos de Missões Nacionais e até mesmo de uma igreja de São Paulo. Uma caravana da 1ª IB do Itaim Paulista levou 40 voluntários especializados na constru-ção de templos no Brasil e no exterior, que passou 20 dias ajudando na construção do Lar. Até mesmo irmãos de outras denomi-nações participaram dos mutirões realiza-dos, que foram de grande relevância para a conclusão das obras e a economia obtida. A todos que participaram dos mutirões nossa gratidão.

Até mesmo nas últimas horas que an-tecederam o culto de inauguração do Lar, a ação dos voluntários foi de grande valia. Incansáveis, Édina Maria da Silva Ramos (1ª IB em Benfica(RJ) – pastor Aloízio Vieira Cardoso) e Marialva Pereira Oli-veira (1ª IB Vila Primavera (SP) – pastor Ênio Francisco da Silva) se dedicavam ao

trabalho de costura, providenciando corti-nas, forros para os assentos dos sofás das casas, blusas para a apresentação da co-reografia das meninas e o que mais fosse necessário. Édina foi ovelha do diretor do Lar em 1996 e sempre tem apoiado o tra-balho do Lar. Marinalva já atuava na igreja com cursos de corte e costura e outros e, quando a missionária Renata Keli esteve em sua igreja divulgando a construção do novo Lar, apaixonou-se pelo projeto. Resolveu então doar um mês de serviço ao Lar, chegando no dia 9 de junho (ain-da no antigo Lar) para ajudar no que fos-se possível. “É uma experiência fantástica que estou vivendo e não vou parar mais... Nos próximos meses irei para Barreiras e quero servir como missionária voluntária, percorrendo os projetos em que for neces-

sária”, compartilhou alegremente. Neuma Campelo, promotora de missões da 1ª IB de Nova Iguaçu (RJ) – pastor Edgar Bar-reto Antunes, também esteve presente, representando a igreja e compôs a equipe de voluntários que ajudaram nos últimos preparativos. Sílvia Azevedo e Michele Tedesco, membros da Igreja Batista Get-semani (SP), pastor Laércio Azevedo, vieram de São Paulo para participar da inauguração. Elas contaram que durante a campanha de Missões Nacionais de 2009 a igreja envolveu-se com o Construtores do Futuro e cada criança do Lar foi adotada por membros da igreja para presenteá-las no Natal. Silvia e Michele (esta, promo-tora de missões da Igreja) desejavam ter ido a Itacajá em dezembro, levar os pre-sentes, no entanto como não foi possível,

deixaram para ir à inauguração. Ao chegar, envolveram-se com os preparativos da inauguração, ajudando na costura, na lim-peza das casas e no que mais fossem úteis. Ao fim do culto, Michele afirmou: “Antes não tinha ideia do tamanho do espaço, das construções. Ficamos muito felizes, pois tem bastante gente ajudando. O trabalho voluntário, o exemplo dos irmãos Márcio e Rose é impactante”. Para Sílvia, que havia chegado naquela semana de um projeto missionário na África do Sul, “o projeto é maravilhoso, foi além da nossa expectati-va”. Quando questionada sobre qual a men-sagem que levava para a igreja, respondeu: “temos que fazer mais, pois o que fazemos ainda é pouco”.

E o sonho aconteceu A missionária Aidete Brum, por um ano,

percorreu estados brasileiros falando sobre os desafios da construção do Lar. Depois de participar da inauguração, compartilhou sua alegria com o texto a seguir.

“Somos eternos sonhadores. E quem não sonha vive uma vida vazia, sem esperanças. Essa é minha palavra inicial ao realizar o sonho de conhecer o Lar Batista F. F. Soren. E maior a alegria de ter tido o privilégio de participar do culto de inauguração, aliás, uma maravilhosa festa de louvor e ado-ração do povo de Deus. A expectativa era muito grande de conhecer o que durante 1 ano falei às igrejas sem ter visto, tudo era imaginário. Nesse dia quando o portão se abriu, não consegui conter as lágrimas. Agora podia ver o que conhecia e cria pelos olhos da fé. Foi muito forte minha emoção, é indescritível. Depois de muito trabalho, todos pegando firme com o objetivo de que tudo estivesse pronto no momento certo, foi exatamente isso que aconteceu. O povo de Deus compareceu em massa, era muita alegria, emoção, louvor, adoração, palavras, fogos, brinquedos e brincadeiras, enfim a re-alização de um sonho aconteceu.

As crianças, adolescentes, missioná-rios, funcionários, lideranças da Conven-ção Batista Brasileira e do Tocantins, au-toridades constituídas de Palmas e Porto Nacional também estavam emocionados com tudo que seus olhos estavam contem-plando. A Deus toda a honra e toda a gló-ria, porque esse sonho não era só meu, mas dos batistas brasileiros”.

Voluntárias preparam os últimos detalhes

Júni

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acie

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BrasilIgreja em Libras

Desde janeiro de 2009, os missioná-rios surdos Flávio Alan e Patrícia dos Santos estão plantando uma

igreja em Arapiraca, onde anunciam a mensagem de salvação aos surdos. No úl-timo domingo de junho, tiveram a alegria de ver batizados os primeiros sete frutos de seu trabalho: Felipe, filho do casal, de 9 anos, e seis surdos. A Missão Batista em Libras, como é chamado o trabalho, tem cerca de 30 congregados, dos quais 15 já se converte-ram e preparam-se para o batismo.

Apesar dos bons resultados alcançados, os missionários têm encontrado muita re-sistência. Seitas religiosas muito presentes na cidade abordam os surdos, barganham sua atenção, oferecendo benef ícios, e os orientam a afastarem-se dos batistas, pois são do diabo. Os surdos então ficam com medo até mesmo de falar com os missio-nários nas ruas. Certa seita tem até mesmo um DVD que explica a versão deles da Bí-blia, passando assim conceitos divergentes da Palavra de Deus aos surdos. Mas, gra-ças à misericórdia de Deus, e empenho dos

missionários em anunciar a verdade, entre os batizados e congregados há pessoas que anteriormente seguiam esta seita e que hoje estão firmes com Jesus.

Surgem os primeiros frutos da Missão

Batista em Libras

Novos membros da Igreja Batista em Libras

Os surdos de Arapiraca em geral não estão nas escolas, não trabalham, vivem isolados e suas famílias têm medo de dei-xá-los sair, pois os julgam incapazes de se defender e temem que façam mal a eles. Sabem Libras, mas não conhecem nada do português e a família não crê que tenham capacidade de aprender qualquer coisa. A comunicação com os familiares também é deficiente, pois estes não conhecem Li-bras e usam gestos para comunicar. Desta forma, o testemunho de vida dos missio-nários tem impressionado tanto os surdos quanto suas famílias. Patrícia formou-se pelo Instituto Nacional de Educação do Surdo e em Letras/Libras por meio do curso a distância da Universidade Federal de Santa Catarina, enquanto Flávio Alan cursa Teologia. “Agora compreendem que os surdos podem aprender muitas coisas”, compartilhou Flávio Alan e os familiares agora desejam aprender Libras para me-lhorar a comunicação com os surdos.

Depois de visitar a casa de vários sur-dos, num local distante da Missão, para que sete deles, entre jovens e crianças, pu-dessem frequentar os cultos dominicais, o missionário obteve autorização de suas fa-mílias para pegá-los em suas casas, levá-los aos cultos e trazê-los de volta. Assim, todos os domingos Flávio Alan deixa a esposa e o filho na igreja e vai buscá-los para o culto. “Me dá muita alegria, pois estou mais pre-ocupado com almas que com o custo da gasolina”, afirma o missionário.

Acostumados à realidade de não pode-rem fazer nada, era comum os surdos pe-direm ajuda financeira, ao que Flávio Alan os orientou que deveriam orar pedindo a Deus que os ajudasse. Eles ficaram meio reticentes, no entanto, o missionário fez contato com fábricas locais e hoje 14 sur-dos trabalham em duas delas e estão mui-

to felizes, inclusive dois da seita que tanto anuncia que os batistas são do diabo. Com esta maior visibilidade dos surdos na vida da sociedade local, muitos ouvintes estão interessados em aprender a língua deles, para poder estabelecer uma comunicação mais efetiva com eles, principalmente os colegas de trabalho nas fábricas. Com a chegada de missionários surdos, a socieda-de começou a se despertar para a realidade deles e compreender que há uma forma diferente de comunicação com este gru-po, que é a língua brasileira de sinais. “No Rio de Janeiro há muitos cursos, lá não há nada. Antes eles viviam isolados em suas casas. Agora os ouvintes se dão conta de que surdos podem fazer algo”, comparti-lhou o missionário Flávio Alan. Entre as pessoas interessadas em aprender melhor Libras estão mulheres que vivem com sur-dos. Uma delas inclusive deseja casar para poder se batizar, mas o companheiro, que ainda não aceitou Jesus, mas já frenquenta a Missão, ainda está resistente à ideia do casamento. Esta irmã tem o desejo de pre-parar-se para poder ajudar na igreja como intérprete. Os missionários pedem ao povo batista que interceda para que Deus levante, urgentemente, intérpretes para auxiliar no trabalho junto à família dos sur-dos, podendo assim alcançá-los também com a mensagem de salvação.

A importância de materiais próprios

Para ouvintes talvez possa parecer impossível que haja um ser humano em nosso Brasil que não conheça nada sobre Jesus, Adão ou Eva. Mas em Arapiraca, quando os missionários começam a falar sobre a criação, sobre Adão e Eva, os sur-dos perguntam: quem são esses? “Eles não conhecem nada sobre a Palavra de Deus, mas nós começamos a explicar que Jesus morreu na cruz por eles”. Os missionários têm utilizado o material para evangeliza-ção e discipulado de surdos, produzido por Missões Nacionais, para ensiná-los so-bre as verdades bíblicas. Para eles, o uso de desenhos é fundamental, pois ajuda a ter melhor compreensão. Como não conhe-cem nada do português, desenhos acom-panhados de pequenas palavras têm sido muito úteis para que comecem a aprender também esta nova língua. “Eles desejam aprender mais, querem mais livros”, afirma Patrícia. Dando continuidade à produção de material adequado aos surdos, Missões Nacionais trabalha atualmente na adapta-ção do estudo O que Jesus deseja que você faça, e a missionária Marília Moraes Ma-nhães dá sequência também à tradução de livros da Bíblia para Libras em DVD.

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Institucional

Se você deseja saber informações sobre o Congresso de Vocacionados, acesse o link no site www.jmm.org.br

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Mundo

Na Copa do Mundo rea-lizada na África do Sul, entre 11 de junho e 11 de julho, vencer era o objeti-

vo principal daqueles que lá represen-tavam suas pátrias. No entanto, para uma outra seleção, a escolhida nas igrejas brasileiras pelo Senhor, o ob-jetivo maior não era conquistar uma goleada expressiva, mas superar o ad-versário de nossas almas e promover a salvação em Cristo. Essa jogada fei-ta pelo grupo de 210 voluntários nos campos sul-africanos, durante o Pro-jeto Conexão África, deixou resulta-dos significativos para o Reino, como conversão de vidas, serviço e teste-munhos de amor à sociedade daquele país e de todos que lá estavam para assistir aos jogos.

Os voluntários do Projeto Conexão África 2010 chegaram ao país em gru-pos, conforme planejado pelo Pr. Mar-cos Grava, que coordena o PEM (Pro-grama Esportivo Missionário) da JMM. A primeira equipe desembarcou em Joanesburgo, cidade mais importante da África do Sul, e que seria a sede do Projeto, cerca de 10 dias antes do iní-cio oficial do evento, a fim de preparar o terreno para o restante do grupo. Fo-ram realizados contatos estratégicos com escolas, hospitais, igrejas e outras instituições para que, no decorrer dos dias das partidas, os voluntários pudes-sem desenvolver suas ações.

Primeiros dias na África do Sul No dia 11 de junho, jogavam Áfri-

ca do Sul e México, inaugurando no

continente africano a competição mais importante do futebol mun-dial. Em relação à obra missionária, a Copa do Mundo de 2010 também inaugurou um novo momento: pela primeira vez, o Brasil enviou para um campo missionário seu maior grupo de voluntários. Naquele dia, a equipe do Conexão África estava conquistando vitórias em uma das comunidades mais carentes de Jo-anesburgo, a favela de Zandspruit. Apesar do clima tenso, em função da violência que assola o país, e que causou transtornos para muitos tu-ristas, os voluntários conseguiram alcançar algumas pessoas que acei-

taram a Cristo como Senhor e Sal-vador.

No dia 15 de junho a equipe visi-tou uma escola muçulmana e um hos-pital, antes de seguir para o Estádio Ellis Park, em Joanesburgo, palco da estreia da Se leção Brasileira. De acor-do com Luciana Grava, a visita àque-la instituição foi conseguida graças à presença dos brasileiros. “O pastor local tentava há muitos anos agendar uma visita e só foi possível realizá-la, para falarmos do amor de Deus a cerca de 150 crianças, pelo fato de sermos brasileiros”, conta. Além des-sa visita, o grupo esteve também em um hospital. Caracterizados de pa-lhaços, os voluntários levaram alegria e oraram pelos pacientes e enfermei-ros. Na entrada do estádio, apesar do frio intenso, o Pr. Marcos Grava comandou a equipe no trabalho de evangelização, com a distribuição de água e folhetos com os testemunhos de vida de Kaká e Jorginho. “Deus nos usou tremendamente neste lugar; vá-rias pessoas aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vi-das. Glória a Deus”, conta o missioná-rio da JMM.

Dois dias depois, o grupo retornou à comunidade de Zandspruit para re-alizar trabalhos nas áreas esportiva, médica e recreativa (através dos Ki-dsGames). “Ao final de cada atividade esportiva pregávamos a Palavra. Fi-

Vitórias para Cristo na Copa do MundoPor Sergio Dias

quei maravilhado com a atenção das crianças e Deus atuou de forma in-tensa na vida daquelas pessoas”, conta o voluntário Michell Costa.

Estratégias eficazesJá no final do Projeto, o grupo

conseguiu visitar uma escola de Joanesburgo, cujo contato para li-beração foi negociado durante um mês pelos líderes sul-africanos que apoiaram o Conexão África. “Após muita oração, tanto da parte da equipe como da rede de interces-são montada no Brasil, a visita foi autorizada e pudemos apresentar o plano de salvação de forma es-

Divididos em grupos de trabalho, levaram alegria a crianças e adolescentes Integração foi uma das marcas do Projeto

Voluntários celebram chegada à África do Sul para servirem no Projeto Conexão África 2010

Na entrada do estádio, evangelização com a distribuição de água e folhetos com testemunhos de

jogadores brasileiros

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Mundo

Vitórias para Cristo na Copa do Mundo

tratégica às crianças da escola com a entrega de centenas de ‘missio-necas’ (bonecas com as cores do plano de salvação: preto, amarelo, verde, vermelho e branco). Saímos de lá em lágrimas e com o coração quebrantado por tudo que Deus fez”, diz Luciana Grava.

Outra ação foi desenvolvida nas áreas reservadas pela FIFA (orga-nizadora da Copa do Mundo), as chamadas Fan’s Zone. Ali, onde constantemente havia uma gran-de concentração de torcedores de diversas nações, atraídos pelos imensos telões que transmitiam os jogos ao vivo, os voluntários pude-ram evangelizar livremente e mui-tas vidas foram alcançadas. Antes de arrumarem as malas e deixarem a África, eles ainda atuaram na porta do estádio Soccer City, em Joanesburgo, distribuindo água,

folhetos e DVDs com testemunhos de atletas da Seleção Brasileira aos torcedores que chegavam para

assistir ao jogo entre Espanha e Honduras.

Consolidando resultadosA liderança do Conexão África

2010 e outros 20 voluntários perma-neceram em Joanesburgo até o final da Copa do Mundo para completar o planejamento do Projeto e colher os frutos do trabalho. Eles visitaram novamente os locais por onde passa-ram para consolidar os resultados. Os voluntários, sensibilizados pelo frio e pela condição social dos sul-africa-nos, doaram roupas, casacos, cober-tores e calçados àquelas instituições. “Não cansamos de agradecer a Deus e a cada um que orou por nós; vocês fizeram parte de tudo que conquista-mos, para a glória dEle”, finaliza o Pr. Marcos Grava.

O desejo do Pr. Marcos Grava é que os voluntários que dedicaram suas vidas ao trabalho de evange-lização durante a Copa do Mundo, deixando muitas vezes o prazer de

assistir aos jogos, tenham sido bem recebidos em suas igrejas e utili-zem tudo o que viram e aprenderam durante o Conexão África para au-mentar o amor dos brasileiros por missões.

O Projeto Conexão África foi uma parceria entre Missões Mun-diais da CBB e a Coalizão Brasilei-ra de Ministérios Esportivos (CBE). A estratégia de usar o esporte tem trazido bons frutos para a obra mis-sionária brasileira, como nos Jogos Pan-Americanos realizados no Rio de Janeiro, em 2007, e nas Olimpí-adas de Pequim, na China, em 2008, entre outros eventos. A expectativa dos organizadores é que a parceria dê mais resultados nas próximas competições: Jogos Mundiais Mi-litares de 2011, no Rio de Janeiro; Olimpíadas de 2012, em Londres; Copa das Confederações da FIFA, em 2013e a Copa do Mundo de 2014, ambas no Brasil; e os Jogos Olímpi-cos de 2016, no Rio de Janeiro.

Entrega de ‘missioneca’

Voluntário em ação evangelizando norte-coreanos... ... e sul-africanos nas proximidades dos estádios

Visita à escola na comunidade de ZandspruitTrabalhando em hospital de Joanesburgo

Crianças receberam as ‘missionecas’ (bonecas com as cores do plano de salvação: preto, amarelo, verde, vermelho e branco)

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Mundo

D a janela de sua casa, o casal missionário em La Línea,

na Espanha, Pr. Marcos Vinícius e Sylvia de Araújo, se depara com os alvos que o Senhor colo-cou em seus corações: La Línea, o Campo de Gibraltar, o Mar Mediterrâneo e a África do ou-tro lado, com Ceuta à esquerda e Marrocos à direita. “Nos sen-timos motivados a não somente orar, mas também agir para al-cançar esta região para Cristo”, diz o pastor. Este é o objetivo do CEM – Centro de Expansão Missionária, projeto desenvolvi-do para aquela região pelo casal de obreiros da JMM. A preocu-pação atual é maior para com o Marrocos, de onde foram expul-sos, recentemente, missionários de vários países que lá atuavam.

No trabalho de evangeliza-ção na Espanha, só este ano os missionários realizaram evan-gelismos semanais nas ruas de La Línea e também de Los Bar-rios; iniciaram a quinta turma da Escola de Pais; e continuam desafiando a igreja a investir em missões. Um dos resultados do t raba lho é o cresc imen-to da igreja . Os missionários apoiam a Igreja Batista da Fé, de irmãos filipinos, e que com-pletou 2 anos de organizada.

Uma nova porta foi aberta à obra, desta vez em Algeciras , onde um irmão ofereceu aos missionários um espaço para atividades evangelísticas . No local, eles pensam em realizar uma outra Escola de Pa is e formar um grupo de estudos bíblicos para alcançar os estran-geiros, a maioria muçulmanos, que lá chegam através do porto de acesso ao Norte da África.

O pastor conta que certa vez leu uma meditação sobre um aspecto importante da oração, que é estar disposto a ser parte da resposta. É exatamente este o desafio que ele e sua esposa sentem do Senhor: estar onde mais colocarem o coração em oração. Eles esperam que, com o apoio das orações dos irmãos em Cristo, Deus conf irme a melhor estratégia para a exe-cução de mais e s ta missão .

A Igreja Batista de Treviso, na Itália, entrou para a história daquela cidade ao ser a pri-

meira comunidade evangélica a con-seguir autorização para falar do amor de Deus em um local público. A reali-zação do evento Soffio di Luce (Sopro de Luz), que aconteceu no dia 23 de maio, na praça principal, só foi possí-vel após 6 meses de oração, envio de documentos e reuniões com a prefei-tura. Segundo o missionário organi-zador da programação, Pr. Caio Bot-tega, missionário de Missões Mun-diais em Treviso, a autorização para realização de eventos religiosos em locais públicos na Itália é muito dif í-cil. Mas como a igreja é reconhecida diante da lei italiana, a liberação foi dada pela prefeitura mediante o paga-mento de todas as taxas estabelecidas.

O esforço foi recompensado. As atividades começaram pelas crian-ças, que cantaram e dançaram para Jesus. Depois foi a vez de um cantor italiano evangélico se apresentar. To-dos oravam e até a chuva resolveu dar lugar ao sol. Com a apresentação do grupo de louvor da Igreja Batis-ta de Treviso, as pessoas presentes comprovaram a seriedade de uma igreja que procura manifestar a gran-deza de Deus de modo organizado,

Evento marca história de igreja na Itália Uma janela para novas metas na

Espanha

com qualidade e unidade. O último momento ficou sob a responsabili-dade de Lídia Genta, muito conhe-cida no meio evangélico italiano.

O Pr. Luís Roberto Silvado, da Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba/PR, realizou uma medita-ção sobre a salvação em Cristo Je-sus. Ele foi traduzido pelo Pr. Fabia-no Nicodemo, também missionário da JMM e pastor da Igreja Batista na cidade de Cesena, na Itália.

O casal missionário Pr. Caio e Astride Bottega se emocionou ao ver o grande número de pessoas

de origem muçulmana presentes ao evento. A igreja distribuiu mais de mil marcadores de páginas, fo-lhetos e bíblias. Ao final, foram vários os interessados em saber o endereço da igreja para compare-cer ao próximo culto. “Queremos agradecer a todos que oraram pelo evento, especialmente pela Igre-ja Batista de Treviso, porque hoje ela não é a mesma, pois conheceu o poder de Deus sobre aqueles que se deixam ser guiados pela mão di-vina. Uma grande vitória está con-cretizada’’, disse o Pr. Bottega.

O crescimento do cristianismo deixa em alerta as autoridades

islâmicas no Oriente Médio. A im-prensa, especificamente a principal emissora de TV árabe, noticia o temor dos muçulmanos na região depois que alguns estudiosos e líderes que se renderam ao Senhor Jesus. Vieram a público assuntos inéditos e polêmicos, esclarecendo pontos doutrinários e comportamentais, e que são motivos de dúvidas entre a maioria árabe.

O fato foi observado por um dos missionários de Missões Mundiais no Oriente Médio após a declaração feita por um sheik, no Egito, que revelou a conversão ao cristianismo de mais de 10 mil jovens, o que levou muitos muçulmanos questionarem sua fé e os dogmas religiosos. O missionário conta que a bênção maior é que muitos des-ses preferem tirar suas dúvidas com os obreiros da terra e que, neste momento, Deus está revelando aos seus corações o caminho da Verdade que liberta. “Na região norte da Síria, não param

as perseguições e ameaças diretas aos obreiros da terra e aos convertidos, mas, pela graça de Deus, o crescimento é cada vez maior. Por lá, três famílias se converteram ao Evangelho de Cris-to, depois de procurarem o obreiro para tirar dúvidas”, diz o missionário.

As vitórias não param no Oriente Médio. Uma igreja subterrânea, lidera-da por obreiros da terra, prepara alguns ex-muçulmanos para o batismo, a ser realizado ainda neste semestre. Mas a liderança muçulmana já conhece algu-mas estratégias das agências missioná-rias e tem passado isso para as crianças. Nas escolas, eles ensinam que o Oci-

dente está “invadindo” o Oriente para evangelizá-los através de trabalhos so-ciais nas áreas de saúde, cultura e espor-tes, além de estudar a língua e a cultura árabes. Diante disso, o missionário pede para que os irmãos brasileiros orem para que Deus lhes dê visão de como levar a Luz do Senhor ao povo árabe.

No Iraque, nove famílias e um sheik frequentam a 1ª IB de Bagdá. Eles dizem que agora encontraram o descanso no Senhor. “Podemos ver nos olhos desses irmãos em Cristo a sede e a fome da verdade”, conta o missionário.

Os obreiros da terra escolhidos pelo Senhor para realizarem esta obra muitas vezes chegam a chorar diante do Pai, frente às ameaças que sofrem por causa do Evange-lho. Mas eles acreditam, que com o apoio das orações dos crentes bra-sileiros, o Senhor os guardará, bem como também protegerá os novos convertidos e enviará mais obreiros àquela região que precisa do amor, da graça e da misericórdia do Pai.

Conversões no Oriente Médio surpreendem autoridades muçulmanas

1ª IB de Bagdá, no Iraque

Coral faz apresentação ao ar livre em praça de Treviso

Nove famílias e um sheik dizem ter encontrado

descanso no Senhor

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bram das histórias bíblicas contadas pelos Radicais. E o principal: o que aprendem no PEPE as crianças levam para suas famílias. “O pai de um dos nossos alunos procurou o pastor e disse que queria aceitar a Jesus como seu Senhor e Salvador. Vibramos com isso! Um outro pai nos procurou e pediu para o Almir Felipe explicá-lo algumas coisas que ele leu na Bíblia, mas que não conseguia entender”, conta a Radical Fabíola Dutra.

Em todos os lugares que visitam, os missionários sempre levam, em áudio, a Bíblia em Bambará, o dialeto local. Enquanto ela é reproduzida, as pessoas ouvem a Palavra e aproveitam para tirar dúvidas sobre o amor de Deus, que é ignorado em sua religião.

Um dos acontecimentos mais recentes no vilarejo foi a exibição do filme Jesus em Bambará. O povo lo-cal assistia com entusiasmo ao filme, especialmente quando Jesus aparecia. “Eles escutavam e assistiam atenta-mente a cada cena e vibravam quando Jesus aparecia e fazia milagres. Mas o milagre maior que nós queremos ver é Cristo no coração dessas pessoas. E esse milagre já tem acontecido”, alegra-se Fabíola.

Mundo

Diante da carência por uma igreja comprometida com missões, a missionária Carmem Lígia, jun-

tamente com sua saudosa companheira de campo Ana Lóide, aceitou o desafio de abrir uma nova obra na comunidade Nove, uma das 16 da cidade de Medellín, na Colômbia. Foi o bairro de La Milagrosa, onde impera a idolatria, que Deus escolheu para plantar uma igreja forte e ativa.

As missionárias trabalhavam há um ano no bairro apenas com o casal de obrei-ros da terra, Nélson e Patrícia Isaza, utili-zando o templo que estava fechado. Mas em abril deste ano elas passaram a contar com mais cinco aliados na seara. São os jo-vens do projeto Radical Latino-Americano André Duarte Kerne (Uruguai), Abigail Garcia Cruz (Bolívia), Karla Ângela Suca-saca e Mery Loida Huamanchumo (Peru) e Rebeca Carlly Alves e Silva (Brasil), que decidiram dedicar nove meses de suas vi-das para evangelização da América Latina.

Os Radicais Latinos se envolveram nos ministérios daquela missão, apoiando nas classes da Escola Bíblica Dominical, na direção dos cultos e no louvor. Eles também aceitaram o desafio de iniciar uma

EBD para jovens, cuja primeira e única aluna se decidiu por Jesus. A missionária Carmen Lígia crê que o trabalho com os jovens ainda dará muitos frutos em razão da dedicação dos Radicais, que também investiram em reuniões evangelísticas com esse grupo, aos sábados.

Os jovens missionários também levaram mais alegria às crianças dos colégios públicos da cidade e de duas fundações parceiras do Projeto Calçada Colômbia. Centenas de alunos, que ainda não conheciam o Senhor Jesus como Salvador, foram impactados por estes jovens através da realização dos Kids-Games. “Ver as crianças sorrindo a cada jogo, escutando com tanta atenção o significado de cada cor do livro Sem Palavras, nos traz muita alegria”, diz Carmen Lígia. A terceira idade também foi alcançada através de aulas de ginástica, realizadas aos sábados.

Os Radicais promoveram, ainda, impactos evangelísticos com as crianças, apoiaram a célula de evangelização, rea-lizaram cultos nos lares e fizeram visitas constantes para proclamar o nome de Jesus. Uma outra eficaz estratégia foram as aulas de português. Várias pessoas foram atraídas ao estudo do idioma e,

Apoio à missão na Colômbia

Desde maio no Senegal, oeste afri-cano, a sétima turma do Projeto

Voluntários Sem Fronteiras – Radical África, formada por Ayrthon Breder, Cristina Silveira, Keli Souza, Paula Barcelos, Thiago Batista, Valdirene Gonçalves, Vinícios Salum e Weider Pereira está sendo coordenada pela missionária Andréa dos Santos. Estes oito jovens permanecerão no Sene-gal até novembro. O período de seis meses serve para que eles se adaptem à cultura africana e aprendam o fran-cês, língua oficial daquela parte do continente.

Durante as aulas de francês, em uma universidade, os Radicais apro-

a cada aula, aprenderam um versículo e uma aplicação bíblica para suas vidas.

Dedicação e amor ao Senhor da obra não faltaram a estes jovens que foram tocados e desafiados pelo Espírito Santo a comprometerem suas vidas com a obra missionária. E parece que os resultados os motivam a servir cada vez mais ao Senhor, como o momento em que quatro moradores de rua reconheceram Jesus como seu Salvador. O fato ocorreu du-rante a ocasião em que os Radicais Lati-nos acompanhavam as missionárias em

mais um dia do projeto que elas realizam com estas pessoas, compartilhando o amor de Deus e dando alimento e aten-ção àquelas vidas tão carentes.

Carmen Lígia ora para que Deus possa prover todos os recursos neces-sários à manutenção destes trabalhos e levante mais pessoas decididas a comprometer suas vidas com a Sua obra, assim como Ana Lóide, que se-guiu para os braços do Pai no dia 13 de julho, a fim de que a Colômbia saiba que Ele é o seu Deus.

Sétima turma já está em adaptaçãoDificuldades superadas no Mali

veitam para fazer contato com os de-mais estudantes, a maioria de outros países. Assim eles fazem amizades para, em um momento oportuno, testemunhar-lhes do amor do Senhor Jesus.

Mas os Radicais também já traba-lham na seara. Em Guedywaye, su-búrbio de Dacar, eles tiveram a opor-tunidade de ajudar em uma reforma nas instalações da escola para surdos, onde o trabalho é desenvolvido pelo casal missionário Walter e Alzira Freire. A equipe é grata a Deus por levantar sustentadores para esta obra, e pede a Ele que a vida dos irmãos no Brasil sirva para fazer a diferença.

Alunos do PEPE no Mali

Novos Radicais em imersão cultural no Senegal

Radicais ajudam na revitalização de igreja na Colômbia

O trabalho dos Voluntários Sem Fronteiras – Radical África,

no Mali, tem chamado a atenção de alguns religiosos locais. Ainda que não seja objetivo dos missionários incomodá-los com a obra de Deus, fei-ta através do amor, até que entendam que a verdade está em Jesus Cristo, as atividades estratégicas desenvolvidas junto à comunidade disseminam a mensagem. E alguns deles começam a se aproximar, interessados em tirar dúvidas que os afastam da Verdade.

Uma das estratégias mais promis-soras é o Programa de Educação Pré-Escolar (PEPE). Na unidade recém-implantada, as crianças têm acesso aos princípios bíblicos de maneira estratégica. A resposta dos alunos está à altura do trabalho desenvolvido. Algumas já oram sozinhas e até lem-

O trabalho dos Voluntários Sem Fronteiras – Radical África, no Mali, tem chamado a atenção de alguns religiosos locais.

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Mundo

Pr. Mayrinkellinson ora pelos novos missionários

Uma parceria entre a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil

(OPBB), a Junta de Missões Mun-diais e a Junta de Missões Nacionais estabeleceu a realização do Congres-so Nacional de Vocacionados, que acontecerá no Colégio Batista Mi-neiro, em Belo Horizonte/MG, entre os dias 20 e 22 de agosto. A expecta-tiva é reunir um grande número de vocacionados ao ministério pastoral e missionário, levando-os a dirimir dúvidas sobre chamado e vocação, a conhecer oportunidades ministeriais e a definir melhor quais campos de atuação desejam seguir.

As inscrições para o congresso serão feitas exclusivamente pelo website da OPBB – www.opbb.org. Elas serão identificadas da seguinte maneira: “Pastor”, “Se-minarista” e “Vocacionado” – esta opção é para os que se sentem chamados para a área missionária. Em seguida, basta acompanhar as instruções eletrônicas para gerar o boleto de pagamento. Outras opções são o depósito identificado e a transferência diretamente na conta da OPBB (Bradesco, agência 1125-8 / Conta Corrente 68671-9). Pronto, você estará inscrito para o Congresso. O valor do investi-mento é de R$ 30,00 para quem se inscrever até 30 de julho, ou R$ 40,00 para os que optarem pela inscrição em agosto. Estão inclusos no valor da inscrição todos os ma-teriais do congresso. Também no website da OPBB é possível obter informações sobre preços e dicas para a hospedagem e alimentação.

Para a Ordem dos Pastores Batis-tas do Brasil e as Juntas de Missões Mundiais e Nacionais, o Congresso Nacional de Vocacionados será a oportunidade de um relacionamen-to mais próximo com os futuros pastores e missionários, ajudando-os a pensar, desde já, em suas vo-cações e nos desafios da obra, seja numa igreja local, num campo missionário ou em outras ativida-des ministeriais. A meta é que o Congresso se realize a cada quatro anos (o próximo será em agosto de 2014) e a ideia é que cada Conven-ção Estadual e as secções da OPBB realizem congressos anuais nos três anos entre os congressos nacionais. (veja anúncio na página 9)

A família missionária batista do Brasil perdeu uma integrante. No dia 13 de julho foi convo-

cada aos braços do Senhor a missio-nária Ana Loide Soares Leão, de 55 anos, que servia há 5 anos em Medellín, na Colômbia. Ela faleceu vitimada por complicações decorrentes de uma infec-ção hospitalar, contraída após cirurgia para retirada de um nódulo maligno no seio no início de junho. Conforme seu desejo, Ana Loide foi sepultada no campo missionário, onde entregou sua vida pela causa de missões.

Assim que a notícia chegou ao Brasil, através da missionária Carmen Lígia Ferreira de Andrade, colega de ministério de Ana Loide há cerca de 10 anos, Missões Mundiais enviou para Medellín o Pr. Mayrinkellison Wanderley, coordenador dos missio-nários na África, para representar a agência missionária e os batistas do Brasil naquele momento.

Ana Loide parte para o Senhor deixando frutos significativos para o trabalho missionário na Colômbia. Ela, juntamente com a missionária Carmen Lígia, era responsável pelos projetos PEPE (Programa de Educação Pré-Escolar) e Calçada (com crianças

Missões Mundiais segue prepa-rando e enviando missionários

aos campos transculturais, obedecen-do às palavras de Jesus de ir e pregar o Evangelho da salvação a toda criatura. Dentro desta visão, 10 vocacionados foram treinados, durante o primeiro se-mestre de 2010, no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janei-ro/RJ, para serem missionários em países da África, da América do Sul e da Ásia, e levar a mensagem de amor e salvação através de suas vidas e ministérios.

Cada um dos novos missionários demonstra o quanto ama missões. O casal Pr. Freddy e Elaine Ovando, de São Paulo/SP, é um destes exemplos. Ambos estavam realizados em suas profissões (ele veterinário, ela dentis-ta) e na igreja em que congregavam, a 1ªIB de São Paulo/SP. Sequer imagi-navam de, um dia, seguir para a Áfri-ca e serem missionários. Entretanto, uma série de situações foram desen-cadeadas para direcionar o casal ao centro da vontade de Deus. “Gosta-va demais do que fazia, de onde mo-rávamos, do serviço na igreja; mas Deus nos queria em outro lugar, para usar nossas capacidades e talentos

de rua), ministrava treinamentos de li-derança, ajudando a preparar pastores e líderes colombianos, apoiava igrejas nas áreas educacional e musical, con-quistando vidas para Cristo através do serviço e do amor.

Uma vida dedicada a missõesAna Loide nasceu em 26 de junho

de 1955 em Manaus/AM. Filha do Pr. Benício Leão e da irmã Ester Soares Leão, foi batizada em 23 de novem-bro de 1963 na Igreja Batista XV de Outubro, na capital amazonense.

Obedecendo à voz do Senhor que a chamava para missões, em 1986 a jovem Ana Loide apresentou-se à Junta de Missões Mundiais e foi no-

Missionária Ana Loide cumpriu a missão Congresso Nacional de

Vocacionados

adquiridos com o passar dos anos em Sua obra”, diz Elaine Ovando. O casal seguirá para a cidade de Bafa-tá, na Guiné-Bissau, junto com outra vocacionada, Rosenilda Assis, que é enfermeira e membro da 1ªIB em São Miguel/SP, para dar continuidade aos ministérios já existentes naquele país.

Outro casal, Daniel e Gisele Soler, da 1ªIB em São Gonçalo/RJ, seguirá para a cidade de Beira, em Moçambi-que, onde ficará por dois anos apoian-do os trabalhos missionários na região. Para a cidade de Cuenca, no Equador, seguirá o missionário Paulo Garbino, professor de Educação Física e mem-bro da IB no Estoril, em Bauru/SP. Ele ajudará, nos próximos dois anos, os

meada como Missionária Temporária para servir na Bolívia, onde realizou um excelente ministério nas igrejas com seu talento musical. Ana Loide completou seu período de trabalho com brilhantismo e regressou ao Brasil, reapresentando-se como Mis-sionária Efetiva. Cumprindo todos os requisitos, retornou à Bolívia em outubro de 1988, onde serviu até 1992. Depois seguiu para a República Dominicana em 1993, onde perma-neceu até o ano de 2000.

Sentindo o direcionamento de Deus para trabalhar no continente africano, seguiu para Cabo Verde em 2001, onde trabalhou com a mis-sionária Carmem Lígia, na área de educação religiosa, até 2004. No ano seguinte, as missionárias seguiram para a Colômbia.

Missões Mundiais pede a todos que orem pela família da missionária Ana Loide Soares Leão. Peça a Deus para que, em Sua infinita graça e miseri-córdia, console os corações de seus familiares, amigos e especialmente da companheira de ministério Carmen Lígia. Não esqueça de orar pela obra na Colômbia e pelos missionários que ali estão.

casais de missionários da JMM, Pr. Di-mas e Lília de Souza e Pr. Heinrich e Olga Friesen, na área esportiva.

O culto de formatura e entrega de certificados aconteceu no dia 25 de ju-nho, na capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Ja-neiro/RJ. Agora formados, alguns dos novos missionários aguardam a reu-nião do Conselho Geral da CBB para o comissionamento oficial e envio aos campos os quais foram designados. Outros, previamente aprovados, estão nos preparativos finais de suas viagens e necessitam das orações de cada cren-te brasileiro. Uma nova turma de vo-cacionados começará a preparação em agosto.

Mais missionários para os campos

Ana Loide: uma vida missionária

Novos missionários receberam os certificados de conclusão de

curso de seus professores

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Mundo

JM: O senhor participaria da Assembleia da Aliança Batista Mundial, no Havaí, mas mudou de ideia. Por quê?Éber Silva: Nossa igreja havia votado em assembleia enviar-me, no final de julho, ao Havaí para a Assembleia da Aliança Batista Mundial. Mas, numa manhã de domingo, o Pr. Adílson Ferreira dos Santos (Representante da JMM para o Estado de São Paulo) pregou em nossa igreja, nas Conferências Missionárias. Ele falou sobre os desafios e as necessidades de evangelização no Oriente Médio e nos desafiou a fazer parte de uma viagem missionária ao Iraque, promovida pela Junta de Missões Mundiais. Meu coração ardeu diante daquele quadro e, sem dúvida alguma, decidi participar dessa caravana missionária.

JM: Como o senhor falou para a igreja sobre essa mudança de planos?Éber Silva: Foi interessante porque pensei na viagem, nas despesas, e também na construção de um novo templo para a nossa igreja. Mas, tocado pelo Espírito Santo para ajudar a abençoar o povo iraquiano, não tive outra alternativa: declarei à igreja, formalmente, que abriria mão da viagem ao Havaí para ir ao Iraque. Meu desejo é estar com os demais colegas pastores nessa caravana

missionária, pois sei da necessidade que o povo iraquiano tem em conhecer o Verdadeiro Deus.

JM: De um modo geral, como sua igreja tem participado da obra missionária?Éber Silva: Para a honra e glória de Deus, nossa igreja tem participado ativamente na obra missionária pelo mundo. Somos adotantes de missionários de Missões Mundiais desde a implantação do Programa de Adoção Missionária – PAM. O saudoso Pr. Waldemiro Tymchak esteve em nossa igreja, várias vezes, conversando com nossa liderança, pregando para o nosso rebanho e falando das necessidades dos campos. Assim, passamos a sustentar missionários na Colômbia, na China, na Rússia, na Inglaterra e vários

obreiros da terra em Cuba, onde estive em 2007 com um grupo de pastores brasileiros numa viagem missionária promovida pela JMM. Lá, ajudamos a construir o templo de uma igreja em Jatibonico, no centro do país. Esse templo é reconhecido como a mais bela construção daquela cidade.

JM: O senhor disse que sua igreja está construindo. Como estão as obras? Isso não atrapalha no levantamento das ofertas para missões?Éber Silva: É verdade, estamos em construção e o novo templo terá capacidade para três mil assentos. A estrutura está praticamente terminada e já fizemos os orçamentos para os sistemas que terão que ser aplicados: acústico, sonoro, ar-refrigerado, iluminação, mídia, piso, mobiliário etc. Com certeza, tudo isso não ficará

Pastor troca o Havaí pelo IraqueO Pr. Éber Silva, da Segunda Igreja Batista de Campos/RJ, iria participar da Assembleia da Aliança Batista Mundial no Havaí , no final de julho, mas cancelou

esse compromisso para se integrar à caravana de missionários voluntários que Missões Mundiais enviará ao Iraque, em outubro próximo.

Os missionários Pr. Hans Gil-son e Elaine Behrsin estão em Riga, capital da Letônia,

há cerca de quatro anos, junto com os filhos Rhaísa e Guilherme. A par-tir daquele país báltico, os missio-nários trabalham na supervisão dos obreiros da terra em países euro-peus – um na Estônia, três na Letô-nia e dois na Lituânia.

O casal busca formas de capaci-tar os obreiros da terra; visita-os re-gularmente, para levar o sustento de cada um; trabalha junto às lideranças das respectivas Uniões Batistas, para estreitar o relacionamento e coope-rar com os projetos por eles desen-

barato, mas não atrapalha nossa visão missionária. Fiquei muito feliz e jubiloso porque, mesmo com as obras em andamento, nossa igreja votou que vai construir cinco templos no Haiti. Isto aconteceu naquela manhã de domingo, quando realizávamos a Conferência Missionária, no dia do aniversário da igreja. Mesmo assim, a nossa oferta para Missões Mundiais foi levantada e enviada para a JMM. Além dos missionários transculturais adotados, também participamos da obra missionária no Brasil, onde sustentamos alguns missionários, implantamos uma igreja na cidade de Senhora dos Remédios/MG e revitalizamos a 1ªIB de Barroso, naquele mesmo Estado. Em Campos, nossa igreja já organizou 20 igrejas e mantemos, hoje, cinco congregações. Por tudo isso, glorificamos muito ao Senhor.

Eber Silva nasceu no Rio de Janeiro, no dia 3 de dezembro de 1949, é casado com a professora Dulcinéa Paiva Silva e tem dois filhos: Leandro e Camila.

Templo em Jatibonico, em Cuba

ENTREVISTA concedida a Ailton de Faria Figueiredo

volvidos. Esses projetos contemplam plantação e fortalecimento de igrejas, treinamento de líderes, dentre ou-tros. Porém, o desafio mais urgente do casal é a plantação de uma igreja a partir do pequeno grupo que se reúne em seu apartamento. O tra-balho tem experimentado um bom avanço, mas há uma grande neces-sidade por mais obreiros.

Na Letônia foi fundado, em 2007, o Baltic Institut Pastoral (Instituto Báltico Pastoral) sob a visão do Pr. Peteris Sprogis, líder da União das Igrejas Batistas da Letônia. O Insti-tuto conta hoje com 24 alunos e luta contra a escassez de vocacionados e

recursos financeiros. Mas oferece um ótimo preparo em curto e mé-dio prazos (três anos, com início de prática depois do primeiro ano). O Pr. Hans e Elaine, que contribuem como mentores-capelães para os alunos e suas famílias, desejam le-vantar novos obreiros da terra para os países do Leste Europeu a partir do Instituto Báltico Pastoral.

Atualmente, os batistas brasi-leiros mantêm um obreiro da terra que atua na cidade de Narva, no extremo leste da Estônia, frontei-ra com a Rússia. Ali há uma igre-ja com mais de 120 membros. O Pr. Hans, em recente reunião com

a União Batista desse país, suge-riu que sejam nomeados mais dois plantadores de igrejas na Estônia. Segundo o Pr. Hans Behrsin, o nú-mero de obreiros da terra é consi-derado muito baixo tendo em vis-ta as possibilidades de expansão da obra de evangelização no Les-te Europeu. “Precisamos levantar mais obreiros para plantar igrejas na Estônia, Letônia, Lituânia e ou-tros mais. Por que não podemos ter, em vez de seis, 20 ou 30 de-les? Por que não enchermos esses países de ceifeiros, que espalhem a luz e a boa semente do Evange-lho?”, questiona o missionário.

Plantando igrejas na Estônia, Letônia e Lituânia

A família missionária Behrsin está em Riga, capital da Letônia, há cerca de quatro anos

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Artigo

Por Bárbara Helen Burns, missióloga

Um dos maiores segredos da contextualização e da vida transcultural é a humildade.

Sem ela é impossível nos despirmos o suficiente do nosso egoísmo e etno-centrismo (a convicção de que nossa cultura é a única certa) para convi-vência e identificação com as pes-soas diferentes de nós. Humildade é essencial para acertar o caminho da unidade, do amor e do serviço mú-tuo, tanto em nossas igrejas de ori-gem como trabalhando com equipes e comunidades de outras culturas. Há três modelos no texto de Filipen-ses 2.1-18 que demonstram a impor-tância da humildade para nossa mis-são de levar o verdadeiro Evangelho ao mundo.

O primeiro é o modelo de Jesus, o supremo exemplo da humildade na contextualização. É Deus, mas abriu mão de todos os Seus direitos para poder completar a Sua missão. To-mou a forma de homem e, em obe-diência ao Pai, submeteu-se a mais degradante e penosa morte possível. A Sua identificação era completa no

sentido de compartilhar a vida coti-diana, da comunicação eficaz e do sa-crif ício em favor dos outros. Jesus to-mou nosso lugar e veio resgatar-nos da condenação. Paulo exorta a igreja a ter este mesmo sentimento, de se humilhar como Jesus (v. 5).

O modelo de Paulo é o segundo que vemos no texto. O apóstolo en-tendeu a importância do exemplo de Jesus na sua própria contextualização missionária. Ele vivia para servir a Deus e aos outros. Não havia sacri-f ício grande demais para ele em levar o Evangelho e plantar igrejas entre judeus e gentios (v. 17). O sacrif ício de Paulo fica claro no relato de Atos 16.11-40, sobre a sua contextualiza-ção em Filipos. Chegando lá, logo foi procurar o lugar onde tinha abertura com os judeus e os tementes a Deus. A mulher rica, Lídia, atendeu o apelo da fé em Jesus e foi batizada com a sua família. Depois, uma jovem pos-sessa foi liberta. O preço deste mi-lagre foi alto para os missionários. Foram açoitados e levados à prisão, onde não se indignaram ou reclama-

ram seus direitos, mas cantaram lou-vores a Deus. O sofrimento por causa do Evangelho não sufocou o louvor e a fidelidade de Paulo e Silas. Eles sa-biam achar portas abertas, evangeli-zar de forma relevante e levar as pes-soas à fé e ao discipulado, sem medir consequências pessoais.

Além de Jesus e Paulo, há um ter-ceiro modelo de contextualização, que é o modelo da igreja, ainda que a mesma fosse recém-formada. Após a libertação milagrosa da prisão em Fi-lipos, Paulo e Silas levam o carcereiro à fé em Jesus. Ele e sua casa são bati-zados e se tornam membros do gru-po de crentes em Filipos. Há, então, uma igreja nova, feita de uma mulher rica e um carcereiro, com suas res-pectivas casas (que incluía filhos, es-cravos e servos), mais uma moça que tinha sido endemoninhada. É a esta igreja que Paulo roga para ter uni-dade – rico com pobre, nobre com funcionário, crianças e jovens com adultos, donos e escravos. É através desta igreja, verdadeiro “luzeiro” que o mundo, descrito como “geração per-

Três modelos de contextualizaçãovertida e corrupta” (v. 15), veria a diferen-ça que Cristo faz na vida das pessoas.

Em nenhum momento devemos entender a contextualização de Jesus, dos missionários ou da igreja como identificação com o mundo. Houve profunda identificação com as pes-soas, mas isso não incluía adotar os costumes pervertidos da cultura. A igreja era tão diferente que a glória de Deus brilhava através das suas vidas e dos seus relacionamentos como se fosse uma estrela no escuro da noite. Portanto, fica claro que a contextua-lização não é uma identificação com a cultura. É uma identificação pro-funda com as pessoas da cultura, sem imitar o que elas fazem, para poder levá-las ao discipulado e à fidelidade à Palavra (v. 16 – “preservando a pa-lavra da vida”) e ao senhorio de Jesus Cristo (vv. 9-11). Isso faz com que se-jam diferentes da cultura, mas como luzes e não como legalistas. Juntos mostrarão a diferença que Cristo faz na vida daqueles que realmente O aceitaram como Salvador e Senhor das suas vidas.

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Institucional

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GeralCartas

Envie sua carta ou e-mail com experiências com a obra missionária. Sua opinião sobre o nosso trabalho, e o conteúdo do Jornal de Missões, é muito importante. Escreva para [email protected] ou [email protected].

ESCREVA-NOS CONTANDO SUAS EXPERIÊNCIAS COM MISSÕES

Parabéns, Missões Mundiais!“É muito lindo o trabalho que Missões Mundiais desenvolve nos campos! Sabemos,

através de seus meios de comunicação – Jornal de Missões, revista A Colheita, Portal da JMM etc. – como Deus tem abençoado todos os seus missionários. Quero me informar cada vez mais sobre eles e receber seus nomes e campos para orar. Ficarei muito feliz se puder, de alguma forma, ajudar. Que Deus continue iluminando e abençoando a estrada de vocês. Parabéns! Lilian Alves de Melo, São Paulo/SP – Por e-mail

Edificado pelas Juntas da CBB“Quero agradecer aos editores do Jornal de Missões pelos excelentes temas

desenvolvidos a cada bimestre. Tenho feito deste periódico parte da minha leitura devocional matinal diária. Após a leitura de um capítulo da Bíblia, leio um artigo por dia, e tenho sido muito edificado com as notícias e os projetos desenvolvidos nos campos da JMM e da JMN da CBB. Fiquei afastado da igreja por muitos anos, e hoje percebo o quanto fui seduzido por seitas que não valorizam o alimento espiritual que era servido na minha própria igreja batista. Que o Senhor nosso Deus continue abençoando e prosperando o trabalho desenvolvido pelos irmãos!”

Sérgio Batista, PIB Universitária do Brasil, Duque de Caxias/RJ

Orando por missionários da Albânia e Colômbia“As notícias dos campos de Missões Mundiais que recebemos através do Jornal

de Missões, A Colheita e cartas de missionários têm sempre nos inspirado a orar e contribuir com a obra. Ao chegar em casa, no dia 24 de junho, encontrei duas correspondências de meus missionários Henrique Davanso (Albânia) e Ana Lúcia Ferreira (Colômbia) junto com o Diário de Oração. Fiquei muito sensibilizada com as notícias, especialmente com as da Colômbia, e tenho orado diariamente por esses missionários”

Maria de Lourdes Souza, IB Jardim Nordeste, São Paulo/SP

Marcos André Pena Ramos, filho do casal missionário Pr. Ricardo e

Marilza Ramos, que atuam em Arequi-pa, no Peru, foi ordenado ao ministério da Palavra na PIB do Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro/RJ, no dia 23 de maio. Marcos e a esposa embarcaram, dois dias depois, para a Inglaterra. Ele vai estudar em Londres e tem um convite para tra-balhar como pastor auxiliar de uma igreja naquela cidade. Ali vai organizar e dirigir um centro de reabilitação para depen-dentes químicos usando a experiência

Do Peru para a Inglaterra

que adquiriu, como Diretor do Centro de Reabilitação “Quero Viver” em Arequipa.

Marcos Ramos e esposa recebem oração

O irmão Rivaldavio Faria Pinto, diácono da PIB de Madureira, Rio de

Janeiro, e presidente do Conselho da APEC/RJ (Aliança Pró-Evangelização das Crianças), é um apaixonado pela obra missionária. Entendendo a importância da oração para o crescimento da obra de Deus ele criou a Rede de Intercessão Pró-Visão Missionária em sua igreja, que já funciona há oito anos. “Nosso propósito é orar para que haja uma visão maior e mais eficiente da obra que o Mestre deixou para nós, pois a nossa missão é pregar

Indo através da oração

o Evangelho, simultaneamente, tanto aqui como até os confins da Terra”, afirma o irmão Rivaldavio.

Trabalho na APEC/RJ

ParabénsCumprimento a Junta de Missões Nacionais, Vossa Senhoria e equipe, pela inau-

guração da 1ª fase do novo Lar Batista F. F. Soren. Louvamos a Deus por mais essa importante iniciativa da JMN, que certamente contribuirá para a expansão do reino de Deus em nosso Brasil. Parabéns,

Valseni Braga, Diretor-geral do Sistema Batista Mineiro de Educação

Lamento pela ausência“Devido a compromissos assumidos anteriormente, o Vice-Governador Eduardo

Machado agradece o convite e lamenta por não estar presente para participar da inau-guração do Lar Batista F. F. Soren.

Agradeço a atenção, que o evento seja coroado com êxito.Atenciosamente,

Hérika Barreto, Cerimonial do Gabinete do Vice-Governador do Tocantins

Momento históricoImpossibilitado de comparecer à solenidade de inauguração do novo Lar Batista F. F.

Soren por compromissos assumidos anteriormente, quero expressar, em nome da Comu-nidade Acadêmica do Seminário do Sul, nossa gratidão a Deus por este momento históri-co na vida da Junta de Missões Nacionais. Que o Senhor Jesus continue abençoando esse ministério que tem sido instrumento útil para a transformação de nossa Pátria.

Pessoalmente, agradeço a Deus pelo privilégio que tive de sonhar e trabalhar jun-tamente com os irmãos nesse projeto. Louvo ao Senhor porque agora não é mais um sonho, mas uma realidade abençoadora! Louvo a Deus por todos que se envolveram, trabalharam, oraram, contribuíram para que este momento memorável na vida de Missões Nacionais e na vida de nossas crianças pudesse acontecer. Toda a honra e glória sejam dadas ao nosso Deus.

Juntos, avançando para a conquista de nossa Pátria!Pr. Davidson Pereira de Freitas, Diretor-geral do Seminário Batista do Sul

87ª Assembleia da CBBa

Entre os dias 29 de junho e 03 de julho, Missões Nacionais marcou presença

na 87ª Assembleia da Convenção Batista Baiana, evento que aconteceu em Vitória da Conquista, BA, e que contou com a presença dos missionários Lídia Cerquei-ra (Salvador), Tabita Moreira e Haydee Gonçalves (Lar Batista David Gomes), pastores Renato Alves, de Ibicoara (BA), e

Marcos Azevedo, de Barra da Estiva (BA). Representando Missões Nacionais, o pastor Samuel Moutta, gerente executivo de Expansão Missionária, falou um pouco das maravilhas que Deus tem feito por meio da JMN e incentivou os presentes a participarem do Congresso Desperta pelo Brasil que acontecerá na Igreja Batista Sinai, em Salvador.

para nós lá no céu”. Essa e outras canções xerentes estão sendo gravadas a fim de que as composições indígenas alcancem todas as igrejas dessa etnia. Rinaldo e sua esposa Gudrun tiveram outro motivo para cele-brar, já que no dia 18 de julho comemoram 50 anos de vida conjugal e de convivência entre os xerentes. A festa das Bodas de Ouro foi comemorada na Aldeia Salto, com a presença de caravana da Terceira Igreja Batista do Plano Piloto e de irmãos xerentes de outras aldeias indígenas.

A igreja xerente passa por um período de maturidade, no qual os índios formam

uma geração de fiéis comprometidos com o Reino e dispostos a multiplicar o número de discípulos. A constatação é do missionário Rinaldo de Mattos, que trabalha na aldeia Salto, em Tocantins. Rinaldo atua entre os xerentes desde 1959. Nos últimos anos, tem visto seus discípulos preparando outros e assumindo funções estratégicas no contex-to eclesiástico. No início de junho, Rinaldo e o pr. Guenther Krieger foram à aldeia Bom Jardim para preparar oito candidatos ao batismo. “São frutos da evangelização de um dirigente indígena da igreja de uma aldeia vizinha”, ressaltou o missionário. A maturidade cristã também fez fluir dos lábios de nossos irmãos xerentes  louvores com expressões genuinamente indígenas, tais como o verso “Wakmãdkâkwa Jesus tô dapkẽ snã mãt hêwa nsĩ tka wam shârn – Jesus, com amor, demarcou uma área de terra

Maturidade cristã

Missionários recebem placa comemorativa da JMN

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Geral

Pr. João Marcos B. Soares foi o preletor oficial dos 91 anos da JUBESP

O missionário Pr. Hélio Miúra assumiu o pastorado da Igreja

Batista Vida (IBV) em Higashiura, na província de Aichi, Japão. Além dessa, ele continua como pastor da Igreja Batista em Fuji. A distância entre as duas igrejas é de, aproximadamente, 230 km. Hoje, a IBV em Higashiura está com 94 membros e a de Fuji com 32. O missionário enfrenta algumas dificuldades como: a distância entre as igrejas, a falta de obreiros em Fuji, a adaptação à nova igreja e à cidade, nova escola para os filhos etc. “Ainda não conseguimos uma moradia para nossa família, e estamos instalados na igreja de Higashiura. Que Deus levante novos

O supervisor dos obreiros da terra da JMM para o Oriente Médio

informa que todas as igrejas evangé-licas da Síria, que não possuíam tem-plos próprios, foram fechadas por or-dem do governo no dia 19 de junho. Um obreiro da terra comunicou ao supervisor que um oficial de justiça lacrou a porta de sua igreja. Outras

Igrejas fechadas na Síriacongregações em Safita, Almazraá e Latakia também estão fechadas, além de outras que funcionavam em Da-masco, Alepo e na cidade de Homs. “Ore pelos irmãos das igrejas que fo-ram fechadas e peça a Deus que te-nha compaixão da Sua obra na Síria”, é o pedido de oração do supervisor dos obreiros da terra naquele país.

Missionário assume igrejas no Japão

vocacionados para o Japão e contamos, também, com as orações dos irmãos brasileiros nesse sentido”, esse é o desejo do Pr. Hélio Miúra.

O Pr. João Marcos Barreto Soares foi o preletor oficial da Celebração

dos 91 anos da Juventude Batista do Estado de São Paulo (JUBESP), no dia 29 de maio, na cidade de Santa Bárbara d´Oeste, interior do Estado. Cerca de 3 mil pessoas estiveram presentes e colaboraram com doações de alimentos

Executivo da JMM na JUBESPnão-perecíveis para o Fundo Social da cidade. O Diretor Executivo divulgou o trabalho dos missionários nos campos e fez um inspirativo apelo por jovens vocacionados. A resposta veio através de vidas se entregando para missões e do levantamento de uma oferta especial para ajudar os projetos da JMM.

Missionários investem no trabalho com crianças

A missionária Joseane de Souza Lima está muito feliz em contribuir,

através do Programa de Educação Pré-Escolar (PEPE), para a expansão do Evangelho em Esmeraldas, no Equador. Como resultado de reuniões que realiza com algumas famílias de alunos, cinco pessoas já receberam a Cristo; três delas estão fazendo discipulado. Além das palestras nos PEPEs sobre vários temas, a missionária aproveita as reuniões em família para compartilhar dons e talentos através de aulas de artesanato.

Evangelho em Esmeraldas, Equador

“Minha oração é para que, neste ano, tenhamos muitas conversões utilizando essas ferramentas na obra de Deus”, diz a missionária.

Joseane Souza (em pé)

Exemplo de parceria

Sob a organização da promotora de missões Marília de Andrade, a Primeira

Igreja Batista de Duque de Caxias, RJ, rea-lizou, no dia 26 de junho, seu 2º Encontro de Adotantes. A programação contou com a presença de 50 irmãos inscritos, os quais ouviram do gerente regional da JMN para o RJ, pastor Cleber Souza, testemunhos de parceiros e canções inspirativas sobre o tema. A PIB Caxias (pastor Cláudio Capetini), aceitou o desafio de cooperar

também com a ação solidária da JMN, em apoio aos estados de Alagoas e Per-nambuco, no envio de uma oferta para compra de lençóis, iniciando a campanha entre os irmãos presentes naquele encon-tro. Seja você também um mobilizador e incentive sua igreja a promover um En-contro de Parceiros do PAM Brasil. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (21) 2107-1818 ou pelo e-mail [email protected].

No mês de maio, as frentes missionárias de Patu (RN) e Almino Afonso (RN),

ambas lideradas pelos missionários Luzi-naldo e Graça Tomaz, realizaram uma série de ações em prol da comunidade. Palestras sobre saúde da mulher, orientações para a família, vacinação contra a gripe A H1N1 foram algumas as atividades desenvolvidas. Em parceria com a Secretaria de Saúde de Patu, a frente missionária promoveu, no dia 29, a campanha “Útero é Vida”. Nos períodos da manhã e tarde aconteceram palestras sobre prevenção contra o câncer no colo do útero, mama, a importância de exercícios como qualidade de vida, além da realização de coletas para exame preventivo e vacinação. Em meio a essas ações, a missão realizou diversas abordagens evangelísticas e recenseamentos. Ao todo, foram mais de 250 pessoas atendidas.

Em Almino Afonso, os missionários dire-cionaram as ações aos estudantes, levando

aos alunos corte de cabelo, aplicação de flúor, informações sobre escovação dentá-ria, e uma programação evangelística espe-cial. Além das crianças, vários pais estavam presentes e puderam ouvir um pouco da mensagem de Cristo.

Pr. Luzinaldo e Graça pedem oração por vidas que se rendam a Cristo e pela forma-ção de novos líderes para a continuidade dos trabalhos.

Ação Social abre portas para o trabalho missionário

Missionária em atendimento social

Vocacionados

Com o objetivo de mobilizar seminaristas para a obra missionária no Brasil, a Junta

de Missões Nacionais realizou, no dia 16 de junho, uma conferência missionária no Centro Integrado de Educação e Missões (CIEM), no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença de alunos da instituição e a participação do missionário Francisco Wa-shington Oliveira, coordenador regional de missões da JMN no Ceará. Falando aos semi-

naristas, pastor Washington lembrou que a vida é efêmera e, portanto, há grande urgên-cia na evangelização do Brasil. Ele também destacou os desafios do nordeste brasileiro e defendeu a ideia de investir a vida, os talentos e recursos onde Cristo ainda não foi anuncia-do. Se você deseja fazer parte do grupo de vo-cacionados que já entregaram sua vida a mis-sões, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected].

mon trouxeram reflexões sobre chamado missionário, abordagem holística e a rela-ção dos ciganos com a Igreja Brasileira. O evento foi organizado pela Rede Nacional de Evangelização de Ciganos (RENECI), por intermédio da Missão Amigos dos Ciganos-Sul da Junta de Missões Nacionais.

Missionários e cristãos interessados em levar o evangelho a ciganos

estiveram reunidos, nos dias 3 a 6 de junho, na cidade de Santa Fé do Sul, SP, para o 3º Encontro Nacional de Evan-gelização de Ciganos. Até o momento, este foi o maior evento evangélico brasileiro sobre missões entre ciganos, contando com a participação de 40 pessoas, representando 9 ministérios de diversas regiões e denominações. O preletor oficial, o pastor e professor Ge-deon Lidório, da Faculdade Teológica Sul Americana, compartilhou ferramentas de antropologia missionária que podem ser aplicadas na realidade do campo cigano. Além de Gedeon, os pastores Artaxerxes Fernandes, Valdir Apolinário e Klaus Si-

Ciganos

Participantes posam para foto oficial do encontro

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Jornal de MissõesJulho/Agosto• 2010 20

Mobilização Missionária

No feriado de Corpus Christi, fun-cionários da sede de Missões Nacionais deixaram o Rio de Ja-

neiro e foram a Minas Gerais em viagem, que teve como foco a integração da sede e campo, bem como a realização de ativi-dades evangelísticas de apoio a obreiros. O roteiro traçado incluiu visitas à comunida-de terapêutica Reviver, em Muriaé, e proje-tos de plantação de igrejas em Porto Firme e Piranga, cidades do sul do estado.

A caravana contou com um grupo de 43 irmãos, incluindo familiares dos que atuam na sede. Passando por Muriaé, os funcionários compartilharam experiências com os missionários e confraternizaram com internos da instituição, participando de um culto especial. Na ocasião, funcio-

Missões Nacionais promove 2ª viagem missionária da sede

Evangelização de surdos no Rio de JaneiroAlém da mobilização missionária

Jesus Transforma, no período de 9 a 25 de julho aconteceu o

projeto Alcance Surdos. O projeto, que visa a anunciar a mensagem de salva-ção, prioritariamente aos surdos, e do qual participam surdos e ouvintes que conhecem Libras, teve três bases no es-tado: Vila Valqueire, Anchieta e Belford Roxo. Os 56 voluntários representantes de sete estados brasileiros, além de uma representante dos Estados Unidos, que tem atuado como voluntária na sede de Missões Nacionais e participa do proje-to, foram divididos e tiveram como quar-téis-generais a Primeira Igreja Batista de Vila Valqueire, Segunda Igreja Batista de Parque Anchieta e Primeira Igreja Batista de Heliópolis. O treinamento para todo o grupo foi realizado na 1ª IB de Vila Val-queire e os cultos de comissionamento aconteceram nas respectivas bases.

Como sempre acontece, o trabalho foi iniciado com uma caminhada de ora-ção, quando os voluntários clamam pelo projeto e por aqueles que serão alcança-dos nos dias de evangelização, pedindo a Deus ousadia e criatividade para comu-nicar a mensagem.

No decorrer do projeto, as equipes realizam evangelismo nas ruas, cultos evangelísticos, visitas nas escolas, apre-sentação de pantomimas, teatro e estudos bíblicos nos lares entre outras atividades com o objetivo de alcançar os surdos.

Firme, que utiliza a capoeira como ferra-menta de evangelização. ”Foi marcante ver os alunos do missionário Antônio jogando capoeira e cantando verdadeiros louvores a Deus. Isto foi uma grande quebra de pa-radigma em minha vida”, concluiu.

Surdos do Rio de Janeiro são

impactados por projeto de Missões Nacionais

A realidade vivida pelos surdos no Rio de Janeiro, infelizmente, não dife-re muito da de outros estados de nosso país. Grande parte tem conhecimento superficial de Libras enquanto outros não conhecem nada da língua. Há ain-da aqueles que não a usam devido aos familiares não a aceitarem. Em fun-ção disso, não foi raro encontrar sur-dos que não conseguem se expressar nem em português, nem na língua de sinais, destinados a viver isolados da sociedade.

À procura de surdos, uma das equi-pes entrou em um centro espírita, pois a mãe de um deles era mãe de santo. Ao descobrir que eram crentes ela ficou nervosa, mas os voluntários disseram que seu filho precisava entender o amor de Deus. Sendo assim, a mãe permitiu que realizassem ali os estudos bíblicos.

Uma equipe foi a um shopping de Nova Iguaçu, onde apresentou o filme

Trabalho com crianças em Porto FirmeFuncionários da sede, familiares e internos do Reviver

nários presente-aram cada resi-dente com um kit de donativos. Em outro momento, a caravana conhe-ceu o imóvel que está sendo prepa-rado para tornar-se a nova sede do Reviver. Em Porto Firme e Piranga, onde atuam os missionários Antônio Pau-lo de Oliveira e Thiago Rebello.

Segundo os participantes da viagem, foi emocionante ver de perto a outra face do trabalho iniciado na sede da JMN, re-sultado das ações das várias áreas internas

de Missões Nacionais. Para Maycon Pires, que atua no setor de Tecnologia da Infor-mação da JMN, além da oportunidade de conhecer de perto a realidade dos missio-nários, foi emocionante poder conhecer projetos como o desenvolvido em Porto

Evangelismo pessoal de surdos em Heliópolis Culto em Libras em Parque Anchieta Visita nos lares de surdos em Vila Valqueire

nou a missionária Marília Moraes Ma-nhães, líder do Ministério com Surdos de Missões Nacionais.

Para o pastor Davidson Freitas, PIB de Heliópolis, receber os voluntários para ajudá-los a encontrar surdos da comunidade e estabelecer com eles um contato inicial, “foi algo extraordinário. Muitos membros da igreja foram mo-bilizados para trabalhar neste projeto juntamente com os voluntários enviados pela JMN, e muitos foram tocados pelo Espírito Santo de Deus, no culto da vitó-ria, para darem continuidade a este tra-balho cuidando dos 81 surdos que foram alcançados nestes dias de trabalho”.

Somando o trabalho das três bases, um total de 376 surdos foram identifica-dos, para os quais os voluntários pude-ram falar de Jesus, obtendo 63 decisões de surdos e também de 23 ouvintes, segundo dados levantados até o fecha-mento desta edição.

Jesus. Por volta das 20h, cerca de 100 surdos começaram a chegar ao local, que é um ponto de encontro deles. No grupo, havia desde adolescentes até pessoas da terceira idade e podia-se encontrar surdos homossexuais, dro-gados e afastados da igreja. Um destes ao ser perguntado pelo motivo pelo qual havia se afastado, respondeu que a igreja era fraca e o mundo parece que tem mais para oferecer a ele. “Ficamos emocionados ao ver a realidade daque-le lugar. Mais do que um trabalho com surdos na igreja, é preciso plantar uma igreja em Libras, pois segundo dados do Censo 2000 do Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE) há aproximadamente 27.000 surdos no município de Nova Iguaçu. Vamos continuar avançando, não podemos parar!

Qual será a sua resposta à necessida-de dos surdos de nosso Brasil?”, questio-

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Mobilização MissionáriaMobilizações Jesus Transforma

marcam campos da PátriaNo mês de julho, batistas de várias

partes do Brasil estiveram engaja-dos nas mobilizações missionárias

Jesus Transforma, projeto evangelístico da Junta de Missões Nacionais que, em 2010, alcançou 13 territórios estratégicos da Pá-tria. Foram mais de 2 mil inscritos, além de participantes indiretos – pessoas que atua-ram na logística ou, devido à proximidade das localidades-alvo, decidiram apoiar as equipes na evangelização dos campos. Até o fechamento desta edição, tínhamos ape-nas resultados de algumas Trans (DF, RO, AM e RJ) e, portanto, registramos aqui os principais feitos dessas ações.

Distrito FederalApós realização em quase todas as uni-

dades federativas, neste ano a Trans chegou ao Distrito Federal, reunindo mais de 50 par-ticipantes na primeira fase do projeto – a se-gunda fase aconteceu na segunda quinzena de julho. Após treinamento, as equipes foram divididas, tendo como meta a evangelização de 22 pontos definidos pela Convenção Ba-tista do Distrito Federal, entre eles, cidades do noroeste de Minas Gerais e nordeste de Goiás. Nessas localidades, o cenário, embora culturalmente peculiar, apresentava perso-nagens similares, que traduzem a necessida-de espiritual e social do povo brasileiro. Em Arapoanga, uma mulher que passava por grandes dificuldades em seu lar, chorava por não enxergar uma melhor perspectiva de vida. Ao passar pela porta de uma igreja onde aconteceria um culto da Trans, sua filha, de 4 anos, diante da tristeza de sua mãe, comen-tou: “Chora não, mamãe! Vamos entrar nessa igreja”. Considerando a palavra da menina, ela decidiu assistir à programação. Recep-cionada pelos voluntários, a senhora pôde compartilhar seus problemas e foi consola-da pelo evangelho. “Convidamos para par-ticipar do culto conosco e, no momento do apelo, deixou Jesus entrar em sua vida. Logo no término da reunião, marcamos um culto em seu lar”, afirmou uma voluntária da Trans. Comovidos com a situação, a equipe se dis-

Estados contabilizam os resultados das mobilizações missionárias Trans

verdadeiramente feliz... essa continua sendo a nossa oração”.

AmazonasDepois de alguns anos, a Trans retor-

nou às suas origens: o estado do Amazonas. Cerca de 160 voluntários inscritos, represen-tantes de 12 estados brasileiros fizeram par-te dessa grande mobilização. Além desses, outros participantes atuaram indiretamente, formando um exército de 350 voluntários atuantes no projeto. As equipes de evangeli-zação atuaram em 15 pontos estratégicos da capital. Entretanto, diferentemente do que aconteceu em outros estados, houve cinco grupos de arte percorrendo as localidades-alvo, ajudando especialmente no trabalho com crianças e impactos evangelísticos. Outras duas equipes marcaram de maneira especial a Trans AM. A primeira foi a equipe volante de ação social, que mobilizou cerca de 50 profissionais, entre médicos, enfermei-ros, fisioterapeutas, psicólogos, advogados, cabeleireiros, dentistas etc., que atuaram em 13 das 15 localidades-alvo da Trans. A segunda equipe foi composta por represen-tantes da Juventude Batista do Amazonas, que reforçou o trabalho nos fins de semana. O resultado da ação de Deus e do esforço dos voluntários no Amazonas foi celebrado no Culto da Vitória, na 1ª IB de Manaus, en-cerrando as atividades dessa mobilização. A Trans AM registrou 343 decisões de adultos, 312 decisões de crianças, além de dezenas reconciliações e discipulados.

Rio de JaneiroNo Rio de Janeiro tivemos 332 pessoas

participando do projeto, divididas em 23 equipes de trabalho. No culto da vitória, re-alizado no dia 25 de julho no templo da PIB do Rio de Janeiro, foram apresentados os re-sultados do trabalho: mais de 6 mil pessoas evangelizadas pessoalmente; 410 discipu-ladas; e 1.815 convertidas ao Senhor Jesus. Pastor Fernando Fernandes, coordenador de evangelismo e missões da Convenção Batista Carioca já sonha com a realização de outras Trans no estado.

Atendimento médico na Trans AM Por meio de brincadeiras, crianças são evangelizadas na Trans DF

pôs a ajudá-la com uma cesta básica, além de atender outras necessidades da família.

Pastor João Roberto Raymundo, pre-sidente da CBDF, agradece o apoio rece-bido. “Apoiada pela Junta de Missões Na-cionais, a CBDF deseja ampliar o avanço denominacional no coração do Brasil e agradece a todos os voluntários que  do-aram parte de suas férias para realização desse projeto”.

RondôniaEm Rondônia, a Trans também foi um

sucesso. Cerca de 150 voluntários oriun-dos de 9 estados brasileiros compuseram as equipes que alcançaram os 15 campos de plantação e revitalização de igrejas de-finidos pela convenção do estado. Para a coordenadora de Missões e Evangelismo da Convenção Batista de Rondônia, Al-zimari Gomes, “a Trans Rondônia sim-boliza um grande despertar missionário para nossas igrejas, o ‘vinho novo’ para nosso povo, que precisa retomar o amor por missões, seu compromisso com o evangelho de Cristo”. Irmão Exequias, vice-moderador da 2ª IB de Ji-Paraná, foi um dos que se sentiram renovados pela Trans. Envolvido nas atividades de Jaci Paraná, declarou que há muito tempo não desfrutava de momentos tão agradá-veis com Deus. “Nunca mais perco uma oportunidade dessas. Estou participando de uma experiência íntima com Deus que há muito tempo não sentia em minha vida”, declarou.

A mobilização dos voluntários de Ron-dônia resultou no resgate de 1509 vidas. São vidas como a de Bruna, uma jovem senhora que teve seu marido assassinado há três me-ses. Grávida e mãe de uma menina de 6 anos, tinha um semblante triste, que aparentava a desilusão de sua vida. Mas, ao ser alcançada pela Trans em culto de ação de graças, além de ter recebido o maior dos tesouros (Jesus), recebeu presentes dos voluntários: carrinho de bebê e várias peças de enxoval. O me-nino Wesley, 11 anos, também foi fruto da Trans. Ouviu a Palavra quando observava  uma equipe que evangelizava um grupo de rapazes nas ruas do bairro onde mora. Aten-to, o menino se aproximou e foi convidado para o mesmo culto que transformou a vida de Bruna. Wesley chegou cedo à igreja, esta-va atento a tudo que acontecia. Como havia comentado com os voluntários que um de seus maiores sonhos era ter uma bíblia, em momento propício, foi chamado à frente e foi presenteado com as Sagradas Escritu-ras. Sua alegria expressava o nascimento de uma nova criatura, o que foi confirmado no momento do apelo, quando novamente foi à frente para entregar seu coração a Cristo. Ciente de que ainda há muito a fazer pelo Brasil, pastor Lourimar Vilarinho Albu-querque, um dos coordenadores locais da Trans Rondônia, deixa uma palavra para quem não conseguiu participar dessa mobi-lização. “Coloque-se à disposição de Deus. Deixe Deus usar você, e você nunca mais será o mesmo. Não fique de fora da próxima operação Jesus Transforma. Por um Brasil

Wesley recebe bíblia de voluntários da Trans RO Pastores que receberam equipes da Trans RJ no culto da vitória

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Estou há apenas um ano em minha igreja e sou ovelha do Pr. Jorge Al-

berto Leandro. Neste ano tive o pri-vilégio de ajudar a irmã Maria Cris-tina Carvalho no Departamento de Missões. Para a glória de Deus, nosso alvo foi ultrapassado em mais de 10%. Utilizamos cofres missionários, tipo botijões de gás, de plástico. Além de cofres, fizemos um ‘Shopping Mis-sionário’, almoçamos, comemos mui-tas guloseimas e divulgamos na co-munidade. O ‘Shopping’ foi um bazar com roupas e acessórios usados em

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Mobilização Missionária

O irmão Rodrigo Pedro-so Vieira mandou para a

JMM, no final de junho, esta foto ao lado. São membros em frente à Congregação Batista do Capané, em Cachoeira do Sul/RS. Eles deram uma grande fes-ta para comemorar o sucesso da Campanha 2010 quando levan-taram uma boa oferta no Dia Especial para a obra de Missões Mundiais . Ele conta que naque-le dia foi feito um churrasco onde os irmãos puderam ficar mais tempo, juntos , na igreja .

Igrejas MissionáriasA Campanha de Missões Mundiais terminou em junho, mas o ardor missionário dos batistas brasileiros

continua aceso, o ano todo, em suas igrejas!

Congresso missionário

A Igreja Batista Memorial da Pa-vuna/RJ, realizou, nos dias 25 e

26 de junho, o seu 1º Congresso de Missões. Sob o tema “Qual a sua res-posta ao Ide de Jesus?”, a igreja foi im-pactada pelos desafios missionários urbanos, nacionais e mundiais.

Além das mensagens, acontece-ram uma feira missionária, com bar-racas e comidas típicas, e oficinas de interesse (evangelismo criativo, Ministério de Missões, missões com crianças).

Comemorando missões

A PIB de Guará, no Distrito Fede-ral, realizou o Festival Interna-

cional de Missões, no final de março. O evento “gastronômico-missioná-rio” contou até com um desfile infan-til. Tudo isso por amor a missões e para levantar ofertas para a obra mis-sionária mundial.

Festival Internacional de Missões

Ideias criativasbom estado e artesanato confeccio-nado pelas Mensageiras do Rei. De-pois realizamos um dia de beleza, denominado ‘O Dia de Ester’. Nele as irmãs receberam – com hora marcada – estética facial, manicu-re e pedicure, escova e prancha nos cabelos a preço popular. Nosso de-sejo é que as idéias que nossa igreja usou possam acrescentar e ajudar a muitas outras a ultrapassarem seus alvos também.”

Grasiela Barros, IB Memorial em Realengo, Rio de Janeiro/RJ

De acordo com a irmã Simo-ne Rezende da Penha Mendes,

Promotora de Missões da 1ªIB em Riviera da Barra, em Vila Velha/ES, apesar das muitas necessida-des e desafios da igreja, ela louva a Deus porque em março, durante a Campanha, o Senhor levantou 10 irmãos para serem intercessores, através do Programa de Interces-são Missionária (PIM), e outros 25 como sustentadores financeiros. Do

Louvamos a Deus pela Junta de Missões Mundiais, bem como

pelo rico e útil material que nos é enviado. Tivemos uma campanha ímpar, a nossa igreja envolveu-se de forma maravilhosa. Nosso alvo foi aumentado, desafiador para a nossa realidade, e ultrapassado. Tivemos

momentos missionários impactantes e reflexivos e a adesão de mais um irmão ao Programa de Adoção Mis-sionária (PAM). Toda honra e glória sejam dadas ao nosso bom Deus.”

Elen Lisiane – Ministério de Missões da 1ª IB em José Américo,

João Pessoa/PB

Vimos o agir de Deus!

Missões: uma questão de obediênciamontante arrecadado, e com mais uma parte doada pela igreja, foram adotados mais três missionários: Pr. Jonathan Joseph (Haiti), Pr. Gilber-to Campos (Angola) e um obreiro da terra (Índia). Além desses, foram adotados dois missionários de Mis-sões Nacionais e um do Estado. “Tem sido edificante viver esta experiência com missões e ‘ouvir’ o que os mis-sionários têm a nos contar através de suas cartas”, disse Simone.

Vinte e cinco irmãos da 1ªIB em Riviera da Barra aderiram ao PAM

SUA IGREJA TAMBÉM PODE SER NOTÍCIA

Se você deseja ver publicado o que sua igreja tem feito pela obra de Missões Mundiais, envie um testemunho com fotos para a re-dação da JMM:

E-mails: [email protected] ou [email protected]

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Mobilização Missionária

A presença de irmãos nos Congressos Conexão Mis-sionária comprova a im-

portância deste evento para a mo-bilização das igrejas batistas na obra de evangelização dos povos. Muitos são os que ouvem o chamado do Es-pírito Santo através dos testemunhos de missionários, declarando-se voca-cionados ou adotando um projeto ou missionário.

No Paraná, o Conexão reali-zado na PIB de Guairá, liderada pelo Pr. Robson Coelho, entre os dias 14 e 16 de maio, em parceria com a Associação das Igrejas Ba-tistas do Oeste do Paraná, teve a

presença de cerca de 300 irmãos. Eles participaram de oficinas de missões com os missionários Gérson de Farias (Radical Áfri-ca), Pr. Melquisedeque Moraes (Colômbia) e com o Pr. Cláudio Andrade, Representante da JMM para a região Sul. Os congressis-tas também ouviram o testemu-nho do Radical Gérson de Farias. Treze pessoas responderam ao apelo missionário.

Ainda na Região Sul, desta vez na IB de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, cerca de 500 pes-soas foram abençoadas durante o Conexão realizado de 28 a 30 de

Conexão Missionária desperta vocacionados

O Conexão realizado entre os dias 21 e 23 de maio na

Terceira Igreja Batista de Cam-pos, no Norte do Estado do Rio de Janeiro/RJ, dirigida pelo Pr. Joélcio Barreto Soares, foi mar-cado pela presença do Diretor Executivo de Missões Mundiais, Pr. João Marcos Barreto Soares. A mensagem do executivo gerou, nos cerca de 500 participantes, novas expectativas e os alertou para a necessidade de serem pro-dutivos na obra missionária. “Foi uma mensagem marcante, espi-ritual e efetiva, tendo em vista a brilhante colheita apresentada na decisão pública daqueles que se renderam ao Senhor, entregando suas vidas em vocação missioná-ria na igreja e no campo”, disse o Pr. Sebastião Augusto, Represen-tante da JMM no Rio de Janeiro. Os participantes foram impacta-dos ainda pelos testemunhos do casal Pr. Juraci e Márcia Lemos (ex-missionários da JMM) e da missionária aposentada Dalva Santos de Oliveira.

Assim são os Congressos Co-nexão: mobilizando o Brasil para a obra missionária mundial.

Diretor Executivo da JMM no Norte

Fluminense

maio. Os irmãos representavam as igrejas e associações ligadas à Convenção Batista Pioneira do Sul. O evento também contou com as participações dos mis-sionários Gérson de Farias e Pr. Melquisedeque Moraes. O templo foi decorado com várias placas de trânsito, destacando o simbolismo da Campanha Missionária 2010. De acordo com o Pr. Cláudio An-drade, este Conexão atingiu seus alvos e impactou os crentes locais com os desafios do campo. Cerca de 25 irmãos assumiram o compro-misso de se envolver cada vez mais com missões.

O Promotor de Missões Gerval Pereira, pastor da Igreja Batista

Nova Jerusalém em Aracaju/SE, foi o ganhador da promoção PAM +1, no ano de 2008, e por isso foi pre-miado com uma viagem ao campo missionário patrocinada pela Junta de Missões Mundiais. E o campo determinado pela JMM foi o Haiti.

O Pr. Gerval esteve na caravana de voluntários que seguiu àquele país em março, a fim de ajudar as igrejas haitianas na reconstrução espiritual e estrutural do país após o devastador terremoto de janeiro.

“Foram dias de muito aprendizado, de adoração e de meditação ao con-templarmos o caos. Mas também de muito louvor a Deus por ser usado em um momento como este”, diz o Pr. Gerval.

Para o Promotor, apesar de pre-senciar momentos tristes, ao ver o sofrimento dos haitianos, e por isso emocionar-se, na medida em que a viagem ao campo se desenvolvia, outras experiências abençoadoras foram acontecendo. “Deus tam-bém proporcionou muitos mo-mentos de alegria, especialmente

quando es-tive em um entusiasmado culto a Deus. Mes-mo em meio ao caos, eu pude entender que os haitianos es-tão servindo a Deus não pelo que Ele tem pra dar, mas pelo que Ele é”, relata.

A viagem ao Haiti foi impactante para a vida do Pr. Gerval Pereira. Ele conta que o seu modo de encarar as situações da vida também mudou após a experiência. “Hoje eu encaro meu ministério, minha vida e a ma-

neira de servir e louvar a Deus com outra visão. Agradeço a Deus e à JMM, que em reco-nhecimento ao esforço como

promotor de missões, me possibi-litou uma viagem internacional tão edificante. Hoje eu posso afirmar que por Cristo vou até os confins da Terra”, finaliza.

A promoção PAM +1 conti-nua. Entre no site www.jmm.org.br, clique no box da promoção e leia o regulamento. Depois é só arregaçar as mangas e começar o trabalho!

Em Santa Rosa/RS, vocacionados se apresentaram no apelo do Pr. Cláudio Andrade, representante da JMM

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Institucional