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Iva Carla Vieira Iva Carla Vieira O NOVO PARADIGMA DE ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA: SOLUÇÃO OU ABISMO? ORDEM DOS ADVOGADOS ORDEM DOS ADVOGADOS 21 DE Setembro de 2013 21 DE Setembro de 2013

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Page 1: Iva Carla Vieira O NOVO PARADIGMA DE ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA: SOLUÇÃO OU ABISMO? ORDEM DOS ADVOGADOS 21 DE Setembro de 2013

Iva Carla VieiraIva Carla Vieira

O NOVO PARADIGMA DE ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA:

SOLUÇÃO OU ABISMO?

ORDEM DOS ADVOGADOSORDEM DOS ADVOGADOS

21 DE Setembro de 201321 DE Setembro de 2013

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Resolução do Resolução do Conselho de Ministros n.º 175/2001, de Conselho de Ministros n.º 175/2001, de

28 de Dezembro28 de Dezembro

Enuncia a motivação legal para criar Enuncia a motivação legal para criar

estruturas e um sistema com estruturas e um sistema com competências para a resolução de competências para a resolução de litígios fora dos Tribunais.litígios fora dos Tribunais.

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ObjectivosObjectivos Justiça mais acessívelJustiça mais acessível Justiça mais próximaJustiça mais próxima Justiça mais célereJustiça mais célere Justiça menos dispendiosaJustiça menos dispendiosa Justiça com maior economia de meios Justiça com maior economia de meios

processuais e menores formalidadesprocessuais e menores formalidades Justiça sem prejuízo da Equidade e da Justiça sem prejuízo da Equidade e da

participação dos cidadãos participação dos cidadãos

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MOTIVAÇÃO LEGALMOTIVAÇÃO LEGAL

…….“.“um grande desajustamento entre a nova, muito um grande desajustamento entre a nova, muito multiplicada e diversificada procura de tutela judiciária e a multiplicada e diversificada procura de tutela judiciária e a capacidade oferecida pelo sistema judicial”capacidade oferecida pelo sistema judicial”..

““Reafirmar o firme propósito de promover e incentivar a Reafirmar o firme propósito de promover e incentivar a resolução de litígios por meios alternativos, como a resolução de litígios por meios alternativos, como a mediação e a arbitragem ....” mediação e a arbitragem ....” (n.° 1 da Resolução).(n.° 1 da Resolução).

Promover, em contratos celebrados com o Estado e Promover, em contratos celebrados com o Estado e pessoas colectivas públicas que integram a administração pessoas colectivas públicas que integram a administração estadual, a inclusão de cláusulas que privilegiam o recurso estadual, a inclusão de cláusulas que privilegiam o recurso a meios alternativos de resolução de litígios e diferendos a meios alternativos de resolução de litígios e diferendos entre as partes contratantes. entre as partes contratantes.

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Meios alternativos (extrajudiciais) de Meios alternativos (extrajudiciais) de resolução ou composição de litígiosresolução ou composição de litígios

Julgados de PazJulgados de Paz MediaçãoMediação ArbitragemArbitragem Procedimentos SimplificadosProcedimentos Simplificados Regime Jurídico do Processo de Regime Jurídico do Processo de

InventárioInventário Balcões com atendimento presencial Balcões com atendimento presencial

únicoúnico

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Julgados de PazJulgados de Paz ““Tribunais” com características especiais;Tribunais” com características especiais;

Recuperaram a tradição dos tribunais de paróquia (criados no Recuperaram a tradição dos tribunais de paróquia (criados no séc. XVIII, com a reforma judiciária de Mouzinho da Silveira, e séc. XVIII, com a reforma judiciária de Mouzinho da Silveira, e cuja circunscrição judicial abrangia a área da freguesia); cuja circunscrição judicial abrangia a área da freguesia);

A sua competência está prevista na Lei n.° 78/2001, de 13 de A sua competência está prevista na Lei n.° 78/2001, de 13 de Julho;Julho;

Resolvem causas de natureza cível de valor reduzido;Resolvem causas de natureza cível de valor reduzido;

Não podem intervir na composição ou resolução de conflitos Não podem intervir na composição ou resolução de conflitos que versem direitos indisponíveis (Família, Sucessões e que versem direitos indisponíveis (Família, Sucessões e Trabalho) ou matérias acometidas a Tribunais Judiciais com Trabalho) ou matérias acometidas a Tribunais Judiciais com competência material, especializada ou não, para a sua competência material, especializada ou não, para a sua resolução. resolução.

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MediaçãoMediaçãoPortaria n.º 1112/2005, de 28 de OutubroPortaria n.º 1112/2005, de 28 de Outubro

Meio consensual de resolução de um litígio;Meio consensual de resolução de um litígio; Meio prévio à intervenção do Juiz e que pode ser Meio prévio à intervenção do Juiz e que pode ser

recusada por qualquer parte;recusada por qualquer parte; Meio opcional em processos tramitados em Meio opcional em processos tramitados em

Conservatórias de Registo Civil (divórcio);Conservatórias de Registo Civil (divórcio);

O Regulamento da Organização e Funcionamento O Regulamento da Organização e Funcionamento dos Serviços de Mediação (Port. n.º 112/2005) dos Serviços de Mediação (Port. n.º 112/2005) prevê o recurso geral ao serviço de mediadores e prevê o recurso geral ao serviço de mediadores e define o objecto, o regime, os direitos e deveres, define o objecto, o regime, os direitos e deveres, os impedimentos do mediador, a sua os impedimentos do mediador, a sua remuneração e avaliação, que será remetida à remuneração e avaliação, que será remetida à Direcção-Geral da Administração Extrajudicial.Direcção-Geral da Administração Extrajudicial.

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Mediação - vantagensMediação - vantagens

Os mediados podem recusar a mediação;Os mediados podem recusar a mediação; ““Garante-se” a confidencialidade do processo;Garante-se” a confidencialidade do processo; As partes devem assumir uma posição activa no processo;As partes devem assumir uma posição activa no processo; As partes são responsáveis pela solução ou composição do As partes são responsáveis pela solução ou composição do

seu litígio;seu litígio; O mediador não deve substituir-se às partes no processo de O mediador não deve substituir-se às partes no processo de

decisão (ao contrário do árbitro e do juiz);decisão (ao contrário do árbitro e do juiz); As partes devem ter plena consciência e estar de acordo As partes devem ter plena consciência e estar de acordo

quanto à utilização deste meio – predisposição para reduzir a quanto à utilização deste meio – predisposição para reduzir a carga de conflitualidade latente que é comum nos meios carga de conflitualidade latente que é comum nos meios jurisdicionais comuns;jurisdicionais comuns;

Pode ser eficaz para dirimir pequenos diferendos (v.g. de Pode ser eficaz para dirimir pequenos diferendos (v.g. de índole familiar e entre vizinhos).índole familiar e entre vizinhos).

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Mediação - desvantagensMediação - desvantagens Reduzida experiência acumulada nesta área de Reduzida experiência acumulada nesta área de

intervenção;intervenção; Ausência de resultados estatísticos sobre a sua Ausência de resultados estatísticos sobre a sua

eficácia;eficácia; Eventual influência da personalidade do mediador;Eventual influência da personalidade do mediador; Falta de competências sócio-profissionais do Falta de competências sócio-profissionais do

mediador e falta de controle do seu mediador e falta de controle do seu modus operandimodus operandi ; ; Possibilidade objectiva de o mediador extravasar as Possibilidade objectiva de o mediador extravasar as

suas competências legais e induzir as partes a suas competências legais e induzir as partes a soluções que não correspondam â sua vontade real.soluções que não correspondam â sua vontade real.

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Mediação em processo penal Mediação em processo penal Lei n.º 21/2007, de 12 de JunhoLei n.º 21/2007, de 12 de Junho

O ofendido e o arguido encontram, O ofendido e o arguido encontram, em conjugação de esforços, o acordo em conjugação de esforços, o acordo que consideram reparador dos danos que consideram reparador dos danos emergentes do ilícito penal, bem emergentes do ilícito penal, bem como da paz social.como da paz social.

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Mas se o acordo a que chegarem se Mas se o acordo a que chegarem se frustrar, o ofendido terá de frustrar, o ofendido terá de apresentar nova queixa, no prazo de apresentar nova queixa, no prazo de 1 mês, e reabre-se o inquérito.1 mês, e reabre-se o inquérito.

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Sistema de Mediação FamiliarSistema de Mediação Familiar

As partes resolvem os seus diferendos de forma voluntária, As partes resolvem os seus diferendos de forma voluntária, consensual e extrajudicial e delimitam, entre si e com a consensual e extrajudicial e delimitam, entre si e com a intervenção do mediador, a matéria controvertida;intervenção do mediador, a matéria controvertida;

Art. 1774.º do C.C.:Art. 1774.º do C.C.:””Antes do início do processo de Antes do início do processo de divórcio, a conservatória do registo civil ou o divórcio, a conservatória do registo civil ou o tribunal devem informar os cônjuges sobre a tribunal devem informar os cônjuges sobre a existência e os objectivos dos serviços de mediação existência e os objectivos dos serviços de mediação familiarfamiliar.”;.”;

Inicialmente orientado para casos de ruptura conjugal, o Inicialmente orientado para casos de ruptura conjugal, o

sistema abrange questões inerentes ao exercício das sistema abrange questões inerentes ao exercício das responsabilidades parentais, a partilha dos bens do casal responsabilidades parentais, a partilha dos bens do casal dissolvido, o destino da casa de morada de família, entre dissolvido, o destino da casa de morada de família, entre outros.outros.

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Desvantagens do SMFDesvantagens do SMF

O Conservador do Registo Civil pode alterar os O Conservador do Registo Civil pode alterar os acordos alcançados se considerar que não acordos alcançados se considerar que não acautelam os interesses de um dos cônjuges ou acautelam os interesses de um dos cônjuges ou dos filhos do casal;dos filhos do casal;

Neste caso, convidará as partes a alterar os Neste caso, convidará as partes a alterar os acordos ou determinará a realização de acordos ou determinará a realização de diligências adequadas à decisão da causa (art. diligências adequadas à decisão da causa (art. 1776º do C.C.);1776º do C.C.);

Prevalece o art. 1776-A do C.C. relativamente aos Prevalece o art. 1776-A do C.C. relativamente aos acordos sobre a regulação das responsabilidades acordos sobre a regulação das responsabilidades parentais quanto a filhos menores.parentais quanto a filhos menores.

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Sistema de Mediação LaboralSistema de Mediação LaboralCriado pelo Protocolo de 2006 entre o Ministério da Justiça e:Criado pelo Protocolo de 2006 entre o Ministério da Justiça e:

CIP -Confederação da Indústria PortuguesaCIP -Confederação da Indústria Portuguesa CCP -Confederação do Comércio e Serviços de PortugalCCP -Confederação do Comércio e Serviços de Portugal CTP -Confederação do Turismo PortuguêsCTP -Confederação do Turismo Português CAP- Confederação dos Agricultores de PortugalCAP- Confederação dos Agricultores de Portugal CGTP-IN- Confederação Geral dos Trabalhadores CGTP-IN- Confederação Geral dos Trabalhadores

Portugueses – Intersindical Nacional Portugueses – Intersindical Nacional UGT- União Geral dos Trabalhadores.UGT- União Geral dos Trabalhadores. As associações profissionais, as entidades empregadoras e As associações profissionais, as entidades empregadoras e

os sindicatos podem recorrer a este sistema para os sindicatos podem recorrer a este sistema para resolverem litígios emergentes de contratos individuais de resolverem litígios emergentes de contratos individuais de trabalho, com excepção de matérias relativas a direitos trabalho, com excepção de matérias relativas a direitos indisponíveis.indisponíveis.

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Mediação Laboral - procedimentosMediação Laboral - procedimentos

Em qualquer fase do processo, o juiz pode Em qualquer fase do processo, o juiz pode suspender a instância e requerer a mediação, salvo suspender a instância e requerer a mediação, salvo se uma das partes expressamente se opuser a tal se uma das partes expressamente se opuser a tal remessa (n.º 1 do art. 279-A do C.P.C. remessa (n.º 1 do art. 279-A do C.P.C. ex viex vi art. 27º- art. 27º-A do C.P.T.);A do C.P.T.);

As partes podem acordar em recorrer ao sistema de As partes podem acordar em recorrer ao sistema de mediação, suspendendo-se a instância (n.º 2 do mediação, suspendendo-se a instância (n.º 2 do mesmo art.);mesmo art.);

O acordo é remetido ao Tribunal e segue os termos O acordo é remetido ao Tribunal e segue os termos da transacção (n.º 5);da transacção (n.º 5);

Na impossibilidade de acordo, o mediador dá Na impossibilidade de acordo, o mediador dá conhecimento ao Tribunal, cessando conhecimento ao Tribunal, cessando automaticamente a suspensão da instância, sem automaticamente a suspensão da instância, sem necessidade de qualquer acto do juiz ou da necessidade de qualquer acto do juiz ou da secretaria (n.º 5). secretaria (n.º 5).

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Mediação civil e comercialMediação civil e comercialLei n.º 29/2013, de 19 de Abril

Os litígios devem versar direitos patrimoniais; se forem de natureza não patrimonial, deverão ter por objecto direitos susceptíveis de transacção (art. 11º);

As partes podem prever nos seus contratos que os eventuais litígios sejam resolvidos por mediação (convenção de mediação reduzida a escrito (art. 12º);

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Mediação civil e comercialMediação civil e comercial

As partes podem, ainda, recorrer a pré-mediação, em fase anterior à instauração de acção judicial, mediante um protocolo de mediação que suspenderá os prazos de caducidade e de prescrição (art. 13º);

Neste caso, as partes têm a faculdade de

requerer em qualquer tribunal, e por via electrónica, a homologação judicial do acordo obtido (n.s 1 e 2 do art. 14º);

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Mediação civil e comercialMediação civil e comercial

As partes podem fazer-se acompanhar por Advogados, Advogados Estagiários e Solicitadores, bem como outros técnicos (art. 18º);

O acordo de mediação que não careça de homologação judicial tem força executiva (n.º 1 do art. 9º);

O procedimento de mediação pode ser suspenso, em casos excepcionais e fundamentados, para efeitos de “…experimentação de acordos provisórios” (n.º 1 do art. 22º).

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Arbitragem voluntária Arbitragem voluntária institucionalizadainstitucionalizada

Lei n.° 63/2011, de 14 de Dezembro.Lei n.° 63/2011, de 14 de Dezembro.

As partes submetem a centros de arbitragem a solução do As partes submetem a centros de arbitragem a solução do conflito;conflito;

Os conflitos versam interesses de natureza patrimonial;Os conflitos versam interesses de natureza patrimonial; O conflito não pode versar direitos indisponíveis nem matérias O conflito não pode versar direitos indisponíveis nem matérias

reservadas por lei, exclusivamente, aos Tribunais do Estado ou a reservadas por lei, exclusivamente, aos Tribunais do Estado ou a arbitragem necessária;arbitragem necessária;

Depende de celebração de uma convenção de arbitragem que Depende de celebração de uma convenção de arbitragem que faz parte integrante do contrato e em que as partes se obrigam faz parte integrante do contrato e em que as partes se obrigam a submeter a determinada instituição de arbitragem a resolução a submeter a determinada instituição de arbitragem a resolução de:de:

- Um litígio actual (que pode ser já objecto de processo judicial) – - Um litígio actual (que pode ser já objecto de processo judicial) – compromisso arbitral;compromisso arbitral;

- Um futuro litígio, emergente de contrato outorgado - cláusula - Um futuro litígio, emergente de contrato outorgado - cláusula compromissória.compromissória.

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Tribunal arbitralTribunal arbitral Composto por um único ou a vários árbitros, sempre Composto por um único ou a vários árbitros, sempre

em número ímpar;em número ímpar;

Os árbitros podem ser nomeados pelas partes, de Os árbitros podem ser nomeados pelas partes, de acordo com a listagem do Centro de Arbitragem acordo com a listagem do Centro de Arbitragem (Regulamento);(Regulamento);

Os árbitros devem ser especialistas na matéria Os árbitros devem ser especialistas na matéria (contratos comerciais, indústrias da madeira e (contratos comerciais, indústrias da madeira e mobiliário, Hotelaria, Turismo e Restauração, conflitos mobiliário, Hotelaria, Turismo e Restauração, conflitos de consumo, de desporto, construção civil e obras de consumo, de desporto, construção civil e obras públicas, actividade imobiliária, relações de públicas, actividade imobiliária, relações de inquilinato, direitos intelectuais, publicidade, seguros inquilinato, direitos intelectuais, publicidade, seguros automóveis, valores mobiliários ruído, ambiente, automóveis, valores mobiliários ruído, ambiente, avarias em embarcações, etc…).avarias em embarcações, etc…).

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Vantagens da arbitragem Vantagens da arbitragem voluntária institucionalizadavoluntária institucionalizada

Modalidade célere para resolver conflitos;Modalidade célere para resolver conflitos; As partes podem por termo ao processo por As partes podem por termo ao processo por

transacção, a não ser que o seu conteúdo viole algum transacção, a não ser que o seu conteúdo viole algum princípio de ordem pública (art. 41º da Lei n.º princípio de ordem pública (art. 41º da Lei n.º 63/2011);63/2011);

A decisão deve ter qualidade e ser proferida por A decisão deve ter qualidade e ser proferida por técnicos altamente qualificados para resolver a técnicos altamente qualificados para resolver a questão;questão;

A decisão arbitral tem a eficácia executiva da A decisão arbitral tem a eficácia executiva da sentença judicial e é susceptível de impugnação junto sentença judicial e é susceptível de impugnação junto de Tribunal do Estado (anulação – art. 46º).de Tribunal do Estado (anulação – art. 46º).

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Desvantagens da arbitragem Desvantagens da arbitragem voluntária institucionalizadavoluntária institucionalizada

Custos elevados;Custos elevados; O recurso à arbitragem depende da O recurso à arbitragem depende da

capacidade financeira das partes;capacidade financeira das partes; O ou os árbitros podem não ser O ou os árbitros podem não ser

isentos e independentes.isentos e independentes.

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Arbitragem FiscalArbitragem FiscalDec.-Lei n.º 10/2011, de 20 de Janeiro

Preâmbulo:

Reforçar a tutela eficaz dos interesses dos sujeitos passivos;

Imprimir maior celeridade na resolução dos litígios entre Administração Tributária e sujeitos passivos;

Reduzir a pendência processual nos Tribunais Administrativos e Fiscais.

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RegimeRegime O árbitro é escolhido pelas partes ou designado pelo

Centro de Arbitragem Administrativa (único centro sob a égide do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais) (art. 10º - Constituição do Tribunal Arbitral);

A decisão do árbitro tem o valor da decisão judicial; O processo é despedido de formalidades, de acordo

com o princípio da autonomia dos árbitros na condução do processo (al. c) do art. 16º e art. 19º- princípio da livre condução do processo);

O limite para resolver o litígio e proferir decisão arbitral é de 6 meses, prorrogável por igual período.

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Procedimentos simplificadosProcedimentos simplificados

Balcão divórcio com partilha – Portaria n.º Balcão divórcio com partilha – Portaria n.º 1594/2007, de 17 de Dezembro;1594/2007, de 17 de Dezembro;

Num acto de atendimento único, as Num acto de atendimento único, as Conservatórias de Registo Civil promovem Conservatórias de Registo Civil promovem a partilha dos bens comuns do casal a partilha dos bens comuns do casal dissolvido, liquidam os impostos que se dissolvido, liquidam os impostos que se mostrem devidos, levam a registo os bens mostrem devidos, levam a registo os bens imóveis e móveis sujeitos a registo, bem imóveis e móveis sujeitos a registo, bem como as participações sociais que sejam como as participações sociais que sejam objecto da partilha.objecto da partilha.

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Procedimentos simplificados de sucessão Procedimentos simplificados de sucessão hereditáriahereditária

Dec.-Lei n.º 324/2007, de 28 de Setembro e Portaria n.º 1594/2007, Dec.-Lei n.º 324/2007, de 28 de Setembro e Portaria n.º 1594/2007, de 17 de Dezembro de 17 de Dezembro

Qualquer Conservatória de Registo Civil Qualquer Conservatória de Registo Civil promove os

actos de titulação, registo e garantia do cumprimento de obrigações

fiscais respeitantes à sucessão hereditária (art. 210-A do Cód. Reg.

Civil).

Habilitação de herdeiros, partilha e registos;Habilitação de herdeiros, partilha e registos;Habilitação de herdeiros Habilitação de herdeiros com ou semcom ou sem registos; registos;Habilitação de legatários;Habilitação de legatários;Partilha e registos.Partilha e registos.

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FormalidadesFormalidades

O Conservador ou funcionário competente atende previamente o requerente e analisa o pedido, os documentos apresentados e promove as diligências de instrução que devam ser feitas oficiosamente (art. 210º-E do Cód. do Reg. Civ.) mediante consulta da base de dados;

Designa data para a realização do procedimento.

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INCIDENTESINCIDENTES Se algum herdeiro preterido impugnar judicialmente a

habilitação de herdeiros, deve comunicar, de imediato, a qualquer Conservatória do Registo Civil que pende este processo, de modo a efectuar-se o respectivo averbamento;

Pode haver lugar a indeferimento liminar do Conservador (v.g. factos que afectam a formação/declaração de vontade das partes, omissões ou deficiências nos documentos apresentados, falta de pagamento de encargos tributários) e o despacho é susceptível de impugnação hierárquica ou contenciosa;

Os interessados podem declarar expressamente que desejam prosseguir o procedimento e promover o registo provisório, pese embora a anulabilidade ou ineficácia dos actos praticados.

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Regime Jurídico do Processo de InventárioRegime Jurídico do Processo de InventárioLei n.º 23/2013, de 5 de Março (que revogou a lei n.º 29/2009)Lei n.º 23/2013, de 5 de Março (que revogou a lei n.º 29/2009)

Entrada em vigor no 1º dia útil de Setembro de 2013Entrada em vigor no 1º dia útil de Setembro de 2013

A competência para o inventário foi A competência para o inventário foi transferida dos Tribunais para os Notários, transferida dos Tribunais para os Notários, que dirigem todas as diligências do que dirigem todas as diligências do processo;processo;

Ao Notário compete “…efectuar o processamento de actos e termos…” do processo e dirigir as diligências do inventário e habilitação de uma pessoa como sucessora por morte de outra;

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Remessa para os meios judiciais Remessa para os meios judiciais comunscomuns

Compete ao Notário a decidir suspender a tramitação do processo e ordenar a sua remessa para os meios comuns, quando:

Sejam suscitadas questões cuja natureza ou complexidade de facto ou de direito o exija;

Tenha de ser decidida questão prejudicial; Quando algum interessado o requeira,

cabendo recurso do despacho que indefira esta pretensão (art. 16º).

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Intervenção do AdvogadoIntervenção do Advogado

A constituição de Advogado é obrigatória apenas quando sejam suscitadas ou discutidas questões de direito ou quando haja recurso das decisões proferidas no processo (art. 13º);

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Análise críticaAnálise crítica A simplificação de procedimentos visa descongestionar os A simplificação de procedimentos visa descongestionar os

Tribunais;Tribunais;

O primado da celeridade sacrifica e ofende direitos e garantias O primado da celeridade sacrifica e ofende direitos e garantias fundamentais dos cidadãos;fundamentais dos cidadãos;

Existe um desfasamento entre as novas “soluções legislativas” Existe um desfasamento entre as novas “soluções legislativas” e os interesses em conflito (e os interesses em conflito (v.g.v.g. o processo de inventário, cuja o processo de inventário, cuja complexidade reclama rigor e uma tramitação sem incidentes complexidade reclama rigor e uma tramitação sem incidentes “extraordinários”, como a prometida remessa Notário-Tribunal-“extraordinários”, como a prometida remessa Notário-Tribunal-Notário);Notário);

A opção por “chicanas” processuais – como a mediação, a pré-A opção por “chicanas” processuais – como a mediação, a pré-mediação (que podem frustrar-se) as remessas do processo, a mediação (que podem frustrar-se) as remessas do processo, a suspensão da instância, trará maiores perdas de eficácia na suspensão da instância, trará maiores perdas de eficácia na administração da Justiça e mais demora nos resultados;administração da Justiça e mais demora nos resultados;

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Análise críticaAnálise crítica A desjudicialização em curso conduz-nos à gradual A desjudicialização em curso conduz-nos à gradual

privatização da Justiça (que passa a ser administrada por privatização da Justiça (que passa a ser administrada por Conservadores, Notários, Mediadores, Centros de Conservadores, Notários, Mediadores, Centros de Arbitragem);Arbitragem);

Pode ser administrada Justiça diferente para cidadãos Pode ser administrada Justiça diferente para cidadãos com capacidade económica distinta (v.g. Centros de com capacidade económica distinta (v.g. Centros de Arbitragem, Câmaras de Comércio);Arbitragem, Câmaras de Comércio);

O esvaziamento funcional dos Tribunais, como órgão de O esvaziamento funcional dos Tribunais, como órgão de soberania que administra a Justiça em nome do Povo, de soberania que administra a Justiça em nome do Povo, de forma isenta, imparcial e independente é indicador da forma isenta, imparcial e independente é indicador da mutação dos Valores do Estado de Direito Democrático. mutação dos Valores do Estado de Direito Democrático.

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Análise críticaAnálise crítica

Com o regime jurídico do processo de inventário, que não revogou os procedimentos simplificados, instalou-se uma quase “esquizofrenia” normativa, pois coexistem procedimentos e quase-processos, facto que nada abona em favor da administração da Justiça.

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Análise críticaAnálise críticaUrge:Reflectir sobre o estado da Justiça e dos Tribunais, a sua real eficácia e constrangimentos, o impacto destes na vida dos cidadãos e empresas;Pugnar por um sistema de administração da Justiça não sujeita a critérios economicistas (o descongestionamento dos Tribunais, a celeridade a todo o custo, a desburocratização e a simplificação que põe em risco direitos e valores de um Estado de Direito Democrático. 

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Análise críticaAnálise crítica

Combater a tendência declarada em Combater a tendência declarada em afastar da administração da Justiça os afastar da administração da Justiça os profissionais do Foro, esvaziando os profissionais do Foro, esvaziando os actos próprios do Advogado;actos próprios do Advogado;

Devolver o prestígio ao Advogado que, Devolver o prestígio ao Advogado que, por Vocação e Competência, deve ser o por Vocação e Competência, deve ser o permanente garante das Liberdades e permanente garante das Liberdades e Garantias Fundamentais dos Cidadãos! Garantias Fundamentais dos Cidadãos!

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Meras reflexões…Meras reflexões…

Quando os homens são puros, as leis são Quando os homens são puros, as leis são desnecessárias; quando são corruptos, as desnecessárias; quando são corruptos, as leis são inúteis.leis são inúteis. Benjamin Disraeli (1804-1881) - 1º Ministro do Reino Unido Benjamin Disraeli (1804-1881) - 1º Ministro do Reino Unido

Leis más são o pior tipo de tirania.Leis más são o pior tipo de tirania. Edmund Burke (1729/1797) - Estadista, filósofo e Edmund Burke (1729/1797) - Estadista, filósofo e

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