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    IRPJ IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURIDICA

    A atual legislao que rege o IRPJ de 27/12/1996, lei n 9430. O IRPJ umtributo cujos contribuintes so as Pessoas Jurdicas e as Empresas Individuais. A

    disposio tributria do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ouno. J as entidades submetidas aos regimes de liquidao extrajudicial e de falnciassujeitam-se s normas de incidncia do imposto aplicveis s pessoas jurdicas, emrelao s operaes praticadas durante o perodo em que perdurarem os procedimentos

    para a realizao de seu ativo e o pagamento do passivo ( Lei n 9.430/96, art. 60)As empresas pblicas e as sociedades de economia mista, bem como as suas

    subsidiarias so contribuintes nas mesmas condies das demais pessoas jurdicas(Const. Federal, art. 173, parag. 1)

    As formas de tributao das Pessoas Jurdicas so:- Simples- Lucro Presumido- Lucro Real- Lucro Arbitrado

    As bases de calculo do Imposto pela legislao atual, na ocorrncia de fatogerador, o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente aos perodos deapurao. Esta apurao trimestral, encerrados nos dias 31/03, 31/06, 30/09, 31/12 decada ano calendrio. Por opo do contribuinte, o lucro real tambm pode ser apurado

    por perodo anual. Nos casos de incorporao, fuso ou ciso, a apurao de calculo eimposto devido ser efetuada na data do evento. J na extino da pessoa jurdica, peloencerramento do processo de liquidao, a apurao da base de calculo e do impostodevido ser efetuada na data desse evento.

    Alquotas e Adicional

    A pessoa jurdica pagara o imposto alquota de 15% sobre o lucro real, apuradode conformidade com o Regulamento. Isto inclui pessoa jurdica que explore atividadeRural. J o adicional pago quando a parcela do lucro real que exceder ao valorresultante da multiplicao de R$ 20.000,00 pelo n de meses do respectivo perodo deapurao. O adicional a ser pago de 10%. Esse adicional aplica-se nos casos deincorporao, fuso ou ciso e de extino da pessoa jurdica pelo encerramento daliquidao e tambm, a pessoa jurdica que explore atividade Rural. Esse adicional

    pago juntamente com o IR apurado pela aplicao da alquota de 15%.

    O Regulamento do IR (Decreto n 3000 de 1999), em seus artigos 246 a 515,disciplina a tributao sob o lucro real. A partir de 1999, esto obrigadas apurao dolucro real as pessoas jurdicas (Lei n 9718/98, art.14) que:

    - cuja receita bruta total, no ano calendrio anterior, seja superior a R$ 48 milhes, ou aR$ 4 milhes multiplicados pelo n de meses de atividades do ano calendrio anterior,quando inferior a 12 meses (limite fixado pela lei n 10637/2002). Esse limite valido a

    partir de 01/01/2003.- cujas atividades sejam bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos dedesenvolvimento, caixa econmicas, sociedade de crditos, financiamento einvestimentos, sociedade de crdito imobilirio, sociedades corretoras de ttulos, valores

    mobilirios, empresas de arrendamento mercantil e etc.

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    - que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior. J aprestao direta de servios no exterior no esta obrigada a tributao do lucro real.Alm disso, pessoas jurdicas autorizada pela legislao tributria que usufruem de

    benefcios fiscais relativos iseno ou reduo do imposto. Por exemplo:- Programa BEFIEX (iseno do lucro de exportao), reduo do IR pelo Programa de

    Alimentao do Trabalhador, etc.- Que no decorrer do ano calendrio tenham efetuado pagamento mensal pelo regime deestimativa, na forma do art. 2 da Lei n 9430/96.Obs. : O regime de estimativa a opo de pagamento mensal, estimado do IR para finsde apurao do lucro real em Balano Anual.

    Pessoas jurdicas que explorem as atividades de prestao de servioscumulativas e contnua de servios, de assessoria creditcia, mercadolgica, gesto decrdito, factoring e outros tambm so obrigados ao lucro real, assim como asImobilirias. Nesse caso, quando h obras em andamento, utilizado o custo orado,que a modalidade de tratamento contbil de custos futuros para esses fins.

    Mesmos as empresas que no so obrigadas a apurar os seus resultados com base

    no lucro real, podero optar por ele se assim quiserem. Isto possibilita que essasempresas possam ter economia tributria (planejamento fiscal).

    Conceito de Lucro RealO Lucro Real o lucro lquido do perodo de apurao ajustada pelas adies,

    excluses ou compensaes prescritas ou autorizadas pelo Regulamento (Decreto lei n1598/77 art. 6).

    A determinao do lucro Real ser precedida da apurao do lucro lquido decada perodo de apurao com observncia das disposies das leis comerciais (Lei n8981/95, art. 37 inciso 1).

    O lucro lquido do exerccio a soma algbrica do lucro operacional dosresultados no operacionais e das participaes, e dever ser determinado comobservncia dos preceitos da lei comercial. Portanto, o lucro lquido aquele definidono art. 191 da lei n 6404/76, porm, sem as dedues do art. 189 (prejuzos contbeisacumulados e proviso para o Imposto sobre a Renda).

    A CARGA TRIBUTRIA NO LUCRO PRESUMIDO

    As empresas que no so obrigadas a apurar seus lucros pelo sistema de lucroreal podem optar pelo lucro presumido. Devem para tanto preencher 2 requisitos

    bsicos: O limite de faturamento e no se enquadrar em atividades impeditivas. Dentre

    elas destacamos:- Bancos comerciais e de investimentos- As cooperativas, corretores de ttulos, previdncia privada aberta- Que usufruam de benefcios fiscais- Factoring- Que explorem compra, venda e loteamento de imveis- que tenham rendimentos provenientes do exterior

    Para se enquadrar no limite de faturamento anual, a empresa no pode faturarmais do que R$ 24 milhes no ano ou proporcionalmente R$ 2 milhes mensais.

    A opo pelo sistema feito no ato de pagamento da primeira parcela do IRPJapurado no primeiro trimestre, no ano calendrio, ou em caso de incio de atividade, no

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    primeiro trimestre de atividade. Uma vez feita opo, ela vlida para todo o anocalendrio, sem possibilidade de mudana.

    Para uma opo segura, o empresrio deve prever o percentual de lucro queespera ter em relao ao faturamento bruto, visto ser esta a base para o calculo doimposto. No importa se ao final do ano calendrio for apurado prejuzo ou lucro muito

    inferior ao previsto.Existem vrios tipos de atividades que se enquadram no lucro presumido. Soeles:

    - Grupo 1 Revenda para consumo de combustvel derivado do petrleo, lcool etlicocarburante e gs natural.- Grupo 2 Venda de mercadorias transporte de cargas servios hospitalares imobilirias construo com emprego material prprio, etc.- Grupo 3 Servios de transporte (exceto cargas). Servios cuja receita bruta anual sejainferior a R$ 120 mil (exceto hospitalares, de transporte, de profisso regulamentada).- Grupo 4 Servio em geral (inclusive mo de obra para construo civil e profisso

    regulamentada) Intermediao de negcios Administrao, locao ou cesso debens mveis, imveis e de direitos de qualquer natureza.

    - Percentual a ser aplicado sobre a receita para vrios tipos de atividades empresariais

    GRUPOS

    LUCROPRESUNODO % S/RECEITABRUTA

    IRPJALQUOTA15%SOBREARECEITA

    CSLLALQUOTA%SOBRE ARECEITA

    CSLLALQUOTA9% SOBRE ARECEITA

    1 1,6% 0,24% 12% 1,08%2 8,0% 1,20% 12% 1,08%3 16,0% 2,40% 12% 1,08%4 32,0% 4,80% 12% 1,08%

    Quando houverem receitas financeiras e outros ganhos de capital, deve-seaplicar a alquota de 15% para o calculo do IRPJ e de 9% para a CSLL sobre o valor

    bruto destas receitas. Alm disso, se a empresa apurar lucro presumido superior a R$60 mil no trimestre, deve ainda calcular o valor do adicional do IR. Aplica-se ento aalquota de 10% sobre o excesso.

    A partir de 1998, no mais permitido s empresas que optarem pelo lucropresumido a deduo de incentivos fiscais como o PAT Programa de Alimentao doTrabalhador. Em relao ao rendimentos dos scios, alm do pr labore estabelecido, oslucros apurados podero ser distribudo sem qualquer tributao, seja no ato, seja nadeclarao de ajuste anual de pessoa fsica, onde sero includo como rendimentosisentos.

    J as empresas de Prestao de Servios pagam, alm dos tributos previstos nalegislao e que incidem sobre o seu faturamento, como o PIS, COFINS e ISS, osimpostos e contribuies sobre o lucro. Elas podem optar tanto pelo lucro presumido ou

    pelo lucro real.A expresso Lucro Presumido representa uma modalidade de apurao de

    apenas 2 tributos: o IRPJ e a CSLL, pagos trimestralmente. No caso das empresas

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    prestadoras de servios, a base de calculo para o lucro presumido de 32% dofaturamento mensal. Essas alquotas so:

    - IRPJ 15% para faturamento mensal de R$ 187.500,00- IRPJ 25% sobre a parcela do faturamento trimestral superior a R$ 187.500,00

    - CSLL 9% sobre qualquer valor de faturamentoTais alquotas so aplicveis sobre a base de calculo presumida de 32%. Assim,teremos:- 15% X 32% = 8% do valor acima de R$ 187.500,00

    A opo pelo Lucro Presumido vantajosa para as empresas, cujo Lucro(Receitas (-) Despesas) igual ou superior a 32%. Quando a margem de lucro inferiora 32%, mais vantajoso optar pelo pagamento dos tributos acima com base no lucroReal.

    CONCLUSO

    A Frase Brasil, o pais dos impostos no a toa. Uma simples leitura sobrequalquer texto que fale sobre poltica tributria no Brasil o suficiente para mostrar otamanho do problema que pagar imposto nesse pas, a complexidade de sualegislao, o tamanho de sua carga e o apetite insacivel do governo.

    Para se ter uma idia, basta lembrar que o Brasil tem uma carga tributriacomparvel a de um pas rico. S este ano, para um PIB de aproximadamente R$ 4,0trilhes, o governo dever recolher cerca de 36% desse total, equivalente a R$ 1,450trilhes. A contrapartida um servio pblico de qualidade duvidosa, uma corrupo

    poltica sem paralelo na histria desse pas e um cinismo eloqente de nossasautoridades, que finge que no v o descalabro que a situao das contas pblicas eempurra com a barriga uma reforma que se espera no chegue tarde. At l, seja o queDeus no quer, mas o que os homens querem.

    Nosso sistema tributrio to perverso que joga para a informalidade muitagente que poderia pagar imposto sem ser espoliado. Basta lembrar que a dvida pblicamobiliaria de aproximadamente 20% do PIB (cerca de R$ 800,0 bilhes), a maior

    parte irrecupervel. claro que ningum nesse sistema santinho, mas quando ogoverno legisla em causa prpria, se esquecendo do resto do pas e do modelotributrio invivel que estagna a nossa economia, de se perguntar se realmente elessabem o que acontece de verdade.

    Em suma, ou se faz a reforma tributria que corrija as distores de nossosistema, ou o Brasil vai continuar a andar de lado. notrio que depois das reformasfeita no governo FHC, se parou no tempo. O que veio a seguir apenas colheu os bonsfrutos que se plantou antes, ainda que tenha sido contra quando essas reformas foramfeitas. Enquanto isso, La nave va....

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    BIBLIOGRAFIAwww.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html