curso pratico irpj l real

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  • 7/23/2019 Curso Pratico IRPJ L Real

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    2013 COAD

    CURSO PRTICO IRPJTodos os direitos reservados

    Produo Editorial: Cetex Estudos Tcnicos de ExcelnciaDireitos Autorais: COAD

    Autor: Equipe Tcnica COADCoordenao Editorial: Crystiane Cardoso de Souza

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    Equipe Tcnica COADColeo CURSO PRTICO IRPJ Volume I.Rio de Janeiro: COAD, 2013.

    ISBN: 978-85-63302-74-8

    2013

    1 edio 1 impresso

    Proibida a reproduo total ou parcial de qualquer matria sem prvia autorizao.Os infratores sero punidos na forma da lei.

    Atualizao Profissional COAD Ltda.

    Av. Armando Lombardi, 155Barra da Tijuca Rio de Janeiro

    CEP: 22640-020 Tel: 2156-5900www.coad.com.br

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    APRESENTAO

    Com este livro, a COAD inicia a edio de 2013 do Curso Prtico deIRPJ.Este Curso Prtico, composto de 12 volumes, traz, de forma detalhada,os procedimentos para apurao do lucro real, do lucro presumido e do

    lucro arbitrado, bases de clculo do Imposto de Renda da pessoa jurdica.Os trabalhos contidos no Curso Prtico de IRPJ so ilustrados com fartaexemplificao prtica visando facilitar o entendimento de cada tema.Neste primeiro volume, constam os seguintes temas: Contribuintes e Responsveis: onde relacionamos os contribuintes do

    Imposto de Renda, na condio de pessoas jurdicas e equiparadas,bem como as pessoas consideradas responsveis pelo pagamento destetributo;

    Lucro Real: apresentamos normas gerais relativas a esta forma de

    tributao, tais como, empresas obrigadas, perodos de apurao e prazospara pagamento;

    Regime de Estimativa: forma de recolhimento mensal obrigatrio doImposto de Renda para as empresas que optarem pela apurao anualdo lucro real. Este tema envolve trs trabalhos, Pagamento Mensalcom base na Receita Bruta e Acrscimos, Suspenso ou Reduo doPagamento Mensal e Ajuste Anual.

    Boa leitura

    Equipe Tcnica COAD

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    ndice

    CONTRIBUINTES E

    RESPONSVEIS1. PESSOAS JURDICAS ............................................................................................... 1

    2. EQUIPARAO PESSOA JURDICA ..................................................................... 1

    2.1. EQUIPARAO POR PRTICA COMERCIAL................................................ 1

    2.2. EQUIPARAO POR PRTICA IMOBILIRIA ............................................... 2

    2.2.1. Incorporao e Loteamento sem Registro .......................................... 3

    2.2.2. Incorporao de Prdio em Condomnio............................................. 3

    2.2.3. Associao Pessoa Jurdica ............................................................ 3

    2.2.4. Desmembramento do Imvel Rural..................................................... 3

    2.2.5. Incio da Equiparao.......................................................................... 4

    2.2.6. Aplicao do Regime Fiscal................................................................ 4

    2.2.7. Determinao do Resultado................................................................ 4

    2.2.8. Integrao dos Imveis ao Ativo ......................................................... 5

    2.2.9. Capital da Empresa Individual............................................................. 5

    2.2.10. Trmino da Equiparao..................................................................... 5

    2.2.11. Desistncia da Incorporao ou do Loteamento................................. 6

    3. SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAO ....................................................... 6

    3.1. RESPONSABILIDADE PARA COM TERCEIROS ........................................... 6

    3.2. RESPONSABILIDADE PELOS TRIBUTOS E CONTRIBUIES DEVIDOS...... 6

    3.3. REGIME DE TRIBUTAO DO IMPOSTO DE RENDA.................................. 63.4. ESCRITURAO ............................................................................................. 7

    3.5. RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS E CONTRIBUIES ................................. 7

    3.6. DECLARAO DE INFORMAES ECONMICO-FISCAIS DA PESSOAJURDICA (DIPJ) .............................................................................................. 7

    4. NO EQUIPARAO PESSOA JURDICA............................................................. 7

    4.1. MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL.......................................................... 8

    4.1.1. Recolhimentos Fixos Mensais............................................................. 8

    5. CONSRCIOS DE EMPRESAS ................................................................................. 8

    5.1. PAGAMENTOS SUJEITOS RETENO NA FONTE .................................. 8

    5.1.1. Consrcios que Realizam Contratao em Nome Prprio.................. 85.2. RECEBIMENTOS COM RETENO NA FONTE ........................................... 9

    5.3. REGISTRO DAS OPERAES....................................................................... 9

    6. SOCIEDADE DE PROPSITO ESPECFICO ............................................................ 9

    6.1. SPE CONSTITUDA POR EMPRESAS DO SIMPLES NACIONAL................. 9

    6.1.2. Tratamento Tributrio.......................................................................... 10

    7. IMUNIDADE ............................................................................................................... 10

    7.1. TEMPLOS DE QUALQUER CULTO ................................................................ 10

    7.2. PARTIDOS POLTICOS E ENTIDADES SINDICAIS DOSTRABALHADORES .......................................................................................... 10

    7.3. INSTITUIES DE EDUCAO E DE ASSISTNCIA SOCIAL..................... 10

    7.4. SUSPENSO DA IMUNIDADE ....................................................................... 11

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    8. ISENO .................................................................................................................... 118.1. SOCIEDADES BENEFICENTES, FUNDAES, ASSOCIAES

    E SINDICATOS ................................................................................................. 128.2. COPAS FIFA 2013 E 2014 ............................................................................... 128.3. JOGOS OLMPICOS E PARAOLMPICOS DE 2016....................................... 12

    9. SOCIEDADES COOPERATIVAS................................................................................ 139.1. INCIDNCIA DO IMPOSTO............................................................................. 13

    9.2. COOPERATIVAS DE CONSUMO.................................................................... 13

    10. RESPONSABILIDADE SOLIDRIA............................................................................ 1310.1. RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES................................................... 14

    10.1.1. Sucesso Empresarial ........................................................................ 1411. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS .................................................................... 14

    LUCRO REALNormas Gerais

    1. EMPRESAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL............................................................ 16

    1.1. VERIFICAO DO LIMITE DE RECEITA NO ANO-CALENDRIOANTERIOR ....................................................................................................... 16

    1.1.1. Valores Integrantes da Receita Total .................................................. 171.2. EMPRESAS OPTANTES PELO REFIS ........................................................... 171.3. SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAO ............................................ 171.4. EMPRESAS IMOBILIRIAS............................................................................. 171.5. EMPRESAS EXPORTADORAS DE MERCADORIAS OU SERVIOS........... 171.6. OPO PELO LUCRO REAL .......................................................................... 18

    2. PERODO DE APURAO......................................................................................... 18

    2.1. APURAO TRIMESTRAL.............................................................................. 182.1.1. Trimestres-Calendrio......................................................................... 18

    2.2. APURAO ANUAL (REGIME DE ESTIMATIVA)........................................... 182.2.1. Enquadramento no Balano Anual...................................................... 182.2.2. Vantagens do Regime de Estimativa .................................................. 19

    3. ESCOLHA DA FORMA DE APURAO .................................................................... 194. CISO, FUSO, INCORPORAO OU EXTINO.................................................. 205. PRAZOS DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO E DA CONTRIBUIO.................... 20

    5.1. LUCRO REAL TRIMESTRAL........................................................................... 205.1.1. Cdigos do Darf .................................................................................. 21

    5.2. LUCRO REAL ANUAL...................................................................................... 215.2.1. Cdigos do Darf .................................................................................. 225.2.2. Ajuste Anual ........................................................................................ 225.2.3. Cdigos do Darf .................................................................................. 23

    REGIME DE ESTIMATIVAPagamento Mensal com Base na Receita Bruta e Acrscimos

    1. CONCEITO DE LUCRO ESTIMADO .......................................................................... 242. DETERMINAO DO LUCRO ESTIMADO................................................................ 24

    2.1. PERCENTUAIS APLICVEIS SOBRE A RECEITA BRUTA MENSAL............ 24

    2.1.1. Atividades Diversificadas .................................................................... 25

    2.1.2. Prestao de Servios em Geral Reduo do Percentual............... 25

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    2.1.3. Servios Hospitalares.......................................................................... 27

    2.1.4. Receitas Financeiras de Empresas Imobilirias ................................. 28

    2.1.5. Servios Auxiliares de Diagnstico e Terapia..................................... 28

    2.1.6. Software(Solues de Consultas 99 SRRF-7 RF/2003,111 SRRF-8 RF/2005, 6 SRRF-7 RF/2006, 144 SRRF-7

    RF/2006, 252 SRRF-7 RF/2007)......................................................... 292.1.7. Abastecimento de gua e Explorao de Rodovias

    (Ato Declaratrio Normativo 16 Cosit/2000)........................................ 29

    2.1.8. Sondagem do Solo (Deciso 651 SRRF-6 RF/97) ............................ 29

    2.1.9. Perfurao de Poos Artesianos (Deciso 45 SRRF-9 RF/2000) ....... 29

    2.1.10. Industrializao ................................................................................... 30

    2.1.11. Receitas de Aluguis........................................................................... 32

    2.1.12. Receitas de Mquinas Caa-Nqueis.................................................. 32

    2.1.13. Representao Comercial................................................................... 32

    2.1.14. Sociedades Corretoras........................................................................ 32

    2.1.15. Servios de Guindastes, Guinchos e Assemelhados.......................... 32

    2.1.16. Sociedades Cooperativas ................................................................... 32

    2.2. CONCEITO DE RECEITA BRUTA................................................................... 33

    2.2.1. Valores Integrantes da Receita Bruta Mensal..................................... 33

    2.2.2. Valores no Includos na Receita Bruta.............................................. 33

    2.2.3. Cmputo das Receitas........................................................................ 35

    2.3. ACRSCIMOS BASE DE CLCULO DO IRPJ ............................................ 37

    2.3.1. Determinao do Ganho de Capital .................................................... 38

    2.3.2. Variaes Monetrias.......................................................................... 39

    2.4. VALORES NO ACRESCIDOS BASE DE CLCULO ................................. 402.4.1. Receitas de Aplicaes Financeiras ................................................... 40

    3. CLCULO DO IMPOSTO MENSAL............................................................................ 40

    3.1. LUCRO INFLACIONRIO DAS CONCESSIONRIAS DE SERVIOSPBLICOS........................................................................................................ 40

    4. DEDUES DE INCENTIVOS FISCAIS .................................................................... 40

    4.1. LIMITES DE DEDUO................................................................................... 41

    5. COMPENSAO DO IMPOSTO PAGO OU RETIDO................................................ 41

    5.1. IMPOSTO DE RENDA RETIDO POR RGOS E ENTIDADESFEDERAIS........................................................................................................ 42

    5.2. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FORMA DO ARTIGO 29 DALEI 10.833/2003 ............................................................................................... 42

    6. IMPOSTO PAGO A MAIOR OU INDEVIDAMENTE ................................................... 42

    7. APLICAO EM INCENTIVOS FISCAIS REGIONAIS............................................... 42

    7.1. OPO NO CURSO DO ANO-CALENDRIO................................................. 43

    7.1.1. Cdigos do Darf .................................................................................. 43

    7.1.2. Opo Irretratvel................................................................................ 43

    7.1.3. Sociedade em Conta de Participao ................................................ 43

    7.2. BASE DE CLCULO DOS INCENTIVOS ........................................................ 44

    8. CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO LQUIDO ............................................ 44

    8.1. BASE DE CLCULO DA CSLL ........................................................................ 44

    8.1.1. Percentuais Aplicveis sobre a Receita Bruta Mensal........................ 44

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    8.2. ACRSCIMOS BASE DE CLCULO DA CSLL............................................ 45

    8.3. ALQUOTA........................................................................................................ 46

    8.4. BNUS DE ADIMPLNCIA FISCAL................................................................ 46

    8.5. CSLL RETIDA POR RGOS E ENTIDADES FEDERAIS............................. 46

    8.6. CSLL RETIDA NA FORMA DO ARTIGO 30 DA LEI 10.833/2003 ................... 47

    8.7. CSLL RETIDA NA FORMA DO ARTIGO 33 DA LEI 10.833/2003 ................... 47

    8.8. CSLL PAGA A MAIOR OU INDEVIDAMENTE................................................. 48

    8.9. DEDUO DE CRDITO POR INDSTRIAS ADQUIRENTES DEBENS NOVOS................................................................................................... 488.9.1. Pessoa Jurdica Beneficiria............................................................... 488.9.2. Clculo do Crdito............................................................................... 488.9.3. Perodo de Gozo do Benefcio ............................................................ 488.9.4. Momento da Utilizao do Crdito ...................................................... 488.9.5. Limite da Utilizao ............................................................................. 488.9.6. Hiptese de Vedao do Benefcio..................................................... 48

    8.9.7. Pagamento Posterior da Parcela Deduzida ........................................ 488.9.8. Mudana de Forma de Tributao ...................................................... 498.9.9. Extino da Pessoa Jurdica............................................................... 498.9.10. Alienao dos Bens que Geraram o Benefcio ................................... 498.9.11. Exemplo .............................................................................................. 49

    9. PRAZO DE RECOLHIMENTO MENSAL DO IRPJ E DA CSLL.................................. 50

    9.1. CDIGOS DO DARF........................................................................................ 50

    10. APLICAO PRTICA ............................................................................................... 50

    10.1. DETERMINAO DA BASE DE CLCULO DO IMPOSTO ............................ 51

    10.2. CLCULO DO IMPOSTO A PAGAR................................................................ 51

    10.3. DETERMINAO DA BASE DE CLCULO DA CONTRIBUIOSOCIAL............................................................................................................. 52

    10.4. CLCULO DA CONTRIBUIO SOCIAL A PAGAR ....................................... 52

    REGIME DE ESTIMATIVASuspenso ou Reduo do Pagamento Mensal

    1. BALANOS/BALANCETES DE SUSPENSO OU REDUO ................................. 55

    1.1. DEFINIO DE PERODO EM CURSO .......................................................... 55

    1.2. TRIBUTAO COM BASE NO LUCRO REAL ................................................ 56

    1.3. APURAO DO LUCRO REAL ....................................................................... 561.3.1. Utilizao do Lalur............................................................................... 56

    1.3.2. Regime Tributrio de Transio.......................................................... 60

    1.4. TRANSCRIO DOS BALANOS NO DIRIO .............................................. 63

    1.4.1. Prazo para Escriturao...................................................................... 63

    1.4.2. Adoo de ECD................................................................................... 63

    1.5. DISPENSA DO REGISTRO DE INVENTRIO ................................................ 63

    1.6. CONCEITO DE IMPOSTO DEVIDO NO PERODO EM CURSO .................... 64

    1.6.1. Alquota do Imposto ............................................................................ 64

    1.6.2. Adicional do Imposto........................................................................... 64

    1.6.3. Incentivos Fiscais de Deduo do Imposto......................................... 64

    1.6.4. Reduo e/ou Iseno do Imposto...................................................... 65

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    1.7. CONCEITO DE IMPOSTO DE RENDA PAGO ................................................ 65

    1.7.1. Imposto Pago no Exterior.................................................................... 65

    1.7.2. Inexistncia de Atualizao Monetria................................................ 66

    1.8. APLICAO EM INCENTIVOS FISCAIS......................................................... 66

    1.8.1. Base de Clculo dos Incentivos Fiscais.............................................. 66

    1.9. DEPSITOS PARA REINVESTIMENTO ......................................................... 67

    1.9.1. Prazo para Efetivao do Depsito..................................................... 67

    1.10. CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO LQUIDO ................................. 67

    1.10.1. Base de Clculo Efetiva da CSLL ....................................................... 68

    1.10.2. Base de Clculo Negativa da CSLL.................................................... 68

    1.10.3. Indedutibilidade da CSLL .................................................................... 68

    1.10.4. Bnus de Adimplncia Fiscal .............................................................. 68

    1.10.5. Conceito de CSLL Devida no Perodo em Curso................................ 68

    1.10.6. Conceito de CSLL Paga...................................................................... 69

    1.10.7. Inexistncia de Atualizao Monetria................................................ 691.10.8. Deduo de Crdito por Indstrias Adquirentes de Bens Novos ........ 69

    2. OBRIGATORIEDADE DO LUCRO REAL ................................................................... 70

    3. FALTA OU INSUFICINCIA DO PAGAMENTO MENSAL DO IMPOSTO ................. 70

    4. APLICAO PRTICA ............................................................................................... 71

    4.1. RETORNO AO CLCULO COM BASE NA RECEITA BRUTAE ACRSCIMOS .............................................................................................. 75

    REGIME DE ESTIMATIVAAjuste Anual

    1. SALDO A COMPENSAR OU A RESTITUIR .............................................................. 78

    1.1. DECLARAO DA COMPENSAO.............................................................. 78

    1.2. APLICAO PRTICA .................................................................................... 78

    2. SALDO A PAGAR ....................................................................................................... 82

    2.1. PREENCHIMENTO DO DARF......................................................................... 82

    2.1.1. Cdigos de Recolhimento .................................................................. 82

    2.1.2. Incentivos Fiscais Regionais............................................................... 82

    2.2. APLICAO PRTICA..................................................................................... 83

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    CONTRIBUINTES ERESPONSVEIS

    Iniciando a srie de trabalhos do Curso Prtico de Imposto de Renda Pessoa Jurdica de2013, relacionamos a seguir as pessoas jurdicas e equiparadas, consideradas, perante alegislao deste imposto, como contribuintes, e aquelas consideradas responsveis soli-drias.

    1. PESSOAS JURDICASSo contribuintes do Imposto de Renda na qualidade de pessoa jurdica:

    a) as pessoas jurdicas de direito privado domiciliadas no Pas, sejam quais foremseus fins, nacionalidades ou participantes no capital social;b) as filiais, sucursais, agncias ou representantes no Pas das pessoas jurdicas com

    sede no exterior;c) os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operaes reali-

    zadas por seus mandatrios ou comissrios no Pas;d) as empresas pblicas e as sociedades de economia mista, bem como as suas sub-

    sidirias;e) as entidades submetidas ao regime de liquidao extrajudicial ou de falncia, pelo

    perodo em que perdurarem os procedimentos para a realizao de seu ativo e opagamento do passivo;

    f) as sociedades civis de profisso legalmente regulamentada;g) as sociedades cooperativas de consumo que tenham por objeto a compra e forneci-mento de bens aos consumidores;

    h) os fundos de investimentos imobilirios que aplicarem recursos em empreendi-mento imobilirio que tenha como incorporador construtor ou scio, quotista quepossua, isoladamente ou em conjunto com pessoas a ele ligada, mais de 25% dasquotas do fundo.

    2. EQUIPARAO PESSOA JURDICAPerante a legislao do Imposto de Renda, so consideradas equiparadas pessoajurdica:a) as pessoas fsicas que, em nome individual, explorem, habitual e profissional-

    mente, qualquer atividade econmica de natureza civil ou comercial, com o fimespeculativo de lucro, mediante venda a terceiros de bens ou servios, quer seencontrem regularmente inscritas ou no junto ao rgo de Registro de Comrcioou Registro Civil;

    b) as pessoas fsicas que promoverem a incorporao de prdios em condomnio ouloteamento de terrenos;

    c) as sociedades em conta de participao.

    2.1. EQUIPARAO POR PRTICA COMERCIAL

    A equiparao pessoa jurdica uma prerrogativa da legislao do Impostode Renda que visa tributar a pessoa fsica equiparada, no importando o fato dehaver ou no inscrio no rgo de registro competente.

    IRPJ/2013 N 01 1

    COAD ATC

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    So equiparadas a pessoas jurdicas, para os efeitos fiscais, as pessoas fsicasmencionadas na letra a do item 2, ainda que no estejam legalmente consti-tudas como tais:a) o proprietrio de terras que exera atividades de extrao de minrios para

    fornecimento a terceiros;

    b) proprietrio de veculo que exera o transporte de cargas ou passageiros,quando contrata profissional para dirigi-lo, ou utilize mais de um veculo emsuas atividades profissionais;

    c) o empreiteiro de obras, pessoa fsica, quando execute obras por empreitadacom venda de materiais ou concurso de profissionais qualificados, com o fimespeculativo de lucro;

    d) o revendedor de bilhetes de loteria credenciado pela Caixa EconmicaFederal, com quota fixa para revenda;

    e) a habitual e sistemtica prestao de servios por equipes de profissionais,sempre sob a responsabilidade de um s deles, em cujo nome os pagamen-tos sejam efetuados;

    f) o agricultor, pessoa fsica, que transforme produtos de sua produo, parafabricao de leos essenciais, aguardente e outras bebidas alcolicas,inclusive vinho;

    g) pessoa fsica que, habitual e profissionalmente, exera atividade econmicade natureza comercial, atravs da venda de refeies e hospedagens a ter-ceiros, comumente denominada essa atividade como penso familiar;

    h) pessoa fsica que compra e vende automveis ou caminhes, de maneirahabitual e profissionalmente;

    i) o representante comercial que exerce atividades por conta prpria que, con-sequentemente, adquire a condio de comerciante, independentementede qualquer requisito formal;

    j) garimpeiros que contratam outros garimpeiros matriculados para explora-

    o de substncias minerais.Para fins de equiparao da pessoa fsica, a caracterizao da prestao deservios como pessoa jurdica s ocorre quando: o profissional, alm da prestao do servio, VENDE OS MATERIAIS nele

    empregados; ou para a prestao do servio haja concurso de outros PROFISSIONAIS

    QUALIFICADOS, ou seja, aqueles que por sua habilitao estariam aptos adesempenhar, por si, as mesmas atividades.

    Portanto, a equiparao pessoa jurdica s se verifica quando o rendimentoauferido no mais decorre do prprio trabalho, mas resulta da comercializaode bens ou da explorao do trabalho alheio, o que tambm caracteriza a finali-

    dade lucrativa.A equiparao da pessoa fsica, para fins da legislao do Imposto de Renda,no a transforma em pessoa jurdica perante o Direito Civil ou Comercial.

    2.2. EQUIPARAO POR PRTICA IMOBILIRIANo caso de incorporaes imobilirias ou loteamentos com ou sem construo,cuja documentao seja arquivada no Registro Imobilirio, so equiparadas apessoasjurdicasaspessoasfsicasque,nostermosdalegislaopertinente:a) assumirem a iniciativa e a responsabilidade de incorporao e loteamento

    em terrenos urbanos ou rurais;b) como titulares de terrenos ou glebas de terra, outorgarem mandato a cons-

    trutor ou corretor de imveis com poderes para alienao de fraes ideaisou lotes de terreno, quando os mandantes se beneficiarem do produto des-sas alienaes.

    IRPJ/2013 N 01 2

    COAD ATC

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    LoteamentoA legislao conceitua o loteamento de imveis como sendo a subdiviso derea em lotes, destinados a edificao de qualquer natureza, com abertura denovas vias de circulao e de logradouros pblicos, ou de ampliao, modifica-o ou prolongamento dos existentes.

    Incorporao ImobiliriaConceitua-se a incorporao imobiliria como sendo a atividade exercidacom a finalidade de promover e realizar a construo, para alienao total ouparcial de edifcios ou conjunto de edificaes compostos de unidades aut-nomas.Essa atividade se caracteriza atravs do comprometimento ou da efetivao davenda de fraes ideais de terreno que tenham por fim a vinculao de tais fra-es a unidades autnomas em edifcios a serem construdos, ou em constru-o, sob o regime de condomnio, entendendo-se, como tal, a propriedadecomum.

    2.2.1. Incorporao e Loteamento sem RegistroTambm ficar equiparado pessoa jurdica o proprietrio ou titularde terrenos ou glebas de terras que, sem efetuar o registro dos docu-mentos de incorporao ou loteamento, neles promova a construode prdio com mais de duas unidades imobilirias ou a execuo deloteamento, se iniciar a alienao das unidades antes de decorridosos prazos a seguir, contados da data da averbao, no Registro deImveis, da construo do prdio ou da aceitao das obras de lotea-mento:a) para os imveis adquiridos at 30-6-77 36 meses;

    b) para os imveis adquiridos aps 30-6-77 60 meses.

    2.2.2. Incorporao de Prdio em CondomnioNo caso de incorporao de prdio em condomnio promovida pordiversas pessoas fsicas, cada uma delas se equipara pessoa jur-dica, sendo responsvel pelo tributo devido, na proporo de sua par-ticipao no empreendimento. Isso porque os condomnios na pro-priedade de imveis no so considerados sociedades de fato.

    2.2.3. Associao Pessoa JurdicaA pessoa fsica, proprietria de uma rea de terra, tambm ficarequiparada pessoa jurdica quando se associar com pessoa jur-dica constituda para a prtica de operaes imobilirias, qualassistir executar e promover o empreendimento de loteamento,sendo o produto da venda de unidades rateado entre as partes naproporo estipulada.

    2.2.4. Desmembramento do Imvel RuralA subdiviso ou desmembramento de imvel rural, adquirido aps30-6-77, em mais de 10 lotes, ou a alienao de mais de 10 quinhesou fraes ideais desse imvel, ser equiparada a loteamento para os

    efeitos do subitem 2.2, exceto nos casos de partilha amigvel ou judi-cial, em decorrncia de herana, legado, doao como adiantamentoda legtima, ou extino de condomnio.

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    2.2.5. Incio da EquiparaoA equiparao de pessoa fsica pessoa jurdica, pelo desenvolvi-mento de atividade de incorporao e loteamento, ocorrer a partir:a) da data de arquivamento da documentao do empreendimento,

    no caso de incorporao ou loteamento;

    b) da data da primeira alienao, na situao examinada no subitem2.2.1 anterior; e

    c) da data em que ocorrer a subdiviso ou desmembramento de im-vel rural em mais de 10 lotes, ou a alienao de mais de 10 qui-nhes ou fraes ideais desse imvel, no caso examinado nosubitem 2.2.4.

    A equiparao da pessoa fsica pessoa jurdica ser determinada deacordo com as normas legais e regulamentares em vigor na data doinstrumento inicial de alienao do imvel, ou do arquivamento dosdocumentos da incorporao, ou do loteamento.A posterior alterao de tais normas no atingir as operaes imobi-

    lirias j realizadas, nem os empreendimentos cuja documentao jtenha sido arquivada no Registro Imobilirio.

    2.2.6. Aplicao do Regime FiscalA aplicao do regime fiscal das pessoas jurdicas a pessoas fsicas aelas equiparadas na forma do subitem 2.2 ter incio na data em quese completarem as condies determinantes da equiparao.

    2.2.7. Determinao do ResultadoO lucro da empresa individual imobiliria ser determinado, ao tr-mino de cada perodo de apurao, segundo as regras aplicveis aesta atividade, e compreender:a) o resultado da operao que determinar a equiparao;b) o resultado de incorporaes ou loteamentos promovidos pelo

    titular da empresa individual a partir da data da equiparao,abrangendo o resultado das alienaes de todas as unidades imo-bilirias ou de todos os lotes de terreno integrantes do empreendi-mento;

    c) as atualizaes monetrias do preo das alienaes de unidadesresidenciais ou no residenciais, construdas ou em construo, ede terrenos ou lotes de terrenos, com ou sem construo, integran-

    tes do empreendimento, contratadas a partir da data da equipara-o, abrangendo: as incidentes sobre srie de prestaes e parcelas intermedi-

    rias, vinculadas ou no entrega das chaves, representadas ouno por notas promissrias;

    as incidentes sobre dvidas correspondentes a notas promiss-rias, cdulas hipotecrias ou outros ttulos equivalentes, recebi-dos em pagamento do preo de alienao;

    as calculadas a partir do vencimento dos dbitos a que se refe-rem os tpicos anteriores, no caso de atraso no respectivopagamento, at sua efetiva liquidao;

    d) os juros convencionados sobre a parte financiada do preo das alie-naes contratadas a partir da data da equiparao, bem como asmultas e juros de mora recebidos por atrasos de pagamento.

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    Rendimentos ExcludosNo sero computados para efeito de apurao do lucro da empresaindividual: os rendimentos de locao, sublocao ou arrendamento de quais-

    quer imveis, percebidos pelo titular da empresa individual, bem

    como os decorrentes da explorao econmica de imveis rurais,ainda que sejam imveis cuja alienao acarrete a incluso do cor-respondente resultado no lucro da empresa individual;

    outros rendimentos percebidos pelo titular da empresa individual.

    2.2.8. Integrao dos Imveis ao AtivoOs imveis objetos das operaes sero considerados como inte-grantes do Ativo da empresa individual na data:a) do arquivamento da documentao da incorporao ou do lotea-

    mento;b) da primeira alienao, nos casos de incorporao e loteamento

    sem registro;c) em que ocorrer a subdiviso ou desmembramento de imvel rural

    em mais de 10 lotes;d) da alienao que determinar a equiparao, nos casos de aliena-

    o de mais de 10 quinhes ou fraes ideais de imveis rurais.

    Valor de Incorporao de ImveisPara efeito de determinao do valor de incorporao ao patrimnioda empresa individual, poder ser atualizado monetariamente, at31-12-95, o custo do terreno ou das glebas de terra em que sejam pro-movidos loteamentos ou incorporaes, bem como das construes e

    benfeitorias executadas, incidindo a atualizao, desde a poca decada pagamento at a data da equiparao, se ocorrida at aqueladata, sobre a quantia efetivamente desembolsada pelo titular daempresa individual.

    2.2.9. Capital da Empresa IndividualO capital, no caso de pessoa fsica equiparada pessoa jurdica porprtica de operaes imobilirias, ser determinado, em cada perodode apurao, pelos recursos efetivamente investidos, em qualquerpoca, pela pessoa fsica titular da empresa individual, nos imveisconsiderados como integrantes do seu Ativo, bem como sua correo

    monetria, deduzidos os custos relativos aos imveis alienados naparte do preo cujo valor tenha sido recebido.Ou seja, o capital da empresa individual, no incio de cada perodo deapurao (mensal, trimestral ou anual), ser representado pela somados valores dos imveis constantes do seu Ativo com os valores areceber relativos ao custo dos imveis j vendidos em perodos deapurao anteriores.

    2.2.10. Trmino da EquiparaoA pessoa fsica que, aps a equiparao pessoa jurdica, no pro-mover nenhum dos empreendimentos nem efetuar nenhuma aliena-

    o de unidade imobiliria ou de lote de terreno integrante do empre-endimento, durante o prazo de 36 meses consecutivos, deixar de serconsiderada equiparada pessoa jurdica, a partir do trmino deste

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    prazo, salvo quanto aos efeitos tributrios das operaes ento emandamento.Dessa forma, permanecero no Ativo da empresa individual, para efei-to de tributao do lucro:a) as unidades imobilirias e os lotes de terrenos integrantes de incor-

    poraes ou loteamentos, at sua alienao e, aps esta, o saldo areceber, at o recebimento total do preo;

    b) o saldo a receber do preo de imveis j alienados, at seu recebi-mento total.

    No entanto, a pessoa fsica poder encerrar a empresa individual,desde que recolha o imposto que seria devido se os imveis fossemalienados, com pagamento vista, ao preo de mercado, ou se osaldo a receber, referido na letra b, fosse recebido integralmente.

    2.2.11. Desistncia da Incorporao ou do LoteamentoNo subsistir a equiparao, em relao s incorporaes imobili-

    rias ou loteamentos com ou sem construo, cuja documentao sejaarquivada no Cartrio do Registro Imobilirio se, na forma da legisla-o que rege tais empreendimentos, o interessado promover a aver-bao da desistncia da incorporao ou o cancelamento da inscriodo loteamento.

    3. SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAOCompreende-se por sociedade em conta de participao aquela em que duas ou maispessoasserenem,comoobjetivodelucrocomum,afimderealizarumaoumaisope-raes. Embora a legislao civil no tenha conferido SCP Sociedade em Conta deParticipao personalidade jurdica, a legislao do Imposto de Renda, para fins fis-cais, equipara essa sociedade s demais pessoas jurdicas. Portanto, na apuraodos resultados das SCP, assim como na tributao dos lucros apurados, sero obser-vadas as normas aplicveis s pessoas jurdicas em geral.

    3.1. RESPONSABILIDADE PARA COM TERCEIROSNa SCP, a obrigao para com terceiros apenas do scio ostensivo ouscio-gerente, assim entendido a pessoa jurdica (sociedade empresria ousociedade simples) ou pessoa fsica que exerce a atividade constitutiva doobjeto social. Os outros scios, denominados scios ocultos ou scios partici-pantes, podem ser pessoas fsicas ou jurdicas, que se obrigam unicamente

    para com o scio ostensivo, por todos os resultados das transaes e obriga-es sociais empreendidas nos exatos termos do contrato.

    3.2. RESPONSABILIDADE PELOS TRIBUTOS E CONTRIBUIES DEVIDOSCompete ao scio ostensivo a responsabilidade pela apurao e o recolhi-mento dos tributos e contribuies devidos pela SCP.O IRPJ, a CSLL, o PIS/Pasep e a Cofins devidos pela sociedade em conta departicipaodevemserapuradospeloscioostensivoemseparadodoimpostoe das contribuies devidas pelo mesmo em funo de suas atividades nor-mais.

    3.3. REGIME DE TRIBUTAO DO IMPOSTO DE RENDAAt o ano-calendrio de 2000, os lucros das sociedades em conta de participa-o somente puderam ser tributados com base no lucro real ou arbitrado.

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    A partir do ano-calendrio de 2001, de acordo com a Instruo Normativa 31SRF/2001, observadas as hipteses de obrigatoriedade de observncia doregime de tributao com base no lucro real previstas na legislao vigente, associedades em conta de participao passaram a poder optar pelo regime detributao com base no lucro presumido.

    A opo da SCP pelo regime do lucro presumido no implica a simultneaopo do scio ostensivo, nem a opo efetuada por este implica a opodaquela.

    3.4. ESCRITURAOA escriturao das operaes das sociedades em conta de participaopoder, opo do scio ostensivo, ser efetuada nos livros deste ou em livrosprprios da sociedade.Para efeito de escriturao das operaes da sociedade em conta de participa-o, dever ser observado o que segue:a) se utilizados os livros do scio ostensivo, os registros devero ser feitos de

    forma a evidenciar os lanamentos referentes sociedade em conta de par-ticipao;

    b) os resultados e o lucro real ou presumido correspondentes sociedade emconta de participao devero ser apurados e demonstrados destacada-mente dos resultados apurados e do lucro real ou presumido do scio osten-sivo, ainda que a escriturao seja feita nos mesmos livros;

    c) nos documentos relacionados com a atividade da sociedade em conta departicipao, o scio ostensivo dever fazer constar indicao de modo apermitir identificar sua vinculao com a referida sociedade.

    3.5. RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS E CONTRIBUIES

    O recolhimento dos tributos e contribuies devidos pela SCP deve ser efetua-do mediante utilizao de Darf especfico, em nome do scio ostensivo.

    3.6. DECLARAO DE INFORMAES ECONMICO-FISCAIS DA PESSOAJURDICA (DIPJ)A pessoa jurdica que for scio ostensivo da sociedade em conta de participa-o informar em sua DIPJ os valores referentes ao Imposto de Renda e contri-buies apurados pela SCP.

    4. NO EQUIPARAO PESSOA JURDICANo se equiparam s pessoas jurdicas e, portanto, no so contribuintes do Impostode Renda como tal, observado o subitem 4.1:a) os consrcios constitudos na forma dos artigos 278 e 279 da Lei 6.404/76;b) a pessoa fsica que, individualmente, preste servios profissionais, mesmo quando

    possua estabelecimento em que desenvolva suas atividades e empregue auxilia-res;

    c) a pessoa fsica que explore, individualmente, contratos de empreitada unicamentede mo de obra, sem o concurso de profissionais qualificados ou especializados;

    d) os receptores de apostas da Loteria Esportiva e da Loteria de Nmeros (Loto eSena), credenciados pela Caixa Econmica Federal, que no explorem, no mesmolocal, outra atividade comercial, ainda que, para atender exigncia do rgo cre-

    denciador, estejam registrados como pessoa jurdica;e) os condomnios de edifcios;f) os fundos em condomnio.

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    4.1. MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUALEquipara-se pessoa jurdica, para fins tributrios, o Microempreendedor Indi-vidual (MEI), enquadrado nas condies da Lei Complementar 123/2006, comalterao da Lei Complementar 128/2008, optante pelo Simples Nacional.O MEI, considerado empresrio individual, aquele que exerce profissional-

    mente atividade econmica organizada para a produo ou a circulao debens ou de servios, excluindo-se deste conceito aquele que exerce profissointelectual, de natureza cientfica, literria ou artstica, ainda com o concurso deauxiliares ou colaboradores, salvo se o exerccio da profisso constituir ele-mento de empresa.

    4.1.1. Recolhimentos Fixos MensaisMediante opo pelo Simei Sistema de Recolhimento em ValoresFixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional, o Mi-croempreendedor Individual recolher, mensalmente, de forma sim-plificada e em valores fixos, a contribuio previdenciria, na condio

    de contribuinte individual, o ICMS e/ou o ISS, caso seja contribuintedesses impostos.Em relao atividade enquadrada no Simei, o MEI no est sujeito incidncia do Imposto de Renda e da CSLL. No entanto, o MEI sujei-ta-se incidncia do Imposto de Renda sobre rendimentos ou ganhoslquidos auferidos em aplicaes de renda fixa ou varivel e sobre aalienao de bens integrantes do Ativo Permanente (conforme classifi-cao da Lei 6.404/76, antes das alteraes da Lei 11.941/2009).Para optar pelo Simei, o Microempreendedor Individual dever verifi-car se sua atividade est relacionada na tabela de cdigos CNAE queconsta do Anexo XIII da Resoluo 94 CGSN/2011.

    5. CONSRCIOS DE EMPRESASNos consrcios de empresas, constitudos na forma dos artigos 278 e 279 da Lei6.404/76, cada pessoa jurdica consorciada dever apropriar suas receitas, custos edespesas incorridos, proporcionalmente sua participao no empreendimento, con-forme documento arquivado no rgo de registro. Cada pessoa jurdica consorciadadever efetuar a escriturao segregada das operaes relativas sua participaono consrcio em seus prprios livros contbeis, fiscais e auxiliares.s receitas, custos, despesas, direitos e obrigaes decorrentes das operaes relati-vas s atividades dos consrcios aplica-se o regime tributrio a que esto sujeitas as

    pessoas jurdicas consorciadas.

    5.1. PAGAMENTOS SUJEITOS RETENO NA FONTENos pagamentos decorrentes das operaes do consrcio sujeitos retenona fonte dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Bra-sil, a reteno, o recolhimento e o cumprimento das respectivas obrigaesacessrias devero ser efetuados em nome de cada pessoa jurdica consor-ciada, proporcionalmente sua participao no empreendimento.

    5.1.1. Consrcios que Realizam Contratao em Nome Prprio

    De acordo com a Lei 12.402/2011 e a Instruo Normativa 1.199RFB/2011, no caso do consrcio realizar a contratao, em nome pr-prio, de pessoas jurdicas ou fsicas, com ou sem vnculo empregatcio,

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    a responsabilidade pela reteno dos tributos correspondentes e ocumprimento das respectivas obrigaes acessrias, caber:a) s consorciadas, mediante a utilizao do CNPJ prprio de cada

    pessoa jurdica, se o consrcio apenas efetuar as contrataes,ficando a responsabilidade pelos pagamentos conta das consor-

    ciadas beneficirias das contrataes; oub) ao consrcio, mediante a utilizao do CNPJ prprio do consrcio,

    se este tambm efetuar os pagamentos relativos s contrataes.Neste caso, as empresas consorciadas ficaro solidariamente res-ponsveis.

    5.2. RECEBIMENTOS COM RETENO NA FONTENosrecebimentos de receitas decorrentes das operaes do consrcio sujeitas reteno do Imposto de Renda, da CSLL, do PIS e da Cofins, na forma dalegislao em vigor, a reteno deve ser efetuada em nome de cada pessoa

    jurdica consorciada, proporcionalmente sua participao no empreendi-mento.

    5.3. REGISTRO DAS OPERAESA empresa lder do consrcio dever manter registro contbil das operaes doconsrcio por meio de escriturao segregada na sua contabilidade, em contasou subcontas distintas, ou mediante a escriturao de livros contbeis prprios,devidamente registrados para este fim, que dever corresponder ao somatriodos valores das receitas, custos e despesas das pessoas jurdicas consorcia-das, podendo tais valores serem individualizados proporcionalmente partici-pao de cada consorciada no empreendimento.

    Para maiores informaes sobre o consrcio de empresas, ver Orientaodivulgada no Fascculo 50/2011 do Colecionador de IR.

    6. SOCIEDADE DE PROPSITO ESPECFICOA SPE Sociedade de Propsito Especfico no se constitui em um novo tipo jurdicode empresa como aqueles previstos no Cdigo Civil. uma forma de organizaoempresarial entre pessoas, fsicas e/ou jurdicas, que deve se revestir como sociedadelimitada ou sociedade annima, com um objetivo especfico.A SPE pode ter como objetivo, entre outros, as parcerias pblico-privadas, a recupera-o judicial de empresas para a superao de situao de crise econmico-financeira

    e a realizao de negcios de compra e venda de bens por ME Microempresas eEPP Empresas de Pequeno Porte.Portanto,asSPEsocontribuintesdoImpostodeRendanaqualidadepessoajurdica.

    6.1. SPE CONSTITUDA POR EMPRESAS DO SIMPLES NACIONALUma das inovaes feitas pela Lei Complementar 128/2008 no texto da LeiComplementar 123/2006 foi permitir que as ME ou as EPP optantes pelo Sim-plesNacionalrealizemnegciosdecompraevendadebens,paraosmercadosnacional e internacional, por meio de SPE.Assim, essa SPE, que s pode ser constituda por empresas optantes do Sim-

    ples Nacional, ter por finalidade a realizao de operaes:a) de compra para revenda s microempresas ou empresas de pequeno porteque sejam suas scias;

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    b) de venda de bens adquiridos das microempresas e empresas de pequenoporte que sejam suas scias para pessoas jurdicas que no sejam suasscias;

    c) de exportao, exclusivamente, de bens a ela destinados pelas microem-presas e empresas de pequeno porte que dela faam parte.

    Admite-se, ainda, que a SPE exera atividades de promoo dos bens referi-dos na letra b anterior.

    6.1.2. Tratamento TributrioA SPE constituda nos termos da LC/123/2006 apurar o Imposto deRenda das pessoas jurdicas com base no lucro real, devendo mantera escriturao dos livros Dirio e Razo.

    7. IMUNIDADENo so contribuintes do Imposto de Renda, uma vez que tm garantida a imunidadetributria constitucional, as seguintes instituies, desde que obedeam s condiesprescritas na legislao pertinente:a) os templos de qualquer culto;b) os partidos polticos, inclusive suas fundaes;c) as entidades sindicais de trabalhadores, sem fins lucrativos;d) as instituies de educao e as de assistncia social, sem fins lucrativos.A entidade tida sem fins lucrativos quando no apresentar supervit em suas contasou, caso apresente em determinado exerccio, destine o referido resultado, integral-mente, manuteno dos seus objetivos sociais.A imunidade limita-se apenas aos resultados relacionados s finalidades essenciaisdas entidades.

    7.1. TEMPLOS DE QUALQUER CULTOOs templos de qualquer culto possuem imunidade constitucional independen-temente do atendimento a qualquer requisito legal.

    7.2. PARTIDOS POLTICOS E ENTIDADES SINDICAIS DOS TRABALHADORESOs partidos polticos, inclusive suas fundaes, e as entidades sindicais dostrabalhadores so imunes do Imposto de Renda, desde que no possuam fina-lidade de lucro e:a) no distribuam qualquer parcela de seu patrimnio ou de suas rendas, a

    qualquer ttulo;

    b) apliquem seus recursos integralmente no Pas, na manuteno de seusobjetivos institucionais;c) mantenham escriturao de suas receitas e despesas em livros revestidos

    de formalidade capazes de assegurar sua exatido.A imunidade no exclui a atribuio legal dessas entidades da condio de res-ponsveis pelo imposto que lhes caiba reter na fonte e no dispensa o cumpri-mento das obrigaes acessrias por terceiros.

    7.3. INSTITUIES DE EDUCAO E DE ASSISTNCIA SOCIALAs instituies de educao e de assistncia social so imunes do Imposto deRenda desde que prestem os servios para os quais houverem sido institudas

    e os coloquem disposio da populao em geral, em carter complementars atividades do Estado, sem finalidade de lucro.Para manter a imunidade, essas instituies esto obrigadas a:

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    a) no remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos servios presta-dos;

    b) aplicar integralmente seus recursos na manuteno e desenvolvimento dosseus objetivos sociais;

    c) manter escriturao completa de suas receitas e despesas em livros revesti-

    dos das formalidades que assegurem a respectiva exatido;d) conservar em boa ordem, pelo prazo de 5 anos, contado da data da emis-

    so,osdocumentosquecomprovaremaorigemdesuasreceitaseaefetiva-o de suas despesas, bem como a realizao de quaisquer outros atos ouoperaes que venham a modificar a sua situao patrimonial;

    e) apresentar, anualmente, a DIPJ, na forma e prazos previstos pela legisla-o;

    f) recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou credita-dos e a contribuio para a seguridade social relativa aos empregados, bemcomo cumprir as obrigaes acessrias da decorrentes (vigncia suspensapelo STF Supremo Tribunal Federal, atravs da Ao Direta de Inconstitu-cionalidade ADIn. 1.802-3, de 27-8-98, at deciso final da ao);

    g) assegurar a destinao de seu patrimnio a outra instituio que atenda scondies para gozo da imunidade, no caso de incorporao, fuso, cisoou de encerramento de suas atividades, ou a rgo pblico. A destinaoaplica-se, exclusivamente, parcela do patrimnio adquirido a partir de 1 dejaneiro de 1998.

    h) outros requisitos estabelecidos em lei especfica, relacionados com o funcio-namento das entidades.

    Aplicaes FinanceirasA Lei 9.532/97, em seu artigo 12, 1, dispe que os rendimentos e ganhos de

    capital auferidos em aplicaes financeiras de renda fixa ou de renda varivelpelas instituies de educao ou de assistncia social no esto abrangidospela imunidade.Todavia, a vigncia desse dispositivo foi suspensa pelo STF, atravs daADIn 1.802-3/98, at deciso final da ao.

    7.4. SUSPENSO DA IMUNIDADEA imunidade pode ser suspensa, se a entidade ou instituio praticar ou contri-buir para a prtica de infrao legislao tributria, tais como:a) prestar informaes falsas, omitir ou simular o recebimento de doaes em

    bens ou dinheiro ou de qualquer forma colaborar para que terceiro soneguetributos ou pratique ilcitos fiscais;b) pagar, em favor a seus associados ou dirigentes, ou ainda, em favor de

    scios, acionistas ou dirigentes da pessoa jurdica a ela associada por qual-quer forma, despesas consideradas indedutveis na determinao da basede clculo do Imposto de Renda e da Contribuio Social sobre o Lucro.

    8. ISENOEsto isentas do Imposto de Renda:a) as instituies de carter filantrpico, recreativo, cultural e cientfico;

    b) as associaes civis que prestem os servios para os quais houverem sido institu-das e os coloquem disposio do grupo de pessoas a que se destinam, sem finslucrativos, inclusive os sindicatos patronais;

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    c) as entidades de previdncia complementar fechadas e as abertas sem fins lucrati-vos;

    d) as empresas estrangeiras de transportes terrestres, de navegao martima earea se, no pas de sua nacionalidade, as companhias brasileiras de igual objetivogozarem das mesmas prerrogativas;

    e) as associaes de poupana e emprstimos autorizadas a funcionar que propiciemou facilitem a aquisio de casa prpria aos associados, ou que captem, incentivemou disseminem a poupana; e

    f) as sociedades de investimento, de cujo capital social participem pessoas fsicas oujurdicas, residentes ou domiciliadas no exterior, que atenderem a normas e condi-es que forem fixadas pelo Conselho Monetrio Nacional para regular o ingressode recursos externos no Pas, destinados subscrio ou aquisio das aes deemisso das referidas sociedades.

    8.1. SOCIEDADES BENEFICENTES, FUNDAES, ASSOCIAESE SINDICATOSPara manter a iseno, essas entidades devem observar as seguintes condi-

    es:a) no podem apresentar supervit em suas contas ou, caso o apresente em

    determinado exerccio, devem destin-lo integralmente manuteno e aodesenvolvimento de seus objetivos sociais;

    b) aplicar integralmente seus recursos na manuteno e desenvolvimento dosseus objetivos sociais;

    c) manter escriturao completa de suas receitas e despesas em livros revesti-dos das formalidades que assegurem a respectiva exatido;

    d) conservar em boa ordem, pelo prazo de 5 anos, contado da data da emis-so,osdocumentosquecomprovaremaorigemdesuasreceitaseaefetiva-o de suas despesas, bem como a realizao de quaisquer outros atos ouoperaes que venham a modificar a sua situao patrimonial;

    f) no remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos servios presta-dos;

    g) apresentar,anualmente, a DIPJ, na forma e prazos previstos pela legislao.A iseno ser suspensa quando as instituies deixarem de preencher as con-dies previstas pela lei ou ocorrerem as situaes mencionadas no subi-tem 7.4.

    8.2. COPAS FIFA 2013 E 2014A Lei 12.350/2010 instituiu medidas de desonerao tributria referentes rea-lizao, no Brasil, dos eventos da Copa das Confederaes Fifa 2013 e daCopa do Mundo Fifa 2014. A referida Lei concede, no que se refere aos fatosgeradores que ocorrerem entre 1-1-2011 e 31-12-2015, iseno, entre outrostributos, do IRPJ Subsidiria Fifa no Brasil, ao Copa do Mundo 2014 ComitOrganizador Brasileiro Ltda (LOC) e aos Prestadores de Servios da Fifa.

    8.3. JOGOS OLMPICOS E PARAOLMPICOS DE 2016De acordo com a Lei 12.780/2012, as empresas vinculadas ao Comit Olm-pico Internacional (CIO), domiciliadas no Pas, e o Comit Organizador dosJogos Olmpicos Rio 2016, em relao aos fatos geradores que ocorrerementre 1-1-2013 e 31-12-2017, esto isentos do pagamento do IRPJ, entre

    outros tributos, decorrentes das atividades prprias diretamente vinculadas organizao ou realizao dos eventos ligados aos Jogos Olmpicos e Parao-lmpicos de 2016.

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    9. SOCIEDADES COOPERATIVASAs sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto na legislao de regnciano tero incidncia do Imposto de Renda sobre suas atividades econmicas, de pro-veito comum, sem objetivo de lucro.A legislao veda s cooperativas distriburem qualquer espcie de benefcio s quo-tas-partes do capital ou estabelecer outras vantagens ou privilgios, financeiros ouno, em favor de quaisquer associados ou terceiros, excetuados os jurosat o mximode 12% ao ano atribudos ao capital integralizado. A inobservncia dessa disposioimportar tributao dos resultados, na forma prevista no Regulamento do Imposto deRenda para as demais pessoas jurdicas.

    9.1. INCIDNCIA DO IMPOSTOAs cooperativas que obedecerem ao disposto na legislao especfica pagaroo imposto calculado sobre os resultados positivos das operaes e atividadesestranhas sua finalidade, tais como:

    a) de comercializao ou industrializao, pelas cooperativas agropecuriasou de pesca, de produtos adquiridos de no associados, agricultores,pecuaristas ou pescadores, para completar lotes destinados ao cumpri-mento de contratos ou para suprir capacidade ociosa de suas instalaesindustriais;

    b) de fornecimento de bens ou servios a no associados, para atender aosobjetivos sociais;

    c) de participao em sociedades no cooperativas, para melhor atendimentodos prprios objetivos e de outros de carter acessrio ou complementar.

    9.2. COOPERATIVAS DE CONSUMOAs sociedades cooperativas de consumo que tenham por objeto a compra e for-necimento de bens aos consumidores sujeitam-se s mesmas normas de inci-dncia dos impostos e contribuies de competncia da Unio, aplicveis sdemais pessoas jurdicas.

    10. RESPONSABILIDADE SOLIDRIAO Cdigo Tributrio Nacional relaciona como solidariamente obrigadas ao crdito tri-butrio:

    a) as pessoas que tenham interesse comum na situao que constitua o fato geradorda obrigao principal; eb) as pessoas expressamente designadas por lei.O Regulamento do Imposto de Renda estabelece que, na impossibilidade de exign-cia do cumprimento da obrigao principal pelo contribuinte, respondem solidaria-mente com este nos atos em que intervierem ou pelas omisses de que forem res-ponsveis:a) os administradores de bens de terceiros, pelo imposto devido por estes;b) o sndico e o comissrio, pelo imposto devido pela massa falida ou pelo concorda-

    trio;c) os tabelies, escrives e demais serventurios de ofcio, pelo imposto devido sobre

    os atos praticados por eles, ou perante eles, em razo do seu ofcio;d) os scios, no caso de liquidao de sociedade de pessoas.

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    10.1. RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORESNo caso de fuso, ciso, transformao, incorporao ou extino da pessoajurdica, a responsabilidade pelo pagamento do Imposto de Renda ser transfe-rida para:a) a pessoa jurdica resultante da transformao de outra;

    b) a pessoa jurdica constituda pela fuso de outras, ou em decorrncia deciso de sociedade;

    c) a pessoa jurdica que incorporar outra ou parcela do patrimnio da socie-dade cindida;

    d) a pessoa fsica scia da pessoa jurdica extinta mediante liquidao, ou seuesplio, que continuar a explorao da atividade social, sob a mesma ououtra razo social, ou sob firma individual;

    e) os scios, com poderes de administrao, da pessoa jurdica que deixar defuncionar sem proceder liquidao, ou sem apresentar a declarao derendimentos no encerramento da liquidao.

    Nesses casos, respondem solidariamente pelo imposto devido pela pessoajurdica: as sociedades que receberem parcelas do patrimnio da pessoa jurdica

    extinta por ciso; a sociedade cindida e a sociedade que absorver parcela do seu patrimnio,

    no caso de ciso parcial; os scios com poderes de administrao da pessoa jurdica extinta.

    10.1.1. Sucesso EmpresarialA pessoa fsica ou jurdica que adquirir de outra, por qualquer ttulo,

    fundo de comrcio ou estabelecimento comercial, industrial ou profis-sional, e continuar a respectiva explorao, sob a mesma ou outrarazo social ou sob firma ou nome individual, responde pelo corres-pondente imposto devido at a data do evento:a) integralmente, se o alienante cessar a explorao do comrcio,

    indstria ou atividade;b) subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na explora-

    o ou iniciar dentro de 6 meses, a contar da data da alienao,nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comrcio, indstriaou profisso.

    11. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROSSo pessoalmente responsveis pelos crditos correspondentes a obrigaes tribut-rias resultantes de atos praticados com excesso de poderes, ou infrao de lei, con-trato social ou estatutos:a) os administradores de bens de terceiros, pelo imposto devido por estes;b) o sndico e o comissrio, pelo imposto devido pela massa falida ou pelo concordat-

    rio;c) os tabelies, escrives e demais serventurios de ofcio, pelo imposto devido sobre

    os atos praticados por eles, ou perante eles, em razo do seu ofcio;d) os scios, no caso de liquidao de sociedade de pessoas;e) os mandatrios, prepostos e empregados;f) os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado.

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    FUNDAMENTAO LEGAL: Lei Complementar 123, de 14-12-2006 (Fascculo 07/2009 e Portal COAD); Lei Complementar 128, de 19-12-2008 (Fascculo 52/2008 e Portal COAD); Lei 5.172, de 25-10-66 Cdigo Tributrio Nacional artigo 124 (Portal COAD); Lei 9.532, de 10-12-97 artigos 12 a 18 (Informativo 50/97); Lei 10.406, de 10-1-2002 Cdigo Civil (Portal COAD); Lei 11.079, de 30-12-2004 artigo 9 (Portal COAD); Lei 11.101, de 9-2-2005 artigo 50 (Portal COAD); Lei 12.350, de 20-12-2010 (Fascculo 51/2010); Lei 12.402, de 2-5-2011 (Fascculo18/2011); Lei 12.780, de 9-1-2013 (Fascculo 02/2013); Medida Provisria 2.168-40, de 24-8-2001 (Informativo 35/2001 e Portal COAD); Decreto3.000,de26-3-99RegulamentodoImpostodeRendaartigos146a148,150

    a 153, 155, 156 a 166, 179, 182 a 184, 190 e 207 a 211 (Portal COAD); Resoluo 94 CGSN, de 29-11-2011 (Portal COAD);

    Instruo Normativa 31 SRF, de 29-3-2001 (Informativo 14/2001); Instruo Normativa 179 SRF, de 30-12-87 (Informativo 53/87); Instruo Normativa 1.199 RFB, de 14-10-2011 (Fascculo 14/2011); Instruo Normativa 1.315 RFB, de 3-1-2013 (Fascculo 01/2013); Ato Declaratrio Normativo 18 CST, de 18-9-78 (DO-U de 25-9-78); Parecer Normativo 6 CST, de 19-2-86 (DO-U de 21-2-86); Parecer Normativo 15 CST, de 23-7-84 (DO-U de 26-7-84); Parecer Normativo 15 CST, de 6-5-86 (DO-U de 8-5-86); Parecer Normativo 23 CST, de 27-9-84 (DO-U de 1-10-84); Parecer Normativo 25 CST, de 31-3-76 (DO-U de 29-4-76);

    Parecer Normativo 38 CST, de 24-3-75 (DO-U de 8-5-75); Parecer Normativo 39 CST, de 2-6-77 (DO-U de 10-6-77); Parecer Normativo 67 CST, de 13-9-76 (DO-U de 20-10-76); Parecer Normativo 77 CST, de 25-2-72 (DO-U de 27-3-72); Parecer Normativo 80 CST, de 8-10-76 (DO-U de 18-11-76); Parecer Normativo 122 CST, de 8-7-74 (DO-U de 29-7-74); Parecer Normativo 152 CST, de 3-12-75 (DO-U de 12-1-76); Parecer Normativo 228 CST, de 10-3-71 (DO-U de 22-4-71); Perguntas e Respostas DIPJ/2012 Captulo III RFB.

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    LUCRO REALNormas Gerais

    Lucro real o lucro lquido do perodo de apurao ajustado pelas adies, excluses oucompensaes previstas ou autorizadas na legislao e corresponde base de clculo doimposto devido pelas pessoas jurdicas.

    1. EMPRESAS OBRIGADAS AO LUCRO REALEsto obrigadas tributao com base no lucro real as pessoas jurdicas enquadradasem qualquer das seguintes situaes:

    a) cuja receita total, no ano-calendrioanterior, tenha sido superior a R$ 48.000.000,00,ou R$ 4.000.000,00 multiplicados pelo nmero de meses do perodo, quando infe-rior a 12 meses;

    b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos dedesenvolvimento, agncias de fomento, caixas econmicas, sociedades de crdito,financiamento e investimento, sociedades de crdito imobilirio, sociedades corre-toras de ttulos, valores mobilirios e cmbio, distribuidoras de ttulos e valores mo-bilirios, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crdito, empresasdesegurosprivadosedecapitalizaoeentidadesdeprevidnciaprivadaaberta;

    c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;d) que, autorizadas pela legislao tributria, usufruam de benefcios fiscais relativos

    iseno ou reduo do Imposto de Renda;e) que, no decorrer do ano-calendrio, tenham efetuado pagamento mensal do

    imposto com base em estimativa;f) que explorem as atividades de prestao cumulativa e contnua de servios de

    assessoria creditcia, mercadolgica, gesto de crdito, seleo e riscos, adminis-trao de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditrios resultantes devendas mercantis a prazo ou de prestao de servios (factoring);

    g) que exeram atividades de compra e venda, loteamento, incorporao e constru-o de imveis, enquanto no concludas as operaes imobilirias para as quaishaja registro de custo orado;

    h) sociedade de propsito especfico (SPE) constituda, exclusivamente, por micro-empresas ou empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional, naforma do que dispe o artigo 56 da Lei Complementar 123/2006, com redao daLei Complementar 128/2008;

    i) que explorem as atividades de securitizao de crditos imobilirios, financeiros edo agronegcio.

    1.1. VERIFICAO DO LIMITE DE RECEITA NO ANO-CALENDRIO ANTERIORPara efeito de apurao do limite total ou proporcional mencionado na letra adoitem1,deve-setomarporbaseosomatriodasreceitastotaismensaisaufe-ridas no ano-calendrio anterior.

    Caso, no ano-calendrio anterior, tenha havido opo pelo lucro presumido, areceita bruta auferida naquele ano ser considerada segundo o regime de com-petncia ou de caixa, observado o critrio adotado pela pessoa jurdica.

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    1.1.1. Valores Integrantes da Receita TotalPara fins de determinao do limite, devem ser consideradas:a) as receitas da prestao de servios, da venda de produtos de

    fabricao prpria, da revenda de mercadorias, do transporte decargas, da industrializao de produtos em que a matria-prima, o

    produto intermedirio e o material de embalagem tenham sido for-necidos pelo encomendante da industrializao, da atividade rural,e de outras atividades compreendidas nos objetivos sociais dapessoa jurdica;

    b) aparceladereceitasauferidasnasexportaessujeitassnormasde preos de transferncia que exceder ao valor j apropriado naescriturao da empresa, nos termos da legislao vigente;

    c) as receitas de quaisquer outras fontes no relacionadas direta-mente com os objetivos sociais da pessoa jurdica, bem como osganhos de capital;

    d) os ganhos lquidos obtidos em operaes realizadas nos merca-

    dos de renda varivel;e) os rendimentos nominais auferidos em aplicaes financeiras de

    renda fixa.

    1.2. EMPRESAS OPTANTES PELO REFISNo esto obrigadas ao lucro real as pessoas jurdicas mencionadas nas letrasa, c, d e e do item 1, que optaram pelo Programa de Recuperao Fiscal(Refis), podendo adotar a tributao com base no lucro presumido, durante operodo em que permanecerem enquadradas no Refis.

    1.3. SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAO

    At o ano-calendrio de 2000, independentemente do total de receita brutaauferida no ano-calendrio anterior, as sociedades em conta de participao(SCP) estiveram impedidas de enquadrar-se no lucro presumido.A partir de 1 de janeiro de 2001, de acordo com a Instruo Normativa 31SRF/2001, observadas as hipteses de obrigatoriedade do regime de tributa-o com base no lucro real previstas na legislao vigente, as SCP ficaramautorizadas, ainda que no optantes pelo Refis, a adotar o lucro presumidocomo forma de tributao.A opo da SCP pelo regime do lucro presumido no implica a simultneaopo do scio ostensivo, nem a opo efetuada por este implica a opodaquela.

    1.4. EMPRESAS IMOBILIRIASAs empresas que exploram atividades de compra e venda, loteamento, incor-porao e construo de imveis esto obrigadas ao lucro real, ainda quetenham ingressado no Refis, enquanto no concludas as operaes imobili-rias para as quais haja registro do custo orado.A obrigatoriedade alcana, inclusive, as SCP constitudas paraa explorao deatividades imobilirias.

    1.5. EMPRESAS EXPORTADORAS DE MERCADORIAS OU SERVIOSDe acordo com o Ato Declaratrio Interpretativo 5 SRF/2001, a hiptese de

    obrigatoriedade de tributao com base no lucro real, a que se refere a letra cdo item 1, no se aplica s pessoas jurdicas que auferirem receitas da exporta-o de mercadorias e da prestao direta de servios no exterior.

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    Para esse efeito, NO se considera prestao direta de servios aquela reali-zada no exterior por intermdio de filiais, sucursais, agncias, representaes,coligadas, controladas e outras unidades descentralizadas da pessoa jurdicaque lhes sejam assemelhadas.

    1.6. OPO PELO LUCRO REALQualquer pessoa jurdica, ainda que no enquadrada nas situaes de obriga-toriedade do lucro real, poder optar por esta forma de tributao.

    2. PERODO DE APURAOO perodo de apurao da pessoa jurdica obrigada ou optante pela tributao combase no lucro real poder ser trimestral ou anual.

    2.1. APURAO TRIMESTRALConsiste no clculo do IRPJ e da CSLL sobre bases determinadas a partir deresultado apurado em balano levantado a cada trimestre do ano-calendrio,para recolhimento no trimestre seguinte, na forma da legislao vigente.NoregimedeapuraotrimestralosrecolhimentosdoIRPJedaCSLLsocon-siderados definitivos.

    2.1.1. Trimestres-CalendrioA empresa que adotar a apurao trimestral do lucro real obriga-se alevantar balano ou balancete em 31 de maro, 30 de junho, 30 desetembro e 31 de dezembro.

    2.2. APURAO ANUAL (REGIME DE ESTIMATIVA)

    As pessoas jurdicas tributadas pelo lucro real podero optar pela apuraoanual do lucro real, em 31 de dezembro do ano-calendrio ou na data da extin-o da empresa, sem prejuzo do recolhimento mensal do IRPJ e da CSLL combase em regime de estimativa.O IRPJ e a CSLL, pagos mensalmente, sero considerados como antecipaodos correspondentes valores apurados no balano anual. O saldo, se houver,ser pago, compensado ou restitudo na forma da legislao vigente.

    2.2.1. Enquadramento no Balano AnualA pessoa jurdica enquadrada na apurao anual do lucro real pagar,durante o ano-calendrio, o IRPJ e a CSLL, em cada ms, calculados

    com base na receita bruta e acrscimos, sendo facultado:a) suspender o pagamento do imposto e/ou da contribuio, desdeque demonstre que o valor do imposto e/ou contribuio devidos,calculados com base no lucro lquido ajustado do perodo emcurso, igual ou inferior soma do imposto e/ou contribuiopagos, correspondentes aos meses do mesmo ano-calendrio,anteriores quele a que se refere o balano ou balancete levan-tado;

    b) reduzir o valor do imposto e/ou contribuio ao montante corres-pondente diferena positiva entre o imposto e/ou contribuiodevidos no perodo em curso, e a soma do imposto e/ou contribui-

    o pagos, correspondentes aos meses do mesmo ano-calen-drio, anteriores quele a que se refere o balano ou balancetelevantado.

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    2.2.2. Vantagens do Regime de EstimativaRegra geral, o regime de estimativa a melhor forma de pagamento doimposto, principalmente se a empresa puder levantar, periodicamente,balanos ou balancetes intermedirios para suspender ou reduzir opagamento mensal do imposto calculado com base na receita bruta e

    acrscimos. Nesse caso, a empresa pagar, durante o ano-calendrio,somente os valores efetivamente devidos. No entanto, ainda queo con-tribuinte pague o imposto durante todo o ano com base na receita brutae acrscimos, o regime de estimativa pode ser mais vantajoso do que olucro real trimestral, conforme a seguir:

    COMPENSAO DE PREJUZOS FISCAIS E/OU DA BASE DECLCULO NEGATIVA DA CSLLSe a empresa adotar o lucro real trimestral, os recolhimentos doImposto de Renda e da Contribuio Social sobre o Lucro Lquidosero definitivos. Como a compensao de prejuzos fiscais est limi-tada a 30% do lucro real de perodos de apurao subsequentes, ocontribuinte que adotar a apurao trimestral poder ficar sujeito aorecolhimento do imposto em determinados trimestres, mesmo ha-vendo prejuzos fiscais a compensar de trimestres anteriores. O mes-mo se aplica base de clculo negativa da Contribuio Social sobreo Lucro Lquido.No regime de estimativa, no balano anual e nos balanos intermedi-rios de suspenso ou reduo do pagamento mensal do imposto, osresultados negativos de um perodo so automaticamente absorvidospelos resultados positivos de outros perodos do mesmo ano-calen-

    drio, sem qualquer limitao.

    ADICIONAL DO IMPOSTO DE RENDAOutra vantagem do regime de estimativa a que diz respeito ao paga-mento do adicional do IRPJ. As empresas que adotarem a apuraotrimestral ficarosujeitas ao adicional de 10% sobre a parcela do lucroreal que ultrapassar o limite de R$ 60.000,00. O valor recolhido serconsiderado definitivo.Se o contribuinte optar pelo regime de estimativa, pode ocorrer quenos balanos de suspenso/reduo e/ou no balano anual no hajaincidncia do adicional, por ter apurado prejuzo fiscal ou lucro real

    igual ou inferior ao limite de R$ 20.000,00, multiplicado pelo nmerode meses do respectivo perodo de apurao.

    3. ESCOLHA DA FORMA DE APURAOA adoo do lucro real trimestral ou a opo pelo regime de estimativa ser irretratvelpara todo o ano-calendrio. A opo pelo regime de estimativa ser manifestada:a) com o pagamento do imposto correspondente ao ms de janeiro ou de incio da ati-

    vidade, calculado com base na receita bruta e acrscimos ou no lucro real apuradoem balano/balancete de reduo;

    b) com a transcrio, no Dirio e no Livro de Apurao do Lucro Real (Lalur), dobalano/balancete e da demonstrao do prejuzo fiscal, respectivamente, relativosao ms de janeiro do ano-calendrio.

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    4. CISO, FUSO, INCORPORAO OU EXTINOSem prejuzo do balano que dever ser levantado at 30 dias antes do evento, e daresponsabilidade por sucesso, o resultado do perodo que servir de base para apu-rao do IRPJ e da CSLL, nos casos de extino, incorporao, fuso ou ciso da pes-soa jurdica, compreender os fatos geradores ocorridos at a data do evento.

    Para esse efeito considera-se data do evento:a) a data da deliberao que aprovar a ciso, fuso ou incorporao;b) a data da extino da pessoa jurdica, assim entendida a destinao total de seu

    acervo lquido.

    5. PRAZOS DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO E DA CONTRIBUIOAs pessoas jurdicas tributadas pelo lucro real esto obrigadas a recolher o Impostode Renda e a Contribuio Social sobre o Lucro Lquido nos prazos examinados aseguir.

    5.1. LUCRO REAL TRIMESTRALSe a empresa adotar a apurao trimestral deve recolher o IRPJ e a CSLL emquotanica,atoltimodiatildomssubsequenteaodoencerramentodotri-mestre de apurao, sendo-lhe permitido optar pelo parcelamento em at trsquotas mensais, iguais e sucessivas, vencveis no ltimo dia til dos trs mesessubsequentes ao de encerramento do perodo de apurao a que correspon-der. Em caso de parcelamento, as quotas do IRPJ e da CSLL ficaro sujeitas ajuros calculados taxa referencial do Sistema Especial de Liquidao e de Cus-tdia (Selic) para ttulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partirdo primeiro dia do segundo ms subsequente ao do encerramento do perodode apurao at o ltimo dia do ms anterior ao do pagamento e de 1% no ms

    do pagamento.Portanto, no ano-calendrio de 2013, os prazos para recolhimento so osseguintes:

    RECOLHIMENTO EM QUOTA NICA

    Perodos de Apurao/2013 Vencimento

    1 trimestre 30-04-2013

    2 trimestre 31-07-2013

    3 trimestre 31-10-2013

    4 trimestre 31-01-2014

    RECOLHIMENTO PARCELADO

    Perodo de Apurao/2013 Quota Vencimento

    1 trimestre

    1 30-04-2013

    2 31-05-2013

    3 28-06-2013

    2 trimestre

    1 31-07-2013

    2 30-08-20133 30-09-2013

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    RECOLHIMENTO PARCELADO

    Perodo de Apurao/2013 Quota Vencimento

    3 trimestre

    1 31-10-2013

    2 29-11-2013

    3 30-12-2013

    4 trimestre

    1 31-01-2014

    2 28-02-2014

    3 31-03-2014

    NenhumaquotapodertervalorinferioraR$1.000,00eoimpostooucontribui-o inferior a R$ 2.000,00 dever ser pago em quota nica at o ltimo dia tildo ms subsequente ao do encerramento do perodo de apurao.

    5.1.1. Cdigos do DarfPara o recolhimento trimestral do IRPJ e da CSLL sero utilizados osseguintes cdigos no Darf:

    Denominao Cdigo do Darf

    IRPJ

    Entidades Financeiras 1599

    Demais Empresas Obrigadas ao Lucro Real 0220

    Empresas NO Obrigadas ao Lucro Real 3373

    CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO LQUIDO

    Entidades Financeiras 2030

    Demais Empresas 6012

    5.2. LUCRO REAL ANUALAspessoasjurdicasqueoptarempelolucrorealanualdevemrecolheroIRPJea Contribuio Social sobre o Lucro Lquido devidos em cada ms at o ltimodia til do ms subsequente ao de encerramento do perodo de apurao.Dessa forma, no ano-calendrio de 2013, os prazos so os seguintes:

    Perodo de Apurao/2013 Vencimento

    Janeiro 28-02-2013

    Fevereiro 28-03-2013

    Maro 30-04-2013

    Abril 31-05-2013

    Maio 28-06-2013

    Junho 31-07-2013

    Julho 30-08-2013

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    Perodo de Apurao/2013 Vencimento

    Agosto 30-09-2013

    Setembro 31-10-2013

    Outubro 29-11-2013Novembro 30-12-2013

    Dezembro 31-01-2014

    5.2.1. Cdigos do DarfSero utilizados os cdigos a seguir para preenchimento do Darf norecolhimento mensal estimado do IRPJ e da CSLL:

    Denominao Cdigo do Darf

    IRPJ Entidades Financeiras 2319

    Demais Empresas Obrigadas ao Lucro Real 2362

    Empresas NO Obrigadas ao Lucro Real 5993

    CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO LQUIDO

    Entidades Financeiras 2469

    Demais Empresas 2484

    5.2.2. Ajuste AnualO IRPJ e a CSLL recolhidos durante o ano-calendrio sob a forma deestimativa so compensveis, sem o acrscimo de juros ou atualiza-o monetria, com o imposto e a contribuio apurados no balanoanual de 31 de dezembro do respectivo ano.A diferena negativa apurada no balano anual poder ser compen-sada com o IRPJ devido e/ou CSLL devida a partir do ms de janeirodo ano-calendrio subsequente ao do encerramento do perodo deapurao, assegurada a alternativa de requerer a restituio.Os valores a compensar ou a serem restitudos sero acrescidos dejuros na forma da legislao vigente.Se, porventura, a diferena for positiva, o saldo do imposto e/ou dacontribuio dever ser pago, em quota nica, at o ltimo dia til doms de maro do ano subsequente, acrescido de juros calculados taxa Selic, a partir de fevereiro at o ltimo dia do ms anterior ao dopagamento e de 1% no ms do pagamento.Esse prazo no se aplica aos valores do IRPJ e da CSLL relativos aoms de dezembro, que devero ser recolhidos at o ltimo dia til doms de janeiro do ano subsequente.O saldo positivo apurado no ano-calendrio de 2012 dever ser reco-lhidoemquotanicaat28-3-2013.Aempresaestarlivredejurosse

    quitar o saldo do IRPJ/CSLL no ms de janeiro/2013.Este assunto encontra-se examinado neste Volume, no trabalho inti-tulado Ajuste Anual.

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    5.2.3. Cdigos do DarfAs diferenas positivas do IRPJ e da CSLL sero recolhidas utilizan-do-se os cdigos de Darf a seguir:

    Denominao Cdigo do Darf

    IRPJ

    Instituies Financeiras 2390

    Demais Empresas Obrigadas ao Lucro Real 2430

    Empresas NO Obrigadas ao Lucro Real 2456

    CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO LQUIDO

    Instituie Financeiras 6758

    Demais Empresas 6773

    FUNDAMENTAO LEGAL: Lei Complementar 123, de 14-12-2006 (Informativo 50/2006 e Portal COAD); Lei Complementar 128, de 19-12-2008 (Fascculo 52/2008 e Portal COAD); Lei 8.981, de 20-1-95 (Informativo 04/95); Lei 9.065, de 20-6-95 (Informativo 25/95); Lei 9.249, de 26-12-95 (Informativo 52/95); Lei 9.430, de 27-12-96 (Informativo 53/96); Lei 9.532, de 10-12-97 (Informativo 50/97); Lei 9.964, de 10-4-2000 (Informativo 15/2000);

    Lei 10.637, de 30-12-2002 (Informativo 53/2002); Lei 12.249, de 11-6-2010 artigo 22 (Fascculo 24/2010); Lei 12.715, de 17-9-2012 - artigo 70 (Fascculo 38/2012); Decreto 3.000, de 26-3-99 Regulamento do Imposto de Renda artigos 220 a 222,

    228, 232, 235, 237, 246, 247, 542, 856 e 858 (Portal COAD); Instruo Normativa 11 SRF, de 21-2-96 (Informativo 08/96); Instruo Normativa 25 SRF, de 25-2-99 (Informativo 09/99); Instruo Normativa 31 SRF, de 29-3-2001 (Informativo 14/2001); Instruo Normativa 93 SRF, de 24-12-97 (Informativo 53/97); Instruo Normativa 1.264 RFB, de 30-3-2012 Instrues de Preenchimento da

    DIPJ/2012 (Fascculo 14/2012);

    Ato Declaratrio 3 SRF, de 7-1-2000 (Informativo 02/2000); Ato Declaratrio Interpretativo 5 SRF, de 31-10-2001 (Informativo 44/2001).

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    REGIME DE ESTIMATIVAPagamento Mensal com Base

    na Receita Bruta e Acrscimos

    As pessoas jurdicas tributadas pelo lucro real que no puderem ou no quiserem apurar asbases de clculo do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuio Social sobre o LucroLquido (CSLL) a cada trimestre podero optar pelo lucro real anual, devendo, para isso,efetuar os respectivos recolhimentos mensalmente, sob o regimede estimativa, nasformasprevistas na legislao vigente.As pessoas jurdicas enquadradas no regimede estimativa, que optarempelo recolhimento

    do imposto com base na receita bruta e acrscimos, determinaro os valores de IRPJ eCSLL a recolher da forma examinada neste trabalho.

    1. CONCEITO DE LUCRO ESTIMADOCompreende-se como lucro estimado, em cada ms, o montante determinado pelasoma das seguintes parcelas:a) valor resultante da aplicao dos percentuais de lucratividade fixados pela legisla-

    o vigente sobre a receita bruta da atividade;b) ganhos de capital, demais receitas e os resultados positivos correspondentes a

    receitas no abrangidas pela letra a.

    2. DETERMINAO DO LUCRO ESTIMADONo ano-calendrio de 2013, para determinar a primeira parcela da base de clculo doImposto de Renda, a pessoa jurdica deve aplicar, sobre a receita bruta mensal da ati-vidade, o percentual fixado no artigo 15 da Lei 9.249/95.

    2.1. PERCENTUAIS APLICVEIS SOBRE A RECEITA BRUTA MENSAL

    ATIVIDADE %

    Revenda para consumo de combustvel derivado de petrleo, lcool etlico carbu-rante e gs natural 1,6

    Prestao de servios relativos ao exerccio de profisses legalmente regulamen-

    tadas 32

    Prestao de servios em geral

    32 (*)

    Intermediao de negcios (inclusive representao comercial por conta de tercei-ros e corretagem de seguros, imveis e outros)

    Administrao, locao ou cesso de bens mveis e imveis (exceto a receita dealuguis,quandoapessoajurdicanoexerceraatividadedelocaodeimveis)

    Administrao de consrcios de bens durveis

    Cesso de direitos de qualquer natureza

    Construo por administrao ou por empreitada unicamente de mo de obra

    Factoring

    Servios de transporte, exceto o de cargas 16Instituies financeiras e empresas equiparadas

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    ATIVIDADE %

    Revenda de mercadorias

    8

    Venda de produtos de fabricao prpria

    Industrializao por encomenda (materiais fornecidos pelo encomendante)

    Atividade ruralRepresentao comercial por conta prpria

    Loteamento de terrenos, incorporao imobiliria e venda de imveis construdosou adquiridos para revenda (ver subitem 2.1.4)

    Execuo de obras da construo civil, com emprego de material

    Servios hospitalares (ver subitem 2.1.3)

    Servios de auxlio diagnstico e terapia, patologia clnica, imagenologia, anatomiapatolgica e citopatologia, medicina nuclear e anlises e patologias clnicas (ver su-bitem 2.1.5)

    Transporte de cargas

    Outras atividades no caracterizadas como prestao de servios

    2.1.1. Atividades DiversificadasA pessoa jurdica que exera atividades diversificadas dever segre-gar as receitas oriundas de cada atividade e aplicar o percentual res-pectivo, para efeito de determinao da base de clculo mensal doImposto de Renda.

    2.1.2. Prestao de Servios em Geral Reduo do Percentual

    As pessoas jurdicas cujas atividades sejam, exclusivamente, as assi-naladas (*) no subitem 2.1, podem utilizar, para determinao do lucroestimado, o percentual de 16%, desde que as respectivas receitasno ultrapassem, em cada ano, o limite de R$ 120.000,00.

    INAPLICABILIDADE DA REDUOA reduo de32para16%no se aplica aos servios decorrentes deprofisses legalmente regulamentadas, mesmo com receita brutaanual de at R$ 120.000,00.

    Cursosde informtica (Soluo de Consulta 17 SRRF-2 RF/2002)As empresas do ramo de atividade de cursos de informtica nopodem recolher o imposto com base no lucro estimado utilizando opercentual reduzido de 16% sobre a receita bruta por tratar-se deprestao de servios de profisso legalmente regulamentada.

    Assessoria de comunicao, produo e realizao de eventos(Soluo de Consulta 292 SRRF-7 RF/2001)Se a pessoa jurdica que exerce qualquer dessas atividades neces-sita, para exerc-la, de assessores, cujas profisses exijam regula-

    mentao legal, no poder utilizar o percentual de 16% para determi-nao do lucro estimado, ainda que a receita anual no ultrapasseR$ 120.000,00.

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    decorrente para apurao da base de clculo do lucro estimado de32%, podendo ser reduzido para 16% quando o valor da receita brutaanual no ultrapassar R$ 120.000,00.

    EXCESSO DE RECEITA BRUTA DURANTE O ANOSe a receita bruta acumulada at determinado ms do ano-calendrioexceder o limite anual de R$ 120.000,00, a pessoa jurdica deverdeterminar novas bases de clculo do Imposto de Renda com a apli-cao do percentual de 32%. A diferena de imposto apurada em rela-o a cada ms transcorrido dever ser paga em quota nica, pormeio de Darf separado, preenchido com o cdigo 2362 (empresasobrigadas ao lucro real) ou 5993 (empresas optantes pelo lucro real),at o ltimo dia til do ms subsequente quele em que ocorrer oexcesso. Sobre a diferena recolhida no prazo previsto no incidiroacrscimos legais.

    EXEMPLO

    Pessoa jurdica prestadora de servios, que paga o Imposto de Rendamensal com base na receita bruta e acrscimos, apresenta os seguin-tes valores:

    Ms/2013I

    Receita Bruta MensalR$

    IIReceita Bruta Acumulada

    R$

    Janeiro 30.403,80 30.403,80

    Fevereiro 30.389,00 60.792,80

    Maro 50.822,40 111.615,20

    Abril 62.053,90 173.669,10

    Maio 63.561,30 237.230,40

    Ms/2013

    IRPJ Devido IRPJ RecolhidoVII

    Diferenaa Recolher

    (IV VI)

    R$

    III32% de I

    R$

    IV15% de III

    R$

    V16% de I

    R$

    VI15% de V

    R$

    Janeiro 9.729,22 1.459,38 4.864,61 729,69 729,69

    Fevereiro 9.724,48 1.458,67 4.862,24 729,34 729,33

    Maro 16.263,17 2.439,48 8.131,58 1.219,74 1.219,74Abril 19.857,25 2.978,59 9.928,62 1.489,29 1.489,30

    Diferena de IRPJ a recolher em quota nica at 31-5-2013 4.168,06

    Caso continue a pagar o imposto com base na receita bruta e acrsci-mos, a empresa utilizar o percentual de 32%.

    2.1.3. Servios HospitalaresA legislao vigente estabelece que as pessoas jurdicas, cuja ativi-dade seja a prestao de servios hospitalares, quando enquadradasno lucro presumido ou optantes pelo regime de estimativa (receita

    bruta e acrscimos), na determinao da base de clculo do imposto,em cada trimestre ou ms, devero aplicar sobre a receita bruta da ati-vidade o percentual de 8%.

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    2.1.10. IndustrializaoDe acordo com o Ato Declaratrio Interpretativo 26 RFB/2008, parafins de apurao das bases de clculo do IRPJ e da CSLL, so consi-deradas industrializao as operaes definidas no artigo 4 doDecreto 7.212/2010 Regulamento do IPI, observadas as disposi-

    es do artigo 5 c/c o artigo 7 do referido Decreto. Portanto, combase nos dispositivos citados, caracteriza-se industrializao qual-quer operao que modifique a natureza, o funcionamento,