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 1 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ © BENEFÍCIOS FISCAIS DO IRPJ © Autor: Júlio César Zanluca Distribuição: www.portaltributario.com.br Dica: para localizar r apidamente uma palavra, tecle CTRL + L SUMÁRIO: (clique no link de cada módulo para acessá-lo) Introdução Siglas Utilizadas MÓDULO 1: DEPRECIAÇÃO ACELERADA INCENTIVADA DULO 2: PR OG RAMA DE ALIMENTAÇ ÃO DO TR AB AL HADOR (P AT ) MÓDULO 3: PROGRAMAS ESPECIAIS DE EXPORTAÇÃO – BEFIEX MÓDULO 4: INCENTIVOS ÀS ATIVIDADES CULTURAIS OU ARTÍSTICAS MÓDULO 5: INCENTIVOS À ATIVIDADE AUDIOVISUAL MÓDULO 6: INCENTIVOS A PROGRAMAS PDTI OU PDTA – REVOGADO PELA LEI 11.196/2005 MÓDULO 7: DOAÇÕES AO FUNDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DULO 8: REDUÇÃO DO IR COMO INCENTIVO AO DESENVOLVI MENTO REGIONAL - ADENE E ADA MÓDULO 9: APLICAÇÃO DO IR EM INVESTIMENTOS REGIONAIS MÓDULO 10: PES QUI SA TECNOLÓGICA E DES ENV OLV IMENTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DE PRODUTOS – REVOGADO PELA LEI 11.196/2005 DULO 11: INCE NTIVOS À INOVÃO TE CNOL ÓGICA A PARTIR DE 01.01.2006 ADENDO: QUADRO RESUMO DOS LIMITES DE APLICAÇÕES EM INCENTIVOS FISCAIS Lucro da Exploração INTRODUÇÃO A legislação do Imposto de Renda - Pessoas Jurídicas tem diversos incentivos fiscais. Por desconhecimento, muitas empresas deixam de obter estes benefícios. O presente Manual tem por objetivo explorar os principais benefícios fiscais previstos na legislação. SOBRE O AUTOR E A OBRA Júlio César Zanluca é Contador e mora em Curitiba – PR. Catarinense, foi auditor e consultor de várias empresas no Paraná e Santa Catarina. Atualmente, o autor é coordenador de conteúdo do site  Portal Tributário, tendo escrito várias outras obras, como 100 Idéias Práticas de Economia Tributária ,  manuais do IRPJ , Simples Federal ,  PIS e COFINS, Planejamento Tributário , Cooperativas ,  Contabilidade de Custos e Gestão Tributária  (esta última, em co- autoria com Paulo Henrique Teixeira). è Direitos autorais REGISTRADOS. A cópia, reprodução, distribuição ou comercialização  por qualquer meio somente será permitida mediante autorização POR ESCRITO do detentor www.portaltributario.com.br 

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1 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

BENEFÍCIOS FISCAIS DO IRPJ ©

Autor: Júlio César Zanluca

Distribuição: www.portaltributario.com.br 

Dica: para localizar rapidamente uma palavra, tecle CTRL + L

SUMÁRIO: (clique no link de cada módulo para acessá-lo)

IntroduçãoSiglas UtilizadasMÓDULO 1: DEPRECIAÇÃO ACELERADA INCENTIVADAMÓDULO 2: PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT)MÓDULO 3: PROGRAMAS ESPECIAIS DE EXPORTAÇÃO – BEFIEX

MÓDULO 4: INCENTIVOS ÀS ATIVIDADES CULTURAIS OU ARTÍSTICASMÓDULO 5: INCENTIVOS À ATIVIDADE AUDIOVISUALMÓDULO 6: INCENTIVOS A PROGRAMAS PDTI OU PDTA – REVOGADO PELA LEI 11.196/2005MÓDULO 7: DOAÇÕES AO FUNDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEMÓDULO 8: REDUÇÃO DO IR COMO INCENTIVO AO DESENVOLVIMENTOREGIONAL - ADENE E ADAMÓDULO 9: APLICAÇÃO DO IR EM INVESTIMENTOS REGIONAISMÓDULO 10: PESQUISA TECNOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÃOTECNOLÓGICA DE PRODUTOS – REVOGADO PELA LEI 11.196/2005MÓDULO 11: INCENTIVOS À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – A PARTIR DE

01.01.2006ADENDO: QUADRO RESUMO DOS LIMITES DE APLICAÇÕES EM INCENTIVOSFISCAISLucro da Exploração

INTRODUÇÃO

A legislação do Imposto de Renda - Pessoas Jurídicas tem diversos incentivos fiscais. Por desconhecimento, muitas empresas deixam de obter estes benefícios.

O presente Manual tem por objetivo explorar os principais benefícios fiscais previstos nalegislação.

SOBRE O AUTOR E A OBRA

Júlio César Zanluca é Contador e mora em Curitiba – PR. Catarinense, foi auditor e consultor de várias empresas no Paraná e Santa Catarina. Atualmente, o autor é coordenador deconteúdo do site Portal Tributário, tendo escrito várias outras obras, como 100 Idéias Práticasde Economia Tributária,  manuais do IRPJ, Simples Federal,  PIS e COFINS, PlanejamentoTributário, Cooperativas,  Contabilidade de Custos e Gestão Tributária  (esta última, em co-autoria com Paulo Henrique Teixeira).

è Direitos autorais REGISTRADOS. A cópia, reprodução, distribuição ou comercialização por qualquer meio somente será permitida mediante autorização POR ESCRITO do detentor 

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de direitos autorais. Permitida a reprodução de apenas 1 (uma) cópia para uso exclusivo e pessoal do adquirente.

SIGLAS UTILIZADAS

CLT: Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei 5.452/43)COFINS: Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Lei Complementar 70/1991)CPMF: Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (Lei 9.311/1996)CSL ou CSLL: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Lei 7.689/1988)ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (Lei Complementar 87/1996)GPS: Guia da Previdência SocialIN: Instrução NormativaINSS: Instituto Nacional de Seguridade SocialIR: Imposto de Renda

IRF: Imposto de Renda na FonteIRPF: Imposto de Renda – Pessoa FísicaIRPJ: Imposto de Renda – Pessoa JurídicaISS: Imposto sobre Serviços (Lei Complementar 116/2003)LALUR: Livro de Apuração do Lucro RealLC: Lei Complementar OS: Ordem de ServiçoPIS: Programa de Integração Social (Lei Complementar 7/1970)RIPI: Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (Decreto 4.544/2002)RIR/99: Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999)RPS: Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999)

SRF: Secretaria da Receita FederalTJLP: Taxa de Juros a Longo Prazo

PESSOAS JURÍDICAS EXCLUÍDAS DO GOZO DOS INCENTIVOS FISCAIS

De acordo com o art. 614 do Regulamento do Imposto de Renda/1999, não podem se beneficiar da dedução dos incentivos de que trata este manual:

I – as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumidoII – as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro arbitradoIII – as empresas instaladas em Zona de Processamento de Exportação – ZPEIV – as microempresas – ME e empresas de pequeno porte – EPP, optantes pelo SIMPLESV – as empresas concessionárias de serviços públicos, relativamente à parcela do lucroinflacionário tributada à alíquota de 6% (seis por cento);VI – as pessoas jurídicas com registro no Cadastro Informativo de créditos não quitados dosetor público federal – CADIN

A concessão ou reconhecimento de qualquer incentivo ou benefício fiscal, relativos a tributose contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal fica condicionada àcomprovação pelo contribuinte, da quitação de tributos e contribuições federais (Lei9.069/95, art. 60).

MÓDULO 1: DEPRECIAÇÃO ACELERADA INCENTIVADA

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Em casos previstos na legislação, permite-se a adoção de coeficientes de depreciaçãoacelerada com a finalidade de incentivar a implantação, renovação ou modernização deinstalações e equipamentos (Regulamento do Imposto de Renda/99, art. 313).

DEPRECIAÇÃO DE BENS ADQUIRIDOS ENTRE 12.06.1991 E 31.12.1993

Por meio da Lei 8.191/91, art. 2, é permitida a depreciação acelerada, calculada pela aplicaçãoda taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por dois, sem prejuízo dadepreciação normal, das máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos destinadosao uso da produção industrial incorporados ao ativo fixo do adquirente no períodocompreendido entre 12 de Junho de 1991 e 31 de dezembro de 1993 e utilizados no processode produção.

Exemplo:

Máquina adquirida em 25.07.1993, pelo valor (corrigido) de R$ 70.000,00

Depreciação contábil (10% de R$ 70.000,00) no ano: R$ 7.000,00Depreciação incentivada que poderá ser excluída do LALUR: R$ 7.000,00 x 2 = R$14.000,00.

 Nota: Conforme Portaria MFEP 596/91, os bens abrangidos por esse benefício são os queconstam do Anexo ao Decreto 151/91.

DEPRECIAÇÃO DE BENS ADQUIRIDOS ENTRE 12.01.1992 E 31.12.1994

Por meio das Leis 8.383/91, art. 46, e 8.643/93, art. 22, é permitido às pessoas jurídicasdepreciar, em 24 quotas mensais, o custo de aquisição ou construção de máquinas e

equipamentos, novos, adquiridos entre 12 de janeiro de 1992 e 31 de dezembro de 1994,utilizados em processo industrial da adquirente, inclusive máquinas e equipamentos objeto decontratos de arrendamento mercantil (neste caso, o beneficio é da empresa arrendadora, ouseja, da empresa de Leasing ).

Exemplo:

Custo de aquisição (corrigido) de equipamento adquirido em 07.08.1994: R$ 240.000,00.Valor contabilizado (no ano) como depreciação: R$ 240.000,00 x 10% = R$ 24.000,00Valor do incentivo, que poderá ser excluído na apuração do Lucro Real (no ano):

R$ 240.000,00dividido por 24 quotas = R$ 10.000,00vezes 12 quotas de janeiro a dezembro = R$ 120.000,00menos: valor já contabilizado como depreciação no ano (R$ 24.000,00) = R$ 96.000,00

O Parecer Normativo CST 7/92 dispôs que:

a) para fins de gozo da depreciação incentivada, entende-se como máquinas eequipamentos os produtos classificados nos Capítulos 84, 85 e 90 da TIPI e, como processoindustrial, o conjunto de procedimentos a que é submetido o material (matéria-prima e

insumos) até a obtenção do produto acabado; b) com referência aos bens objeto de arrendamento mercantil, atendidos os pressupostos

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da legislação especifica, poderiam usufruir da depreciação incentivada as máquinas e osequipamentos adquiridos pelas empresas arrendadoras, utilizados pelas arrendatárias em seu

 processo industrial.

DEPRECIAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EMISSORES DE CUPOM FISCAL

ADQUIRIDOS ENTRE 12.01.1995 E 31.12.1995Por meio do art. 103 da Lei 8.981/95, foi permitido às pessoas jurídicas com atividadecomercial de vendas de produtos e serviços promover depreciação acelerada dos equipa-mentos Emissores de Cupom Fiscal (ECF) novos, adquiridos no período compreendido entre12 de janeiro e 31 de dezembro de 1995.

Calcula-se a depreciação acelerada pela aplicação da taxa de depreciação usualmenteadmitida, sem prejuízo da depreciação normal.

Exemplo:

Depreciação contabilizada: R$ 2.000,00Depreciação incentivada (mesmo valor da contabilizada) R$ 2.000,00

O benefício, todavia, somente alcança os equipamentos:

a) que identifiquem no cupom fiscal emitido os produtos ou serviços vendidos; e b) cuja utilização tenha sido autorizada pelo órgão competente dos Estados, do DistritoFederal ou dos Municípios.

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ADQUIRIDOS ENTRE 14.06.1995 E 31.12.1997

Pode ser depreciado aceleradamente o custo de aquisição ou construção de máquinas,equipamentos, aparelhos e instrumentos novos, relacionados no Anexo à Lei 9.493/97,adquiridos (ou construídos) entre 14.06.1995 e 31.12.1997 e utilizados no processo industrialda empresa.

A depreciação acelerada equivale a valor correspondente à depreciação normal, sem prejuízodesta.

O benefício é extensivo aos bens (relacionados no Anexo à Lei 9.493/97) objeto de contratode arrendamento mercantil, utilizados no processo industrial da empresa arrendatária. Nessecaso, a depreciação acelerada pode ser utilizada pela empresa arrendadora, a quem cabe

 proceder à depreciação.

Exemplo:

Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 25.000,00Depreciação incentivada (mesmo valor da contabilizada) R$ 25.000,00

 Nota: O benefício referido neste tem fica condicionado a comprovação, pelo contribuinte, daregularidade quanto ao pagamento de todos os tributos e contribuições federais e não pode ser 

usufruído cumulativamente com outros da mesma natureza.PROGRAMAS SETORIAIS INTEGRADOS (PSI)

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Os Programas Setoriais Integrados aprovados até 03 de junho de 1993 pelo Conselho deDesenvolvimento Industrial (CDI), vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio eTurismo, podiam prever a depreciação acelerada de máquinas, equipamentos, aparelhos einstrumentos novos, de produção nacional, utilizados no processo de produção e em

atividades de desenvolvimento tecnológico industrial. Nesses casos, sem prejuízo da depreciação normal, a depreciação acelerada equivale àaplicação:

a) da taxa de depreciação usualmente admitida, para os programas aprovados até 28 dedezembro de 1989;

 b) de 50% da taxa de depreciação usualmente admitida, para os programas aprovados a partir de 29 de dezembro de 1989.

Exemplo 1: Programa PSI aprovado até 28.12.1989

Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 17.000,00Depreciação incentivada (mesmo valor da contabilizada) R$ 17.000,00

Exemplo 2: Programa PSI aprovado a partir de 29.12.1989Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 20.000,00Depreciação incentivada (50% do valor da depreciação contabilizada) R$ 10.000,00

Base: art. 319 do RIR/99.

PDTI APROVADO ATÉ 03.06.1993

Às empresas executoras, direta ou indiretamente, de Programas de DesenvolvimentoTecnológico Industrial (PDTI) no Pais, sob sua direção e responsabilidade diretas, aprovadosaté 03 de junho de 1993, foi permitido usufruir do benefício da depreciação acelerada demáquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, de produção nacional, calculada

 pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, sem prejuízo da depreciaçãonormal.

Foi vedada a fruição deste beneficio (previsto nos artigos 320 e 494 do RIR/99)cumulativamente com o de que trata o art. 500 do RIR, que permite a concessão ás empresastitulares de PDTI de um crédito de parcela do imposto retido na fonte incidente sobre osvalores pagos, remetidos ou creditados a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior,a título de royalties, assistência técnica, científica, administrativa ou assemelhadas, e deserviços técnicos especializados, previstos em contratos averbados nos termos do Código daPropriedade Industrial, quando o programa se enquadrar em atividade industrial prioritária.

Exemplo:

Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 17.000,00Depreciação incentivada (mesmo valor da contabilizada) R$ 17.000,00

PDTI/PDTA APROVADO A PARTIR DE 03.06.1993

Às empresas industriais e agropecuárias que executarem Programas de DesenvolvimentoTecnológico Industrial (PDTI) e Programas de Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário

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(PDTA) a legislação consolidada no art. 321 do RIR/99 autoriza o benefício de depreciaçãoacelerada, calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada

 por dois, sem prejuízo da depreciação normal, das máquinas, equipamentos, aparelhos einstrumentos, novos, destinados á utilização nas atividades de pesquisa e desenvolvimentotecnológico, industrial e agropecuário.

  Nota: os benefícios PDTI e PDTA foram revogados, a partir de 01.01.2006, pela  Lei 11.196/2005.

Exemplo:

Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 15.000,00Depreciação incentivada (2 x o valor da contabilizada) R$ 30.000,00

Este incentivo fiscal foi regulamentado pelo Decreto 949/93.

PROGRAMAS BEFIEX

Foi permitido às empresas industriais titulares de Programas Befiex, aprovados até 03 de junho de 1993, sem prejuízo da depreciação normal, usufruir do benefício da depreciaçãoacelerada de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, de produção nacional,utilizados no processo de produção e em atividades de desenvolvimento tecnológicoindustrial, calculada pela aplicação:

a) da taxa de depreciação usualmente admitida, no caso de Programas Befiex aprovadosaté 28.12.1989;

 b) de 50% da taxa usualmente admitida, tratando-se de Programas Befiex aprovados a

 partir de 29.12.1989.

Exemplo 1:

Programa BEFIEX aprovado até 28.12.1989Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 15.000,00Depreciação incentivada (mesmo valor da contabilizada) R$ 15.000,00

Exemplo 2:

Programa BEFIEX aprovado a partir de 29.12.1989Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 20.000,00Depreciação incentivada (50% do valor da depreciação contabilizada) R$ 10.000,00

Base: art. 322 do RIR/99.

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA OBRAS AUDIOVISUAIS

Foi permitida a depreciação em 24 quotas mensais do custo de aquisição ou construção demáquinas e equipamentos adquiridos entre 12 de janeiro de 1992 e 31 de dezembro de 1993,utilizados pelos adquirentes para exibição, produção, ou de laboratório de imagens ou de

estúdios de som para obras audiovisuais conceituadas no art. 2 da Lei 8.401/92.Exemplo:

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Custo de aquisição (corrigido) de equipamento adquirido em 09.09.1994: R$ 240.000,00.Valor contabilizado (no ano) como depreciação: R$ 240.000,00 x 10% = R$ 24.000,00Valor do incentivo, que poderá ser excluído na apuração do Lucro Real (no ano):

R$ 240.000,00dividido por 24 quotas = R$ 10.000,00vezes 12 quotas de janeiro a dezembro = R$ 120.000,00menos: valor já contabilizado como depreciação no ano (R$ 24.000,00) = R$ 96.000,00

Base: art. 323 do RIR/991

DEPRECIAÇÃO NA ATIVIDADE RURAL

Os bens do Ativo Permanente Imobilizado, exceto a terra nua, adquiridos por pessoa jurídicaque explore a atividade rural, para uso nessa atividade, podem ser depreciados integralmente

no próprio ano de aquisição.

Isso significa excluir do lucro líquido, no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) (no anode aquisição), valor que, somado à depreciação normal (registrada na escrituração contábil),resulte em 100% do custo de aquisição do bem.

Exemplo:

Depreciação de trator:Valor de Aquisição: R$ 25.000,00Valor da Depreciação Contábil no ano: R$ 5.000,00

Valor da Depreciação Incentivada (mediante exclusão no LALUR) R$ 20.000,00Total da Depreciação Contábil + Incentivada: R$ 25.000,00

CONCEITO DE ATIVIDADE RURAL

Considera-se atividade rural:

a) a agricultura; b) a pecuária;c) a extração e a exploração vegetal e animal;d) a exploração da apicultura, avicultura, cunicultura, suinocultura, sericicultura,

 piscicultura e outras culturas animais;e) a transformação de produtos decorrentes da atividade rural, sem que sejam alteradas acomposição e as características do produto in natura, feita pelo próprio agricultor ou criador,com equipamentos e utensílios usualmente empregados nas atividades rurais, utilizandoexclusivamente matéria-prima produzida na área rural explorada, tais como a pasteurização eo acondicionamento do leite, assim como o mel e o suco de laranja, acondicionados emembalagem de apresentação;f) o cultivo de florestas que se destinem ao corte para comercialização, consumo ouindustrialização.

Base: art. 58 e 314 do RIR/99Depreciação Incentivada Rural e Contribuição Social sobre o Lucro

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De acordo com o art. 52 da IN SRF 93/97, na apuração da base de cálculo da ContribuiçãoSocial sobre o Lucro (CSL) por empresas que explorem a atividade rural, os bens do AtivoPermanente Imobilizado, exceto a terra nua, utilizados nessa atividade poderão ser depre-ciados integralmente no próprio período de apuração da aquisição.

Desta forma, podem ser adotados os mesmos critérios aplicáveis à depreciação aceleradaincentivada para efeitos do Imposto de Renda.

Assim, no período de apuração em que o bem for adquirido, poderá ser excluído do lucrolíquido, para determinação da base de cálculo da CSL (a título de depreciação acelerada), ovalor que, somado ao da quota de depreciação normal, registrada na escrituração contábil,resulte em 100% do custo de aquisição.

REVERSÃO DA DEPRECIAÇÃO ACELERADA INCENTIVADA

 Nos períodos de apuração subsequentes, porém, deverão ser adicionadas ao lucro líquido, nadeterminação do Lucro Real e da base de cálculo da CSL, as importâncias registradas naescrituração contábil relativas às quotas de depreciação.

Exemplo:

Valor de Aquisição de um Trator, no ano 1: R$ 25.000,00Depreciação de Trator, no ano 2 de sua aquisição: R$ 5.000,00Valor Contábil da Depreciação Acumulada no ano 1 da depreciação: R$ 5.000,00Valor da Exclusão no Lucro Real e na Base de Cálculo da CSL, no ano 1, como depreciaçãoincentivada na atividade rural: R$ 20.000,00

Valor da Adição, tanto no Lucro Real como na Base de Cálculo da CSL, a título de reversãoda depreciação incentivada, no ano 2: R$ 5.000,00 (mesmo valor contabilizado como custo oudespesa, naquele ano).

FORMA DE APROVEITAMENTO DA DEPRECIAÇÃO ACELERADAINCENTIVADA

A quota de depreciação acelerada, correspondente ao beneficio, constituirá exclusão do lucroliquido e deve ser escriturada no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), observando-seque:

a) o total da depreciação acumulada, incluindo a normal e a acelerada, não podeultrapassar o custo de aquisição do bem;

 b) a partir do período de apuração em que for atingido o limite mencionado em “a” (valor total do custo de aquisição), o valor da depreciação normal, registrado na escrituraçãocomercial, deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real.

c) salvo autorização expressa em lei, o benefício fiscal da depreciação acelerada não  pode ser usufruído cumulativamente com outros idênticos, exceto com a depreciaçãoacelerada em função dos turnos de trabalho.

Assim, registra-se normalmente, na contabilidade, a quota de depreciação do bem (calculada pela taxa correspondente ao prazo estimado de sua vida útil) e, em seguida, exclui-se, no

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9 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

LALUR, o valor correspondente depreciação acelerada incentivada.

A quota anual de depreciação acelerada incentivada é determinada aplicando-se a taxaadmitida pela legislação específica sobre o custo de aquisição do bem (corrigidomonetariamente até 31.12.1995, se adquirido até essa data).

Se a pessoa jurídica apurar lucro real referente a período inferior a 12 meses ou se houver acréscimo de bem (beneficiado pela depreciação acelerada incentivada) ao Ativo no curso do

 período-base, a quota anual deverá ser ajustada proporcionalmente ao número de meses.

CONTROLE NA PARTE “B” DO LALUR 

As quotas de depreciação acelerada excluídas do liquido mediante ajuste lançado na Parte “A”do devem ser registradas em folha própria da Parte "B" do mesmo livro.

Este controle é obrigatório, e segue o seguinte esquema:

a) o bem estará integralmente depreciado, para efeitos fiscais, a partir do momento em que asoma da depreciação acumulada normal (registrada na escrituração contábil) com adepreciação acelerada incentivada (excluída no Lalur) atingir 100% do custo de aquisição do

 bem (corrigido até 31.12.1995, se for o caso);

 b) para fins contábeis, no entanto, o bem ainda não estará totalmente depreciado e suadepreciação continuará a ser registrada normalmente como custo ou despesa operacional;

c) a depreciação que for registrada na contabilidade após o bem estar integralmentedepreciado para efeitos fiscais (letra “a”) deverá ser adicionada ao lucro líquido, na Parte “A”

do Lalur, baixando-se idêntico valor da conta de controle, na Parte “B” do livro, até que o bem esteja totalmente depreciado (contabilmente) e, conseqúentemente, não haja mais saldoda depreciação acelerada na Parte “B” do Lalur.

Exemplo:

Em janeiro de 2000, determinada empresa rural tributada com base no lucro real anualadquiriu, por R$ 50.000,00, um equipamento sujeito à taxa de depreciação normal de 10%.Então os seguintes cálculos deverão ser procedidos:

a) em 2000:

1) despesa de depreciação lançada na contabilidade: R$ 5.000,00 (10% de R$ 50.000,00);

2) depreciação acelerada incentivada, excluída do lucro líquido na Parte “A” do Lalur:R$ 50.000,00 menos R$ 5.000,00 = R$ 45.000,00. Este valor deverá ser registrado em folha própria da Parte B do Lalur.

3) a partir do ano-calendário de 2001 e até 2010:3.1) despesa de depreciação, lançada anualmente na contabilidade: R$ 5.000,00 (10% de R$

50.000,00);3.2) adição ao lucro líquido, na Parte “A” do Lalur: R$ 5.000,00

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Este valor será anualmente baixado na forma própria da Parte B do Lalur que controla o valor excluído pelo incentivo em 2.000

Nota Importante:

Especificamente no caso aqui exemplificado, que se refere à depreciação aceleradaincentivada de bens do Ativo Imobilizado de empresas rurais, seriam cabíveis os ajustesexemplificados também para efeito de determinação da base de calculo da ContribuiçãoSocial sobre o Lucro.

  Nas demais modalidades de depreciação acelerada incentivada, o beneficio é restrito aoImposto de Renda.

EXERCÍCIOS DO MÓDULO 1:

a) Complete o quadro com o valor dos benefícios de exclusão do Lucro Real e/ou da base decálculo da CSL:

Especificação ValorDepreciaçãoContábil R$

Valor daDepreciação

Incentivada – IRPJLucro Real

Valor da DepreciaçãoIncentivada na base de

cálculo da CSL

Atividade Rural (valor doEquipamento R$50.000,00)

5.000,00

Máquina adquirida em

15.06.1991

10.000,00

BEFIEX aprovado em05.04.1989

2.000,00

PSI aprovado em07.08.1994

1.000,00

PDTI aprovado em01.09.1990

1.900,00

Equipamento adquiridoem 11.05.1994, por R$500.000,00 (valor corrigido)

50.000,00(apuração anual)

 b) Calcule a reversão da depreciação incentivada, com base nos seguintes dados:

Valor contábil de aquisição do bem R$ 75.000,00Valor contábil da depreciação acumulada do bem R$ 50.000,00Valor contábil da depreciação do período R$ 7.500,00Valor da depreciação incentivada, registrada na Parte B do LALUR R$ 25.000,00

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DO MÓDULO 1:

a)

Especificação ValorDepreciação

Valor da DepreciaçãoIncentivada – IRPJ

Valor da DepreciaçãoIncentivada na base de

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Contábil R$ Lucro Real cálculo da CSLAtividade Rural(valor doequipamento R$50.000,00)

5.000,00 45.000,00 45.000,00

Máquina adquiridaem 15.06.1991

10.000,00 20.000,00 Zero (não existeincentivo para a CSL)

BEFIEX aprovadoem 05.04.1989

2.000,00 2.000,00 Zero (não existeincentivo para a CSL)

PSI aprovado em07.08.1994

1.000,00 500,00 Zero (não existeincentivo para a CSL)

PDTI aprovado em01.09.1993

1.900,00 3.800,00 Zero (não existeincentivo para a CSL)

Equipamentoadquirido em11.05.1994 por R$

500.000,00 (valor corrigido)

50.000,00(apuração anual)

200.000,00 (apuraçãoanual)

Zero (não existeincentivo para a CSL)

 b) Cálculo:

1. Valor da Depreciação Incentivada Parte B LALUR 25.000,002. Valor Contábil da Depreciação Acumulada 50.000,003. Valor contabilizado no período como depreciação 7.500,004. Soma (1 + 2 + 3) 82.500,005. Valor contábil de Aquisição do Bem 75.000,006. Valor da reversão (4 - 5) 7.500,00

MÓDULO 2: PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT)

É permitido às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deduzir do Imposto deRenda devido, a título de incentivo fiscal, entre outros, o valor correspondente á aplicação daalíquota do imposto sobre a soma das despesas de custeio realizadas no período emProgramas de Alimentação do Trabalhador (PAT).

Para cadastrar-se no PAT, a pessoa jurídica deve apresentar e registrar formulário junto ao

ECT ou enviar via internet constante no "site" do MTE (www.mte.gov.br), mantendo ocomprovante de postagem da agência ou o comprovante de adesão via internet. Estesdocumentos têm validade por prazo indeterminado.

As empresas que firmarem o termo de adesão a partir de 2.000 não precisam renovar oformulário, no entanto, aquelas que o fizeram antes, devem renovar o mesmo, que a partir dessa renovação será válido por prazo indeterminado.

Base: Art. 10 da Lei 9.532/97 e art. 2 da Portaria SIT 3/2002.

FORMA E PRAZO DE ADESÃO E VALIDADE DO PROGRAMA

A adesão ao PAT consiste na apresentação do formulário oficial, devidamente preenchido einstruído com os seguintes elementos:

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1) identificação da empresa beneficiária;2) número de refeições maiores e menores;3) modalidade de serviços de alimentação e percentuais correspondentes (próprio, fornecedor,convênio e cesta de alimentos);

4) número de trabalhadores beneficiados por UF;5) número de trabalhadores beneficiados por faixas salariais;6) termo de responsabilidade e assinatura do responsável pela empresa.

O formulário é adquirido nas agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).A inscrição também pode ser efetuada por meio eletrônico utilizando o formulário constanteda página do Ministério do trabalho e Emprego na INTERNET (www.mte.gov.br ).

O PAT fica automaticamente aprovado mediante a apresentação e registro do formulário naECT.

A empresa deverá informar anualmente no Relatório Anual de Informações Sociais - RAISsua participação no Programa.

Base: Art. 2, parágrafo 1 da Portaria Interministerial MTPS/MF/MS 5/1999; e art. 2 daPortaria SIT 3/2002.

GUARDA DOS DOCUMENTOS DO PAT

A cópia do formulário e o respectivo comprovante oficial da postagem ou o comprovante deadesão via INTERNET deverá ser mantida nas dependências da empresa, matriz e filiais, ádisposição da fiscalização federal.

A documentação relacionada aos gastos com o Programa e aos incentivos dele decorrentesdeve ser mantida à disposição da fiscalização, de modo a possibilitar seu exame e confrontocom os registros contábeis e fiscais exigidos pela legislação pertinente.

Bases: parágrafo 2, art. 4 da Portaria Interministerial MTPS/MF/MS 5/1999 e § 1 e 2 do art. 2da Portaria SIT 3/2002.

QUALIDADE E TEOR NUTRITIVO DA ALIMENTAÇÃO

Os programas de alimentação do trabalhador deverão propiciar condições de avaliação do teor 

nutritivo da alimentação, conforme disposto no art. 3º do Decreto nº 5, de 14 de janeiro de1991.

As pessoas jurídicas participantes do PAT, mediante prestação de serviços próprios ou deterceiros, deverão assegurar qualidade e quantidade da alimentação fornecida aostrabalhadores, cabendo-lhes a responsabilidade de fiscalizar a qualidade e o teor nutritivo.

As normas específicas do teor nutritivo da alimentação foram estabelecidas pela PortariaInterministerial 66/2006.

Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, uma porção de frutas e uma porção de legumes ouverduras, nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e pelo menos uma porção de frutas

nas refeições menores (desjejum e lanche).

FORMAS DE EXECUÇÃO DO PAT

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Para a execução do PAT, a pessoa jurídica beneficiária poderá:

1) manter serviço próprio de refeições;2) distribuir alimentos, inclusive não preparados (cestas básicas) e

3) firmar convênios com entidades que forneçam ou prestem serviços de alimentação coletiva,desde que essas entidades sejam credenciadas pelo Programa e se obriguem a cumprir odisposto na legislação do PAT e na Portaria SIT 3/2002, condição que deverá constar expressamente do texto do convênio entre as partes interessadas.

As empresas produtoras de cestas de alimentos e similares, fornecedoras de componentesalimentícios devidamente embalados e registrados nos órgãos competentes, para transporteindividual, deverão comprovar atendimento à regulamentação técnica da Secretaria de DefesaAgropecuária do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, através de organismodesignado pelo INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e QualidadeIndustrial - para esta finalidade.

Quando a pessoa jurídica beneficiária fornecer a seus trabalhadores documentos delegitimação (impressos, cartões eletrônicos, magnéticos ou outros oriundos de tecnologiaadequada) que permitam a aquisição de refeições ou de gêneros alimentícios emestabelecimentos comerciais, o valor do documento deverá ser suficiente para atender àsexigências nutricionais do PAT.

 Nos documentos de legitimação deverão constar:

a) razão ou denominação social da pessoa jurídica beneficiária; b) numeração continua, em seqüência ininterrupta, vinculada à empregadora;

c) valor em moeda corrente no País;d) nome, endereço e CGC/CNPJ da prestadora do serviço de alimentação coletiva;e) prazo de validade, não inferior a 30 dias nem superior a 15 meses; ef) a expressão “válido somente para pagamento de refeições” ou “válido somente paraaquisição de gêneros alimentícios", conforme o caso.

 Na emissão dos documentos de legitimação, deverão ser adotados mecanismos que assegurem proteção contra falsificação.

Bases: Decreto 2.101/96; e art. 8, 9, 10 da Portaria SIT 3/2002.

FORNECIMENTO DE CESTA BÁSICA

Independentemente da existência de Programa de Alimentação do Trabalhador os gastos coma aquisição de cestas básicas, distribuídas indistintamente a todos os empregados da pessoa

 jurídica, são dedutíveis do lucro liquido, para fins de determinação do lucro real e da base decálculo da Contribuição Social sobre o Lucro (IN SRF 11/96, art. 27,  parágrafo único).

EXTENSÃO DO PROGRAMA

Empregados dispensados ou com contrato suspenso

O beneficio do PAT pode ser estendido pela pessoa jurídica:

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a) aos trabalhadores por ela dispensados, no período de transição para novo emprego,limitada a extensão ao período de seis meses; e

 b) aos empregados que estejam com o contrato de trabalho suspenso para participação emcurso ou programa de qualificação profissional, limitada essa extensão ao período de cincomeses.

Empregados de subempreiteira

De acordo com o Parecer Normativo CST 08/82, a empresa empreiteira pode estender o PATaos empregados de subempreiteira que para ela trabalhem no mesmo canteiro de obras.

INEXISTÊNCIA DE REFLEXOS NA REMUNERAÇÃO DO TRABALHADOR 

É importante ressaltar que no PAT previamente aprovado pelo Ministério do Trabalho, a  parcela paga in natura   pela empresa não tem natureza salarial, não se incorpora áremuneração para quaisquer efeitos, não constitui base de incidência de contribuição

 previdenciária ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nem se configura comorendimento tributável do trabalhador (art. 6 do Decreto 05/1991).

INCLUSÃO DOS TRABALHADORES DE RENDA MAIS ELEVADA NO PROGRAMA — CONDIÇÃO

Os trabalhadores de renda mais elevada podem ser incluídos no Programa de Alimentação doTrabalhador, desde que esteja garantido o atendimento da totalidade dos trabalhadores que

 percebam até 5 salários mínimos, independentemente da duração da jornada de trabalho.

O benefício concedido aos trabalhadores que percebem até 5 salários mínimos não poderá,

sob qualquer pretexto, ter valor inferior àquele concedido aos de renda mais elevada.

Bases: art. 2 do Decreto 05/1991 e art. 3 da Portaria SIT 3/2002.

FORMA DE APROVEITAMENTO DO INCENTIVO

Observados os critérios expostos a seguir, a pessoa jurídica pode deduzir do Imposto deRenda devido com base no lucro real o valor equivalente á aplicação da alíquota cabível doImposto de Renda sobre a soma das despesas de custeio realizadas na execução do PAT,diminuída a participação dos empregados no custo das refeições.

Portanto, a dedução se dá “em dobro”:

1) uma vez, via contabilidade valor liquido dos gastos a título de despesa com o PAT, ressal-tando-se que essa dedução não tem limites;2) a segunda vez, pela dedução direta do imposto, obedecidos os limites determinados.

CUSTEIO EM COMUM COM OUTRA EMPRESA

A pessoa jurídica que custear em comum com outra pessoa jurídica as despesas para aexecução do Programa de Alimentação do Trabalhador poderá beneficiar-se do incentivo

fiscal, porém, apurando-se o valor do incentivo pelo critério de rateio. (art. 6 do Decreto 05/1991).

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TRATAMENTO CONTÁBIL DOS GASTOS COM O PROGRAMA

A  pessoa jurídica deve destacar contabilmente, com subtítulos por natureza de gastos, asdespesas constantes do Programa de Alimentação do Trabalhador (art. 7 do Decreto05/1991).

Exemplo:

Conta: DESPESAS COM O PATSubcontas:CUSTO DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOSCUSTO DE FUNCIONÁRIOSDEPRECIAÇÃO DO REFEITÓRIOÁGUA E ENERGIA DO REFEITÓRIOMANUTENÇÃO DO REFEITÓRIO, etc.

DESPESAS DE CUSTEIO ADMITIDAS NA BASE DE CÁLCULO DO INCENTIVO

As despesas de custeio admitidas na base de cálculo do incentivo são aquelas que vierem aconstituir o custeio direto e exclusivo do serviço de alimentação, podendo ser considerados,além da matéria-prima, mão-de-obra, encargos decorrentes de salários, asseio e os gastos deenergia diretamente relacionados com o preparo e a distribuição das refeições.

LIMITES DE DEDUÇÃO DO IMPOSTO

Desde 01.01.1998, a dedução direta no imposto, relativa ao incentivo ao PAT, fica limitada a4% (QUATRO POR CENTO), do Imposto de Renda (sem a inclusão do adicional).

Exemplo:

Valor do IRPJ (sem adicional) devido: R$ 120.000,00Limite de dedução do PAT: 4% de R$ 120.000,00 = R$ 4.800,00

Além disso, a dedução fica limitada a 4% do imposto devido (também sem a inclusão doadicional), se for pleiteada em conjunto com o incentivo relativo a Programas deDesenvolvimento Tecnológico Industrial/Agropecuário (PDTI/PDTA).

DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO POR ESTIMATIVA OU COM BASE NO LUCROREAL DEFINITIVO

Observados os limites supracitados e os demais requisitos aqui mencionados, o valor doincentivo ao PAT pode ser deduzido do valor do imposto:

1) devido mensalmente por estimativa, ainda que calculado com base em balanços/balancetesde suspensão ou redução do imposto mensal;2) apurado com base no lucro real anual ou trimestral.

PARCELA QUE EXCEDER O LIMITE —APROVEITAMENTO

A dedução do incentivo ao PAT, como já mencionado, está limitada a 4% do imposto devido,mas o eventual excesso pode ser utilizado para dedução nos dois anos-calendário

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subsequentes com observância dos limites admitidos.

Para efeito de pagamento mensal do imposto por estimativa, a parcela do incentivo excedenteem cada mês pode ser utilizada nos meses subsequentes, do mesmo ano-calendário,observados os limites legais.

PARTICIPAÇÃO DO TRABALHADOR NO CUSTO DIRETO DA REFEIÇÃO

A participação do trabalhador no PAT é limitada a 20% (vinte por cento) do custo direto darefeição.

Bases: parágrafo 2o do artigo 585 do Regulamento IR/99 e art. 4 da Portaria SIT 3/2002.

Exemplo:

Valor do Custo Direto da Refeição: R$ 4,00

Limite de participação do trabalhador: 20% x R$ 4,00 = R$ 0,80 por refeição

LIMITE DE CUSTO DE REFEIÇÃO DEDUTÍVEL DO IMPOSTO DE RENDA

Para efeito de utilização do incentivo fiscal a Programas de Alimentação do Trabalhador (PAT), o custo máximo por refeição é de R$ 1,99.

Aplicando-se sobre a base do incentivo (R$ 1,99) a alíquota do Imposto de Renda (15%),encontra-se o limite dedutível por refeição (R$ 0,2985).

Base: artigo 2, parágrafo 2 da IN SRF 267/2002.

CÁLCULO DO INCENTIVO

O incentivo ao PAT, descontável diretamente do IRPJ, corresponderá ao menor dos seguintesvalores:

1) aplicação da alíquota de 15% sobre a soma das despesas de custeio realizadas com o PAT;2) R$ 0,2985 (15% de R$ 1,99), multiplicado pelo número de refeições fornecidas no período.

Exemplo:

Vamos supor que uma pessoa jurídica optante pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (portanto, sujeita ao lucro real anual) apresentasse, no mês de março, os seguintesdados:

1) IR por estimativa devido no mês:

imposto normal: R$ 10.000,00;adicional (10%) do imposto: R$ 4.666,67;

2) despesas realizadas no mês com o PAT, já deduzida a participação cobrada dos

empregados: R$ 5.000,00;3) número de refeições servidas no mês: 2.500,

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Diante desses dados, teremos:

I - Determinação da base de cálculo mensal do incentivo ao PAT:

R$ 1,99 x 2.500 refeições = R$ 4.975,00II — Parcela dedutível a título de PAT:

R$ 4.975,00 x 15% = R$ 746,25

Observe-se que esse é o um valor menor do que os 150/o sobre a soma das despesas de custeio(15% de R$ 5.000,00 = R$ 750,00). Portanto, prevalecerá o menor valor (R$ 746,25).

III - Limite da dedução do PAT no mês:

R$ 10.000,00 (IRPJ) x 4% = R$ 400,00

IV - Excesso a ser utilizado nos meses subsequentes

R$ 746,25 - R$ 400,00 = R$ 346,25

 Note-se que, como este exemplo toma por base uma empresa que esteja pagando o IR mensal por estimativa, o excesso apurado (R$ 346,25) poderá ser utilizado nos meses subsequentesdo mesmo ano-calendário, observados os limites legais.

EXERCÍCIOS DO MÓDULO 2:

a) Qual o período de validade do PAT, cujo formulário foi apresentado em:

1) 15.03.20012) 18.04.2001

 b) A responsabilidade pela fiscalização permanente das condições protéicos-calóricas dasrefeições é:

( ) do Ministério do Trabalho( ) do Ministério da Previdência e Assistência Social

( ) do Ministério da Fazenda( ) do próprio contribuinte

c) Indique quais os mecanismos de execução admissíveis para o PAT:

1) manter serviço próprio de refeições2) pagar, em dinheiro, um benefício/refeição3) distribuir alimentos, inclusive não preparados (cestas básicas)4) firmar convênio com entidades fornecedoras de alimentação coletiva

d) O fornecimento de cestas básicas, indistintamente a todos os funcionários, poderá ser 

considerado dedutível no Lucro Real e na Contribuição Social sobre o Lucro, nasseguintes condições:

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1) desde que a empresa tenha o PAT2) não há restrição

e) Quais os trabalhadores cujos benefícios do PAT podem ser estendidos?

1) aos trabalhadores dispensados, no período de transição para novo emprego, limitada aextensão ao período de 6 meses.

2) aos trabalhadores terceirizados.3) aos empregados que estejam com o contrato de trabalho suspenso para participação em

curso ou programa de qualificação profissional, limitada essa extensão ao período de 5meses.

4) Aos trabalhadores da subempreiteira, que para ela trabalhem no mesmo canteiro de obras.

f) Quais os limites de dedução do PAT:

1) 4% do Imposto de Renda Devido + Adicional2) 4% do Imposto de Renda Devido3) 15% dos Gastos Líquidos efetuados com o PAT4) 15% do Gasto Total efetuado com o PAT5) 15% de R$ 1,99 por refeição6) 15% de R$ 2,49 por refeição

g) A participação máxima do trabalhador no custo da refeição é de:

1) 20% do custo direto da refeição2) 20% de R$ 2,493) 20% do salário mínimo

h) Calcule o valor do incentivo, descontável do IRPJ, do PAT com os seguintes dados:

Valor do Custo Direto (já descontado a participação dos trabalhadores) R$ 25.500,00 Número de refeições servidas: 10.090.

i) Calcule o excesso do incentivo do PAT, a ser aproveitado em até dois anos-calendáriosubsequentes com observância dos limites admitidos:

Valor do Custo Direto (já descontado a participação dos trabalhadores) R$ 50.900,00 Número de refeições servidas: 26.400

IRPJ Devido (sem o adicional) R$ 104.000,00RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DO MÓDULO 2:

a) 1) 01.01.2001 a 31.12.2001 e 2) 18.04.2001 a 31.12.2001

 b) do próprio contribuinte

c) 1, 3 e 4

d) 2

e) 1, 3 e 4

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f) 2 , 3 e 5

g) 1

h) Cálculos:

1) Valor do Custo Líquido Direto do PAT R$ 25.500,002) 15% x Valor do Custo = 1º Limite R$ 3.825,003) Número de Refeições Servidas 10.090 refeições4) Valor máximo do incentivo por refeição R$ 1,99 x 15% = R$ 0,29854) Número de Refeições x Valor máximo por refeição (3 x

4) = 2º LimiteR$ 3.011,86

6) Valor a prevalecer (o menor entre o 1º e o 2º Limite) R$ 3.011,86 Nota: há ainda de se observar o limite de 4% do valor do IRPJ Devido (sem o adicional)

i) Cálculos:

1) Valor do Custo Líquido Direto do PAT R$ 50.900,002) 15% x Valor do Custo = 1º Limite R$ 7.635,003) Número de Refeições Servidas 26.400 refeições4) Valor máximo do incentivo por refeição R$ 1,99 x 15% = R$ 0,29855) Número de Refeições x Valor máximo por refeição (3 x

4) = 2º LimiteR$ 7.880,40

6) Valor a prevalecer (o menor entre o 1º e o 2º Limite) R$ 7.635,007) IRPJ Devido (sem o adicional) x 4% Limite Incentivo =R$ 104.000 x 4%

R$ 4.160,00

8) Excesso a ser utilizado posteriormente (6 - 7) R$ 3.475,00

MÓDULO 3: PROGRAMAS ESPECIAIS DE EXPORTAÇÃO – BEFIEX

Às empresas industriais titulares de Programas Especiais de Exportação aprovados até 3 de junho de 1993, pela Comissão para Concessão de Benefícios Fiscais a Programas Especiais deExportação – Comissão BEFIEX, poderão ser concedidos os seguintes benefícios, nascondições fixadas em regulamento (Decreto-lei 2.433/88, art. 8, incisos III e V, e Lei8.661/93, art. 8):

I – compensação de prejuízo fiscal verificado em um período de apuração com o lucro realdeterminado nos 6 (seis) anos-calendário subseqüentes independentemente da distribuição doslucros ou dividendos a seus sócios ou acionistas, não estando submetida ao limite decompensação de 30% (Lei 8.981/95, art. 95, e Lei 9.065/95, art. 1);II – depreciação acelerada das máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos, de

 produção nacional, utilizados no processo de produção e em atividades de desenvolvimentotecnológico industrial.

A depreciação acelerada de que trata o inciso II será calculada mediante a aplicação de 50%(cinqüenta por cento) da taxa de depreciação usualmente admitida, sem prejuízo dadepreciação normal, das máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, de

 produção nacional, utilizados no processo de produção, ou em atividades de desenvolvimento

tecnológico industrial (Decreto-Lei 2.433, de 1988, art. 8, inciso V, e Lei 7.988/89, art. 1,inciso IV).

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Exemplo:

Depreciação normal = 10% ao anoDepreciação incentivada = 5% ao ano

BEFIEX APROVADO ATÉ 31.12.1987 - LUCRO DA EXPLORAÇÃOAs empresas que tiveram projeto BEFIEX aprovado até 31.12.1987 tem isenção do impostode renda até o limite do lucro da atividade calculado com base no lucro da exploração, durantea vigência do mesmo programa.

O Lucro da Exploração é calculado com base na receita, custos e despesas da atividade, comos ajustes previstos na legislação do Imposto de Renda, e corresponderá a parcela isenta doIRPJ.

Exemplo:

1. Lucro Total R$ 1.000.000,002. Lucro da Exploração (BEFIEX aprovado até 31.12.1987) R$ 700.000,003. Lucro de Outras Atividades (1 - 2) R$ 300.000,00

BEFIEX APROVADO ATÉ 28.12.1989

Os projetos aprovados até 28.12.1989 utilizavam como taxa de depreciação acelerada, taxaigual à normal.

Exemplo:

Depreciação normal = 10% ao anoDepreciação incentivada = 10% ao ano

Assim, se a contabilização da depreciação foi de R$ 5.000,00, a parcela incentivada, excluídado lucro real, corresponderá ao mesmo montante (R$ 5.000,00).

BEFIEX APROVADO A PARTIR DE 29.12.1989

Os projetos aprovados a partir de 29.12.1989 tiveram a taxa de depreciação aceleradareduzida para 50% da taxa normal.

Exemplo:

Depreciação normal = 10% ao anoDepreciação incentivada = 5% ao ano

Assim, se a contabilização da depreciação foi de R$ 8.000,00, a parcela incentivada, excluídado lucro real, corresponderá a metade do montante contabilizado (R$ 4.000,00).

EXERCÍCIOS DO MÓDULO 3

a) Calcule a depreciação incentivada para os seguintes programas Befiex:

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Programa aprovado em: Valor Depreciação NormalR$

Valor DepreciaçãoIncentivada R$

05.06.1989 10.000,0004.06.1992 20.000,0004.09.1993 15.000,00

 b) Uma empresa teve o programa BEFIEX aprovado em 10.05.1992. Teve prejuízo fiscal em31.12.1994. Qual o prazo limite para compensação deste prejuízo, sem limite de 30%?

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DO MÓDULO 3:

a) Programa aprovado em: Valor Depreciação Normal

R$Valor Depreciação

Incentivada R$05.06.1989 10.000,00 10.000,00

04.06.1992 20.000,00 10.000,0004.09.1993 15.000,00 Sem incentivo ** Os incentivos da depreciação correspondem somente aos programas aprovados até06.06.1993.

 b) 31.12.2000 (6 anos calendários após o prejuízo).

MÓDULO 4: INCENTIVOS ÀS ATIVIDADES CULTURAIS OUARTÍSTICAS

Cabe fruição do incentivo fiscal de dedução do Imposto de Renda devido por pessoas jurídicas, tributadas com base no lucro real, que efetuarem doações ou patrocínios em favor de projetos culturais.

Base: Lei 8.313/91, regulamentada pelo Decreto 5.761/2006.

PROJETOS CULTURAIS INCENTIVADOS

As doações e os patrocínios em favor de projetos culturais somente poderão ser objeto doincentivo fiscal se o projeto houver sido aprovado pelo Ministério da Cultura (MinC).

A aprovação do projeto, que é publicada no Diário Oficial da União, deverá conter:

a) o título; b) a instituição beneficiária de doação ou patrocínio;c) valor máximo autorizado para captação;d) o prazo de validade da autorização;e) o dispositivo legal (art. 18 ou 25 da Lei 8.313/91, com a redação dada pelo art. 1 da

Lei 9.874/99), relativo ao segmento objeto do projeto cultural.

Vedação a Projetos destinados a circuitos privados ou a coleções particulares

O incentivo somente será concedido a projetos culturais que visem a exibição, utilização ecirculação públicas dos bens culturais deles resultantes, vedada a concessão de incentivo aobras, produtos, eventos ou outros decorrentes, destinados ou circunscritos a circuitos

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 privados ou a coleções particulares.

Restrição a doações ou patrocínios a pessoa vinculada

Para fins do incentivo, a doação ou o patrocínio não poderão ser efetuados a pessoa ou

instituição vinculada ao agente. Consideram-se vinculados ao doador ou ao patrocinador:

a) a pessoa jurídica da qual o doador ou patrocinador seja titular, administrador, gerente,acionista ou sócio, na data da operação, ou nos doze meses anteriores;

 b) o cônjuge, os parentes até o terceiro grau, inclusive os afins, e os dependentes do doador ou  patrocinador ou dos titulares, administradores, acionistas ou sócios de pessoa jurídicavinculada ao doador ou patrocinador.c) outra pessoa jurídica da qual o doador ou patrocinador seja sócio.

  Não se consideram vinculadas as instituições culturais sem fins lucrativos, criadas pelodoador ou patrocinador, desde que devidamente constituídas e em funcionamento, na formada legislação em vigor.

INTERMEDIAÇÃO - INAPLICABILIDADE

  Nenhuma aplicação de recursos poderá ser feita com a utilização de qualquer tipo deintermediação.

 No entanto, a contratação de serviços necessários à elaboração de projetos para obtenção dedoação, patrocínio ou investimento, bem como a captação de recursos ou a sua execução por 

 pessoa jurídica de natureza cultural, não configura intermediação.

CONCEITO DE DOAÇÕES E DE PATROCÍNIOS

Considera-se doação:

A transferência gratuita, em caráter definitivo, à pessoa física ou à pessoa jurídica de naturezacultural, sem fins lucrativos, de numerário, bens ou serviços para realização de projetosculturais, vedado o uso de publicidade paga para a divulgação desse ato, observando-se que seequiparam a doações:

1) as despesas efetuadas por pessoas físicas ou jurídicas com o objetivo de conservar, preservar ou restaurar bens de sua propriedade ou sob sua posse legítima, tombados peloGoverno Federal, desde que atendidos os requisitos correspondentes.

2) a distribuição gratuita de ingressos para eventos de caráter artístico-cultural efetuada por  pessoas jurídicas a seus empregados e dependentes legais.

Considera-se patrocínio:

1) a transferência gratuita, em caráter definitivo, à pessoa física ou jurídica de natureza

cultural com ou sem fins lucrativos, de numerário para a realização de projetos culturais, comfinalidade promocional e institucional de publicidade;

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2) a cobertura de gastos ou a utilização de bens móveis ou imóveis, do patrimônio do patrocinador, sem a transferência de domínio, para a realização de projetos culturais por  pessoa física ou jurídica de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos.

 Nota: Constitui infração o recebimento, pelo patrocinador, de qualquer vantagem financeira

ou material em decorrência do patrocínio que efetuar.DISPÊNDIOS QUE PODEM SER OBJETO DO INCENTIVO FISCAL

Podem ser objeto do incentivo fiscal:

a) os recursos financeiros correspondentes a doações ou patrocínios depositados em contacorrente mantida especialmente para este fim e de movimentação exclusiva do responsável

 pelo projeto cultural, em estabelecimento bancário de sua livre escolha;

 b) as doações ou os patrocínios realizados sob a forma de prestação de serviços ou de

fornecimento de material de consumo, previstos como itens de despesa nos respectivos projetos culturais, observados os preços praticados no mercado;

c) o valor de bens móveis ou imóveis doados, observadas as normas mencionadas adiante;

d) as despesas realizadas pelo proprietário ou titular da posse legítima de bens tombados peloGoverno Federal, objetivando sua conservação, preservação ou restauração, desde queobservados os seguinte requisitos:

1) preliminar definição, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(IPHANI), das normas e dos critérios técnicos que deverão reger os projetos e os

orçamentos;2) aprovação prévia, pelo IPHAN, dos projetos e dos respectivos orçamentos deexecução de obras;3) posterior certificação, pelo IPHAN, das despesas efetivamente realizadas e da cir-cunstância de terem sido as obras executadas de acordo com os projetos aprovados;

e) o custo de cessão de uso de bens móveis ou imóveis de propriedade do patrocinador,cedidos ao responsável pela execução do projeto cultural, observado que:

1) o custo de cessão de uso de bens móveis ou imóveis será calculado com base no preço de mercado que o proprietário deixar de receber durante o período de cessão do bem;2) havendo dúvida quanto ao valor declarado, a Secretaria de Apoio á Cultura e aSecretaria da Receita Federal (SRF) poderão solicitar ao doador ou patrocinador laudotécnico de avaliação, assinado por três peritos;

f) as doações em espécie ao Fundo Nacional da Cultura (FNC), desde que comprovadas por meio de recibo de depósito bancário e de declaração de recebimento firmada pelo donatário;

g) as despesas realizadas por pessoas jurídicas na aquisição de ingressos para eventos decaráter cultural ou artístico, para doação a seus empregados e dependentes legais,

devidamente representados pelas respectivas organizações de trabalhadores na empresa, desdeque sejam objeto de acordo firmado entre as partes e aprovado pelo Ministério da Cultura.

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24 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

Bases: art. 91 e 477 do RIR/99.

VALOR DOS BENS DOADOS

Com referência ao valor dos bens doados, observar que,  no caso de doações efetuadas por 

 pessoa jurídica, o valor dos bens móveis ou imóveis doados será:1) tratando-se de bem integrante do Ativo Permanente, o valor contábil do bem, constante daescrituração comercial do doador - ou seja, o custo de aquisição (corrigido monetariamenteaté 31.12.1995, se o bem houver sido adquirido até essa data) deduzido da respectivadepreciação, amortização ou exaustão acumulada;

2) tratando-se de bem não integrante do Ativo Permanente, o custo de sua aquisição ou produção.

Bases: §§ 22, 32 e 52 do art. 32 da Instrução Normativa Conjunta SE-MC/SRF 1/95.

COMPROVAÇÃO DAS DOAÇÕES OU DOS PATROCÍNIOS

A pessoa física ou jurídica responsável pelo projeto cultural aprovado deverá emitir comprovantes, sob a forma e modelo definidos pela Secretaria de Apoio á Cultura (SAC), emfavor do doador ou do patrocinador, devidamente firmados em três vias, que terão a seguintedestinação:

a) a primeira via deverá ser entregue ao doador ou patrocinador para efeito do benefício fiscal; b) a segunda via deverá ser encaminhada á SAC, no prazo de 5 dias após a efetivação daoperação;

c) a terceira via deverá ficar em poder do responsável pelo projeto cultural por um prazo nãoinferior a 5 anos, para fins de fiscalização.

O comprovante deverá conter:• nome do projeto;• data da publicação de sua aprovação no Diário Oficial da União;• nome da pessoa física ou jurídica responsável pelo projeto, número de sua inscrição noCPF ou CNPJ e endereço completo;• tipo de operação (doação ou patrocínio);• valor da operação em reais, correspondente ao período da doação ou do patrocínio;•

data da operação, no caso de contribuição em bens e serviços;• data do depósito bancário, nome do banco e número da conta bancária do responsável

 pelo projeto, no caso de contribuição em espécie;• nome do doador ou patrocinador, número de sua inscrição no CNPJ ou no CPF eendereço completo;• assinatura do responsável pelo projeto ou, quando se tratar de pessoa jurídica, de seurepresentante legal, com indicação de nome, cargo e CPF.

Base: art. 92 da Instrução Normativa Conjunta SE-MC/SRF 1/95.

APROVEITAMENTO DO INCENTIVO FISCAL

LIMITE DE DEDUÇÃO

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25 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

A dedução do incentivo referente a doações e patrocínios culturais é limitada a 4% (quatro por cento) do imposto normal devido (sem a inclusão do adicional do imposto), dele excluído oeventual valor do imposto incidente sobre a parcela do lucro real correspondente a lucros,rendimentos e ganhos de capital.

PESSOA JURÍDICA DOADORA OU PATROCINADORAO art. 10 da Lei 9.532/97 dispõe que:

“do imposto apurado com base no lucro arbitrado ou no lucro presumido não será permitidaqualquer dedução a título de incentivo fiscal”,

o que significa que somente as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podemusufruir do incentivo fiscal de que trata este texto.

Assim, observado o limite indicado anteriormente, as pessoas jurídicas tributadas com base no

lucro real podem deduzir diretamente do Imposto de Renda devido importânciacorrespondente a até:

40% do valor das doações e30% do valor dos patrocínios

realizados no período de apuração do imposto, em favor de projetos culturais previamenteaprovados pelo Ministério da Cultura.

 No caso de empresa optante pelo pagamento do Imposto de Renda calculado mensalmente por estimativa e, consequentemente, pela apuração anual do lucro real:

a) a parcela excedente ao limite de 4% do imposto normal devido no mês em que foremefetuadas as doações ou os patrocínios poderá ser deduzida nos meses subsequentes domesmo ano-calendário até dezembro, observado o limite legal;

 b) observadas as regras mencionadas, do imposto devido sobre o lucro real anual poderá ser deduzido o incentivo, tomando-se por base as doações e os patrocínios realizados no ano-calendário, até o limite de 4% do imposto anual.

Observe-se que o valor do incentivo que, em decorrência da limitação, não for aproveitado noano-calendário da realização das doações e dos patrocínios não poderá ser deduzido do

imposto devido em ano-calendário subsequente.

TRATAMENTO DOS GASTOS NA DETERMINAÇÃO DO LUCRO REAL

Para efeito de determinação do lucro real, os valores correspondentes a doações e patrocíniosculturais realizados terão um dos seguintes tratamentos, conforme o caso:

a) as doações e os patrocínios realizados em favor de projetos culturais aprovados peloMinistério da Cultura com base no art. 25 da Lei 8.313/91 podem ser integralmente deduzidoscomo despesa operacional, sem prejuízo da dedução do incentivo fiscal (observadas as regrasantes mencionadas);

Nota:  No caso de doações e patrocínios realizados, a preços de mercado, sob a forma de

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26 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

 prestação de serviços ou de fornecimento de material de consumo para projetos culturais, ocômputo como despesa operacional limitar-se-á ao custo contábil do bem ou serviço.

 b) o valor total das doações e dos patrocínios realizados em favor de projetos culturaisaprovados pelo Ministério da Cultura com base no art. 18 da Lei 8.313/91 (com a redação

dada pelo art. 12 da Lei 9.874/99), é indedutível como despesa operacional, o que significaque deverá ser adicionado ao lucro líquido, para fins de determinação do lucro real.

Exemplo de dedução do incentivo no IR mensal por estimativa:

Empresa optante pelo pagamento do Imposto de Renda mensal do imposto por estimativaapresente os seguintes dados correspondentes ao mês de junho/2006 (imposto a ser pago até31.07.2006):

• imposto normal R$ 52.500,00• (+) Adicional do IR R$ 20.000,00

• (=) Total do IR devido no mês R$ 72.500,00

Se considerássemos que essa empresa tivesse realizado no mês dispêndios em favor de projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura, com observância de todas as normasexplanadas neste texto, nos valores de R$ 5.000,00 (a título de doações) e de R$ 3.000,00(patrocínios), a parcela incentivada dos gastos seria assim determinada:

• doações (40% de R$ 5.000,00) ....... R$ 2.000,00• (+) patrocínios (30% de R$ 3.000,00) R$ 900,00• (=) Total .................................... R$ 2.900,00

 Neste caso:

a) o limite de dedução do incentivo no mês seria de R$ 2.100,00 (4% de R$ 52.500,00, que éo imposto normal devido); e

 b) restaria um excedente dedutível nos meses seguintes, até dezembro/2006 (observado olimite de 4% do imposto normal devido), no valor de R$ 800,00, que é a diferença entre ototal da parcela incentivada (R$ 2.900,00) e o limite deduzido em julho (R$ 2.100,00).

DOAÇÃO EM ESPÉCIE

Somente serão consideradas para fins de comprovação do incentivo em espécie, ascontribuições que tenham sido depositadas em conta bancária específica em nome do beneficiário, discriminadas na respectiva prestação de contas.

Base: art. 25 da Instrução Normativa SRF 267/2002.

DOAÇÕES EM FORMA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS OU FORNECIMENTO DEMATERIAL DE CONSUMO

As doações ou patrocínios realizados na forma de prestação de serviços ou de fornecimentode material de consumo:

I - serão efetuados a preços de mercado, para fins de dedução do imposto de renda devido,respeitados os limites legais;

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27 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

II - não integrarão a receita bruta ou faturamento do doador ou patrocinador na determinaçãoda base de cálculo do IRPJ;III - computar-se-ão como despesa operacional, limitados ao custo contábil do bem ouserviço.

Base: art. 20, parágrafo 6 da Instrução Normativa SRF 267/2002.OBRIGAÇÕES A SEREM CUMPRIDAS

PELOS RESPONSÁVEIS POR PROJETOS CULTURAIS

As pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pelos projetos culturais deverão encaminhar, no prazo de 30 dias após a execução final do projeto, a respectiva prestação de contas à SAC, queconstará de informações sob forma e modelos a serem por esta definidos, com os seguinteselementos:

a) relatório técnico sobre a execução do projeto e avaliação dos resultados; b) demonstrativo da execução da receita e de despesa, evidenciando todos os aportes, inclusi-ve sob a forma de bens e serviços, os rendimentos auferidos da aplicação dos recursos no mer-cado financeiro e possível saldo;c) relação de pagamentos de qualquer espécie;d) relação de bens móveis e imóveis adquiridos. produzidos ou construídos;e) conciliação bancária;f) comprovante do recolhimento, ao Fundo Nacional da Cultura (FNC), de eventual saldo nãoutilizado na execução do projeto.

PELOS DOADORES OU PATROCINADORES

Os incentivadores confirmarão perante a SAC, em modelo definido por esta, as informaçõessupra-mencionadas, prestadas pelos beneficiários, com indicação das formas de incentivofiscal utilizadas.

MANUTENÇÃO DE CONTROLES PRÓPRIOS PELO RESPONSÁVEL POR EXECUÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS

A pessoa física ou jurídica responsável pela execução de projetos culturais deverá possuir controles próprios, nos quais registre, de forma destacada, a despesa e a receita do projeto,

 bem como manter em seu poder todos os comprovantes e documentos a ele relativos, pelo prazo de cinco anos contados a partir da data do recebimento de doações ou patrocínios.

EXERCÍCIOS DO MÓDULO 4:

a) Calcular o incentivo fiscal para projetos culturais:

Origem: Valor aplicado Incentivo R$

Doações R$ 50.000,00Patrocínios R$ 40.000,00

 b) As seguintes empresas poderão deduzir do IRPJ a pagar o incentivo de projetos culturais:

( ) As tributadas pelo Lucro Presumido, Real ou Arbitrado( ) As tributadas pelo Simples Federal

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( ) Somente as tributadas pelo Lucro Real

c) Calcule o limite para gozo do incentivo fiscal de uma empresa que tenha:

R$ 50.000,00 do IRPJ á alíquota normalMais R$ 20.000,00 do IRPJ á alíquota adicional

d) Uma empresa doou R$ 5.000,00 para um projeto cultural, aprovado pelo MinC com baseno art. 25 da Lei 8383/91 e R$ 1.000,00 para outro projeto, também aprovado pelo MinC,este com base no art. 18 da Lei 8383/91. No Livro de Apuração do Lucro Real, deveráadicionar o valor de R$:

( ) 6.000,00( ) 5.000,00( ) 1.000,00

RESPOSTAS DO MÓDULO 4:

a)

Origem: Valor aplicado Incentivo R$

Doações R$ 50.000,00 40% = R$ 20.000,00Patrocínios R$ 40.000,00 30% = R$ 12.000,00

 b) Somente as tributadas pelo Lucro Real.

c) O limite será de R$ 50.000,00 x 4% = R$ 2.000,00 (a parcela de R$ 20.000,00 do IRPJ

adicional não terá qualquer incentivo).d) R$ 1.000,00

MÓDULO 5: INCENTIVOS À ATIVIDADE AUDIOVISUAL

Até o ano calendário de 2006, inclusive, as pessoas jurídicas terão incentivos na área doImposto de Renda caso efetuarem investimentos em:

I - de produção independente de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de que trata ocaput do art. 1º da Lei nº 8.685, de 1993;

II - específicos da área audiovisual, cinematográfica de exibição, distribuição e infra-estruturatécnica apresentados por empresa brasileira, previstos no § 5º da art. 1º da Lei nº 8.685, de1993;III - de produção de obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de longa, média ecurta metragens de produção independente, de co-produção de obras cinematográficas evideofonográficas brasileiras de produção independente, de telefilmes, minisséries,documentais, ficcionais, animações e de programas de televisão de caráter educativo ecultural, brasileiros de produção independente, nos termos do § 6º do art. 39 da MedidaProvisória nº 2.228-1, de 2001, desde que produzidos com os recursos de que trata o inciso Xdesse mesmo artigo 39.

As deduções previstas no art. 1º da Lei 8.685/1993, ficam prorrogadas até o exercício de 2010inclusive, devendo os projetos a serem beneficiados por estes incentivos ser previamenteaprovados pela ANCINE – art. 50 da MP 2228-1/2001, alterada pela Lei 11.329/2006.

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29 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

Os investimentos decorrentes de aplicações de que tratam os itens I e II anteriores, emboranão contabilizados em despesas, e sim em conta patrimonial, podem reduzir o lucro real do

 período-base em que for efetuado o investimento, mediante exclusão, em seu valor integral.

Observação:Os investimentos nos projetos de que trata o item III anterior não poderão ser excluídos dolucro líquido para fins de determinação do lucro real, conforme art. 28, parágrafo 3 da IN SRF267/2002.

REDUÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA

Além do incentivo de exclusão do lucro líquido, relativo aos dispêndios tratados nos itens I eII anteriores, ainda é possível a redução do Imposto de Renda, conforme analisado maisadiante.

Os valores aplicados nos investimentos, poderão ser deduzidos em até 3% (três por cento) (erade 1% até 15.08.1996) do imposto devido (Lei 8.685/93, art. 1°, §§ 2° e 3°, Lei 9.323/96, art.1°).

A dedução é restrita a investimentos:

• em projetos aprovados previamente pelo Ministério da Cultura (MinC);

• efetuados mediante aquisição de quotas representativas dos direitos de comercialização dasrespectivas obras audiovisuais, caracterizadas por Certificados de Investimento emitidos de

acordo com as normas baixadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

CERTIFICADOS DE INVESTIMENTO EM OBRAS AUDIOVISUAIS

Os Certificados de Investimento, que poderão ser nominativos ou escriturais, deverão conter:

a) a denominação “Certificado de Investimento - Decreto 974/93”; b) número de ordem do Certificado;c) qualificação da empresa emissora, com os números de inscrição no CNPJ e da inscriçãoestadual;d) número de aprovação do projeto no Ministério da Cultura;e) denominação do projeto aprovado pelo Ministério da Cultura;f) número do registro de emissão e distribuição na CVM, identificando a natureza pública doregistro;g) número total de quotas beneficiárias de incentivos fiscais e respectivo percentual de

 participação nos direitos de comercialização;h) número de quotas representadas em cada Certificado de Investimento;i) identificação do investidor;

 j) especificação dos direitos assegurados no empreendimento;l) garantias, se houver;m) prazo para conclusão do projeto;

n) local e data de emissão do Certificado;o) assinatura autorizada do responsável pela empresa emissora.

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30 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

APROVEITAMENTO DO INCENTIVO

Pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real trimestral

As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real apurado trimestralmente só podem

deduzir o incentivo do valor do imposto devido no trimestre em que os investimentos foremefetuados, observado, ainda, o limite de 3% do imposto normal devido (sem a inclusão doadicional do imposto), dele excluído o eventual valor do imposto incidente sobre a parcela dolucro real correspondente a lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior.

Pessoas jurídicas optantes pela estimativa mensal

Respeitado o limite, as pessoas jurídicas optantes pelo pagamento mensal do imposto por estimativa e, consequentemente, pela apuração do lucro real anual podem deduzir o incentivodo imposto devido no mês em que os investimentos forem feitos.

Observações:

1) a parcela do investimento que exceder ao limite mensal de dedução poderá ser deduzida doimposto devido nos meses subsequentes, até dezembro do mesmo ano, observado o limite le-gal;

2) do imposto calculado com base no lucro real anual será deduzido o valor dos investimentosfeitos durante o ano-calendário e a eventual parcela excedente não poderá ser deduzida doimposto devido em períodos posteriores; e

3) se o valor do incentivo deduzido do imposto mensal estimado for superior ao calculado

com base no imposto devido sobre o lucro real anual, a diferença deverá ser paga no prazofixado para o pagamento do saldo do imposto apurado no ano.

Bases: art. 486 do 818/99 e § 39 do art. 2 da Instrução Normativa SRF 56/94, com a redaçãodada pelo art. 1 da Instrução Normativa SRF 62/95.

LIMITE DE DEDUÇÃO

A dedução do incentivo relativo a investimentos em atividades audiovisuais é limitada a 3%do imposto normal devido (sem a inclusão do adicional do imposto), dele excluído o eventualvalor do imposto incidente sobre a parcela do lucro real correspondente a lucros, rendimentose ganhos de capital auferidos no exterior.

Além disso, a dedução desse incentivo em conjunto com a dedução do incentivo relativo aOperações de Caráter Cultural e Artístico não poderá exceder a 4% do imposto normal devido(respeitado o limite específico de 3% para o incentivo referente a investimentos em atividadesaudiovisuais).

Bases: § 11 do art. 394 e art. 486 e 543 do RIR/99.

Exemplo:

Contribuinte optante pelo pagamento do Imposto de Renda mensal por estimativa apresenteos seguintes dados correspondentes ao mês de março/2001:

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• Imposto normal R$ 52.500,00•(+) Adicional do IR R$ 23.000,00• (=) Total do IR devido no mês R$ 75.500,00

Se considerarmos que, nesse mesmo mês, a empresa adquiriu Certificado de Investimento em projeto audiovisual no valor total de R$ 10.000,00, atendendo as demais normas legais:

a) o limite de dedução do incentivo no mês seria de R$ 1.575,00 (3% de R$ 52.500,00, que éo imposto normal devido);

 b) restaria um excedente dedutível nos meses seguintes, até dezembro/2001 (observado olimite de 3% do imposto normal devido em cada mês), no valor de R$ 8.425,00, que é adiferença entre o valor do Certificado de Investimento (R$ 10.000,00) e o limite deduzido emmarço (R$ 1.575,00), supondo ainda que não exista excesso do incentivo relativo a mesesanteriores.

Exclusão, na apuração do lucro real, do valor total aplicado

Sem prejuízo da dedução do incentivo diretamente do imposto devido, segundo as regras jáfocalizadas, o valor total aplicado pela empresa no investimento em projeto audiovisual

 poderá ser abatido como despesa operacional.

Mas, como o valor aplicado deve ser registrado contabilmente em conta do Ativo Permanente(Investimentos) e não em conta de despesa operacional, a dedução será feita mediante ajusteao lucro líquido, na determinação do lucro real (exclusão do lucro líquido, na parte ‘A” doLalur, no período de apuração em que ocorrer o desembolso).

Base: art. 372 do RIR/99.

Exemplo:

Valor da aquisição de Certificado de Investimento: R$ 15.000,00Valor do Lucro Líquido do Exercício: R$ 85.000,00

Demonstração do Lucro Real:

1. Lucro Líquido do Exercício 85.000,002. Exclusão: Aplicações em Certificados de Obras Audiovisuais 15.000,003. Lucro Real (1 - 2) 70.000,00

Ganhos auferidos, por pessoa jurídica, na alienação dos Certificados de Investimento

Os ganhos auferidos por pessoa jurídica na alienação dos Certificados de Investimentosujeitam-se á tributação pelo Imposto de Renda como ganhos líquidos no mercado de rendavariável (se a negociação for realizada por intermédio de bolsa de valores) ou como ganhos decapital na alienação de bens do Ativo Permanente (nas demais hipóteses).

Observação: a perda de capital apurada na alienação ou baixa dos Certificados não serádedutível na determinação do lucro real por tratar-se de investimento adquirido mediantededução do imposto de renda devido pela pessoa jurídica.

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Bases: art. 429 do RIR/99 e inciso 1 do art. 5 da Instrução Normativa SRF 56/94.

DEPÓSITO EM CONTA ESPECIAL

Os recursos destinados aos projetos vinculados á emissão de Certificados de Investimentodeverão ser depositados em contas especiais de aplicação financeira no Banco do Brasil, pelainstituição financeira interveniente, em nome do produtor, para cada projeto.

A movimentação da conta sujeitar-se-á à prévia comprovação, perante o Ministério daCultura, de que se destina a investimentos em projetos de produção de obras audiovisuaiscinematográficas brasileiras de produção independente.

Os rendimentos decorrentes desses depósitos estão sujeitos à tributação na fonte segundo asregras previstas para a tributação de rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa.

Notas:

1) Os investimentos não poderão ser utilizados na produção de obras audiovisuais de natureza publicitária.

2) As pessoas jurídicas receptoras do investimento deverão manter escrituração contábildestacada para cada projeto.

AQUISIÇÃO DE QUOTAS DOS FUNCINE

Como alternativa ao incentivo tratado anteriormente, as pessoas jurídicas tributadas pelo

Lucro Real, que adquirirem quotas dos FUNCINES, poderão usufruir dos seguintes incentivosfiscais:

1) Exclusão do Lucro Líquido:

O valor do investimento pode ser, mediante exclusão, deduzido da base de cálculo do IRPJ eda CSLL, sendo:

100% nos anos-calendário de 2002 a 2005;50% nos anos-calendário de 2006 a 2008; e25% nos anos calendários de 2009 e 2010.

2) Dedução do imposto de renda devido:

Sobre o valor das quantias dispendidas com a aquisição das cotas a pessoa jurídica, tributadacom base no lucro real, aplicará o percentual resultante da soma das alíquotas do IRPJ e daCSLL devidos, inclusive adicional, encontrando a parcela a ser deduzida do imposto de rendadevido no período de apuração, trimestral ou anual.

A redução está limitada a 3% do imposto devido.

Quando a empresa utilizar também outros incentivos fiscais de dedução do imposto, deveráobservar os limites globais de dedução. Ver tópico próprio no presente trabalho, contendoQuadro Resumo dos Limites individuais e globais para cada incentivo de dedução do imposto

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devido.

3) Perdas na alienação do investimento:

A perda apurada na alienação das quotas dos FUNCINES será sempre indedutível na

apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido -CSLL.

EXPLORAÇÃO DE OBRAS AUDIOVISUAISESTRANGEIRAS - APLICAÇÃO DE PARTE DO IR FONTE

Estão sujeitas à incidência do Imposto de Renda na Fonte, à alíquota de 25%, as importâncias  pagas, creditadas, empregadas, remetidas ou entregues aos produtores, distribuidores ouintermediários no exterior, como rendimento decorrente da exploração de obras audiovisuaisestrangeiras em todo o território nacional ou por sua aquisição ou importação, a preço fixo.

O imposto incide sobre:

a) os filmes importados a preço fixo, no momento da efetivação do crédito para pagamentodos direitos adquiridos;

 b) os rendimentos decorrentes da exploração das obras audiovisuais estrangeiras em regimede distribuição e comercialização em salas de exibição, emissoras de televisão, de sinal abertoou codificado, cabo-difusão, mercado videofonográfico ou qualquer outra modalidade deexploração comercial da obra, no momento da efetivação do crédito a produtor, distribuidor ou intermediários domiciliados no exterior.

Mas os contribuintes desse imposto poderão beneficiar-se do abatimento de 70% do valor do

imposto devido, desde que invistam na co-produção de obras audiovisuais cinematográfícas brasileiras de produção independente, em projetos previamente aprovados pelo Ministério daCultura.

Bases: art. 706 e 707 do RIR/99.

DEPÓSITO DO VALOR A APLICAR 

O contribuinte que se utilizar do incentivo de redução do imposto de renda devido pelaaquisição de cotas do FUNCINE ou que se beneficiar da redução do imposto de renda nafonte nas remessas ao exterior, deverá:

a) depositar, por meio de guia própria (em modelo aprovado pelo Ministério da Cultura), nadata de ocorrência do fato gerador do imposto na fonte, o valor correspondente à redução doimposto devido (70%) em conta de aplicação financeira no Banco do Brasil S/A, aberta emnome do investidor estrangeiro optante pelo incentivo;

 b) recolher ao Tesouro Nacional a parcela correspondente a 30% do IR Fonte devido, por meio de Darf (sob o código 5192).

Para efeito da remessa do rendimento, deverá ser apresentada ao Banco Central do Brasil

comprovação do depósito e do recolhimento do imposto.Os recursos da conta de aplicação financeira especial serão transferidos à conta da empresa

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 produtora, em nome do projeto, acrescidos dos rendimentos financeiros auferidos no período.

Os rendimentos ficam sujeitos à tributação na fonte, conforme previsto para a tributação dosrendimentos de aplicações financeiras de renda fixa.

REMESSAS AO EXTERIOR DE RENDIMENTOS ATRIBUÍDOS A CO-PRODUTORESESTRANGEIROS

As remessas, ao exterior, dos rendimentos atribuídos a co-produtores estrangeiros decorrentesda exploração das obras audiovisuais cinematográficas produzidas com recursos advindos doincentivo fiscal em referência ficam sujeitas ao Imposto de Renda na Fonte á alíquota de 25%,que deverá ser recolhido no dia da ocorrência do fato gerador mediante DARF preenchidocom o código 5192.

Para fins de apuração do valor do rendimento a ser atribuído ao co-produtor estrangeiro, aempresa produtora deverá:

a) manter escrituração contábil destacada para cada projeto;

 b) apurar a parcela do rendimento proporcional á participação de co-produtores estrangeiros.

ALIENAÇÃO DO DIREITO DE PARTICIPAÇÃO

Os ganhos de capital auferidos por pessoas físicas ou jurídicas, decorrentes da alienação dodireito de participação na co-produção, ficam sujeitos à tributação, á alíquota de 15%,ressalvada a aplicação de alíquota menor constante de acordos internacionais.

Para efeito de apuração do ganho de capital tributável não há custo a ser computado.

Bases: art. 18 da Lei 9.249/95; e art. 10 da Instrução Normativa SRF 56/94.

MANUTENÇÃO DE REGISTROS E DE DOCUMENTOS PELAS EMPRESASBENEFICIÁRIAS

As empresas receptoras dos recursos oriundos dos incentivos fiscais focalizados neste textodeverão manter todos os registros e os documentos relativos aos projetos, bem como o livrode registro de transferência dos Certificados de Investimento, pelo prazo de 5 anos, a contar da data fixada para a conclusão do projeto.

Base: art. 15 da Instrução Normativa SRF 56/94

EXERCÍCIOS DO MÓDULO 5

a) Calcule o limite do incentivo fiscal de aplicações em certificados de obras audiovisuais,numa empresa tributada pelo Lucro Real que apresentou os seguintes dados:

Histórico Valor R$ Limite do Incentivo R$IRPJ Normal 50.000,00IRPJ Adicional 10.000,00

 b) Demonstre o Lucro Real de uma empresa que aplicou em certificados de investimentos em

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obras audiovisuais, devidamente aprovados pelo MinC e demais exigências legais, com osseguintes dados:

Lucro Líquido do Exercício R$ 200.000,00Aplicações em certificados de investimentos em obras audiovisuais: R$ 45.000,00

c) A dedução do incentivo em obras audiovisuais, em conjunto com a dedução do incentivorelativo a Operações de Caráter Cultural e Artístico não poderá exceder a:

( ) 3%( ) 4%( ) 1%

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DO MÓDULO 5:

a)

Histórico Valor R$ Limite do Incentivo R$IRPJ Normal 50.000,00 3% = R$ 1.500,00IRPJ Adicional 10.000,00 Não há incentivo

 b) Demonstração do Lucro Real:

1. Lucro Líquido do Exercício 205.000,002. Exclusão: Aplicações em Certificados de Obras Audiovisuais 45.000,003. Lucro Real (1 - 2) 155.000,00

c) 4%

MÓDULO 6 - INCENTIVOS A PROGRAMAS PDTI OU PDTA

Nota: os benefícios tratados neste módulo foram revogados, a partir de 01.01.2006, pelaLei 11.196/2005

 PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO INDUSTRIAL (PDTI) OU  AGROPECUÁRIO (PDTA)

Os PDTI e PDTA têm por objetivo a capacitação tecnológica da empresa, visando a geração

de novos produtos ou processos ou o evidente aprimoramento de suas características,mediante a execução de programas de pesquisa e desenvolvimento próprios ou contratadoscom instituições de pesquisa e desenvolvimento gerenciados pela empresa por meio de umaestrutura permanente de gestão tecnológica, observando-se que:

a) por capacitação tecnológica entende-se a capacidade das empresas de desenvolver endogenamente inovações tecnológicas, bem como selecionar, licenciar, absorver, adaptar,aperfeiçoar e difundir tecnologias, nacionais ou importadas.

b) por gestão tecnológica entende-se a administração do desenvolvimento de umconjunto de habilidades, mecanismos e instrumentos organizacionais, compreendendoaspectos estratégicos, gerenciais, culturais, tecnológicos de estrutura e de serviços,necessários para sustentação da capacidade de gerar, introduzir e apropriar inovações

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tecnológicas de produto, de processo e de gestão, de modo sistemático e continuo, com vistasa maximizar a competitividade da empresa.

Compete ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) aprovar os PDTI e PDTA, bem comocredenciar órgãos e entidades de fomento ou pesquisa tecnológica, federais ou estaduais,

 para o exercício dessa atribuição e para acompanhar e avaliar a sua implementação pelosbeneficiários (art. 55 do Decreto 949/93).

 EMPRESAS QUE PODEM SE BENEFICIAR DOS INCENTIVOS 

Os incentivos fiscais de que trata este texto podem ser concedidos às:

a) empresas industriais e agropecuárias que executarem PDTI ou PDTA;a) às empresas de desenvolvimento de circuitos integrados; eb) às empresas que, por determinação legal, invistam em pesquisa e desenvolvimento detecnologia de produção de software, sem que esta seja sua atividade-fim, mediante a criação

e a manutenção de estrutura de gestão tecnológica permanente ou o estabelecimento deassociações entre empresas.

 Bases: art. 504 e art. 505 do RIR/99

CONCEITO DE ATIVIDADES DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

Consideram-se atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico industrial eagropecuário as realizadas no País, compreendendo:

1) a pesquisa básica dirigida, assim considerados os trabalhos executados com o objetivo de

adquirir conhecimentos quanto á compreensão de novos fenômenos, com vistas aodesenvolvimento de produtos, processos ou sistemas inovadores;2) a pesquisa aplicada, assim entendidos os trabalhos executados com o objetivo de adquirir novos conhecimentos, com vistas ao desenvolvimento ou aprimoramento de produtos,

 processos e sistemas;3) o desenvolvimento experimental, considerados como tal os trabalhos sistemáticosdelineados a partir de conhecimentos preexistentes, visando a comprovação oudemonstração da viabilidade técnica ou funcional de novos produtos, processos, sistemas e

 serviços ou, ainda, um evidente aperfeiçoamento dos já produzidos ou estabelecidos; e4) os serviços de apoio técnico, entendidos como tais aqueles que sejam indispensáveis áimplantação e à manutenção das instalações e dos equipamentos destinados exclusivamenteás linhas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico dos programas, bem como ácapacitação dos recursos humanos a eles dedicados.

 Base: art. 39 do Decreto 949/1993

CONTEÚDO E EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS 

Os PDTI e PDTA devem conter os dados básicos da empresa, os objetivos, as metas e os prazos do programa, as atividades a serem executadas, os recursos necessários, os incentivos  fiscais pleiteados e os compromissos a serem assumidos pela empresa titular, na forma

estabelecida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) - art. 6, Decreto 949/93.Os programas podem ser propostos e executados por empresa isolada, associação entre

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empresas ou associação de empresas com instituições de pesquisa e desenvolvimento.

 Para a execução do PDTI ou PDTA é facultada a contratação de atividades, no País, cominstituições de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico e outras empresas, desde que

 sejam mantidos, com a titular, a responsabilidade, o risco empresarial, a gestão e o controle

da utilização dos resultados do programa.Observação: são instituições de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico as entidadesdotadas de recursos humanos, gestão e metodologias, bem como acesso a equipamentos,necessários à execução das atividades mencionadas de desenvolvimento tecnológico.

 ASSOCIAÇÕES PARA EXECUÇÃO DE PROGRAMAS 

 As associações para a execução do PDTI ou PDTA devem ser formalizadas medianteconvênio ou instrumento jurídico assemelhado, do qual, obrigatoriamente, deverão constar tens que indiquem:

a) a identificação dos associados;b) o objetivo;c) os recursos a serem alocados;d) os direitos e as obrigações de cada associado;e) a gestão do programa;

 f) a execução do programa; g) a apropriação dos resultados;h) a participação dos incentivos fiscais; ei) outros aspectos relevantes.

Observações:

1) A minuta do instrumento jurídico deverá ser incluída na proposta do PDTI ou PDTA e aaprovação final do programa está condicionada à entrega do instrumento na sua formadefinitiva.2) Para efeito de gozo dos incentivos fiscais, as empresas e as instituições de pesquisa e dedesenvolvimento tecnológico, integrantes de associação executora de PDTI ou PDTAequiparam-se às empresas isoladas, observando-se que a fruição dos incentivos será

 proporcional à participação de cada integrante da associação executora do programa.

 PRAZO DE EXECUÇÃO

O prazo de execução do PDTI ou PDTA não pode ser superior a cinco anos (§ 3 do art. 79do Decreto 949/93)

 INCENTIVOS FISCAIS CONCEDIDOS ÀS EMPRESAS TITULARES DE PDTI OU  PDTA APROVADOS A PARTIR DE 3 DE JUNHO DE 1993

 As empresas industriais e agropecuárias que executarem PDTI ou PDTA podem usufruir dos seguintes incentivos fiscais:

 DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO  Dedução direta, do IRPJ devido sobre o lucro real trimestral, anual ou apurado em

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balanços/balancetes de suspensão/redução de estimativa, do valor equivalente á aplicaçãoda alíquota de 15% sobre a soma dos dispêndios com atividades de pesquisa e desen-volvimento tecnológico industrial ou agropecuário, incorridos no período de apuração,classificáveis como despesa de acordo com a legislação do Imposto de Renda, inclusive

 pagamento a terceiros, observando que:

1) a parcela do incentivo dedutível diretamente do imposto é limitada a 4% do impostonormal devido, calculado pela alíquota de 15%, sem inclusão do adicional e excluída a

 parcela desse imposto que porventura corresponda a lucros, rendimentos ou ganhos decapital oriundos do exterior;

 Exemplo:

Valores de despesa contabilizado com atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológicoe industrial: R$ 80.000,00

 Dedução direta do IRPJ: 15% x 80.000,00 = R$ 12.000,00

2) a soma dessa dedução com a relativa ao incentivo ao Programa de Alimentação doTrabalhador (PAT) também não poderá exceder a 4% do imposto normal devido.

O eventual excesso, decorrente da observância do limite de 4%, pode ser aproveitado no próprio ano-calendário ou nos dois anos-calendário subsequentes;

 Assim, se no ano de 2.001, a empresa obteve um valor incentivado de R$ 12.000,00 (exemploanterior) e se, em função do limite de 4% aproveitou somente R$ 3.000,00, o saldocorrespondente (R$ 9.000,00) poderá ser utilizado até o ano de 2.003.

3) na base de cálculo do incentivo não podem ser incluídos, como dispêndios relativos aatividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico industrial ou agropecuário:

a) os pagamentos de assistência técnica, científica ou assemelhados e dos royalties por  patentes industriais, exceto quando efetuados a instituição de pesquisa constituída no Brasil;

b) os montantes alocados, como recursos não reembolsáveis, por órgãos e entidades do poder público;

 DEPRECIAÇÃO ACELERADA

O incentivo da depreciação acelerada é calculado pela aplicação da taxa de depreciaçãousualmente admitida, multiplicada por 2 (dois), sem prejuízo da depreciação normal, dasmáquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, destinados à utilização nasatividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico industrial e agropecuário.

  Esta dedução é efetuada, na prática, mediante a exclusão de 200% das despesascontabilizadas de depreciação dos citados equipamentos, com controle na parte "B" do Livrode Apuração do Lucro Real.

 Exemplo:

 Depreciação contábil no período: R$ 10.000,00  Depreciação acelerada incentivada: R$ 20.000,00 (2 x o valor da depreciação

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contabilizada). Este valor será excluído do Lucro Real no período.

 Para maiores detalhes, consulte o Módulo 1 deste manual (depreciação acelerada).

 AMORTIZAÇÃO ACELERADA

Mediante dedução como custo ou despesa operacional, no período de apuração em que  forem efetuados, dos dispêndios relativos à aquisição de bens intangíveis, vinculadosexclusivamente às atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico industrial eagropecuário, classificáveis no Ativo Permanente do beneficiário (Ativo Imobilizado, comomarcas e patentes, direitos autorais, etc. ou Ativo Diferido, como gastos com pesquisa edesenvolvimento).

O benefício é utilizado mediante exclusão, do Lucro Real, registrado no Livro de Apuraçãodo Lucro Real (LALUR).

 A amortização integral, para fins fiscais, dar-se-á no próprio período-base em que osdispêndios foram efetuados, isto é, se um bem intangível tem amortização normal de 10% aoano, este continuará sendo amortizado por este percentual, contabilmente, comcomplementação de mais 90%, via LALUR.

 Exemplo:

Gastos com bens intangíveis, registrados no Ativo Permanente: R$ 120.000,00 no período.Valor já contabilizado como amortização: R$ 12.000,00

 DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO REAL:

 Lucro Líquido do Exercício, antes da Provisão para o IRPJ R$ 200.000,00  Exclusão: PDTI/parcela de amortização incentivada (R$ 120.000menos R$ 12.000)

 R$ 108.000,00

  Lucro Real R$ 92.0

Observação: como a amortização não pode ultrapassar o valor do diferido amortizável,mesmo para fins fiscais, os efeitos da amortização contábil, após o período em que excluiu ovalor do Lucro Real, devem ser anulados na escrita fiscal, mediante adição ao lucro líquido

 para fins de apuração do lucro real. Assim, no exemplo citado, no período posterior, se aamortização contábil for de R$ 12.000,00, este valor deverá ser adicionado (acrescido) ao

 Lucro Real. O valor de R$ 108.000,00 deverá ser controlado na Parte "B" do LALUR parademonstrar a reversão do incentivo.

CRÉDITO DO IMPOSTO DE RENDA NA FONTE 

 Incidente sobre os valores remetidos ou creditados a beneficiários residentes ou domiciliadosno exterior, a título de royalties, de assistência técnica ou científica e de serviçosespecializados, previstos em contratos de transferência de tecnologia, averbados nos termosdo Código da Propriedade Industrial, observando-se que:

1) o crédito é limitado aos seguintes percentuais do IR Fonte:a) 30%, relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 12.01.1998 até

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31.12.2003;b) 20%, relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 12.01.2004 até31.12.2008; ec) 10%, relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 12.01.2009 até31.12.2013.

O benefício fica extinto, relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de 2014.

Observação: este benefício somente será concedido se a empresa assumir o compromisso derealizar, durante a execução do seu programa, dispêndios em pesquisa e desenvolvimento no

 País, em montante equivalente, no mínimo, ao dobro do valor do benefício;

O crédito do Imposto de Renda na Fonte será efetuado em moeda corrente, a pedido daempresa titular do PDTI ou PDTA, no prazo de trinta dias contados da data da entrada da

 solicitação.

O benefício referido não se aplica ás importações de tecnologia cujos pagamentos não sejam passíveis de:

1) remessa ao exterior, nos termos do art. 14 da Lei 4.131/62, com as alterações introduzidas pelo art. 50 da Lei  8.383/91, segundo o qual não são permitidas remessas para pagamento deroyalties, pelo uso de patentes de invenção e de marcas de indústria ou de comércio, entre

 filial ou subsidiária de empresa estabelecida no Brasil e sua matriz com sede no exterior, ouquando a maioria do capital da empresa no Brasil pertença aos titulares do recebimento dosroyalties no estrangeiro.

2) dedutibilidade nos termos dos art. 353 e 354 do RIR/99.

O PDTI ou PDTA deverá ser apresentado com a cópia da averbação dos contratos detransferência de tecnologia pelo INPI;

 DEDUÇÃO DE ROYALTIES E DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA OU CIENTÍFICA

 Dedução, pelas empresas industriais ou agropecuárias de tecnologia de ponta ou de bens decapital não senados, como despesa operacional, da soma dos pagamentos em moedanacional ou estrangeira, efetuados a título de royalties, de assistência técnica ou científica,até o limite de 10% da receita líquida das vendas dos bens produzidos com a aplicação datecnologia objeto desses pagamentos, desde que o PDTI ou o PDTA esteja vinculado áaverbação de contrato de transferência de tecnologia, nos termos do Código da Propriedade

 Industrial, observando-se que:

1) quando não puder, ou não quiser valer-se desse benefício, a empresa terá direito à de-dução comum dos mencionados pagamentos (observadas as condições específicas previstasna legislação para a dedução dessa espécie de despesa) até o limite de 5% da receita líquidadas vendas do bem produzido com a aplicação da tecnologia objeto desses pagamentos, casoem que a dedução continuará condicionada à averbação do contrato, nos termos do Códigoda Propriedade Industrial;

2) quando o pleito contemplar o incentivo de dedução, o PDTI ou PDTA deverá ser apresentado com a cópia da averbação dos contratos de transferência de tecnologia pelo

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41 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

 INPI;

3) o benefício somente será concedido se a empresa assumir o compromisso de realizar,durante a execução do seu programa, dispêndios em pesquisa e desenvolvimento no País, emmontante equivalente, no mínimo, ao dobro do valor do beneficio.

4) o benefício não se aplica às importações de tecnologia cujos pagamentos não sejam passíveis de remessa ao exterior, nos termos do art. 14 da Lei 4.131/62, e de dedutibilidadenos termos dos art. 353 e 354 do RIR/99.

 RESTITUIÇÃO DO CRÉDITO DO IR FONTE —FORMALIZAÇÃO DO PEDIDO

O contribuinte que desejar usufruir do beneficio do crédito do IR Fonte sobre royalties eassistência técnica pagos a beneficiário no exterior, deverá formular pedido de restituiçãodirigido á unidade local da SRF com jurisdição sobre o domicílio fiscal do requerente, com ainformação do número da conta corrente e agência bancária em que a interessada deseja

receber o crédito da restituição.

 Ao pedido deverão ser anexados os seguintes documentos:

a) segunda via autenticada do Darf, comprovando o recolhimento do imposto;b) certificado de averbação expedido pelo INPI;c) portaria expedida pelo MCT, que ateste que a empresa está habilitada ao benefício, comindicação da data de sua publicação no Diário Oficial da União;d) certidões negativas expedidas pela SRF e pelo INSS;e) comprovante dos valores pagos, remetidos ou creditados a beneficiários residentes noexterior.

 Reconhecido o direito creditório, a restituição será paga por meio de emissão de Ordem Bancária em favor do interessado.

 REQUERIMENTO PARA FRUIÇÃO DOS INCENTIVOS 

O requerimento para fruição dos incentivos fiscais deve ser formulado segundo o roteiro deapresentação de PDTI ou PDTA aprovado pelo MCT, o qual será fornecido pela Secretariade Tecnologia ou pelas agências credenciadas, mediante solicitação dos interessados.

O pedido deverá ser instruído com as informações e documentação completas requeridas  para cada tipo de incentivo fiscal, observando-se que o não-atendimento de eventuaisexigências complementares, no prazo de 30 dias, acarreta o indeferimento do pleito.

 Base: Portaria MCT 265/93

CONTABILIZAÇÃO

 As empresas executoras de PDTI ou PDTA, isoladamente ou em associação, devem destacar contabilmente, com subtítulos por natureza de gastos, os dispêndios relativos às atividadesde pesquisa e de desenvolvimento tecnológico do programa, durante o período de sua

execução. Exemplos:

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42 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

 ATIVO DIFERIDO PESQUISA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO PROGRAMA PDTI Conta: Folha de Pagamento - Pesquisadores

Conta: Despesas de LaboratórioConta: Consultoria TecnológicaConta: Depreciação de bens de pesquisa

 Etc.

 EXECUÇÃO SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO MCT 

Caso a empresa ou associação haja optado por executar o programa de desenvolvimentotecnológico sem a prévia aprovação do respectivo PDTI ou POTA, poderá ser concedido,após a sua execução, em ato conjunto do Ministério da Fazenda e do Ministério da Ciência eTecnologia, como ressarcimento do incentivo fiscal de dedução direta do imposto devido, o

beneficio correspondente a seu equivalente financeiro, para utilização na dedução doimposto devido após a concessão do mencionado beneficio, desde que:

a) o início da execução do Programa tenha ocorrido a partir de 12.01.1994;

b) o programa tenha sido concluído com sucesso, o que deverá ser comprovado peladisponibilidade de um produto ou processo, com evidente aprimoramento tecnológico, e peladeclaração formal do beneficiário de produzir e comercializar ou usar o produto ou

 processo;

c) o pleito de concessão do beneficio refira-se, no máximo, ao período de 36 meses anteriores

ao de sua apresentação, respeitado o termo inicial mencionado na letra “a”;

d) a empresa ou associação tenha destacado contabilmente, com subtítulos por natureza de gasto, os dispêndios relativos ás atividades de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico do programa durante o período de sua execução, de modo a possibilitar ao MCT e à SRF arealização de auditoria prévia à concessão do beneficio;

e) o PDTI ou PDTA atenda, no que couber, aos demais requisitos mencionados na legislaçãode regência.

 Importa, ainda, registrar que:

•  a opção para executar programas de desenvolvimento tecnológico, sem a aprovação prévia de PDTI ou PDTA, não gera, em quaisquer circunstâncias, direito à concessão dobeneficio;

•   para fins de cálculo do benefício a que se refere este tem deve ser observado o limitetotal de 4% de dedução do imposto devido, inclusive na hipótese de execução concomitantede outro PDTI ou PDTA também beneficiado com a concessão do incentivo fiscal de deduçãodireta do imposto devido;

• 

na hipótese referida neste tem, o benefício poderá ser usufruído a partir da data de suaconcessão até o término do segundo ano-calendário subsequente, respeitado o limite total dededução de 4% do imposto devido.

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 Base: art. 507 do RIR/99 e art. 27 do Decreto 949/93

 PUBLICIDADE DOS ATOS DE CONCESSÃO DO INCENTIVO

Os atos concessivos de incentivos fiscais aos titulares de PDTI ou PDTA, bem como asdemais decisões do MCT relativas a tais programas, serão publicados no Diário Oficial daUnião.

O MCT informará à Delegacia da Receita Federal (DRF), com jurisdição sobre o domicílio fiscal do titular do PDTI ou PDTA, que este se encontra habilitado a usufruir dos incentivos fiscais expressamente indicados no ato concessivo.

 EXERCÍCIOS DO MÓDULO 6:

a) Para obtenção de incentivos fiscais decorrentes de PDTI ou PDTA, compete a qual órgão

 federal a aprovação do programa?1. ( ) Ministério da Ciência e Tecnologia2. ( ) Receita Federal 3. ( ) Ministério da Fazenda4. ( ) Ministério da Indústria e Comércio

b) Calcule a amortização incentivada, a ser excluída no Lucro Real, de uma empresa com programa PDTA aprovado que tenha contabilizado o seguinte:

Gastos com bens intangíveis, registrados no Ativo Permanente, vinculados exclusivamente às

atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico agropecuário: R$ 100.000,00 no período.Valor já contabilizado como amortização no período: R$ 10.000,00

c) Calcule a depreciação acelerada incentivada, a ser excluída do Lucro Real, de umaempresa com programa PDTI aprovado que tenha contabilizado R$ 5.000,00 de depreciaçãonormal de máquinas e equipamentos usados na pesquisa tecnológica.

d) Preencha: a dedução do imposto devido, para as empresas que tenham programas PDTI/PDTA, é limitada a ............ por cento do imposto de renda devido, sem o adicional, eexcluída a parcela desse imposto que porventura corresponda a lucros, rendimentos ou

 ganhos de capital oriundos do exterior.

e) Calcule o incentivo de dedução do IRPJ devido, com as seguintes características:

 Despesas com PDTI aprovado: R$ 100.000,00 Imposto de Renda Devido: A alíquota de 15%: R$ 30.000,00 Adicional de 10%: R$ 10.000,00

 RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DO MÓDULO 6:

a) 1

b) R$ 100.000,00 menos R$ 10.000,00 = R$ 90.000,00 de amortização incentivada, a ser 

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excluída do Lucro Real e controlada na Parte B do LALUR.

c) R$ 5.000,00 vezes 2 = R$ 10.000,00 de depreciação acelerada incentivada.

d) 4%

e) R$ 1.200,00. Cálculos: Incentivo total: R$ 100.000,00 x 15% = R$ 15.000,00. Limite do incentivo: R$ 30.000,00 x 4% = R$ 1.200,00Saldo a ser aproveitado nos 2 anos subsequentes = R$ 15.000 - R$ 1.200 = R$ 13.800.

MÓDULO 7: DOAÇÕES AO FUNDO DA CRIANÇA E DOADOLESCENTE

As doações aos Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacionais dos Direitos da Criança e doAdolescente, em bens ou em dinheiro não são dedutíveis para fins de apuração do lucro real,

embora possam reduzir o imposto devido.

As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem deduzir do imposto devido, emcada período de apuração, as contribuições feitas aos fundos controlados pelos ConselhosMunicipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, observados oslimites e as regras a seguir focalizados.

DOAÇÕES EFETUADAS POR PESSOA JURÍDICA

As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real (e somente estas) podem deduzir doimposto devido o total das doações efetuadas aos fundos controlados pelos ConselhosMunicipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, devidamentecomprovadas, respeitado o limite.

LIMITE DE DEDUÇÃO

O total das doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real pode ser deduzido diretamente do Impostode Renda devido, desde que não exceda o limite de 1 % do imposto normal devido (calculadoà alíquota de 15%, sem a inclusão do adicional), diminuído do imposto correspondente alucros, rendimentos ou ganhos de capital auferidos no exterior.

A dedução das doações efetuadas aos fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, se pleiteada em conjunto com outras deduções, não está submetida a limite global.

Bases: §11 do art. 394 do RIR/99, Instrução Normativa SRF 93/97, § 4º, artigo 2º.

Exemplo:

Total das doações efetuadas: R$ 10.000,00Total do IRPJ devido (sem o adicional e o correspondente a lucros, rendimentos ou ganhos decapital auferidos no exterior): R$ 150.000,00

Limite: 1% de R$ 150.000,00 = R$ 1.500,00

APROVEITAMENTO DO INCENTIVO

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Para fins de dedução do incentivo deve ser observado que:

a) se a pessoa jurídica for optante pela tributação com base no lucro real trimestral, adedução será feita no imposto devido no trimestre em que for efetuada a doação, até o limite

de 1% exposto anteriormente; b) se a pessoa jurídica for optante pelo pagamento mensal do imposto por estimativa(lucro real anual):

1) o valor doado poderá ser deduzido do imposto devido no mês, observado o limite, e a parcela excedente do incentivo, em cada mês, poderá ser deduzida do imposto devido nosmeses subsequentes do mesmo ano-calendário, observando sempre o referido limite;

2) as doações feitas no ano-calendário poderão ser deduzidas do valor do imposto anualdevido até o limite mencionado.

Bases: Inciso 1 e § 49 do art. 9, § 4 art. 23 e inciso 1 do §2 art. 38 da Instrução Normativa SRF 93/97.

INDEDUTIBILIDADE, COMO DESPESA, DOS VALORES DOADOS

As doações aos fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente só podem ser utilizadascomo dedução direta do imposto, observados o limite e os critérios supracitados.

E vedada a dedução do respectivo valor como despesa operacional, tanto para efeito dadeterminação do lucro real quanto da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro, oque significa que os valores da espécie, contabilizados como despesa, constituirão adição ao

lucro líquido do período, na determinação da base de cálculo desses tributos.

Exemplo:

Doações efetuadas no período: R$ 5.000,00

Demonstração do Lucro Real:

Lucro Líquido antes do IRPJ R$ 50.000,00Adições: Doações aos fundos DCA R$ 5.000,00Lucro Real no Período R$ 55.000,00

COMPROVAÇÃO DAS DOAÇÕES

Para fins de comprovação, a pessoa jurídica deve registrar em sua escrituração os valoresdoados e manter arquivada a documentação correspondente.

Os Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente,controladores dos fundos beneficiados pelas doações, devem emitir comprovante em favor dodoador, no qual especifique o nome e o CNPJ do doador, a data e o valor efetivamenterecebido em dinheiro.

O comprovante deverá;

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a) conter o número de ordem, o nome e a inscrição no CNPJ e o endereço do emitente; b) ser firmado por pessoa competente para dar a quitação da operação.

DOAÇÃO EFETUADA EM BENS

 Na hipótese de a doação ser efetuada em bens, o doador deverá comprovar, por meio dedocumentação hábil, a propriedade dos bens doados, observado que:

1) o comprovante da doação, além de conter o número de ordem, o nome e a inscrição noCNPJ e o endereço do emitente e de ser firmado por pessoa competente para dar a quitação daoperação, deve conter a identificação desses bens, mediante sua descrição em campo próprioou em relação anexa, informando também se houve avaliação, e o CPF ou o CNPJ dosresponsáveis por essa avaliação;2) considerar-se-á como valor do bem o seu valor contábil (desde que não exceda ao valor demercado ou, no caso de imóveis, ao que serviu de base de cálculo do imposto de transmissão).

VALOR CONTÁBIL DOS BENS DOADOS

Considera-se valor contábil:

1) bens não classificados no Ativo Permanente: o valor contábil corresponde àquele pelo qualo bem estiver registrado na escrituração da pessoa jurídica;2) bens classificados no Ativo Permanente (exceto participações societárias): o valor contábilcorresponde ao valor pelo qual o bem estiver registrado na escrituração da pessoa jurídica(corrigido monetariamente até 31.12.1995, se adquirido até essa data), diminuído, se for ocaso, de depreciação, amortização ou exaustão acumulada;3) participações societárias (registradas no Ativo Permanente): o valor contábil corresponde

ao valor pelo qual as participações estiverem registradas na escrituração da pessoa jurídica,acrescido do ágio ou reduzido pelo deságio (se o investimento for avaliado pela equivalência

  patrimonial), e diminuído da provisão para perdas que tiverem sido computadas, comodedução, na determinação do lucro real.

 Nota: a pessoa jurídica deverá baixar os bens doados na sua escrituração contábil.

GANHO DE CAPITAL – VALOR DOS BENS DOADOS AVALIADOS POR PREÇO DEMERCADO

O doador poderá optar pelo valor de mercado dos bens, que será determinado mediante préviaavaliação por meio de laudo idôneo de perito ou empresa especializada de reconhecidacapacidade técnica para aferição do seu valor.

Quando a doação for efetuada por valor superior ao contábil, deverá ser apurado ganho decapital com base na legislação vigente.

Base: parágrafos 5 e 6 do artigo 12 da Instrução Normativa SRF 267/2002.

ENTIDADES BENEFICIÁRIAS DAS DOAÇÕES - PRESTAÇÃO DE CONTAS À SRF

Os Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescentedeverão informar à Secretaria da Receita Federal (SRF), até o último dia útil do mês de marçodo ano subseqüente, o valor das doações recebidas.

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47 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

A prestação da informação será efetuada em meio digital, nas condições a serem definidas pela Coordenação-Geral de Fiscalização (Cofis) da SRF.

Base: art. 13 da Instrução Normativa SRF 267/2002.

EXERCÍCIOS DO MÓDULO 7

a) Os valores doados aos fundos da Criança e do Adolescente são (marque as certas):

1. ( ) Admissíveis como doação somente quando efetivados em dinheiro2. ( ) Podem reduzir o Imposto de Renda devido, dentro do limite de 1%3. ( ) Devem ser acrescidos ao Lucro Real

 b) Calcule o limite de dedução do Imposto de Renda da seguinte doação ao fundo da criançae do adolescente:

Total das doação efetuada: R$ 1.000,00Total do IRPJ devido (sem o adicional e o correspondente a lucros, rendimentos ou ganhos decapital auferidos no exterior): R$ 120.000,00

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DO MÓDULO 7:

a) 2 e 3 (a frase 1 não é correta porque a doação pode ser efetivada em bens).

 b) O limite é de R$ 1.000,00. O limite de 1% do IRPJ devido (R$ 120.000 x 1% = R$1.200,00) somente será utilizado para dedução se o valor da doação for igual ou superior a

este valor.

MÓDULO 8 - REDUÇÃO DO IR COMO INCENTIVO AODESENVOLVIMENTO REGIONAL - ADENE E ADA

NOTA INTRODUTÓRIA

Até 04.05.2001, os incentivos fiscais relativos às aplicações em investimentos eramcoordenados pela SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) e pelaSUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia). Com a edição da MedidaProvisória 2.146/2001, tais Superintendências foram extintas, criando-se em seu lugar aAgência do Desenvolvimento do Nordeste (ADENE) e a Agência do Desenvolvimento daAmazônia (ADA).

Para efeitos dos estudos apresentados, a legislação foi adaptada ás novas siglas.

REDUÇÃO PARA EMPREENDIMENTOS NOVOS NA ÁREA DA ADENE E ADA

As empresas industriais ou agrícolas, que venham a se instalar na área de atuação da ADENEou da ADA, poderão ter redução do valor do Imposto de Renda a pagar, calculado pelo Lucroda Exploração, pelo prazo de dez anos.

É válido também para as empresas que ampliarem/modernizarem os seus empreendimentosou diversificarem a sua linha de produção.

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PROJETOS PROTOCOLIZADOS E APROVADOS APÓS 24.08.2000

Para os projetos protocolizados e aprovados após 24 de agosto de 2000, a Medida Provisória2.058, de 2000, prevê redução do imposto sobre a renda exclusivamente àqueles que venham

a ser enquadrados em setores da economia considerados, em ato do Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional, nas áreas de atuação das extintas Sudene eSudam (MP nº 2.058, de 2000, art. 1º e reedições).

REDUÇÃO PARA EMPREENDIMENTOS EXISTENTES

As pessoas jurídicas que mantenham empreendimentos industriais ou agrícolas em operaçãona área de atuação da ADENE e ADA, em relação aos aludidos empreendimentos, pagarão oimposto e adicionais não restituíveis, pelo prazo de até dez anos a contar do período deapuração em que o empreendimento entrar em fase de operação, com a redução de:

I – 37,5% - trinta e sete e meio por cento, a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31 de dezembrode 2003;II – 25% - vinte e cinco por cento, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de2008;III – 12,5% - doze e meio por cento, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de2013.

Base: Lei 9.532/1997, art. 3º, § 2º.

COMO HABILITAR-SE AO INCENTIVO

A empresa interessada deve encaminhar requerimento à ADENE ou a ADA, conforme alocalização do empreendimento, através de seus Escritórios Regionais, solicitando que sejaexpedida Declaração de que satisfaz as condições mínimas indispensáveis ao gozo doincentivo, juntamente com a documentação necessária, estabelecida segundo o "Roteiro paraElaboração de Pleitos", adotado pela Autarquia.

A ADENE ou a ADA analisa o pleito e, ao aprová-lo, expede Declaração, sendoimprescindível que, de posse da mesma, a empresa compareça à Delegacia da Receita Federalà qual a empresa estiver jurisdicionada, solicitando o reconhecimento e a homologação dodireito ao benefício pretendido.

O Fundo de Desenvolvimento do Nordeste é regulamentado pelo Decreto 4.253/2002.

Já o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia é regulamentado pelo Decreto 4.254/2002.

ASPECTOS GERAIS

A redução só terá efeito a partir da data da apresentação à ADENE ou á ADA dorequerimento devidamente instruído.

O direito à redução não alcança o Imposto de Renda e adicionais não-restituíveis que já

tenham sido pagos à Fazenda Nacional.A utilização do benefício da Redução não impede a opção em favor do FINOR, FINAM ou do

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Reinvestimento, com relação ao saldo do Imposto de Renda a pagar;

As empresas devem efetuar, em relação às atividades beneficiadas, registros contábeisespecíficos, destacando os elementos de que se compõem os respectivos custos, receitas eresultados de cada um dos estabelecimentos incentivados que operam na área da ADENE ou

da ADA.O valor que deixar de ser pago à Receita Federal em virtude da concessão do Incentivo não

 poderá ser distribuído aos sócios e constituirá reserva de capital da empresa para ser utilizadaapenas em absorção de prejuízos ou aumento de capital social.

Esse valor não é dedutível na determinação do lucro real.

PARCELA DA REDUÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA

A parcela de redução do Imposto de Renda será determinada mediante a aplicação, sobre o

lucro da exploração do empreendimento, de percentagem igual à relação, no mesmo períodode apuração, entre a receita líquida de vendas da produção criada pelo projeto e o total dareceita líquida de vendas do empreendimento.

Exemplo:

Receitas Líquidas das Vendas da Produção Criada pelo Projeto R$ 1.000.000,00Receita Líquida Total de Vendas do Empreendimento: R$ 2.000.000,00% do Lucro da Exploração Incentivado: R$ 1.000.000 dividido por R$ 2.000.000 = 50,00%

Nota: Para determinação do lucro de exploração, clique no link do mesmo.

A fruição da isenção fica condicionada à observância, pela empresa beneficiária, dosdispositivos da legislação trabalhista e social e das normas de proteção e controle do meioambiente, podendo a ADENE ou a ADA, conforme o caso, a qualquer tempo, verificar ocumprimento do disposto.

Demonstração do Lucro do Empreendimento Beneficiado com Redução

Quando se verificar pluralidade de estabelecimentos, será reconhecido o direito à isenção emrelação aos rendimentos dos estabelecimentos instalados na área de atuação da ADENE e/ouda ADA (Lei 4.239/63, art. 16, § 1°).

Para os efeitos do disposto neste item, as pessoas jurídicas interessadas deverão demonstrar em sua contabilidade, com clareza e exatidão, os elementos de que se compõem as operaçõese os resultados do período de apuração de cada um dos estabelecimentos que operem na áreade atuação incentivada (Lei 4.239/63, art. 16, § 2°).

Se a pessoa jurídica mantiver atividades não consideradas como industriais ou agrícolas,deverá efetuar, em relação às atividades beneficiadas, registros contábeis específicos, paraefeito de destacar e demonstrar os elementos de que se compõem os respectivos custos,receitas e resultados.

 Na hipótese de o sistema de contabilidade adotado pela pessoa jurídica não oferecer condições para apuração do lucro por atividade, este poderá ser estabelecido com base na relação entre

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50 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

as receitas líquidas das atividades incentivadas e a receita líquida total, observado o dispostoquanto ao lucro da exploração.

Exemplo:

Receitas Líquidas das Atividades Incentivadas R$ 2.000.000,00Receita Líquida Total R$ 5.000.000,00% do Lucro da Exploração Incentivado: R$ 2.000.000 dividido por R$ 5.000.000 = 40,00%

A redução de que trata este item somente se aplica ao imposto e adicionais não restituíveiscalculados com base no lucro da exploração do empreendimento (Decreto-lei 1.598/77, art.19, § 1°, alínea b, e Decreto-lei 1.730/79, art. 1°, inciso I). Assim, por exemplo, o lucrodecorrente de aplicações financeiras ou ganhos de capital, por exemplo, não é incentivado.

PEDIDO DE RECONHECIMENTO DO DIREITO Á REDUÇÃO DO IRPJ

A competência para reconhecer o direito será da unidade da SRF a que estiver jurisdicionadaa pessoa jurídica, devendo o pedido estar instruído com laudo expedido pelo Ministério daIntegração Nacional (MI).

O chefe da unidade da SRF decidirá sobre o pedido em cento e vinte dias contados daapresentação do requerimento à repartição fiscal competente.

O prazo de fruição do benefício fiscal é igual ao período compreendido entre o ano de iníciode fruição e 31 de dezembro de 2013, não podendo exceder a dez anos.

Base: artigos 59 a 61 da Instrução Normativa SRF 267/2002.

LIMITES DOS INCENTIVOS NA ÁREA DA ADENE E ADA A PARTIR DE 1998 - NOVOS EMPREENDIMENTOS

Os benefícios fiscais de redução, para os projetos de instalação, modernização, ampliação oudiversificação, aprovados pelo órgão competente, a partir de 1º de janeiro de 1998, observadasas demais normas em vigor, aplicáveis à matéria, passam a ser de redução do imposto derenda e adicionais não restituíveis, observados os seguintes percentuais (Lei 9.532/97, art. 3º,caput):

I – 75% (setenta e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31 de dezembro de2003;II – 50% (cinqüenta por cento), a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;III – 25% (vinte e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de2013.

O disposto neste item não se aplica a projetos aprovados ou protocolizados até 14 denovembro de 1997, no órgão competente, para os quais prevalece o benefício de isenção até otérmino do prazo de concessão do benefício (Lei 9.532/97, art. 3º, caput e § 1º).

LIMITE DOS INCENTIVOS BENEFICIADOS COM REDUÇÃO DO IR DE

EMPREENDIMENTOS JÁ EXISTENTESOs benefícios fiscais de redução do imposto de renda e adicionais não restituíveis relativos a

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51 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

empreendimentos já existentes, observadas as demais normas em vigor, aplicáveis à matéria, passam a ser calculados segundo os seguintes percentuais (Lei 9.532/97, art. 3º, § 2º):

I – 37,5% (trinta e sete inteiros e cinco décimos por cento), a partir de 1º de janeiro de 1998até 31 de dezembro de 2003;

II – 25% (vinte e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de2008;III – 12,5% (doze inteiros e cinco décimos por cento), a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31de dezembro de 2013.

EXTINÇÃO DOS INCENTIVOS DE IR 

Ficam extintos, relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de2014, os benefícios fiscais de redução do Imposto de Renda (Lei 9.532/97, art. 3º, § 3º).

DESTINAÇÃO DO VALOR DO IMPOSTO DE RENDA - ATIVIDADES

INCENTIVADAS DA ADENE/ADA

O valor do imposto de renda que deixar de ser pago em virtude da isenção aosempreendimentos na ADENE e/ou ADA não poderá ser distribuído aos sócios e constituiráreserva de capital da pessoa jurídica, que somente poderá ser utilizada para absorção de

 prejuízos ou aumento de capital (Regulamento do Imposto de Renda/99, art. 545).

Exemplo:

Valor do IRPJ que deixou de ser pago, em função da isenção e/ou redução: R$ 500.000,00

Contabilização:

D. IRPJ do Exercício (Conta de Resultado)C. Reserva de Incentivos Fiscais (Patrimônio Líquido) R$ 500.000,00

Histórico: pela formação da reserva de incentivo fiscal, conforme projeto ADENE/ADA.

A contabilização a débito de uma conta de resultado (IRPJ do Exercício) é necessária paraevitar que o valor seja distribuído aos sócios e/ou que seja transferido para LucrosAcumulados ou Reservas de Lucros, prejudicando assim a manutenção do incentivo fiscal.

REINVESTIMENTO DO IMPOSTO DE RENDA - ADENE e ADA

Para as empresas dos setores industrial, agroindustrial e de construção civil, que estejam emoperação na área de atuação da ADENE ou da ADA, é permitindo o reinvestimento de partedo Imposto de Renda devido apurado sobre o Lucro da Exploração, acrescido de uma parcelade recursos próprios (50% do valor do Imposto que será reinvestido), na modernização oucomplementação de equipamentos dos seus projetos, até o ano de 2013, observando osseguintes percentuais:

• De 1998 a 2003 - 30%• De 2004 a 2008 - 20%•

De 2009 a 2013 - 10%

Base: art. 612 do Regulamento do IR/99.

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COMO HABILITAR-SE AO INCENTIVO

A empresa deve fazer a opção pelo incentivo em sua Declaração de Rendimentos, no campoespecífico existente com essa destinação – Redução por Reinvestimento.

Paralelamente, os valores correspondentes ao Imposto e ao incentivo (% do Imposto a ser reinvestido mais 50% de recursos próprios) devem ser depositados numa agência do Banco do

 Nordeste dO Brasil S/A (se a empresa está na área da ADENE) ou no Banco da Amazônica(se a empresa está na área da ADA), ficando o montante referente ao incentivo, enquanto nãoaplicado, reservado e preservado em conta vinculada, sendo remunerado pela Taxa de Jurosde Longo Prazo (TJLP), desde a data da efetivação dos depósitos até a sua liberação.

Esses depósitos devem ser efetuados da seguinte forma:

è Imposto – correspondente a até 70% do Imposto de Renda devido, dependendo do

 percentual de reinvestimento a que a empresa tem direito, devendo ser recolhido normalmenteatravés de DARF, como receita da União.è Incentivo – correspondente a até 30% do valor do Imposto de Renda devido mais 50% derecursos próprios, devendo ser recolhido através do documento "Guia de Recolhimento",disponível nas agências do Banco do Nordeste ou do Banco da Amazônia, no mesmo prazofixado para pagamento do Imposto.

Efetuados os recolhimentos, a empresa deverá apresentar à ADENE ou á ADA, conforme sualocalização, através de seus Escritórios Regionais ou de Representação, um projeto técnico-econômico acompanhado dos referidos comprovantes de depósito bancário e dadocumentação exigida segundo o "Roteiro para Elaboração de Pleitos", adotado pela

autarquia.

Uma vez analisado e aprovado o projeto, a ADENE ou a ADA emite uma ordem de liberaçãoautorizando o Banco a proceder à transferência imediata dos recursos (Incentivo maisRecursos Próprios) existentes em conta vinculada, devidamente corrigidos, para a conta delivre movimentação da empresa, que deverá efetivar a incorporação destes recursos ao seuCapital Social, num prazo de 180 dias, contados a partir da data de emissão do ofício deliberação.

 NOTAS:

1. Este Incentivo pode ser utilizado cumulativamente ao Incentivo da Redução de até 37,5%do Imposto de Renda;

2. Uma vez beneficiada com o Incentivo da Redução, a empresa não pode optar peladedução do Imposto de Renda em favor do FINOR ou FINAM;

EXERCÍCIOS DO MÓDULO 8:

a) Um empreendimento já existente que tiver reconhecimento de redução do imposto derenda, na área da ADENE, poderá pagar o imposto e respectivo adicional, durante o anode 2.001, com a redução de:

1. ( ) 50%2. ( ) 37,5%

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3. ( ) 20%

 b) Calcule o % de incentivo sobre o lucro da exploração, considerando um empreendimentona área da ADA, com os seguintes valores de Receita Líquida:

Receita Líquida Incentivada: R$ 2.250.000,00Receita Líquida Total: R$ 3.000.000,00

c) Para fins de contabilização do valor do incentivo, o IRPJ que deixou de ser pago por incentivo na área da ADENE ou ADA deverá (assinale a correta):

( ) Ser distribuído aos sócios( ) Compor reserva de capital( ) Compor reserva de lucros( ) Ser mantido como Provisão de IRPJ a Pagar 

d) A data da extinção dos incentivos na área da ADENE e ADA, para fins de apuração doImposto de Renda, ocorrerá em ...../....../..........

e) Uma empresa com empreendimento agroindustrial situado na ADA pretende reinvestir,mediante depósito no Banco da Amazônia, parte do Imposto de Renda devido sobre o Lucrode Exploração de R$ 200.000,00 em 2.001. O valor máximo do incentivo, para base decálculo do depósito, será de R$ .....................

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DO MÓDULO 8:

a) 2 (37,5% até 31.12.2003)

 b) 75,00% (Cálculo: R$ 2.250.000 dividido por R$ 3.000.000)

c) Compor reserva de capital

d) 01/01/2014

e) R$ 60.000,00. Cálculo: 30% x R$ 200.000,00.

MÓDULO 9: APLICAÇÃO DO IR EM INVESTIMENTOS REGIONAIS

OPÇÕES DE INCENTIVOSA pessoa jurídica ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de1997, que, isolada ou conjuntamente, detenham, pelo menos, 51% do capital votante desociedade titular de projetos nas áreas de atuação das extintas Sudam e Sudene, aprovados, noórgão competente, até o dia 2 de maio de 2001, enquadrado em setores da economiaconsiderados, pelo Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional, que sejam

 beneficiários das aplicações no Finor, Finam e Funres, poderão manifestar a opção pelaaplicação de parte do imposto de renda em investimentos regionais, na declaração ou no cursodo ano-calendário, nas datas de pagamento do imposto apurado trimestralmente.

FORMA DE OPÇÃO

A opção será manifestada na declaração ou no curso do ano-calendário, nas datas de

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 pagamento do imposto com base no lucro estimado, apurado mensalmente, ou no lucro real,apurado trimestralmente.

LIMITE DAS APLICAÇÕES

As aplicações somente poderão ser efetuadas até o final do prazo previsto para a implantaçãodos respectivos projetos.

APLICAÇÕES ATÉ 02.05.2001

As pessoas jurídicas submetidas à apuração do imposto de renda pelo lucro real, trimestral ouanual, que não se enquadrem no art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991 puderam optar pela aplicaçãode parte do imposto de renda devido em investimentos regionais destinados ao Finor, Finam eFunres até 2 de maio de 2001, mediante recolhimento por Darf específico (Medida Provisórianº 2.128-9, de 26 de abril de 2001 e MP nº 2.145, de 2 de maio de 2001). Não é possível, paraessas pessoas jurídicas, a opção pela aplicação na DIPJ.

A partir do dia 2 de maio de 2001, somente é possível a aplicação nesses Fundos pelas pessoas jurídicas ou grupos de empresas detentores de 51% do capital votante de sociedadetitular de projeto.

LIMITE DAS APLICAÇÕES

Sem prejuízo do limite específico para cada incentivo, o conjunto das aplicações em favor doFundo de Investimentos do Nordeste (Finor) e do Fundo de Investimentos da Amazônia(Finam) não poderá exceder, em cada período de apuração, os percentuais do imposto devidoa seguir indicados, incluídas as deduções compulsórias, no montante de doze por cento, em

favor do Programa de Integração Nacional (PIN) de que trata o art. 5º do Decreto-lei nº 1.106,de 16 de junho de 1970, e do Programa de Redistribuição de Terras e de Estímulo àAgroindústria do Norte e do Nordeste (Proterra) de que cuida o art. 6º do Decreto-lei nº 1.179,de 6 de julho de 1971):

I - 30% (trinta por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003;II - 20% (vinte por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de

 janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;III - 10% (dez por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de

 janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

PAGAMENTOS MENSAIS – CÓDIGOS DO DARF

A pessoa jurídica que efetuar pagamentos mensais deverá recolher o valor correspondente àaplicação em investimentos regionais, em Darf específico com os códigos: 6677 (Finor), 6692(Finam) ou 6704 (Funres).

A pessoa jurídica sujeita à apuração trimestral do imposto deverá recolher o valor correspondente à aplicação em investimentos regionais, em Darf específico com os seguintescódigos: 1800 (Finor), 1825 (Finam) e 1838 (Funres).

A opção manifestada é irretratável e os Darf utilizados para recolhimento com os códigosanteriormente mencionados não poderão sofrer retificação relativa ao código ou ao valor da

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receita (MP nº 2.058, de 2000, art. 3º c/c art. 13, e reedições).

PARCELA EXCEDENTE NO AJUSTE ANUAL

A parcela excedente destinada aos fundos verificada no ajuste anual pelas pessoas jurídicas

será considerada:a) como recurso próprio aplicado no respectivo projeto, quando o recolhimento for efetuado

 pelas pessoas jurídicas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991;  b) como subscrição voluntária para o fundo destinatário da opção manifestada no Darf,quando o recolhimento for efetuado pelas demais pessoas jurídicas.

AJUSTE ANUAL – CÓDIGOS DO DARF

O valor referente à aplicação em incentivos fiscais correspondentes aos valores apurados noajuste anual deverá ser recolhido nos seguintes códigos: 7920 (Finor), 7933 (Finam) ou 7946

(Funres).

As pessoas jurídicas, que não se enquadrem no art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991, submetidas àapuração do imposto de renda pelo lucro real, trimestral ou anual, que optaram pela aplicaçãode parte do imposto de renda devido em investimentos regionais destinados ao Finor, Finam eFunres até 2 de maio de 2001, mediante recolhimento por Darf específico, deverão informar na DIPJ os valores aplicados.

PESSOAS JURÍDICAS NÃO BENEFICIADAS

 Não têm direito aos benefícios fiscais relacionados neste módulo:

a) a pessoa jurídica que goze do benefício fiscal de redução por reinvestimento, relativamenteà parcela da base de cálculo absorvida por este incentivo;

 b) a pessoa jurídica instalada em Zona de Processamento de Exportação – ZPE;c) a pessoa jurídica referida no art. 28 da Lei nº 7.730, de 1989, relativamente à parcela dolucro inflacionário tributada à alíquota de seis por cento;d) as pessoas jurídicas ou grupos de empresas coligadas, mesmo tributados com base no lucroreal, que não sejam detentores, isolada ou conjuntamente, de pelo menos, 51% do capitalvotante de sociedade titular de projeto nas áreas das extintas Sudam e Sudene que seja

 beneficiário das aplicações no Finor, Finam e Funres.

A prática de atos que configurem crimes contra a ordem tributária (Lei nº 8.137, de 1990)acarretará à pessoa jurídica infratora a perda, no ano-calendário correspondente, dosincentivos e benefícios de redução ou isenção previstos na legislação tributária. A concessãoou reconhecimento de qualquer incentivo fiscal relativo a tributos e contribuiçõesadministrados pela Secretaria da Receita Federal fica condicionado a comprovação pelocontribuinte da quitação de tributos e contribuições federais (art. 59 e 60 da Lei nº 9.069, de1995).

VALOR MÍNIMO DAS APLICAÇÕES

 Não serão consideradas aplicações inferiores a R$ 8,28.

RECOMENDAÇÃO

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Para fins de planejamento tributário, recomenda-se que as empresas que não tiverem projetos próprios não recolham o incentivo fiscal em DARF específico porque não terão qualquer vantagem, tendo o risco de recolher a maior o incentivo.

Se pagar tudo como IRPJ, poderá optar, na DIPJ, no fundo escolhido, mantendo o direito de

receber os certificados de investimentos, no montante máximo permitido.EXERCÍCIOS DO MÓDULO 9:

a) O benefício de aplicação de parte do imposto de renda em investimentos regionais, a partir de 02.05.2001, é restrita á pessoa jurídica ou grupos de empresas coligadas de que trata o art.9º da Lei nº 8.167, de 1997, que, isolada ou conjuntamente, detenham, pelo menos, o seguinte

 percentual do capital votante de sociedade titular de projetos nas áreas de atuação das extintasSudam e Sudene, aprovados, no órgão competente:

1. 90%

2. 50%3. 49%4. 51%

 b) As aplicações da questão anterior (a) somente poderão ser efetuadas até ...................

c) Para fins de planejamento tributário, recomenda-se, quanto á opção de aplicação emincentivos fiscais de dedução do IRPJ:

1.( ) Recolher o valor mensalmente, em DARF2.( ) Optar somente na época do preenchimento da Declaração de Informações da PJ

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DO MÓDULO 9:

a) 51%

 b) o final do prazo previsto para a implantação dos respectivos projetos.

c) 2

MÓDULO 10: PESQUISA TECNOLÓGICA E DESENVOLVIMENTODE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DE PRODUTOS

Nota: os benefícios tratados neste módulo foram revogados, a partir de 01.01.2006, pelaLei 11.196/2005

  A partir de 01.01.2003, as pessoas jurídicas poderão deduzir do lucro líquido, nadeterminação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, as despesas operacionais relativasaos dispêndios realizados com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovaçãotecnológica de produtos. Base: art. 39 da Lei 10.637/2002.

 Referido incentivo foi regulamentado pelo Decreto 4928/2003.

 INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – CONCEITO

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Considera-se inovação tecnológica a concepção de novo produto ou processo de fabricação,bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processoque implique melhorias incrementais e no efetivo ganho de qualidade ou produtividade,resultando maior competitividade no mercado.

FORMA DE UTILIZAÇÃO DO INCENTIVO EXCLUSÃO DA DEPRECIAÇÃO INTEGRAL

Os valores relativos aos dispêndios incorridos em instalações fixas e na aquisição deaparelhos, máquinas e equipamentos, destinados à utilização em projetos de pesquisa edesenvolvimentos tecnológicos, metrologia, normalização técnica e avaliação daconformidade, aplicáveis a produtos, processos, sistemas e pessoal, procedimentos deautorização de registros, licenças, homologações e suas formas correlatas, bem comorelativos a procedimentos de proteção de propriedade intelectual, poderão ser depreciadosna forma da legislação vigente, podendo o saldo não depreciado ser excluído na

determinação do lucro real, no período de apuração em que concluída sua utilização.

 A exclusão do saldo não depreciado não se aplica para efeito de apuração da base decálculo da CSLL.

 Exemplo:

Gastos incorridos em instalações fixas: R$ 1.000.000,00Valor depreciado no período de apuração: R$ 40.000,00Saldo não depreciado: R$ 1.000.000,00 – R$ 40.000,00 = R$ 960.000,00Valor a ser excluído do lucro real = R$ 960.000,00

CONTROLE DO INCENTIVO NA PARTE B DO LALUR

O valor do saldo excluído deverá ser controlado na parte B do Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) e será adicionado, na determinação do lucro real, em cada período de apuração posterior, pelo valor da depreciação normal que venha a ser contabilizada como despesaoperacional.

 Exemplo:

Valor excluído na Parte A do Lalur em 2.003: R$ 960.000,00 Depreciação dos gastos incorridos incentivados em 2.004: R$ 40.000,00Valor a ser adicionado na Parte B do Lalur em 2.004: R$ 40.000,00Controle do Saldo na Parte B do Lalur:Saldo final em 2.003: R$ 960.000,00Valor adicionado em 2.004 na Parte A: R$ 40.000,00Saldo final em 2.004: R$ 960.000,00 – R$ 40.000,00 = R$ 920.000,00

CONTROLE CONTÁBIL DOS GASTOS 

  Para fins da dedução, os gastos deverão ser controlados contabilmente em contas

específicas, individualizadas por projeto realizado. Exemplo:

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 Projeto de inovação tecnológica do Produto XYZ: Aquisição de 1 máquina no valor de R$ 250.000,00: D. Máquinas e Equipamentos - Projeto Inovação Produto XYZ (Ativo Imobilizado)C. Fornecedores

SALDOS DO ATIVO DIFERIDO DE 2.002

 No exercício de 2003, o incentivo aplica-se também aos saldos, em 31 de dezembro de 2002,das contas do Ativo Diferido, referentes a dispêndios realizados com pesquisa tecnológica edesenvolvimento de inovação tecnológica.

 INCENTIVO ADICIONAL PARA PATENTES 

Sem prejuízo do incentivo normal, a pessoa jurídica poderá, ainda, excluir, na determinaçãodo lucro real, valor equivalente a 100% (cem por cento) do dispêndio total de cada projeto

que venha a ser transformado em depósito de patente, devidamente registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), e, em pelo menos uma das seguintes entidades deexame reconhecidas pelo "Patent Cooperation Traty" (PCT):

 I – Departamento Europeu de Patentes (  European Patent Office ); II – Departamento Japonês de Patentes (  Japan Patent Office ); ou III – Departamento Norte-Americano de Patentes e Marcas ( United States Patent and Trade Mark Office ).

O valor que servirá de base para a exclusão deverá ser controlado na parte B do Lalur, por  projeto, até que sejam satisfeitas as exigências previstas, quando poderão ser excluídos na

determinação do lucro real, como incentivo adicional.

CONDIÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DOS INCENTIVOS 

 Para convalidar a adequação dos dispêndios efetuados, com vistas ao gozo do benefício  fiscal adicional, os projetos de desenvolvimento de inovação tecnológica deverão ser encaminhados às agências de fomento, federais ou estaduais, credenciadas pelo Ministérioda Ciência e Tecnologia para análise e aprovação técnica, nos termos dispostos no § 5 o doart. 4o da Lei no 8.661, de 2 de junho de 1993, observadas regras fixadas em regulamento. Aconcessão do benefício fiscal adicional far-se-á mediante portaria do Ministro de Estado daCiência e Tecnologia.

 Para gozo do benefício fiscal previsto, tanto o normal quanto o adicional, a pessoa jurídicadeverá comprovar, quando for o caso, o recolhimento da contribuição de intervenção nodomínio econômico instituída pela Lei no 10.168, de 29 de dezembro de 2000, e alterada pela

 Lei no 10.332, de 19 de dezembro de 2001.

 Para se utilizar dos incentivos (normal e adicional), os dispêndios somente poderão ser deduzidos se pagos a pessoas físicas ou jurídicas residentes e domiciliadas no País, exceto os

 pagamentos destinados à obtenção e manutenção de patentes e marcas no exterior.

 Exemplo: Em 20.12.2003 a empresa Alfa concluiu o projeto tecnológico de inovação de seu produto

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59 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

 Beta, registrando-o no INPI. O total de gastos contabilizados foi de R$ 1.500.000,00 (todoeste valor foi pago a pessoas físicas ou jurídicas residentes e domiciliadas no País). Este

 projeto foi submetido à análise e aprovação do Ministério da Ciência e Tecnologia e dasdemais regras pertinentes, observando-se todas as condições para utilização do respectivoincentivo.

 Em 29.08.2004, a mesma empresa obteve registro de depósito de patente do mesmo processono “European Patent Office”. Poderá excluir, no lucro real apurado no balancete deredução/suspensão do imposto de 31.08.2004, o valor integral de gastos, de R$ 1.500.000,00.

  Nota: Os valores registrados deverão, a qualquer tempo, ser comprovados por documentação idônea, que deverá estar à disposição da fiscalização da Secretaria da Receita

 Federal.

 EXERCÍCIOS DO MÓDULO 10

a) Para obtenção de incentivos fiscais adicionais decorrentes de inovação tecnológica,compete a qual órgão federal a aprovação do programa?

1. ( ) Ministério da Ciência e Tecnologia2. ( ) Receita Federal 3. ( ) INPI 4. ( ) Ministério da Indústria e Comércio

b) Calcule a parcela incentivada normal, a ser excluída no Lucro Real e na base de cálculoda CSL, de uma empresa com programa de inovação tecnológica aprovado que tenhacontabilizado o seguinte:

Gastos incorridos, registrados no Diferido - Ativo Permanente: R$ 500.000,00 no período.Valor já contabilizado como amortização no período: R$ 15.000,00

c) Calcule a parcela incentivada adicional, a ser excluída do Lucro Real, de uma empresacom programa de inovação tecnológica aprovado por órgão competente, transformado emdepósito de patente no INPI e no “Japan Patent Office” que tenha contabilizado:

 R$ 5.000.000,00 de gastos totais. Deste valor, R$ 4.150.000,00 referem-se a pagamentos a pessoas físicas e jurídicas domiciliadas no Brasil e pagamentos destinados à obtenção emanutenção de patentes e marcas no exterior. O saldo advém de pagamentos a pessoas

 jurídicas domiciliadas no exterior.

 RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DO MÓDULO 10

a) 1.

b) R$ 500.000,00 – R$ 15.000,00 = R$ 485.000,00.

c) R$ 4.150.000,00 (o incentivo adicional é exclusivo para os gastos pagos a pessoas físicasou jurídicas residentes e domiciliadas no País e pagamentos destinados à obtenção e

manutenção de patentes e marcas no exterior).

MÓDULO 11 – INCENTIVOS À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA A

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60 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

PARTIR DE 01.01.2006

Veja tópico Incentivos à Inovação Tecnológica, no Guia Tributário On Line.

ADENDO: QUADRO RESUMO DOS LIMITES DE APLICAÇÕES EM INCENTIVOSFISCAIS

Incentivos Fiscais Base de Cálculo doIncentivo

Limite deDedução

Individual

Limite deDedução

Cumulativa

Embasamento Legal

Programa deAlimentação ao

Trabalhador - PAT

15% das despesas decusteio do PAT, líquidas da

 parcela cobrada dosempregados ou 15% de R$1,99 x número de refeições

fornecidas no período, oque for menor 

4% do IRPJdevido

4% do IRPJdevido

Artigos 491 a 493,504 a 507, 581 a 587

do RIR/99

Programa deDesenvolvimento

TecnológicoIndustrial ou

Agropecuário – PDTI/PDTA

15% dos dispêndiosincorridos no período

Doações aosFundos dos

Direitos da Criançae do Adolescente

Doações efetivamenterealizadas

1% do IRPJdevido

 Não existe Art. 591 do RIR/99

AtividadeAudiovisual

Valores aplicados naaquisição de certificados deinvestimentos em projetosaprovados pelo Ministério

da Cultura

3% do IRPJdevido

4% do IRPJdevido,

observado olimite específico

 para asatividades

audiovisuais

Artigos 475 478,484 a 488 do RIR/99

Operações deCaráter Cultural e

Artístico

Valor das doações e patrocínios realizados

4% do IRPJdevido

LUCRO DA EXPLORAÇÃO

Considera-se lucro da exploração o lucro líquido do período de apuração antes de deduzida a provisão para o imposto de renda, ajustado pela exclusão dos seguintes valores:

I - a parte das receitas financeiras que exceder às despesas financeiras;II - os rendimentos e prejuízos das participações societárias;III - os resultados não operacionais;IV - os resultados obtidos em operações realizadas no exterior;

V - os baixados na conta de reserva de reavaliação, nos casos em que o valor realizado dos bens objeto da reavaliação tenha sido registrado como custo ou despesa operacional e a baixada reserva tenha sido efetuada em contrapartida à conta de:

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61 – Manual de Benefícios Fiscais do IRPJ ©

a) receita não operacional; b) patrimônio líquido, não computada no resultado do mesmo período de apuração.VI - a reserva especial (art. 2º da Lei nº 8.200, de 1991) computada para determinação dolucro real em razão da realização de bens ou direitos mediante alienação, depreciação,amortização, exaustão ou baixa a qualquer título;

VII - a parcela do lucro inflacionário apurado na fase pré-operacional, realizado a partir do período em que o empreendimento instalado na área de atuação das extintas Sudene e Sudamentrar em fase de operação;VIII - os tributos e contribuições com exigibilidade suspensa, na forma dos incisos II a IV doart. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, Código Tributário Nacional (CTN),adicionados ao lucro líquido, para efeito de determinação do lucro real. As importânciasacrescidas, controladas na Parte B do Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), serãodiminuídas do lucro da exploração no período em que ocorrer o efetivo pagamento dostributos e contribuições.

Será adicionada ao lucro líquido, para efeito de determinação do lucro da exploração, a CSLL

devida, relativa ao período de apuração.

As variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações da pessoa jurídica, emfunção da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal oucontratual são consideradas como receitas ou despesas financeiras, conforme o caso.

Base: art. 544 do RIR/99 e art. 57 da IN SRF 267/2002.

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