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Infecção do Trato Urinário na Infância Universidade Estadual do Oeste do Paraná Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas Curso de Medicina Hospital Universitário do Oeste do Paraná HUOP Liga Médico-Acadêmica de Pediatria (LIPED) Ac. Ângelo Antônio Gonçalves de Quadros Prof. Marcos Antônio da Silva Cristovam 1

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Infecção do Trato Urinário na

Infância

Universidade Estadual do Oeste do ParanáCentro de Ciências Médicas e Farmacêuticas

Curso de MedicinaHospital Universitário do Oeste do Paraná – HUOP

Liga Médico-Acadêmica de Pediatria (LIPED)

Ac. Ângelo Antônio Gonçalves de Quadros

Prof. Marcos Antônio da Silva Cristovam

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Introdução• Conceito

– Cistite

– Uretrite

– Pielonefrite

– Infecção nos ureteres.

• Importância

– Diagnóstico correto e imediato.

– Não se preocupar apenas com o tratamento do episódio agudo de infecção.

– Lesões obstrutivas (4% dos casos) e refluxo vesicoureteral (8-40%).

– Risco de pielonefrite – cicatrizes renais – hipertensão arterial e insuficiência renal.

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Introdução

• Incidência.

• Taxa estimada:

– 2,9% recém nascidos. 0,7% nascidos a termo.

– Meninos são 5 a 8 vezes mais suscetíveis à infecção nos

três primeiros meses de vida.

– Inversão com uma prevalência feminina de 1-3% de 1 a 5

anos.

– Idade pré-escolar.

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Diagnóstico

• Presença de bactérias + sintomatologia clínica

concordante.

• Diagnóstico de suspeita, confirmado pela urocultura.

• Parâmetros laboratoriais podem ser úteis no que diz

respeito à localização da infecção: pielonefrite.

– Leucocitose com neutrofilia.

– PCR positiva

– VS elevada

– Baixa osmolaridade urinária.

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Diagnóstico

• A confirmação do diagnóstico é feita por urocultura,

com quantificação do número de colônias e TSA.

• Criança maior: jato médio.

• Criança menor: punção vesical e cateterismo uretral.

• Por saco coletor: grande sensibilidade, grande taxa de

falso-positivos.

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Exames complementares

• Exame sumário de urina:

– Presença de leucocitúria (>5 leucócitos por campo).

– Piúria (> 10 leucócitos por mm3).

– Presença de bactérias.

– Esterase leucocitária urinária positiva.

– Nitrito urinário positivo.

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Exames complementares

• Patologias associadas como fatores de risco para ITU.

• Exames de imagem

– Ultra-som

– Cintilografia renal com DMSA

– Cistografia radioisotópica

– Uretrocistografia miccional (UCM)

– Tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética

nuclear (RMN).

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Ultra-som

• Seguro, não invasivo e barato

• Alterações significativas do

trato urinário, como

hidronefrose, dilatação ureteral,

redução do parênquima renal,

hipertrofia da parede vesical,

ureteroceles etc.

• Neonato: abcesso renal e

pionefrose.

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Uretrocistografia miccional (UCM)

• Diagnóstico preciso de refluxo vesicoureteral.

• Inconvenientes: radiação e necessidade de sondagem

vesical.

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Cistografia radioisotópica

• Vantagem sobre a UCM por não submeter o paciente a

radiação.

• Acompanhamento de crianças portadoras de refluxo

vesicoureteral

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Cintilografia renal com DMSA

• Ácido

dimercapto

succínico –

tecnécio.

• Detecção de

lesões renais

ocasionadas

pela

pielonefrite.

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Tomografia computadorizada (TC) e

Ressonância nuclear magnética

(RNM)• Avaliação da pielonefrite aguda e na detecção de

cicatrizes renais.

• Alto custo e necessidade de sedação anestésica.

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Tomografia computadorizada (TC)

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Ressonância nuclear magnética

(RNM)

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Tratamento

• Mais precocemente possível, após coleta da urina para

urocultura.

• Controlar e aliviar sintomas, evitar aparecimento de

cicatrizes e erradicar o agente do trato urinário.

• Inicialmente, empiricamente. Posteriormente, de

acordo com TSA.

• Antibiótico que melhor atue nas classes infectantes,

assegure uma boa concentração na urina e sangue,

evite classes resistentes e efeitos colaterais.

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Tratamento

• Crianças com quadro séptico, desidratada, intolerância da via oral, situações sugestivas de pielonefrite abaixo dos 6 meses, antecedentes de patologia nefro-urológica – rápida coleta de urina e tratamento antibiótico por via parentérica.

• Crianças com bom estado clínico - coleta de urina para análise sumária e urocultura – seleção.

• Duração do tratamento: em média 10 dias.

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Tratamento

• Novas uroculturas:

– 2° e 3° dias de tratamento.

– 5 dias após o fim.

– Desaparecimento do sintomas e esterilização da após 48 a

72h – boa resposta.

• Não havendo melhora:

– Resistência ao antibiótico: substituir.

– Concentração inadequada.

– Presença de obstrução.

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Tratamento

• Quimioprofilaxia, consulta de especialidade para

investigação morfológica e funcional.

• Rastreio de recorrências (urocultura).

– 30 a 50% dos casos.

– 6 primeiros meses.

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Referências bibliográficas• Fernandes, Eduardo Abordagem da criança com infecção urinária

Disponível em: <www.rpmgf.pt/ojs/index.php?jo rnal=rpmgf&page=article&op=view&path%5B%5D=10092> Acesso em: 1 out. 2014

• Arap, Marco A., Troster, Eduardo J. Infecção urinária em crianças: uma revisão sistemática dos aspectos diagnósticos e terapêuticos Disponível em: < http://www.einstein.br/biblio teca/pdf/portugues/Einstein_revisao8.pdf> Acesso em: 26 set. 2014.

• Calado, Adriano, Macedo Jr., Antônio Infecção urinária na infância: aspectos atuais Disponível em: < http://www.moreir ajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3342> Acesso em 28 set. 2014.

• Mazili, Paulo Infecção urinária Disponível em: < http://www.minhavida.com.br/saude/temas/infeccao-urinaria> Acesso em 1 out. 2014.

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