caso clínico: infecção do trato urinário

48
Caso Clínico: Caso Clínico: Infecção do Trato Infecção do Trato Urinário Urinário HRAS- Pediatria HRAS- Pediatria Fabiana Borges Fabiana Borges Lucas Miranda Lucas Miranda Coordenação: Luciana Sugai Coordenação: Luciana Sugai Escola Superior de Ciências da Saúde Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF (ESCS)/SES/DF Brasília,15/07/08 Brasília,15/07/08 www.paulomargotto.com.br www.paulomargotto.com.br

Upload: gigi

Post on 19-Mar-2016

110 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário. HRAS- Pediatria Fabiana Borges Lucas Miranda Coordenação: Luciana Sugai Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Brasília,15/07/08 www.paulomargotto.com.br. Identidade: - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Caso Clínico: Infecção Caso Clínico: Infecção do Trato Urináriodo Trato Urinário

HRAS- PediatriaHRAS- PediatriaFabiana BorgesFabiana BorgesLucas MirandaLucas Miranda

Coordenação: Luciana SugaiCoordenação: Luciana SugaiEscola Superior de Ciências da Saúde Escola Superior de Ciências da Saúde

(ESCS)/SES/DF(ESCS)/SES/DFBrasília,15/07/08Brasília,15/07/08

www.paulomargotto.com.brwww.paulomargotto.com.br

Page 2: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Identidade:Identidade: FRSM, sexo masculino, 9 anos, FRSM, sexo masculino, 9 anos,

natural de Cratéia-CE, residente do natural de Cratéia-CE, residente do Núcleo Rural de Samambaia-DF, Núcleo Rural de Samambaia-DF, pardo, católico.pardo, católico.

*Acompanhante: Mãe.*Acompanhante: Mãe. *Data da admissão:23/06/08.*Data da admissão:23/06/08.

Queixa Principal:Queixa Principal: “ “Dor ao urinar e febre há 20 dias”Dor ao urinar e febre há 20 dias”

Page 3: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

História da doença atualHistória da doença atual

A mãe relata que a criança apresenta A mãe relata que a criança apresenta disúria há 20 dias acompanhado de febre disúria há 20 dias acompanhado de febre (Tax:39°) e lombalgia. A criança queixa-se (Tax:39°) e lombalgia. A criança queixa-se de esforço para urinar e gotejamento pós-de esforço para urinar e gotejamento pós-miccional. Nega hematúria e piúria nesse miccional. Nega hematúria e piúria nesse período.período.

Refere que esse quadro se repetiu por Refere que esse quadro se repetiu por duas vezes desde o início deste ano, uma duas vezes desde o início deste ano, uma em fevereiro, tratada ambulatorialmente e em fevereiro, tratada ambulatorialmente e outra em abril, necessitando de internação outra em abril, necessitando de internação no Hospital do Gama. Mãe não recorda o no Hospital do Gama. Mãe não recorda o nome das medicações administradas.nome das medicações administradas.

Page 4: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Revisão de SistemasRevisão de Sistemas

Cefaléia ocasionalmente. Nega perda Cefaléia ocasionalmente. Nega perda de peso. Nega alteração no trânsito de peso. Nega alteração no trânsito intestinal. intestinal.

Refere dificuldade visual, com Refere dificuldade visual, com diagnóstico de catarata(SIC). diagnóstico de catarata(SIC).

Nega tonturas e desmaios.Nega tonturas e desmaios.

Page 5: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Antecedentes Pessoais:Antecedentes Pessoais: --FisiológicosFisiológicos:: Nascido de parto normal a termo, Nascido de parto normal a termo,

sem intercorrências. Chorou ao nascer, peso sem intercorrências. Chorou ao nascer, peso 4150g, estatura de 52cm. Desenvolvimento 4150g, estatura de 52cm. Desenvolvimento neuropsicomotor adequado para idade. Cursa 3ª neuropsicomotor adequado para idade. Cursa 3ª série, com bom aproveitamento escolar.série, com bom aproveitamento escolar.

Mãe não trouxe o cartão de vacina, porém afirma Mãe não trouxe o cartão de vacina, porém afirma que está completo. que está completo.

Nega alergia medicamentosa.Nega alergia medicamentosa. --Patológicos:Patológicos: Uma internação aos 3 meses de Uma internação aos 3 meses de

idade (celulite em face??).idade (celulite em face??). Asma leve, em acompanhamento no Posto de Asma leve, em acompanhamento no Posto de

saúde. Aguarda realização de cirurgia para saúde. Aguarda realização de cirurgia para catarata no HBDF.catarata no HBDF.

Page 6: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Antecedentes Sócio-econômicos:Antecedentes Sócio-econômicos: Reside em zona rural, numa casa de Reside em zona rural, numa casa de

5 cômodos, com 5 pessoas. 5 cômodos, com 5 pessoas. Há luz elétrica e fossa asséptica. Há luz elétrica e fossa asséptica.

Possui um cão doméstico.Possui um cão doméstico.

Page 7: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Antecedentes Familiares:Antecedentes Familiares:

Mãe de 27 anos, com catarata Mãe de 27 anos, com catarata Pai é saudável, fumante (uma Pai é saudável, fumante (uma

carteira/dia).carteira/dia). Dois irmãos : 5 anosDois irmãos : 5 anos asma, 2 asma, 2

anosanos catarata e asma. catarata e asma. Nega consaguinidade.Nega consaguinidade. Nega HAS, DM e casos de câncer na Nega HAS, DM e casos de câncer na

família.família.

Page 8: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Ao ExameAo Exame

Ectoscopia: Regular estado geral, Ectoscopia: Regular estado geral, hidratado, hipocorado(+2/+4), hidratado, hipocorado(+2/+4), eupnéico, hipoativo, fácies dolorosa. eupnéico, hipoativo, fácies dolorosa.

Linfonodo submandibular, móvel, Linfonodo submandibular, móvel, pequeno(<1cm), indolor à palpação.pequeno(<1cm), indolor à palpação.

Oro e otoscopia: sem alterações.Oro e otoscopia: sem alterações. Mucosas hipocoradas (+2/+4).Mucosas hipocoradas (+2/+4).

Page 9: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Ao ExameAo Exame

Tórax: simétrico, atípico, sem esforço Tórax: simétrico, atípico, sem esforço respiratório, murmúrio vesicular respiratório, murmúrio vesicular fisiológico bilateral, sem ruídos fisiológico bilateral, sem ruídos adventícios. FR:20irpm.adventícios. FR:20irpm.

Ap. cardiovascular: ritmo cardíaco Ap. cardiovascular: ritmo cardíaco regular, em 2 tempos, bulhas regular, em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros. Pulsos normofonéticas, sem sopros. Pulsos cheios e simétricos. FC: 84bpm.cheios e simétricos. FC: 84bpm.

Page 10: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Ao ExameAo Exame Abdome: plano, normotenso, timpânico, Abdome: plano, normotenso, timpânico,

levemente doloroso à palpação em levemente doloroso à palpação em abdome inferior, RHA presentes. Sem abdome inferior, RHA presentes. Sem visceromegalias. Giordano positivo visceromegalias. Giordano positivo bilateralmente.bilateralmente.

Genitália: masculina, testículos tópicos, Genitália: masculina, testículos tópicos, presença de fimose importante, com presença de fimose importante, com impossibilidade de visualização da glande.impossibilidade de visualização da glande.

SNC: sem sinais meníngeos.SNC: sem sinais meníngeos.

Page 11: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

HemogramaHemograma

23/0623/06 26/0626/06 02/0702/07 07/0707/07HgHg 9,79,7 11,811,8 12,312,3 11,711,7HtHt 33,433,4 35,335,3 37,137,1 36,436,4VCMVCM 79,679,6 8080 81,881,8 82,282,2LeucLeuc 9.6009.600 12.00012.000 8.4008.400 11.00011.000SegSeg 4545 4343 4848 4848BastBast 0101 0000 0000 0000PlaqPlaq 340000340000 331000331000 300000300000 277000277000

Page 12: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Exames Complementares:Exames Complementares: EAS:EAS: (23/06/08) (23/06/08)Densidade:1015 Densidade:1015 pH:7.0 pH:7.0 Hemácias: 2p/cHemácias: 2p/cMuco(++)Muco(++)Flora bacteriana(++)Flora bacteriana(++)CED: 6 p/cCED: 6 p/cAlguns aglomerados de piócitos.Alguns aglomerados de piócitos.Nitrito negativoNitrito negativoHemoglobina: traçosHemoglobina: traços

Page 13: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Urocultura:Urocultura: (26/06) (26/06) > 100.000UFC> 100.000UFC USG rins e vias urináriasUSG rins e vias urinárias:: Ausência de sinais de hidronefrose Ausência de sinais de hidronefrose

bilateralmente.bilateralmente. Resíduo pós-miccional: 53cm³Resíduo pós-miccional: 53cm³

Page 14: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Hipótese DiagnósticaHipótese Diagnóstica

Page 15: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Conduta:Conduta: No dia 23/07:No dia 23/07:- HV(manutenção): SG 5%-----400mlHV(manutenção): SG 5%-----400ml NaCl 20%--3,5mlNaCl 20%--3,5ml KCl 10%--6mlKCl 10%--6mlEV 65 mgt/minEV 65 mgt/min- Gentamicina----70mg/kg/diaGentamicina----70mg/kg/dia- Dipirona 1ml, EV, 6/6h.Dipirona 1ml, EV, 6/6h.

Page 16: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

EvoluçãoEvolução Antibiograma: (27/06/08)Antibiograma: (27/06/08) E.coliE.coli sensível apenas a Imipenem e sensível apenas a Imipenem e

nitrofurantoína.nitrofurantoína. Conduta:Conduta:-Iniciado Imipenem---100mg/kg/dia-Iniciado Imipenem---100mg/kg/dia

Page 17: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

EvoluçãoEvolução Feito Imipenem por 10 dias, com Feito Imipenem por 10 dias, com

melhora clínica e laboratorial.melhora clínica e laboratorial. Urocultura do dia 30/06: negativa.Urocultura do dia 30/06: negativa.

No dia 08/07/08, o paciente foi No dia 08/07/08, o paciente foi submetido a postectoplastia. submetido a postectoplastia.

Page 18: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Infecção do Trato Infecção do Trato UrinárioUrinário

HRAS- PediatriaHRAS- PediatriaFabiana BorgesFabiana BorgesLucas MirandaLucas Miranda

Brasília,15/07/08Brasília,15/07/08

Page 19: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

DefiniçãoDefinição

Relaciona-se à Relaciona-se à presença de um presença de um número significativo número significativo de germes de germes patogênicos na patogênicos na urina (bacteriúria urina (bacteriúria significativa: significativa: >100.000 colônias >100.000 colônias por ml de urina).por ml de urina).

Page 20: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Prevalência e EtiologiaPrevalência e Etiologia ITU está entre as infecções ITU está entre as infecções

bacterianas mais comuns na bacterianas mais comuns na infância.infância.

Frequentemente é precursora de Frequentemente é precursora de doença renal grave do adulto.doença renal grave do adulto.

50% dos pacientes terão uma ou 50% dos pacientes terão uma ou mais recorrência.mais recorrência.

Page 21: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Prevalência e EtiologiaPrevalência e Etiologia MeninosMeninos: : 1% adquire ITU, a maioria no 1% adquire ITU, a maioria no

primeiro ano de vida. Mais primeiro ano de vida. Mais comum em não comum em não circuncidados.circuncidados.

> 1 ano: > 1 ano: ProteusProteus e e EE. . colicoli

MeninasMeninas:: 3-5%, sendo a idade média ao 3-5%, sendo a idade média ao

primeiro diagnóstico é de 3 primeiro diagnóstico é de 3 anos.anos.

75-90%: 75-90%: E. coliE. coli, seguida pela , seguida pela KlebsiellaKlebsiella e e Proteus.Proteus.

Page 22: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Prevalência e EtiologiaPrevalência e Etiologia

No primeiro ano de vida:No primeiro ano de vida: masculino:feminino masculino:feminino 2,8 a 5,4 2,8 a 5,4

Após 1-2 anos;Após 1-2 anos;Feminino:masculinoFeminino:masculino 1:10 1:10(Uretra mais curta e maior proximidade do ânus (Uretra mais curta e maior proximidade do ânus

com vaginal e uretra).com vaginal e uretra).

Page 23: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Classificação Segundo a Classificação Segundo a Localização da DoençaLocalização da Doença

1.1. Cistite:Cistite: Limitada à bexiga.Limitada à bexiga.

-Disúria.-Urina fétida.-Urgência miccional.-Polaciúria.-SEM febre.-Não produz lesão renal

Page 24: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Classificação Segundo a Classificação Segundo a Localização da DoençaLocalização da Doença

2. Pielonefrite aguda:2. Pielonefrite aguda: Infecção do parênquimaInfecção do parênquima renal.renal.

-Febre.-Comprometimento do estado geral.-Disúria-Sensação de queimação.-Lombalgia.-Vômitos.-Pode ser assintomática.-Pode resultar em lesão renal(cicatrizes pielonefríticas)

Page 25: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Classificação Segundo a Classificação Segundo a Localização da DoençaLocalização da Doença

3. Pielonefrite crônica:3. Pielonefrite crônica: Engloba condições diversas:Engloba condições diversas:

-Alterações histológicas do parênquima renal.-Alterações radiológicas dos rins.-Excreção contínua de bactérias -Presença de infecções recorrentes.

Page 26: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Classificação Segundo a Classificação Segundo a Localização da DoençaLocalização da Doença

4. Bacteriúria assintomática:4. Bacteriúria assintomática:

-Urocultura positiva sem qualquer manifestação de infecção.-Quase exclusiva em meninas.-É benigno e não causa lesão renal.

Page 27: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

EtiopatogeniaEtiopatogenia

Mecanismo mais frequente: Mecanismo mais frequente: Contaminação do trato urinário, via Contaminação do trato urinário, via

ascendente, por agentes microbianos ascendente, por agentes microbianos da flora intestinal.da flora intestinal.

Agente mais frequente:Agente mais frequente: E. coliE. coli

Page 28: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

EtiopatogeniaEtiopatogenia

Agentes mais comuns:Agentes mais comuns: Bacilos gram-negativos:Bacilos gram-negativos: E.coli, Proteus sp, Klebsiella sp, E.coli, Proteus sp, Klebsiella sp,

Enterobacter sp, Pseudomonas sp, Enterobacter sp, Pseudomonas sp, Serratia sp, Providencia sp.Serratia sp, Providencia sp.

Streptococcus faecalisStreptococcus faecalis Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus Staphylococcus saprophyticusStaphylococcus saprophyticus

Page 29: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

EtiopatogeniaEtiopatogenia

Agentes raros:Agentes raros: Bactérias anaeróbias:Bactérias anaeróbias: Bacteroides sp, Cocos anaeróbios, Bacteroides sp, Cocos anaeróbios,

Actinomyces, Clostridium perfrigensActinomyces, Clostridium perfrigens Brucella spBrucella sp M.tuberculosisM.tuberculosis Fungos:Fungos: Candida sp, Blastomyces sp, Candida sp, Blastomyces sp,

Cryptococcus , Hystoplasma spCryptococcus , Hystoplasma sp Vírus: Adenovírus tipo 11.Vírus: Adenovírus tipo 11.

Page 30: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Vias de infecçãoVias de infecção Via ascendente: (95%)Via ascendente: (95%) Bactérias ascendem da flora fecal, Bactérias ascendem da flora fecal,

colonizam o períneo e entram na colonizam o períneo e entram na bexiga pela uretra.bexiga pela uretra.

Caso ascendam da bexiga ao Caso ascendam da bexiga ao rimrimpielonefrite.pielonefrite.

Page 31: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Vias de infecçãoVias de infecção

Via hematogênica:Via hematogênica: Rara ocorrência.Rara ocorrência. Importante no período neonatal Importante no período neonatal

(septicemias)(septicemias)

Page 32: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Fatores PredisponentesFatores Predisponentes Anomalias do trato urinário:Anomalias do trato urinário: Obstrução:Obstrução: Ureterocele, estenose de junção Ureterocele, estenose de junção

pieloureteral.pieloureteral. Funcional:Funcional: refluxo vesicoureteral(RVU), bexiga refluxo vesicoureteral(RVU), bexiga

neurogênica.neurogênica. Alteração na imunidade.Alteração na imunidade. Cálculos ou traumas.Cálculos ou traumas.

Page 33: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Quadro ClínicoQuadro Clínico Recém-nascidosRecém-nascidos: :

(inespecífico)hipoatividade, anorexia, (inespecífico)hipoatividade, anorexia, distenção abdominal.distenção abdominal.

LactentesLactentes: : febre baixa, vômitos, febre baixa, vômitos, alteração no hábito intestinal, anorexia.alteração no hábito intestinal, anorexia.

Pré-escolares, escolares e Pré-escolares, escolares e adolescentesadolescentes: : queixas urinárias mais queixas urinárias mais específicas (disúria, polaciúria, retenção , específicas (disúria, polaciúria, retenção , enurese).enurese).

Page 34: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Exame FísicoExame Físico Dados vitais.Dados vitais. Dados antropométricos e percentis.Dados antropométricos e percentis. Percussão das lojas renais Percussão das lojas renais

(Giordano).(Giordano). Exame dos genitais: malformações, Exame dos genitais: malformações,

fimose, vulvovaginite(leucorréia).fimose, vulvovaginite(leucorréia).

Page 35: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Procedimentos DiagnósticosProcedimentos Diagnósticos Urina tipo 1:Urina tipo 1: Leucocitúria, hematúria e cilindrúria.Leucocitúria, hematúria e cilindrúria. Urocultura:Urocultura: Confirma o diagnóstico. Confirma o diagnóstico. A confiabilidade depende da coleta.A confiabilidade depende da coleta.

Page 36: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Valorização da UroculturaValorização da Urocultura

Método de colheita Método de colheita de urinade urina

Critérios de Critérios de positividadepositividade

Punção suprapúbicaPunção suprapúbica 1.000 colônias/ml1.000 colônias/ml

Cateterismo uretralCateterismo uretral 10.000 colônias/ml10.000 colônias/ml

Jato médioJato médio Meninos: 10.000 colônias/mlMeninos: 10.000 colônias/mlMeninas:100.000 colônias/mlMeninas:100.000 colônias/ml

Saco coletorSaco coletor 100.000 colônias/ml100.000 colônias/ml

Page 37: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Procedimentos DiagnósticosProcedimentos Diagnósticos Hemograma:Hemograma: Leucocitose e neutrofilia.Leucocitose e neutrofilia. Hemocultura:Hemocultura: Em caso se suspeita de infecção sistêmica Em caso se suspeita de infecção sistêmica

(toxemia).(toxemia). Proteinúria:Proteinúria: Se presente, sugere pielonefrite.Se presente, sugere pielonefrite.

Page 38: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Métodos de ImagemMétodos de Imagem Meninos: após o primeiro episódio de ITU Meninos: após o primeiro episódio de ITU

no sexo masculino em qualquer faixa no sexo masculino em qualquer faixa etária;etária;

Meninas: - abaixo de três anos, ITU Meninas: - abaixo de três anos, ITU complicada;complicada;

- meninas maiores de três anos a - meninas maiores de três anos a partir do segundo episódio.partir do segundo episódio.

* Há serviços que indicam investigação em todas as crianças com * Há serviços que indicam investigação em todas as crianças com diagnostico de ITU, no primeiro episodio, independente da faixa diagnostico de ITU, no primeiro episodio, independente da faixa etária e do sexo.etária e do sexo.

Page 39: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Métodos de ImagemMétodos de Imagem Ultra–sonografia (USG) das vias urináriasUltra–sonografia (USG) das vias urinárias

solicitar inicialmente. solicitar inicialmente. -avalia o tamanho renal, posição e textura -avalia o tamanho renal, posição e textura

do parênquima renal, avaliação da bexiga, do parênquima renal, avaliação da bexiga, presença de obstrução do trato urinário, presença de obstrução do trato urinário, massas abdominais e observação do massas abdominais e observação do resíduo vesical com USG pré e pós resíduo vesical com USG pré e pós miccional.miccional.

Page 40: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Métodos de ImagemMétodos de Imagem

Uretrocistografia miccional (UCM): Uretrocistografia miccional (UCM): realizada de quatro a seis semanas após a realizada de quatro a seis semanas após a ITU ITU (importante para o diagnostico de RVU).(importante para o diagnostico de RVU).

Se estes exames não mostrarem Se estes exames não mostrarem alterações, a investigação se encerra.alterações, a investigação se encerra.

Se um destes estiver alterado deve ser Se um destes estiver alterado deve ser realizada a cintilografia renal ou urografia realizada a cintilografia renal ou urografia excretora.excretora.

Page 41: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

TratamentoTratamento

Recomendações gerais:Recomendações gerais: -Estimular ingesta hídrica adequada e -Estimular ingesta hídrica adequada e

micção frequente. micção frequente. -Medidas higiênicas em meninas.-Medidas higiênicas em meninas.

Page 42: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Tratamento Específico (VO)Tratamento Específico (VO)MedicamentosMedicamentos DosesDoses Efeitos Efeitos

colaterais colaterais NitrofurantoínaNitrofurantoína 2-5mg/kg/dia, 2-5mg/kg/dia,

6/6h6/6hNão usar em Não usar em menores de 6 menores de 6 meses e Cl.Creat meses e Cl.Creat menor que 50%menor que 50%

Ácido nalidíxicoÁcido nalidíxico 60mg/kg/dia, 60mg/kg/dia, 6/6h6/6h

Não usar em Não usar em menores de 6 menores de 6 mesesmeses

SulfatrimetropimSulfatrimetropim 40mg/kg/dia, 40mg/kg/dia, 12/12h12/12h

Não usar no Não usar no primeiro mês de primeiro mês de vida. Alta vida. Alta resistência resistência bacteriana (35%)bacteriana (35%)

CefalexinaCefalexina 50mg/kg/dia, 50mg/kg/dia, 6/6h6/6h

Causa repercussão Causa repercussão na flora intestinalna flora intestinal

Page 43: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Tratamento Específico (EV/IM)Tratamento Específico (EV/IM)

MedicamentoMedicamento DoseDose

AmicacinaAmicacina 15mg/kg/dia,12/12h15mg/kg/dia,12/12h

CeftriaxonaCeftriaxona 50-100mg/kg/dia, 12-24h50-100mg/kg/dia, 12-24h

GentamicinaGentamicina 5-7,5mg/kg/dia, 8/8h5-7,5mg/kg/dia, 8/8h

AmpicilinaAmpicilina 50-100mg/kg/dia, 6/6h50-100mg/kg/dia, 6/6h

Page 44: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

TratamentoTratamento RN:RN: Internação com antibioticoterapia Internação com antibioticoterapia EV.EV. Lactentes, pré-escolares e escolares:Lactentes, pré-escolares e escolares: Ác. Nalidíxico, Nitrofurantoína, Ác. Nalidíxico, Nitrofurantoína,

Sulfametoxazol, Cefalosporinas, Sulfametoxazol, Cefalosporinas, Aminoglicosídeos, QuinolonasAminoglicosídeos, Quinolonas(uso deve ser (uso deve ser evitado em crianças, pois pode comprometer cartilagem de evitado em crianças, pois pode comprometer cartilagem de crescimento).crescimento).

Page 45: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

QuimioprofilaxiaQuimioprofilaxia Deve ser iniciado imediatamente Deve ser iniciado imediatamente

após erradicação da infecção.após erradicação da infecção. Drogas: sulfametoxazol-trimetropim, Drogas: sulfametoxazol-trimetropim,

nitrofurantoína, cefalexina.nitrofurantoína, cefalexina. Indica-se em todas as crianças até Indica-se em todas as crianças até

terminar investigação.terminar investigação.

Page 46: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

CircuncisãoCircuncisão Indicada em meninos com ITU Indicada em meninos com ITU

recorrente e com RVUrecorrente e com RVU

Page 47: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

SeguimentoSeguimento Urocultura uma semana após iniciar Urocultura uma semana após iniciar

o tratamento.o tratamento. Devem ser realizadas uroculturas Devem ser realizadas uroculturas

mensais no primeiro semestre, mensais no primeiro semestre, bimestrais no segundo semestre e bimestrais no segundo semestre e trimestrais no segundo ano após a trimestrais no segundo ano após a infecção.infecção.

Page 48: Caso Clínico: Infecção do Trato Urinário

Marcondes, Eduardo et al. Marcondes, Eduardo et al. Pediatria Pediatria basica: basica: pediatria geral e neonatal, tomo I. pediatria geral e neonatal, tomo I. 9.ed.. São Paulo: Sarvier, 2002 9.ed.. São Paulo: Sarvier, 2002

http://www.aisi.edu.br/ligapediatria/infeccahttp://www.aisi.edu.br/ligapediatria/infeccao.htmo.htm

Nelson: Tratado de Pediatria - RICHARD E. Nelson: Tratado de Pediatria - RICHARD E. BEHRMAN & ROBERT KLIEGMAN & HAL B. BEHRMAN & ROBERT KLIEGMAN & HAL B. JENSONJENSON

http://www.sbn.org.br/Diretrizes/itu.htmhttp://www.sbn.org.br/Diretrizes/itu.htm