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immm ' iam» JEX JUI2 ttá ITORA, Quarta-feira 28 d~« Janeiro de 18S5. Bib\ioÜiec a $í_ci»nul 5 PARA A CIDADB i4#ooa 8|000 4|009 liük» for anna Por ieii mezea . . . . Por trez mezes . . . . amnJNCios : 100 n. Bscrlptorla e reáaeçá* c 10 Rua Halfeld 10 __Nl.Ut.CI0S PARA FORA 1*7500» 8S0OO 58000 100 rn. a linha Por armo. . . . Por seis mezes Por tres riiozes Escriptorio e redacção : 10 Rua Halfeld 16 PUBLICAÇÃO DIA.RIA Os artigos enviados 4 redacção nfto uer&o restituidoa ainda que nfto sejfto publicados. REDACTOR E PROPRIETÁRIO G _. C, DUPIN Nao se aceita publicação alguma que nfto traga a responsabilidade effectiva do seu autor. TELEGRAMMAS S. Paulo, 2C> de Janeiro. A junta apuradora do 5* districto, reunida em ítaçeninga, expedio diplo- raa ao eohselheiro Duarte cie Azevedo. H5o houve contestação. Pariz, 25 de Janeiro. As tropas franceza» ^em operaçOea na China, tiverío um ligeiro revez na eccasiSo em que fazifio um reconheci- mento na Ilha Formosa. As tuas perdas forao do 19 mortos 26 feridos. Pariz, 26 de Janeiro. Effiectuar5o-se hontem as eleições para a renovação da terça parte dos senadores, bem eomo para preenchi- mento dos lugares vagos por mortes ou demissões dos senadores. Os resul- tados completos dSo como eleitoa 67 membros cio partido republicano e 20 conservadores. ii nossa Industria Accusando recepção de 'uma fo- lhinlia.que lhe foi offerecida pelos Srs. Schubert Irmãos, Haas & C*., diz a Folha Nova de 24 do corrente: a Sorprehendeu-nos a correcção do trabalho lithographico, por ser feito em Juiz de Fora. » Tendo sido executado o trabalho nas nossas officinas, agradecemos o «logio, se bem que indirecto, e po- demos garantir ao collega quo não somente em typographia e em li- thographia, como em muitos outros ramos de industria, a cidado de Juiü de Fóra nada tem que invejar & cidade» aliás muito mais impor- tantes. Assim se conrencessera desta terdade os consumidores e se dei- xassem da mania de mandar Tir da Côrle tudo aquillo de que necessi- tão, sob pretexto de ser melhor e mais barato. Mo comprehendem elles que as- sim procedendo, tirão da circulação do nosso mercado quantias arul- tadas que nunca mais voltão, ao passo que aquillo que gastão no lugar, volta-lhes as mãos, directa ou indirectaraente. Desgraçadamente para a indus- FOLHETIM 69 O ROMANCE DB UMA MULHER HONESTA POR VICTOR CHERBULLIEZ íTrad. da Revista dos Dous-Mundos) ¦ A'-,„ (Continuação) Beroltarâo-me os seus sarcas- mos ; a minha ferida sangrava. Eu tinha promettido a mim mes- ma que me havia de conter ; não o pude, e, querendo pagar um insulto com outro insulto, excia- mei erguendo a cabeça: E quem lhe diz senhor, que eu não me entreguei de corpo e alma ? Max estremeceu, indireitou-se como que soerguido pela cólera, e, recuando um passo : Não ó, não pôde ser, pois que estou aqui, que lhe estou fallando, e que ainda não matei ninguém I Tem Qf^ueeúa<ía_0« qa« ma tria nacional, não é entro nós que se o facto que apontamos: na Côrle dão preferencia ao quo é estrangeire, nas cidades do inte- rio:1 p •er.-r.ri o que vem da Côrle. A ..uior parte dos negociantes, com o intuito de realisarem eco- nomias ás vezes bem mesquinhas, trazem da Côrle tudo aquillo de que necessilão para o seu gasto ; . mas se todos aquelles que tem re- lações com o Rio de Janeiro se- guissem esse exemplo, o que é fácil era vista do grande numero de agentes de toda especie que infes- tão as cidades do interior, a quem venderião os negociantes em questão os artigos que lem em suas casas ? ) Não temos pretenção de conver- ter quem quer que seja ; sabemos que o costume de mandar vir da Côrle é um costume muilo inveterado, e que ató mesmo è da moda não se conlenlar a genle com o que tem á mão ; queremos tão somente tornar patente o mo- tivo da pouca prosperidade das industrias entre nós. Embora consiga o fabricante tra- balhar com a maior perfeição e forneça os seus pròductos por pre- ços iguaes aos que se paga fóra, nunca conseguirá vencer a concur- rencia, nem atlrahir a freguezia, porque aquelles que lhe compra- rem os seus artefactos, não terão o gosto do dizer a quem lhes per- guntar onde comprarão eslo ou aquelle objecto : Mandei vir da Ctrle I Não deixando neste caso o interlocutor de acerescentar em tom profundamente convencido: —• Logo vi I aqui não se trabalha as- sim, nem por esle preço I Questão de I CARNAVAL Começão cedo este anno os pre- parativos para o carnaval ; no sorprehendem, lhe disse eu. E eu, porque é que estou aqui ? Eu pen- aava que um homem honrado tinha uma palavra. Respondeu-me com uma voz terrível : E que me importa a mim aquiiio que eu disse, aquillo que eu jurei ? Tomou ao sério esàas criancices ? Não sabe então quem eu sou 1 A minha palavra 1 a minha palavra 1 o que foi que prometti ? vivo desde hontem. Não me falle dos meus erros ; pede contas delles ao insensato que eu era e que não sou ; elle é quem deve responder-lhe, eu não o conheço. sei e quero saber uma cousa : é que é minha. Ai do homem que roçasse com os lábios um dos vossos cabellos 1 Desgraçado daquelle para quem se dirigirão os vossos olhares, para quem se sorrirão os vossos lábios 1 Não deixarei que me rou- bem aquillo que me pertence ; paguei-o com lagrimas de sangue. Partiremos amanhã, senhora, e jurar-me-ha que ha de esque- cer; eu o quero, tenho uma palavra, senhora... Acredita então que se possa inpunemente redu- zir-me ao desespero I Era preciso enganar-me, senhora, era preciso ter tido xv gjeuerosidade de mentir :l domingo á noute, andava pelas ruas desta cidade um formidável Pereira 1 CORRESPONDÊNCIA DE PORTU- GAL Acha-se' nesta cidade o Sr~ João Machado Tavares, administ- rador geral, para todo o império do Ura- zil, da Correspondência de Por- iugal. Esse jornal que conla 2£4 an- nos de existência é expedi-do da Europa à parlida de cada paquete, c traz todas as noticias da ______ lliina hora. Publica-se quairo vezes poar moi e custa apenas (Í3Í000 por an»o. E' pois de crer que o Sr. T». vares consiga angariar números-asas- signaturas nesta cidade para a Correspondência de Portuya l quo ficará depois á cargo do Sr. com- mendador Nuno Teimo. A edição especial para o ^Brazil contem em todos os números i Uraa revista politica de E*orlu- gal isenta complelamenlo de apre- ciações, que possão ser sus peitas de paixão partidária. Uma revista do moviczncnlo litterario de Portugal. Uma revista econômica e rünan- ceira de Portugal. Uma revista commerciai inte- resse para o Brazil. Uma revista provinciana de Por- tugal e Ilhas. Uma revista de obras pateta, caminhos do ferro e estradsas do Portugal. Uma revista das colônias portu- guezas. Um noticiário permanente, quo aproveite de prompto ao passageiro do Brazil, que desembarcam" em portugal. Todos os escriplos enviados por intervenção das sociedades li Hera- rias portuguezas no Brazil, serão publicadas gratuitamente. E' cega então, o seu anjo máo poz-lhe uma nuvem sobire ns olhos ? Acredita que eu -fcenlm algum escrúpulo ? creio na minha dor... E batendo no p eito: Ah 1 se soubesse o que so passa aqui 1 Se soubesse em qu©-*- cm- prego as minhas noites, quaes são os meus pensamentos, osmemasso- nhos...Por duas vezes, sim» por duas vezes, jurei matal-a. ²Mate me, disse eu, lovatxitan- do os hombros ; mas eu amo, estou livre, e não partirei. Soltou um grito e correu para o fogão : o seu facão de caça*, fica- ra ahi. Antes que eu tivesse tido tempo de pensar em cousa salgu- ma, estava na minha frente, com as feições transtornadas e o Tbrnço erguido. Tive medo, creio quão toi o que me salvou ; estendi a__ mio para afastar a faca ; feri-rae Zlig-ei- ramente, é meu sangue co-rreu, A vista desse sangue me acal mou, a morte me sorrio, e, erguendo- me a meio para ir ao encontro do golpe, eu lhe disse, enesaran- do-o fixamente ; ²Mate-me, mas não m_5= faça esperar 1 Elle contemplava a minha— mão ferida ; o braço começou a. tre* mer-lhe. e não posso expriara.ro GAMARA MUNICIPAL SeNfliE.» ordinária ceti 14 dc Janeiro de IN HA PIUSSIDENCIA 1)0 HEV1). PADRE JOÃO BAPTISTA DE SOUZA. ROUSSIN. Secretario, Francisco de Paula Campos A's 11 horas da mauha, achan- do-su presentes os Srs. vereauores ür. Francisco Beruardiuo Rodri- gues Silva, ür. Lago Barboza, Dr. Nery, Dr. Necezio e alferes Pereira da íáilva, sob a presideu- cia do Sr. Revd. padre João Rous- siu, abrio-se a sessão por haver numero legal, faltando os demais Sr.s. vereadores. Foi lida ü approvaJa a acta da sessão antecedente. ORDEM ÜO DIA 1'parte.—0 Sr. secretario pro- cedeu a leitura do seguinte EXPEDIENTE Officio.— Da Exma. presidência da província, de 24 de Dezembro do anno pretérito, communican- do para os fius convenientes e em cumprimouto do aviso do minis- terio do Império, de 10 daquelle m.(Z, que tendo Josó Fernandes Leite requerido liceuça para trans- ferir a pharmacia que possue na freguezia de Saut'Anna do Caran- iJaby, para a do Rosário deste municipio, na qual segundo in- forma esta municipalidade,nflo lin pharmacia alguma, nada obsta a indicada transferencia, por isso que a disposição do art. 73 do re- gulamento de 19 de Janeiro de 1882, uao e applicavel ao caso vertente.—Inteirada. Outro da mesma Exma. presi- deneia, de 31 do Dezembro pro- ximo lindo, que ein virtude do que lhe foi recommendado pelo ministério da agricultura, em avi- sode29do corrente, sob n. 13, haja a câmara de informar, com o que lhe oceorrer, o incluso re- q-ierimento em que o tenente-co- ronel Manoel Vidal Barboza Lage, pede autorisaç&o para explorar carvão de pedra e petróleo em terras de propriedade sua, neste municipio ; outròsim, que a ca- mara mando a .lixar nos lugares públicos e pela imprensa o edital junto, pelo qual sSo convidados todos os interessadas a apresentar, dentro do prazo du 30 dias, con- que li em sous olhos. A chamma que nelles brilhava se apagou gradualmente: o seu furor deu lugar a uma tristeza amarga. De repente fez uma cousa exquisita ; olhou pnra a faca, vio nella uma gota de sangue, c, como para estancar uma sede mysterio- sa, levou-a aos lábios e bebeu-a ; depois, atirando com a faca no chão, sahio do salão. Tudo isso se passara tão rapi- damente que me pareceu por um instante que fora um sonho; a minha mão ferida, me chamou ao sentimento da realidade. Como eu lastimava que todo o me*: mal se reduzisse á uma arranhadura I Porque segurara ou a faca ? Es- ¦fcaria morta, pensava eu, e estava "tudo acabado. Ai ! era preciso re- começar tudo ! Se depois de um eurto descanso eu devia affron- ¦tar de novo .semelhantes emoções, resistirião as minhas forças ? Es* tava segura de minha alma, mas não o estava dos meus nervos. Um instante, de fraqueza o a minlia derrota tomava-se irreparável. Ali I antes a morte I... Mas não era a minha vida que se achava ern perigo. Como prevenir um encontro que eu não podia prever som estremecer ? Eu tados daquella data, quaesquer re- clamnçOes que acerca de seme- lliante pedido tenh&o de fazer.—• Informe-se em tempo. Representação de Mattos &* Ir- mfto e outros pedindo a collocaçâo dos lampeões precisos na rua do Sapo ou Conde d'Eu. Sobre esta representação pro- nunciarao-se os Srs. vereadores Pereira da Silva, Dr. Nery e Dr. Laga Barboza, requerendo este se- nhor que a mesma representação fosse á commissão de legislação para dar parecer, « assim se resol- veu. Requerimentos. Do pharma- ceutico Balliino de Magalhães Gomes, pedindo pagamento de 2_)#*100, importância de medica- mentos fornecidos a pobreza por conta da municipalidade. A' commissão de fazenda. De Anlonio Nunes de Moraes Coimbra, juiz de paz presidente da mesa eleitoral do districto da Cha- cara, pedindo pagamento de 12S. despezas feitas com as ultimas eleições, como consta da couta junta.—Pague-se dentro da verba. Forao lidos sete requerimentos, pedindo pagamento de custas ju- diciaes, sendo : Um (ío 2" tabellião Fortes, pe- dindo por si e por ouiros, a quan- tia de 8058800.— A' commissão de fazenda. Do Io tabellião Rocha, pedindo pagamento de 2278240.—O mes- mo destino. De Augusto Carlos Alvares Penna, escrivão da policia, pe- dindo pagamento de 2198700.— O mesmo destiuo. De Josó Nicolào de Souza pe- dindo pagamento de t?4í)750.— O mesmo destino. De João Carlos da Silva, oífi- ciai de justiça, pedindo o paga- mento de 38$.—O mesmo destiuo. Do official de justiça, Adolpho Ramos; pedindo o pngamento de 38$. —O mesmo destino. De Francisco Rodrigues Ramos, pedindo o pagamento de 30$. O mesmo destino. De Mattos & Irmão, com infor- maçao do alinhádor da câmara manifestando haverem concluído o calçamento e canal da rua do Espirito Santo, e pedem o paga- mento de ü:0r*0jí700, importância das obras. A' commissão do obras. Do fiscal do 2o districto, com informação do procurador da ca- condemnava a minlia impvuden- cia Que, simplicidade a minha de suppòr que Max respeitai-la a mi nha liberdade I Ultrajado o seu orgulho, podia eu acreditar que elle se julgasse ligado pelas vãs promessas que eu outr'ora con-o- guira facilmente da sua indiffe- rença ? A que arrastamentos ce- dôra eu ? Fora muito complacente com a minha dôr, offerecóra-lhe como a um d us unia innocente victima em sacrifício I Ah ! se era preciso sangue para expiar esse erro funesto, corresse o meu I Subi para o meu quarto ; des* pedi Margarida, fechei a porta com a chave. Atirei-me em cima da cama e aby.-mei-me nos meus pensamentos. Eu procurava uma solução, mas não encontrava ne- nhuma. E que podia eu encon- trar ? Nem sequer sabia o que que- ria. Tornei a levantar-me, e para illudir a minha agitação, talvez levada por uma dessas supersti- ções de um espirito atormentado que, não encontrando mais recur- sos ein sua sabedoria, recorre k vaidade dos oráculos, tomei de olhos fechados um volume em uma das prateleiras da minha bi- bliotheca. / Continúu.)

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5

PARA A CIDADBi4#ooa8|0004|009liük»

for annaPor ieii mezea . . . .Por trez mezes . . . .

amnJNCios : 100 n. •

Bscrlptorla e reáaeçá* c10 Rua Halfeld 10

__Nl.Ut.CI0S

PARA FORA1*7500»8S0OO58000

100 rn. a linha

Por armo. . . .Por seis mezesPor tres riiozes

Escriptorio e redacção :10 Rua Halfeld 16

PUBLICAÇÃO DIA.RIAOs artigos enviados 4 redacção nfto uer&o restituidoa

ainda que nfto sejfto publicados.REDACTOR E PROPRIETÁRIO G _. C, DUPIN

Nao se aceita publicação alguma que nfto tragaa responsabilidade effectiva do seu autor.

TELEGRAMMASS. Paulo, 2C> de Janeiro.

A junta apuradora do 5* districto,reunida em ítaçeninga, expedio diplo-raa ao eohselheiro Duarte cie Azevedo.H5o houve contestação.

Pariz, 25 de Janeiro.As tropas franceza» ^em operaçOea

na China, tiverío um ligeiro revez naeccasiSo em que fazifio um reconheci-mento na Ilha Formosa.

As tuas perdas forao do 19 mortos •26 feridos.

Pariz, 26 de Janeiro.Effiectuar5o-se hontem as eleições

para a renovação da terça parte dossenadores, bem eomo para preenchi-mento dos lugares vagos por mortesou demissões dos senadores. Os resul-tados completos dSo como eleitoa 67membros cio partido republicano e 20conservadores.

ii nossa Industria

Accusando recepção de 'uma fo-lhinlia.que lhe foi offerecida pelosSrs. Schubert Irmãos, Haas & C*.,diz a Folha Nova de 24 do corrente:

a Sorprehendeu-nos a correcçãodo trabalho lithographico, por serfeito em Juiz de Fora. »

Tendo sido executado o trabalhonas nossas officinas, agradecemos o«logio, se bem que indirecto, e po-demos garantir ao collega quo nãosomente em typographia e em li-thographia, como em muitos outrosramos de industria, a cidado deJuiü de Fóra nada tem que invejar& cidade» aliás muito mais impor-tantes.

Assim se conrencessera destaterdade os consumidores e se dei-xassem da mania de mandar Tir daCôrle tudo aquillo de que necessi-tão, sob pretexto de ser melhor emais barato.

Mo comprehendem elles que as-sim procedendo, tirão da circulaçãodo nosso mercado quantias arul-tadas que nunca mais voltão, aopasso que aquillo que gastão nolugar, volta-lhes as mãos, directaou indirectaraente.

Desgraçadamente para a indus-

FOLHETIM 69

O ROMANCEDB

UMA MULHER HONESTAPOR

VICTOR CHERBULLIEZ

íTrad. da Revista dos Dous-Mundos)¦ A'- ,„

(Continuação)

Beroltarâo-me os seus sarcas-mos ; a minha ferida sangrava.Eu tinha promettido a mim mes-ma que me havia de conter ; nãoo pude, e, querendo pagar uminsulto com outro insulto, excia-mei erguendo a cabeça: — Equem lhe diz senhor, que eu jánão me entreguei de corpo ealma ?

Max estremeceu, indireitou-secomo que soerguido pela cólera,e, recuando um passo : — Não ó,não pôde ser, pois que estou aqui,que lhe estou fallando, e queainda não matei ninguém I

— Tem Qf^ueeúa<ía_0« qa« ma

tria nacional, não é sô entro nósque se dá o facto que apontamos:na Côrle dão preferencia ao quo éestrangeire, nas cidades do inte-rio:1 p •er.-r.ri o que vem da Côrle.

A ..uior parte dos negociantes,com o intuito de realisarem eco-nomias ás vezes bem mesquinhas,trazem da Côrle tudo aquillo deque necessilão para o seu gasto ;

. mas se todos aquelles que tem re-lações com o Rio de Janeiro se-guissem esse exemplo, o que é fácilera vista do grande numero deagentes de toda especie que infes-tão as cidades do interior, aquem venderião os negociantes emquestão os artigos que lem emsuas casas ? )

Não temos pretenção de conver-ter quem quer que seja ; sabemosque o costume de — mandar virda Côrle — é um costume muiloinveterado, e que ató mesmo èda moda não se conlenlar a genlecom o que tem á mão ; queremostão somente tornar patente o mo-tivo da pouca prosperidade dasindustrias entre nós.

Embora consiga o fabricante tra-balhar com a maior perfeição eforneça os seus pròductos por pre-ços iguaes aos que se paga fóra,nunca conseguirá vencer a concur-rencia, nem atlrahir a freguezia,porque aquelles que lhe compra-rem os seus artefactos, não terão ogosto do dizer a quem lhes per-guntar onde comprarão eslo ouaquelle objecto : — Mandei vir daCtrle I — Não deixando neste casoo interlocutor de acerescentar emtom profundamente convencido: —•Logo vi I aqui não se trabalha as-sim, nem por esle preço I

Questão de fé I

CARNAVALComeção cedo este anno os pre-

parativos para o carnaval ; já no

sorprehendem, lhe disse eu. E eu,porque é que estou aqui ? Eu pen-aava que um homem honrado sótinha uma palavra.

Respondeu-me com uma vozterrível : — E que me importa amim aquiiio que eu disse, aquilloque eu jurei ? Tomou ao sérioesàas criancices ? Não sabe entãoquem eu sou 1 A minha palavra 1a minha palavra 1 o que foi queprometti ? Só vivo desde hontem.Não me falle dos meus erros ;pede contas delles ao insensatoque eu era e que já não sou ; elleé quem deve responder-lhe, eunão o conheço. Só sei e só querosaber uma cousa : é que é minha.Ai do homem que roçasse com oslábios um só dos vossos cabellos 1Desgraçado daquelle para quemse dirigirão os vossos olhares,para quem se sorrirão os vossoslábios 1 Não deixarei que me rou-bem aquillo que me pertence ;paguei-o com lagrimas de sangue.Partiremos amanhã, senhora, ejurar-me-ha que ha de esque-cer; eu o quero, só tenho umapalavra, senhora... Acredita entãoque se possa inpunemente redu-zir-me ao desespero I Era precisoenganar-me, senhora, era precisoter tido xv gjeuerosidade de mentir:l

domingo á noute, andava pelasruas desta cidade um formidávelZé Pereira 1

CORRESPONDÊNCIA DE PORTU-GAL

Acha-se' nesta cidade o Sr~ JoãoMachado Tavares, administ- radorgeral, para todo o império do Ura-zil, da Correspondência de Por-iugal.

Esse jornal que já conla 2£4 an-nos de existência é expedi-do daEuropa à parlida de cada paquete,c traz todas as noticias da ______ lliinahora.

Publica-se quairo vezes poar moie custa apenas (Í3Í000 por an»o.

E' pois de crer que o Sr. T». varesconsiga angariar números-asas-signaturas nesta cidade para aCorrespondência de Portuya l quoficará depois á cargo do Sr. com-mendador Nuno Teimo.

A edição especial para o ^Brazilcontem em todos os números i

Uraa revista politica de E*orlu-gal isenta complelamenlo de apre-ciações, que possão ser sus peitasde paixão partidária.

Uma revista do moviczncnlolitterario de Portugal.

Uma revista econômica e rünan-ceira de Portugal.

Uma revista commerciai d« inte-resse para o Brazil.

Uma revista provinciana de Por-tugal e Ilhas.

Uma revista de obras pateta,caminhos do ferro e estradsas doPortugal.

Uma revista das colônias portu-guezas.

Um noticiário permanente, quoaproveite de prompto ao passageirodo Brazil, que desembarcam" emportugal.

Todos os escriplos enviados porintervenção das sociedades li Hera-rias portuguezas no Brazil, serãopublicadas gratuitamente.

E' cega então, o seu anjo máopoz-lhe uma nuvem sobire nsolhos ? Acredita que eu -fcenlmalgum escrúpulo ? Só creio naminha dor... E batendo no p eito:Ah 1 se soubesse o que so passaaqui 1 Se soubesse em qu©-*- cm-prego as minhas noites, quaes sãoos meus pensamentos, osmemasso-nhos...Por duas vezes, sim» porduas vezes, jurei matal-a.

Mate me, disse eu, lovatxitan-do os hombros ; mas eu amo, estoulivre, e não partirei.

Soltou um grito e correu parao fogão : o seu facão de caça*, fica-ra ahi. Antes que eu tivesse tidotempo de pensar em cousa salgu-ma, estava na minha frente, comas feições transtornadas e o Tbrnçoerguido. Tive medo, creio quão toio que me salvou ; estendi a__ miopara afastar a faca ; feri-rae Zlig-ei-ramente, é meu sangue co-rreu,A vista desse sangue me acal mou,a morte me sorrio, e, erguendo-me a meio para ir ao encontrodo golpe, eu lhe disse, enesaran-do-o fixamente ;

Mate-me, mas não m_5= façaesperar 1

Elle contemplava a minha— mãoferida ; o braço começou a. tre*mer-lhe. e não posso expriara.ro

GAMARA MUNICIPALSeNfliE.» ordinária ceti 14

dc Janeiro de IN HAPIUSSIDENCIA 1)0 HEV1). PADRE JOÃO

BAPTISTA DE SOUZA. ROUSSIN.

Secretario, Francisco de PaulaCampos

A's 11 horas da mauha, achan-do-su presentes os Srs. vereauoresür. Francisco Beruardiuo Rodri-gues Silva, ür. Lago Barboza,Dr. Nery, Dr. Necezio e alferesPereira da íáilva, sob a presideu-cia do Sr. Revd. padre João Rous-siu, abrio-se a sessão por havernumero legal, faltando os demaisSr.s. vereadores.

Foi lida ü approvaJa a acta dasessão antecedente.

ORDEM ÜO DIA1'parte.—0 Sr. secretario pro-

cedeu a leitura do seguinteEXPEDIENTE

Officio.— Da Exma. presidênciada província, de 24 de Dezembrodo anno pretérito, communican-do para os fius convenientes e emcumprimouto do aviso do minis-terio do Império, de 10 daquellem.(Z, que tendo Josó FernandesLeite requerido liceuça para trans-ferir a pharmacia que possue nafreguezia de Saut'Anna do Caran-iJaby, para a do Rosário destemunicipio, na qual segundo in-forma esta municipalidade,nflo linpharmacia alguma, nada obsta aindicada transferencia, por issoque a disposição do art. 73 do re-gulamento de 19 de Janeiro de1882, uao e applicavel ao casovertente.—Inteirada.

Outro da mesma Exma. presi-deneia, de 31 do Dezembro pro-ximo lindo, que ein virtude doque lhe foi recommendado peloministério da agricultura, em avi-sode29do corrente, sob n. 13,haja a câmara de informar, como que lhe oceorrer, o incluso re-q-ierimento em que o tenente-co-ronel Manoel Vidal Barboza Lage,pede autorisaç&o para explorarcarvão de pedra e petróleo emterras de propriedade sua, nestemunicipio ; outròsim, que a ca-mara mando a .lixar nos lugarespúblicos e pela imprensa o editaljunto, pelo qual sSo convidadostodos os interessadas a apresentar,dentro do prazo du 30 dias, con-

que li em sous olhos. A chammaque nelles brilhava se apagougradualmente: o seu furor deulugar a uma tristeza amarga. Derepente fez uma cousa exquisita ;olhou pnra a faca, vio nellauma gota de sangue, c, comopara estancar uma sede mysterio-sa, levou-a aos lábios e bebeu-a ;depois, atirando com a faca nochão, sahio do salão.

Tudo isso se passara tão rapi-damente que me pareceu por uminstante que fora um sonho; aminha mão ferida, me chamou aosentimento da realidade. Como eulastimava que todo o me*: mal sereduzisse á uma arranhadura I —Porque segurara ou a faca ? Es-¦fcaria morta, pensava eu, e estava"tudo acabado. Ai ! era preciso re-começar tudo ! — Se depois deum eurto descanso eu devia affron-¦tar de novo .semelhantes emoções,resistirião as minhas forças ? Es*tava segura de minha alma, masnão o estava dos meus nervos. Uminstante, de fraqueza o a minliaderrota tomava-se irreparável.Ali I antes a morte I...

Mas não era só a minha vidaque se achava ern perigo. Comoprevenir um encontro que eu nãopodia prever som estremecer ? Eu

tados daquella data, quaesquer re-clamnçOes que acerca de seme-lliante pedido tenh&o de fazer.—•Informe-se em tempo.

Representação de Mattos &* Ir-mfto e outros pedindo a collocaçâodos lampeões precisos na rua doSapo ou Conde d'Eu.

Sobre esta representação pro-nunciarao-se os Srs. vereadoresPereira da Silva, Dr. Nery e Dr.Laga Barboza, requerendo este se-nhor que a mesma representaçãofosse á commissão de legislaçãopara dar parecer, « assim se resol-veu.

Requerimentos. — Do pharma-ceutico Balliino de MagalhãesGomes, pedindo pagamento de2_)#*100, importância de medica-mentos fornecidos a pobreza porconta da municipalidade. — A'commissão de fazenda.

De Anlonio Nunes de MoraesCoimbra, juiz de paz presidente damesa eleitoral do districto da Cha-cara, pedindo pagamento de 12S.despezas feitas com as ultimaseleições, como consta da coutajunta.—Pague-se dentro da verba.

Forao lidos sete requerimentos,pedindo pagamento de custas ju-diciaes, sendo :

Um (ío 2" tabellião Fortes, pe-dindo por si e por ouiros, a quan-tia de 8058800.— A' commissãode fazenda.

Do Io tabellião Rocha, pedindopagamento de 2278240.—O mes-mo destino.

De Augusto Carlos AlvaresPenna, escrivão da policia, pe-dindo pagamento de 2198700.—O mesmo destiuo.

De Josó Nicolào de Souza pe-dindo pagamento de t?4í)750.— Omesmo destino.

De João Carlos da Silva, oífi-ciai de justiça, pedindo o paga-mento de 38$.—O mesmo destiuo.

Do official de justiça, AdolphoRamos; pedindo o pngamento de38$. —O mesmo destino.

De Francisco Rodrigues Ramos,pedindo o pagamento de 30$. —O mesmo destino.

De Mattos & Irmão, com infor-maçao do alinhádor da câmaramanifestando haverem concluídoo calçamento e canal da rua doEspirito Santo, e pedem o paga-mento de ü:0r*0jí700, importânciadas obras. — A' commissão doobras.

Do fiscal do 2o districto, cominformação do procurador da ca-

condemnava a minlia impvuden-cia Que, simplicidade a minha desuppòr que Max respeitai-la a minha liberdade I Ultrajado o seuorgulho, podia eu acreditar queelle se julgasse ligado pelas vãspromessas que eu outr'ora con-o-guira facilmente da sua indiffe-rença ? A que arrastamentos ce-dôra eu ? Fora muito complacentecom a minha dôr, offerecóra-lhecomo a um d us unia innocentevictima em sacrifício I Ah ! se erapreciso sangue para expiar esseerro funesto, corresse só o meu I

Subi para o meu quarto ; des*pedi Margarida, fechei a portacom a chave. Atirei-me em cimada cama e aby.-mei-me nos meuspensamentos. Eu procurava umasolução, mas não encontrava ne-nhuma. E que podia eu encon-trar ? Nem sequer sabia o que que-ria. Tornei a levantar-me, e parailludir a minha agitação, talvezlevada por uma dessas supersti-ções de um espirito atormentadoque, não encontrando mais recur-sos ein sua sabedoria, recorre kvaidade dos oráculos, tomei deolhos fechados um volume emuma das prateleiras da minha bi-bliotheca.

/ Continúu.)

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PHAROL — Quarta-feira 28 de Janeiro de 1885

mara, acerca da interrupção daagua que abastece a torneira daponto denominada do Queiroz. —A' commissao de policia.

De João Nepomuceno de Mou-ra, residente no Porto das Flores,deste municipio, pedindo para acâmara attestar o seguinte :

1." Se na povoação do Portodas Flores uao tem tido sempreuma pharmacia ;

2." Se a povoaçJto é ou nao im-portante, e se dista duas léguasde Santa Thereza de Valençu ;

3." Fiualmente, se nao ó de ne-cessidade publica uma pharmacianaquella povoação. —Atteste-se.

Sobre a consulta do 2o fiscaldesta cidado com relação ao art. Iadas posturas municipaes, istoó, relativamente a iutimação dosproprietários para cumprimentodo art. GO, cuja decisão ficaraadiada.— A câmara d.liderou sero fiscal o competente.

2." parla.— Passou-se á leiturade pareceres, indicações, reque-rimeutos e propostas.

O Sr. Pereira da Silva disseque, estando autorisado o presi-dente da câmara a mandar proce-der aos concertos precisos noFórum, e sendo elles de grandeimportância, re.olveu proceder apequenos reparos que_e tornarãoindispensáveis e mandou fazer uraorçamento do que é necessário, eofferece á câmara para si julgarconveniente, mandar pòr em hastapublica, sendo a sua importância2:7418996.

Posto em discussão, a câmararesolveu que ficasse adiado paraoceasião opportuna.

Nada mais havendo a tratar le-vautou-se a sessão.

Do que para constar lavrou-se apresente neta, que sendo lida eposta em discussão é approvada.E eu, Francisco de Paula Campos,a subscrevi.— Padre João Jiaptis-la de Souza Roussin. — ManoelJosó Pereira da Silva. — AnteroJosé Lage Barboza. — Dr. NecezioJosé Tavares. — Quintiliano NeryRibeiro.

INTERIORCorrespoiMlcncia <lo Pharol

CARTAS DO ROSÁRIO

XXXVIII

Passou a quadra eleitoral. Já sepude fallar sem ser em eleiçOes. ORosário deu tambom o seu con-tingente, e posso assegurar quede um e outro partido cumprirãoo seu dever.

Como nao costumo — nem que-ro — tratar de politica, dou porbem feito o que o distineto eleito-rado fez.

Passou muito animadaa festados Reis.

A musica daqui prestou-se atocar nas ruas, sendo o produetopara a Matriz.

Foi um bonito procodimento, e,louvando-o, apenas cumpro umdever.

Tivemos, como de costume,a festa de S. Sebastião. Nao foipomposa, porque o tempo nao opermittiu.

Forao nomeados festeiros para ofuturo anno :

.luiza—A Exma. Sra. D. MariaLuiza do Rosário.

Juizes — Os Srs. Manoel XavierRibeiro e Antonio José de Almeidae Silva.

Procurador — Sr. Josó Gomesda Silva.

—¦ Nas duas cartas antecedeu-tes, fallei á respeito da agenciado correio de Chapéo d'Uvas.

No dia em que mandei a cartan. 37, recebi do meu amigo Sr.Frederico Hauck uma carta emque me participava a publicaçãoque fez no Pharol.

Tendo este meu amigo sido com-pletamente estranho á publicaçãoda carta n. 30, escrevi-lhe o se-guinte :

« lllm1 Sr. Frederico Hauck. —Quando escrevi a Carta do Rosárion. 30, nao tive outra [inspiraçãoque a minha, e escrevendo-a, íkotive a mínima idéa de offensa pes-soai ao Sr. Manoel Luiz PereiraLisboa, do quem me consideroamigo, e da familia.

Nem V. S., nem o meu amigo.Sr. alferes Francisco Henriques,iutervierão directa ou idirectameu-te naquella publicação.

As Cartas do Rosário tèm um sóresponsável: — sou eu.

Pude V. S. fazer desta carta ouso que lhe convier. Peço que mecreia — De V. S., amigo muitograto, José de Mattos Carvalho. »

— Vi com praser a manifesta-çao enviada pela colônia portu-gueza ao Exm. Sr. visconde deWildick. Associo-me a ella. Ogoverno portuguez cumprio umacto de gratidão.—¦ Sinto ter de lamentar o fal-lecimento de D. Rosiua Pini, es-posa do .Sr. Francisco Pini.

Na primavera da vida, naquadra florida em que tudo nossorri, deixou este mundo engana-dor por outro... quem sabe semelhor ou peior ?

A seu extremoso marido con-signo aqui os meus sentimentos.

Josií de Mattos Carvalho.Rosário, 23 de Janeiro de 1895.

COLLABORAÇÃOAo a Bcinucrniico w

órgão do Cldb Democrático Pri-mhiiío de Janeiro, de Juiz deFóra .

Democracia ! Democracia I E'uma cousa em que todo o mundofalia.

Mas exerc.l-a, meus senhores,exercêl-a é que é a questão. Por-que ha certas cousas, ha cousasdeterminadas em que a geate naodeve só fallar, dizer : E' dizer — eacontecer. E' fallar — e provar ;desta fôrma,d'aquella fôrma, mas,provar, clara e terminantemente,afim de que os outros acreditem,e acatem, e respeitam. Palavrasleva-as o vento e isso de apregoaropiniões sem honral-as, pratican-do-as couvictamonte, é ridículo, étolo, é pulha. Tudo na vida socialdeve ser serio e pensado entro osque nao almej&o parnlellar-secora as individualidades desmere-cidas no conceito publico, entre osque se querem ver respeitados pe-los seus companheiros da grandeluta humana.

Quem se disser democrata — se-ja-o completamente, sem dissimu-laçOes, sem mascara, ou, eutao,vá para debaixo das arcadassumptuosas da Aristocracia, su-bir pelas amplas escadarias demármore branco que lançSo, a es-paços, da sua coberta de tapete naoraro manchado pelo sangue dopovo, ou pela lama do servilismo,—um riso frio o alvar, repugnan-te e falso como o coração de seusdonos; mas... fique-se por lá deuma vez ; mas, nao torne a vol-ver os olhos á turba dos sincerosque soube atraiçoar...

Quem quizer ser democrata, se-ja-o com toda a coragem, comtoda a franqueza e, sendo preciso,com todo o sacrificio, com toda aabnegação.

No entauto, nao se vê disso.Nao se vê. !

Ouve-se ahi uma cousa poralto...Opiniões ! Opiniões IQuem é que tem lá opiniões

n'um paiz como o nosso . Pois naose sabe I Pois estamos acaso taoimbecilitados que ainda acredite-mos nessas toleimas ?

Quem tem snas opiniões guar-da-as para _i que o external-as ésujeitar-se á muita cousa, á muitahermenêutica enviesada, á muitalingua viperina, a muito commen-tario injusto o brutal — quandonao infame e deshonroso.

Na politica, ua religião,, naslettras, por toda a parte,—a diplo-macia, o mysterio, o engodo, ahypocrisia, a mentira 1 Fallo emthese.

Certo que ha excepçO^s ; ha.Uma aqui, outra alli, avis rara,mas, s-mpre apparecem. Agora,a regra geral, teuhão paciência, éaquillo mesmo.

Nas altas regiões, na mediania,nas ultimas espheras, em todasas cama Ias anda de tudo expuu-gida a sinceridade — como umacousa feia, desnecessária.

Liberaes escravocatas.Conservadores revolucionários.Republicanos fazendeiros.Catholicos maçons.Materialistas fazendo promes-sas á Nossa Senhora...O grande diabo ITudo se aprecia, tudo cresce e

medra nesta boa terra agrícola-eleitoral.

E tudo vai seguindo seu carai-nho torto na doce puz inalteráveldas cousas que nao pretendemmudar de rumo...

E' uma goute constante uosseus velhos maus hábitos, esta bra-va gente brazileira !

Poucos se npresentflo na liça, deviseira erguida, procurando en-caminhar, dirigir, ou quaado na-da, protestar. Sabem que vao sof-frer e têm — modo.

O medo ! Eis o iuinrgo.O medo, o temor de arrostar, de

bater-se, de formar um grupo—que forme uma phalange e queforme, mais tarde, dessa pluilun-ge um povo. Ninguém quer su-bir.—porque ninguém quer lutar.

E' a pasrDaceirá I E' á cobar-dia I Ií' a preguiça I—Eis ahi.

E o que fazem os moços ?Embonecão-se, peraltao, vadios,

inúteis ! Inúteis IPorem, ahi anda uraa porçãodelles que ainda tentao, que nu-

trem esperanças, que estudao,que querem trabalhar, vencer,distacar-se da collectividade ba-lôfa, da maioria dos palpalvos.

Pois auxilie-se essa porçãoAuxiliem-na todos áquelles quesentem no coração um pouco de

patriotismo, e n'alma um poucode valor, e na inteíligencia umpouco de energia.

Hasteando a bandeira da Demo-cracia, ensine-se ao povo o direitoda sua soberania e a soberania doseu direito. Abrindo-se um cami-nho novo ás gerações do presente—procure-se a gloria de um porvirmais digno e mais em relação como elevado merecimento deste solobemdito onde nascemos.

O comospolitismo das naçOescoufrateruisadas, a nobilitaçao dohomem pelo trabalho e pelo talen-to, o império da lei e da justiça,sejão estes artigos — a codificaçãodas nossas aspirações mais con-stantes. Lutemos por elles e luta-remos pola verdade.

Seja dos—sinceros—o Democra-tico — seja dos verdadeiros demo-cratos francos, ousados, justos efirmes, que combatem pela idéa eque morrem triumphaudo.

E' o que de melhor lhe possodesejar porqne vai n'um tal dese-jo grande vontade de vêl-o feliz eprospero.

Jorge Rodrigues.S. JoSo d'El-Rei, 10 de Janeiro

de 1885.

A PEDIDOSAos Srs. fazendeiros

MUITA ATTENÇÃO

O abaixo-assignado, tendo de-parado com o annuneio uo Pharoln. 3,4 e 5, com o titulo acimavem por este meio fazer sciente aopublico, a quem possa interessar,ser verdade ter deixado ou disis-tido das empreitadas e trabalhosde assentamentos de machinas.dados ao Sr. Autonio Franciscodo Lemos, e executados por mimdurante 6 para 7 anuos que tenhosido o único encarregado do Sr.Lemos, para estes trabalhos, comoprovo com todos os donos dos ser-viços, por mim feitos neste gene-ro. Como sejao : no municipio deJuiz de Fóra, Mar de Hespanha,Parahyba do Sul, Parahybuna,Rio Novo, etc.

Outro-sim, o mesmo abaixo-as-signado participa a quem dos seusserviços precisar que continua porsua conta própria com a mesmaprofissão de assentamento de ma-chinas, garantindo perfeição, so-lidez nos seus trabalhos e preçosos mais razoáveis possível, jásendomuito conhecido por Joaquim ma-chinista, podendo ser procuradoa qualquer hora, quer por cartaou pessoalmente em Mathias Bar-bosa.

Joaquim José Ferreira da Costa(100-1

Aos Srs. fazendeiros.MUITA ATTENÇÃO

Deparo pela segunda vez como aranzel publicado pelo Sr. Joa-quim José Ferreira da Costa, quedespedi a bem das minhas emprei-tadas e seus proprietários.

Nao posso calar-me diante dosditos desse senhor e dos seus sa-tellites; sempre tire um official

de carpinteiro que tinha por maishabilitado, afim de dirigir os ou-tros e fazer executar-.as minhasordens, como o Sr. Ò_>sta ; tenhooutros que conservo por suas boasqualidades.

Nao é por miuha vontade quefaço esta declaração; si algunsSrs. fazendeiros desejarem conhe-cer os motivos que me obrigarão adespedir o Sr. Costa, dirijao-se amim por carta, que lhes respon-derei.

Emquanto a attestados, queirao Sr. Costa apresentar ou publi-car os dous últimos dos proprieta-rios de obra oude trabalhou porminha conta.

Antônio Francisco de Lemos,Construetor mecânico.

Juiz de Fóra, 23 de Jaueiro de1885 (138-1

A praçaNós abaixo assignados, decla-

ramos, que nesta data, de com-mura accordo resolvemos, dissol-ver a sociedade que uesta praçagirava sob a razão social de Car-valho Poutes & Comp., retirando-se o sócio Miguel Augusto Fer-reira de Carvalho, pago e Satis-feito de seus lucros e completa-mente desonerado para com apraça : ficando todo o activo, opassivo da extineta firma a cargodo sócio A. J. Ferreira Pontes Ju-nior que continua com o mesmonegocio de molhados e gênerosda terra, na mesma casa, cita árua Halfeld n. 10 (antiga MattosLobo),e por assim termos resol-vido, fazemos publico paru evi-tar duvidas futuras que por ven-tura possa haver, servindo-uosesta de garantia.

A. J. Ferreira Pontes JunjorMiguel Augusto Ferreira de

CarvalhoJuiz de Fora, 23 de Janeiro de

1885.(151—2

Bichos do RosárioUm poeta de agua doceO Flauzino quiz chingarMas perdeu o Seu propósitoPor nao saber... poetar.Se o typo acaso soubesseA sua lingua escrever,Ainda o consentiria ;Mas assim não pôde aer.Se elle fôr para Coimbra,Preso ás argolas, de certo,Que no fim de trinta anuosVoltará bem mais esperto.Até que faça a viagemEu vou aqui ordenar-lhe.Que nao se queira importarOnde ha respostas p'ra dar-lheFica o conselho barato.

Ül Nao queira esperar por mais.Mas fique sempre sabendo

.. Quem nem todos sao iguaes.F. B.

Rosário, Janeiro de 188o.,(153-2

INDICAÇÕES ÚTEIS---¦¦— -.i-—— ¦¦ - ¦ ¦¦_¦!¦_ —_-__¦-_•

O Dr. João Penido Pilhotem o seu consultório medico ci-rurgico á rua Direita n. 50, destacidade, onde pôde ser procurado aqualquer hora do dia ou da noite,pelas pessoas qne o honrarem coma oua confiança. (107—3

Escriptorio de engenha-ria.— O engenheiro Américo Dia-manlino Lopes, formado pela Es-cola Polytechnica do Rio de Janei-ro, abrio seu escriptorio de enge-nharia á rua Direita desla cidadedebaixo do sobrado do Sr. JosuéAntonio de Queiroz, onde poderáser procurado por quem precisarde seus serviços proflssionaes.

Dispondo de muila pratica e deinstrumentos os mais modernos eos melhores, incumbe-se de medi-ções, quer judiciaes, quer pa-rti-culares, garantindo muita exacti-dão e modicidade de preços.

(98—3Raul Alves, cirurgião den- <•

tista, formado pela Faculdade deMedicina do Rio de Janeiro, fazlodo e qualquer trabalho concer-nente á sua profissão, no seu gabi-nete, na rua Direita n. 22, em fren-te a escola publica. (79 x

EDITAESCantara muuicipal

O alferes Manoel José Pereirada Silva, presidente interino dacâmara municipal do Juiz de Fóra.

Faz saber aos que o presenteedital virem ou delle noticias ti-verem que, de conformidade como art. 9' das decisões da câmaramunicipal de 13 de Agosto de1884 se deve realisar no dia 1 deFevereiro do corrente anno a 2'entrada de 25 °/o do valor das apo-lices do empréstimo municipal.

Portanto, convida aos Srs. sub-scriptores para no referido dia fa-zerem as respectivas entradasafim de nao ficarem sujeitos aoônus do art. 10 das referidas re-soluções.

Dado e passado nesta sscretariada câmara municipal de Juiz deFóra, aos 2 de Janeiro de 1885.E eu, Francisco de Paula Campos,secretario o escrevi.—Manoel JoséPereira da Silva. (4

DECLARAÇÕES

Club União Luzo-Bra-

De ordem do Sr. presidente,convida-se a todos os Sr. sócios,que quizerem freqüentar o cursodedança, para comparecerem no sa-lao ás 7 horas da noite, nas qüin-tas-feiras, e domingos ; achando-se confiado o referido curso, pro-visoriamente ao digno procuradorfiscal o Sr. José Joaquim G. Bri-to.

Juiz de Fóra, 7 de Janeiro de1885.—O secretario, Fernando RUbeiro. (35—3

Fid.-. Min.-.Continuao aos Sabbados as

Sess.\ desta Aug.-. Òff.\ e con-vida-se os Obbr.\ a compare-cerem aos trab.v ; e por ordemdo Ven.-. chamo a attençào dosObbr.\ para o art.*. 405 § Io dosestatutos.— O secretario.— /. M.

MERCADOPreços correntes do mer-

cado nesta dataJuiz de Fóra, 27 de Janeiro

Arroz, alqueire. . . 7Í000Feijão, alqueire, 48500 4$80OToucinho, 15kilos. . IOÍ.500Milho, alqueire, 31.000 3$500Farinha de mandioca, al-queira 4$500

Dita de milho, alqueire 61.000Fubá, alqueire ... 20500Assucar branco, 15 kils. 4). 000Dito mascavo, 15 kilos 3J200Queijos, cento, G08000 700000Polvilho, alqueire 6). 71.000Rapadura, cargueiro 12J.000Aguardente, cargueiro 18j?000Café, arroba. .... 58000Gallinha, uma. . . $700Frango, um .

' . . #400

Palmitos, duzia . . 20000Ovos, duzia .... $500Sal, broaca 1J500Batatas, 15 kilos 20500. 30000

.ANNDNCIOS

BILHETES de todas as loterias

no Kiosque Estrella Norte-Americano, largo Municipal (69-f-

AttençãoO abaixo assignado, retirando-

se desta cidade para a1 do RioNovo pede a todas as pessoas quese julguem seus credores apr_-sentar suas contas até 31 do cor-rente que lhes serão pagas.Aproveitando, pois, participaa seus amigos e conhecidos quevai abrir casa de negocio e hotel,já montado, para a dita cidade,próximo á estação ( ramal do RioNovo) soba firma Ferreira deCarvalho &. Comp,, onde esperamerecer a vossa protecção.

Juiz de Fóra. 24 de Janeiro de1885. — Miguel Augusto Ferreirade Carvalho. (142 1

CAM AVALAlugao-se roupas a phantasia,em casa do Sr. Escudero. {146—9

/

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PHAROL — <|uarta-feira 28 de Janeiro de 1885

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da-se pela clareza cum que transtnitte os sous,pela perfeição de sua construcção, pela facili-dade no emprego, podendo qualquer collocal-o,pela economia com a conservação; seu preçosorprehende pela barateza.

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PHAROL — Quarta-feira 28 de Janeiro de 1885.

i riEATROEMPREZA DRAMÁTICA

JULIETA DOS SANTOSDIRECÇÃO DE

IRENEU DOS SANTOSAMANHÃ

QUINTA-FEIRA 29 DB JANEIRO DE 1885

ALTA NOVIDADEDepois de uma escolhida ouvertura, su-

birá â scena o magnífico e applaudido episódio¦•poetico-dramatico, original do reputado poetario-grandense, o Exm, Sr. Lobo da Costa, eoferecida a JULIETA DOS SANTOS:

ESPINHOS E LOUROSTomão parte Julieta dos Santos,

Augusto Maia e Rocha.Seguir-se-h pelos artistas Mario e Ro-

cha, a chistosa comedia em 1 acto, represen-da ba pouco no theatro S. Luiz, da corte, comgrande süccesso :

diI CAUSA 1« h iTerminará o espeetaeulo com a espirituo-

sissima comedia em 2 actos, do elegante es-criptor portuguez, Gervazio Lobato:

AS ALMAS DO OUTRO MUNDOTomão parle os artistas Julieta dos Santos, D. Clementina dos

Santos, D. Jesuina Castro, D. Francisca Leal, Augusto Maia,Castro e Iloclia.

Camarotes, com cadeiras -lOííOOOCadeiras 2$000Geraes íftOOO

Principiará ás 8 1/» horas.

Os bilhetes achão-se a vendapor especial obséquio na casa denegocio do Illm. Sr. FranciscoA. Brandi.

O perfil biographico de Ju-lieta dos Santos acha-se á vendana bilheteria do theatro. Preço

[loi—2

ATTENÇÃOA' PRAÇA

Oa abaixo assignados partici-pao a praça do Rio de Janeiro, ebem assim á do interior, que erndata de 20 do corrente, dissolve-r&o a sociedade que tinhao emsua loja de roupas feitas nosta ci-dade, a rua da Imperatriz, reti-rando-se o sócio Domingos Joséde Carvalho, embolçado de seuslucros, ficando a cargo do sócioDomingos Gonçalves t»jdo o acti-vo e passivo da extineta firma, oqual admittio na mesma data,para seu interessado o Sr. Ger-mano Gomes, cuja firma gyrarâpara o futuro sob a razão de Gon-çalves & Gomes, os quaes pedema seus amigus e fréguezes a mes-ma protecçao que se dignarão dis-pensar aquella firma.

Juiz de Fóra, 27 de Janeiro de1885.—Gonçalves ^Carvalho.

(152-3

AttençãoFugio da fazeuda da Barra,

municipio do Rio Novo, o escravopor nome Eliziario perteoceuteao Sr. iMartiuho Rabello Teixeira*com os signaes seguintes : criou-lo, bem preto, com idade de 20annos presumíveis, bonita appa-reuca, signaes debuço, faltadodente na frente, olhos grandes,cabello encarapinliado, altura re-guiar, nariz chato, pés e mãosgrandes, muito proza, levou rou-pa de brim pardo e chapéo do pa-lbinha fino.

Iíste escravo fugio no dia 21de Dezembro próximo passado dareferida fazenda.

Quem o apprehénder e levar aseu dono na mesma fazenda, ouquem der noticias certas, serábem gratificado.

Protesta-se com todo rigor dalei contra quem lhe der couto.

Rio Novo. 20 de Jaueiro de1885.—Martinho Rabello Teixeira.

(131-2

Ao publicoTendo disoslvido a sociedade

que tive com o Sr. Eduardo Bor-ges de Mattos no Botequim De-mocratico, a qual girava sob afirma de Mattos & Domingo.-', de-claro que retirei-me da mesma,sendo embolçado de meu capitale lucros, ficando o activo e. pas-sivo a cargo do Sr. Eduardo Bor-ges de Mattos.

Declaro mais, gue nada devodurante o tempo que girou a ditafirma.

Jniz de Fóra, 24 de Janeiro de1885. — Francisco Domingos,

(141-1

ARMADOR¦Bernardo da Silva traba-

lha por preços excessiva meu te ba-ratos, que são os seguintes, sendoos preparos fornecidos pelas pes-soas que uecescitarem dos seusserviços :

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(145-9

THEATRO PEBSÊVERANCA•••'

CARNAVALA AJA- Oh

Grandes bailes de mascarasnos dias 15, 16 e 17 de Feve-reiro de 1885.

(144-2

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ceza (da Maison Coutard) o que ha de mais bem trabalhado •

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LÉON HERRELI1VEste hotel situado no centro do commercio era um vastíssimo prédioconvém mais do que nenhum outro ás familias que do interior se di-rigem para a corte.

Os hospedes têm a faculdade de comerem onde melhor lhesconvier, pagando neste caso tao somente o aluguel do quarto.Nao estão tao pouco adstrictos a almoçarem ou jantarem' &hora certa e na mesa redonda, podendo ser servidos k qualquerhora, sem alteração de preço.O proprietário, Léon Herbelin, aproveita o ensejo para desmen-lir o boato que correu de ter elle cedido o seu estabelecimento

ou admittido um sócio. Continua elle a ser o unico proprietário dò

HOTEL Dü COMMERCERua da Quitanda 12 e Assembléa 40

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280 rs.

Typ., lith., livraria e loja de papel da —Phauolí,rua Halfeld n. 16