hoje macau 4 fev 2013 #2785

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MUITO NUBLADO MIN 18 MAX 22 HUM 70-95% EURO 10.9 BAHT 0.2 YUAN 1.2 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ SEGUNDA-FEIRA 4 DE FEVEREIRO DE 2013 ANO XII Nº 2786 PUB MUST GAES exige reforço de diálogo com os estudantes PÁGINA 7 HABITAÇÃO Novo Macau pede mudança de paradigma para os novos aterros PÁGINA 3 PUB PUB Ter para ler AMBIENTE Au Kam San acusa DSPA de não fazer fiscalizações PÁGINA 2 Reolian fica de castigo Governo deu luz verde a aumento de tarifas para Transmac e TCM Continua a ser o patinho feio dos transportes de Macau. A Reolian ficou de fora do plano de ajustamento de tarifas promovido pelo Governo da RAEM. O Hoje Macau conversou com o director-geral da companhia que entendeu a decisão. Contudo, Cédric Rigaud espera que o Executivo compreenda os “esforços” da empresa e cumpra o que está acordado. “A competição não tem sido justa, mas acreditamos que o irão fazer para selar os compromissos de contrato.” PÁGINA 5 BENFICA FILIAL VENCE LAM PAK E CASA-MÃE CONTRATA CHINÊS PÁGINA 16 MANGAL DA TAIPA IACM VAI COLOCAR MAIS UMA ENTIDADE A FISCALIZAR PÁGINA 13 VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS) TIAGO ALCÂNTARA TIAGO ALCÂNTARA TIAGO ALCÂNTARA

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Edição do Hoje Macau de 4 de Fevereiro de 2013 • Ano X • N.º 2786

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Page 1: Hoje Macau 4 FEV 2013 #2785

muito nublado min 18 max 22 hum 70-95% • euro 10.9 baht 0.2 yuan 1.2

AgênciA comerciAl Pico • 28721006 Mop$10 Director carlos Morais josé • segunda-feira 4 de fevereiro de 2013 • Ano Xii • nº 2786

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GAES exige reforço de diálogo com os estudantes

página 7

habitação

Novo Macau pede mudança de paradigma para os novos aterros

página 3

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Ter para ler

ambiente

Au Kam San acusa DSPA de não fazer fiscalizações

página 2

Reolian fica de castigoGoverno deu luz verde a aumento de tarifas para Transmac e TCM

Continua a ser o patinho feio dos transportes de Macau. A Reolian ficou de fora do plano de ajustamento de tarifas promovido pelo Governo da RAEM. O Hoje Macau conversou com o director-geral da companhia que entendeu a decisão. Contudo, Cédric Rigaud espera que o Executivo compreenda os “esforços” da empresa e cumpra o que está acordado. “A competição não tem sido justa, mas acreditamos que o irão fazer para selar os compromissos de contrato.” página 5

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segunda-feira 4.2.2013política2 www.hojemacau.com.mo

Cecília [email protected]

O deputado da Associação Novo Macau (ANM) Au Kam San entregou uma interpelação escrita ao Governo onde acusa

a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) de não avaliar de forma correcta o impacto ambiental dos vários projectos realizados em Macau.

Segundo o deputado, verifica-se a “falta de efeitos práticos” desde que a DSPA foi criada, com o culminar de uma “má implementação de politicas de fisca-lização de avaliação ambiental das obras públicas”. Au Kam San afirma-se des-contente porque, aponta, as fiscalizações das obras são todas feitas por empresas escolhidas pelos próprios empreiteiros ou construtoras. “As fiscalizações de impacto ambiental são um elemento principal na altura das concessões feitas pela Direcção dos Serviços de Solos e Obras Públicas (DSSOPT). Porém, a DSPA não faz, de facto, a fiscalização, porque todo o trabalho de análise é fei-to pela própria empresa encarregue da

obra. A DSPA só paga os custos e não dá atenção à parte da protecção ambiental”, acusa o deputado.

“O capitalismo tem uma regra bá-sica, que é: são os patrões que pagam as contas. Então as fiscalizações feitas pelas construtoras só têm o efeito de enganar os responsáveis da DSSOPT. Assim surgem muitos casos de obras que prejudicam o ambiente”, acrescenta na sua interpelação.

No mesmo documento, o deputado diz ainda que existe a falta de um sistema de qualificação profissional a este nível, e pede medidas para que se reforcem as avaliações de impacto ambiental dos empreendimentos. “Se for estabelecido um sistema de qualificação profissional, qual será o calendário? Será necessário modificar a lei para ajudar a DSPA a desempenhar o seu papel de protecção ambiental? Será responsabilidade da DSPA fazer essas avaliações, para que representem justiça e neutralidade?”

Lei ambientaL por ConCretizarEntretanto o deputado Chan Meng Kam obteve também uma resposta

da DSPA, através do seu director, Cheong Sio Kei. O deputado tinha questionado se o Governo poderia incluir as novas medidas de avaliação ambiental na legislação.

Segundo o director da DSPA, tal projecto deverá ser concluído dentro de dois ou quatro anos, porque ainda é necessário fazer “os padrões de cada área, segundo o calendário da legislação”, dando os exemplos da criação de padrões que estabeleçam a qualidade do ar e do som. “De seguida vamos estabelecer quais os objectivos que a avaliação ambiental deve seguir, incluindo a aprovação do sistema, e garantir que tanto as obras privadas e públicas tenham o mesmo processo de avaliação. O plano para este ano é fazer uma lista das ava-liações ambientais, e o Governo já introduziu alguns planos em obras como o Metro Ligeiro e o Túnel do novo campus da Universidade de Macau.” Para o director da DSPA, tratam-se de “boas experiências para incluir no futuro sistema de avaliação ambiental”.

STANLEy Ho, o mag-nata do jogo da Socie-

dade de Jogos de Macau, está fora da delegação de Macau à Assembleia Nacional Popular chi-nesa, mas a sua cadeira não fica vazia. Lawrence Ho, filho de Stanley Ho e director-executivo da Melco Crown, vai tomar o lugar do pai.

De acordo com a imprensa chinesa, foram anunciados na sexta-feira os delegados de Macau em Pequim. Os nomes de Leong Heng Teng, porta-voz do Conselho Executivo, Stanley Ho e Stanley Au, presidente do Banco Delta Asia, estão fora da lista.

Entre as novas caras, além de Lawrence Ho,

está Ng Siu Lai, presiden-te da União Geral das As-sociações de Macau, Siu Tak Hong, presidente da Associação dos Nativos de Xian Men, e Leong Siu Pui, presidente da As-sociação dos Escuteiros Chineses.

Edmund Ho, ex--Chefe do Executivo da RAEM, Francis Tam, secretário para a Econo-mia e Finanças, e Leonel Alves, deputado e ad-vogado, vão manter-se como os delegados do costume. À Rádio Macau, Leonel Alves disse estar “extremamente orgu-lhoso e muito honrado pela confiança que as autoridades depositaram em mim como membro da delegação de Macau”.

O deputado recordou, do primeiro mandato, uma apresentação sobre a im-portância do bilinguismo. “Tive logo no primeiro ano a necessidade de fazer uma intervenção sobre um tema que pudesse li-vremente escolher, e para tal escolhi a importância de formar profissionais bilingues de língua por-tuguesa e chinesa, uma intervenção que foi mui-to bem acolhida, e que posteriormente outros membros da delegação de Macau recorreram. Pode-mos ver que a formação de pessoal bilingue, ou pelo menos a importância da língua portuguesa nas instituições universitárias na China, está a ganhar forma.” - J.F.

Centro acusa DSAT de enganar o públicoO Centro de Politica da Sabedoria Colectiva (CPSC), dirigido pelo deputado Ho Ion Sang, acusa a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) de estar a enganar o público, depois da decisão de compensar as operadoras de autocarros face à retirada dos aumentos nas tarifas em 23%. O CPSC, através de um comunicado, fala do caso da Reolian, empresa que fica de fora das actualizações por, segundo a DSAT, não ter ainda cumprido as melhorias nos serviços. Mas afirma que o acordo com o Executivo pode vir a incluir a concessionária. “Parece que a decisão de aumentar as tarifas tem sido guardada pela DSAT como se guarda o dinheiro no banco. A DSAT está a enganar o público, porque uma empresa com qualquer nível de serviço pode obter aumentos.” O CPSC defende que as compensações devem ser feitas segundo o nível de serviço prestado, em vez de existirem aumentos iguais. - C.L.

Ng Kuok Cheong quer limitar saída do leite em póO deputado Ng Kuok Cheong pede na sua interpelação escrita que Macau faça como Hong Kong e crie políticas para limitar a saída de leite em pó para bebés. O deputado faz o seu argumento com base na lei 7/2003, sobre o comércio externo, que tem como objectivos a protecção da segurança dos alimentos. Ng Kuok Cheong considera que o Chefe do Executivo tem o direito de publicar um despacho que proíba, limite ou regule as condições de entrada e saída dos produtos. “Como a região vizinha já criou medidas para limitar a saída de leite em pó, o Governo da RAEM tem algumas medidas semelhantes?” Por outro lado, o deputado quer que o Governo implemente uma lei que determine que quem armazena leite em pó para venda deve ser preso, defendendo também a criação de um banco para guardar leite materno. - C.L.

Au Kam San diz que fiscalização de impacto ambiental é ineficaz

“enganar” as obras públicas

Director-executivo da melco Crown na delegação de macau à apn

O lugar do jogoMelinda Chan quer regular os estacionamentosCom o aumento do número de veículos, Macau está cada vez pior no que diz respeito à falta de estacionamento. Quem o diz é a deputada Melinda Chan, que defendeu em interpelação escrita que há abusos nestes casos. Deu como exemplo os carros que ultrapassam as horas permitidas de estacionamento, sendo que passadas três horas são transferidos. “O facto de muitos veículos terem sido fechados, sem serem transferidos para a DSAT, mostra que há muitos lugares ocupados indevidamente. Aliás, alguns lugares são ocupados pelos stands de automóveis. A situação de abuso nos estacionamentos é grave e há falta de regulamentação que controle a situação. Como é que o Governo vai resolver o facto de existirem em Macau cada vez mais veículos, mas cada vez menos lugares de estacionamento?” - C.L.

CONVITE

O INSTITUTO INTERNACIONAL DE MACAU (IIM)E CÍNTIA CONCEIÇÃO SERRO

anunciam o lançamento do livro“TRADITIONAL MACANESE RECIPIES

FROM MY AUNTIE ALBERTINA”, que terá lugar no dia 6 de Fevereiro, quarta-feira,

pelas 18 horas, no Auditório do IIM.

Local: Rua de Berlim, Edf. Venus Court, 240 2.º andar, (NAPE)Hora: 18H00Telefone: 2875-1727 E-mail: [email protected] Fax: 2875-1797

A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental é acusada pelo deputado Au Kam San de não fazer análises correctas aos impactos das obras, pois são os empreiteiros que contratam as empresas de fiscalização. Em resposta ao deputado Chan Meng Kam, o director da DSPA garantiu que vai haver um novo sistema de avaliação ambiental

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3políticasegunda-feira 4.2.2013 www.hojemacau.com.mo

O deputado Ng Kuok Cheong defendeu que o Governo deve avançar já com uma política de habitação para os novos aterros, não devendo trocar terrenos com construtoras, sob pena de surgirem casas de luxo em vez de habitações acessíveis

Cecília [email protected]

A Associação Novo Macau (ANM) realizou ontem a segunda edição

do Fórum da Novo Macau, iniciativa alternativa ao programa de debate semanal da TDM que chegou ao fim. No encontro, realizado no parque urbano da Areia Pre-ta, discutiu-se a política do Governo no que diz respeito à habitação e utilização dos futuros cinco novos aterros.

O deputado Ng Kuok Cheong e Sou Man Ion, do-cente do Instituto Politécnico

Rita Marques [email protected]

O Governo Central prometeu na última semana estabilizar

as reservas agrícolas e de energia para Hong Kong e Macau este ano, assegurando a procura crescente na região durante o ano novo chinês. “A demanda por produtos agrícolas em Hong Kong e Macau subirá em 20% durante o ano novo chinês e pode encarar desafios de transporte devido ao mau tempo. Mas não haverá pro-blema de assegurar o fornecimento desde que não se registe um tempo demasiado agreste”, disse Jiang Fan, director-geral substituto do Depar-tamento de Comércio Externo, em declarações difundidas pelo China Daily. Mas, nesse caso, será activado o plano de emergência.

O interior da China fornece mais de 90% de vegetais e mais de 80% de produtos pecuários para as duas regiões administrativas especiais. Em

2012, o valor dos produtos agrícolas enviados pelo Governo para Hong Kong e Macau totalizou 54 mil mi-lhões de patacas (6,76 mil milhões de dólares americanos), mais de 14.1% de ano para ano, enquanto o valor de produtos energéticos, incluindo, água, gás e electricidade aumentou 12% para 15 mil milhões de patacas (1.58 mil milhões de dólares), de acordo com a Administração Geral das Alfândegas.

You Anshan, chefe do centro de pesquisa dos assuntos de Hong Kong e Macau da Academia de Ciências Sociais de Xangai, disse que o aumento dos preços das mercadorias provavelmente dimi-nuirá o abastecimento de produtos agrícolas para Hong Kong e Macau a partir do continente. “Mas os fornecedores do continente ainda estão em posições vantajosas no que toca a preços e custos em comparação com os fornecedores de outras regiões”, disse.

Segundo Anshan, a oferta do continente de produtos agrícolas e produtos de energia é importante para a estabilidade social e económica de Hong Kong e Macau, embora as suas economias estejam abertas a outras fontes de importação. “O fornecimento de energia do conti-nente para Hong Kong e Macau está bastante optimista este ano, já que o sistema de operação de energia foi optimizado”, disse Qin Zhijun, vice-director do departamento de energia da Administração Nacional de Energia.

O continente forneceu 3,86 bilhões de kWh de electricidade a Macau, quase 90 por cento do con-sumo de Macau, de acordo com a administração.

Um oleoduto, projectado para fornecer 520 milhões de metros cúbicos de gás por ano, vai garantir o fornecimento de gás para Macau nos próximos 20 anos depois de terminada a construção em Junho.

Joana [email protected]

SE para uns é um sistema mais prático e cheio de

benefícios, para outros pode ser perigoso para Macau. A abertura das fronteiras 24 sob 24 horas está a incomodar os membros da Associação Novo Macau (ANM), que temem um êxodo do terri-tório para as províncias de Guangdong.

Em conferência de im-prensa, na semana passada, a ANM manifestou-se contra a decisão de se abrirem as fronteiras que ligam Macau à China, por considerarem que este sistema vai não só levar os jovens de Macau a mudarem-se para as cidades vizinhas, como à transfe-rência de investimento para o lado de lá da fronteira.

“Já temos a cooperação Guangdong-Macau, que leva a que empresas de Macau e os projectos de investimento possam ir para outras cida-des”, relembrou Jason Chao, presidente da associação.

Mas o problema maior da ANM prende-se com a possí-vel mudança de morada dos jovens do território. O facto de os preços das casas serem mais baratos na China con-tinental, frisa a associação, pode fazer com que os mais novos “fujam” para Zhuhai. A ANM prevê mesmo uma crise de identidade. “Espera--se que cada vez mais cida-dãos saiam de Macau para irem viver para fora, para as cidades de Guangdong. Esta fuga de Macau pode fazer com que a população perca a identidade pela falta de contacto com as raízes.”

Segundo Fórum da Novo Macau discutiu política para novos aterros

O luxo não deve morar aqui

de Macau (IPM), defenderam que o Governo tem que ana-lisar as suas politicas para esta questão “o mais depressa possível” e que não devem ser permitidas concessões de terrenos “em segredo”. Consideram ainda que o Executivo tem que promover a construção de casas que os residentes consigam comprar.

Com o Governo ainda sem objectivos traçados quanto à politica de habita-

ção para os novos aterros, Ng Kuok Cheong fez uma acu-sação, afirmando que antes muitas terras foram vendidas por motivos de interesse público, com uma concessão de baixo preço, mas que depois os terrenos foram usados para construir empre-endimentos habitacionais de luxo. “Principalmente nesta fase, temos de tornar muito claro se existem terrenos suficientes nos novos aterros

para desenvolver a política de habitação só para os resi-dentes de Macau. O Governo não pode fazer concessões de forma secreta ou fazer troca de terrenos, como por exemplo dar uma terra de dez mil metros quadrados como forma de pagamento de dívidas a construtoras”, acusou o deputado.

Já Sou Man Io considera que até ao momento os ter-renos foram concedidos de

forma sucessiva para a cons-trução de casinos, mas que os lucros obtidos em nada beneficiaram os cidadãos. “Não há muitos terrenos para o uso dos residentes, e também não sabemos quantos terrenos dos novos aterros já serviram como pagamento de dividas entre o Governo e os construtores. Considero que 50% dos novos aterros têm que servir para habitação e instalações

públicas. Não gostaria de ver mais casas de luxo nos novos aterros, porque o Governo já fez muitas concessões que acabaram por ter esse fim”, disse o docente do IPM.

DeFenDiDas Mais MeDiDasCheong Hoi Kuan, vice-pre-sidente da Macau Tri-decade Actuon Union, disse que devem haver outras medidas para garantir a existências de casas a preços acessíveis aos locais. “Por exemplo, pode-ria ser criado um imposto para casas devolutas para evitar que uma pessoa tenha mais do que uma proprieda-de, e também para devolver os apartamentos devolutos. Deve promover-se mais habitação pública e limitar as especulações feitas pelos não-residentes.”

No Fórum mais residen-tes manifestaram as suas preocupações quanto ao facto dos novos aterros vi-rem a ter uma área reduzida para os residentes, pedindo também a implementação de politicas urgentes por parte do Governo.

Governo Central garante reservas suficientespara Macau durante o ano novo

Aumento nas importaçõesFronteiras 24 horas preocupam

associação novo Macau

Vão todos fugir

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www. iacm.gov.mo

segunda-feira 4.2.2013www.hojemacau.com.mo

Instruções a observar no transporte de flores para o Ano NovoLunar na entrada da Fronteira

1. Os cidadãos poderão transportar, de 6 de Fevereiro a 9 de Fevereiro de 2013 (26° a 29° dias da 12ª lua do calendário chinês), flores para o Ano Novo Lunar, estando, contudo, sujeitas a inspecção na entrada da Fronteira;

2. O Posto Provisório para a Inspecção Fitossanitária apenas estará disponível nas “Portas do Cerco”;

3. O horário temporário de Inspecção Fitossanitária vigorará apenas no período atrás referido, entre as 09:00 e as 22:00 horas;

4. As plantas importadas devem destinar-se somente ao uso pessoal e obedecer ao peso regulamentado:

a) Cada pessoa poderá transportar, por dia, até 5 kg de plantas;

b) Cada pessoa pode transportar, por dia, um vaso de plantas com raízes fixas;

c) Ou vasos pequenos com peso total não superior a 5 kg;

d) Ou flores com raízes cortadas com peso total não superior a 5 kg, mas cada espécie não pode ter um peso superior a 1 kg;

5. Os cidadãos que transportem plantas através da fronteira devem apresentar a respectiva factura com carimbo e assinatura do vendedor e com informações relativas à designação do local de cultura/aquisição da planta, endereço e telefone de contacto do local, tipo e quantidade da espécie, com vista a facilitar a inspecção fitossanitária a realizar pelos agentes deste Instituto. Caso se trate de espécies controladas pela “Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção” (CITES), será exigido ainda o certificado de autorização prévia de importação, emitido pela Direcção dos Serviços de Economia da RAEM; havendo isenção de visto para transporte para pequenas quantidades de orquídeas artificialmente cultivadas, de acordo com o Aviso Nº2/2008/DGCE, da Direcção dos Serviços de Economia;

6. Plantas sem raízes, e.g. flores de raízes cortadas, com peso total não superior a 1 kg, estão isentas de inspecção;

7. As plantas aquáticas, como narcisos, jacintos, etc. são consideradas plantas sem raízes;

8. Plantas, que não estejam de acordo com o atrás referido, serão apreendidas por este Instituto;

9. Caso as pessoas pretendam reaver as plantas apreendidas, necessitam de tratar das formalidades oficiais de pedido de licença para importação.

Aos 04 de Fevereiro de 2013.

Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais

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ÊXITO no processo de reforma, aber-tura e moderni-zação, progressão

sócio-económica e melho-rias na qualidade de vida. Foi desta forma que Chui Sai On, Chefe do Executivo, caracterizou o ano passado para a China continental. No tradicional almoço de Ano Novo Lunar com o Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, o líder da RAEM não poupou nos elogios à “mãe-pátria”, salientando não só o que

Chui Sai On fez discurso patriótico em almoço com Gabinete de Ligação

Reforços e reformaschama de progressos no continente, como o apoio dado a Macau. “No ano passado, o Governo Central manteve o seu apoio ao de-senvolvimento da RAEM. A promoção empenhada do

12.º Plano Quinquenal, o aprofundamento ordenado do Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Inte-rior da China e Macau, a implementação estável do

Acordo-Quadro de Coope-ração Guangdong-Macau, o reforço da complementari-dade das vantagens dos dois lados em prol do benefício mútuo e do desenvolvi-mento comum, permitiram

e “progresso estável e di-nâmico”. “Continuaremos empenhados na optimiza-ção contínua das estruturas económicas, na promoção de novos projectos de cres-cimento económico, na salvaguarda e elevação da qualidade do nosso papel enquanto cidade turística e na construção acelerada de Macau como cidade de lazer. Pretendemos dedicar esforços na intensificação do intercâmbio e da cooperação com o exterior no sentido dum maior desenvolvimento conjunto, na implementação de acções governativas pre-vistas para este ano, visando o impulsionamento do de-senvolvimento equilibrado das diversas áreas, nomea-damente sócio-económica, política, cultural e ecoló-gica, no aperfeiçoamento da coordenação dos níveis de decisão e de execução das acções governativas, no reforço contínuo da in-tegridade, e na auscultação da opinião pública.”

A cooperação com os países de Língua Por-tuguesa e o aumento da competitividade também não ficaram de fora.

a Macau congregar poten-cialidades e desenvolver as suas vantagens específicas de localização, no sentido de alcançar um novo pata-mar de desenvolvimento sócio-económico”, frisou no discurso.

Chui Sai On falou em desenvolvimento conjunto, afirmando que Macau regis-tou êxitos relevantes na me-lhoria das condições de vida e desenvolvimento económico.

Para o novo ano da Ser-pente, Chui Sai On promete mais “desenvolvimento”

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segunda-feira 4.2.2013 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

Rita Marques [email protected]

AS duas empre-sas de autocar-ros mais antigas do território, a

Transmac e a TCM, vão ser autorizadas a propor aumen-tos de tarifas de viagens até 30 de Junho deste ano. O Executivo decidiu retomar o sistema de ajustamento de tarifas - permitido uma vez por ano, segundo o contrato - suspenso o ano passado por falta de condi-ções nos serviços prestados pelas operadoras. Na nova decisão, o Governo decidiu não contemplar a Reolian devido à fraca avaliação feita pelos residentes e por-que os serviços de tráfego entendem que as melhorias ainda não chegam.

Cédric Rigaud, director--geral da companhia dos autocarros verdes, disse ao Hoje Macau compreender a não contemplação da Reo-lian nesta medida porque “os utentes chumbaram os seus serviços” mas diz estar “no caminho para que o público aprecie os nossos esforços gerais”. Por essa razão, refere, não tem dúvidas de que haverá também aumento para a companhia. “Somos serviço público igualmente. Temos o mesmo contrato mas não temos condições para receber a provisão

O orçamento foi traça-do pela nova direc-

ção encabeçada por João Laurentino Neves e conta com “alguma prudência”. Um bolo de 13 milhões é com o que o Instituto Por-tuguês do Oriente (IPOR) vai contar para o corrente ano, numa altura em que se encontra a dar o pon-tapé de saída para mais um arranque de inscrições - começam hoje - que de-

Transmac e TCM podem propor aumentos de tarifas. Reolian fica de fora

Governo promete retroactivos

IPOR arranca com um “ligeiro abrandamento” no orçamento de 2013

Algumas patacas para ano de nova direcção

Táxis amarelos mais meio anoAs cem licenças especiais dos táxis amarelos vão manter-se por mais seis meses, no máximo. Este é o período que o Executivo dá à Vang Iek para que esta cumpra os no os requisitos contratuais, que passam por colocar cinco carros nas praças de táxi e criar um veículo adaptado a deficientes. Recorde-se que o contrato da Vang Iek expirava este mês, depois de ter sido prolongado por um prazo de 18 meses para que a companhia acatasse as sugestões do Governo. A Vang Iek foi pRa tribunal, mas acabou por perder. Agora, conforme confirmou ao Hoje Macau, compromete-se a seguir as novas medidas contratuais e tem mais seis meses de contrato. Wong Wan afirmou que, se dentro deste período, não houver mudanças as cem licenças especiais podem ser atribuídas a táxis pretos.

não pode aumentar as tari-fas, por ainda se encontrar abaixo do nível de qualida-de exigido pelos cidadãos. Wong Wan não especificou se, caso, no próximo ano, a empresa dos chamados autocarros verdes propuser subidas pode vir a ser com-pensada também.

Até 30 de Junho, a Trans-mac e a TCM podem sugerir as subidas e ainda receber os retroactivos.

A Transmac e a TCM são as duas únicas contempladas no plano de ajustamento de tarifas de Governo, que devera ser proposto até Junho. Caso o Governo aprove, poderão receber retroactivos do ano passado. A Reolian não foi contemplada mas o director-geral, Cedric Rigaud, entende a decisão e espera que Governo compreenda “esforços” e cumpra o contrato

que foi suspendida por não termos contribuído com todos os termos”, indica. “Acreditamos que o irão fazer [aumentar as tarifas] para selar os compromissos de contrato também com a Reolian.” Até porque, refere Rigaud, a inflação, o aumento de preços dos combustíveis e o aumento de salários tem sido comum às três operadoras de transporte público. No entanto, indica, “a competição não tem sido justa” devido, sobretudo, há diferença no número de carreiras, por exemplo, entre e a Transmac e a Reolian.

Os aumentos não in-fluenciam a vida dos utentes, já que as subidas dizem respeito aos subsídios atri-buídos pelo Governo às companhias de transporte. Caso sejam aceites os valo-res propostos pela Transmac e TCM, o Governo compro-mete-se a dar retroactivos desde Junho com base no

novo preço, por não lhes ter sido permitido aumentar os preços no ano passado.

“Retomámos o proce-dimento administrativo inicialmente aprovado [em Junho] e, se for para a frente, vamos contar retroactivos desde então, com base no novo preço”, referiu o director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, Wong Wan.

A Reolian é a única que

Aplicação para ‘smartphones’O director do IPOR avançou a possibilidade de o instituto estar presente em permanência na vida das pessoas. “Queremos chegar aos telemóveis das pessoas. O IPOR tem de ter uma aplicação para, por exemplo, estar disponível àquilo que hoje utilizamos no nosso dia-a-dia”, revelou João Laurentino Dias. Ao nível de reforma nas plataformas informáticas e tecnológicas, o dirigente avança também que será feita uma “intervenção profunda sobre a página do IPOR, que passará a ter muito mais interactividade, que começará a ser muito mais interactiva com todos aqueles que estão a aprender ou já falam a língua portuguesa.” E, por outro lado, será valorizado o acervo bibliográfico através de exposições virtuais, que contarão com obras de Camilo Pessanha, por exemplo. “Temos já previsto um plano para as primeiras quatro exposições virtuais, muitas delas recuperando aliás autores macaenses, uns mais conhecidos, outros menos.”

O IPOR pretende também que o DOC Lisboa, festival de documentários, tenha uma extensão em Macau. “Estamos a negociar com os organizadores do DOC Lisboa que as obras em português que participam no festival sejam exibidas em Macau pouco depois da sua estreia em

Lisboa”, disse João Laurentino Neves. O director do IPOR disse ainda que está confirmada a presença do comediante Pedro Tochas e que está a preparar um encontro de contadores de histórias, que contará com o português Jorge Serafim e o são-tomense Ângelo Torres.

verá contar com mais do que as mil inscrições do último semestre, segundo o director. “O orçamento de 2013 faz até um ligeiro abrandamento naquilo que era o crescimento do orçamento de 2012, que foi um orçamento também com alguma especificidade mas essa redução é o primeiro exer-cício que esta direcção fará”, conta João Lau-

rentino Dias ao programa Rádio Macau Entrevista, avançando que só 24% do mesmo é proveniente dos associados (entre os quais, Instituto Camões e Fundação Oriente) e o restante de receitas de exploração.

O novo dirigente, que tomou posse em Se-tembro do ano passado, prefere falar num ob-jectivo de “estabilidade

financeira”, recusando a ideia de “lucros”. “Se a instituição de alguma maneira tem folga orça-mental do ponto de vista de uma receita não pre-vista que entra, eu acho que o objectivo essencial é que ela seja de imediato reinvestida naquilo que possa melhorar ainda mais a posição e o posi-cionamento do IPOR e da marca IPOR no mercado porque nós operamos no mercado. Há outros agentes a desenvolver a mesma área e negócios.”

Nos planos não está para já a possibilidade de aumento do corpo docen-te, pelo menos, no quadro fixo, que conta hoje com oito professores, estando

em aberto mais do que os actuais 12 elementos que fazem colaborações a tempo parcial.”Essa estratégia será de manter, um quadro fixo, depois um quadro que é flexível que depende da gestão que fazemos para cada ano”, avança João Lau-rentino Dias. - R.M.R.

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6 sociedade segunda-feira 4.2.2013www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

Os atrasos na obra de Coloane são já conhecidos. Ou não tivesse

sido dado início à obra em Agosto de 2010 - com um prazo de conclusão estima-do em quatro anos - e hoje ainda esteja a ser finalizada a primeira etapa. O atraso foi justificado na passada se-mana, através do arquitecto responsável pelo projecto, Lei Ka Nang, que falava em “trabalhos de consolidação dos solos” a ser ultimados até “em meados deste ano”. Em resposta ao Hoje Macau,

Cecília [email protected]

A Eastweek, revista semanal de Hong Kong, publicou mais uma

reportagem sobre Pan Nga Koi, o antigo líder da seita 14K. segundo a revista, Pan Nga Koi estará a planear abrir três salas VIP durante o Ano Novo Chinês.

A publicação cita uma fonte próxi-ma do negócio para afirmar que as três salas VIP irão juntar-se às actuais sete que o antigo líder da 14K já possui, em coordenação com a família. O projecto deverá avançar com o fundo de mil milhões financiados por investidores do continente. Na reportagem é frisado

UM baixo nível de domínio do inglês. É esta a prin-

cipal conclusão de um estudo elaborado junto dos jovens pela Associação da Nova Juventude Chinesa de Macau (ANJCM), cujos resultados, citados pelo Jornal do Cidadão, foram tornados públicos na passada sexta-feira.

Os resultados revelam que o nível global de compreensão da língua na RAEM não é satisfatório, estando mesmo abaixo dos dados obtidos nas regiões vizinhas. Leong Chok Teng, coordenador do projecto, considera que a falta de com-petição existente ao nível do inglês é “incompatível com o posicionamento da região enquanto centro mundial de turismo e lazer”.

segundo a contagem de notas nos testes de inglês, segundo padrão IELTs, a nota média dos estudantes de Macau é de 5,5, enquanto na China é 5,6, Taiwan 5,8 e Coreia do sul 5,9. Hong Kong, região onde a língua ainda é oficial,

Concurso público para a segunda fase da nova prisão será lançado este semestre

Acelerar para compensar atrasoA segunda fase da empreitada da nova prisão deverá arrancar sem estar concluída a primeira. “As obras das diversas fases serão realizadas de forma entrecruzada”, avançou a direcção de Obras Públicas ao Hoje Macau. O concurso deverá ser lançado até Junho

passado, que necessitaram de obras de estabilização, a fim de evitar qualquer des-moronamento de rocha que afecte o estaleiro e as vias públicas.”

A DssOPT avança ainda que, dada a experiência da primeira fase, se encontra a optimizar os processos, em particular, o ajustamento e a alteração das fases de elaboração dos projectos, de modo a reduzir a dificuldade na execução das obras. O prazo de execução da obra só será divulgado após a abertura de propostas.

Recorde-se que a actual cárcere não apresenta condi-ções, nem ao nível de infra--estruturas nem de recursos humanos, para acolher os 1341 presidiários, sobretudo reclusas que já só têm lugar no chão. Embora esteja em andamento a obra de alar-gamento da zona prisional feminina, que arranjará lugar para mais 100 reclusas, esta só deverá estar concluída no terceiro trimestre deste ano. A nova prisão está prevista ter capacidade para acolher 2700 detidos.

a Direcção dos serviços de solos, Obras Públicas e Transportes (DssOPT) re-fere um “prazo de execução de oito meses”, indicando ainda que até Junho será lançado o concurso público da segunda fase.

Por razões de seguran-ça, a adjudicação de cada fase da empreitada é feita a três empresas distintas que poderão agora vir a pegar na obra ao mesmo tempo para não haver lugar a mais atrasos, revela o organismo. “As obras das diversas fases serão realizadas de forma entrecruzada, de modo a recuperar o tempo atrasado”, avança.

Os serviços tutelados por Jaime Carion adiantaram ainda os motivos que ditaram o atraso do novo Estabele-cimento de Macau (EPM) situado na Estrada da Barra-gem de Ká Hó, em Coloane. “O andamento da primeira fase da obra foi afectado pelo ambiente geográfico, pelas condições geológicas e maior tempo dispendido para o nivelamento relativamente ao prazo inicial, pela altera-ção do projecto e pela falta de mão-de-obra contratada pelo empreiteiro”, explica. “A par disso, os taludes nas imediações do novo EPM fo-ram danificados pelas várias tempestades tropicais no ano

Eastweek revela novos projectos do ex-líder da 14K para o Ano Novo Chinês

Pan Nga Koi quer criar salas VIP

Estudo diz que jovens são pouco competitivos na língua inglesa

“Incompatível com centro mundial de turismo e lazer”

que o objectivo de Pan Nga Koi é operar um total de dez mesas VIP, não sendo ainda conhecido, contudo, o nome dos casinos onde as mesmas vão funcionar.

A mesma reportagem dá conta de uma festa de aniversário que Pan Nga Koi organizou para a sua mãe na Doca dos Pescadores, onde compareceram possíveis futuros parceiros dos negó-cios de jogo. Uma delas será si Tou Yok Lin, alegadamente próxima de Ângela Leong, administradora delegada da sociedade de Jogos de Macau (sJM). si Tou Yok Lin mostrou durante o evento uma grande proximidade com Pan Nga Koi, e, segundo uma fonte próxima, si Tou terá uma ligação próxima a figuras importantes. Isto porque o seu ex-marido terá tido um alto cargo na policia de Hong Kong, sem esquecer alegadas ligações a membros do Go-verno e a seitas.

segundo a Eastweek, a mulher, de 66 anos, possui um forte cargo na di-recção de uma empresa cotada na bolsa de valores de Hong Kong e que opera na área do imobiliário. A mesma fonte disse à revista que “com esta grande amiga, a rede de jogo de Pan Nga Koi vai desenvolver-se de uma forma mais facilitada”.

tem uma nota de 6,4, enquanto singapura ocupa o topo da lista, com 7,4. Na área do emprego, os jovens não fazem uma auto-avaliação positiva do seu nível de inglês, embora considerem que isso afecta a progressão na carreira. A maioria dos inquiridos não fez estudos avançados no idioma.

O estudo mostra ainda que o ensino da língua é diferentes nas escolas secundárias. O nível de ensino é mais elevado

nas escolas de matriz inglesa, mas em casa os alunos têm pouca ajuda, porque os pais não conseguem ensinar. O trabalho mostra ainda que a língua é mais usada nas áreas da educação, Direito, tecnologias da informação e algumas em-presas estrangeiras. A ANJCM considera que o Governo deve reformar o ensino do inglês, ao nível dos docentes e também dos exames.

A ANJCM iniciou o traba-lho em Agosto de 2010, e du-rante dois anos debruçou-se em duas fases. A primeira serviu para tentar compreender o nível da língua junto dos estudantes universitários, tendo sido feitos cerca de 1700 inquéritos a alu-nos e professores. Já a segunda fase tentou perceber o domínio e uso da língua na profissão, tendo participado 70 jovens, em mais de 700 inquéritos. A avaliação dos resultados foi feita por donos de empresas e directores de organizações, pais e especialistas na área da educação. - C.L.

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catarina lau

tiago alcântara

7sociedadesegunda-feira 4.2.2013 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

O Gabinete de Apoio ao Ensino superior (GAEs)

exigiu à Universidade de Ciên-cia e Tecnologia (MUsT) que reforçasse o diálogo e a comu-nicação com os alunos. Isto, depois de ter surgido polémica em volta do aumento de pro-pinas recentemente anunciado pela instituição.

Os alunos dizem ter sido apanhados de surpresa e o GAEs decidiu intervir. “Nos últimos dias, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau deu uma resposta, por escrito, ao nosso gabinete dizendo ter criado um me-canismo para dar apoio aos estudantes que se encontram em dificuldades económicas, pelo que os mesmos não terão de abandonar, precocemente, os estudos devido ao ajusta-mento das propinas”, garante o organismo. “Ao mesmo tempo, a Universidade referiu que o acréscimo das propinas vai

Família de Luís Amorim processa RAEMDepois de o Ministério Público ter decidido arquivar o processo de investigação à morte de Luís Amorim, em 2007, a família do jovem decidiu processar o Governo da RAEM. Segundo o jornal Tribuna de Macau, que cita fonte próxima do processo, os pais de Luís Amorim intentaram uma acção no Tribunal Administrativo, pedindo uma indemnização civil. Recorde-se que o jovem foi encontrado morto debaixo da Ponte Nobre de Carvalho, mas as circunstâncias da morte ficaram por apurar. As autoridades descartaram a hipótese de suicídio, mas a família de Luís Amorim condenou a forma como a investigação foi feita. Também a própria Polícia Judiciária admitiu falhas na investigação. Em 2010, ainda se deu a reabertura do inquérito, mas agora o Ministério Público voltou a decidir pelo arquivamento, deixando tudo como estava em relação ao apuramento do que de facto aconteceu a 30 de Setembro de 2007.

AVISOCOBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, encontra-se terminado, e, que de acordo com o artigo 3.º da Lei n.º 8/91/M de 29 de Julho, conjugado com o artigo 2.º e o artigo 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que, deverão os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.

Localização dos terrenos:- Travessa Norte do Patane, n.ºs 2 a 76, Rua do Asilo, n.ºs 3 a 19, Travessa das Pedrinhas n.ºs 3 a 77 e Avenida

da Concórdia, n.ºs 211 a 225, em Macau, (Edifício Mayfair Garden);- Avenida da Concórdia, n.ºs 237 a 287, Avenida do Conselheiro Borja, n.ºs 477 a 527, Rua do Asilo, n.ºs 83 a 109

e Travessa das Pedrinhas, n.ºs 2 a 28, em Macau, (Edifício Mayfair Garden – Sunrise Court e Vincent Court);- Avenida do General Castelo Branco, n.ºs 115 a 121, Avenida do Conselheiro Borja, n.ºs 309 a 435, Avenida da Concórdia,

n.ºs 216 a 278 e Travessa da Concórdia, n.ºs 5 a 97A, em Macau, (Edifício Mayfair Garden – Ka Ying Court).2. Agradecemos aos contribuintes, no prazo de 30 dias subsequentes à data da notificação, se dirijam ao Núcleo da

Contribuição Predial e Renda, situado no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento da Taipa, para levantamento da guia de pagamento M/B, destinado ao respectivo pagamento nas Recebedorias dos referidos locais.

3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, proceder-se-á à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.º da Portaria acima mencionada.Aos, 9 de Janeiro de 2013.

A Directora dos Serviços de Finanças Vitória da Conceição

EDITAL

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE FINANÇAS

A Directora dos Serviços de Finanças da RAEM, Vitória Alice Maria da Conceição, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pela Lei Orgânica da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) e demais legislação aplicável, e ao abrigo do desposto no n.º 2 do artigo 72º do Código do Procedimento Administrativo (adiante designado por CPA), vem notificar o seu despacho do 10/01/2013, exarado na informação nº 30003/DGP/DC/2013, datada de 08/01/2013, segundo o qual, no prazo de 15 dias a partir da publicação deste edital (n.º 2 do artigo 73º do CPA), a senhora Chan Wai, titular do Bilhete de Identidade de residente de Macau, n.º 7/33xxx2/1, casada com Lao xx Ip, deve proceder ao pagamento, mediante guias a levantar na Divisão de Concessões do Departamento de Gestão Patrimonial (sito no 8º andar do edifício “Finanças”, Avenida de Praia Grande nº 575,579 e 585), dos juros de mora no montante de MOP$215,197.00 e MOP$10,842.00, resultantes dos pagamentos fora do prazo dos prémios e domínios úteis (foros) do contrato de concessões do terreno situado no Beco da Carpideira, ao abrigo do despacho do Secretário-Adjunto para os Transportes e Obras Públicas nº 116/SATOP/97, sob pena de, findo o referido prazo, o processo ser remetido à Repartição de Execuções Fiscais para cobrança coerciva. Considera-se que a senhora Chan Wai teve conhecimento deste despacho à data da respectiva publicação, para todos os efeitos legais.

Aos 30 de Janeiro de 2013. A Directora dos Serviços de Finanças, Vitória Alice Maria da Conceição

Aumento das propinas MUST garante apoio a alunos com dificuldades

Exigida comunicação com estudantesservir para optimizar, de forma contínua, não apenas o am-biente escolar, mas, também, as instalações pedagógicas, bem como para recrutar mais docentes e investigadores, no sentido de melhorar e tornar mais eficiente a qualidade nas áreas pedagógicas e cien-tíficas.”

O GAEs assegura que vai ser mantida “uma comunicação in-tensa” tanto com a MUsT como com os estudantes, de forma a que se percebam os motivos do aumento e as medidas concre-tas de melhoria adoptadas pela universidade.

Recorde-se que alunos ou-vidos pelo Hoje Macau, na semana passada garantem que, aquando do primeiro aumento de propinas, lhes foi dito que a subida serviria para a contrata-ção de mais professores, algo que, dizem, nunca aconteceu.

As subidas rondam entre os 10% e os 30%, para locais e não-residentes, fazendo com que as propinas cheguem às 60 mil patacas.

Cecília [email protected]

As notas comemorativas do ano da serpente

ainda não surgiram, mas o Banco da China e Banco Na-cional Ultramarino (BNU) já decidiram não lançar mais novas notas normais de dez patacas este ano. A razão prende-se com o facto das notas de dez patacas já terem sido impressas com o símbolo da serpente.

Como as notas de dez patacas comuns são uma tradição de oferta de Lai si durante a semana Dourada, já há residentes que conside-ram a situação inesperada,

Bancos não vão emitir novas notas comuns de dez patacas

Lai si mais restritosescrevia o jornal Ou Mun na sua edição de ontem.

No ano passado, a espe-culação surgida em torno das notas do dragão revelou-se um caso inesperado para os bancos, cujo objectivo era incentivar as Indústrias Criativas. Contudo, no inicio do ano do Dragão as notas chegaram a ser vendidas a um preço dez vezes superior ao seu valor original, além de que a maioria dos residentes acabou por guardar as suas notas em vez de as usar.

Perante as necessidades do mercado, os bancos emi-tiram mais notas do dragão, para que todos os residentes tivessem oportunidade de

adquirir a sua. Ainda assim, nenhuma nota foi transac-cionada.

Ye Yixin, director-geral do Banco da China no con-tinente, disse ao Ou Mun que as notas da serpente de-veriam responder à procura por causa da oferta de Lai si, mas como os residentes preferiram guardar as notas, a emissão de novas notas de dez patacas acabou por ser mais restrita. Contudo, o responsável revelou que as notas com outros valores conseguem satisfazer as necessidades.

Desde o ano passado que os bancos têm vindo a emitir notas com o sig-no correspondente a cada ano, um plano previsto para 12 anos. Contudo, se a avaliação mostrar que os residentes vão continuar a guardar para si as notas comemorativas, a emissão de notas de dez patacas co-muns pode aumentar , mas se isso acontecer, só será uma realidade no próximo ano.

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segunda-feira 4.2.2013nacional8 www.hojemacau.com.mo

A agência Standard & Poors (S&P) alertou na sexta-feira para o excessivo protago-

nismo do investimento no cres-cimento económico da China e advertiu que, a continuar assim, o gigante asiático “poderá sofrer uma grave contracção económi-ca” no futuro.

Num relatório que compara a proporção do investimento no Produto Interno Bruto (PIB) de 32 países, a agência de notação financeira conclui que a econo-mia do gigante asiático é a que tem “maior risco de contracção

AS autoridades chinesas destituíram no sábado o

chefe da polícia da cidade de Taiyuan, capital da província de Shanxi, no norte do país, por ter encoberto a condução sob os efeitos do álcool do filho, noticiou a agência Efe.

O escândalo veio a pú-blico em Outubro do ano passado, com a divulgação nas redes sociais chinesas de um vídeo do filho do oficial, Li Yali, embriagado e a agredir um agente da polícia depois deste o ter mandado parar por condu-ção perigosa.

AS hospitalizações por doenças respiratórias

aumentaram 20 % em Pe-quim durante o período em que a capital chinesa registou índices elevados de poluição em Janeiro, noticiou sábado o jornal local Beijing Morning Post.

O jornal indicou, a tí-tulo de exemplo, que num hospital pediátrico em Pequim, mais de metade dos internados sofriam

de infecções respirató-rias, noticiou a agência espanhola Efe. Embora o céu azul tenha voltado à capital no início do mês, em Janeiro a poluição superou os piores níveis de alerta, o que motivou avisos aos residentes para evitarem as saídas à rua. Além disso, as autoridades ordenaram a imobilização de 30 % dos veículos ofi-ciais ou o encerramento

de 103 fábricas altamente poluentes. Em Janeiro, Pequim registou índices de poluição históricos, em particular no dia 12, quando a concentração de partículas PM2,5 atingiu os 993 microgramas por metro cúbico de ar, supe-rando largamente os 25 microgramas por metro cúbico considerados acei-táveis pela Organização Mundial de Saúde.

Colapso de ponte provocado por explosão na ChinaPelo menos 26 pessoas morreram na sequência do colapso de uma ponte no centro da China, quando um camião que transportava material pirotécnico explodiu, informou a imprensa oficial chinesa. O camião “explodiu de repente” quando passava numa ponte de uma auto-estrada na província central de Henan, causando o colapso de parte da estrutura e a queda de outras viaturas, disse a Rádio Nacional da China. Segundo a análise inicial do grupo de trabalho formado por diversos ministérios, o fogo de artifício era transportado de forma ilegal.

Polícia de Hong Kong deteve 62 alegados membros de seitasA polícia de Hong Kong deteve 62 pessoas numa operação anti-tríades, incluindo alegados líderes de duas seitas, informou sexta-feira a Rádio e Televisão pública da antiga colónia britânica (RTHK). Um responsável policial, citado pela RTHK, indicou que esta operação incluiu a infiltração de agentes em seitas, rejeitando adiantar mais pormenores. A mesma fonte disse que a operação de combate às seitas ainda está a decorrer e que a polícia prevê realizar mais detenções.

Excesso de investimento na China pode levar a crise

Risco de contracção económica

PARENTS ARE WELCOME TO ATTEND APARENTS’ INFORMATION MEETING FOR ENROLING K1 PUPILS

ATM A C A U A N G L I C A N C O L L E G E

AV. PADRE TOMÁS PEREIRA, NO. 109-117, TAIPA, MACAUTHIRD FLOOR, SCHOOL HALL

ONTHURSDAY, FEBRUARY 21st 2013, 7:30 P.M.

* Four new K1 classes commence in September 2013.* 100 places will be offered to new K1 pupils aged 3, in 4 classes of 25. * English and Putonghua are the main languages of instruction. * Assessment Day, March 2nd 2013, from 9:00 a.m. (Details to follow).* Creative, child centred learning teaching styles.

China destitui chefe da polícia provincial por encobrir delito do filho

Embriagado e a agredir agente da polícia

Hospitalizações em Pequim aumentaram 20% em Janeiro

Poluição em demasiaa quanto obrigas

devido à baixa produtividade do investimento nos últimos anos”.

O documento sublinha que o crescimento da China é “vul-nerável” e adverte que, caso diminuísse, “afectaria o resto do mundo, cujo ritmo de recuperação depende em grande medida da procura da China”.

Segundo a agência, o excesso de investimento na economia de um país “parece preceder” uma crise económica e exemplifica com a crise financeira asiática de 1997-1998 e a de 2008-2009 em todo o mundo.

O relatório estabelece que

outros países, como a Austrália, o Brasil, o Canadá, a Índia, a Indo-nésia, a África do Sul, a França e o Vietname têm “risco intermédio”, enquanto o resto das economias analisadas têm “risco baixo” ou “muito baixo”.

Em 2012, o gigante asiático re-gistou um crescimento económico de 7,8%, a taxa mais baixa desde 1999, e o investimento contribuiu praticamente para metade desse crescimento.

Vários analistas pedem às au-toridades chinesas que reduzam os níveis de investimento e dêem mais peso ao consumo interno, algo comum no resto das economias mundiais.

No entanto, os desequilíbrios da China intensificaram-se desde que o governo introduziu, no final de 2008, um pacote de estímulo ao investimento para aliviar os efeitos da crise económica global.

Os agentes submeteram o filho do chefe da polícia a um teste de álcool que deu positivo, mas em vez de seguirem o habitual

procedimento nestes casos, acompanharam-no a casa, segundo informa a agência oficial Xinhua.

Na sequência da divul-gação do vídeo na internet, as autoridades chinesas abriram uma investigação, que determinou que o então chefe da polícia da cidade abusou do seu poder para encobrir o delito do filho.

Segundo a Xinhua, foi também concluído que Li Yali tinha cometido outros delitos relacionados com “assuntos de organização e pessoal”.

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segunda-feira 4.2.2013 www.hojemacau.com.mo 9região

A economia chinesa está a bene-ficiar da abertura de mais de 10

milhões de empresas privadas no país, disse na sexta-feira um líder da fede-ração da indústria. Desde Setembro do ano passado que mais de 10,59 milhões de empresas privadas foram registadas no país, um aumento de 12,6% em relação ao ano anterior, de acordo com Wang Qinmin, presidente da Federação Nacional de Indústria e Comércio da China.

Na sexta-feira, a federação divulgou um relatório sobre as em-presas privadas do país. De acordo com o relatório, o capital registado das empresas atingiu cerca de 37 biliões de patacas, representando um aumento anual de 21,3%.

O capital médio registado de cada empresa também cresceu 7,8% em relação ao ano anterior, demonstrando o vigor destes ne-gócios, segundo o relatório.

O relatório diz ainda que o nú-mero de empresas individuais re-gistadas chegou às 39,85 milhões até o fim de Setembro, e deve ter atingido, segundo estimativas, 40 milhões no fim de 2012. O capital total registado cresceu 21,2%.

As empresas privadas deram contribuições notáveis para a economia do país, já que foram responsáveis por mais de 60% do total do produto interno bruto (PIB) na China no ano passado, de acordo com o relatório.

A China quer continuar a impulsionar os avanços da parceria cooperativa com os Estados Unidos. A afirmação foi feita na sexta-feira pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hong Lei, em conferência de imprensa. Na última terça-feira o Senado dos EUA aprovou a nomeação do novo secretário

de Estado, John Kerry que substituirá Hillary Clinton. Ao falar da questão, o porta-voz chinês deu os parabéns ao recentemente eleito secretário de Estado norte-americano e afirmou que a China quer, juntamente com os EUA, promover ainda mais o desenvolvimento dos laços bilaterais.

MAIS de 300 voluntários participaram num pro-

grama do Governo da Malá-sia que alerta os muçulmanos contra a celebração do São Valentim, por considerar que esta vai contra os princípios do Islão, noticiou ontem a imprensa local.

O director do Departa-mento de Desenvolvimento Islâmico, Othman Mustapha, disse que os voluntários de ambos os sexos, entre os 19 e 25 anos de idade, se deslocaram a diferentes locais da capital para lançar a mensagem contra o Dia dos Namorados, noticiou a agência espanhola Efe. “Os jovens voluntários podem dar conselhos e explicar o Dia de São Valentim à comunidade muçulmana. Dirigem-se a

jovens, pais e à comunidade para alertar a importância de não celebrar este dia”, afirmou Othman, segundo a agência local Bernama.

O Conselho Nacional Fatwa da Malásia emitiu em 2005 um decreto religioso islâmico (ou fatwa) contra a celebração do São Valentim, por considerá-lo uma festivi-dade cristã com elementos pagãos contrários ao Islão.

Em 2011 mais de 100 ca-sais foram admoestados pela polícia religiosa por celebra-rem o Dia dos Namorados.

Cerca de 60% da popu-lação da Malásia pratica o Islão, enquanto a restante, de origem chinesa, indiana ou indígena, pratica o budismo, o cristianismo, o hinduísmo ou tem crenças animistas.

O primeiro-ministro japo-nês, Shinzo Abe, prome-

teu sábado reforçar a defesa do Japão contra as acções consideradas provocatórias dos países vizinhos, durante uma visita à região sul de Okinawa, perto das ilhas no centro do conflito territorial com a China. “O ambiente de segurança em torno do nosso país é cada vez mais tenso”, disse, perante cerca

de 700 soldados reunidos no aeroporto japonês em Naha, na principal ilha de Okinawa, segundo imagens difundidas na televisão.

Shinzo Abe fez referência à incursão regular de navios chineses, e por vezes de avi-ões, nas águas e espaço aéreo em volta das ilhas Diaoyu administradas pelo Japão, mas reivindicadas pela China.

O primeiro-ministro japo-

nês declarou igualmente que o seu governo iria reforçar a defesa na região de Okinawa, que engloba as ilhas Senkaku. “Estamos firmes quanto à amplificação da capacidade das Forças de Autodefesa (Exército japonês), incluindo reforços na região sudoeste (Okinawa)”, referiu durante a sua primeira visita à região desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro.

Kim Jong-un presidiu a “grande reunião” da Comissão Central norte-coreana O líder norte-coreano, Kim Jong-un, presidiu a uma “grande reunião” da Comissão Militar Central, informou ontem a agência oficial norte-coreana KCNA, numa altura em que se prevê que o país realize novo teste nuclear. A informação da KCNA não especificou onde e quando se realizou a reunião, mas indicou que “membros da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores e do comando operacional do Comando Supremo do Exército Popular da Coreia do Norte (nome oficial das Forças Armadas norte-coreanas)” estiveram presentes. Também assistiram, segundo a KCNA, comandantes das forças combinadas, incluindo “as forças navais, aéreas, antiaéreas e de mísseis estratégicos”. “Kim Jong-un fez um importante discurso de encerramento que servirá como directriz para fortalecer o Exército Popular da Coreia”, indicou o despacho de KCNA, sem avançar mais detalhes. Pyongyang confirmou na semana passada que executará em breve novo teste nuclear e que este será de “maior dimensão” do que os anteriores realizados em 2006 e 2009.

China com 40 milhões de empresas privadas

Responsáveis por mais de 60% do PIB

Governo da Malásia adverte muçulmanos para não celebrarem São Valentim

Contra os princípios do Islão

Japão promete responder às “provocações” ligadas às disputas territoriais

Reforçar a defesa

China quer impulsionar parceria com EUA

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segunda-feira 4.2.2013www.hojemacau.com.mo10 áfrica

Andreia Sofia Silva*[email protected]

O panorama político da Guiné-Bissau sofreu um forte abalo em Abril do

ano passado, altura em que um golpe de Estado derrubou o presidente Carlos Gomes, eleito pela população gui-neense. Em Maio do mesmo ano, Serifo Nhamadjo formou um Governo de transição, que há oito meses está a governar o país sem, no entanto, ser formalmente reconhecido por Portugal ou pela comunidade internacional.

Com um período de tran-sição concedido por 12 me-ses, as autoridades políticas reuniram no passado Sábado para traçar um balanço dos oito meses do Governo e da-quilo que pode ser feito nos restantes quatro meses.

Contudo, foram poucas as conclusões saídas de um debate que durou cerca de seis horas, segundo a agência Lusa. Nhamadjo reuniu com Sori Djaló, presidente da As-sembleia Nacional, bem como com António Indjai, chefe do Estado Maior General das Forças Armadas.

De acordo com declara-ções do ministro da Defesa, Celestino de Carvalho, tratou--se apenas de uma reunião “para fazer um balanço, desde que o Governo foi empos-sado”, porque faltam quatro

Eleições já não vão acontecer em Abril como estava previsto

Os “erros crassos” numa Guiné-Bissau em transição

meses para se completar um ano e, nesses quatro meses, é possível ainda “fazer cor-recções, no que depender da Guiné-Bissau”. “A parte do recenseamento e as eleições, a Guiné-Bissau não pode suportar o cargo sozinha; o resto, do que depender de nós, o Ministério que tem algo para fazer e não faz, é possível tomar medidas cor-rectas e resolver o problema, antes do fim da meta dos 12 meses”, disse. De acordo com o mandato, tinham um ano para preparar o país para eleições gerais (legislativas e presidenciais), que deviam ocorrer em Abril deste ano, o que já não vai acontecer.

Não se sabe ainda em que data poderão ser marcadas as eleições, nem se as auto-ridades de transição terão o mandato prorrogado e, se sim, por quanto tempo. De acordo com Celestino de Carvalho, essa questões, como a data das eleições, não foram deba-tidas, como não foi debatida qualquer remodelação do Go-verno, um tema sobre o qual a imprensa guineense tem falado. “Não fomos nós que determinamos um período de 12 meses, não seremos nós a determinar outro período. Se todos entenderem que esse período deve de ser dilatado... se entenderem que deve ser de estritos 12 meses..., pelo me-nos eu estou à vontade, e acho que os colegas também estão

à vontade”, disse o ministro.Quem também falou

foi o ministro do Estado, Presidência e Assuntos Par-lamentares, Fernando Vaz, numa entrevista concedida à Lusa a partir de Lisboa. Este considera que o objectivo principal era o regresso à “normalidade constitucio-nal”, “o que aconteceu com o funcionamento em pleno da assembleia” após o re-gresso do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) que em Janeiro assinou o Pacto de Transição, instrumento que regula o período de transição no país e que o partido se re-cusava a assinar desde Maio.

Disse ainda que, no âmbito da preparação das eleições, o Governo já finalizou a carto-grafia e fez a consulta para o recenseamento biométrico

dos cidadãos: “Das 12 firmas que manifestaram interesse, seleccionámos quatro. Fize-mos os termos de referência e lançámos o concurso por ‘short list’. Os envelopes ainda não foram abertos. Mais uma semana, semana e meia”.

No entanto, Fernando Vaz admitiu que o objectivo de realizar as eleições até Maio “é completamente impossí-vel” e escusou-se a adiantar previsões, lembrando que dos 700 mil eleitores previstos, apenas 200 mil têm bilhetes de identidade. “É preciso pri-meiro essas pessoas tirarem o bilhete de identidade, depois recensearem-se.”

POrtuGAl “tem reSPOnSABilidAdeS”O ministro, também porta--voz do Governo guineense, falou ainda da necessidade

dos restantes países, incluin-do Portugal, de reconhecer o Governo de transição. Para o responsável, Portugal cometeu “erros crassos” na resposta à crise no país afri-cano e defendeu que “é che-gado o momento” de Lisboa reconhecer o executivo em funções. “Portugal tem res-ponsabilidade em relação à Guiné-Bissau”, acrescentou.

“O Governo de transição continua aberto, apesar de toda a ignorância que o Gover-no português faz da realidade guineense”, de modo “a que as autoridades portuguesas se aproximem para nos ajudarem a encontrar uma solução para a Guiné-Bissau.”

Questionado se isto sig-nifica que Portugal poderá deixar de ter uma palavra a dizer, Fernando Vaz disse que as autoridades de Bissau não continuarão “a permitir determinadas situações que têm acontecido” porque os guineenses, “apesar de pe-queninos”, têm dignidade. “Entendemos que é chegado o momento, vivendo esta nova conjuntura de reconhe-cimento do Governo pelo Banco [Mundial, que a 17 de Dezembro anunciou a retoma da cooperação com o país] e por outras instituições, que o Governo português também o faça”, disse.

O governante considerou ainda que, desde o golpe de Estado de Abril, Portugal tem cometido “erros cras-sos”, propondo a “apologia da resolução do problema da Guiné-Bissau pela violência”.

Lembrou que após o 12 de Abril, e ao contrário do que aconteceu em outras crises no país, em que Portugal servia de mediador, Lisboa “enviou vasos de guerra para Cabo Verde para invadir a Guiné--Bissau” e pouco depois pediu “o estacionamento de uma força multinacional” no país.

Para Fernando Vaz, a

Há oito meses que a Guiné-Bissau vive com um olhar permanente sobre o futuro, sem esquecer o presente. Serifo Nhamadjo é o líder do Governo de transição que este fim-de-semana reuniu durante seis horas, mas que nada disse sobre as futuras eleições. Mas um dos seus ministros falou. Numa entrevista à agência Lusa, Fernando Vaz, diz que Portugal errou por não reconhecer o actual Executivo

Projectos na electricidadeO organizador do Fórum disse também que a General Electric prometeu avaliar a possível entrada num consórcio, a ser criado, quando for construída a barragem de Kaletta, que deverá fornecer de energia eléctrica três países da sub-região, entre os quais a Guiné-Bissau. Ainda segundo Paulo Gomes, o presidente do Fundo Soberano do Gabão garantiu o envio de peritos, já na próxima semana, à Guiné-Bissau, para avaliação das possibilidades de negócios no sector do ecoturismo, enquanto a Chanter Afrique quer abrir um banco de habitação no país. O primeiro-ministro de transição guineense, Rui de Barros, enalteceu a iniciativa do Fórum, salientando que “os esforços conjuntos do Governo de transição com a sociedade civil” estão a concorrer para o crescimento da economia do país. Rui de Barros diz que o Governo irá acatar as recomendações do Fórum, que devem ser divulgados nos próximos dias.

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11segunda-feira 4.2.2013 áfrica

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posição de Portugal mudou devido à sua relação com An-gola, que antes do golpe de Estado tinha uma força mili-tar estacionada em Bissau na sequência de um acordo com as autoridades de então. “Os angolanos, a serem humilha-dos e expulsos como foram da Guiné-Bissau, e Portugal, participando nesse processo sendo parceiro e dependendo hoje muito de Angola, toma as mesmas posições de An-gola. Embora Angola não fale, manda Portugal falar”, afirmou.

Fernando Vaz, que nesta deslocação a Lisboa pediu reuniões com a Presidência da República e o Governo, sem

obter respostas, nem sequer ao nível informal, disse ter já sido alvo de tentativas de repre-sálias. “Chamaram a minha esposa, que é portuguesa, ao SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), intimidando e querendo estabelecer algum clima desfavorável à minha vinda cá a Portugal. Mas, com a intervenção de um advogado amigo, nós conseguimos re-solver o problema”, contou. “Se Portugal entender que eu sou ‘persona non grata’ que o declare e eu não venho cá mais”, afirmou.

A AjudA que nãO cheGA Fernando Vaz acusou ainda os “Estados ‘consumidores’”

de droga de ignorarem o seu pedido de ajuda no combate ao narcotráfico. “Não se en-tende que sejamos acusados [de ser um narcoestado] e não haja nenhuma prova nesse sentido. Até hoje não nos foi apresentada qualquer prova.” Para o responsável, a associa-ção ao narcotráfico resulta de “uma campanha feita contra a Guiné-Bissau”.

Admitindo que o tráfico de droga “existiu e existe, como em qualquer parte do mundo”, Fernando Vaz afirmou que a situação é pior noutros países da região. Há “países limítrofes” que “são efectivamente placas de passagem de toda a droga que vem da América do Sul, mas não a Guiné-Bissau. Não temos condições. Temos um péssimo aeroporto, portos que não funcionam.”

No entanto, reconheceu que a costa e o espaço aéreo do país são propícios àquele tipo de actividades por serem pouco vigiados, e admitiu que a “fragilidade de algu-mas instituições do estado guineense” tornam mais fácil ao tráfico, mas sublinhou que por isso mesmo o Governo já pediu ajuda formal “à ONU e aos países amigos”. “[Dissemos:] Ajudem-nos é um mal que vai terminar nos vossos países. Tragam as lanchas, os helicópteros, estamos disponíveis e vamos dar apoio a 100% a fiscalizar e fazer o combate ao narco-tráfico”, disse o porta-voz, lamentando que essa ajuda não tenha ainda chegado, eventualmente “por desin-teresse dos países”.

Onu eStá AtentAO narcotráfico é uma das preocupações da comunidade internacional, nomeadamen-te das Nações Unidas. No seu último relatório sobre a situação na Guiné-Bissau, o secretário-geral da ONU manifestou também preocu-pação com relatos de assas-sínios e buscas extrajudiciais no país.

Questionado sobre essas preocupações, Fernando Vaz disse que o país tem um novo Procurador-Geral da República e afirmou que Governo tem tra-balhado para “criar condições ao Ministério Público (MP)”, que “existia de nome, mas ma-terialmente quase não existia”. “O Governo tem investigado esses casos e, respeitando sem-pre o princípio da separação de poderes, sem intervir muito no trabalho do Ministério Público, limitou-se a criar condições para que o MP fizesse o seu trabalho.” - *com Lusa

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Um Fórum Económico,mil promessasVários investidores internacionais, que participaram no 1º Fórum Económico de Bissau, anunciaram projectos concretos para ajudar a economia do país, indicou o economista guineense Paulo Gomes, organizador do encontro, à agência Lusa. O responsável, que foi administrador do Banco Mundial para 24 países africanos, disse que o encontro, encerrado este Sábado e com mais de 100 convidados estrangeiros, “superou as expectativas”. Entre os investimentos anunciados pelos financiadores internacionais, Paulo Gomes destacou a promessa de um grupo em construir um banco de habitação na Guiné-Bissau, além de projectos no sector da agricultura, ecoturismo, energia e novas tecnologias. Especificando, Gomes afirmou que o ex-presidente da Nigéria Olesegun Obansanjo prometeu avançar com projectos no sector dos “agronegócios”, para oficiais militares da Guiné-Bissau que queiram deixar as Forças Armadas. Durante o debate entre os investidores internacionais e empresários, académicos e políticos guineenses, sobre as potencialidades económicas que a Guiné-Bissau possui, o ex-presidente nigeriano referiu ainda que, “proporcionalmente”, a Guiné-Bissau “tem mais generais que a Nigéria”. “Isso é um problema”, notou Obasanjo, que logo depois da sua intervenção no Fórum Económico de Bissau, se encontrou com o Presidente guineense de transição, Serifo Nhamadjo, e de seguida partiu, de regresso à Nigéria.

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segunda-feira 4.2.2013publicidade12

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tiago alcântara

13segunda-feira 4.2.2013 www.hojemacau.com.mo vida

O Governo vai contratar uma terceira entidade para analisar a construção de cinco lagoas artificiais no mangal, depois de um fim-de-semana de criticas e entrega de mais uma petição

Andreia Sofia [email protected]

Primeiro Lionel Leong, membro do conselho consultivo do ambiente, sugeriu que o projecto das

lagoas junto às casas-museu da Taipa fosse inspeccionado por uma terceira entidade independente.

Um dia depois, o instituto para os Assuntos Cívicos e mu-nicipais (iACm) resolveu seguir o conselho.

em declarações à TDm, Leong Kun Fong, do iACm, disse que “na gestão futura do projecto o iACm

vai considerar pedir apoio técnico a universidades e instituições de investigação cientifica, pelo menos para acabar com as preocupações dos cidadãos. Se alguém tiver alguma duvida podem juntar-se ao debate que o iACm está a organizar sobre como é que as lagoas ecológicas vão resolver o problema da poluição.”

Lionel Leong, também mem-bro do Conselho executivo, já tinha prestado declarações sobre o assunto, também reproduzidas pela TDm. “Sugiro fortemente que quando se fazem projectos relacio-nados com áreas sensíveis ou po-lémicas, se tente ao máximo usar a plataforma do conselho executivo. Para este caso a minha sugestão é que formem um terceiro grupo para garantir durante as construções que o resultado final é o que estávamos à espera”, disse, em declarações reproduzidas pela TDm.

recorde-se que o projecto foi iniciado pelo instituto para os Assuntos Cívicos e municipais (iACm) sem que este tivesse pedido qualquer aval ao conselho consultivo, ou mesmo da Direc-ção dos Serviços de Protecção

Ambiental (DSPA). A construção das lagoas avançou depois de um estudo feito pela Universidade Sun Yat Sen, do continente.

MAiS uMA petição As opiniões de Lionel Leong sur-giram um dia depois do Chefe do executivo, Chui Sai on, ter recebido mais uma petição contra as lagoas no mangal. No total, foram 800 os residentes que deixaram as suas mensagens de protesto em dois cartazes deixados à porta da sede do Governo.

A iniciativa teve como líder a So-ciedade ecológica de macau (Sem), que tem sido um dos grupos mais críticos do projecto do iACm. “Se quisermos ver flores de lótus, pode-mos ir ao jardim Lou Lim iok. mas não queremos esse tipo de natureza artificial no mangal junto às casas museu da Taipa. muitos residentes estão contra esse ambiente artificial criado pelo homem”, disse, também à TDm, Joe Chan, presidente da entidade.

A Sem pede ainda que a zona do mangal seja gerida por um grupo que não inclua apenas membros do iACm.

Lionel Leong já tinha feito a sugestão, iACm aceitou

Mangal vai ser fiscalizado por mais um grupo

hoje no prato

Aneto

paula BichoNaturopata e Fitoterapeuta • [email protected]

Nome botânico: Anethum grave-olens L. = Peucedanum grave-olens L.Família: Apiaceae (Umbelliferae)Outros nomes: Endro, Endro-ordi-nário, Endrão, Falso-anis, Funcho--bastardo, Funcho-fedorento.

O Aneto é uma planta herbácea muito aromática, de pequenas flores amarelas e folhas finas, assemelhando-se ao Funcho. Ori-ginário da Ásia Menor, disseminou--se pela Europa mediterrânica onde ainda se encontra em estado silvestre; é cultivado em vários países. Conhecida desde tempos remotos, esta aromática era muito apreciada pelos Egípcios, Gregos e Romanos que a usavam como remédio e condimento. Era ainda utilizada para o pagamento de taxas, no fabrico de perfumes e em grinaldas nos dias de festa. Simbolizava a vitalidade e, para aumentar a sua força física, os gla-diadores romanos friccionavam o corpo com o seu óleo essencial antes dos combates. Na Idade Média conferia proteção contra as bruxarias.Na culinária usam-se mais as folhas, em fitoterapia sobretudo as sementes e também o óleo essencial. O Aneto é ainda usado no fabrico de licores.

COMpOSIçãOÓleo essencial (carvona, felan-dreno), flavonoides, cumarinas, xantonas, triterpenos, óleo gordo, glúcidos, sais minerais e oligoe-lementos (potássio, silício, sódio), vitamina C e fitosterois. Sabor aromático e picante lembrando os Cominhos e o Funcho.

AçãO tERApêutICAO Aneto estimula o apetite, fortale-ce o estômago e beneficia o fígado favorecendo a digestão, combate espasmos e cólicas e ajuda a eli-minação de gases, é antissético, neutraliza as toxinas da carne e

refresca o hálito. Considerado pelos antigos Egípcios muito eficaz para acalmar os soluços, tem sido igualmente utilizado na falta de apetite, náuseas e vómitos, arrotos e flatulência, digestões difíceis, cólicas gastrintestinais, diarreia e hemorroidas. Rico em sais minerais pode ser empregue nas dietas como substituto do sal.Esta aromática tem ainda pro-priedades calmantes e indutoras do sono; reduz e fluidifica as secreções auxiliando em caso de tosse; é diurética; estimula a menstruação e aumenta a pro-dução de leite nas mulheres que amamentam.Aplicado topicamente, o Aneto é útil no alívio das inflamações dos olhos, no amadurecimento de furúnculos, no endurecimento das unhas quando frágeis, para clarear a pele e atenuar rugas, estrias e a inestética celulite.

COMO CONSuMIRtoda a planta é comestível, inclusi-ve as raízes, no entanto na cozinha são usadas principalmente as folhas frescas ou secas e as se-mentes, por vezes indistintamente. Como condimento, o aneto deve ser usado sozinho, sem outras aromáticas, e adicionado no final do cozinhado.Sugestões:• As folhas são usadas em sopas, marinadas e pratos de peixe (exce-lente com salmão), pratos de ovos, molhos para saladas e maioneses, e para temperar batatas, legumes e saladas (a salada de pepino com molho de iogurte é deliciosa).• As sementes aromatizam pickles (chucrute) e conservas, pães, queijos, azeites e vinagres.• Infusão: 1 colher de chá de sementes por chávena de água fervente, para tomar depois das refeições.• Para perfumar o hálito: Masti-gar umas sementes ou folhinhas frescas.

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segunda-feira 4.2.2013cultura14

O guitarrista Custódio Castelo, distinguido em 2010 com o Prémio Amália para o Melhor

Instrumentista, actua nas próximas quarta e quinta-feira, em França, onde apresenta o álbum “Inven-tus”, saído em Julho último.

A China lançou uma série de actividades

culturais em celebração da próxima Festa da Pri-mavera em 251 cidades de 99 países, anunciou um funcionário do Mi-nistério da Cultura na quinta-feira.

Um total de 385 eventos será realizado durante a temporada do festival, incluindo feiras de templos, paradas, peças teatrais, exposi-ções, desfiles de moda e interacções mediáticas, disse Zhao Haisheng, funcionário do ministé-rio, em conferência de imprensa.

O pianista chinês Lang Lang e as populares apresentadoras chinesas de televisão, Ni Ping e Yang Lan, são embai-xadores de imagem das actividades neste ano, acrescentou Zhao. “Nos

últimos anos, observa-mos que mais países celebram a Festa da Pri-mavera, e cada vez mais estrangeiros desejam co-nhecer a cultura chinesa através da participação no festival”, disse Wei Xin, funcionário do Mi-nistério dos Negócios Estrangeiros da China.

A China iniciou as ac-tividades nos países es-trangeiros para celebrar a Festa da Primavera em 2010. Estas actividades são organizadas conjun-tamente por ministérios, organizações culturais locais e instituições chi-nesas com filiais no exterior.

A Festa da Primavera marca o começo de um ano novo de acordo com o calendário lunar chinês. Este ano, o fes-tival é celebrado a 10 de Fevereiro.

Conferência na Venezuela ensina a estudantes história de MacauUm grupo de estudantes venezuelanos de idioma português participou na noite de quinta-feira, numa conferência sobre “Macau: cadinho de civilizações no Oriente do Oriente”, que teve lugar no Consulado Geral de Portugal em Valência. “Macau era totalmente desconhecido para eles, foi como uma descoberta de um território que esteve sob soberania portuguesa durante mais de quatro séculos e ligado umbilicalmente a Portugal”, explicou à Agência Lusa o cônsul geral António José Chrystêllo Tavares. A conferência, que se prolongou por quase duas horas e meia, foi feita pelo diplomata, que abordou também a ligação secular entre Portugal e a China. “Estiveram presentes 75 pessoas, uma importante parte delas estudantes de português da Universidade Arturo Michelena, da Universidade José António Paéz e da Igreja Portuguesa de Santo António, onde se ministram aulas de português”, precisou.

Jazz Club apresenta “Um tributo ao Bebop” na Casa Garden O próximo evento de Jazz a ter lugar na casa Garden é já esta quarta-feira, pelas 21h. O músico e visitante regular de Macau, Zé Eduardo, acabado de dirigir mais um workshop de formação para jovens músicos de Jazz oferece, juntamente com os participantes no workshop, o espectáculo “Um tributo ao Bebop”. A entrada é livre.

Guitarrista Custódio Castelo com concerto em Macau previsto para Junho

Renovação da guitarra portuguesa

China inicia actividades culturais em 99 países para celebrar a Festa da Primavera

De Pequim para o mundo

tem ainda prevista uma actuação no Centro Cultural de Macau, onde actuará com a Orquestra Chinesa local.

Segundo o texto que acompa-nha o CD “Inventus”, os 12 temas que o constituem, de autoria de Castelo, “reflectem a vivência e uma memória [em que] se alicerça esta tradição musical portuguesa, por vocação aberta ao mundo”.

Para o musicólogo Rui Vieira Nery, citado nas notas de apresen-tação do CD, Custódio Castelo “é, sem dúvida, uma das referências indiscutíveis da renovação da guitarra portuguesa, nas últimas duas décadas”.

Natural de Almeirim, Custódio Castelo construiu um instrumento aos sete anos, integrou vários gru-pos de música popular e bandas rock, até que, através da discografia de Amália Rodrigues, descobriu o som da guitarra portuguesa, pelo qual se “apaixonou”, segundo uma biografia editada no programa da Gala Amália de 2010.

Acompanhou nomes como Amália Rodrigues, Vicente da Câ-mara, Camané e Ana Moura, entre outros, foi o principal compositor e guitarrista no começo da carreira de Cristina Branco, com a qual gravou sete álbuns - uma parceria que levou a imprensa internacional a referir-se à composição musical de Castelo como “fulgurante”, “bela e perfeita”, entre a tradição e a inovação.

“Inventus” é constituído por doze temas da sua autoria, entre os quais um de homenagem a Cesária Évora, e outro, a Amália Rodrigues.

“O encantador de tristezas”, “Sobre Lisboa”, “In agradecimento Fado” – um “obrigado e um bem-

-haja a Amália Rodrigues” -, e “In agradecimento Miss Morna”, homenagem a Cesária Évora e à morna, são alguns dos temas do álbum, o terceiro da carreira do guitarrista e compositor.

Com Custódio Castelo tocam Carlos Menezes (contrabaixo) e

Carlos Garcia (guitarra clássica), compondo o Custódio Castelo Trio.

Depois de França, Custódio Castelo tem já agendado outros espectáculos, para este ano.

Para além de Portugal, México, Espanha, e Canadá o guitarrista

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15culturasegunda-feira 4.2.2013 www.hojemacau.com.mo

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TONY Leung Chiu-Wai, actor de Hong Kong,

abordando a preparação para o seu papel no novo filme de artes marciais “O Grande Mestre”, disse que o kung fu é “mais uma prática espiritu-al e uma maneira de levar a vida” do que simplesmente uma luta.

Na última entrevista à Xinhua, Leung, vencedor do Festival de Cannes, disse que aprendeu muito sobre o espírito do kung fu e em como tornar-se um mestre das artes marciais durante anos de preparação para o papel de Yip Man, o mestre de Bruce Lee. “O maior mestre é aquele que entende a vida e quem, depois de tudo, está aqui de pé, ainda com um sorriso delicado”, disse Leung, que actua como Yip, mestre das artes marciais de Wing Chun.

O filme, que chegou aos cinemas chineses no início de Janeiro, foi dirigido pelo realizador Wong Kar Wai,

O Centro Cultural de Macau apresenta, a

23 e 24 de Março, LENA e as Pinturas Mágicas, uma peça de teatro infantil que sobe ao palco do Pequeno Auditório.

A peça infantil é levada à cena pelo grupo local Maranatha Sociedade de Artes (MAS), e pretende encantar os mais pequenos e as famílias num espectá-culo multidisciplinar que inclui uma combinação de mímica, marionetas, acrobacia e elementos multimédia, informa o

Kung fu é mais do que uma luta, diz Tony Leung

Prática espiritualLENA apresenta grandes mestres da pintura

Mímica e acrobacias

que também já colaborou com Leung. “Quando era criança pensava que apenas os policias e os malfeitores aprendiam artes marciais. Mas quando conhecemos verdadeiramente estas ar-tes, descobrimos que é uma atitude e um espírito que nos pode orientar a lidar com as pessoas e com as coisas “, disse Leung.

Para garantir o melhor desempenho possível da sua estrela, Wong Kar Wai convidou Duncan Leung

Siu Hung, discípulo de Yip Man, para treinar Tony Leung em Wing Chun e também para lhe contar histórias sobre Yip.

É necessário mais do que a leitura do guião para perceber os conceitos de mudança de um mestre sobre as artes marciais, de acordo com Leung. “É importante que eu próprio pratique kung fu para me tornar verdadeiramente o personagem que estou a retratar”, disse.

comunicado de imprensa da organização. LENA e As Pinturas Mágicas conta a história de uma menina que visita pela primeira vez um museu de arte sem imaginar que o dia se transformará numa viagem à terra encantada das pin-turas. Os olhos curiosos de Lena vão introduzir-nos às conhecidas obras de artis-tas como Pablo Picasso, Salvador Dalí e de outros génios criativos, acrescen-ta a nota de imprensa.

A MAS foi fundada em 2006 por Antonio Mar-

tinez (Espanha) e Maira Belati (Brasil), um casal criativo que se conheceu e completou os estudos teatrais em Barcelona. Em Macau têm ensinado teatro às crianças de diversas escolas e participaram em diversos festivais de teatro locais e no exterior com espectáculos infantis como as peças Kallima, a Lagarta Comilona ou Tincaplins.

LENA e as Pinturas Mágicas é organizada pelo CCM e apresentada em dois espectáculos a 23 e 24 de Março. - J.C.M.

Um insólito vídeo de arrependimento de uma cantora da banda pop japonesa AKB48 por ter dormido com um rapaz deu a volta ao mundo através do YouTube. Nas imagens, Minami Minegishi, de 20 anos, com a cabeça rapada (sinal tradicional de luto ou dor no Japão) surge, desolada, a fazer uma confissão perante as câmaras. A estrela pede desculpa aos seus fãs por ter dormido com um rapaz e assegura

que não quer deixar a sua banda. O caso aconteceu após Minami Minegishi ter passado uma noite com um rapaz e ter sido “apanhada” pelas câmaras a abandonar o “ninho de amor”. O produtor do grupo não perdoou e acusou-a de ter quebrado a principal regra dos AKB48: não namorar com ninguém. Após a publicação do vídeo na Internet, os fãs acabaram por defender a jovem e perdoar o seu “deslize”.

Cantora pede desculpa por ter dormido com um rapaz

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gonç

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lobo

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segunda-feira 4.2.2013desporto16

Marco [email protected]

O onze da Casa do Sport Lis-boa e Benfica de Macau vingou a

derrota sofrida no fim-de--semana passado frente ao campeão Ka I ao derrotar o todo-poderoso Lam Pak pela margem mínima, numa partida disputada ao fim da tarde de sábado no campo da Universidade de Ciência e Tecnologia.

O embate entre as águias do território e o mais premia-do dos emblemas do futebol da RAEM afigurava-se como o mais promissor da quarta jornada da Liga de Elite e os dois clubes não defraudaram as expectati-vas dos muitos adeptos que acompanharam ‘in loco’ o desafio. O Lam Pak entrava na quarta ronda da principal prova de futebol de Macau na liderança tripartida da competição motivado pelo melhor arranque de cam-peonato das últimas quatro

WEI Huang, jogador chinês de 19 anos que estava a treinar

no Mafra, assinou pelo Benfica. O jogador irá evoluir na equipa B dos encarnados até final da época. Contudo, a contratação do jogador chinês pode estar envolta em polémica.

Contactado pelo site Maisfute-bol, o presidente do Mafra disse ter a mesma indicação, mas sem que o jogador tenha sido negociado com as “águias”. «O Wei estava connosco há quatro meses. Dormia no centro de estágio e a alimentação estava a nosso cargo também. Para além disso pagávamos a segurança social dele”, explicou José Cristo.

“O jogador desapareceu re-

Liga de Elite Benfica, 1 – Lam Pak, 0

Jogo Sofrido

Chinês treinava no Mafra e pode jogar a defesa-central e do lado esquerdo

Wei Huang assina pelo Benfica

temporadas, mas frente ao ambicioso Benfica os jo-gadores às ordens de Chan Man Kin não conseguiram esconder o nervosismo e entregaram ao adversário a iniciativa de jogo. Impla-cável, o conjunto orientado por Bruno Álvares não se fez rogado e procurou desde cedo levar perigo à baliza à guarda de Tai Chou Tek. O golo encarnado fazia-se advinhar e acabou por surgir com alguma naturalidade aos 24 minutos, com Bruno Martinho a dar a melhor sequência a um bom cruza-

mento do lado esquerdo do ataque do Benfica e a bater o jovem guarda-redes do Lam Pak com um possante remate de primeira.

O tento não roubou dinamismo ao conjunto de matriz portuguesa: mais espontâneo e determinado, o Benfica massacrou o último reduto adversário na recta final da primeira metade, abeirando-se por várias ocasiões de um segundo golo que se afigurava como muito provável.

As águias do território regressaram ao balneário na

liderança do marcador e com o jogo aparentemente domi-nado, mas foi um Lam Pak transfigurado, aquele que subiu ao relvado da Univer-sidade de Ciência e Tecno-logia no início dos segundos 45 minutos. Depois de ter passado a primeira parte a procurar conter os estragos infligidos pelo adversário, o conjunto orientado por Chan Man Kin chamou a si o estatuto de principal protagonista e a aposta quase deu frutos aos 53 minutos, com um defesa encarnado a negar sobre a linha o golo do empate depois de uma defesa incompleta de Juan Castro.

Persistente, o Lam Pak voltou a levar perigo à ba-liza encarnada três minutos depois, mas a defensiva do Benfica fechou-se bem e o último remate da formação azul e branca, desferido por Sio Ka Un falhou por muito o último reduto adversário. A resposta do grupo de trabalho às ordens de Bru-no Álvares surge apenas à passagem da hora de jogo, numa jogada em que Jardel ganha no frente-a-frente com Tai Chou Tek, mas falha por centímetros o enquadra-mento com o último reduto do Lam Pak.

O conjunto orientado por Chan Man Kin continuou

CLassifiCação

rEsuLtados

Equipa J V E D GM-GS Pontos

Ka I 4 4 0 0 15-0 12

Monte Carlo 4 4 0 0 12-1 12

Benfica 4 3 0 1 7-1 9

Lam Pak 4 3 0 1 9-1 9

Polícia 4 2 1 1 6-2 7

Kuan Tai 4 2 0 2 5-7 6

Lam Ieng 4 1 1 2 4-13 4

Kei Lun 4 0 0 4 3-11 0

Sub-23 4 0 0 4 0-8 0

Chao Pak Kei 4 0 0 4 0-17 0

Kei Lun 1 – 3 Polícia

Lam Ieng 0 – 7 Ka I

Benfica 1 – 0 Lam Pak

Monte Carlo 5 – 0 Chao Pak Kei

Sub-23 0 – 1 Kuan Tai

a mandar na partida, mas faltou inspiração à linha avançada azul e branca para forçar a divisão de pontos. A cinco minutos dos noventa, o Lam Pak quase repõe a igualdade no marcador, numa jogada confusa em que Juan Castro nega de

forma instintiva o tento da formação adversária. O guarda-redes do Benfica teve de se aplicar de novo pouco depois para desviar um remate de Hou Man Hou, naquela que foi a úl-tima grande oportunidade da partida.

dados pEssoaisNoME: Wei Huang

DaTa DE NaSCIMENTo: 29-10-1993 (19 anos)

NaCIoNaLIDaDE: China

PoSIção: Defesa-central/Defesa-esquerdo

lateral esquerdo nesse encontro, mas ainda assim terá deixado boas indicações. Nos vários contactos desenvolvidos foi possível ouvir vários elogios ao defesa, de resto. Os responsáveis do Mafra, clube da II Divisão, tencionavam inscrevê--lo agora no início do novo ano.

Fonte próxima ao atleta, contac-tada pelo Maisfutebol, confirmou que se realizaram algumas reuniões para discutir o vínculo, mas que não houve acordo. Posto isto, um dirigente do Mafra teria dito a Wei que estava dispensado, na semana passada. O pai do jogador estaria agora a tentar encontrar um clube para o central, de acordo com a mes-ma fonte, que, apesar da certeza, não confirma o acordo com o Benfica.

O Maisfutebol contactou tam-bém fonte oficial das “águias”, que deixou a sugestão ao presidente do Mafra para “medir as suas palavras e responsabilidades”.

centemente. Nem ele nem o pai atendem o telefone”, acrescentou o dirigente, que esteve ausente do país nos últimos dias, e que ao chegar, na semana passada, teve a indicação de que o jogador estaria a caminho da Luz. “Se assim for, ficamos à espera de uma reunião

com o presidente do Benfica”, acrescenta.

Como não estava inscrito, Wei mostrava as suas qualidades nos vários jogos-treino que o Mafra realizou. Um deles com o Ben-fica B, precisamente, no final de 2012. Curiosamente, Wei até foi

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Sala 1the iMpoSSible [C]Um filme de: issara nadee, patchanon Thumjira, Kirati nakintanonCom: apinya Sakuljaroensuk, peter Knight, ray Macdonald14.30, 21:45

the GRaND MaSteR [b](Falado eM CanTonêS e MandariM legendado eM ChinêS)Um filme de: Kar Wai WongCom: Tony leung Chiu Wai, Ziyi Zhang, Chen Chang16.30

leS MiSÉRableS [b]Um filme de: Tom hooperCom: hugh Jackman, anne hathaway, russel Crowe, amanda Seyfried, eddie redmayne, aaron Tveit, Samantha barks, helena bonham Carter, Sacha baron Cohen19.00

Sala 2the toweR [C](Falado eM Coreano legendado eM ChinêS e inglêS)Um filme de: Kim Ji-hoon14.30, 16.45, 19:15, 21:30

Sala 3Robot & fRaNk [b]Um filme de: Jake SchreierCom: Frank langella, Susan Sarandon, James Marsden, liv Tuler14.30, 17:45, 19.30, 21.30

hotel tRaNSylvaNia [3D] [a](Falado eM CanTonêS)16.05

segunda-feira 4.2.2013 17www.hojemacau.com.mo futilidades

[Tele]visão

Sudoku [ ] Cruzadas

[ ] Cinema Cineteatro | pUb

TDM13:00 TdM news - repetição13:30 Telejornal + 360º (diferido)14:45 rTpi directo18:30 Contraponto (repetição)19:30 resistirei20:30 Telejornal21:00 TdM desporto22:10 escrito nas estrelas23:00 TdM news23:30 história essencial de portugal00:00 Telejornal - repetição00:30 rTpi directo

inForMaçÃo TdM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:35 Só energia15:05 Consigo 15:30 ingrediente Secreto16:00 bom dia portugal17:00 decisão Final17:50 Vingança18:35 Tesouros Fósseis da ilha amarela19:00 Trio d’ataque20:00 Jornal da Tarde 21:15 o preço Certo22:10 portugal no Coração

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41 - HBo11:35 Moneyball13:50 Fast Five16:00 intersection17:45 ready To rumble20:00 notting hill22:00 boss23:00 Strike back 00:30 dream house

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VERTICaIS:1-apertta com laçada. o m. q. galveta. 2-nordeste (abrev.). proprietários, senhores. rio de França. 3-relativo à orquite. 4-Umas (arc.). rabino. 5-alces, ergas. Casaco comprido, desportivo, impermeável e com capuz (pl.). 6-imensidão (Fig.). nota musical (pl.). letra grega. 7-dar cor de anil. 6-género típico das aceráceas. 8-deixe para outro dia. o m. q. alna. 9-Que tem todas as formas conhecidas. 10-Sigla automobilística da UrSS. desterrrava. amerício (s.q.) 11-Que se impôs. remoinho de água (prov.).

horiZonTaiS:1-anoniMa. aSi. 2-Ter. Cana. UM. 3-a. QUerido. p. 4-dUaS. liMbo. 5-goiS. FaenaS. 6-anT. par. inT. 7-loiraS. aFio. 8-oSCar. anoa. 9-e. obCeCar. 0 10-Ta. iaTe. Mal. aal. SarieMa.VerTiCaiS:1-aTa. galoeTa. 2-ne. donoS. aa. orQUiTiCo. l. 4-n. UaS. rabi. 5-iCeS. parCaS. 6-Mar. FaS. eTa. 7-anilar. aCer. 8-adie. ana. i. 9-a. oMniForMe. 10-SU. bania. aM. 11-iMpoSTo. ola.

REGRaS |insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SolUçÃo do probleMado dia anTerior

Aqui há gatoRELógIO BIOLógICO“Andava eu atrás dela, como um príncipe atrás da Cinderela”. Esta frase, cantada pelos Lunáticos, podia adequar-se perfeitamente à minha “pessoa”.Aqui encerrado entre quatro paredes e sem possibilidade de escapar, a vontade de acasalar é enorme. O tempo passa por mim e o relógio biológico pede que encontre uma namorada. Em vão. Não há gata em Macau que me chegue ao beiço.Resigno-me. A minha sina é mesmo esta, a de aturar sete jornalistas, dois paginadores e um director a produzir, diariamente, um jornal que pretende ser de referência em Macau.Há momentos de stress, há momentos de descontração, há momentos de trabalho, há momentos para me dar umas festas. Mas no final do dia, o jornal fica pronto para mostrar, no dia seguinte, o que se anda a passar por Macau e pelo mundo.Uma coisa é certa. A edição termina e a luz apaga-se. Eu fico sozinho entre quatro paredes até à hora, no dia seguinte, em que chega a mulher da limpeza. Nesse espaço lá tenho de fazer os meus disparates mas nada de gatas. Que triste fado o meu que nem consigo arranjar namorada. Corrijo: não me deixam arranjar namorada. O melhor que ganho são uns miminhos dados pelas meninas da redação.Seja como for, o jornal faz-se. E faz-se com abnegação e sentido de responsabilidade. Disso não tenho dúvidas. Se tudo correr sempre bem, como até aqui, a falta de uma gatinha é um mal menor.

BaSTa! • Camilo LourençoDepois de três bancarrotas em 34 anos, caso único na Europa, será que ainda não aprendemos a lição? “Há cerca de 20 anos li um artigo do The Wall Street Journal sobre o que os ex-países de Leste poderiam aprender com a experiência portuguesa (de abertura da economia). Longe estava eu de pensar que os anos seguintes ficariam marcados pelos piores disparates de política económica em Portugal. Disparates que nos estão a custar o futuro”, escreve o autor. Um livro esclarecedor, que ajuda a compreender o estado em que o país se encontra e, mais importante, aponta caminhos para evitar erros do passado e recuperar a prosperidade.

o TCHEKISTa • Vladimír Zazúbrin“O Tchekista” é um dos primeiros testemunhos literários sobre a natureza do poder soviético e um relato atroz de uma máquina de terror oleada pelo sangue humano. No rescaldo da guerra civil, Srúbov, um agente da Tcheka, cumpre o seu ofício de carrasco na Sibéria. Em nome da revolução, participa nos atrozes procedimentos quotidianos, em cruéis interrogatórios e em execuções sumárias. Porém, a sua consciência impede-o de desempenhar o seu ofício e o matadouro sangrento em que se move assola-o eternamente.

Pu Yi

Page 18: Hoje Macau 4 FEV 2013 #2785

Advogados de Macau, podem exercer a sua prática na RAEM. Mas se não forem bilingues, como é que resolvem esse problema?

O problema bilingue típico foi mencionado no artigo de há duas semanas e estava relacionado com o nome das firmas de advogados, e com a utilização dos termos legais “barrister” “大律師” e “solicitor” “律師”. Se os advogados forem bilingues é mais fácil evitar confusões.

Consideremos este caso. Um ad-vogado português está a tratar de um contrato e este está escrito em chinês e traduzido para português. O contrato tem uma cláusula que diz que se houver alguma discrepância entre as duas ver-sões é a versão chinesa que prevalece. Será que um cliente tem confiança num advogado português que não sabe ler, falar, ou escrever em chinês? O con-trário também acontecer. O contrato é escrito em português e traduzido para chinês. No caso de discrepâncias pre-valece o português. Será que o cliente confia num advogado chinês que não entende o português? O assunto que temos entre mãos é simples – idioma. Se os advogados forem bilingues o problema não existe. Como fazer com que os advogados de Macau se tornem bilingues é a questão central.

C

segunda-feira 4.2.2013opinião18 www.hojemacau.com.mo

OMO referi no artigo da semana passada, a política de “não restrição” permite a livre entrada e saída de advogados portugueses de Macau. Dissemos também

que se os advogados portugueses de-monstrarem que têm o conhecimento suficiente da Lei Básica de Macau e das várias leis do território, em parti-cular daquelas que saíram depois da reunificação, podem construir uma maior relação de confiança com a po-pulação. Os requisitos do DPC podem ajudar a alcançar esse objectivo. A Associação dos Advogados de Macau pode produzir alguns cursos de DPC sobre a Lei Básica de Macau e sobre as leis promulgadas depois da reuni-ficação. Os advogados que estudarem estas leis através dos cursos do DPC podem construir uma maior relação de confiança com o público.

A Associação dos Advogados de Macau também pode facultar outros cursos para os seus membros. A maioria das transacções legais quo-tidianas de Macau estão relacionadas com as leis de Hong Kong. Como por exemplo, o estabelecimento do Small Claim Court e do Juvenile Court no nosso Base Court, os procedimentos de compra e venda de propriedades, a lei da privacidade, etc. Se analisarmos estes itens em detalhe verificamos que são muito semelhantes às leis de Hong Kong. Porque não podemos or-ganizar alguns cursos de DPC para os advogados? Estes cursos iriam ajudá--los a lidar com algumas transacções particulares. E mais importante ainda, o conhecimento destas leis exteriores aumenta o ponto de vista legal dos advogados. Este é precisamente o processo de troca de normas, valores e espírito entre as leis de Macau e as leis do exterior. Se este sistema for implementado estará dado o primei-ro passo para que as leis de Macau acompanhem as mudanças globais e para que o território se transforme numa cidade internacional.

Advogados e Legislação Bilingue A maioria das pessoas pensa que

a legislação de Macau é produzida em Português e Chinês. O que está correcto. Será que isto limita a acti-vidade dos profissionais de Direito? Depois de uma lei ser promulgada, o próximo passo é a sua implementação. Não existe actualmente em Macau nada que obrigue os advogados a serem bilingues. Por outras palavras, podem ouvir, falar, ler e escrever, tanto em português como em chinês e se forem aprovados pela Associação dos

macau v is to de hong kongDavid Chan*

Reunificação de Macau 2013O DPC: Desenvolvimento Profissional Contínuo (Continuação)

*Professor Associadono Instituto Politécnico de Macau

A verdade pura e simples é que a “competição pode melhorar tudo”. Se queremos elevar os padrões legais de Macau temos de aumentar a competição. O reconhecimento de LL.B. pela Universidade de Macau e a possibilidade de estagiar como “solicitor” dada pela MUST pode ajudar a conseguir atingir esse objectivo.

carta ao director

Exmo. Sr. Director do Hoje Macau,

No uso da faculdade de resposta que me é atribuída, envio este texto, em resposta aos comentários do sr. J. Gomes, insertos no v/ diário, do passado dia 1 de Fevereiro.

Politicamente incorrectoRelativamente à carta-petição entregue pelo sr. Pereira Coutinho ao Chefe do Executivo de Macau, para que este interceda junto do Governo Português, no sentido de os aposentados, residentes em Macau, serem isentos dos cortes nos Subsídios de Férias e de Natal, gostaria de destacar, desde logo, que todas as declarações feitas pelos dirigentes da APOMAC foram oportunas, sérias e neces-sárias, dado que o assunto em causa já foi objecto de uma sentença do Tribunal Constitucional (Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 353/2012, publicado no Diário da Re-pública, 1.ª Série, N.º 140, 20 de Julho de 2012), que veio em nosso favor. Por conseguinte, consideramos que, nesta altura, toda e qualquer intervenção por parte dos aposenta-dos, residentes em Macau, já não irá surtir qualquer efeito, antes pelo contrário, poderá, eventualmente, fazer com que sejam ainda mais prejudicados. Nunca será por mais ou menos intervenções da nossa parte que o Governo Por-tuguês irá alterar as suas medidas político-financeiras e, como tal, toda aquela cena à porta do Palácio do Governo não passou de mais um acto de populismo com fins eleito-ralistas, altamente condenável, mais a mais quando o seu promotor exerce as funções de conselheiro das Comunida-des Portuguesas na RAEM.Creio que todos os dirigentes sindicais ou não, com alguma consciência e responsabilidade, sabem bem disto, logo, qualquer atitude imprudente seria desastrosa para todos os aposentados de Macau. Trata-se, no fundo, de uma questão altamente sensível que deve ser abordada com destreza e nunca com recurso a megafones ou com atitudes demagógicas. Recomendam-se sempre, nestes momentos, acções politicamente correctas.O sr. J. Gomes leu, releu, tresleu e transcreveu alguns arti-gos da Lei Básica da RAEM, mas, pelos vistos, ainda não percebeu o conteúdo e o alcance dos mesmos e, por esta razão, continua a acreditar que a carta-petição vai dar resul-tados. Veremos, mais adiante, para que lado pende o prato da balança da razão. O facto de gostar de demagogos é uma mera questão de paladar, sobre a qual não há discussão, mas, confessando que aprecia, pois que tenha bom proveito!Por mim, como Português que sou e não sendo detentor de qualquer documento de viagem da R. P. China, continuo a defender que não devemos envolver nisto o Governo de Macau/China, na medida em que se trata de uma questão que apenas diz respeito a Portugal e aos seus trabalhadores, quer no activo quer aposentados, sejam eles residentes em Macau ou em qualquer outro lugar do mundo. Considero, por isso, que aquela carta-petição e outros quejandos visam ampliar o populismo do promotor e recolher alguns louros que, por mim, são devidos apenas ao grupo de deputados à Assem-bleia da República que tiveram a inteligência e ousadia de recorrer, em tempo oportuno, ao Tribunal Constitucional.Antes de terminar, julgo oportuno salientar que nem eu, nem o meu colega, sr. Francisco Manhão, aceitamos, de bom grado, que nos venham à bolsa subtrair Subsídios que nos foram prometidos, mas, conhecendo o que se está a passar em Portugal e porque a medida dos cortes tem carácter excepcional e transitório, temos que aceitar, o que não significa que estejamos de acordo. O nosso passado histórico-sindical e a recente batalha judicial contra a Administração da RAEM, pela não atribuição do Subsídio de Residência a 151 aposentados, sócios da APOMAC, é prova mais que suficiente de que não cruzamos os braços perante uma justa reivindicação, sobretudo, quando esta tem algumas probabilidades de ser bem sucedida.

Macau, 3 de Fevereiro de 2013

Jorge FãoSócio-fundador da ATFPM e Sócio-fundador da APOMAC

mentos bilingues. O mesmo vale para o contrário. Os advogados chineses poderiam ter formação em português, o que os ajudaria a aprender a língua e a cultura de Portugal. Ainda me lem-bro do primeiro dia em que comecei a estudar português. Se não estudasse I “dia-a-dia”, não entenderia a forma de viver dos portugueses.

Terceira questão – formação jurídica

Atentemos agora na formação jurídica. Para se ser advogado em Macau tem de se ter o bacharelato em leis. O que passaremos a chamar de LL.B. Antigamente o LL.B. em Macau era principalmente proporcio-nado pela Universidade de Macau. Os estudantes de direito da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST) não tinham reconhecimento profissional legal porque estudam as leis chinesas em vez das leis portugue-sas. A situação foi alterada por David Smith, anterior Deão de Direito da MUST. Sob condições especiais os estudantes da MUST podiam fazer um exame organizado pela Associação dos Advogados de Macau. Se passassem podiam estagiar para “solicitor” e ter a hipótese de serem advogados de Macau. David Smith deixou Macau há alguns anos. Será que os estudantes da MUST ainda podem actualmente fazer estes exames? Será que podem estagiar como “solicitors” se passarem no exame? Não faço ideia.

Os estudantes de Direito da MUST têm razões para estarem preocupados, porque a Universidade de Macau é a única que forma estudantes de direito. Para quem quer ser advogado aquela é a única escolha. A outra hipótese é ir para Portugal, mas para isso tem de saber falar, ler e escrever português. Se esse não for o caso, esqueçam essa opção.

A verdade pura e simples é que a “competição pode melhorar tudo”. Se queremos elevar os padrões legais de Macau temos de aumentar a competi-ção. O reconhecimento de LL.B. pela Universidade de Macau e a possibili-dade de estagiar como “solicitor” dada pela MUST pode ajudar a conseguir atingir esse objectivo.

Na próxima segunda-feira é feriado de ano novo chinês. Não escreverei nessa semana. Continuaremos a anali-sar a formação jurídica depois do ano novo chinês.

Feliz Ano Novo Chinês

As exigências do DPC acima mencionadas podem resolver este problema. Os advogados portugueses podem fazer cursos de DPC em chinês para aprenderem a falar, ouvir, ler e escrever em chinês. Estes cursos podem ajudar os advogados portu-gueses a aprender chinês e a entender a cultura chinesa. Com a formação correcta os advogados portugueses podem então lidar com casos e docu-

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19opiniãosegunda-feira 4.2.2013 www.hojemacau.com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Leocardo; Maria Alberta Meireles; Mica Costa-grande; Paul Chan Wai Chi; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

Quem me tirou as minhas recordações

A vida não deve ser apenas vivida para sobreviver, é preciso viver com dignidade. Hoje Macau é um sítio próspero. Mas apenas os ricos e poderosos lucram com essa prosperidade; a qualidade de vida e as qualidades humanísticas da população em geral não acompanharam o desenvolvimento económico

um gr i to no desertoPaul Chan Wai Chi*

OS últimos anos Macau ostenta uma economia próspera, recebe toneladas de turistas e vê o seu PIB a subir ano após ano. Mas enquanto população local temos de enfrentar a subida incessante

dos preços das casas e dos bens de primeira necessidade, apesar do ligeiro crescimento dos salários. A felicidade é que não cresce de maneira nenhuma. Num certo momento fui assaltado pelas memórias da minha mocidade. O que são os bons tempos? O passado ou o presente? Se tiver de escolher prefiro o passado.

Quando era jovem, no regresso da visita ao meu pai em Hong Kong, ia sempre para o convés do ferry apanhar ar enquanto me aproximava de Macau. Dali via as filas de edifícios de estilo português ao longo da Avenida República no bairro de Sai Van até chegar ao terminal. Hoje Sai Van é um lago artificial. Se o projecto de transformar a área circundante do Lago Sai Van num mercado nocturno for realizado à força, o último local tranquilo em Macau desaparecerá em breve.

Embora a vida fosse dura nos anos 1960 e 1970, o então aberto, Casino San Fa Un não transformava muita gente em jogadores patológicos. O casino tinha receitas gene-rosas, mas as rendas não subiam dramati-camente e as pequenas lojas continuavam a existir em grande número. Quando não havia comida suficiente, as pessoas com-pravam com poucos centavos umas tigelas de feijão e soja, como suplemento do jantar. Hoje em dia é muito difícil encontrar lojas de comida. Depois de terem fechado as duas últimas lojas características do Largo do São Domingos o que resta em Macau são lojas que vendem comida estandardizada para os turistas do continente. O custo de vida está tão alto que já não consegue ser acompanhado pelo aumento dos salários. O estilo de vida descontraído do século anterior já faz parte do passado.

Quando era criança a minha avó materna, depois de jantar, costumava levar-me a dar um passeio pela cidade no autocarro nº4 que custava 10 centavos. Nessa altura não havia subsídios do governo para as viagens de autocarro, mas eu adorava estes passeios. Hoje em dia existem subsídios, mas nas horas de ponta os autocarros estão tão cheios que é quase impossível apanhar um. Antigamente jogava-se à bola nas ruas. Hoje há cada vez menos campos públicos disponíveis. Campos públicos gratuitos como o Campo Militar, o Campo Policial, o Campo dos Operários, o Campo do Jardim da Estrela e o Campo do Tap Seac foram desaparecendo uns atrás dos outros. As pessoas dizem que os

njovens de Macau estão viciados na internet. Mas o que podem eles fazer se largarem o computador?

Aprendi a nadar no pontão em frente ao reservatório. Quando íamos nadar viajava sem-pre no lugar de trás da bicicleta guiada pelos membros mais velhos da minha família. Pelo caminho passávamos por dezenas de vivendas de estilo português ao longo da Avenida do Ouvidor Arriaga. A beleza e a tranquilidade desta paisagem desapareceu para dar lugar a parques de estacionamento e edifícios habita-cionais. Durante a juventude costumava levar a minha namorada (hoje minha mulher) a casa junto das ruínas de S.Paulo. Depois ia pela Estrada do Repouso e passava pela Prisão do Governo. Com o auxílio do antigo deputado da Assembleia Legislativa, Alexendre Ho, visitei a Prisão, com outros jovens e falei com o director. Embora as instalações do edifício tivessem uma arquitectura característica, acabaram por ser demolidas e transformadas num parque de estacionamento e num edifício residencial. A obra dos dois espaços foi feita pela mesma empresa.

tes e observado os pássaros migratórios. Quando o Venetian acabou com o Macau Studio City, a tranquilidade do local passou a ser um paraíso para turistas. Perdemos um espaço de descontracção e lazer a troco das taxas de jogo.

Na Consulta sobre o Desenvolvimento do Sistema Político do ano passado muitos dos defensores da fórmula “2+2+100” afir-maram que a vida hoje é muito melhor do que no passado. É por isso que se tornou vital ter estabilidade política uma vez que a democracia não pode ser transformada em comida. Tenho pena que estas pessoas tenham desistido da democracia, vendido as suas almas e que desejem viver uma vida delineada pelo amo. A vida não deve

por antónio conceição júniorDR. MANMOHAN SAVEWOMENHAN SINGH

Gosto de fazer caminhadas e de correr. Mas desde que abriu o Westin Hotel em Hac Sa, Coloane tenho de atravessar o campo de golfe do hotel para levar os meus alunos à Gruta dos Morcegos. Qualquer dia seremos apanhados e expulsos pelo pessoal do hotel. A Estrada do Dique Oeste na Ponte Flor de Lotus é actualmente um sítio ideal para correr e contemplar o pôr do sol. É uma pena que desde que começou a construção do Grand Waldo Hotel o contorno da costa tenha desaparecido. Depois do Galaxy Macau ter começado a operar as zonas pantanais cir-cundantes desapareceram, restando apenas alguns pedaços isolados de áreas ecológicas. Fico satisfeito por, no passado, ter levado os meus alunos até aos pantanais verdejan-

ser apenas vivida para sobreviver, é pre-ciso viver com dignidade. Hoje Macau é um sítio próspero. Mas apenas os ricos e poderosos lucram com essa prosperidade; a qualidade de vida e as qualidades huma-nísticas da população em geral não acom-panharam o desenvolvimento económico. A natureza humana continua a deteriora-se e as terras continuam a ser exploradas e saqueadas. Apareceram muitas empresas fantasma e edifícios altíssimos. As minhas memórias de Macau são cada vez mais nubladas. Quem me tirou as minhas belas recordações e me deixou com uma cidade corrupta e egoísta?

*Deputado e membroda Associação novo Macau Democrático

Reunificação de Macau 2013O DPC: Desenvolvimento Profissional Contínuo (Continuação)

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segunda-feira 4.2.2013www.hojemacau.com.mo

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Maria João BelchiorEm Pequim

O Governo central apresen-tou no final de Janeiro o

primeiro documento político do ano com um projecto imaginado a cinco anos para proteger os direitos dos camponeses. O arrendamento da terra, registo ainda dos tempos de Mao Ze-dong, foi alterado nos primeiros anos da reforma económica no início da década de 80. Além de se terem tornado livres para pro-duzir além da quota estipulada e vender esse excedente a preços de mercado, os camponeses passaram a arrendar a terra por períodos mais longos, assim como a poder transferir esse arrendamento para familiares ou vizinhos.

Mas o sistema que nos anos 80 revolucionou a vida no campo na China e a própria economia, já há alguns anos que deixou de servir às necessidades de quem é obrigado a deixar o campo e procurar trabalho na cidade.

Ao encontro de questões já antigas, o Governo deixou agora a promessa de nos próximos cinco anos vir a alterar o siste-ma. As ideias já estão em cima da mesa e no próximo mês de Março, altura da Assembleia nacional popular, devem vir a ser novamente discutidas.

Hoje um pedaço de terra tem um preço superior ao que tinha há cerca de uma década. Por outro lado, o valor de ter terra é cada vez mais uma segurança na vida dos camponeses. O próprio desenvolvimento económico levou a que o preço de passar um arrendamento de terra para outra pessoa, possa ser agora mais elevado.

O plano do Governo agora conhecido pretende fazer um levantamento do maior número de situações possível para criar

uma base de dados capaz de identificar os problemas mas também as oportunidades.

Por se tratarem de arrenda-mentos antigos, muitos campo-neses não possuem registo da terra em que trabalham como pertencente à família. O perí-odo de arrendamento da terra estende-se até 15 anos, uma das alterações pós-reforma que pretendia dar direitos mais alar-gados a quem trabalha no cam-po. Mas a falta de documentos leva a que muitos não possam transferir o arrendamento para outra pessoa, por receio que a falta de registo lhes faça perder a terra.

Com milhões de campone-ses que migraram para as cida-des nos últimos anos, muitas das terras ficaram entregues aos mais velhos que já não têm capacidade de trabalhar de sol a sol como o campo obriga. Nas vilas e aldeias, as terras são por vezes transferidas para alguém que consegue com mais meios e de uma forma organizada tratar de vários terrenos.

Para o Ministério da Agri-cultura, cerca de noventa cinco por cento das famílias rurais com terras, estarão registadas. No entanto, na opinião de acadé-micos, o sistema está obsoleto e é preciso actualizar as bases de dados. Muitos camponeses têm sido vítimas de expropriação de terras que são depois usadas para construções.

Num trabalho que vai jun-tar os Governos locais com Pequim, o Governo vai dispo-nibilizar 150 mil milhões de Renminbi para os próximos cinco anos. O primeiro passo de uma mudança para definir direi-tos de espaço e de exploração das terras. Segundo o ministério da Agricultura a China tem 240 milhões de agregados familiares rurais com cerca de meio hectare de terra definido para cada um.

Pelos direitos dos camponeses

Direitos sobre a Terra