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HOJE MACAU Há vários anos que mais de meia centena de residentes locais esperam por casas que compraram em Zhuhai e para as quais investiram as suas poupanças. Os lesados dirigiram-se ontem ao Governo para pedir ajuda num caso em que se dizem burlados em milhões de reminbis e contaram com o apoio de dois deputados que pedem a criação de um documento legal que proteja a aquisição de imóveis. AS CASAS FANTASMA DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 TERÇA-FEIRA 3 DE FEVEREIRO DE 2015 ANO XIV Nº3265 hojemacau PUB ZHUHAI RESIDENTES PERDEM MILHÕES NA COMPRA DE IMÓVEIS PÁGINA 3 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB ADM LISTA DE SÓCIOS ENGORDA NA CANTINA. NOVAS ENTRADAS SUSPENSAS SOCIEDADE PÁGINA 7 PORTO INTERIOR PASSEIOS DE BARCO DÃO A CONHECER HISTÓRIAS DO PASSADO CENTRAIS Chineses querem mulheres inexistentes CHINA PÁGINA 12

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Hoje Macau N.º3265 de 3 de Fevereiro de 2015

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Há vários anos que mais de meia centena de residentes locais esperam por casas que compraram em Zhuhai e para as quais investiram as suas poupanças. Os lesados dirigiram-se ontem ao Governo para pedir ajuda

num caso em que se dizem burlados em milhões de reminbis e contaram com o apoio de dois deputados que pedem a criação de um documento legal que proteja a aquisição de imóveis.

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Há cada vez mais pessoas sem vícios a pedir ajuda porque simplesmente não conseguem pagar as suas rendas”Olívia ip• Assistente social da Casa Corcel, sobre os sem-abrigo

“Tenho vindo a falar com colegas meus ligados aos casinos e eles acreditam numa quebra das receitas de10 a 15% . São números razoáveis, eu concordo”William Cheung• Professor da UM, sobre o impacto do fim do fumo nas salas VIP dos casinos

“É preciso uma consulta mais profissional porque o património é um bem da comunidade e para a comunidade e não apenas um produto fabricado dentro de uma ‘caixa negra’ por um departamento do Governo”vizeu pinheirO• Arquitecto, sobre o o relatório enviado à UNESCO sobre o Plano de Salvaguarda e Preservação do Centro Histórico

2 hoje macau terça-feira 3.2.2015

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por Carlos Morais José

www.hojemacau.

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l i g u e - s e • pa r t i l h e • v i c i e - s ePropriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Filipa Araújo; Flora Fong (estagiária); Leonor Sá Machado Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Gonçalo Lobo Pinheiro; José Simões Morais; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas Agnes Lam; António Conceição Júnior; Arnaldo Gonçalves; David Chan; Fernando Eloy; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau Pineda; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

diárioDE

boRDo

“Muitas vezes peço para apresentarem sugestões, ideias que queiram que a ADM desenvolva, mas não há nada. Só querem é usufruir dos serviços da cantina, o que nos

leva a pensar em modificar algumas coisas”miguel de Senna Fernandes, presidente da aDm, sobre a suspensão de inscrições de novos sócios | p. 7

A CElEbRAção dos 800 anos da Magna Carta fez com que a British Library resolvesse reunir os quatro originais do documento, que ainda existem. Eis a sombra de um dedo de um empregado da biblioteca sobre um dos exemplares. Nele o rei compromete-se a respeitar a lei e a estendê-la a todos os seus súbditos. João Sem Terra não tencionava cumprir a sua palavra.

Imprensa e liberdade

Agora que as águas acalmaram um pouco talvez seja altura de se voltar a falar de liberdade de imprensa em Macau. Tenho lido e ouvido muita argumentação, na maior parte dos casos de pessoas que não são jorna-listas, ou seja, não estão realmente por dentro do assunto. Para muita gente, existir liberdade de imprensa, para além de estar garantida na lei (como é o caso de Macau), significa viver no melhor dos mundos, onde anjos tocam trombetas, o mel escorre das árvores juntamente com o leite, não existem mosquitos e onde os jornalistas gozam de uma liberdade que, para certas estéticas, devia roçar a libertinagem. Ora, acreditem, vê-se logo que nunca praticaram a profissão e não sabem do que estão a falar e, presume-se, também não sabem o que estão a pensar ou, como se diz muito hoje, a “achar”.Se o achismo se expande a todos os sectores, sobre a imprensa de facto toda a gente acha qualquer coisa. Inclusivamente, são eles que comuni-cam aos jornalistas se estes são livres ou não de exercer a sua profissão. É que, entenda-se, trata-se de uma profissão e não da liberdade de andar a mandar bocas, enxovalhar ideias ou denunciar casos sem provas, por mera suspeição ou “ouvir dizer”. O jorna-lismo, para o ser, obedece a regras, a preceitos e a valores, que convém explicitar. O resto é outra coisa.Se as pessoas que em países como Portugal, EUA ou o Ocidente em geral que existe uma total liberdade de imprensa, recomendo os comentários sobre os media de Noam Chomsky que, muito calmamente, explica como aquilo a que chama “mainstream media” estão claramente controlados e quem não concorda com a cartilha será melhor procurar trabalho noutro lado. Pode é claro fazer um blogue, uma página de notícias na internet e morrer de fome.Não me venham com tretas: desde o início desta profissão que o jornalista sabe muito bem o que são os jornais e por isso mesmo com o tempo arranjou regras que lhe garantam a indepen-dência. A profissão implica saber dar a volta ao texto mesmo quando não existe censura, de modo a fazer passar a notícia que de outro modo se arriscaria a não ser publicada, por ir contra os interesses ou a opinião, por exemplo, dos donos dos jornais. Isto é verdade no Guardian e no New York Times, como o é no Público ou no Diário de Notícias.O jornalismo não é para anjinhos. Mas muitos gostam de se juntar em coro eclesial, demonstrando uma grande ingenuidade, e bolsar opiniões irrelevantes, cuja utilidade se limita a mostrar como quem as promove se encontra a anos-luz da realidade. A situação do jornalismo em Macau, em termos de liberdade de imprensa é muito melhor que em todos os países e regiões que nos rodeiam, incluindo Hong Kong. Tenho dito.

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Flora [email protected]

M ais de 50 r e s i d e n t e s de território queixaram-se

ontem por nunca terem conseguido recuperar o dinheiro que investiram na compra de casas em Zhuhai que não chegaram sequer a ser construídas. Dez anos depois, o grupo de pessoas afectadas junta-se aos depu-tados Zheng anting e Mak soi Kun para entregar uma carta na sede do Governo, protestando por terem sido alegadamente enganados e burlados em vários milhões de reminbis através da aqui-sição de moradias na cidade vizinha.

a história de Lo é como a de tantas outras pessoas. O comprador investiu, em 2008, em financiamentos hipotecários destinados à aquisição de um imóvel residencial ainda em cons-trução, sem nunca ter, no entanto, recebido qualquer certificado de pré-venda. O edifício foi já finalizado, mas Lo ainda não assinou o contrato oficial de compra e venda com o construtor. Outra das alegadas pro-prietárias, ieong, assegura ter pago 1,5 milhões de reminbis em 1998 – tempo da administração portugue-sa – para comprar outra das moradias, da Empresa de

imóveis sino, através de um leilão do Tribunal Gaoming, em Foshan. Nesse momento, ieong havia já recebido um certificado de pré-venda por parte da autoridade que fazia a gestão do imóvel. No entanto e dois anos depois, o edifício não chegou a ser concluído, em parte devido à mudança de construtor por mais de dez vezes.

O juiz decideMesmo assim, o Tribunal Popular superior da provín-cia de Guangdong decidiu que as casas continuariam sob alçada dos proprietários. até 2011, a construtora foi a Companhia industrial Hao Yih, que alterou o nome do

te, e devia ser-nos devolvido um milhão de reminbins como parte do pagamento pela casa, juntamente com mais 750 mil de juros e outros 100 mil de indemnização”, começou ieong por defender. “No entanto, nunca esteve em cima da mesa uma devolução do dinheiro por parte dos construtores e além disso ainda recebemos uma deci-são injusta do tribunal porque as provas de segurança na compra de casa em Zhuhai são irreais e contrariam a realidade”, acrescentou.

ApelO AO chefeinsatisfeitos com a decisão, os residentes avançaram com a questão para a vertente

edifício e pediu ao Tribunal Popular de Jinwan para can-celar os contratos de venda das vivendas a residentes locais, acusando-os de nunca ter pago qualquer montante pelas propriedades. ieong considera que o tribunal de Jinwan se sobrepôs ao Tri-bunal superior da província de Guangdong, julgando o caso pela segunda vez, altura em que eliminou os contra-tos dos proprietários, sem qualquer condição. assim, os 16 compradores perde-ram os seus imóveis e estão impossibilitados de receber o dinheiro de volta, bem como qualquer indemnização.

“as condições dos imó-veis alteraram-se gravemen-

judicial, para o Tribunal Po-pular intermediário da região vizinha, mas o próprio julga-mento, dizem, foi mais “ridí-culo” do que toda a situação. “Foi alegado que nós nunca emigramos para a cidade de Zhuhai, no entanto, de acordo com o registo do Gabinete de imigração de Macau, é mostrado de forma clara que entramos e saímos do posto fronteiriço. Há o registo dessas passagens constantes. Mas mesmo assim, o tribunal não admitiu, emitindo até um documento que indicava que nós não entrávamos na cidade”, afirmou, salientando que os dois tribunais em cau-sa “apoiaram o construtor, sem ter em consideração as

outras partes envolvidas”. “a companhia é quem ganha mais ao eliminar os contactos de compra das vivendas”, remata. Os residentes con-sideram assim que a decisão dos tribunais foi um acto de “usurpação” e esperam que o próprio Chefe do Executi-vo, Chui sai On, tome uma medida em auxilio, para uma justa recuperação. “O dinheiro investido são poupanças de quase toda uma vida, neste momento estou sem casa, sem o dinheiro, já para não falar das constantes viagens à cidade vizinha para tratar de todo o caso. Enfim, é muito incomodativo, tudo isto”, disse uma das resi-dentes envolvidas, ieong. a residente também anseia e espera que o Governo de Macau ajude a proteger o direito de investimento dos residentes envolvidos através dos regulamentos da Lei de actividade de Mediação imobiliária.

as vítimas esperam ainda que os futuros investidores, residentes de Macau, vejam os seus direitos protegidos, sobretudo quando pensarem em comprar habitações na ilha da Montanha, ou em qualquer parte do interior da China. “Na altura da nossa compra recebemos um cer-tificado de pré-venda, mas o que acontece agora é que esse certificado não é entre-gue, o que torna a situação ainda mais perigosa, ou seja, menos segura”, defendem os residentes.

deputAdO dixitTambém o deputado Zheng anting se mostra preocupa-do com a situação. “Recebi muitas queixas sobre este assunto e como a cooperação económica entre Macau e interior da China é um tema muito presente, muitos resi-dentes de Macau decidiram comprar casas no interior da China, na altura em que os preços estavam muitos altos para comprar em Macau”, explicou o deputado. Como sugestão, o Zheng anting, defende que o Governo de-veria criar um mecanismo de cooperação com o interior da China tornando o certificado de pré-venda um documento legal e eficaz, permitindo assim a consolidação da transparência de informa-ções da venda de prédios no interior da China. assim, com esta medida, defende o deputado, em caso de falha os construtores seriam co-locados numa lista negra, protegendo todo o sector da aquisição de imóveis.

ImóveIs Residentes peRdem milhões com compRa de casas em Zhuhai

A investimento perdidoJá são mais de 50, o número de residentes locais que viram as suas poupanças deitadas por terra com a compra de casas em Zhuhai que nunca foram construídas. Ontem, parte deles entregaram uma carta ao Governo e contaram com o apoio de dois deputados nesta luta

“As condições dos imóveis alteraram‑se gravemente, e devia ser‑nos devolvido um milhão de reminbins como parte do pagamento pela casa, juntamente com mais 750 mil de juros e outros 100 mil de indemnização”Ieong Alegada proprietária de um dos imóveis

“O dinheiro investido são poupanças de quase toda uma vida, neste momento estou sem casa, sem o dinheiro, já para não falar das constantes viagens à cidade vizinha para tratar de todo o caso”Ieong

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hoje macau terça-feira 3.2.20154 política

Fil ipa araú[email protected]

“E stes atrasos não abonam a favor da ima-gem de Macau”, assim começa por dizer o de-

putado Pereira Coutinho, quando questionado sobre os constante atrasados nos três projectos de obras públicas: terminal de Pac On, Metro Ligeiro e o novo campus da Universidade de Macau (UM).

O deputado, num interpelação escrita, classifica a situação dos atrasos nas obras públicas de “inadmissível”, mas não só. “O au-mento do custo, o incumprimento dos prazos e de execução e a falta de estimativas sobre as despesas na realização de obras públicas é inadmissível. O dinheiro público deve ser gasto de forma adequada, racional e transparente no interesse de todas as pessoas”, defende.

Recorde-se que a obra do ter-minal de Pac On estava prevista ser concluída em 2013, algo que não aconteceu, tendo sido poste-riormente adiada para 2014, o que não se verificou também. Também a obra do metro ligeiro tem sido

Obras Públicas Coutinho quer responsabilidade assumida e prazos Cumpridos

Tudo a tempo e horas por favor

“O aumento do custo, o incumprimento dos prazos e de execução e a falta de estimativas sobre as despesas na realização de obras públicas é inadmissível”

“Até o próprio Comissariado de Auditoria está sistematicamente a alertar para a questão do excesso de custo que se tem verificado, mas em nada o Governo tem melhorado”

marcada por vários atrasos e derra-pagens orçamentais, algo definido pela Associação de engenharia e Construção de Macau e a empresa construtora da 1ª fase do metro ligeiro na taipa, como um “mal--entendido”.

“tenho reparado que o Gover-no encomenda muitos estudos e relatórios a empresas particulares por ajuste directo e é com base nesses estudos que o Governo toma as decisões, em que muitas delas demonstraram ser desastrosas. Muitas obras importantes e de cus-to elevado, sofreram um aumento de custos de uma maneira astro-nómica. Isto é realmente negativo. Apesar de termos muitos recursos financeiros, isto em nada abona a imagem do Governo de Macau”, afirmou Pereira Coutinho ao HM.

O deputado pretende então que o Governo tome medidas para “evitar o aumento do custo, o incumprimento dos prazos de execução e a falta de estimativas sobre as despesas na realização das obras públicas”, assim como tam-bém quer saber se o executivo vai ou já tomou medidas que permitam “responsabilizar os responsáveis”

pelas constantes derrapagens nos custos das obras, assim como re-lativamente aos atrasos.

Algo que o próprio deputado já não acredita. “Quando estas obras começaram estavam o ex--secretário [das Obras Públicas e transportes] em funções, assim como o ex-director, portanto não acredito que alguém seja respon-sabilizado”, defende, rematando, “vamos ver o que surge do novo secretário”, referindo-se a Rai-mundo do Rosário.

Para o deputado o maior res-ponsável é e será sempre o Chefe

do executivo, por ser o dirigente máximo nos termos da Lei Básica. “Apesar de delegar as competên-cias para o secretário das Obras Públicas e transportes, é da sua responsabilidade o não cumpri-mento dos prazos”, diz.

Pereira Coutinho reforça que é preciso “saber que medidas efi-cazes” tem o Governo na manga. “Até o próprio Comissariado de Auditoria está sistematicamente a alertar para a questão do excesso de custo que se tem verificado, mas em nada o Governo tem melhorado”, afirma. Por outro lado, diz ainda,

apesar do Comissariado de Audi-toria se “limitar, agora, somente a enunciar um leque de problemas e sugerir ao executivo que adopte certas medidas, nada é feito pelo efeito responsabilizador”, que, “não existe”.

Universidade em pedaçossobre as várias falhas na cons-trução do novo campus da UM, o deputado também reforça a necessidade de reparar o que “mal feito está” e por isso pergunta para quando prevê o Governo elaborar novos contratos “com empresas para os reparar”, se já os fez, e qual o montante que a adminis-tração pretende despender para tratar de todos os problemas no campus.

É de lembrar que em setembro passado, depois da sua inauguração e em tempos de chuvas, o campus sofreu vários estragos causados pelo mau tempo e má construção. Na altura alguns alunos chegaram a colocar fotografias numa página, por eles criada, na rede social Facebook denunciando os casos. Portas partidas, canos rasgados fechaduras partidas, existia uma pouco de tudo numa construção que se pretendia em pleno fun-cionamento.

“O programa político do Che-fe do executivo, entre as muitas promessas, prevê que haja uma go-vernação transparente e cientifica”, diz Pereira Coutinho, sublinhando que será com “a apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG)”, que será feita a “prova dos nove para saber o que pensa o novo secretário e a sua nova equipa de área das obras públicas e transportes”, conclui.

O deputado Pereira Coutinho quer que o Governo responsabilize os que por culpa própria fizeram com que as obras públicas não estivessem prontas na data prevista. Preocupado com o aumento de custos e falta de orçamentos o deputado espera pela mudança

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hoje macau terça-feira 3.2.2015 5 política

É a vez de José Pereira Coutinho pedir ao Governo a implementação de um regime de previdência obrigatório para o sector privado. Actualmente, as empresas não são obrigadas a descontar para a pensão de aposentação dos trabalhadores e o deputado discorda deste modelo

leonor Sá [email protected]

a GORA é a vez de José Pereira Coutinho insis-tir, tal como já outros deputados fizeram,

na criação de um Regime de Previdência – pós-aposentação – obrigatório para o sector privado. De acordo com declarações do também presidente da Associa-ção de trabalhadores da Função Pública de Macau (AtFPM), a ideia é estabelecer um regime que obrigue as empresas a descontar determinada percentagem para uma conta de cada um dos seus funcionários, de forma a que estes tenham acesso a uma reforma depois de se aposentarem. “É importante criar um regime de descontos obrigatório. Já existe, há mais de uma dezena de anos e já se chegou à conclusão de que os descontos de 5% feitos pelo empregado e empregador são, manifestamente insuficientes para garantir uma velhice tranquila”, começou o deputado por explicar.

O deputado directo Ng Kuok Cheong pre-

tende saber se o Chefe do executivo falou em Pequim, na sua última visita oficial, sobre o “primeiro passo para a reforma política, de acordo com a Lei Básica”. Numa interpelação escrita, Ng Kuok Cheong referiu que Chui sai On tem apresen-tado a “desculpa” de que

a decisão de implementar uma reforma política cabe ao Governo Central. No entanto, o deputado consi-dera que a postura do Chefe do executivo tem sido “incompatível” com os cinco passos que devem ser dados para que haja maior democracia na RAeM. O primeiro deve ser a apre-sentação da “abertura à reforma” junto do comité

permanente da Assembleia Popular Nacional (APN).

“Sem entrar em conflito com as questões de segredo de estado, pode o Governo da RAeM explicar se já consultou o Governo Cen-tral sobre o tempo adequado para a abertura à reforma política, bem como se está à espera de directrizes do país. Caso contrário, porque é que empurra as

responsabilidades para o Governo Central?”, ques-tionou o deputado.

Recorde-se que em 2012 o Governo já levou a cabo o processo de reforma política, que incluiu o aumento de mais 100 membros para a Comissão eleitoral que elege o Chefe do executivo e mais quatro deputados (directos e indirectos) para a Assem-bleia Legislativa. - F.F.

regime de Previdência pela obrigatoriedade de desContos

em prol da sobrevivência

“Já se chegou à conclusão de que os descontos de 5% feitos pelo empregado e empregador são, manifestamente insuficientes para garantir uma velhice tranquila”Pereira cOuTinhO deputado

Numa interpelação escrita, Pereira Coutinho questiona o Governo sobre que medidas têm sido colocadas em prática para “que os trabalhadores não sejam prejudicados na sua aposentação”, já que grande parte deles, justifica, são contratados “com subordina-ção jurídica e horário de trabalho”,

mas obrigados a celebrar contratos que diz serem “atípicos”.

a galinha do vizinho...No documento, o presidente da AtFPM frisa ainda uma tendência que confirma ser crescente em Hong Kong, onde vários inquiridos de um estudo receiam que a sua qualidade

balhadores de mais de 15 países”. Posto isto, Pereira Coutinho argu-menta que o mesmo se passa na RAeM, podendo a situação obrigar a que muitos trabalhadores tenham de trabalhar para além dos 65 anos e em diferentes empregos, numa situação que o deputado refere como precária. tudo isto porque, alega, o actual regime do sector privado é “voluntário e pouco eficaz”.

imposiçõesActualmente, apenas os funcio-nários da função pública gozam do direito de um regime de previ-dência obrigatório, no qual o ser-viço ou departamento para o qual trabalham coloca um determinado montante mensal de parte que, so-mado aos vários anos de trabalho, perfaz uma pensão de aposentação alegadamente proporcional ao sa-lário recebido. em declarações ao HM, o deputado comenta que o sis-tema de protecção aos reformados do território está desactualizado.

Reforma política Ng Kuok Cheong quer saber se já foi dado o “1º passo”

de vida piore durante a reforma. Na interpelação, Pereira Coutinho refere que, de acordo com o estudo – encomendado pelo banco HSBC –, “a maioria dos trabalhadores de HK estavam com receio de não dispor de dinheiro para sobreviver após a aposentação, não obstante economizarem mais que os tra-

“estamos extremamente atrasados no tocante à protecção da velhice dos trabalhadores e é importante que, desde jovens, entidade em-pregadora e trabalhadores façam os devidos descontos para ter uma qualidade de vida na aposentação como tinham quando estavam no activo”, encerra o deputado. A necessidade de criar um regime de descontos obrigatório passa por transformar o actualmente existente regime de previdência voluntário – por parte das empresas – numa imposição.

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hoje macau terça-feira 3.2.20156 política

PARENTS ARE WELCOME TO ATTEND APARENTS’ INFORMATION MEETING FOR ENROLING NEW K1 PUPILS

FOR SEPTEMBER 2015AT

M A C A U A N G L I C A N C O L L E G EAV. PADRE TOMÁS PEREIRA, NO. 109-117, TAIPA, MACAU

THIRD FLOOR, SCHOOL HALLON

TUESDAY, FEBRUARY 10th 2015, 7:30 P.M.

*Four new K1 classes commence in September 2015.*100 places will be offered to new K1 pupils aged 3, in 4 classes of 25. *English and Putonghua are the main languages of instruction. *Creative teaching styles; child centred learning.*Application Days, from March 2nd to 5th 2015.*Assessment Day, Saturday, March 7th 2015, from 9:00 a.m. (Details to follow).

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.º 39/2015

-----Não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o Sr. WONG KAI HANG (portador do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da RAEM n.º 12422xxx), explorador do bar com karaoke “LEGEND CLUB”, situado na Rua de Londres n.º 216, Edf. “ZHUKUAN” r/c & sobreloja, que na sequência do Auto de Notícia n.º 220/DI/2013, levantado pela DST em 15.05.2013, e por despacho da signatária de 05.09.2014, exarado no Relatório n.º 683/DI/2014, de 28.08.2014, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório. ----------------------------------------------------------------------------------No mesmo despacho foi determindo, que deve, nos termos do n.º 3 do art.º 95.º do Decreto-Lei n.º 16/96/M, de 1 de Abril, pode, no prazo de 5 dias úteis, contados a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria do referido Auto de Notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em Direito. ----------------------------A matéria daquele Auto de Notícia constitui infracção ao artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 16/96/M, de 1 de Abril – “Os estabelecimentos hoteleiros e similares só podem abrir ao público após a emissão da licença respectiva.”, punível com encerramento imediato do estabelecimento e multa de $30,000.00 (trinta mil patacas), nos termos do n.º 1 e da alínea b) do n.º 2 e do artigo 67.º do citado diploma, a multa é elevada para o dobro quando não haja sido dado cumprimento ao disposto no artigo 14.º.-----------O processo administrativo poderá ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.º andar, Macau. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 29 de Janeiro de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

C han Chak Mo disse haver dificul-dade em contratar funcionários para

trabalhar na Assembleia Legislativa da RAEM. O de-putado falava na qualidade de presidente da 2ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL), após uma reunião do colectivo onde

foi discutida a revisão da Lei Orgânica. Citado pela Rádio Macau, o presidente assume a existência de al-gumas dificuldades a ter em conta na revisão do diploma que deverá actualizar o fun-cionamento da AL durante a próxima década.

“Não temos ainda este custo previsto porque é difícil recrutar pessoal”, disse aos jornalistas. O de-putado anunciou ainda que estão agora abertas vagas para auxiliares e motoristas justificando, contudo, que “é muito difícil contratar pessoas para a área da tra-dução”. A mesma notícia da estação local avança que estão ainda abertas 15 vagas para a posição de tradutor.

Para ilustrar a falta de pessoal sofrida na AL,

bastante e se não houver um número suficiente de trabalhadores, os que cá estão poderão sofrer com isso, mesmo com o aumento das remunerações”, frisou Chan Chak Mo, acrescen-tando que deve haver mais medidas de incentivo além do aumento dos ordenados.

Chan Chak Mo explica que a posição de Secretário--geral adjunto da AL está por preencher há mais de seis anos, com um salário que ronda as 70 mil pata-cas. “Se não aumentarmos a nossa estrutura, vai haver uma fuga de pessoal. O vo-lume de trabalho aumentou

Além das 15 vagas na área da tradução, poderão ainda ser abertas mais 20 no sec-tor dos técnicos superiores, que actualmente conta com apenas sete pessoas.

Mudar para quê?A Lei Orgânica está a ser revista depois de quatro

deputados terem sugerido isso mesmo, já que consi-deram que é preciso alterar o modo de funcionamento e de resposta às necessida-des criadas pelo aumento de deputados e volume de trabalho. O documento de revisão aposta na melhoria de condições de trabalho dos funcionários, princi-palmente para quem se encontra em regime de dis-ponibilidade permanente.

Para os deputados da 2ª Comissão Permanente da AL, o aumento dos salários em 30 pontos do índice é uma mudança positiva. Há, no entanto, dúvidas sobre o espectro de trabalhadores que devem usufruir desta regalia. Aos jornalistas, o deputado referiu que ainda não há um orçamento defini-do para os gastos que serão feitos com a reformulação da AL.

A posição de Secretá-rio-geral adjunto da AL está por preencher há mais de seis anos, com um sa-lário que ronda as 70 mil patacas.

Carlos Marreiros exorta criação do Plano Director para MacauAlexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, esteve ontem reunido com os responsáveis pelo Albergue da Santa Casa da Misericórdia (SCM), tendo garantido que a sua tutela está a preparar novas políticas na área da cultura. Carlos Marreiros, arquitecto e director-geral do Albergue SCM, pediu urgência na criação do Plano Director para Macau, por forma a “permitir o desenvolvimento sustentado da cidade”. Marreiros falou ainda da “necessidade de criar incubadoras culturais e de indústrias criativas, incentivando a criação local”, tendo pedido ainda o fim do trânsito em algumas zonas da cidade.

O deputado Zheng Anting considera que o actual serviço de internet “Wi-

-Fi Go” não é suficiente dado o elevado número de turistas que Macau recebe anualmente. Numa interpelação escrita en-tregue ao Governo, o deputado directo à Assembleia Legislativa (AL), número dois de Mak Soi Kun, aponta o dedo ao serviço prestado.

“Queixam-se os residentes e visitantes contra a falta de esta-bilidade na recepção de sinais

e a fraca velocidade na trans-ferência de ficheiros. Será isto devido a deficiências técnicas, a problemas do fornecedor ou à falta de fiscalização por parte do Governo? De que medidas dispõe o Governo para reforçar a estabilidade da recepção de sinais?”, questionou.

Para além disso, Zheng Anting chama a atenção para o horário de funcionamento desta plataforma. “O serviço Wi-Fi Go funciona actualmente das 8 da manhã até à 1 da madrugada

do dia seguinte, situação que é intolerável nos dias de hoje em que se registam tão grandes avanços tecnológicos na área das telecomunicações. Quando é que o Governo projecta alargar o horário de funcionamento do serviço Wi-Fi Go, para que mais utilizadores possam ter acesso a este serviço?”, apontou.

Fraca coberturaZheng Anting exige, sobretudo, que este serviço chegue a mais pontos do território. “A rede de

fibra óptica e a rede 3G têm cober-tura em toda a Macau. Quando é que a área de cobertura dos pontos de acesso gratuito a Wi-Fi pode ser alargada?”, questiona o deputado.

O deputado recorda ainda os números de um serviço em 2010. “É de lamentar que, desde a sua disponibilização até à data, não obstante os pontos de acesso te-rem passado de 34 para 164, a sua qualidade deixa algo a desejar, daí haver uma chuva de críticas. Ao longo destes quatro anos apenas se registou um pouco mais de 1,5 milhões de ligações com sucesso nestes pontos de acesso, o que, comparado com os cerca de 30 milhões de visitantes acolhidos por ano, é uma taxa relativamente baixa”, lembrou. - a.S.S.

DeputaDo peDe melhorias Do serviço público “Wi-Fi Go”

Internet má e a más horas

al ChAn ChAk Mo fAlA De DifiCulDADeS nA ConTrATAção De funCionárioS

Quem quer vir trabalhar?As falta de pessoal na Assembleia Legislativa faz-se sentir em vários sectores, nomeadamente na área da tradução, onde ainda continuam por preencher 15 vagas

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hoje macau terça-feira 3.2.2015 7sociedadeAndreiA SofiA [email protected]

À hora de almoço são muitos os que procuram a cantina da As-

sociação dos Macaenses (ADM), localizada na Rua do Campo, para fazer uma refeição diversificada e mais barata do que muitos restau-rantes. Tal facto levou a um aumento de novos sócios, mas o presidente da ADM, Miguel de Senna Fernandes, confirmou ao HM que não estão a ser aceites novas inscrições.

“Não vamos aceitar por-que, para já, vamos entrar em obras e é uma questão de organização. Temos de fazer o controlo do número de sócios, porque cada sócio que entra significa certos benefícios, e muitas vezes também temos de fazer as contas.”

“Temos muitos sócios agora, mais por causa do ser-viço de cantina. As pessoas querem ser sócias porque querem beneficiar de uma refeição mais barata. Em termos de inscrições temos mais de mil pessoas”, disse ao HM Miguel de Senna Fernandes, que confirmou que não existe um calendário para que a ADM possa voltar a aceitar novas inscrições.

Preços vão aumentar Os actuais preços da cantina da ADM são atractivos: um sócio paga cerca de 50 patacas por refeição, enquanto que para quem não é da casa o preço pode chegar às 80 patacas. Dia-riamente são servidos dois

tipos de pratos, incluindo sobremesas e café. Tudo está incluído no preço e cada pessoa pode servir-se as vezes que desejar.

O presidente da ADM ainda não tem um plano definido, mas garante que uma das mudanças passa pelo aumento dos preços.

“Vamos pôr cobro a esta situação porque há pessoas que querem entrar para a associação só por-que querem comer. Esta é uma situação que vamos modificar. Os preços da cantina vão aumentar, isso é uma certeza”, garantiu ao HM.

“Sempre tivemos esta política, a de não fazermos lucros com a cantina. O que é certo é que garantimos uma boa comida. Mais tarde, depois das obras, vamos ver que tipo de ser-viço é que vamos oferecer aos sócios. Vamos natu-ralmente rever os preços. O universo dos sócios vai compreender que as coisas não podem ser tão baratas”, acrescentou Miguel de Senna Fernandes.

só Para comer não chegaO presidente da ADM la-menta que a comida seja o principal chamariz para no-vas inscrições, lamentando a falta de participação noutras actividades.

“Esse é o lamento de todas as direcções, todos nós que fazemos as coisas e puxamos pelos sócios e eles não querem aderir. Muitas vezes peço para apresentarem sugestões, ideias que queiram que a ADM desenvolva, mas não há nada. Só querem é usu-fruir dos serviços da cantina, o que nos leva a pensar em modificar algumas coisas”, frisou.

Miguel de Senna Fer-nandes espera, contudo, que as alterações sejam do agrado de todos aqueles que pertencem à ADM. “Ainda não temos uma fórmula porque não é fácil que seja do agrado de todos. Há que incentivar a que os sócios também participem nas nossas coisas. Temos sócios de muita qualidade, de todas as profissões, e era bom que nos pudessem ajudar e aderir às actividades”, concluiu.

florA [email protected]

A associação New Gaming Employees Advance de-nunciou a existência de

autocarros de operadoras de Jogo que circulam com sobrecarga de funcionários dos casinos, algo que justificam com a insuficiência do número de veículos de transporte.

Num inquérito feito pela associação, com 830 questio-nários e onde a maior fatia dos entrevistados eram trabalhadores do grupo Sands, 82% estavam insatisfeitos com o serviço de transporte fornecido pela ope-radora. A grande maioria dos inquiridos sugeriu mais celerida-de no arranjo dos veículos, que muitas vezes avariam. “Os mais de 80% dos 750 questionários a funcionários da Sands Macau mostram que os autocarros estão

sempre sobrecarregados, as car-reiras são insuficientes e o tempo de espera é demasiado longo” referiu o director da associação, Chan Chi Kin.

semPre os mesmosO responsável acrescentou que desde 2008 que não há um au-mento do número de carreiras, o que contraria a actual realidade de uma subida significativa no nú-mero de funcionários contratados pela empresa. “Quando o Sands abriu, as carreiras de autocarro passavam a cada 15 ou 20 mi-nutos, mas a crise financeira de 2008 provocou uma diminuição do número de carreiras, que pas-

saram a circular de meia em meia hora”, começou o responsável por explicar. “No entanto, a melhoria do estado das instalações não

acompanhou o desenvolvimento económico e o grande aumento do número de funcionários”, continuou.

Ao HM, a secretária geral da associação, Mandy Wong, referiu que houve até casos de autocar-ros impossibilitados de circular devidamente nas estradas por causa da sobrecarga de utentes. “Parece que estão a brincar com a nossa vida e a empresa deve ter este assunto em atenção, não ligar só às receitas do Jogo”, disse. Wong espera ainda que todas as operadoras, juntamente com o Governo, possam regulamentar o número de passageiros permitidos dentro de um autocarro e proceder ao aumento do número de veículo, de modo a aliviar a sobrecarga sentida.

A Direcção dos Serviços para Assuntos de Tráfego (DSAT) afirmou ao canal chinês de Rádio Macau que, caso identifique algum caso de sobrecarga de passageiros nos autocarros, as autoridades pode-rão intervir e acusar os responsáveis através do Regulamento de Trânsito Rodoviário.

Jogo AutocArros de operAdorAs sobrelotAdos

A carreira já vai cheia

A Associação dos Macaenses não está a aceitar a inscrição de novos sócios, por forma a controlar a recente vaga de novas pessoas que procuram as refeições baratas da cantina. Miguel de Senna Fernandes assegura que os preços vão mesmo aumentar

AssociAção dos MAcAenses InscrIção de novos sócIos suspensa

É hora de organizar a casa

“Temos muitos sócios agora, mais por causa do serviço de cantina. As pessoas querem ser sócias porque querem beneficiar de uma refeição mais barata. Em termos de inscrições temos mais de mil pessoas”Miguel de sennA FernAndes presidente da AdM

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hoje macau terça-feira 3.2.20158 sociedade

A Galaxy Resorts lidera o mercado dos casinos em Macau, que termi-naram o mês de Janeiro

com receitas brutas de 23.748 milhões de patacas, menos 17,4% do que no mesmo mês de 2014.

Dados compilados pela agência Lusa indicam que a Galaxy fechou o mês de Janeiro com uma quota de mercado de quase 22,5%, mais meio ponto percentual acima da

Casinos Receitas descem 17,4%. Galaxy lideRa meRcado

Duelo de titãs

MGM anuncia auMentos para croupiers A MGM Macau vai pagar um bónus, equivalente a um mês de salário, a todos os funcionários do casino que não desempenhem funções de gestão na operadora. A garantia foi dada ontem em comunicado. O montante será distribuído “de forma discricionária” a todos os trabalhadores durante este mês. Grant Bowie, CEO da operadora, disse “agradecer a toda a equipa pelo trabalho árduo e dedicação”. “Uma vez que nos estamos a preparar para a abertura do empreendimento no Cotai, procuramos criar muitas oportunidades na equipa, no que diz respeito à promoção e avanço na carreira”.

e nqUAntO Jason Chao se prepara para criar o grupo “vigilantes da Universidade

de Macau”, a Associação novo Macau (AnM) vai ouvir a popu-lação sobre uma lei de controlo ao assédio sexual. numa conferência de imprensa realizada ontem, a Novo Macau afirmou que o Go-verno deve mesmo avançar para a legislação sobre o assédio sexual.

Sou Ka Hou, presidente da AnM, referiu ontem, em decla-rações reproduzidas pela Rádio Macau, que os actos de assédio sexual são “indecentes” e “into-leráveis”.

“Vamos fazer aquilo que deve-ria ser o Governo a fazer: uma con-

sulta pública. Entretanto, instamos o Executivo acelerar o processo legislativo. Se após a conclusão da nossa consulta, o Governo continuar sem qualquer reacção, vamos nós mesmos elaborar ime-diatamente uma proposta de lei para entregarmos aos deputados.”

Comissão na agendaEntretanto, a Universidade de Macau (UM) emitiu ontem um comunicado onde garante que vai anunciar os resultados da inves-tigação “em tempo oportuno”, garantindo que vai rever o actual mecanismo de investigação dis-ciplinar, por forma a consolidar o “regime de controlo” em futuros

casos de assédio. A UM disse ainda que irá criar a “Comissão para a Igualdade de Géneros” num “futu-ro breve”, por forma a tratar este tipo de conflitos e queixas.

quem também reagiu ao caso foi a deputada Chan Hong, presi-dente da Associação de Educação de Macau. Chan Hong pediu que a UM “publique (os resultados) e torne os casos mais transparentes, por forma a clarificar os estudantes e a sociedade”, disse ao canal chi-nês da Rádio Macau. A deputada indirecta, que representa o sector da educação no hemiciclo, defende que há muitos pedidos junto da sociedade por uma legislação sobre o assédio sexual. - a.s.s./F.F.

novo MaCau peDe legislação sobre asséDio sexual

Vigilância a quanto obrigas

rival Sociedade de Jogos de Ma-cau (SJM), e mais de dois pontos acima da Sands China, do magnata norte-americano Sheldon Adelson, que tem em Macau os dois maiores casinos do mundo.

A segunda metade do ranking de operadores foi ocupada pela Melco Crown Entertainment, que tem em Lawrence Ho, filho de Stanley Ho, um dos dois principais accionistas, com uma quota de

mais de 14,5%, seguido pela Wynn Resorts, do norte-americano Steve Wynn, com quase 10,5%, e da MGM Macau, dirigida por Pansy Ho, com pouco mais de 10%.

Com este resultado de Janeiro, os casinos cumprem o oitavo mês consecutivo de quedas homólogas das receitas, uma descida iniciada em Junho do ano passado. Vários analistas consideram que as quedas homólogas das receitas dos casinos deverão manter-se ao longo do primeiro semestre deste ano.

Os números agora divulgados oficialmente estão em linha com as previsões divulgadas pela agência Lusa a 26 de Janeiro. Os casinos terminaram 2014 com receitas brutas de 351.521 milhões de patacas, menos 2,6% do que em 2013, registando assim a primeira quebra de receitas des-de a abertura do sector a novos operadores, o que aconteceu de facto em 2004.

As receitas das operadoras continuaram a descer em Janeiro, cumprindo assim o oitavo mês consecutivo de quebras. Algo que, segundo os analistas, deve continuar a acontecer durante o primeiro semestre deste ano

C RIADOS em 2003, os planos de apoio do Go-

verno a Pequenas e Médias Empresas (PME) têm sido sempre liderados por em-presas ligadas à construção civil e obras públicas. Dados compilados pela Direcção dos Serviços de Economia (DSE) revelam que essa área lidera o número de apoios em 27,1%, no que diz respeito ao Plano de Garantia de Créditos a PME, tendo sido atribuídas mais de 176 milhões de patacas. quan-to ao plano de apoio para pro-jectos específicos, o Governo concedeu a empresas do ramo três milhões de patacas, 6%, enquanto que o Plano de Apoio a PME representou apoios na

ordem das 286 milhões de patacas, 16,4%.

Entre 2003 e 2014, as em-presas do sector do comércio por grosso surgem em segundo lugar, com 17,9% de mon-tantes atribuídos no Plano de Garantia de Créditos a PME, e ainda 16,4% no Plano de Apoio a PME.

Em 2014, o sector da cons-trução civil e obras públicas continuou a estar em primeiro lugar, num ano em que foram aprovados 53 pedidos para o Plano de Garantia de Créditos a PME e 623 para o Plano de Apoio às PME. Este último representou um investimento público na ordem das 47,760 milhões de patacas. - a.s.s.

PME Construção lidera apoios há mais de dez anos

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9 sociedadehoje macau terça-feira 3.2.2015

O grupo imobiliário Macau Legend Develop-ment, do empresário David Chow, inaugura

no dia 11 deste mês o hotel Harbourview, na Doca dos Pescadores, adicionando também 35 novas mesas de Jogo à zona de entretenimento.

Em comunicado à bolsa de Hong Kong, ci-tado pela agência Lusa, a empresa explica que o hotel, o primeiro de vários espaços integrados no projecto de requalificação da zona, começa hoje a operar em regime de ‘soft opening’, abrindo portas oficialmente no dia 11.

A abertura deste espaço permitiu à empresa adicionar 35 novas mesas de Jogo ao casino Babylon, integrado na Doca dos Pescadores - os casinos localizados em estruturas da Macau Legend são operados pela Sociedade de Jogos de Macau (SJM).

O Babylon fica junto ao Harbourview e os dois edifícios estão ligados por pontes pedonais. As novas mesas de Jogo foram autorizadas pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) a 28 de Outubro de 2014.

“À medida que o plano de revitalização da Doca dos Pescadores avança, o conselho de administração [da Macau Legend] espera que mais mesas de Jogo sejam atribuídas pela DICJ à empresa de forma gradual”, diz-se na nota, assinada por David Chow.

O projecto de requalificação da zona inclui a construção de três hotéis, um museu de dinos-sauros, um auditório com 1.200 lugares e uma marina para barcos de recreio, mantendo os espaços comerciais já existentes. Os outros dois hotéis - que vão incluir entre 700 a 800 quartos - não devem estar concluídos antes de 2017. - Lusa

O chefe do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético, Arnaldo Santos, afir-

mou que o organismo vai construir oito novas subestações temporárias de electricidade que poderão vir a entrar em funcionamento já em Junho. O intuito é, de acordo com Arnaldo Santos, fazer face ao problema da falta de oferta desta fonte de energia.

Numa resposta a uma interpelação escrita do deputado Chan Meng Kam, o chefe referiu que é difícil instalar subestações nos bairros antigos devido a limitações de espaços e terrenos. Apesar disso, o gabinete está a estudar a hipótese de vir a aproveitar espaços públicos para a construção de subestações, tais como parques de estacionamen-to, praças, canteiros de flores, salas de depósito de lixo. Arnaldo Santos acrescentou que três das estações temporárias serão colocadas junto ao tempo Tam Kung – em Coloane –, perto do mercado municipal da Rua do Cunha, na Taipa e na Praça de Ponte e Horta. Estas deverão começar a funcionar dentro de três meses, coincidindo com o Verão, altura do ano em que se gasta mais electricidade devido ao ar-condicionado.

No que diz respeito à zona norte, o deputado Chan Meng Kam perguntou quando será con-cluída a construção da subestação de 66 kilovolts situada na Ilha Verde. De acordo coma resposta do chefe do gabinete, também esta poderá entrar em funcionamento em Junho. Está ainda planeada a instalação de mais duas estações de 110 kilo-volts cada uma na Areia Preta e Colina da Ilha Verde, de forma a satisfazer as necessidades de rede eléctrica em habitações, lojas e instalações sociais. - Flora Fong

Electricidade Mais oito subestações a caminho

Hotel Harbourview abre dia 11 com mais mesas de Jogo

Fil ipa araú[email protected]

O fim do serviço de rádio-táxi veio piorar a vida da-queles que mais

precisam, os portadores de deficiência, assim o defende a deputada Chan Hong. Numa interpelação escrita entregue este mês, a deputada argumen-ta que não tendo a obrigato-riedade de prestar serviço por meio de chamadas, os táxis pretos não estão disponíveis para o transporte de pessoal com limitações motoras.

“Após a saída do mercado dos rádio-táxis ‘amarelos’, o serviço de táxis passou a ser prestado apenas pelos táxis ‘pre-tos’. Como estes táxis ‘pretos’ não têm necessariamente que prestar o serviço por meio de chamadas como os rádio-táxis, isso representa uma dificuldade para os utentes com problemas físicos de mobilidade que antes utilizavam os táxis ‘amarelos’ nas suas deslocações”, defende a deputada.

Mais grave que isso, afirma a deputada, é a necessidade daqueles que precisam de

se deslocarem ao serviços de urgência do hospital, em que, segundo uma instituição de serviços social citada pela deputada, diz que muitos têm que ser transportados “em carros de amigos, táxis ou, ainda de ambulância”.

“Porém, para regressarem a casa depois da consulta de ur-gência, têm grande dificuldade em conseguir um táxi ‘preto’, pelo que alguns têm de ficar à espera no corredor do hospital e até de passar a noite no hall do hospital”, defende.

Apesar de existirem insti-tuições que prestam o serviço de transporte para o hospital, os utentes têm que fazer a reserva da hora e local, mas, defende Chan Hong, a oferta deste serviços não consegue

satisfazer a procura, devido ao elevado número de utentes.

TransporTes coLecTivos Sobre os autocarros sem barreiras de mobilidade para os portadores de deficiência, a deputada alega que “há poucos” e existem apenas seis carrinhas de transporte de utentes para reabilitação e três carrinhas de transporte não urgente. “Esses autocarros têm vindo a prestar anualmente o serviços de transporte a trinta mil utentes, em média”, diz a deputada.

Assim sendo, para o transporte dos próprios portadores de deficiência dependem “principalmente do serviços de táxis ou das carrinhas de transporte de

utentes para reabilitação”, serviços que já não consegue satisfazer as suas necessida-des de deslocação.

Com isto, defende a depu-tada o Governo deve “aumen-tar o número de autocarros e de carrinhas de transporte de utentes para reabilitação e, também, melhorar o serviços de transporte colectivo, com autocarros sem barreiras de mobilidade para os defi-cientes, resolvendo as suas dificuldades de deslocação”. Pergunta Chan Hong se o Executivo irá efectivamente aumentar o número de trans-portes e quais as melhorias que serão introduzidas.

Relativamente ao ‘Estudo sobre o Plano de Prestação do Serviço de Carrinhas de Transporte para Deficientes Físicos de Macau’, a deputada indaga o Executivo sobre o processo do estudo. “Como está a decorrer esse estudo?”, pergunta, reforçando, “como é que o serviço das carrinhas de transporte de utentes para reabilitação será articulado com o sistema de transporte colectivo que inclui os auto-carros e o metro ligeiro”.

Táxis Fim de rádio-táxis agrava vida de deFicientes

Pior está quem mais precisaCom o fim do serviços de rádio-taxis, todos sofrem, principalmente aqueles com mais dificuldades, os portadores de deficiência física. Com a vida nada facilitada, Chan Hong pretende que o Governo aumente o número de autocarros devidamente preparados, assim como as carrinhas de transporte de utentes

“Para regressarem a casa depois da consulta de urgência, [os deficientes] têm grande dificuldade em conseguir um táxi ‘preto’, pelo que alguns têm de ficar à espera no corredor do hospital e até de passar a noite no hall”Chan hong Deputada

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10 hoje macau terça-feira 3.2.2015eventos

Uma Canção de natal • Charles dickens, Roberto InnocentiNa véspera de Natal, Ebenezer Scrooge, um velho homem de negócios londrino, amargo, avarento, implacável e desumano, recebe durante a noite a visita do fantasma do seu ex-sócio, Jacob Marley, e logo de seguida a dos Espíritos do Natal Passado, Presente e Futuro que despertarão nele, de forma terrificante, a consciência e o verdadeiro sentido da época… “Uma Canção de Natal”, um clássico de Charles Dickens, publicado em 1843, e certamente um dos mais populares contos de Natal da história da literatura universal, conhece agora uma nova edição, desta vez ilustrada pelo premiado e conceituado ilustrador Roberto Innocenti, que imprime a esta obra mágica e fantasmagórica uma humanidade e precisão surpreendentes, com um força tão desmedida quão provocante ou comovente, e a que já nos habituou em obras como “A história de Erika” ou “A Casa”.

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Leonor Sá [email protected]

F otogRAfIAS sem cor remetem para dé-cadas passadas, quan-do a zona do Porto

Interior tinha uma movimen-tação visível de pessoas, principalmente de pescado-res, vendedores ambulantes e outros comerciantes. Além de, nos anos 70 e 80 ter sido um dos mais importantes portos piscatórios do territó-rio, aquela zona tem histórias

O HM errOu

no artigo publicado na edição desta segunda-feira no Hm, com

o título “nunca antes se viu uma rua assim”, lê-se que duarte

silvério é o proprietário das lojas da empresa de imobiliário

number 81. Contudo, duarte silvério é apenas o gestor do

projecto, sendo Isabel Chiang a proprietária. aos visados e aos

leitores pedimos as nossas desculpas.

Música clássica IC anima S. Valentim com ‘Amor em Seul’ Em dia de celebração do Dia dos Namorados, o Instituto Cultural (IC) apresenta o concerto ‘Amor em Seul’, às 20 horas do próximo dia 14, no Centro Cultural de Macau. Sob a direcção do maestro Francis Kan, a violinista Dami Kim junta-se a He Zhanhao e a Chen Gang para um espectáculo de música clássica

dedicado aos mais apaixonados. Com aproximadamente uma hora e meia de duração, ‘Amor em Seul’ custa 80, 120 ou 200 patacas, dependendo do local preferido. Não é a primeira vez que Kan dirige um colectivo de música clássica na região, tendo já coordenado ‘A História do Soldado’, concerto que teve lugar no ano passado, no Teatro D. Pedro V.

o Instituto Cultural (IC) organiza, de 2 a 8 de

Agosto, o 33º Concurso para Jovens Músicos de Macau, desta feita dedicado aos mestres do piano. As inscrições para participar nesta actividade acontecem de 13 a 26 de Abril e os con-correntes deverão inserir-se numa das duas categorias de Solo ou Dueto.

o IC dividiu as mes-mas nas subcategorias de Elementar, Intermédio e Avançado, com 18 provas. A grande maioria dos pré-mios serão atribuídos sob forma de cheque monetário, enquanto os vencedores das categorias de Avançado têm possibilidade de ganhar

bolsas de estudo para a universidade Wright State de Dayton, no estado norte--americano de ohio.

Em comunicado, a orga-nização esclarece que estão elegíveis para participar todos os jovens portadores de BIR e que tenham nascido depois de 1994. A taxa de inscrição é de 80 patacas, sendo a de cada prova de 100 patacas. Existem parti-turas de peças obrigatórias durante o período de avalia-ção e que os concorrentes terão que dominar. Estas podem ser consultadas no IC ou em várias bibliotecas, como a Sir Robert Ho tung, a Biblioteca do Mercado Vermelho ou da Ilha Verde.

Cultura do Porto InterIor PASSEIoS DE bArCo PArA MoSTrAr HISTórIA DE ZoNA ANTIGA

uma viagem pela memória

Os cruzeiros acontecem às 9.40, 11.35, 14.30 e 16.35 horas e os bilhetes custam 25 patacas por pessoa

IC governo organiza novo concurso de jovens músicos em Agosto

infinitas para contar. É isso que a Associação de História e Cultura ‘Porto de Macau’ quer dar à população, através da organização de passeios de barco repartidas em duas sessões matinais e duas outras durante a tarde. “A ideia é or-ganizar cruzeiros para contar histórias às pessoas sobre os anos passados”, iniciativas que têm lugar aos sábados e domingos, desde 31 de Janeiro até ao próximo dia 15. Ao HM, Chan Yat fung – responsável da organização – continua,

explicando que a associação tem vindo a promover a cultura, história e educação comunitária local, onde in-tegra também uma pesquisa aprofundada sobre o sector da pesca.

ConHeCImento esPeCIalIzadoEsta é, contudo, uma área específica da história do território, pelo que a ideia dos cruzeiros serve para complementar a informação fornecida e transformar o projecto em algo mais “in-

teractivo”. A equipa desta iniciativa compreende nove pessoas e a principal razão pela qual não se prolonga Ano Novo Chinês dentro é que grande parte deles são voluntários nas festivida-des e prezam o tempo para celebrar o feriado em si. Embora os passeios sofram

O Porto Interior ganha nova vida até meados deste mês, com novos roteiros de passeio de barco a partir do Largo do Pagode da Barra. A ideia é da Associação de História e Cultura ‘Porto de Macau’ e serve para promover o conhecimento das gentes sobre a pesca e a história do Porto Interior

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tiago alcântara

11 eventoshoje macau terça-feira 3.2.2015

RUa de s. domIngos 16-18 • tel: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • [email protected]

deCoRações de natal , PaRa ReCoRtaR, dobRaR e ColaR • vários autores Um livro para fazer as suas próprias decorações de Natal e envolver também os mais novos. o carácter lúdico da atividade torna-o igual-mente muito apelativo a educadores. Contém instruções passo a passo, bem como tracejados indicativos das dobras, para que o resultado seja sempre perfeito!

o professor e escritor luso, José Carlos Seabra Pereira lan-

ça, no início do Verão, o primeiro volume da obra “Literatura de Macau e Li-gada a Macau”. De acordo com a agência Lusa, o aca-démico fez parte do quadro de professores do Instituto Politécnico de Macau du-rante um ano, como do-cente convidado do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa.

É então após o seu re-gresso a terras lusas que o especialista irá publicar a primeira parte de um livro constituído por dois volumes. Esta vai focar-se na história e autores que escreveram sobre Macau entre o final do século XIX e a actualidade. “Há muitas formas de Macau marcar presença na literatu-ra. Pode ser uma presença quase episódica, remota, como um sinal de exotismo, de compensação ideológica. Depois há outras formas de presença mais fortes em que há uma representação literá-ria de Macau como geografia física e humana, como meio de vida”, começou Seabra Pereira por explicar à agência noticiosa.

lIteRatURa & a matRIz maCaenseo primeiro de dois volumes vai focar-se numa “literatura de Macau num sentido mais específico (...), naqueles escritores que, podendo ter nascido em Portugal e ter vivido uma parte da sua vida em Portugal, estão numa condição literária di-ferente”, nos quais “a obra de matriz macaense é o que os define como escritores”, esclarece o académico. Seabra Pereira continua,

espectáculos Locais preenchem salas do CCM em Fevereiroo Centro Cultural de Macau (CCM) é responsável pela estreia, no próximo fim de semana, das peças teatrais e musicais, Paisagem Perceptual, Nãoseionde, Ligações Perigosas e o teatro infantil, Lobinho Mau. A iniciativa ‘Multiformas’ compreende oito novos espectáculos que, com recurso a marionetas, elementos multimédia, bailados coreografados e jogos de luz, vão ocupar os fins de semana de Fevereiro. Nãoseionde e Paisagem Perceptual acontecem às 19.30 horas, Lobinho Mau às 19.30 e às 15 horas e, finalmente, Ligações Perigosas tem lugar às 21.00 horas em ambos os dias. A entrada para todas as quatro peças fixa-se nas 120 patacas e os bilhetes estão já disponíveis no CCM e nos balcões da rede bilheteira de Macau, desde Dezembro passado.

Cultura do Porto InterIor PASSEIoS DE bArCo PArA MoSTrAr HISTórIA DE ZoNA ANTIGA

uma viagem pela memória

José Carlos seabra PereIra aPresenta obra sobre esCrItores de MaCau

“o Delta Literário de Macau”

Os cruzeiros acontecem às 9.40, 11.35, 14.30 e 16.35 horas e os bilhetes custam 25 patacas por pessoa

uma interrupção durante as celebrações, o representante da associação não coloca de parte a ideia de voltar a organizá-los no final do mês. “Acreditamos que o Porto Interior é uma zona rica em cultura e história e queremos que os residentes conheçam melhor este local, do ponto

de vista da vida marítima”, disse Chan.

Para tornar o projecto mais interessante, o responsável con-seguiu a colaboração de cinco pescadores locais e do “fotógra-fo experiente” tam Kam Weng, tendo ainda pedido um barco emprestado para as viagens. Ao HM, Chan esclareceu ainda que não só têm aderido locais, mas também turistas de Hong Kong, do continente e de outros locais. o elemento aglutinador é o interesse que todos nutrem por novas curiosidades sobre uma terra com séculos de his-tória comunitária.

outra das vantagens deste novo projecto parece ser o preço das viagens e o facto de terem lugar a diferentes horas do dia. Ao HM, a associação explica que os cruzeiros acon-tecem às 9.40, 11.35, 14.30 e 16.35 horas e os bilhetes custam 25 patacas por pessoa, começando a ser vendidos às 8.30 horas, na esplanada do largo do Pagode da Barra, perto do ponto de partida.

O Porto Interior ganha nova vida até meados deste mês, com novos roteiros de passeio de barco a partir do Largo do Pagode da Barra. A ideia é da Associação de História e Cultura ‘Porto de Macau’ e serve para promover o conhecimento das gentes sobre a pesca e a história do Porto Interior

dizendo que o processo de afirmação destes escritores enquanto criadores se dá aqui na região e é por isso mesmo que, frisa, vários deles não surgem nos livros de História da Literatura ou Crítica Literária portuguesa. No entanto, diz, “isso não os diminui como escritores,

são olhados, antes de mais, como escritores de Macau”.

Em enfoque estarão então escritores como Hen-rique de Senna fernandes, Deolinda da Conceição, fernanda Dias, fernando Sales Lopes ou Carlos Morais José, sendo que o autor planeia incluir na sua

obra “um bom quarteirão” de escritores. o autor pon-dera ‘o Delta Literário de Macau’ como título para a obra servindo ainda para dar a mostrar autores que se destacam pela sua ligação ao território e pela forma de deram Macau a conhecer lá fora. Neste grupo enqua-dram-se escritores como Camilo Pessanha ou Maria Ondina Braga. “É evidente que Pessanha é o maior nome do simbolismo português e um dos maiores do simbo-lismo europeu. Mas é um elemento fundamental da literatura de Macau porque aqui escreve, publica parte da sua obra e até vem dar no-vos elementos para entender a sua obra quando descobre as características da poesia chinesa. Pessanha é um autor fundamental desta literatura de Macau”, afirmou à Lusa.

QUase Famososoutra das áreas focadas são obras que o autor diz terem sido “quase ignoradas” em Portugal, como é o caso de livros de Ana Maria Accioli tamagnini, Rodrigo Leal de Carvalho, ou Maria Pacheco Borges. o docente convi-dado do IPM agrupa todos estes escritores, atribuindo--lhes características colecti-vas, muito próprias de quem viveu a época posterior à ocupação nipónica do terri-tório e da guerra do Pacífico. Além disso, identifica ainda o “sentido de importância do fortuito”, que considera estar muito presente nas suas obras. o segundo volume – ainda sem data de lança-mento prevista – deverá in-cluir autores como Agustina Bessa-Luís, Miguel Real, Eugénio de Andrade e José Augusto Seabra.

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12 hoje macau terça-feira 3.2.2015china

P ersistentes “tradi-ções feudais” e três dé-cadas de rígido controlo da natalidade geraram

na China um excedente de 33 milhões de homens, envolven-do o país num drama social de consequências imprevisíveis.

As estatísticas oficiais falam por si: no final de 2014, a China tinha cerca de 700 milhões de homens e 667 milhões de mu-lheres e a diferença, à nascença, era de 115,8 rapazes por 100 raparigas.

Aquela desproporção, que há dez anos atingiu 121 por 100, está a diminuir, mas continua muito acima da média global de 103 a 107 por 100.

neste aspecto, a China é mesmo considerada o país mais desequilibrado do mundo.

Em 2020, entre a população dos 25 aos 34 anos de idade, haverá mais treze milhões de homens do que mulheres, indi-cam algumas projecções.

segundo a tradição chinesa, são os pais que transmitem o nome da família à geração se-guinte. O apelido das mães não passa para os filhos.

Criticada pelas autoridades como “uma reminiscência do feudalismo”, a preferência por filhos do sexo masculino ganhou uma nova dimensão com a po-lítica de “um casal, um filho”, imposta no início da década de 1980.

“tratei várias mulheres que fizeram múltiplos abortos ape-nas porque queriam um filho rapaz”, contou a ginecologista Lian Fang, citada na semana passada pela agência noticiosa oficial Xinhua.

À margem da leiexcepto em casos de compro-vada “necessidade clínica”, os hospitais estão proibidos de apurar o sexo dos fetos, mas como Lian Fang denunciou, há médicos “sub-repticiamente” equipados para efectuar esse tipo de exames e que o fazem às escondidas.

“se o feto for do sexo mascu-lino, a gravidez continua. Se for do sexo feminino, normalmente, aborta-se”, afirmou a ginecolo-gista na última sessão anual da

Conferência Política Consultiva do Povo Chinês na província de shandong, costa leste da China.

Chai Ling, uma líder do mo-vimento estudantil que ocupou a Praça Tiananmen em 1989, exilada nos estados Unidos e convertida ao cristianismo, fun-dou uma organização chamada “All Girls Allowed” (“Aceitam--se todas as raparigas”).

“Uma em cada seis raparigas perdem-se anualmente na China através de abortos feitos em fun-ção do sexo”, diz aquela ONG.

Depois de a homossexua-lidade ter sido retirada da lista oficial de “perturbações men-tais”, em 2001, uma conhecida socióloga, Li Yinhe, tem defen-dido publicamente a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas o assunto

ainda não foi sequer agendado para discussão na Assembleia nacional Popular (parlamento).

exportar problemasA escassez de mulheres na China já se converteu também num problema regional, sobretudo no vizinho Vietname.

“De acordo com as auto-ridades vietnamitas, cerca de 22.000 mulheres e crianças do Vietname foram traficadas nos últimos dez anos para a China para casamentos forçados ou outros propósitos”, refere um relatório da UniCeF.

Em 2014, para tentar contra-riar o envelhecimento da socie-dade, o governo chinês decidiu “aliviar” o controlo da natalidade, permitindo que os casais em que um dos cônjuges é filho único possam ter um segundo filho.

As autoridades esperavam que a nova política suscitasse mais dois milhões de nasci-mentos, mas dos cerca de onze milhões de casais naquelas condições, apenas um milhão se candidatou ao segundo filho.

E, entretanto, o número de abortos praticados nos hos-pitais chineses continuou a exceder os treze milhões por ano. - antónio Caeiro, lusa

Dois membros de seita chinesa executados Dois elementos da milenar seita chinesa Quannengshen (Deus Todo Poderoso em chinês) foram ontem executados pelo homicídio de uma mulher que se recusou dar-lhes o seu número de telefone. Os principais responsáveis pelo homicídio, Zhang Lidong e o filho, Zhang Fan, foram condenados à morte na cidade de Yantai, na província oriental chinesa de Shandong, em Outubro, num julgamento em que outros três membros do grupo foram condenados a diferentes penas de prisão, segundo a agência chinesa Xinhua. Zhang Hang e Zhang Qiaolian, parentes dos dois executados, foram condenados a penas de dez e sete anos de prisão, respectivamente, e outro indivíduo, Lu Yingchun, foi sentenciado a prisão perpétua. A 28 de Maio desde ano, os cinco condenados e outro filho de Zhang Lidong que não foi julgado no mesmo processo por ser menor de idade, espancaram até à morte uma mulher de apelido Wu que pretendiam recrutar para a sua seita, mas esta negou-se a dar-lhes o seu número de telefone para receber informações sobre a actividade do grupo. O homicídio aconteceu num restaurante da cadeia de restauração rápida McDonald’s em Zhaoyuan, na província oriental de Shandong, e chocou a sociedade chinesa pelas imagens divulgadas na Internet e que foram gravadas por uma pessoa que estava no local. A seita Quannengshen foi criada nos anos de 1990 e defende que Deus regressou à Terra encarnando uma mulher desconhecida nascida no norte da China “para salvar a humanidade pela terceira e última vez”.

A China inaugurou o seu primeiro la-boratório nacional de bio-segurança

dedicado à investigação de doenças altamente contagiosas, um centro onde vai estudar o vírus Ébola vivo, informou ontem o jornal China Daily.

O centro, localizado na capital da província central de Hubei, Wuhan, é o primeiro a abrir no país asiático com nível 4, que representa os padrões mais elevados de bio-segurança, e foi cons-truído com apoio francês. Apesar de dez institutos de investigação chinesa terem participado em estudos sobre o Ébola, em particular sobre técnicas de diagnóstico e desenvolvimento de vacinas, este centro é pioneiro ao permitir trabalhar com vírus, como o do Ébola, vivos. “O laboratório preenche um vazio, fornece as condições para a investigação do Ébola e traz a nos-sa luta contra o vírus de África para aos laboratórios nacionais”, disse a ministra da Comissão Nacional de Saúde e Planea-mento Familiar, Li Bin, em declarações publicadas pelo “China Daily”.

Ébola Aberto laboratório de bio-segurança para investigar vírus

MILHõeS De CHIneSeS nãO TêM COM QueM CASAr

Procura-se mulherO gigante asiático é o país mais desequilibrado do mundo na relação entre o número de homens e mulheres existentes

Em 2020, entre a população dos 25 aos 34 anos de idade, haverá mais treze milhões de homens do que mulheres

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hoje macau terça-feira 3.2.2015

O primeiro-ministro japo-nês, Shinzo Abe, anun-ciou ontem o reforço

das medidas de segurança no interior e exterior do país para proteger os seus cidadãos das ameaças do grupo ‘jihadista’ estado islâmico (ei).

“estamos a trabalhar para ga-rantir a segurança dos japoneses no estrangeiro e vamos tomar as medidas para evitar o terrorismo no Japão. Vamos elevar o alerta e a segurança em instalações im-portantes”, afirmou Shinzo Abe durante uma reunião realizada ontem entre os dois partidos governantes.

este sábado, os ‘jihadistas’ do estado islâmico difundiram um vídeo em que se vê um corpo decapitado, aparentemente o ca-dáver do jornalista japonês Kenji Goto, de 47 anos, sequestrado em Outubro passado pelo grupo radical muçulmano, que controla o norte da síria e do iraque.

O membro do auto-intitulado estado islâmico (ei) aparenta ser o homem conhecido como Jihadi John e dirige uma mensagem ao Governo de tóquio, falando com pronúncia do sul de Inglaterra.

Vocês, tal como os vossos aliados ridículos na coligação satânica, ainda têm de perceber

que nós, pela graça de Alá, so-mos um califado islâmico com autoridade e poder, um exército inteiro sedento do vosso sangue”, diz o homem.

disCurso direCtoO elemento do grupo ‘jihadista’ fala depois directamente para o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

“Por causa da sua decisão imprudente de participar numa guerra que é impossível vencer, esta faca vai chacinar não ape-nas Kenji, mas vai continuar e causar carnificina onde quer que o seu povo se encontre. então,

que comece o pesadelo para o Japão”, afirma.

O primeiro-ministro japo-nês, Shinzo Abe, reagiu com indignação à notícia da morte, por decapitação, de Kenji Goto, cerca de uma semana depois do assassinato do outro refém nipónico, Haruna Yukawa, e prometeu que o executivo não irá ceder perante um “terrorismo inadmissível”.

Os estados Unidos, a União europeia, as nações Unidas, a França, o reino Unido e a Coli-gação nacional síria (oposição ao regime do presidente Bashar Al-Assad) também condenaram a execução de Kenji Goto.

Além dos dois japoneses, o estado islâmico reivindicou, desde Agosto, ter executado cin-co reféns ocidentais: três norte--americanos e dois britânicos.

JaPão reforça segurança aPós ameaças do estado IslâmIco

em estado de alerta

O ar que se respira em quase 90% das princi-pais cidades chinesas continua aquém dos

padrões de qualidade, apesar da “melhoria” registada em 2014, segundo a avaliação divulgada ontem pelo ministério chinês da Protecção Ambiental.

Das 74 cidades avaliadas, ape-nas oito satisfizeram os padrões nacionais de qualidade do ar, no-meadamente quanto à densidade das pequenas partículas PM 2.5, as mais susceptíveis de se infiltra-rem nos pulmões e de atacarem o sistema respiratório.

Em 2013, só três cidades (Hai-kou, Lhasa e Zhoushan) cumpriram aqueles padrões, salienta o ministé-rio. Pequim, considerada uma das capitais mais poluídas do mundo, “não está entre as dez piores nem entre as dez melhores”, adianta o jornal China Daily, sem precisar o lugar ocupado pela cidade. Mas sete das dez cidades chinesas com pior qualidade do ar em 2014 situam-se à volta da capital.

no eixo Pequim-Hebei-tian-jin, a densidade média das PM 2.5 foi de 93 microgramas por metro

cúbico, quase o triplo do máximo de 35 microgramas definido pelo governo chinês (Pelos padrões da Organização Mundial de Saúde,

Em Março de 2013, o novo primeiro-ministro, Li Keqiang, prometeu que o governo ia “de-clarar guerra à poluição”.

Seis empresas de Taizhou, na província de Jiangsu, leste da China, foram condenadas em Dezembro passado a pagar 160 milhões de yuan por terem descarregado 25.000 toneladas de detritos quí-micos para dois rios, na maior multa do género ordenada por um tribunal chinês.

Das 10 cidades com melhor qualidade do ar em 2014, quatro (Shenzhen Zhuhai, Huizhou e Zhongshan) ficam na província de Guangdong, que confina com Hong Kong e Macau.

POLuIçãO AFeCTA QuASe 90% DAS PrInCIPAIS CIDADeS CHIneSAS

ouçam como eu respiroSegundo os números divulgados pelo Ministério da Protecção Ambiental apenas oito cidades respeitam os padrões recomendados pela Organização Mundial de Saúde

regiãO

13 china

Banguecoque Medidas de segurança após explosão de duas bombas A Tailândia vai reforçar a segurança nos locais públicos depois da explosão no domingo de duas bombas artesanais em Banguecoque, um incidente que fez recordar os distúrbios registados no período antes do golpe de estado de Maio passado. na noite de domingo, duas bombas artesanais explodiram numa passagem pedonal que liga o metro e um centro comercial do centro da capital tailandesa, ferindo ligeiramente dois transeuntes. Os dois engenhos explosivos estariam escondidos atrás de um transformador eléctrico, disse a polícia à AFP. As autoridades não estabeleceram ligação entre este incidente e as tensões políticas actuais, enquanto se multiplicam as críticas conta a junta militar no poder e a sua determinação em manter a lei marcial desde Maio de 2014. “Pedi para que a segurança seja reforçada, em particular nos lugares públicos”, disse ontem à imprensa o chefe da junta, Prayuth Chan-ocha.

Das 10 cidades com melhor qualidade do ar em 2014, quatro (Shenzhen Zhuhai, Huizhou e Zhongshan) ficam na província de Guangdong, que confina com Hong Kong e Macau

o máximo recomendado é de 25 microgramas).

Ontem, às 16:00 o índex muni-cipal da qualidade do ar em Pequim

estava no nível “moderadamente poluído”, com a densidade das PM 2.5 nos 156 microgramas por metro cúbico.

deClaração de guerraA poluição tornou-se nos últimos anos uma das principais fontes de descontentamento popular na China, a par da corrupção e das crescentes desigualdades sociais.

Além de Pequim, também Xangai, Cantão, Nanjing, Tianjin, Dalian e Chongqing não fazem parte daquela lista.

Entre as dez piores, a lista é encabeçada por Baoding, cidade da província de Hebei situada a cerca de 200 quilómetros ao sul de Pequim e que é a sede de uma das mais conhecidas fabricas chinesas de painéis solares.

Em 2014, o número de dias “al-tamente poluídos” na capital chine-sa baixou para 45, menos treze do que em 2013, e houve 93 dias com qualidade do ar “excelente”, mais 22 do que no ano anterior, indica um relatório divulgado há cerca de um mês pelo gabinete municipal da Protecção Ambiental, divulgado no passado dia 4 de Janeiro.

45o número de dias “altamente

poluídos” na capital chinesa

em 2014

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14 hoje macau terça-feira 3.2.2015

harte

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A ironia tem sido, desde o primeiro livro de poemas de Armando Silva Carva-lho, Lírica Consumível (1965),

um elemento fundamental na definição da sua poética. E é isso que, mais uma vez, se verifica em O Amante Japonês. De acordo com aqueles que vêem na iro-nia um fenómeno de dialogismo inter-no da palavra, o que aqui temos é um diálogo entre o enunciado presente e um enunciado ausente que se evoca ( cf. Bice Mortara Garavelli,  Manual de Retórica, 1991, p. 191 ). O poeta joga, assim, com expectativas, incautas, que remetem para o plano de um equívoco romanesco-sentimental, para, logo a partir da sugestão contida na epígra-fe, apontar para uma leitura do título que nele reconheça a alusão a um dos muitos «artefactos» úteis  (O Amante Ja-ponês, p. 42) em que, hoje em dia, nos prolongamos, ou deixamos que o nos-so corpo se prolongue: o automóvel, na circunstância um automóvel japonês. A

Armando Silva Carvalho

O amante japOnês

Fernando J. B. Martinhoin Colóquio letras

epígrafe, retirada de uma canção do italiano Vinicio Capossela ( «Um lugar de grande clandestinidade e / longos silêncios por detrás do pára-brisas», p. 7), desempenha, pois, no lugar estra-tégico que é o seu, um papel decisivo na decifração do significado do título, ao mesmo tempo que insinua uma das

linhas de força temáticas mais em evi-dência no livro: a da relação do corpo com um corpo cúmplice a que se acolhe, na busca de um espaço de recolhimen-to e refúgio que o «pára-brisas» isola do caos e da agressão do mundo.

Como a um ser amado, o eu poético faz do carro um interlocutor das suas

falas, um confidente dos seus fantasmas e medos (p. 11), mas logo se dá conta que o seu «amor não é feito de sangue» (p. 9). Falta-lhe o cuidado que a inclusão da alma implicaria:

Este amor não é feito de sangue, a minha alma não anda nessa rua deserta,Nem vai, pé ante pé, contemplar o teu rosto,Deitar-se em seguida sobre o teu corpo geladoE limpar-te os olhos do frioDe uma madrugadaImpudica.( p. 9.)

Essas falas e confidências pressu-põem, naturalmente, a personificação do seu interlocutor mudo, e, com fre-quência, mesmo o recurso à apóstrofe:

Oiço-te quebrar a rotina com a tua tenaz mecânica,Ó pequeno ser velho e robustoNão forces mais o ardor dos teus platinados.(p.16.)

De resto, a prosa dos versos de Armando Silva Carvalho, toda feita de uma ostensiva recusa das facilidades do

A proSA doS verSoS de ArmAndo SilvA CArvAlho, todA feitA de umA oStenSivA reCuSA dAS fACilidAdeS do «CAnto líriCo», não preSCinde, ApeSAr diSSo, no Sábio AproveitAmento dAS vAntAgenS que A ironiA ofereCe pArA evitAr AS difiCuldAdeS dAS expreSSõeS direCtAS, de um Amplo reCurSo A muitAS outrAS figurAS, Como que A lembrAr que o literário, meSmo quAndo Se queStionA noS SeuS efeitoS de «perCeptível belezA» (O AmAnte JApOnês, p. 78), vive muito do uSo jubiloSAmente inovAdor que delAS fAz

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15 artes, letras e ideiashoje macau terça-feira 3.2.2015

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de ACordo Com AqueleS que vêem nA ironiA um fenómeno de diAlogiSmo interno dA pAlAvrA, o que Aqui temoS é um diálogo entre o enunCiAdo preSente e um enunCiAdo AuSente que Se evoCA

«canto lírico» (p. 108), não prescinde, apesar disso, no sábio aproveitamento das vantagens que a ironia oferece para evitar as dificuldades das expressões directas (cf. Garavelli, op. cit., p. 190), de um amplo recurso a muitas outras figuras, como que a lembrar que o lite-rário, mesmo quando se questiona nos seus efeitos de «perceptível beleza» (O Amante Japonês, p. 78), vive muito do uso jubilosamente inovador que delas faz. A auto-consciência do poeta relativamente à irrecusável importância das figuras no texto literário leva-o, aliás, a referir-se expressamente a algumas delas («Al-guém predicou a elipse, o paradoxo, / A contradição», p. 52) e a reconhecer na «vida», com a sua desmesura, as «Metáforas mortais» (p. 82) em que ela se desdobra. História de uma relação, o livro não deixa obviamente de ser, como resultado final, também o registo do surgimento de textos , do mais ou menos laborioso aceder dos poemas à existência («Hoje quem nasce taciturno é o texto. / Quem se esforça por ser é o poema», p. 69), do alinhar ou do selar dos «versos» na página (cf. p. 79), do seu respirar arfante «em cada estrofe» (p. 18). Por outro lado, a larga bateria de figuras de que lança mão a poesia de Armando Silva Carvalho, não obstante se apresentar como sendo do «tamanho da prosa» (p. 22), tanto pode, por exemplo, pôr o adjectivo ao serviço da contradição do oxímoro («Quando contigo à chuva, eu vou recolhendo / Gota a gota, as misérias felizes / Do meu dia corrido», p. 20) como do que

há de expressivamente inesperado na hipálage («As músicas obesas», p. 26), ou fazer do verbo o núcleo da invenção metafórica («A vida é mais vertical nas cordas duras / Que molestam o vidro», p. 19), ou ainda aproximar substantivos aparentemente distantes através da pa-ranomásia («Histórias de concubinas domésticas, de gueixas, / Queixas de domingo», p. 74).

Há uma narrativa que, aqui, se constrói, e nesse sentido o título do livro não é inteiramente deceptivo. Trata-se, inevita-velmente, de uma narrativa fragmentária; ainda assim é possível reconstituir uma his-tória feita de abandonos (cf. p. 9), «ciúmes» (p. 10), tristezas cabisbaixas(p. 12), cansadas fidelidades (p. 14), «misérias felizes» (p. 20), irrevogável diferença dedestinos (p. 24), espaço concedido à declinação dos versos, ao paciente exercício da «escrita» (p. 33-4), eventual identidade de ritmos (p. 36), memórias (p. 39), roubos, perdas (p. 46-7), experiência da «vertigem» dos «sentidos» (p. 49-50) ou, no outro extremo, da «me-ditação» pacificadora (p. 52), ou ainda da fruição da arte «entre os detritos» de um quotidiano degradante (p. 55-6). Temas que, com insistência, se retomam ao longo do livro, nexos ou fios narrativos que se estabelecem, de modo mais evidente, entre alguns textos, justificam igualmente que se fale da construção de uma narrativa em O Amante Japonês.

Indissociável dessa narrativa é, do lado do sujeito na sua relação afectiva «com o carro / De origem japonesa»

(p. 74), a memória literária, que traz, implícita ou explicitamente, para a dúctil largueza do texto o «sen-timento / Do mundo» (p. 71) dos mais diversos autores, de S. João a Sá de Miranda, de Blake a Novalis,

de Cesário a Pessanha, de Pessoa a Drummond

de Andrade.

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16 hoje macau terça-feira 3.2.2015h

C ONTINUO a encontrar um conjunto sig-nificativo de

pessoas que parece ter o que comummente se cha-ma problemas de identidade ou, por vezes, apetece dizer, problemas de um excesso artificial de identidade. Não é muito di-fícil de identificar este tipo de desejo nos seus traços mais gerais, a par de outros semelhantes.

Persiste, nos dias de hoje, uma necessidade, expressa por pessoas de todos os tipos nacionais, físicos, etários e religiosos, de pertencer ou identificar-se a um grupo ou uma ideia: a um grupo com ideias políticas (como a social-democracia ou a direita conservadora), a um clube desportivo (como o Anderlecht), a um país (a Malásia), a uma religião (o catolicismo) ou a um povo (por exem-plo, o arménio). Existem outros tipos de colagens mais específicas, muitas vezes hilariantes, mas, na sua generalidade, apenas maçadoras.

De todos estes desejos o que me causa maior perplexidade é o da identidade nacional, ao contrário do religioso, que exprime um desejo compreensível, mes-mo que absurdo para muitos, de intercâm-bio com o além e de compreensão das origens; ou o político, que demonstra a crença num modelo de melhoramento do mundo ou na eficácia de um mecanismo de promoção individual. O fanatismo desportivo explica-se e ama-se pela sua irracionalidade e teimosia.

Vivendo há muitos anos fora do país de nascimento é com frequência que ouço falar deste tipo de problema, o da identidade nacional, mesmo entre pes-soas que abandonaram o seu país natal por vontade própria e não por razões económicas ou outras, dificilmente ul-trapassáveis - como catástrofes naturais, guerras ou migrações forçadas.

Por vezes fala-se de desenraizamento. O que é que faz uma pessoa sentir nostal-gia e uma identificação com um pedaço de terra apenas por nele ter nascido? Como se forma a identidade nacional? Presumo que seja um complexo que reúne indoc-trinação familiar, em particular, e escolar e social, em geral, a habituação a certos paladares e música, uma reacção a certos odores, muitas horas de má televisão e porque sim.

a revolta do emir Pedro LystMann

O UrbanOta alegre

Não deixo de pensar que esta ligação pode ter uma origem rural. Quais serão as vantagens deste tipo de apego, que não se pode considerar natural e que, muito importantemente, não tem origem numa escolha? Há uma rela-ção orgânica vitalícia entre a infância (o nascimento é impos-sível) e o lugar onde esta decorre?

Lembro um am-nésico ficcional: Yambo Bodoni. Yam-bo perdeu parte da sua memória num acidente. Regressa ao lugar onde passou a infância para tentar re-organizar o seu passado pessoal e Umberto Eco, autor do sedutor romance onde tudo isto se passa, The Mysterious Flame of Queen Loana (La Misteriosa Fiamma della Regina Loana), diz: “I was discovering that landscape for the first time, yet I felt it was mine (…) In a way it was like leaving the hospital and being able to drive that car I had never seen. I felt at home. I was gripped by a vague joy, an absent-minded happiness”.

Num mundo em que a maioria da sua população vive em cidades e são imensas,

pela primeira vez, as facilidades de trans-porte de média e longa distância que se usam por razões turísticas, profissionais ou familiares, parece-me cada vez mais natural que ao sentimento de pertença

nacional se venha aos poucos sobre-por um sentimento de pertença a uma cidade ou a uma ideia de vida urbana internacional.

Assim, cria-se uma identidade que reúne de forma mais natural habitantes de Tóquio, Nova Iorque ou Berlim que habitantes de pontos diferentes de um mesmo país. Haverá uma identificação maior com Osaka ou Fukuoka que com um país como o Japão. Hong Kong em vez da China. Muitas vezes a residência é uma escolha. A nacionalidade nunca o é - como a família, um outro possível constrangimento.

Essa identifica-ção dá-se através da

experiência comum no uso do transporte público, do tipo de escolas e hospitais à disposição, da convivência obrigatória com pessoas de proveniências diversas,

da necessidade de dominar pelo menos duas línguas, do hábito da frequência de restaurantes que oferecem cozinhas de origens dife-rentes (para além das fusões que obrigatoriamente terão de ocorrer), de semelhanças na escolha do tipo de en-tretenimento, nos destinos de viagem, nas fontes de informação televisiva e de imprensa ou na escolha das leituras.

Neste sentido parece ser uma experiência redutora e é fácil identificar estas seme-lhanças em São Paulo, Tó-quio, Singapura, Helsínquia, Cape Town ou Bangkok.

Mas, por outro lado, as oportunidades sociais e de melhoramento que as cida-des oferecem, permitem, ao

contrário do que acontece num ambiente rural, uma infinita tolerância perante estilos de vida diferentes, independentes de modelos nacionais.

A cidade (e nunca o campo) é o local privilegiado do exercício de uma das mais importantes conquistas das sociedades humanas contemporâneas, o exercício do ócio e do prazer, cada vez mais acessível em cidades que disponibilizam parques, jardins, museus de todos os tipos, espectáculos, galerias de arte, vias pedonais e para bicicleta, piscinas, locais de encontro e bibliotecas gratuitos, para além de uma vasta colecção (impensável há 30 anos) de restaurantes, esplanadas, hotéis, bares, paraísos artificiais, discote-cas e espectáculos para todos os preços. A residência na cidade não vem sem as suas obrigações mas pode ser, se assim se quiser, o lugar do prazer.

Esta oferta é possível e desejada devido a um fenómeno já aqui elogiado a propósito de um texto sobre o livro Triumph of the City, de Edward Glaeser: a proximidade. A proximidade em que os habitantes das grandes cidades vivem permite e promove a troca de ideias e a sua difusão. Estas são tanto mais possí-veis quanto maior for a mistura das suas gentes. Glaeser dá o exemplo de Nova Iorque. Eu acrescentaria Berlim e Hong Kong. As cidades são lugares muito mais excitantes e democráticos que o campo, e a oferta cultural e de entretenimento tem de cobrir os vários gostos de uma população misturada. Quem precisa de um país ou uma nacionalidade com cidades destas?

o que é que fAz umA peSSoA Sentir noStAlgiA e umA identifiCAção Com um

pedAço de terrA ApenAS por nele ter nASCido? Como

Se formA A identidAde nACionAl? preSumo que SejA

um Complexo que reúne indoCtrinAção fAmiliAr, em

pArtiCulAr, e eSColAr e SoCiAl, em gerAl, A hAbituAção A

CertoS pAlAdAreS e múSiCA, umA reACção A CertoS odoreS, muitAS horAS de má televiSão

e porque Sim

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17Desportohoje macau terça-feira 3.2.2013

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A Figo Football Academy está implantada em oito cidades chinesas tem cerca de 1.100 alunos, com idades entre os quatro e os 13 anos, e 16 treinadores portugueses

Luís Figo chega hoje a cantão

De visita à academiao ex-futebolista por-

tuguês Luís Figo, candidato à pre-sidência da FIFA,

vai estar a partir de terça-feira na cidade de Cantão na China, num torneio organizado pela sua academia.

Segundo fonte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), o antigo jogador vai estar na China terça, quarta e quinta--feira, acompanhando o evento organizado pela Figo Football Academy, que reúne equipas de academias de todo o país.

A academia, lançada na pri-mavera de 2014 e supervisionada pelo técnico Rolão Preto, está implantada em oito cidades chi-nesas, tem cerca de 1.100 alunos, com idades entre os quatro e os 13 anos, e 16 treinadores portugueses diplomados pela FPF e pela UEFA.

AtAque à presidênciAFigo, de 42 anos, anunciou na quarta-feira a candidatura à presidência da FIFA, para a qual

há outros quatro pretendentes: o suíço Joseph Blatter, actual presidente, Michael van Praag, presidente da federação holande-sa, o francês Jérôme Champagne, antigo dirigente do organismo, e o príncipe Ali bin Al Hussein da Jordânia, vice-presidente da FIFA.

As eleições para a presidência do organismo que rege o futebol mundial realizam-se a 29 de Maio, no segundo de dois dias do congresso da FIFA, em Zurique, na Suíça.

O mais internacional dos fu-tebolistas portugueses, com 127 jogos na selecção, tem o apoio formal de Portugal, Dinamarca, Montenegro, Polónia, Macedó-nia e Luxemburgo.

Antigo jogador de Sporting, Barcelona, Real Madrid e Inter de Milão, Figo ganhou a Bola de Ouro em 2000 e foi eleito Melhor Jogador do Mundo FIFA em 2001 - antes da unificação dos prémios -, foi quatro vezes campeão de Espanha e outras tantas de Itália e ganhou uma Liga dos Campeões.

Vice-campeão da Europa em 2004 e quarto no Mundial de 2006, com a selecção portuguesa, Figo, formado no Sporting, reti-rou-se em 2009, no Inter, ao qual se manteve ligado como director de relações internacionais.

Flávio Silva Avançado formado no Sporting é reforço do BenficaFlávio silva é reforço do Benfica. a notícia chegou quando começou a circular nas redes sociais uma fotografia do jovem de 18 anos, com a camisola encarnada, a cumprimentar Luís Filipe Vieira. o avançado assinou por cinco épocas e meia e vai ser integrado na equipa B do Benfica. Flávio silva representava o torreense, ao serviço do qual apontou oito golos na primeira metade da época, sendo o quarto melhor marcador do campeonato nacional de seniores. Formado no sporting, onde chegou com quinze anos, Flávio silva era pretendido também pela saD leonina, que chegou a fazer uma proposta. o torrense, no entanto, preferiu a oferta do Benfica, que era financeiramente superior e que ia de encontro também à vontade do jogador: Flávio silva queria transferir-se para o seixal. os próximos tempos serão por isso na equipa B encarnada.

Aviso

Aceita-se o registo para o “Subsídio para aquisição de material escolar a estudantes do ensino superior”

Aceita-se, a partir de hoje, o registo para o “Subsídio para aquisição de material escolar a estudantes do ensino superior no ano lectivo de 2014/2015”, sendo três mil patacas o montante do subsídio. Podem registar-se os estudantes, titulares do Bilhete de Identidade de Residente da RAEM, que frequentem cursos de doutoramento, mestrado, licenciatura, bacharelato, ou cursos de diploma ou de associado com a duração igual ou superior a dois anos, em instituições do ensino superior da RAEM ou do exterior.

Os estudantes que reúnam as condições exigidas podem aceder à página electrónica do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (www.gaes.gov.mo), dentro do prazo definido, para tratarem das formalidades do registo. Estes estudantes, ainda podem, pessoalmente ou através de representante, como familiares e amigos, dirigir-se ao Centro dos Estudantes do Ensino Superior, que depende do GAES (Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida, n.º 68-B, Edifício Va Cheong, r/c B, em frente à paragem de autocarro do Jardim Lou Lim Ioc), ao balcão de recepção do GAES (Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues, n.os 614A-640, Edifício Long Cheng, 7.o andar), ao Centro de Prestação de Serviços ao Público da Zona Central (Rotunda de Carlos da Maia, n.os 5 e 7 , Complexo da Rotunda de Carlos da Maia, 3º andar), ao Centro de Prestação de Serviços ao Público das Ihas (Rua da Ponte Negra, Bairro Social da Taipa, No. 75K, Taipa), ou, ao Centro de Serviços da RAEM (Rua Nova da Areia Preta, n.o 52), para obterem o boletim de registo e apresentarem os documentos solicitados.

Mais informações, podem ser obtidas através do website do GAES ou do telefone 28571111, com sistema interactivo de resposta de voz.

Macau, 3 de Fevereiro de 2015.

O CoordenadorSou Chio Fai

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tempo muito nublado min 14 max 21 hum 55-90% • euro 9 .0 baht 0 .2 yuan 1 .3

João Corvo

Faz de mim teu escravo, se me quiseres obedecer.

Aconteceu Hoje 3 de Fevereiro

U m D i s c o H o j e

O que fazer esta semana?

fonte da inveja

18 hoje macau terça-feira 3.2.2015(F)utilidades

• HojeMaestro JaMes CuddeFord apresenta noite de MúsiCa FolkClube Fringe, Hong kong, a partir das 19hBilhetes a partir dos 90 dólares de Hong Kong

• inauguração da exposição de pintura do Casal ZHang ZHong Huan e deng Fei Centro unesCo de Macau, 18h30entrada livre

• amanhãConCerto ‘ode à HuManidade’, CoM Mais de 100 Coristasvenetian theatre, 19h45Bilhetes à venda por 100 e 200 patacas

• sexta-feira apresentação de doCuMentário BBC planeta terra, CoM ConCerto ao vivo da FilarMóniCa de Hong kongCentro Cultural de Hong kong, tsim sha tsui, a partir das 20hBilhetes entre os 140 e os 360 dólares de Hong Kong

• diariamenteexposição “ponto de partida: pinturas de dennis Murrel e dos seus artistas” (até 31/01)Fundação rui Cunha, 18h30entrada livre

exposição de sândalo verMelHo (até 22/03)MgM resortentrada livre

exposição de pintura “korean art”, CoM oH Young sook e kiM Yeon ok (até 15/02)galeria iao Hinentrada livre

exposição de design de CartaZes “v•x•xv:” (oBras de 1999, 2004 e 2009) [até 15/03]Museu da transferência da soberania de Macau, 10h00 às 19h00entrada livre

“selF/unselF” – exposição de traBalHos de artistas Holandeses (até 15 de Março)Centro de design de Macauentrada livre

retratos a óleo dos séCulos xix e xx: ColeCção do Museu de arte de MaCauMuseu de arte de Macau, das 10h às 19h (até 31/12)entrada livre

ilustrações para Calendário, de guan Huinong (até 10/05)Museu de arte de Macau, das 10h às 19hentrada livre

“BeYond tHe surFaCe” de Mio pang Fei (de 04/02 a 01/03)albergue sCM, das 12h às 20hentrada livre

exposição e passeios de BarCo guiados soBre a História da pesCa eM MaCau esplanada do Museu Marítimo, das 9h40 às 16h25 (de 31/01 a 15/02)Bilhetes à venda por 25 patacas

c i n e m aCineteatro

Sala 1Blackhat [c]um filme de: Michael MannCom: Chris Hemsworth, viola davis, tang Wei, Wang leehom14.15, 16.45, 19.15, 21.45

Sala 2nightcrawler [c]um filme de: dan gilroy

Com: Jake, gyllenhaal, rene russo, riz ahmed, Bill paxton14.30, 16.45, 19.15, 21.30

Sala 3american Spiner [c]um filme de: Clint eastwoodCom: Bradley Cooper, sienna Miller14.15, 16.45, 19.15, 21.45

nigHtCraWler

Bartolomeu Dias dobra o cabo da Boa esperança• Corria o ano de 1488 quando, a 3 de Fevereiro, Bartolomeu dias desembarca na áfrica do sul, em Mossel Bay, consu-mando o feito histórico de dobrar o Cabo da Boa esperança. o navegador português tornou-se no primeiro europeu a fazê-lo.Bartolomeu dias era um navegador experiente e foi também o primeiro a chegar ao Cabo das tormentas – como o próprio o baptizou, em 1488. as tormentas representam as tempes-tades e vendavais por que teve de atravessar, naquele que foi considerado um dos maiores acontecimentos da história das navegações.a 3 de Fevereiro de 1536, pedro de Mendoza funda a cidade de Buenos aires e no ano de 1783 a espanha reconhece a independência dos eua. neste dia, em 1830, a grécia obtém a independência e deixa de ser uma região autónoma do império otomano.em 1894, é tocado pela primeira vez o Hino dos açores. Forças soviéticas ocupam a ucrânia, em 1919, e em 1991 o partido Comunista italiano deixa de existir oficialmente, ao cabo de 70 anos de história. três de Fevereiro é também dia de terramotos. em 1931, na nova Zelândia, um sismo provoca a morte a mais de mil pes-soas e arrasa diversas cidades. exactamente no ano seguinte, uma série de cinco terramotos destrói santiago de Cuba.outra tragédia está marcada na história de 3 de Fevereiro de 2006, quando 1310 pessoas morrem, vítimas do naufrágio do barco egípcio salaam 98, no Mar vermelho. regressavam de uma peregrinação em Meca.nas artes, assinala-se a morte de Buddy Holly, ritchie valens e the Big Bopper, em 1959, após a queda de um avião. Foi “o dia em que a música morreu” – assim ficou conhecido o 3 de Fevereiro.

“So tonigHt tHAt i MigHt See”(MAzzy StAr, 1993)

o segundo álbum de estúdio da banda de rock alternativo “mazzy star”. o disco, gravado em 1993, arranca com um dos grandes sucessos do grupo, “Fade into You”, mas a voz de Hope sandoval transporta-nos para as sonoridades da década de 90 e para uma nova forma de fazer música. - Andreia Sofia Silva

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hoje macau terça-feira 3.2.2015

lorde g inRui CasCais PaRada

Hoje comi uma alemã

Existirão alternativas ao “capitalismo de casino”? Quem sabe. Ou melhor, existirão seguramente. Mas, sejam quais forem, dependerão de acção directa e sustentada e talvez passem por uma verdadeira declaração de guerra de valores que poderá agora estar a ser lançada a partir da Grécia

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cartoon por Stephff

19opinião

L orde Gin, apesar do seu título, vive uma vida me-ditativa, afastada, esparsa e frugal. Habita praticamente uma caverna, que foi povoan-do com seus poucos trastes e livros, na cidade de Bangkok, capital de Sião. Contudo, desde a sua caverna na vasta urbe, saúda com entusiasmo

a revolução Grega. Mais ainda: dado que, enquanto expatriado euro-dependente, perdeu quase 15% de seus magros fundos, Lorde Gin sente-se, de alguma maneira, potencial sócio accionista de ao menos uma minúscula parte do copyright presente e futuro dos eventos em curso na Grécia.

em 15 de Maio de 2013, no 6º Festival Subversivo, organizado em Zagreb, Alexis Tsipras, líder do partido Syriza, afirmava: “Não sei se virei a ser primeiro-ministro da Grécia, mas se vier a ser [primeiro--ministro da Grécia], nada permanecerá o mesmo: nem na Grécia, nem na União europeia”. ora bem!

Ladeado por Slavoj Zizek – essa espé-cie de orson Wells anfetamínico, abrasivo, semi-clarividente e comichoso da esquerda radical internacionalista –, falava Tsipras de uma “Primavera da europa Mediter-rânica”, acrescentando que os perigos para a europa eram sem dúvida alguma “a Alemanha e a própria Merkel”, assim como a “europa germânica do capitalismo especulativo”. olé!

ou melhor, um grande olé com or-questra e chapéus para a sua vitória de domingo! Uma vitória que demonstrou não só uma óbvia vontade e imperati-va necessidade de mudança, como fez escorregar para a mesma lama infecta de sempre [sic] as insinuações da Gol-dman Sachs e da Bloomberg e as suas tentativas de manobrar, controlar e/ou obstar a quaisquer alternativas ao sistema ultra-neo-liberal vigente. Aliás, aquela

última corporação mediático-política ainda pelo menos há um ano fazia cir-cular um puerilizante vídeo de animação pela Internet (https://www.youtube.com/watch?v=C8xAXJx9WJ8, acedido em 23.01.2015) no qual os gregos – e, por

extensão, todos os povos periféricos e/ou do Sul – eram apresentados como um bando de alcoólicos, preguiçosos e amantes dos prazeres da praia, em opo-sição aos industriosos, sóbrios, poupados e circunspectos alemães.

existirão alternativas ao “capitalis-mo de casino”? Quem sabe. ou melhor, existirão seguramente. Mas, sejam quais forem, dependerão de acção directa e sustentada e talvez passem por uma verda-deira declaração de guerra de valores que poderá agora estar a ser lançada a partir da Grécia. os analistas e economistas conservadores (perdoem a simultânea eufonia e pleonasmo) cuspirão decerto múltiplas páginas e espessa tinta para mostrar as vicissitudes, contingências e condicionalismos e toda a sorte de razões racionais, estatísticas e estritas contra as possibilidades de um sistema diferente vir a ser tentado. Porém, cefalópodes que emitem tinta para se camuflarem, a sua artimanha é conhecida e antecipada. Lorde Gin, um espartano adepto da caça submarina e das pequenas aldeias do mar de Creta, os saboreará grelhados ao carvão com um fio de azeite e acompanhados de uma salada camponesa e de um copo de rústico vinho local. e, vindo molhado e limpo das laboriosas ondas cristalinas da Grécia insular, talvez se diga, pensando em ruy Cinatti e o emulando: “Hoje comi uma alemã”.

Bangkok, 28.01.2015

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hoje macau terça-feira 3.2.2015

O tempo de espera entre concursos ou até mesmo da análise à candidatura para a habitação social é demasiado, assim diz Si Ka Lon que pretende que o Governo trabalhe mais e melhor sobre a questão

Fil ipa araú[email protected]

O deputado Si Ka Lon apela a que o Go-verno trabalhe mais e melhor no que res-

peita à abertura de concurso para habitação social, caracterizando a situação actual de uma espera sem fim.

Segundo alega o deputado, vários “idosos disseram que, mesmo depois de passado mais de um ano e quatro meses sobre a apresentação do pedido [para habitação social de 2013], não conseguiram aceder a uma habi-tação, por isso, podemos afirmar que a espera por uma habitação social não tem fim”.

o hospital público de Macau, São Januário, vai disponibilizar em

breve uma sala de oração para os pacientes e familiares de fé muçulmana, indicaram os Servi-ços de Saúde de Macau (SSM). Em resposta à agência Lusa, os SSM explicaram que o hospital quer transformar uma sala já existente, que pode ser utilizada para oração, num espaço equi-pado para o efeito, contando, para isso, com a ajuda da União Islâmica de Hong Kong, que trabalha em cooperação com a associação de Macau.

Actualmente, o Centro Hos-pitalar Conde de São Januário tem uma “sala de recepção”, multiusos, que os doentes mu-çulmanos e os seus familiares podem utilizar para orações, desde que requisitada com an-tecedência junto do gabinete de relações públicas. Esta sala “está equipada com as indicações

Bolsas de Investigação Académica podem ir até às 280 mil patacas

F OI ontem publicado em Boletim Oficial (BO) o regulamento das

Bolsas de Investigação Académica, as quais ficarão a cargo do Instituto Cul-tural (IC), que irá decidir o número de bolsas a atribuir. O referido regulamento prevê bolsas de 250 a 280 mil patacas, consoante o conteúdo da investigação, e têm como objectivo “estimular o de-senvolvimento de estudos académicos originais sobre a cultura de Macau e sobre o intercâmbio entre Macau, China e outros países”, pode ler-se.

Podem candidatar-se às bolsas douto-rados, locais ou estrangeiros, que tenham “comprovada experiência de investiga-ção académica” e ainda investigadores, locais e estrangeiros, que possuam “ampla experiência de investigação e que tenham produção académica de nível reconhecido”.

As bolsas são concedidas uma vez por ano e os prazos de candidatura decor-rem entre 1 de Março e 31 de Maio. Os projectos apresentados serão avaliados por uma Comissão de Selecção, a qual será composta por sete membros. - A.S.S.

São Januário Sala de oraçõeS para comunidade muçulmana

Em nome da inclusão

Habitação Pedida maior raPidez entre concursos

a espera interminável

“Vários idosos disseram que, mesmo depois de passado mais de um ano e quatro meses sobre a apresentação do pedido [para habitação social de 2013], não conseguiram aceder a uma habitação”Si Ka lon deputado

O tempo de espera, a apreciação dos pedidos e a demora entre os concursos prometidos pelo Go-verno [cinco concursos] são algo que afecta, diz o deputado, direc-tamente a vida dos candidatos e as suas condições de vida, “uma vez que não conseguem o apoio de que necessitam em tempo oportuno”.

Perante a situação, Si Ka Lon indaga o Executivo sobre a situação futura. Vai o Governo, pergunta, “ponderar sobre a definição de um prazo adequado para aqueles

trabalhos [apreciação das candida-turas], com vista a dar resposta às expectativas da população?”

Na interpelação escrita, entre-gue este mês, o deputado defende

ainda que durante o período de espera entre concursos, “as famí-lias pobres e com dificuldades não tiveram qualquer auxílio e sentiram a falta de uma habitação”. Por isso mesmo, diz Si Ka Lon, o Governo deve possuir mecanismo dos res-pectivos serviços para durante este período satisfazer “as necessidades prementes de habitação das famílias mais pobres e em dificuldades”. Ironizando com o próprio Regu-lamento de Candidatura para Atri-buição de Habitação Social, onde se pode ler que o concurso é aberto sempre que “seja considerado ne-cessário”, Si Ka Lon terminada a sua intervenção com a pergunta: o que os serviços entendem por “necessário”?

ForA dA liStARecorde-se que segundo dados divulgados pelo Instituto de Habi-tação (IH), em Dezembro passado, 62,5% das candidaturas foram aceites, sendo este o resultado

de um concurso que começou no dia 22 de Maio e terminou a 21 de Agosto de 2013. Um total de 6146 boletins de candidatura foram recebidos pelo Governo.

Apesar do número de candi-daturas aceites ter sido mais de metade, 37,5% dos candidatos, ou seja, 2305 candidaturas, não conseguiram ver o seu nome colo-cado na lista definitiva. O IH fala de mais de três mil motivos para a exclusão destas pessoas, mas a falta de documentos dentro do prazo é o que surge em primeiro lugar. Outras 879 pessoas não entregaram documentos como o “comprovativo do rendimento mensal” ou a “declaração de de-semprego”.

Em segundo lugar surgem as pessoas que se candidataram mas que não conseguiram uma casa por terem ultrapassado o limite do rendimento mensal, num total de 632 casos. Os restantes candidatos também foram excluídos por serem proprietários de imóveis, por terem desistido da candidatura ou por já estarem abrangidos por outro tipo de apoios.

Ainda relativamente ao pro-cesso de candidatura, os dados revelam que o IH rejeitou grande parte das reclamações apresenta-das pelos candidatos – de um total de 348, só 48 reclamações foram aceites. “O principal motivo da exclusão deve-se à não entrega dos documentos comprovativos suficientes, o IH não conseguiu confirmar a veracidade dos fun-damentos nas reclamações”, podia ler-se no comunicado do instituto.

para oração islâmica, sítio para a ablução/ritual de purificação e outros utensílios para as ora-ções”, esclareceram os SSM.

NA voz dAS ASSociAçõeSOs serviços explicaram que aguardam agora que as asso-

ciações “se pronunciem sobre a criação da sala de oração islâmica” no hospital. A cria-ção de uma sala de oração no São Januário começou por ser discutida com o antigo imã da Mesquita de Macau, falecido há cerca de ano e meio, mas

não sofreu desenvolvimentos nos últimos anos.

Na passada sexta-feira, o porta-voz da Associação Islâ-mica de Macau, Ali Mahomed, e o imã de Hong Kong, Uthman Yang (que desde a morte do imã de Macau se tem desloca-do semanalmente ao território para conduzir os rituais na mesquita) reuniram-se com os Serviços de Saúde, depois de terem sido convidados a pronunciar-se sobre as insta-lações.

Segundo Ali Mahomed, os SSM pediram esclarecimentos sobre a orientação do ‘qibla’, que indica a direcção de Meca, para onde devem ser dirigidas as orações, sendo também requisitado um sinal em árabe com indicações, que a asso-ciação espera disponibilizar em breve. Quanto à disponi-bilização de refeições ‘halal’ - em que a carne é preparada de acordo com a lei islâmica -, os SSM esclarecem que podem ser requisitadas com antecedência, permitindo ao hospital encomendar ao for-necedor. - lusa