hoje macau 6 fev 2013 #2788

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MUITO NUBLADO MIN 19 MAX 25 HUM 70-98% EURO 10.8 BAHT 0.2 YUAN 1.2 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ QUARTA-FEIRA 6 DE FEVEREIRO DE 2013 ANO XII Nº 2788 PUB PUB PUB Ter para ler Sem rosto Desconhece-se quem manda na ACPDM Afinal quem é o presidente da Associação de Ciência Política e Direito de Macau? Na verdade, de acordo com dados a que o Hoje Macau teve acesso, o último responsável conhecido é o agora presidente da Associação Ecológica de Macau. Ho Wai Tim revelou ao nosso jornal que saiu da ACPDM em 2006 mas uma carta de 2008 por si assinada sugere o contrário. Mais, a morada da associação ainda continua a ser a de sua casa. “É mais prático (...) Sou uma pessoa disponível e fácil de encontrar”. Em relação à vontade tornada pública de membros da associação na demolição de edifícios colonialistas portugueses, Ho Wai Tim diz que “a sociedade precisa de opiniões diversas”, tudo pela “liberdade de expressão”. Vários quadrantes já se mostraram contra o desaparecimento do património. “É um total disparate”, referiu Miguel de Senna Fernandes. “Os edifícios devem estar aqui”, afirmou Larry So. PÁGINA 6 VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS) PLANEAMENTO URBANO Falta credenciação a arquitectos e engenheiros PÁGINA 2 PATRIMÓNIO INTANGÍVEL Bens imateriais com tratamento especial dentro da lei PÁGINA 5 ANIVERSÁRIO CR7 JÁ TEM 28 ANOS CENTRAIS LEI DE TERRAS Deputados aprovam com muitas dúvidas PÁGINA 3

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Edição do Hoje Macau de 6 de Fevereiro de 2013 • Ano X • N.º 2788

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Page 1: Hoje Macau 6 FEV 2013 #2788

muito nublado min 19 max 25 hum 70-98% • euro 10.8 baht 0.2 yuan 1.2

AgênciA comerciAl Pico • 28721006 Mop$10 Director carlos Morais josé • quarta-feira 6 de fevereiro de 2013 • Ano Xii • nº 2788

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Ter para ler

Sem rostoDesconhece-se quem manda na ACpDM

Afinal quem é o presidente da Associação de Ciência Política e Direito de Macau? Na verdade, de acordo com dados a que o Hoje Macau teve acesso, o último responsável conhecido é o agora presidente da Associação Ecológica de Macau. Ho Wai Tim revelou ao nosso jornal que saiu da ACPDM em 2006 mas uma carta de 2008 por si assinada sugere o contrário. Mais, a morada da associação ainda continua a ser a de sua casa. “É mais prático (...) Sou uma pessoa disponível e fácil de encontrar”. Em relação à vontade tornada pública de membros da associação na demolição de edifícios colonialistas portugueses, Ho Wai Tim diz que “a sociedade precisa de opiniões diversas”, tudo pela “liberdade de expressão”. Vários quadrantes já se mostraram contra o desaparecimento

do património. “É um total disparate”, referiu Miguel de Senna Fernandes. “Os edifícios

devem estar aqui”, afirmou Larry So. página 6

VenhAM MAiS CinCo (SéCuloS)

planeamento urbano

Falta credenciação a arquitectose engenheiros

página 2

património intangível

Bens imateriais com tratamento especial dentro da lei

página 5

aniversário

Cr7 já tem 28 anos

Centrais

lei de terras

Deputados aprovam com muitas dúvidas

página 3

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quarta-feira 6.2.2013política2 www.hojemacau.com.mo

Comissão do Planeamento Urbanístico conta comprofissionais, mas acreditação não existe em Macau

Sem promessas para breve

Joana [email protected]

OS deputados aprovaram ontem na generalidade a Lei de Planeamento Urbanístico, com abs-

tenções de Kwan Tsui Hang e José Pereira Coutinho.

Os membros do hemiciclo mostraram-se preocupados com o facto de a maioria das temáticas importantes na proposta de lei – como é a constituição da Comis-são do Planeamento Urbanístico e a elaboração do plano director geral – serem previstas apenas em regulamento administrativo, ou seja, sem passar pela aprovação da Assembleia Legislativa (AL), e fizeram notar isso a Lau Si Io.

A falta de um regime de cre-denciação para profissionais da construção civil, contudo, é o que mais inquieta os deputados: é que o Conselho que determina o Pla-neamento Urbanístico de Macau será composto por engenheiros e arquitectos, que não têm acredita-ção no território. “A Comissão tem de ter profissionais, mas há falta de credenciação profissional”, notou José Chui Sai Peng. Ao deputado juntou-se Ho Sio Kam, que frisou que a parte técnica da comissão, que será escolhida por regula-mento, não pode ser esquecida, e Ho Ion Sang, que questionou Lau Si Io, secretário para as Obras Públicas e Transportes, sobre as competências e o modo de escolha dos membros desta comissão.

Já Au Kam San pediu mesmo a eleição directa destes membros. “Se o grupo deve ser técnico e pro-fissional, como vão ser escolhidos esses membros? Se o Conselho está em aberto, pode ser dada a possibilidade de integrarem pes-soas sem acreditação profissional. Como é que podemos ter pessoas sem experiência a desenvolver o planeamento?”

À semelhança do que se passou com a Lei de Terras, com a qual esta se irá articular, também a discus-são mais detalhada deste diploma passou para sede de comissão na especialidade, com o secretário apenas a dar a conhecer que o di-ploma da “acreditação profissional ainda não está na fase final”.

Sem AL Ao bAruLhoO planeamento urbanístico do território vai estar assente em dois tipos de planos: o director – que assenta na estrutura geral – e os de pormenor, para zonas mais

específicas, que definem regras para a altura dos edifícios e de aproveitamento de solos, assim como as políticas para a protecção do património.

O plano director será o que demorará menos a ser feito – dois anos – e, de acordo com a lei, todos os projectos vão depender do aval da população, sendo que têm de ser submetidos a consulta pública antes de serem aprovados pelo Chefe do Executivo. Ontem, Lau Si Io voltou a frisar que a população será esclarecida em caso de dúvidas, mas não deixou claro se esta participa no plano director geral.

Depois das críticas dos depu-tados face ao que consideram ser um “poder excessivo discricioná-rio” nas alterações dos projectos de construção – que permitem que terrenos que custaram 20 milhões de patacas dêem rendi-mentos superiores a mil milhões por alteração da finalidade – o assessor de Lau Si Io afirmou que a Lei servirá precisamente para delimitar este poder. “Queremos que os representantes do Governo representem uma minoria neste Conselho, vamos ter coordenação inter-serviços e criar um meca-nismo de audiência pública, bem como ouvir as experiências de regiões vizinhas.”

O projecto de Lei do Plane-amento Urbanístico é um dos diplomas mais requeridos em Macau, que peca pela construção desenfreada e sem regras. Em 2008, o Governo considerou necessário apresentar um projecto devido “a necessidade de um sistema de planeamento que se adequasse à realidade de Macau”. O impacto do desenvolvimento urbano sobre o património de Macau tem sido uma das grandes preocupações da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que alertou o execu-tivo local para a necessidade de adoptar medidas de planeamento urbano para que a classificação do centro histórico não venha a estar em risco, principalmente devido aos edifícios altos que tapam a vi-sualização dos monumentos. Kwan Tsui Hang absteve-se ontem de votar, precisamente por causa deste problema. “O poder discricionário face ao urbanismo é demasiado grande e o Governo permite mais edifícios elevados. Como é que um plano geral director urbano de Macau não passa pela AL, sendo tão importante? Não posso aceitar.”

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tiago alcântara

3políticaquarta-feira 6.2.2013 www.hojemacau.com.mo

Deputados pedem novos membros na Comissão de Terras. Lei aprovada com dúvidas

Falamos mais tarde

Joana [email protected]

A Lei de Terras foi ontem aprovada na generali-dade pela maioria dos deputados do hemiciclo,

com 22 votos a favor, dois contra e uma abstenção. Com Ho Iat Seng na mesa da presidência da Assembleia Legislativa (AL) - a substituir o presidente Lau Cheok Vá - o diploma passou finalmente para análise na especialidade, onde será, aliás, discutida com mais pormenores. Lau Si Io, se-cretário para as Obras Públicas e Transportes, descartou o debate mais detalhado para a Comissão Permanente e não respondeu às dúvidas dos deputados.

A questão da dispensa do concurso público voltou a estar na ordem do dia, a par da falta de participação pública aquando da concessão de terrenos e da consti-tuição da Comissão de Terras, alvo de muitas perguntas. Os deputados queixam-se de que este grupo, responsável por emitir pareceres sobre os processos de concessão de terrenos, é composto pelas mesmas pessoas que, ao mesmo tempo, são todas membros do Governo. “São funcionários da Administração Pública, que obedecem a ordens superiores”, acusa José Pereira Coutinho. “Se alguém lhes disser para votarem em alguém, votam, sem independência.”

Os membros do hemiciclo pedem que os membros da Co-missão de Terras sejam rotativos e Mak Soi Kun sugere mesmo uma data limite. “Porque não fixar um mandato máximo de dois anos para haver novos membros?”

leonel alves discorda que a dispensa de concurso pública tenha de passar por audiência pública

Os deputados queixam-se que os membros nomeados são sempre os mesmo que só saem se desis-tirem por si próprios. O facto de serem do Executivo também faz com que os deputados critiquem as escolhas. “São uns ‘yes man’”, atirou Au Kam San. José Chui Sai Cheong, ex-membro do extinto Conselho Consultivo das Terras, foi outro dos deputados que con-cordou com a situação da mudança, frisando, no entanto, que apenas metade dos membros deveriam ser alterados, dada a “complexidade” do trabalho.

Alves em deFesAÀ parte da rotatividade na Comis-são, os deputados retomaram a discussão do plenário de segunda--feira – a dispensa de concurso público. Os membros do hemiciclo continuam a rejeitar a ideia de que o Executivo tenha poder de dispensar concurso em casos de “interesse público”, sobretudo porque consideram haver falta de informação ao público.

Recorde-se que uma das mu-danças que ficou falada aquando da revisão da lei foi a criação de audiência pública, mas na Lei ontem aprovada tal não se prevê. “Quando há dispensa de concurso público, essa concessão deve ser discutida neste hemiciclo, para

que o público saiba mais porme-nores”, atirou Au Kam San. Ao deputado democrata juntou-se o colega de bancada, Ng Kuok Che-ong, que frisou que as concessões se mantêm “feitas à porta fechada” e “sem discussão pública”.

Os deputados consideram exis-tir falta de confiança no Governo para que haja poder discricionário na concessão de terrenos, com Ung Choi Kun, por exemplo, a relembrar o caso de corrupção Ao Man Long para fortalecer esta teoria. “É inevitável que não se desconfie do Governo. Apesar de concordar com que o poder predominante do Executivo está de acordo com a Lei Básica, tendo em conta o caso Ao Man Long, se forem dadas ordens pelo patrão, os funcionários vão dizer sempre que sim [à concessão de terrenos].

Na Comissão [de Terras], por exemplo, são todos colegas do secretário.”

A concessão de terrenos com dispensa de concurso está ligada à Comissão, uma vez que é esta quem decide a atribuição da terra.

Mas, se há quem defenda que o poder discricionário é demasiado e que a população deve ter uma palavra a dizer, houve quem, no plenário de ontem, tenha saído em defesa do Governo. Leonel Alves, que disse concordar “em certa medida” com a rotatividade na Comissão de Terras – considerando mesmo que deveria ser melhorada a transparência do grupo, cujos pareceres são reservados -, afirmou não concordar com a existência de uma audiência pública antes da dispensa de um concurso público. “Não quero que este acto, que é da

competência do Chefe do Execu-tivo, seja sujeito a um referendo público. Não concordo. Não está na Lei Básica e nem no país mais democrático do mundo, que é a Suíça, existe isto.”

O também advogado considera que deve haver espaço para o líder do Governo conceder dispensa e diz que a divulgação de informa-ções sobre a pessoa a quem foi concedido terreno nestes termos – agora previsto na lei revista – é suficiente para que haja transpa-rência neste processo. “O poder Executivo está a ser fiscalizado, não podemos servir-nos do passado para sermos eternamente suspeitos do que se pode passar no futuro”, frisou em referência ao escândalo de corrupção do ex-secretário para as Obras Públicas e Transportes.

PArA mAis tArdeTsui Wai Kwan foi quem deu o mote: a discussão era demasiado aprofundada para apenas um plená-rio, pelo que deveria ser adiada para discussão em sede da Comissão na especialidade. A ele juntaram-se Angela Leong e Leonel Alves e o próprio secretário Lau Si Io, que aproveitou apenas quatro minutos para descartar respostas para mais tarde. “Se a Lei for aprovada, então discutimos em sede de comissão. Concordo que o poder discricioná-rio tem de ser limitada, mas temos de debater em sede de comissão”, frisou.

A Lei seguiu com dois votos contra de Ng Kuok Cheong e Au Kam San e uma abstenção de José Pereira Coutinho. Paul Chan Wai Chi não chegou a votar, por estar ausente da sala na altura da aprovação.

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4 política quarta-feira 6.2.2013www.hojemacau.com.mo

Cecília [email protected]

O grupo Macau C o n s c i ê n c i a entregou ontem uma carta en-

dereçada a Wong Wan, director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), criticando o facto deste ter admitido que iria compensar as operadoras de autocarros no aumento das tarifas, já falado no ano passado. “Estamos zangados porque o director é men-tiroso. No dia 4 de Julho de 2012 disse ao jornal Ou Mun que o aumento das tarifas dos autocarros não ia acontecer desde Junho desse ano, mas agora disse que ia fazer actualizações com retroactivos desde Junho”, disse Bill Chou, membro da Macau Consciência e professor de ciência politica na Universidade de Macau (UMAC).

“Aliás, a DSAT nunca mostrou quaisquer da-dos para garantir que os serviços dos autocarros melhoraram para haver um aumento, mas o direc-tor disse que a sociedade em geral concorda que os serviços da Transmac e TCM melhoraram, como é que ele pode explicar isso melhor?”, questionou.

Rocky Chan, outro membro da Macau Cons-ciência, disse também não concordar com a medida

Macau Consciência entregou carta à DSAT contra aumento de tarifas

Director “mentiroso” não agrada aos cidadãos, dizem

Paul Chan Wai Chi também se manifestouO deputado Paul Chan Wai Chi entregou uma interpelação escrita ao Governo onde também se mostra descontente com a “mentira” de Wong Wan. No documento, aponta que os contratos com as operadoras não podem ignorar a qualidade do serviço nem deixar de lado a satisfação dos cidadãos. Contudo, as tarifas vão ser aumentadas. “Se forem encontrados erros no contrato, o Governo vai activar o sistema de responsabilidade para punir esse coordenado? Quais são as provas para o aumento da qualidade dos serviços? A DSAT tem medidas para melhorar o serviço de autocarros?”, questiona.

Cecília [email protected]

A antiga presidente da Assem-bleia Legislativa (AL), Susa-

na Chou, escreveu no seu blogue sobre o mercado nocturno que o Governo quer criar junto ao lago Sai Van, apresentando os dados da mais recente consulta pública, em que, dos 23 participantes, 22 se mostraram contra. “Os resul-tados provam que a maioria dos residentes de Macau não aprova o projecto. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) disse que quer criar um espaço turístico e de lazer, mas se insistir em algo que vai contra o que os residentes querem, é um exemplo de como se pode fazer uma coisa má sob um desejo bom.”

Segundo Susana Chou, “Macau tem uma área limitada e o Governo tem de pensar bem antes de tomar qualquer decisão que vá contra os residentes.” E dá o exemplo de um caso a que ela própria assistiu, no tempo em que presidia à AL. “Uma empresa de construção queria obter uma concessão do terreno situado

Susana Chou diz que projecto em Sai Van não foi boa ideia

Mercado nocturno “não pode ser obrigatório”

da DSAT. “O nosso grupo pensa que o aumento das tarifas tem que ser discutido na Assembleia Legislativa (AL), para que assim o público possa saber os deta-lhes dos dados das empresas

de autocarros. Não pode ser sempre Wong Wan a dizer se aumenta ou não as tarifas”, admitiu, pedindo mais esclarecimentos para com o público.

O professor da UMAC

pediu ainda à DSAT para clarificar o processo de avaliação das operadoras, a fim de existirem falsifica-ções nesse sentido. “(Wong Wan) disse que as duas operadoras mais antigas

têm, de 0 a 10, notas de seis e quatro. Porém, não apresentam explicações como a forma de chegar a essas notas. Também não sabemos se a empresa que está a fazer essa avaliação

foi recrutada por concurso público ou se é apenas “amiga” do Govern.” Ficou ainda a promessa da Macau Consciência vir a fazer mais acções de protesto contra o caso.

ao lado da AL, porque lá tem uma boa localização junto ao lago Nam Van. Eu sabia que o Governo queria mudar a localização da AL para deixar a zona vazia para que se pudessem construir prédios, mas sempre fui contra a ideia”, acrescenta.

Susana Chou diz concordar com o projecto, mas não localizado em Sai Van. “Recomendo que o Governo não imponha o mercado a ficar lá”.

FaLta De pLanoS a Longo prazoNo decorrer do seu post, Susana Chou acusa o Governo de não ter planos de urbanismo definidos. “Na minha opinião, embora a AL possa um dia vir a mudar de loca-

lização, considero que não devem ser construídos mais edifícios, porque aquela zona faz parte da história de Macau. É uma pena que o Governo tenha a falta de um plano de urbanismo e ignore sempre os interesses de Macau a longo prazo.”

Ao mesmo tempo, “ignora a situação dos departamentos que fazem as suas próprias politicas de funcionamento e que dão conces-sões aleatórias de terrenos, o que causa sérios danos aos interesses dos residentes”, acusa.

“O Governo disse que já ouviu as opiniões de algumas associa-ções, mas há mais de cinco mil, e não sei quais foram consultadas. Para mim, uma região tão pequena como Macau poder receber quase 30 milhões de turistas já é um mi-lagre. Por isso é impossível voltar ao passado, quando existia uma cidade tranquila. Antes Macau era menos desenvolvida mas simples, e o que eu mais gosto é da ligação próxima entre as pessoas. Com tantos casinos, o lago Sai Van é das poucas zonas de lazer que existem”, remata.

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gonçalo lobo pinheiro

tiago alcântara

5políticaquarta-feira 6.2.2013 www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

O Governo juntou--se ontem aos deputados da 3.ª Comissão Per-

manente da Assembleia Legislativa para mais uma reunião de discussão so-bre a lei de salvaguarda de património, a segunda desta semana. Um dia após se levantarem problemas sobre as definições e tipos de património que integram o diploma, foi possível chegar a bom porto, com cedências de parte a par-te. A proposta de lei que actualmente descrimina património imóvel, móvel e intangível, vai passar a agrupar os dois primeiros em tangível, tal como pro-posto pela comissão. E, por sua vez, os bens imateriais têm direito a disposições específicas no interior da lei, evitando assim que não seja regulamentados à parte desta proposta. “Foi acolhida [a sugestão] no sentido de ser alterada essa classificação [de património tangível e intangível], indica Cheang

O cônsul geral de Portugal em Macau defendeu que

aquela cidade e Hong Kong são “especiais” e servem como plataforma que vai para além da própria China e se pode estender a toda a Ásia. “Sei de empresas que a partir de Macau fazem negócios no sudeste asiático, sei de empresas que a partir de Hong Kong fazem negócios no conjunto da Ásia. Estas duas cidades cosmopolitas na costa do sul da China, cidades especiais dentro da China, e a China assim as quer, servem como plataforma que vai para além da própria China”, disse Manuel Carvalho, em declara-ções à agência Lusa.

Quatro anos depois de ter chegado a Macau e a pouco

tempo abandonar o posto consular sendo substituído por Vítor Sereno, Manuel Carvalho sustentou a ideia que “Portugal tem um futuro a explorar em Macau” desde que saiba “explo-rar as oportunidades resultantes desta única parceria que existe entre a presença portuguesa e a história chinesa”.

Por outro lado, acrescentou, há que ter em conta que os portugueses souberam ficar na cidade, integraram-se na comu-nidade e acrescentaram valor.

Apesar das oportunidades, o cônsul português considera que a porta de Macau para a China “tem de ser explorada”. “Não é uma questão de sen-timentalismo, é uma questão de oportunidade e penso que

Macau dá de facto oportuni-dades em certos sectores e em certas geografias (…) que são muito interessantes e favoráveis para empresas portuguesas em determinados negócios, se quiserem aproveitar os nichos ou as áreas em que há procura”, considerou.

Manuel Carvalho salientou também o aproveitamento da geografia de Macau no sul da China e recordou que a região “é só por si um enorme campo de oportunidades para negócio, para venda, para parcerias, para consultadoria, para serviços”.

Já de Macau para outros pontos da Ásia, o cônsul por-tuguês afirmou que as oportuni-dades dependem do modelo de negócio e das empresas. - Lusa

Pedido meio de resolução de conflitos na Função PúblicaLee Chong Cheng entregou ontem uma interpelação escrita onde pede a criação de um mecanismo de mediação de conflitos entre os funcionários públicos e o público. “Com o desenvolvimento económico e social, a necessidade dos residentes junto dos serviços públicos é cada vez maior, com a procura de qualidade também a aumentar. O trabalho de melhoria dessa mediação fica sempre atrasado, o Governo disse que tem uma proposta, mas nunca tem uma implementação. Há um calendário para isso?” - C.L.

Património Cultural Intangível vai ser alvo de escrutínio dentro da nova lei

Imaterial vai dar mais trabalho

Cônsul de Portugal em Macau e Hong Kong fala da importância das regiões

Plataforma para além da própria China

Chan Meng Kam e Ung Choi Kun questionaram o Governo em conjuntoOs deputados Chan Meng Kam e Ung Choi Kun entregaram uma interpelação ao Executivo onde questionam as medidas que o Governo tem preparadas para combater a inflação. Os responsáveis afirmam que no ano passado a inflação de Hong Kong e da China desceram, mas que em Macau houve um aumento de 0,3%, o que mostra que as medidas do Governo “não têm o efeito certo”. “Além do aumento do preço dos alimentos, os serviços domésticos e as taxas médicas também aumentaram. Para além de baixar o preço dos alimentos, o Governo deveria aplicar medidas noutras áreas.” Os deputados dizem ainda que o trabalho do grupo destinado a estudar a inflação não tem tido muitos efeitos. “Os preços dos legumes aumentaram 40%, o dos vegetais aumentou 37%, é difícil comprar latas de leite em pó e medicamentos sem prescrição médica, os preços são diferentes de supermercado para supermercado, então quais são as opiniões do grupo perante isto?” - C.L.

em que património tangível e o intangível estão protegidos por leis diferentes, feitas em momentos distintos, casos de Portugal e da China. Mas tal, frisou Cheang Chi Ke-ong, deve-se a um intervalo de algumas décadas entre as convenções da UNESCO em relação aos diferentes tipos de património que ditaram a existência de diplomas avul-sos noutros territórios. “A UNESCO aprovou em 1972 a Convenção da Salvaguarda do Património Cultural e só passado 30 anos, ou seja, em 2003 é que aprovou a Convenção de Salvaguarda do Património Imaterial.”

Segundo Cheang Chi Keong, “o Governo entende o aperfeiçoamento” do “con-ceito de património cultural” (artigo 2º)., tal como sugeri-do pela comissão.

O presidente da Comis-são mostra-se satisfeito com a colaboração do Governo e com o desenvolver dos trabalhos embora anteveja muito caminho pela frente - afinal há mais 100 artigos para analisar. “É uma boa forma de trabalho, que tem surtido um efeito muito positivo”, rematou.

Para já, indica, a comis-são volta a reunir-se depois das férias do ano novo lunar, estando já agendada nova reunião para o dia 18 deste mês, para analisar os artigos 4º e 5º.

Chi Keong. “A comissão acolheu a justificação dada pelo Governo no sentido de manter essas normas na proposta de lei. Muito

provavelmente isto implica um obstáculo na discussão, exigindo a introdução de alterações profundas na proposta de lei. Chegamos

a esse consenso.” Até por-que, como ressalvou ontem, haveria uma desvantagem clara: atraso na produção legislativa.

No entanto, o represen-tante dos deputados não deu conta do tipo de reformas de que vai ser alvo a proposta de lei. Por outro lado, disse já estarem a ser “feitos alguns trabalhos em termos de clas-sificação e inventariação dos bens culturais intangíveis” como, por exemplo, os ca-sos da música do taoísmo, a dança do dragão embria-gado ou a ópera cantonense que foram integrados na lista do património cultural nacional. E Macau não se mostra alheio a tais traba-lhos, adianta Cheang Chi Keong, tendo solicitado ao Conselho de Ministros a in-tegração de seis projectos na lista de património cultural intangível de Macau, entre os quais o teatro em patuá e a gastronomia macaense, cujo parecer foi favorável. “Ou seja, Macau está já a trabalhar nesse sentido”, salienta.

A dúvida sobre se o pa-trimónio intangível devia ser sujeito a uma legislação es-pecífica foi levantada por al-guns membros da comissão uma vez que há jurisdições - que servem de referência -

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quarta-feira 6.2.2013sociedade6 www.hojemacau.com.mo

Cecília Lincecí[email protected]

Rita Marques [email protected]

O Hoje Macau con-tactou o presumí-vel dirigente da Associação de

Ciência Política e Direito de Macau (ACPDM), Ho Wai Tim, de forma a compre-ender melhor a posição da associação que pediu para ser publicado, na passada sexta-feira, um anúncio, em género de carta, cujo o título é “Instalações militares com forte poder colonial devem ser demolidas”. O mesmo mostrou-se disponível ao contacto deste jornal, dei-xando claro, no entanto, que já não estava associado à di-recção da ACPDM. “Já não sou presidente da ACPDM há seis ou sete anos embora a minha saída não tenha sido oficializada”, revela ao Hoje Macau. Questionado sobre o nome do actual dirigente, escusou-se a avançar o nome ou o contacto da entidade, sobretudo “numa época tão sensível”, dizendo apenas que os elementos da associa-ção “são todos académicos e só às vezes se reúnem para discutir as opiniões”.

No entanto, deixou ex-pressa a sua opinião sobre toda a polémica que envolve a organização. “A sociedade precisa de opiniões diversas, não deve fazer circular sem-pre a mesma, isso está inti-mamente relacionado com a liberdade de expressão”, revela. Questionado sobre o facto dessa mesma liberdade de expressão precisar de ser paga num jornal de língua chinesa, Ho Wai Tim não vê qualquer contradição. “Se o jornal não escreveu [o manifesto] que a associação quis veicular, tem de pagar a publicidade para garantir que o texto é divulgado”, observa. Em seu entender, os ânimos exaltaram-se em praça pública, levando

Ho Wai Tim já não é dirigente da ACPDM mas não “oficializou” a sua saída

Associação joga em casaHo Wai Tim foi o último presidente conhecido da Associação de Ciência Política e Direito de Macau (ACPDM), no entanto, ao Hoje Macau diz já não estar à frente dos destinos da mesma há mais de seis anos. Uma carta dirigida ao Gabinete para a Reforma Jurídica, que data de 2008, sugere o contrário. Nessa mesma carta, é revelado o contacto telefónico e morada da ACPDM que coincide com o endereço de Ho Wai Tim, que diz nunca ter alterado por ser uma pessoa “disponível” e “fácil de encontrar”

Governo defende Clube MilitarO Clube Militar de Macau é um edifício classificado como de “interesse arquitectónico” e, por isso, protegido, não podendo ser demolido, referiu o Instituto Cultural de Macau, em resposta escrita à agência Lusa. “Consideramos que Macau é uma sociedade aberta, multicultural e tolerante, na qual diferentes pessoas expressam diferentes opiniões”, responde à Lusa sobre a preservação destes e outros edifícios que integram o património de Macau.”Iremos continuar atentos aos trabalhos de protecção do património. Relativamente à Fortificação Militar Portuguesa de Coloane, já ouvimos diferentes vozes e opiniões, já destacámos pessoal para conduzir uma inspecção ao local e iremos agir de acordo com as nossas atribuições”, refere também a nota do Instituto Cultural, sem especificar se o edifício está classificado de alguma forma para que seja protegido. O Hoje Macau tentou obter uma reacção do presidente do Clube Militar, Ambrose So, o que não foi possível por não se encontrar no território.

a que alguns comentários “fortes” fossem veiculados na Internet, “exigindo, por exemplo, o fim da ACPDM apenas porque lançou uma opinião no jornal”.

No domingo, o “ex--dirigente” falou ao Jornal do Cidadão expressando ainda a sua opinião sobre o terreno, junto à Rua de Entrecampos, em Coloane, onde se situa a Fortificação Militar Portuguesa. Segundo opinião veiculada ao diário de língua chinesa, “o terreno terá de ser desenvolvido um dia, por isso espera que o proprietário possa discutir activamente a protecção ambiental com as associa-ções ambientais”. Ho Wai Tim é actualmente, segun-do confirmou, dirigente da Associação de Ecologia de Macau.

O Hoje Macau procu-rou contactar directamente

a ACPDM - que não tem um sítio online na Internet -, através de um contacto publicado numa carta di-rigida ao Gabinete para a Reforma Jurídica do Direito Internacional em 2008 pelo presidente da associação e assinada por Ho Wai Tim. Ou seja, alegadamente de-pois de terminado o seu man-dato. Na mesma carta, consta um contacto telefónico e uma morada que, segundo Choi Chi Chio, assistente da Associação Novo Macau, corresponde ao seu endereço de casa, tal como veiculou no seu Facebook. “Fomos para a morada que constava da carta, descobrimos que era a casa do senhor Ho. Se já deixou de ser presidente, porque é que a morada da associação ainda é a casa dele? Será verdade que já não tem nada a ver com a associação?”

Contactado novamente pelo Hoje Macau, Ho Wai Tim mostrou-se disponível para responder às inter-rogações que surgiram: “Efectivamente não me re-cordo porque a carta de 2008 tem o meu nome. Desde 2006 já não trabalho para a ACPDM”, explicou. “Desde que me tornei presidente da Associação Ecológica de Macau, em 2010, não me envolvi em mais assuntos da antiga associação”, adian-tou. Quanto à morada, revela sem preocupações que “se tornou mais prático” usar a sua morada como sede da ACPDM, bem como a de outras associações. “Nunca mudei por auto-recreação a morada da associação porque sou uma pessoa dis-ponível e fácil de encontrar”, revela sem hesitações.

DeMoLiR o foRte iguAL A estRAgAR pAtRiMónioA carta, publicitada no jor-nal Ou Mun, que entretanto gerou polémica nos meios de comunicação chineses e portugueses, veiculava uma posição controversa sobre a Fortificação Militar Portuguesa, como símbolo de “poder colonialista”. O Hoje Macau procurou saber a posição da Associação dos Embaixadores do Patrimó-nio de Macau, na voz do seu presidente, Derrick Tam Chi Kuong, que contra-ar-gumenta a opinião veicula no manifesto. “O forte é um edifício independente que não está relacionada com o poder colonial, também acho que não faz sentido que cada edifício de matriz colonial tem de ser removi-do. A reserva do património é para mostrar o significado daquela época, se deitarem abaixo este, muitos outros edifícios em Macau teriam de ser demolidos. Nesse caso deixaria de fazer sentido o facto do Centro Histórico de Macau estar incluído na Lista do Património Mundial [da UNESCO], já que [a sua

mais-valia é] representar a fusão da cultura oriental como a ocidental”, avalia. No entanto, ressalva, todas as associações têm direito a expressar a sua opinião e, caso o Governo julgue por bem preservar a casamata, “pode ouvir as opiniões das associações e especialistas para decidir como tratar o caso”.

Apesar da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DS-SOPT) não ter recebido qualquer indicação sobre um projecto de desenvolvi-mento de um edifício de 100 metros no terreno onde fica a fortificação, possibilidade que levou à oposição de alguns populares e tribunos, Tam Chi Kuong explica que é uma possibilidade em aberto, já que está no direito do proprietário. “Mas se o posto militar tiver valor [patrimonial ou histórico] e o Governo pensa que vale a pena preservar, pode discutir

com o proprietário uma so-lução de comum interesse”, ressalva. Sobre a mesma questão, Chan Su Weng, da Associação de História de Macau, já tinha comentado ao Jornal do Cidadão no sábado, não entender como o terreno em Coloane deixou de ser público para passar a ser privado, pedindo ao Governo que publique dados sobre o processo de conces-são da terra.

Também em seu enten-der, “há 40 anos o gover-nador português de então definiu Coloane como zona de protecção natural [que hoje consta inclusivamente da Lista do Património do Governo], pelo que não é possível construir prédios altos, nem fazer construções que danifiquem a montanha (...) Portanto, recomendo a preservação da fortifi-cação.”

Além do mais, Chan Su Weng, que foi também vice--editor do jornal Ou Mun tinha veiculado uma posição pró-edifício de matriz colo-nial, no qual foi implicado o Clube Militar de Macau. “Então o Clube Militar ou o túnel militar da Guia [refu-gio aéreo] também têm que ser demolidos? E as ruas com nomes dos ex-governadores portugueses em Macau, também se removem? Por essa razão, é necessário fazer uma actualização da lista do património, e ao mesmo tempo, não se deve deixar o caso ficar tão político”, indica.

reacçõeS“É um total disparate, numa altura em que estamos em

plena RAEM. Como todos nós sabemos, a essência da RAEM

é a existência de um segundo sistema. Não se sabe o que

é que esta associação pretende e pouco se sabe sobre

quem está por detrás destas associação” – Miguel Senna

Fernandes à Rádio Macau

“Pela lógica, seria necessário acabar com tudo o que vem

do passado, incluindo a Lei Básica.” Idem

“Isto faz parte da nossa história. Os edifícios reflectem

a história e, além disso, a cultura. São um património

cultural. E devem estar aqui.” Larry So, politólogo

“Todas as igrejas em Macau também deveriam ser

demolidas, porque, na verdade, foram o primeiro tipo de

edifícios a serem estabelecidos em todas as colónias,

portuguesas ou inglesas. Todos estes edifícios que

restaram reflectem o nosso passado e a nossa história, e

não acho que devem ser demolidos”. Idem

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quarta-feira 6.2.2013 www.hojemacau.com.mo 7sociedade

O Instituto de Acção So-cial (IAS) decidiu au-

mentar este ano os apoios concedidos às instituições privadas que prestam ser-viços sociais à população, à semelhança do que já aconte-ceu no ano passado. Segundo um comunicado oficial, o objectivo é “ajudá-las a esta-

Segundo dia de levantamento de leite em pó decorreu “normalmente”Segundo uma nota oficial dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), o segundo dia do Plano Provisório de Apoio às Mães e Bebés decorreu “normalmente”, com um total de 222 pessoas a irem levantar as cinco latas de leite em pó a que têm direito. No total, 1126 pessoas inscreveram-se no plano criado pelo Governo para que os residentes tenham acesso ao produto alimentar para bebés. Os cidadãos que se inscreveram no plano no dia 30 de Janeiro podem comprar o leite encomendado dentro de oito dias, a partir de hoje, ou seja, de 6 a 13 de Fevereiro, junto dos fornecedores inscritos no plano. “Em caso dos cidadãos não realizarem a aquisição dentro do prazo referido, ou seja, a partir do 8º até ao 15º dia a contar do dia da encomenda, têm de efectuar novamente o registo”, acrescenta o comunicado. “Os SSM sensibilizam os pais dos bebés que devem deslocar-se pessoalmente ao respectivo centro de saúde para o processamento das formalidades, tais como o primeiro registo de participação no plano, a alteração de informações, a mudança para nova marca de leite ou o requerimento para um novo cartão de aquisição, por extravio ou danificação do mesmo.”

Aumento de 10% com efeitos retroactivos desde Janeiro

Instituições particulares de cariz social vão ganhar mais

pub

NOTIFICAÇÃO EDITAL(Reparação coerciva)

Lurdes Maria Sales, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho, manda que se proceda, nos termos do n.º 3 do artigo 9.º e do artigo 11.º do Regulamento Administrativo n.º 26/2008 – Normas de funcionamento das acções inspectivas do trabalho conjugados com os artigos 58.º, n.º 2 do artigo 72.º e n.º 2 do artigo 136.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, à notificação do transgressor do Auto n.º 3/0708/2013, de 7 de Janeiro de 2013, empregador Chan Kin Meng, residente na Avenida do Ouvidor Arriaga, n.º 29G, Edifício Keng Kwong, 4.º andar F, Macau, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte ao da publicação dos presentes éditos, proceder ao pagamento da multa aplicada no aludido auto, no valor de Mop$5.000,00 (cinco mil patacas), por prática da transgressão laboral prevista no artigo 77.º e punida na alínea 5) do n.º 3 do artigo 85.º da Lei n.º 7/2008 – Lei das relações de trabalho, de 18 de Agosto, bem como, no mesmo prazo, proceder ao pagamento da quantia em dívida ao trabalhador Ho Chi Meng no valor de Mop$1.460,00 (mil, quatrocentas e sessenta patacas), devendo ainda, nos 5 (cinco) dias subsequentes ao do termo do atrás citado prazo, fazer prova do pagamento efectuado.

A cópia do auto, a notificação, o mapa de apuramento da quantia em dívida ao referido trabalhador e as guias de depósito deverão ser levantados, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.ºs 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, Macau, sendo facultada a consulta do processo em causa, instruído por estes Serviços.

Decorridos os prazos, sem que tenha sido dado cumprimento à presente notificação, seguir-se-á a tramitação judicial, com a remessa do auto ao Juízo.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 30 de Janeiro de 2013.

A Chefe do Departamento,

Lurdes Maria Sales

NOTIFICAÇÃO EDITAL

(Solicitação de Comparência do Trabalhador)

Nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 6.º do “Regulamento da Inspecção do Trabalho”, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro, conjugado com o artigo 58.º e o n.º 2 do artigo 72.º do “Código do Procedimento Administrativo”, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, notifica-se a Sra. CHEONG MEI SIO, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do primeiro dia útil seguinte à da publicação do presente édito, comparecer no Departamento da Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.ºs 221 a 279, Edifício Advance Plaza, em Macau, a fim de prestar declarações no processo n.º 6478/2012, relativamente à matéria de contribuição para F.S.S.

Mais se comunica que nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 103.º do aludido Código, o procedimento é extinto quando por causa imputável à notificada este esteja parado por mais de seis meses.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento da Inspecção do Trabalho, aos 4 de Fevereiro de 2013.

A Chefe do Departamento,

Lurdes Maria Sales

N.º 11/2013 N.º 12/2013

Depósitos dos residentes de Macau subiram 25,8% no ano passadoOS depósitos dos residentes de Macau em Dezembro de 2012 totalizavam 366.762 milhões de patacas, mais 25,8% do que em igual período de 2011, foi anunciado. De acordo com os dados da Autoridade Monetária de Macau, os depósitos de poupança subiram 25,6% para 106.022,7 milhões de patacas em termos homólogos, enquanto os depósitos a prazo cresceram 24,7% para um total de 220.227,3 milhões de patacas. Já os depósitos dos não residentes cresceram 38% para 128.116,5 milhões de patacas com os depósitos a prazo a corresponderem à maior fatia do dinheiro aplicado em Macau com um total de 93,442,6 milhões de patacas e a subirem 30,7%. O sector público tinha depositados em Macau 244.126,3 milhões de patacas, mais 3,1% do que no ano anterior, com um registo de 198.407 milhões de patacas, menos 4,3% na Autoridade Monetária de Macau, e de 45.719,3 milhões de patacas, ou mais 54,6%, nos bancos locais. No campo dos empréstimos ao sector privado, a banca local tinha disponibilizados um total de 198.105,6 milhões de patacas, mais 18,2% do que em Dezembro de 2011, com os empréstimos em patacas a registarem uma subida de 45,2% para 61.369,6 milhões de patacas e de dólares de Hong Kong a aumentarem 7% para o equivalente a 120.026,2 milhões de patacas. Já os empréstimos ao exterior aumentaram 35% para 208.922,2 milhões de patacas com a maior fatia a ser executada em moedas que não a pataca ou o dólar de Hong Kong, a valer o equivalente a 155.001,9 milhões de patacas e a registar uma subida homóloga de 51,3%. - Lusa

bilizar os recursos humanos e aperfeiçoar as condições dos serviços”.

O valor do aumento, esse, também será seme-lhante ao do ano passado. “O IAS voltará a aumentar o respectivo montante em 10% a partir de Janeiro deste ano, sendo o aumento

concedido a partir de Feve-reiro, com retroactividade a Janeiro deste ano.”

Segundo o organismo go-vernamental, o aumento “po-derá ser superior à inflação”, pelo que o IAS considera que as instituições “conseguirão enfrentar as despesas de funcionamento decorrentes dos recursos humanos e do aumento dos custos, o que permitirá aliviar a pressão no âmbito financeiro, aumentar as regalias dos trabalhadores, manter a estabilidade da equi-pa e optimizar as condições de funcionamento.”

No mesmo comunicado, o Governo afirma que irá estudar o regime de apoio financeiro atribuído às ins-tituições particulares, “para melhor apoiar essas institui-ções no desenvolvimento dos diversos serviços, e elevar assim o nível da população”.

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quarta-feira 6.2.2013nacional8 www.hojemacau.com.mo

A exportação de automó-veis chineses atingiu 1,056 milhão de uni-dades em 2012, uma

subida de 29,7% em relação a 2011. Os países do Brics, sobretudo o Brasil e a Rússia, tornaram-se os principais destinos da exportação automóvel da China.

Segundo as últimas informações da Associação da Indústria Automo-

MAIS de dois terços das 32 províncias da

China, algumas das quais com mais de 50 milhões de habitantes, projectam para 2013 um crescimento eco-nómico igual ou superior a 10 por cento, revelou ontem a imprensa oficial.

As projecções traduzem uma subida de mais de dois

A corrupção e a polui-ção são as principais

ameaças ao desenvol-vimento da China na próxima década, indica uma sondagem divulgada esta segunda-feira por um jornal tutelado pelo Partido Comunista Chinês (PCC).

Exportação de veículos chineses ultrapassa um milhão

Aumento vertiginoso após ingresso na OMC

Corrupção é “a maior ameaça” ao desenvolvimento da China

Seguem-se poluição e desigualdade social

Maioria das províncias projecta crescimento económico de dois dígitos em 2013

Pequim e Xangai são excepção

ano em que registou uma acentuada queda. Ultrapassado esse período crítico, o sector regressou à ten-dência de rápido crescimento em 2010. O vice-secretário-geral da (AIAC), Shi Jianhua, recordou o desenvolvimento da indústria nos últimos anos: “Depois de dois anos de queda considerável, a expansão acelerada da exportação automó-vel da China recuperou em 2010.

Foram conseguidos progressos notáveis tanto nos mercados da Ásia, África e América-Latina, como nos mercados emergentes, tais como Índia e Brasil. Em 2011, a exportação chegou às 850 mil unidades e, em 2012, já ultrapassou um milhão. Os países do Brics, incluindo Brasil e Rússia, passaram a ser os principais mercados da exportação chinesa.”

bilística da China (AIAC), em 2012 o número dos veículos produzidos pela China foi de 19,27 milhões de unidades e as vendas alcançaram 19,3 milhões. Apesar destes núme-ros animadores, os analistas dizem que a China ainda não é uma po-tência na produção automobilística e que a exportação do sector ainda está num patamar inicial.

A exportação de automóveis

da China começou na década de 50 do século XX, tendo registado um aumento vertiginoso depois do país ter ingressado na Organização Mundial do Comércio, em 2001. Em 2002, o número de automóveis exportados pela China foi de 28 mil, tendo esse número subido para as 614 mil unidades em 2007. Este crescimento sofreu com a crise financeira internacional de 2008,

A desigualdade social, outro motivo tradicional de descontentamento po-pular, figura em terceiro lugar. A sondagem foi feita ao longo da semana passada junto de 1.500 adultos de Pequim, Xan-gai, Cantão e seis outras

grandes cidades chinesas.Segundo o Global

Times, publicação de língua inglesa do grupo Diário do Povo, o órgão central do PCC, 60,3% dos inquiridos apontaram a corrupção como a maior ameaça ao país e 37,6% indicaram a poluição.

Um professor da Chi-nese Academy of Go-vernance, Wang Yukai, citado pelo Global Times, definiu ameaça como “um problema que, se não for resolvido, pode obstruir o desenvolvimento social e ate até provocar agitação civil”. “Está bem reflec-tido na sondagem que a gravidade da corrupção captou a atenção da opi-nião pública”, comentou Wang Yukai.

pontos percentuais em rela-ção ao crescimento do Produ-to Interno Bruto (PIB) chinês no ano passado (7,8%).

Em 2013, apenas Pequim e Xangai esperam crescer abaixo daquele valor (7,7% e 7,5%, respectivamente), enquanto o governo da província de Guizhou, uma das mais pobres, situada no

sudoeste do país, fixou como meta um crescimento de 14%, indicou o China Daily.

Henan, uma província com quase cem milhões de habitantes, projecta crescer 10% em 2013 e Sichuan (83 milhões) 11%.

A China é a segunda economia do mundo, a se-guir aos Estados Unidos, e o maior exportador, à frente da Alemanha e do Japão.

No último trimestre de 2012, o PIB chinês cresceu 7,9%, interrompendo o abran-damento registado ao longo dos últimos dois anos.

Segundo as previsões anunciadas há cerca de duas semanas pelo Fundo Mone-tário Internacional (FMI), a economia chinesa deverá cres-cer 8,2 por cento em 2013 e 8,5 por cento no ano seguinte.

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quarta-feira 6.2.2013 www.hojemacau.com.mo 9região

O vice-ministro dos Negócios Estran-

geiros da Síria, Walid al-Moualem, vai visi-tar a China esta semana para encontrar-se com seu correspondente chinês, Yang Jiechi, no que o governo chinês disse ser parte dos seus esforços na busca de uma solução política para encerrar o conflito sírio.

Moualem ficará na China até 7 de Feve-reiro, disse a porta-voz da chancelaria chinesa Hua Chunying aos jor-nalistas. “Isto é parte

do esforço da China em busca de uma resolução política para a questão síria”, disse Hua.

Moualem visitou pela última vez a China, um dos cinco membros permanentes do Con-selho de Segurança da ONU, em Abril do ano passado.

A China e a Rússia bloquearam três reso-luções do Conselho de Segurança pres-sionando o presidente sírio, Bashar al-Assad, ou exigindo o fim da guerra civil que já fez mais de 60 mil mortos.

Mas a China tem tentado mostrar que não está a tomar parte na dis-puta, convidando tanto autoridades do governo sírio como membros da oposição para visitar o país, apesar de ter pouca influência no Médio Oriente.

Pequim pediu ao governo sírio que inicie um diálogo com a opo-sição e tome medidas para cumprir as exigên-cias para uma transição política acrescentando que deveria ser for-mado um governo de transição.

A Foxconn, fabricante de aces-sórios electrónicos da Apple e

alvo de denúncias internacionais de exploração dos seus trabalhadores, está a preparar eleições entre os seus funcionários na China para escolher uma comissão de repre-sentantes dos trabalhadores das fábricas da companhia naquele país, que possuem cerca de um milhão de operários.

Seria o primeiro caso de um processo democrático para a escolha de representantes dos trabalhadores numa grande em-presa na China, onde os sindicatos tradicionalmente são controlados

pelos gestores da empresa ou pelo governo local.

O processo eleitoral não terá o envolvimento de gestores, diz a Foxconn, e a comissão escolhida pelos trabalhadores será constituída através de eleições a cada cinco anos, com voto secreto, informou a empre-sa taiwanesa ao “Financial Times”.

A decisão é um sinal das mu-danças que a companhia deve pôr em prática depois da forte pressão internacional, inclusive da própria parceira Apple, para que a Foxconn melhorasse as relações de trabalho mantidas com os seus funcionários na China.

O Ministério de Recursos Humanos e Segurança Social da China publicou pela primeira vez esta segunda-feira um relatório sobre o papel da internet na criação de emprego. O documento aponta que os empreendimentos

virtuais criaram mais de dez milhões de vagas de trabalho, aliviando bastante as pressões do desemprego. Segundo o relatório, os jovens do sexo masculino representam 76,6% do total de trabalhadores nesta área.

O ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão

convocou ontem o embaixa-dor chinês em Tóquio para protestar contra nova intrusão de barcos chineses nas águas territoriais nipónicas das ilhas Diaoyu, cuja soberania é re-clamada por Pequim.

O ministro porta-voz, Yoshihide Suga, lamentou a entrada de navios chineses em águas das ilhas disputa-

O Presidente da Coreia do Sul,

Lee Myung-Bak, afir-mou acreditar que a Coreia do Norte poderá realizar múl-tiplos ensaios nucle-ares em simultâneo, numa entrevista pu-blicada ontem. “É muito provável que a Coreia do Norte proceda a múltiplos ensaios nucleares em

dois locais ou mais em simultâneo”, de forma a maximizar os benefícios de uma iniciativa que será globalmente conde-nada, disse o Presi-dente sul-coreano, ao jornal Chosun Ilbo.

A Coreia do Norte indicou que irá reali-zar um ensaio nuclear “de alto nível”, em breve, numa resposta

às sanções impostas pelas Nações Unidas, na sequência do lan-çamento, em Dezem-bro, de um foguete de longo alcance.

Lee Myung-Bak deixa o cargo de Presidente dentro de semanas, depois de um mandato de cin-co anos, marcado sobretudo por um total congelamento

de contactos com o Norte.

Na entrevista, o lí-der sul-coreano apon-ta que os esforços diplomáticos fariam pouco por uma mu-dança da política de monta por parte de Pyongyang. “Penso que é difícil persuadir o regime do Norte a desistir do caminho nuclear”, afirmou.

Quatro pessoas morreram ontem na sequência de um tiroteio durante um assalto perpetrado por alegados muçulmanos extremistas no sul da Tailândia, noticiou a imprensa local. A polícia identificou membros do grupo rebelde Runda Kumpulan Kecil como sendo os responsáveis pelo ataque, que ocorreu esta madrugada, perto do mercado de Ban Krong Penan, na localidade de Yala, segundo o jornal Bangkok Post. Sete assaltantes invadiram o local, onde estavam hospedadas as vítimas,

comerciantes de Rayong, no leste do país, que se encontravam em Yala para comprar carregamentos de fruta. Relatos de três sobreviventes disseram à polícia que os assaltantes ataram as vítimas e dispararam várias vezes, incluindo contra a cabeça, antes de fugir com o dinheiro que roubaram. As províncias de Pattani, Narathiwat e Yala são frequentemente palco de ataques – com recurso a armas de fogo ou explosivos –, apesar do destacamento de perto de 40 mil efectivos das forças de segurança.

Tóquio convoca embaixador chinês para protestar contra nova intrusão nas águas das ilhas disputadas

História interminável

Líder sul-coreano diz que Coreia do Norte poderá realizar múltiplos ensaios nucleares em simultâneo

Diplomacia sem sucesso

Operários da Foxconn vão eleger representantes pela primeira vez

Sinal de mudança

China receberá visita de vice-ministro da Síria

Em busca de uma resolução política

Tiroteio no sul da Tailândia provoca morte

Lojas virtuais geram 10 milhões de vagas de emprego

das, tendo confirmado que o embaixador chinês, Cheng Yonghua, foi convocado ontem pelo ministério dos Negócios Estrangeiros pelo vice-ministro da tutela, Aki-taka Saiki. “É extremamente lamentável e não se pode aceitar, de maneira nenhuma, que os barcos tenham per-manecido durante um largo período de tempo em águas japonesas”, detalhou Suga,

em declarações reproduzidas pela agência Kyodo.

Na segunda-feira, dois na-vios patrulha da China entraram nas águas das disputadas ilhas administradas, de facto, pelo Japão, o que provocou o protesto de Tóquio, que definiu o acto de “intromissão” no seu território.

As embarcações, que per-maneceram nas águas territo-riais das Diaoyu durante 14 horas não observaram as ad-vertências por parte da guarda costeira japonesa.

Esta foi a 25.ª incursão de navios chineses por aquelas águas desde Setembro, altura em que Tóquio nacionalizou três das cinco ilhas do ar-quipélago, no Mar da China Oriental, desabitadas mas ale-gadamente ricas em reservas de petróleo e gás natural.

A soberania do arquipéla-go também é reclamada por Taiwan, que as designa de Diaoyutai.

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quarta-feira 6.2.2013www.hojemacau.com.mo10

Craque comemorou ontem o aniversário com a camisola de Portugal

Os 28 anos do “puto-maravilha”Era um miúdo quando deixou a pequena freguesia de Santo António, na ilha da Madeira, para ir fazer aquilo que mais gostava de fazer: jogar futebol. Depois da passagem pelo Sporting, estava na hora de conquistar o mundo dos relvados com o seu talento. Hoje, aos 28 anos, é umas das grandes figuras do Real Madrid e do futebol mundial

Andreia Sofia [email protected]

O dia de anos não teve direito a grandes festas nem a grandes gastos, como é tradicional nas

celebridades do mundo do futebol. Ontem, Cristiano Ronaldo celebrou o seu 28.º aniversário na cidade

• Nome: Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro

• DAtA De NASCimeNto: 05-02-1985 (28 anos)

• NAtuRAliDADe: Funchal – madeira - Portugal

• PoSição: Avançado (extremo-esquerdo)/Avançado (Ponta-de-lança)

• Pé PReFeReNCiAl: Direito

• AltuRA: 1,85 m

• PeSo: 78 kg

• iNteRNACioNAlizAçõeS PoR PoRtugAl: 101

1 Campeonato do mundo de Clubes 2008

1 liga dos Campeões 2007/08

1 liga espanhola 2011/12

1 Copa del Rey 2010/11

1 Supercopa de espanha 2012

3 Premier league 2006/07, 2007/08, 2008/09

1 the FA Cup 2003/04

2 Football league Cup 2005/06, 2008/09

1 Supertaça – inglaterra 2007

Bola de ouro France Football - 2008

Jogador FiFA - 2008

Bota de ouro - 2007/08, 2010/11

1993 a 1995 – Andorinha (PoR)

1995 e 1996 – Nacional da madeira (PoR)

1996 a 2003 – Sporting (PoR)

2003 a 2009 – manchester united (eNg)

2009 até hoje – Real madrid (eSP)

CR7 à lupa

TíTulos

pRÉMIos

Clubes poR onde passou

portuguesa de Guimarães, junto aos seus colegas da Selecção Nacional, em treinos para o jogo de preparação contra o Equador.

Sem festa mas com os pés na bola, o dia não foi, contudo, anima-dor para Cristiano Ronaldo, que teve de ouvir o nome de Lionel Messi, considerado o melhor jogador do mundo, da boca de um adepto por-

tuguês. Contudo, e segundo a agência Lusa, Cristiano ter-se-á limitado a encarar o adepto e distribuiu alguns autógrafos, tendo dito no local “en-fim, uma tristeza”. “Não se deve dar valor a esses comentários. Já venho à Selecção há muito tempo, são muitos estágios, muitos jogos, muito tempo da minha vida para um só comentário. Isso é mais importante do que eu estar aqui para responder a perguntas sobre a Selecção?”

Para além dos compromissos com a selecção, Ronaldo tem ain-da de trabalhar com a sua equipa espanhola, o Real Madrid, que vai jogar para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

“O AmOr” à cAmiSOlANo dia em que ouviu o nome do seu colega do futebol espanhol (Messi joga no Barcelona), Cristiano Ro-naldo falou do “amor” que sempre o ligou ao futebol e à Selecção das quinas. “Sou um profissional, venho à Selecção há dez anos e com muito orgulho. Isto, para mim, é uma família e toda a gente sabe o amor que tenho a esta gente.”

Foi esse mesmo amor que fez Cristiano Ronaldo deixar a sua terra natal, Madeira, para rumar a Lisboa para integrar as escolas do Sporting. A partir do ano 2002, ano em que passou a pertencer ao plantel da equipa principal, somou vitórias atrás de vitórias, golos atrás de go-los. O sucesso foi tal que despertou os olhares dos ingleses, e passado um ano, assinaria pelo Manchester United, clube onde jogaria até 2008 e onde participaria em cerca de 196 jogos do campeonato nacional, 55 competições europeias, com 84 golos marcados. O português Carlos Queiroz trabalhou com o “puto maravilha” durante muitos anos no clube.

Em 2008, depois de um longo período de namoro e especulações, Cristiano Ronaldo assina contrato com o clube de todas as estrelas: Real Madrid, onde se encontra até hoje e onde é dono de um dos con-tratos mais milionários de sempre. No seu currículo, constam prémios de melhor jogador da liga inglesa, bolas e botas de ouro, entre muitas outra distinções.

AS nAmOrAdAS e pOlémicASA partir do momento em que se tornou um dos jogadores mais

aniversário

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11quarta-feira 6.2.2013 aniversário

PuB

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Craque comemorou ontem o aniversário com a camisola de Portugal

Os 28 anos do “puto-maravilha”Era um miúdo quando deixou a pequena freguesia de Santo António, na ilha da Madeira, para ir fazer aquilo que mais gostava de fazer: jogar futebol. Depois da passagem pelo Sporting, estava na hora de conquistar o mundo dos relvados com o seu talento. Hoje, aos 28 anos, é umas das grandes figuras do Real Madrid e do futebol mundial

conhecidos do mundo, Cristiano Ronaldo passou a estar nas bocas do mundo não só pela sua beleza como pelo rol de namoradas que coleccionou: espanholas, portu-guesas e italianas já se renderam aos seus encantos. A apresentadora e modelo Merche Romero foi uma das relações mais badaladas do jogador, bem como o relaciona-mento com a espanhola Nereida Gallardo, tendo gerado muita tinta na imprensa mundial.

Com um filho nos braços, Ro-naldinho, cuja identidade da mãe não foi ainda tornada pública, Cris-tiano Ronaldo vive uma relação estável com a modelo russa Irina

Shayk, existindo inclusivamente especulações sobre um futuro casamento.

Sendo a cara oficial de mar-cas como o Banco Espírito Santo (BES) ou a Nike, entre muitas outras, Ronaldo já afirmou o que gostaria de fazer quando deixar os relvados. Enquanto muitos dos seus colegas investem no imobiliário e em diversos negó-cios, Ronaldo “gostava de ser actor”, como disse à CNN, citada pelo Correio da Manhã. Para já, resta-lhe protagonizar grandes momentos no palco do futebol, com um grande público a pedir sempre mais e mais golos.

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quarta-feira 6.2.2013publicidade12

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13quarta-feira 6.2.2013 www.hojemacau.com.mo vida

AnúncioInforma-se que, nos termos definidos no n.º 2 do artigo 19.º do Regulamento Administrativo n.º

23/2011, será afixada, a partir da data da publicação do presente anúncio, no quadro de anúncio do Centro de Atendimento e Informação do EPM, sito na Avenida da Praia Grande, China Plaza, 8.º andar “A”, Macau e no Website deste Estabelecimento Prisional www.epm.gov.mo, a lista definitiva do concurso comum, de ingresso externo, de prestação de provas, para o preenchimento, de uma vaga de técnico de 2ª classe, 1.º escalão (área de comunicação em inglês), do quadro de pessoal deste Estabelecimento, aberto por aviso publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial Macau n.º 39, II Série, de 26 de Setembro de 2012.

Estabelecimento Prisional de Macau, aos 7 de Janeiro de 2013.

Presidente do JúriHo Sio Mei

AnúncioInforma-se que, nos termos definidos no n.º 2 do artigo 19.º do Regulamento Administrativo n.º

23/2011, será afixada, a partir da data da publicação do presente anúncio, no quadro de anúncio do Centro de Atendimento e Informação do EPM, sito na Avenida da Praia Grande, China Plaza, 8.º andar “A”, Macau e no Website deste Estabelecimento Prisional www.epm.gov.mo, a lista definitiva do concurso comum, de ingresso externo, de prestação de provas, para o preenchimento, de uma vaga de técnico de 2ª classe, 1.º escalão (área de serviço social e de psicologia), do quadro de pessoal deste Estabelecimento, aberto por aviso publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial Macau n.º 39, II Série, de 26 de Setembro de 2012.

Estabelecimento Prisional de Macau, aos 10 de Janeiro de 2013.

A Presidente do JúriHo Sio Mei

AnúncioTorna-se público que, nos termos do n.º 2 e n.º 3 do artigo 19.º do Regulamento Administrativo

n.º 23/2011 (Recrutamento, selecção e formação para efeitos de acesso dos trabalhadores dos serviços públicos), a partir da data do presente anúncio, se encontram afixados, no Centro de Atendimento e Informação do EPM, sito na Avenida da Praia Grande, China Plaza, 8.º andar A, Macau, e publicados no website do EPM www.epm.gov.mo , a lista definitiva dos candidatos e o aviso da prova de conhecimentos do concurso comum, de ingresso externo, de prestação de provas, para o preenchimento, de três vagas de técnico de 2.ª classe, 1.º escalão (área de informática), do quadro de pessoal deste Estabelecimento Prisional, cujo aviso de abertura foi publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 39, II Série, de 26 de Setembro de 2012.

Estabelecimento Prisional de Macau, aos 28 de Janeiro de 2013.

O Presidente do JúriChang Man Wai

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UMA dos maio-res fabrican-tes mundiais de papel – o

grupo Asia Pulp & Paper (APP) – comprometeu-se a não derrubar mais flo-resta tropical, utilizando apenas fibra vinda de plantações dedicadas.

A promessa está no centro de uma nova políti-ca de conservação florestal do grupo, que durante anos foi acusado de destruir vastas áreas de floresta tropical na Indonésia, para alimentar as suas fábricas. As novas normas, anun-ciadas esta terça-feira, já estão em vigor e valem para todos os fornecedores da APP e para todas as suas unidades industriais, inclusive na China.

Sob crescente pressão internacional, a APP reviu ao longo de 2012 a sua estratégia para o futuro, culminando agora com

Grupo Asia Pulp & Paper diz que só utilizará fibra proveniente de plantações

Promessa para cuidar das florestas

Vespa chegou a Portugale trama abelhas

Da Ásia com amor

a renúncia ao uso de ma-téria-prima proveniente de florestas virgens. “Só florestas plantadas”, disse à agência Reuters Aida Greenbury, directora exe-cutiva de sustentabilidade do grupo.

“Estamos a fazer isto para a sustentabilidade do nosso negócio e para o benefício da sociedade”, refere o presidente do gru-po, Teguh Ganda Wijaya, citado pela Reuters.

O passo dado pela APP foi recebido por organiza-ções ambientalistas com um misto de entusiasmo e cautela. Para a Greenpea-ce – que esteve envolvida nas negociações com a empresa e participou da apresentação do seu plano – trata-se de “um enorme avanço” para a protecção das florestas tropicais. “Se a APP colocar inte-gralmente em prática a sua política, assinalará

uma alteração dramática de direcção, depois de anos de desflorestação na Indonésia”, diz Bustar Maitar, líder da campanha florestal da Gre-enpeace naquele país, num comunicado da organização.

A Greenpeace promete estar vigilante quanto ao cumprimento das promessas da APP e já escreveu a outra grande empresa do sector na Indonésia, a Asia Pacific Re-sources International, a pedir para seguir o mesmo exemplo.

Mais cauteloso, o grupo Rainforest Action Network (RAN) saudou a medida mas recorda que a APP tem uma longa história de promessas não cumpridas. “A APP não será vista como uma empre-sa responsável no mercado enquanto não colocar em prática os seus novos com-promissos e encerrar a crise de destruição das florestas e de direitos humanos que causou na Indonésia”, diz a RAN, num comunicado.

DEPOIS dos fungos, dos pesticidas, das altera-

ções climáticas, da destruição dos habitats, eis que as abe-lhas, em declínio mundial, têm agora de lidar com outra ameaça: as vespas asiáticas. Em Portugal, a região entre o Minho e o Lima é a mais afectada por estas vespas.

O que aconteceria se a sua casa estivesse a ser atacada e não pudesse sair para obter alimentos? A resposta é simples: morreria de fome (e também não iria trabalhar). É precisamente isto o que está a acontecer às abelhas. Morrem por falta de alimento e não produzem mel e as culpadas são as vespas asiáticas, vindas de Espanha e França. Em Portugal, está a apostar-se na destruição dos ninhos com fogo e armadi-lhas artesanais para minimi-zar o impacto na economia e na biodiversidade que este insecto predador pode causar.

O método de ataque da vespa asiática ou velutina (Vespa velutina nigotorax) é simples e eficaz: esperam jun-to das colmeias que as abelhas cheguem carregadas de pólen, capturam-nas, cortam-lhes a cabeça, as patas e o ferrão e transportam-nas para os seus próprios ninhos que constro-em no topo das árvores. Aí, comem-nas.

Em Portugal, os primeiros ataques terão ocorrido em 2011, quando foi capturado um exemplar desta espécie num apiário em Viana do Castelo. Segundo Miguel Maia, técnico da Associação Apícola Entre Minho e Lima (Apimil), foram detectados cerca de 40 ninhos na região do Alto Minho, 22 dos quais no concelho de Viana do Castelo. O técnico diz ainda que foram igualmente en-contrados exemplares destas vespas em Ponte de Lima, Ponte da Barca, Caminha, Vila

Nova de Cerveira, Barcelos e Vila Verde.

Os ninhos, com cerca de um metro de altura e 80 centímetros de largura, são maioritariamente construídos em árvores com uma altura superior a cinco metros, des-crevem Miguel Maia e José Manuel Grosso Silva, este do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio) da Univer-sidade do Porto, no artigo A Vespa velutina em Portugal continental e a apicultura na-cional, na revista O Apicultor, em 2012.

Depois de França, onde terão chegado em 2004, as vespas invadiram Espanha e, agora, a entrada em Portugal não é surpresa para a Apimil. “Já sabíamos que isto ia acon-tecer. Com a globalização, os problemas também vêm para nós”, comenta o presidente da Apimil, Alberto Dias, acrescentando que, em 2013, os casos deverão aumentar em quantidade e área.

Dentro de dez anos, admite Miguel Maia, é possível que a vespa asiática tenha coloni-zado toda a Península Ibérica e que, nessa altura, “vamos tropeçar nos ninhos”.

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quarta-feira 6.2.2013cultura14

Quando “Kung Fu Panda 3” es-trear em 2016 nos cinemas da China,os vigilantes cen-

sores cinematográficos do país não terão nenhuma surpresa desagradável.

Afinal de contas, o filme já foi por eles visionado na sede dos estúdios dre-amWorks animation. o enredo, a direcção artística e outros elementos criativos já passaram pelas suas mãos.

os estúdios que pro-curam lançar um filme no mercado chinês - hoje o segundo maior do mundo, atrás apenas do americano - ou realizar co-produções com empresas chinesas estão a descobrir que, num país onde as noções de liberdade de expressão vigentes nos Eua simplesmente não se aplicam, lidar com a censura faz parte do processo.

disso dependem milhões de dólares. as bilheteiras não americanas são a força motriz por detrás de al-guns dos maiores filmes de Hollywood e costumam ter um papel decisivo na reali-zação ou não de uma obra.

os estúdios baseiam-se em consultores, na experi-ência e, cada vez mais, em confirmações informais de autoridades estrangeiras para

o historiador português Henrique Leitão foi elei-

to, no final de Janeiro, mem-bro efectivo da academia Internacional de História das Ciências, sediada em Paris, pelo valor da sua carreira e produção intelectual. Há mais de 50 anos que nenhum português se juntava a este clube restrito.

Para Henrique Leitão esta “é a maior ambição de qual-quer estudioso ou cientista”. Em entrevista à Faculdade de Ciências da universidade de

Lisboa (FCuL), o investiga-dor considera a eleição “um reconhecimento muito impor-tante” do seu trabalho “pelos mais respeitados profissionais do campo”.

a história das ciências exactas nos séculos XV e XVII é uma das principais áreas de estudo do historia-dor. Enquanto investigador do Centro Inter-universitário de História da Ciência e da Tecnologia e docente de His-tória e Filosofia das Ciências da FCuL, Henrique Leitão

dedica-se à história do livro científico antigo em colabora-ção com a Biblioteca nacional de Portugal, onde foi comis-sário de várias exposições.

Henrique Leitão salienta que tem tido “muitas pro-postas e desafios de colegas e grupos de investigação estran-geiros”, sendo que no futuro espera dedicar-se a projectos internacionais.

o investigador espera ainda estudar a história cien-tífica de Portugal, “um campo com muitas zonas que não

se conhecem”, estando neste momento a estudar os traba-lhos de Rolando de Lisboa, “um interessante matemático português do século XV, ainda ignorado na historiografia”.

Com mais de 15 livros publicados e algumas dezenas de artigos especializados, Henrique Leitão é membro de várias sociedades científicas e académicas, como é o caso da academia das Ciências de Lisboa, a academia de Ma-rinha e a academia Interna-cional de História da Ciência.

Rogério de Carvalho vence o Grande Prémio da Crítica de teatro 2012Rogério de Carvalho (Angola, 1936) é um histórico do teatro português e em 2012 assinou dois trabalhos que a Associação Portuguesa de Críticos de Teatro (APCT) considera inscreverem-se num “trajecto artístico de invulgar excelência e rigor”. Em 2012, Rogério de Carvalho assinou Devagar, para a companhia As Boas Raparigas, a partir de textos de Howard Barker. A companhia, da qual é director artístico, estreou a peça a 16 de Novembro no Teatro Carlos Alberto, no Porto. O encenador assinou ainda O Doente Imaginário, para o Ensemble, e que estreou no FITEI a 1 de Junho, também no Porto. O júri encontrou nestes dois trabalhos “uma singular intensidade no trabalho sobre a voz e sonoridades com o rigor da inscrição do corpo dos actores num espaço que um belíssimo jogo de luz e sombras transfigurava de forma audaciosa”.

Bailarino Francisco Sebastião distinguido em concurso internacionalFrancisco Sebastião, bailarino, de 17 anos, voltou a ganhar um prémio e foi distinguido no Concurso Internacional Prix de Lausanne, com uma bolsa de estudo que lhe permite estudar numa escola ou numa companhia estrangeira. Aluno da Escola de Dança do Conservatório Nacional desde os dez anos já arrecadou vários prémios a nível mundial. Tiago Coelho, outro aluno da Escola de Dança do Conservatório Nacional, também participou no concurso e ficou na lista dos 20 finalistas, apurados entre 70 participantes.

Morreu Reg Presley dos The Troggs, a voz de “Wild thing”O inglês Reg Presley, cantor do grupo rock dos anos 1960 The Troggs, morreu aos 71 anos. Segundo se soube segunda-feira à noite, Presley morreu na sua casa de Andover, Hampshire, de cancro. Há cerca de um ano, Presley, essencialmente conhecido pela canção de sucesso Wild Thing (1966), havia afirmado publicamente que tinha cancro, razão pela qual iria abandonar o grupo que, ao longo de décadas, regressou diversas vezes ao activo. Karen, a sua filha, salientou que os filhos e a mulher estiveram com o músico nos seus últimos minutos de vida.

“a Vida de Pi” e “o Homem de Ferro 3” passam pela censura chinesa

Processo delicado

Historiador luso integra academia restrita de Paris

Primeiro português nos últimos 50 anos

avaliar se um filme passará pela censura. “Qualquer filme sobre a China feito por estrangeiros será muito deli-cado”, disse Rob Cohen, que dirigiu “a Múmia: a Tumba do Imperador dragão”, uma co-produção da universal Pictures com uma produtora chinesa.

uma produção sob es-crutínio é “o Homem de Ferro 3”, da disney e da Marvel, que recentemente teve trechos filmados em Pequim. Burocratas chineses foram convidados a assistir às filmagens e consultados sobre decisões criativas.

“A Vida de Pi”, filme de

ang Lee indicado para 11 Óscares, enfrentou alguma re-sistência por causa de uma fala em que uma personagem dizia que “religião é escuridão”. “Modificaram um pouco a tradução, com medo de provo-carem as pessoas religiosas”, disse Lee sobre o caso.

Hollywood está a ade-rir a produções que sejam compatíveis com um siste-ma de quotas que permite a distribuição de mais filmes internacionais no mercado chinês, onde as longas--metragens em 3d e no formato ampliado Imax são as preferidos.

ao mesmo tempo, o cine-ma americano evita temas e situações que possam causar conflitos com os censores vinculados à administração Estatal de Rádio, Cinema e Televisão da China.

os estúdios rapidamente estão a descobrir que uma das chaves para ter acesso ao mercado da China é incluir actores, enredos e locais chineses.

Mas, quanto mais um filme se aproxima da China, maior é a hipótese de que esbarre nos padrões fluidos, nas regras não escritas e nos poderes políticos desconhe-cidos com influência sobre o que pode ser visto nos cerca de 12 mil ecrãs de cinema da China.

a disney e sua subsidiá-ria Marvel estão a torcer para que o governo considere “o Homem de Ferro 3” - que tem lançamento previsto para 3 de Maio - como uma co-produção, porque os dois episódios anteriores da série foram sucesso na China.

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15culturaquarta-feira 6.2.2013 www.hojemacau.com.mo

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EDITAL

Construção não autorizada em betão armado do terraço em estado de danificação

Edital n.o : 7/E/2013Processo n.o : 908/BC/2010/F e 910/BC/2010/FLocal : Rua de Sanches de Miranda n.º 9, Edf. 益美, Macau.

Chan Pou Ha, Subdirectora da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, em uso das competências delegadas pelo n.º 8 do artigo 1.º do Despacho n.º 09/SOTDIR/2009, publicado no Boletim Oficial da RAEM n.º 16, II série, de 22 de Abril de 2009, faz saber por este meio ao(s) ocupante(s) do referido terraço ou ao(s) utente(s) da construção não autorizada em betão armado do terraço acima indicado, que o mesmo se encontra danificado, constituindo perigo para a segurança pública, conforme parecer da Comissão de Vistoria constante do processo em curso nesta Direcção de Serviços, devendo, nos termos do artigo 54.o do Decreto-Lei n.o 79/85/M de 21 de Agosto, e por meu despacho de 22/01/2013, devido a construção não autorizada do terraço aumenta as acções do edifício, pelo que devem proceder no prazo de 20 dias a contar a partir da data da publicação do presente edital à demolição da construção não autorizada em betão armado do terraço acima indicado, e à reparação e conservação do prédio, a fim de manter as boas condições de segurança e utilização, bem como proceder à demolição da portão metálico na caixa de escada comum entre os 2.º e 3.º andares.

Para o efeito, deverão apresentar previamente nestes Serviços o respectivo projecto nos termos do Decreto-Lei n.o 79/85/M de 21 de Agosto.

Caso não seja dado cumprimento ao teor do presente edital, esta Direcção de Serviços, aplicará sem prejuízo a multa estabelecida no artigo 66.o do citado diploma legal ao(s) seu(s) ocupante(s) do referido terraço ou ao(s) utente(s) da construção não autorizada em betão armado do terraço acima indicado.

Na falta de pagamento voluntário da multa, proceder-se-á à cobrança coerciva da quantia em dívida pela Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças.

Da decisão cabe recurso hierárquico para o Chefe do Executivo, a interpor no prazo de 15 dias a contar da publicação do presente edital, nos termos do artigo 59.º do referido diploma legal.

RAEM, 22 de Janeiro de 2013

A Subdirectora dos Serviços

Enga Chan Pou Ha

SERgEI Filin, o direc-tor do Ballet Bolshoi que foi vítima de um ataque com ácido a 17

de Janeiro, disse numa entre-vista à BBC emitida no fim-de--semana, não ter dúvidas sobre quem foi a figura de capuz que

Especialista inglês realça nova fase na produção criativa chinesaPhilip Dodd, especialista na área das indústrias criativas, disse que a China está a passar por uma nova fase de produção. Uma fase que transita da simples produção para a criatividade, realça o especialista. Dodd, antigo director do Instituto de Arte Contemporânea de Inglaterra e também apresentador de um programa no BBC, esteve presente no fórum sobre a China na Universidade de Warwick. Dodd realçou que esta transição é um processo natural que aconteceu também noutros países. O antigo apresentador acrescentou que o primeiro Museu de Design em Shenzhen, a entrada da marca chinesa Bo Si Deng no mercado inglês e a Festa de Arte de Design em Pequim são símbolos da transformação chinesa. O especialista referiu ainda que o aumento do custo da mão-de-obra chinesa, o reconhecimento das marcas, a ampliação da classe média e um aumento da procura cultural são factores que podem impulsionar de forma mais profunda esta transformação.

director do Bolshoi sabe quem o atacou

Ácida ambição

ção for bem sucedida viajará no início da semana para a alemanha onde continuará os tratamentos.

o director artístico da companhia, que se encontra a recuperar num hospital em Moscovo, defendeu que o ataque tinha dois objectivos: “afastar por um longo período o director do Bolshoi e manchar a reputação do Ballet”. “Estamos a caminhar na direcção certa e há quem não goste do que fiz, e talvez não gostem do facto de ter sido bem sucedido”.

o ataque a que foi su-jeito surgiu na sequência de outras ameaças que Sergei Filin reconhece agora não ter prestado atenção. “Ignorei os avisos dos meus amigos para contratar um motorista e um guarda-costas. Percebo agora que a intimidação a que estava a ser sujeito – os constantes ataques aos meus telemóveis, que estavam sempre a tocar, os ataques às contas de email, com as minhas mensagens a serem reescritas de forma negativa e publicadas no Facebook – se dirigia a esta tragédia. Se as tivesse levado mais a sério e contratado, pelo menos, um motorista, então isto não me teria acontecido”.

o atacou mas escusou-se a revelar nomes até que termine a investigação. a família do ex-bailarino foi, entretanto, sujeita a protecção policial. “O que fica claro é a psicose de uma ou mais pessoas em me causarem sofrimento para

atingirem as suas ambições pessoais”, disse Filin, que se tem sujeitado a tratamentos diários de regeneração da pele e recuperação dos olhos, a zona mais sensível que ficou mar-cada pelo ataque. Sergei Filin disse ainda que se a recupera-

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quarta-feira 6.2.2013desporto16

Concurso para o ‘tema musical’ do Grande Prémio de Macau

Para comemorar a 60ª edição do Grande Prémio de Macau, promover a imagem turística de Macau, e estimular a criação de música original de Macau, a Comissão do Grande Prémio de Macau e a TDM têm o prazer de organizar o concurso de composição do ‘tema musical’ tendo como objectivo envolver toda a cidade de Macau na participação do Grande Prémio de Macau.

O prazo de recolha de trabalhos decorre de 6 de Fevereiro a 10 de Abril de 2013. As composições devem ser originais, não publicadas, executadas, participadas em qualquer concurso de composição e não vinculadas por contrato a direitos de autor sobre a música e /ou letra. O compositor da música e da letra deve ser da autoria de residentes de Macau. Na fase preliminar, serão seleccionadas dez composições da música finais para a fase finalista. A fase finalista do concurso terá lugar em Maio do corrente ano, no auditório dois da TDM, onde composições da música finais serão executadas ao vivo pelos finalistas para apuramento do título vencedor.

Prémios:Vencedor - Mop30,000.00 e uma taça Dois Segundos prémios - Mop10,000.00 e uma taça Prémios de distinção (vários) - Mop5,000.00 e uma taça Música mais popular na internet - Mop1,000.00 e uma taça

O boletim de inscrição poderá ser obtido nos seguintes locais:Comissão do Grande Prémio de Macau: Avenida da Amizade N.º 207, Edifício do Grande Prémio de Macau, 1.º andar. TDM: Rua Francisco Xavier Pereira, 157ªRádio Macau: Av. Dr. Rodrigo Rodrigues, 223-225, Ed.

Nam Kwong, 7º Andar

Ou fazer o “download” nas seguintes páginas electrónicas:Página oficial do Grande Prémio de Macau (http://www.macau.grandprix.gov.mo)Página da TDM (http://www.tdm.com.mo)

pubPara os atletas locais,

a participação nos Jogos Paralímpicos da capital britânica pautou o fim de um ciclo e o início de outro e nem o facto da segunda edição dos Jogos Para-Asiáticos estar ainda à distância de quase dois anos derimiu a intensidade com que os paralímpicos de Macau se preparam para a competição.

António Fernandes gostava de ver Macau representado nos Jogos de Incheon em desportos como a esgrima em ca-deira de rodas, o ténis de mesa em cadeira de rodas, o boccia ou a canoagem. Se as expectativas do principal responsável pela Associação Recreativa dos Deficientes de Macau se cumprirem, canoístas do território estarão pela primeira vez representados numa grande competição internacional. A canoa-gem adaptada é desde há dois anos uma aposta do organismo dirigido por António Fernandes, mas os paralímpicos locais nunca competiram fora de portas por não estarem ainda talhados para certames ao mais alto nível. O cenário, assegura o dirigente, alte-rou-se nos últimos meses e os canoístas da Associação Recreativa dos Deficientes de Macau devem estrear-se ao mais alto nível já em Setembro próximo, com uma deslocação à Rússia: “As indicações que me foram transmitidas pelo treinador são de que os atletas evoluíram muito ao longo dos últimos dois anos e estão preparados para mostrar o que valem em termos competitivos. Dois deles vão ter a oportunidade de mostrar o que valem já em Setembro numa prova que se realiza na Rússia, se não estou em erro”, adianta António Fernandes.

Um mês depois dos atletas paralímpicos de canoagem se estrearem em provas internacionais, é a vez de selecção de boccia do território prestar provas no âmbito do Campeonato do Mundo da mais genuína das modalidades despor-tivas adaptadas. A prova tem a cidade australiana de Sidney como palco em me-ados de Outubro e a Região Administrativa Especial de Macau deve estar represen-tada por quatro atletas, que deverão competir tanto a título pessoal como a título colectivo.

Marco [email protected]

AMADORES a duzentos por cento, mas com uma vontade

imbatível de dar o seu melhor. Foi nestes termos que António Fernandes qualificou em Setembro último os dois atletas que representaram Macau nos Jogos Paralímpicos de Londres. Tong Hio Sam e Lao In I não conseguiram dar a visibilidade desejada às cores do território, mas o facto de se terem despe-dido do principal certa-me mundial do desporto adaptado sem medalhas

Atletas Paralímpicos preparam Para-Asiáticos do próximo ano

Uma canoapara Incheon

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não roubou ânimo aos dois atletas. Tong, Lao e os restantes desportistas paralímpicos da RAEM – garante António Fer-nandes – vão continuar a procurar superar-se, desta feita com os olhos postos na participação na próxima edição dos Jogos Para-Asiáticos. A segun-da edição da competição deve realizar-se no final do próximo ano na cidade sul-coreana de Incheon e os atletas do território vão procurar garantir a pre-sença na prova em quatro modalidades, adianta o presidente da Associação Recreativa dos Deficien-tes de Macau.

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Sala 1the IMpoSSIble [C]Um filme de: issara nadee, patchanon Thumjira, Kirati nakintanonCom: apinya Sakuljaroensuk, peter Knight, ray Macdonald14.30, 21:45

the GRaND MaSteR [b](Falado eM CanTonêS e MandariM legendado eM ChinêS)Um filme de: Kar Wai WongCom: Tony leung Chiu Wai, Ziyi Zhang, Chen Chang16.30

leS MISÉRableS [b]Um filme de: Tom hooperCom: hugh Jackman, anne hathaway, russel Crowe, amanda Seyfried, eddie redmayne, aaron Tveit, Samantha barks, helena bonham Carter, Sacha baron Cohen19.00

Sala 2the toweR [C](Falado eM Coreano legendado eM ChinêS e inglêS)Um filme de: Kim Ji-hoon14.30, 16.45, 19:15, 21:30

Sala 3Robot & fRaNk [b]Um filme de: Jake SchreierCom: Frank langella, Susan Sarandon, James Marsden, liv Tuler14.30, 17:45, 19.30, 21.30

hotel tRaNSylvaNIa [3D] [a](Falado eM CanTonêS)16.05

quarta-feira 6.2.2013 17www.hojemacau.com.mo futilidades

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regras |insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3x3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SolUção do probleMado dia anTerior

Aqui há gatoCAnSAçOOs anos vão passando e nada muda. Macau anda em círculos e é um lugar onde o tempo passa tão rápido, que até um gato jovem como eu se sente a ficar velho. As discussões são as mesmas aqui, ali e nos outros lugares por esta Macau fora. As notícias andam em círculos, os eventos andam em círculos e nada há de novo para contar, a não ser rir daquilo que sabemos estar mal e não mudar. Estou cansado de não se passar nada em Macau, de ouvir o Governo a falar em estudos, ponderações e esforços, quando se sabe que de nada adiantam consultas públicas sobre lagos ou mercados, porque no final é a vontade de quem está no poder que interessa. Isto de ver os meus amigos jornalistas a querer escrever sobre algo novo e terem que ouvir o secretário Lau Si Io a repetir-se ao mais ínfimo pormenor, fazendo jus à mestria da retórica. Depois chega o problema das traduções, onde não se terminam frases que, ditas em chinês, dariam algum sumo para a menor das notícias. E o problema das autorizações dos altos cargos, quando os meus colegas precisam de saber alguma coisa: esperam-se meses para obter respostas, mais meses para que sejam traduzidas, mais meses para que lhas enviem e, no final, de nada servem porque nada de novo acrescentam. E Macau resume-se a isto: ao nada de novo a acontecer. Ao andar em círculos e ver o tempo a passar, a marcar cruzes nos mais de cem calendários que a PSP distribui a cada novo ano, a ir a jantares de Primavera, aos barcos-dragão no Verão, à Lusofonia e ao Grande Prémio. E a pergunta é: com tanto cansaço, como se espera que se saia daqui?

“pauL Cézanne”, seguido de “o Que eLe Me disse...” • Joachim Gasquet, Élie FaureÉlie Faure (1873-1937) um médico, mas sobretudo escritor que em jornais, revistas e livros pensava a arte, toda a arte, como “o grande mistério da transposição lírica”, e os homens como “construtores” obscuros com um esforço colectivo ignorado, responsável pelo aparecimento dos espíritos superiores no mundo. […] O texto “Paul Cézanne” é de 1914 e está entre os que dedicou a notáveis “constru-tores do mundo”, ou seja, a autores de “um trabalho de organização esboçado numa sociedade destruída”. Joachim Gasquet (1873-1921) deixou na literatura francesa uma imagem quase esquecida de poeta lírico, tendo chegado a dizer-se que a mais forte desde Victor Hugo. […] Só era um dia mais velho do que Élie Faure, mas os seus pulmões – roídos pelo gás clorídrico dos ataques químicos da primeira Guerra Mundial – reduziram-lhe a vida a quarenta e oito anos, os últimos passados numa luta sem êxito pela sobrevivência. […] Embora Cézanne fosse amigo de infância do seu pai, Joachim só o conheceu em Abril de 1896 (o ano do retrato onde hoje o vemos, exposto na Galeria de Arte Moderna de Praga e com um aspecto difícil de associar aos vinte e três anos de idade que nessa altura ele tinha). Entre os dois houve um convívio intenso, os quatro anos de encontros e cartas que veremos reflectidos em “O Que Ele Me Disse…”, aos quais outros se sucederam de relativo afastamento até ao desacordo político que em 1904 definitivamente os separou. Pu Yi

Horizontais: 1-o m. q. aipo. Comprar ou vender na feira. 2-Coberta de embarcação. Coaduna. 3-dó (ant.). repercussão. instrumento cortante com cabo. 4-Corta pouco a pouco com os dentes. advir (ant.). Soluço. 5-esbagoar, tornar calvo. 6-Cubra de iodo. Marca para outro dia. 7-reincorporo. 8-admito!. gastai com o uso. rio da Suiça. 9-o m. q. eiró. bago do cacho da videira. bário (s.q.). 10-Usa-se como condimento. adquirir, granjear. 11-dar alabança (ant). abertura onde entra um botão da roupa.

vertiCais: 1-Tolere, aguente. anuncia, informa. 2-Tesouro (Fig.). lago sagado da Ásia. 3-49 (rom.). humor purulento que escorre de certas úlceras. panela (prov.). 4-Composição poética para ser cantada. palavra de despedida. 5-esvaziareis. gálio (s.q.). 6-o m. q. ovi (pref.). antiga embarcação de guerra. 7-a minha pessoa. Consequente, dedutivo. 8-Membro de comunidade religiosa. abecedário. 9-a classe inferior da sociedade (pop.). porto da UrSS, no báltico. alto!. 10-Coxa, quadril. agarenos, mouros. 11-realengos, régios. implorara.

tdM13:00 TdM news - repetição13:30 Telejornal + 360º (diferido)14:45 rTpi direCTo19:00 TdM entrevista (repetição)19:30 resistirei20:30 Telejornal21:00 Montra do lilau21:30 os Compadres22:00 escrito nas estrelas23:00 TdM news23:30 The love birds00:45 Telejornal (repetição)01:15 rTpi directo

INFORMAÇÃO TDM

rtpi 8214:00 Telejornal Madeira 14:35 a hora de baco 15:05 viva a música16:00 bom dia portugal17:00 decisão Final 17:50 ler +, ler melhor18:00 vingança18:45 há Festa na ilha20:00 Jornal da Tarde21:15 o preço Certo22:00 ler +, ler melhor22:10 portugal no Coração

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Page 18: Hoje Macau 6 FEV 2013 #2788

quarta-feira 6.2.2013opinião18 www.hojemacau.com.mo

Exmo Senhor Director do Jornal Hoje Macau,

Em defesa de interesses dos pensionistas da Caixa Geral de Aposentações (CGA), portugueses e chine-ses, residentes em Macau, formulou José Pereira Cou-tinho, presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, uma petição ao Sr. Chefe do Executivo, para que no uso de sua exclusiva com-petência intercedesse junto do Governo Português, a fim de que os subsídios de Natal e de férias, que lhes têm sido concedidos, sejam insusceptíveis de corte, subsídios esses provenientes também do dinheiro de Macau, depositado na conta da Caixa Geral de Apo-sentações em 1999, por razões de todos conhecidas.Constitui isso, o exercício de exclusiva competência do sr. Chefe do Executivo da RAEM, qual seja o dever de zelar pelo bem-estar dos pensionistas, i.e. de não continuarem a sofrer o corte dos referidos subsí-dios, que devem ser-lhes atempadamente pagos.É isso e tão-só o que pretendem os pensionistas...Porém, o sr. Fão, que é presidente da Assembleia Geral da APOMAC discorda dessa iniciativa de José Coutinho, porque “o Governo de Macau tem todas as competências menos as duas: a defesa do território nacional, que está nas mãos do Governo Central e a diplomacia externa”. “Trata-se de um caso, que se tiver de existir uma intervenção, só poderia intervir o Governo Central da China”.Parece-me que o caso em apreço não se enquadra na tipicidade dessas duas situações, donde não se justi-fica qualquer impedimento no seguimento do citado expediente.Há que saber que o assunto de pagamento de pen-sões e subsídios foi resolvido em 1999, i.e. antes de passagem da soberania de Macau para a RPC, tendo o Governo Português, nessa altura, assumido a respon-sabilidade de satisfazer ao pagamento dessas pensões mensais e bem assim ao dos subsídios de Natal e de férias. Sendo assim, trata-se de uma questão que re-monta a essa longínqua data e que deve ser resolvida entre as partes, que estabeleceram entre si o acor-do. Está, indiscutivelmente, arredada a hipótese de conflito de competências e, no caso em apreço, deve intervir o sr. Chefe do Executivo da RAEM..De entre as críticas tecidas, Jorge Fão remata a sua entrevista com as seguintes declarações: “Quanto a APOMAC, que até agora não tomou nenhuma posição, garante que assim vai continuar, mas não se os cortes continuarem”. No entanto, para esse efeito, a APOMAC chegou, oportunamente, a convocar a Assembleia Geral para auscultar a opinião dos pensio-nistas sobre o assunto?Para finalizá-las acrescenta que “eu também estou me-tido neste barco, mas nunca iria reivindicar [porque não precisa, com certeza, de dinheiro e está bem na vida[“!O que não chego a compreender é isso que declara o sr. Fão – “Se a situação se mantiver por período indeter-minado, claro que vamos tomar uma posição de maior confronto e frontalidade”. Só que JPCoutinho terá sido mais dinâmico, preferindo o recurso às vias legais...Para finalizar gostaria de esclarecer que a dado mo-mento da sua entrevista, o sr. Fão envolve em con-tradição quando acrescenta: “Aquilo que o Governo português está hoje a cortar nada tem a ver com o Governo Chinês, porque pouco tempo antes de 1999 o governo português assumiu esta responsabilidade”. Sendo assim, admite ser o sr. Chefe do Executivo da RAEM, quem deva interceder a favor das reivin-dicações dos pensionistas da CGA por forma a não sofrerem os cortes dos referidos subsídios.

Aceite os meus respeitosos cumprimentos,Manuel de Senna Fernandes

RicaRdo aRaújo PeReiRain Visão

ER dirigente de um banco bem sucedido é bom. Ser dirigente de um banco mal sucedido é ainda melhor. As mercearias falidas não são nacionalizadas e as casas de

ferragens com problemas de tesouraria não se recapitalizam com dinheiro do Estado. O problema é das mercearias e das casas de ferragens. Toda a gente já percebeu a diferença entre recapitalizar--se, por um lado, e pedir emprestado porque se vive acima das suas possi-bilidades, por outro. O ideal seria que todos os estabelecimentos comerciais portugueses tivessem “banco” escrito no nome. Um talho chamado Banco Carnes de Ouro. Uma mercearia chama-da Banco Frutas Idalina. Um restaurante chamado Banco Adega Regional O Bo-telho. Nenhum negócio iria à falência, porque o Estado acudiria a todos. Se falisse, pagava o País inteiro. Só por

carta ao director

O ideal seria que todos os estabelecimentos comerciais portugueses tivessem “banco” escrito no nome. Nenhum negócio iria à falência, porque o Estado acudiria a todos

Em cada esquina um banqueiro

Sfalta de visão comercial é que continua a haver empresários que ignoram esta estratégia simples mas vencedora.

O negócio da banca é duro e complexo. Trata-se de comprar di-nheiro barato e vendê-lo mais caro. Pensando bem, talvez não seja assim tão complexo. Estamos a falar da comercialização de um produto que toda a gente aprecia. O risco não é muito grande. E, além disso, é um bem que não se estraga. Ninguém diz, ao levantar um cheque: “Olhe, desculpe, estas notas são da semana passada.”

Ainda assim, um número bastante

elevado de banqueiros consegue reu-nir a mistura de talento e obstinação necessária para levar muitas destas instituições à completa ruína. Não deve ser fácil.

O jornalista Nicolau Santos fez, há dias, uma lista não exaustiva de banqueiros portugueses envolvidos em escândalos financeiros e conse-quentes processos judiciais. São cerca de dezena e meia. E acrescentou uma lista de bancos que o Estado português já ajudou, com avultadas injecções de capital. Contando com o BPP e o BPN, são cinco. Num país com a dimensão de Portugal, 15 banqueiros e cinco bancos parece muito. Não sei se é o suficiente para estabelecer uma regra, mas são números um tanto alarmantes. Qualquer dia, banqueiro detido passa a ser um pleonasmo. Talvez fosse bom remodelar os testes psicotécnicos na admissão de candidatos ao lugar de banqueiro. Aparentemente, saber de finanças não habilita ninguém a gerir instituições financeiras.

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19opiniãoquarta-feira 6.2.2013 www.hojemacau.com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Leocardo; Maria Alberta Meireles; Mica Costa-grande; Paul Chan Wai Chi; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

E os símbolos colonialistas da ACPDMContra-manifeSto

Caros Ácêpêdêémes,Qual Colonialismo?O que vivia da água e dos mantimentos

que vinham da China ou o que comia chineses ao pequeno almoço? Qual?...

Qual colonialismo? O que permitiu a criação de uma série

de fortunas locais ou o que levou todas as riquezas do território, e mais algumas ainda por desvendar, deixando os cidadãos na penúria e no caos?

O colonialismo que oprimiu as gentes de Macau ou o que permitiu hoje a Macau ser uma Região Administrativa Especial da China e não Zhuhai?

chá muito verdefernando eloy

O colonialismo que construiu a muralha para defender Macau dos inimigos externos, ou o colonialismo que construiu a muralha para que não se vissem os desmandos que lá iam dentro, ou ainda o colonialismo que construiu a muralha para albergar todos?

Qual colonialismo? O feio, mau, opressor ou o que permitiu o crescimento de per-sonagens cruciais para a China como Sun Yat-Sen? Qual?

Qual colonialismo? O das muralhas e do Clube militar ou o das igrejas? Porque não deitar as igrejas abaixo também?...

Caros Ácêpêdêémes,Manipular a história não dá prisão mas é

cobardia. Não querem que os jovens vejam a história assim?... Mas assim, como? Sabem

como eles a vêm ou pretendem que eles a vejam como vocês querem?

Querem discutir história, discutam. É como vocês dizem? Façam um filme para nós vermos como foi e roguem uma praga aos edifícios. Podem até destrui-los (no filme, claro) e construírem no local um centro das vítimas do colonialismo. Mas deixem-se de merdas.

O passado foi todo mau? De certeza não foi todo bom. Nunca é. Mas foi. Ha-verá ainda alguma razão neste mundo que leve alguém a pensar como vocês pensam? Querem chegar onde? Que história é essa de menina ofendida ‘se não se derruba, a China zanga-se’?... Que diabo!... Que idade é que vocês têm?

O passado foi todo mau?

De certeza não foi todo bom.

Nunca é. Mas foi. Haverá ainda

alguma razão neste mundo

que leve alguém a pensar

como vocês pensam? Querem

chegar onde? Que história é

essa de menina ofendida ‘se

não se derruba, a China zanga-

se’?... Que diabo!... Que idade é

que vocês têm?

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quarta-feira 6.2.2013www.hojemacau.com.mo

Moçambique como referência mundialAs reservas de gás natural e de carvão podem tornar Moçambique numa das referências mundiais do sector energético nos próximos dez anos, atingindo, nesse período, um Produto Interno Bruto (PIB) igual ou superior ao de Angola, segundo estimativa da SPTEC Advisory. Esta consultora da área da indústria do petróleo e do gás natural em África e no Médio Oriente, que prepara uma conferência sobre o tema para Maio em Maputo, lembra que, em 2012, os operadores em Moçambique anunciaram descobertas de gás natural de mais de 100 triliões de pés cúbicos (2.900 biliões de metros cúbicos), rondando as reservas de carvão as 23.000 milhões de toneladas. “Moçambique tem hoje reservas de gás suficientes para fornecer a Alemanha e a França durante cerca de 20 anos e as reservas de carvão podem abastecer, ao ritmo actual, o mercado da União Europeia durante perto de 25 anos”, garantiu Roger Carvalho, presidente executivo da SPTEC Advisory.

Sexo de borla se Nigéria vencer o CANA Selecção nigeriana recebeu um inesperado incentivo para vencer o CAN que está a decorrer na África do Sul: a Associação Nigeriana das Prostitutas oferece os serviços das suas associadas aos jogadores interessados e durante uma semana. Para assinalar esta oferta, a dita organização enviou uma emissária à África do Sul, Jessica Elvis, que esteve no local de estágio da Selecção. Simpaticamente, a Federação não deu qualquer resposta oficial, sendo que aceitar ou não a oferta depende da consciência e vontade de cada um.

car toon macaco iraniano do espaçopor steff

infra-estrutura de macau vai receber dois eventos internacionais

Kartódromo de Coloane a dobrarSérgio [email protected]

o Kartódromo de coloane irá re-ceber dois even-tos internacio-

nais este ano. mas aquela que é actualmente talvez a melhor equipada infra--estrutura para a prática da modalidade no sudeste asiático, não receberá o campeonato do mundo de super KF como o ano passado.

a categoria rainha do karting mundial terá ape-nas dois eventos em 2013, mas devido ao regime de rotatividade de provas imposto pela comissão internacional de Karting da Federação internacional do automóvel (ciK-Fia), será inglaterra e o Bahrein a receberem as duas únicas etapas do campeonato.

contudo, o Kartódro-mo do coloane, que tem a homologação máxima atribuída pela ciK-Fia, continuará na “berlinda” e tem, segundo o calendário oficial da federação interna-cional, o seu maior evento anual, o Grande prémio internacional de Karting de macau, agendado para o fim-de-semana de 12 e 13 de outubro.

este evento será desti-nado aos participantes das categorias KZ1-2 e KF3, mas por confirmar ainda está a localização da prova única que determina o título de campeão ciK-Fia Ásia-

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CAleNdário (ChiNA)Corrida 1 - 17 de Março

Corrida 2 - 14 de Abril

Corrida 3 - 12 de Maio

Corrida 4 - 16 de Junho

Corrida 5 – 14 de Julho

Corrida 6 – 15 de Dezembro

-Pacifico da categoria KF que poderá muito bem cair no mesmo fim-de-semana em macau.

Também em 2013, a raem volta novamente a ser palco de duas provas do campeonato asiático open de Karting (aKoc). o campeonato asiático marcou no seu calendário provisório de provas duas corridas para o Kartódromo do coloane: 15 a 16 de Ju-nho e 12 a 13 de outubro, esta última como evento de suporte do Grande prémio internacional. a competi-ção asiática - que engloba as categorias roK sr, roK Jr, mini roK, max sr, max Jr, 125 seniores, 125 Juniores e 125 Vete-ranos - visitará também as Filipinas, indonésia, Tailândia e pela primeira vez singapura, país onde irá nascer em 2014 um novo kartódromo segundo

os últimos padrões exigidos pela federação internacio-nal capaz de rivalizar com o da raem.

Karting loCal já tem Calendárioentretanto, o campeonato de Karting de macau, or-ganizado pelo associação Geral de automóvel de ma-cau china (aamc), já tem calendário para este ano.

como em anos anterio-res, o campeonato do terri-tório, que tem conseguido nos últimos ano cativar alguns participantes de Hong Kong, será constitu-ído por seis eventos, todos a realizar no Kartódromo de coloane, com a primeira prova marcada para 17 de março, terminando a 15 de dezembro.

os campeonatos locais de motos e scooters locais farão igualmente parte do programa de provas.

CAleNdário (iNterNACioNAl)

AKOC – 16 Junho

Grande prémio Internacional / AKOC - 14 de Outubro