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SUMÁRIO EDITORIAL Iniciamos 2009 realizando o II Congresso do Consad. Trazer para o país palestrantes de renome internacional foi para nós uma tarefa árdua. Escolher os melhores nomes, que pudessem agregar infor- mações à realidade dos gestores públicos brasileiros, nos ajudou a perceber o quanto o Brasil está alinhado com as melhores práticas na administração. O número de palestras triplicou este ano, em relação ao I Congresso do Consad. Estados, entidades e governo federal tiveram ainda mais espaço para expor suas idéias. Foram mais de 1,4 mil participantes. Para o próxi- mo Congresso, já temos muitas sugestões e estamos trabalhando para melhorar ainda mais este encontro. Os fóruns nos estados têm sido momentos importantes de troca de experiências. É oportunidade única para os secretários de Administração, pois cada um destes encontros mostra casos dife- rentes e exitosos de gestão pública. Os representantes dos estados têm levado muitos programas de governo que deram certo em suas regiões, e os fóruns são hoje a melhor forma de troca de conhecimento já efetuada em nosso setor. A inclusão de palestras de entidades conceituadas durante estas reuniões, também se mostrou outra forma acertada de ter acesso ao que há de mais moderno no Brasil e no mundo, em termos de administração pública. O primeiro semestre de 2009 também foi marcado por encontros com parlamentares, em Brasília. Em nosso último fórum, no Piauí, vimos a necessidade de se montar uma assessoria parlamentar permanente, para que possamos plantar a semente da gestão pública no Congresso Nacional. Em abril, nos reunimos com 13 senadores e o tema principal de nossos encontros foi o Projeto de Lei Complementar (PLC) 32, que propõe mudanças na Lei de Licitações (8.666). O projeto é meta prioritária dentro da agenda legislativa de interesse da gestão pública, do Consad. Outro grande avanço este ano foi a liberação de uma verba de R$ 300 milhões, do BNDES, para financiamento da melhoria da qualidade do gasto público e do ambiente de negócios, em cidades com menos de 50 mil habitantes. Muitos estados já começaram a sem movimentar. Ainda viveremos os reflexos da crise mundial até o final deste ano. Mas sairemos dela fortalecidos e na certeza de que, apenas com boas práticas de gestão pública, veremos os efeitos de bolhas interna- cionais, afetarem minimamente a máquina pública e a qualidade do atendimento ao cidadão. Paulo César Medeiros de Oliveira Jr. Presidente do Consad ENTREVISTA Ana Júlia Carepa - Governadora do Estado do Pará CONGRESSO II Congresso Consad de Gestão Pública ALAGOAS Censo de servidores públicos auxiliando na gestão de pessoas AMAPÁ Reengenharia do modelo de gestão AMAZONAS Sistema de controle de gastos com viagens BAHIA Corte de gastos com licitação, recursos humanos e custeio CEARÁ Avaliação de desempenho ESPÍRITO SANTO Inovação incentivada e premiada GOIÁS Regras contra o nepotismo MARANHÃO Projeto “Viva Lagoa” MATO GROSSO “Aposentadoria em 15 minutos“ até dezembro MINAS GERAIS Programa de Desenvolvimento de Gestores Públicos PARÁ Congresso de pregoeiros PARANÁ Serviços de limpeza e vigilância acompanhados de perto PERNAMBUCO ATI ganha reconhecimento do Governo Federal PIAUÍ Novos sistemas de informação mudam administração RIO GRANDE DO NORTE O desafio de aproximar as gestões estadual e municipal RIO GRANDE DO SUL Economia no sistema de manutenção da frota de veículos RORAIMA Segad realiza “I Oficina de Trabalhos” para servidores SANTA CATARINA Programa de descentralização SÃO PAULO Prêmio Mario Covas anuncia vencedores SERGIPE Nova linha de crédito para MPEs sergipanas TOCANTINS Estado valoriza servidores e garante mobilidade com os PCCs 2 5 8 12 16 18 21 23 26 28 30 33 36 37 40 43 46 48 50 52 55 59 62

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Revista de Gestão Pública - Nº 11

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SUMÁRIO EDITORIAL

Iniciamos 2009 realizandoo II Congresso do Consad.Trazer para o país palestrantesde renome internacional foipara nós uma tarefa árdua.Escolher os melhores nomes,que pudessem agregar infor-mações à realidade dos gestorespúblicos brasileiros, nos ajudoua perceber o quanto o Brasil

está alinhado com as melhores práticas na administração. O númerode palestras triplicou este ano, em relação ao I Congresso do Consad.Estados, entidades e governo federal tiveram ainda mais espaço paraexpor suas idéias. Foram mais de 1,4 mil participantes. Para o próxi-mo Congresso, já temos muitas sugestões e estamos trabalhando paramelhorar ainda mais este encontro.

Os fóruns nos estados têm sido momentos importantes de trocade experiências. É oportunidade única para os secretários deAdministração, pois cada um destes encontros mostra casos dife -rentes e exitosos de gestão pública. Os representantes dos estadostêm levado muitos programas de governo que deram certo em suasregiões, e os fóruns são hoje a melhor forma de troca deconhecimento já efetuada em nosso setor. A inclusão depalestras de ent idades conceituadas durante estas reuniões,também se mostrou outra forma acertada de ter acesso ao que há demais moderno no Brasil e no mundo, em termos de administraçãopública.

O primeiro semestre de 2009 também foi marcado por encontros comparlamentares, em Brasília. Em nosso último fórum, no Piauí, vimosa necessidade de se montar uma assessoria parlamentar permanente,para que possamos plantar a semente da gestão pública no CongressoNacional. Em abril, nos reunimos com 13 senadores e o tema principal denossos encontros foi o Projeto de Lei Complementar (PLC) 32, quepropõe mudanças na Lei de Licitações (8.666). O projeto é metaprioritária dentro da agenda legislativa de interesse da gestão pública,do Consad.

Outro grande avanço este ano foi a liberação de uma verba deR$ 300 milhões, do BNDES, para financiamento da melhoria daqualidade do gasto público e do ambiente de negócios, em cidadescom menos de 50 mil habitantes. Muitos estados já começaram a semmovimentar.

Ainda viveremos os reflexos da crise mundial até o final desteano. Mas sairemos dela fortalecidos e na certeza de que, apenas comboas práticas de gestão pública, veremos os efeitos de bolhas interna-cionais, afetarem minimamente a máquina pública e a qualidade doatendimento ao cidadão.

Paulo César Medeiros de Oliveira Jr.Presidente do Consad

ENTREVISTAAna Júlia Carepa - Governadora do Estado do Pará

CONGRESSOII Congresso Consad de Gestão Pública

ALAGOASCenso de servidores públicos auxiliando na gestão de pessoas

AMAPÁReengenharia do modelo de gestão

AMAZONASSistema de controle de gastos com viagens

BAHIACorte de gastos com licitação, recursos humanos e custeio

CEARÁAvaliação de desempenho

ESPÍRITO SANTOInovação incentivada e premiada

GOIÁSRegras contra o nepotismo

MARANHÃOProjeto “Viva Lagoa”

MATO GROSSO“Aposentadoria em 15 minutos“ até dezembro

MINAS GERAISPrograma de Desenvolvimento de Gestores Públicos

PARÁCongresso de pregoeiros

PARANÁServiços de limpeza e vigilância acompanhados de perto

PERNAMBUCOATI ganha reconhecimento do Governo Federal

PIAUÍNovos sistemas de informação mudam administração

RIO GRANDE DO NORTEO desafio de aproximar as gestões estadual e municipal

RIO GRANDE DO SULEconomia no sistema de manutenção da frota de veículos

RORAIMASegad realiza “I Oficina de Trabalhos” para servidores

SANTA CATARINAPrograma de descentralização

SÃO PAULOPrêmio Mario Covas anuncia vencedores

SERGIPENova linha de crédito para MPEs sergipanas

TOCANTINSEstado valoriza servidores e garante mobilidade com os PCCs

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Transparência é uma questão que está sempre entreas cobranças da sociedade. Quais as ações do gover-no do Pará para atender a este anseio?

AJ - Destaco o papel da Auditoria Geral do Estado,que tem a função de fiscalizar e exercer o controle inter-no das ações do Governo do Estado, e que tem disponi-bilizado dados sobre a administração pública para acessolivre pela internet, no sítio "Transparência Pará". Poroutro lado, a internet deixou de ser benefício para poucos,porque estamos garantindo o acesso não só em escolas eórgãos públicos, como abrindo infocentros públicos ecom acesso gratuito, em todo o Estado, por meio do pro-grama de inclusão digital "NavegaPará". Da mesmaforma, o Governo tem se aproximado e prestado infor-mações de forma célere aos órgãos de controle externo,como o Tribunal de Contas do Estado e o MinistérioPúblico, agindo preventivamente para garantir o anda-mento dos processos administrativos dentro de todas asnormas da legalidade. Além disso, é claro, existe a parti -

cipação direta da sociedade na observação e discussão denossas ações em todas as áreas administrativas.

Como tem sido a participação da sociedade civil naadministração pública do estado?

AJ - Nosso governo é, por princípio, um governopopular, por isso fortalecemos essa participação. Criamosum instrumento pelo qual o povo influencia diretamentena decisão dos investimentos para os municípios, que é oPlanejamento Territorial Participativo (PTP), pelo qualrealizamos conferências com ampla representatividadedos setores sociais em todas as microrregiões do Pará.Cada região escolheu seus conselheiros, responsáveis pordefender as demandas das comunidades e também poratuar como observadores da gestão do Estado. Alémdisso, temos mantido um diálogo constante e profícuocom os movimentos sociais, que nos ajudam a direcionarmelhor as políticas públicas. Fortalecemos outros instru-mentos de participação e controle social, apoiando a

Ana Júlia de Vasconcelos Carepa

Governadora do Estado do Pará

ENTREVISTA

Ana Júlia de Vasconcelos Carepa é a primeira governadora mulher do Estado do Pará. Nascida em Belém do Pará, é a única mulherentre sete irmãos. Formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e bancária concursada do Banco do Brasil desde 1983, começousua militância política participando da Comunidade de Base do Jurunas (COBAJUR). Nos anos oitenta, Ana Júlia Carepainiciou sua atuação sindical no Movimento de Oposição Bancária (MOB). Em 1992, foi eleita vereadora em Belém, a mais votada peloPartido dos Trabalhadores (PT). Em 1994, se elegeu deputada federal e, em 1996, Edmilson Rodrigues e Ana Júlia Carepa disputaramas eleições municipais pela Frente Belém Popular. Em 1997, renunciou ao mandato de deputada federal para assumir a vice-prefeiturade Belém, passando a atuar como vice-prefeita e Secretária Municipal de Urbanismo. Em 2000, foi eleita a vereadora mais votada nahistória do Pará (26.729 votos). Em 2002, Ana Júlia venceu a eleição para senadora, sendo eleita não só a primeira mulher a repre-sentar o Pará no senado, mas também, a mais votada em toda história, com mais de um milhão de votos.

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reestruturação dos conselhos de direitos, como fizemos aocriar a "Casa dos Conselhos", que reúne num só espaço osconselhos da Criança e Adolescente, da Pessoa Idosa e daAssistência Social, e também definimos por regra quetodas as obras realizadas pelo Estado devem ter comissõesde fiscalização, as Cofis, que são formadas por represen-tantes das áreas impactadas. Abrir as portas para a parti -cipação popular sempre foi uma marca e um diferencialdas administrações do Partido dos Trabalhadores. Isso fazparte da nossa história.

As assembléias públicas promovidas pelo estadochamaram a atenção da sociedade?

AJ - Sem dúvida. A enorme freqüência popular nasconferências do PTP é uma prova disto. No nossoprimeiro ano de governo, em 2007, realizamos 12plenárias regionais e 143 assembléias públicas municipais,chegando a todas as cidades paraenses, reuniões que con-gregaram mais de 86 mil pessoas. E os 3.983 conselheiros

eleitos nesse processo continuam atuantes na discussãodas políticas para o Estado, marcando presença nasreuniões periódicas dos conselhos regionais do PTP.

Quais as mudanças geradas pela participação dasociedade?

De imediato, o que se tem é uma gestão maisdemocrática, transparente e plural, capaz de representar asexpectativas e atender às necessidades do Estado comoum todo e não apenas de um grupo ou outro. Para se teruma idéia, 430 demandas das mais variadas, de implan-tação de cursos superiores a repasse de patrulhas agríco-las, foram eleitas pelo povo a partir das assembléias doPTP e se transformaram em ações previstas no orçamen-to público. Em médio e longo prazo, o que teremos é umasociedade politicamente mais madura, consciente de seusdireitos, de seu poder de organização, e também dosdeveres de cidadão de observar como o dinheiro públicoestá sendo aplicado. Essa mudança também leva a outra,

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à formação de gestores públicos mais responsáveis, quesabem que serão cobrados pelos seus atos e a uma formade se fazer política que não é pautada pelo assistencialis-mo, mas pela co-responsabilidade e pela parceria.

Quais experiências de gestão merecem destaque nogoverno?

AJ – Uma experiência que avalio inovadora, é a interli-gação on-line de todos os órgãos do governo estadual,assim como de órgãos municipais e federais, pela rede digi-tal do "NavegaPará" e, com isso, a possibilidade que tive-mos de criar vários instrumentos de governança eletrônica,como consulta de cadastros e nota fiscal avulsa. Além disso,nosso governo tem colocado em prática o pacto federativo,buscado a gestão em parceria com os municípios. Temosfeito isso, por exemplo, na área da saúde: o Pará foi um dosúnicos estados a implantar o sistema de repasse Fundo aFundo, repassando recursos diretamente para as prefeituras,para o fortalecimento da Atenção Básica, mas exigindo tam-bém co-responsabilidade e cumprimento de metas para amelhoria dos indicadores de saúde. Outra experiência é aaproximação com o setor produtivo, com a implantação doFórum Paraense de Competitividade, que reúne periodica-mente órgãos de governo e empresariado dos diversossetores, e que tem ajudado a direcionar decisões para elimi-nar gargalos no crescimento econômico do estado.

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“430 demandas das mais

variadas, de implantação de

cursos superiores a repasses de

patrulhas agrícolas, foram

eleitas pelo povo a partir das

assembléias do Planejamento

Territorial Participativo”

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II Congresso Consad de Gestão Pública foi aber-to no dia 6 de maio, no Centro de ConvençõesUlysses Guima rães, em Brasília. O encontroreuniu 20 secretários de estado e cerca de 1,4 mil

participantes. Na solenidade de abertura, a mesa foi com-posta pelo presidente do Con sad e secretário deAdministração e Recursos Humanos do Rio Grande doNorte, Paulo Cé sar de Medeiros, pelo secretário executivodo Minis tério do Planejamento, Orçamento e Gestão, JoãoBernardo Bringel, pela secretária-adjunta de Estado dePla ne jamento e Gestão do Distrito Federal, Ceres AlvesPrates, e pelo procurador-geral de Justiça do Rio Grandedo Norte, José Augusto Peres.

O secretário-executivo João Bernardo Bringel destacou a

importância do congresso diante do atual cenário de crises.Segundo ele, 2009 é o ano da gestão pública. Ele afirmouainda que o Congresso discutiria temas que são pautas dosetor público neste ano. O presidente do Consad, PauloMedeiros, afirmou que os temas dos pai néis previstos iriamfomentar o debate sobre gestão pública entre os governos ea sociedade. Depois, saudou os representantes de todos osestados presentes e destacou que o principal objetivo doevento é refletir uma boa gestão nas demandas da sociedade.

Na fase de preparação do Congresso, o Consad rece-beu a inscrição de 400 trabalhos. Destes, 196 foram sele-cionados para se apresentar dentro de 65 painéis, nos trêsdias de Congresso. O evento ainda contou com quatroconferências e uma palestra.

II Congresso Consad de Gestão Pública

A pauta governamentalem debate

O

Michael BarzelayA conferência inaugural foi con-

duzida pelo doutor em Ciência Políticada Universidade de Yale (EUA)Michael Barzelay. Consultor na área degestão pública junto a diversas organi-zações, incluindo BID e BancoMundial, Barzelay ministrou a palestra“O debate da qualidade do governoenfrenta a desconfiança institucional:imparcialidade, custo do controle epolíticas de gestão”. Em seu relatosobre suas experiências em atividadesde consultoria organizacional, o cientista políticoreconheceu a dificuldade em identificar umametodologia de gestão no setor público. Barzelaydestacou que, para ter sucesso na gestão pública delongo prazo, é necessário criar ideias e ser capaz deimplementá-las. “É preciso planejar, organizar, dire-cionar e saber aplicar, evitando riscos”, orientouBarzelay.

A apresentação aindacontou com uma exposiçãoapontando que, para ter me -lhor eficiência e eficácia, osgovernantes precisam adotarmedidas que visem comba -ter a corrupção nos órgãosoficiais. Segundo Barzelay,para que a gestão orientadatenha bons resultados alongo prazo, é preciso esta -belecer metas. O cientistapolítico também disse que ovalor público é a base deste

setor, e é missão do gestor público garantir que ocusto não ultrapasse o beneficio. E complementou:“As mudanças organizacionais só são possíveis quan-do há uma interação coletiva entre todos os envolvi-dos. A gestão orientada envolve todas as lideranças,podendo utilizar elementos tecnológicos para mistu-rar as novas experiências com as antigas que deramresultado”.

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Débora WetzelDiretora da Rede de Governança e

Setor Público do Banco Mundial,Débora Wetzel é Doutora emEconomia e Finanças Públicas pelaUniversidade de Oxford, e foipalestrante na conferência “Desafiosda gestão pública no contexto da crisefinanceira” e fez uma leitura sobre oatual cenário mundial, ana lisando deque forma a crise influencia nastomadas de decisões dos governos detodo o mundo e quais são os desafiosno enfrentamento da questão.

Débora abriu a apresentação afirmando que “omundo está observando atentamente o Brasil”, porconta das experiências de gestão pública exitosas,desenvolvidas no País. A conferencista fez umaanálise de crise, traçando paralelos entre épocas degrandes mudanças estruturais ocorridas na economiamundial, em diferentes momentos da história. Eladescreveu a progressão da atual turbulênciaeconômica, desde seu epicentro, nos EUA, suas fases

de transmissão paraAmérica Latina e países daÁsia e Europa Oriental, e adesaceleração fortíssima queaconteceu de agosto de2008 até agora.

A economista tambémdestacou a importância demecanismos de controle,tanto formais (TCEs eTCU) quanto sociais(ONGs e sociedade civil),nesse momento de cuidadona priorização de planos e

estratégias. Defendeu ainda a importância de semedir o grau de previsão orçamentária da gestãopública para aumentar a eficácia. Mesmo que não sejapossível prever uma crise externa, o cuidado comessas previsões diminui o impacto em situações críti-cas, em que se tem menos receita e mais gastos,segundo Débora. Para ela, neste cenário, é imprescin-dível avaliar as opções e fazer escolhas acertadas, poisa crise acaba funcionando como um teste para agestão pública.

Bárbara NunbergAs trocas de informação entre

Brasil e Leste Asiático foram o foco dapalestra de Bárbara Nunberg, gerenteSênior do Banco Mundial para aReforma do Setor Público, que encer-rou o II Congresso Con sad de GestãoPública. A doutora em Economia fezuma reflexão so bre o processo recentede aproximação entre Ásia e AméricaLatina, na busca de um modelo degestão para este século. Nunberg aindademonstrou a necessidade de desmon-tar alguns mitos relacionados à crise financeiramundial.

O destaque da palestra foi a apresentação donovo papel que a América Latina vem desempenhan-do no mundo. Bárbara explicou que a região se for -taleceu na ges tão pública com a utilização de no vastecnologias, como as que permitiram que a população

tivesse acesso às contas degoverno. A palestranteacrescentou que os paí sesque formam o LesteAsiático têm vários motivospara querer um intercâmbiocom as experiências bra -sileiras, principalmente emas suntos relacionados à apli-cação da democracia, paraaprender com o Brasil adesenvolver sistemas inter-governamentais.

A China foi um dos paísescitados por Nunberg, que já solicita ram ao BancoMundial informações do que vem acontecendo noBrasil, no cenário de desenvolvimento econômico eem termos de gestão pública. A apresentação foifinalizada com Bárbara enfatizando que “para se teruma gestão pública eficiente, os países precisam tro-car mais experiências”.

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Assessoria de Comunicação/ Segesp

Ocenso dos servidores públicos do estadode Alagoas, organizado pela Secretaria deEstado da Gestão Pública (Segesp), rea -

lizado no período de 2 de fevereiro a 8 de marçode 2009, cadastrou 68.358 pessoas. Nesseprimeiro momento, 2.694 servidores tiveram osalário referente ao mês de fevereiro suspenso.Por conta disto, houve um corte na ordem de R$1,2 milhão na folha de pagamento. A previsãodo Executivo era a de cadastrar um total de70.400 servidores – entre ativos e inativos.

Para receber o vencimento, os faltosos tiveramonze dias – de 16 a 27 de março – para com-parecer a uma agência da Caixa EconômicaFederal (CEF), com a documentação obrigatóriae o formulário devidamente preenchido. Quemregularizou a situação recebeu o vencimento pormeio de uma folha suplementar. Neste período,

1.247 pessoas comparecem, deixando uma demanda reprimida de795 servidores.

Em reunião, no início deste mês, com os servidores da Segespe da CEF que participaram diretamente do processo do censo, osecretário da Gestão Pública, Guilherme Lima, destacou o suces-so obtido. “Em cerca de um mês, atingimos 99,5% dos servidores.Foi uma vitória para Alagoas”, ressaltou.

Destrinchando O Censo 2009 contabilizou do dia 2 fevereiro a 8 de março,

30.634 servidores do sexo masculino e 37.724 do sexo feminino,dos 68.358 servidores estaduais que compareceram ao censo.

ALAGOAS

Censo de servidores públicosservirá como base para novapolítica de gestão de pessoas

Gestores reunidos em tornodos resultados do Censo

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Deste total, mais de 25 mil servidores (correspondente amais de 40%) tem menos de dez anos no serviço público;46.673 estão na folha dos ativos e 21.685 na dos inativos epensionistas; quase 90% do total de servidores possuemdependentes, o que representa um total de 58.550, per-fazendo uma média de 1,03 por servidor ativo e 0,34 porservidor inativo.

Oitocentos e treze servidores responderam ao censopor procuração. Um fato curioso, que chamou a atençãoda equipe do recenseamento, foi ainda existirem 212 pes-soas com mais de 70 anos de idade na folha de pagamen-to dos servidores ativos. O secretário da Gestão Pública,Guilherme Lima, disse que os casos estão sendo estudadospois, segundo ele, este grupo já poderia ter sido contem-plado com a aposentadoria compulsória.

Novas metasOs dados obtidos no Censo 2009 representam uma

importante ferramenta de informação para o Executivo eservirão de base para formulação de políticas de gestão depessoas.

Segundo Guilherme Lima, com os dados do censo ogoverno pretende ainda conhecer a vida funcional de cadaservidor; facilitar o trabalho de reestruturação do SistemaPrevidenciário e incrementar o Programa de Valorizaçãodo Servidor.

Quanto a possíveis fraudes dos participantes, oGoverno só poderá saber se houve algum caso com a rea -lização de uma auditoria. Este trabalho será feito separada-mente. Na folha dos inativos e pensionistas, a previsão éentre julho e agosto deste ano e na folha do pessoal daativa, em outubro de 2009.

Além da auditoria, o Governo deve implantar umnovo sistema de recursos humanos até novembro, já que otrabalho do censo possibilitou conhecer com riqueza dedetalhes a vida funcional dos servidores. Estão previstas ainstalação de catracas eletrônicas e a criação uma escolavirtual, onde os cursos ministrados de forma on line aten-derão a demanda existente atualmente entre os servidoresestaduais.

DificuldadesComo em quase todo processo longo e de grande

abrangência, a Segesp detectou algumas irregularidadesdurante a realização dos trabalhos do censo, como porexemplo, a entrega do comprovante de conclusão do ensi-no médio e superior sem a chancela da instituição de ensi-no competente. Mais de quatro mil diplomas de conclusãodo ensino médio foram remetidos à Secretaria deEducação e do Esporte (See) para a análise da autentici-dade do documento.

No dia 9 de fevereiro, poucos dias após o início docenso, a equipe técnica da Segesp e os secretáriosGuilherme Lima e o adjunto de Gestão de Pessoas, JoãoCarlos Barros, detectaram o rompimento de uma fibra

ótica – fios que fazem a conexão entre o servidor daSegesp e os computadores do Centro AdministrativoLourival Nunes da Costa –, acarretando a paralisação,durante duas horas, do atendimento aos servidores ina-tivos e pensionistas, que contavam com uma central espe-cial naquele prédio, para responder ao censo. O caso foilevado à Polícia Civil de Alagoas para ser investigado.

Outro transtorno durante o período do censo foi ainvasão e o congestionamento do sistema de cadastramento, queimpossibilitou por algumas horas, em dias diferentes, o acessodos servidores ao site www.gestaopublica.al.gov.br/censo.Nos primeiros dias, foi detectado mais de 70 mil acessosininterruptos, o que levantou a suspeita de sabotagem aoprocesso.

Logística Para montar a infraestrutura do censo 2009, a Segesp

precisou criar quatro softwares e adquirir equipamentosscanners, além de câmeras fotográficas e coletores digitais.A Secretaria treinou 54 servidores para trabalhar especifi-camente no processo do censo. Um grupo ficou no prédiosede da Segesp no atendimento do call center, onde os servi-dores podiam tirar suas dúvidas pelo 0800-284-2223.Outra equipe foi treinada para recensear especialmenteinativos e pensionistas, no prédio anexo da Segesp, CentroAdministrativo Lourival Nunes da Costa (antigo fórum deMaceió). Somente lá foram feitos mais de 20 mil atendi-mentos.

Os servidores também puderam agendar o dia e a horado recenseamento através do telefone 0800 726-0101 daCaixa Econômica Federal (CEF), e escolher em qual agên-cia comparecer para fazer o censo. A Caixa – instituiçãofinanceira que realiza o pagamento dos servidores doExecutivo estadual – ficou responsável pelo recebimentodos documentos exigidos, pela fotografia e pela coleta dadigital dos servidores públicos ativo, efetivo e comissiona-do.

O secretário Guilherme Lima visitou dez municípiosdo interior do estado, que funcionaram como uma espéciede “quartel general” do censo, juntamente com o gerenteda CEF, Mário Engles, e um dos coordenadores dos tra-balhos do recenseamento, André Molina. O grupo estevenas cidades de Delmiro Gouveia, Santana do Ipanema,Palmeira dos Índios, Arapiraca, São Miguel dos Campos,Capela, Viçosa, União dos Palmares, Rio Largo e Pilar paraacompanhar o atendimento aos servidores públicos.

Em todas as cidades visitadas, o secretário GuilhermeLima falou às rádios locais, recomendando que os servi-dores procurassem os pontos de apoio instalados nasescolas estaduais, para participar do recenseamento.

A Caixa e a Segesp realizaram uma força-tarefa no sába-do (7) e domingo (8) de março, no Centro de Convençõese Exposições Ruth Cardoso, para atender a demanda deservidores que não conseguiram fazer agendamento nasagências da Caixa, na reta final do censo. A CEF montou 25

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terminais de computadores para fazer o recenseamento.

Banco Mundial elogia agilidade

O consultor do Banco Mundial, Fernando Blanco, elo-giou o trabalho realizado pelo governo estadual para a exe-cução do censo, em apenas um mês. Blanco destacou oalcance do recenseamento, que atingiu a maioria dos servi-dores estaduais (mais de 99%). “O censo foi um grandesucesso. Ficamos impressionados com a cobertura, rapi-dez e compilação das informações adquiridas por meio doformulário”, disse.

Esta foi a primeira etapa de um longo caminho paragarantir uma gestão de pessoas mais eficiente paraAlagoas. O pacote de ações apresentado pelo governoestadual prevê ainda o encaminhamento de uma auditoriae de um sistema mais amplo de gerenciamento dos recur-sos humanos, englobando todo o banco de dados dosservidores públicos estaduais.

Blanco explicou que as ações não fazem parte somentede um pacote de financiamento, mas de um plano mais

abrangente para o desenvolvimento local. “As propostasfazem parte da reforma deste Governo que desde o inícioestá comprometido em reformar Alagoas. O BancoMundial apenas acompanha e dá suporte técnico nosdetalhes”, declarou o consultor.

DivulgaçãoO Censo 2009 dos servidores públicos ativos e ina-

tivos do Executivo estadual gerou uma mídia espontâneano valor de mais de R$ 400 mil reais, conforme relatóriofinal da Assessoria de Imprensa da Segesp. No período de16 de janeiro a 11 de março, foram enviados 31 releases àimprensa escrita, falada e televisiva.

Em TVs abertas locais foram veiculadas trinta aborda-gens sobre o censo, divididas em matérias e entrevistas,perfazendo um total de 58´´ (cinqüenta e oito minutos). Jáem TVs fechadas, foram veiculadas cinco entrevistas, con-tabilizando três horas de notícia no ar.

Em oito sites locais foram publicadas 95 matérias. Emrádios, foram inseridas 35 entrevistas sobre o Censo 2009,sendo 26 em emissoras da capital e 9 em rádios do interi-or do estado.

Alagoas terá novo regimepróprio de Previdência para servidores

Em fevereiro deste ano, a Secretaria deEstado da Gestão Pública (Segesp) assinoucontrato para a reestruturação do sistemaprevidenciário de Alagoas e garantir aaposentadoria aos servidores inativos. Aexpectativa é a de que a implantação dasmudanças aconteça no período de tempo deseis meses.

Segundo o secretário Guilherme Lima, oobjetivo da reforma é tornar o sistema auto-suficiente. “Vamos reestruturar a previdênciapara que ela possa suportar as novas aposen-tadorias e para que o dinheiro não saia maisdo Tesouro estadual”, De acordo com Limasão gastos, mensalmente, R$ 38,7 milhõescom os cerca de 18.800 servidores inativos eR$ 112 milhões com os 54 mil servidoresestaduais que estão na ativa.

Em 19 de maio o anteprojeto de Lei deReestruturação do Regime Próprio dos

Servidores acompanham explicações sobreo novo regime

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Servidores do Estado de Alagoas foi discutido com os integrantes do grupode trabalho que atuará junto a empresa Renato Follador Consultoria emPrevidência Ltda., na modulação, definição e implantação do novo regimeprevidenciário do estado. O modelo inicial foi apresentado por consultores daRenato Follador Consultoria, Mauro Borges, Luiz Salgado e Luiz CláudioCogut.

O consultor Mauro Ribeiro Borges – autor dos livros “PrevidênciaFuncional e Regimes Próprios de Previdência”, e “Previdência Funcional:Teoria Geral” – , apresentou a proposta da consultoria e ressaltou que a linhade raciocínio da mudança para o Modelo de Gestão da Previdência tem doisplanos; o de Benefícios e o de Custeio. “Por conta disso é muito importanteque os outros Poderes (além do Executivo), tenham participação no SistemaPrevidenciário”.

Ribeiro Borges salientou a necessidade de se trabalhar com dois elemen-tos: o aumento da expectativa de vida dos cidadãos e a expectativa de sobre-vida. O Plano de Custeio trabalha com a formação de reserva de capitaliza-ção. Ele ressalta que Plano de Benefício já está pré-estabelecido naConstituição Federal, e que há apenas algumas pequenas regulações adaptadasà realidade do estado.

OportunidadesNo dia 26 de maio, o consultor Renato Follador apresentou as oportu-

nidades para o Plano de Custeio da Reestruturação do Regime Próprio dePrevidência dos Servidores do Estado, com base na Lei Federal nº 9.717 de27 de novembro de 1998 que dispõe sobre as regras gerais para a organizaçãoe o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidorespúblicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dosmilitares dos Estados e do Distrito Federal. O encontro aconteceu na sala dereuniões da Secretaria de Estado da Gestão Pública (Segesp), com os repre-sentantes do grupo de trabalho criado para atuar junto à consultoria na mo -dulação, definição e implantação do novo modelo de previdência, coordena-do pelo secretário da Gestão Pública, Guilherme Lima.

Renato Follador destacou que o regime financeiro mais adequado é o decapitalização. Segundo o consultor esse regime apresenta alíquotas constantes.“Isso é muito interessante, já que nosso país é o que pratica as alíquotas maiscaras do mundo, entre 32 e 33%”, complementa.

O consultor disse que a situação ideal para a previdência é que exista umamédia de três trabalhadores na ativa para cada um aposentado. De acordocom Follador, em Alagoas a média hoje é de 1,5 ativos para um inativo. Eleressalta que no estado Rio Grande do Sul há também mais aposentados doque servidores ativos. Já na capital paranaense – onde a empresa RenatoFollador implantou há mais de quinze anos o Paraná Previdência – a médiade ativos para aposentados, diminuiu consideravelmente de 1993 até 2008;passando de 4,9 por cada um inativo, para 3,5 por aposentado, respectiva-mente.

Regime de Capitalização – Follador enfatiza que a preocupação funda-mental do regime é o de “blindar” a forma de contribuição previdenciária, eque o maior compromisso desse regime é com a previdência. “Não adiantaimplantá-lo sem que o governante esteja totalmente comprometido”, frisa,lembrando que não se pode fazer o projeto sem o cálculo da base de avaliaçãoatuarial.

eO projeto de Lei deve ser entregue ao Governo do Estado ainda nesteprimeiro semestre. O chefe do Executivo vai remetê-lo à AssembléiaLegislativa para apreciação dos 27 parlamentares que integram o Legislativoalagoano. Depois da apreciação da Assembléia, a matéria volta para o gover-nador Teotonio Vilela Filho, a quem cabe sancionar ou não o projeto.

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AMAP˘

Reengenharia do modelo de gestão

Quebra de paradigmas daépoca de Território Federal

m dos mais jovens estados do país, criado pelaConstituição de 1988, há cinco anos o Amapávem dando passos importantes na quebra de pa -radigmas da administração pública local, que

ainda vivia ligada à práticas arraigadas, da época deTerritório Federal, implantando um paciente e cuidadosoprocesso de modernização do Estado, a partir da reenge -nharia do seu modelo de gestão. Com a simplificação e amelhoria do desempenho da máquina pública, o governopôde elevar os investimentos estratégicos – principalmenteem infraestrutura física – e enfrentar com êxito o desafiode reduzir as desigualdades sociais, combinando desen-volvimento econômico a uma política moderna de preser-vação e exploração racional das potencialidades naturaisdo Estado, o mais bem preservado da Amazônia, comnada menos que 94% de sua cobertura vegetal intocada.

Mesmo com as mudanças na forma de atuação doEstado a partir da década de 90, onde se passou a delegarà iniciativa privada a exploração de serviços ou atividadeseconômicas, a instalação do Amapá (1991) deu-se a partirdo Plano Geral do Estado, um mecanismo que não diferiamuito do Plano Geral de Cargos do Governo Federal, queera aplicado aos Territórios Federais. Nesta perspectiva, oEstado foi organizado sob a ótica das áreas de formaçãoacadêmica e escolar, o que gerava uma grande defasagem,já que o Amapá não acompanhou os setores públicos quepassavam por um processo de organização e regulamen-tação para aperfeiçoamento da atuação do Estado, comoas finanças públicas e a gestão ambiental. Enquanto oEstado mudava sua forma de atuar, os servidores foramficando desatualizados profissionalmente, já que não havia

uma política adequada de reciclagem para colocá-los emcondições de atuarem nestes novos tempos.

O processo de implantação do modelo de moderniza-ção da gestão iniciou-se em 2004, com o agrupamento dos52 órgãos do governo em seis secretarias especiais, estru-turadas de maneira horizontal, de forma a propiciar ocompartilhamento da gestão e a visão estratégica perfeita-mente nivelada entre os gestores. “Desta forma, todos osdias, você tem a oportunidade de confrontar os principaisauxiliares do governador com todas as questões doEstado. Hoje, a equipe compartilha os problemas, nãotrata os assuntos das pastas de forma isolada com o go -vernador. Se alguma questão é relevante, estratégica, outransversal para o governo, passará a ser discutida no con-junto”, explica o secretário Especial de Desenvolvimentoda Gestão, Joel Nogueira Rodrigues.

O passo seguinte foi a adequação da estrutura ao novomodelo de gestão. Secretarias e órgãos do governo foramextintos e novos foram criados. No lugar da Secretaria doPlanejamento surgiu a Secretaria de Planejamento Orçamentoe Tesouro. Foi criada a Secretaria da Receita Estadual, emsubs tituição a Secretaria da Fazenda, além das secretarias deTrabalho e Empreendedorismo, da Inclusão e MobilizaçãoSocial, da Secretaria de Estado do Turismo e a Secretaria daCultura, que antes tinha as políticas públicas abrigadas em umaFundação. O processo de regulamentação envolveu os técni-cos dos próprios órgãos, onde depois de definidas a visão, amissão, e as funções dessas novas estruturas, dimensionaramos cargos, hierarquia, e o Plano de DesenvolvimentoInstitucional, indicando para cada um as medidas e os investi-mentos necessários e o tempo de implantação.

Gilberto Ubaiara/Secom

U

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A busca de eficiência na governança corpora-tiva pública pelo Amapá exigiu um outro desafio:a necessidade de especializar o governo nas diver-sas áreas de atuação, por meio de um processo dereestruturação das carreiras do Poder Executivo.Junto com as carreiras também era necessário acriação de um programa de incentivos, já que oEstado não distinguia e não valorizava os servi-dores em várias frentes. “Nossa preocupação erae specificamente com a área instrumental do go -verno: planejamento, avaliação das políticas econtrole. Os funcionários colocados nessas áreas,antes faziam parte de um grupo que congregavatodos os servidores do Estado. Com asmudanças, eles passaram a atuar em grupos deatividades específicas, como educação, saúde esegurança”, conta Joel Rodrigues.

A partir desta preocupação, a primeira car-reira organizada pelo Governo foi o GrupoGestão. Depois do levantamento do quantitativo,que passou por um processo de reenquadramento na car-reira, 1,3 mil servidores já estão indo, de forma escalona-da, para cursos de especialização na Escola deAdministração Pública do Amapá (EAP), com 10 mesesde duração. O conteúdo é específico para cada área:administrativa (logística, suprimentos, gestão de pessoas),Planejamento, Orçamento e Finanças, e Controle. “Onível de exigência da gestão, do ponto de vista da áreafiscal, por exemplo, é muito grande. Desde o advento daLei de Responsabilidade Fiscal, esses técnicos são respon-sáveis pela obediência e rigor na execução da LeiOrçamentária. Ao mesmo tempo, o Governo Federal setornou mais exigente com Estados e Municípios emrelação à sua disciplina fiscal, tanto para promover trans-ferências como para operações de crédito. Hoje énecessário pessoas com domínio satisfatório dessas ferra-mentas”, pondera Joel Rodrigues.

O estímulo para que os servidores busquem a capaci-tação do governo do Estado vem através de uma gratifi-cação que representa 30% de aumento no vencimentobásico. Mas para garantir a adesão do funcionalismo,metade do percentual de reajuste (15%) é creditado aoservidor no ato da matrícula, o restante só depois do tér-mino da especialização. Esse mecanismo também pre-tende dar maior coesão e uniformidade às questões deEstado. Antes, os servidores buscavam a capacitação porcontra própria, de acordo com sua conveniência e seuinteresse. Agora, o governo inverteu esse papel, oferecen-

do um pacote sistematizado, voltado para as áreas deinteresse do Estado, dando a direção para as áreas que ogoverno entende que são necessárias.

InfraestruturaO Amapá já sabia da carência de profissionais de

engenharia em seus quadros. Mas essa necessidade ficouainda mais evidente com o início da execução das obras doPAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Recursossubstanciais foram transferidos para investimentos emsaneamento, habitação e estradas, mas não havia equipessuficientes e capacitadas para elaborar projetos e paraacompanhar e avaliar com eficiência a execução destes pro-jetos. Essa carência, também notada nos municípios e nospróprios quadros do Governo Federal, levou o governo aorganizar, no início do ano, o Grupo Infraestrutura, queficou dividido em: área técnica, nível profissionalizante,superior sem gradução, tecnólogo, analista de infraestrutu-ra (que tem o perfil de nível superior), e o gestor deinfraestrutura (profissional com nível de pós-graduação)que irá atuar em áreas que o Estado elegeu como prio -ritárias – saneamento, obras viárias e meio ambiente. Comisto, espera-se que o Estado melhore sua capacidade deobtenção de recursos para infraestrutura, como tambémgerenciar os projetos com maior competência. Como noquadro só há 34 servidores, o Governo fará concursopúblico. Os técnicos serão lotados na Secretaria deInfraestrutura, Detran e a Agência de Desenvolvimento do

Modernização da gestão exigeprocesso de reestruturação das carreiras do Executivo

Mestrado de gestores da Escola de Administração Pública do Amapá

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Escola de Administração Pública:Programa de Pós-Graduação para gestores

No processo de modernização da gestão do Amapá, aEscola de Administração Pública (EAP) foi criada parafuncionar como um espaço de formação e aperfeiçoa-mento para profissionalizar os servidores em suas ativi-dades dentro da administração pública. A atuação está emconsonância com as diretrizes de desenvolvimentotraçadas para o Estado.

Com um pacote de cursos customizados em diversasáreas, como elaboração e gestão de projetos, convênios,gestão de material e patrimônio e todas as outras áreasque permeiam o dia a dia da administração, a “Escola doServidor”, como é conhecida, já capacitou, em seis anos,cerca de 39,8 mil funcionários, tanto do Executivo quan-to do Legislativo e do Judiciário. A demanda é tão grandeque a Escola já iniciou um programa de interiorização,para apoiar a gestão das prefeituras do Estado.

Num primeiro momento, a Escola de AdministraçãoPública trabalhou a capacitação dos servidores voltadapara a gestão do próprio governo, a partir da atualizaçãodos seus conhecimentos e a aplicação orientada para suaatividade profissional. A evolução dos programas levaramaos cursos de especialização, que têm o caráter mais volta-do para o desenvolvimento setorial.

Na área de gestão, a primeira turma de mestrado emPolíticas Públicas, com 41 participantes, deve se formarno final de 2009. “A idéia é formar um grupo de servi-dores que tenha conhecimento mais abrangente da reali-

dade do Estado e com capacidade de formulação e decrítica, quem sabe um grupo diferenciado de futurosgestores”, diz o secretário de Administração WelingtonCampos.

Para a diretora-presidente da Escola, Maria Goreth Silva,o Programa de Pós-Graduação e Capacitação na Área deGestão Pública trabalha com as novas dimensões da admi -nistração pública e sua contextualização no cenário moder-no inserindo-as nas questões mais amplas de cada ramo daadministração e da modernização do Estado. “O curso abor-da as principais ferramentas da gestão contemporânea eprocura atender às necessidades de cada carreira dentro dassuas especificidades, mas mantendo uma estrutura que dêuma visão global da função pública” explica a presidente.

Dentro do cronograma da Escola, estão previstos astrês especializações para servidores, de diversas carreiras,que sejam gerentes, ou estejam trabalhando, ou se preparan-do para trabalhar ou gerenciar na administração pública. Oscursos são: Gestão Estratégica da Administração Pública,Planejamento e Orçamento e Controle da Gestão Pública.A Escola ofertou em junho três cursos de Pós- Graduação“Latu Sensu” em Educação e Administração. Os cursos deespecialização em Ciência da Educação, Gestão doTrabalho Pedagógico: Supervisão Escolar e OrientaçãoEducacional, e Pedagogia Empresarial, atendem às necessi-dades da realidade educacional do Estado, afirma MariaGoreth.

Amapá (Adap), que trabalha comprojetos especiais que tem financia-mento do BID, Bird e BNDES.

Setor EconômicoA outra carreira já estruturada é

Setor Econômico, que engloba aárea de meio ambiente, ciência, tec-nologia e pesquisa, incluindo aindagestão florestal, para gerenciar aFloresta Estadual de Produção, ummecanismo criado pelo Estado eque em breve deve estar em fun-cionamento através de concessões,tanto para exploração comunitáriacomo para a iniciativa privada.“Esses profissionais devem sercapazes de gerenciar e auditar processos de concessão eoutorga florestal, além de estarem capacitados para a áreade georeferenciamento”, afirma Joel Rodrigues. Nesta car-reira também estão inseridos os técnicos da área de defesa

animal e vegetal, e extensão rural. O setor produtivo vinha sendo

assistido pelos funcionários do grupoadministrativo, que tem perfil maisburocrático. Fora a carreira daInfraestrutura, as demais tem comorequisito para admissão, ainda comoetapa de concurso, um programa deformação que terá caráter elimi-natório, ou seja, dependendo doaproveitamento no treinamento,poderão ser aprovados ou não.

“É uma necessidade concreta.Todo esse marco regulatório é muitoprofundo e muito especializado emcada área. Claro que todos essesprofissionais terão uma visão geral da

administração pública, mas eles devem ter um conheci-mento mais aprofundado da área em que eles vão atuar.Num primeiro estágio aproveitaremos os servidores quejá estão no quadro e só depois os do concurso público”.

Joel Nogueira Rodrigues, secretário deGestão

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AMAZONAS

Estado possui sistema para controlar

gastos públicos com viagens

s pagamentos de diárias e passagens noAmazonas são plenamente controlados desde aimplantação do Sistema de Controle de Diáriase Passagens (SCDP), em 2006. A partir dele é

permitido controle, registro e monitoramento dostrâmites dos processos de concessão de diárias e pas-sagens de servidores e não-servidores, desde a solicitaçãoaté a prestação de contas.

O SCDP é uma iniciativa do Governo do Amazonas,gerido pela Secretaria de Administração e Gestão (Sead),e foi implantado e implementado em todos os 58 órgãosdo Estado, com o apoio do Programa Nacional de Apoioà Modernização da Gestão e do Planejamento dosEstados e do Distrito Federal (Pnage) e da Empresa deProcessamento de Dados do Amazonas (Prodam).

A primeira versão do sistema foi implantada em 2006em 55 órgãos da administração pública estadual, respei-tando as especificidades e o grau de complexidade dosógãos.

O Sistema SCDP encontra respaldo legal no Decreton° 26.337, de 12 de dezembro de 2006, que disciplina

sobre as viagens dos secretários de Estado, presidentesdos demais órgãos da administração direta e das autar-quias, fundações públicas, empresas públicas, bem comoos demais servidores do Executivo, abrangendo as auto -rizações para deslocamento, a concessão e o controle depassagens aéreas e de diárias, com respaldo na InstruçãoNormativa n° 01/2006-GS/Sead, de 16 de março de2006.

Com base nas necessidades dos órgãos e visando aconsolidação do sistema informatizado, implantou-se asegunda versão do SCDP em fevereiro de 2009, em 58órgãos da administração pública estadual.

O SCDP permite o registro das tarifas no sistema,pelas Agências de Viagens; a prestação de contas eletrôni-ca, com scanneamento dos documentos comprobatóriosda realização da viagem e prestação de serviço; o registrodo pagamento das diárias no Sistema de AdministraçãoFinanceira, de forma automática, através da integraçãoentre os sistemas; a integração do SCDP com o sistema daAdministração Financeira Integrada – AFI, para paga-mento das faturas de passagens; registro automático das

OAssessoria de Comunicação/Sead

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diárias recebidas pelo servidorem sua ficha financeira, paraefeito de emissão da Cédula C;controle de devolução dediárias; inclusão de diversostrechos de uma passagem emuma mesma solicitação, con-trolando as despesas por tre-chos; a possibilidade de reti-ficar dados constantes da soli -citação, evitando retrabalho; esolicitação coletiva (uma únicasolicitação para o mesmo tre-cho contemplando váriosservidores e troca de men-sagens entre as partes interes-sadas nos processos de con-cessão de diárias e passagens).

A tecnologia utilizada parao desenvolvimento da novaversão do Sistema de Controlede Diárias e Passagens foi a lin-guagem de programação PHP;servidor de banco de dados PostgreSQL; servidor de aplicação Apache;e Servidor Web Apache.

O SCDP trouxe inúmeros benefícios para o efetivo controle de gas-tos públicos: otimização, redesenho e auditoria no processo de con-cessão; padronização dos procedimentos; melhoria do controle dasdiárias e/ou das passagens adquiridas para servidores e não-servidores;redução do tempo de execução do processo de trabalho (validação,autorização, pagamento e prestação de contas); disponibilidade deConsultas e Relatório de Prestação de Contas para o interessado; ge -ração de relatórios gerenciais diversos; confirmação eletrônica do bi -lhete diretamente para o interessado; e, transparência no processo deconcessão de passagens aéreas, terrestres e fluviais, e diárias.

Para melhor operacionalização do Sistema, foi elaborado o manualdo SCDP, demonstrando suas funcionalidades. O manual apresenta telasilustrativas do sistema. Com base em estudo feito e na implantação danova versão do Sistema, estipulou-se uma meta para redução de 20%com os gastos com diárias e passagens, para 2009. Desta forma, comvistas ao atual quadro político-administrativo brasileiro, no que se refereà concessão desordenada de passagens aéreas, o SCDP é uma alternati-va inovadora e eficaz quanto ao controle e transparência no processo deconcessão de passagens aéreas, terrestres e fluviais, e ainda na concessãode diárias, representando um mecanismo de inovação no controle degastos públicos.

Equipe de gestores do sistema

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prática inovadora de qualificar o gasto públicomediante o corte sistematizado de desperdí-cios na máquina administrativa proporcionouao Governo da Bahia o alicerce para o

enfrentamento da atual crise econômica internacional.Lançado pelo governador Jaques Wagner ainda em 2007,sob a coordenação da Secretaria da Administração doEstado (Saeb), a nova política governamental foi configu-rada em formato de programa de governo, oCompromisso Bahia – Qualidade do Gasto Público. Alógica do programa baseia-se no corte de gastosconside rados desnecessários especialmente nas áreas deLicitação, Recursos Humanos e Custeio, com reinvesti-mento dos valores retidos no social.

Desde o seu lançamento, em 2007, a economia acumu-lada com a implantação das ações do Compromisso Bahiafoi da ordem de R$ 273 milhões e a previsão é de que meiobilhão de reais seja retido nos cofres estaduais até 2010.

“Em tempos de crise, esse tipo de economia é impor-tante para auxiliar no equilíbrio das contas públicas e ogoverno baiano, numa ação de responsabilidade adminis-trativa, vem intensificando as medidas de contenção dosgastos, identificando e combatendo o desperdício”, expli-cou o secretário da Administração, Manoel Vitório, desta-cando o diferencial do programa baiano, que é a qualifi-cação do gasto, com o reinvestimento dos recursos emações sociais.

O Compromisso Bahia agrega todas as 23 secretarias

estaduais e órgãos anexos da administração direta. O vo -lume de recursos retido pela Secretaria da Administração,a partir de ações de controle na gestão de pessoal, lici-tações e custeio, será reinvestido na manutenção damáquina pública estadual, encorpando o esforço doGoverno em conter os gastos estaduais.

Para monitorar as ações de controle, o Estado contacom o Escritório da Qualidade do Gasto Público, dispo -sitivo instaurado no âmbito da Secretaria daAdministração para processar informações referentes aocusteio da máquina pública. “A intenção do Escritório éorientar as demais secretarias e órgãos estaduais na adoçãode mecanismos de controle e monitoramento dos gastos.Nosso objetivo é que o dinheiro dos cofres públicos sejaaplicado de forma cada vez mais racional e eficiente”, afir-ma o secretário Manoel Vitório.

Com as informações sistematizadas das unidades esta -duais, o Escritório da Qualidade do Gasto realiza o moni-toramento das despesas e emite boletins trimestrais de avali-ação, além de relatórios semestrais. Através desse procedi-mento, é possível acompanhar quais medidas foram ado-tadas por cada unidade, para otimizar a aplicação das verbaspúblicas, articulando os conceitos de bom desempenho,economia de recursos e satisfação do cidadão.

Outra vertente do programa é investir na sensibiliza-ção de servidores públicos, através do projeto AtitudePositiva, que já contabiliza 13 mil servidores capacitadosem ações de eficientização dos recursos.

A

Corte de gastos com licitação,recursos humanos e custeio

são reinvestidos no social

BAHIA

Assessoria de Comunicação/Saeb

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Bahia aposta na qualidade de vida do servidor estadual

Um conjunto de iniciativas voltadas paravalorizar os recursos humanos do Estado, pos-sibilitando ao servidor público as condiçõesnecessárias para uma atuação pública mais efeti-va, foi lançado pelo Governo da Bahia por inter-médio da Secretaria da Administração. Reunidassob o selo do Você Servidor, as ações sãovoltadas para qualidade de vida, saúde, aposen-tadoria, incentivo a melhores práticas e capaci-tação dos mais de 260 mil servidores estaduais.

O programa agrega valor às iniciativasimplementadas em 2007 com a instalaçãoSistema Estadual de Negociação Permanente,que culminou, no ano passado, com ofechamento de acordos salariais e projetos dereestruturação das carreiras de 85% do fun-cionalismo estadual.

O Você Servidor reúne sete projetos ino-vadores: o Bem Viver (programa de valorização da quali-dade de vida; o Prêmio Boas Práticas (estímulo à identifi-cação e ao desenvolvimento de idéias para um melhordesempenho no trabalho); a Universidade Corporativa doServiço Público do Estado da Bahia, que ofertará 7 milnovas oportunidades de capacitação até o final de 2009, eo novo Clube de Desconto do Servidor, com novos par-ceiros e regulamentação que permitirá melhores descontosno mercado. Destaque também para a nova rede de cre-denciados do plano de saúde do servidor, o Planserv, quehoje reúne 914 unidades, entre clínicas, laboratórios e hos-pitais, para atendimento aos seus mais de 480 mil benefi-ciárias, entre servidores e familiares.

Prepare-seOutras iniciativas pioneiras passam a integrar o Você

Servidor: o Prepare-se, voltado para orientar servidoresprestes a se aposentar, e o Prêmio Servidor Cidadão, quevaloriza ações de voluntariado realizadas pelos servidoresestaduais. A proposta segue as normas de trabalho decenteda Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qualo governo baiano é o único ente público signatário no país.Nesta perspectiva, o Você Servidor visa, ainda, motivar osservidores a serem pró-ativos na busca de soluções para oaprimoramento do setor público.

“O Você Servidor agrega valor à atual política derecursos humanos do Governo, que vem implantandoações contínuas para garantir o diálogo, o destravamentodas carreiras, a recuperação do poder de compra dossalários e a melhoria da qualidade de vida e das condiçõesde trabalho”, explica o secretário Manoel Vitório.

Qualidade de vida O programa Bem Viver foi criado a partir da necessi-

dade de implantar uma estrutura institucionalizada parasuprir as demandas na área de saúde ocupacional. Serãooferecidas aulas gratuitas de hidroginástica, natação econdicionamento físico, em horários ajustados aosturnos de trabalho. Além disso, filhos de servidores terãoacesso a aulas de judô, futebol, voleibol, dentre outras,com inscrições limitadas de acordo com a modalidadeescolhida.

Outra inovação do Você Servidor é o Prêmio BoasPráticas no Serviço Público, que está com inscrições aber-tas. O prêmio é destinado a servidores que apresentem tra-balhos capazes de estimular a criação de um ambiente detrabalho “seguro, saudável, produtivo e de qualidade”, deacordo com o conceito da Organização Internacional doTrabalho (OIT). Os dez melhores trabalhos vão integrarum banco de práticas bem-sucedidas e um banco de talen-tos, que sejam referência para o serviço público.

Em paralelo ao Boas Práticas, o Prêmio ServidorCidadão terá continuidade, sendo destinado a valorizarações voluntárias desenvolvidas por servidores estaduais.A proposta contempla iniciativas voltadas para a melhoriada qualidade de vida da população e o estímulo à cultura ea capacitação profissional e educacional, no âmbito dacomunidade baiana.

A ampliação da rede conveniada é a novidade apresen-tada pelo Clube de Desconto do Servidor. Atualmente, sãomais de 100 parceiros, entre academias, bares, restaurantes,farmácias, cursos pré-vestibulares, centros de estética, cur-sos de idiomas, dentre outros.

Na área de capacitação, a Universidade Corporativa doServiço Público do Estado da Bahia está oferecendo cerca

Manoel Vitório, secretário de Administração

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SAC passa por requalificação e expansão

Tornar mais inclusiva e igualitária a prestação deserviços para o cidadão, por meio do Serviço deAtendimento ao Cidadão (SAC), é uma das metasdefinidas pelo Governo que resultou na requalificaçãoe expansão da rede. “O aumento populacional, associ-ado ao envelhecimento das estruturas das unidades doSAC na capital e interior, além da necessidade deincorporar novas tecnologias de gestão, requereramuma ação imediata deste governo no sentido de garan-tir à população de Salvador a manutenção do padrãode atendimento nos postos dos shoppings e a expan-são deste padrão para os postos dos bairros mais po -pulares”, explica o secretário Manoel Vitório.

Nesta perspectiva, somente de outubro de 2008 ajunho de 2009, foram abertas três novas unidades emSalvador, após dez anos de estagnação da rede na ca -pital baiana. Já o trabalho de requalificação foi iniciadopor um amplo diagnóstico, que verificou, entre outros

itens, a qualidade do serviço prestado, a localização dos postos, as condições de infra-estrutura e a qualificação da mão-de-obra. Cada um desses pontos identificados ga -nhou um tratamento específico, de forma a garantir a melhoria continuada da rede.

Outro item apontado no diagnóstico foi a incapacidade do Sistema de incorporarinovações tecnológicas que renovassem o perfil do SAC. Deste item, nasceu a propos-ta do Ponto Cidadão como unidade de atendimento fixa para pequenos e médiosmunicípios.

Atualmente, a rede do SAC conta com 27 unidades na Bahia e oferece 622serviços, sendo emissão de Registro de Identidade o que concentra a maior demanda- só no ano passado, foram atendidas 909.838 mil pessoas para este tipo de serviço.Em 2008, a rede SAC realizou mais de 11 milhões de atendimentos em todo o estado.

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de 7 mil vagas para os servidores em várias áreas,como Gestão de Pessoas, Logística de Suprimentos,Gestão Pública, Formação de Instrutores e SistemasCorporativos.

Planserv Já o Planserv investe no credenciamento de

novos parceiros por meio de editais públicos, aplican-do esse critério técnico, sem interferência ou escolhasubjetiva, em toda a rede. O plano de saúde tambémavança no aprimoramento da gestão e, desta forma,foi possível rever preços defasados, como o pago aosmédicos pelas consultas, o que aumentou, na prática,a oferta de consultas; reabrir o atendimento nas

emergências em três hospitais; e lançar o Programade Gerenciamento de Endocrinopatias, para ampliaro número de consultas realizadas na área.

Voltado para os pré-aposentados, o Prepare-sevisa esclarecer os servidores estaduais sobre os seusdireitos e deveres em relação à previdência, e incenti-var o trabalho social e voluntário, além de uma vidasaudável e sem sedentarismo. Os servidores atendi-dos pelo programa participam de diversas atividades,para discutir os aspectos legais de concessão dasaposentadorias e as atribuições do órgão único degestão do regime próprio de previdência social doEstado – a Superintendência de Previdência, que fun-ciona no âmbito da Saeb – e do ConselhoPrevidenciário do Estado (Conprev).

Estande do programa“Bem Viver”

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ignificativa parcela dos governos esta -duais, dentre eles o do Ceará, sofrecom obsolescência e inadequação doprocesso de avaliação de desempenho

de seus servidores públicos. O cenário atual daadministração pública estadual apresenta umasérie de fatores que permite diagnosticar que énecessário rever algumas práticas administrativaspara humanizar o relacionamento, em uma viade mão dupla.

Conforme a secretária do Planejamento eGestão, em exercício, Desirée Mota, o modelode avaliação de desempenho adotado pela maiorparte dos órgãos é baseado em critérios admi -nistrativos, mérito, capacitação e antiguidade,com o objetivo único de possibilitar ao servidorgalgar posições na carreira pública. “Entretanto,a avaliação de desempenho pode e deve ser uti-lizada, não apenas para proporcionar a ascensãofuncional, mas, sobretudo, para beneficiar toda aadministração pública”, acrescentou Desirée.

Muitos são os métodos e metodologias de avaliação de desempe nho.Alguns baseados nos indivíduos, outros nas equipes; alguns visandodesempenho passado e outros o desempenho futuro; alguns baseadosna avaliação do cargo ou nas competências; alguns no desempenho, ou -tros nos resultados. Mais importante do que a opção feita é a sua ade-quação à realidade da organização a que se pretende atender. Dosinúmeros métodos e metodologias de avaliação de desempenhodisponíveis, tanto na literatura quanto no mercado da gestão de pessoas,nenhum é melhor do que aquele desenvolvido para atender as necessi-dades da organização em que se acha inserido. Daí a exigência de o

S

CEAR˘

Avaliação de desempenhoHora de valorizar o servidor

e suas competências

Assessoria de Comunicação/Seplag

Desirée Mota, secretáriade Planejamento e

Gestão

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Estado do Ceará não mais adquirir um modelo oumétodo, mas implementar e implantar uma políticade avaliação de desempenho que leve em conside -ração não só as peculiaridades dos cargos, mastambém a obtenção de melhores resultados organi-zacionais.

Em outubro de 2007, foi contratada a empresaDeloitte Touche Tohmatsu para desenvolver onovo modelo de avaliação de desempenho, focadona gestão de resultados e competências. Esse mo -delo será aplicado em todos os órgãos do PoderExecutivo do Ceará.

Dessa forma, o Governo, por intermédio daSeplag, desenvolveu um modelo de avaliação dedesempenho que será aplicado anualmente, com opropósito de promover o alinhamento entre osobjetivos dos servidores com os objetivosestratégicos dos respectivos órgãos da adminis-tração estadual. Os principais beneficiários dessametodologia são o Governo, o servidor e o gestorpúblico. Para o Governo do Estado, o desempe nhodo servidor será direcionado aos objetivosestratégicos de sua instituição; já o servidor teráconhecimento das metas e objetivos esperados pelainstituição e poderá formular diretrizes para seudesenvolvimento profissional. E, finalmente, ogestor poderá conhecer o potencial da equipe,desenvolvendo uma gestão voltada para resultados.

Essa metodologia é centrada em três esferas dodesenvolvimento profissional do servidor: com-petências, metas e critérios administrativos. Ascompetências têm um peso de 45% sobre o totalde pontos da avaliação e são dividas em três cate-gorias: Gerais, Gerenciais e Setoriais.

As competências gerais, em número de cinco(trabalho em equipe; foco em resultados e desem-penho; ética; otimização de recursos; solução e ino-vação) proporcionam o alinhamento do servidorem torno do alcance dos objetivos estratégicos doGoverno. As competências gerenciais, que dire-cionam os gestores à consecução dos objetivosestratégicos e dos planos táticos do Governo, tam-bém são em número de cinco: visão estratégica;articulação; gestão do conhecimento; liderança,desenvolvimento de equipes; e gestão de resultados.Essas competências devem ser avaliadas em todasas instituições do poder executivo estadual, enquan-to que as competências setoriais deverão ser cons -truídas especificamente conforme o órgão, uma vezque devem ser intrínsecas aos princípios e àsestratégias de cada Secretaria. Cabe ressaltar que ascompetências gerais e setoriais serão conside radaspara todos os servidores enquanto que a competên-cia gerencial servirá de base para a avaliaçãosomente dos ocupantes de cargos de liderança.

A sistemática da avaliação das competências ébaseada numa “árvore de avaliação” em que oservidor faz sua autoavaliação, é avaliado pelo seusuperior hierárquico e por dois de seus pares. Nocaso dos ocupantes de cargos de liderança, aindahaverá a avaliação pelos subordinados diretos.

MetasNo caso das metas, definiu-se um peso de 40%

do total da avaliação e duas categorias: as institu-cionais e as individuais. A avaliação, com base naprimeira, visa aferir o desempenho coletivo dainstituição, enquanto a segunda permite verificar odesempenho do servidor no exercício docargo/função, considerando-se os seguintescritérios: conteúdo, tempestividade e grau deimplementação.

Finalmente, na terceira esfera de avaliação,critérios administrativos, com peso de 15% dototal, visam gerenciar o desempenho e aspectosrelacionados ao cotidiano e comprometimento doservidor com sua instituição. É subdividida emduas categorias: desenvolvimento profissional eocorrências funcionais. No primeiro caso, sãoconsiderados os treinamentos, cursos, participaçãoem comissões, grupos de trabalho, palestras, con-ferências, pesquisas, congressos, seminários etc,sendo atribuído determinado número de pontos acada um deles. Já as ocorrências funcionais podemreceber pontuação positiva (elogio, assiduidade epontualidade) ou negativa (repreensão, faltas nãojustificadas e atrasos).

Após a conclusão do processo de avaliação dastrês esferas, acrescenta a secretária em exercício daSeplag, Desirée Mota, será elaborado um rankingpara cada classe/referência e o servidor que con-seguir pontuação acima de 75,01%, ou seja, aqueleque for considerado como atendendo às expectati-vas e encontrar-se entre os 60% melhores coloca-dos farão jus à ascensão funcional.

Inicialmente, a título de experiência, o modeloserá implantado em duas secretarias: na própriaSeplag e na Secretaria de Educação do Estado doCeará (Seduc). A Seplag, por apresentar uma estru-tura relativamente enxuta, com 369 servidores, e jádispor de instrumentos que permitem a avaliaçãodo servidor por meio de metas pré-definidas, de -verá implantar esse novo modelo de avaliação dedesempenho com recursos humanos e materiaispróprios. No caso da Seduc, por sua complexi-dade, faz-se necessária a contratação de consultoriapara a implantação do novo modelo de avaliaçãode desempenho para seus servidores, o que deveocorrer ainda este ano.

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GOVERNANÇA & DESENVOLVIMENTO

ESP¸RITO SANTO

star aberto às inovações é, hoje, uma das princi-pais estratégias implementadas pelo setor públi-co para acompanhar as mudanças cada vez maisrápidas e as demandas contemporâneas da

sociedade. No Espírito Santo, práticas inovadoras sãoreconhecidas e incentivadas por meio do PrêmioInovação na Gestão Pública (Inoves).

O prêmio, criado em 2005 pela Secretaria de Gestão eRecursos Humanos (Seger), premia idéias inovadoras quesão colocadas em prática por equipes de servidores públi-cos estaduais, municipais, dos poderes Executivo,Legislativo, Judiciário e Ministério Público Estadual. Oobjetivo é estimular a modernização da administraçãopública, reconhecendo iniciativas que visem à produçãode serviços de qualidade, reduzindo gastos e melhorandoo atendimento à população.

Segundo coloca o secretário de Gestão e RecursosHumanos, Ricardo de Oliveira, “a cada edição do prêmiotrabalhos de excelência são descobertos em diferentespontos do Estado. Com o Inoves, reconhecemos e jo -gamos luz nos servidores que estão inovando e fazendo adiferença para a sociedade capixaba, incentivando oempreendedorismo e uma competição saudável em prolde melhores serviços para a sociedade”.

Desde o primeiro ciclo, em 2005, o Inoves cresceu emmais de 300% o número de participação de trabalhos. De42, em 2005, para 180 trabalhos concorrentes em 2009.

Inovação e cidadaniaUm dos trabalhos inovadores do Espírito Santo, pre-

miado no ciclo 2008 do Inoves, foi o projeto FarmáciaCidadã. O modelo adotado oferece uma série de benefí-cios aos usuários que necessitam de medicamentos de altocusto, como a humanização no atendimento, elevada

disponibilidade em medicamentos (179 itens diferentes),agilidade, atendimento farmacêutico especializado, moni-toramento pela internet, comunicação por torpedo, alémde informatização.

O espaço da Farmácia Cidadã, com 525 metrosquadrados, é um local confortável, climatizado, total-mente adequado para o atendimento à população. Ofornecimento de medicamentos e as orientações sobre omodo correto de utilizá-los são feitos exclusivamente porfarmacêuticos, preparados para esclarecer os pacientessobre os tipos de remédios que estão sendo dispensados.

O projeto mudou completamente a forma de fun-cionamento da farmácia do Estado. Hoje, o usuário con-trola o andamento da solicitação de medicamento viaInternet e recebe torpedos pelo celular, avisando sobrependências ou disponibilidade de remédios. Antes, osusuários esperavam até quatro horas para serem atendi-dos. Hoje, com a Farmácia Cidadã, o tempo caiu para 45minutos.

O Espírito Santo tem hoje 46 mil usuários atendidospelas farmácias em todo o Estado. No último ano, foraminvestidos R$ 95 milhões no programa e realizados 308mil atendimentos. Em 2009, a previsão é que sejam gas-tos R$ 100 milhões. O Estado é o que mais investe nacompra de medicamentos excepcionais: R$ 24,00 porhabitante, a cada ano.

Inovação e empreendedorismo

Consolidar uma cultura empreendedora no serviçopúblico estadual. Com este objetivo, o Governo, por meioda Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger), fir-mou parceria com o Serviço de Apoio às Micro ePequenas Empresas (Sebrae), desde 2006, para o ofereci-

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Inovação pública éincentivada e premiada

EAssessoria de Comunicação/Seger

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mento do curso Empretec, gratuitamente, aos servidores.O projeto é inovador e, em três anos, já foram capa -

citados aproximadamente 1.600 servidores públicosestaduais e municipais, em mais de 75 turmas. Com esseresultado, o Espírito Santo se tornou o maior capacitadorde pessoas no Empretec no mundo.

O objetivo da administração estadual, com a oferta docurso, é melhorar a capacidade de gestão do serviço públi-co; desenvolver características comportamentais doempreendedorismo nos gestores públicos; aumentar onível de resolutividade dos gestores; e alcançar resultadosmais eficientes na prestação dos serviços públicos.

O Empretec é um programa de desenvolvimento decompetências empreendedoras da Agência daOrganização das Nações Unidas (ONU), para oComércio e Desenvolvimento. É licenciado no Brasil peloSebrae e é considerado o melhor treinamento deempreendedorismo do mundo, já tendo capacitado maisde 150 mil pessoas em mais de 25 países.

Inovação e transparência A inovação também está presente nos projetos desen-

volvidos pelo Governo do Estado do Espírito Santo parao controle e transparência do gasto público. Um exemploé o Sistema de Preços Referenciais, lançado pela Secretariade Gestão e Recursos Humanos (Seger), em 2008.

A partir de uma pesquisa de preços realizada pelaFundação Getúlio Vargas (FGV), os valores dos produtose serviços comprados pelo Governo foram pesquisados eanalisados, gerando uma tabela de preços para ser utiliza-da como base para as licitações e compras públicas rea -lizadas por todos os órgãos e secretarias do Governo.

Após a pesquisa e publicação das tabelas, o Governoeconomizou aproximadamente R$ 890 mil na contrataçãode serviços e na aquisição de materiais. São pesquisadosgêneros alimentícios, suprimentos de informática e mate-rial diversos de expediente e escritório. Além disto, tam-bém são pesquisados os custos de contratação de serviçosde limpeza e conservação, e de vigilância e segurança.Todos os preços, item a item, são publicados na tabela.

Para o secretário de Gestão e Recursos Humanos,Ricardo de Oliveira, “a sociedade capixaba ganhou umimportante instrumento para o controle do gasto público.Estamos falando de transparência, economia e tambémde agilidade nos processos de compras do Governo.Pagaremos preços justos, de mercado, pelos nossos pro-dutos e serviços”, pontuou.

Inovação e agilidadeGarantindo mais agilidade e desburocratização no

processo de compra, o Estado criou novas normas paraas licitações públicas no âmbito estadual, que altera asregras da Lei Federal 8.666/93. A principal inovação trazi-da é que a lógica utilizada para o pregão passa a ser exten-siva às demais modalidades de licitação, como a concor-

rência e a tomada de preços, por exemplo. Com isto, nãosomente as aquisições de bens e serviços do Governo,como cadeira, telefone e computador, mas, também,serviços de consultoria, de desenvolvimento de softwaree de engenharia, passarão por um procedimento mais ágilde licitação.

O projeto propôs a inversão de fases do processo delicitação. A concorrência e tomada de preços, realizada apartir das regras da Lei 8.666, exige que todos os partici-pantes dos processos licitatórios tenham seus documen-tos de habilitação analisados para só então haver análise ejulgamento das propostas. Com as novas regras, as pro-postas passaram a ser analisadas em um primeiro momen-to, para depois se proceder a análise da documentação dehabilitação das três melhores propostas.

“Como você só analisa a documentação de habilitaçãodas três melhores propostas, elimina-se a possibilidade derecurso de concorrentes que não vão impactar na con-tratação, evitando o atraso do procedimento, dando agili-dade e simplificando o processo”, explica o secretário.

Inovação e controlePara centralizar, interligar e gerenciar todas as infor-

mações e procedimentos de compras e de patrimônio doGoverno, a Seger trabalha na implantação do SistemaIntegrado de Gestão Administrativa (Siga), para o con -trole da administração pública estadual. "Teremos todasas informações administrativas do Estado on-line, o quevai nos proporcionar, além do controle, maior eficiência,agilidade e transparência dos processos administrativos",disse o secretário Ricardo de Oliveira.

GOVERNANÇA & DESENVOLVIMENTO24

Servidores felizes com a conquista do certificado do curso

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A gerente do Siga, a especialista em Políticas Públicase Gestão Governamental da Seger, Júlia Sasso Alighieri,fala sobre os benefícios e inovações do sistema. “Todosos procedimentos e informações sobre as compras rea -lizadas pelo Estado estarão interligados e disponibilizadosa partir do Siga. São eles o pregão eletrônico, compra dire-ta, concorrência e tomada de preços, catálogo de materi-ais, cadastro de fornecedores, gestão de contratos e con-vênios e registro de preços. Além disso, também serão sis-tematizadas as informações sobre patrimônio imobiliárioe mobiliário e de almoxarifado”, disse.

O Siga será uma das ferramentas mais importantes doGoverno para o gerenciamento administrativo. Permitiráque o poder público estadual tenha, de forma rápida esegura, acesso a todas as informações relacionadas às suascompras e ao seu patrimônio, permitindo um controle efi-ciente.

Inovação e qualidade O Governo do Estado está próximo de lançar o edi-

tal para a construção da primeira Central de AtendimentoIntegrado ao Cidadão do Estado. Com o nome “FaçaFácil”, a central vai prestar 157 serviços presenciais numúnico espaço, com uma previsão de 6 mil atendimentospor dia.

Segundo a gerente do projeto de implantação da cen-tral Faça Fácil, Miriam Cardoso, o cidadão capixaba vaiconhecer um atendimento inovador e diferenciado noserviço público, com mais agilidade, eficiência e quali-dade. “São vários órgãos prestadores de serviços públicos,empresas e entidades da sociedade civil, reunidos numúnico ambiente acolhedor e agradável”, disse.

Com o Faça Fácil, o tempo de conclusão e entregados serviços será agilizado. Um exemplo é a emissão do

documento de identidade, que atualmente leva 20 dias, eserá reduzida para até cinco dias úteis. Já no caso dacarteira de trabalho, a emissão será no mesmo dia. Alémdisto, eleitores de todo o Estado serão atendidos, sendoque, hoje, cada cartório eleitoral só realiza serviços paracidadãos de sua zona eleitoral.

O local reunirá 15 órgãos – estaduais, municipais, fe -derais e da iniciativa privada – para a prestação de serviçospresenciais ao cidadão, que ocuparão uma área de 6.558metros quadrados, dividida em dois pavimentos.

Inovação e sustentabilidadeUsar preferencialmente papel reciclado em documen-

tos do Governo do Estado, priorizar o uso do álcool nosveículos oficiais e implantar os programas EficiênciaEnergética e Coleta Seletiva Solidária nos prédios públi-cos. Essas são as medidas adotadas pelo Estado, por meiodo decreto de Compras e Consumo Sustentáveis. Asações visam contribuir para a preservação e conservaçãodo meio ambiente.

A partir do decreto, uma das primeiras medidas foi autilização do papel reciclado para impressão dos contra-cheques do funcionalismo público capixaba. Além disto,também foi iniciada a implantação do projeto ColetaSeletiva Solidária em alguns dos prédios públicos. Com aimplantação, todo o resíduo consumido nesses prédios éseparado e destinado para associações de catadores, quecomercializam o produto, beneficiando mais de 50famílias.

Depois do decreto, o álcool passa a ser preferênciapara a frota do Governo por tratar-se de um produto re -novável e limpo que contribui para a redução do efeitoestufa e diminui substancialmente a poluição do ar, mini-mizando os seus impactos na saúde pública.

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CRCD

ITO

Ricardo Oliveira, secretário de Gestão eRecursos Humanos

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Governo de Goiás, em2 de abril de 2009, edi-tou o Decreto nº 6.888,que dispõe sobre anecessidade de apre-

sentação, para posse em cargo deprovimento em comissão e con-tratos temporários, de declaraçãopor escrito negando a existênciade vínculo de matrimônio, uniãoestável ou parentesco em linhareta, colateral ou por afinidade,até o terceiro grau inclusive, comos ocupantes dos cargos daestrutura básica do Governo, emconsonância com a SúmulaVinculante nº 13, do SupremoTribunal Federal. Já o Decreto nº6.891, de 7 de abril de 2009, tratado recadastramento dos servi-dores titulares de cargo de provimento em comissão daadministração direta, autárquica e fundacional do executi-vo estadual.

A partir destes decretos, foram recadastrados mais de9 mil servidores comissionados. Destes, 8.559 declararamnão possuir vínculo. Dentre os 439 que declararam possuirvínculo, cerca de 280 pessoas estão passíveis de seremexoneradas e 139 não se enquadraram nas proibições dodecreto, podendo ser mantidas nos cargos por seenquadrarem no princípio da anterioridade.

Para os servidores em gozo de licença médica, fériasou mesmo atuantes em outros poderes, foi concedido oprazo de 60 dias para efetuarem o recadastramento.

Decorrido este tempo, aqueles que não cumprirem os

ditames do decreto terão os pagamentos bloqueados, situ-ação semelhante aos 1.100 que não se recadastraram emtempo hábil.

O Ministério Público Estadual auxiliará o Governo,recebendo as denúncias dos supostos casos de nepotismonão declarados, enviando-os para a Superintendência deGestão Estadual da Secretaria da Fazenda para, em con-junto com o Gabinete Civil da Governadoria, averiguaremas situações apresentadas.

Com a adoção destas medidas, o Governo Estadualpretende moralizar a Administração Pública concomitan-temente ao cumprimento da Súmula Vinculante, podendo,em conseqüência, gerar uma economia de aproximada-mente R$ 1 milhão, na folha de pagamento.

Estado edita regrascontra nepotismo

OSuperintendência de Gestão

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GOI˘S

Edgar Tollini, superintendente de Gestão da Secretaria de Fazenda

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Piso salarial de professores

públicos éadequado

Goiás, à exceção dos estados que já cumpriam o teto,foi o primeiro do país a implementar a adequação aoPiso Salarial Nacional dos Professores Públicos deEnsino Fundamental, após a aprovação da lei federal queinstituiu o valor de R$ 950,00 para estes profissionais.Segundo o Superintendente de Gestão Estadual daSecretaria da Fazenda de Goiás, Luiz Edgar Tollini, a leiestadual atingirá não apenas as 28 classes das carreiras demagistério, mas será também estendida ao quadro depessoal administrativo da Secretaria da Educação, nomesmo percentual.

Com a integralização do reajuste, o menor venci-mento, que é o do Professor PI-A, com carga horária de40 horas semanais, passará de R$ 715,68, em fevereiro de2009, para o piso de R$ 950,00, de forma gradativa ecumulativa. Este reajuste deve gerar um acréscimo deR$ 38 milhões mensais na folha de pagamento dos profes-sores e R$ 3 milhões para o pessoal da área administra-va, totalizando R$ 41 milhões. A Lei Estadual 16.544/09prevê, ainda, que os salários dos servidores da educaçãoserão reajustados em 17 vezes, mensalmente, de marçode 2009 a julho de 2010, gerando um aumento de 32,7%para a referida Secretaria, o que representa um acréscimode 8,5% nos gastos com a folha de pagamento de todosos servidores estaduais.

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Luciano Moreira, secretário de Administração

evitalizar a Lagoa da Jansen, tornando-a umaárea com programas permanentes de esporte,cultura e de lazer voltada para a comunidadeem geral e, especialmente, para o servidor

público ativo e para os aposentados. É esta a propostado Governo do Maranhão com o projeto Viva Lagoa,idealizado pela Secretaria de Estado da Administração ePrevidência Social (Seaps).

“Temos um dos cartões postais mais significativosde São Luís, que é muito pouco utilizado. Precisamosocupar essa área com atividades que atraiam as pessoase proporcionem a elas melhor qualidade de vida”, assi-nala o secretário de Administração e Previdência Social,Luciano Moreira, que determinou um foco todo espe-cial a programas voltados aos servidores públicos ativose inativos.

Assim, é proposta do projeto que, a cada primeiro domingo domês, seja realizado um grande encontro de funcionários públicosativos e inativos, de usuários da Lagoa e seus familiares, para aprática de atividades de lazer, esportivas, culturais, realização deexames médicos e expedição de documentos.

A secretária adjunta de Gestão e Modernização, LeopoldinaBarros, destaca que os projetos previstos no Viva Lagoa serãotodos desenvolvidos em parceria com outras Secretarias deEstado, com a Polícia Militar e também com o Corpo deBombeiros. “Estamos propondo a união de todos para viabilizar arealização de atividades para os cidadãos naquele espaço público”,explica.

O Viva Lagoa está inserido no projeto maior de revitalizaçãoda área, que contará com a participação de todos os órgãos estaduaisque compõem o Comitê Gestor do Parque Estadual da Lagoa

R

Projeto “Viva Lagoa”terá programação paraservidores públicos

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MARANH‹O

Assessoria de Comunicação/Seaps

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João Alberto inspeciona parquinho da Lagoa, que,em breve, será recuperado para as crianças

O vice-governador João Alberto reúne-se comsecretários e determina a recuperação total da Lagoa

da Jansen – secretarias deCidades, de Administração, deCultura, de Esportes eJuventude, de Turismo, deSegurança Pública e de MeioAmbiente.

A cada um desses órgãoscabe atribuições como admi -nistração, limpeza, manutenção,segurança e realização de ativi-dades para os cidadãos.

O governador em exercí-cio, João Alberto de Souza,esteve pessoalmente inspecio-nando a Lagoa e autorizou suaimediata recuperação, paraque a população volte a des-frutar com segurança desteimportante espaço público.

“Por determinação da governadora Roseana Sarney,que idealizou, construiu e inaugurou o Parque Estadual daLagoa da Jansen, este voltará a ser um belo cartão postalde São Luís, mais seguro, com instalações recuperadas etambém funcionando como um centro de lazer para apopulação e os turistas que visitam a capital”, disse o go -vernador em exercício.

Atividades físicasUma das metas do projeto é contribuir para a redução

do sedentarismo, por meio de um cronograma perma-nente de atividades físicas. Como boa parte das pessoasque atualmente pratica exercício físico na área da Lagoa ofaz de forma inadequada e sem orientação, é prevista adisponibilização de uma equipe especializada para atendi-mento aos usuários, em especial os mais idosos.

Na metodologia de aplicação do projeto, é prevista arealização de atividades físicas ao ar livre três vezes porsemana, com a presença de educadores físicos, médicos e

enfermeiros, que farão o acompanhamento dos frequen-tadores, cuja avaliação física deverá ocorrer a cada trêsmeses.

O projeto prevê também a utilização das quadras paraa realização de festivais esportivos, inclusive com a orga-nização anual dos jogos e da corrida dos servidores públi-cos. Para esta, é sugerida a data de 28 de outubro, Dia doFuncionário Público.

É proposta também a criação de escolinhas gratuitaspara filhos de funcionários e moradores das áreas próxi-mas à Lagoa. Estas funcionariam três vezes por semana,com orientação de um profissional de educação física,permitindo práticas de basquete, futsal, futebol de praia etênis.

Outro público a ser beneficiado com o projeto VivaLagoa são os idosos participantes do Programa deAssistência Integral ao Aposentado (PAI) e daUniversidade da Terceira Idade (Uniti). Especialmentepara este público, é prevista a realização de oficinas dedança, teatro e caminhadas, a cada 15 dias.

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Objetivos do Projeto Viva Lagoa

Proporcionar aos funcionários públicos ativos e inativos, bem como aosusuários da Lagoa da Jansen, a prática de atividades físicas regulares,com acompanhamento especializado;

Ocupar os espaços esportivos e de lazer daquela área de maneira ordena-da e orientada durante o ano todo;

Aumentar o nível de interesse dos freqüentadores em relação à própriasaúde e aos fatores que a afetam;

Proporcionar o acesso à prática do esporte como lazer e competição;

Desenvolver a melhoria de habilidades motoras e funcionais para melhorrealização das atividades da vida diária.

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tualmente, para um servidor público estadual conseguir se aposentar, oprocesso pode levar de seis a oito meses, devido a não-informatização detodos os procedimentos e informações. O Mato Grosso é o primeiro estadoa começar a implantar o sistema “Aposentadoria em 15 minutos”, que estará

em operação até dezembro deste ano.“Estamos plantando a semente de um grande projeto ao fazer a integração entre

os sistemas de previdência (Sisprev) e o de administração de pessoal (Seap). Oprimeiro passo dado foi a regularização do cadastro dos servidores, por meio doProjeto de Atualização Cadastral. Estamos agora na fase de digitalização dos DiáriosOficiais dos últimos 40 anos e alimentação dos sistemas”, explicou o secretário deAdministração, Geraldo de Vitto Jr.

Conforme o secretário, todas as informações serão centralizadas no SistemaEstadual de Administração de Pessoal (Seap) e depois repassadas para o Sistema dePrevidência (Sisprev), que irá gerar os documentos, que serão assinados digitalmentepelo governador e pelo secretário da pasta, concluindo o processo de aposentadoria.A Superintendência de Previdência já está mapeando todos os documentos que pre-cisarão ser gerados, como o parecer, o ato de aposentadoria, a declaração de que oservidor não responde a nenhum processo disciplinar, a certidão de tempo de serviço,a regra de aposentadoria a que tem direito, entre outros.

“A Aposentadoria em 15 minutos desburocratizará a estrutura do Estado e prin-cipalmente facilitará em muito a vida do servidor público que for se aposentar”,ressaltou Geraldo de Vitto.

Todo o processo está sendo realizado por equipes compostas por servidores dassuperintendências de Gestão de Pessoas e de Previdência e coordenado pelosecretário Geraldo de Vitto e pelo secretário-adjunto de Gestão de Pessoas, BrunoMartins.

A

“Aposentadoria em 15 minutos”

será realidade até dezembro

Daniele Danchura/Ascom-SAD

MATO GROSSO

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Processo atual Hoje, quando o servidor completa os re -

quisitos e o tempo para se aposentar, ele pro-tocola o pedido na Secretaria deAdministração (SAD) e o processo é encami -nhado para a Gerência de Vida Funcional daSuperintendência de Gestão de Pessoas. Assimque o processo chega, verifica-se a vida fun-cional do servidor por meio das fichas fun-cionais, o antigo sistema de recursos humanos,o antigo sistema de protocolo, o Seap e osDiários Oficiais ainda em papel. Todas asinformações encontradas são rascunhadas edepois digitadas.

Depois o processo é passado para outroservidor fazer o chamado “espelho”, que é odocumento onde constará toda a vida fun-cional do requerente. Então, encaminha-se paraa Superintendência de Previdência que analisase o servidor terá direito a se aposentar e emqual lei. Todo este processo, que demora de seisa oito meses, terá sua realidade alterada.

Pesquisa de arquivosProcessos Acumulados

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Digitalização dos Diários Oficiais

Um dos objetivos do projeto Aposentadoria em 15minutos é automatizar o sistema. O foco foram os DiáriosOficiais e o primeiro passo foi a digitalização das publi-cações, desde 1967.

Todos os Diários Oficiais foram preparados, ou seja,restaurados para depois serem escaneados em alta re -solução. As imagens captadas passaram por tratamento eforam armazenadas. Depois, estas imagens foram trans-formadas em documentos no formato PDF, editável paraque os caracteres (letras) fossem reconhecidos e assim sepudesse copiar os textos. Essas informações referentesaos servidores estão sendo extraídas do Diário Oficial eirão alimentar o Seap, para que, quando for necessárioconsultar a vida funcional, as informações sejam extraí-das do sistema.

“A ferramenta terá 40 anos de serviço público digita -lizados. A busca poderá ser feita pelo nome do servidor etodos os eventos da carreira dele serão apresentados coma data em que foram publicados no Diário Oficial.Também poderá ser visualizada a página do Diário Oficialonde o evento foi publicado. Todas as informações serãomigradas para o Seap”, contou De Vitto.

As fichas funcionais existentes hoje também serãodigitalizadas e inseridas no Seap, mas as fichas em papelserão mantidas para consultas em caso de necessidade.

Disque-ServidorApós protocolar seu pedido de aposentadoria, o

servidor poderá marcar seu atendimento naSuperintendência de Previdência pelo Disque-Servidor(0800-647-3633). O atendimento será agendado para duassemanas depois da ligação.

Aposentadoria em 15 minutos

Ao ser atendido na data e horário marcados no 0800,o servidor será orientado sobre as leis de aposentadoria,as regras a que tem direito e então poderá escolher a quemais lhe agradar. Após este processo, o servidor confir-mará a escolha por meio de uma senha cadastrada no iní-cio do atendimento.

Após a digitação da senha do servidor autorizando oprocedimento, será aberto o processo para a geração dosdocumentos oficiais necessários para processo de aposen-tadoria. Por fim, será gerado o ato da aposentadoria, assi-nado digitalmente pelo governador e pelo secretário dapasta. “O servidor sairá da mesa de atendimento com oato de aposentadoria, que será publicado no Diário Oficialno dia seguinte, já em mãos”, salientou o secretário.

“Tudo isso demonstra a seriedade e o respeito comque o governo Blairo Maggi trata seus servidores. Este émais um passo dentro do processo que vem sendo realiza-do desde o início do governo com o pagamento dossalários em dia, pagamento de cartas de crédito, transfor-mação de precatórios em carta de crédito, entre outrasações. Nosso principal objetivo é valorizar e dar maiscomodidade aos nossos servidores, evitando ostranstornos que hoje ainda acontecem”, conclui De Vitto.

Pesquisa nas fichas funcionais e transferência dos dados para os computadores

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om o planejamento de ações, qualificação de pessoal e acompanhamento dedesempenho, o Governo de Minas avança adotando um novo modelo degestão na administração pública. Iniciativas como o Programa deDesenvolvimento dos Gestores Públicos (PDG Minas), que faz parte do

projeto estruturador “Ampliação da Profissionalização dos Gestores Públicos”,transformou o Estado em um marco na administração pública. O objetivo é fomen-tar a capacitação dos servidores, de acordo com as especificidades de cada órgão eentidade. Em parceria com a Fundação Dom Cabral, o PDG Minas tem a propos-ta inicial de elevar a efetividade gerencial, por meio de ações de aperfeiçoamentodos gestores públicos, buscando a melhoria da qualidade dos serviços prestadospelas instituições públicas estaduais.

Em 2008, primeiro ano em que foi realizado, o PDG Minas formou 380gestores, divididos em 16 turmas, que passaram por um processo de treinamento,com carga horária de 120 horas. O êxito do PDG Minas em 2008 foi comprovadopelas avaliações dos participantes que consideraram que o programa superou asexpectativas.

De acordo com a gerente adjunta do Projeto Estruturador Ampliação daProfissionalização dos Gestores Públicos, Maria das Graças Murici, além da apren-dizagem, do convívio salutar e do compartilhamento de práticas inovadoras emgestão pública, o PDG Minas vem contribuindo para que os gestores alcancem osresultados que objetivamente alteram a realidade das organizações, e, conseqüente-mente agreguem valor público. “Quando ações de desenvolvimento dos gestores,dos dirigentes públicos, ocorrem com alinhamento estratégico e visão sistêmica, a

Programa deDesenvolvimento de

Gestores Públicoscapacita servidores

CAssessoria de Comunicação/Seplag

MINAS GERAIS

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atmosfera e os atributos das instituiçõespúblicas podem moldar e influenciar oscomportamentos e as atitudes das pes-soas, constituindo uma cultura inovadorapropícia à efetividade da gestão pública”,ressalta a gerente.

Perfil deCompetências

O foco principal do programa visaelevar as competências em gestão pública,mediante o desenvolvimento dos conhe -cimentos, habilidades e atitudes previstosno “Perfil de Competências dos GestoresPúblicos”. Essas competências, avaliadaspor meio de um estudo comportamental,são analisadas durante o programa, quedesenvolve, então, um conjunto coerentee integrado de conhecimentos, habili-dades e atitudes requeridas. A partir dessemapeamento, o PDG Minas desenvolveuseis módulos que contemplam: liderançade equipes; orientação para resultados;visão sistêmica; compartilhamento deinformações e conhecimentos; capacidadeinovadora e gestão de pessoas

Para a secretária de Planejamento eGestão, Renata Vilhena, pela primeira vez,a administração pública está treinando osgestores efetivos responsáveis pelas áreasestratégicas do governo, propiciando fer-ramentas condizentes com as funções queexercem. “Da mesma forma que asempresas privadas buscam a eficiênciaatravés da apresentação de resultados, ogoverno tem obrigação de transformar areceita arrecadada em contraprestaçãopara o cidadão, com serviços de qualidadeque atendam aos anseios da população deMinas”, explica Renata. De acordo com aSecretária, as metas estabelecidas noAcordo de Resultados só podem seralcançadas se cada servidor souber seupapel, buscando sempre um nível deexcelência entre os cargos consideradosestratégicos pelo Governo. “O importanteé deixar claro ao servidor que ele é partefundamental nessa batalha para tornarMinas o melhor Estado para se viver, e osresultados só estão sendo alcançados comum amplo processo de capacitação detodos os gestores públicos”, ressaltou.

Aula do PDG com Gestores do Governo deMinas na Fundação Dom Cabral

Treinamento de gestores no PDG Minas naFundação Dom Cabral

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GOVERNANÇA & DESENVOLVIMENTO

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PDG Minas 2009Desenvolvido para atender a realidade mineira, o

PDG Minas terá continuidade ao longo de 2009, entreos meses de março a novembro, aperfeiçoando mais714 gestores efetivos de 48 órgãos e entidades dopoder Executivo. A previsão é de que, ao final de 2010,aproximadamente, 2.400 gestores públicos tenhamparticipado do programa.

Este ano, o planejamento do PDG Minas foi ini-cializado pela secretária de Planejamento e Gestão,Renata Vilhena, em reunião de institucionalização doprograma, com a participação dos dirigentes dasSecretarias, Órgãos Autônomos, Autarquias eFundações. Na ocasião, foram realizadas reuniões comos responsáveis de cada instituição, onde foram deta -lhadas as informações sobre o processo de capacitação.

Os participantes receberam a agenda prévia dasatividades presenciais e assinaram o termo de compro-misso para ingresso e participação no programa.Durante o treinamento, eles terão acesso às atividadesà distância, por meio de vídeos disponibilizados pelaFundação Dom Cabral, que tratam de conteúdosespecíficos e atualizados para a administração pública.

Compartilhamento deConhecimentos

Concebido como mais uma ferramenta de gestãodo conhecimento e contando com o apoio da tecnolo-gia da informação, o portal Peabirus,www.peabirus.com.br, também permite que os partici-pantes possam interagir na Comunidade de Prática,conhecida como PDG Minas. No portal, os gestorespúblicos podem usufruir de um espaço virtual de com-partilhamento de conhecimentos, de práticas e idéias,onde são postados vídeos, imagens, apresentações, tex-tos, além de um fórum de debates. De acordo comMaria das Graças Murici, o Peabirus se tornou umaextensão do processo de capacitação, pois permite aosparticipantes interagirem fora do ambiente físico dasala de aula. “A troca de conhecimentos por meio doportal Peabirus vem permitindo a adoção de práticas,habilidades e atitudes que podem ser adquiridas edesenvolvidas de forma virtual pelos gestores públi-cos”. Segundo Murici, a metodologia desenvolvidapela Fundação Dom Cabral combina aportes conceitu-ais, dinâmicas, apresentação de vídeos e planejamentodas ações de melhorias, contínua reflexão e atitudesque necessitam ser desenvolvidos em conjunto pelosgestores públicos.

Renata Vilhena, secretária de Planejamento eGestão

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ara debater a questão da transparência das com-pras governamentais e capacitar profissionais daregião Norte que trabalham com PregãoEletrônico, funcionários públicos, advogados e

fornecedores compareceram ao I Congresso de Pregoeirosda Amazônia, realizado entre os dias 3 e 5 de junho, noHangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Oevento trouxe ainda as novidades sobre o tema, avanços ereformas jurídicas para redução de gastos.

Formas de tornar eficiente e transparente os processosde compra e contratação, para economia dos cofres públi-cos, foram os principais objetivos do Congresso. Em tem-pos de accountability (fiscalização popular dos gastos go -vernamentais), os pregões eletrônicos são ferramentas efi-cientes, deixando para trás licitações com ferramentasquestionáveis, que colocavam em dúvida a idoneidade dosprocessos.

Os inscritos tiveram oportunidade de participar decursos e oficinas com especialistas em Pregão Eletrônico,modalidade criada em 1998 e consolidada em 2005,através de uma Medida Provisória. O modelo foi dura-mente criticado, contudo apresentou-se como maneiramenos burocrática para se fazer compras melhores e maiscompetitivas, para os fornecedores.

Na conferência de abertura, o presidente da Ordemdos Pregoeiros do Brasil (OPB), Rubens Bacellar, defen -deu as condições de licitação e passou a principal lição deuma boa compra: adquirir bens e serviços de qualidadepelo melhor preço, a partir das especificações do produto.Ele explicou ainda que tudo que acontece nas compraspúblicas deve ser de conhecimento de toda a população, enesse sentido o pregão eletrônico é uma modalidade quese torna mais acessível e democrática a partir da internet.“O sistema utiliza tecnologia de última geração, garantin-do a segurança contra fraudes e dando maior transparên-

cia às compras. Por meio de controle de acessos, pode-sedisponibilizar as informações em tempo real, ou seja,todos podem fiscalizar a aplicação do dinheiro público”,explicou. Para Bacellar, os gastos públicos diminuíram demaneira brusca graças à eficiência do modelo. “As melho-ras deste modelo podem ser contabilizadas em bilhões deeconomia. Aqui mesmo em Belém, a Secretária de Estadode Administração fez uma enorme economia na licitaçãode compra de serviços de telefônica”, completou o presi-dente da Ordem.

Orlando Bordallo Jr, Secretário de Administração(Sead), disse que o encontro ressaltou os direitos e deveresdo ofício de pregoeiro para com a sociedade. “Agentespúblicos brasileiros, federais, estaduais e municipais têm agrande responsabilidade de tornar eficientes os recursosdestinados à saúde, educação e cultura. Isso melhora agestão dos recursos para administração pública”, declarou.

Entre os temas, a importância da capacitação do pre-goeiro, que contribui para um pregão eletrônico bem con-duzido, gerando ganhos nos quesitos economia e, princi-palmente, qualidade, já que, uma vez bem preparado, ascondições de negociação são melhores. O aumento nonúmero de fornecedores participando dos processos lici-tatórios gera aumento no grau de disputa, o que tambémtermina em benefícios nos quesitos, diminuindo os riscosde perder uma licitação.

O evento também teve uma extensa programação paraórgãos fiscalizadores, como a palestra de Ibrahim Rochasobre o papel da Procuradoria Geral da União nos processos,e a da paraense Tereza Cordovil que fez uma análise sobre aimportância da Auditoria Geral do Estado na fiscalização dosprocessos. Outra apresentação que despertou a atenção deempresários e advogados foi a palestra “Impugnação,esclarecimentos, recursos e incidentes durante a sessão",apresentada por Fernanda Bambini, de São Paulo.

P

Transparência em compraspúblicas abriu Congresso

de Pregoeiros no Pará

Leba Paixão/ Ascom – Sead

PAR˘

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37

PARAN˘

impeza, asseio, manutenção e con-servação e vigilância dos prédiospúblicos são, basicamente, os únicosserviços que o Governo do Paraná

mantém, na atual gestão, permanentementeterceirizados. Para garantir o cumprimentodas cláusulas contratuais, a qualidade dosserviços prestados e, sobretudo, assegurar queos direitos dos trabalhadores sejam preserva-dos, a Secretaria de Estado da Administraçãoe da Previdência (Seap), em conjunto comoutros órgãos, vem adotando uma série demedidas nos últimos anos. A secretária MariaMarta Renner Weber Lunardon explica que ointuito é acompanhar tudo de perto, fre-quentemente, impedindo a ocorrência e o acú-mulo de falhas ou, no surgimento do primeiroproblema, encontrando uma solução o maisrápido possível. “Esse monitoramento asse-gura o emprego correto e racional dos recur-sos públicos. Primeiro, porque o Estado con-trola melhor se a relação despesas versus qua-lidade do serviço oferecido está condizente.Segundo, porque o governo evita que o

Estado seja incluído como réu em ações tra-balhistas movidas contra prestadores que nãohonram os compromissos com seus fun-cionários”.

RegionalizaçãoHoje, as contratações são regionalizadas.

O Estado, por meio da Seap, licita para a for-mação de sistemas de registros de preços dosdois serviços (limpeza e vigilância) em 22regiões do Paraná. Os órgãos públicos, aonecessitarem de contratar um ou os doisserviços, recorrem ao registro de preços daregião onde estão inseridos. As licitações sãorealizadas na modalidade pregão eletrônico(limpeza) e presencial (vigilância).

Para este ano, já foram concluídos osprocessos licitatórios dos registros de preçosde limpeza, asseio, manutenção e conservação.Em andamento estão os processos paraserviços de vigilância. “A regionalização, entreoutras vantagens, abre espaço para a partici-pação de mais prestadores, além de evitar o

L

Serviços de limpeza e vigilância:contratos acompanhados

de perto

Assessoria de Imprensa/ Seap

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Números

é o número de polos emque o Paraná foi r egionalizado para a contratação de serviços delimpeza, asseio e conservação dos prédiospúblicos

é a quantidade de postosde trabalho nesses 22polos.

é o número de polos emque o Paraná foi regionalizado para a contratação de serviços devigilância dos prédiospúblicos.

postos de trabalho sãoprevistos para esses 18polos.

22

4.434

18

721oligopólio, ou mesmo o monopólio, dos contratos”, acrescenta asecretária de Administração.

Os contratos e os respectivos recursos orçamentários parapagamento aos prestadores ficam sob a responsabilidade de cadaórgão público. No entanto, a gestão das informações e dados, bemcomo a definição e determinação de procedimentos, está sendocentralizada na Coordenadoria de Administração de Serviços(CAS), que integra a estrutura da Seap e mantém representantesem todas as secretarias e outros órgãos da administração direta eautárquica do Executivo, os chamados Grupos AdministrativosSetoriais (GASs).

RelatóriosDois atos normativos em vigor – resoluções 1.352/2007 e

4.896/2008 – estabelecem a rotina de acompanhamento dos con-tratos e as providências que devem ser tomadas pelos GruposAdministrativos Setoriais. Logo que saiu a primeira resolução, aSecretaria da Administração realizou um encontro com 75 chefese assistentes de GASs, para transmitir as orientações essenciais àcolocação em prática das mudanças normatizadas. Entre os pro-cedimentos fixados está a elaboração de relatórios nos quais sãoavaliados a qualidade dos materiais e equipamentos utilizados pelaempresa e se há suprimento adequado desses materiais; se onúmero de trabalhadores realizando os serviços está de acordocom a demanda e o declarado pela empresa; e a confirmação dopagamento dos salários, pela prestadora, a seus funcionários, den-tro do prazo legal, bem como de quitação de INSS e FGTS. “Nocaso das empresas de vigilância, a ausência de rondas e super-visões, ou a impontualidade nas trocas de turnos também devemser registrados pelos gestores dos contratos”, acrescenta a coorde-nadora da CAS, Marisa Ribeiro de Lima.

Palácio Araucárias

Marisa Ribeiro de Lima, coordenadora do CAS

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Procuradoria do Estado auxiliagrupos administrativos

O acompanhamento sistemático dos con-tratos firmados entre os órgãos públicos e osprestadores de serviços tem a atuação não sódos GASs e da CAS da Secretaria daAdministração e da Previdência. De dois anospara cá, a Procuradoria Geral do Estado (PGE)participa desse trabalho, tirando dúvidas e au-xiliando na tomada de medidas e decisões.

“Tem sido uma parceria bastante efetiva eextremamente positiva, porque tem evitado queo surgimento de um problema se torne umproblema ainda maior”, atesta a chefe do CAS,Marisa Ribeiro. “Há um acompanhamentojurídico preventivo; os procuradores visitam osórgãos públicos prestando assistência impres-cindível”, salienta a secretária Maria MartaLunardon.

A construção do modelo das contratações deserviços de limpeza e vigilância pelo Governo do Paranáteve início em 2005. Além da administração direta doPoder Executivo, o processo contou com as partici-pações e contribuições do Ministério Público Estadual,da Delegacia Regional do Trabalho e dos sindicatos querepresentam os trabalhadores e as empresas do setor.

Inicialmente, buscou-se um panorama da situaçãoexistente – principais problemas enfrentados peloEstado, as queixas trabalhistas verificadas, as condiçõesdas empresas do setor, entre outros aspectos.Diagnosticadas essas especificidades, partiu-se para aconstrução de um modelo que tivesse desde a origem doprocesso de contratações, ou seja, a partir dos editais delicitações, os instrumentos necessários ao pleno cumpri-mento dos contratos, por todas as partes, em todas as

fases. Itens como planilha de preços dos serviços e demão-de-obra, número de funcionários suficiente para astarefas e cláusulas contratuais foram planejadas de modoa atender às necessidades do Estado e a garantir a parti-cipação de empresas idôneas, comprometidas em seremprestadoras de serviços ao poder público de forma cor-reta.

“A seriedade que se busca, com esse trabalho deacompanhamento e construção dos procedimentos, noscontratos de prestação de serviços, favorece os traba-lhadores, que têm no Estado um aliado na garantia deseus direitos, e as empresas e os empresários sérios, quecumprem suas obrigações sociais. E, claro, dá ao Estadoa segurança e a certeza de que os recursos que despen-dem têm o retorno em serviços bem feitos”, sublinha asecretária Maria Marta Lunardon.

Construção do modelo conta com aatuação de Ministério Público e DRT

Maria Marta Lunardon, secretária de Administração ePrevidência

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Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI), autarquia vincu-lada à Secretaria Estadual de Administração de Pernambuco, atua comprojetos que aproximam cada vez mais o cidadão do Governo.Responsável pela gestão de Tecnologia da Informação (TI) da

Administração Pública Estadual, sua finalidade é promover soluções integrado-ras, com o uso intensivo e adequado de TI. “A agência tem como meta canalizaresforços para a melhoria dos serviços, sobretudo na atualização tecnológica eexpansão do emprego da informática na administração pública estadual, preser-vando a gestão, o controle e a integridade das informações estratégicas de Estado.E os resultados alcançados já são muitos”, explica o secretário de Administraçãode Pernambuco, Paulo Câmara.

O Governo Federal, por exemplo, tem se interessado com freqüência pelosprojetos desenvolvidos pela ATI. O destaque é o Sistema Estadual de RegistroCivil (Serc), pioneiro no País, que permite a emissão das certidões de nascimentoainda nas maternidades, elevando o índice de crianças com acesso aos programassociais, além de formar futuros cidadãos. O Governo Federal, por meio daSecretaria Especial de Direitos Humanos, procurou conhecer de perto todo oprojeto, uma vez que o subregistro civil chega ao percentual de 12,2% das cri-anças nascidas no País, segundo dados do IBGE. A idéia é incentivar os estadosdo Norte e Nordeste a implantá-lo, tendo como base o sucesso do programa emPernambuco.

O primeiro passo já foi dado pelos diretores de tecnologia de estados comoBahia, Paraíba e Amapá. Eles estiverem no Recife, em abril, e receberam

PERNAMBUCO

A

ATI ganha reconhecimentodo Governo Federal

Assessoria de Imprensa da ATI

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Paulo Câmara,secretário deAdministração

instruções do funcionamento. O Amapá, por exemplo, já estuda os recursos doEstado para a implantação. “Conhecemos todo o procedimento, e ele é muitoeficiente. Nossa realidade é ainda mais precária, pois o sub-registro é muito ele-vado na população ribeirinha. Estamos na fase de reunir parceiros”, informou ogerente de TI da Secretaria Estadual de Inclusão e Mobilização Social doAmapá, Luiz Sousa.

Na prática, o sistema interliga, simultaneamente, cartórios de registro civilcom as maternidades, fazendo o acesso simplificado ao registro de nascimentoe a emissão eletrônica da primeira certidão, na própria maternidade onde onascimento ocorreu. Tudo de forma on-line. Assim, é possível evitar o desloca-mento dos pais aos cartórios, e garantir que todas as crianças sejam registradas,estimando o alcance de 100% dos nascidos vivos. Atualmente, um cartório eduas unidades de saúde da capital já possuem o sistema, sendo eles o HospitalAgamenon Magalhães, da rede estadual, e a unidade Professor Barros Lima, darede municipal do Recife. “Nosso objetivo é chegar em 2010 atendendo 220unidades do SUS e 289 cartórios”, afirma o presidente da ATI, Joaquim Costa.

Para que o Serc fosse implantado, a ATI elaborou a tecnologia e somouparcerias para compartilhar investimentos. A Secretaria Estadual deDesenvolvimento Social e Direitos Humanos (Sedsdh) é responsável pela coor-denação do projeto e pela implantação dos equipamentos nos cartórios, enquan-to que a Secretaria Estadual de Saúde (Ses) ficou com a informatizaçãonecessária nas maternidades. Também apoiam o Tribunal de Justiça dePernambuco e a associação de cartórios. Os valores investidos pelos parceirossomam R$ 3,258 milhões.

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ATI se divideem três missões corporativas

Por receber projeção nacional, o programaSerc ganha destaque, mas não é o único traba-lho de peso da ATI. A instituição atua com trêsmissões corporativas, relacionadas à melhoriada prestação de serviços à sociedade, à melhoriada gestão e do planejamento corporativo doGoverno. Grande parte da atuação também édivulgada para os demais Estados.

“Visamos as ações estruturadoras. Nessecontexto, elaboramos portais que simplificamnão só a vida dentro do poder público, mastambém do usuário comum, como é o caso doPortal do Cidadão Pernambucano, que reúnetodos os serviços web, hoje espalhados nasdiversas páginas do Governo. Desta forma, ocidadão poderá encontrar e acessar mais facil-mente os serviços que demandar’, explicaJoaquim Costa.

Além deste, é possível citar ainda o “Portalda Transparência”, ferramenta que permite àsociedade acompanhar os gastos e ações doGoverno, conferindo maior poder de cobrançadentro dos serviços públicos. Ao todo, são maisde 50 portais e homepages para os órgãos doEstado. A atuação é garantida graças à estrutu-ra técnica e de mão de obra envolvida nas ativi-dades, o que permite, por exemplo, a gerênciatécnica da Rede PE-Multidigital e a operação doDatacenter. Neste último estão guardados, emambiente seguro, os dados e informações doGoverno do Estado, adequando as demandasdos diversos órgãos por área de armazenamen-to. Já a Rede PE-Multidigital provê a integraçãode todos os pontos do Governo (delegacias,escolas, Detran, entre outros), através de linksde dados e voz, garantindo, assim, a redução decustos. “Essas, entre outras ações, partem dapremissa de uma transparência da gestão e nocontrole social das ações do Governo”, concluiJoaquim Costa.

Sobre a ATI-PE

A empresa de Informática do Estado foicriada há 39 anos, inicialmente com o nomede Cetepe, depois Fisepe e há quatro anostransformou-se em Agência Estadual deTecnologia da Informação (ATI). Garante osuporte técnico e coordena a aplicação daspolíticas de modernização tecnológicas doGoverno de Pernambuco, colocando oEstado na vanguarda das soluções em TI. Aagência tem como objetivo implantar umapolítica de informática pública. Paradisponibilizar essa tecnologia aos pernam-bucanos, a ATI investe na otimização derecursos, no compartilhamento de soluçõese em qualificação técnica.

Sala de monitoramento da rede

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PIAUÍ

Agência de Tecnologia da Informação doEstado do Piauí (ATI) – antiga Empresa deProcessamento de Dados do Estado (Prode) –vem revolucionando a administração estadual

com a criação de sistemas que se destacam nas mais diver-sas áreas, como transporte, pessoal e governança, tornan-do a gestão pública mais ágil, com uma tecnologia desen-volvida por profissionais do Estado, que utilizam sistemasque simplificam e otimizam processos e atividades dosórgãos. Alguns desses já despertaram o interesse de ou-tras administrações estaduais e municipais, dando maisreconhecimento ao trabalho dos analistas, programadorese técnicos.

Na ATI trabalham cerca de 60 profissionais na criaçãode sistemas que atendem a todos os órgãos da adminis-tração direta e indireta. Segundo o coordenador deDesenvolvimento de Sistemas, James Clayton Ribeiro doNascimento, a demanda pela criação de novos sistemas égrande, mas a maioria é atendida. Os órgãos que maissolicitam são as secretarias de Administração e deTransporte e a Empresa de Gestão de Recursos. O coor-denador conta que o número de profissionais ainda épequeno para atender às solicitações. “Atualmente, nossoquadro precisa, no mínimo, dobrar para atender e manteras novas demandas”.

Nos últimos anos, a ATI desenvolveu 31 sistemas emdiversos ambientes, como Java e PHP (Web) e emplataformas mainframes. Além desses, os profissionais daATI estão desenvolvendo outros sistemas, como o decontrole de despesas, de controle de estoque e o RegistroCivil. Vale ressaltar que os profissionais da Agência já cri-aram e dão suporte técnico a 19 sites de órgãos estaduais.Alguns sistemas atendem a todos os órgãos, como oServidor de Atualização de Sistema e de InformaçõesGerenciais da Folha, o Infofolha. Outros são específicos,como o Sistema de Passe Intermunicipal, criado a pedido

da Secretaria de Transportes. O diretor da Unidade de Tecnologia da Informação

da Informática e Comunicação da ATI, Francisco José daRocha Neto, destaca alguns sistemas criados pela empre-sa, como o que controla a freqüência dos servidores, oPontoCon, que, “se bem gerenciado, gera uma grandeeconomia para o Estado”. Outro é o que controla osdescontos dos servidores filiados a sindicados e associ-ações, o DescontoNet, permitindo maior agilidade noprocesso de gestão das contribuições dos servidores. Odiretor cita ainda o SisconsigNet, que controla as aver-bações de empréstimos, seguros e planos de saúde, a par-tir das margens geradas na folha de pagamento. Esse sis-tema envolve servidores, governo e instituições finan-ceiras. “É um sistema que gera economia, rapidez na rea -lização de empréstimos e receitas para o Estado”.

Rocha Neto informa que o SsisconsigNet e oPontoCon já receberam várias solicitações de outrasadministrações. O Informa Fácil, por ser pioneiro na área,já serviu de modelo para vários Estados, como Alagoas,

A

Novos sistemas de informação mudam

administração estadualGeneide Santos/Ascom-Sead

Equipe da ATI

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São Paulo e Espírito Santo. Profissionais piauienses sedeslocaram para outros Estados para apresentar o soft-ware a representantes dos governos. Alguns fizeram sóadaptações e estão usando a tecnologia piauiense para terum melhor gerenciamento e racionalização dos recursos.

Em maio último, quatro sistemas desenvolvidos porprofissionais da ATI foram mostrados para servidores devários Estados brasileiro durante o II Congresso Consadde Gestão Pública, realizado em Brasília. Os analistasEvaldo da Silva Cunha, Hudson Rocha Falcão e JorgeAlan da Luz Barradas apresentaram os softwares nas áreasde segurança (Sistemas de Procedimentos Policiais –Sisprocep), de transporte (Controle dos TransportesInterestaduais – Sistrans) e de governança (PontoEletrônico – PontoCon – e Acompanhamento das Açõesdo Governo – Ações). Com exceção do Ações, os demaisestão em funcionamento.

Evaldo Cunha diz que a apresentação em Brasília foigratificante, pois foram inscritos trabalhos de váriosEstados, mas o Piauí foi contemplado com a escolha dequatro. Ele conta que, após a apresentação, foi procuradopor representantes de outros Estados que ficaram interes-sados nos sistemas. “E o Piauí pode ceder”, adianta.Segundo o analista, todos ganham com a criação de sis-temas. “Os analistas porque aprendem novas tecnologias,pesquisam e se reciclam, e o governo porque economiza”.

Essa foi a primeira vez que a ATI participou de umgrande evento. O II Congresso Consad de Gestão Públicareuniu quase 3 mil pessoas no Centro de ConvençõesUlysses Guimarães. De acordo com Jorge Alan da LuzBarradas, o Piauí tem bons profissionais na área de infor-mática, e o exemplo é a opção pelo sistema desenvolvidopela ATI pelo governo do Estado para controlar os gas-tos públicos. O mesmo software foi apresentado ao go -vernador Wellington Dias por analistas do Estado doMato Grosso, mas o governante optou pela tecnologiaprópria, por ter custo zero. Jorge Barradas está trabalhan-do para colocar o ar em breve o Portal Transparência quevai mostrar todas as ações do governo.

O analista Hudson Rocha Falcão afirma que a ATI éuma autarquia estratégica e muito importante para o

Estado, pois contribui para a modernização do mesmo,melhorando o trabalho, reduzindo custos e gerandoeconomia. Falcão trabalha em três sistemas. Um deles é ode Ponto Eletrônico, o PontoCon, já em funcionamentoem 11 órgãos e com previsão para ser implantado emtodos. O sistema controla a freqüência do servidor atravésda utilização de tecnologias de código de barras ou dabiometria, fornecendo aos usuários, através da internet, ocontrole dos servidores. Ele também é responsável pelosistema de Patrimônio, Infofolha e pelo SisconsigNet.

Para a secretária da Administração, Maria ReginaSousa, só o fato de se criar sistemas é um fato relevantepara modernizar a gestão e agilizar o trabalho, e por issotodos os softwares desenvolvidos são importantes para oEstado. “Em termos de resultados, o SisconsigNet foi oque mais contribuiu”. Ela explica que o governo deixoude fazer o serviço de um banco, em que os servidores atu-avam como agentes de crédito, levantando a situação doscolegas. “Era um grande número de pessoas naAdministração e nos demais órgãos trabalhando para osbancos”, avalia. Mas isso mudou com o SisconsigNet eagora os servidores podem fazer empréstimos em qual-quer terminal. “Era uma relação direta com os bancos”,acrescenta. Por isso a secretária afirma que esse sistemaem termos de resultado foi o que teve mais impacto.

Regina Sousa destaca outros sistemas, como o de pro-tocolo, que está em fase de conclusão e vai permitir que osusuários dos serviços públicos possam acompanhar oandamento dos processos de algum local em haja acesso àinternet. Para isso, é só acessar o www.protocolo.pi.gov.br,que está em fase de implantação em seis órgãos, entre elesa Secretaria da Administração. Desde o dia 19 de março,quem der entrada em um processo recebe o número doprotocolo e uma senha para acompanhar seu andamentovia internet.

Em breve, o governo vai implantar o Portal daTransparência, que vai disponibilizar todas as infor-mações para a população sobre a administração pública

Página na internet

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GOVERNANÇA & DESENVOLVIMENTO

via rede mundial de computadores. Asecretária ressalta que o mais impor-tante é que se está fazendo essa re -volução na administração com tecnolo-gia própria. Ela lembra que, ao assumiro governo, os integrantes foram muitoassediados para comprar sistemas.Mas, nas discussões, todos perceberamque, ao adquirir um programa,o governo ficava refém do cri-ador, pois qualquer problemaobrigava a contatar o respon-sável pela tecnologia. Com atecnologia própria, os sistemasficam com o governo e nãocom que os desenvolveu.“Para mim, esse é um dospontos mais importantes emtermo de tecnologia da infor-mação no Piauí”.

A secretária argumentaque o governo demorou a semodernizar porque estavafazendo um levantamento dasituação, mas o faz agora, ecom tecnologia própria e sãoos servidores que sabem eensinam aos demais. Ela lem-bra que, antes, o governo tinhasistemas sofisticados, mas queficavam obsoletos no fim deum mandato. Isso porquequem operava era comissiona-do, e saía sem repassar as informações.Além disso, os sistemas pertenciam apessoas de outros Estados.

A implantação de tecnologiaprópria gerou economia para o Estado.Em 2004, Regina Sousa lembra que foioferecido ao governo um sistema defolha de pagamento por R$ 4 milhões e“hoje o governo não gasta nem 20%desse valor para desenvolver sistemas.É importante a não geração de despe-sas, pois deixamos de gastar muito di-nheiro e estamos apostando na prata dacasa”, Outra vantagem, segundoRegina Sousa, é que a máquina estámais ágil, pois houve redução do fluxoporque está tudo informatizado e, me-lhor, treinando pessoal para operar,principalmente servidores efetivos, umagrande preocupação do governo. “Ogoverno passa, mas as coisas boasdesenvolvidas têm que permanecer.

Não tem sentido outro governo chegare ter que começar tudo de novo”,opina. A secretária informa que todasessas ações desenvolvidas na área datecnologia fazem parte do Plano deDesenvolvimento da Tecnologia daInformação (PDTI), que está sendoimplantado aos poucos na adminis-

tração estadual. O grande foco da gestão da ATI,

segundo o diretor-presidente AntonioTorres da Paz, é na busca de soluçõespara a otimização de recursos públicose para o compartilhamento de projetoscom ênfase na valorização do pessoalda casa. Antonio Torres informa que oPDTI, em implantação, é realizado emconjunto com o Softex, um institutoque desenvolve softwares. Para ele, otrabalho desenvolvido pela Agência deTecnologia está dentro das metas dogoverno e lembra que o primeiro tra-balho da antiga Prodepu foi implantaro Diário Oficial eletrônico, em 2003,iniciando o cumprimento de uma dasmetas de governo: a modernização doEstado. Em termos de aquisição desoftwares, Antonio Torres conta que aeconomia gira em torno de R$ 7 mi -lhões para o governo do Estado.

Ponto eletrônico dos servidores

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qualidade da gestão começa na estrutura física do ambi-ente de trabalho, passando por cursos de aprimoramen-to e por espaços de discussão que reúnem gestoresmunicipais, estaduais e federais. No ano de 2007, o pré-

dio da Searh passou por uma reforma em que os ambientes de tra-balhos foram socializados. As salas individuais deram lugar àamplas salas, as mesas de trabalhos ficaram maiores e tambémforam compartilhadas entre os servidores, facilitando a comuni-cação pessoal e resultando em um trabalho com maior transparên-cia e fluidez.

Para o secretário da Administração e dos Recursos Humanos(Searh), Paulo César Medeiros, é importante implementar formasmodernas de administração. “Qualidade do ambiente, capacitaçãodos servidores, parcerias entre público-privado, bem como traba -lhar com pessoas estimuladas, são elementos de extrema relevân-cia na busca por oferecer aos cidadãos uma gestão pública efi-ciente”, afirma o secretário.

Ainda em 2007, foi fundada a Escola de Governo, que éresponsável pelos cursos de aprimoramento dos servidores detodo o Estado. Atualmente, ela desenvolve o programa ‘EducaRN’, que vai escolarizar os servidores que não tiveram oportu-nidade de terminar os ensinos Fundamental e Médio.

No ano de 2009, a Searh já promoveu 4 eventos para discutira gestão pública no Estado: ‘I Capacitação dos SecretáriosMunicipais da Administração e do Planejamento e das Finanças doRN’, ‘3º Congresso de Gestão Pública’, ‘I Fórum dos SecretáriosMunicipais da Administração’ e o ‘Fomenta RN’.

A

O desafio de aproximar asgestões estadual e municipalAssessoria de Comunicação/Searh

Marcos Leal, secretário adjunto de Administração,Carlos Eduardo Veiga, do Ministério doPlanejamento, e Paulo César Medeiros, secretário deAdministração

RIO GRANDE DO NORTE

GOVERNANÇA & DESENVOLVIMENTO46

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Encontro de SecretáriosDesde do ano de 2008, a Searh realizou quatro

encontros entre secretários municipais e Governo doEstado, para debater as dificuldades e os dilemas encon-trados na administração de cada município. Em 2009, foirealizado o ‘I Capacitação dos Secretários Municipais daAdministração e do Planejamento e das Finanças do RN’e o ‘I Fórum dos Secretários Municipais daAdministração’.

O evento ‘I Capacitação dos Secretários Municipais daAdministração e do Planejamento e das Finanças do RN’,que ocorreu de 2 a 6 de março, nas cidades de Natal,Mossoró e Caicó, teve como objetivo orientar ossecretários municipais a fazer um planejamento para agestão, de acordo com as características de cada locali-dade. Durante o encontro, foram tiradas dúvidas sobrecomo utilizar as verbas enviadas aos municípios. A pro-gramação incluía oficinas sobre estratégia na gestão públi-ca nas áreas de tributação, orçamento, finanças públicas egestão de recursos humanos.

No ‘I Fórum dos Secretários Municipais daAdministração’, que ocorreu no mês de abril, secretáriosmunicipais e Governo do Estado debateram sobre oPlano Plurianual (PPA) dos municípios. A reunião contoucom a presença do coordenador geral de sistemas do PPA,do Ministério do Planejamento, Carlos Eduardo LacerdaVeiga, do secretário estadual da Administração, PauloCésar Medeiros, e representantes da Secretaria Estadualde Planejamento (Seplan).

Durante o Fórum, os participantes assistiram àspalestras ‘A importância dos municípios’ e ‘Gestão doPPA – A influência do RN’, além de participar da oficinasobre as etapas de um Plano Plurianual, ministrada porCarlos Eduardo Lacerda Veiga.

A agenda da Searh prevê mais dois encontros entreGoverno do Estado e gestores municipais, até novembrodesse ano. O secretário da Administração, Paulo César,ressaltou que o estado necessita controlar as ações admi -nistrativas, “mas que também é preciso redefinir estaforma de administrar, migrando para uma gestão públicacapaz de criar valores”.

3º CongespO 3º Congresso de Gestão Pública do Rio Grande do

Norte, que aconteceu em março, em Natal, colocou empauta assuntos de interesse da sociedade, discutindotemas como os novos paradigmas da gestão pública, agestão de recursos humanos nos modelos organizacionaisda administração pública, a informatização das comprasgovernamentais, a tecnologia da informação e os desafiosda administração pública contemporânea no contextofederativo brasileiro.

O evento contou com a participação de mais de duasmil pessoas, entre gestores, técnicos e estudantes das áreasde administração e gestão pública. Para compor a grade da

programação do congresso, a Searh reuniu um grupo derenomados palestrantes, como o secretário de Gestão doMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão,Marcelo Viana, a secretária da Receita Federal, Lina Vieira,entre outros.

FomentaCom o objetivo de ampliar a participação de pequenas

e micro-empresas nas compras públicas do Rio Grande doNorte, a Searh e o Sebrae/RN realizaram, em maio, o‘Encontro de Oportunidades para Micro e PequenasEmpresas (MPE) nas Compras Governamentais –Fomenta/RN’.

O Formenta/RN proporcionou aos empresários aoportunidade de conhecer requisitos e procedimentosnecessários para alcançar a qualidade exigida peloGoverno do Estado, no processo de licitação.

A programação contou com os temas ‘Compras parao Desenvolvimento – Uma Visão Empresarial’, ministra-da pelo consultor do Programa de ComprasGovernamentais do Sebrae Nacional, Cláudio Vargas, e‘Experiência do Governo Federal em Compras às Micro ePequenas Empresas’, proferida pelo secretário deLogística e Tecnologia da Informação do Ministério doPlanejamento, Rogério Santanna.

Na abertura do evento, o secretário Paulo César deMedeiros fez o lançamento do programa ‘ComprasGovernamentais’ e em seguida discorreu sobre a novapolítica de compras governamentais para micro e peque-nas empresas, do Governo do Rio Grande do Norte.

Abertura do 3o Congesp

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RIO GRANDE DO SUL

governo do Estado do Rio Grande do Sul inicia, emjunho, a implantação do novo sistema de gerenciamentoda manutenção da sua frota de veículos. O processo, queé semelhante ao sistema de abastecimento dos carros,

implantado em 2006, deve gerar uma economia de mais de R$ 5milhões ao ano para os cofres públicos. O anúncio foi feito emmaio, durante a assinatura do contrato de prestação de serviçosentre Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos (Sarh)e a Banrisul Serviços, empresa que venceu a licitação realizada em2008.

Conforme o secretário da Administração do Rio Grande doSul, Elói Guimarães, a economia se dará por meio da agilidade e docontrole que o novo mecanismo vai proporcionar. “Esta medida émais uma prova de que é possível racionalizar o Estado e, parale-lamente, prestar melhores serviços ao cidadão. Cumprindo a má -xima deste governo, estamos investindo no gerenciamento dos sis-temas e fazendo mais com menos”, destaca o titular da Sarh, queressalta ainda a necessidade de dar continuidade ao processo deajuste fiscal desenvolvido pela atual administração do ExecutivoEstadual. “Com o apoio da tecnologia, se temos condições deprestar melhores serviços à população gaúcha com um customenor, vamos fazer. É o que vem sendo executado desde o inícioda gestão da governadora Yeda Crusius e que não se findou com oalcance do déficit zero. Precisamos continuar economizando para aumentarmos, cada vez mais, os investimentos”, afirma ElóiGuimarães.

A operacionalização damanutenção da frota

Cada veículo oficial terá um número de cartão virtual, possibili-tando que o gestor da frota realize orçamentos e contrate serviçosmecânicos por meios eletrônicos. Cada operação será monitoradaem tempo real pelo Departamento dos Transportes (Dters). Além

OAdriana Corrêa/Ascom – Sarh

Assinatura do contrato de prestação de serviçosentre a Secretaria da Administração e dos RecursosHumanos (SARH) e a empresa Banrisul Serviços.Superintendente executivo da Banrisul Serviços,Antonio Carlos Antunes, secretário daAdministração e dos Recursos Humanos, ElóiGuimarães, gerente executivo da Banrisul Serviços,Antônio Miguel Cavaleto, e o diretor de Transportesdo RS, Willis Taranger

Sistema de manutenção dafrota de veículos do Estadovai gerar economia de mais

de R$ 5 milhões ao ano

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Assinatura do contrato de prestação de serviços entre aSecretaria da Administração e dos Recursos Humanos(SARH) e a empresa Banrisul Serviços.Secretário da Administração e dos Recursos Humanos do RS,Elói Guimarães, com gestores da frota e responsáveis peloprojeto do novo sistema de manutenção de veículos.

Solenidade de entrega de 146 novos veículos às secretariasda Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, Irrigação eUsos Múltiplos da Água e Casa Militar, dentro do projeto demodernização da máquina administrativa, beneficiando oInterior do Estado. Discursando, a governadora YedaCrusius em frente ao Palácio Piratini com secretários deEstado, prefeitos e populares.

146 novo veículos que já estão em atividade prestando melhoresserviços à população do Interior do Estado.

do maior controle e da redução do custo direto, a ope -ração irá garantir a diminuição de gastos com material,pessoal, espaço físico e deslocamento. “Não será maispreciso que os veículos lotados, ou em viagem pelointerior do Estado, fiquem parados à espera de guin-cho que os traga até a Capital para que esperem pormanutenção contratada através de licitação. E tambémnão haverá mais estoque de peças sem necessidade”,explica o diretor do Dters, Willis Taranger.

As operações serão controladas pelos gestores dafrota e do convênio, por meio de uma cota financeirapara cada órgão. Na prática, quando identificada anecessidade de manutenção do veículo, será preenchi-da uma ordem de serviços pelo gestor, para que sejamrequisitados os orçamentos. Com a opção por umaoficina credenciada e a devida justificativa da escolhae da necessidade do serviço, é feita sua autorizaçãomediante o fornecimento de senha pelo condutor doveículo. Depois de realizada a manutenção, o veículoretorna para a frota e o gestor autoriza, via sistema, ofechamento da operação e o respectivo pagamento.

O novo sistema de gestão de frota possibilitará aogestor controlar toda e qualquer substituição, assimcomo a durabilidade de peças e acessórios em temporeal, proporcionando, inclusive, maior segurança aogestor quanto à avaliação de vida útil do veículo.

Sucesso do sistema deabastecimento

A primeira experiência do gênero no RS foi aimplantação do sistema de abastecimento da frota.Idealizado pelo Dters, em conjunto com aCompanhia de Processamento de Dados do Estado(Procergs), a inovação consiste em um cartão mag-nético que substituiu o tradicional adiantamento dedinheiro ao motorista ou responsável. Também como objetivo de obter maior agilidade e controle, foioutorgada ao Banrisul a operação por cartão eletrôni-co capaz de informar, em tempo real, a data doabastecimento, nome do estabelecimento credencia-do, tipo de abastecimento, quantidade consumida emlitros, quantidade gasta em reais, município onde seencontra o veículo, placa ou código de identificaçãodo veículo, marcação do hodômetro (ou outro modode aferição), e média de desempenho por quilômetrorodado (se veículo), desde o último abastecimento.Além disso, identifica o condutor ou responsável peladespesa. O valor pago à vista pelo produto é aquelepraticado no dia da aquisição. Com a presença devários credenciados numa mesma localidade, ficafavorecida a disputa. Na tentativa de atrair os veículospúblicos, os postos baixam o valor de seus produtos.Assim, o novo sistema já garantiu a redução dasdespesas com abastecimento em mais de R$ 3 mi -lhões desde a sua implantação.

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RORAIMA

esenvolver um trabalho de aperfeiçoa-mento das atividades administrativas e,ao mesmo tempo, promover um ambi-ente de interação e valorização humana

tem sido a meta na administração da advogadaAna Luciola Vieira Franco, da Secretaria da GestãoEstratégica e Administração (Segad) do Governode Roraima.

Seu trabalho tem sido focado na valorizaçãodo servidor, através de projetos que humanizem asrelações e a modernização da gestão pública.“Entendemos que a eficiência passa pelo bem-estar do servidor e, para isso, estamos desenvol-vendo projetos de promoção humana, valorizaçãoe ainda trazendo mecanismos mais modernos paraexecução das atividades administrativas”, disse ela.

No dia 5 de junho, a Segad parou seu atendi-mento externo para realizar a I Oficina deTrabalhos, um evento que contou com a participação maciça de todos os servi-dores, durante quase todo o dia. “Através de reuniões setoriais detectamos que osservidores possuíam total conhecimento de seus procedimentos normais, mas noque tangia aos outros departamentos, percebemos que eles não possuíam infor-mações precisas”, explicou ela.

Segundo Ana Luciola Vieira Franco, após verificar essa necessidade, foi feitaa proposta de organizar um evento de grande porte, que promoveria esse encon-tro de idéias. “Unir para chegar à excelência”, foi o tema escolhido deste eventoque propiciou, principalmente, o contato descontraído entre servidores. A pro-gramação iniciou-se às 8h e teve seu encerramento às 13h30 com um almoço para560 servidores.

D

Segad realiza “I Oficina deTrabalhos” para servidores

Assessoria de Comunicação/Segad

I Oficina de Trabalhos daSegad

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Qualidade de vida Durante o evento, foi lançado oficialmente o progra-

ma Qualidade de Vida do Servidor. Uma equipe multidis-ciplinar está detectando as necessidades de cada setor doGoverno do Estado para, a partir daí, oferecer serviços.Dentre eles, orientação e acompanhamento médico,palestras educativas, ginástica laboral, iniciativas de segu-rança no trabalho, orientação nutricional, combate aoestresse e atividades lúdicas e recreativas, que irão pro-mover uma melhor qualidade de vida para o servidor.

A equipe gestora é formada por professores de edu-cação física, pedagogos, músicos e cientistas sociais e te -rapeutas. “O trabalho está apenas no começo, mas em seulançamento percebeu-se que já criou expectativa em todosos servidores presentes”, comentou a secretária.CTI

Outro setor que teve grande destaque na I Oficina deTrabalhos da Segad foi o Centro de Tecnologia daInformação (CTI), cuja equipe vem desenvolvendo apadronização de todos os websites das secretarias eórgãos estaduais, migrando-os para tecnologias maisavançadas, proporcionada pelo software livre, a fim de

que todos os serviços de e-gov atendam as perspectivasdo cidadão.

Sua equipe tem realizado uma série de ações nodesenvolvimento desses produtos, a exemplo do PortalRoraima (www.portal.rr.gov.br). Um dos produtos dessanova safra é o novo Site do Servidor(www.servidor.rr.gov.br), com design inovador, de fácilmanuseio e acessibilidade. “O Site do Servidor tem sidoum meio de divulgar as atividades da secretaria e facilitara vida do servidor. O nosso objetivo é inovar cada vezmais e diminuir os entraves para o fornecimento de infor-mações pessoais do servidor”, explicou a secretária.

Ela contou ainda que o Governo do Estado contra-tou uma equipe de consultoria para avaliar o desempe nhodo sistema de folha de pagamento, visando a melhoriados serviços nessa área. “Estamos iniciando o levanta-mento para aquisição de um novo programa para a folhade pagamento, com novos equipamentos e uma equipetreinada. Existem novidades a todo momento nessa área,e a folha é um setor sensível demais e que merece toda anossa atenção, afinal lida diariamente com a vida finan-ceira de mais de 20 mil servidores”, ressaltou AnaLuciola.

Ginásio lotado de servidores durante as atividades

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om a adoção do programa de descentralização administrativa em SantaCatarina, pelo governador Luiz Henrique da Silveira, em janeiro de 2003,coube à Secretaria da Administração um papel estratégico na tarefa de ade-quar a máquina pública ao novo desafio que se impôs: o de promover o

desenvolvimento regional de forma equilibrada e constante nas 36 microrregiões emque foi dividido o Estado. Modernas práticas de gestão, em substituiçãoa fórmulas ultrapassadas, já incapazes de atender a contento às novasnecessidades, dotaram nos últimos anos a estrutura administrativa deinstrumentos eficazes de controle dos gastos públicos, possibilitando,assim, ao Governo, aumentar os investimentos em áreas prioritárias.

“Alcançar tal objetivo só se tornou possível mediante a adoção deum elenco de medidas de racionalização de gastos, que passaram pelarevisão de despesas com passagens, aluguéis, telefonia fixa e celular,contas de água e luz, contratação de mão de obra terceirizada eaquisição de materiais, entre outros itens”, explica o secretário daAdministração, José Nei Ascari. “Hoje, quando a política de descentra -lização está totalmente consolidada e o seu sucesso desperta o interessede outros Estados para essa nova forma de governar, continuam emandamento projetos importantes para reduzir ainda mais o custeio damáquina e aumentar sua eficácia. Em outras palavras, Santa Catarinabusca, em passos céleres, alcançar na sua totalidade a modernidadeadministrativa preconizada pelo governador Luiz Henrique”, diz Ascari.

Centros Administrativos RegionaisUm dos projetos mais importantes destacados pelo secretário da Administração é o

que prevê a construção dos centros administrativos regionais e a ampliação da áreacons truída do Centro Administrativo do Governo do Estado, em Florianópolis. “Oscentros administrativos regionais foram concebidos de acordo com a filosofia do pro-grama de descentralização para abrigar nas microrregiões, em um só espaço, a Secretariade Desenvolvimento Regional (SDR) e as demais unidades do Governo do Estado. Das

C

Programa de descentralização adequa

máquina pública

Assessoria de Comunicação/Sea

José Nei, secretário deAdministração

SANTA CATARINA

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36 SDRs, 12 estão abrigadas em prédios próprios e neces-sitarão de investimentos apenas para ampliação e ade-quação dos espaços, para poderem receber as outrasrepartições públicas estaduais. As outras 24 estão emimóveis alugados ou cedidos. Todos os aluguéis custamR$ 13,2 milhões por ano ao Governo do Estado. A formaencontrada para o Governo arrecadar dinheiro e poderconstruir as novas sedes regionais, foi colocar à vendaimóveis pertencentes ao Estado – terrenos com e sembenfeitorias e prédios de diferentes tamanhos, situadosnas várias regiões e considerados sem finalidade pública –,conforme explica o diretor de Gestão Patrimonial daSecretaria da Administração, Pedro Abel, responsáveldireto pela coordenação do projeto.

Os imóveis começam a ser oferecidos em leilõespúblicos e concorrências, e o dinheiro proveniente dasvendas deverá compor o Fundo de Patrimônio, aprovadopela Assembléia Legislativa no ano passado. Cadasecretário regional tem a missão de identificar e disponi-bilizar os imóveis para alienação. Assim que houver recur-sos suficientes em caixa, terá início a construção dos cen-tros administrativos, que terão três tamanhos diferentes:com 1,9 mil metros quadrados, 2,8 mil metros e 3,5 milmetros, orçados entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões,dependendo das dimensões. “Com a venda dessesimóveis, teremos recursos suficientes para construir todosos centros regionais”, afirma o secretário José Nei Ascari.

Na verdade, o Governo do Estado possui 2.700imóveis já cadastrados no novo sistema de patrimônio,avaliados em R$ 737 milhões (valores históricos), além de1.300 ainda em fase de cadastramento. A venda de partedeste patrimônio servirá também para assegurar as obrasde ampliação do Centro Administrativo, situado a cercade 10 quilômetros do centro de Florianópolis, para abri-gar ali algumas secretarias localizadas em outros pontosda cidade e que ocupam, na maioria, imóveis alugados.“Com a concentração de todas as repartições da Capitalno Centro Administrativo, o Governo fará uma economiamensal de R$ 240 mil só com aluguéis, além de obter di -

nheiro com a venda de prédios próprios muito valoriza-dos, por estarem localizados em pleno centro da Capital”,re velou Pedro Abel. Ele também aponta redução de gastoscom água, vigilância, energia elétrica, coleta de resíduos.

Assim, no terreno com 60 mil metros quadrados, comárea construída de 20 mil metros quadrados, onde estãoinstalados os gabinetes do governador e do vice e váriassecretarias, como as da Administração, Fazenda,Comunicação, Planejamento e Articulação Estadual, entreoutras, a empresa SC Parcerias e o Teatro Pedro IvoCampos, serão construídos dois novos prédios, com áreaconstruída de 57 mil metros quadrados e orçados emaproximadamente R$ 80 milhões.

O início das obras está previsto para o segundosemestre deste ano, e a conclusão em 24 meses. Quandoforem inaugurados, a população do CentroAdministrativo, hoje de 1.300 servidores, saltará paraperto de 5 mil. “Com isso, vamos dotar Santa Catarina deuma estrutura física administrativa moderna, integrada,evitando-se deslocamentos desnecessários de secretários etécnicos e, assim, dando mais agilidade ao sistema, semfalar na economia operacional que vai representar”, desta-cou Ascari.

Saúde do ServidorOutro destaque dentro do elenco de ações de mo -

dernização administrativa deflagrado pela Secretaria daAdministração é o Programa de Saúde Ocupacional doServidor Público, desenvolvido pela Diretoria de Saúdedo Servidor (Dsas) em consonância com a Lei Estadual14.609, aprovada em caráter pioneiro no País pelaAssembléia Legislativa em janeiro deste ano.

O programa, que deve entrar em execução em julho eestar totalmente implementado em 2010, inaugura “umanova era na política de saúde do servidor”, segundo osecretário Ascari. “Representa uma evolução nos disposi-tivos legais catarinenses e brasileiros relacionados à saúdeocupacional, configurando-se como uma estratégia ino-

Paulo Coelho, diretorde Saúde do Servidor

Pedro Abel, diretor deGestão Patromonial

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vadora na promoção da qualidade de vida notrabalho e na redução ou eliminação dos riscosocupacionais no serviço público estadual, medi-ante monitoramento periódico e individualiza-do, de acordo com as características de cadaatividade dos servidores”, reforça.

Com efeito, o novo programa acresce aosprocedimentos atuais na área de segurança emedicina do trabalho, limitados até então quaseintegralmente à expedição de atestados médi-cos, uma gama de serviços e ações voltados aaprimorar as condições de saúde física e psi-cológica do servidor, com o objetivo de reduziro absenteísmo funcional e promover a saúde.“Grande parte do absenteísmo funcionaldecorre da falta de análise preventiva”, alerta odiretor de Saúde do Servidor, Paulo Coelho,ressaltando que, por meio desse monitoramen-to sistemático, detectando determinados“sinais” ou “sintomas” no trabalhador, é plena-mente possível o Estado agir preventivamente.

O programa não se restringirá a exames pe -riódicos. Pela primeira vez, todos os servidoresserão monitorados, com análises individuais eem grupos, e cada caso diagnosticado seráencaminhado para tratamento e acompa -nhamento específicos. No mês do seu aniver-sário, o servidor receberá solicitação para sesubmeter a exames e, na sequência, a avaliaçãoclínica. A partir do conhecimento do seuquadro clínico, ele passará a ser monitoradopela equipe mais próxima ligada ao órgão ondetrabalha.

Entre os principais problemas de saúderesponsáveis pelo absenteísmo, a médica IaraGaieski Pinós, gerente de Saúde Ocupacional daDsas, cita as “causas universais que conhece-mos”: lesões de esforço repetitivo (ler-dort),depressões, além do sedentarismo e suas apre-sentações de risco, como hipertensão e infartoagudo do miocárdio.

Outros fatores causais que agravam essasestatísticas são o alcoolismo, o tabagismo e suasgraves repercussões. “Sabemos que são proble-mas sociais danosos, que vão além do trabalho.É imprescindível, pois, que a abordagem para apromoção da saúde do servidor tenha açõesindividuais e em grupo. Os problemas aponta-dos acima são multifatoriais e não se resolvemapenas com remédios”, diz a médica.

Exercícios de fisioterapia e melhora nascondições de trabalho serão usados no combateà ler-dort, ao mesmo tempo em que serão pro-movidas reuniões de grupos específicos paracontrole e reeducação dos diferentes problemasdetectados.

Projeto TransformaNuma avant-première do que será o Programa de

Saúde Ocupacional, já vem sendo executado há algunsmeses o Projeto Transforma, pelo qual os servidoresaprendem a praticar uma série de exercícios que permitemrelaxar física e emocionalmente em apenas 15 minutos,revela Henriqueta Lucila da Silva, sua coordenadora.Praticado em grupos, no próprio local de trabalho, oTransforma realiza sessões em várias repartições, na ca -pital e no interior, ministradas por “multiplicadores”, ouseja, servidores que aprenderam as técnicas de relaxamen-to e as transmitem aos colegas. O diretor Paulo Coelhofaz questão de destacar que a política de descentralizaçãoadministrativa tornou mais factível aplicar um programaque beneficia a todos os servidores, dentro de uma logís-tica racional e sem grandes aumentos de custo, uma vezque vai utilizar o pessoal das próprias regiões (técnicos emsaúde ocupacional, como médicos, psicólogos, assistentessociais e engenheiros do trabalho) para atender os servi-dores. O treinamento desses profissionais deve começarem julho.

Centro Administrativo do Governo

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Prêmio Mario Covas anuncia

vencedoress 15 equipes vencedoras do 5º PrêmioGovernador Mario Covas foram anunciadas nanoite de quarta-feira, dia 8 de abril, em cerimô-nia de premiação na Sala São Paulo. Os ga -

nhadores foram selecionados entre 40 projetos semifi-nalistas, escolhidos por uma comissão julgadora nas catego-rias Excelência em Gestão Pública e Inovação em GestãoPública.

O prêmio busca identificar e valorizar as boas práticasde gestão pública, bem como aumentar a eficiência doEstado e melhorar o atendimento à população.Participaram do evento o governador em exercício,Alberto Goldman, e os secretários Sidney Beraldo(Gestão Pública), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento),Luiz Antônio Marrey (Justiça e Defesa da Cidadania),Antônio Ferreira Pinto (Segurança Pública), Luiz MassaoKita (Casa Militar) e Lourival Gomes (AdministraçãoPenitenciária). Goldman enalteceu as boas práticas degestão públicas premiadas no evento. “O governador JoséSerra realizou diversas ações que têm continuidade evisam à melhoria do serviço público. Por isso, é impor-tante premiar e incentivar o desempenho dos servidores”.

Em seu discurso, o secretário Beraldo falou sobre aimportância de disseminar as experiências para o Estado.“Desta forma, contribuímos para que as políticas públicascumpram o seu papel. É importante que se tenha cada vezmais profissionais preparados para o serviço público”,frisou. A categoria Inovação em Gestão Pública tevedestaque na seleção, com 10 projetos premiados. São eles:Colegiado Regional de Atenção Básica do DRS III“Araraquara: Uma estratégia para fortalecer a AtençãoBásica – AB”, do Departamento Regional de Saúde (DRSIII) Araraquara, vinculado à Secretaria de Saúde;“Comunidade Virtual de Aprendizagem Saúde: criando

uma rede viva de colaboradores na área da saúde”, daFundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap),vinculado à Secretaria de Gestão Pública, e Secretaria daSaúde; “Desafios e Avanços da Comissão de Análise deSolicitações Especiais, visando a Equidade e oAprimoramento da Gestão do SUS”, do DepartamentoRegional de Saúde de Ribeirão Preto (DRS XIII), daSecretaria de Saúde; “DO.online: A transparência dos atosdo governo disponível ao cidadão”, da Imprensa Oficialdo Estado de São Paulo S/A (Imesp); “EmplasaGEO –Geoinformação para o cidadão”, da Empresa Paulista dePlanejamento Metropolitano S/A (Emplasa);“Implantação de coleta/afastamento/tratamento esgotosem comunidades rurais de 150 a mil habitantes”, daCompanhia de Saneamento Básico do Estado de SãoPaulo (Sabesp), vinculada à Secretaria de Estado deEnergia e Saneamento; “Projeto Ambiental EstratégicoEtanol Verde”, Centro de DesenvolvimentoTecnológico/Coordenadoria de Biodiversidade eRecursos Naturais, ligado à Secretaria do Meio Ambiente;“Projeto de Recuperação Ambiental de Vila Machado:Gestão Territorial Compartilhada aliada aoMonitoramento para a Ação e a Eficácia”, Companhia deSaneamento Básico do Estado de São Paulo (SabespJales), de Jales; “Taboão Paraiso: Polícia e Comunidade emAção”, da 3ª Cia do 15º BPM/M (Guarulhos), ligada àSecretaria da Segurança Pública e “Uma parceria inovado-ra para fazer frente ao fenômeno da "judicialização daspolíticas públicas de saúde"- A otimização da gestão públi-ca, do Codes”, Coordenação de Demandas Estratégicasdo Sistema Único de Saúde, da Secretaria de Estado daSaúde e PJ8 – 8ª Subprocuradoria da Procuradoria Geraldo Estado.

Na categoria Excelência em Gestão Pública, os cinco

AAssessoria de Comunicação/SGP

S‹O PAULO

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trabalhos premiados foram: “Cadastro e Seleçãode Candidatos a Beneficiários dosAssentamentos Estaduais”, da FundaçãoInstituto de Terras do Estado de São Paulo JoséGomes da Silva (Itesp), vinculada à Secretaria daJustiça e da Defesa da Cidadania; “Criação deCentro de Prevenção e Tratamento deDisfunções do Assoalho Pélvico”, do Núcleo deUroginecologia (NUG) de Jaú, vinculado àSecretaria de Saúde; “Gerenciamento de materi-ais hospitalares no HRAC-USP: planejar é pre-ciso!”, do Hospital de Reabilitação de AnomaliasCraniofaciais da Universidade de São Paulo(USP); “Gestão Estratégica da Unidade deFarmacotécnica Hospitalar na busca da excelên-cia e resultados”, do Hospital das Clínicas– Instituto Central, vinculado à Secretaria deSaúde e, ainda, a “Modernização dos Serviços deLimpeza em Ambiente Escolar”, da Chefia deGabinete da Secretaria da Educação. Em suaquinta edição, o Prêmio Mario Covas atingiu a marca de184 trabalhos inscritos. A maioria dos projetos é voltadapara a Saúde, com 69 iniciativas. Saneamento e Energiaseguem com destaque na lista com 27 trabalhos. Das 19secretarias, Ensino Superior também tem boa margem deadesão, com 15 equipes inscritas.

Todas as equipes pré-selecionadas foram premiadas.Aos finalistas receberam, durante a cerimônia, troféus ecertificados. Já os semifinalistas receberam certificados. Às40 equipes foram conferidos ainda equipamentos de infor-mática.

Comissão julgadoraNeste ano, o prêmio incorporou à comissão julgadora

representantes da iniciativa privada, com experiência naavaliação de trabalhos relacionados à gestão. Os juradosatuam nas empresas McKinsey Consultoria; Revista BanasQualidade e Metrologia & Instrumentação; IPEG –Instituto Paulista de Excelência em Gestão; FundaçãoBrava; Agência Dinheiro Vivo; Fundação Nacional daQualidade (FNQ); Instituto Sou da Paz; Grupo Fleury;Natura e CPFL. Também participaram da seleção repre-sentantes da Universidade de São Paulo (USP) eUniversidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Evento teve cobertura por blog

Quem esteve fora das dependências da Sala São Paulotambém teve a oportunidade de acompanhar a cerimônia depremiação. Neste ano, a novidade do evento foi a cobertura

em tempo real pelo blog da Secretaria de Gestão Pública. Aoacessar o endereço www.secretariadegestao.blogspot.com,que está no ar desde 6 de abril, o internauta pôde conferirtextos e imagens.

Prêmio Governador Mario Covas

Voltado para servidores estaduais de diferentes órgãosadministrativos – Executivo, Legislativo e Judiciário –, oPrêmio Governador Mario Covas visa difundir e valorizaras boas práticas de gestão pública. É uma iniciativa daSecretaria de Gestão Pública, realizada por meio daFundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap),que tem o apoio da Fundação Mario Covas e patrocínio doBanco do Brasil.

O Prêmio Mario Covas foi instituído pelo Decreto49.191, em novembro de 2004. Desde então, foraminscritas 994 iniciativas, entre elas, o Projeto Nota FiscalPaulista, premiado na edição anterior. A iniciativa daSecretaria da Fazenda tem a finalidade de estimular o exer-cício da cidadania fiscal, com a devolução de 30% doICMS recolhido pelo estabelecimento. Também no anopassado, o projeto de portal do Acessa SP, programa deinclusão digital, foi um dos vencedores do prêmio.

A partir desta edição do prêmio, passam de cinco paraduas as categorias para inscrição dos trabalhos. Essamudança tem como objetivo adequar a premiação aosnovos conceitos de gestão pública, estimulando a inovaçãoe a excelência no setor público. Também houve umaumento no número de premiados, que elevou de 10 para15 projetos vencedores. Nas quatro edições anteriores,foram premiadas 37 iniciativas.

Troféu entregue aos vencedores

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Governo propõe novas regraspara contratação temporária

O governo de São Paulo enviou para aAssembleia Legislativa um projeto de lei com-plementar que estabelece novas regras para acontratação temporária no Estado. Trata-se demais uma medida de modernização da gestãopública, que tem como objetivo essencial amelhoria do serviço público estadual. “Esta éuma medida histórica, que o Governo Serraestá tomando para assegurar a qualidadee a continuidade dos serviços essenciaisprestados pelo Estado à população”, afirma osecretário de Gestão Pública do Estado,Sidney Beraldo.

De acordo com o projeto, a contrataçãotemporária terá duração máxima de um ano, euma mesma pessoa só poderá ser admitida,ainda que para atividades diferentes, 200 diasdepois do fim do seu contrato de trabalho. Asmedidas não se aplicam aos docentes tem-porários com estabilidade prevista na LeiComplementar 1010/2007 (Lei da SPPrev),que terão assegurada a jornada mínima de 12horas semanais. A contratação de temporáriosserá feita após um processo seletivo, cujasregras e critérios serão regulamentados pelaSecretaria de Gestão Pública.

O objetivo é que a contratação temporáriaseja utilizada somente em casos específicos,em que esse tipo de contratação atenda melhorà necessidade do serviço público, ao mesmotempo em que garante condições e regrasmais claras para os contratados. O projeto éparte também do esforço do Estado paragradualmente substituir temporários por fun-cionários efetivos, tanto que foram encami -nhados, ao mesmo tempo, à Assembléia pro-jetos que criam cargos na Saúde e naEducação, áreas do governo que hoje maisutilizam contratação temporária.

Temporários da educação

O projeto de lei traz inovações na questãodos professores temporários, como parte doPrograma + Qualidade na Escola, anunciadopelo governador José Serra no dia 5 de maio.Será institucionalizado o exame obrigatóriocomo requisito para que os professores atuemnas salas de aula. A atribuição de aulas dosprofessores temporários vai levar em conta osresultados da prova anual, além dos requisitosde tempo de serviço e titulação.

Somente serão admitidos para ministraraulas os professores que forem aprovados naprova anual. Aos professores que não foremaprovados no exame e tiverem a garantia deestabilidade prevista na Lei Complementar1010 será assegurada a jornada mínima de 12horas semanais, que será exercida em funçõesauxiliares do processo de ensino (como ativi-dades em salas de leitura, infocentros e emprogramas de parceria com a comunidade).Os professores reprovadas no exame dostemporários não darão aulas. Esses profes-sores deverão obrigatoriamente prestar oexame nos anos seguintes e conseguirem aaprovação para poderem dar aulas, ou conti -nuarão em atividades auxiliares ao ensino nasescolas.

Objetivo é garantirqualidade do serviço

público estadual

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GOVERNANÇA & DESENVOLVIMENTO58

O Acessa SP, programa de inclusão digital doGoverno do Estado de São Paulo, ajuda quem nãotem computador em casa a desenvolver suas ativi-dades profissionais. Muitos trabalhadoresautônomos estão usando os postos do Acessa SPpara trabalhar, como “escritórios virtuais”.

O tempo é limitado, mas isso não é empecilho.O atendimento nas unidades do Acessa São Paulo égratuito, e cada usuário tem direito a 30 minutos denavegação por acesso. Quando o tempo acaba, épreciso pegar uma senha e voltar ao final da fila.Assim, em períodos de 30 minutos, é possível entrarem contato com clientes, passar orçamentos eresponder a e-mails profissionais, por exemplo.

Norberto Edgard da Silva, de 67 anos, é umadas pessoas que fizeram do Acessa SP seu posto deapoio ao trabalho que exerce, como consultoreconômico, fazendo pesquisas sobre títulos de va -lores, que são negociados na Bolsa de Mercadorias.As buscas na internet, ele faz do Acessa SP noParque da Juventude, zona norte de São Paulo.

Norberto é formado em Economia e trabalhou20 anos como operador na Bolsa de Valores. “Leveiuns tombos na Bolsa e saí de São Paulo. Quandovoltei, há dois anos e meio, descobri que poderiafazer esse trabalho sem ter que gastar com a inter-net”, comemora ele.

Laurindo Rodrigues Mecenas, de 55 anos, tam-bém é um usuário do Acessa SP do Parque daJuventude, que freqüenta há mais de 3 anos.Laurindo trabalha com instalação de antenas, mon-tagem de sistemas de radiodifusão e instalaçõeselétricas. Ele faz a maioria dos contatos com osclientes pela internet, sempre usando os terminaisdo posto. “Eu também faço pesquisas e, às vezes,faço cursos online, estou sempre aprendendo. Masna maior parte do tempo, faço contato com clientes,ou com pessoas que podem indicar novos traba -lhos”.

André Lopes, de 42 anos, trabalha com tecnolo-gia de segurança e sistema de alarmes em empresas.

Ele conta que, no momento, prefere economizar enão ter computador em casa, pois com o telefonecelular e o posto do Acessa SP, pode fazer todos oscontatos profissionais de que precisa.

Programa Acessa São Paulo

O Acessa São Paulo, vinculado à Secretaria deGestão Pública e gerido pela Prodesp (Companhiade Processamento de Dados do Estado de SãoPaulo), oferece acesso às novas tecnologias da infor-mação e comunicação, em especial à internet, con-tribuindo para o desenvolvimento social, cultural,intelectual e econômico dos cidadãos.

O programa está presente em 435 municípios,dispõe de 492 postos, com 3.757 computadores e922 monitores. São mais de 1,6 milhão de usuárioscadastrados em todo o Estado e já atingiu a marcade 37,3 milhões de atendimentos desde julho de2000, quando o Programa foi lançado.

Nas unidades do programa é possível usar oscomputadores em períodos de 30 minutos por aces-so. Ao final desse período, o usuário que quisercontinuar navegando na internet deverá retirar novasenha e aguardar sua nova vez, sem limites derepetição.

No caso do Parque da Juventude, zona norte deSão Paulo, foi criada uma “Sala de Estudos” desti-nada exclusivamente para pessoas que queiram fazertrabalhos – escolares ou profissionais. Ali, o cidadãopode permanecer por 1 hora a cada retirada desenha. É um espaço menor, mais reservado, parapermitir que o usuário se concentre nas suas tarefase melhore sua produtividade. Ali, não é permitido oacesso a sites de redes de relacionamentos.

Esta “Sala de Estudos” surgiu em função deuma necessidade específica local já que no Parqueda Juventude funciona uma ETEC/FATEC – esco-las de ensino profissionalizante. E este posto tam-bém é muito freqüentado pelos alunos.

“Acessa SP” vira escritório virtual de trabalhadores autônomos

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GOVERNANÇA & DESENVOLVIMENTO

Nova linha de crédito para MPEs sergipanas

s pequenas e microempresas (MPEs) sergipanas recebe -ram um grande incentivo. Desde o dia 2 de junho, elascontam com uma nova linha de crédito do Banco doEstado de Sergipe (Banese), voltada especialmente para as

MPEs locais que estejam fornecendo bens e serviços para oGoverno do Estado. O Credi-Compras Governamentais Banese,idealizado pela Secretaria de Estado da Administração (Sead) edesenvolvido pelo Banese, oferece crédito para capital de giro einvestimentos. A expectativa é que sejam emprestados R$ 10 mi -lhões ainda no segundo semestre do ano.

Empenhado em fortalecer o poder de compra das MPEs, oGoverno do Estado, por meio da Sead vem criando mecanismospara incrementar essa parcela de empreendedores. Em setembro de2007, o Governo do Estado, numa atitude pioneira no País, sancio-nou a Lei Estadual de Licitações 6.206/07, a partir de uma deman-da da Sead, com o objetivo de usar o poder de compra do Estado para fomentar o comér-cio local e também as MPEs, com a criação de um ambiente legal favorável, visando aodesenvolvimento econômico e social sustentável. Agora, mais uma vez, de forma inéditano País, o Governo de Sergipe lança o Credi-Compras Governamentais Banese.

Força das MPEsAs micro e pequenas empresas representam 99% dos estabelecimentos instalados em

Sergipe e respondem por 60% dos empregos, de acordo com dados fornecidos peloServiço Nacional de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae). A participação dasMPEs nas compras públicas do Estado passou de 6% em 2007, para 37% em 2008, graçasao advento da Lei 6.206/07. E já no primeiro trimestre de 2009, do total arrematado empregões eletrônicos, 82,35% destinados às MPEs sergipanas.

Para o secretário de Estado da Administração, Jorge Alberto, os números motivarama Sead a demandar uma linha de crédito específico para as MPEs sergipanas. “Oferecertodo o incentivo às micro e pequenas empresas é uma meta do governo Marcelo Déda, enós, da Secretaria da Administração, estamos nos esforçando e buscando parcerias parahonrar esse compromisso com o setor empresarial sergipano”, diz Jorge Alberto. O go -vernador do Estado, Marcelo Déda, faz questão de ressaltar a força do Banese e a suafunção para o bom funcionamento da economia sergipana. “Hoje, o Banese é um bancoforte, que se destaca em sua categoria. E conseguiu chegar a esse nível realizando açõesdesse tipo, que beneficiam as empresas do nosso estado e geram emprego e renda para apopulação sergipana”, afirma o governador.

Assessoria de Comunicação/Sead

Cerca de 400 empresáriose representantes de enti-

dades de classe prestigia-ram o lançamento

Tânia Pan: “todas asações que beneficiem as

MPEs são válidas

SERGIPE

A

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Credi-ComprasGovernamentais

A linha de crédito tem como públicoalvo as MPEs sergipanas que possuemcontrato de prestação de serviço ou defornecimento de bens com o Estado deSergipe e que ganharam licitações públi-cas. O crédito pode alcançar até 80% dovalor da nota fiscal faturada. A forma depagamento será em parcela única, debita-da automaticamente em conta correntena data do pagamento do crédito peloEstado ou no vencimento do contrato –o que ocorrer primeiro.

O presidente do Banese, SaumíneoNascimento, explica que a linha de crédi-to oferece taxas de juros diferenciadas enegociáveis com o gerente da unidade.“É uma ação forte e firme, no sentido dedotar o empresário de mais recursosfinanceiros, fazendo com que tenhamaior condição de cumprir o contrato egerar mais emprego e renda”, opina opresidente do banco.

“O Estado está antecipando umasolução para o microcrédito empresarial,que está previsto no Capítulo 5 do Artigo46 da Lei Geral da Micro e PequenaEmpresa, onde o empenho pode sernegociado num banco oficial”, afirma oconsultor da unidade de políticas públicasdo Sebrae nacional, Robson Schmidt. Eleesteve em Aracaju a convite da Sead, re -presentando a direção nacional doSebrae, para acompanhar o evento delançamento da linha de crédito, a primeirado País específica para os micro epequenos empresários vencedores delicitações públicas.

Cerca de 400 pessoas assistiram aoevento de lançamento no início de junho,entre eles diversos empresários e repre-sentantes de entidades de classe. Para aempresária Tânia Pan, todas as ações queincentivem as pequenas e microempresassão válidas, pois aumentam a competitivi-dade junto ao mercado. “O Credi-Compras Governamentais Banese vai darmuito mais chances para as micro epequenas se desenvolverem e compe-tirem com empresas maiores”, diz aempresária, que já teve sua microempresacontratada para o fornecimento demobiliário de escritório, após ter sidobeneficiada pela Lei 6.206/07.

Modernização dagestão pública em Sergipe é

apresentada emBrasília no II Consad

A modernização da administração pública emSergipe continua tendo boa exibição nacional. NoII Congresso Consad de Gestão Pública, aSecretaria de Estado da Administração (Sead) par-ticipou com a apresentação de três trabalhos. OCongresso, promovido pelo Conselho Nacional deSecretários de Estado da Administração, foi realiza-do entre os dias 6 a 8 de maio, em Brasília, e con-tou com a participação de aproximadamente milparticipantes. Mais uma vez, o Governo de Sergipeteve a oportunidade de exibir suas principais ino-vações em gestão pública.

Para o secretário da Administração, JorgeAlberto, há algum tempo Sergipe vem se destacan-do no cenário nacional. “O fato de termos trêsapresentações aprovadas para o congresso dá umadimensão da qualidade de nosso trabalho. As ino-vações e a modernização da gestão pública doGoverno Marcelo Déda têm sido um referencialpara muitos administradores no País, com açõespioneiras que visam o desenvolvimento sustentávelem nosso Estado”, afirma Jorge Alberto.

A Sead inscreveu três trabalhos para seremapresentados no Congresso, sendo que todosforam aprovados pela banca examinadora. Ostemas das apresentações foram: a inclusão socialpromovida pelo Centro de Atendimento aoCidadão (Ceac); a modernização da administraçãopública através do Gerenciamento Matricial deDespesas (GMD); e o uso do poder de compra doGoverno de Sergipe em favor das micro e peque-nas empresas, resultado da Lei Estadual de lici-tações 6.206/07.

CeacO Ceac é um órgão ligado que oferece uma

grande variedade de serviços de interesse público,com uma média 100 mil atendimentos por mês.Mais de 20 órgãos parceiros oferecem cerca de 200serviços nas duas unidades do Ceac, localizadas empontos estratégicos de Aracaju. Além da grandequantidade de serviços prestados, a qualidade dosserviços também é uma marca do Ceac, comprova-da por uma pesquisa de opinião pública realizada

GOVERNANÇA & DESENVOLVIMENTO60

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pelo Instituto Padrão, em dezembro de 2008. A pesquisa,além de mostrar a grande satisfação dos cidadãos atendi-dos pelo Ceac, apontou um índice de 99% de confiabili-dade em relação aos serviços prestados e documentos emi-tidos pelo Centro de Atendimento ao Cidadão.

O Ceac é parte do Planejamento Estratégico doGoverno do Estado 2007/2010 no eixo Inclusão peloDireito. A mais nova ação da Secretaria da Administraçãofoi a implantação, em junho de 2009, do Ceac Móvel, umaunidade itinerante do Centro de Atendimento ao Cidadãoque realizará mutirões de cidadania pelo interior sergipano,beneficiando aqueles que não podem se locomover até acapital. O Ceac Móvel será incorporado a outro programade cidadania do Governo do Estado, o Sergipe de Todos,promovendo a inclusão social nos 74 municípios do inte-rior sergipano. Outro projeto de ampliação do Ceac queestá em estudo é o da futura implantação de uma unidadedo Ceac na Rua 24 Horas. Se concretizado, esse projetodesempenhará um papel fundamental na revitalização docentro comercial de Aracaju.

Modernização administrativa

A modernização da administração pública é outrodestaque da Sead. Após parceria realizada com oMovimento Brasil Competitivo (MBC), a Secretaria daAdministração iniciou um trabalho de redução de despesasadministrativas e disseminação de práticas diferenciadas degestão pública, o Gerenciamento Matricial de Despesas(GMD), com ênfase nos resultados. Em um ano, entre osmeses de outubro de 2007 e 2008, o Estado teve umaeconomia real de R$ 160 milhões. No PlanejamentoEstratégico do Governo (2007/2010) o assunto faz parteda Diretriz Estratégica de Modernização Administrativa.

Além da Sead e suas autarquias (Ipesaúde e

Sergiprevidência), as Secretarias da Saúde, Educação eSegurança Pública também aderiram ao GMD. Paraotimizar os gastos públicos, foram desenvolvidas ferra-mentas como a implantação de chips eletrônicos nosveículos da frota estadual, que reduziu os gastos com com-bustível em 20%, representando uma economia de R$ 2,5milhões por ano. A renegociação das tarifas de telefonia eenergia elétrica, além de campanhas de conscientizaçãodos servidores, também auxiliou na redução de gastos daSecretaria. Economia com outras despesas administrativas.

Compras públicas e as MPEsO uso do poder de compra do Governo de Sergipe foi

utilizado de forma estratégica para o processo de desen-volvimento econômico com foco nas micro e pequenasempresas. Seguindo o Planejamento Estratégico doGoverno do Estado (2007/2010), no eixo Inclusão pelaRenda, as compras públicas adotaram um papel funda-mental para o Governo do Estado, principalmente com apublicação da Lei 6.206/07, que concede benefícios àsMPEs nas licitações públicas estaduais.

Essa mudança de paradigma fez com que a partici-pação das MPEs nas compras públicas estaduais aumen-tasse de 6% no final de 2007 para uma média de 37% aolongo do ano passado. Nos primeiros meses de 2009 asmicro e pequenas empresas continuam tendo bom desem-penho nas compras do Governo de Sergipe. Como setratam de empresas que representam 99% dos estabeleci-mentos produtivos do Estado, a medida tem se reveladouma forte aliada no combate à crise econômica, gerandopostos de trabalho e distribuindo renda entre a populaçãosergipana. “Com certeza, o pioneirismo do GovernoMarcelo Déda com a edição da Lei 6206/2007 foi essen-cial para a aprovação deste trabalho”, diz o secretário JorgeAlberto.

Ceac oferece mais de 200serviços à população

Jorge Alberto: “Sergipe tem sido umreferencial em gestão pública”

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GOVERNANÇA & DESENVOLVIMENTO

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servidor é uma constante preocupação do governo estadual. Prova disso é a política que vemsendo implementada desde 2005, beneficiando diversas categorias. Com um quadro funcionalrelativamente pequeno, se comparado a outros estados da Federação, o governo tocantinensetem a oportunidade de utilizar vários instrumentos, entre eles os Planos de Cargos, Carreiras

e Subsídios (PCCS). Da instalação do estado, após a Constituição Federal de 1988, até hoje, foi longo o caminho a se per-

correr com relação à estruturação da carreira dos servidores. A definição de regras de mobilidade fun-cional se deu apenas a partir de 2005, na atual gestão estadual, e trouxe grandes conquistas, especial-mente à prática da relação de carreira para o Quadro Geral (administrativo), Saúde, Educação, Fisco,Procuradoria Geral, Defensoria Pública, Polícia Civil.

Se antes era menor o número de carreiras com mobilidade e esta só era possível baseada em critériosde merecimento e por decisão única do governador do Estado, hoje o que se observa é a definição deregras claras visando à evolução do servidor em sua carreira, não apenas por tempo de serviço, comotambém através da avaliação do seu trabalho dentro de critérios previamente estabelecidos.

Os critérios de progressão abrangem um conjunto de ações, entre interstícios, avaliação periódica dedesempenho, assiduidade e qualificação. Na Progressão Vertical ocorre a evolução do profissional de umnível para outro superior mediante avaliação de desempenho e titulação, ou seja, a progressão em funçãoda escolaridade atual do servidor. Já a Vertical ocorre mediante avaliação de desempenho e tempo deserviço. “As progressões horizontal e vertical podem serapontadas entre as maiores conquistas dos servidorestocantinenses”, garante a secretária da Administração,Sandra Gondim, que vem atuando no processo de desen-volvimento do Sistema de Gestão de Cargos e Saláriosdesde sua regulamentação. “Este governo propiciou aosservidores uma carreira que efetivamente resulta em mobi -lidade funcional”.

CarreirasAs categorias que já contam com Plano de Cargos,

Carreiras e Subsídios com maior impacto na folha doEstado são o Magistério, a Saúde e o Quadro Geral, quejuntas somam 26.486 servidores públicos efetivos.

A Lei 1.534 foi sancionada pelo governador MarceloMiranda no dia 29 de dezembro de 2004. O enquadramen-

GOVERNANÇA & DESENVOLVIMENTO62

O

Tocantins valoriza servidores egarante mobilidade com os PCCSs

Assessoria de Comunicação/Secad

Garantia de mobilidade

TOCANTINS

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to dos servidores efetivos do Quadro Geral ao novo PCCS foi automático, e osmaiores beneficiados foram os funcionários que possuíam os requisitos exigidos parase enquadrarem em outra classe ou nível dentro do mesmo cargo, conforme estabele-cido no Plano.

Esse foi o caso de centenas de profissionais concursados para exercerem cargosdo Ensino Médio que apresentaram diploma de conclusão de curso superior, e daque-les de nível superior com cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado. De acordocom Sandra Cristina, os novos PCCSs redefiniram e especificaram melhor os cargos eas classes dos servidores. “Antes do Plano, os engenheiros, por exemplo, possuíamuma única nomenclatura de cargo, ou seja, um engenheiro civil era tratado da mesmaforma que um engenheiro agrônomo ou elétrico. Hoje, com o novo plano, foramenquadrados em cargos específicos, de acordo com a sua formação e atuação”, exem-plifica.

Os PCCSs do Estado do Tocantins levam em consideração, entre vários itens, acomplexidade das atribuições; os graus diferenciados de responsabilidade e de expe -riência profissional requeridos;as condições e os requisitosespecíficos para o desempenhodas atribuições; a instituição deperspectivas básicas de mobili-dade funcional dos servidoresna carreira e a decorrente me -lhoria salarial, mediante pro-gressões horizontal e vertical; aredefinição das cargas horárias ejornadas de trabalho; a identifi-cação e alteração de nomen-clatura de cargos; a criação denovos cargos, avaliação dedesempenhos entre outros.

O PCCS da Educação éconsiderado um marco para aeducação tocantinense.Elaborado com a participaçãode professores, representantesdo Sindicado dos Trabalhadoresem Educação no Estado doTocantins (Sintet), Conselho Estadual de Educação (CEE), diretores de escolas eSecretaria da Educação e Cultura, o PCCS foi aprovado em dezembro de 2004 pelaAssembléia Legislativa e entrou em vigor dia 1º de março de 2005. O PCCS alterou oplano anterior, a Lei 1060, que não previa a progressão funcional. O plano beneficiaos servidores de todos os níveis, tanto do quadro permanente, quanto do provisório,proporcionando todas as condições necessárias para progredir profissionalmente.

PCCS em númerosDesde a implantação do Plano de Cargos todas as carreiras tiveram progressões.

O maior impacto está no Quadro Geral, onde pouco mais de 8 mil servidores forambeneficiados, primeiro com o enquadramento por tempo de serviço (80,45%) e apre-sentação de títulos (15,43%). Nas progressões seguintes, 19,21% dos servidores pas-saram pelo estágio probatório, 67,56% do total teve progressão horizontal e 64,48% avertical, lembrando que há servidores beneficiados nas duas formas. Já entre os 9.754profissionais do magistério, 95,87% foram beneficiados pelo enquadramento de 2005,depois 67,54% passaram pela progressão vertical e 45,01% pela horizontal.

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GOVERNANÇA & DESENVOLVIMENTO

Servidores valorizados comcarreiras definidas

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EXPEDIENTE

PRESIDÊNCIA

Presidente: Paulo César Medeiros de Oliveira Júnior - Rio Grande do Norte1º Vice-Presidente: Sérgio Ruy Barbosa Guerra Martins - Rio de Janeiro2º Vice-Presidente: Maria Marta Renner Weber Lunardon - Paraná

JUNTA FISCAL

Paulo Henrique Saraiva Câmara - PernambucoMaria Regina Sousa - PiauíSandra Cristina Gondim de Araújo - Tocantins

SECRETÁRIOS DE ADMINISTRAÇÃO

Acre – Mâncio Lima CordeiroSecretário de Estado da Gestão AdministrativaAlagoas – Guilherme Souza Lima Secretário de Estado da Gestão Pública Amapá – Welington de Carvalho CamposSecretário de Estado da AdministraçãoAmazonas – Lígia Abrahim Fraxe Licatti Secretária de Estado da Administração e Gestão (em exercício)Bahia – Manoel Vitório da Silva FilhoSecretário de Estado da AdministraçãoCeará – Desirée Custódio Mota GondimSecretária de Estado de Planejamento e Gestão (em exercício)Distrito Federal – Ricardo Pinheiro PennaSecretário de Estado de Planejamento e GestãoEspírito Santo – Ricardo de OliveiraSecretário de Estado de Gestão e Recursos HumanosGoiás – Luiz Edgar Leão TolliniSuperintendente de Gestão Estadual da SefazMaranhão – Luciano Fernandes MoreiraSecretário de Estado da Administração e Previdência SocialMato Grosso – Geraldo Aparecido de Vitto JuniorSecretário de Estado da AdministraçãoMato Grosso do Sul – Thie Hugser Veigas SantosSecretária de Estado da AdministraçãoMinas Gerais – Renata Maria Paes de VilhenaSecretária de Estado de Planejamento e Gestão Pará – Orlando Bordallo JuniorSecretário de Estado da Administração Paraíba – Antônio Fernandes NetoSecretário de Estado da Administração

Paraná – Maria Marta Renner Weber LunardonSecretária de Estado da Administração e da PrevidênciaPernambuco – Paulo Henrique Saraiva CâmaraSecretário de Estado da AdministraçãoPiauí – Maria Regina SousaSecretária de Estado da AdministraçãoRio de Janeiro – Sérgio Ruy Barbosa Guerra MartinsSecretário de Estado de Planejamento e GestãoRio Grande do Norte – Paulo César Medeiros de Oliveira JúniorSecretário de Estado da Administração e dos Recursos HumanosRio Grande do Sul – Elói GuimarãesSecretário de Estado da Administração e dos Recursos HumanosRoraima – Ana Lucíola Vieira SantosSecretária de Estado da Gestão Estratégica e AdministraçãoRondônia – Valdir Alves da SilvaSecretário de Estado da AdministraçãoSanta Catarina – José Nei Alberton AscariSecretário de Estado da AdministraçãoSão Paulo – Sidney Estanislau BeraldoSecretário de Estado da Gestão PúblicaSergipe – Jorge Alberto Teles PradoSecretário de Estado da AdministraçãoTocantins – Sandra Cristina GondimSecretária de Estado da Administração

EdiçãoAndreia Salles - 61 [email protected]çãoMarcelo MouraCapaCristiano Gomes

Revista Governança e DesenvolvimentoConselho Nacional de Secretários de Estado da Administração – ConsadEndereço: SRTVS - Qd. 701 - Lote 4 - Bl. O - Entrada ASalas 128/130 - Brasília-DFFone: 61 - 3226 6569 / 8151 5150 - Site: www.consad.org.brE-mail: [email protected]ária-executiva: Iracy Gomes NunesAssessora de Comunicação: Andreia Salles

MatériasAs matérias e as fotografias destarevista foram gentilmente cedidas pelosincansáveis assessores de comunicaçãodos estados publicados nesta ediçãoImpressãoAlpha GráficaTiragem - 2.000 exemplares

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