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GOVERNANÇA REGIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional – SP CEPAM, 25/09/2012

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GOVERNANÇA REGIONAL PARA O

DESENVOLVIMENTO

Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional – SP

CEPAM, 25/09/2012

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Desenvolvimento Regional em uma Federação

• Autonomia e interdependência• Padrão é a interação

• Centralização x descentralização• Padrão é a não-centralização (constante negociação)

• União (1)• Estados (26 + DF)• Municípios (5564)

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 25/09/2012

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Desenvolvimento Regional em uma FederaçãoART. 23 CF: competências comuns de atuação (XII incisos)ART. 24 CF: competências concorrentes em legislação (XIVI incisos)

• SAÚDE: Sistema Único de Saúde: garantia de acesso universal e igualitário a serviços ofertados por meio de uma rede regionalizada e hierarquizada, organizada segundo diretrizes de descentralização, atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas e com participação da comunidade;

• ASSISTÊNCIA SOCIAL: as ações governamentais na área da assistência social serão (...) organizadas com base nas seguintes diretrizes: descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;

• EDUCAÇÃO: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

• Etc.

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 25/09/2012

IDH-M 2000(Atlas de Desenvolvimento Humano)

desigualdades regionais desigualdades estaduais desigualdades municipais

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Coordenação Federativa

• Valorizar os papéis de cada esfera de governo

• Governo Estadual

• Possibilidade de maior aproximação e compreensão de um território

heterogêneo (em relação à União)

• Incentivo à articulação e planejamento regional (além das fronteiras

municipais)

• Possibilidade de cooperação e coordenação interestadual

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 25/09/2012

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Federalismo e Estado de Bem Estar Social

“O conceito de Estado de Bem-Estar Social federativo é

definido por duas lógicas poderosas em tensão: a lógica da

cidadania social prevê que um bebê doente receba tratamento

de saúde pública, nas mesmas condições, em qualquer lugar do

país que ele viva. (…) a lógica federativa estabelece que o

tratamento de saúde ao qual o mesmo bebê tem direito,

depende significativamente da região onde ele vive." (BANTING, 2008, p.47)

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 25/09/2012

Estado da arte em Desenvolvimento Regional (OCDE, 2012):"Uma nova abordagem está emergindo, que promete um uso mais efetivo dos recursos públicos e melhores impactos das políticas públicas."

"A mudança é: de políticas de redistribuição e subsídios às regiões mais pobres, para medidas de incremento da competitividade de todas as regiões."

Os elementos-chave dessa nova abordagem são:

• Estratégia de desenvolvimento que considere um amplo escopo de fatores diretos e indiretos que afetam a performance de empresas locais;

• Um foco maior em qualidades endógenas às regiões, e menor em investimentos e transferências exógenas;

• Ênfase nas oportunidades em vez de nas desvantagens;

• Abordagem de governança coletiva e negociada envolvendo governos nacional, estadual e municipal em conjunto com outros stakeholders

Lógica Federativa e estratégia de Desenvolvimento Regional

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 25/09/2012

O Sistema como Solução para as Políticas Sociais

• Oferecem a estrutura para a colaboração• Os exemplos: SUS e SUAS• A estrutura:

• Regras e divisão de atribuições• Fóruns de negociação federativa (horizontal e vertical)• Gestão compartilhada

• Concilia a nacionalização de políticas sociais, com descentralização e negociação federativa

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 25/09/2012

Um Sistema para o Desenvolvimento Regional?

• Lições aprendidas do SUS e SUAS• Regras claras sobre o papel de cada um• Incentivos financeiros (fundos)• Fóruns intergovernamentais de gestão que permitam a constante

negociação

• Do que seria constituído um Sistema Nacional de Desenvolvimento Regional?

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Incentivando o Desenvolvimento das Regiões Paulistas

• No Estado de São Paulo hoje, um conjunto de objetivos permeia a agenda e a política pública de desenvolvimento regional. No âmbito da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional (mudança de nome em 2011), faz-se prioridade:

Atingir maior integração e articulação das ações do governo, de modo a conferir orientação estratégica às iniciativas territoriais de governo, e de modo a que todas as ações de governo traduzam a lógica regional

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 25/09/2012

• Objetivo geral:Desenvolver socioespacialmente as regiões paulistas por meio do incentivo ao aumento da sua competitividade

• Resultado geral esperado:As regiões paulistas atingem maior desenvolvimento socioespacial, com maior igualdade de renda

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Diretrizes para a Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional

1. Promover a integração das políticas públicas estaduais por meio da disseminação de uma abordagem regional para as diferentes ações de governo;

2. Promover o desenvolvimento das regiões paulistas por meio do incentivo ao aumento da sua competitividade, combinado com a redução das suas desigualdades sociais e territoriais;

3. Reforçar as ações governamentais que busquem a conexão inter-regional, a coesão social e a sustentabilidade ambiental, por meio do reconhecimento dos problemas e das potencialidades das diferentes regiões do Estado;

4. Tratar o patrimônio natural e construído das regiões do Estado de São Paulo como ativos sociais, ambientais e culturais, e não como entraves ao desenvolvimento;

5. Promover a criação de uma estrutura de governança regional que conjugue os esforços dos diferentes atores sociais que atuam regionalmente;

6. Promover o debate acerca dos territórios cujas dinâmicas ultrapassam as fronteiras estaduais e suas implicações para as políticas públicas;

7. Promover a construção de sistema georreferenciado de informações que potencialize a integração, o monitoramento e a avaliação das diversas ações governamentais, especialmente aquelas com maiores impactos sociais e territoriais;

8. Promover a criação e estruturação do Fundo Estadual de Desenvolvimento Regional, visando financiar a implementação da Política Estadual de Desenvolvimento Regional;

9. Promover a criação de espaços de diálogo institucional contínuo entre entes federativos e sociedade civil no âmbito da Política Nacional de Desenvolvimento Regional;

10. Contribuir para a construção de um Sistema Nacional de Desenvolvimento Regional (SNDR) que inclua os Fundos Estaduais de Desenvolvimento Regional, bem como fóruns de negociação federativa, contemplando todos os Estados da Federação como agentes da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 25/09/2012

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Cibele Franzese

Secretária-Adjunta de Planejamento e Desenvolvimento Regional