gestÃ-o de custos e controladoria

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Profº. Janderson Tolentino Gandra E-mail: [email protected] GESTÃO DE CUSTOS E CONTROLADORIA

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Page 1: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

Profº. Janderson Tolentino Gandra

E-mail: [email protected]

GESTÃO DE CUSTOS E

CONTROLADORIA

Page 2: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

CONCEITO E ORIGEM

Page 3: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

3

• Antes da Revolução Industrial: Contabilidade Financeira

Praticamente não existia, já que as operações se resumiam basicamente à comercialização de mercadorias, e os estoques eram registrados e avaliados pelo seu custo real de aquisição.

Clássica disposição:

Ei + C – Ef = Custo das Mercadoria Vendidas

Origem:

Page 4: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

4

Origem: Demonstrações Financeiras

Estoques

Mercadorias

(Qtde x $ compras)

Balanço Patrimonial

(+) Receitas

(=) Resultado

(-) Despesas

(-) Custos

Demonstração de

Resultado do Exercício

Despesas Adm., de

vendas e financeiras

Compras

EMPRESA COMERCIAL – Antes da Rev. Industrial

Avaliação

dos

estoques

(Qtde x

Valor)

Page 5: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

5

• Após a Revolução Industrial:

Contabilidade Custos

Registrar os custos que capacitavam o

administrador a avaliar estoque,

determinar mais corretamente resultados

e levantar balanço.

Origem:

Page 6: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

6

Origem: Demonstrações Financeiras

Compras

(+)

Fatores de Produção

Estoques

Materiais-Primas

Produtos em Elaboração

Produtos Acabados

Balanço Patrimonial

(+) Receitas

(=) Resultado

(-) Despesas

(-) Custos

Demonstração de

Resultado do Exercício

Despesas Adm., de vendas

e Financeiras

Empresa Industrial – após a Rev. Industrial

Avaliação

dos

estoques

(Compras +

Fatores de

Produção

Page 7: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

7

• Globalização: Contabilidade Gerencial

Nível de competitividade dos mercados

cada vez mais acirrado, forçando as

empresas a reduzirem seus custos.

As empresas perceberam, rapidamente,

que precisam atualizar seus conceitos de

produção e também de distribuição.

Atualmente...

Page 8: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

8

• Qualquer empreendimento econômico

apresenta dois objetivos fundamentais:

Crescimento do seu Patrimônio Líquido:

Capacidade de arcar com os compromissos

assumidos:

Sobrevivência e Crescimento: Objetivos

fundamentais

Page 9: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

9

Liquidez e Rentabilidade:

Balanço

Patrimonial

Ativo Passivo

Patrimônio

Líquido

(+) Receitas

(=) Resultado (Lucro)

(-) Despesas

(-) Custos

Demonstração de

Resultado do Exercício

AC

Caixa/Bancos

PC

Fornecedore/outras

C. Pagar

Liquidez

AC(-)PC

Rentabilidade

Estoques

Page 10: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

10

Sobrevivência e Crescimento: 3 funções

básicas das empresas

Planejamento:

- Estimativa das quantidades vendidas e providências para que estas quantidades

sejam produzidas.

-Emissão de ordens para programar e movimentar os setores de produção,

manutenção, compras e outros.

- Orçamento Operacional, Financeiro e de Capital

Execução:

- Uma vez que todas as atividades da empresa tenham sido planejadas, cabe

colocá-las em andamento.

- A função execução caracteriza-se pela otimização dos fluxo de produção e de

custeio, o que se reflete na eliminação de perdas, desperdício e ociosidade

Controle: - Constitui no monitoramento da execução das atividades

- Deve ser analisada a apuração dos desvios entre o que deveria ser atingido e o

que realmente ocorreu, ou seja, a identificação das variações entre o previsto e o

realizado.

Orç

am

en

to d

os C

usto

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Cu

sto

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A

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çõ

es

Page 11: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

11

• Informações sobre rentabilidade e

desempenho de diversas atividades da

entidade;

• Auxílio no planejamento, controle e

desenvolvimento das operações;

• Informações para a tomada de decisões

Então, por quê estudar custos?

Page 12: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

Princípios Básicos da

Contabilidade de Custos

Page 13: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

13

• Na empresa comercial:

O valor do estoque corresponde ao valor das compras na empresa comercial.

• Na indústria:

O valor do estoque passa a compor também os valores dos fatores de produção utilizados para sua obtenção, deixando-se de atribuir aqueles que na empresa comercial já eram considerados como despesa: de vendas, financeira e administrativas.

Princípios Básicos da Contabilidade de

Custos:

Page 14: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Princípios Básicos da Contabilidade de

Custos:

Compras

(+)

Fatores de produção

Estoques:

Materiais-Primas

Produtos em Elaboração

Produtos Acabados

Balanço Patrimonial

(Indústria)

(+) Receitas

(=) Resultado

(-) Despesas

(-) Custos

Demonstração de

Resultado do Exercício

Despesas Adm., de

vendas e Financeiras

Balanço Patrimonial

(Comércio)

Estoques:

Mercadorias

(Qtde x $ compras)

Despesas Adm., de

vendas e Financeiras

Compras

COMPARAÇÃO

Page 15: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

Terminologia

Page 16: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Quando se aprofunda os estudos sobre o gerenciamento empresarial, deve ser feita uma distição criteriosa sobre os termos usados.

• A “família” Gasto: Sacríficio Financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer.

Terminologia:

Page 17: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

17

• Investimentos: Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos.

Exemplos:

- Compra de matéria-prima

- Aquisição de um equipamento

Como o investimento (aquisição de equipamento) impacta o custo do produto?

“Depreciação”

Terminologia:

Page 18: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

18

• Custo: Gasto relativo a bem ou serviço

utilizado na produção de outros bens ou

serviços.

Exemplo:

- Consumo de matéria-prima na produção

Terminologia:

Page 19: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

19

• Despesa: Bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas.

• E o caso da matéria-prima?

Terminologia:

Investimento Custo Despesa

Compra MP Consumo MP Venda Produto

CPV e CMV não são, tecnicamente, termos

rigorosamente corretos. MARTINS, Eliseu (1996, p.25)

Page 20: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

20

• Desembolso: Pagamento resultante da

aquisição do bem ou serviço.

Exemplo:

- Pagamento da compra de matéria-prima

Terminologia:

Page 21: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

21

• Perda: Bem ou serviço consumidos de

forma anormal e involuntária.

Exemplos:

- Gasto com mão-de-obra durante greve.

Terminologia:

Page 22: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

22

• Separação entre Custo x Despesa:

Teoricamente, a separação é fácil: os

gastos relativos a produção são custos, e

os relativos à administração, às vendas e

a gastos financeiros são despesas:

Terminologia:

Page 23: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Separando os gastos:

Custos Despesas

Estoque de

produtos

elaborados

Consumo

associado

ao período

Investimentos

Gastos

Balanço Patrimonial Demonstrativo de

Resultado do Exercício

Consumo associado

à elaboração do

produto ou serviço

Perda

normal Perda

Anormal venda

Page 24: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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1) A aquisição de matérias-primas e de

componentes de fabricação são:

A) Custo

B) Investimentos

C) Despesas

D) “A” e “C” estão corretas

Exercício de Fixação:

Page 25: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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2) É correto afirmar que custo pode ser definido como:

A) Todo e qualquer gasto incorrido pelo empreendimento

B) Todos os gastos incorridos na administração

C) Todos os gastos necessários à obtenção de um bem ou serviço

D) Todos os gastos incorridos na ampliação de um depósito para matérias-primas

Exercício de Fixação:

Page 26: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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3) Contêm somente despesas:

A) Publicidade, iluminação da loja, depreciação de

máquinas fabris

B) Salário do diretor de marketing, juros de

financiamentos e fretes de produtos acabados

C) Aluguéis da fábrica, consumo de energia da

contabilidade e fretes de compras de matérias-

primas

D) Seguros do estoque de produtos acabados,

juros bancários e imposto predial da fábrica

Exercício de Fixação:

Page 27: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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4) Uma determinada matéria-prima sofre, por

sua natureza física, evaporação de 10%

do seu volume. O volume evaporado é

considerado:

A) Perda

B) Investimentos

C) Despesa

D) Custo

Exercício de Fixação:

Page 28: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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5) Uma empresa se propõe a entregar seus

produtos ao cliente. Com isto gasta 2%

de suas vendas com frete. O frete é:

A) Custo

B) Perda

C) Despesa

D) Investimento

Exercício de Fixação:

Page 29: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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6) Contêm somente custos:

A) Salário do pessoal que opera máquinas e

salário do motorista de entregas de produtos acabados

B) Salário do supervisor da fábrica e seguros do estoque de produtos acabados

C) Salário dos operadores de produção e depreciação das máquinas da produção

D) Salário do pessoal do almoxarifado e salário do motorista da diretoria

Exercício de Fixação:

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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7) Foram produzidos certos bens sujeitos ao controle governamental. Um lote foi recusado e não poderá ser vendido. O lote é:

A) Um desperdício de recursos a ser computado

no custo dos demais produtos.

B) Uma despesa a ser computada no resultado

C) Um custo de produção

D) Uma perda, a ser computada no resultado

Exercício de Fixação:

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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8) Os gastos com inspeção de matérias-

primas no ato da aquisição e a

manipulação de matérias-primas no

depósito devem ser considerados:

A) Custo e despesa, respectivamente

B) Despesa e custo, respectivamente

C) Custo e custo, respectivamente

D) Despesa e despesa, respectivamente

Exercício de Fixação:

Page 32: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

Classificação dos Custos

Page 33: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

33

Os custos podem ser classificados da

seguinte forma:

Em relação aos Produtos:

• Diretos ou primários: São aqueles

diretamente incluídos no cálculo dos

produtos.

Exemplos: Aço para fabricar chapas,

salários dos operários.

Em relação ao produtos:

Page 34: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

34

• Indiretos: Necessitam de algum critério de

rateio para serem atribuídos aos produtos.

Exemplos: Seguros e aluguéis da fábrica,

supervisão de diversas linhas de produção.

Em relação aos produtos:

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

35

Em relação ao volume de produção:

• Fixos: Não variam, qualquer que seja o

volume de produção. Existem mesmo que

não haja produção.

Exemplos: Seguros e aluguéis da fábrica.

Em relação ao volume de produção:

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

36

Custos fixos:

Representação Gráfica:

Valor

Qtde

Produzida

Aluguel

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

37

• Variáveis: Varia em relação ao volume de

produção. Quanto maior a produção,

maiores os custos variáveis.

Exemplos: Matérias-primas

Em relação ao volume de produção:

Page 38: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Custos variáveis:

Representação Gráfica:

Valor

Qtde

Produzida

Matéria-prima

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

39

Unitariamente…

• Os custos fixos são variáveis, em função

das economias de escala.

• Os custos variáveis são, genericamente,

tratados como fixo.

Características interessantes:

Page 40: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

40

• Semifixos: São fixos em determinados

patamares, passando a ser variáveis

quando esse patamar for excedido.

Exemplos: Energia elétrica (demanda

contratada)

Outras classificações dos Custos:

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Custos semifixos:

Representação Gráfica:

Valor

Qtde

Produzida

Energia

elétrica

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

42

• Semivariáveis: São os custos variáveis que

não acompanham linearmente a variação de

produção, mas aos saltos, mantendo-se

fixos dentro de certos limites.

Exemplos: salários de supervisão de

produção (nº funcionários sob supervisão)

Outras classificação dos Custos:

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Custos semivariáveis:

Representação Gráfica:

Valor

Qtde

Produzida

Supervisão

de produção

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Custo total: CT = CF+CV ou CD+CIF

Representação Gráfica:

Valor

Qtde

Produzida

CT

CV

CF

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

45

Outras classificação dos Custos:

MD Matéria-Prima

Embalagem

MOD Mensurada e

identificada

de forma direta

CIF Custos que não

são

MD nem MOD

Despesas Gastos não

associados

à produção

Custo primário ou direto

Custo de transformação

Custo total, contábil ou fabril

Gastos totais

MD Matéria-Prima

Embalagem

Page 46: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Outras classificação dos Custos:

MD Matéria-Prima

Embalagem

MOD Mensurada e

identificada

de forma direta

CIF Custos que não

são

MD nem MOD

Despesas Gastos não

associados

à produção

Custo primário ou direto

Custo de transformação

Custo total, contábil ou fabril

Gastos totais

MD Matéria-Prima

Embalagem

Page 47: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

Elementos do custo

Page 48: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

Material Direto

Page 49: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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O material direto (MD) é formado pelas

matérias-primas, embalagens, componentes

adquiridos prontos e outros materiais

utilizados no processo de fabricação, que

podem ser associados diretamente aos

produtos.

Material direto, o que é?

Page 50: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

50

Costuma envolver problemas relacionados a

dois campos:

1) Avaliação: qual o montante a atribuir quando

várias unidades são compradas por preços

diferentes.

2) Controle: controle para atender a

necessidade física da produção. Otimizar o

manuseio e redução de perdas.

Gestão dos materiais diretos:

Page 51: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

51

Os estoques são bens que ficam

armazenados na empresa pelo fato de não

terem sido utilizados (no caso de materiais)

ou comercializados (no caso de produtos

acabados).

Os estoques representam um dos ativos

mais importantes da empresa, por sua

contribuição à obtenção dos lucros.

Estoques:

Page 52: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

52

Quais os objetivos:

- Obtenção do custo unitário de cada

material;

- Atender a necessidade física da produção;

- E por último, otimizar o manuseio e

redução de perdas e desperdícios.

Controle dos estoques:

Page 53: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

53

- Descontos financeiros;

- Impostos recuperáveis

O que NÃO compõem o custo do material:

Page 54: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

54

Podem ser de duas formas:

- Método contínuo (ou permanente): a

movimentação física será acompanhada

pela escrituração contábil: as entradas,

modificações e as saídas recebem os

respectivos registros.

Avaliação de estoques:

Page 55: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

55

- Método periódico: a apuração é feita de tempos em tempos, mediante o levantamento do inventário, pela aplicação da fórmula:

Consumo = Estoque inicial + compras - Estoque final

Avaliação de estoques:

Page 56: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Há dois aspectos a serem considerados relativamente aos materiais:

- Como avaliá-los nas entradas (que ocorrem de forma contínua): Custo histórico

- E nas saídas? Quais valores lhes serão atribuidos?

PEPS, UEPS e Custo Médio.

Avaliação de estoques:

UEPS não é aceito pela RECEITA FEDERAL

Page 57: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

57

Transferência de custos na indústria:

Materiais Diretos

Compras

(+) Ei

(-) Ef

(=) Custo MD

800

200

(150)

850

Produtos em Processo

Custo

com MD

(+) Ei

(-) Ef

(=) Custo dos

produtos em

processo

850

300

(350)

1.950

Custo de

transformação 1.150

Produtos Acabados

Custo dos

produtos em

processo

(+) Ei

(-) Ef

(=) CPV

1.950

600

(300)

2.250

Page 58: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

Mão-de-Obra Direta

Page 59: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

59

A MOD refere-se a todo o pessoal que está

intimamente ligado com os produtos

fabricados pela empresa, manuseando-os.

Conceito:

Page 60: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

60

O custo da Mão-de-obra compreende:

• Remunerações

• Encargos trabalhistas e Sociais

• Benefícios aos empregados

Composição do custo da Mão-de-Obra :

Page 61: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

61

A utilização de mão-de-obra aplicada na

produção deve ser controlada e mensurada

através de “apontamentos” das horas

consumidas na fabricação do produto.

• Cálculo:

Suponha um sálario de $ 4,50/hora.

Cálculo da Mão-de-Obra :

Page 62: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

62

Tempo de trabalho: 220 horas/30dias =

7,333333 horas/dia.

Nº total de dias do ano: 365 dias

(-) DSR (52 dias – 4 dias nas férias): (48)

(-) Férias: (30)

(-) Feriados oficiais (média): (12)

(=) Nº dias disponíveis = 275

Cálculo da Mão-de-Obra Direta:

275 dias x 7,333333= 2.016,67 horas/ ano

Page 63: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

63

- Salários……………2.016,67 horas x $4,50 = 9.075,02

- DSR……………….48 dias x 7,333333 x $4,50 = 1.584,00

- Férias…………….. 220 horas x $4,50 = 990,00

- 1/3 Férias………… 1/3 de 990,00 = 330,00

- Feriados…………. 12 dias x 7,333333 x $4,50 = 396,00

- 13º Salário………. 220 horas x $4,50 = 990,00

Soma das remunerações: 13.365,02

Encargos trabalhistas e sociais ( FGTS/INSS, etc) = 3.715,47 (8%

e 27,8% respectivamente).

Cálculo da Mão-de-Obra Direta:

Custo total: 18.149,69 / 2.016,67 horas = $ 9,0

Page 64: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

64

A eventual diferença entre o gasto total com

mão-de-obra e mão-de-obra direta alocada

ao produto, representa a ociosidade ou a

perda do trabalho pago, porém não utilizado,

podendo ser agrupado genericamente na

categoria de mão-de-obra indireta.

Mão-de-obra indireta e ociosidade:

Page 65: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

65

Exemplo:

Salário mensal: $440,00

Regime de trabalho: 220 horas

Apontamento: 100 horas no produto “A” e

110 horas no produto “B”.

Mão-de-obra indireta e ociosidade :

Page 66: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

66

Esquema :

Ponto: registro do

tempo à disposição

da empresa

Apuração dos

salários a serem

pagos

Apontamento:

Registro do tempo

utilizado na produção

Apuração:

• Custos diretos

• Custos Indiretos

• Perdas

Conciliação Ponto x Apontamento

Page 67: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

Custos indiretos de fabricação

-CIF-

Page 68: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

68

Os CIF são aqueles que servem a produção

de mais de um produto. Portanto, tais custos

não podem ser relacionados com qualquer

produto específico.

Então, como apropriar estes custos aos

produtos?

“RATEIO”

Conceito :

Page 69: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

69

Nada mais é do que um critério de

proporcionalidade: os custos indiretos serão

distribuídos aos produtos de acordo com

uma proporção.

O problema é a subjetividade!

Coeficientes de rateio:

Page 70: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

70

Expressão:

Coeficientes de rateio:

CR = Custos Indiretos de Fabricação

Total da base escolhida

Page 71: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

71

Algumas bases específicas de rateio são:

Bases de rateio:

Material Direto

Depreciações Horas Máquina, Qtes Produzidas

Salário Gerente Produção MOD

Material Indireto

Page 72: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

72

Depois de estimado os CIF e a base,

podemos aplicar o procedimento de rateio.

Os procedimentos podem ser:

- Direto aos produtos; ou

- Por departamentalização

Bases de rateio:

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73

Procedimento:

CIF TOTAIS

Pote rústico

Cerâmica

polida

- Direto aos Produtos

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Bases de rateio:

• Bases específicas: Exemplo:

Produtos MD MOD CustoDireto

Pote

rústico 50.000 30.000 80.000

Pote

polido 40.000 20.000 60.000

Total 90.000 50.000 140.000

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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CIF:

- Materiais indiretos: $ 20.000

(proporcionalmente aos MD)

- Salário do gerente de produção:

$ 10.000 (proporcionalmente à MOD)

Bases de rateio:

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Bases de rateio:

• Bases comuns:

Algumas bases comuns mais usadas são:

-Proporcional ao consumo de Matéria-

prima

- Proporcional aos custos com MD

- Proporcional ao valor de MOD

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Comparando Base comum x Específica:

• Base comum – MOD

Produtos MD MOD CustoDireto

Pote

rústico

50.000 30.000 80.000

Pote

polido

40.000 20.000 60.000

Total 90.000 50.000 140.000

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Procedimento:

CIF TOTAIS

Depto Olaria

Depto Forno

Depto

Polimento

- Por departamentalização

Pote rústico

Pote polido

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Departamentalização:

•A departamentalização é o procedimento de

dividir ou segmentar a fábrica. Cada

segmento será conhecido como

departamento ou centro de custo.

• Os gastos de um departamento devem ser

controlados e serem de responsabilidade de

uma pessoa.

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Departamentalização:

• A eficiência na gestão e nos controles dos

custos dependem, basicamente, de dois

fatores:

1)Alguns custos, embora sejam indiretos em

relação aos produtos, são diretos aos

departamentos.

2) Nem todos os produtos passam por todos os

departamentos ou podem passar em

proporções diferentes.

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Departamentos produtivos e auxiliares:

CIF TOTAIS

Controle

Qualidade

Almoxarifado

Pote rústico

Pote polido

Depto Olaria

Depto

Polimento

Depto Forno

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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CIF: Exemplo anterior

- Materiais indiretos: $ 20.000 ($10.000/olaria -

$5.000/forno - $5.000/polimento)

- Salário do gerente de produção:

$10.000 ($4.000/olaria - $4.000/forno - $2.000/polimento)

Departamentalização:

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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CIF´s predeterminados:

Volume orçado

MD e MOD

orçados com

base no

volume

CIF

predeterminado

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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• Cotar preços de pedidos dos clientes

(formação de preço)

• Evitar variações dos custos de período para

período, pelos seguintes motivos:

– Variações nos volumes produzidos

– Custos anormais em determinados períodos

Por quê predeterminar os CIF´s?

Page 85: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

85

• A apuração dos custos reais é feita

posteriormente, geralmente no final do

período. Neste momentó, ocorrerá uma

diferença entre os CIF reais e os CIF

predeterminados.

• Estas diferenças serão atribuídas

proporcionalmente ao CPV e aos estoques.

Apuração dos CIF´s reais:

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Cálculo da Taxa predeterminada:

Taxa = CIF estimados

Índice da atividade*

* Hora/homem, Hora/máquina, etc

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Esquema básico da contabilidade de custos:

Custos de

Produção

Indiretos Diretos

Despesas

Administrativas,

vendas e

financeiras

Depto C

Depto A

Depto B

Produto A

Produto B

ESTOQUES

CPV DRE

Vendas

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Sistemas e Métodos de

Custeio

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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• Por processo

• Por ordem de produção

Sistemas de custeio

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

90

• Por Absorção

• Custeio-Padrão

• Custeio direto ou variável

• ABC

Métodos de custeio

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Custos para decisão

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

92

• A análise do custo-volume-lucro é um

instrumento de planejamento que permite

estudar e analisar a relação entre receitas

totais, custos e despesas. Assim tem-se:

– Volume de produção adequado

– Comportamento dos custos em relação ao volume

definido

– Lucro apurado com base no volume x custos

Custo x Volume x Lucro

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

93

• A identificação e distinção de gastos conforme

sua variabilidade em variáveis e fixos torna-se

muito mais importante do que a mera

separação entre custos e despesas.

Custo x Volume x Lucro

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Custo x Volume x Lucro

• Exemplo: Sorveteria

ICEBOM

– A empresa comercializa

sorvetes a quilo, sendo $

16,00 p/kg.

– A empresa gostaria de

analisar o comportamento

dos custos para volumes

de 1.000 e 2.000 kg

Descrição Valor ($)

Energia elétrica 200,00

Aluguel 2.400,00

Sorvete (kg) 8,00

Seguro da loja 1.600,00

Condomínio 700,00

Telefone 100,00

Embalagem (p/kg) 2,00

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Custo x Volume x Lucro

• Neste primeiro momento deve-se separar os

gastos variáveis e gastos fixos.

– Custos fixos= $ 5.000

– Custos Variáveis: $ 10,00

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Custo x Volume x Lucro

• Da análise dos gastos variáveis e fixos, pode ser

feita a seguinte análise entre custo, volume e

lucro:

Total Unitário Total Unitário

Receita 16.000,00 16,00 32.000,00 16,00

Gastos variáveis 10.000,00 10,00 20.000,00 10,00

Gastos fixos 5.000,00 5,00 5.000,00 2,50

Gastos Totais 15.000,00 15,00 25.000,00 12,50

Lucro 1.000,00 1,00 7.000,00 3,50

Vendas = 1.000 kg Vendas = 2.000 kgSituação

Os gastos totais fixos são variáveis unitariamente e

os gastos variáveis totais são fixos unitariamente.

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

97

Exercício de Fixação

1) Uma fábrica de guarda-chuvas está trabalhando

com 40% de capacidade ociosa. Seus produtos têm

custo variável igual a $3,00 p/ un., preço de venda

igual a $ 6,5 cada, o que gera um custo variável

total igual a $ 50.700,00. Os custos fixos da

empresa são estimados em $ 19.000,00.

Após contratar uma empresa de pesquisa

mercadológica, a empresa verificou que, caso

reduzisse seus preços em apenas 15%, aumentaria

suas vendas em 35%. Valeria a pena reduzir o

preço?

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

98

Exercício de Fixação

2) Determinada empresa produz um artigo que vende

por $ 18,00 a unidade. Os custos fixos de produção

são iguais a $ 100.000,00 por mês, e o custo

variável, $ 8,00 por unidade. O volume mensal de

produção e vendas é de 20.000 unidades.

A empresa espera aumentar a produção e venda

para 30.000 unidades.

a) Qual será o impacto nos custos totais unitários

com o aumento da produção?

b) Qual será o reflexo no lucro?

c) Qual o comportamento dos custos variáveis e

fixos?

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

99

Ponto de Equilíbrio

A partir do momento em que a empresa

conhecer a composição de todos os seus

gastos e a formação dos preços dos seus

produtos, ela poderá saber qual a quantidade

que deverá ser vendida de cada um deles

para começar a obter lucro.

O ponto de equilíbrio ocorre quando o total

dos gastos se iguala ao total das receitas.

Neste momento existe um ponto neutro entre

Lucro e Prejuízo. Graficamente...

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Ponto de Equilíbrio Contábil:

PECq = Gastos Fixos

Preço - GVun

PEC$ = PECq x Preço

Quantidade Produzida e vendida para lucro contábil

nulo. A partir dele as operações começam a ser

lucrativas

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Ponto de Equilíbrio Contábil:

Aluguel e salários: $1.000,00/mês

Matéria-prima/embalagem: $8,00/Kg

Preço de venda: $10,00

Volume de vendas: 600 Kg/mês

PECq = Gastos Fixos

Preço - GVun

PECq = Gastos Fixos

Preço - GVun =

1000

10 - 8 = 500 Kg/mês

PEC$ = PECq x Preço = 500 x 10 = $5.000,00/mês

Page 102: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Ponto de Equilíbrio Financeiro:

PEFq = GFs – Gastos não desembols

Preço - GVun

PEF$ = PEFq x Preço Exemplo:

depreciação

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

103

Margem de contribuição:

A diferença entre a receita total (-) os gastos

variáveis é a margem de contribuição. A margem

de contribuição é o valor que sobra de cada

unidade vendida e, portanto, deverá ser

suficiente para cobrir os custos e despesas fixas,

taxas e impostos e, ainda, proporcionar lucro.

MgC = Receita – Gastos variáveis

IMgC = MgC/Receita

Page 104: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

104

Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio

para diversos produtos:

A maneira mais coerente para calcular o ponto de equilíbrio

de uma empresa que produz e vende dois ou mais produtos

consiste em adotar um percentual de participação de cada

receita individual em função da receita total.

Exemplo:

Os produtos apresentam as seguintes receitas

individuais: A = $ 27.500, B= $ 22.500, C= $ 12.500 e total=

$ 62.500

Participação: A=44%, B= 36% e C=20%

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

105

Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio

para diversos produtos:

Produto A: preço de venda = $2,50, qtde vendida = 11.000, custos

variáveis= $ 16.500

Produto B: preço de venda = $3,00, qtde vendida = 7.500, custos

variáveis= $ 11.250

Produto C: preço de venda = $2,00, qtde vendida = 6.250, custos

variáveis = $ 5.000

Custos fixos: $ 24.000

prod. A prod. B prod. C Totais

Receitas 27.500 22.500 12.500 62.500

% part. 44 36 20 100

(-) CV 16.500 11.250 5.000 32.750

M. Contr. 11.000 11.250 7.500 29.750

(-) CF 24.000

Lucro 5.750

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

106

Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio

para diversos produtos:

A IMgC total dos três produtos é de 0,476 ($29.750/$

62.500)

Receita no PE = GF

IMgC =

$24.000

0,476 = 50.420,17

Produto %Receita

total

Receita

individual

no PE

Qtde

no PE

A 44 50.420,17 22.185 8.874

B 36 50.420,17 18.151 6.050

C 20 50.420,17 10.084 5.042

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

107

Margem de segurança:

• Margem de segurança

– O quanto se pode perder em vendas sem

incorrer em prejuízos

• MS em quantidade

– Vendas (Q) – PEC (Q)

• MS em $

– Vendas ($) – PEC ($)

• MS em %

– MS (Q) / Vendas (Q) ou

– MS ($) / Vendas ($) ou

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

108

Margem de segurança:

• MS em quantidade

Vendas (Q) – PEC (Q)

600 – 500 = 100 kg

• MS em $

Vendas ($) – PEC ($)

6000 – 5000 = $1.000,00

• MS em %

100 / 600 = 16,67%

1000/6000 = 16,67%

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

109

Alavancagem operacional:

“Dê-me uma alavanca e um

ponto de apoio, e eu

moverei o mundo”.

Arquimedes

matemático grego

(287 AC e 212 AC)

Page 110: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

110

Alavancagem operacional:

Em contabilidade utiliza-se como medida desta

força o Grau de Alavancagem Operacional (GAO).

Esta medida aponta a sensibilidade dos lucros da

empresa face às variações no volume de vendas.

GAO = ∆ Lucro / Lucro anterior

∆ Qtde/ Qtde anterior

Page 111: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

111

Exercícios:

1)Determinada empresa apresenta os seguintes

dados:

CF = 60.000

CVun = $10

Preço de venda = $15

Pede-se:

A) Qual a quantidade vendida para atingir o Ponto de

equilíbrio

B) Qual a quantidade necessária de vendas para produzir

lucro operacional de 10% da receita?

C) Qual a receita a ser alcançada para obter lucro de $3.000?

Page 112: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

112

Exercícios:

2) Determinada empresa apresenta os

seguintes dados:

Preço de venda = $50

Margem de contribuição = 50%

Custos fixos do período: $ 2.500

Previsão de vendas: 250 um

a) Qual o ponto de equilíbrio em quantidade e valor?

b) Qual a margem de segurança?

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

113

Exercícios:

3) Determinada empresa apresenta os

seguintes dados:

Custos fixos: $ 12.000

Despesas fixas: $18.000

Custos e despesas variáveis: $ 7/ un

Preço de venda: $ 11/ un

a) determine o Ponto de Equilíbrio no ano X0 e o GAO considerando

um aumento de 30% nas vendas dos anos X0 para X1 e depois

para X2.

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Formação de Preços

Page 115: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

115

Objetivos

Um dos mais importantes aspectos

financeiros de qualquer entidade consiste na

fixação dos preços dos produtos e serviços

comercializados.

Principais Objetivos:

1. Proporcionar a longo prazo o maior lucro

possível

2. Maximizar a capacidade produtiva, evitando

ociosidade e desperdícios operacionais

3.Maximizar o capital empregado para perpetuar

os negócios de modo auto-sustentado.

Page 116: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

116

Principais Fatores:

• Oferta e procura:

Enquanto a empresa tentará vender seus produtos

ao maior preço possível, a demanda optará por

adquirir este mesmo produto ao menor preço

possível.

• A diferença entre Preço e Valor:

Pode-se admitir que o preço é a expressão

quantitativa do valor de um bem ou serviço

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

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Principais Fatores:

• Preço:

Em qualquer procedimento de industrialização, os

preços são os recursos contábeis que indicam e

ajudam a controlar a eficiência dos bens e serviços.

Portanto:

• Reflete o resultado da própria eficiência de

produção. (Altos custos = Maior preço)

• Economias de mercado (livre iniciativa = cada

empresa resolve seus problemas de preços)

• Concorrência imperfeita (monopólio =

apresentam falhas na fixação de preços)

Page 118: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

118

Principais Fatores:

• A importância dos impostos Indiretos e do

faturamento Líquido:

O Brasil pertence à gama de países que praticam as

maiores cargas tributárias do planeta. A empresa

deve considerar esta carga no momento de

formação de preço.

• ICMS

• Pis e Cofins

• IPI

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

119

Principais Fatores:

• A importância dos Custos:

Quando uma indústria quer produzir e vender uma

certa mercadoria, ela obrigatoriamente deverá levar

em consideração os seus custos, para poder apurar

o seu preço de venda.

CD CIF + = CT

Page 120: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

120

Principais Fatores:

• A importância dos Despesas:

Assim como os custos, as despesas também

deverão fazer parte formação dos preços.

CD CIF + + GT Despesas =

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

121

Principais Fatores:

• A importância dos Imposto diretos:

São os impostos diretamente incidentes sobre o

lucro da empresa:

• Imposto de renda

• Contribuição sobre o lucro líquido

Page 122: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

122

Markup:

O markup é um dos métodos mais simples para a

determinação dos preços dos produtos fabricados

pelas empresas.

Ele consiste em adicionar uma certa margem de

lucro aos custos dos produtos fabricados.

Preço de venda = Custo unitário + markup

onde:

markup = % do custo unitário

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

123

Markup:

Observe-se que o markup deverá refletir um

percentual sobre o custo unitário que cubra os

custos e ainda propicie um certo lucro para a

empresa.

Esta é a limitação do markup, uma vez que ele não

contempla as despesas nem os impostos que

incidirão sobre o preço de venda

Page 124: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

124

Determinação dos preços:

Para se obter uma resposta mais exata do preço

de venda, torna-se necessário saber qual é o valor

que deverá ser atribuído às despesas, impostos e

também à inclusão da margem de lucro desejada.

Assim o preço de venda será formado por:

Preço Lucro Despesas Tributos Custo = + + +

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

125

Para simplificar a formação de preço:

Custos

Despesas

Impostos

Lucro

Base

Taxa de

Marcação X

Preço

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

126

Matematicamente....

Preço = Base ÷ (1- Soma %)

Page 127: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

127

Exercícios:

1) Certo produto apresenta a seguinte situação:

- custo = $ 3,80

- Despesas = 16% sobre a receita

- Tributos = 20% da receita

- Margem de lucro = 7% da receita

Determinar o seu preço de venda

Page 128: GESTÃ-O DE CUSTOS E CONTROLADORIA

24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

128

Exercícios:

2) Certo produto apresenta a seguinte situação:

- Vendas = 2.040.000 unidades

- MD = $ 180.000

- MOD = $ 40.000

- Depreciação = $ 80.000

- Despesas = $ 90.000

Qual o preço de venda se a empresa desejar um lucro

de $ 120.000.

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24/05/2012 Gestão de Custos e Controladoria

129

Exercícios:

3) Certo produto apresenta a seguinte situação:

- Vendas = 180 unidades

- seguro da fábrica = $ 80.000

- Embalagem = $ 52.000

- MOD = $ 148.000

- MOI = $ 90.000

- Matéria-prima = $ 360.000

A empresa recolhe ICMS com alíquota de 12% e paga comissões

de 5% sobre as vendas. Qual o preço se a empresa desejasse:

a) lucro líquido sobre as vendas de 16%

b) lucro total igual a $ 80.000.