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Edição Especial- Gestão 2009/2013-Prestação de Contas e Comemorativa.

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As cobranças são importantes, pois, se cobram, é porque sabem que podemos fazer mais.

é presidente do GEC por dois mandatos. Advogado formado pela Unifenas, é também presidente da 108ª Sub-seção da OAB em Carmo do Rio Claro.

Em uma das reuniões para formação de diretoria, Dr. José Romualdo me indi-cou para integrar o Conselho Fiscal. Nem cheguei a atuar. Sabia que a questão do GEC era mais jurídica com o fechamento da boate, minha área de trabalho. Naquele período ninguém queria se candidatar à presidência do GEC. Durante viagem de trabalho, eu e o Amaury Lima decidimos formar uma chapa e entramos em contato com os demais parceiros, Edson e Cláudio, que também ansiavam por mudanças. Contamos também com o apoio de Jesu Eliazar Oliveira, o Teo.

Assumimos a direção do GEC em um dia e no dia seguinte cortaram a energia da sede recreativa. Nada foi fácil, mas entre uma ação e outra começamos a organi-zar a administração. Tínhamos que buscar um sistema diferente e optamos pelas catracas eletrônicas, controle de portaria e estruturação da secretaria. Assumi a parte de eventos, a jurídica e mais recentemente contribuo com as divulgações no facebook. Organizamos alguns eventos com bandas reconhecidas como Edi-nho Santa Cruz, que esteve no clube por três vezes, e o cantor Zé Geraldo. Entre outras participações contamos com a presença da atriz Lisandra Souto em evento promovido pelo clube.Iniciamos um trabalho empresarial, acreditando e apostando em um novo tempo para os sócios. Assim surgiu o projeto arquitetônico “GEC Rumo aos 100 anos”, destinado as sedes social e recreativa, com a adequação dos espaços para os sócios da atualidade. Durante esse processo, quando capitalizávamos para as re-formas, surgiu a oportunidade de adquirir o antigo country clube, sede que se transformou no GEC Náutico. Assim direcionamos os investimentos para esta unidade, que já é uma realidade e atende os sócios, pela primeira vez, no verão de 2014. Com o GEC Náutico, criamos mais uma oportunidade de lazer para os sócios e aumentamos o patrimônio do clube.

Nesses quatro anos e sete meses de administração construímos, reformamos e demos sustentação para o deslanchar de um novo tempo. E esse tempo chegará. Cada administração procura deixar o seu legado e temos consciência de que dei-xaremos o GEC em boas condições de ser administrado.

Como marco dessa diretoria destaco a transformação do clube em uma empresa, o que lhe dá sustentabilidade para crescer. Mesmo o estatuto indicando que a so-ciedade não tem fins lucrativos, não conseguimos crescer sem recursos. Outros pontos positivos se destacam como aumento do patrimônio, o aquecimento do comércio local em decorrência dos eventos promovidos, que estimulam também a contratação de mão de obra temporária e o aumento do número de sócios.

Em 2013 a sociedade completou 80 anos de fundação. Esta revista, edição espe-cial do clube, é um momento oportuno para registrarmos essa conquista, bem como para recordar alguns momentos marcantes desse período de oito décadas, construído a muitas mãos. Que venham os 100 anos!

A PRESIDÊNCIA

Revista do GEC

Edição EspecialPrestação de contas

Comemorativa GEC 80 anos

Diretoria Executiva

Presidente: Nicolau Achcar Santos Junior

Vice: Amaury de Lima

Diretor-Financeiro: Edson Rodrigo Marinho

Diretor-Social: Cláudio Augusto Ricardo

Diretor de Esportes: Crésio Oliveira Leite

Gerente Geral: Patrícia Marques de Carvalho

Conselho Fiscal:

Presidente: Flávio Lemos de Carvalho

Conselheiros: Carlos Valério Prado e Rogério Pinto Cardoso

Conselho Deliberativo: Pedro Ricardo de Carvalho

Secretaria: Elza Lúcia Elias Junqueira

Textos: Denise Bueno e Graciela Nasr

Revisão:Ruller Rodrigues

Fotos: GEC, Denise Bueno,

Irma Barbosa (Chiquita), Foto Sônia, Nãna de Minas

e site Agita Carmo

Criação e montagem: CASACMYK

Impressão: Gráfica Nossa Sra. do Carmo

Tiragem: 1.000 exemplares

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Presidente do Conselho Deliberativo na gestão 2012/2013Ex-presidente e vice-presidente do GEC.Sócio há 56 anos.

“O GEC foi um clube elitista, hoje não é mais; a sociedade mudou. Na sua primeira sede, na rua 15 de novembro, hoje Camilo Achcar, os homens tinham que comparecer às festas de paletó e gravata ou então, a rigor. As mulheres, por sua vez, de longo, luvas. Os bailes contavam com orquestras famosas como a do Nelson de Tupã, a Astral de Ritmo Mococa, a Cacique de Pinhal, o Laércio de Franca, o J Massine, etc. A socialização, os estudos, as oportuni-dades e a própria decadência da aristocracia mudaram a maneira de ser da sociedade.

Talvez seja saudosismo, mas os sócios hoje por si só não mantêm o clube. Tudo o que se construiu foi através dos eventos e quem mantêm esses eventos são os não sócios. Só para se ter uma ideia, a boate do clube é a responsável por boa parte da renda do clube e quem a mantém são os não sócios. Há diversas vitórias ao longo desses 80 anos, talvez a maior seja a aquisição do GEC Náutico, que hoje é eficiente graças a gestão exitosa e compartilhada do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal e da Diretora Executiva”.

“Este período de quatro anos e sete meses em que atuei como conselheiro fiscal foi prazeroso, um tempo de realizações. Trabalhamos buscan-do melhorias para o clube e nossa equipe, além de fiscalizar, procurou dar orientações adminis-trativas para a diretoria executiva.

Presidente do Conselho FiscalGestão 2012/2014

Quando assumimos o mandato “tampão” nada era fácil. Não tínhamos dinheiro para pagar a energia elétrica, o salário dos fun-cionários estava atrasado. Depois de um tempo, com muita competência da diretoria executiva, tudo foi se organizando e conse-guimos bons resultados que proporcionaram a compra do Country Clube, hoje o nosso GEC Náutico.

A diretoria executiva enfrentou muitas difi-culdades no início. Para o Conselho Fiscal, os trabalhos aumentaram com o iniciar das obras e das compras. A nossa equipe formada por mim, Carlos Valério Prado e Rogério Pinto Cardoso, atuou em todas essas ações. Acom-

panhamos todo o processo, passo a passo, fiscalizando. A diretoria vai concluir o seu mandato com o clube em boas condi-ções financeiras. Quem assumir a próxima gestão terá como fazer um ótimo trabalho, sem dívidas e com a estrutura praticamente pronta.Nesse início de 2014 vários setores do clube se destacam como o seu campo de futebol e o GEC Náutico, que, apesar de não estar totalmente reformado, tem condições de receber os sócios e visi-tantes. Muitos projetos deverão ainda ser executados como a cons-trução de uma marina e de um hotel na área do GEC Náutico, além das reformas já projetadas das sedes social e recreativa.

Assumimos a diretoria com o GEC sem credibilidade nenhuma. Quatro anos depois tudo mudou. A próxima gestão será disputada, resultado do bom trabalho realizado. Desejamos que os próximos dirigentes deem continuidade aos projetos da atual diretoria”.

Primeira sede social do GEC na rua Camilo Achcar. Na década de 1960 um incêndio destruiu o prédio.

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Nestes quatro anos e sete meses que administramos o GEC, concluímos 50% do trabalho em que nos propuse-mos a fazer. É preciso concluir ainda o restante do pro-jeto para termos um bom clube com a sede recreativa totalmente remodelada, a sede social, a boate, o campo de futebol e o GEC Náutico. Fizemos muito, mas ainda há muito a fazer.

Hoje para administrar o GEC é preciso uma equipe. Uma pessoa sozinha não pode mais fazê-lo. A nossa diretoria conseguiu reunir pessoas que, com as suas experiên-cias, possibilitaram o crescimento do clube. O Juninho na parte jurídica, o Edinho no financeiro, o Claudio no social e o Cresinho no esporte.

Quando assumimos a administração do GEC, decidimos pensar para frente e assim o fizemos. Nesses quatro anos tudo mudou. No início nada era claro para nós, momento difícil e dívidas acumuladas. Entre tantas mu-danças destaco:

é vice-presidente do GEC. É empresário e graduado em Direito pela Universidade de Alfenas.

VICE-PRESIDÊNCIA

DÍVIDAS 1: Quando assumimos a dire-toria tínhamos mais ou menos R$ 100 mil reais em dívidas, que foram pagas em 60 dias, o que aumentou a credibili-dade em nosso trabalho. Ainda na parte administrativa renegociamos a dívida do clube com o INSS e fornecedores; as parcelas são quitadas regularmente.AÇÕES: A reabertura da boate foi uma das primeiras ações após reformas soli-citadas pelo Corpo de Bombeiros e acor-do firmado com o Ministério Público. Com a renda obtida através da boate, conse-guimos reorganizar as contas do clube.INFORMATIZAÇÃO: Este recurso nos permitiu conhecer todas as informações do clube, bem como controlar a inadim-plência, o fluxo de caixa e as aplicações.

O projeto do arquiteto Normando Moraes Machado Neto, para a sede recreativa, prevê toda a reestruturação da área de lazer do clube com salões, área de convivência e academia. A obra deverá ser realizada pelas próximas gestões.

Planta da sede recreativa

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Buscamos o bem-estar dos sócios. Ousadia, união e transparência são os ingredientes essenciais da nossa administração.

ESTATUTO: Uma das grandes vitórias que possibilitou a adequa-ção de nossas ações conforme o Código Civil, gerando condições de resolver questões de inadimplência, tornando a administração mais democrática.CATRACA ELETRÔNICA: Acesso ao clube somente de sócios regu-larizados, o que reduziu a inadimplência.DÍVIDAS 2: Levamos mais de uma semana para conhecer a real situação do clube naquele início de trabalho, quando assumimos um mandato “tampão”. Dívidas e papéis podres foram regulari-zados após a reforma do estatuto, trabalho conjunto de sócios beneméritos e normais.EVENTO: O nosso primeiro grande evento foi o show com Edinho Santa Cruz. Enfrentamos inúmeras dificuldades naquela noite como a superlotação do clube e descobrimos outros problemas que foram regularizados como a energia elétrica, hoje adequada para atender a demanda de grandes bandas.REFORMAS: Na sede social informatizamos a secretaria, reforma-mos ainda os banheiros e a boate, que passou a contar com nova iluminação, novos equipamentos de som e ar-condicionado.PISCINA: Na sede recreativa um dos grandes gargalos era a conta de água que gerava uma despesa mensal de R$ 4 mil reais. Um poço artesiano resolveu o problema. Hoje os valores da conta são considerados normais, em torno de R$ 200,00. Ainda na sede re-creativa refizemos a tubulação, trocamos os filtros da piscina, ar-rumamos a sauna, os vestiários e a cozinha. Pintamos a portaria e as quadras, além de adequar a sede de acordo com as normas do Corpo de Bombeiros. Temos um projeto elaborado pelo arquiteto Normando Moraes Machado Neto que prevê 1.400 metros de área construída com nova piscina, salão, academia, restaurante.

CRÍTICAS: Tudo tem o seu lado positivo. As críticas norteiam o trabalho, pontuam erros e dá a possibilidade de melhorarmos. Se há críticas, é porque os sócios estão frequentando, estão motivados a ir ao clube, antes isso não acontecia. Acertar 100% ninguém acerta. Ser perfeito é impossível. No entanto, há reclamações sem fundamento nenhum. É preciso conhecer o que acontece antes de reclamar em público.EQUILÍBRIO: Para a manutenção do clube, buscamos um equilíbrio de 1.000 sócios subdivididos em 700 na categoria Normal, 100 na categoria Benemérito e 200 da categoria sócios contribuintes. Em 2013, 60% da receita do clube era proveniente de sócios e 40% de não sócios. O equilíbrio financeiro é estimado em 50% para sócios e 50% para não sócios, pois os frequentadores acabam por reduzir os valores das mensalidades para os associados.Passamos quatro anos edificando, recuperando e organizando. Se conseguimos fazer tudo isso sem dever nada e agora vamos começar a obter receita no GEC Náutico, acredito que a evolução será ainda mais rápida. Agora é preciso intensificar o esporte dentro do clube. Mantemos parceria com academia e apoiamos um carateca. NÁUTICO: Tivemos a grande oportunidade de investir na compra do GEC Naútico. Com isso, direcionamos os investimentos para aquela sede. Ainda falta muito para concluir o projeto como a criação dos passeios de barco, de chalana, a promoção de eventos, entre outros. A chamada de capital foi feita para aumentar o patrimônio do clube, muito bem aplicada, no GEC Náutico.GANHA X GANHA: O clube ganhou com a reforma do seu estatuto, temos o conselho fiscal, o deliberativo, executivo, separados e atuantes. Cada um na sua função, tudo documentado por ata, bem redigida. Além do Conselho, agradecemos aos nossos colaboradores e funcionários, sem eles não faríamos nada.EVENTOS: Há dias em que o clube tem eventos 24 horas. Quando termina a noite na boate, uma outra equipe começa a trabalhar na sede recreativa e no GEC Náutico. O GEC esteve parado por muito tempo e conseguimos crescer nesses quatro anos.

O Sede Social também tem projeto concluído que prevê ampliação do salão, novo acesso ao clube, bar e melhorias em toda a área de convivência.

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Em maio de 2013, o Grêmio Esportivo Carmelitano completou as suas oito décadas de fundação. Uma grande conquista para um clube que cresceu juntamente com a cidade e continua perpetuando o seu papel: o de proporcionar lazer, diversão e cultura para seus associados e visitantes. Ao longo da sua trajetória, marcou a história de toda a comunidade carmelitana. Criado em torno do esporte, especificamente o futebol, foi com a mesma paixão destinada ao esporte que construiu suas sedes sociais e recreativas. O poder de congregar e divertir pessoas se estendeu aos bailes de salão, aos eventos comemorativos e, principalmente, aos seus inesquecíveis carnavais que atraíram visitantes de muitas outras cidades. Isso fez com que o carnaval carmelitano se tornasse conhecido e reconhecido.

Cada um de seus presidentes contribuiu para que o clube chegasse até os dias atuais com vida e perspectivas de crescimento. Desde o seu primeiro presidente, Manoel Mendonça Neto, que atuou expressivamente no esporte, até aqueles que, com a sua visão futurista, adquiriram a primeira sede na Rua Camilo Achcar e, posteriormente, a segunda e atual, na Praça Maria Goulart. A sede recreativa chegaria anos mais tarde na gestão de Fernando Rafael Macedo, nos anos 1970.Na década de 1970, o restaurante da sede recreativa transformou-se no inesquecível Bar da Piscina e foi lá que a juventude carmelitana se encontrou por um longo período. No final da década de 80, os tempos eram outros e a juventude exigia mais. Assim, foi construída a Studio 200, na gestão de Tony Reis, uma boate que animou e anima as noites carmelitanas até os dias atuais.No ano 2000, a história administrativa do GEC foi marcada pela formação de uma diretoria composta apenas por mulheres. Liderada pela Irma Barbosa, a Chiquita, tal diretoria assumiu a administração do clube, recuperando a sua credibilidade e animando as noites carmelitanas.Em 2011, a então diretoria liderada por Nicolau Achcar Santos Júnior adquiriu a sede do Country Clube e transformou o projeto em GEC Náutico, um clube de campo idealizado pelos seus fundadores e que quase 80 anos depois se tornou realidade.Só tem história, quem tem memória, por isso é bom relembrar aqueles que presidiram o GEC e deixaram a sua contribuição para a história do clube: Manoel Mendonça Neto, Agripino da Veiga Marinho, Milton de Araújo Pereira, João Batista de Carvalho Vilela, Roberval Teixeira Bueno, Antônio Evaristo Santana, Jairo Reis, José Joaquim Magalhães Vilela, Oswaldo Alves da Silva, Abrão Elias, Edmo Abrhão, Lucas Ferreira, Juracy Monteiro, José Romualdo Fialho Cronenberguer, Moacir Mendes Galvão, Lúcio Lemos, Fernando Rafael Macedo, Elias Achcar Neto, Manuel Guerrero Bueno, Antônio Damasceno Reis Júnior, Sergio Henrique Fialho Cronemberguer, Tomaz Pontara, Jesumino Amicussi, Irma Barbosa, Tereza Cristina Azevedo Reis e Nicolau Achcar Santos Júnior.

Flash Back

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Flash Back

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FINANÇAS

Acredito no ideal de que se há algo a fazer e posso executar, porque não fazê-lo? Assim é o trabalho na diretoria do GEC, se posso contribuir para o crescimento do clube, vou colaborar.Quando assumimos a administração, sabíamos que o clube estava em dificuldades, mas não conhecíamos a real situação. Dívidas, salários atrasados e falta de credibilidade. A boate, a maior receita do GEC, estava fechada por determinação do Corpo de Bombeiros. Muitos queriam que fizéssemos uma auditoria, mas resolvemos pensar para frente. Se houve algum erro não foi de uma pessoa, mas de um grupo. Acredito que em um clube todos os sócios têm a sua parcela de contribuição a oferecer. No que se refere às questões contábeis, uma das nossas primeiras ações foi contratar um novo escritório de conta-bilidade. A Contabilidade V&R Monteiro assumiu os trabalhos nos creditando confiança. Depois do acordo firmado com o Ministério Público, reabrimos a boate. Durante um mês, nossa equipe trabalhou na Studio para entendermos o seu funcionamento. Foi uma surpresa ver que a população reconheceu o nosso empenho. Renegociamos as dívidas e começamos a pagar os impostos, fornecedores e funcionários com o faturamento da boate. Criamos um plano de renegociação para as mensalidades em atraso e os sócios quitaram as dívidas, acre-ditando no nosso trabalho. Contamos também com o crédito no comércio local, o que foi extremamente importante naquele período.Readequamos a boate e com o faturamento do Baile do Havaí conseguimos quitar muitas dívidas. A partir dessa fase, intensificamos os trabalhos. Começamos a informatizar o clube, um trabalho difícil, mas que nos dá condições de gerenciar melhor a inadimplência e o acesso às dependências do GEC. O processo foi complicado e sofremos até hoje com a resistência de sócios à catraca eletrônica. O sistema não é fácil. Temos uma antena em local estratégico na Serra da Tormenta que transmite os dados para a sede recreativa. Adquirimos catracas recondicionadas, o que foi possível adquirir naquele momento. Tudo isso é muito diferente da nossa antiga máquina registradora.Hoje temos mais informações e maior transparência em nossos registros. Reformamos espaço na sede social e construímos uma secretaria, temos uma estrutura administrativa. Para administrar melhor separamos as contas do clube em sete: Custeio (mensalidades e aluguéis), Investimen-to (eventos e boate); Títulos (venda de títulos, esta receita segue para a conta Investimento); Chamada de Capital (somente para controle desta conta, a arrecadação é aplicada nos investimentos); Esportes (receita com o aluguel do campo, quadras: pagamento de material esportivo e manutenção do campo); Náutico (As receitas da nova sede estão sendo analisadas para subdivisão dentro da mesma conta e direcionamento para investimentos) e Fundo de

é diretor-financeiro do GEC. Graduado em Administração, é gerente do Sicoob Credicarmo. No clube participa da diretoria pela segunda vez; foi o segundo tesoureiro na diretoria do ex-presidente Jesumino Amicussi.

O grande diferencial da nossa diretoria é a democracia, trabalhamos em prol do GEC. A decisão é pelo voto.

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Reserva (específica conforme Estatuto para garantias do clube). À medida que as receitas entram, temos condições de gerenciar melhor cada recurso. Como exemplo, os valores das mensalidades são direcionados ao custeio do clube. Os investimen-tos são realizados com o faturamento da boate e de eventos. Em 2013, os eventos não deram o retorno esperado. Para darmos sequên-cia às obras, usamos parte da receita da conta custeio em investimentos e contratamos empréstimo de R$ 65 mil a juros de 1%; os menores praticados pelo mercado. Todas essas ações, como as demais, foram avaliadas e aprovadas pelo Conselho Deliberativo e Fiscal.

Quando assumimos, estava tramitando uma chamada de capi-tal, não aceita pela maioria dos sócios. Retornamos esse valor para os sócios em forma de mensalidade. A chama-da de capital realizada por nossa diretoria foi uma con-quista, pois já tínhamos o valor necessário para a com-pra do GEC Náutico. Com a entrada desse valor, investi-mos na nova sede do clube. Onde no Carmo compraría-mos um terreno como aquele pelo valor de R$ 280 mil? Com os investimentos do GEC Náutico toda aquela região voltou a ser valorizada. Já investimos mais de R$ 1 milhão, sendo que R$ 700 mil são provenientes da chamada de capital, o restante é resultado de eventos. Para deixarmos o clube como o projetado, precisamos de pelo menos mais R$ 2,5 milhões com as reformas previstas para a piscina, sede social e campo de futebol. Em quatro anos não dá para cumprir tudo isso. A mensalidade de R$ 55,00 é pequena para tantas realizações. Diante dessa realidade, a contrapartida que chega através dos não sócios é muito importante. Todas as ações do clube são registradas em prestação de contas. Da boate e de todos os eventos, tudo é acompanhado pelo Conselho Fiscal. Temos uma prestação fixada no mural do GEC, bem na entrada da secretaria, e todo esse material está à disposição de nossos associados.Hoje temos uma receita aproximada de R$ 1.200.000,00 ano e uma inadimplência próxima de R$ 30 mil que cai para R$ 18 mil em meses de eventos.Em termos contábeis e financeiros, temos controle de todas as nossas ações e registros das decisões tomadas em atas. Assumimos a direção em momento caótico e vamos entregar a direção do clube com o seu patrimônio aumentado, as contas sanadas e com a sua situação econômica equilibrada.

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As direções do GEC, ao longo dos seus 80 anos, foram fu-turistas. Seus presidentes, não se limitaram ao tamanho da cidade ao idealizar as ações de fundação da socieda-de, de construção da sede e da sua reconstrução, após incêndio na década de 1960, que destruiu o seu primeiro salão social.A sede na Praça Maria Goulart, que hoje parece pequena, nos anos 70 do século passado era faraônica e atendeu perfeitamente, por décadas, às necessidades do clube e da cidade. Fernando Macedo ao idealizar a piscina na década de 1970, também pensou no futuro; a piscina era enorme. E assim prosseguimos com a criação da boate pelo Tony Reis. Muitos acreditam que a compra do GEC Náutico foi supérflua, que é um elefante branco, não para mim. A sede náutica representa também o nosso futuro. A nossa sociedade cresceu e teremos condições de aten-der com mais qualidade todos os nossos sócios, com as unidades social e recreativa reformuladas para um novo tempo. Em termos de eventos, contabilizamos mais re-alizações hoje do que no passado. Levamos o réveillon para a sede recreativa, firmamos parcerias como a Fan-

tasy, mantivemos o carnaval para as crianças e temos promoções regulares na boate. Buscamos atender a demanda de todos, embora nem sempre seja possí-vel. O baile do Havaí continua sendo o nosso prin-cipal evento e novas promoções serão criadas para o GEC Náutico.

Enfrentamos problemas como a entrada de me-nores em nossos eventos, um dos grandes des-

SOCIAL

A nossa diretoria realizou o que foi

possível. Em relação às necessidades do clube, falta muito

a ser realizado.

é Diretor-Social do GEC. Eletricista e Técnico em Contabilidade, é Auxiliar de Secretaria no Colégio Monsenhor Mário Araújo Guimarães.

gastes dessa diretoria, mas que temos procu-rado solucionar com a assessoria dos órgãos competentes. Hoje, menores entre 14 e 16 anos, podem par-ticipar de eventos somente com a presença de pais ou responsáveis. A boate com a entrada de jovens entre 16 a 18 anos passou a fechar às 3h30. Temos uma noite tardia que é uma característica da cidade. As pessoas chegam tarde à boate. Os únicos eventos em que chegam antes da meia noite no clube são o réveillon e a Fantasy. Em termos de lazer, temos muito a oferecer com as re-formas previstas que aumentarão as áreas das sedes e oferecerão mais atrativos para os sócios como piscinas, sala de jogos, academia, salões, bar. Na sede do Náutico, mais piscinas e com a água da represa chegando ao seu nível, o que esperamos que aconteça o mais rápido pos-sível, tudo ficará ainda melhor. Entre os próximos eventos já agendados, temos o car-naval no GEC Náutico que acontecerá durante o dia. Foi gratificante trabalhar para o clube, era o sonho de mui-tos, que se tornou o meu sonho também.

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Uma das paixões nacionais é o futebol. Foi em torno des-sa paixão que o GEC nasceu lá na década de 1930 do sé-culo passado. Entre tantos jogadores que se destacaram nos times do clube, os Carielo e os Maimoni deram a sua contribuição, com jogadores, árbitros e coordenadores de futebol.A paixão é nacional, mas também segue de pais para fi-lhos. E é com esta paixão que o Diretor de Esportes do GEC, Crésio Oliveira, está administrando e recuperando o Campo de Futebol do Clube, abandonado por anos.O campo reformado recebe os jogadores veteranos nas manhãs de domingo. A turma, ex-jogadores do clube, ou apaixonados pelo esporte, enfrenta a bola e se con-fraterniza em espaço ainda improvisado. Ao todo são 67 jogadores com idades entre 45 a 70 anos “A maioria é de jogadores que já participaram do time do GEC em algum momento da sua história”.Na área do campo de futebol foi criada uma pista de cami-nhada e montado um pequeno parquinho para a criança-da. Um vestiário está sendo construído com a colaboração dos jogadores que doam dias de serviço na obra e o clube fornece o material de construção. Ainda está no projeto a construção de uma arquibancada.A área depois de revitalizada poderá ser utilizada pela comunidade escolar desde que haja um acordo entre parte e a responsabilidade de manter o campo sempre em boas condições. “Estamos buscando a integração com a comunidade”, disse Crésio.No setor de esportes, o GEC ainda mantém parceria com uma aca-demia, a Max Forma, para que os sócios possam praticar exercícios físicos em equipamentos. O custo é de apenas R$ 10,00 para o as-sociado, o clube arca com a outra parte. Em janeiro de 2014 o valor destinado a academia era de R$ 700,00. Ainda no esporte, o Clube patrocinou o carateca Vanderlei Martins que disputou o 6º Mundial de Karatê Gojukai, em Mumbai, na Índia.

ESPORTE

é Diretor de Esportes do GEC, escrivão da Polícia Civil, e também advogado formado pela Universidade de Alfenas.

Estamos recuperando o campo e o futebol do Carmo também.

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