fichamento do livro histÓria da riqueza do homemkal

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FICHAMENTO DO LIVRO HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. 21. ed . rev. LTC: Rio de Janeiro, 1986. p. 02-153. A 1ª parte – Do feudalismo ao capitalismo Sacerdotes, guerreiros e trabalhadores. 1 – Resumo: Segundo o autor, são feitas comparações entre os filmes antigos que alguém teria que pagar a conta sob o conforto de certas pessoas. A sociedade feudal era composta de três classes: sacerdotes, guerreiros e trabalhadores. Os trabalhadores eram fatores de produção que produziam bens e serviços para as outras duas classes. Bens e serviços estes que eram produzidos da própria terra (agricultura familiar). Os senhores feudais eram donos das terras, na qual os trabalhadores produziam seus sustentos, e lucros para os senhores feudais. A maioria das terras agrícolas da Europa ocidental estava dividida em área conhecidas como “feudos”. Um feudo consistia apenas de uma aldeia e as várias centenas de acres de terra arável que a circundavam, e nas quais o povo da aldeia trabalhava. Nas diversas localidades, os feudos variavam de tamanho, organização e relações entre o que os habitavam, mas suas características principais se assemelhavam de certa forma. Cada propriedade feudal tinha um senhor. A terra era dividida em várias partes, o senhor feudal tinha direito a parcela das terras, que tinha de ter vários tipos de privilégios, e o camponês era obrigado a trabalhar alguns dias da semana de graça para o senhor feudal. O camponês trabalhava em regime de semiescravidão, era mais conhecido como “servos”. Havia vários tipos de servos: servos dos domínios, que trabalhavam de forma fixa para seus senhores. Havia os fronteiriços que mantinham pequenas terras de um hectare e os aldeões que tinham somente cabanas e trabalhavam em troca de alimentos. E os mais bem economicamente e com privilégios pessoais denominados “vilões”. “Os camponeses eram mais ou menos dependentes. Acreditavam os senhores que existiam para servi-los” (p.08). Os servos detinham posse de suas terras, estavam presos ao senhor feudal, passava de pai para filho mediante uma taxa pós a morte do pai. Os senhores não queriam perde sua mão de obra, então qualquer servo que ousasse fugir do feudo era preso. O senhor do feudo, como o servo, não possuía a terra, mas era ele próprio, arrendatário de outro senhor, mas acima na escala. O servo, aldeão ou cidadão “arrendava” sua terra do senhor do feudo que, por sua vez, “arrendava” a terra de um conde, que já “arrendara” de um

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FICHAMENTO DO LIVRO HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM

HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. 21. ed . rev. LTC: Rio de Janeiro, 1986. p. 02-153.

A

1ª parte – Do feudalismo ao capitalismoSacerdotes, guerreiros e trabalhadores. 1 – Resumo: Segundo o autor, são feitas comparações entre os filmes antigos que alguém teria que pagar a conta sob o conforto de certas pessoas. A sociedade feudal era composta de três classes: sacerdotes, guerreiros e trabalhadores. Os trabalhadores eram fatores de produção que produziam bens e serviços para as outras duas classes. Bens e serviços estes que eram produzidos da própria terra (agricultura familiar). Os senhores feudais eram donos das terras, na qual os trabalhadores produziam seus sustentos, e lucros para os senhores feudais. A maioria das terras agrícolas da Europa ocidental estava dividida em área conhecidas como “feudos”. Um feudo consistia apenas de uma aldeia e as várias centenas de acres de terra arável que a circundavam, e nas quais o povo da aldeia trabalhava. Nas diversas localidades, os feudos variavam de tamanho, organização e relações entre o que os habitavam, mas suas características principais se assemelhavam de certa forma. Cada propriedade feudal tinha um senhor. A terra era dividida em várias partes, o senhor feudal tinha direito a parcela das terras, que tinha de ter vários tipos de privilégios, e o camponês era obrigado a trabalhar alguns dias da semana de graça para o senhor feudal. O camponês trabalhava em regime de semiescravidão, era mais conhecido como “servos”. Havia vários tipos de servos: servos dos domínios, que trabalhavam de forma fixa para seus senhores. Havia os fronteiriços que mantinham pequenas terras de um hectare e os aldeões que tinham somente cabanas e trabalhavam em troca de alimentos. E os mais bem economicamente e com privilégios pessoais denominados “vilões”. “Os camponeses eram mais ou menos dependentes. Acreditavam os senhores que existiam para servi-los” (p.08). Os servos detinham posse de suas terras, estavam presos ao senhor feudal, passava de pai para filho mediante uma taxa pós a morte do pai. Os senhores não queriam perde sua mão de obra, então qualquer servo que ousasse fugir do feudo era preso. O senhor do feudo, como o servo, não possuía a terra, mas era ele próprio, arrendatário de outro senhor, mas acima na escala. O servo, aldeão ou cidadão “arrendava” sua terra do senhor do feudo que, por sua vez, “arrendava” a terra de um conde, que já “arrendara” de um duque que, por seu lado, a “arrendara” ao rei. As pessoas que arrendavam diretamente ao rei, fossem nobres ou cidadãos comuns, eram chamadas “principais arrendatários”. A quantidade de terras indicava a riqueza de um senhor feudal, todavia havia muitas guerras nestas épocas por causas de conquistas de terras. No período feudal, a terra produzia praticamente todas as mercadorias de que se necessitava e, assim, a terra e apenas a terra era a chave da fortuna do homem. Os senhores feudais não podiam dispor das terras quando bem entendesse deveriam pagar impostos para qualquer tipo de movimentação, seja venda ,troca ou herança de alguma gleba. As mulheres que viessem a ficarem viúvas deveriam pagar uma taxa para se casarem novamente, senão quisesse casar novamente também pagaria uma taxa para seu senhor. Os servos tinham vários deveres e favores para com seus senhores em troca das terras e proteção.A Igreja constituía uma organização que se estendeu por todo o mundo cristão, mais poderoso, maior, mais antiga e duradoura que qualquer coroa. Tratava-se de uma era religiosa e a Igreja, sem dúvida, tinha um poder e prestígio espiritual tremendo. Mas, além disso, tinha riqueza, no único sentido que prevalecia na época - em terras.A Igreja foi a maior proprietária de terras no período feudal. Homens preocupados com a espécie de vida que tinham levado, e desejosos de passar o lado direito de Deus antes de morrer, doavam terras à Igreja; outras pessoas, achando que a Igreja realizava uma grande obra de assistência aos pobres e doentes, desejando ajudá-las nessa tarefa, davam-lhe terras; alguns nobres e reis criaram o hábito de, sempre que venciam uma guerra e se apoderavam das terras do inimigo, doar parte delas à Igreja; e

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assim, se tornou proprietário de um terço e metade de todas as terras da Europa Ocidental, e bispos e abades se situaram na estrutura feudal da mesma forma que condes e duques. Exatamente como recebia terra de um senhor, ela própria agia como tal. Preservou muito da cultura do império Romano, incentivou o ensino e fundou escolas, ajudava pobres, crianças e construiu hospitais. A igreja aumentou seu domínio através do dízimo. O dízimo constituía um imposto de renda, territorial. Os agricultores e camponeses eram obrigados a pagar o dízimo. O colono que deduzia as despesas do trabalho antes de lançar o dízimo a suas colheitas era condenado ao inferno. A Igreja se não tivesse tratado tão mal a seus servos, não teria extorquido tanto do campesinato, e haveria menos necessidade de caridade.

O clero e a nobreza constituíam as classes governantes. Controlavam a terra e o poder que delas provinha. A Igreja prestava ajuda espiritual, enquanto a nobreza, proteção militar. Em troca exigiam pagamento das classes trabalhadoras, sob a forma de cultivo das terras.

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2 – Citações: textuais/diretas “A igreja também aumentou seus domínios através do dízimo, taxa de 10 % sobre a renda de todos os fiéis” (p.14).

Comentário: Os senhores feudais tratavam seus camponeses como escravos, obrigavam eles a produzir de graça em seu domínio. A igreja toma posse das terras e enriqueceu-se de dízimos cobrados de agricultores e camponeses.

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1ª parte – Do feudalismo ao capitalismoEntra em Cena O Comerciante2 – Resumo: Poucas pessoas guardam cofres de dinheiro e ouro, elas procuram de alguma forma movimentá-los. O dinheiro pode ser aplicado de várias formas: negócios, ações, apólices e entre outras formas mais rentáveis. Na idade média a situação era bem diferente não existiam muitas maneiras de fazer aplicações, no entanto os capitais ficavam parados. , poucos tinham capital para aplicar, e os que o possuíam pouco emprego encontravam para ele. Todo o capital dos padres e dos guerreiros era inativo, estático, imóvel, improdutivo A igreja possuía grandes fortunas, porém gastava com supérfluos. Todavia não havia necessidade de gastar o dinheiro diariamente, pois a maioria das necessidades era suprida pelos feudos. A vida econômica decorria sem muita utilização do capital. Sem dúvida, havia certo intercâmbio de mercadorias. Alguém podia não ter lã suficiente para fazer seu casaco, ou talvez não houvesse na família alguém com bastante tempo ou habilidade. Nesse caso, a resposta à pergunta sobre o casaco poderia ser: “Paguei cinco galões de vinha por ele.” Havia esta troca de mercadoria sobre os olhares dos bispos e senhores, excedentes seriam trocados de maneiras a suprir alguma necessidade. Um obstáculo a este tipo de mercado era as péssimas condições das estradas, com agravantes de bandidos que saqueavam a produção dos servos e senhores que cobravam pedágios. Outro obstáculo era a escassez da moeda em algumas regiões que dificultavam o comércio, por todos esses motivos era pequeno o comércio feudal. Chegou o dia que o comércio cresceu de tal maneira que as pessoas começaram a explorar novos comércios. As cruzadas levaram a milhares de europeus a atravessar o mar em busca de novos clientes. Os cruzados que regressavam de suas jornadas ao Ocidente traziam com eles o gosto pelas comidas e roupas requintadas que tinham visto e experimentado, registrou-se um acentuado aumenta na população depois do século X, e esses novos habitantes necessitavam de mercadorias. Parte dessa população não tinha terras e viu nas Cruzadas uma oportunidade de melhorar sua posição na vida.A Igreja envolveu essas expedições de saque num manto de respeitabilidade, fazendo-as aparecer como se fossem guerras com o propósito de difundir o Evangelho ou exterminar pagãos, ou ainda defender a Terra Santa. Mas a força do movimento religioso e a energia com que foi orientado fundamentavam-se nas vantagens que poderiam ser conquistadas. Primeiro, Conquistar outros países e impor sua religião. Segundo-Impedir o avanço dos mulçumanos para o seu próprio território. Terceiro-Adquirir nas cruzadas: terras e fortunas para suprir suas necessidades. Quarto-Expandir o comércio. As cidades comerciais encaravam as cruzadas como uma oportunidade de obter vantagens comerciais. No mar do norte e no báltico o navio apanhavam várias mercadorias. Um centro importante de comércio era Veneza por sua localização privilegiada. Hoje o comércio é continuo, transporte bem mais fácil do que aquela época. Diferente de hoje o comércio daquela época não era diário. A diferença de mercado locais para as grandes feiras, os mercados eram pequenos negociando apenas mercadorias locais, enquanto as feiras era de toda a parte, negociavam mercadorias por atacado de vários pontos do mundo. A feira de Champagne participavam várias pessoas de países diferentes tinham passe livre para ir e vir, umas vantagens para o senhor da cidade era a proporção de riqueza aos seus domínios e a ele mesmo. As feiras tinham atenção especial com muitos preparativos, policias criados para a própria feira que intervinham em disputas e nos tribunais

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de feira era resolvidas. As feiras tinham importância pela grande transação financeira que existia, mudou o rumo do comércio porque estabelecia o dinheiro como moeda de troca.·.

2 – Citações: textuais/diretas “Todas as companhias de mercadores... que não pertencem ao nosso reino, se desejarem comerciar aqui e desfrutar dos privilégios e os impostos vantajosos das mencionadas feiras... podem vir sem perigo” (p.23).“Esses trocadores de dinheiro representavam parte tão importante da feira que, tal como havia dias especiais dedicados à venda”.

Comentário Este capitulo fala sobre o comércio mercantilista que expandiu em busca de novos mercados. O dinheiro como mercadoria de troca começou a figurar entre as feiras.

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3 – Resumo: Com o aumento do comércio as cidades em consequência foram crescendo, é fato que as cidades crescem em regiões onde o comércio tem expansão rápida. Na idade média as cidades que se destacaram foram na Itália e Holanda. À medida que o comércio começava a expandir as cidades cresciam em pontos estratégicos, neles havia uma igreja ou uma zona fortificada que assegurava proteção contra ataques. O povo começou a migrar para estas cidades em progresso, o crescimento significa mais trabalho para estas pessoas. As populações urbanas queriam estabelecer seus próprios tribunais, devidamente capacitados a tratar de seus problemas, em seu interesse. Queriam, também, elaborar sua própria legislação criminal. Manter a paz nas pequenas aldeias feudais não se comparava ao problema de manter a paz na cidade em desenvolvimento, com maiores riquezas e população móvel. As populações das cidades desejavam fixar seus impostos à sua maneira, e o fizeram. Desejavam empreender negócios e, assim, empenharam-se em abolir as taxas, de qualquer tipo, que os tolhessem. O mercador são as pessoas comerciantes que habitavam as cidades, estavam deixando de serem servos para se tornarem mercadores. As terras da cidade pertenciam a: senhores feudais, nobres, bispos e reis que cobravam taxas, impostos, tais como faziam em suas propriedades feudais. A vida na cidade era diferente da vida no feudo e uma nova classe tinha que surgir. Na verdade, as populações das cidades em luta, dirigidas pelas associações de mercadores organizados, não eram revolucionárias no sentido de que emprestamos à palavra. Não lutavam para derrubar seus senhores, mas apenas para fazê-lo abandonar algumas das práticas feudais já gastas pelo uso, que constituíam um estorvo decisivo à expansão do comércio.Os mercadores começaram a se unir para ter uma maior proteção contra, piratas, salteadores e para conseguir melhores negócios. Os mercadores começaram buscar seus direitos e o sistema feudal tornou-se cada vez mais decadente, as populações urbanas desejavam proceder a seus próprios julgamentos, em seus próprios tribunais. Como ocorre com frequência na história, muitas dessas pessoas abastadas imaginavam sinceramente que, se as coisas não permanecessem como estavam todo o sistema social desmoronaria. E como as populações das cidades não acreditavam nisso, muitas cidades só conquistaram sua liberdade depois que a violência irrompeu. Aos poucos os mercadores se tornavam donos de suas próprias casas e os feudos iam caindo em descenso. Os senhores e bispos perceberam que estava ocorrendo uma mudança social e que era impossível controlar esse fato. Foram vários conflitos para que os mercadores conseguissem liberdade. As cidades desejavam liberta-se depois de alguns séculos o conseguiram, o grau de liberdade variava consideravelmente, é tão difícil apresentar um quadro de direitos. Havia cidades totalmente independentes, como as cidades-repúblicas da Itália e Flandres e havia outras com certo grau de dependência. As associações de mercadores, tão ávidas em obter privilégios monopolistas, e tão observadoras de seus direitos, mantinham seus membros numa linha de conduta determinada por uma série de regulamentos que todos tinham que cumpri. O integrante da sociedade gozava de certas vantagens, mas só podia permanecer como membro se seguisse à risca as regras da associação. Estas eram muitas e rígidas. Rompê-las podia significar a expulsão total ou outras formas de punição.

Os direitos que mercadores e cidades conquistaram refletem a importância crescente do comércio como fonte de riqueza. E a posição dos mercadores na cidade reflete a importância crescente da riqueza em capital, em contraste com a riqueza em terras.

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Nos primórdios do feudalismo, a terra, por si só, constituía a mediasse da riqueza do homem. Com a expansão do comércio surgiu um novo tipo de riqueza - a riqueza em dinheiro. No início da era feudal o dinheiro era inativo, fixo, móvel; agora se tornara ativo, vivo, fluido. Agora um novo grupo surgia - a classe média, vivendo de uma forma diferente, da compra e da venda.

Citações: textuais/diretas: “toda atmosfera do feudalismo era a prisão, ao passo que a atmosfera total da atividade comercial na cidade era da liberdade”. (p.27)

Comentário Este capitulo fala sobre o surgimento das cidades, e a queda do feudalismo, os senhores feudais bispos e reis começaram a perda suas regalias. As cidades começaram a expandir com o crescimento das cidades que era constituída em pontos considerados estratégicos. Os mercadores começaram a se unir para lutar pelos seus direitos.

HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. 21. ed . rev. LTC: Rio de Janeiro, 1986. p. 02-153.

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1ª parte – Do feudalismo ao capitalismoSurgem novas ideias4 – Resumo: A maioria dos negócios gira em torno do dinheiro emprestado, sobre o qual incide juros. Poderá conseguir isso, através da venda de parte da empresa (ações), que são promessas de devolução em lucros. O pagamento de juros virou uma transação considerada “natural”. Na idade média esse costume que hoje é normal era considerado um crime, considerado pela igreja como pecado, e pelos governantes era tido como crime. Foi criada uma lei para combater e punir os infratores, essa lei era um reflexo do que as pessoas pensavam sobre a usura. O comércio era fraco e a possibilidade de investir com lucro praticamente não existia quem tomava dinheiro emprestado era por extrema necessidade. O cristão deveria ajudar o próximo sem pensar em lucro, a igreja ensinava o certo e o errado em todas as atividades do homem. Hoje os pensamentos são diferentes, um concorrente deseja sempre o mal para o outro, certamente usará todos os artifícios para que isso aconteça. A moderna noção de qualquer transação comercial é licita desde que seja possível realizá-la não fazia parte do pensamento medieval. A igreja pregava que o lucro era retirado de outra pessoa envolvida e que riqueza não garantia uma salvação no reino dos céus. Embora a igreja e reis pregassem essas doutrinas, estava entre os violadores destas leis. Essas doutrinas limitavam os novos grupos de comerciantes que desejavam negociar em uma Europa em plena expansão comercial, tornou um obstáculo, porque o dinheiro desempenhava um papel fundamental na vida econômica. A necessidade desse novo grupo em aumentar seus negócios e mantê-los levou a fazer empréstimos ao grande comerciantes e Judeus que se tornaram os banqueiros da época. A doutrina imposta pela igreja bateu de frente com a nova necessidade deste grupo, então a igreja cedeu pouco a pouco aos empréstimos. Consideravam casos especiais quando um banqueiro A emprestava dinheiro ao banqueiro B poderia emprestar para obter lucro, desta e de outras formas, a doutrina da usura foi sendo modificadas para atender essas novas necessidades dos comerciantes, considerado uma usura moderada e aceitável.

2 – Citações: textuais/diretas “Sendo a usura pela palavra de Deus estritamente proibida, como vício dos mais odiosos e detestáveis” (p.37).“A prática comercial diária mostra que a utilidade do uso de uma soma considerável de dinheiro não é pequena... nem permite dizer que o dinheiro por si mesmo não frutifica; pois sequer os campos frutificam sozinhos” (p.41).

Comentário: A igreja na idade média pregava que o empréstimo era pecado, considerando usura, porém os bispos e os reis praticavam empréstimos, com a criação de novos grupos de comerciantes foi entrando em atrito com os pensamentos da igreja que cedeu aos comerciantes pouco a pouco.

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