feridas e curativos_01

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1 Programa de Educação Continuada a Distância Aluno: EAD - Educação a Distância Parceria entre Portal Educação e Sites Associados

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Health & Medicine


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apostila ferida e curativos

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Page 1: Feridas e curativos_01

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Programa de Educação Continuada a Distância

Aluno:

EAD - Educação a Distância Parceria entre Portal Educação e Sites Associados

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores

MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada.

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MÓDULO I

“Patch Adams recomenda que você ajude a manter a sua saúde através do riso e da gentileza. Também sugere que, às vezes, o tratamento mais eficaz

é a esperança, o amor e a simples alegria de viver”. Robin Willians

Carolina Mariano Pompeo de Moraes Enfermeira formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Especialista em enfermagem em unidade de terapia Intensiva pela UCG – Goiânia/GO

Enfermeira coordenadora da Unidade Coronariana do Hospital Regional de MS

Enfermeira assistencialista da Unidade Coronariana da Associação Beneficente de

Campo Grande – Santa Casa.

Mercy da Costa Souza Enfermeira formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Especialista em enfermagem em unidade de terapia Intensiva pela UNISC – São Paulo

Enfermeira assistencialista da unidade de internação da infectologia do NHU - UFMS

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ÍNDICE MÓDULO 1 História e evolução no tratamento de feridas

A ética no tratamento de feridas

Anatomia e fisiologia da pele

Classificações e definições

MÓDULO 2 Fisiologia da cicatrização

Características de diferenciação das lesões

MÓDULO 3 Ferida infectada

Avaliação da ferida

MÓDULO 4 Técnica de curativo

Tipos de curativo

Vantagens do meio úmido

Material para curativo

Antissépticos

Desbridantes

MÓDULO 5 Medicamentos favoráveis à granulação

Curativos naturais

Ostomas

Queinados

Medicina hiperbárica no tratamento de feridas

Considerações finais

Referências bibliográficas

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A HISTÓRIA E A EVOLUÇÃO NO TRATAMENTO DE FERIDAS

Para que possamos exercer a enfermagem, no âmbito do tratamento de feridas,

não basta apenas conhecermos os novos produtos disponíveis nesta área ou as últimas

descobertas científicas, é preciso conhecer o passado para que possamos criar um futuro

de uma forma mais concreta e precisa.

E para que possamos ilustrar esta evolução vamos apresentar, sistematicamente,

algumas práticas naturais que, há vários milênios, vêm sendo utilizadas e que, muitas

delas foram incorporadas a muitas tecnologias descobertas.

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A HISTÓRIA

Os homens da pré-história eram utilizados plantas e seus extratos como

cataplasmas, para estancar hemorragias e umidificar as feridas abertas. Sendo o

Cataplasma um emplasto de substâncias preparadas com linhaça, massa de argila,

farinha de mandioca ou fubá colocadas entre dois panos, com capacidade de absorção

das toxinas da pele e para tratar hematomas.

Papiro de Edwins Smith Foi a descoberta mais recente da história. Era chamado o Livro de feridas, continha

tratados cirúrgicos e de clínica médica.

Por volta de 2700 a.C. os egípcios utilizavam produtos que, hoje, denominamos

“Fármacos da sujeira”, esses produtos eram derivados de produtos aparentemente

absurdos como urina humana e outros, associados a orações e sacrifícios. Os médicos

egípcios acreditavam que quanto mais a ferida supurava, mais rápida era a cicatrização.

Foram os precursores do adesivo atual, com a descoberta da ligadura adesiva, que

consistia em tiras de linho impregnado de goma.

Os chineses em 2800 a.C. foram os primeiros a relatar o uso do mercúrio, os

mexicanos e peruanos utilizavam o Mactellu como anti-sépticos para feridas.

Quando falamos da civilização Grega, chegamos ao clássico A Ilíada, escrita por

Homero (800 a.C) que descreve o tratamento de 147 feridos militares utilizando práticas

de cauterização de feridas com ferro quente. Nessa época a taxa de mortalidade era

bastante elevada.

Na era Cristã, Celsius (200 d.C): classificou tipos de ferida, definiu tratamentos,

descreveu os sinais inflamatórios, técnicas de desbridamento e sutura.

No período medieval, Galeno (século II d.C), que era médico do grande imperador

Marco Aurélio, instaurou a teoria da secreção purulenta. Nessa teoria acreditava-se que a

formação da secreção era fundamental para a cicatrização.

Usava na sua terapêutica:

• Água do mar, do mel, tinta de caneta e barro.

• As lesões ulceradas eram ligadas com figos (que contêm Papaína);

• Teia de aranha.

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Já os médicos árabes Foram os inventores da ligadura de gesso.

Chegando a era do Misticismo, temos a Teoria dos Miasmas, nesta teoria os

corpos deviam ser incinerados e após, deveria ser feita a defumação do local com

incenso.

A igreja contribuiu, e muito, para a divulgação dessa teoria e proibiu a dissecação e

métodos cirúrgicos impedindo a evolução das técnicas.

Já Teodorico de lucca e Henri de Mondeville utilizaram pensos embebidos em

arnica e vinho (ação antisséptica). E observaram que havia diminuição da formação de

secreção e aumento da cicatrização.

Ao relembrarmos a história do tratamento de feridas não podemos nos esquecer de

Hipócrates (300 a.C), considerado o pai da medicina moderna que foi o primeiro a

implementar os princípios da assepsia, no tratamento das feridas.

Não acreditava que a formação de pus fosse essencial para a cicatrização (teoria

que existiu por séculos) e quando a ferida infeccionava, utilizava emplastos para

drenagem de secreção e que estas deveriam ser lavadas com limpa.

Fez uso de ervas medicinais, mel, leite e vinagre. Aconselhava desbridamentos e

cauterizações.

Avançando ainda mais na história, chegamos à Revolução industrial, marco da

história mundial. No século XVIII, alguns prisioneiros se dedicavam a confecção de

pensos. Estes eram feitos de trapos velhos, estopa de linho e estopa (corda velha

desfiada). Os pensos eram utilizados e depois lavados e reutilizados, já que este

processo tornava-os mais macios e absorventes.

Com a revolução industrial aconteceu a mecanização deste processo de

confecção.

Infelizmente, com a evolução dos tempos começaram as guerras locais e mundiais.

Com a guerra da Criméia deu-se a introdução da pólvora no mundo ocidental. As

feridas causadas por pólvora eram venenosas e era necessária a remoção da parte

lesada (amputação) e para cauterizar o coto era utilizado óleo fervente.

Entretanto nessa época houve uma grande escassez de óleo, o que possibilitou a

substituição por gema de ovo e óleo de rosa, o que aumentou a taxa de sobrevida da

população.

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A EVOLUÇÃO

A partir deste século várias descobertas favoreceram para a melhoria do

tratamento das feridas. Destacamos, brevemente, algumas evoluções principais que

impeliram as novas descobertas atuais neste campo.

• 1676 = descoberta do microscópio;

• 1752 = primeiro passo na desinfecção química, por John Pringle, com o uso de ácidos

minerais para prevenir e impedir a putrefação.

• 1860 (Gangee) = 1º curativo absorvente a base de algodão;

• Em 1862, Pasteur concluiu que a putrefação era resultante da fermentação causada

pelo crescimento dos microorganismos. Descobriu, ainda, que eles eram destruídos

pela ação do calor. Apontou a falta de limpeza como causa da infecção, e que as

pessoas que tratavam as feridas eram meio de transporte para esses

microorganismos.

• Em 1880 = foi construída com êxito a primeira estufa, vindo permitir a esterilização

pelo calor seco. Dois anos mais tarde surgiu a esterilização pelo vapor.

• No final de 1840: Deu-se a utilização de antissépticos e a proteção da lesão com

coberturas secas. Foi nesta fase que se descobriu o efeito antisséptico do Iodo,

mercúrio e Alumínio, além da utilização do meio seco.

• Luvas e mascaras foram introduzidas em 1890 e 1897, por Willian Hasteld e Johann

Miculizz.

• 1945: Bloom relata pela primeira vez o uso do filme transparente permeável ao vapor.

• Após 1960 = descobertos os princípios de leito úmido e limpo para acelerar a

cicatrização. Entre outras descobertas como: limpeza da ferida, aproximação das

bordas através da sutura, controle da infecção. Sendo descobertas do antibiótico um

dos maiores feitos desta época.

• A partir de 1980 estudos em larga escala começaram a ser realizados nos Estados

Unidos e em vários países da Europa, visando o aperfeiçoamento dos das técnicas

para realização dos curativos.

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• Em 1982 as coberturas a base de Hidrocolóides são lançadas nos EUA e Europa,

porém somente em 1990 chegaram ao Brasil com elevado custos dificultando o seu

uso pela população brasileira.

Apesar de todos estes avanços de tecnologias, produtos e técnicas para o

desenvolvimento do tratamento de feridas, a incidência das úlceras crônicas em nosso

meio ainda é bastante elevada. E embora várias descobertas já tenham sido feitas ainda

existe muito a ser pesquisados e muitos mitos a serem quebrados para aperfeiçoar estes

recursos.

ÉTICA NO TRATAMENTO DE FERIDAS

Como vimos no capítulo anterior, com a evolução das tecnologias o tratamento de

feridas vêm se tornando uma área cada vez mais específica e científica, exigindo do

profissional constantes atualizações.

Entretanto, não basta apenas o domínio do conhecimento técnico-científico, é

necessário se priorizar àquele que recebe a nossa ação, que é o alvo do nosso

conhecimento – o portador da lesão de pele.

Ao pensarmos dessa forma é importante o conhecimento dos preceitos legais que

regulamentam à nossa profissão e que nos darão o apoio necessário ao nosso cuidar,

nos favorecendo e nos preparando para o ato ético.

Sendo assim, comecemos relembrando alguns termos que serão utilizados no

decorrer deste capítulo.

Ética = do grego Ethos, Casa. Preocupa-se com os aspectos práticos da vida do

indivíduo e da sociedade, tenta criar regras e normas de conduta para a atividade livre do

ser humano.

Direito = do Grego Directum, o que é reto (DANTAS, 2003).

• Imperícia: execução de uma função sem plena capacidade para tal;

• Imprudência: cometer um erro conscientemente. Conhece as regras e não as

executa com perfeição; Negligência: saber como o trabalho deve ser feito e não

fazer corretamente.

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CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

Capítulo I: Dos princípios fundamentais

• Art. 1°: A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde do ser humano

e da coletividade. Atua na promoção, proteção, recuperação da saúde e

reabilitação das pessoas, respeitando os preceitos éticos legais.

• Art. 4°: O profissional da enfermagem exerce suas atividades com justiça,

competência, responsabilidade e honestidade.

• Art. 5°: O profissional de enfermagem presta assistência à saúde visando a

promoção do ser humano como um todo.

Capítulo II: Dos direitos Art. 7°: recusar-se a exercer atividades que não sejam de sua competência legal.

Art. 14°: Atualizar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais.

Capítulo III: Das responsabilidades Art. 16°: Assegurar ao cliente uma assistência de enfermagem livre de danos decorrentes

de imperícia, negligência ou imprudência.

LEI DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL

ENFERMEIRO Lei nº 7.498/86 em seu Artigo 11, Alínea j:

É privativo do enfermeiro: A prescrição da assistência de enfermagem

TÉCNICO DE ENFERMAGEM Lei 1498/1986, Artigo 10, Parágrafo II

Executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do

enfermeiro e as referidas no artigo 9° deste decreto.

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AUXILIAR DE ENFERMAGEM Lei 7.498/1986, Artigo 11, Parágrafo III

Executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras

atividades de enfermagem, tais como: Alínea c, fazer curativos.

CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

O artigo 159 do Código Civil enuncia que "aquele que, por ação ou omissão

voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica

obrigado a reparar o dano".

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR

Ser avisado, antes de comprar um produto ou utilizar um serviço, dos possíveis

riscos que podem oferecer à sua saúde ou segurança. Quando for prejudicado, o

consumidor tem o direito de ser indenizado por quem lhe prestou o serviço, inclusive por

danos morais.

O profissional liberal pode ser responsabilizado por algum dano que causou se sua

culpa for provada (Art. 14, § 4º, CDC).

As causas das falhas ou erros profissionais são:

• negligência:

• imprudência:

• imperícia:

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PARECERES COREN-SP: Parecer (1998) sobre a prescrição de curativo e criação da comissão de

curativos. Parecer (1999) sobre o desbridamento de feridas;

COREN-MS: Parecer 001/2005, sobre o desbridamento de feridas.

“O desbridamento cirúrgico pode ser realizado pelo enfermeiro, desde que não atinja

tecido muscular e que não necessite de narcose ou anestesia.”

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE

INTRODUÇÃO

É o maior órgão do corpo humano, representando cerca de 15% do peso corporal

total e apresenta grandes variações ao largo de sua extensão.

FUNÇÕES • Sua principal função é revestir e proteger;

• Auxiliar na manutenção da temperatura (termorregulação);

• Percepção;

• Metabolismo;

CAMADAS DA PELE São três:

• EPIDERME

• DERME

• TECIDO SUBCUTÂNEO

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Epiderme

Derme

Tecido Subcutâneo

EPIDERME

Tecido avascular possui células dispostas em múltiplas camadas.

É nesta camada que encontramos os melanócitos, que são células responsáveis

pela pigmentação da pele (melanina) e os queratinócitos responsáveis pela produção de

queratina, que fornece resistência a atritos e variações de temperatura.

Fonte: www.theses.ulaval.ca

A renovação da pele: A

pele renova-se continuamente,

as células nascem na camada

basal e vão empurrando as

células mais externas até que

estas desprendem-se da

epiderme.

Fonte: www.theses.ulaval.ca

Page 14: Feridas e curativos_01

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DERME Camada vascularizada possui uma rica rede nervosa.

É nesta camada que encontramos os anexos da pele: glândulas sudoríparas,

sebáceas e folículos pilosos. A derme contém muitos tipos diferentes de células, incluindo: Fibroblastos e

fibrócitos, macrófagos, mastócitos e leucócitos sangüíneos, particularmente: neutrófilos,

eosinófilos, linfócitos e monócitos.

TECIDO SUBCUTÂNEO É vascularizada, possui tecido adiposo em sua constituição histológica envolvido na

termorregulação, reserva nutricional e provisão de energia.

CLASSIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES

FERIDA: É caracterizada pela perda da continuidade dos tecidos, podendo ser superficial

ou profunda, que deve se fechar em até seis semanas.

ÚLCERA: A FERIDA se torna uma úlcera após seis semanas de evolução sem intenção

de cicatrizar.

CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO As lesões podem ser classificadas conforme:

• Comprometimento tecidual.

• Como foram produzidas.

Fonte: www.theses.ulaval.ca

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• Grau de contaminação.

COMPROMETIMENTO TECIDUAL

• Quanto à localização anatômica;

• Quanto ao tamanho, comprimento, largura, profundidade e formação de túneis;

• Aspectos do leito da ferida e pele circunjacente;

• Drenagem, cor e consistência;

• Dor ou hipersensibilidade e temperatura.

COMO FORAM PRODUZIDAS

CONTUSAS: Produzido por objeto

rombo traumatismo das partes moles,

hemorragia.

Fonte:Anjos do norte

Foto: Mercy Souza

Page 16: Feridas e curativos_01

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LACERADAS: com margens irregulares.

PERFURANTES: pequenas aberturas

na pele.

INCISAS: Produzidas por um

instrumento cortante. Feridas limpas

geralmente fechadas por sutura.

Fonte:Anjos do norte

Fonte:Anjos do norte

Fonte: Anjos do norte

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GRAU DE CONTAMINAÇÃO

1. LIMPAS

2. CONTAMINADAS

3. INFECTADAS

Foto: Mercy Souza

Foto: Carolina Pompeo

Foto: Mercy Souza

Sem presença de infecção.

Lesão sem exsudato ou com

pequena quantidade de exsudato de

cor clara ou transparente.

Presença de bactérias e outros

microorganismos, com presença

transitória ao tecido, sem presença

de infecção instalada. Não há sinais

flogísticos.

Presença e a multiplicação de

bactéria e outros microorganismos

associado a um quadro infeccioso já

instalado, há presença dos sinais

flogísticos.

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ALGUNS TIPOS DE LESÕES DE PELE

2. PÁPULA: Lesão sólida e elevada,

plana ou encurvada e coloração

variada.

1. MÁCULA: Lesão superficial,

circunscrita, coloração marrom, azulada

ou avermelhada.

3. NÓDULO: Lesão sólida, superficial,

circunscrita, chega a 0,5 cm de

altura, não necessariamente faz

relevo a superfície.

4. VESÍCULA: Coleção de fluidos claros,

podendo tornar-se turvo ou

hemorrágico, circunscrita à superfície

da pele, com diâmetro médio de 0,5

cm.

Page 19: Feridas e curativos_01

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5. BOLHA: Lesão circunscrita, com

coleção de líquido claro, com diâmetro

maior que 1cm.

6. PÚSTULA: Coleção de leucócitos,

circunscrita à superfície da pela e de

tamanho variado.

7. ESCAMAS: excesso de células

epidérmicas mortas ou por alterações

inflamatórias.

8. PLACA: Lesão sólida, elevada,

diâmetro superior a 1 cm.

Page 20: Feridas e curativos_01

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE TECIDO

TECIDO NECRÓTICO

Restrito a uma área – Isquemia, redução da circulação, tecido não viável.

9. CROSTAS: Lesão formada por uma

coleção de soro, sangue ou pus, que

junto aos restos epiteliais, desidrata a

superfície da pele.

10. FISSURAS: São fendas cutâneas,

formato linear que podem acometer a

epiderme e derme.

11. ATROFIA: Depressão ocasionada

pela falta de nutrição e oxigenação das

células.

Fotos fonte: www.iqb.es

Page 21: Feridas e curativos_01

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Pode ser caracterizada por liquefação e ou coagulação produzido por enzimas que

acarretam a degradação dos tecidos isquêmicos, se diferenciam pela coloração e

consistência.

• ESCARA: De coloração marrom ou preta escara é descrito como uma capa de

consistência dura e seca

• ESFACELO: De cor amarelada ou cinza; descrita de consistência mucóide e macia;

pode ser frouxo ou firme a sua aderência no leito da ferida; formado por fibrina

( concentração de proteína).e fragmentos celulares

ESCARA ESFACELO

Fotos: Mercy Souza

Foto: Mercy Souza

TECIDO DE GRANULAÇÃO: aumento da vascularização é um

tecido de cor vermelho vivo.

Page 22: Feridas e curativos_01

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO EXSUDATO

Foto: Mercy Souza

SECA: Fundo pálido, gaze seca gruda

na ferida com pequena hemorragia,

para a repitelização.

Foto: E. Ricci

EPITELIZAÇÃO: redução da

vascularização e um aumento do

colágeno, contração da ferida. Tecido

róseo

ÚMIDA: Fundo brilhante de cor

vermelho vivo, a gaze fica por 24 horas

úmida. Tem borda ativa

Foto: Mercy Souza

Page 23: Feridas e curativos_01

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ALGUNS TIPOS DE ÚLCERAS

• Úlceras de estase: Ocorre geralmente por: Varizes, trombose venosa, insuficiência

valvular.

Características: Não tem necrose, não é isquêmica, tem um hiperpigmentação, com

edema no tornozelo e possui uma atrofia branca na pele.

• Úlceras tropicais: EX: leishmaniose: mucosa e cartilagem.

Incubação: 1 a 3 meses

MUITO EXSUDATIVA: Vermelho vivo,

tecido próximo umedecido, gaze troca

no período de 24 horas. Borda

lesionada e ou macerada.

Foto: Mercy Souza

Foto: Mercy Souza

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• Úlceras arteriais: Característica: Edema, ausência de pulso arterial, não possui pêlos devido a danos

causados em órgãos anexos da pele, apresenta alteração de temperatura do órgão

lesado.

• Úlceras mistas: Presença de lesão venosa e arterial associadas.

• Úlceras neuropáticas; Presença de lesão em terminações nervosas periféricas,

principalmente em membros inferiores.

• Úlceras diabéticas:

Característica: Ferida contaminada apresenta desidrose – estase com hipóxia,

ressecamento dá área circunjacente.

• Úlcera por pressão: É o tipo mais comum de úlcera, encontrada em larga escala nas unidades de

internação hospitalar e domiciliar. Além de ser uma enfermidade cutânea é considerado,

também, um indicador de qualidade da assistência de enfermagem.

É caracterizada por uma área localizada de perda de pele e dos tecidos

subcutâneos causadas por pressão, tração, fricção ou de uma combinação destes fatores.

Estas úlceras serão descritas mais detalhadamente no módulo II.