faculdade dois de julho graduaÇÃo em …portal.f2j.edu.br/bv/repositoriodemonografias/...mestre em...
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FACULDADE DOIS DE JULHO
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO GERAL
ALECSANDRO PEREIRA DA SILVA
O MERCHANDISING UTILIZADO PELO REFRIGERANTE NEGRO NO
PEQUENO VAREJO DO LITORAL NORTE
Salvador
2009
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ALECSANDRO PEREIRA DA SILVA
O MERCHANDISING UTILIZADO PELO REFRIGERANTE NEGRO NO PEQUENO VAREJO DO LITORAL NORTE
Monografia apresentada como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Faculdade 2 de Julho.
Orientador: Profª Catarina Silveira
Salvador 2009
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ALECSANDRO PEREIRA DA SILVA
O MERCHANDISING UTILIZADO PELO REFRIGERANTE NEGRO NO PEQUENO VAREJO DO LITORAL NORTE
Monografia apresentada como requisito para obtenção do grau de Bacharel em
Administração da Faculdade 2 de Julho, pela seguinte banca examinadora:
( )Aprovado
Data: ___/___/___
_________________________________________________________
Catarina Ferreira Silveira Mestre em Administração (UNEX)
Mestre em Engenharia da Produção (UFSC)
Orientadora
________________________________________________________
Kelly Sampaio Martins
Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social (Faculdade Visconde de Cairú)
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AGRADECIMENTOS
A Deus em primeiro lugar por ter me concedido a graça e oportunidade de concluir este curso.
A minha mãe Albertina Pereira Santos braço forte nos momentos de dificuldade,
A minha esposa Mariana Quitéria de Aquino Ferreira da Silva, ao meu filho Davi de Aquino Pereira, a minha sogra Vera Ferreira, ao meu sogro Adelair Ferreira e ao
meu tio Amilton Pereira por ter me apoiado no decorrer de todo o curso mesmo nos momento mais difíceis possibilitando continuar os estudos e abriu caminho para que eu pudesse chegar até aqui.
Aos colegas de equipe Claudia Landeiro, Edivanei Araújo, Helder Matheus, Iramar
Paranhos, Renan Silva, Mario Eugênio pelo companheirismo desde o primeiro semestre dividindo as dificuldades e crescendo a cada trabalho realizado.
A todos os colegas de sala, que enfrentaram juntos estes quatro anos de dificuldades, mas com superação conseguimos chegar ao final, incluindo os colegas que ficaram pelo meio desta jornada.
A minha orientadora Catarina Silveira, que nos momentos de dificuldade teve a
paciência e dedicação para a orientação, dando vida a uma idéia, transformando-a neste trabalho acadêmico.
A todos os funcionários da Faculdade 2 de Julho, por terem contribuído de alguma forma para que minha jornada fosse cumprida.
A todos meus amigos e familiares por terem suportado e entendido minha ausência durante estes quatro anos.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha mãe,
esposa, filho e amigos, pessoas pelas quais tenho imenso orgulho
por serem exemplos de perseverança e grandes vitórias.
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Entrega teu caminho ao Senhor, confia Nele, e Ele o fará
Salmo 37:5
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RESUMO
SILVA, Alecsandro Pereira da. O Merchandising utilizado pela Coca Cola no pequeno varejo do Litoral Norte. Orientadora: Catarina Silveira. Salvador: Faculdade 2 de Julho, 2009. Monografia (Graduação em Administração Geral).
O objetivo deste trabalho de conclusão de curso é mapear como o merchandising é fator de fundamental influência no comportamento dos consumidores no ato de adquirir o produto Coca-Cola no pequeno varejo do Litoral Norte, evidenciando a
importância da utilização das técnicas como instrumento de sensibilização, persuasão e fidelização de clientes, sendo uma poderosa arma capaz de criar
vantagem competitiva. O ambiente influencia a reação do cliente, mesmo que inconscientemente, sendo assim, é preciso estabelecer uma comunicação eficaz, cuidando de todos os detalhes para que no momento da abordagem os recursos
utilizados façam com que o consumidor sinta-se confortável, especial e impulsionado a comprar. Ao final percebe-se que alguns pontos comerciais destacam-se em
relação a outros, pois entendem que é preciso criar uma experiência positiva ao consumidor, observando fatores como a largura do corredor, a posição da fachada, a altura dos expositores, a identificação das áreas nobres, as etiquetas de
precificação, as cores utilizadas, a iluminação e toda gama de características que personalizam o ponto de vendas, pois são fatores que determinam à captação de
um estímulo, causando impacto e ganhando a preferência do consumidor. A metodologia utilizada neste trabalho de pesquisa foi de caráter qualitativo.
Palavras-chaves: merchandising, clientes, ponto de venda, marketing
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ABSTRACT
This study of completion is to map how the merchandising is the key factor influencing the behavior of
consumers in the act of purchasing the product Coca-Cola in the small retail Litoral Norte, highlighting the importance of using techniques such as awareness-raising tool, persuasion and customer loyalty, and a powerful weapon capable of creating competitive advantage. The environment influences the
reaction of the customer, even if unconsciously, so it is necessary to establish effective communication, handling all the details for that approach at the time of the resources used to make the consumer feel comfortable, special and pushed by buy. At the realizes that some commercial
spots stand out in relation to others, they understand what it takes to create a positive experience to consumers, noting such factors as the width of the corridor, the height of the exhibitors, the identification of prime areas, pricing labels, the color, lighting and full range of features that customize
the point of sale, they are factors that determine the capture of a stimulus, making waves and winning the consumer's preference. The methodology for this research work was qualitative.
Keywords: merchandising, customer, point of sale, marketing
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Figura1: Modelo de satisfação...................................................................15
Figura 2: Diferença entre marketing e venda.............................................................16 Figura 3: Diagrama 4 Ps.............................................................................................17 Figura 4: Comportamento do consumidor..................................................................21
Figura 5: Display.........................................................................................................29 Figura 6 : Cartazes............................................................................... ......................30
Figura7: Gôndola........................................................................................................31 Figura 8: Ponto extra..................................................................................................32 Figura 9: Zona Quente ..............................................................................................33
Figura 10: Precificador.......................................................................... .................... 34 Figura 11: Ponta de gôndola......................................... .............................................35
Figura 12: Promoção................................................................ ..................................36 Figura 13: Letreiro e placas........................................................................................37 Figura 14: Embalagem ..............................................................................................38
Figura 15: Cartaz........................................................................................................38 Figura 16: Layout de supermercado pequeno.................................... .......................39
Figura 17: Protótipo de padaria e confeitaria.......................................... .................. 48 Figura 18: Protótipo de mini mercado........................................................................48 Figura 19: Protótipo de um bar................................................................. ..................49
Figura 20: Protótipo de uma lanchonete....................................................................50
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Pesquisa sobre decisão de compra..................................... ....................22
Gráfico 2: Gráfico de ações da Morza........................................................................44 Gráfico 3- Distribuição de questionários aplicados na pesquisa por sexo.................53 Gráfico4-Distribuição dos consumidores em local de residência...............................54
Gráfico5-Distribuição dos consumidores pela marca de preferência.........................55 Gráfico6-Distribuição do período de maior freqüência dos clientes...........................55
Gráfico7-Distribuição dos refrigerantes no PDV.........................................................56 Gráfico 8- Preocupação das empresas sobre a exposição no PDV..........................56 Gráfico 9 – Decisão no ato da compra.......................................................................56
Gráfico 10 –Motivos que levam o consumidor a comprar Refrigerante Negro.................................................................................................. ........................57
Gráfico 11- Influência das ferramentas de merchandising no ato da compra............57
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................12
1.1 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS..................................................14
2. MARKETING...................................................................................................15
2.1 VAREJO VERSUS ATACADO..... ............................................................18
2.2 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR.................................................20
3. MERCHANDISING .........................................................................................24
3.1 MERCHANDISING X PROMOÇÃO DE VENDAS.....................................26
3.2 FERRAMENTAS DO MERCHANDISING .................................................28
4. ESTUDO DE CASO........................................................................................40
4.1 HISTÓRIA DO REFRIGERANTE NEGRO................................................40
4.2 MORZA......................................................................................................43
4.3 PROGRAMA DE MARKETING DO REFRIGERANTE NEGRO NO
BRASIL............................................................................................................46
4.4 UNIMORZA................................................................................................47
4.5 PEQUENO VAREJO NO LITORAL NORTE..............................................50
4.6 PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR SOBRE O REFRIGERANTE
NEGRO........................................................................................ ....................51
4.7 ANÁLISE E RESULTADOS DA PESQUISA COM OS CLIENTES DO
PEQUENO VAREJO NO LITORAL NORTE..................................................53
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................59
REFERENCIAS...............................................................................................61
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INTRODUÇÃO
Atualmente para se conquistar o consumidor é importante que o varejista tenha
preocupação com a apresentação externa e interna da loja, assim como a exposição
de produtos, visando também estimular uma maior produtividade da área de venda.
Assim, as decisões dos varejistas estão vinculadas a outras ações que demonstram
o produto com maior visibilidade. Desta forma, oferece uma interessante fonte de
dados e informações, no que tange o segmento justificando a relevância das ações
de merchandising no ponto de venda.
No Brasil, há mais de quatro décadas o marketing vem sendo reconhecido como
área de suma importância no poder de influencia do comportamento dos
consumidores, isso porque desperta suas necessidades reprimidas e demonstra
como supri-las através de produtos e/ou serviços (NÓBREGA, 2008). Além disso,
envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais; o
marketing é um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a
entrega de valor para consumidores, bem como administrar o relacionamento entre
eles de modo que venha beneficiar a empresa e seu publico alvo. Porém, toda essa
ciência requer ferramentas para pô-las em práticas e uma delas é o merchandising.
Merchandising seria a ação que visa todo o processo de trazer os produtos para o
alcance de seu público- alvo por meio de uma eficaz distribuição e correta exibição
no ponto de venda (PDV) proporcionando informação e melhor visibilidade a
produtos, marcas ou serviços, com o propósito de motivar e influenciar as decisões
de compra dos consumidores(BLESSA,2003), garantindo, assim, a transformação
do ponto de venda numa fonte de prazer para os compradores e de lucros para a
empresa.
Pode-se entender que o uso correto do merchandising, pelo uso de cartazes que
despertem o interesse, que pode ser transmitido através das cores que atentem e
estimulem à mente dos compradores. De fato, a visão tem grande poder de
influência na compra dos consumidores porque o que é visto é desejado, mesmo se
não estão com a necessidade de adquirir aquele determinado produto, pois de forma
inconsciente o consumidor acaba efetuando a compra somente pela imagem do
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produto, isso se chama compra por impulso que é ocasionada por um forte estímulo
que leva ao consumo sem que tenha havido planejamento. O ato impulsivo é a
manifestação de um desejo inconsciente que faz com que seja realizada uma
compra palpável, mas totalmente emocional, em que o impulso antecede o
raciocínio lógico - olhou, pegou, comprou, no entanto também existe compra
planejada que é aquela em que o cliente já sabe o que pretende comprar. Este tipo
de compra é bastante racional e, desta forma, leva muito em consideração a
disponibilidade dos produtos, seus preços e condições de pagamento no qual está
inserido no merchandising.
Assim, o merchandising entra como parte fundamental de provocar nos
compradores essa experiência sensorial e emocional como forma de potencializar a
capacidade de venda do PDV e a vontade de compra dos consumidores. O que
torna essas ações algo viável em qualquer plano de marketing, principalmente no
ato da compra dos produtos Refrigerante Negro.
Em consonância com as discussões acerca de merchandising, este estudo tem
como foco a seguinte questão problema: Como as estratégias de merchandising
influenciam a venda de Refrigerante Negro no pequeno varejo do Litoral Norte?
A hipótese pressupõe que o merchandising é um fator fundamental para o processo
de decisão no ato da compra no pequeno varejo do Litoral Norte, no qual desperta
no cliente a compra por impulso já que suas decisões estão sendo tomadas no PDV.
Percebe-se então a importância de se conhecer os clientes e saber o que fazem
dentro de uma loja.
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo principal mapear como o
merchandising é fator de fundamental influência no comportamento dos
consumidores no ato de adquirir o produto Refrigerante Negro no pequeno varejo do
Litoral Norte.
Para tanto, seus objetivos específicos são: caracterizar os conceitos e as principais
técnicas de merchandising para o varejo; verificar o comportamento dos clientes no
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pequeno varejo através do merchandising; analisar o impacto do merchandising no
processo de decisão de compra do consumidor no pequeno varejo no Litoral Norte.
Diante do exposto, este trabalho justifica-se pelo motivo da vivência do autor junto
ao mercado de trabalho em constante contato com o varejo de bebidas, mas
especificamente dos produtos Refrigerante Negro, onde surgiu um grande interesse
em aprofundar-se teoricamente na área comercial, mais precisamente em vendas e
merchandising, mercado em que atua e obtém constante contato com profissionais
dessa área, se baseando na confirmação de que o merchandising tem poder
decisivo no ato da compra do produto Refrigerante Negro sobre os consumidores,
mesmo sem que eles tivessem planejado essa compra.
1.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
As pesquisas de caráter qualitativo foram utilizadas para que houvesse o exercício
efetivo deste trabalho e as determinadas formas foram as seguintes: levantamentos
bibliográficos, como leitura de livros e revistas como fichamento e análise dos
conceitos abordados, buscas na internet para leitura de textos e artigos. A pesquisa
empírica se dará através de análise de documentos, entrevista em profundidade
com os consumidores diretamente no PDV, onde eles também vão responder a um
questionário com perguntas objetivas, com uso de dados quali-quantitativas.
A entrevista foi elaborada com questões objetivas, num total de cinco perguntas
claras de fácil raciocínio. Assim, o entrevistado compreende melhor o objetivo do
trabalho.
Feita a coleta de dados, será utilizada a análise dos documentos possibilitando a
confrontação das abordagens teóricas com a prática percebida através da análise de
documentos do arquivo Refrigerante Negro e entrevistas, assim como a observância
participante com possíveis descobertas que podem ajudar a compreender o sucesso
desta organização em estudo.
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2 MARKETING
Em 1960, o marketing foi definido como o desempenho das atividades de negócios
que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor, no entanto com o
mundo dos negócios cada vez mais desenvolvidos gerou a necessidade de ampliar
e melhorar este conceito e para Kotler (2006) o marketing envolve a identificação e a
satisfação das necessidades humanas e sociais; é um conjunto de processos que
envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para clientes, bem como
administração do relacionamento com eles de modo que beneficie a organização e
seu publico interessado. O conceito contemporâneo de Marketing engloba a
construção de um satisfatório relacionamento a longo prazo, o qual indivíduos e
grupos obtêm aquilo que desejam e necessitam. O marketing se originou para
atender as necessidades de mercado, mas não está limitado aos bens de consumo.
No entanto, satisfazer as necessidades dos clientes em uma sociedade globalizada
não é tarefa fácil, afinal há uma grande diversidade de valores, culturas, informações
e recursos, sendo necessário analisar cuidadosamente a melhor maneira de
introdução no comércio, e adequar produtos globais a mercados locais, usando
todos os recursos e talentos para criar formas atrativas de atender às demandas e
aos desejos dos clientes (COBRA, 2000).
Figura1: Modelo de satisfação Fonte: CROCCO(2006)
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É também amplamente usado para "vender" idéias e programas sociais. Técnicas de
marketing são aplicadas em todos os sistemas políticos e em muitos aspectos da
vida, entre elas são: propaganda, merchandising, pesquisa de mercado, publicidade,
vitrine, logotipo e etc.
Na verdade, conceito de venda, no passado, visualizar o lucro através da venda e
esta utilizava como meio uma integração entre venda e promoção, e o foco era o
produto. Hoje o foco é a necessidade do cliente, o meio é o marketing integrado e o
fim é a obtenção do lucro com a satisfação do cliente. Dessa maneira, o meio não é
a venda em si, mas o marketing dentro da venda com a finalidade de satisfazer o
cliente.
Figura 2: Diferença entre marketing e venda Fonte: KOTLER(2005)
Diferença entre marketing e vendas é mais que semântica. Venda se concentram
nas necessidades do vendedor, marketing naquelas do comprador. Vendas se
preocupam com a necessidade do vendedor de converter seu produto em dinheiro,
marketing com a idéia de satisfazer por meio do produto e de todo o conjunto de
coisas associadas a sua criação, entrega e consumo final. (LEVI, 1991)
Uma vez estabelecido o que vender e para quem vender é preciso definir como
vender, e assim, administrar o composto mercadológico de uma empresa. É de
extrema relevância descrever uma das importantes ferramentas do marketing que é
o composto de marketing que nada mais é que o conjunto de ferramentas de
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marketing que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de marketing no
mercado–alvo: os 4 Ps. McCarthy classificou essas ferramentas em quatro grupos
amplos (abordagem sistêmica) que denominou os 4 Ps do marketing: Produto, Preço,
Ponto de venda (Distribuição), Promoção.(COBRA,2000)
Interação entre as ferramentas
Figura 3: Diagrama 4 Ps
Fonte: www.portaldoadministrador.com.br
• Produto – um produto ou serviço é dito certo ao consumidor quando
atende às necessidades e desejos dos seus consumidores-alvos.
• Ponto de venda – O produto ou serviço só tem utilidade se posicionado
junto ao seu mercado consumidor.
• Preço - O produto certo, no ponto certo, e deve transferir a posse no preço
certo.
• Promoção – O composto promocional do produto ou serviço compreende
a publicidade, as relações públicas, a promoção.
Assim, outra ferramenta de marketing de suma importância é o merchandising que
sua definição será definida no item 3 deste capítulo.
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2.1 VAREJO VERSUS ATACADO
A Associação Americana de Marketing define varejo como uma unidade de negócio
que compra mercadorias de fabricantes, atacadistas e vende diretamente a
consumidores finais e eventualmente a outros consumidores, já o atacado como
uma unidade de negócio que compra, revende mercadorias para varejistas e outros
distribuidores e/ou para consumidores industriais, mas que não vendem a
consumidores finais. (COBRA, 2000).
Os varejistas são ao mesmo tempo a fonte de energia de seus fornecedores e o
agente de compra para seus clientes, em que buscam saciar seus desejos e
necessidade.
O varejo é como canal de distribuição que desempenha o papel muito importante no
marketing. As decisões estratégicas de produto, comunicação e preço dependem
em última instância do varejo. A mudança de estratégia do varejo afeta o composto
de marketing. Isso se pode constatar pela mudança de direcionamento que pode
ocorrer na estratégia do fabricante, no tocante à embalagens, marca, promoção na
embalagem, intensidade de propaganda, preço do produto e serviço relativo ao
produto.
Marketing de varejo tem como prioridade o relacionamento estratégico entre o fornecedor e os pontos-de-venda, criando ainda uma ligação entre as
áreas de marketing e vendas – dentro da própria empresa. É uma atividade integrada que tem como objetivo planejar os canais de venda e os clientes-chave (key accounts), melhorando o posicionamento no varejo e garantindo
a atuação da marca junto aos consumidores. (BLESSA, 2006).
Apesar do varejo apresentar estudos bem aprofundados o feeling do empreendedor
é que determinará o sucesso do negócio como sugere (BORGES 2001).
O varejista, por manter esse contato mais direto com o mercado consumidor, tem o
compromisso de captar informações junto aos clientes, bem como identificar seu
comportamento de compra e tendências; decodificar e enviar informações aos
fornecedores, para que os produtos estejam sempre adequados ao uso e à
satisfação do cliente, além de sugerir novos produtos e serviços.
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Segundo Parente (2009) o varejo: “Quando se fala em varejo, logo surge na mente a
imagem de uma loja; porém, as atividades varejistas podem ser realizadas também
pelo telefone, pelo correio, pela internet, e também na casa do consumidor”.
Entretanto, a idéia de varejo não se restringe só ao ambiente de loja e sim em
diversos lugares citados pelo autor acima como característica principal a venda
direta a consumidores finais; destacando a venda por meio da internet conhecida
como varejo virtual com diferencial de comodidade para os consumidores.
Na aplicação de conceito de marketing no varejo é a identificação de desejos e
necessidade do mercado-alvo. O varejista precisa concentrar a atenção na
descoberta do que o consumidor deseja ou necessita, pois, satisfazendo a essas
necessidades, ele poderá realizar seus objetivos de lucros. Uma das ferramentas
mais utilizadas para “prender” a atenção dos clientes é o merchandising, pois está
responsável pela organização e layout do varejo, ou seja, pelo visual do arranjo
físico, planejamento, organização, comunicação e controle do negócio.
Grande maioria do comércio varejista no Brasil é constiuida por pequenas lojas, ou
seja pequeno varejo, com reduzido negocio dirigido geralmente por um ou dois
donos de onde as famílias trabalham neste pequeno comércio encontram-se bazar,
armarinhos, bar, mercearias, farmácias.
Para Kotler (2000), o atacado inclui todas as atividades envolvidas na venda de bens
ou serviços para aqueles que compram para revenda ou uso industrial. Exclui os
fabricantes e agropecuaristas, por estarem basicamente envolvidos na produção, e
os varejistas.
De acordo com Evans e Berman, (1995), a função atacadista engloba a compra e/ou
entrega de bens e serviços, e sua subseqüente revenda para usuários
organizacionais, varejo, e/ou outros atacadistas, mas não vendas em volume
significante para o consumidor final.
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Segundo Cobra (1997) há três estratégias principais de atacadistas baseados em
atividades e serviços oferecidos:
1. Atacadistas de serviço completo: o que oferece todos os serviços
normalmente atribuídos a um atacadista: venda, compra variedades de
produtos disponíveis. Exemplo: atacadistas comerciais e distribuidores
industriais.
2. Atacadista de serviço limitado: esse tipo de atacadistas elimina muitas das
funções de vendas, transporte e financiamento através do crédito ao cliente,
como seja: ele não visita o cliente, mas o cliente é que vai até sua loja, pagar
a vista e retirar a mercadoria por conta própria. Exemplo: atacadistas pegue e
leve, atacadistas volantes, atacadistas intermediários, abastecedores.
3. Atacadista que presta serviços especiais: o tipo de atacadista que monta
displays para a venda do produto na loja do cliente, faz venda em
consignação, isto é o cliente só paga à medida que ele vende a mercadoria.
A diferença entre as modalidades é bem simples nas vendas ao atacado são as
vendas feitas para pessoas jurídicas, geralmente em grande quantidade, com
valores menores porque serão revendidas, e este um dos motivos de serem feitas
em maior volume, já no caso do varejo é o comércio normal que se conhece. Os
atacadistas tendem a cobrir uma área geográfica mais extensa do que os varejistas.
Muitos atacadistas em regiões brasileiras onde os custos de distribuições afugentam
o pequeno e médio fabricantes. Há exceções à regra, mas a maioria dos varejistas
cobre áreas geograficamente menores em que pese o incremento de vendas por
mala- postal e por telefone (COBRA, 1997).
2.2 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Para tratar de Merchandising é fundamental comentar sobre comportamento do
consumidor que é definido como atividades com que as pessoas se ocupam quando
obtém, consomem e dispõe de produtos e serviços ( ENGEL 2005). Simplesmente
falando o comportamento do consumidor é tradicionalmente pensado como o estudo
de qual o motivo que levam as pessoas a comprar? Sob a premissa de que é mais
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fácil desenvolver estratégias para influenciar os consumidores depois que
entendemos porque as pessoas compram certos produtos ou marcas.
O processo de decisão de compra é influenciado por muitos fatores motivações
internas, principalmente pelas atividades do marketing. Existem elementos que
influenciam a tomada de decisão de compra do consumidor: diferenças individuais
são características próprias do individuo, tais como, conhecimento, atitude,
motivação, valores e estilo de vida; influências ambientais estão inseridas no
contexto em que os indivíduos vivem como a cultura, família e classe social;
processos psicológicos, como aprendizagem, mudança de atitude, e comportamento
também influenciam sua tomada de decisão.
A figura 4 abaixo ilustra quais são as influências sobre o consumidor e seus
impactos.
Figura 4: Comportamento do consumidor
Fonte: ENGEL (2005)
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Como já foi dito, comportamento do consumidor está vinculado no saber o que
levam as pessoas a comprar, assim, existem dois modos de compra a compra por
impulso e compra planejada.
A primeira é uma ação não planejada, estimulada pela ocasião disparada pela vitrine
ou merchandising no ponto-de-venda, é caracterizada por um desejo repentino e
agir, ausentando a preocupação pelas conseqüências (ENGEL,2005). Para
incentivar a compra por impulso, muito importante no varejo de auto-serviço, as
empresas devem investir em técnicas de exposição e promoção de produtos na loja,
bem como cuidar de todo "visual" interno e externo do estabelecimento. O conjunto
de técnicas, que visam tornar a venda mais fácil e agradável, é chamado de
Merchandising. Este busca os caminhos práticos para incentivar a compra por
impulso, que pode ser a correta escolha do produto que deve ser colocado numa
ponta de gôndola, ou até mesmo a iluminação da vitrine da farmácia. Vitrines torna
um processo de compra mais prazeroso e diminui a discriminação entre os produtos
pelo comprador, aumentando as chances de compra
A compra por impulso é um processo decisório não planejado é extremamente rápido pode ser a quebra de um padrão habitual, pode ocorrer em função do consumidor ter se recordado de uma necessidade ,
de ter se admirado com uma oferta (BLESSA, 2009).
A compra planejada é aquela onde o consumidor prepara, antecipadamente, uma
lista dos produtos a serem adquiridos na loja. Esta por sua vez, faz parte do
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comportamento esperado, dentro da rotina, este tipo de compra é bastante raciona,
buscando atender as necessidades em sua ordem de relevância. O consumidor de
acordo Rook (1997) sente-se fora do controle quando comprando por impulso do
que munido de uma lista de itens previamente planejados.Também pode-se levar
muito em consideração a disponibilidade dos produtos, seus preços e condições de
pagamento. Para não perdê-la, deve cuidar para que a variedade de produtos, no
estoque, esteja ajustada à demanda, e que os preços estejam próximos dos
praticados pela concorrência, pois, na maior parte das vezes, ele será pesquisado.
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3 MERCHANDISING
Em diversas ocasiões o merchandising é confundido com a promoção de vendas, ou
como sinônimo de material de ponto-de-venda, porém segundo Cobra (2000) o
merchandising compreende um conjunto de operações táticas efetuadas no ponto-
de-venda para colocar no mercado o produto ou serviço no lugar certo, na
quantidade certa, no preço certo, no tempo certo, com o impacto visual adequado e
na exposição correta.
Merchandising é uma ferramenta de Marketing usada a partir da necessidade de
vender o produto por si só quando não existe o elemento do vendedor (ex:
supermercados, lojas de departamentos, etc). Merchandising é a prática de
marketing na qual a marca ou a imagem de um produto ou serviço é utilizada para
vender outro, destacando-o da concorrência, isto acontecendo no ponto de venda
(COBRA, 2000).
O merchandising e suas técnicas ganham cada vez mais espaço nos planos de
comunicação das empresas. Isso se deve ao fato de que no varejo uma propaganda
bem feita, com anúncios e comercias bem produzidos e posicionados não garantem
efetivamente o resultado em vendas, por esta razão às empresas se voltaram para
novas possibilidades de investimento em merchandising no ponto-de-venda para
garantir que todo seu esforço de meses em planejamento e divulgação não seja
perdido naqueles segundos finais que o cliente leva para decidir se comprará seu
produto ou o do concorrente (BLESSA, 2003)
O momento da compra já foi considerado o único passo do consumo. Todavia, antes
de comprar, existem momentos importantes que determinam o que esperamos, para
que esperamos, o que selecionamos como possível de satisfazer essas expectativas
e como validamos a compra e o consumo. A compra, portanto, pode e deve ser
entendida como mais um passo e não como o único passo do consumo
(GIGLIO,2004).
A relação consumidor e o ponto de venda é ajudada pelo processo psicológico de
compra, mediante a exposição dos produtos, a informação através de cartazes, a
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embalagem, ou seja, a intensidade de estímulos à compra para despertar um
interesse crescente no consumidor, em sua trajetória pela loja, entre outros fatores
que compõem na verdade o merchandising (FERRACCIU, 1997).
O ponto de venda deve ser "trabalhado" para atender a demanda do seu público
alvo, sendo assim, fatores como a localização do PDV, o layout, a seleção de
mercadorias, a divulgação interna e externa, a exposição de produtos, inclusive o
vitrinismo, as demonstrações e ofertas diretas ao consumidor, operações de
crediários e os serviços à clientela são exigências para o bom desempenho
comercial de um estabelecimento (MIRANDA,1997).
De acordo com Parente (2000, p.293) as decisões sobre a apresentação dos
Produtos, plano,gramas, comunicação visual e sinalização devem despertar o
interesse do consumidor e incentivá-lo a percorrer os vários estágios do processo de
compra. Desta forma, torna-se imprescindível o conhecimento das formas de
aplicação das técnicas de merchandising como instrumento potencializador do
processo de compra.
Neste caso, pode-se citar a importância das cores, pois a cor é mais que um
elemento de decoração, ela interfere no modo como o cliente "enxerga" o
estabelecimento, hierarquiza as informações e pode induzir a determinados
comportamentos. (FERRACCIU, 1997). Outro aspecto importante é a arrumação da
vitrine, pois sabe-se que ela é o início da venda estimulando ou não o cliente dirigir-
se ao interior do estabelecimento, ou para o PDV específico e sua boa localização.
Verifica-se que o merchandising como uma estratégia de comunicação
mercadológica tem como objetivos de marketing: Vender mais e melhor; Incrementar
o número de consumidores; Reduzir custos, (ZENONE, 2005). Ou seja, para que um
merchandising obtenha um bom resultados ele deverá ser capaz de aumentar as
vendas em curto prazo, por meio da boa exposição da marca e produtos; ampliar o
número de consumidores. Um merchandising eficiente atrai todos de forma
constante (ZENONE, 2005) e reduzir os principais custos de um ponto-de-venda
(ZENONE, 2005). Além disso, a criatividade, a abordagem e os materiais de apoio
(FERRACCIÚ, 2002) como cartazes, bandeirolas, banners, displays, etc deverão
homogeneizar a comunicação da campanha promocional. Para Blessa (2003) o
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merchandising deve criar uma atmosfera de compra que estimule o consumidor à
compra.
O verdadeiro merchandising funciona como apoio e reforço à comunicação
mercadológica de um produto, aproximando-o do consumidor e aumentando a sua
capacidade de giro. Os materiais mais utilizados são: faixa de gôndola, display ilha,
cartazes, gargantilha, luminosos. Sabe- se que também existe merchandising fora
do ponto de venda para provocar o impulso da compra, lembrando a marca e
reforçando a imagem do produto e da empresa e os materiais que facilitam esta
técnica são: faixa de rua, adesivos, brindes, placas.
Apesar de existirem e terem sido explorados vários tipos de materiais, sempre
haverá possibilidade de criação de algo novo e atraente nesse campo, aumentando
o efeito do trabalho o ponto-de-venda.
Levando-se em conta o que foi observado, o merchandising é uma importante
técnica de comunicação, mas para dar resultado deverá ser planejado com rigor
estratégico. Todas as suas técnicas deverão ser trabalhadas de forma a causar
impacto no ato de decisão de compra do consumidor, ou seja, no ponto-de-venda. É
no ponto-de-venda que todo o esforço de comunicação faz sentido ou não.
3.1 MERCHANDISING X PROMOÇÃO DE VENDAS
O Merchandising e a Promoção de vendas não são temas novos e já figuravam nos
livros de Administração e Marketing.como citado por Kotler
Os efeitos das promoções de vendas são geralmente mais mediatos e mensuráveis do que os da propaganda. No entanto, há pouca pesquisa e
construção de modelos de decisão destinados a ela. (KOTLER, 1998).
Segundo Ferraciu (1997) a promoção de Vendas define-se por si própria: é uma
técnica de promover vendas. Promover implica fomentar, ser a causa, dar impulso,
fazer avançar, provocar, diligenciar, desenvolver, originar, favorecer etc. A promoção
de vendas prepara o caminho da execução das vendas, dando impulso a elas.
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Uma das finalidades de promoção de vendas é atrair os consumidores que estão
dispostos a conhecer e experimentar outros produtos e serviços. O maior foco da
promoção de vendas não é o consumidor que frequentemente adquire determinado
produto ou serviço, mas sim aquele consumidor que está disposto a conhecer outros
produtos e serviços que estão sendo oferecidos.
Esta ferramenta ganhou força dentro das organizações e Las Casas (2000) comenta
que uma das ferramentas mercadológicas mais importantes à disposição dos
varejistas é a promoção e em varejo no Brasil onde Parente (2000) faz uma
comparação dizendo que enquanto na propaganda o consumidor recebe uma
informação, na promoção de vendas o varejista oferece um real benefício ao
consumidor. Logo, o merchandising também ganhou destaque como fator essencial
de decisão de compra de acordo com Blessa (2001), além de ajudar no
posicionamento e na exposição de produtos, os materiais de PDV são a principal
arma de uma campanha de propaganda para complementar o desejo e a intenção
de compra criada por sua divulgação.
A promoção de vendas e o merchandising, ferramentas que compõe o Marketing
Promocional são duas estratégias de Marketing e Comunicação, de grande efeito no
processo de persuasão e de estímulo à venda e à compra de produtos ou serviços.
Durante longo tempo elas foram vistas como instrumentos mercadológicos aplicados
somente para induzir o consumidor à aquisição do produto. Com a evolução do
planejamento e seu aprofundamento nas causas e na busca de soluções para as
necessidades dos produtos e empresas passou-se a entender e a aceitar que estas
estratégias oferecem características próprias mais abrangentes, mais eficientes e de
várias possibilidades de aplicação em todo o marketing.
Essas duas ações são de fundamental importância tanto para o fabricante quanto
para o varejista, elas ajudam na rotatividade dos produtos e impulsionam as vendas
nos PDVs, mas é importante ressaltar que o merchandising diferencia-se de
promoção de vendas, a promoção é feita por tempo determinado enquanto o
merchandising é constante, Blessa complementa a seguir:
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Muitas das chamadas promoções de vendas, que são feitas no varejo
(PDVs) e visam aumentar a rotatividade dos estoques, criam confusão entre as duas atividades. Precisamos entender que o merchandising está acima da promoção de vendas e usa-a como meio para efetivar sua ação. O
merchandising tanto pode usar a propaganda (quanto divulga ofertas na mídia) como a promoção de vendas (quanto se utiliza de preços baixos ou brindes) para ampliação de sua estratégia. (BLESSA, 2000).
Atualmente, a alta gerência está mais aberta a ver a promoção como ferramenta
eficaz de vendas, um número maior de gerentes de produto está qualificado para
utilizar esse tipo de ferramenta e esses gerentes são mais pressionados a aumentar
as vendas. Além disso, o número de marcas aumentou; os concorrentes adotam
promoções com freqüência; muitas marcas são consideradas similares; os
consumidores estão mais orientados pelo preço; o comércio exige mais promoções
dos fabricantes, e a eficiência da propaganda declinou devido ao alto custo, à
saturação da comunicação e as restrições legais (KOTLER e KELLER, 2006).
Assim sendo, pode-se afirmar que a promoção de vendas e o merchandising
passaram de meros instrumentos de emergência e de ferramentas de menor
importância no contexto de marketing para serem considerados como um conjunto
de atividades mercadológicas que podem proporcionar excelentes resultados para a
empresa e os produtos.
3.2 FERRAMENTAS DO MERCHANDISING
Muitos anos se passaram até que os primeiros supermercados começassem a
aparecer. O merchandising era então feito para dar destaque a todas as
mercadorias, e isso começava a partir do layout da loja, seus corredores e
prateleiras, até a disposição dos produtos e sua promoção.
Hoje o merchandising é algo muito mais completo, que procura acompanhar todo o
ciclo de vida de um produto, desde a adequação de sua imagem para os pontos-de-
venda até o acompanhamento de sua performance diante de seus consumidores.
Hoje o merchandising no ponto-de-venda é considerado a “mídia” mais rápida e
eficaz, pois é a única em que a mensagem conta com os “três elementos chaves”
para concretização de uma venda: O consumidor, o produto, e o dinheiro.
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O merchandising dentro do ponto de venda é uma ferramenta que faz uso de
técnicas ações ou materiais promocionais com o objetivo de fornecer maiores
informações sobre o produto assim como melhor visibilidade motivando e
influenciando os consumidores na decisão de compra (BLESSA, 2009). Algumas
técnicas são bastante conhecidas como:
• Propaganda : A propaganda pode ser definida como a manipulação planejada
da comunicação, que visa, pela persuasão, promover comportamentos em
benefício do anunciante que a utiliza. Segundo Blessa (2006), a propaganda é a
divulgação de um produto ou serviço com o objetivo de informar e despertar
interesse de compra nos consumidores.
• Displays : maximiza o potencial de venda de um produto, é um dispositivo para
a apresentação de informação, de modo visual ou tátil, adquirida, armazenada ou
transmitida sob várias formas e para isso deve : Despertar a atenção, o interesse,
o desejo e a ação do consumidor; ser bem produzido: ilustrações, fotos e textos;
ser objetivo e sintético;utilizar pouco espaço e o objetivo principal é provocar o
impulso de compra e atrair tráfego adicional. Ver figura 5
Figura 5: Display Fonte: (Elaboração própria), Praça Arembepe
http://pt.wikipedia.org/wiki/Informa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Informa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Visualhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Visualhttp://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%A1pticohttp://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%A1ptico
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• Publicidade: Conforme Blessa (2006) publicidade é a atividade para
promover uma empresa, marca os seus produtos, pela inserção de notícias
gratuitas na mídia. Envolve um investimento bem menor do que o da
propaganda, e trata-se de matérias de divulgação feitas por ações de
relações públicas ou acessória de imprensa.
• Cartazes: é um suporte, normalmente em papel, afixado de forma que seja
visível em locais públicos. Sua função principal é a de divulgar informação
visualmente. Ele pode conter valores de preço e divulgar uma promoção,
para maior entendimento tem que ser claro, legível e simples. Ver figura 6.
Figura 6 : Cartazes Fonte: (Elaboração própria), Mercado Souza
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Papelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Informa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Informa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Visualhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Visual
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• Gôndolas: A gôndola (prateleira) é uma das principais peças de
demonstração e disponibilizarão dos produtos no Ponto-de-Venda. As
diferentes posições na gôndola têm impactos diversos no impulso de venda.
A posição central e que está na altura dos olhos é a parte mais nobre da
gôndola. Ou seja, os produtos que estiverem posicionados nas prateleiras
dentro deste campo de visão serão aqueles que serão percebidos primeiro
pelos consumidores. Ver figura 7
Figura7: Gôndola
Fonte: ( Elaboração própria), Mercado Souza
• Ponto extra (exposição): Tipo de exposição com alto volume de produtos
com uma disposição que permite o acesso dos consumidores por todos os
lados.Geralmente esta localizada em áreas com grande fluxo de clientes.
Ver figura 8.
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Figura 8: Ponto extra Fonte: (Elaboração própria), Mercado Souza
• Degustação: permite ao usuário ter uma experiência sensorial com o
produto e pode ser usado para apresentar o produto em ação orientar o
consumidor nas formas de uso, destacar a embalagem, levar o
consumidor até a gôndula.
• Zona quente: local onde o tráfego de pessoas é mais intenso, ou seja
elas transitam por mais de duas vezes. Exemplo: padaria, açougue e
hortifruti. Ver figura 9
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Figura 9: Zona Quente Fonte: (Elaboração própria), Mercado Souza
• Precificador: material onde o preço é exposto com maior visibilidade. Item
muito importante para o consumidor na hora da compra, é comum o
consumidor não levar um produto por não ter etiqueta de preço, pois ele
perde o impulso, ou pensa que pode ser muito caro, reconsiderando se
deve comprar ou não. Ver figura 10.
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Figura 10: Precificador Fonte: (Elaboração própria)
• Preço: É importante que o item preço seja adequadamente informado ao
consumidor, pois é ele que pode decidir a compra, o maior fator
estimulador de compras por impulso é a oferta de preço. É comum o
consumidor não levar um produto por não ter etiqueta de preço, pois,
durante esses segundos de dúvida, ele, ou perde o impulso, ou pensa que
pode ser muito caro, reconsiderando se deve ou não comprar. Se o preço
apresenta vantagem e benefício, deve ser apresentados com grandes
números para atrair os procuradores de ofertas. Se estiver acima da
concorrência, anuncie-o discretamente.Nada atrai mais que uma placa
com bom preço promocional.
• Ponta de Gôndola: local onde são expostos o produto geralmente na
entrada do corredor para obter maior destaque. A ponta de gôndola é o
lugar mais cobiçado para expor um produto ou uma linha de produtos da
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mesma empresa. No Brasil, ela já é sinônima de promoção e preço baixo.
A maioria dos consumidores já entende que comprar o que está na ponta
da gôndola é vantajoso (mesmo que realmente não seja). Por isso é que
estes espaços são geralmente alugados pelas lojas. Ver figura 11.
Figura 11: Ponta de gôndola Fonte: (Elaboração própria), Mercado Souza
• Promoção: É qualquer esforço feito para comunicar e promover empresas ou
produtos, sem utilizar mídia convencional. Tem uma abrangência muito
grande, podendo ser uma ação ou um conjunto de ações amparadas em uma
mensagem objetiva de comunicação, ou um evento simples, como um
patrocínio de um campeonato esportivo. Ver figura 12.
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Figura 12: Promoção Fonte: (Elaboração própria), Mercado Souza
• Comunicação: A comunicação visual de um PDV inclui: letreiros indicativos,
placas decorativas, banners com fotos de produtos, pôsters com fotos de
pessoas, decorações sazonais (balões, coelhos de páscoa, papai Noel,
namorados), identidade visual da loja, etc. Com o propósito principal de uma
sinalização é chamar a atenção e informar, ela deve ser fácil e rápida de
compreender, ter poucas palavras, letras simples e grandes. Ver figura 13.
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Figura 13: Letreiro e placas
Fonte: (Elaboração própria), Lanchonete em Jauá
• Embalagem : A embalagem tem a mágica função de chamar a atenção do
consumidor. Numa embalagem, a cor é o fator que, em primeiro lugar, atinge
o olhar. Portanto, é para ela que devem dirigir-se os primeiros cuidados,
principalmente se considerar as ligações emotivas que isto envolve e seu
grande poder sugestivo e persuasivo. A presença da cor na embalagem
representa um valor indiscutível. Ver figura 14.
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Figura 14: Embalagem Fonte: (Elaboração própria), Mercado Souza
• Faixas: é uma opção barata de divulgação, atinge um grande público e
podem ser feita em vários tamanhos, modelos e cores. Geralmente é
exposta na parte externa do PDV. Ver figura 15
Figura 15: Cartaz Fonte: (Elaboração própria), Mercado Souza
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• Layout da Loja: Segundo Blessa (2006), um layout de uma loja é uma
planta baixa com a localização dos equipamentos (gôndolas, check out,
seções, etc.) necessários para o planejamento de seu bom funcionamento
e de circulação de público. Ver figura 16.
GÔNDOLAS
ENTRADA
CAIXAS AREAS DE CIRCULAÇÃO BALCÃO
FIGURA 16: Layout de supermercado pequeno FONTE: BLESSA (2006)
Apesar do que foi ilustrado neste capítulo, para entender melhor o impacto que
merchandising da Refrigerante Negro faz no pequeno varejo do Litoral Norte, irá ser
apresentado no item 4 deste trabalho, o estudo caso.
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4. ESTUDO DE CASO
Iniciando este estudo de caso, que se concentra na elucidação da importância do
merchandising utilizado pela empresa multinacional Refrigerante Negro no pequeno
varejo do Litoral Norte apresenta a importância e a influencia da marca, um breve
histórico da empresa e sua representante no Nordeste brasileiro, como se encontra
o pequeno varejo no Litoral Norte, a percepção do consumidor perante o
merchandising utilizado pela Refrigerante Negro e a análise dos resultados da
pesquisa que foi feita em cidades do Litoral Norte para avaliar tal percepção que foi
construída de forma descritiva e exploratória.
4.1 HISTÓRIA DO REFRIGERANTE NEGRO
Boa parte dos dados deste tópico foi adicionado de sites e também através de uma
cartilha fornecida pela Morza, representante da Refrigerante Negro em Salvador.
Em maio de 1886 o farmacêutico John Pemberto produzia pela primeira vez, no
quintal da sua casa,em Atlanta, um preparo especial para a fabricação do
Refrigerante Negro, um concentrado que ficou conhecido como 7x.
O contador e sócio da firma do farmacêutico Dr Pemberton, chamado Frank M.
Robinson sugeriu o nome ao produto e desenhou a palavra Refrigerante Negro na
caligrafia de letras onduladas. O Refrigerante Negro criada em Atlanta leva mais de
meio século para chegar ao Brasil. Sua entrada no país é histórica: chega em 1942,
em um esforço de guerra determinado por Robert Woodruff, presidente do
Refrigerante Negro Company na época. Durante a II Guerra Mundial, ele assegurou
aos soldados norte-americanos que, onde quer que estivessem, poderiam tomar um
Refrigerante Negro gelado pelo mesmo preço - 5 cents - e com o mesmo sabor
inigualável. Foi assim que o Refrigerante Negro desembarcou em Recife-PE que,
junto com Natal-RN, formaram o "Corredor da Vitória", uma parada obrigatória de
todos os navios que rumavam para a Europa em guerra. Para matar a sede e a
saudades dos pracinhas, o refrigerante é produzido inicialmente pela Fábrica de
Água Mineral Santa Clara, em Recife, até serem instaladas mini fábricas naquela
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cidade e em Natal. Na realidade, as mini fábricas são apenas kits com os
equipamentos básicos para a produção do refrigerante. A primeira fábrica brasileira
de verdade, foi instalada na então capital, Rio de Janeiro, no bairro de São
Cristóvão, o pólo industrial da cidade naquela ocasião. Em 1943, a Refrigerante
Negro Brasil abre em São Paulo sua primeira filial no país. A experiência do Rio é
um sucesso e vale a pena ser levada para outros mercados brasileiros. Em 1945 é
inaugurada a segunda fábrica carioca, também em São Cristóvão, mas com uma
novidade: uma máquina Liquid 40, capaz de produzir 150 garrafas por minuto, além
de uma lavadeira. Nesse mesmo ano, a empresa inicia no país o sistema de
franquia, que já é sucesso nos Estados Unidos desde o início do século e a primeira
licenciada a produzir o refrigerante é a fábrica sediada em Porto Alegre. É o primeiro
passo para a formação do Sistema Refrigerante Negro Brasil, que vai se espalhar de
Norte a Sul.
Entre 1946 a 1950, com o Refrigerante Negro, pouco a pouco os brasileiros
adquirem o hábito de tomar bebidas geladas. O que era um tabu até então, pois se
acreditava que alimentos ou bebidas gelados atacavam a garganta e provocavam
gripe. O escritor Guilherme Figueiredo, publicitário da McCann Erikson na época,
cria um dos primeiros slogans brasileiro para a marca: Refrigerante Negro
borbulhante, refrescante, 10 tostões. É ele quem produz, sempre que possível
pessoas ilustres bebendo o refrigerante diretamente no gargalo - outra inovação de
hábitos - considerado um ato mal-educado ou coisa de cowboy em filme americano.
"Para o Refrigerante Negro, era melhor ser consumida assim, do que em copos mal
lavados que interfeririam no seu sabor", relembra o ex-publicitário, que se tornou um
homem das letras. A empresa passa a fazer um trabalho junto aos bares,
provocando uma mudança nos hábitos higiênicos desses estabelecimentos. O
sistema de franquia ganha novas empresas. Em 1947 instala-se no país a Liquid
Carbonic, empresa que produz o CO2 - gás carbônico - essencial para a confecção
do Refrigerante Negro, que passa a exercer um controle de qualidade cada vez mais
rígido. O concentrado vem dos EUA e o xarope é produzido no Rio de Janeiro. O
Refrigerante Negro em 1948 fazia seu primeiro patrocínio, de um programa de rádio,
com este sucesso a publicidade investiu nos outdoors. Nesta época no início da
década de 50, foi criado o slogan “Isto faz bem”, tema do Refrigerante Negro por
vários anos.
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As ousadas propagandas e técnicas de venda acabam vitoriosas, fazendo com que,
a cada dia, um número maior de consumidores se renda à bebida escura, mais
gasosa e de sabor difícil de ser definido, apresentada numa embalagem única - a
contour - peculiar por seu design de curvas sinuosas.
No entanto, Refrigerante Negro não era um produto apenas dos jovens e sim, de
toda a família principalmente depois da empresa montar o sistema de entrega à
domicilio , agradando dessa forma a dona de casa. À medida que conquistava maior
número de consumidores aderia a outros importantes movimentos culturais do país.
Não poderia ficar de fora, por exemplo, o Carnaval, mesmo na época em que a festa
não possuía o glamour e a proporção dos dias de hoje.
No final da década de 60, o país já conta com mais de 20 fábricas de Refrigerante
Negro, que num esforço extraordinário abastecem todo o território nacional. Os anos
70 chegam com uma grande inovação: as máquinas post-mix oferecendo ao
consumidor diretamente nos copos.
Em 1981, lança o refrigerante em lata, a primeira de uma série de iniciativas
pioneiras da companhia no país. O verão de 1984 ganha um toque de magia com o
Refrigerante sabor limão, que se tornaria o terceiro refrigerante mais consumido do
mundo no final do milênio. Em 1988, a empresa inunda o mercado brasileiro com
várias novidades. Primeiro, as embalagens one way. Depois, a tampa de rosca, que
permite guardar os refrigerantes deitados na geladeira. Uma vantagem
aparentemente pequena, mas que, na verdade, abriu espaço para o lançamento de
outras embalagens maiores, que dificilmente poderiam ser acondicionadas em pé
nos refrigeradores convencionais. No final dos anos 80, o Sistema Refrigerante
Negro já tem 36 franqueados no País. E as iniciativas da Divisão Brasil vão muito
além das atividades empresariais: multiplicam-se também em projetos sociais,
culturais e esportivos, além de uma série de ações na área ambiental.
Os anos 90 são marcados por uma atuação cada vez mais incisiva do Refrigerante
Negro Brasil em projetos sociais, culturais, esportivos e ambientais, além de
promover eventos que vão ficar para sempre na memória do consumidor brasileiro:
uma estratégia campeã no mercado. Em 1992, Refrigerante Negro foi novamente
pioneira ao lançar no Brasil, as machines ou máquinas de vender refrigerantes em
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43
lata no sistema de fichas. Em julho de 1995, as machines passaram a aceitar
diretamente notas de R$1,00 no momento em que o plano real pregava a
estabilização da moeda.
A partir de 2002, ao publicar o Relatório de Responsabilidade Social do Sistema
Refrigerante Negro Brasil, a empresa torna transparente a abrangência a atuação do
Sistema Refrigerante Negro Brasil na área social e ambiental no país. No plano
social, destaca-se a atuação do Instituto Refrigerante Negro Brasil, que ganha
independência na qualidade de OSCIP e concentra seu foco de atuação no tripé
Educação, Meio Ambiente e Vida Saudável. Na gestão ambiental, o Sistema
Refrigerante Negro Brasil reduz à metade o volume de água consumido por litro de
bebida produzida, em comparação com os níveis de consumo de dez anos antes, e
supera a meta de 2,3 litros de água por litro de bebida produzida.
O Refrigerante Negro Brasil amplia a linha de produtos oferecidos no mercado
brasileiro com a aquisição da fábrica de sucos Mais, marca de grande aceitação dos
consumidores por sua alta qualidade, e que passa a se chamar Minute Mais, unida à
força e tradição da marca mundial de sucos do Refrigerante Negro. Em 2005, pela
primeira vez em sua história, o Sistema Refrigerante Negro Brasil conquista a
Woodruff Cup e obtém o melhor desempenho global entre todas as divisões do
Refrigerante Negro segundo critérios que levam em conta não apenas o
desempenho de mercado, mas as práticas de sustentabilidade desenvolvidas em
todos os níveis da sociedade.
4.2 MORZA
A Morza é uma empresa de bebidas fundada em 1998, pela união dos franqueados
Refrigerante Negro nos estados da Bahia, do Ceara, Piauí e Rio grande do Norte. E
é justamente essa diversidade cultural que faz a empresa forte e competitiva. Com
quase dez anos de existência, alcançou em sua área geográfica de 889 mil
quilômetros quadrados (10% do território brasileiro), a liderança absoluta do
mercado de refrigerantes, introduziu e cultiva um modelo de gestão que valoriza a
qualidade, a eficiência e o desenvolvimento de pessoas e está no universo das mil
maiores empresas do pais.
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AÇÕES DA MORZA
60%
40%
Refrigerante Negro
Grupo Jereissati
Com cinco fábricas (Macaranaú CE, Simões Filho BA, Vitória da Conquista BA,
Macaíba RN e Teresina PI), além de seis centros de distribuição e dois centros de
vendas, a empresa conta com mais de três mil funcionário e fornece refrigerantes,
sucos,chás, energéticos, achocolatados e água, além dos produtos das fabricas da
femsa cerveja Brasil na região.
A Morza refrigerantes possui uma Administração central, localizada em Fortaleza
(CE), onde se concentra todas as operações de planejamento e controle do negócio.
Da administração central são emanadas políticas, diretrizes e procedimentos que
orientam a execução das operações nas diversas unidades. Tudo isso apoiado por
uma rede de comunicação, via satélite, que integra sistemas informatizados, correio
eletrônico e centrais telefônicas.
Sua administração tem conseguido resultados positivos nos últimos anos. Em 2003,
participação de mercado dos refrigerantes do Refrigerante Negro nos quatro estados
era de 44% em media. Hoje, a Morza tem 58% de participação do mercado. Seu
faturamento cresceu de R$ 507,2 milhões em 2002 para cerca de R$ 960 milhões
em 2006.(Revista Morza, 2008)
A Morza tem participação acionaria do grupo Refrigerante Negro que detém 60% e
o Grupo Jereissati detendo os 40%
Gráfico 2: gráfico de ações da Morza Fonte: elaboração própria
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Hoje, a Morza possui cerca de 160 mil clientes e gera 2.664 empregos diretos. A
Morza, como todas as outras franquias do pais, é orientada pela filial da Refrigerante
Negro na divisão Brasil que esta localizada no Rio de Janeiro. O xarope principal,7x
(segredo da Refrigerante Negro), é produzido por uma fabrica de concentrado, filial
da RNIL (Refrigerante Negro industrias Ltda), que fica localizada em Manaus.As
franquias da Refrigerante Negro em todo o mundo recebem este concentrado já
pronto e apenas o misturam aos outros ingredientes, até por isso estas são
chamadas de fabricas engarrafadoras.
Em 1998 as engarrafadoras do Norte-Nordeste começam acompanhar a tendência
de consolidação de engarrafadores brasileiros em grandes grupos através de fusão
dos franqueados e então é instituída a Morza Refrigerantes Ltda.
Com duas fábricas no estado: em Salvador e Vitória da Conquista, além de centros
de distribuição em Feira de Santana, Ilhéus e Porto Seguro. A Bahia responde por
26% do volume de Refrigerante Negro comercializado em toda a região Nordeste. A
Morza refrigerantes Ltda gera cerca de 4,8 mil empregos no estado, sendo 1,3 mil
diretos e 3,5 mil indiretos.(Revista Morza, 2008)
A Morza conta também com um SAC- Serviço de atendimento ao cliente. Existe
postos em Salvador, Feira de Santana, Ilhéus, Vitória da Conquista e Porto Seguro.
É destinado aos clientes que são distribuidores ou revenda, mas as reclamações
dos clientes finais (que geralmente procuram o 0800 informado nas embalagens)
também são repassadas para esta áreas.
O grupo Morza tem a visão focada em ser reconhecida no Brasil como uma empresa
de bebidas cujo desempenho seja superior a media do mercado Brasileiro e a sua
missão é servir todo o mercado com excelência, proporcionando serviços que
diferenciam a Morza de todos os outros fornecedores de bebidas.
A Morza possui uma unidade em Simões Filho que tem capacidade de produção de
25,8 milhões de litros por mês, mas sua média fica em torno de 12 milhões no
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mesmo período (a capacidade é atingida em períodos sazonais ou necessidades
específicas). Sua produção é distribuída para cerca de 25 mil pontos de venda.
Esta unidade tem capacidade para estocar cerca de 336 mil caixas físicas, além de
possuir quatro linhas de produção: duas para garrafas PET, uma para garrafas de
vidro e uma para latas.
4.3 PROGRAMA DE MARKETING DA REFRIGERANTE NEGRO NO BRASIL
A Morza utiliza uma comunicação integrada de marketing de maneira bastante
intensiva e coerente. Toda a comunicação dos produtos da empresa é realizada a
nível nacional, sendo suas decisões concentradas no Rio de Janeiro. As principais
ferramentas da comunicação que a empresa utiliza são: propagandas em televisão,
revistas, jornais e rádios; promoção de vendas; patrocínio de eventos, como festivais
culturais do Ceará e Salvador.
O Departamento de Marketing da Morza para suas ações, análise e estratégias, são
informações obtidas através das pesquisas AC NIelsen de mercado. São fei tos
todos os levantamentos de dados possíveis para criação de uma estratégia eficaz de
venda, visando todos os aspectos como concorrência, consumidor, produto,
embalagem, sabor e merchandising.
Sobretudo a ferramenta importante de comunicação que influência no momento da
compra é o uso de merchandising, instrumento necessário para desenvolver a
visualização e fidelização dos produtos Refrigerante Negro, buscando posicionar-se
melhor nos pontos de venda.
A Morza também se utiliza de diversas fontes de pesquisas internas para se basear
nas tomadas de decisões. Para isso, foi criado um programa especializado para o
desenvolvimento de tabulação dos dados obtidos, o PMGC (Programa Morza de
Gestão Comercial) foi desenvolvido para analisar informação de preço, cobertura,
merchandising, ativos, comissão, share.
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4.4 UNIMORZA
Com o compromisso de apresentar a sociedade o seu desempenho no mercado,
produção, estratégias de marketing e merchandising, o Grupo dispões de projetos
que levam diversos segmentos da sociedade para dentro da empresa que abre
espaço para estudantes, clientes (donos de ponto de venda) para que possam
conhecer o histórico até uma perspectiva do grupo para daqui a trinta anos e isso
eles já tem planejado.
A Unimorza foi idealizada a partir da necessidade de padronizar iniciativas de
treinamento e desenvolvimento em toda a Morza e atender às demandas específicas
de capacitação em suas diversas áreas. Porém, essa missão foi se modificando ao
longo do tempo, pois ela também é utilizada para atender visitantes.
A Unimorza tem a função de demonstrar aos visitantes a importância do marketing
da Refrigerante Negro, assim como os 4 Ps do marketing a Refrigerante Negro tem
os próprios 4Ps, ou melhor EPEC – Embalagem, Preço, Espaço, Comunicação.
Cada conceito com um foco especifico passando por processos diferenciados de
execução, monitoramento e treinamento definem o padrão dos produtos no PDV.
São apresentados também os melhores passos do merchandising, que vão da
ordem de exposição das marcas, passando por arrumação, preço, materiais de
comunicação.
Dentro da empresa tem uma escola de merchandising que faz parte do projeto
Unimorza que é educar os revendedores, donos de pequenos varejos, passando a
conhecer técnicas de localização e disposição de produtos de forma correta. A
escola de merchandising apresenta um protótipo de mini mercado, padaria, bar
lanchonete e confeitaria que está sendo ilustrado nas figuras a seguir, sendo todos
compostos por produtos reais, simulando um espaço real, onde esses revendedores
têm uma verdadeira aula como expor e utilizar a melhor técnica de merchandising
sobre os produtos do Refrigerante Negro, aumentando com isso a venda e seus
lucros.
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Figura 17: Protótipo de padaria e confeitaria
Fonte: (Elaboração própria), Unimorza Simões Filho BA
A figura acima mostra o protótipo de uma padaria e uma confeitaria dentro da
empresa Morza que fica localizada em Simões Filho com o objetivo de mostrar de
forma real a correta exposição dos produtos nestes estabelecimentos.
Figura 18: Protótipo de mini mercado Fonte: (Elaboração própria), Unimorza Simões Filho BA
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A figura 18 mostra o protótipo de um mini mercado dentro da Morza com a finalidade
de demonstrar aos clientes as melhores ferramentas do merchandising dentro deste
estabelecimento.
Figura 19: Protótipo de um bar Fonte: (Elaboração própria), Unimorza Simões Filho BA
Na figura 19 demonstra um modelo de como as estratégias de merchandising devem
ser implantadas dentro de um bar.
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Figura 20: Protótipo de uma lanchonete Fonte: (Elaboração própria) Unimorza Simões Filho
Esta figura ilustra as corretas ferramentas de merchandising implantadas dentro de
uma lanchonete.
4.5 PEQUENO VAREJO NO LITORAL NORTE
O principal critério para definir o “tamanho” de uma empresa, ou seja, se ela é micro,
pequena, média ou grande é o faturamento ou receita anual bruta. Segundo o
SEBRAE (2006), “existem duas esferas para definição do porte: a federal e a
estadual.” No âmbito federal, é considerada microempresa aquela que possui receita
anual bruta igual ou inferior a R$ 240 mil. Já as empresas de pequeno porte são as
que têm faturamento superior a R$ 240 mil e igual ou inferior a R$ 2 milhões e 400
mil.
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A maioria das empresas varejistas inseridas no Litoral Norte da Bahia é de cunho
familiar e está voltada geralmente para atender veranistas e a população local. O
pequeno varejo deste lugar tem impactos positivos para continuar em ascensão,
pois nesse tipo de loja o dono, em geral, está atrás do balcão e conhece bem seus
consumidores. Eles detêm informações valiosas de comportamento, hábitos de
consumo, necessidades e perfis psicológicos do cliente final. Informações que valem
ouro. Agências de pesquisas gastam fortunas e tempo para conseguir obter
justamente esse tipo de dado que pode ser coletado gastando alguns minutos de
conversa em cada ponto de venda. A proximidade do comerciante com o cliente
favorece na percepção do que o público realmente quer comprar e se prende ao
mesmo tempo em fidelizá-lo.
Além disso, os pequenos varejos do Litoral Norte possuem um baixo número de
empregados, na maioria deles o próprio dono é quem atende os consumidores, é
operador de caixa e é quem faz o pedido.
Estes pontos de venda recebem material de merchandising, equipamentos de
refrigeração e para exposição de produtos; embalagens temáticas e promocionais;
concurso de display; serviço de promotores e orientação básica através da equipe
de vendas sobre exposição, refrigeração e definição de preços dos produtos.
Ficando notório perceber a importância que o merchandising tem nos pequenos
varejos do litoral Norte, ele faz a diferença, isso porque o contato com os clientes é
de forma mais direta.
4.6 PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR SOBRE O REFRIGERANTE NEGRO
Sendo a marca o maior patrimônio da economia global (MARTINS,1997), as
percepções que o consumidor possui sobre ela são conseqüências de um conjunto
de estratégias de marketing produzido para levar essa marca a ocupar um espaço
na mente dos indivíduos responsáveis por influenciar, comprar ou usar os produtos
correspondentes a estas marcas.
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52
Uma marca é um nome diferenciado ou símbolo destinado a identificar os bens ou
serviços de um vendedor ou de um grupo de vendedores e a diferenciar esses bens
e serviços daqueles dos concorrentes (AAKER, 1998). "A marca exerce função
importantíssima no processo de compra. Essa função está ligada aos aspectos
psicológicos do comportamento do consumidor" (ROCHA,1999). Caropreso (1997)
fornece uma definição de marca associada às emoções humanas: Marca é uma
percepção, uma sensação indelevelmente cunhada na cabeça e no coração das
pessoas. E uma rica e delicada tapeçaria de associações, sentimentos, emoções,
conclusões, que derivam de uma idéia.
O Refrigerante Negro é uma marca em liderança, pois tem a capacidade de
influenciar seu mercado, estabelecer preços, comandar a distribuição.
Faz-se importante salientar que os slogans do Refrigerante Negro sempre fizeram
parte do cotidiano dos seus consumidores, criando estratégias de aproximação do
produto ao lar do cliente, como tomar um Refrigerante Negro no almoço da família
aos domingos.
Quando um consumidor compra um produto, antes do momento da compra ele
passa por um processo de compra que varia desde o despertar da necessidade até
a compra por impulso. A decisão de compra pode ocorrer por um serviço ou produto.
Nem sempre o consumidor possui todas as informações e tempo para assimilar
sobre o produto que deseja consumir. Existe a tomada de decisão rotineira, quando
o cliente não considera os poucos detalhes do produto por não existir profundo
envolvimento com o produto que pretende comprar.
Em etapa comum, o consumidor avalia os atributos e qualidade do produto, avalia
entre os prós e contra, e visam não perder tempo e dinheiro na escolha. A todo o
momento o consumidor toma decisões que possam gerar consequências positivas
ou negativas, quando negativas, muitas vezes, as colocam como culpa de terceiros,
vendedores, similaridade entre marcas, propaganda enganosa e indicação de
conhecido.
http://www.infoescola.com/administracao_/decisao-de-compra/http://www.infoescola.com/administracao_/decisao-de-compra/http://www.infoescola.com/administracao_/decisao-de-compra/http://www.infoescola.com/administracao_/decisao-de-compra/
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QUANTITATIVO DO SEXO DOS
ENTREVISTADOS
67%
33%
Masculino
Feminino
O comprador da compra planejada primeiro reconhece o produto, procura
informações, seleciona o lugar onde comprará, avalia as alternativas e passa pelo
processo de pós-venda; o consumidor que compra por impulso elimina todas as
etapas, após reconhecer o produto.
4.7 ANÁLISE E RESULTADOS DA PESQUISA COM OS CLIENTES DO PEQUENO
VAREJO NO LITORAL NORTE
Destina-se este subcapítulo a apresentar os resultados alcançados com a pesquisa
realizada junto aos clientes dos pequenos varejos no Litoral Norte, com a finalidade
de coletar a opinião destes em relação a importância atribuída as técnicas de
merchandising utilizado pela Refrigerante Negro e consequentemente seu impacto
no ato da decisão de compra de seus produtos. O questionário totaliza 11 questões,
distribuídas em 10 objetivas e 1 subjetiva.
A amostra utilizada para tal pesquisa foi composta de 40 clientes, escolhidos
aleatoriamente, de ambos os sexos, como mostra o gráfico abaixo, sendo 67%
masculino e 33% feminino:
Fonte: Pesquisa direta- Dez/2009
Gráfico 3- Distribuição de questionários aplicados na pesquisa por sexo .
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54
LOCAL DE RESIDÊNCIA DOS
CONSUMIDORES
33%
30%
37%Jauá
Arembepe
Outras cidades
MARCA DE PREFERÊNCIA DE
REFRIGERANTE
89%
8% 3%
Refrigerante Negro
Schin
Ambev
Foi possível verificar que entre os entrevistados em sua maioria reside em Jauá (BA)
totalizando em 13 clientes, 12 em Arembepe(BA) e 15 em outras cidades, como
Salvador(BA), New York City (EUA), Catu (BA), Camaçari (BA), Nice Coter Dazur
(França), o gráfico abaixo demonstra isto em percentual. Evidenciando, que o Litoral
Norte é um local que trânsita pessoas de todo o mundo.
Fonte: Pesquisa direta- Dez/2009 Gráfico 4- Distribuição dos consumidores em local de residência .
Ao serem questionados qual a marca de refrigerante de preferência a totalidade dos
entrevistados definiram os produtos da Refrigerante Negro em um excelente nível de
aceitação, como pode demonstrar o gráfico abaixo:
Fonte: Pesquisa direta- Dez/2009
Gráfico 5- Distribuição dos consumidores pela marca de preferência.
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55
LOCAL DE MAIOR FREQUENCIA DE
REFRIGERANTE
52%
22%
5%
3%
18%
PADARIA
ENTRADA DO PDV
AÇOUGUE
HORTI-FRUTI
CAIXA
PERÍODO DE MAIOR FREQUÊNCIA DOS
CLIENTES
52%
17%
3%
10%
3%
15%LITORAL NORTE
VERÃO
INVERNO
FINAL DE SEMANA
FÉRIAS
FIM DE ANO
Foi possível verificar que a maioria dos entrevistados são moradores locais, ficando
assim distribuídos: 21 pessoas moram no Litoral Norte, 7 frequentam o local durante
o verão, 1 no inverno, 4 durante o fim de semana, 6 no período de fim de ano e
apenas 1 nas férias.
Fonte: Pesquisa direta- Dez/2009 Gráfico 6- Distribuição do período de maior freqüência dos clientes.
No item sobre a distribuição dos refrigerantes dentro do PDV os entrevistados
observam, em sua maioria, que é possível localizar este produto mais próximo da
padaria, porque é o local que normalmente tem o maior tráfego de clientes, pois
geralmente quem vai a padaria vai mais de uma vez ao dia, tendo em vista pela
empresas o melhor local para expor seus produtos. E este item obteve o seguinte
resultado:
Fonte: Pesquisa direta- Dez/2009 Gráfico 7- Distribuição dos refrigerantes no PDV
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56
OPINIÃO DOS CLIENTES SOBRE A
PREOCUPAÇÃO DAS EMPRESAS
87%
13%
SIM
NÃO
DECISÃO NO ATO DA COMPRA
43%
57%
SE PLANEJA
QUANDO HÁ
PROMOÇÃO
Sobre a atenção das empresas referente a exposição dos seus produtos no PDV, a
opinião dos entrevistados foram que de fato há essa preocupação, pois sabe-se a
verdadeira guerra criada pelas empresas para expor seus produtos no mínimo
espaço que seja, chegando a pagar altos valores pela sua exposição.
Fonte: Pesquisa direta- Dez/2009 Gráfico 8- Preocupação das empresas sobre a exposição no PDV
Todos os entrevistados afirmaram que encontram refrigerante com facilidade dentro
do PDV. Outro item abordado foi a questão da compra planejada ou por impulso,
onde a maioria deles responderam que quando vão ao mercado decide o que vai
comprar porque há uma promoção, quanto mais forem utilizados as ferramentas de
merchandising ,com o extremo rigor, mais irão atrair os consumidores para compra
de determinados produtos. Caracterizando assim a compra por impulso.
Fonte: Pesquisa direta- Dez/2009 Gráfico 9 – Decisão no ato da compra.
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57
INFLUÊNCIA DAS FERRAMENTAS DE
MERCHANDISING
18%
34%
10%
10%
28% CARTAZ
EXPOSIÇÃO
GÔNDOLA
PONTA DE GÔNDOLA
DEGUSTAÇÃO
MOTIVOS QUE LEVAM A COMPRAR
REFRIGERANTE NEGRO
3%
20%
72%
5%
Preço
Promoção
Sabor
Status
Foi observado que o preço sobre os produtos da Refrigerante Negro é um fator de
pouca relevância para o consumo pois a marca tem uma grande influência no
mercado mundial e o que interfere no ato de sua compra é sem duvidas o seu sabor,
isso pode ser constatado no gráfico abaixo:
Fonte: Pesquisa direta- Dez/2009 Gráfico 10 – Motivos que levam o consumidor a comprar Refrigerante Negro
Na opinião dos entrevistados a ferramenta de merchandising que mais influencia a
compra de refrigerante é a boa exposição de seus produtos, ficando assim
distribuídos no gráfico a seguir:
Fonte: Pesquisa direta- Dez/2009 Gráfico 11- Influencia das ferramentas de merchandising no ato da compra.
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Com esta pesquisa elaborada com os clientes dos pequenos varejos do Litoral Norte
percebe-se que várias pessoas acreditam que o Refrigerante Negro é o ícone das
marcas, com a idéia que não existe mais nada que esta empresa possa fazer a para
alavancar as vendas ou para a fidelização da marca. Porém algumas das
ferramentas do merchandising, tais como promoção, preço, qualidade do produto,
exposição visível, cartazes, faixas, comerciais televisivos, patrocínio em esportes,
fazem com que muitos dos entrevistados mudem de idéia.
Apesar de possuir o refrigerante mais caro do mercado, o Refrigerante Negro é visto
como o mais saboroso. E não é somente por isso que o torna o líder, a influência da
marca para o sucesso da empresa tornou-se mais incontestável diante do poder por
ela demonstrado.
No entanto, houveram algumas dificuldades ao aplicar a pesquisa e uma delas seria
a falta de conhecimento dos entrevistados sobre o assunto abordado, isso porém
não foi empecilho para concretizá-la, pois foi possível colocar em prática um dos
papéis do administrador, informar e conscientizar a população, demonstrando a
importância das ferramentas do merchandising.
Com a análise dos dados da pesquisa foi possível perceber que o Refrigerante
Negro deveria fazer com mais freqüência uma pesquisa de mercado, abordando os
consumidores, e avaliação da utilização das ferramentas do merchandising
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo realizado evidencia a importância da utilização das técnicas de
merchandising como instrumento de sensibilização, persuasão e fidelização de
clientes, sendo uma poderosa arma capaz de criar vantagem competitiva.
Para conquistar consumidores, é preciso haver atração, e as técnicas de
merchandising entre consumidor e produto é que se possibilitam isso. O
merchandising tem ferramentas para gerar altos tráfegos e altos lucros, aumentando
as vendas e zerando estoques de quaisquer produtos.
Desta forma, após a pesquisa de campo que foi feita com os clientes dos pequenos
varejos do Litoral Norte foi possível verificar que existem ferramentas de
merchandising utilizado pelo Refrigerante Negro que tem capacidade de influenciar
no ato da compra, ratificando o objetivo principal deste estudo. Uma vez que a
compra não é um processo isolado e sim um conjunto de fatores que devem ser
explorados para que o cliente seja conduzido até o produto de maneira agradável, e
quanto maior o conforto e a sensação de bem estar proporcionado, maior o tempo
que ele vai permanecer no local e, conseqüentemente, maior será o montante que
estará disposto a gastar.
Tendo como base os resultados apresentados nesta pesquisa, no capítulo do estudo
de caso percebeu-se que o merchandising utilizado pelo Refrigerante Negro no
pequeno varejo do Litoral Norte realmente é fator fundamental para a obtenção de
seus produtos, trazendo rentabilidade para o comerciante do pequeno varejo
comprovando a hipótese deste estudo com a utilização correta de suas ferramentas,
pois sabe-se que inúmeras vezes o cliente entra na loja somente para passear, mas
torna-se tão influenciado pelos fatores externos que o cercam que acabam
comprando por impulso, por isso que a posição da fachada, a altura dos expositores,
a identificação das áreas nobres, as etiquetas de precificação, as cores utilizadas, o
aroma, a iluminaçã