administraÇÃo com habilitaÇÃo em comÉrcio exterior...

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ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM COMÉRCIO EXTERIOR JOSÉ AGOSTINHO DA SILVA FILHO GERENCIAMENTO AMBIENTAL NO PORTO DE SALVADOR Uma análise da implantação do Sistema de Gestão Ambiental da CODEBA SALVADOR 2006

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ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM COMÉRCIO EXTERIOR

JOSÉ AGOST INHO DA SILVA F ILHO

GERENCIAMENTO AMBIENTAL NO PORTO DE SALVADOR

Uma análise da implantação do Sistema de Gestão Ambiental da CODEBA

SALVADOR

2006

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JOSÉ AGOSTI NHO DA SI LVA F I LHO

GERENCIAMENTO AMBIENTAL NO PORTO DE SALVADOR

Uma análise da implantação do Sistema de Gestão Ambiental da CODEBA

Monografia apresentada à Faculdade 2 de Julho, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração com Habilitação em Comércio Exterior.

Orientador:A lexandre Amiss i

SALVADOR

2006

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JOS É A GOS TINHO D A S ILV A F ILHO

GERENCIAMENTO AMBIENTAL NO PORTO DE SALVADOR Uma análise da implantação do Sistema de Gestão Ambiental da CODEBA

TERMO DE APROVAÇÃO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do título

de graduando no Curso de Administração com Habilitação em Comércio Exterior, da

Faculdade 2 de Julho.

Professor Orientador

Alexandre Amissi MBA em Gestão do Comércio Exterior – Universidade Salvador – UNIFACS

Faculdade 2 De Julho

Prof. Garcia Silveira - Faculdade 2 de Julho

MBA em Gestão de Comércio Exterior – UNIFACS Faculdade 2 de Julho

_____________________________________

Prof. Maurício José Coutinho Moureira MBA em Logística e Distribuição – Universidade Católica de Salvador Faculdade 2 de Julho

_____________________________________

MÉDIA FINAL____________________________

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“Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a

humanidade deve escolher seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez

mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e

grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma

magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e

uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para

gerar uma sociedade sustentável global, baseada no respeito pela natureza, nos

direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz. Para

chegar a esse propósito é imperativo que nós, povos da Terra, declaremos nossa

responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida e com

as futuras gerações”.

Carta da Terra, transcrito do livro “Mundo Sustentável”, André Trigueiro, 2005.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha querida Mãe,

pessoa muito especial na minha vida, a quem

privei do compartilhamento de muitas convivências

familiares, minhas filhas pelos momentos de atenção que lhes foram

subtraídos e ao meu pai, que hoje em seu descanso ainda muito me inspira. Foram

dessas pessoas que busquei incentivo e motivação para a realização deste trabalho.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por tudo.

A minha família, pela paciência e compreensão.

Ao Professor Alexandre Amissi , pela habilidade e competência com que orientou este trabalho.

Agradeço à Faculdade 2 de Julho por me proporcionar essa experiência enriquecedora e pela minha formação acadêmica.

A todos colegas da sala, pela troca de experiências, união e amizade, que prevaleceram em todo o período.

A minha amiga Itamar Trindade que, com compromisso, disponibilidade, habilidade e

dedicação, orientou-me, revisou e melhorou este meu trabalho. Obrigado.

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RESUMO

Este trabalho apresenta um modelo de Gestão Ambiental, o qual relata termos relativos à força de trabalho referentes aos recursos naturais e a qualidade dos

serviços portuários. O termo gestão ambiental é freqüentemente usado para descrever ações ambientais em determinados espaços geográficos. Este trabalho

aborda a Gestão Ambiental no Porto de Salvador – Bahia, focando a empresa CODEBA, como diferencial estratégico, visto que já é tempo de se desenvolver nos Portos esforços para melhorar sua performance em Desenvolvimento Sustentável se

o objetivo desta for sobrevivência no mercado globalizado. Foi adotada uma metodologia mista, com muita ênfase no conceito de Gestão Ambiental,

Gerenciamento Ambiental no porto de Salvador, necessidades do mercado e análise de cenários, tomando-se como base a tendência da empresa CODEBA atualmente. A adoção do sistema proposto implica em mudanças de paradigmas na atual

atividade e envolve todos os agentes existentes no porto, bem como a comunidade portuária, num processo transparente e participativo. Além de exigir o compromisso

com a questão ambiental pelos agentes e pela comunidade, a implementação do sistema de Gestão Ambiental proposto deverá dispor de todos os principais instrumentos de gestão da atividade portuária. A proposta desse trabalho é a

implementação de um Sistema de gestão Ambiental na CODEBA, buscando a sua perpetuidade, fazendo parte dele um estudo de caso aplicado à empresa aqui

mencionada. O trabalho é ponto de partida para outros específicos que objetivem a elaboração de metodologia voltada a determinados segmentos de Portos, como o de Salvador.

Palavras-Chave: Gestão Ambiental, Política Ambiental, Gestão Ambiental Portuária,

Desenvolvimento Sustentável.

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ABSTRACT

The term ambient management is sufficiently including. It is frequently used to assign ambient actions in definitive geographic spaces, as for example: ambient

management of hydrograph basins, ambient management of parks and forest reserves, management of areas of ambient protection, ambient management of

biosfera reserves and others as many modalities of management that include aspects ambient. This work focuses the Ambient Management in the Port of Salvador - Bahia as distinguishing strategical, already it is time of if to develop in the Ports

efforts to improve its performance in Sustainable Development if the objective of this will be survival in the globalizado market. A mixing methodology was adopted, with

much emphasis in the concept of Ambient Management, necessities of the market and analysis of scenes, being overcome as base the trend of company CODEBA nowadays. The result was the proposal of implementation of a System of Ambient

Management in the organization, respecting its particularitities, but, that as seen in this work it is necessary for its perpetuity, a study of case applied to the CODEBA is

also presented to the end of the work. The work is starting point for other specific ones that objectifies the elaboration of methodology directed the determined segments of Ports, as of Salvador

Key-Words: Ambient Management, Ambient Politics, Port Ambient

Management, Sustainable Development.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 2.5 - Tipos Genéricos de Avaliações Ambientais Estratégicas

Organizacional ..........................................................................................................26

Figura 2.5 – Avaliação Ambiental Estratégica em Relação ao Ciclo de Vida de um Projeto .............................................. .......................................................................27

Figura 3.3 – Diagrama dos princípios de ações pertinentes política ambiental.......37

Figura 3.4 – Etapas de um Sistema Integrado de Gestão Ambiental .....................43

Figura 4.3 - Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – CODEBA ...............................57

Figura 4.4: Mudanças na empresa através da conscientização ambiental ............58

Figura 4.5 - Escala de Treinamento da Comunicação na organização ..................60

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Percentual de homens e mulheres ................................................... 63

Gráfico 2 - Grau de Escolaridade ...................................................................... 64

Gráfico 3 - Desenvolvimento do SGA na empresa ........................................... 65

Gráfico 4 - Definição sobre a Implementação da política Ambiental ................ 66

Gráfico 5 - Compromisso com melhoria contínua do desempenho

ambiental........................................................................................................... 67

Gráfico 6 - Identificação das atividades causadoras de impactos ambientais 68

Gráfico 7 - Estabelecimento e divulgação dos Objetivos e metas .................. 69

Gráfico 8 - Programas de gerenciamento ambiental ...................................... 70

Gráfico 9 - Monitoramento dos efluentes líquidos e o corpo receptor ............ 71

Gráfico 10 - Há na empresa atualização de inventários de seus resíduos ..... 72

Gráfico 11 - Resultados da implantação do Sistema de Gestão Ambiental ... 74

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SIGLAS

CODEBA - Companhia das Docas do Estado da Bahia

EADI - Estações Aduaneiras de Interior

ZEE - Zoneamento Ecológico-Econômico

AAE - Avaliação Ambiental Estratégica

TAC - Termo de Ajustamento de Conduta

SIGA - Sistema Integrado de Gestão Ambiental

SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente

PNMA - Política Nacional do Meio Ambiente

SEAQUA - Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental

ISO - International Standard Organization

SGA - Sistema de Gestão Ambiental

RIMA - Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente

EIA - Estudo de Impacto Ambiental

CAP - Conselhos de Autoridade Portuária

OMI - Organização Marítima Internacional

EA - Estudos Ambientais

EIA - Estudos de Impactos Ambientais

IBAMA - Instituto Brasileiro do meio Ambiente

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CRA - Conselho Regional de Administração

CONAMA - Coordenação Nacional do Meio Ambiente

PPP - Políticas, Planos e Programas

PGRS - Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

PEI - Plano de Emergência Integrada

PROEA - Programa de Educação Ambiental Portuária

AHSFRA - Administração da Hidrovia do São Francisco

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... .. 15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................... .......... 19

2.1 Portos e Meio Ambiente ......................................................................................... 19

2.2 Macro-Diretrizes ambientais para a atividade portuária ......................................... 21

2.3 Políticas, Planos e Programas ................................................................................ 21

2.4 Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE ............................................................. 23

2.5 Avaliação Ambiental Estratégica – AAE ................................................................. 24

3 POLÍTICA AMBIENTAL ......................................................................................... 29

3.1 Política Ambiental Nacional – Lei Nº 6.938/81 ....................................................... 31

3.2 Política Ambiental Estadual .................................................................................... 33

3.3 Política Ambiental – Portuária ................................................................................ 37

3.4 Sistema Integrado de Gestão Ambiental Portuária ................................................ 38

3.5 Aspectos e Impactos Ambientais das Atividades Portuárias .................................. 44

3.6 Constituição Federal e a Lei dos Portos Nº 8.630/93 ............................................ 46

3.7 Oportunidades e Desafios de um Sistema Integrado de Gestão Ambiental

Portuária .................................................................................................................

48

4 GERENCIAMENTO AMBIENTAL DO PORTO DE SALVADOR .......................... 52

4.1 Política Ambiental da CODEBA .............................................................................. 53

4.2 Licenciamento Ambiental ........................................................................................ 55

4.3 Sistema de Gestão Ambiental da CODEBA ........................................................... 56

4.4 Conscientização Ambiental para toda a Organização ............................................ 57

4.5 Comunicação Interna: Campanha de Sensibilização ............................................. 59

5 ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS ........................................................................ 61

5.1 Metodologia ............................................................................................................ 61

5.2 A Empresa: CODEBA ............................................................................................. 62

6 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ......................................................... 75

REFERÊNCIAS...................................................................................................... . 79

ANEXOS.................................................................................................................. 83

Anexo 1 - Fluxograma da CODEBA ....................................................................... 84

Anexo 2 - Identificação dos aspectos e impactos ambientais portuários e seus respectivos graus de significância ..........................................................................

85

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Anexo 3 - Fator Determinante 2 – Impactos /Riscos das Embarcações, Instalações na Água e do Cais ...............................................................................

87

Anexo 4 - Impactos /Riscos das Embarcações, Instalações na Água e do Cais ... 92

Anexo 5 - Impactos/Riscos decorrentes da Operação Portuária – Carga, Descarga e instalações móveis/equipamentos ......................................................

97

Anexo 6 - Impactos/Riscos decorrentes do Tráfego .............................................. 99

Anexo 7 - Sistema de Gestão Integrada de Segurança, Saúde e Meio Ambiente .

102

Anexo 8 - Questionário aplicado na entrevista realizada na CODEBA .................. 103

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15

1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, uma quantidade crescente de atenção, por parte

das organizações, tem se voltado para problemas que vão além das considerações

meramente econômicas, a conservação do meio ambiente, atingindo um espectro

muito mais amplo, envolvendo preocupações de caráter político-social, como

proteção ao consumidor, controle da poluição ambiental, segurança e qualidade

total, levando as organizações a mudarem sua atuação em relação a natureza.

Compreender essa mudança de paradigma é vital para a competitividade, pois o

mercado está, a cada dia, mais aberto e competitivo, fazendo com que as empresas

tenham que se preocupar com o controle dos impactos ambientais.

Segundo Sustainabilit apud Meyer (2000), a gestão ambiental começa a

ser encarada como um assunto estratégico dentro das organizações e isso tem se

tornado um fator importante de competitividade.

A gestão do meio ambiente tem atraído atenções das organizações

portuárias do país no geral, que têm como princípios o desenvolvimento sustentável.

A gestão ambiental portuária, atém-se à sustentabilidade das atividades, desde a

instalação à revitalização, passando pela operação, expansão e manutenção das

instalações portuárias e respectivos serviços.

Os fatores relacionados à gestão ambiental ocupam hoje uma significativa parcela dos investimentos e esforços de todos os

segmentos da atividade econômica. Os empresários também estão se tornando mais conscientes das responsabilidades e custos gerados por possíveis acidentes ambientais e pela geração de

impactos ambientais (JUNIOR, 2000, p.32).

Como conceito de referência para este trabalho, Gestão Ambiental

significa o processo de se conseguir resultados que garantam sustentabilidade para

atividade a partir de um esforço coletivo, envolvendo a sociedade, grupos,

empresas, etc.1

Conforme Tommasi (1994, p.38), Sistema de Gestão Ambiental

compreende o desenvolvimento de uma política, uma organização para assegurar os

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efeitos dessa política, o controle e monitoramento, prevenção, e uma avaliação para

garantir o processo de melhoria contínua e a sustentabilidade.

O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do

presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as

suas próprias necessidades. A estratégia de desenvolvimento sustentável visa

promover a harmonia entre os seres humanos e entre a humanidade e a natureza,

refere principalmente às conseqüências dessa relação na qualidade de vida e no

bem-estar da sociedade, tanto presente quanto futura. Atividade econômica, meio

ambiente e bem-estar da sociedade formam o conjunto essencial no qual se apóia a

idéia de desenvolvimento sustentável. A empresa que não buscar adequar suas

atividades ao conceito de desenvolvimento sustentável está fadada a perder

competitividade em curto ou médio prazo.

Segundo Hojda (1998, p.75), o Sistema de Gestão Ambiental permite que

a organização atinja o nível de desempenho ambiental por ela determinado e

promova sua melhoria contínua ao longo do tempo. Consiste, essencialmente, no

planejamento de suas atividades, visando à eliminação ou minimização dos

impactos ao meio ambiente, por meio de ações preventivas ou medidas mitigadoras.

1Brasil, Antônio César Pinho – Curso de Gestão Ambiental nos Transportes 2002.

O que se percebe atualmente no meio organizacional portuário, é o

desenvolvimento de programas de gestão ambiental que se destinam a evitar

problemas com infrações, melhorar a eficiência operacional e obter vantagens

competitivas, objetivando o desenvolvimento sustentável. Os Sistemas de Gestão

Ambiental vêm se tornando um grande aliado das organizações que buscam manter

a sustentabilidade de suas atividades, seus processos, aspectos e impacto

ambiental sob controle, o que justifica a construção da presente pesquisa.

O trabalho será norteado, mediante ao problema da pesquisa que é

resumido diante da seguinte pergunta: O processo de implementação do Sistema

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de Gestão Ambiental nas organizações portuárias ocorre de maneira a proporcionar

a sustentabilidade?

Nesse sentido este estudo tem como objetivo principal, caracterizar a

gestão ambiental portuária disseminando uma idéia de um Sistema de Gestão

Ambiental, demonstrando seus resultados, através de estudo de caso.

Segundo Neto (1998, p.46), o termo gestão ambiental está relacionado às

questões de Segurança, Saúde e Proteção ao Meio Ambiente, ou em outras

palavras, o ambiente interno e externo das atividades empresariais.

Os objetivos específicos deste trabalho procuram:

✓ Evidenciar a importância da Gestão Ambiental nos portos;

✓ Verificar quais resultados as empresa obtêm com a implantação do Sistema

de Gestão Ambiental.

Foi usada a empresa CODEBA para estudo, sendo coletadas as

informações, através de questionários, ajudando assim a compreender o

estabelecimento e implementação do Sistema de Gestão Portuária, o planejamento

de sua disseminação e a verificação do seu entendimento diante do pessoal

envolvido no processo.

Supõe-se que a implementação do Sistema de Gestão Ambiental nas

organizações que buscam manter seus processos, aspectos e impactos ambientais

sob controle, motivado por uma ética ecológica e por uma preocupação com o bem-

estar das futuras gerações, proporciona a sustentabilidade

Para a execução da pesquisa, foi realizada uma busca em diversas

bibliografias existentes sobre o assunto em diversos formatos (livros, artigos,

documentos eletrônicos, etc), cobrindo temas como: meio ambiente, política

ambiental, gestão ambiental e outros.

O trabalho apresenta-se teórico-prático, uma vez que decorre de

pesquisa bibliográfica, assim como da experiência profissional da equipe da

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empresa pesquisada. Preferiu-se tratar a totalidade das atividades portuárias para se

ter um panorama do universo da gestão, de forma que seu conteúdo seja de

interesse a qualquer unidade portuária, a qual fará adaptação à sua realidade local

ao definir e implementar um sistema de gestão ambiental.

O trabalho é formado por cinco partes, das quais a primeira é a

introdução. O segundo capítulo traz a fundamentação teórica sobre os assuntos

portos e meio ambiente, macro-diretrizes ambientais para atividade portuária,

políticas, planos e programas, o zoneamento ecológico-econômico, avaliação

ambiental estratégica, o terceiro capítulo nos apresenta a política ambiental; a

política ambiental portuária, seus aspectos gerais e a descrição dos processos; o

quarto capítulo detalha o gerenciamento ambiental do porto de Salvador - CODEBA

em busca de seu desenvolvimento; o quinto capítulo nos apresenta um estudo de

caso abordando itens importantes para um maior entendimento do assunto e ao

final, são apresentadas considerações finais e recomendações referentes a

implantação de um Sistema Integrado de Gestão Ambiental.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 PORTOS E MEIO AMBIENTE

A necessidade de preservação do meio ambiente está cada vez mais

difundida nos diversos segmentos da atividade econômica, de modo que as

questões ambientais vêm tendo maior influência nos processos decisórios dentro

das diversas áreas produtivas, em especial nessas últimas décadas.

A atividade portuária possui uma dinâmica própria de atendimento ao

trânsito da carga portuária e seu processamento, quando indústrias estão instaladas

na área do porto organizado. Tendo em vista o perfil da navegação e a demanda

pelo transporte aquaviário, que se inicia e termina num porto ou terminal fora deste,

atualmente a atividade portuária atinge uma escala sem procedentes.

Segundo Porto e Teixeira (2002, p.37), na atividade portuária, alguns

aspectos de preservação do meio ambiente têm sido objeto de consideração,

quando do planejamento e implantação de novos projetos, situação em que ocorrem

alterações nos sítios portuários.

A internalização integral das questões ambientais na atividade

portuária brasileira carece de um esforço adicional de todas as autoridades com atribuições nos ambientes portuários, tendo em vista que, no seu atual estágio, a atividade não agrega princípios e valores

dessa natureza e é, a princípio, resistente em ter suas ações julgadas

por um tribunal da natureza (PORTO E TEIXEIRA, 2002, p.37).

Os portos não mais atuam sozinhos no recebimento e despacho da

carga, seja para terra ou para a embarcação. A prestação de serviços portuários

requer uma série de pré-requisitos, como profundidade do canal de acesso ao porto,

extensas áreas para manuseio da carga, serviços de apoio e outras infra-estruturas.

Os portos atuam como um elo entre outras estruturas de transportes

como terminais individuais, aeroportos, terminais ferroviários, Estações Aduaneiras

de Interior – EADI, retroáreas, etc., construindo plataformas logísticas que

necessitam de eficiência e baixos custos para os seus serviços. A economicidade

desses sistemas implica em atender a mais cargas num mesmo espaço físico e

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20

temporal2. Além disso, necessitam diversificar sua carga de modo a aumentar suas

possibilidades no mercado de cargas por via marítima.

Para Porto (2002, p.37), a atividade portuária brasileira atua ainda hoje

dentro de usos e costumes muito mais próxima de um laisser faire, pela apropriação

da riqueza gerada pela renda sem espaço para linguagem ambiental.

Nesse sentido, a atividade portuária necessita adotar uma sistemática de

tratamento das questões ambientais que possibilite o controle dos impactos no meio

ambiente portuário, mitigando-os e compensando-os, além de corrigir desvios e

possuir capacidade de recuperá-los quando atingidos por poluição de qualquer

natureza, e, finalmente, sua valorização.

A maior parte do impacto ambiental na área do porto organizado é

devido mais as suas atividades diárias do que pelos empreendimentos portuários.

Isso se deve à inadequação do aparelho portuário tanto para o manuseio de sua

carga própria, como para atendimento às questões ambientais.

2 SUYKENS, Fernand. The Port of Antwerp and the 1992 Horizons , Revista Hinterland nº 138 E,

1998.

De acordo com Copssec (1991, p.42), levando em conta as atuais

condições dos portos brasileiros, constatam-se várias alterações no perfil de suas

atividades e na própria configuração espacial (área do porto organizado e

adjacências) desses portos, a se iniciar pela necessidade de investimentos em infra-

estrutura moderna, com tecnologia avançada e antipoluente, cuja implantação

implicará efeitos significativos sobre o meio ambiente. Evidenciam-se as seguintes

necessidades básicas de caráter físico dos principais portos, também a serem

contempladas pela gestão ambiental:

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✓ Recuperação das instalações de atracação, armazenagem e de zonas de

circulação existentes, adequando-as às capacidades de projeto;

✓ Reaparelhamento portuário com a inclusão de moderna tecnologia de

manuseio;

✓ Melhoramento, modernização e ampliação das instalações especializadas.

2.2 MACRO-DIRETRIZES AMBIENTAIS PARA A ATIVIDADE PORTUÁRIA

De modo a se produzir condições favoráveis para a implantação pelas

unidades portuárias de Sistemas de Gestão Ambiental, ações nas diversas esferas

de governo, de acordo com Porto e Teixeira (2002, p.35), são necessárias, a saber:

✓ Estabelecimento de políticas, plano e programas voltados para a

segurança e qualidade ambiental da atividade com enfoque no

desenvolvimento sustentável e;

✓ Promoção do ordenamento do território portuário;

✓ Incentivo e adoção da Avaliação Ambiental Estratégica;

✓ Implementação da Agenda Ambiental portuária nacional;

✓ Promoção da internacionalização das externalidades ambientais dos

projetos portuários.

Essas demandas são atendidas dentro de instrumentos específicos.

2.3 POLÍTICAS, PLANOS E PROGRAMAS

De modo a se implantar a gestão ambiental e, dessa forma, promover

uma atividade portuária sustentável, o agente público deverá traçar políticas que

promovam os aspectos principais de gestão ambiental nos portos, e, a partir delas,

planos e programas que levam a consecução da política traçada. Essas políticas

devem ser formuladas não só na esfera de decisão da entidade exploradora de

instalações portuárias e incorporadas aos planos e programas da entidade, mas no

âmbito federal. Também nessa esfera de poder devem ser traçados planos e

programas que auxiliem as entidades exploradoras de atividade portuária a alcançar

seus objetivos ambientais.

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22

È necessário que as políticas direcionadas para a questão ambiental

sejam integradas. A integração das políticas ambientais torna sua consecução mais viável e a custo mais baixo, na medida em que otimiza a ação de uma infinidade de agentes de política na esfera

federal, estadual e municipal. A não integração, certamente, permitirá a presença de políticas conflitantes e não complementares como

deveriam ser (WINTER 1992, p.51).

Planos e programas de competência federal devem ser elaborados de

modo a dar sustentação a planos e programas do agente portuário, seja este público

ou privado. Desse modo, linhas de ação empresarial terão suporte de ações públicas

federais, o que torna ambas mais eficazes. Essa parceria possibilita inserir vários

agentes portuários dentro de uma mesma linha de ação.

Entre os objetivos desses planos e programas, sobressai a valorização

ambiental. Atribuir valor ao recurso natural e internalizá-lo nos empreendimentos

portuários deixa o empreendimento mais próximo do seu custo real e desonera a

sociedade, que normalmente é quem paga pelas externalidades de

empreendimentos de infra-estrutura.

Outra política importante é a de estímulo à utilização do transporte

marítimo em substituição ao transporte rodoviário, visto que o transporte aquaviário

é mais vantajoso do ponto de vista ecológico, por ser menos poluente e impactante

do que seus modais concorrentes: rodoviário e ferroviário. Nesse sentido, o incentivo

à cabotagem atende ao requisito ambiental, bem como dá sustentabilidade à

atividade portuária.

Para Porto (1989, p.70), em paralelo ao lado da demanda pelos serviços

portuários, deve-se, também, incentivar, como política, a aplicação de tecnologia de

manuseio de carga que traga maior rentabilidade às atividades portuárias.

Desenvolver os equipamentos de carga e descarga portuários de modo a torná-los

mais eficientes, evita que terminais portuários percam rendimento e,

conseqüentemente, mercado. Ausentes do mercado, essas áreas tornam-se

facilmente áreas degradadas ou subutilizadas.

2.4 ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO – ZEE

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23

Previsto pela política nacional de meio Ambiente, objeto da Lei nº

6.938/81, o zoneamento ambiental ou Zoneamento ecológico-Econômico – ZEE é

um instrumento de ordenamento territorial, que visa disciplinar o uso e a ocupação

do território. A importância desse disciplinamento é que a partir dele são definidos

projetos de transportes, em especial portuários. Nesse sentido, o Zoneamento é um

instrumento de decisão sobre investimentos viáveis sob o ponto de vista ambiental.

O Zoneamento Ecológico-Econômico efetua o levantamento dos recursos naturais existentes, possibilidades e formas de uso. Conseqüentemente, permite a estruturação de um banco de dados,

com a localização dos recursos, especificação de potencialidades e restrições de uso desses recursos sob o ponto de vista físico, biótico,

socioeconômico e jurídico-institucionais. (BACKER, 1995, p. 56)

O ZEE é essencialmente um instrumento de planejamento e, a partir

dele, de gestão territorial, possibilitando traçar políticas, diretrizes e linhas de ação

para ocupação do território para atividades socioeconômicas, culturais, recreativas,

etc. O Zoneamento ficou a cargo dos estados da federação. Como abrange todo o

território e, portanto, inclui a zona costeira, onde se localizam os portos e demais

instalações portuárias, devem estar em consonância com o Plano Nacional de

gerenciamento da Zona costeira – PNGC3.

3 Neto, Mário Diniz Araújo – Zoneamento Ecológico Econômico no Brasil: Dez Anos em Perspectiva

2.5 AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA – AAE

A Avaliação Ambiental Estratégica – AAE é outra ferramenta de

planejamento do uso do território, aplicável também à atividade portuária.

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24

A Avaliação Ambiental Estratégica tem como principal objetivo definir

políticas, planos e programas mais viáveis tanto do ponto de vista ecológico como

socioeconômico.

A Avaliação Estratégica consiste de um conjunto de ações e medidas estruturadas e abrangentes, que viabilize a implantação de um SIGA. (COPSSEC 1991, p.62).

A AAE considera as melhores opções de políticas, planos e programas

(PPP) para o atendimento às demandas por transportes aquaviários, apresentando

os seguintes benefícios:

✓ Visão integrada do processo de intervenção ambiental;

✓ Economicidade no processo de aprovação de recursos naturais;

✓ Redução dos custos sociais oriundos das externalidades;

✓ Integração das ações no campo ambiental.

São fatores para análise numa AAE:

✓ Adequação das PPP às outras políticas existentes;

✓ Agregação de tecnologias ou sistemas menos impactantes;

✓ Valorização dos recursos naturais;

✓ Redução do custo do transporte em geral e;

✓ Desenvolvimento regional e nacional.

O processo de avaliação estratégica do setor portuário fornece,

principalmente, a análise do ambiente externo de negócios, o desempenho

operacional atual e a formulação estratégica, enfatizando a missão institucional,

visão de futuro, orientações, objetivos/ações estratégicas e evoluções esperadas –

planejamento dinâmico.

Como requisito básico para a elaboração de qualquer Avaliação

Estratégica tem-se o entendimento de conceitos, princípios e elementos de práticas

ambientais pertinentes à atividade portuária.

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25

De acordo com Hong Kong Environmental Protection Department 2004;

Fonseca et al.(2003); para fazer uma análise das alternativas para a tomada de

decisão, adota-se a Avaliação Ambiental Estratégica, instrumento que visa:

a) definir a priori impactos ambientais decorrentes de políticas, planos e programas,

isto é, durante o processo de sua formulação, de forma que estes possam ser

avaliados e, se necessário, modificados para alcançarem viabilidade ambiental e

conformidade aos princípios de desenvolvimento sustentável; e;

b) antecipar o conhecimento sobre impactos ambientais para orientar o tratamento

adequado ao nível do projeto. A avaliação ambiental estratégica inclui

procedimentos de análise da interação do setor analisado (o portuário, no caso) com

os processos de desenvolvimento local, regional e nacional, tanto com relação às

políticas, planos e programas, como também em relação às condições físico-

ambientais.

Desta forma, são assim verificadas as interações das propostas setoriais,

por exemplo, com o zoneamento ecológico-econômico, o Plano Nacional de

Gerenciamento Costeiro, os Planos Estaduais de Gerenciamento Costeiro, as

políticas/planos/programas de investimentos e os planos diretores regionais e

urbanos pertinentes.

Como principais vantagens da AAE têm-se:

a) sua aplicação possibilita o exame dos custos e benefícios de longo prazo,

particularmente os custos ambientais e sociais, freqüentemente ignorados na fase

de definição de prioridades que é realizada, em geral, sob o critério do menor custo;

b) a possibilidade de evitar impactos ambientais, por meio da análise das ações e

estratégias programadas, antes da tomada de decisão quanto às prioridades de

investimento;

Missão Políticas Diretrizes Objetivos

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c) a identificação, ainda no início do processo de planejamento, de alternativas

inadequadas sob o ponto de vista ambiental e de longo prazo, reduzindo assim os

custos decorrentes da implementação das mesmas através de medidas de mitigação

e compensação. Para assegurar sua integração ao processo de tomada de decisão,

os resultados da avaliação ambiental estratégica devem receber o mesmo

tratamento que as considerações socioeconômicas e as considerações financeiras.

O modelo apresentado por Orsato (2003), na Figura 2.5, identifica os

elementos envolvidos na Gestão Ambiental da Organização. Para o autor, é

fundamental esta separação para identificar condições específicas nas quais as

Avaliações Ambientais Estratégicas Organizacionais podem melhorar a

competitividade da empresa, porque até o momento não foram tratados como áreas

independentes da ação estratégica.

Figura 2.5: Tipos Genéricos de Avaliações Ambientais Estratégicas Organizacional Fonte: Orsato (2003)

Para Porto e Teixeira (2002, p.139), além do conhecimento dessas

ações, a AAE exige que se tenha disponível para o processo decisório uma base de

dados físicos, ecológicos e socioeconômicos que permita escolher a melhor opção

para PPP, segundo uma análise criteriosa.

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A avaliação Ambiental estratégica em relação ao ciclo de vida de um

projeto (conforme figura 2.5), como processo decisório, baseia-se em dados e fatos,

que a auxiliam nessa decisão. Portanto, para a execução de uma AAE é primordial a

pré-viabilidade dos fatos, o monitoramento e avaliação das atividades realizadas,

bem como o conhecimento de ações na esfera federal, estaduais e municipais,

provenientes de políticas, planos, programas, voltados para questões ambientais,

que tenham implicação nessas atividades.

O fato de a AAE ser realizada antes de se ter o conceito do projeto

consolidado, permite que se tenham várias soluções possíveis para os problemas

que justificarem o investimento na identificação inicial de novos projetos, planos e/ou

políticas. É justamente a avaliação ambiental estratégica que fornecerá a informação

ambiental necessária para a tomada de decisões como, por exemplo, a seleção do

local de expansão.

Figura 2.5 – Avaliação Ambiental Estratégica em Relação ao Ciclo de Vida de um Projeto Fonte – Aquino Consultores Associados (2004).

Para assegurar sua integração ao processo de tomada de decisão, os

resultados da avaliação ambiental estratégica devem receber o mesmo tratamento

que as considerações socioeconômicas e as considerações financeiras.

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3. POLÍTICA AMBIENTAL

A política ambiental deve estabelecer um senso geral de orientação para

as organizações e simultaneamente fixar os princípios de ação pertinentes aos

assuntos e à postura empresarial relacionados ao meio ambiente. Reflete um

conjunto de princípios que, nas pequenas organizações, normalmente não são

escritos, mas constituem um código de conduta conhecido e respeitado.

Uma “política”, em uma empresa, é o conjunto de intenções de sua

alta direção sobre um determinado assunto, da qual irão decorrer uma série de medidas e procedimentos que orientam as condutas gerenciais, determinando um senso geral de orientação, fixando os

princípios gerais da organização, (MOURA, 2002, p.65).

A Política Ambiental deve definir, com clareza, em que unidade ou linhas

de produtos irá se aplicar o Sistema de Gestão Ambiental. Quando nada for

informado, fica subentendido que o Sistema irá se aplicar a toda a organização.

Segundo Junior (2000), a política ambiental da organização deve ser

registrada por escrito e comunicada internamente na empresa e às “partes

interessadas”, que são “aqueles que têm interesse nos efeitos ambientais das

atividades, produtos e serviços de uma organização”.

Tendo como base a avaliação ambiental inicial ou mesmo uma revisão

que permita saber onde e em que estado a organização se encontra em relação às

questões ambientais, chegou a hora da empresa definir claramente aonde ela quer

chegar, procurando sustentabilidade no mercado. Nesse sentido, a organização

discute, define e fixa o seu comprometimento e a respectiva política ambiental.

As portas do mercado e do lucro, para as empresas que visam sustentabilidade, se abrem cada vez mais, quando não contribuem com poluição, poluem menos ou deixam de poluir – e não para as

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empresas que desprezam as questões ambientais na tentativa de

maximizar seus lucros e socializar o prejuízo (MAGALHÃES, 1994,

p.34).

A política ambiental da organização, conforme Junior (2000), deve

necessariamente estar disseminada nos quatro pontos cardeais da empresa, ou

seja, em todas as áreas administrativas e operativas e também deve estar

incorporada em todas as hierarquias existentes, ou seja, de baixo para cima e de

cima para baixo.

A alta administração deve definir a política ambiental da organização e

assegurar que ela:

Seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais de suas atividades;

Inclua o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção da

poluição;

Inclua o comprometimento com o atendimento à legislação e normas

ambientais aplicáveis e demais requisitos subscritos pela organização;

Forneça a estrutura para o estabelecimento e revisão dos objetivos e metas

ambientais;

Seja documentada, implementada, mantida e comunicada a todos os

empregados;

Esteja disponível para o público.

A política ambiental não pode nunca apresentar conflitos com a

legislação e regulamentos de órgãos ambientais do país em que a empresa (ou

filial ou subsidiária) estiver instalada.

O atendimento à legislação pode estar sendo realizado como

resultado de um acordo com a autoridade competente, normalmente o órgão

ambiental, situação em que a empresa eventualmente não esteja naquele

instante totalmente cumpridora da Lei, mas esteja em processo de adequação,

através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

3.1 POLÍTICA AMBIENTAL NACIONAL – LEI Nº 6.938/81

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O desenvolvimento da economia procedente da Revolução Industrial,

durante séculos, evitou que os problemas ambientais fossem considerados. O meio

ambiente era predominantemente visto como acessório do desenvolvimento, e não

como parte intrínseca dele. A poluição e os impactos ambientais do desenvolvimento

desordenado eram visíveis, mas os benefícios proporcionados pelo progresso os

justificavam como um “mal necessário”, algo com que se deveria resignar.

A política ambiental nacional brotou e se desenvolveram nos últimos

anos como resultado da ação de movimentos sociais locais e de pressões vindas de fora do país. Os temas predominantes eram o fomento à exploração dos recursos naturais, o desbravamento do

território, o saneamento rural, a educação sanitária e os embates entre os interesses econômicos internos e externos. A legislação que dava base a essa política era formada pelos seguintes códigos: de

águas (1934), florestal (1965) e de caça e pesca (1967). Não existia, no entanto, uma ação coordenada de governo ou uma entidade gestora da questão (BREDARIOL, 2001, p.16).

No Brasil, a gestão do meio ambiente caracteriza-se pela desarticulação

dos diferentes organismos envolvidos, pela falta de coordenação e pela escassez de

recursos financeiros e humanos para gerenciamento das questões relativas ao meio

ambiente.

De acordo com Monteiro (1981, p.32), essa situação é o resultado de

diferentes estratégias adotadas em relação à questão ambiental no contexto do

desenvolvimento econômico do Brasil. A economia brasileira, desde os tempos

coloniais, caracterizou-se historicamente por ciclos que enfatizam a exploração de

determinados recursos naturais.

Para Monosowski (1989), as estratégias de desenvolvimento adotadas

desde os anos 50 também assumem essas mesmas características, ao privilegiar o

crescimento econômico de curto prazo, mediante a modernização maciça e

acelerada dos meios de produção. A industrialização, a implantação de grandes

projetos de infra-estrutura e a exploração de recursos minerais e agropecuários para

fins de exportação fazem parte das estratégias que têm produzido importantes

impactos negativos no meio ambiente. Isso tudo, aliado ao acelerado processo de

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urbanização que ocorreu nas grandes cidades, causou profunda degradação do

ambiente urbano.

Essas mudanças e impactos negativos ao meio ambiente, segundo

Pimenta (1987, p.39), se consubstanciam através da publicação de várias leis, que

resultam na criação de diversos agentes de controle ambiental, tanto em nível

federal, quanto no nível estadual e municipal.

A 4lei de Política Ambiental – Lei nº 6.938/81, dispõe sobre as sanções

penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio

ambiente, e dá outras providências. Esta Lei estabelece a Política Nacional do Meio

Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema

Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA e institui o Cadastro de defesa Ambiental.

Para uma compreensão maior sobre a Política Ambiental, cita-se seus objetivos que

se encontram no artigo 2º da Lei Federal 6.938/81, quais sejam:

(...) a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao

desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.

A lei nº 6.938/81 estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente

(PNMA), seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Para Porto e Teixeira

(2002, p.124), entre os princípios dessa política destaca-se a ação governamental

na manutenção do equilíbrio ecológico, proteção dos ecossistemas, controle das

atividades potencialmente ou efetivamente poluidoras e recuperação das áreas

degradadas.

4Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 20 de março de 1997.

São instrumentos da Política Nacional do meio Ambiente:

Preventivos

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✓ o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;

✓ o zoneamento ambiental;

✓ a avaliação de impacto ambiental;

✓ o licenciamento ambiental de atividades potencialmente poluidoras;

✓ criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público

Federal, Estadual e Municipal, tais como áreas de proteção ambiental, áreas

de relevante interesse ecológico e outras;

✓ o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;

✓ o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa

Ambiental;

✓ criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público

federal, Estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, áreas

de relevante interesse ecológico e outras;

✓ o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;

✓ o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa

Ambiental.

Corretivos

✓ os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação e

absorção de tecnologia , voltados para a melhoria da qualidade ambiental;

✓ as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das

medidas necessárias à preservação ou correção da degradação

ambiental.

3.2 POLÍTICA AMBIENTAL ESTADUAL

A Política Ambiental Estadual é uma lei que estabelece a Política Estadual

do Meio Ambiente, seus objetivos, mecanismos de formulação e aplicação e

constitui o Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção,

Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos

Naturais - SEAQUA, nos termos do artigo 225 da Constituição Federal e o artigo 193

da Constituição do Estado.

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A Política Estadual do Meio Ambiente tem por objetivo garantir a todos da

presente e das futuras gerações. o direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

visando assegurar, no Estado, condições ao desenvolvimento sustentável, com

justiça social, aos interesses da seguridade social e à proteção da dignidade da vida

humana e, atendidos especialmente os seguintes princípios:

I - adoção de medidas, nas diferentes áreas de ação pública e junto ao setor

privado, para manter e promover o equilíbrio ambiental e a melhoria da qualidade

ambiental, prevenindo a degradação em todas as suas formas e impedindo ou

mitigando impactos ambientais negativos e recuperando o meio ambiente

degradado;

II - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;

III - definição, implantação e administração de espaços territoriais e seus

componentes, representativos de todos os ecossistemas originais a serem

protegidos;

IV - realização do planejamento e zoneamento ambiental, considerando as

características regionais e locais, e articulação dos respectivos planos, programas e

ações;

V - controle e fiscalização de obras, atividades, processos produtivos e

empreendimentos que, direta ou indiretamente, possam causar degradação ao meio

ambiente, adotando medidas preventivas ou corretivas e aplicando as sanções

administrativas pertinentes:

VI - controle e fiscalização da produção, armazenamento, transporte,

comercialização, utilização e do destino final de substâncias, bem como do uso de

técnicas, métodos e instalações que comportem risco à vida, à qualidade de vida, ao

meio ambiente, inclusive do trabalho;

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VII - realização periódica de auditorias ambientais nos sistemas de controle de

poluição e nas atividades potencialmente poluidoras;

VIII - informação da população sobre os níveis de poluição, a qualidade do meio

ambiente, as situações de risco de acidentes, a presença de substâncias nocivas e

potencialmente nocivas a saúde e ao meio ambiente, nos alimentos, na água, no

solo e no ar, bem como o resultado das auditorias a que se refere o inciso VII deste

artigo;

IX - exigência para que todas as atividades e empreendimentos sujeitos ao

licenciamento ambiental adotem técnicas que minimizem o uso de energia e água,

bem como o volume e potencial poluidor dos efluentes líquidos, gasosos e sólidos;

X - promoção da educação e conscientização ambiental com o fim de capacitar a

população para o exercício da cidadania;

XI - preservação e restauração dos processos ecológicos essenciais das espécies e

ecossistemas;

XII - proteção da flora e fauna, nesta compreendidos todos os animais silvestres,

exóticos e domésticos, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função

ecológica, que provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais à

crueldade, fiscalizando a extração produção, criação, métodos de abate, transporte,

comercialização e consumo de seus espécimes e subprodutos;

XIII - fiscalização das entidades dedicadas à pesquisa e manipulação genética;

XIV - instituição de programas especiais mediante a integração de todos os órgãos

públicos, incluindo os de crédito, objetivando incentivar os proprietários e usuários

de áreas rurais a executarem as práticas de conservação dos recursos ambientais,

especialmente do solo e da água, bem como de preservação e reposição das matas

ciliares e replantio de espécies nativas;

XV - estabelecimento de diretrizes para a localização e integração das atividades

industriais, considerando os aspectos ambientais, locacionais, sociais econômicos e

estratégicos;

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XVI - instituição de diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,

saneamento básico e transporte;

XVII - imposição ao poluidor de penalidades e da obrigação de recuperar e/ou

indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de

recursos ambientais com fins econômicos, através de atos administrativos e de

ações na justiça, sem prejuízo das demais penalidades previstas em lei, incumbindo,

para tanto, os órgãos competentes, da administração direta, indireta e fundacional

da obrigação de promover as medidas judiciais para a responsabilização dos

causadores da poluição e degradação ambiental, esgotadas as vias administrativas;

XVIII - restrição à participação das pessoas físicas e jurídicas punidas e/ou

condenadas por atos de degradação ambiental em licitações promovidas pelos

órgãos da administração direta, indireta ou fundacional do Estado, ou de por eles

serem contratadas, bem como ao acesso a benefícios fiscais e créditos oficiais do

Estado;

XIX - incentivo à pesquisa. ao desenvolvimento e à capacitação tecnológica para a

resolução dos problemas ambientais e promoção da informação sobre estas

questões;

XX - promoção e manutenção do inventário e do mapeamento da cobertura vegetal

nativa, visando à adoção de medidas especiais de proteção, bem como promoção

do reflorestamento em especial, às margens de rios, lagos, represas e das

nascentes, visando a sua perenidade;

XXI - estímulo e contribuição para a recuperação da vegetação em áreas urbanas,

com plantio de árvores, preferencialmente frutíferas, objetivando especialmente a

consecução de índices mínimos de cobertura vegetal; e

XXII - incentivo e auxilio técnico às associações de proteção ao meio ambiente,

constituídas na forma da lei, respeitando a sua autonomia e independência de

atuação.

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37

3.3. POLÍTICA AMBIENTAL – PORTUÁRIA

A Política Ambiental no âmbito das organizações portuárias tem por

finalidade estabelecer um senso geral de orientação para a administração portuária,

fixando os princípios de ação pertinentes aos assuntos e a postura empresarial em

defesa do meio ambiente, definindo claramente seu comprometimento e sua

sensibilidade com o Sistema Integrado de Gestão Ambiental (Conforme figura 3.3).

Segundo Suykens (1998), a Política Ambiental deverá ser desenvolvida e

implantada em dois ambientes: um interno e outro externo à organização portuária.

No ambiente interno, são traçadas as linhas mestras para a corporação portuária,

seguindo princípios ambientais corporativos. Para o ambiente externo, a política

deverá tratar de imagem da organização, das alianças com terceiros e da presença

do porto fora de seu espaço físico.

Figura 3.3. – Diagrama dos princípios de ações pertinentes a política ambiental. Fonte:Pesquisa direta

Ao adotar uma política ambiental, a organização portuária deve

escolher as áreas internas mais óbvias a serem focalizadas com relação ao

cumprimento da legislação e das normas ambientais vigentes, específicas no que se

referem a problemas e riscos ambientais potenciais. Externamente, a entidade

portuária deverá defender uma linha de proteção ambiental harmonizada à

capacidade de desenvolver a atividade no presente e no futuro.

Quando surge a aprovação e definição pelos dirigentes de uma organização

em relação ao estabelecimento e implementação da Política Ambiental Portuária, essa

organização deve:

1. Ter o seu entendimento verificado e a sua disseminação planejada.

Política Ambiental

Sensibilização

Comprometimento

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2. Ser revisada sempre que for preciso.

Tanto internamente como externamente, a política ambiental deverá

sensibilizar o público alvo ao valor do meio ambiente. A partir da valorização do meio

ambiente, traçam-se linhas de respeito e proteção aos recursos naturais.

Campanhas empresariais nesse sentido ajudam a despertar a consciência

ambiental. Disseminar o conhecimento ambiental também sensibiliza o público

interno e externo.

Da mesma forma que a sensibilização, o comprometimento deve se dar

também em relação ao público interno e externo. De modo geral, há que se

estabelecer um compromisso com o cumprimento das conformidades ambientais de

vital importância para a organização. Trata-se de implantar requisitos ambientais na

atividade portuária, previstos em lei e outros regulamentos adicionais, que dêem

sustentabilidade a um sistema de gestão integrada.

3.4 SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO AMBIENTAL PORTUÁRIA

No Brasil, a moderna gestão foi implantada inicialmente no setor privado

com o intuito de organizar as empresas sob o ponto de vista burocrático. Com a

expansão das empresas e a crescente exigência de qualidade do mercado,

principalmente do mercado externo, as empresas nacionais viram-se obrigadas a

investir estrategicamente em qualidade e principalmente na administração de todo o

processo produtivo.

Nesse sentido, muitas empresas buscaram a certificação de qualidade

internacional emitida pela ISO (Organização Internacional para Normalização) e que

posteriormente também foi aceita como padrão de qualidade nacional. O passo foi

de capacitação de pessoal, essencial para o funcionamento de qualquer empresa e

aumento da produtividade.

(...) a produtividade majora a medida que a qualidade melhora, há menos trabalho e não há tanto desperdício (...) a melhora da qualidade transfere o desperdício de homens-hora e tempo-máquina

para a fabricação de um bom produto e uma melhor prestação de

serviços (DEMINH, 1991, p.1).

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39

A administração e o controle da segurança foram tratados inicialmente

como assuntos internos das empresas e somente com os grandes acidentes, tais

assuntos passaram ao conhecimento público. Em conseqüência, as instituições

governamentais interferiram nesse processo, criando então normas para garantir a

qualidade, através da integridade física dos trabalhadores e determinar os

responsáveis por esses acidentes.

Após a gestão da qualidade, as empresas começaram dar destaque às

questões ambientais, estimuladas pela ameaça de um colapso ambiental nas

próximas décadas. Assim, tiveram que modificar novamente seus processos de

Gestão, visando minimizar os riscos ambientais e buscar a Certificação ISO 14000.

Dessa maneira, surgiu um novo conceito, do Sistema Integrado de Gestão, pelo qual

se estabelecem meios de integrar a Gestão Ambiental e a gestão de Saúde e

Segurança ocupacional e estas com a Gestão da Qualidade Total.

Para Juran (1990, p.12) “qualidade é a adequação ao uso”, é a ação

transformadora da realidade. É o resgate da dignidade de todos. De quem produz,

de quem usa e da própria instituição que se propôs servir a uma determinada

comunidade. É o aperfeiçoamento constante da administração participativa.

Um dos principais aspectos para a sustentabilidde da atividade portuária é

a internalização da questão ambiental nos portos, processo que passa pela

elaboração, implantação, utilização e implementação de um Sistema Integrado de

Gestão Ambiental, cuja base executora é um Programa de Gestão Ambiental.

O tratamento das questões no porto organizado, compatível com a

legislação vigente, é uma demanda da sociedade. Cabe aos agentes portuários

públicos e privados, apresentar a atividade como um exercício limpo e

compromissado com a causa ambiental. Sempre que necessário, devem, portanto,

adotar princípios de prevenção e precaução quanto a possíveis riscos ambientais.

A Gestão Ambiental portuária pode ser entendida como a dinâmica do

tratamento das matérias ambientais, entendendo-se como dinâmica o processo

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interativo envolvendo todos os agentes e suas ações, voltadas para o tratamento

adequado e integrado do ambiente portuário.

Hojda (1998) refere que todo o desenvolvimento de normas voltadas ao

Sistema de Gestão Ambiental teve aspectos importantes, ao demonstrar que o

correto estabelecimento da Gestão Ambiental, além de responder às exigências da

comunidade mundial e do consumidor-cidadão, também oferece às organizações

vantagens competitivas matematicamente mensuráveis: redução de custos, em

função da economia de recursos naturais e diminuição da geração de resíduos;

possibilidades de conquistar mercados restritos, como o da União Européia;

economia de recursos pertinentes a indenizações por responsabilidade civil; mais

facilidade para obtenção de financiamentos junto a organismos multilaterais de

crédito, como o Banco Mundial (BID), Banco Interamericano de Desenvolvimento

(BIRD) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e

atendimento às legislações inerentes ao meio ambiente.

A implementação de práticas ambientais corretas na empresa são

sempre necessárias, trazendo inúmeros benefícios. Dependendo do porte da

organização, passa a ser necessário existir um setor específico voltado a essas

atividades e que cuide dos aspectos ambientais dos produtos, serviços e processos

industriais, eventualmente implantando-se um sistema de gestão ambiental

integrado.

Teles e Filho (2000, p.102), afirmam que o sucesso da utilização da

Gestão Ambiental da empresa depende da participação intensa e permanente da

alta administração e do comprometimento assumido pelo seu corpo funcional.

Para a tomada de decisão sobre a implantação de um sistema de gestão

integrado, deve ser feita analisando-se, a “necessidade dos clientes” que a empresa

tem e de que forma esse sistema irá colaborar para auxiliar no cumprimento da

legislação ambiental. A implantação de um SGA é uma das melhores formas para

conseguir obter melhorias de desempenho ambiental em uma organização e, nesse

trabalho, serão cumpridos, basicamente, três grandes conjuntos de atividades:

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a) Análise da situação atual da empresa – Verificar “onde a empresa está”

no momento, no tocante ao desempenho atual, quanto aos seus produtos,

serviços prestados e sistemas de produção;

b) Estabelecimento de Metas – Estudar as possibilidades físicas, recursos

materiais e humanos necessários e, a partir de diretrizes vindas da Política

Ambiental, definir “onde queremos chegar” em termos de melhorias em um

certo período de tempo;

c) Estabelecimento de Métodos – Vai definir “como chegar” aos resultados

pretendidos, para que sejam atingidas as metas.

A implantação de um Sistema integrado de Gestão Ambiental tem como

objetivos:

1. Proteger os atrativos naturais de ações antrópicas;

2. Recuperar aqueles que são atingidos pela atividade;

3. Mitigar os impactos ambientais decorrentes da atividade ou empreendimento;

4. Compensar as alterações inevitáveis;

5. Valorizar os ativos naturais vinculados aos sítios portuários.

Um sistema implantado com esses atributos de proteção ao meio ambiente gera um custo que deve ser incorporado à atividade, custo esse a ser pago

pelo usuário. Incorporar externalidades não é uma tarefa fácil. Usualmente, o empreendedor busca reduzir os custos de seu empreendimento, deixando de lado aquilo que não faz parte do seu processo de produção, transferindo para

a sociedade parte do impacto do seu negócio. À medida que as externalidades são incorporadas aos empreendimentos portuários, a sociedade deixa de pagar por fatos alheios a sua vontade e os

empreendimentos passam a ter custos reais. O agente público vale-se da regulamentação de modo que o empreendimento incorpore o máximo de

externalidades (GILBERTO 1995, p.72).

O Sistema demandado deve ter uma concepção sistêmica para os

empreendimentos, tratando implantação daqueles segundo determinadas etapas,

começando com o planejamento do empreendimento, quando se faz uma avaliação

estratégica de sua implantação, seguindo a elaboração de mecanismos de

verificação e controle dos potenciais impactos por ele gerado.

De acordo com Tommasi (1994, p.80), os impactos ambientais não estão

sendo aferidos na prática, por meio de acompanhamento da implantação e operação

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do empreendimento. Essa falta de acompanhamento tem deixado esses estudos

dissociados da realidade, compondo apenas uma peça de atendimento á legislação.

O acompanhamento do empreendimento é fundamental na gestão Ambiental para

assegurar sua eficiência e eficácia no controle à degradação ambiental. Para dar

sustentabilidade a um sistema de gestão, as entidades exploradoras de portos ou

instalações portuárias devem possuir estruturas organizacionais voltadas para a

questão ambiental nos níveis hierárquicos de decisão e de gestão, com atribuições e

atuações diferenciadas.

Para que a Gestão Ambiental funcione são necessárias também regras,

normas e procedimentos operacionais, como guias de referência ou de orientação,

compondo um conjunto imprescindível de ferramentas para o explorador portuário.

Para Moura (2002, p.62) à medida que as organizações sedimentam as

suas identidades, podem iniciar transformações mais amplas na ecologia social a

que pertencem. Pode estabelecer as bases para a própria destruição, ou então,

podem criar condições que permitirão a elas evoluírem com o ambiente.

A organização deve ter um programa estruturado com responsáveis pela

coordenação e implementação de ações que cumpram o que foi estabelecido na

política ambiental, compromissos em agendas ambientais e exigências legais, que

atinjam os objetivos e metas e contemplem o desenvolvimento de novos produtos e

processos.

Uma vez implantado, o Sistema deve se melhorado continuamente ao

longo de sua existência, seguindo identificando mais e melhor os elementos

poluentes, seus processos, efeitos associados e cumulativos, incorporando mais e

mais instrumentos de controle e combate à poluição.

Portanto, o Sistema de Gestão Ambiental deve ser um instrumento

dinâmico, que integre uma série de dispositivos com atributos de interdependência e

mutabilidade de seus elementos.

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A realização das etapas de um Sistema Integrado de Gestão trata-se,

portanto, de um processo contínuo e adaptativo, por meio do qual uma organização

define (e redefine) seus objetivos e metas, bem como implementa ações relativas à

Qualidade de seus produtos, a satisfação dos clientes e comunidade, á Proteção do

Meio Ambiente e á Saúde e Segurança ocupacional de seus empregados.

Um SGA Integrado pode ser visto como constituído conforme a figura

abaixo:

Figura 3.4 – Etapas de um Sistema Integrado de Gestão Ambiental Fonte: Pesquisa direta

Segundo Fialho (2002, p.58) vários são os fundamentos básicos que

levam à adoção e à prática de um Sistema integrado de Gestão Ambiental. Podem

decorrer desde procedimentos obrigatórios de atendimento da legislação ambiental

até a fixação de políticas ambientais que visem à conscientização de todo o pessoal

da organização como as etapas mostradas acima.

Capacitação e

Implementação

Planejamento

Melhoria Contínua

Instrumentos de

Gestão

Política Ambiental

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3.5 ASPECTOS E IMPACTOS AMBIETAIS DAS ATIVIDADES PORTUÁRIAS

Aspectos ambientais são todos os elementos das atividades de uma

organização (processos), seus produtos (matéria prima, consumo de água e energia,

embalagem utilizada, emissão de efluentes, etc.) ou serviços, que podem interagir

com o meio ambiente.

Segundo Gomes (1999, p.42), impactos ambientais são quaisquer

mudanças no meio ambiente que ocorrem como resultado das atividades de uma

organização. A idéia de impactos ambientais é quase sempre associada á geração

de eventos indesejáveis, ou seja, agressões ao meio ambiente.

A norma ISO 14.001 define que a organização deve estabelecer e manter

procedimentos para identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos

ou serviços que possam por ela ser controlados e sobre os quais presumem-se que

ela tenha influência, a fim de determinar aqueles que tenham ou possam ter impacto

significativo sobre o meio ambiente. A organização deve, ainda, assegurar que os

aspectos relacionados a estes impactos significativos sejam considerados na

definição de seus objetivos ambientais.

A identificação dos aspectos e impactos ambientais é importante

sobre tudo para a realização da avaliação de desempenho ambiental da organização (GOMES, 1999, p.43).

Os ”Impactos Ambientais” do empreendimento, em seus diversos

processos industriais e de apoio à produção, confrontados com os “Aspectos

Ambientais” deram origem aos quadros de avaliação seguintes, nos quais serão

explicitados os aspectos, impactos e seus respectivos graus de significância (ver

anexo 1).

Os atributos adotados são:

✓ Situação

✓ Natureza: Adversa (A) / Benéfica (B)

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✓ Duração (D): Curta (1) / Média (2) / Longo Prazo (3)

✓ Probabilidade de Carência / Freqüência (F): Improvável (1) / Média

✓ Probabilidade (2) / Provável (3)

✓ Severidade do Impacto (S): Pequena (1) / Média (2) / Alta (3)

✓ Significância do Impacto (D + F + S): £ 3 = baixa / > 3 e £ 6 = Média / ³ 6 =

✓ Alta

Para Porto (2002, p.178), são fatores determinantes de impactos

ambientais:

✓ Implantação de infra-estrutura (construção);

✓ Existência e localização das instalações portuárias;

✓ Uso do cais e das instalações portuárias;

✓ Operação – carga, descarga e equipamentos móveis;

✓ Operação – movimentação de produtos perigosos;

✓ Operação – tratamento e disposição de resíduos;

✓ Operação – distribuição e armazenagem de mercadorias;

✓ Tráfego;

✓ Atividades industriais;

✓ Uso de instalações para lazer náutico.

Os principais impactos oriundos da atividade portuária são:

✓ No desenvolvimento:

_ Supressão de vegetação;

_ Lançamento de partículas sólidas e gases no ar;

_ Transtornos no tráfego no entorno;

_ Agressão a ecossistemas;

_ Lançamento de material dragado;

_ Alteração dos meios aquáticos, e;

_ Modificação da linha de costa.

✓ Na operação:

_ Lançamento de afluentes em corpos d’água;

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_ Poluição por resíduos sólidos e líquidos das embarcações e provenientes do

manuseio de carga;

_ Derramamentos e outros acidentes com perda de carga;

_ Lançamento de partículas sólidas e gases no ar;

_ Transtornos no tráfego no entorno;

_ Sobrecarga nas redes de saneamento, energia elétrica, água potável, etc;

_ Ruído;

_ Alteração da paisagem, e:

_ Lançamento de material dragado.

Segundo Porto e Teixeira (2002, p.179), os componentes ambientais afetados

são (Ver anexo 1):

✓ Qualidade do ar;

✓ Condições da coluna de água e fundo;

✓ Ruído e vibrações;

✓ Odor;

✓ Topografia;

✓ Hidrografia/oceanografia;

✓ Fauna e flora – aquática e terrestre;

✓ Paisagem;

✓ Resíduos;

✓ Aspectos socioculturais;

✓ Aspectos socioeconômicos.

3.6 CONSTITUIÇÃO FEDERAL E A LEI DOS PORTOS Nº 8.630/93

Conforme a Constituição Federal, nos seus art. 21 e 22, é competência

da União explorar e regular os portos brasileiros, possuindo, portanto, um monopólio

natural, podendo, contudo, o Estado outorgar, através de concessão ou autorização,

a exploração dos serviços portuários a terceiros, além de delegá-los a Unidade da

federação (Estados e Municípios).

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Nesse sentido a União dispõe sobre o regime jurídico da exploração dos

portos organizados e das instalações portuárias e de outras providências.

Para Copssec (1991, p.122), a descentralização das decisões do

gerenciamento portuário, que é uma das premissas da Lei dos Portos, permite que

isso seja feito de forma ágil e eficiente, desde que a administração portuária seja

dotada de equipe treinada para desenvolver e operar um sistema de gerenciamento

ambiental.

Como poder concedente, o governo federal, por intermédio do Ministério

dos Transportes deverá, entre outras tarefas:

✓ Determinar a política setorial em função da nova Lei dos Portos (Lei nº

8.630/93);

✓ Determinar as condições em que a concessão ou autorização se processará;

acompanhar e controlar o desempenho operacional do porto;

✓ Ordenar o planejamento participativo do desenvolvimento e da atuação do

porto;

✓ Cobrar os resultados previstos.

O art. 32º da Lei 8630/93, determina inclusive a criação de Centros

de Treinamento Profissional para a capacitação de pessoal, visando ao

desempenho de funções e ocupações peculiares às operações portuárias bem

como de atividades correlatas.

Para Porto e Teixeira (2002, p.124), Os aspectos ambientais

presentes na lei nº 8.630/93 são de natureza gerencial e operacional. Constam

dos art. 4º, art. 30 e art.33. O art.4º, parágrafo 1º, fica estabelecido que a

exploração de instalação portuária, via contrato de arrendamento ou via

autorização, deve ser precedida de aprovação do Relatório de Impacto sobre o

Meio Ambiente – RIMA. O relatório de Impacto Ambiental – RIMA é peça do

Estudo de Impacto Ambiental – EIA. Entende-se, neste caso, que o EIA deva

preceder ao arrendamento de instalações portuárias.

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Os art. 30 e 33 da Lei nº 8.630/93 atribuem aos Conselhos de

Autoridade Portuária – CAP e à Administração portuária respectivamente

responsabilidade na tarefa de verificar e assegurar que sejam cumpridas as

normas de proteção ao meio ambiente e que a atividade portuária seja executada

com segurança e respeito ao meio ambiente.

3.7 OPORTUNIDADES E DESAFIOS DE UM SISTEMA INTEGRADO DE

GESTÃO AMBIENTAL PORTUÁRIA

Para tratar questão ambiental portuária, torna-se necessário uma

profunda reorganização da atividade existente no porto organizado e em

instalações portuárias fora daquele. O novo pressuposto é o tratamento da carga

segundo o seu potencial poluente e, conseqüentemente, os riscos de poluição.

A atividade portuária, de natureza industrial, foi considerada poluente

por força de Lei e deve se adequar à padrões de combate à poluição. O

licenciamento exigido para atividades potencialmente poluentes impõe uma série

de instrumentos de gestão, contudo não esgota a gestão que, para se efetivar na

prática, necessita de uma série complementar de dispositivos, cujas ações de

implantação devem ser contempladas em Planos e programas com essa

finalidade.

É condição básica a implantação de um sistema de gestão ambiental no porto organizado que seja integrado, englobando os recursos naturais e a força de trabalho. Atuar eficientemente e eficazmente,

respeitando o meio ambiente é uma demanda da sociedade (JÚNIOR, 1998, p.100).

Há uma série de regulamentos promulgados por organismos

internacionais controladores do tráfego marítimo a serem observados pelos

setores de navegação e portuário. Esses regulamentos incluem dispositivos de

prevenção e combate à poluição, objetivando evitar o dano ambiental. A

Organização Marítima Internacional – OMI é hoje a responsável pelas principais

regulações nesse campo. Todos os países, de uma certa forma, internalizaram

esses regulamentos ambientais. O princípio básico na atividade portuária é

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trabalhar a carga transportada, seu potencial poluidor e situações de risco de

acidente.

Uma segunda demanda foi estabelecida pelos tribunais marítimos

que, ao julgarem os acidentes com cargas poluentes, sentenciaram vários

agentes de transporte marítimos por lesões ao meio ambiente e prejuízos aos

seus beneficiários. Nessas sentenças, os tribunais exigiram o ressarcimento das

perdas infringidas a terceiros, em particular pelo não uso dos recursos ambientais

degradados. Essas indenizações passaram a envolver elevadas somas de

recursos.

Para Porto (2002, p.145), o grande desafio a ser vencido é a

implantação de um Sistema Integrado de Gestão Ambiental que possibilite que

os agentes exploradores da atividade portuária possam efetuar o tratamento

ambiental de suas atividades, dentro do seu espaço físico, organizacional e

institucional de forma sistemática, coordenada e integrada.

Os tribunais promovem as principais ações de reparação e

indenizações por acidentes envolvendo derramamento de óleo, criando uma

jurisprudência de responsabilidades civis que serviriam para outros casos. Como

indenizações, estavam sendo consideradas todas as perdas direta e

indiretamente ocasionadas aos beneficiários dos recursos naturais. Essas

indenizações não isentavam os infratores do controle da poluição, com sua

mitigação e restituição do ambiente às condições anteriores.

Esses dois fatores impuseram uma revisão no perfil da atividade de

transporte e transbordo de carga em portos. As somas a serem pagas eram por

si só motivo para a reestruturação. A agregação de valores por meio de penas

aplicadas pôs fim ao crescimento das embarcações graneleiras, reconstruindo

um novo padrão para essas unidades de transporte, de forma a se evitar que

acidentes continuassem a acontecer.

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6Esse Sistema deve considerar:

✓ Definição das principais questões ambientais de ocorrência na área de

influência direta do porto, caracterizando as fontes efetivas e potenciais de

alteração da qualidade ambiental;

✓ Sistematização de procedimentos de gerenciamento ambiental, por meio de

ações pontuais e periódicas, atividades permanentes de controle e

monitoramento das fontes de alteração da qualidade ambiental, bem como

de planos de ação emergencial;

✓ Atendimento e suporte à legislação ambiental vigente;

✓ Redução de riscos, perdas e de impactos negativos;

✓ Prevenção de acidentes e aumento de segurança nos sítios portuários;

✓ Alocação de recursos para atender os acidentes ambientais, ações

emergenciais e perdas;

✓ Redução de gastos com recuperação ambiental;

✓ Previsão de serviço de relações públicas para atendimentos à demanda de

informações sobre questões ambientais e à expectativa das comunidades

afetadas pelas atividades portuárias e afins;

✓ Contribuição à preservação da qualidade ambiental e ao desenvolvimento

sustentável.

Para que esse desafio seja vencido, ou seja, que sejam conseguidas

condições favoráveis para a implantação pelas unidades portuárias de Sistema

Integrado de gestão Ambiental, uma série de ações são necessárias, a saber:

✓ Implementação da Agenda Ambiental Portuária;

✓ O estabelecimento de compromissos com a causa ambiental;

✓ Internalização da variável ambiental no desenvolvimento e operação

portuários;

6Porto, Marcos e Teixeira, Sergio Grein – Portos e Meio Ambiente.

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✓ Elaboração de EA-Estudos Ambientais ou EIA-Estudos de Impactos

Ambientais;

✓ Organização de unidade de gestão ambiental; organograma; fluxograma de

atividades; e;

✓ Adoção de premissas e conceitos de valorização da qualidade ambiental e

de desenvolvimento sustentável.

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4. GERENCIAMENTO AMBIENTAL DO PORTO DE SALVADOR

A Companhia das Docas do Estado da Bahia – CODEBA, com sede e

foro na cidade de Salvador – Bahia, vinculada ao Ministério dos Transportes, regida

pela legislação pertinente às sociedades por ações, no que lhe for aplicável, e pelo

seu Estatuto Social. (CODEBA, 2006).

Tem por objetivo social realizar, em harmonia com os planos e

programas do Ministério dos Transportes, a administração e exploração comercial

dos portos organizados no Estado da Bahia e da Hidrovia do São Francisco, bem

como realizar a administração e exploração comercial de portos e instalações

portuárias localizadas em outros Estados e administrar vias navegáveis interiores,

por delegação do Governo federal. Em complementação aos serviços a si

incumbidos pela legislação, a CODEBA poderá desenvolver atividades afins,

conexas ou acessórias, industriais, comerciais e de prestação de serviços

(CODEBA, 2006).

Atualmente, a Companhia reporta-se, também, à Lei nº 8.630/93, que

dispõe sobre o regime jurídico da exploração dos portos organizados e das

instalações portuárias (CODEBA, 2006).

O primeiro trecho de cais do Porto de Salvador foi concluído no ano de

1913, na época sob a responsabilidade da Companhia Cessionária das Docas do

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Porto da Bahia. De 1971 a 1977, o porto de Salvador esteve sob intervenção do

Governo Federal e atualmente integra, juntamente com os Portos de Ilhéus e Aratu,

o complexo portuário baiano, administrado pela CODEBA. Localizado na Baía de

Todos os Santos, defronte à Ilha de Itaparica, no centro da Capital baiana, o Porto

de Salvador possui 2.092 metros de cais acostável e 9 armazéns de carga, que

somam uma capacidade estática de 81.704 metros cúbicos. Há o registro de forte

movimentação de carga geral e destaque para trigo, sisal, produtos siderúrgicos,

químicos e petroquímicos (CODEBA, 2006).

Nos últimos anos, Salvador tem revelado uma tendência nítida para a

conteinerização de cargas sem desmerecer a movimentação de carga geral que

mantêm seus armazéns com uma ocupação média de 35%.. Neste sentido, possui

um moderno pátio de contêineres, com dois transtêineres, empilhadeiras adequadas

e diversos equipamentos específicos para a movimentação de contêineres. É

expressiva, também, nesse porto, a movimentação de granéis sólidos.

4.1 POLÍTICA AMBIENTAL DA CODEBA

Concomitante às responsabilidades diversas, efetivadas pela CODEBA –

Companhia das Docas do Estado da Bahia, foi evidenciado que esta possui uma

política ambiental que procura estar sempre em harmonia com a legislação vigente

e, em especial, com a legislação estadual.

A Companhia das Docas do Estado da Bahia aprovou em março/2006 a

nova versão da sua política ambiental que será efetivada através do Sistema de

Gestão Integrada de meio Ambiente - SIGA, Segurança e Saúde Ocupacional,

comprometendo-se a atuar na promoção da saúde, proteção do ser humano e do

meio ambiente, através do monitoramento de riscos (CODEBA, 2006).

Assim, a análise ambiental deve voltar-se para a consolidação de

informações e estudos que permitam um real conhecimento e dimensionamento dos

efeitos (impactos) positivos e negativos do empreendimento, ou seja, deve ter por

ponto de partida uma perspectiva de gestão ambiental.

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A Codeba busca adequar a segurança dos procedimentos às melhores

práticas portuárias mundiais e mantendo os portos preparados para emergências e

exercendo a fiscalização das operações portuárias.

A Companhia das Docas do Estado da Bahia – CODEBA, através dos

seus dirigentes e empregados, procura realizar suas atividades preservando o meio

ambiente, a segurança e a saúde da comunidade interna e externa com as quais

interage. Para isso a CODEBA:

1. Considera que esta Política é parte integrante das suas atividades,

assegurando o conhecimento e cumprimento através da implantação de um

Sistema de Gestão Integrada de Meio Ambiente, Segurança e Saúde

Ocupacional, adequando seus processos às melhores práticas portuárias

mundiais e mantendo seus portos preparados para emergências;

2. Adere ao princípio do desenvolvimento sustentável, assegurando a

continuidade de seus projetos, empreendimentos, serviços e produtos para as

gerações futuras, considerando os impactos e benefícios nas dimensões

ambientais, econômica e social:

3. Reconhece como essencial para alcance desses objetivos, a implementação

de programas de educação, capacitação e comunicação contínuas da sua

comunidade interna e externa;

4. Estimula a necessidade da interatividade e conjugação de políticas públicas

nos diversos órgãos ambientais federais, estaduais e municipais, instituições

privadas e organismos do Terceiro Setor, em busca da otimização dos

procedimentos teóricos e práticos, de forma participativa, multidisciplinar e

multiinstitucional;

5. Compromete-se a fiscalizar e avaliar periodicamente o cumprimento do

estabelecido na presente Política – e em especial as atividades portuárias – e

a melhorar de forma contínua seu desempenho quanto ao cuidado com a

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saúde, a higiene, a segurança e o meio ambiente, reduzindo os níveis de

poluição, cumprindo e até superando os requisitos legais.

A responsabilidade pela política ambiental é compartilhada por dirigentes,

funcionários e colaboradores da companhia. Nesse sentido, a educação,

capacitação e comprometimento buscam envolver clientes fornecedores e as

comunidades com as quais interage.

Sendo assim, destaca Geraldo Simões, diretor presidente da Codeba:

Nossas ações devem levar em conta os impactos ambientais,

econômicos e sociais dentro de um princípio de desenvolvimento que assegure a sustentabilidade dos projetos, empreendimentos, serviços e produtos para as gerações futuras (CODEBA, 2006).

4.2 LICENCIAMENTO AMBIENTAL

A Lei que regulamenta a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº

6.938/81) e a Constituição Federal de 1988 (art. 225) exigem a realização de

estudos de impacto ambiental e o licenciamento de atividades potencialmente

perigosas, requerendo-se essa licença ao órgão ambiental federal (IBAMA), estadual

(CRA) ou municipal, conforme o caso. Uma série grande de empreendimentos

requerem essa licença para que possam ser construídos e operados.

A Resolução da CONAMA 001 de 26.1.1986, no seu art.4ºestabelece

que:

Os órgãos setoriais (nível estadual) do SISNAMA (Sistema Nacional

do Meio Ambiente) deverão compatibilizar os processos de licenciamento com as etapas de planejamento de implantação das atividades modificadoras do ambiente (MOURA, 2002, p.273).

O porto de Salvador, por estar posicionado em águas interiores a

competência para licenciamento ambiental é o órgão ambiental estadual. Contudo o

reconhecimento dessa competência só aconteceu este ano após questionamentos

do setor portuário ao IBAMA, órgão que vinha cuidando dos licenciamentos da

maioria dos Portos do Brasil.

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4.3 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA CODEBA

A CODEBA busca sempre o comprometimento com as questões

ambientais e com o desenvolvimento sustentável, através do estabelecimento de

suas políticas e objetivos (conforme figura 4.3). Assim, visa controlar o impacto de

suas atividades, produtos e serviços, além de atingir e demonstrar um desempenho

ambiental correto.

Os Objetivos de Gestão Ambiental da CODEBA são:

✓ Proteger os ativos naturais de ações antrópicas;

✓ Recuperar aqueles que são (ou foram) atingidos pela atividade;

✓ Mitigar os impactos ambientais decorrentes da atividade do empreendimento;

✓ Compensar as alterações inevitáveis;

✓ Valorizar os ativos naturais vinculados aos sítios portuários.

São princípios da gestão Ambiental da CODEBA:

• Acesso eqüitativo aos recursos naturais

• Usuário-pagador e poluidor-pagador

• Precaução

• Prevenção

• Reparação

• Informação

• Participação

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Figura 4.3 - Sistema De Gestão Ambiental (SGA) – CODEBA Fonte: CODEBA

Visando emergências, monitoramentos e medições, a CODEBA

desenvolve planos e Programas em relação ao Sistema de Gestão Ambiental, como:

a) Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS);

b) Plano de Emergência Integrada (PEI);

c) Programa de Educação Ambiental Portuária (ProEA/Codeba).

4.4 CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL PARA TODA A ORGANIZAÇÃO

É fundamental que exista na empresa uma conscientização adequada

quanto à importância da questão ambiental para o sucesso dos seus negócios e, às

vezes, de sua própria sobrevivência. Para que seja conseguido um nível satisfatório

de conscientização e conhecimento do problema, e do conhecimento da importância

do cumprimento da política ambiental e exigências de um sistema de gestão

ambiental, deverá ser proporcionado um treinamento formal sobre:

✓ As funções e responsabilidades de cada um no processo;

PESSOAS E

RECURSOS

ASPECTOS E

IMPACTOS

ANÁLISE AMBIENTAL Diagnóstico

Ambiental e Auditoria Ambiental

POLÍTICA AMBIENTAL

PLANOS E PROGRAMAS

(visando atender Emergências,

Monitoramentos e

Medições)

CAPTAÇÃO DE

RECURSOS

LICENCIAMENTO

AMBIENTAL

EDUCOMUNICAÇÃO

AMBIENTAL

AVALIAÇÃO

SISTEMA

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✓ Os aspectos e os impactos ambientais resultantes das atividades da empresa,

reais ou potenciais;

✓ As penalidades e riscos, com as conseqüências do não cumprimento dos

procedimentos especificados;

✓ Os benefícios resultantes para a empresa e para seus componentes, quando

ocorrer um bom desempenho ambiental.

a conscientização ambiental está muito ligada à motivação, ou seja, à vontade que as pessoas têm em realizar seus trabalhos da melhor maneira possível, enquanto o treinamento refere-se a preparar as

pessoas para que elas bem desempenhem suas funções. Ou seja, a conscientização diz respeito a “querer fazer” enquanto o treinamento a “saber fazer” (MOURA, 2002, p.127)

Figura 4.4: Mudanças na empresa através da conscientização ambiental Fonte: Valle (1995).

De nada adianta um funcionário possuir todo o conhecimento necessário

para fazer seu trabalho gerando poucos resíduos se ele não estiver motivado,

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“querendo” trabalhar daquela forma correta, e da mesma forma, um funcionário que

queira fazer da melhor forma (conscientizado em problemas ambientais e motivado),

porém não saiba como trabalhar da melhor forma, não saiba como ajustar sua

máquina, para gerar menos resíduos, evitar vazamentos, etc.

4.5 COMUNICAÇÃO INTERNA: CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO

Os sistemas de gestão ambiental exigem que as empresas e

organizações definam procedimentos escritos para:

✓ A comunicação interna entre os vários níveis e funções da organização (por

exemplo, em relação ao planejamento, o monitoramento do SGA, resultados

de auditorias, divulgação das metas e resultados alcançados);

✓ O recebimento, documentação e resposta a comunicações pertinentes das

partes interessadas externas (identificar suas principais preocupações,

demonstrar o funcionamento do SGA, o desempenho ambiental).

Os grandes objetivos das comunicações na organização referem-se a

motivação do seu quadro funcional, divulgação das ações e melhoria do

relacionamento com a comunidade, proporcionando a conscientização (Conforme

figura 4.5). As comunicações utilizadas pelos funcionários, especialmente as pró-

ativas, colaboram para aumentar a confiança na empresa, permitindo que sejam

explicitados e reconhecidos os seus esforços na melhoria de seus sistemas e

procedimentos.

De acordo com Bahia (1995, p.65), a organização deve estabelecer um

sistema de tratamento das perguntas entre as partes interessadas, é necessário

gerar normas que definam as responsabilidades e orientações sobre como

responder, arquivar e controlar o assunto. Os procedimentos devem definir

formalmente o nível de comunicação pró-ativa, que deve ser implementado, ou seja,

estabelecer o que deve ser comunicado e a quem.

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Público Alvo

Tipo de Treinamento

Objetivos

Alta Direção

Conscientizá-los sobre a

importância estratégica do

SGA

Adquirir o compromisso e

direcionamento da política

Ambiental

Funcionários, familiares e

comunidade das proximidades.

Conscientização ambiental

integrada

Obter compromissos com a

Política Ambiental, objetivos e

metas e a responsabilidade

individual.

Funcionários com a

responsabilidade

ambiental

Desenvolvimento de novas

habilidades

Melhorar as performances nas

áreas específicas.

Funcionários que não

cumprem a legislação

corretamente

Conhecimento, cumprimento

das leis e regulamentos.

Assegurar o cumprimento

interno das leis e

regulamentos.

Figura 4.5 - Escala de Treinamento da Comunicação na organização - CODEBA Fonte: CODEBA

Os relatórios preparados pela CODEBA para divulgação pública, com o

objetivo de demonstrar que a empresa busca uma melhoria de desempenho

ambiental, constam, em princípio:

✓ Dados gerais sobre a empresa (organograma, objetivos, resultados);

✓ A política ambiental;

✓ Os principais objetivos e metas ambientais em linguagem compreensível;

✓ Os principais programas de gestão ambiental;

✓ As metas e intenções de melhoramento contínuo;

✓ Uma descrição simplificada dos processos industriais, aspectos e impactos

ambientais;

✓ Uma declaração e demonstração do cumprimento de requisitos legais,

normas corporativas e normas ambientais próprias;

✓ Dados sobre a conservação de recursos (água, energia, matéria prima, etc.).

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5. ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS

5.1 METODOLOGIA

Para melhor chegar a uma conclusão sobre os reais aspectos

relacionados ao Gerenciamento Ambiental Portuário, foi realizada uma pesquisa

com questões fechadas, buscando conhecer a percepção dos funcionários quanto

ao conhecimento e a prática do gerenciamento do sistema ambiental no porto de

Salvador – Codeba. Participaram da pesquisa 30 funcionários da empresa, das

diversas áreas. Na construção dos questionários foram usadas as abordagens de

Moura (2002) referentes as questões sobre gestão ambiental (Segurança, Saúde e

Proteção ao Meio Ambiente), Junior (2000) sobre a política ambiental (medidas e

procedimentos que orientam as condutas gerenciais) e Porto e Teixeira (2002) para

as questões sobre sistema de gestão portuária (aperfeiçoamento constante da

administração participativa).

A análise foi efetuada através da comparação dos dados obtidos, a partir

dos questionários aplicados e das entrevistas realizadas com a teoria levantada no

referencial teórico da presente pesquisa. Considerando o instrumento de coleta de

dados, o questionário formulado buscou confrontar as opiniões dos gerentes e

funcionários da CODEBA em relação à importância do Sistema de Gestão Ambiental

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Portuário, o qual agrega questões relativas à força de trabalho com as referentes

aos recursos naturais e a qualidade dos sítios portuários.

Tanto para os gestores como para os colaboradores, foi solicitada

colaboração por meio de uma carta enviada pelo acadêmico por meio eletrônico,

cujas respostas foram efetuadas voluntariamente.

Demais comentários serão feitos no término do trabalho.

Como segue.

5.2 A EMPRESA: CODEBA

Regida por estatuto social atualizado em setembro de 1997, a

Companhia das Docas do Estado da Bahia (CODEBA), empresa de economia mista,

com o objetivo de administrar e explorar a atividade portuária de Salvador, Aratu e

Porto de Ilhéus determina como objeto de trabalho, além da administração dos

portos do estado em harmonia com os planos e programas do Ministério dos

Transportes, a exploração comercial de portos organizados e a instalação portuária

em outro estado, bem como administrar vias navegáveis interiores por delegação

federal.

"Contribuir para o desenvolvimento do país, assegurando a

intermediação entre diversos modais de transporte, através da oferta de infra-

estrutura e serviços portuários de alto padrão de qualidade, com tecnologia

atualizada, buscando competitividade, lucratividade, crescimento e satisfação dos

seus clientes, parceiros e colaboradores", compreende a missão da CODEBA.

Sempre em consonância com a modernidade, a CODEBA, localizada na

Baia de Todos os Santos, entre a Ponta do Monte Serrat, ao norte e a Ponta de

Santo Antônio, ao sul, é uma entidade de direito público,que adota, uma linha de

ação que vem resultando em redução de tarifas e aumentos de produtividade nas

operações de carga e descarga de mercadorias.

Sua visão é ser uma empresa de referência dentro do sistema portuário".

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A CODEBA é composta de 110 funcionários, sendo 75 homens e 35

mulheres. Os questionários foram aplicados nas áreas de gestão administrativa,

gestão financeira, infra-estrutura e gestão portuária, no período de junho e julho do

ano de 2006. Foram pesquisados encarregados operacional, coordenadores de

qualidade, auxiliares de segurança e operadores, incluindo os terceirizados que

representam número superior ao dos empregados (60% do quadro funcional). Dos

que responderam os questionários, 74% são homens e 26% mulheres (Gráfico 1).

01. Sexo:

Participaram da Entrevista

Mulheres

26%

Homens

74%

Gráfico 1: Percentual de homens e mulheres

Fonte: Pesquisa direta, 2006

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02. Qual seu grau de escolaridade?

Grande parte possui nível médio completo (2º grau), correspondendo a

51% dos entrevistados, 14% com curso técnico profissionalizante em áreas

diversificadas, os que têm ensino médio incompleto compreendem 10% dos

participantes da entrevista, 8% com o nível superior completo, em relação ao nível

superior incompleto 7% participaram da pesquisa, 6% com Pós-Graduação e 4% são

os que têm ensino fundamental, o que facilitou no entendimento das questões e

opiniões desenvolvidas com clareza. (Gráfico 2).

Grau de Escolaridade

Superior incompleto ;

7%Superior completo ;

8%

Pós graduação ; 6%

1º grau ; 4%

2º grau Inc; 10%

Curso téc.prof. ;

14%

2º Grau Completo;

51%

Gráfico 2: Grau de Escolaridade

Fonte: Pesquisa direta, 2006

03. Os gestores da empresa acreditam que o desenvolvimento de um SGA que

atenda aos padrões nacionais e internacionais é prioritário?

Um total de 45% dos entrevistados afirmou que sim, que o

desenvolvimento de um Sistema de gestão Ambiental na empresa é prioritário, as

questões sociais e ambientais são reunidas e passam a ser ainda mais exigidas no

conceito de sustentabilidade da organização, Os instrumentos de um sistema de

gestão ambiental objetivam melhorar a qualidade ambiental e o processo decisório.

Quando são aplicados a todas as fases dos empreendimentos, podem ser:

preventivos, corretivos, de remediação e pró-ativos, dependendo da fase em que

são implementados. É uma ferramenta de gestão que possibilita a uma organização

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de qualquer dimensão ou tipo controlar o impacto das suas atividades no ambiente.

35% responderam que não, não só o desenvolvimento do sistema deve ser

prioritário, mas sim, mudança de cultura e até mesmo mudança estrutural e 20%

afirmaram que talvez possa contribuir, dizendo que tem que haver a combinação de

outros fatores (Gráfico 3).

Desenvolvimento do SGA na empresa é

prioritário?

Sim

45%

Talvez

20%

Não

35%

Gráfico 3 – Desenvolvimento do SGA na empresa

Fonte: Pesquisa direta, 2006

04. Há uma definição clara na CODEBA sobre a implementação da Política

Ambiental, documentada e divulgada para todos os funcionários?

A maioria dos entrevistados, compreendendo 48%, afirmou que a

Codeba tem uma política clara e sabe o que deseja com a implementação do SGA,

tem seus princípios ambientais esclarecidos e promovidos pela companhia;

enquanto, 35% conclui que a implementação e seus objetivos não estão bem

definidos, já 19% diz que não há definição nenhuma sobre a implementação da

Política Ambiental e 8% responderam moderadamente (Gráfico 4).

A elaboração e definição da política é o primeiro passo a dar na

implementação de um SGA, traduzindo-se numa espécie de comprometimento da

organização para com as questões do ambiente, numa tentativa de melhoria

contínua dos aspectos ambientais.

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A gestão deve providenciar os meios humanos, tecnológicos e

financeiros para a implementação e controle do sistema. O responsável pela

gestão ambiental deverá garantir que o Sistema de Gestão Ambiental é

estabelecido, documentado, implementado e mantido de acordo com o descrito na

norma e que à gestão de topo é transmitida a eficiência e eficácia do mesmo.

A organização deverá providenciar formação aos seus colaboradores,

conscientizando-os da importância da Política do Ambiente e do SGA em geral, da

relevância do impacto ambiental das suas atividades, da responsabilidade em

implementar o SGA e das conseqüências em termos ambientais de trabalhar em

conformidade com procedimentos específicos, deve-se estabelecer e manter

procedimentos para a comunicação interna entre os vários níveis hierárquicos e

para receber e responder às partes externas. È necessário que a organização

estabeleça e mantenha informação que descreva os elementos base do SGA e da

sua interação, controlando todos os documentos exigidos pela norma.

As atividades realizadas de rotina que estejam associadas a impactos

ambientais consideráveis deverão ser alvo de um controle eficaz, devem ser

estabelecidos e mantidos procedimentos que visem responder a situações de

emergência, minimizando o impacto ambiental associado.

Definição Clara da Implementação da

Política Ambiental

Moderada

mente

25%Não

respondeu

8%

Não

19%

Sim

48%

Gráfico 4 – Definição sobre a Implementação da política Ambiental na CODEBA

Fonte: Pesquisa direta, 2006

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05. A Política Ambiental da CODEBA expressa o compromisso com a melhoria

contínua do desempenho ambiental?

Como se apurou, 40% dos funcionários não se comprometem a realizar

suas atividades preservando o meio ambiente, a segurança e a saúde da

comunidade interna e externa com as quais interagem, 25% responderam que essa

atitude ocorre as vezes, não fazendo parte do cotidiano da política ambiental da

organização e 25%, informaram que sim, os funcionários são comprometidos e

praticam atividades visando a melhoria contínua do desempenho ambiental

contribuindo assim para a sustentabilidade e imagem positiva da empresa, enquanto

10% optaram por não responder esta questão (Gráfico 5).

A organização deve obter uma declaração expondo suas intenções e

princípios em relação ao seu desempenho ambiental global, prevendo uma estrutura

para ação e definição de seus objetivos e metas ambientais, expressando o

compromisso de melhoria em relação ao meio ambiente.

Segundo D’Avignon (1996), "A política ambiental é uma declaração dos

princípios e compromissos da empresa, contendo os objetivos e metas assumidos,

em relação ao meio ambiente". O autor lembra que o princípio da melhoria contínua

da performance ambiental da empresa deverá estar presente em sua política

ambiental.

A política Ambiental da CODEBA expressa

compromisso com a melhoria contínua do

desempenho ambiental?

Não

respondeu

10%

Sim

25%

As vezes

25%

Não

40%

Gráfico 5 – Compromisso com a melhoria contínua do desempenho ambiental

Fonte: Pesquisa direta, 2006

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06. Há uma identificação pela empresa sobre suas atividades causadoras de

impactos ambientais adversos ao meio ambiente?

A omissão a essa resposta foi de apenas 10%. 45% responderam que

sim, a empresa deixa identificado para a visibilidade de todos os funcionários as

atividades exercidas pela empresa que causam impactos negativos ao meio

ambiente, com divulgações em mural e documentação registrada, enquanto 25%

são contraditórios a essa afirmativa, informando que não há nenhuma sinalização

desses impactos e 20% consideram que essa identificação acontece

esporadicamente, às vezes.

Atividades causadoras de impactos Ambientais

Sim; 45%

Não

respondeu;

10%As vezes;

20%

Não; 25%

Gráfico 6 – Identificação das atividades causadoras de impactos ambientais Fonte: Pesquisa direta, 2006

07. A CODEBA já estabeleceu e divulgou seus objetivos e metas ambientais

para os próximos anos baseados na sua política e nos seus aspectos

ambientais considerados críticos?

Nesta questão 40% que sim, afirmando que a empresa tem a direção

sobre o assunto com as medidas e procedimentos definidos para o alcance dos

objetivos e metas divulgados em meios eletrônicos, panfletos, murais e citados em

reuniões realizadas pela alta administração. Contradizendo o que foi dito, 36%

responderam que não, pois não se ouviu e nem foram informados sobre os objetivos

e metas da política ambiental da empresa, que a alta direção não divulgou as metas

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ambientais da empresa para todos os níveis, e de sua visão de “desenvolvimento

sustentável”, enquanto 24% não responderam”.

Através dos requisitos legais, relativamente a cada um dos aspectos

ambientais, estabelecem-se objetivos e metas que se definem num Programa

Ambiental, que clarifica a estratégia que a organização irá seguir na

implementação do SGA. Neste Programa de Gestão Ambiental, os objetivos

ambientais a estabelecer e manter devem ser considerados relevantes para a

organização. Deve ser designado um responsável por atingir os objetivos a cada

nível da organização, sem esquecer os meios e espaçamento temporal para que

os mesmos possam ser atingidos.

Estabelecimento e divulgação dos objetivos e

metas da CODEBA

Não respondeu

24%Sim

40%

Não

36%

Gráfico 7 – Estabelecimento e divulgação dos Objetivos e metas Fonte: Pesquisa direta

08. Existem programas de gerenciamento ambiental desenvolvidos,

documentados e aprovados para todos os objetivos e metas?

Entre os entrevistados, 40% responderam que existem programas de

gerenciamento em relação a preservação e manutenção do meio ambiente,

contendo inclusive os princípios gerais da organização em relação ao assunto, e

seus objetivos e metas a serem alcançados com o gerenciamentos dos mesmos. A

organização sempre está adotando programas buscando a minimização dos

impactos ambientais, enquanto 38% negaram, dizendo que não sabe se a empresa

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disponibiliza tais documentação e não responderam 22% dos entrevistados (Gráfico

8).

Gráfico 8 – Programas de gerenciamento ambiental Fonte: Pesquisa direta

Gráfico 8 –Existem programas de gerenciamento ambiental desenvolvidos Fonte: Pesquisa direta

09. A empresa realiza o monitorado dos seus efluentes líquidos e o corpo

receptor?

Responderam que há sempre o gerenciamento em relação ao

monitoramento dos afluentes líquidos e o corpo receptor, verificando a

compatibilidade de resultados e o atendimento aos padrões de emissão fixados,

contribuindo para a redução de passivos ambientais, buscando assim atender as

necessidades da comunidade local, a conservação do meio ambiente e uma imagem

organizacional positiva, 45% que participaram da entrevista. Já 30% dos

entrevistados acreditam que esse monitoramento acontece esporadicamente, onde

a realização do mesmo passa despercebida pelos envolvidos no processo, por não

está sendo realizado de acordo com as necessidades organizacional, não há uma

operação adequada dos sistemas de tratamento de efluentes líquidos compatíveis

aos diferentes ramos portuário, desmotivando os envolvidos no processo e

ofuscando a responsabilidade. Afirmam que não ocorre o monitoramento dos

efluente líquidos, 25% do total de participantes, acrescentando que a organização

deveria colocar esse tipo de processo como prioritário em sua atividade diária

buscando a qualidade dos elementos naturais. A monitoração da qualidade dos

efluentes, deve ser realizada por meio de análises físicas, químicas e biológicas.

Sim; 40%

Não; 38%

Não respondeu

22%

Existem programas de gerenciamento ambiental

desenvolvidos

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Assim sendo, um processo de controle em série (primeiramente nas empresas e,

após) garante um grau de redução da carga poluidora nas correntes líquidas

(orgânica e inorgânica), indicando uma eficácia no tratamento e, conseqüentemente,

uma garantia ao meio ambiente e à população. O programa de monitoramento visa

atender ao controle operacional do sistema, através de coletas de amostras de

efluentes e/ou de resíduos, e ao controle ambiental utilizando-se para tal uma rede

de piezômetros distribuída na área (Gráfico 9).

Monitoramento de efluentes

líquidos

Não

respondeu;

20%

Sim; 34%

Não ; 46%

Gráfico 9 – Monitoramento dos efluentes líquidos e o corpo receptor Fonte: Pesquisa direta

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10. Há na empresa a atualização de inventários de todos os seus resíduos para

destiná-los adequadamente ou comercializá-los?

Entre os entrevistados, 51% responderam que não lhe é atribuída

nenhuma informação em relação a atualização de inventários e não têm ciência

sobre a existência e 49% afirmam que a empresa tem profissionais treinados e

qualificados para esse tipo de atividade na empresa, conforme a figura mostra

abaixo.

Atualização de inventários dos resíduos

Sim; 49%

Não; 51%

Gráfico 10 – Há na empresa atualização de inventários de seus resíduos? Fonte: Pesquisa direta

11. A empresa obteve resultados positivos com a implantação do Sistema de

Gestão Ambiental? Quais?

O percentual maior de respostas em relação a está questão ficou em

torno de 46%, afirmando que a empresa não obteve nenhum resultado positivo. Os

entrevistados disseram que um dos fatores que contribuiu para o insucesso e

eficácia da implantação do sistema foi precariedade em relação ao apoio da alta

direção ao programa, além da falta de prestígio por parte dos diretores (gestores),

faltou também decisão em relação a programação das atividades, investimentos e

descrição das melhorias pretendidas, sem esquecer de sinalizar a falta de uma

comunicação clara sobre todo o processo e treinamento adequado aos participantes.

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Já 34% dos entrevistados informaram que a empresa obteve resultados positivos e

20% preferiram ficar sem responder (Gráfico 11).

A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental e a internalização

deste sistema na Gestão Organizacional deve ser vista como uma inovação para a

empresa. Isso porque a adoção e a implementação de um SGA em uma

organização é encarada pelos colaboradores da empresa como a introdução de uma

nova forma de gestão e organização que pode gerar uma oportunidade para a

empresa inserir em suas atividades, internas e/ou externas, uma atitude favorável ao

meio ambiente ou, ainda, ganhar novos mercados.

A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental representa um

processo de mudança comportamental e gerencial na organização, cuja

implementação deve ser conduzida de modo participativo e integrado. Para obter

sucesso em sua implementação, é necessário que haja consenso em todos os níveis

hierárquicos da empresa quanto à sua importância, e que não represente uma

imposição gerencial, devendo haver integração das funções com responsabilidade

de linha e comprometimento da alta direção da empresa.

O êxito no estabelecimento do SGA depende do comprometimento da alta

direção, envolvimento de todos os setores e pessoas responsáveis pela sua

implementação, fazer uma reflexão sobre a política ambiental da organização e

considerar os recursos humanos, físicos e financeiros necessários, quando se visa

resultados positivos.

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Uma definição de sucesso, conforme Abreu (1995), seria: produzir

competitivamente (não necessariamente mais barato) com a qualidade que o

mercado exige, tendo a preocupação de melhorar continuamente o(s) produtos e/ou

serviço(s), levando ainda em consideração a sustentabilidade do negócio e do meio

ambiente.

Houve resultados positivos com a implantação do

Sistema de Gestão Ambiental

Não

46% Sim

34%

Não

respondeu

20%

Gráfico 11 – Resultados da implantação do Sistema de Gestão Ambiental Fonte: Pesquisa direta

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6. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

Em função da evolução dos processos de gestão, da conscientização e

cobrança da sociedade, da legislação vigente, do comprometimento com o

desenvolvimento sustentável, da constatação de que custos de correção,

recuperação, multas e indenizações são muito superiores aos de prevenção e

mitigação e da exigência de mercado por competitividade e eficiência, torna-se

inaceitável atualmente que a exploração portuária adote um modelo de gestão

tradicional, ultrapassado, voltado contra as práticas efetivamente comprometidas

com a sustentabilidade ambiental nas atividades ali desenvolvidas, o que ocorre nas

empresas contemporâneas.

A atividade portuária requer preocupação ambiental, embora não

explicitada durante a realização da pesquisa com os funcionários, ela tem que ser

traduzida em atitudes e instrumentos de proteção e valorização dos ativos naturais

dos quais os portos se beneficiam.

As organizações portuárias precisam administrar seus recursos sob a

ótica ecológica e, para tanto, torna-se necessário integrar o controle ambiental com

os aspectos econômicos e financeiros, a fim de melhor suportar suas estratégias e

decisões, o que se converte em ganhos nos negócios e para a sociedade.

A inobservância pelo Subsetor portuário das conformidades requeridas

em relação à questão pode resultar, independentemente da obrigação de reparação

dos danos que eventualmente sejam causados ao meio ambiente, na aplicação de

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sanções de natureza penais e administrativas, que não se restringirão somente aos

diretamente envolvidos.

Após o estudo do tema – Sistema de Gestão Ambiental, e do problema –

O processo de implementação do Sistema de Gestão Ambiental nas organizações

portuárias ocorre de maneira a proporcionar a sustentabilidade? Pode-se chegar a

conclusão que as organizações utilizam ainda implantação de Sistema Integrado de

Gestão Ambiental teoricamente, ou seja, atitudes e atividades que só existem em

documentos, sem instruções e informações clara sobre os instrumentos de

governança, sem informativos sobre aqueles que irão permitir a execução de tarefas

de controle ambiental, e marcos regulatórios. As responsabilidades de cada pessoa

envolvida com as ações de implementação do SGA devem ser claramente definidas.

De modo geral, as responsabilidades devem envolver tanto os gestores quanto aos

colaboradores envolvidos no processo, visando o cumprimento de metas e de

melhoramento contínuo, de acordo com as instruções específicas e planos de ação

de cada unidade operacional, quando se objetiva a sustentabilidade dos processos

desenvolvidos pela organização.

Com a implementação adequada do Sistema de Gestão Ambiental na

organização, com a participação ativa de todos os envolvidos, investindo em

treinamento, divulgando suas metas, objetivos, temos, portanto, vantagens para o

ambiente e para a organização. As vantagens ambientais resultam da definição de

regras escritas para a realização de operações com potencial impacto ambiental e a

introdução de práticas ambientais nessas operações, conseguindo-se reduzir os

riscos ambientais da atividade (emissões, derrames, acidentes, entre outros).

A introdução de práticas ambientais vai, por outro lado, originar a redução

de custos, via melhoria da eficiência dos processos, redução de consumos (matéria-

prima, água, energia), minimização do tratamento de resíduos e efluentes e

diminuição de prêmios de seguros, multas, etc. Do mesmo modo, ao estabelecer

uma estrutura de gestão ambiental, interfere-se com toda a organização,

promovendo a definição de funções, responsabilidades e autoridades, levando,

conseqüentemente, a um aumento de motivação nos colaboradores.

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Uma última vantagem passa pela melhoria da imagem da empresa e sua

aceitação pela sociedade, desde que corretamente explorada através da função

Marketing.

Referindo-se ao processo de implantação do Sistema de Gestão

Ambiental da organização estudada, observou-se a necessidade de uma

colaboração e atenção da alta direção referente a definições das normas e

procedimentos de caráter geral direcionado ao processo de implantação. A empresa

não possui um sistema de avaliação da qualificação e do desempenho do pessoal

que atua em seu Sistema de Gestão, originando a desmotivação entre os

participantes, dificultando assim, a condução da conscientização ambiental.

Há uma ausência do uso integrado e participativo de todos os veículos

de comunicação e espaços disponíveis, com o propósito de reverter em benefícios

relacionados à sensibilização, preservação e conservação do meio ambiente. Os

colaboradores da organização em pauta não têm vontade em realizar seus trabalhos

da melhor maneira possível, pois o que se encontra em meio a implantação do

Sistema de Gestão Ambiental – SGA da organização, são colaboradores sem

treinamento, (a maioria deles acredita que já está fazendo o seu trabalho

corretamente) despreparados para o bom desempenho de suas funções, podendo

levar todo o sistema a rápida deterioração. Segundo Juran (1988, p.135), a solução

mais indicada para corrigir essa falha é o treinamento a partir dos níveis mais altos,

proporcionando um envolvimento maior entre os gestores e seus colaboradores,

proporcionando uma boa motivação entre os envolvidos no processo.

Para Hojda (1998), a implantação da Gestão Ambiental exige

Treinamento, Conscientização e Competência dos funcionários envolvidos, o que

ajudará na eficiência e na melhoria do processo de produção, reaproveitando o

máximo da potencialidade da empresa. Além disso, os empregados sentem-se

melhor por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsável,

demonstra ter mais subsídios de assegurar sua continuidade e o emprego de seus

funcionários. A empresa, tendo uma imagem segura e confiável, promove a

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satisfação dos seus empregados, e que pode até mesmo resultar em aumento de

produtividade.

Um aspecto importante e fundamental a ser considerado (que não foi

detectado na empresa pesquisada) é o surgimento da perfeita harmonização e

integração da área ambiental junto às demais áreas funcionais foi a disposição

política da Alta administração em transformar a causa ecológica em um princípio

básico da empresa, superando o temor natural das organizações de enfrentar e

equacionar de forma transparente seu envolvimento com a questão ambiental.

Observou-se a necessidade de implementação de um Programa de

Gestão da Qualidade, vez que ela exige dos Arrendatários que pretende

implementar o Sistema Integrado de Gestão, faltam investimentos em treinamento e

desenvolvimento do quadro de pessoal (empregados e terceirizados), bem como

recursos para implementar seus programas, melhorar e construir instalações

previstas nos Planos e Programas e fazer monitoramentos contínuos. Por isso

recomenda-se a busca de parcerias privadas e capitação de recursos externos,

nacionais e estrangeiros, como também foi identificado no diagnóstico estratégico

pela empresa elaborado em junho 2005.

É fundamental que a CODEBA pesquise sobre o tema em portos

nacionais e estrangeiros, tornando as práticas das atividades voltadas para a Gestão

Ambiental uma rotina, e gerando projetos de intervenção e educação que garantam

maior segurança, saúde ocupacional e a qualidade dos seus serviços.

Por fim, agilizar os processos voltados para as ações necessárias a

regularização do licenciamento ambiental.

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REFERÊNCIAS

ABREU, A. F. The Role of Stakeholders’ in Predicting the Outcomes of ISO Implementation Process. Ontario, Canadá, 1995. Tese de Doutorado em Ciências da Administração –Universidade de Waterloo.

ANDRADE, Rui Otávio Berbardes de; TACHIZAWA, Takeshy e CARVALHO, Ana Barreiros de. Gestão Ambiental: enfoque estratégico aplicado ao desenvolvimento

sustentável. Makron Books, 2000.

BACKER, Paul. Gestão ambiental. a administração verde. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995.

BAHIA, Benedito Juarez. Introdução à Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995.

BREDARIOL, Celso. Conflito ambiental e negociação para uma política local de meio ambiente. Tese de doutorado. Rio de Janeiro; UFRJ; COPPE, 2001.

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CODEBA – Companhia das Docas do Estado da Bahia, DOC Nº 98, 2005.

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83

ANEXOS

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84

ANEXO 1 - FLUXOGRAMA DA CODEBA

S I S T EM A DE G ES T ÃO I NT EG RADA DE S EG URANÇA, S AÚDE E Q UAL I DADE T O T AL - S G A

P O L Í T I CA AM BI ENT AL

P L ANO DE AÇÃO DO S G A

PLANO DE

EMERGÊNCIA

INTEGRADA - PEI

PLANO DE

CONTROLE AMBIENTAL E GERENCIAMENTO DE

RISCO

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE

RISCOS

AMBIENTAIS - PPRA

PROGRAMA DE

CONTROLE MÉDICO

E SAÚDE OCUPACIONAL -

PCMSO

PROGRAMA DE GESTÃO

AMBIENTAL

PROGRAMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE

OCUPACIONAL

PROGRAMA DE

EDUCOMUNICAÇÃO

Fonte: CODEBA

PLANO DE

GERENCIAMENTO DE

RESÍDUOS - PGR

AUDITORIA

AMBIENTAL

AGENTES

FISCALIZADORES

E ÓRGÃOS

AMBIENTAIS

LICENCIAMENTO

AMBIENTAL

PROGRAMA DE

QUALIDADE

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85

ANEXO 2 - IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS PORTUÁRIOS E SEUS RESPECTIVOS GRAUS DE

SIGNIFICÂNCIA

IMPACTOS /RISCOS DECORRENTES DE INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS (Localização, Posicionamento, Porte)

Componentes

Ambientais

Afetados

Causas Impactos /Riscos Controle Marco Legal Referencial

1. Topografia

Instalações externas: cais e

quebra-mar;

- Áreas degradadas.

- Processo de erosão e

assoreamento na linha de

costa, em função de

alterações nos padrões de

maré, alterando as formas e

usos dos terrenos e das

áreas aquáticas;

- Repercussões sobre outros

pontos do litoral, devido à

ação reflexa de correntes e

ondas.

- Para controle de

assoreamento, proteção das

faixas de areia e das praias,

para prevenir alteração da

linha de costa.

- Subsidiar estudos que

interpretem as possíveis

mudanças na hidrodinâmica

local e conseqüentemente

influencie nas comunidades

de organismos marinhos

- SOLAS 74

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- PNGC Lei Federal nº

7.661/88

- Resolução CONAMA nº.

237/97 - Licenciamento

Ambiental

- Resolução CONAMA nº.

293/01 – Plano de

Emergência lndividual.

2. Fauna e Flora

Aquáticas

- Redução de habitat;

- Alterações nos habitat

causadas pela eutrofização

e pela alteração de

salinidade.

- Redução de habitat de

organismos bentônicos

(inclusive corais) e

nectônicos devido à

supressão do ecossistema

aquático (fauna e flora).

- Diagnosticar as

características ecológicas

da fauna aquática na área

de influência do porto;

- Monitorar as condições de

adaptação ou alterações

nas comunidades de

organismos aquáticos.

- LC-72

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- Lei Federal de Crimes

Ambientais nº 9605/98

- Decreto Federal nº 3.179/99

- Constituição do Estado da

Bahia 1989

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86

- Decreto Estadual nº

7.967/01

3. Fauna e Flora

Terrestres

- Redução de habitat devido à

construção das instalações

portuárias e ocupação de

áreas livres para

movimentação na área do

porto e sua retroárea;

- Tanto a fauna quanto a flora

foram suprimidas no

decorrer do tempo em razão

das ações antropogênicas.

- Redução de habitat para a

fauna terrestre devido à

ocupação de seu território;

- Impacto nos habitat de aves

devido às alterações das

marés;

- Supressão da vegetação

nativa em função da

construção e da ampliação

do Porto;

- Histórico do uso destes

recursos naturais para

subsistência dos moradores

do entorno.

- Plano de recomposição

vegetal das espécies

nativas da região e

características dos

ecossistemas de mangue e

de mata atlântica;

- Avaliar a possibilidade de

criar-se laboratório

destinado ao monitoramento

e implantação da qualidade

ambiental do porto de Aratu,

envolvendo suas áreas

verdes e a fauna associada.

- LC-72

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- Lei Federal de Crimes

Ambientais nº 9.605/98

- Decreto Federal nº 3.179/99

- Constituição do Estado da

Bahia 1989

- Lei Estadual nº 7.799/01

- Decreto Estadual nº

7.967/01

4. Paisagem - Presença das estruturas

físicas das instalações

portuárias;

- Poluição visual nas

instalações portuárias em

detrimento às paisagens

naturais.

- Áreas degradadas pela

movimentação de terra e

material de construção e

áreas construídas (presença

de grandes estruturas de

armazéns, tanques);

- Paisagem para os

residentes no entorno e para

atividades turísticas e de

lazer.

- Continuar tratamento

paisagístico das áreas do

espaço portuário –

CODEBA;

- Recuperação e

monitoramento da área

verde do porto de Aratu.

- Lei Federal de

Modernização Portuária (Lei

dos Portos) nº 8.630/93

- Resolução CONAMA nº.

237/97

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ANEXO 3 - FATOR DETERMINANTE 2 – IMPACTOS /RISCOS DAS EMBARCAÇÕES, INSTALAÇÕES NA ÁGUA E DO CAIS

Componentes

Ambientais

Afetados

Causas S E Ç ÃO 1 . 0 1 I M P AC TO S / R I S C O S Controle Marco Legal Referencial

1. Condições da

Coluna de Água

e Fundo

- Lançamento de água de

lastro;

- Lançamento de resíduos da

própria embarcação

(vazamentos internos nos

sistemas de propulsão e

condução, na limpeza da

casa de máquinas e convés);

- Esgotamento sanitário das

embarcações;

- Vazamento de óleo

combustível no

abastecimento dos navios no

canal de atracamento.

- Película de óleo na superfície da água, causando

efeitos nocivos tanto na fisiologia dos organismos

da fauna e flora aquáticas, quanto efeitos

negativos nos elos da cadeia alimentar;

- Introdução de organismos nocivos ou

patogênicos na coluna d’água, contaminação da

água e do fundo;

- Introdução de espécies exóticas presentes na

água de lastro (crustáceos, algas, vírus, vibriões

etc.);

- Redução dos níveis de oxigênio no sedimento

decorrente da reação dos hidrocarbonetos

derivados do petróleo (TPH) e poliaromáticos

(PAH);

- Competição da fauna nativa com a exótica

(efeitos imprevisíveis no ecossistema marinho);

- Problemas à saúde pública.

- Exercer uma fiscalização

rigorosa no que tange a

lavagem dos tanques de

lastro, a fim de evitar a

introdução de espécies

exóticas no ecossistema;

- Exercer controle minucioso

no que diz respeito ao

abastecimento de

embarcações no canal de

atracamento segundo a Lei

9.966 de 28 de abril de 2000

e em específico o art. 2°;

- Adotar regras apropriadas a

descarga da água de lastro

(Agenda 21, cap. 7);

- Instruir o usuário sobre as

diretrizes e gerenciamento

da água de lastro (NORMAM

08/DPC – Portaria n°0009,

de 11 de fevereiro de 2000,

cap. 3);

- Exigir a entrega do

- LC-72

- Marpol 73/78

- OPRC 1990

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- PNGC Lei Federal nº

7.661/88

- Lei Federal de Crimes

Ambientais nº 9605/98

- Lei Federal de Prevenção,

Controle e Fiscalização das

Águas (Lei do Óleo) nº

9.966/00

- Decreto Federal nº 3.179/99

- Decreto Federal nº 4.136/02

- Decreto Federal nº 4.871/03

- Resolução ANVISA 217/01

- Constituição do Estado da

Bahia 1989

- Lei Estadual nº 7.799/01

- Decreto Estadual nº 7.967/01

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formulário para informações

sobre água de lastro, além

de inspecionar os navios

que captaram água de lastro

em área de risco à saúde

pública e ambiental

(ANVISA/Resolução RDC-

n°217, de 21 de novembro

de 2001).

2. Fauna e Flora

Aquáticas

- Lançamento de água de

lastro;

- Lançamento de resíduos da

própria embarcação

(vazamentos internos nos

sistemas de propulsão e

condução, na limpeza da

casa de máquinas e convés);

- Esgotamento sanitário das

embarcações. Vazamento de

óleo combustível no

abastecimento dos navios no

canal de atracamento.

- Alterações na composição das comunidades

aquáticas devido ao aumento de fotossíntese

decorrente do aumento do nível de nutrientes na

água;

- Redução dos níveis de oxigênio na água

decorrente da eutrofização;

- Danos causados por pesticidas na cadeia

alimentar;

- Disponibilização de substâncias poluentes na

coluna d’água.

- Controle de efluentes;

- Despoluição e tratamento da

água;

- Estabelecimento de

instalações adequadas de

acordo com o Protocolo

Marpol 73/78;

- Exercer controle minucioso

no que diz respeito ao

abastecimento de

embarcações no canal de

atracamento segundo a Lei

9.966 de 28 de abril de 2000

e em específico o art. 2°;

- Adotar regras apropriadas a

descarga da água de lastro

(Agenda 21, cap. 7);

- Instruir o usuário sobre as

- LC-72

- Marpol 73/78

- OPRC 1990

- Resolução ANVISA 217/01

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- Lei Federal de Crimes

Ambientais nº 9.605/98

- Lei do Óleo nº 9.966/00

- Decreto Federal nº 3.179/99

- Decreto Federal nº 4.136/02

- Decreto Federal nº 4.871/03

- Constituição do Estado da

Bahia 1989

- Lei Estadual nº 7.799/01

- Decreto Estadual nº 7.967/01

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diretrizes e gerenciamento

da água de lastro (NORMAM

08/DPC – Portaria n°0009,

de 11 de fevereiro de 2000,

cap. 3);

- Exigir a entrega do

formulário para informações

sobre água de lastro, além

de inspecionar os navios que

captaram água de lastro em

área de risco à saúde pública

e ambiental

(ANVISA/Resolução RDC-

n°217, de 21 de novembro

de 2001).

3. Resíduos

- Descarga de óleo e resíduos

sólidos e orgânicos dos

navios;

- Disposição de material

dragado;

- Disposição do lixo

acumulado pelas

embarcações e seus

destinos finais.

- Impacto visual e das condições da coluna d’água

e do fundo, devido à película de óleo e lixo

flutuante;

- Impacto na fauna e flora aquática devido ao óleo

derramado;

- Poluição da água e do fundo devido à deposição

no substrato arenoso;

- Disposição de lixo no fundo, exemplo lata de

alumínio, sacos plásticos, embalagens PET e

- Proibir a disposição por

tempo prolongado e tipo de

acondicionamento

inadequado de resíduos na

área do porto;

- Provisão de máquinas

adequadas para a limpeza da

superfície da água;

- Adequação das instalações

de acordo com o Protocolo

Marpol 73/78;

- Planejamento de tratamento

- LC-72

- Marpol 73/78

- OPRC 1990

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- PNGC Lei nº 7.661/88

- Lei Federal de Crimes

Ambientais nº 9.605/98

- Lei do Óleo nº 9.966/00

- Decreto Federal nº 3.179/99

- Decreto Federal nº 4.136/02

- Decreto Federal nº 4.871/03

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90

Tetrapack.

ou disposição final dos

resíduos contaminados;

- EIA/RIMA sobre o local de

disposição do material

dragado – monitoramento de,

no mínimo, 2 anos com

quatro campanhas a cada

ano /estação climática;

- Programa de coleta de lixo

das embarcações com os

devidos locais de

armazenagem e transporte

pré-estabelecidos.

- Resolução CONAMA nº

05/93 – Programa de Gestão

de Resíduos Sólidos

- Resolução ANVISA nº

217/01

- Resolução CONAMA nº

293/01

- Resolução CONAMA nº

344/04

- Constituição do Estado da

Bahia 1989

- Lei Federal nº 7.799/01

- Decreto Estadual nº 7.967/01

4. Fatores

Socioeconômicos

- Restrição para os barcos

pesqueiros devido à

proximidade das instalações

portuárias à área de pesca;

- Pesca com explosivos

utilizados por embarcações

artesanais de pesca na área

de influência do porto;

- Condições do ponto de

comercialização do pescado

no entorno do porto;

- Risco de acidentes por conta

de pescadores utilizarem

estas áreas próximas ao

- Destruição do ambiente aquático; dizimando

comunidades de importantes organismos desde

seu ciclo inicial de vida (larvas de peixes,

crustáceos e moluscos), assim como destruindo

formações coralíneas que servem de suporte

para a diversidade de espécies aquáticas;

- Risco a integridade física dos pescadores que

pescam próximos à atividade de abastecimento

de navio;

- Situação de perigo eminente quando se utiliza

explosivos perto de cargas tóxicas ou

inflamáveis.

- Assegurar a área de pesca

alternativa;

- Expandir a capacidade de

atracadouros pesqueiros e a

comercialização de produtos

de pesca;

- Desenvolver programa ou

buscar parcerias que estejam

voltados para o

desenvolvimento sustentável,

das comunidades pesqueiras

da região, utilizando formas

alternativas de cultivo

(aqüicultura, ostra, peixes,

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- PNGC Lei Federal nº

7.661/88

- Lei Federal de Segurança do

Tráfego Aquaviário nº

9.537/97

- Lei Federal de Crimes

Ambientais nº 9.605/98

- Constituição do Estado da

Bahia 1989

- Lei Estadual nº 7.799/01

- Decreto Estadual nº 7.967/01

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porto como pesqueiros. camarão);

- Realizar fiscalização e

controle rigoroso no sentido

de proibir a aproximação de

pescadores quando a

atividade de abastecimento

estiver sendo realizada no

cais do porto.

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ANEXO 4 – IMPACTOS/RISCOS DECORRENTES DA OPERAÇÃO PORTUÁRIA – Carga, descarga e instalações móveis/equipamentos

Componentes

Ambientais

Afetados

Causas S E Ç ÃO 1 . 0 2 I M P AC TO S / R I S C O S Controle Marco Legal Referencial

1. Qualidade do

Ar

- Vazamento no pátio dos

tanques de gases e líquidos;

- Partículas sólidas em

suspensão (poeira);

- Armazenamento em pátios

abertos;

- Transporte de produtos

realizados inadequadamente

no processo de carga e

descarga;

- Queimadores.

- Poeira e dispersão de material particulado, pela

ação dos ventos e por não haver a cobertura

necessária das esteiras utilizadas na importação

e exportação das cargas principalmente no TGS,

Píer II, causando danos ao aparelho respiratório

dos trabalhadores do porto e residentes do

entorno (Ilha de Maré, Caboto, povoado de

Madeira, Mapele etc);

- Deposição de material particulado em diferentes

ecossistemas (terrestres e aquáticos).

- Uso de tipo de armazenagem e

equipamentos de

carregamento que reduzam a

poeira (silos fechados, correias

entubadas);

- Melhoramento nas tecnologias

empregadas para a

movimentação de cargas;

- Fiscalização no uso dos EPIs e

EPC;

- Realizar monitoramento

periódico (semestral) da

capacidade respiratória dos

funcionários independentes do

nível de exposição dos

mesmos;

- Implantar o PPR;

- Implantar novas tecnologias

para reduzir os níveis de

sólidos em suspensão e

conseqüentemente minimizar

- LC-72

- Lei Federal nº 6.514/77

- Resolução CONAMA nº 05/93

– Programa de Gestão de

Resíduos Sólidos

- Resolução ANVISA 217/01

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as perdas de carga;

- Redimensionamento dos

queimadores da TEQUIMAR,

instalação de filtros e aumento

da altura.

2. Condições da

Coluna de Água

e Fundo

- Perdas de produto no processo

de carga e descarga dos

navios;

- Vazamento oriundo do pátio de

armazenamento aberto ou de

tanques na área do cais;

- Derramamento de tanques de

bordo;

- Dispersão de grãos e poeira,

vazamento de óleos e graxas;

- Desprendimento de pintura dos

cascos das embarcações.

- Aumento da demanda química de oxigênio

devido a, aumento de nitrogênio e fósforo na

água;

- Aumento do processo de eutrofização;

- Contaminação por pesticidas;

- Aumento de sólidos em suspensão devido a

vazamentos;

- Impacto visual negativo;

- Impacto negativo na fisiologia e atividades

metabólicas da fauna e flora aquática.

- Medidas para evitar a

dispersão de poeira;

- Adoção de sistema de

drenagem que leve os

vazamentos a um tanque de

sedimentação;

- Sistema de tratamento de

limpeza de cada um dos

terminais (uso múltiplo e TGS),

após término das atividades;

- Controle rígido no transporte

de materiais orgânicos

juntamente com a Vigilância

Sanitária.

- LC-72

- Marpol 73/78

- OPRC 1990

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- PNGC Lei Federal nº 7.661/88

- Lei Federal de Crimes

Ambientais nº 9.605/98

- Lei Federal nº 9.966/00

- Decreto Federal nº 3.179/99

- Decreto Federal nº 4.136/02

- Decreto Federal nº 4.871/03

- Resolução CONAMA nº 05/93

- Resolução ANVISA 217/01

- Resolução CONAMA nº 344/04

- Constituição do Estado da

Bahia 1989

- Lei Estadual nº 7.799/01

- Decreto Estadual nº 7.967/01

3. Ruído e - Operação dos guindastes, - Alto nível de ruído, gerando riscos para a saúde - Utilizar silenciador junto às - SOLAS 74

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94

Vibrações

descarregadores, esteiras,

caminhões;

- Movimentação das

embarcações (navios e

embarcações auxiliares, como

rebocadores e lanchas de

serviço);

- Carregamento noturno.

dos trabalhadores com impacto no rendimento no

trabalho, tais como: perda de audição, falta de

concentração, outros.

fontes.

- Uso de EPI.

- Lei Federal nº 6.154/77

- Lei dos Portos nº 8.630/93

4. Fauna e Flora

Aquáticas

- Alterações nas condições da

água devido à dispersão aérea

(partículas sólidas) e a

vazamentos e drenagem

(sólidos e líquidos);

- Perda de material transportado

para o navio e vice-versa.

- Alterações na composição de meio (sedimento e

biota associada) devido ao aumento do nível de

elementos tóxicos depositados no sedimento

(concentrado de cobre, KCl, carvão mineral,

manganês, alumina, rocha fosfática, manganês,

ferro esponja etc);

- Danos causados por pesticidas na cadeia

alimentar.

- Controle dos sistemas de

drenagem;

- Bacias de sedimentação para o

sistema de captação de água

pluvial em setores que

armazenam elementos tóxicos

expostos as intempéries;

- Controle de poluição da água e

fundo;

- Adoção de armazéns

fechados;

- Monitoramento das condições

ambientais na área de

influência do porto envolvendo

organismos aquáticos (bentos,

corais e peixes);

- Implantação de novas

- LC-72

- Marpol 73/78

- OPRC 1990

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- PNGC Lei Federal nº 7.661/88

- Lei Federal de Crimes

Ambientais nº 9.605/98

- Lei Federal nº 9.966/00

- Decreto Federal nº 3.179/99

- Decreto Federal nº 4.136/02

- Decreto Federal nº 4.871/03

- Resolução CONAMA nº 05/93

- Resolução CONAMA nº 237/97

- Resolução ANVISA 217/01

- Constituição do Estado da

Bahia 1989

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95

tecnologias que permitam

minimizar eventuais perdas dos

produtos.

- Lei Estadual nº 7.799/01

- Decreto Estadual nº 7.967/01

5. Resíduos

- Resíduos de óleo, graxas,

outros;

- Rompimento de carga

embalada;

- Resíduos orgânicos,

recicláveis, químicos, sólidos e

poeira;

- Resíduos de produtos

incrustados e depositados ao

longo dos terminais de uso

múltiplo e TGS.

- Problemas sanitários devido à coleta irregular e

ao óleo e graxa derramados;

- Deposição de resíduos sólidos em todo o sistema

de captação de águas pluviais ao longo dos

terminais (uso múltiplo e TGS);

- Assoreamento do sistema de captação de água

em todo o pátio de minérios;

- Deterioração das condições da água do fundo

quando os resíduos são lançados ou carreados

para a água.

- Planejamento e

implementação de instalações

e sistema adequado de coleta,

transporte, tratamento e

disposição final de resíduos;

- Implantação do PGRS;

- Promover a limpeza total e

periódica dos acessos aos

terminais de granéis sólidos e

de uso múltiplos,

principalmente próximos às

esteiras rolantes,

- Criar espaços para

armazenamento ou coleta de

resíduos sólidos inertes

provenientes de construção

civil.

- LC-72

- Marpol 73/78

- OPRC 1990

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- Lei Federal de Crimes

Ambientais nº 9605/98

- Lei Federal nº 9.966/00

- Decreto Federal nº 3.179/99

- Decreto Federal nº 4.136/02

- Decreto Federal nº 4.871/03

- Resolução CONAMA nº 05/93

- Resolução CONAMA nº 237/97

- Resolução ANVISA nº 217/01

- Constituição do Estado da

Bahia 1989

- Lei Estadual nº 7.799/01

- Decreto Estadual nº 7.967/01

6. Cargas a

granel

- Vazamento da carga;

- Perda da carga ao longo dos

terminais;

- Má condição dos veículos de

- Ruídos gerados e muito material particulado

(poeira) em suspensão, ocasionados nestas

operações;

- Material em suspensão espalhado em toda área

- Realizar medidas preventivas

de controle da poeira em

suspensão quando o sistema

de transporte (esteiras) for

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- Lei Federal de Crimes

Ambientais nº 9605/98

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transportes de cargas a granel;

- Vias onde transitam as cargas

em mau estado de

conservação.

do porto provocando reações com o meio. ativado;

- Promover a restauração das

vias de transporte das cargas.

- Decreto Federal nº 3.179/99

- Decreto Federal nº 4.136/02

- Decreto Federal nº 4.871/03

- Resolução CONAMA nº 05/93

- Resolução ANVISA nº 217/01

- Constituição do Estado da

Bahia 1989

- Lei Estadual nº 7.799/01

- Decreto Estadual nº 7.967/01

7. Fatores

Socioeconômicos

- Demanda de mão-de-obra em

novas atividades produtivas.

- Geração de atividades econômicas e

oportunidades de emprego.

- Implantação de programa de

recursos humanos incluindo

treinamento para as diferentes

frentes de trabalho.

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ANEXO 5 – IMPACTOS/RISCOS DECORRENTES DO TRÁFEGO

Componentes

Ambientais

Afetados

Causas S E Ç ÃO 1 . 0 3 I M P AC TO S / R I S C O S Controle Marco Legal Referencial

1. Qualidade do

Ar

- Aumento do volume de tráfego

por veículos de carga;

- Aumento do volume de tráfego

em geral, decorrente da

dinamização da economia

local.

- Impacto sobre a saúde da população em

decorrência da poluição do ar;

- Aumento da emissão de CO (monóxido de

carbono) e outros gases tóxicos;

- Perda de carga por transporte inadequado (ex:

cobertura sem amarração correta ou coberta com

lonas estragadas).

- Para reduzir a poeira e a

contaminação, cobrir

corretamente cargas

potencialmente poluentes;

- Planejamento da rota de

circulação dos veículos

envolvidos. Reuniões com

Prefeitura, CODEBA, ONGs e

comunidade.

- Lei Federal nº 6.514/77

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- Lei dos Portos nº 8.630/93

- Resolução CONAMA nº 05/93

- Resolução ANVISA nº 217/01

- Constituição do Estado da

Bahia 1989

- Lei Estadual nº 7.799/01

- Decreto Estadual nº 7.967/01

2. Ruído e

Vibrações

- Aumento do tráfego rodoviário;

- Aumentos das atividades

produtivas;

- Interferência no conforto

ambiental.

- Incômodo contínuo de ruído e vibrações para a

vizinhança;

- Perda da quietude, do isolamento e paisagem

natural.

- Planejamento prévio do

sistema viário e de circulação;

- Planejamento prévio para

distanciamento das fontes

poluidoras em relação à

vizinhança;

- Sinalização das ruas quanto

aos horários de tráfego

permitido pela Lei Orgânica do

- Lei dos Portos nº 8.630/93

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Município em relação à Lei do

Silêncio;

- Sinalização das estradas

dando enfoque às áreas

protegidas e áreas que

porventura sejam rotas de

animais silvestres.

3. Fatores

Socioeconômicos

- Alterações na composição de

tráfego e carga existente

devido à dinamização da

economia local.

- Perda econômica devido aos

congestionamentos;

- Aumento no número de acidentes de trânsito;

- Sistema de circulação aperfeiçoado gera

benefícios sociais.

- Reestruturação do sistema de

circulação;

- Redirecionamento de rotas,

hierarquização de vias,

medidas de segurança de

trânsito e de controle de

tráfego;

- Intensificação da fiscalização

do sistema de vistoria de

veículos no Porto.

- PNGC Lei Federal nº 7.661/88

- Lei dos Portos nº 8.630/93

- Lei Federal nº 9537/97

4. Infra-Estrutura

Urbana

- Volume de tráfego de carga;

- Peso dos veículos rodoviários

de carga.

- Deterioração acelerada de pavimentos;

- Conflito com tráfego urbano local;

- Congestionamento na entrada principal de

veículos estacionados no acostamento.

- Reforço de pavimentos em

rotas preestabelecidas;

- Controle de peso (balança) em

posto rodoviário próximo;

- Criar pátio para

estacionamento dos caminhões

na entrada principal.

- Lei dos Portos nº 8.630/93

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ANEXO 6 – IMPACTOS/RISCOS DECORRENTES DO TRATAMENTO E DA DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS

Componentes

Ambientais

Afetados

Causas S E Ç ÃO 1 . 0 4 I M P AC TO S / R I S C O S Controle Marco Legal Referencial

1. Condições

da Coluna de

Água e Fundo

- Drenagem de águas residuais

dos sistemas de tratamento de

resíduos e de águas pluviais;

- Vazamento de carga tóxica;

- Ausência de núcleo de

educação ambiental que

promova campanhas de

educação sanitária e

ambiental.

- Eutrofização;

- Película de óleo na superfície da água, causando

intrusão visual e afetando a vida aquática;

- Presença de substâncias perigosas, afetando a

vida humana e aquática a exemplo da alumina,

carvão mineral, rocha fosfática, manganês, ferro,

esponja etc.

- Reduzir os poluentes presentes

nos resíduos tratados;

- Instalar lagoa de sedimentação;

- Estudar meios de inertizar e

encapsular tais resíduos;

- Realização de estudos

específicos quanto a fauna e

flora e seus níveis de

contaminação referentes às

lagoas no entorno do porto que

recebem aporte do material

lixiviado no pátio de minérios;

- Promover PRADs para estes

ambientes aquáticos

impactados.

- LC-72

- Marpol 73/78

- OPRC 1990

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- Lei Federal de Crimes

Ambientais nº 9.605/98

- Lei Federal nº 9.966/00

- Decreto Federal nº 3.179/99

- Decreto Federal nº 4.136/02

- Decreto Federal nº 4.871/03

- Resolução CONAMA nº. 293/01

- Resolução ANVISA nº 217/01

- Constituição do Estado da Bahia

1989

- Lei Estadual nº 7.799/01

- Decreto Estadual nº 7.967/01

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2. Odor

Desagradável

- Vazamento de substâncias

provenientes do processo de

pressurização (acrilato dimetil,

TDI).

- Desconforto para os trabalhadores em função do

mau cheiro e poluição visual;

- Ocorrência de contaminação por inalação de

produtos tóxicos à população local.

- Fiscalizar as área de

armazenamento destes produtos

e exercer controle rigoroso no

que tange as sanções

específicas para estes casos;

- No planejamento, providenciar

distanciamento entre as fontes e

a vizinhança, disposição,

transporte, além de discutir o

sistema de coleta quanto a sua

periodicidade.

- Resolução CONAMA nº 05/93

- Resolução ANVISA nº 217/01

3. Fauna e

Flora

Aquáticas

- Drenagem de efluentes;

- Tratamento inadequado de

efluentes.

- Contaminação da água e do fundo, a depender

das correntes marinhas;

- Peixes afetados pelo óleo, comunidades de

organismos aquáticos afetados;

- Redução das condições de crescimento e

funções biológicas devido à alteração de pH da

água, níveis de TPH e PAH, metais pesados etc.

- Instalação de equipamentos

para tratamento de lama e borra;

- Dragagem do fundo;

- Desenvolver programa de

coleta, transporte e tratamento e

destino final (PGRS);

- Desenvolver sistema de

tratamento e captação

adequados de águas pluviais, ao

invés de simplesmente

direcioná-los diretamente para o

mar (APA BTS).

- LC-72

- OPRC 1990

- Política Nacional do Meio

Ambiente nº 6.938/81

- Lei Federal nº 9.966/00

- Resolução CONAMA nº 05/93

- Resolução ANVISA nº 217/01

- Resolução CONAMA nº 293/01

- Resolução CONAMA nº 344/04

4. Resíduos

(orgânicos,

- Poluição do ar e da água;

- Geração de odores

- Emissão de poeira e odores desagradáveis;

- Contaminação do mar pelo aporte excessivo de

- Implantar e manter atualizado o

PGRS e Norma de

- LC-72

- Política Nacional do Meio

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101

sólidos,

químicos,

recicláveis e

tóxicos)

desagradáveis devido à

disposição inadequada após

tratamento;

- Contaminação do lençol

freático e de lagoas próximas

ao porto.

resquícios de produtos que são carreados e

depositados no assoalho marinho da BTS;

- Depósito de resíduos tóxicos (bota fora);

- Depósito de sedimento oriundo de dragagem

acumulado em dique de contenção;

- Áreas inadequadas (bota-fora) existentes

destinadas ao acúmulo de substâncias tóxicas e

perigosas tanto para saúde pública quanto para o

meio ambiente isentas de quaisquer normas

regulamentadoras.

Gerenciamento de Resíduos;

- Planejamento adequado da

localização de áreas de despejo

de resíduos, com controle de

efluentes;

- Sistema de prevenção de

incêndios;

- Monitoramento das condições

do sedimento do assoalho

marinho da BTS e de sua biota

associada;

- Monitoramento e remediação

das áreas destinadas ao

acúmulo de elementos tóxicos

(bota-fora);

- Monitoramento do dique de

contenção do material dragado.

Ambiente nº 6.938/81

- Lei Federal de Crimes

Ambientais nº 9605/98

- Lei Federal nº 9.966/00

- Resolução CONAMA nº 05/93

- Resolução ANVISA nº 217/01

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ANEXO 7 – SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DE SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE - SGA

CODEBA - COMPANHIA DAS DOCAS DO ESTADO DA BAHIA MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES AUTORIDADE PORTUÁRIA

POLÍTICA AMBIENTAL

Aprovada pela Diretoria Executiva, em 11 de maio de 1999, objetiva o empreendimento de ações que visem à melhoria contínua das condições de preservação e proteção do meio ambiente, de saúde e segurança no trabalho, nos Portos Organizados sob a administração da CODE BA. Necessita ser atualizada para atender às novas legislações.

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103

SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DE SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE

Sistema norteado pelas políticas e estratégias do Plano de Gestão Empresarial e política ambiental da Companhia, visa promover o ordenamento e

consistência para as ações relacionadas a meio ambiente, segurança e saúde no trabalho através a locação de recursos, definição de responsabilidades e avaliação contínua das práticas, procedimentos e processos. Deve ser definido e atualizado observando as normas ISO série 14000 e legislações ambiental, de segurança no trabalho, previdenciária e trabalhista vigentes. A ser implementado através dos Programas a seguir relacionados.

Segundo a Lei nº 9966/2000, no seu Art. 9º, e Resolução CONAMA 306/2002, este sistema deve ser auditado bienalmente por empresa de auditoria ambiental independente.

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - Apresenta um conjunto de atividades de educação e treinamento sobre gestão e direito ambiental (para Chefias, CTGA e demais técnicos envolvidos) e educação ambiental para todos os empregados da Companhia. Ele oferece a base para

a implantação do sistema de gestão integrada além de trabalhar a auto-estima dos empregados. Está previsto nas legislações vigentes (Lei federal 9795/1999 e Lei Estadual 7799/2001). Deve ser desenvolvido por empresa especializada e integrar o Programa de Desenvolvimento de

Pessoal da Companhia. SITUAÇÃO – A CTGA, por orientação da CAE, formatou este programa conjuntamente com o IAF-NEAMA-CRA..

PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL

Apresenta um conjunto de ações específicas que visam ao atingimento das metas de garantia da qualidade ambiental da CODEBA e dos seus Portos. É implementado conforme os Planos de Gerenciamento de Resíduos, de Controle Ambiental, de Controle de Emergências e de Contingências (PEI).

SITUAÇÃO – IMPLEMENTADOS A QUATRO MESES.

PROGRAMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL

Apresenta um conjunto de ações que visam prevenir, reduzir e controlar os riscos operacionais e no ambiente de trabalho bem como controlar os aspectos médicos e de saúde ocupacional dos seus empregados. É composto pelos Programas exigidos pela legislação vigente – PPRA e PCMSO, a seguir descritos. SITUAÇÃO – Alguns programas e sub-programas já foram elaborados, outros estão em elaboração/revisão, todos ainda serão

implantados.

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ANEXO 8 – Questionário aplicado na entrevista realizada na CODEBA

Este é um instrumento de coleta de dados sobre o Gerenciamento Ambiental do porto de Salvador -

CODEBA, para elaboração de TCC que é desenvolvido como requisito parcial de Graduação em

Administração com Habilitação em Comércio Exterior da Faculdade 2 de Julho, sobre orientação do

professor Alexandre Amissi. Tem como objetivo principal caracterizar e evidenciar a gestão ambiental

portuária e formular a concepção de um Sistema de Gestão Ambiental como diferencial estratégico

que agregue aos aspectos de segurança, saúde ocupacional e a gestão da qualidade total,

demonstrando assim os seus benefícios, através de estudo de caso. Agradeço sua colaboração!

QUESTIONÁRIO

01. Sexo:

Feminino –

Masculino –

02. Qual seu grau de escolaridade?

1º grau completo

2º grau Incompleto

2º grau completo

Curso técnico profissionalizante

Superior incompleto

Superior completo

Pós-graduação

03. Os gestores da empresa acreditam que o desenvolvimento de um SGA que atenda aos padrões

nacionais e internacionais é prioritário?

Sim

Não

Talvez

04. Há uma definição clara na CODEBA sobre a implementação da Política Ambiental, documentada

e divulgada para todos os funcionários?

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Sim

Não

Moderadamente

05. A Política Ambiental da CODEBA expressa o compromisso com a melhoria contínua do

desempenho ambiental?

Sim

Às vezes

Não

06. Há uma identificação pela empresa sobre suas atividades causadoras de impactos ambientais

adversos ao meio ambiente?

Sim

Não

As vezes

07. A CODEBA já estabeleceu e divulgou seus objetivos e metas ambientais para os próximos anos

baseados na sua política e nos seus aspectos ambientais considerados críticos?

Sim

Não

08. Existem programas de gerenciamento ambiental desenvolvidos, documentados e aprovados para

todos os objetivos e metas?

Sim

Não

09. A empresa realiza o monitorado dos seus efluentes líquidos e o corpo receptor?

Sempre

Periodicamente

Não há monitoramento

10. Há na empresa a atualização de inventários de todos os seus resíduos para destiná-los

adequadamente ou comercializá-los?

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Sim

Não

11. A empresa obteve resultados positivos com a implantação do programa de gestão Ambiental?

Quais?

Sim

Não