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Estudo de Impacto Ambiental Condomínio Praia de Guadalupe Volume III Análise de Impactos, Prognóstico e Conclusões Recife PE 2016

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Estudo de Impacto Ambiental

Condomínio Praia de Guadalupe Volume III – Análise de Impactos, Prognóstico e Conclusões

Recife – PE

2016

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 6

9 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS .................................. 10

9.1 Metodologia ........................................................................................................... 10

9.2 Descrição dos impactos ......................................................................................... 14

9.2.1 Fase de Planejamento e Projeto ..................................................................... 14

9.2.2 Fase de Construção e Implantação ................................................................ 16

9.2.3 Fase de Operação .......................................................................................... 34

10 MEDIDAS MITIGADORAS E POTENCIALIZADORAS .............................................. 46

10.1 Fase de Planejamento e Projeto ............................................................................ 46

10.1.1 Meio Físico ..................................................................................................... 46

10.1.2 Meio Socioeconômico ..................................................................................... 46

10.2 Fase de Construção e Implantação ....................................................................... 46

10.2.1 Meio Físico ..................................................................................................... 46

10.2.2 Meio Biótico .................................................................................................... 51

10.2.3 Meio Socioeconômico ..................................................................................... 54

10.3 Fase de Operação ................................................................................................. 57

10.3.1 Meio Físico ..................................................................................................... 57

10.3.2 Meio Biótico .................................................................................................... 58

10.3.3 Meio Socioeconômico ..................................................................................... 60

11 PLANOS E PROGRAMAS DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS

IMPACTOS .......................................................................................................................... 62

11.1 Programa de Gestão e Planejamento Ambiental ................................................... 63

11.1.1 Subprograma de Educação Ambiental para Funcionários da Obra ................. 65

11.1.2 Subprograma de Comunicação Social ............................................................ 67

11.1.3 Subprograma de Favorecimento à Contratação de Trabalhadores Locais ...... 69

11.1.4 Subprograma de Lazer e Educação Ambiental para Moradores e Turistas .... 71

11.1.5 Subprograma de Conservação de Corredores Ecológicos.............................. 73

11.1.6 Subprograma de Controle de Animais Domésticos ......................................... 74

11.1.7 Subprograma de Ampliação de Renda para as Comunidades Locais ............ 75

11.2 Programa Ambiental de Controle da Obra ................. Erro! Indicador não definido.

11.2.1 Subprograma de Prevenção, Controle e Monitoramento de Erosão e

Assoreamento .............................................................................................................. 80

11.2.2 Subprograma de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos ................... 81

11.2.3 Subprograma de Controle e Monitoramento de Efluentes .............................. 83

11.2.4 Subprograma de Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas ......... 84

11.2.5 Subprograma de Controle e Monitoramento de Ruídos e Vibrações .............. 85

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11.3 Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD e Programa de

Levantamento e Recuperação de Passivos Ambientais ................................................... 87

11.4 Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas .......................................... 89

11.5 Programa de Gerenciamento de Riscos e Plano de Ação de Emergência ............. 91

11.6 Programa de Proteção da Fauna e da Flora .......................................................... 94

11.6.1 Subprograma de Supressão da Vegetação e Afugentamento e Resgate da

Fauna 94

11.6.2 Subprograma de Monitoramento de Fauna por Espécies-Chave .................... 96

11.6.3 Subprograma de Formação de Corredores Ecológicos .................................. 97

11.6.4 Subprograma de Monitoramento e Mitigação de Atropelamento de Fauna ..... 98

11.6.5 Subprograma de Monitoramento e Plantio Compensatório da Flora ............. 100

12 COMPENSAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................... 104

13 PROGNÓSTICO DA QUALIDADE AMBIENTAL ..................................................... 112

13.1 Cenário Ambiental Atual ...................................................................................... 112

13.2 Cenário futuro com o empreendimento ................................................................ 116

13.3 Cenário futuro sem o empreendimento ................................................................ 120

14 CONCLUSÕES ....................................................................................................... 122

15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 126

15.1 Meio Físico .......................................................................................................... 126

15.2 Meio Biótico ......................................................................................................... 134

15.3 Meio Socioeconômico .......................................................................................... 152

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RELAÇÃO DE FIGURAS

Figura 13.1 - Catamarãs durante feriado em Guadalupe ................................................... 113

Figura 13.2 - Atividades comerciais provenientes do extrativismo animal para a utilização na

culinária regional e mineral relativas ao “banho de lama”, e de produtos derivados da argila

como sabonetes e outros cosméticos. Praia de Guadalupe (dezembro de 2015). ............. 114

Figura 13.3 - Barco que faz a travessia entre a Praia de Guadalupe e dos Carneiros

(dezembro de 2015)........................................................................................................... 114

RELAÇÃO DE TABELAS

Tabela 9.1 - Impactos ambientais nas diferentes etapas previstas para o Condomínio Praia de

Guadalupe. Legendas - Efeito: P = Positivo, N = Negativo; Natureza: D = Direto ou I = Indireto;

Periodicidade: T = Temporário, C = Cíclico ou P = Permanente; Temporalidade: Im = Imediato,

Cp = Curto Prazo, Mp = Médio Prazo ou Lp = Longo Prazo; Abrangência: L = Local, R =

Restrita, LRest = Local e Restrita, LReg = Local e Regional, Reg = Regional, RReg = Restrito

e Regional, LRReg = Local, Restrito e Regional ou G = Global; Reversibilidade: Irrev. =

Irreversível ou Rev. = Reversível; Probabilidade de Ocorrência: Ct = Certa, Pr = Provável ou

Rem = Remota; Magnitude: MG = Magnitude Grande, MM = Magnitude Média ou MP =

Magnitude Pequena; Importância: IA = Importância Alta, IM = Importância Moderada ou IB =

Importância Baixa; ............................................................................................................... 44

Tabela 11.1 – Estimativa do emprego de mão-de-obra utilizada nos programas e

subprogramas propostos ................................................................................................... 102

Tabela 12.1 – Tabela de referência para cálculo do Fator de Relevância dos significativos

impactos ambientais nos indicadores ambientais, componente do cálculo do grau do impacto

ambiental. Indicadores Ambientais. ................................................................................... 106

Tabela 12.2 - Cálculo do Fator de Relevância dos significativos impactos ambientais nos

indicadores ambientais, para o Projeto Condomínio Praia de Guadalupe .......................... 107

Tabela 12.3 – Tabela de referência para estimativa do Fator de Temporalidade dos

significativos impactos ambientais, componente do cálculo do grau do impacto ambiental.

.......................................................................................................................................... 108

Tabela 12.4 – Cálculo do Fator de Abrangência dos significativos impactos ambientais para o

Projeto Condomínio Praia de Guadalupe. .......................................................................... 109

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APRESENTAÇÃO

A empresa PROJETEC – PROJETOS TÉCNICOS LTDA apresenta o

Estudo de Impacto Ambiental (EIA) referente ao PROJETO CONDOMÍNIO PRAIA DE

GUADALUPE, contratado por Costa de Guadalupe Empreendimentos Imobiliários

para avaliação da viabilidade ambiental do empreendimento a ser implantado no

município de Sirinhaém - Pernambuco.

O presente documento foi elaborado por uma equipe técnica plural

composta por especialistas das diferentes áreas abordadas pelo estudo, visando,

assim, a um satisfatório atendimento das disposições apresentadas pelo Termo de

Referência nº 07/2015 elaborado pela Agência Estadual de Meio Ambiente de

Pernambuco (CPRH).

Ressalta-se, ainda, que o presente documento e projeto são resultados de

um esforço iterado de estudos ambientais. Tendo em vista que a região em questão

foi alvo de avaliações anteriores, promovidas pelo empreendedor com vistas à

obtenção de licença ambiental para outros projetos, foi acordado, junto à CPRH, o

aproveitamento de tais estudos mediante sua complementação nos pontos definidos

pelo que se convencionou chamar de “Documento Estruturador”, o qual foi

apresentado ao órgão em reunião com o Núcleo de Avaliação de Impactos Ambientais

no dia 03/11/2015.

Chama-se atenção, também, para a metodologia utilizada na elaboração

do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe, a qual lançou mão dos resultados

providos pelos especialistas de cada área do Estudo Ambiental para conformar o

projeto às restrições ambientais verificadas. Portanto, o projeto ora apresentado,

assim como o próprio EIA, também é fruto de um esforço plural de especialistas, tendo

sido esse elaborado à luz das restrições ambientais verificadas para a localidade.

O trabalho elaborado foi segmentado em capítulos conforme disposição

presente no termo de referência que o orientou. Foram, portanto, compilados 20

capítulos com as informações entendidas como de interesse para a compreensão do

empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe e seus impactos

ambientais.

O capítulo primeiro apresenta o empreendimento, o proponente, a

empresa consultora incumbida da elaboração do estudo e a equipe multidisciplinar

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responsável, bem como as funções de cada um dos seus integrantes dentro do

trabalho realizado.

O segundo capítulo aborda os objetivos e justificativas para realização do

empreendimento. São abordados aspectos técnicos, ambientais, econômicos e

político-governamentais, através da apresentação de justificativas para a implantação

do empreendimento.

A descrição e análise de alternativas locacionais para o projeto ora

proposto é objeto do terceiro capítulo deste EIA, onde é feita avaliação dos aspectos

técnicos, econômicos, sociais e ambientais envolvidos. Sequencialmente, é efetuada

apreciação e comparação das alternativas apresentadas, indicando-se aquela

escolhida.

Ao longo do quarto capítulo, realiza-se a Descrição Técnica do

Empreendimento em suas fases de implantação. A alternativa escolhida é

apresentada de forma detalhada mediante caracterização da área onde está inserido

o empreendimento e do uso atual dado ao solo da propriedade.

Para o Projeto Condomínio Praia de Guadalupe, serão indicadas as áreas

totais da gleba e dos parcelamentos projetados. Além disso, são explicitadas as

diretrizes de ocupação, infraestrutura e paisagismo propostas, as quais foram

desenvolvidas através da observância aos conceitos de uso sustentável compatíveis

com a localidade.

O capítulo trata ainda da descrição das estruturas necessárias à

implementação do empreendimento. É realizada a descrição do canteiro de obra que

será utilizado, especialmente nos aspectos relacionados ao abastecimento d’água,

esgotamento sanitário, destinação de efluentes e resíduos sólidos. A mão-de-obra

utilizada é, também, caracterizada quanto a qualificação, faixa etária e outros

aspectos considerados relevantes.

Os empreendimentos associados ao projeto e aqueles passíveis de serem

atraídos pela implantação desse são descritos através de uma sumarização do perfil

dos mesmos. Por fim, são expostas informações relativas ao planejamento do projeto:

Prazo; Cronograma das etapas de execução; Recursos e Investimentos previstos.

Em sequência, o quinto capítulo apresenta os Planos e Programas de

Desenvolvimento existentes para a localidade. Foram levantados planos e programas

de desenvolvimento propostos e em implantação na área de influência do Projeto

Condomínio Praia de Guadalupe, tendo sido dada ênfase àqueles que guardam

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relação direta com o projeto. Por fim, é apresentada a relação do empreendimento

com os preceitos do Plano Pernambuco 2035.

O capítulo seis constitui a análise jurídica, na qual é contemplado o

conjunto de leis e regulamentos federais, estaduais e municipais que incidem sobre o

empreendimento em questão. Procede-se com uma análise das limitações impostas

ao projeto e são apresentadas as medidas adotadas para promoção das

compatibilizações necessárias.

Ao longo do sétimo capítulo, são apresentadas as Áreas de Influência do

Empreendimento e as justificativas adotadas para sua delimitação. Essas áreas foram

delimitadas a partir de sucessivas reuniões realizadas entre o Núcleo de Avaliação de

Impactos Ambientais (NAIA) e a equipe multidisciplinar responsável pela elaboração

do estudo, de forma a atender às exigências do órgão licenciador.

O oitavo capítulo abrange o diagnóstico ambiental detalhado das áreas

de influência, o qual foi construído conforme preconizado pelo Documento

Estruturador apresentado ao NAIA. Ao longo do diagnóstico, são caracterizados os

meios Físico, Biótico e Socioeconômico mediante utilização de dados já publicados e

exaustivas investigações de campo realizadas no período de estudos. Ao fim do

diagnóstico, é apresentado o passivo ambiental verificado na área de influência do

empreendimento.

Mediante identificação das ações impactantes ao longo do capítulo nove,

são analisados os impactos ambientais potenciais nos três meios diagnosticados, com

relação às diferentes fases de implantação do empreendimento. A avaliação foi

realizada em observância às propriedades cumulativas, sinérgicas e distributivas dos

impactos identificados.

Em sequência, o capítulo dez, discorre a respeito das medidas orientadas

à minimização, eliminação, compensação ou mesmo potencialização dos possíveis

impactos relativos ao empreendimento.

No décimo primeiro capítulo, são abordados os Programas Ambientas

propostos para as diferentes fases do projeto, sendo, portanto, consolidadas as

medidas identificadas anteriormente. Os programas foram construídos de maneira a

permitir o acompanhamento da evolução dos impactos ambientais do

empreendimento, permitindo a adoção de ações complementares na medida que

essas se mostrem necessárias.

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Os capítulos doze e treze discutem, respectivamente, os temas relativos

à Compensação Ambiental e ao Prognóstico da Qualidade Ambiental. O último

compara os cenários ambientais na presença e ausência do empreendimento tendo

por base as informações advindas do diagnóstico realizado.

Nos capítulos catorze e quinze são condensadas as conclusões da

equipe técnica responsável quanto à viabilidade ambiental do empreendimento e as

referências bibliográficas.

O capítulo dezesseis envolve o diagnóstico do patrimônio cultural,

abrangendo a caracterização etno-histórica dos municípios que compõem a área de

influência do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe.

Os impactos que o pretendido empreendimento poderá causar ao

patrimônio histórico e arqueológico são objeto do décimo sétimo capítulo. Em

sequência, o capítulo dezoito elenca os programas voltados à minimização desses

potenciais impactos. No capítulo dezenove são apresentadas as referências

bibliográficas que subsidiaram a análise do patrimônio cultural.

Por fim, no capítulo vinte estão dispostos os anexos, ou seja, documentos

relevantes à elaboração do estudo ora apresentado.

De forma a facilitar a consulta e a compreensão, os capítulos supracitados

foram divididos em cinco volumes dispostos da seguinte maneira: Volume I:

Caracterização do Empreendimento – Capítulos 1 ao 6; Volume II: Diagnóstico

Ambiental – Capítulos 7 e 8; Volume III: Análise de Impactos, Prognóstico e

Conclusões – Capítulos 9 ao 15; Volume IV: Análise do Patrimônio Cultural –

Capítulo 16 ao 19 e Volume V: Anexos.

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9 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

9.1 METODOLOGIA

A análise dos potenciais impactos ambientais decorrentes da construção,

implantação e operação do empreendimento Condomínio Praia de Guadalupe foi

fundamentada em metodologia específica e de domínio usual, que buscou identificar,

qualificar e quantificar, quando passíveis de mensuração, os impactos que poderão

ser gerados nas fases de planejamento, implantação e operação do referido

empreendimento.

A estruturação dessa metodologia se desenvolveu a partir da análise

integrada dos compartimentos ambientais, considerando-se suas propriedades

cumulativas e sinérgicas, bem como a distribuição do ônus e dos compromissos

sociais.

A primeira etapa do trabalho de avaliação dos impactos consistiu na

identificação das ações potencialmente causadoras de prejuízos aos meios físicos,

bióticos e socioeconômicos. Ultrapassada esta etapa, procedeu-se à correlação entre

cada uma das atividades previstas com os respectivos aspectos ambientais. Em um

momento posterior, após discussões do grupo de trabalho responsável pela condução

dos estudos, os possíveis impactos ambientais foram devidamente caracterizados,

avaliados e quantificados.

Para a avaliação efetuada, lançou-se mão de critérios como efeito,

direcionalidade, natureza, periodicidade, magnitude, abrangência, temporalidade,

reversibilidade e importância.

A partir dessa análise, foi elaborada a matriz de identificação de impactos,

a qual relaciona as atividades elencadas aos principais componentes ambientais

suscetíveis ao efeito do projeto Condomínio Praia de Guadalupe.

Dessa forma, a matriz de identificação de impactos tem como estruturação

básica os componentes dos seguintes conjuntos de variáveis: as ações necessárias

à implantação e funcionamento do Condomínio e os componentes ambientais

referentes aos meios físico, biótico e socioeconômico influenciados por essas ações

nas etapas de planejamento, implantação e operação do empreendimento.

Considerando esse quadro, o desenvolvimento da análise dos impactos

baseou-se na avaliação dos seguintes fatores:

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(1) Empreendimentos e Atividades Previstas

Nessa etapa, a equipe responsável pela elaboração deste EIA analisou os

principais aspectos técnicos dos empreendimentos e os procedimentos construtivos

elaborados para o desenvolvimento da obra sendo identificadas todas as atividades

previstas que implicassem potenciais alterações ambientais, constituindo, assim, as

fases e ações do empreendimento. Para maiores detalhes com respeito à

caracterização do empreendimento Condomínio Praia de Guadalupe, referir ao

Volume I - Caracterização.

(2) Elementos de Análise

Um intenso esforço de análise do diagnóstico ambiental apresentado no

Volume II deste estudo foi essencial para esta etapa. Foram considerados os

diferentes pontos de vista relacionados às áreas de conhecimento associadas aos

meios físico, biótico e socioeconômico, conforme sugerido pelo TR GT nº 07/2015. A

partir dessa abordagem multi e interdisciplinar, selecionou-se os elementos de análise

mais pertinentes em função da natureza das intervenções propostas.

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(3) Critérios de Análise

Foram adotados os seguintes critérios:

Efeito: Indica quando o impacto tem efeitos benéficos/positivos (POS) ou

adversos/negativos (NEG) sobre o meio ambiente.

Direcionalidade (Meio): Indica o meio – físico (F), biótico (B) ou

socioeconômico (S) – sobre o qual o impacto atuará. Em alguns casos, o

impacto poderá afetar mais de um meio simultaneamente.

Natureza: Como se manifesta o impacto, ou seja, se é um impacto

diretamente decorrente (DIR) de uma ação do Empreendimento, ou se tem

origem indireta (IND), decorrente de outro ou outros impactos gerados

diretamente ou indiretamente por ele.

Periodicidade (Duração): Critério que indica o tempo de duração do

impacto, podendo ser permanente (PER), temporário (TEMP) ou cíclico

(CIC).

Temporalidade: Diferencia os impactos segundo o tempo decorrido entre

a ação impactante e a manifestação de seus efeitos. Temporalmente, os

impactos podem se caracterizar como: Imediato (I), entre 0 a 5 anos; de

curto prazo (CP), entre 5 a 10 anos e aqueles cujos efeitos só se fazem

sentir após decorrer um período de tempo em relação a sua causa; de

médio prazo (MP), entre 10 a 20 anos, ou ainda, longo prazo (LP), acima

de 20 anos.

Abrangência (local, restrita, regional ou global): Traduz a dimensão

geográfica do efeito do impacto considerando as áreas de influência, se o

impacto se faz sentir apenas na ADA, os impactos são locais (LOC), se na

AID, restritos (RES), se podem afetar áreas geográficas mais abrangentes

da AII, caracterizam-se como impactos regionais (REG).

Reversibilidade: Classifica os impactos segundo aqueles que, depois de

manifestados seus efeitos, são reversíveis (REV) ou irreversíveis (IRR).

Permite identificar que impactos poderão ser integralmente reversíveis a

partir da implementação de uma ação de reversibilidade ou poderão

apenas ser mitigados ou compensados. Ou seja, traduz a capacidade do

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ambiente retornar à sua condição original após cessada a interferência ou

impacto.

Probabilidade: A probabilidade ou frequência de um impacto será certa se

sua ocorrência for quase certa e constante ao longo de toda a atividade,

provável se sua ocorrência for intermitente, e remoto se for quase

improvável que ele ocorra.

Magnitude: Refere-se ao grau de incidência de um impacto sobre o fator

ambiental, em relação ao universo desse fator ambiental. Ela pode ser de

grande (GRA), média (MED) ou pequena (PEQ) magnitude, segundo a

intensidade de transformação da situação pré-existente do fator ambiental

impactado. A magnitude de um impacto é, portanto, tratada exclusivamente

em relação ao fator ambiental em questão, independentemente da sua

importância por afetar outros fatores ambientais.

Importância: Refere-se ao grau de interferência do impacto ambiental

sobre diferentes fatores ambientais, estando relacionada estritamente com

a relevância da perda ambiental, por exemplo, se houver extinção de uma

espécie ou perda de um solo raro, embora de pouca extensão. Ela é grande

(GRA), média (MED) ou pequena (PEQ), na medida em que tenha maior

ou menor influência sobre o conjunto da qualidade ambiental local.

Fase de Ocorrência: Indica a fase do empreendimento na qual impacto se

manifesta, podendo ser nas fases de projeto (PRO), implantação (IMPL)

e/ou operação (OPER).

A seguir serão descritos os principais impactos ambientais previstos por

ocasião do desenvolvimento do Condomínio Praia de Guadalupe. A qualificação dos

impactos conforme os critérios acima apresentados e nas diferentes fases estão

dispostas no Tabela 9.1, apresentado ao final da descrição dos mesmos, a seguir.

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9.2 DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS

9.2.1 Fase de Planejamento e Projeto

Os impactos aqui relacionados referem-se aos efeitos decorrentes dos

estudos para concepção do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe. Incluem-se

nesse grupo os trabalhos associados à própria elaboração deste EIA, assim como os

detalhamentos necessários à elaboração de um futuro projeto executivo.

9.2.1.1 Meio Físico

Aumento do nível de ruído e vibrações

Durante o planejamento do EIA visitou-se a área pretendida do

empreendimento para a realização de ensaios de solo, testes de aquífero,

levantamento topográfico, batimetria, obtenção de amostras d’água e realização da

primeira campanha de fauna e flora. Para tanto, fez-se necessário a utilização de

veículos leves e embarcações marítimas que geram ruídos e vibrações.

Esses impactos são caracterizados por sua curta duração, pequena

significância e magnitude.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Restrita

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Pequena

Importância Baixa

9.2.1.2 Meio Biótico

Verificou-se, nesta fase, que os impactos sobre o Meio Biótico são de

relevância e significância muito baixa, não sendo considerados na Matriz de Impactos

(e.g. afugentamento da fauna).

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9.2.1.3 Meio Socioeconômico

Maior conhecimento acerca da população local

Ainda no âmbito da realização do EIA, com vistas ao detalhamento da

população residente na vila de Aver-o-Mar, realizou-se uma pesquisa censitária, onde

foram pontuadas as características socioeconômicas de maior interesse. Dessa

forma, a intenção de implantação do condomínio possibilitou uma melhor

compreensão a respeito da dinâmica populacional local.

Ressalta-se que os dados produzidos pelo estudo serão tomados públicos

e poderão auxiliar os gestores municipais no desenvolvimento de políticas voltadas à

comunidade estudada.

Efeito Positivo

Natureza Direto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Local, Restrito e

Regional

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Alta

Importância Alta

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9.2.2 Fase de Construção e Implantação

Os impactos aqui relacionados referem-se aos efeitos esperados na fase

de implantação do empreendimento, resultando, majoritariamente, das atividades de

construção planejadas.

Nesta fase, além dos impactos intrinsicamente associados aos

procedimentos construtivos, foram considerados incidentes cuja ocorrência é incerta

e apresenta variados graus de probabilidade.

9.2.2.1 Meio Físico

Ocorrência de Processos Erosivos

Na área pretendida para o empreendimento, verificou-se que a Formação

do Morro do Abacaxi apresenta maior susceptibilidade à ocorrência de processos

erosivos, os quais são propiciados pela ausência de vegetação e pelas características

pedológicas. O fraturamento ocasionado pelas raízes das plantas de médio porte é

outro fator que corrobora para a deflagração de processos erosivos.

Com relação à área do empreendimento como um todo, percebe-se que os

solos apresentam características que, em caso de dimensionamento incorreto ou

incompleto dos sistemas de drenagem, favorecerão a exposição e erosão do solo,

concentrando o escoamento superficial.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Provável

Magnitude Média

Importância Moderada

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Assoreamento

Com as intervenções necessárias à implantação do empreendimento, será

realizada a supressão da vegetação natural e o revolvimento do solo. Tais medidas

poderão gerar o deslocamento de partículas do solo, quando submetida a condições

climáticas adversas, ocasionando deposição de material particulado em áreas

sensíveis como os mangues e as restingas que situadas nas áreas mais baixas do

relevo.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local e Restrita

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Remota

Magnitude Média

Importância Alta

Acúmulo de Águas ou Alagamentos Indesejáveis em Áreas Sensíveis

As alterações do uso do solo na bacia afetada, na ausência do correto

dimensionamento e direcionamento dos dispositivos de drenagem, podem ocasionar

inundações em áreas frágeis, a exemplo das áreas mais baixas do relevo, mangue,

apicuns, salgados e restingas, além de interferências nas drenagens naturais,

conduzindo à alteração desses ecossistemas.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Remota

Magnitude Pequena

Importância Moderada

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Instabilização de Taludes e Aterros

Frequentemente, em sua fase de consolidação, os taludes de corte e aterro

apresentam maior risco de instabilização, podendo se movimentar antes que venham

a ser adequadamente estabilizados.

Devido ao reduzido volume de aterros previsto e às características do

substrato em questão, é pouco provável a ocorrência de eventos de instabilização dos

taludes construídos na área pretendida. Entretanto, com vistas à adoção de uma

postura preventiva, é coerente considerá-lo.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Remota

Magnitude Média

Importância Alta

Interrupção ou Desvio do Fluxo Natural dos Recursos Hídricos

Conforme já ressaltado anteriormente, caso esses preceitos sejam

desenvolvidos, as áreas sensíveis poderão vir a ser prejudicados pelo assoreamento

e solapamentos, tornando-se irregulares e alterando a sua forma e funcionamento.

Ressalta-se que, durante os estudos sobre os Recursos Hídricos

Superficiais, identificou-se um curso d’água efêmero, denunciado por drenos dentro

da área do empreendimento, por onde escoam as águas provenientes da drenagem

superficial de parte dos morros do Abacaxi e da Igreja.

O curso efêmero ou dreno consiste em uma área relvada onde é perceptível

um leve sulco originado pelo carreamento das partículas arenosas.

Dessa forma, é fundamental que sejam tomados todos os cuidados

necessários para que o carreamento de partículas não interfira no fluxo dos recursos

hídricos e ecossistemas presentes na área.

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Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Remota

Magnitude Pequena

Importância Baixa

Poluição por Resíduos Sólidos

A geração de resíduos sólidos, especialmente daqueles oriundos da ICC e

supressão de vegetação, é consequência natural da implantação do empreendimento.

A sua destinação inadequada gera uma série de adversidades como a

obstrução do sistema de drenagem, a proliferação de insetos e roedores e a

contaminação do solo.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Cíclico

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Restrita

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Alta

Alteração da Qualidade das Águas Superficiais e Subterrâneas

A alteração da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, pode

ocorrer através do lançamento de efluentes domésticos e águas servidas

contaminadas diretamente no solo ou nos corpos d’água receptores. Além disso, há

risco da disposição inadequada de graxas, óleos, lixo, material particulado e outros,

durante a fase de implantação do empreendimento que poderão contaminar as águas

superficiais e subterrâneas.

Conforme abordado no Volume II – Diagnóstico Ambiental, verificou-se que

os pontos amostrados nos rios Formoso e Mariassú apresentaram concentrações

compatíveis à Classe 2, para águas salobras, conforme a Resolução Conama 357/05.

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Quanto aos parâmetros de DBO, fósforo total, pH, oxigênio dissolvido e sólidos totais

dissolvidos, esses apresentaram concentrações compatíveis a sua classe.

Além disso, verifica-se que um dos aquíferos estudado (superficial), tendo

em vista suas características físicas, apresenta elevada vulnerabilidade.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Provável

Magnitude Média

Importância Alta

Poluição do Ar por Material Particulado

A movimentação de máquinas, manejo de materiais, manuseio de

equipamentos, construção de edificações e acessos e supressão da vegetação são

as principais atividades, na fase de implantação, que poderão gerar material

particulado. Além dessas, a liberação de gases resultantes da queima de

combustíveis nas diversas máquinas e veículos utilizados é outro fator de relevante

influência na concentração desse material.

As emissões de material particulado variam conforme as condições

meteorológicas e as operações e ritmo dos trabalhos desenvolvidos. O material

particulado normalmente emitido durante as obras consiste de partículas menores que

100 µm, que tendem a ficar, em sua maioria, sedimentadas na área de geração.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Provável

Magnitude Pequena

Importância Baixa

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Aumento do nível de Ruído e Vibrações

Durante a implantação do empreendimento, prevê-se um aumento no

tráfego de veículos e de pessoas na área, provocando, entre outros impactos, o

aumento no nível das vibrações e ruídos.

Uma das consequências desse incremento é o deslocamento pontual de

certos exemplares da fauna local. Tendo em vista a baixa densidade populacional da

área pretendida e o caráter predominantemente leve do tráfego gerado, as

perturbações fisiológicas sobre a população humana são de ordem secundária.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Moderada

Alteração da Paisagem Natural

Com a implantação do Condomínio, a paisagem natural existente, no que

toca aos aspectos físico, biótico e antrópico, sofrerá alterações eminentes. Entre as

causas relacionadas estão o deslocamento de solos e supressão da vegetação para

a construção das edificações ou estruturas de serviços básicos, ocasionando uma

mudança significativa na paisagem natural.

Ademais, há ainda uma alteração na Formação denominada como “Morro

do Jacaré”, que possui essa nomenclatura em consequência da forma de jacaré que

a vegetação sobre os morros da Igreja e do Abacaxi formam para quem a vê do

oceano Atlântico ou da praia dos Carneiros.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Restrita

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Alta

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9.2.2.2 Meio Biótico

Fragmentação e Perda de Habitats por Supressão da Vegetação

Conforme exposto no Volume I – Caracterização do Empreendimento, dos

116,9 ha da propriedade de Guadalupe, 71,2 ha deverão corresponder a áreas de

preservação. Dos 45,7 ha restantes, 10,5 ha comporão áreas para regeneração de

vegetação nativa e consolidação de corredores ecológicos.

Feitas essas ressalvas, os 35,2 ha restantes serão divididos entre vias de

circulação pública (2,5 ha), hotel (1,5 ha), Town-Houses (5,1 ha) e Subcondomínios

de Unidades Territoriais (26,1 ha). Ressalta-se que, aparte das vias, só será permitida

a ocupação de 25% da área da unidade, sendo o restante reservado à vegetação

nativa, conforme convenção condominial.

No Volume II – Diagnóstico Ambiental, verificou-se que, excluindo a

preservada área do manguezal, a maior parte da vegetação da área prevista para a

instalação do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe é composta por vegetação

secundária em estágio pioneiro de regeneração natural.

Por si só, esse fato já caracteriza, atualmente, a existência de intensos

processos de degradação ambiental nos ecossistemas presentes na região do

pretendido empreendimento. No entanto, ainda assim, esses ecossistemas têm

relevância ecológica e papel importante para as populações das espécies da flora e

fauna, uma vez que constituem um grande fragmento de vegetação natural numa

região de entorno já bastante alterada.

Os mosaicos de diferentes tipos e estágios de regeneração da vegetação

remanescente permitem uma dinâmica de dispersão de organismos e de fluxo gênico

das várias comunidades de fauna e flora entre o interior e o exterior da área, esta,

ainda que alterada pela ocupação possui alguns fragmentos de floresta de restinga e

de escrube de restinga em bom estado de conservação. Assim, apesar do grau de

degradação registrado para a área de influência do empreendimento, todos os tipos

de vegetação e ambientes naturais remanescentes possuem um papel importante na

manutenção da biodiversidade local.

Por outro lado, ressalta-se que estas áreas já se encontram bastante

impactadas pelo desmatamento e pela dominância da espécie exótica Cocos nucifera,

vulgarmente conhecido como coco da baía, em áreas de vegetação em estágio inicial

de regeneração.

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A fragmentação e perda de habitats que certamente acompanharão a

instalação do empreendimento, caracterizam-se como impactos negativos e de alta

significância sobre a flora e fauna local, os quais deverão ser devidamente

observados, minimizados e compensados pelos programas aqui propostos.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Local

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Alta

Redução da Diversidade Biológica e dos Ecossistemas

A grande maioria das espécies de fauna e de flora registradas na área

estudada apresentam ampla distribuição geográfica, ocorrendo em outros biomas,

sendo, em sua maioria, bastante generalista. No entanto, é importante salientar que,

de uma maneira geral, a área ainda mantém uma comunidade biológica relativamente

diversificada.

Em casos específicos, algumas espécies vegetais e animais desaparecem

localmente em função de impactos indiretos advindos do aumento da presença

humana e também da introdução de animais domésticos nos habitats naturais.

Assim, a expansão turística e urbana em direção aos ambientes naturais,

poderá levar uma redução significativa de algumas espécies, devendo ser objeto de

programas específicos com vista a manutenção e aumento da diversidade local.

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Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Moderada

Interferência em Área de Ocorrência do Bioma Mata Atlântica

A Mata Atlântica originalmente ocupava 16% do território brasileiro,

distribuída por 17 Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo,

Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas gerais, Espírito Santo, Bahia,

Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí.

Atualmente este ecossistema está reduzido a menos de 7% de sua extensão original,

disposto de forma fragmentada ao longo da costa brasileira, no interior das regiões

Sul e Sudeste, além de trechos nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e no interior

dos estados nordestinos.

Esse bioma tem por principal característica sua biodiversidade. O número

de espécies endêmicas é alto, especialmente em árvores e bromélias. Existe também

uma grande biodiversidade de animais vertebrados e invertebrados. É considerado o

bioma de maior biodiversidade do mundo.

A exploração sempre marcou a Mata Atlântica, desde o início da

colonização. A extração de madeira, especialmente do pau-brasil, os ciclos do açúcar

e café e o desmatamento para instalação de indústrias são eventos de nossa história

que contribuíram para a degradação desse bioma.

O empreendimento em questão pretende lançar mão de uma região de

Mata Atlântica com área de 116,9 ha. Ressalta-se que estas áreas já se encontram

bastante impactadas pelo desmatamento e pela dominância da espécie exótica Cocos

nucifera, em áreas de vegetação em estágio inicial de regeneração.

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Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Moderada

Aumento da Pressão Antrópica sobre Recursos Naturais dos

Remanescentes e Áreas de Preservação Terrestres

O aumento populacional e a ampliação da ocupação urbana advindos da

instalação do empreendimento na região estudada, terão como consequência uma

maior pressão sobre os recursos naturais. Entre os impactos decorrentes da pressão

antrópica sobre os recursos naturais remanescentes estão: desmatamentos, poluição,

despejos de resíduos, eventual contaminação de corpos d’água, extrativismo vegetal,

tráfego intenso de veículos. As consequências desta elevada pressão antrópica

resultam na redução da diversidade de ecossistemas e de espécies de fauna e flora.

Com o aumento do fluxo de pessoas, especialmente dos funcionários

contratados para trabalhar no empreendimento, prevê-se o aumento da presença de

espécies exóticas, da proliferação de zoonoses e dos casos de acidentes com animais

peçonhentos. Além disso, o aumento do tráfego e a ampliação de estradas e acessos

são portas de entrada para a ocorrência de outros processos impactantes aos

ecossistemas, como poluição, lixo e extrativismo.

Dessa forma, o aumento populacional numa região de expansão urbana

trará consigo o aumento de pressão antrópica sobre os recursos naturais presentes

nos remanescentes e das áreas de preservação permanentes da região.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Alta

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Intensificação da Pressão de Caça

Um aumento demográfico humano sempre traz consigo como impacto

indireto um aumento da caça ilegal. Essa pressão afeta as populações de animais

utilizados, o que pode levar à redução populacional e, inclusive, à extinção local das

espécies mais visadas (Fragoso et al 2000).

Verificou-se pelo diagnóstico realizado neste trabalho que, atualmente a

caça parece ser uma atividade muito comum e intensa na área. À título de exemplo,

espécies de maior valor cinegético (caça) para a avifauna, mesmo aquelas com maior

resiliência, simplesmente desapareceram da área de estudo.

É bastante comum encontrar arapucas e armadilhas em remanescentes

naturais entremeados nas zonas rurais e urbanas, fato que foi verificado durante as

os trabalhos de campo. Em virtude disso, muitas espécies de répteis, anfíbios, aves e

mamíferos, que certamente eram presentes nos ambientes originais, estão em menor

quantidade em função da descontrolada pressão de caça.

O empreendimento em questão pode induzir um aumento da pressão de

caça, caracterizando-se como um impacto negativo e permanente, com magnitude

média para a fauna local.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Restrita

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Provável

Magnitude Média

Importância Moderada

Incremento à Densidade de Animais Domésticos e Exóticos

A presença de animais domésticos, ou de estimação (gatos e cachorros)

influencia de forma significativa a abundância de animais silvestres em uma

determinada região.

Animais domésticos provocam distúrbios ambientais, como a disseminação

de doenças, a competição por recursos alimentares, a modificação das fitofisionomias

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com a abertura de trilhas e clareiras, a caça direta de animais silvestres,

afugentamento, entre outros problemas.

Historicamente, espécies como cães e gatos domésticos têm

acompanhado a colonização de novas áreas pelo homem. Tal impacto é de grande

importância, pois as invasões de espécies exóticas são consideradas, pela

Convenção da Diversidade Biológica, como o segundo principal fator responsável pela

redução de biodiversidade no mundo, ficando atrás apenas da perda de habitat (CBD,

2002).

O empreendimento em questão apresenta grande probabilidade de elevar

a densidade de animais domésticos e exóticos para as áreas legalmente protegidas

(áreas de preservação permanente).

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Restrita

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Moderada

Aumento da Incidência de Atropelamentos de Animais Silvestres

O tráfego de veículos, intensificado em decorrência da implantação e

operação do empreendimento, potencializa a incidência de atropelamentos de animais

silvestres. Várias espécies são frequentemente atropeladas nas estradas, em

especial, mamíferos, anfíbios e répteis como serpentes e grandes lagartos.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Local e Regional

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Moderada

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Aumento da Pressão Antrópica sobre os Recursos Naturais Marinhos

e Estuarinos

As obras poderão trazer impactos ao sensível meio aquático da região, o

qual é formado por ecossistemas estuarinos, com manguezais, arrecifes e formações

associadas.

Durante a etapa de construção do empreendimento a tomada de medidas

para contenção da carga de sedimentos e efluentes nas águas que banham o

empreendimento é fundamental para evitar a perda de organismos e seus habitats,

por meio do Plano de Gestão Ambiental.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Pequena

Importância Baixa

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9.2.2.3 Meio Socioeconômico

Geração de Emprego e Renda

A implantação de uma estrutura turística e hoteleira do porte do

Condomínio Praia de Guadalupe promoverá, indubitavelmente, um alto grau de

atratividade para a região. É de se esperar um significativo aumento de seu dinamismo

econômico, ampliando a geração de emprego e renda para a população com novos

focos de comércio e serviços que garantam as demandas características desse tipo

de negócio.

Os postos de trabalho criados se concentrarão inicialmente na mão-de-obra

de operários para a construção e, em um segundo momento, na mão-de-obra de

serviços especializados no setor hoteleiro e turístico de nível médio (porteiros, vigias,

jardineiros, garçons etc.), de nível técnico (recepcionistas, governanças, cozinheiros

com especialização, paisagistas etc.) e de nível universitário para postos de trabalho

como engenheiros, arquitetos, gerências locais, consultores e técnicos.

A geração de emprego representa um relevante benefício social,

caracterizando-se como de grande magnitude no contexto socioeconômico regional,

sendo de ocorrência certa. A oferta de empregos irá beneficiar os moradores da região

de influência do empreendimento, gerando renda familiar e incrementando a

economia local, dado o fundamental efeito multiplicador deste setor.

Ressalta-se que a região estudada, distrito de Barra de Sirinhaém,

município de Sirinhaém, caracteriza-se ainda pelo baixo dinamismo econômico e

turístico e pela precariedade de sua infraestrutura e serviços.

Alguns dos problemas identificados no diagnóstico por meio de entrevistas

realizadas com a população local e com turistas das praias deste distrito, e ainda, da

praia dos Carneiros são: falta de infraestrutura de boa qualidade, a concentração de

barracas sem condições adequadas de higiene, a ausência de fiscalização, a

deficiência de segurança pública, a invasão da faixa de praia pelas construções, as

embarcações circulando na área onde estão os banhistas, eda falta de sinalização

nas praias.

Nesse cenário, a geração de novos empregos é importante para a

consolidação de diversos setores econômicos, como o de construção civil,

alimentação, serviços, transporte, combustível, dentre outros.

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Esse impacto positivo propicia, de imediato, uma queda no índice de

desemprego e aumento da renda individual e familiar dos moradores. O aumento da

renda tende a gerar melhoria da qualidade de vida, mediante o maior acesso aos bens

de consumo. Em complemento, ainda se prevê a geração de empregos indiretos,

sobretudo nos setores já mencionados de apoio ao empreendimento.

Durante a etapa do Diagnóstico, a partir de levantamentos de campo,

diversas estratégias foram expostas pela prefeitura no sentido de priorizar o

desenvolvimento sustentável do turismo, de modo a se adotar uma política setorial

que permita construir a demanda futura. Ou seja, o empreendimento em foco está em

consonância com as expectativas do planejamento municipal no que se refere às

atividades turísticas sustentáveis.

Efeito Positivo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Moderada

Afluxo Populacional para a Região

A geração de postos de trabalho e a dinamização da economia local

tendem a gerar um afluxo populacional significativo para a região. Cabe salientar que

a chegada de operários de outras localidades pode gerar impactos negativos na

pequena vila de Aver-o-Mar e nos distritos e município de Sirinhaém, de maneira geral.

Dentre esses estão o aumento da pressão por moradia popular, a ocorrência de

ocupações irregulares, a proliferação de doenças transmitidas sexualmente (DST) e

de doenças endêmicas e epidêmicas, e a ampliação das demandas por serviços

sociais (saúde, transportes).

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Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Restrita

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Grande

Importância Alta

Incremento da Economia Regional

A geração de empregos e a população fixa e flutuante que deverá ser

atraída pelo empreendimento beneficiará vários setores econômicos locais e

regionais, com ênfase especial às nas atividades de comércio e serviços, estas

especialmente ligadas ao lazer.

Infere-se que esses benefícios comecem desde a execução das obras até

o funcionamento do condomínio, sendo intensificados durante as temporadas de

férias, feriados e finais de semana.

Na vila de Aver-o-Mar e nas estradas de acesso ao Condomínio existem

pouquíssimos estabelecimentos comerciais, restringindo-se àqueles do setor de

alimentação, como restaurantes, supermercados e bares que, naturalmente,

experimentarão significativa demanda pelos seus serviços. Este setor também deverá

apresentar crescimento no distrito de Barra de Sirinhaém, e na própria cidade de

Sirinhaém.

Além dos setores que se beneficiarão diretamente do empreendimento,

benefícios indiretos também deverão advir de sua implantação do Condomínio como

polo de atração de moradores e outros empreendimentos do setor hoteleiro, pode

incrementar significativamente toda a economia local e regional.

É necessário lembrar ainda que a injeção desses recursos financeiros -

salários e investimentos - nas atividades econômicas locais e regionais também

contribuirão para o aumento da arrecadação de impostos, permitindo aos governos

locais dispor de mais recursos para investimentos, aumentando a oferta de serviços

públicos, com a consequente melhoria no bem-estar da população.

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Efeito Positivo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Alta

Especulação Imobiliária

A mera veiculação da possibilidade de ocorrência do empreendimento pode

ser responsável por uma significativa alta nos preços dos imóveis locais, antes mesmo

dos benefícios advindos do incremento da economia local trazidos pelo

empreendimento, gerando especulação imobiliária nos terrenos e imóveis da região

próxima ao Condomínio Praia de Guadalupe.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Restrita

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Remota

Magnitude Grande

Importância Moderada

Interferência no Fluxo de Veículos e Modificação da Malha Viária

O empreendimento deverá ocasionar um aumento significativo no tráfego

de veículos. Inicialmente, esse aumento deve ser verificado em função das obras e

construção de toda infraestrutura hoteleira, enquanto que, em um segundo momento,

o afluxo de turistas, moradores e funcionários deverá originá-lo.

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Efeito Positivo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Restrito e Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Grande

Importância Moderada

Impacto sobre as Atividades Extrativistas e sobre o Modo de Vida das

Comunidades Locais

Nas proximidades da área pretendida para o empreendimento Condomínio

Praia de Guadalupe, em virtude de sua privilegiada localização, verifica-se uma série

de comunidades e pessoas que vivem do extrativismo, seja ele mineral, representado

pelo famoso “Banho de lama” que atrai turistas à praia de Guadalupe, vegetal, oriundo

da retirada de coco dos inúmeros coqueirais existentes, ou animal, representados

pelos pescadores e catadores de caranguejos e aratus.

Essas atividades, tendo em vista sua sensibilidade, podem ser impactadas

pela implantação do empreendimento em questão, a depender da maneira que forem

abordadas por esse.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Restrita

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Moderada

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9.2.3 Fase de Operação

Os impactos aqui relacionados são consequência direta de procedimentos

de execução inadequados realizados nas etapas anteriores e/ou falhas de condução

dos processos de gerenciamento e monitoramento concebidos.

A grande maioria dos impactos detectados na fase de operação

corresponde àqueles abordados na fase de implantação. Entretanto as causas e

aspectos abordados na avaliação de impactos (i.e., probabilidade de ocorrência,

temporalidade, abrangência, magnitude e importância) diferem daqueles verificados

na etapa precedente.

9.2.3.1 Meio Físico

Ocorrência de Processos Erosivos e Assoreamento

A alteração da permeabilidade do terreno provocada decorrente da

impermeabilização promovida pelas construções e pelos serviços de terraplenagem,

mesmo que reduzidos, modificam o tempo de escoamento das águas superficiais e o

potencial da camada superior do solo de absorver e reter a água.

A pavimentação do solo, aliada à chuva, é promotora de modificações do

relevo e, consequentemente, das drenagens. A diminuição da infiltração, a

intensificação do escoamento superficial e dos processos erosivos são alterações

normalmente verificadas após tal intervenção.

Portanto, caso as medidas preventivas adequadas não sejam adotadas e

a infiltração e retenção de água seja reduzida, o processo de erosão passa a ocorrer

de forma acelerada. Isso ocorre porque a infiltração determina a formação do

escoamento superficial e sub-superficial.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Local e Restrita

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Remota

Magnitude Média

Importância Moderada

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Poluição por Resíduos Sólidos

Nessa etapa, os impactos relativos à poluição por resíduos sólidos são

oriundos da falta de conhecimento ambiental acerca da importância da redução da

produção e separação (coleta seletiva) dos resíduos produzidos pelos usuários do

empreendimento.

Falhas no armazenamento e disposição final dos resíduos sólidos,

especialmente nos pontos abordados pelos programas ambientais idealizados,

também incitam a poluição e os impactos decorrentes.

A separação, armazenamento e destinação inadequados favorece a

proliferação de vetores, assim como de doenças. Além disso, esses resíduos em

contato direto com o solo podem contaminar o aquífero de maior vulnerabilidade

presente na área.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Cíclico

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Restrita

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Alta

Alteração da Qualidade das Águas Superficiais e Subterrâneas

A qualidade da água compreende a manutenção de características naturais

da composição físico-química-biológica, que contribuem para a manutenção do

ecossistema, sendo este o último objetivo, representado pela capacidade de

reprodução da cadeia trófica de forma saudável.

Na área em estudo, a alteração da qualidade das águas superficiais e

subterrâneas durante a operação do pretendido empreendimento poderá ocorrer caso

os programas voltadas à educação ambiental não funcionem conforme o planejado,

disseminando as informações voltados ao manejo dos resíduos sólidos, ou seja, caso

ocorra a disposição inadequada de resíduos sólidos e efluentes líquidos domésticos.

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36

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Moderada

Poluição do Ar por Material Particulado

As emissões atmosféricas na fase de operação deverão consistir

especialmente de material particulado, proveniente do tráfego de veículos,

especialmente em locais não-pavimentados.

Caso não sejam devidamente monitoradas, essas emissões podem levar

ao aumento do nível de material particulado atmosférico a patamares inadequados.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Provável

Magnitude Pequena

Importância Baixa

Aumento dos Níveis de Ruído e Vibrações

Diferentemente da fase de implantação, na fase de operação predominará

a circulação de veículos leves, como carros de passeio, motocicletas e bicicletas.

Aliado a esse incremento, é previsto uma maior movimentação dos meios de

transporte aquáticos.

Dessa forma, caso não seja devidamente controlado, o nível de ruídos e

vibrações poderá causar incômodo aos moradores locais e aos animais silvestres ou

domésticos.

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Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Restrita

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Alta

9.2.3.2 Meio Biótico

Aumento da Pressão Antrópica sobre Recursos Naturais dos

Remanescentes e Área de Preservação Permanente

Conforme ressaltado na etapa de implantação, a própria criação do

empreendimento conduzirá a uma maior facilidade de acesso aos recursos naturais

locais. Associada a essa facilidade, o maior volume de visitantes trazido pelo

empreendimento, em caso de falha dos processos de monitoramento e controle

propostos, pode introduzir, espécies exóticas e animais domésticos, incentivar a caça

e coleta de animais silvestres pelos moradores, entre outros aspectos indiretos

provocados pelo afluxo de pessoas.

Como consequência, verifica-se uma acentuada redução na diversidade de

ecossistemas e de espécies de fauna e flora.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Alta

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Intensificação da Pressão da Caça

Nesta fase a presença de animais silvestres é menos intensa. No entanto

não é descartada a possibilidade do aparecimento de animais, como cobras, lagartos,

morcegos e pássaros, que são alvos constantes da caça.

Geralmente, animais como cobras e morcegos são alvos da população por

causarem medo, enquanto os pássaros muitas vezes são capturados para o

aprisionamento em gaiolas.

A operação do empreendimento também pode incentivar as atividades

extrativistas intensificando-as a exemplo da coleta de crustáceos e moluscos. Tais

atividades podem conduzir a uma sobre-exploração da fauna local e seu consequente

empobrecimento.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Restrita

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Provável

Magnitude Pequena

Importância Baixa

Incremento à Densidade de Animais Domésticos e Exóticos

Como projetado, nessa fase deve ser verificado o maior afluxo

populacional, juntamente com o qual se espera uma maior incidência de animais

domésticos na área do empreendimento. Conforme ressaltado na fase de instalação,

cães e gatos representam uma ameaça à fauna local. Dessa forma, infere-se que

esse impacto tem influência negativa sobre a biota.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Restrita

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Moderada

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Aumento da Incidência de Atropelamentos de Animais Silvestres

Uma das consequências negativas advindas do aumento no fluxo de

veículos é o aumento no número de atropelamentos da fauna local. Quanto mais

intenso o fluxo, maior a possibilidade de ocorrência do impacto.

Nesta etapa, a ocorrência de veículos pesados é menor, sendo esses

predominantemente leves, os quais desenvolvem maiores velocidades. Dessa forma,

a falta de orientação e conscientização dos motoristas pode ocasionar

atropelamentos, por às vezes propositais.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Local e Regional

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Moderada

Aumento da Pressão Antrópica sobre os Recursos Naturais Marinhos

e Estuarinos

Na etapa de funcionamento, a sobrecarga das atividades turísticas

associadas ao estuário e recifes de coral constitui um problema já constatado na

região, sendo possivelmente agravado pelo aumento do contingente populacional na

área. O turismo hoje representa uma das grandes ameaças a qualidade ambiental do

estuário do rio Formoso.

Na APA de Guadalupe existem diversos usos que são conflitantes com a

conservação e uso sustentável dos recursos naturais, a maioria deles antecede a

própria criação da Unidade de Conservação. As atividades econômicas realizadas na

região não apresentam sustentabilidade ambiental e as atividades recreativas são

desordenadas. A manutenção da qualidade da água, também é um fator primordial

para a manutenção destes ecossistemas.

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Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Grande

Importância Alta

Aumento da Pressão Antrópica sobre os Recifes de Coral Areníticos

A mesma sobre-exploração turística constatada no estuário é verificada nos

arrecifes da praia dos Carneiros, parte da APA de Guadalupe. Da mesma forma que

o impacto abordado anteriormente, o aumento do contingente populacional atraído

pelo empreendimento pode intensificar essa pressão antrópica.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Restrita

Reversibilidade Irreversível

Probabilidade Provável

Magnitude Média

Importância Alta

9.2.3.3 Meio Socioeconômico

Geração de Emprego e Renda

Como o pretendido Condomínio abarca subcondomínios de unidades

territoriais e uma área voltada ao setor hoteleiro, decorre que, nessa fase, os postos

de trabalho estejam voltados ao setor de serviços envolvendo um contingente de pelos

menos 850 trabalhadores. Dentre esses, verifica-se uma grande diversidade de

profissionais dos mais diferentes níveis de escolaridade.

Com a presença do empreendimento haverá uma grande demanda para o

setor de serviços e comércio. Em consequência, a maior injeção de capital deve

provocar uma dinamização da economia das cidades adjacentes ao empreendimento.

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Efeito Positivo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Alta

Afluxo Populacional

O afluxo populacional é uma das grandes consequências da implantação

do empreendimento. No Volume I – Caracterização do Empreendimento, encontra-se

a estimativa do contingente populacional dentro dos limites da área do condomínio.

Aliado a isso, prevê-se um aumento no número de habitantes fixos e flutuantes da

cidade de Sirinhaém (Área de Influência Direta) devido a abertura de novos postos

comerciais e de um maior desenvolvimento do setor de serviços.

Um dos grandes impactos ocasionados pelo rápido fluxo populacional é o

crescimento habitacional desordenado, gerando variados efeitos negativos.

Efeito Negativo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Restrita

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Grande

Importância Alta

Incremento da Economia Regional

O incremento da economia regional é um efeito positivo em consequência

da operação do empreendimento, na medida em que na região há um déficit de

estabelecimentos comerciais e postos de serviços essenciais à manutenção dos

anseios dos moradores.

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Em consequência do aumento de demanda de serviços, da geração de

emprego e do aumento da renda haverá um incremento positivo na economia regional

dos municípios que estão na zona de influência do empreendimento.

Efeito Positivo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Alta

Especulação Imobiliária

Em consequência do aumento do número de habitantes, é previsto um

incremento nos preços dos imóveis na região, os quais já deverão ter sido observados

e precificados pelo mercado durante a fase de implantação.

Dessa forma, espera-se que uma possível elevação de preços com a

operação do empreendimento apresente uma magnitude bem menor que aquela

verificada nas etapas de implantação.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Temporário

Temporalidade Imediato

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Provável

Magnitude Grande

Importância Moderada

Interferência no Fluxo de Veículos e Modificação da Malha Viária

O aumento no fluxo de veículos acontecerá desde a implantação do

empreendimento. Como durante a operação do empreendimento deve preponderar o

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tráfego leve, não é de se esperar uma degradação do sistema viário existente que

justifique investimentos de readequação da malha significativos.

É prudente, entretanto, tendo em vista esse mesmo aumento de tráfego

avaliar as necessidades de recondicionamento da malha viária, especialmente no que

tange especialmente à sinalização, com vistas à prevenção de eventuais acidentes.

Efeito Positivo

Natureza Direto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Imediato

Abrangência Restrito e Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Grande

Importância Moderada

Impacto sobre as Atividades Extrativistas e sobre o Modo de Vida das

Comunidades Locais

Tendo em vista que o extrativismo é a atividade humana mais antiga e

rústica e que é praticada fortemente na região onde o pretendido empreendimento

está inserido, prevê-se que, durante a operação do mesmo, o cotidiano desses

moradores passe por mudanças com efeitos positivos relacionados a uma maior

demanda pelos produtos advindos do extrativismo e consequentemente uma maior

renda.

No entanto, no que tange aos efeitos negativos verifica-se um conflito de

interesses dos territórios onde se dá a prática extrativista. É fundamental que esses

interesses e expectativas conflitantes sejam geridos pelos programas de comunicação

social pertinentes.

Efeito Negativo

Natureza Indireto

Periodicidade Permanente

Temporalidade Longo Prazo

Abrangência Regional

Reversibilidade Reversível

Probabilidade Certa

Magnitude Média

Importância Moderada

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Tabela 9.1 - Impactos ambientais nas diferentes etapas previstas para o Condomínio Praia de Guadalupe. Legendas - Efeito: P = Positivo, N = Negativo; Natureza: D = Direto ou I = Indireto; Periodicidade: T = Temporário, C = Cíclico ou P = Permanente; Temporalidade: Im = Imediato, Cp = Curto Prazo, Mp = Médio Prazo ou Lp = Longo Prazo; Abrangência: L = Local, R = Restrita, LRest = Local e Restrita, LReg = Local e Regional, Reg = Regional, RReg = Restrito e Regional, LRReg = Local, Restrito e Regional ou G = Global; Reversibilidade: Irrev. = Irreversível ou Rev. = Reversível; Probabilidade de Ocorrência: Ct = Certa, Pr = Provável ou Rem = Remota; Magnitude: MG = Magnitude Grande, MM = Magnitude Média ou MP = Magnitude Pequena; Importância: IA = Importância Alta, IM = Importância Moderada ou IB = Importância Baixa;

FASE MEIO DESCRIÇÃO DO IMPACTO EFEITO NATUREZA PERIODICIDADE TEMPORALIDADE ABRANGÊNCIA REVERSIBILIDADE PROBABILIDADE MAGNITUDE IMPORTÂNCIA

Fase de Planejamento

Meio Físico Aumento do nível de ruído e

vibrações N D T Im R Rev. Ct MP IB

Meio Socioeconômico

Pesquisa Censitária P D T Lp LRReg Irr. Ct MA IA

Fase de Construção e Implantação

Meio Físico

Ocorrência de processos erosivos N D T Im L Rev. Pr MM IM

Assoreamento N D T Im LRest Rev. Rem MM IA

Acúmulo de águas ou alagamentos indesejáveis

N D T Im L Rev. Rem MP IM

Instabilização de taludes e aterros

N D T Im L Rev. Rem MM IA

Interrupção ou desvio do fluxo natural dos recursos hídricos

N D P Lp L Irr Rem MP IB

Poluição por resíduos sólidos N D C Lp R Rev. Ct MM IA

Alteração da qualidade das águas superficiais e subterrâneas

N D T Lp Reg Rev. Pr MM IA

Poluição do ar por material particulado

N D T Im Reg Rev. Pr MP IB

Aumento do nível de ruído e vibrações

N D P Lp L Irr Ct MM IM

Alteração da paisagem natural N D P Lp R Irr Ct MM IA

Meio Biótico

Fragmentação e Perda de habitats por Supressão da

Vegetação N D P Lp L Irr Ct MM IA

Redução da diversidade biológica e de ecossistemas

N D P Lp Reg Irr Ct MM IM

Interferência em área de ocorrência do bioma Mata

Atlântica N D P Lp Reg Irr Ct MM IM

Aumento de pressão antrópica sobre recursos naturais dos remanescentes e Áreas de Preservação Permanente

N I P Lp Reg Irr Ct MM IA

Intensificação da pressão de caça N I P Im R Rev. Pr MM IM

Incremento à densidade de animais domésticos e exóticos

N I P Lp R Irr Ct MM IM

Aumento da incidência de atropelamentos de animais

silvestres N I P Lp LReg Irr Ct MM IM

Aumento de pressão antrópica sobre os recursos naturais

marinhos e estuarinos N I P Lp Reg Rev. Ct MP IB

Geração de emprego e renda P D P Lp Reg Rev. Ct MM IM

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FASE MEIO DESCRIÇÃO DO IMPACTO EFEITO NATUREZA PERIODICIDADE TEMPORALIDADE ABRANGÊNCIA REVERSIBILIDADE PROBABILIDADE MAGNITUDE IMPORTÂNCIA

Meio Socioeconômico

Afluxo populacional para a região N D P Lp R Rev. Ct MG IA

Incremento da economia regional P D P Lp Reg Rev. Ct MM IA

Especulação Imobiliária N I T Im R Rev. R MG IM

Interferência no fluxo de veículos e modificação da malha viária

P D P Im RReg Rev. Ct MG IM

Impacto sobre as atividades extrativistas e sobre o modo de vida das comunidades locais

N I P Lp R Rev. Ct MM IM

Fase de Operação

Meio Físico

Ocorrência de processos erosivos e Assoreamento

N D T Im LRest Rev. Rem MM IM

Poluição por resíduos sólidos N D C Lp R Rev. Ct MM IA

Alteração da qualidade das águas superficiais

N D T Lp Reg Rev. Ct MM IM

Poluição do ar por material particulado

N D T Im Reg Rev. Pr MP IB

Aumento de ruído e vibrações N D P Lp R Irr Ct MM IA

Meio Biótico

Aumento de pressão antrópica sobre recursos naturais dos remanescentes e Áreas de Preservação Permanente

N I P Lp Reg Irr Ct MM IA

Intensificação da pressão de caça N I P Im R Rev. Pr MP IB

Incremento à densidade de animais domésticos e exóticos

N I P Lp R Irr Ct MM IM

Aumento da incidência de atropelamentos de animais

silvestres N I P Lp LReg Irr Ct MM IM

Aumento de pressão antrópica sobre os recursos naturais

marinhos e estuarinos N I P Lp Reg Rev. Ct MG IA

Aumento da pressão antrópica sobre os recifes de coral

areníticos N I P Lp R Irr Pr MM IA

Meio Socioeconômico

Geração de emprego e renda P D P Lp Reg Rev. Ct MM IA

Afluxo populacional para a região N D P Lp R Rev. Ct MG IA

Incremento da economia regional P D P Lp Reg Rev. Ct MM IA

Especulação Imobiliária N I T Im R Rev. Pr MG IM

Interferência no fluxo de veículos e modificação da malha viária

P D P Im RReg Rev. Ct MG IM

Impacto sobre as atividades extrativistas e sobre o modo de vida das comunidades locais

N I P Lp R Rev. Ct MM IM

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10 MEDIDAS MITIGADORAS E POTENCIALIZADORAS

10.1 FASE DE PLANEJAMENTO E PROJETO

10.1.1 Meio Físico

Quanto ao Aumento do nível de Ruído e Vibrações

Durante as visitas de campo para execução dos trabalhos, procurou-se

evitar maiores perturbações aos ecossistemas locais. Para isso, foram empregados

veículos novos e, quando dos estudos dos ecossistemas aquáticos, embarcações de

baixa potência utilizadas pelos pescadores em seus ofícios.

10.1.2 Meio Socioeconômico

Quanto à Produção de Conhecimento a respeito da Comunidade Local

De forma a maximizar o impacto positivo das pesquisas realizadas, os

resultados dessas deverão ser disponibilizados aos gestores públicos e demais

interessados, subsidiando o desenvolvimento de políticas pelo maior conhecimento

do perfil socioeconômico local.

10.2 FASE DE CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO

10.2.1 Meio Físico

Quanto à Ocorrência de Processos Erosivos

Em decorrência dos condicionantes citados como facilitadores do

surgimento de processos erosivos, serão tomadas diversas medidas para prevenir o

aparecimento dos mesmos, nomeadamente:

Sistema de drenagem e estruturas eficientes e com dissipadores de

energia, evitando que a água desenvolva velocidade excessiva ao escoar,

carreando partículas do solo, favorecendo a formação de sulcos e ravinas

e, posteriormente, o assoreamento dos recursos hídricos existentes na

área;

Proteção das superfícies do terreno, expostas pelas diversas ações para

execução de obras civis, através de medidas naturais, como a proteção

vegetal e plantio compensatório.

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47

Caso esses processos sejam desencadeados mesmo com as intervenções de

prevenção, serão adotadas medidas corretivas, a fim de eliminá-los.

Programas onde esse impacto será considerado: Programa Ambiental de

Controle da Obra - Subprograma de Prevenção, Controle e Monitoramento de Erosão

e Assoreamento.

Quanto ao Assoreamento

Como decorrência das medidas mitigadoras dos processos erosivos, o

assoreamento deverá ser reduzido na mesma proporção que os primeiros. Sistemas

de controle de erosão serão, portanto, adotados para evitar assoreamento de

drenagens e corpos d’água.

Programas onde esse impacto será considerado: Programa Ambiental de

Controle da Obra - Subprograma de Prevenção, Controle e Monitoramento de Erosão

e Assoreamento.

Quanto ao Acúmulo de Águas ou Alagamentos Indesejáveis em Áreas

Sensíveis

Quando necessário, deverão ser adotadas medidas para o desvio das

águas da chuva, mediante o correto dimensionamento de dispositivos de

drenagem, especialmente nas áreas de maior fragilidade ambiental e passíveis de

inundação.

Programas onde esse impacto será considerado: Programa Ambiental de

Controle da Obra - Subprograma de Prevenção, Controle e Monitoramento de Erosão

e Assoreamento e Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD.

Quanto à Instabilização de Taludes e Aterros

Tendo em vista a premissa de baixa movimentação de terra por parte do

Projeto Condomínio Praia de Guadalupe, o qual pretende fazer uso das características

particulares do relevo local, são esperados reduzidos volumes corte e aterro na fase

de implantação do condomínio.

No entanto, mesmo levando essa premissa em consideração, optou-se

pela proposição de medidas preventivas no intuito de mitigar potenciais processos de

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instabilização de aterros que possam vir a ser deflagrados pelos trabalhos de

implantação do empreendimento.

Para o alcance desse objetivo, mais uma vez se faz necessário o

dimensionamento adequado do sistema de drenagem, juntamente com o tratamento

superficial do solo, através do recobrimento do talude com vegetação rasteira,

evitando erosões ou a excessiva infiltração de água no solo.

Programas onde esse impacto será considerado: Programa Ambiental de

Controle da Obra - Subprograma de Prevenção, Controle e Monitoramento de Erosão

e Assoreamento.

Quanto à Interrupção ou Desvio do Fluxo Natural dos Recursos

Hídricos

Como forma de evitar a ocorrência desse impacto faz-se necessário a

adoção das seguintes medidas:

Correto dimensionamento do sistema de drenagem

Recuperação de áreas exploradas, como o canteiro de obras;

Restrição a remoção da camada vegetal e desmatamento aos limites

impostos;

Revegetação dos locais que sofreram supressão.

Programas onde esse impacto será considerado: Programa Ambiental de

Controle da Obra - Subprograma de Prevenção, Controle e Monitoramento de Erosão

e Assoreamento, PRAD.

Quanto à Poluição por Resíduos Sólidos

Para este tipo de impacto prevê-se, a princípio, a disseminação de

informação aos operários e funcionários da obra, por meio do Subprograma de

Educação Ambiental para Funcionários da Obra, acerca da importância da Redução

de resíduos, Reutilização e Reciclagem.

De forma adicional, serão adotadas as medidas previstas no Subprograma

de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. Esse subprograma abarca um

manual de procedimentos a serem seguidos para evitar à poluição ambiental pela

disposição inadequada dos resíduos sólidos.

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Quanto à Alteração da Qualidade das Águas Superficiais e

Subterrâneas

A fim de assegurar que os recursos hídricos sob a influência do

Condomínio Praia e Guadalupe sejam preservados de eventuais alterações

provocadas direta ou indiretamente pelo empreendimento, torna-se necessária a

adoção de um Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas com o

objetivo de mantê-las dentro dos padrões de tolerância admitidos pela legislação

em vigor. Esse acompanhamento regular e rotineiro deverá adotar providências

corretivas e imediatas sempre que for constatada alguma alteração que possa

gerar qualquer tipo de problema aos recursos hídricos.

Ademais, quanto a eventuais lançamentos de óleos e graxas, oriundos

dos veículos, prevê-se a adoção de medidas como forma de evitar referida

adversidade, que são: manutenção constante dos veículos, assim como o correto

treinamento da mão de obra responsável por sua operação.

Os funcionários treinados poderão identificar situações de risco de

vazamentos ou partes da máquina que precisam de ajuste ou que já apresentam

pequenos vazamentos. Além disso, tais funcionários também deverão ser alvo de

ações educativas com vistas ao esclarecimento a respeito do correto manuseio e

destinação de substancias potencialmente poluidoras como óleos, graxas e

lubrificantes.

Programas onde esse impacto será considerado: Programa de

Monitoramento da Qualidade da Água e Plano de Ação de Emergência – PAE.

Poluição do ar por Material Particulado

O excesso de materiais particulados deverá ser evitado por medidas de

controle previstas no âmbito do Programa Ambiental de Controle da Obra. Dentre

essas estão o umedecimento do solo (vias de circulação e da camada superficial de

solo transportado pelos caminhões), redução da velocidade dos veículos, utilização

de combustíveis menos poluentes, a exemplo do biodiesel.

As campanhas de controle das emissões de poeira e gases nos veículos,

deverão ocorrer a cada três meses.

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Programas onde esse impacto será considerado: Programa Ambiental de

Controle da Obra - Subprograma de Controle e Monitoramento de Emissões

Atmosféricas.

Quanto ao Aumento do Nível de Ruídos e Vibrações

Como citado anteriormente, os veículos utilizados para o deslocamento

de materiais e equipamentos são os principais causadores do aumento nos níveis

de ruído dentro da área do pretendido empreendimento.

No que toca aos veículos, como forma de reduzir a emissão na própria

fonte geradora, procurar-se-á utilizar equipamentos mais modernos, que passem

periodicamente por revisão.

Ademais, periodicamente serão avaliados os níveis de ruído na área do

empreendimento.

Vale ressaltar que dentro da equipe de trabalho estão previstos um

médico do trabalho e técnicos de segurança do trabalho, que ficarão responsáveis

por verificar a correta utilização dos equipamentos de segurança, evitando assim,

eventuais acidentes e posteriores problemas de saúde.

Programas onde esse impacto será considerado: Programa Ambiental de

Controle da Obra - Subprograma de Controle e Monitoramento de Ruídos e Vibrações.

Quanto à Alteração da Paisagem Natural

O Projeto Condomínio Praia de Guadalupe, através de sua convenção

condominial, deverá restringir a supressão dos coqueiros e da vegetação nativa,

buscando dessa forma, manter a paisagem local e a forma de “jacaré” desenhada

pelos morros do Abacaxi e da Igreja. No entanto, a alteração da paisagem é de fato

um impacto de ocorrência certa e deverá ser considerado como passível de

compensação ambiental.

A compensação vegetal abarca a implantação do revestimento natural, com

recomendação de plantio de espécies nativas de caráter cênico; manutenção e

limpeza do sistema.

Programas onde esse impacto será considerado: Programa de Proteção

da Fauna e da Flora - Subprograma de Monitoramento e Plantio Compensatório da

Flora.

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10.2.2 Meio Biótico

Quanto à Fragmentação e Perda de Habitats por Supressão da

Vegetação

Propõe-se como principal medida mitigadora um Subprograma de

Formação e Conservação de Corredores Ecológicos entre os fragmentos florestais

mais conservados da área, em estágio médio a avançado de regeneração natural (P6,

P2 e parte do P3), que também se encontram próximos ou adjacentes às áreas de

mangue, restinga e do Maceió.

Além disso, esses mesmos fragmentos deverão ser objeto de recuperação

ambiental por meio do plantio de espécies florestais nativas da área. Sugere-se ainda

que estas áreas sejam objeto de um amplo Subprograma de Lazer e Educação

Ambiental junto aos hóspedes e proprietários do Condomínio, como uma das atrações

de recreação do empreendimento, por exemplo, por meio de visitas monitoradas e da

elaboração de um guia de campo ilustrado para o reconhecimento das espécies da

flora e da fauna local.

As várias APPs - Áreas de Preservação Permanente – representadas pelo

mangue e pela restinga presentes na área também deverão ser efetivamente

conservadas e valorizadas juntos aos hóspedes e moradores, sendo inseridas neste

amplo Subprograma de Lazer e Educação Ambiental. Esta medida mitigadora é

fundamental para minimizar a perda de diversidade biológica, garantindo que os

ecossistemas mantidos na área sejam devidamente conhecidos e respeitados pela

população fixa e flutuante que deverá coabitar a área.

Programas onde esse impacto será considerado: - Programa de Gestão e

Planejamento - Subprograma de Lazer e Educação Ambiental para Moradores e

Turistas; Programa de Proteção à Fauna e a Flora - Subprograma Integrado de

Supressão da Vegetação e Afugentamento e Resgate da fauna, Subprograma de

Formação e Conservação de Corredores Ecológicos e Subprograma de

Monitoramento e Plantio Compensatório da Flora.

Quanto à Redução na Diversidade Biológica e de Ecossistemas

Como medida de mitigação e compensação ambiental, propõe-se a adoção

do Subprograma de Monitoramento da Fauna por Espécies-Chave. Este subprograma

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é direcionado à avaliação do status de conservação de “espécies-chaves”, a exemplo

do pássaro Pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa).

Além das estimativas de densidades, seriam alvos de pesquisa os recursos

alimentares e reprodutivos utilizados, bem como, os tipos fitofisionômicos e de micro-

habitats associados a todas as espécies consideradas.

O Subprograma de Formação e Conservação de Corredores Ecológicos

também seria importante para ampliar a conectividade entre as espécies da fauna e

da flora e reduzir problemas relacionados a consanguinidade, fator redutor da

diversidade biológica.

Programas onde esse impacto será considerado: Programa de Proteção da

Fauna e da Flora - Subprograma de Formação e Conservação de Corredores

Ecológicos, Subprograma de Monitoramento da Fauna por Espécies-Chave.

Quanto à Interferência em Área de Ocorrência do Bioma Mata Atlântica

Estes impactos serão devidamente minimizados e compensados pelos

programas aqui propostos, como o Programa de Proteção da Fauna e da Flora -

Subprograma de Formação e Conservação de Corredores Ecológicos, Subprograma

de Monitoramento da Fauna por Espécies-Chave e Subprograma de Monitoramento

e Plantio Compensatório da Flora.

Quanto ao Aumento da Pressão Antrópica sobre os Recursos Naturais

dos Remanescentes e Áreas de Preservação Terrestres

Os programas que abarcam as diretrizes voltadas à mitigação do aumento

da pressão antrópica sobre os recursos naturais são o Programa de Gestão e

Planejamento Ambiental - Subprograma de Educação Ambiental para Funcionários

da Obra e Subprograma de Lazer, Subprograma de Educação Ambiental para

Moradores e Turistas e Subprograma de Ampliação de Renda para as Comunidades

Locais.

Esses subprogramas serão orientados à educação ambiental dos

moradores e turistas do Condomínio com objetivo de repassar conhecimento acerca

dos ecossistemas locais de relevante importância ecológica, como o mangue e a

restinga. Esses programas também objetivam a inserção da população local que vive

de atividades de extrativismos no mangue.

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Quanto à Intensificação da Pressão de Caça

Prevê-se que, durante a construção do pretendido empreendimento, ocorra

um aumento da pressão de caça local. Além disso, o maior número de moradores na

região pode conduzir a uma intensificação das atividades extrativistas locais.

A fim de prevenir e mitigar esse tipo de impacto propõe-se:

Promover esforços de controle e fiscalização da caça e captura de animais

silvestres; e

Desenvolver projetos de educação ambiental com ênfase em conservação

de animais para funcionários.

Programas onde esse impacto será considerado: Subprograma de

Formação e Conservação de Corredores Ecológicos, Subprograma de Monitoramento

da Fauna por Espécies-Chave e Subprograma de Educação Ambiental para

Funcionários da Obra.

Quanto ao Incremento à Densidade de Animais Domésticos e Exóticos

Tendo em vista o forte impacto que a presença de animais domésticos traz

aos animais silvestres, são recomendadas como medidas de prevenção e mitigação

a implementação do Subprograma de Controle de Animais Domésticos.

Ademais, é proposta a complementação desse plano pelo Subprograma de

Lazer e Educação Ambiental para Moradores e Turistas, no intuito de ampliar e

conscientizar os moradores, hóspedes e funcionários.

Quanto ao Aumento da Incidência de Atropelamentos de Animais

Silvestres

Sugere-se um Subprograma de Monitoramento e Mitigação de

Atropelamento de Fauna, onde os funcionários e moradores deverão ser instruídos

pelos Programas de Educação Ambiental para funcionários e moradores, quanto à

sensibilidade do meio ambiente natural da área do empreendimento.

Com relação a medidas físicas, deverão ser utilizados elementos com

vistas a reduzir a velocidade dos veículos. Com isso, são reduzidas,

consideravelmente, a probabilidade de ocorrência de acidentes.

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Para isso serão necessários à instalação de ̈quebra-molas ̈ em pontos

críticos de passagem de animais, pontos da estrada que interceptam corredores

ecológicos ou outros ecossistemas de relevante interesse faunístico.

Programas onde esse impacto será considerado: Subprograma de

Monitoramento e Mitigação de Atropelamento de Fauna, Subprograma de Lazer e

Educação Ambiental para Moradores e Turistas, Subprograma de Educação

Ambiental para Funcionários da Obra e Programa Ambiental de Controle da Obra.

Quanto ao Aumento de Pressão Antrópica sobre os Recursos Naturais

Marinhos e Estuarinos

Como medida de controle para os impactos sobre os recursos naturais

marinhos e estuarinos, são necessárias atividades de contenção de sedimentos e

tratamento de efluentes. Este último tem suas diretrizes abarcadas no Programa de

Monitoramento da Qualidade da Água.

Outra medida que deve contribuir para maior conscientização a respeito da

questão ambiental é a inclusão dos mangues e demais ecossistemas aquáticos no

Subprograma de Educação Ambiental para Funcionários da Obra.

10.2.3 Meio Socioeconômico

Quanto à Geração de Emprego e Renda e ao Afluxo Populacional para

a Região

A medida mais adequada a ser tomada para potencializar esse impacto

positivo será realizada por meio do Subprograma de Comunicação Social e

Subprograma de Favorecimento à Contratação de Trabalhadores Locais que deverão

ouvir e informar aos moradores locais a respeito das obras e como elas poderão

impactar o seu dia-a-dia.

Deverão ser abordadas questões como a disponibilidade de vagas de

trabalho e avaliada a disponibilidade de suprimento local das vagas, assim como a

seleção e posterior treinamento dos trabalhadores selecionados.

Essa pesquisa terá o objetivo de registrar a mão-de-obra qualificada e não

qualificada de trabalhadores residentes e de pequenas empresas localizadas nos

municípios da Área de Influência Direta e Indireta, em parceria com associações

comunitárias, Prefeituras, ONGs e órgãos públicos.

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Outra medida para potencialização desse impacto é a realização de cursos

de treinamento da mão-de-obra contratada no decorrer da obra e no momento da

dispensa. O treinamento da mão-de-obra permite que o trabalhador procure empregos

mais qualificados e, por consequência, com maior remuneração.

Ressalta-se que, a mão-de-obra local deverá ter preferência na contratação

pelas empresas responsáveis pela implantação do Condomínio. Quando se prioriza a

mão-de-obra local, consegue-se evitar o incremento de custos originados pela

transferência de trabalhadores de outras regiões, assim como problemas relacionados

ao aumento da demanda por moradia, ao aumento de conflitos com a população e a

violência urbana.

Um Subprograma de Ampliação de Renda para as Comunidades Locais

também deverá ser implantado de modo a mitigar e compensar possíveis impactos

sociais e econômicos às comunidades locais.

Programas onde esse impacto será considerado: Subprograma de

Favorecimento à Contratação de Trabalhadores Locais, Subprograma de Ampliação

de Renda para as Comunidades Locais, Subprograma de Lazer e Educação

Ambiental para Moradores e Turistas, o Subprograma de Educação Ambiental para

Funcionários da Obra e Programa Ambiental de Controle da Obra.

Quanto ao Incremento da Economia Regional

Uma das medidas apropriadas para potencializar os efeitos benéficos sobre

as atividades econômicas locais e regionais consiste na ampla conscientização dos

trabalhadores da obra e de suas famílias, do empreendedor e também dos

empreiteiros responsáveis pela construção civil, da importância de se valerem de

estabelecimentos localizados nos municípios da área de influência do projeto para o

suprimento das suas necessidades.

Dessa forma as atividades produtivas e de serviços locais e regionais

devem ser beneficiadas por meio de medidas propostas no Subprograma de

Favorecimento à Contratação de Trabalhadores Locais. Para ampliar a inserção das

comunidades locais às características do empreendimento também será realizado um

Programa de Ampliação de Renda para as Comunidades Locais.

Programas onde esse impacto será considerado: no Plano Ambiental de

Controle da Obra, Subprograma de Favorecimento à Contratação de Trabalhadores

Locais e Subprograma de Ampliação de Renda para as Comunidades Locais.

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Quanto à Especulação Imobiliária

Verificou-se que a medida mais adequada e eficiente para evitar esse tipo

de especulação é a adoção do Subprograma de Comunicação Social, que tem como

objetivo a disseminação e divulgação dos detalhes e etapas da obra, informando,

portanto, esclarecendo a população acerca de suas expectativas positivas e negativas

com relação ao empreendimento.

Quanto à Interferência no Fluxo de Veículos e Modificação da Malha

Viária

Tendo em vista um aumento no fluxo de veículos no entorno do

empreendimento, prevê-se uma melhoria da malha viária que dá acesso ao

Condomínio por meio de sinalização e ordenamento adequado. Essa medida tem

grande relevância, ao passo que evita eventuais acidentes.

Programas onde esse impacto será considerado: no Programa Ambiental

de Controle da Obra e Programa de Gestão e Planejamento Ambiental.

Impacto sobre as Atividades Extrativistas e o Modo de Vida das

Comunidades Locais

Excluindo-se a extração do coco, todas as demais atividades deverão ser

preservadas e, na medida do possível, inseridas no contexto turístico do

empreendimento, de modo a garantir a sustentabilidade social e ecológica. Isso

deverá ser realizado a partir do estabelecimento do Programa de Gestão e

Planejamento Ambiental e do Subprograma de Lazer e Educação Ambiental para

Moradores e Turistas e do Subprograma de Ampliação de Renda para as

Comunidades Locais.

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10.3 FASE DE OPERAÇÃO

10.3.1 Meio Físico

Quanto à Ocorrência de Processos Erosivos e Assoreamento

Um dos principais responsáveis pelo aumento da erosão do solo em áreas

que sofreram intervenções construtivas é o incremento do escoamento superficial em

decorrência do maior índice de impermeabilização do solo.

Dessa forma, no projeto de pavimentação do pretendido empreendimento,

deverão ser adotadas medidas que reduzam a impermeabilização do solo. Será

incentivada a utilização de soluções como pavimentação permeável nas vias e

estacionamentos.

Ademais, em áreas propícias ao carreamento do solo, deverá ser realizado

o nivelamento do terreno e/ou medidas para dissipar e desviar as águas da chuva,

como canaletas e mecanismos de contenção de solo.

Programas onde esse impacto será considerado: Programa Ambiental de

Controle da Obra - Subprograma de Prevenção, Controle e Monitoramento de Erosão

e Assoreamento e PRAD – Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.

Quanto à Poluição por Resíduos Sólidos

Como forma de mitigar os efeitos negativos de um gerenciamento de

resíduos falho, indica-se a implantação do Subprograma de Gerenciamento Integrado

de Resíduos Sólidos, que abarca uma série de medidas normativas e educativas.

Para manter o desempenho dos programas introduzidos na fase de

operação, esses deverão ser alvo de constante monitoramento.

Quanto à Alteração da Qualidade das Águas Superficiais

Intensificação da fiscalização acerca da correta aplicação dos

Subprogramas de Controle e Monitoramento dos Efluentes e de Gerenciamento

Integrado de Resíduos Sólidos, uma vez que estes são os principais causadores de

degradação os recursos hídricos.

Os recursos hídricos locais deverão ser regularmente monitorados por

força do Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas.

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Quanto à Poluição do Ar por Material Particulado

A geração de material particulado será promovida pela passagem de

veículos por áreas não-pavimentadas ou pela queima de combustível de veículos

automotores.

Dessa forma, como forma de mitigar tal efeito adverso recomenda-se a

redução da velocidade de circulação em áreas não pavimentadas e a regular

umectação dessas vias.

Programas onde esse impacto será considerado: Subprogramas de Lazer

e Educação Ambiental para Moradores e Turistas.

Quanto ao Aumento dos Níveis de Ruído e Vibrações

Nesta etapa, as diretrizes a serem seguidas para evitar quaisquer efeitos

negativos oriundos do aumento do nível de ruídos deverão constar na convenção

condominial do empreendimento.

Ressalta-se que na operação os agentes causadores do impacto são os

veículos leves e as embarcações aquáticas, que em sua maioria, apresentam motores

consideravelmente silenciosos. No entanto, a melhor forma de atuar sobre esses

impactos na fase de operação consiste no esforço de conscientização através do

Subprograma de Lazer e Educação Ambiental para Moradores e Turistas.

10.3.2 Meio Biótico

Quanto ao Aumento de Pressão Antrópica sobre os Recursos Naturais

dos Remanescentes e área de Preservação Permanente

Reitera-se a importância da continuidade dos programas propostos na fase

de implantação, os quais abarcam as diretrizes voltadas à mitigação do aumento da

pressão antrópica sobre os recursos naturais.

São eles: Programa de Gestão e Planejamento Ambiental e Subprograma

de Lazer e Educação Ambiental para Moradores e Turistas.

Ressalta-se que o Programa de Gestão e Planejamento Ambiental

reforçará a aplicação dos demais programas, buscando efetivar todas as medidas

preventivas e mitigadoras.

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Quanto à Intensificação da Pressão da Caça

A intensificação da Caça será coibida através da disseminação de

informações acerca da importância da preservação da fauna aos moradores e turistas.

Os Subprogramas de Lazer e Educação Ambiental para Moradores e

Turistas, de Monitoramento da Fauna por Espécies-Chave e de Formação e

Conservação de Corredores Ecológicos visam garantir a conservação da fauna local

frente às pressões da caça.

Quanto ao Incremento à Densidade de Animais Domésticos e Exóticos

Como forma de minimizar os efeitos negativos trazidos pelo incremento do

número de animais domésticos, implantar-se-á o Subprograma de Controle de

Animais Domésticos.

Quanto ao Aumento da Incidência de Atropelamentos de Animais

Silvestres

Esse efeito pode ser mitigado seguindo as medidas preventivas abarcadas

pelo Subprograma de Monitoramento e Mitigação de Atropelamento de Fauna. Dentre

eles ressalta-se a importância da educação ambiental voltada à conscientização da

problemática do atropelamento, dos corredores ecológicos e a da instalação de

dispositivos redutores de velocidade.

Quanto ao Aumento da Pressão Antrópica sobre os Recursos Naturais

Marinhos e Estuarinos

Na fase de operação, propõe-se a adoção de regras para visitação,

inclusive dos lugares mais frágeis do ponto de vista ecológico, como as áreas de

berçário do cavalo-marinho que ocorrem no rio Arinquidá.

Como medida de controle são necessárias atividades de contenção de

sedimentos e tratamento de efluentes. Este último tem suas diretrizes abarcadas no

Programa de Monitoramento da Qualidade da Água. Outras medidas necessárias são

a inclusão dos mangues e demais ecossistemas aquáticos no “Programa de Lazer e

Educação Ambiental para Moradores e Turistas”.

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Quanto ao Aumento da Pressão Antrópica sobre os Recifes de Coral

Areníticos

Propõe-se para esse efeito negativo, os mesmos planos e programas

previstos para os demais ecossistemas aquáticos. Além disso, recomendam-se

medidas de tratamento de efluentes, através do Subprograma de Monitoramento e

Controle de Efluentes, assim como do Programa de Monitoramento da Qualidade da

Água.

Outras medidas necessárias são a inclusão dos recifes no “Subprograma

de Lazer e Educação Ambienta para Moradores e Turistas” e do amplo “Programa de

Gestão e Planejamento Ambiental”.

10.3.3 Meio Socioeconômico

Quanto à Geração de Emprego e Renda e ao Afluxo Populacional

O afluxo populacional, quando não administrado adequadamente, pode

gerar diversos efeitos negativos.

Dessa forma, buscando unir os benefícios trazidos pelo incremento de

moradores e geração de renda, aplicar-se-á o Subprograma de Comunicação Social.

Neste, serão divulgadas as ofertas de emprego no condomínio e hotel, assim como

cursos de treinamento necessários para aperfeiçoamento da mão-de-obra.

Um Subprograma de Ampliação de Renda para as Comunidades Locais

também é previsto de modo a mitigar e compensar possíveis impactos sociais e

econômicos às comunidades do entorno.

Quanto ao Incremento da Economia Regional

Como forma de potencializar esse efeito, recomenda-se que os setores

públicos dos municípios da Área de Influência Indireta alertem e estimulem a

população acerca da relevância do empreendimento, para que sejam fomentados

diversos setores de serviços, dinamizando a economia.

Para isso, prevê-se a implantação do Subprograma de Comunicação

Social, que disseminará todas as informações acerca do empreendimento, através

dos meios de comunicação mais utilizados na região.

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Quanto à Especulação Imobiliária

Diante da constatação dos problemas advindos da especulação imobiliária,

alguns instrumentos urbanísticos são indicados para coibir tal feito.

A contribuição de melhoria é um desses instrumentos que permite que o

poder público cobre dos proprietários beneficiados por obras de melhoria urbana o

valor do investimento realizado.

Quanto à Interferência no Fluxo de Veículos e Modificação da Malha

Viária

Em virtude do aumento do fluxo de veículos na região do pretendido

empreendimento, propõe-se, como forma de evitar eventuais acidentes, a

requalificação do pavimento e a implantação de sinalização adequada.

Quanto aos Impactos sobre as Atividades Extrativistas e sobre o Modo

de Vida das Comunidades Locais

Com vistas a mitigar os efeitos negativos que o empreendimento poderá

trazer às atividades extrativistas, implantar-se-á o Subprograma de Ampliação de

Renda para as Comunidades Locais que visa integrar e conciliar as comunidades

extrativistas às atividades comerciais do Condomínio.

Dessa forma, a população do empreendimento fica a par da importância da

conservação e manutenção dessas atividades e os extrativistas aumentam sua renda.

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11 PLANOS E PROGRAMAS DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

DOS IMPACTOS

A partir da avaliação dos impactos ambientais, construiu-se o presente

capítulo, que une o conjunto de ações de medidas voltadas ao acompanhamento do

processo de construção e funcionamento do empreendimento em foco – Projeto

Condomínio Praia de Guadalupe – para a mitigação e compensação ambiental, em

caso de impactos negativos ao meio ambiente e potencialização no caso de impactos

positivos, em suas diversas fases e instâncias.

Considerando os resultados obtidos no Diagnóstico Ambiental a partir dos

estudos primários dos meios físico, biótico e socioeconômico e também dos dados

secundários levantados e analisados, concluiu-se pela elaboração de 7

macroprogramas ambientais associados aos meios socioeconômico, físico e biótico.

Ressalta-se que todos estes conjuntos de Programas possuem sinergia e

visam garantir condições ambientais aceitáveis nas Áreas de Influência do pretendido

empreendimento. Dentre os programas concebidos, o Programa de Gestão e

Planejamento Ambiental (PGA) e o Programa Ambiental de Controle da Obra

exercerão papel de destaque na integração do empreendimento com as diversas

facetas ambientais afetadas por esse.

O PGA do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe será o responsável pela

gestão ambiental do empreendimento. Serão abarcadas as etapas de implantação,

mediante o monitoramento do cumprimento das boas práticas ambientais durante a

obra, e de funcionamento do empreendimento, cujas diretrizes são dirigidas ao

contexto turístico geral.

O Plano Ambiental de Controle da Obra envolve um conjunto de medidas

mitigadoras, de controle e de compensação voltadas aos impactos ocasionados no

decorrer das etapas de consolidação da obra. Deverão ser abrangidas a implantação

do canteiro, mobilização de operários e execução das obras propriamente ditas.

Ademais, ressalta-se que, a particularidade do faseamento do projeto, não

será verificada uma clara separação entre as etapas de implantação e operação do

empreendimento, sendo essas muitas vezes superpostas. Dessa forma, todos os

programas ambientais associados ao acompanhamento e monitoramento dos

impactos do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe serão expostos em

sequência.

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63

11.1 PROGRAMA DE GESTÃO E PLANEJAMENTO AMBIENTAL

O Programa de Gestão e Planejamento Ambiental consiste em um

macroplano que permeia todas as etapas da vida do projeto.

Fase de Implantação

Durante a fase de implantação, o plano objetiva realizar o monitoramento,

a aplicação e a averiguação das boas práticas ambientais por parte dos trabalhadores,

além da gestão de todos os subprogramas ambientais a ele vinculados.

O Programa de Gestão e Planejamento Ambiental deverá consistir numa

ferramenta de gerenciamento das atividades corriqueiras, relacionadas à questão

ambiental, de forma a evitar, minimizar e controlar os impactos ambientais

relacionados.

Esse Programa consiste num documento a ser elaborado pela equipe de

meio ambiente constituída para o gerenciamento ambiental cotidiano da etapa de

construção do empreendimento, conjuntamente com o empreendedor, no qual serão

estabelecidas a política ambiental e os procedimentos de treinamento dos

funcionários, identificação das não-conformidades, registro dessas evidências

negativas, notificação aos responsáveis acerca das não-conformidades, e

comunicação/orientação aos responsáveis sobre medidas mitigadoras, práticas

preventivas e aplicação adequada das medidas ambientais a serem definidas pelo

PBA.

O Programa tem como objetivo principal assegurar, de forma integrada, que

as ações ambientais propostas neste EIA sejam implantadas adequadamente, de

forma a zelar pela qualidade ambiental na região de abrangência das obras.

A elaboração e implantação do Plano de Gestão e Planejamento Ambiental

é de responsabilidade do empreendedor, sendo que sua formulação expressa a

política ambiental do mesmo através do estabelecimento de diretrizes que serão

seguidas pelas empresas envolvidas na construção do Condomínio. Tais diretrizes

deverão integrar as especificações técnicas de contratação e dos respectivos

contratos dessas empresas.

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Fase de Operação

Durante a etapa de operação, o objetivo do plano é realizar o

monitoramento e a averiguação do cumprimento das boas práticas ambientais pelos

moradores, hóspedes, visitantes e funcionários, evitando, da mesma forma que na

fase de implantação, acidentes pessoais e ambientais.

Na fase de operação, o PGA deverá evitar, minimizar e controlar os

impactos ambientais pertinentes. De forma complementar, um documento que

sumarizará a política ambiental e os procedimentos para viabilização dos seus

objetivos deverá ser elaborado pela equipe de meio ambiente em conjunto com o

empreendedor.

Portanto, faz-se necessária uma equipe de gestão ambiental que promova

a integração das ações ambientais planejadas para o Condomínio. Além disso, a

equipe será responsável por solucionar quaisquer situações emergentes, que,

eventualmente, não sejam contempladas nesse documento.

Objetivos

São objetivos específicos:

Promover a aplicação integrada dos Programas Ambientais, respeitando os

cronogramas estabelecidos e as legislações aplicáveis;

Promover a integração dos aspectos ambientais com os aspectos de

engenharia do empreendimento, de forma a melhorar o gerenciamento dos

recursos humanos e financeiros;

Promover a integração do empreendimento com a sociedade civil, através de

atividades de comunicação social e educação ambiental, de forma que os

diversos grupos interessados se situem como coparticipantes da aplicação dos

Programas Ambientais e da implantação do empreendimento;

Promover o melhor estado possível de qualidade ambiental da região de

entorno ao Condomínio e de vida para os moradores. Hóspedes, funcionários

e comunidades envolvidas e colaboradores envolvidos com a implantação

dessa obra.

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Procedimentos metodológicos

O Programa deverá ser conduzido a partir das seguintes etapas metodológicas:

Elaboração e checagem os cronogramas e o andamento das atividades

relacionadas aos programas;

Tomada de providências no sentido de correção de eventuais problemas de

ordem ambiental;

Vistoria das áreas de Preservação terrestres e marinhas e implantação dos

programas e atividades correlatos;

Relato das atividades e avanços de cada programa;

Elaboração de relatórios periódicos sobre as atividades de campo;

Equipe

Um gestor especialista sênior na área de meio-ambiente: Biólogo, Geógrafo,

Geólogo, Engenheiro Florestal ou Ambiental (pós-graduação é desejável);

Um profissional de nível técnico em área na área de meio-ambiente: Biólogo,

Geógrafo, Geólogo, Engenheiro Florestal ou Ambiental.

Custo Estimado

Diante do exposto, o custo estimado para a operação do programa ao longo

de 13 anos é de R$ 926.640,00

Produtos

As informações coletadas, nas fases de implantação e operação, serão

apresentadas em relatórios regulares de atividades com frequência a ser definida.

11.1.1 Subprograma de Educação Ambiental para Funcionários da Obra

O Subprograma de Educação Ambiental para Funcionários da Obra tem

como objetivo a construção de valores ambientais e sociais por meio da ampliação do

conhecimento da área e da importância de seus ecossistemas integrantes, assim

como do desenvolvimento de habilidades, atitudes e competências, voltadas à

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conservação ambiental na área do Condomínio, de maneira a torná-lo harmônico e

sustentável.

O responsável pela realização desse programa será a empresa contratada

para a execução das obras. Estima-se que o programa opere de forma intensiva nos

dois primeiros anos de implantação do empreendimento, sendo prolongado conforme

a continuidade das obras.

Objetivos

São objetivos específicos:

Propiciar o entendimento do Meio Ambiente da área do Condomínio como um

todo e a sua importância ecológica e de preservação das APPs;

Fomentar a percepção das possibilidades de acidentes ambientais;

Valorizar os procedimentos preventivos com relação a acidentes ambientais;

Disseminar as técnicas básicas de prevenção à agressão ao meio ambiente;

Conscientizar os trabalhadores durante suas atividades laborais diárias

evitando acidentes ambientais; e

Cooperar com toda a equipe de trabalho no cumprimento das exigências das

Licenças Ambientais de Instalação ou de Operação.

Procedimentos metodológicos

O Programa deverá ser conduzido a partir das seguintes etapas metodológicas:

Diagnóstico das situações educacionais dos diferentes tipos de funcionários;

Elaboração de diretrizes e critérios de educação ambiental para os diferentes

públicos e etapas da obra;

Treinamento e capacitação em grupos de funcionários de semelhantes níveis

educacionais diagnosticados;

Implantação e monitoramento das atividades educacionais na prática;

elaboração de cartazes, sinalizações e diretrizes de educação ambiental para

a construção na área da Obra.

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Equipe

O Subprograma deve ser desempenhado pela equipe do Programa de

Gestão e Planejamento Ambiental.

Custo Estimado

Diante do exposto, o custo estimado para a operação do subprograma está

dentro do valor orçado para o Programa de Gestão e Planejamento Ambiental que é

de R$ 926.640,00 ao longo de 13 anos.

Produtos

Relatório de Diagnóstico, com pesquisa e direcionamento das ações de

Educação Ambiental conforme o nível educativo dos funcionários (a ser

elaborado logo a seguir a etapa de contratação)

Relatório de ações e treinamentos de EA conforme os diferentes níveis dos

funcionários;

Cursos de Treinamento e Capacitação em EA;

Elaboração de Material de apoio e sinalização das áreas, atitudes e diretrizes

de EA;

Incorporação do Programa de Educação Ambiental para Funcionários da Obra

às normas e diretrizes do Condomínio Praia de Guadalupe.

11.1.2 Subprograma de Comunicação Social

Este subprograma tem por base a regularização e a padronização do

processo de comunicação entre as partes envolvidas na implantação do Condomínio

e seus programas, através do repasse de informações sobre o empreendimento,

desde a fase de planejamento até a conclusão dos programas propostos, privilegiando

a participação e acesso da população às diversas esferas de discussão relativas ao

projeto.

A implantação desse tipo de empreendimento desperta um significativo

interesse da população, a qual vislumbra possibilidades de novos negócios e geração

de empregos. É natural, portanto, que sejam demandas informações com a evolução

do processo de implantação do empreendimento.

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O conhecimento da sociedade em geral com relação às possíveis

alterações ambientais e sociais a serem promovidas deve ser fomentado conforme as

recomendações de instituições governamentais, ONGs e entidades locais ligadas à

defesa do meio ambiente.

Dessa forma, esse subprograma deve estabelecer uma comunicação clara

e transparente entre a população e o empreendedor, pautada por princípios éticos e

de responsabilidade social, abrangendo o maior número de pessoas ao longo de toda

a implantação do empreendimento e abordando temas relativos ao desenvolvimento

das obras, funcionamento do Condomínio, ações sociais, medidas mitigadoras e

compensatórias.

O empreendedor será responsável pelo programa durante a fase que

antecede o início das obras, onde serão disseminadas todas as informações

referentes ao empreendimento à população residente nos municípios afetados por

este. Durante a construção, o subprograma ficará sob responsabilidade da empresa

contratada para realização das obras. Durante a etapa de operação, o Condomínio

Praia de Guadalupe assumirá a responsabilidade pela comunicação com as

comunidades. Estima-se que o este programa perdure por 13 anos.

Objetivos

São objetivos específicos:

Repassar informações à população residente no município de Sirinhaém e ao

município vizinho, Tamandaré, onde se localiza a praia dos Carneiros, sobre o

Condomínio, suas etapas de construção e as principais mudanças ambientais

e socioeconômicas decorrentes.

Esclarecer à população as implicações diretas do empreendimento no estuário

do rio Formoso, na vila de Aver-o-Mar, na praia dos Carneiros e nos demais

distritos e áreas urbanas do município de Sirinhaém;

Divulgar ações associadas ao Condomínio e seu entorno, contribuindo para

ações de educação ambiental;

Receber e tratar os questionamentos da comunidade, suas expectativas e

possíveis insatisfações;

Informar o empreendedor a respeito das expectativas e aspirações da

população;

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Difundir informações sobre as obras de construção, forma de operação e

programas ambientais.

Procedimentos metodológicos

O subprograma deverá ser conduzido a partir das seguintes etapas metodológicas:

Manutenção contatos diretos constantes com Prefeituras, Secretarias de

Estado e Secretarias Municipais, Escolas, Igrejas, ONG ́s e população direta e

indiretamente atingida pelo empreendimento utilização dos meios de

comunicação disponíveis, como jornais e rádio;

Elaboração de material informativo, de caráter semestral, com tiragem de 1000

(mil) exemplares cada e 01 (um) folder institucional, com tiragem de 1000 (mil)

exemplares;

Atuação conjunta com os Subprogramas de Educação Ambiental.

Equipe

O Subprograma deve ser desempenhado pela equipe do Programa de

Gestão e Planejamento Ambiental.

Custo Estimado

Diante do exposto, o custo estimado para a operação do subprograma está

dentro do orçado para o Programa de Gestão e Planejamento Ambiental, que é de R$

926.640,00 ao longo de 13 anos.

11.1.3 Subprograma de Favorecimento à Contratação de Trabalhadores Locais

Uma das medidas apropriadas para potencializar os efeitos benéficos sobre

as atividades econômicas locais e regionais consiste na ampla conscientização dos

trabalhadores da obra, de suas famílias, do empreendedor e também dos

empreiteiros, a respeito da importância da utilização dos estabelecimentos localizados

nos municípios da área de influência do projeto para o suprimento das suas

necessidades, beneficiando e incentivando as atividades produtivas e de serviços

locais e regionais.

Ao longo de todo o período de implantação do Condomínio serão efetuadas

as contratações de trabalhadores, conforme necessidades estabelecidas pelas

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empresas envolvidas na construção dessa obra. Também é fundamental incentivar a

contratação do maior número de trabalhadores que residam nos municípios da Área

de Influência Direta (AID) do empreendimento e/ou das localidades vizinhas,

fomentando o desenvolvimento socioeconômico da região através da geração de

empregos.

Além disso, pela priorização da contratação de trabalhadores locais,

espera-se uma diminuição do porte dos alojamentos para acomodação dos

trabalhadores, assim como uma redução do volume de efluentes e resíduos sólidos

produzidos, minimizando os impactos locais.

A empresa contratada para a realização das obras será responsável pelo

desenvolvimento desse subprograma. Durante a operação do empreendimento, a

contratação local (hotel, unidades habitacionais e serviços) será fomentada pelo

próprio Condomínio Praia de Guadalupe. Estima-se que o referido programa perdure

por 13 anos.

Objetivos

São objetivos específicos:

Fomentar o desenvolvimento socioeconômico regional através da contratação

de trabalhadores locais;

Facilitar a implantação de atividades de educação ambiental;

Obter maior apoio para a implantação do empreendimento e das suas demais

ações.

Procedimentos metodológicos

A contratação de trabalhadores locais será feita por meio do contato com

as prefeituras dos municípios de Sirinhaém, Rio Formoso e Tamandaré, auxiliada pela

utilização dos meios de comunicação locais, a depender da necessidade de

contratação das obras.

Com relação ao nível de instrução da mão de obra contratada, pelas

características dos municípios citados, é esperado que a parcela de trabalhadores

altamente especializada seja constituída por pessoas de fora da localidade onde será

implantado o empreendimento.

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Para a maior parcela da força laboral, correspondente aos profissionais

semiespecializados (pedreiros, carpinteiros e armadores, entre outros) e não-

especializados (ajudantes e braçais), é previsto que a contratação seja realizada,

majoritariamente, dentre os residentes na região.

Equipe

O Subprograma deve ser desempenhado pela equipe do Programa de

Gestão e Planejamento Ambiental.

Custo Estimado

Diante do exposto, o custo estimado para a operação do subprograma está

dentro do orçado para o Programa de Gestão e Planejamento Ambiental, que é de R$

926.640,00 ao longo de 13 anos.

Interação com outros subprogramas

Este subprograma está relacionado ao Subprograma de Educação

Ambiental para Funcionários da Obra, Subprograma de Lazer e Educação Ambiental

para Moradores e Turistas e ao Subprograma de Comunicação Social.

11.1.4 Subprograma de Lazer e Educação Ambiental para Moradores e Turistas

Educação ambiental é todo o processo empregado para promover maior

conscientização a respeito do patrimônio ambiental e dos modelos de

desenvolvimento responsáveis.

O Subprograma de Educação Ambiental para Moradores e Turistas tem

como objetivo a construção de valores ambientais e sociais por meio da ampliação do

conhecimento da área do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe e seu entorno, da

importância de seus ecossistemas integrantes, do estuário do rio Formoso e das UCs

próximas.

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Objetivos

São objetivos específicos:

Promover o entendimento do meio ambiente e ecossistemas da área do

Condomínio como um todo, assim como sua importância ecológica;

Valorizar e difundir atitudes que previnam danos ambientais;

Abordar questões relacionadas à poluição das áreas de notável sensibilidade

ambiental;

Promover a ação ambientalmente consciente dos funcionários e moradores em

suas atividades diárias e de lazer; e

Cooperar com as ações ambientais de controle e mitigação de impactos do

Condomínio, reduzindo os impactos sobre a fauna e a flora.

Procedimentos metodológicos

O Subprograma deverá ser conduzido a partir das seguintes etapas metodológicas;

Elaboração de diretrizes de educação ambiental para os diferentes públicos

que interagirão no funcionamento do Condomínio: hóspedes, moradores e

funcionários do Condomínio.

Elaboração de conteúdo para programas e atividades de lazer que conciliem a

educação ambiental com as atividades turísticas. Exemplos dessas atividades

seriam:

o Visita monitorada às áreas dos corredores ambientais com identificação

das espécies da flora e dos diferentes ecossistemas terrestres;

o Visita monitorada aos diferentes ecossistemas aquáticos: mangue,

apicum, estuário, mar aberto, arrecifes;

o Elaboração de um “roteiro” de degustação das principais iguarias

baseadas no extrativismo animal e vegetal da área, potencializando as

fontes geradoras de renda para as comunidades locais: pescadores,

catadores de caranguejos, doces típicos de coco e outras frutas;

o Elaboração de um guia de campo lúdico para a identificação dos

ecossistemas e suas espécies associadas, a fornecido aos hóspedes e

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visitantes.

o Elaboração de materiais e “souvenirs” baseados nas características

ambientais, na fauna e na flora da área como camisetas, bonés, meias,

saídas-de-praia, acessórios de cozinha etc., a ser vendido para os

hóspedes e visitantes.

Treinamento e capacitação em grupos de funcionários de semelhantes níveis

educacionais diagnosticados;

Implantação e monitoramento das atividades educacionais: elaboração de

cartazes e diretrizes de educação ambiental para os diferentes tipos de habitat

e ecossistemas.

Criação de um Centro de Educação Ambiental e Turístico.

Equipe

Um especialista em educação ambiental;

Custo Estimado

O custo estimado para a operação do subprograma é de R$ 71.098,88.

Produtos

Relatórios com o detalhamento das atividades e do direcionamento das ações

de educação ambiental conforme o público alvo;

Relatório de treinamentos de EA conforme os diferentes níveis dos

funcionários;

Cursos de Treinamento e Capacitação em EA;

Elaboração de Material de EA e turísticos: cartilhas, guiais de campo, produção

de materiais de apoio e sinalização das áreas, materiais para a venda nas lojas;

Incorporação do Subprograma de Lazer e Educação Ambiental para Moradores

e Turistas às normas e diretrizes do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe.

11.1.5 Subprograma de Conservação de Corredores Ecológicos

Na etapa de funcionamento este subprograma já estará devidamente

implantado, cabendo ao Plano de Gestão e Planejamento Ambiental do

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funcionamento do Condomínio Praia de Guadalupe a manutenção deste

subprograma.

Custo Estimado

Diante do exposto, o custo estimado para a operação do subprograma está

dentro do orçado para o Programa de Gestão e Planejamento Ambiental, que é de R$

926.640,00 ao longo de 13 anos.

11.1.6 Subprograma de Controle de Animais Domésticos

O controle dos animais domésticos é uma medida extremamente

importante para a manutenção da fauna nativa, uma vez que esses animais são

potenciais predadores da fauna da região.

O período para implementação deste programa se dá durante as fases de

operação dos subcondomínios. O Condomínio Praia de Guadalupe ficará sob

responsabilidade pela execução do referido programa.

Objetivos

É objetivos específico:

Evitar e reduzir o potencial impacto sobre a fauna local, através da proposição

de medidas de controle dos referidos animais.

Procedimentos metodológicos

O subprograma deverá ser conduzido a partir das seguintes etapas

metodológicas:

Estudo das experiências de outros Condomínio e Resorts Ecológicos, de modo

a contornar e evitar problemas relacionados aos conflitos entre animais

domésticos e selvagens.

Fomentar a adoção de medidas de controle, como:

o Limitação do número de animais por residência;

o Restrição as possibilidades de acesso destes animais às áreas

protegidas;

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o Restrição do trânsito dos animais durante o período noturno.

Instituição do Subprograma de Educação Ambiental para Funcionários da

Obra, com objetivo instruí-los quanto a sensibilidade do meio ambiente natural

da área do empreendimento;

Equipe

O Subprograma deve ser desempenhado pela equipe do Programa de

Gestão e Planejamento Ambiental.

Custo Estimado

Diante do exposto, o custo estimado para a operação do subprograma está

dentro do orçado para o Programa de Gestão e Planejamento Ambiental, que é de R$

926.640,00 ao longo de 13 anos.

Produtos

Projetos e proposições preliminares com relatório, síntese e justificativas;

Projeto final com relatório, síntese e justificativas

Incorporação do Subprograma às normas e diretrizes do Condomínio Praia de

Guadalupe.

11.1.7 Subprograma de Ampliação de Renda para as Comunidades Locais

O extrativismo, principalmente o animal marinho e estuarino, é uma

atividade importante na região para geração de renda das comunidades locais. A ideia

deste subprograma é aproveitar esse conhecimento e aproveitamento tradicional

destas espécies para agregar valor aos hábitos regionais e gerar renda para as

comunidades tradicionais, de modo a incorporar esses conhecimentos as atividades

do Condomínio Praia de Guadalupe de uma forma sustentável e ao mesmo tempo

promover a conciliação com a conservação ambiental.

O Condomínio ficará responsável pela execução desse programa que será

implementado durante a fase de operação.

Objetivos

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São objetivos específicos:

Integrar e conciliar as comunidades extrativistas às atividades comerciais do

Condomínio;

Garantir e ampliar a renda proveniente das atividades extrativistas para as

comunidades locais

Procedimentos metodológicos

Ampliação do conhecimento e o diagnóstico sobre as comunidades

extrativistas da área;

Promoção da inclusão da comunidade extrativista no âmbito do Condomínio

por meio da disseminação dos conhecimentos tradicionais e da

comercialização dos seus produtos no mercado das atividades gastronômicas

e turísticas ligadas ao empreendimento;

Capacitação e formação de pessoal treinado para atuar como guia

socioambiental na área do Condomínio e seu entorno, a fim de promover a

preservação turístico-patrimonial e a qualificação para o mercado de trabalho

turístico e hoteleiro.

Equipe

O Subprograma deve ser desempenhado pela equipe do Programa de

Gestão e Planejamento Ambiental.

Custo Estimado

Diante do exposto, o custo estimado para a operação do subprograma está

dentro do orçado para o Programa de Gestão e Planejamento Ambiental, que é de R$

926.640,00 ao longo de 13 anos.

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11.2 PROGRAMA AMBIENTAL DE CONTROLE DA OBRA

Ao longo da implantação da obra, uma série de atividades deverão ser

desencadeadas uma série de atividades promovedoras de impactos como: remoção

da vegetação, emissão de ruídos, aumento do trânsito de veículos e pessoas,

emissões de material particulado e de gases poluentes.

Alguns dos impactos a serem causados pelas atividades citadas acima, são

contemplados em programas específicos; entretanto, um projeto que consolide e

monitore, de forma integrada, as medidas direta e especificamente relacionadas às

obras deverão propiciar resultados ambientais mais adequados, tendo em vista que

medidas, diretrizes e técnicas recomendadas, quando adotadas preventivamente,

podem minimizar, ou mesmo neutralizar, os possíveis impactos ambientais das obras.

Objetivos

Ressalta-se, que o Plano Ambiental de Controle de Obras proposto será

estruturado a partir da aplicação das orientações básicas das Normas NBR ISO

14001.

Dentre os estudos realizados, verificou-se que os meios físico e biótico

serão mais intensamente afetados durante a execução da obra, necessitando de

atenção especifica.

As ações propostas neste programa atuarão sobre os impactos de

intensificação da erosão e do assoreamento, propagação e emissão de vibrações e

ruídos, alteração da qualidade da água e do ar (emissão de materiais particulados –

poeira), alteração da paisagem natural e ecossistemas locais.

Ademais, cabe a este Plano expor as medidas relacionadas à sinalização

da obra, saúde e segurança ocupacional, uso de EPI’s e controle de resíduos sólidos

da construção civil.

Este programa deverá atuar em conjunto e de forma integrada com o

Programa de Gestão e Planejamento Ambiental, interagindo no acompanhamento da

eficiência dos demais programas ambientais propostos no presente estudo,

identificando alterações adicionais para que sejam adotados os procedimentos

necessários para saná-las em tempo hábil.

São objetivos específicos:

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Elaborar e checar os cronogramas e o andamento das atividades

relacionadas aos programas;

Diminuição o risco de atropelamento de animais silvestres, empregando

sinalização adequada e orientando os empregados e colaboradores

responsáveis pela condução de veículos.

Disciplinamento do uso de equipamentos de segurança pessoal de modo a

evitar acidentes de trabalho;

Observância dos procedimentos de auxílio em caso de acidentes;

Proibição do uso de bebidas alcoólicas, por parte dos trabalhadores,

durante a jornada de trabalho, de modo a evitar acidentes com veículos e

pessoas;

Disciplinamento da velocidade de veículos e equipamentos, no sentido de

evitar atropelamentos de pessoas e animais;

Disciplinamento do comportamento da equipe de operários no sentido de

evitar que os mesmos promovam conflitos e transtornos à população

residente no entorno do empreendimento;

Procedimentos metodológicos

Limitação a retirada da vegetação, protegendo o solo contra a ação dos

processos erosivos;

Fiscalização do pleno atendimento às medidas de recuperação e proteção

das áreas degradadas, evitando o aparecimento de focos erosivos com

posterior carreamento de sedimentos para os corpos d’água locais;

Garantia de que as intervenções de abertura de acessos e limpeza de

áreas de trabalho se restrinjam aos estritos limites e procedimentos ditados

pelo projeto;

Construção de sistemas de contenção de sólidos nas áreas de

movimentação de solo, impedindo que os materiais movimentados

alcancem os cursos d´água;

Umectação das vias de tráfego não pavimentadas para controle da

suspensão de poeiras, sobretudo em épocas secas;

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Manutenção regular de veículos e equipamentos, evitando a contaminação

do solo e água por óleos e graxas e emissões exageradas de gases e

partículas;

Proteção das caçambas dos caminhões de transporte de terra seca e/ou

outros materiais secos com lonas, durante o percurso;

Proibição do depósito aleatório de dejetos e lixo / resíduos em geral

evitando a contaminação do solo e água;

Proibição de coleta de exemplares da fauna e flora pelos operários.

Controle do risco de acidentes envolvendo empregados e animais

peçonhentos, orientando-os sobre como evitá-los através de treinamento

de segurança específico.

Onde houver necessidade de terraplanagem, deverá ser feita a remoção e

estocagem adequada da camada de solo orgânico para posterior utilização

no processo de recuperação das áreas degradadas;

Implantação dos meios que garantam a estabilidade dos taludes,

especialmente nas escavações para as estruturas permanentes, e que

previnam os processos erosivos na execução dos serviços previstos nas

áreas das obras;

Execução de escavações que evitem o espalhamento e deslizamento de

materiais para fora dos locais de trabalho;

Remoção de todas as estruturas temporárias do canteiro de obras, assim

como as sobras de material e resíduos sólidos de qualquer tipo ao término

dos trabalhos.

Equipe

Um especialista pleno (engenheiro ou geólogo);

Dois profissionais de formação técnica.

Custo Estimado

Diante do exposto, o custo estimado do programa supracitado é de R$

475.200,00 ao longo de 2 anos e meio, correspondentes a primeira fase do projeto.

Ressalta-se que este valor inclui os investimentos realizados para o desenvolvimento

dos subprogramas que compõem este Programa, sendo estes descritos abaixo.

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11.2.1 Subprograma de Prevenção, Controle e Monitoramento de Erosão e

Assoreamento

A implantação de obras e o uso e ocupação humana dos terrenos podem

gerar processos erosivos diversos, os quais, aliados a insuficiência de medidas

preventivas e/ou de conservação periodicamente necessárias, são intensificados.

Agentes impactantes como a supressão da vegetação (para cortes, aterros,

entre outros), a modificação da topografia, a localização de bota-foras, a disposição

final de resíduos e a modificação da posição dos talvegues, contribuem para impactos

potenciais associados à erosão e ao assoreamento. Disso posto, é justificada a

implantação do subprograma específico para Prevenção, Controle e Monitoramento

de Erosão e Assoreamento.

No que tange à prevenção, é necessário monitorar e acompanhar os

processos de recomposição das áreas até o reestabelecimento da vegetação,

estabelecendo um sistema de inspeção e acompanhamento da evolução das

condições ambientais do empreendimento e o plantio ou replantio a cobertura vegetal

nas superfícies expostas.

O controle deve considerar, ainda, o correto dimensionamento do sistema

de drenagem, a implantação e a conclusão de todas as obras de arte correntes, se

necessárias, as obras de terraplanagem, obras de drenagem superficial e dos

sistemas de drenagem. A responsável pela execução das obras deve prever a

satisfatória compactação do solo, evitando escorregamento e sustentando o

desenvolvimento da cobertura vegetal dos aterros, áreas de deposição de material e

demais movimentações de solo.

Este subprograma ficará sob a responsabilidade da empresa contratada

para a construção das infraestruturas e será implantado no início das obras,

perdurando por aproximadamente 2 anos e meio, sendo prolongado conforme a

continuidade das obras.

Procedimentos metodológicos

Seleção e orientação da equipe técnica com relação aos aspectos

referentes à obra;

Sistematização, junto com o empreendedor, das informações sobre as

frentes de obras, dos cronogramas e dos prazos de execução;

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Definição, junto com a Equipe de Gestão Ambiental da Obra, das

estratégias comuns entre este subprograma e os outros Programas

Ambientais, bem como das áreas prioritárias para desenvolvimento das

ações relacionadas com a implantação das obras de drenagem superficial

e de proteção contra erosão;

Definição, elaboração e padronização de projetos de drenagem superficial

e profunda associada com a proteção contra a ação erosiva das águas em

superfície;

Listagem e mapeamento de ações de intervenção corretiva ou preventiva

contra processos erosivos e problemas de instabilização em taludes de

contenção, aterros e maciços de solos;

Instalação dos dispositivos de drenagem superficial e profunda, e de

controle de erosão;

Sistematização de procedimentos para acompanhamento da implantação

das ações corretivas e monitoramento dos processos erosivos;

Recomposição da vegetação nas áreas sujeitas a processos erosivos com

superfície expostas as águas superficiais.

Equipe

O Subprograma deve ser desempenhado pela equipe do Programa

Ambiental de Controle da Obra.

11.2.2 Subprograma de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos

A fim de contribuir para práticas de gestão ambiental e manter a área do

empreendimento dentro de um padrão ambiental de qualidade, será aplicada a política

dos 3 Rs - Redução, Reutilização e Reciclagem, no que diz respeito ao Plano de

Controle dos Resíduos Sólidos. Para tal, ações de acondicionamento, coleta,

transporte e disposição final serão realizadas.

No que tange ao controle de lançamento e disposição final dos resíduos

sólidos, uma série de ações são propostas.

Durante a fase de implantação, grande parte dos resíduos gerados são

oriundos da construção civil. Dessa forma, nesta etapa, o responsável pela execução

desse programa é a empresa contratada. Posteriormente, durante a operação,

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quando serão gerados diversos tipos de resíduos sólidos, a responsabilidade de

execução deste subprograma será confiada ao Condomínio Praia de Guadalupe.

Procedimentos metodológicos

Separação e acondicionamento dos resíduos orgânicos, metais, vidros,

papéis e plásticos para que a coleta seletiva possa ser realizada

adequadamente;

Implantação de recipientes coletores em pontos estratégicos, protegidos de

animais, como cães e gatos;

Emprego de recipientes para acondicionamento seguindo as normas da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): EB-588 – Sacos

plásticos para acondicionamento de lixo; P-EB 588 – Recipientes

padronizados para lixo; MB-732 – Sacos plásticos para acondicionamento

de lixo;

Utilização de contêineres com tampa (estacionários ou intercambiáveis) ou

lixeiras em alvenaria revestidas inteiramente com cerâmica ou azulejo (para

acondicionamento temporário);

Instalação, quando necessário, em áreas externas, de lixeiras

padronizadas suspensas;

Recolhimento do resíduo oriundo de varreduras ou poda de árvores

Adoção de um galpão de compostagem, onde acontecerá a transformação

do lixo orgânico em adubo que será utilizado nas diversas áreas verdes do

empreendimento

Dessa forma, tais atividades, tendo como intuito preservar um padrão

satisfatório de qualidade ambiental, ficarão sob responsabilidade do Condomínio Praia

de Guadalupe, que irá dispor de recursos suficientes para sua implementação.

Levando em consideração a média de produção de resíduos nacional (1 kg/hab.dia),

estima-se, durante a fase de operação do empreendimento, uma produção máxima

diária de cerca de 2,6 toneladas de lixo. Tendo em vista o caráter do empreendimento,

é esperada grande sazonalidade na produção de resíduos sólidos, sendo o valor

apresentado associado à ocupação máxima do condomínio.

Uma vez recolhidos os resíduos dos subcondomínios, os mesmos serão

acondicionados em área apropriada no setor de infraestrutura do condomínio. A

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posterior coleta e destinação final será realizada pela prefeitura do município, através

de caminhões compactadores operados pelo consórcio ConSul.

Conforme já abordado nos Volumes I e II, os resíduos gerados no município

de Sirinhaém são enviados ao Aterro sanitário de Rio Formoso. Esse, de acordo com

o Diagnóstico de Destino Final Adequado de Resíduos Sólidos – 2015, realizado pelo

Tribunal de Contas do Estado – TCE, recebe contribuições diárias de 98,4 toneladas

dos municípios de Sirinhaém, Tamandaré, Rio Formoso, Gameleira e Barreiros.

Ressalta-se que, atualmente, este aterro se encontra sob remediação.

Equipe

O Subprograma deve ser desempenhado pela equipe do Programa de

Gestão e Planejamento Ambiental. Dessa forma, além dos investimentos já

contabilizados para o desenvolvimento do Programa de Gestão e Planejamento

Ambiental, são estimados cerca de R$ 50.000, que serão aplicados em material de

divulgação, recipientes para acondicionamento de resíduos, etc.

11.2.3 Subprograma de Controle e Monitoramento de Efluentes

Visando a manutenção da qualidade ambiental dos recursos hídricos

avaliada no Volume II – Diagnóstico Ambiental, as seguintes medidas integrarão o

Subprograma de Controle e Monitoramento de Efluentes:

Implementação de regulamentação condominial com respeito à disposição

dos efluentes das unidades habitacionais a serem construídas pelos

condôminos, com vistas a garantir a correta destinação dos efluentes;

Implantação de rotina de verificação das tubulações e equipamentos

associados à rede de coleta do condomínio, visando garantir a

estanqueidade da rede e integridade do aquífero. Para isso, será

empregada equipe devidamente capacitada à realização das referidas

inspeções.

Conforme abordado no Volume 1 – Caracterização do Empreendimento,

durante a implantação do empreendimento foi planejada a instalação de uma Estação

de Tratamento de Esgoto Compacta (ETE) no intuito de atender a vazão de efluente

esperada para esta fase.

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Portanto, reiterando a necessidade de manter a integridade dos parâmetros

ambientais desde de a fase de implantação do projeto, deverá ser realizado um

dimensionamento adequado da estação de tratamento compacta, mediante a previsão

do volume de efluentes a ser tratado e a verificação de compatibilidade com as

características do terreno em questão. A observância de tais aspectos é fundamental

ao alcance de uma maior segurança do sistema em todas as suas fases.

A responsabilidade de execução desse subprograma é da empresa

contratada para a construção das infraestruturas. Este subprograma será prolongado

conforme a continuidade das obras, com especial intensidade durante a fase inicial

dos trabalhos, onde se pretende instalar uma estação compacta de tratamento.

Procedimentos metodológicos

Seleção, treinamento e capacitação da equipe de funcionários que operará

e monitorará o sistema de tratamento de efluentes;

Implementação de rotina de análises com intuito de verificar eficiência do

tratamento realizado;

Limitação de acesso de pequenos animais ao local, através da demarcação

dos limites da área da estação de tratamento mediante o cerceamento da

área.

Plantação de cortina vegetal de proteção de contato no entorno da estação

de tratamento de efluentes.

Desativação da estrutura quando da conexão à rede operada pela

COMPESA.

Equipe

O Subprograma deve ser desempenhado pela equipe do Programa

Ambiental de Controle da Obra.

11.2.4 Subprograma de Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas

Com a construção do empreendimento, haverá um aumento nos níveis de

emissão de poeiras e gases, desde a mobilização de equipamentos até a limpeza

final. A fim de garantir a qualidade ambiental, medidas de controle devem ser

impostas.

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Dessa forma, serão previstas atividades de controle e monitoramento de

frentes de terraplanagem, circulação de máquinas e caminhões em caminhos de

serviço e extração de materiais de construção.

A empresa contratada para a execução das obras ficará responsável pela

execução do referido programa que será implementado no início das obras, operando

de forma intensiva nos dois primeiros anos de implantação do empreendimento e

sendo prolongado conforme a continuidade das obras.

Procedimentos metodológicos

Umectação das vias de tráfego não pavimentadas para controle da

suspensão de poeiras, sobretudo em épocas secas;

Manutenção regular de veículos e equipamento

Proteção das caçambas dos caminhões de transporte de terra seca e/ou

outros materiais secos com lonas, durante o percurso;

Equipe

O Subprograma deve ser desempenhado pela equipe do Programa

Ambiental de Controle da Obra.

11.2.5 Subprograma de Controle e Monitoramento de Ruídos e Vibrações

A fim de garantir a saúde de trabalhadores, visitantes e integrantes das

comunidades inseridas na área do empreendimento, um Plano de Monitoramento e

Controle de Ruídos e Vibrações se faz necessário.

Durante a fase de implantação do empreendimento serão desencadeados

os maiores níveis de ruídos e vibrações. Dessa forma, esse programa será

implementado nos primeiros anos de implantação das infraestruturas e sua execução

ficará sob responsabilidade da empresa contratada, sendo prolongado na medida em

que se verifique a continuação das obras de implantação.

Procedimentos metodológicos

Monitoramento dos níveis de ruído em todas as etapas do

empreendimento. As medições externas atenderão o disposto na NBR –

10.152/87, bem como as exigências da legislação de higiene e segurança

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do trabalho, seguindo também as normas técnicas da CETESB –

Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, Lei 11.032 e Lei

11.033, que normatizam a determinação do nível de ruídos em ambientes

internos e externos;

Determinação do número de trabalhadores expostos;

Determinação dos tempos e características de exposição para cada

situação encontrada, pausas e tempo de exposição diário total;

Determinação do tipo, classificação e características dos equipamentos

utilizados pelos operadores.

Determinação do nível de vibração para caracterização da exposição e

adoção de medidas preventivas e controle;

Priorização de ações de controle (engenharia, administrativo e médico) e

verificação da eficiência das medidas adotadas;

Redução na fonte geradora (circulação de máquinas e equipamentos,

instalações de compressores e geradores, bate-estacas e compactação de

terreno);

Seleção de produtos que produzam ruídos e/ou vibração mais baixos;

Utilização de silenciadores em máquinas e veículos;

Implantação de procedimentos de manutenção voltados à redução dos

níveis de vibração.

Equipe

O Subprograma deve ser desempenhado pela equipe do Programa

Ambiental de Controle da Obra.

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11.3 PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – PRAD

E PROGRAMA DE LEVANTAMENTO E RECUPERAÇÃO DE

PASSIVOS AMBIENTAIS

A ocorrência de intervenções que poderão ocasionar a alteração da

topografia local, da estrutura do solo e de regimes de equilíbrio dinâmico dos

ecossistemas facilitam a sua degradação, deixando o solo com as características

físicas, químicas e biológicas completamente modificadas.

Esses efeitos negativos poderão ser minimizados pela utilização de

técnicas de manejo e conservação de solo, recomposição da cobertura vegetal e

controle de processos erosivos, objetivando assegurar a reconformação do terreno

das áreas alteradas com a redução dos efeitos do intemperismo e a reestruturação do

solo alterado.

O acompanhamento, a fiscalização e a avaliação dos resultados da

implantação de medidas de recuperação ambiental deverão ser implantados de modo

sistemático. Para tanto, o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)

tem por finalidade recompor áreas degradadas provenientes de intervenções

antrópicas resultando em alterações de determinados ambientes, as quais são

potencialmente geradoras de fenômenos indutores de impactos ambientais nas áreas

de influência deste empreendimento.

De modo que, logo após o término das atividades relacionadas à

construção civil do empreendimento sobre as áreas planejadas para tal finalidade,

parte dessas devem ser recuperadas visando o restabelecimento da sua qualidade

ambiental.

Após a recuperação dos solos, será efetuado o plantio de espécies vegetais

nativas nas áreas degradadas, de modo a reintegrá-las à paisagem da região.

A cobertura vegetal nativa dessas áreas desempenhará importante função

em relação à estabilização dos solos, evitando e/ou reduzindo a geração de

sedimentos aos mananciais de superfície, além de contribuir para a preservação da

fauna e flora regionais.

As áreas que sofrerão alterações temporárias em função do uso nas obras

de construção, como canteiros de obras, áreas de empréstimo para fornecimento de

matéria-prima e parte das vias de serviço, serão objeto de recuperação deste

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD. Mesmo que o uso desses

locais seja temporário, as suas áreas adjacentes que constituem margens de

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mananciais de superfície, devem ser protegidas, especificamente contra processos

erosivos, de forma a evitar carreamento de sedimentos para esses mananciais e para

as APPs existentes na área, notadamente o manguezal e as restingas que circundam

boa parte do terreno.

O responsável pela operação deste programa será a empresa contratada

para a execução das obras, uma vez que o referido programa ocorrerá

simultaneamente à construção das infraestruturas.

Objetivos

São objetivos específicos:

Revegetação e reintegração paisagística das as áreas atingidas pelas

obras de implantação do Condomínio, visando à proteção aos solos e

mananciais hídricos contra os processos erosivos e assoreamento.

Procedimentos metodológicos

Preparo do solo com a incorporação de matéria orgânica, podendo ser

utilizados corretivos e fertilizantes, em dosagens específicas para cada

área.

Seleção das espécies vegetais de maior adaptabilidade e rapidez de

desenvolvimento, conforme as características de cada área, levando-se em

conta, ainda, a reintegração paisagística

Dimensionamento da quantidade de sementes e mudas, bem como de

pessoal, equipamentos e demais insumos necessários para a revegetação

de cada área.

Equipe

O Subprograma deve ser desempenhado por especialista em flora

auxiliado pela equipe do Programa de Gestão e Planejamento Ambiental.

Custo Estimado

Diante do exposto, o custo estimado do programa supracitado é de R$

56.263,68,00. Durante a primeira fase do projeto, a equipe responsável pelo

desenvolvimento do referido programa atuará exaustivamente ao longo de dois anos

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e meio. Nas fases subsequentes, a presença da equipe fixa será auxiliada

pelos especialistas durante seis meses.

11.4 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS

Este programa tem por objetivo acompanhar as alterações da qualidade de

água local na decorrência da implantação do empreendimento Projeto Condomínio

Praia de Guadalupe. A aferição dessas alterações se dará através do monitoramento

das comunidades bentônicas, que possuem relevante papel de indicadoras de

qualidade da água, uma vez que os organismos que a compõem respondem

rapidamente as alterações ambientais.

De forma a avaliar a qualidade da água dos aquíferos locais, esses serão

avaliados mediante a utilização de sondas multiparâmetros conforme metodologia dos

trabalhos já realizados na caracterização da área.

Ressalta-se que a etapa inicial desse programa, a definição de uma linha

de base, foi apresentada no Volume II – Diagnóstico Ambiental.

O programa será implementado com maior intensidade (maior frequência

amostral) nos primeiros anos da execução da obra, quando o responsável pela

operação do referido programa será a empresa contratada para a realização das

obras. No decorrer da operação do empreendimento, o programa também será

desenvolvido a partir de monitoramentos anuais. Nessa etapa, o Condomínio Praia de

Guadalupe será o responsável por sua execução.

Procedimentos metodológicos

Levantamentos de campo trimestrais seguindo metodologia utilizada no

diagnóstico ambiental realizado, executados duas horas antes da estofa

de maré 0,2 m, abrangendo os diferentes tipos de habitats marinhos

presentes na área:

o Manguezal;

o Recife de arenito do estuário;

o Prado de fanerógamas;

o Praia arenosa.

Levantamentos, através da utilização de sondas devidamente

calibradas, dos parâmetros associados às águas superficiais e

subterrâneas.

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Equipe

Um biólogo ou um engenheiro de pesca;

Um auxiliar.

Produtos

Relatórios de diagnóstico regulares.

Custo Estimado

Diante do exposto, o custo estimado do programa supracitado é de R$

52.747,20. Na primeira fase de implantação do projeto, a equipe responsável pelo

desenvolvimento do referido programa atuará ao longo de dois anos e meio. Na Fase

2 a equipe será mobilizada anualmente. Na Fase 3, a cada 2 anos e nas Fases 4 e 5

a cada 5 anos.

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11.5 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E PLANO DE AÇÃO

DE EMERGÊNCIA

O Programa de Gerenciamento de Riscos compreende a identificação,

classificação e avaliação dos riscos e a formulação e a implantação de medidas e

procedimentos técnicos e administrativos que têm por objetivo prevenir, reduzir e

controlar os riscos inerentes às diferentes fases do empreendimento.

Sendo assim, este Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR foi

desenvolvido visando à gestão dos riscos sociais e ambientais decorrentes das fases

de construção e operação do empreendimento, através da identificação de possíveis

cenários acidentais e estabelecimento de estratégias para atuação, caso esses

cenários se concretizem.

Adicionalmente, um Plano de Ação de Emergência – PAE é parte integrante

desse Programa. Ressalta-se que o presente documento apresentará diretrizes

básicas do PGR/ PAE do empreendimento, a ser complementado com o levantamento

de informações e dados obtidos durante a fase de construção do empreendimento;

por isso, só será efetivamente concluído após a finalização das atividades

construtivas, devendo ser revisado regularmente.

Independentemente da adoção de medidas preventivas e mitigadoras, um

empreendimento que envolva a realização de atividades que possam causar

acidentes socioambientais deve ser operado e mantido, ao longo de sua vida útil,

dentro de padrões considerados toleráveis, razão pela qual um PGR deve ser

implementado e considerado nas atividades, rotineiras ou não, de construção e

operação do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe. O risco pode ser entendido

como a frequência com que um problema pode ocorrer multiplicada pela severidade

da sua consequência se o mesmo não for evitado/mitigado por alguma medida

preventiva/mitigadora.

A identificação dos riscos da atividade em seus dois aspectos, frequência

estimada dos eventos e potenciais consequências, auxilia no correto direcionamento

dos recursos para sua prevenção, mitigação e/ou compensação. De maneira geral, o

PGR/PAE deverá contribuir para manutenção das condições de segurança das

atividades de risco, redução dos impactos negativos das atividades e planejamento

de ações para controle de emergências.

Este programa será executado no decorrer da implantação e operação do

empreendimento. Durante à implantação, sua execução ficará a cargo da empresa

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contrata para a construção das infraestruturas. Em um segundo momento, ao longo

da operação do empreendimento, o Condomínio Praia de Guadalupe conceberá um

plano de gerenciamento para os riscos associados à sua atividade.

Procedimentos Metodológicos

Planejamento do Gerenciamento dos Riscos: estabelecimento de uma

estrutura para dirigir os riscos potenciais da instalação.

Identificação dos Riscos: todos os eventos acidentais possíveis e que podem

causar danos à saúde das pessoas, às instalações (danos materiais) ou ao

meio ambiente devem ser identificados e documentados claramente.

Análise dos Riscos: os riscos identificados são avaliados de forma qualitativa e

os riscos mais significativos s

São avaliados de acordo com uma escala numérica que associa a

probabilidade da ocorrência e a severidade do dano.

Planejamento da Resposta aos Riscos: estratégias específicas são

estabelecidas para prevenir ou corrigir os riscos identificados.

Monitoramento e Controle do Risco: execução das medidas propostas para

prevenir ou corrigir os riscos.

Validação e atualização periódica do gerenciamento dos riscos, a fim de

garantir sua efetiva performance.

Plano de Ação de Emergência (PAE)

Para a identificação, análise e avaliação dos cenários acidentais críticos e

catastróficos, que possam causar danos às pessoas, ao meio ambiente e riscos

ocupacionais deverá ser elaborado um Estudo de Análise de Riscos - EAR para o

empreendimento conforme a metodologia de Análise Preliminar de Perigos - APP.

Dentro desta etapa deverão ser desenvolvidas as seguintes ações:

Ação 1: Apresentar e disponibilizar a todos os envolvidos e interessados,

os cenários acidentais e consequências, com o objetivo de minimizar as

probabilidades de ocorrências e as consequências de acidentes ambientais, de

tráfego ou de construção.

Ação 2: Garantir que a operação dos sistemas seja mantida dentro dos

limites verificados e analisados no EAR.

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Os riscos identificados deverão ser revisados periodicamente de acordo

com as necessidades ou modificações ocorridas na fase de construção do

empreendimento que se façam necessárias ao longo do tempo, considerando sempre

os resultados de vistorias, inspeções ou auditorias.

Após cada revisão periódica deverão ser elaborados um relatório com os

resultados da análise dos riscos e um plano de ação para implementação das

recomendações dadas na análise.

Este programa será executado nas etapas de implantação e operação do

empreendimento. Na implantação, sua execução caberá à empresa contrata para a

construção das infraestruturas ao passo que, durante à operação, um plano de ação

de emergência específico para as atividades do empreendimento será desenvolvido

Condomínio Praia de Guadalupe.

Alguns dos principais impactos ambientais gerados em consequência de

acidentes na área de influência de Condomínio e considerados no desenvolvimento

deste programa são:

o Degradação da qualidade da água de rios, lençol subterrâneo, lagoas e mar;

o Degradação da qualidade do ar atmosférico;

o Degradação da qualidade dos solos;

o Prejuízos à saúde humana;

o Prejuízo para as atividades econômicas locais.

Equipe

O Subprograma deve ser desenvolvido pela equipe responsável pelo

Programa de Gestão e Planejamento Ambiental.

Custo Estimado

Além dos investimentos contabilizados no Programa de Gestão e

Planejamento Ambiental, estima-se verba em torno de R$ 100.000,00, que será

aplicada para auxílio do desenvolvimento do programa em foco.

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11.6 PROGRAMA DE PROTEÇÃO DA FAUNA E DA FLORA

A fisionomia da paisagem que envolve a área diretamente afetada e a área

de influência direta do empreendimento proposto é basicamente formada por um

mosaico de fragmentos de florestas secundárias bastantes degradadas,

provavelmente por serem áreas onde o uso do solo é muito antigo e que já foram no

passado áreas agrícolas de cultura canavieira.

Além disso, sua localização próxima a áreas ocupadas pelo uso urbano,

resultou no empobrecimento dos habitats e na limitação da área para a fauna silvestre.

A maior parte da vegetação da área prevista para a instalação do Condomínio Praia

de Guadalupe é composta por vegetação secundária e encontra-se em estágio

pioneiro de regeneração natural.

Ainda assim, estes ecossistemas têm relevância ecológica e papel

importante para as populações das espécies da flora e fauna que se distribuem local

e regionalmente, uma vez que constituem um grande fragmento de vegetação natural

numa região de entorno já bastante alterada.

Nesse contexto prevê-se a realização de programas integrados de

supressão da vegetação e resgate de fauna, de monitoramento de fauna por espécies-

chave, de formação de corredores biológicos, de controle de riscos de atropelamento

e de controle de animais domésticos.

11.6.1 Subprograma de Supressão da Vegetação e Afugentamento e Resgate

da Fauna

O objetivo principal deste Subprograma é a redução dos impactos gerados

pela perda de habitats decorrentes do desmatamento necessário à construção do

empreendimento e a conservação da fauna por meio de atividades de captura e

relocação dos espécimes que não tiverem condições de escapar do desmatamento

por recursos próprios.

As atividades de supressão da vegetação deverão causar o afugentamento

da fauna local, que deverá migrar para habitats em melhores condições de

conservação, como as áreas dos fragmentos mais conservados que deverão formar

os Corredores Ecológicos e ainda a área escolhida para a recomposição da

vegetação, no ponto P3.

Animais encontrados durante o Subprograma de Supressão da Vegetação

e Afugentamento e Resgate de Fauna durante a construção da obra deverão ser

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encaminhados aos responsáveis pelo Programa de Gestão e Planejamento Ambiental

da etapa de construção e reintroduzidos nas áreas preservadas citadas acima. No

caso de uma ocorrência rara, como um predador do topo da cadeia trófica, por

exemplo, o CPRH e os gestores da APA deverão ser notificados para posterior

encaminhamento a uma Unidade de Conservação que os possa abrigar.

Assim, o Subprograma de Supressão de Vegetação estará diretamente

vinculado aos trabalhos de resgate da fauna, uma vez que é nessa etapa de

desmatamento que ocorrerão a maioria dos impactos sobre a fauna, de maneira que

estes trabalhos deverão ser realizados de forma integrada a fim de melhorar a

eficiência dos mesmos e reduzir dos riscos de acidentes e prejuízos para os animais.

Este programa será executado no decorrer da implantação e operação do

empreendimento. Dessa forma, durante a implantação o responsável pela execução

do referido será a empresa contrata para a construção das infraestruturas. Nas etapas

de construção de residências unifamiliares, desenvolvidas pelos proprietários das

unidades territoriais, caberá ao Condomínio Praia de Guadalupe a execução do

subprograma.

Procedimentos Metodológicos

Solicitação ao CPRH da emissão do Termo de Referência para o Inventário

florestal do Condomínio para fins de obtenção da Autorização de Supressão de

Vegetação (ASV) e da obtenção da Autorização para o Resgate de Fauna.

Treinamento da equipe de corte e vistoria das áreas, onde equipe responsável

pelo desmatamento e corte da vegetação, a qual deverá ser instruída sobre os

procedimentos a serem tomados durante a atividade;

Realização de palestras onde serão abordados assuntos como áreas naturais

a serem preservadas, procedimentos a serem tomados quando avistado algum

animal silvestre, importância da utilização dos equipamentos de proteção

pessoal, determinação do direcionamento do corte da vegetação a ser seguido

pela equipe de desmatamento, procedimentos de captura e soltura dos animais

que não tiverem condições de escapar por recursos próprios com posterior

liberação e encaminhamento para a reabilitação os animais feridos.

Acompanhamento da supressão pela equipe de biólogos qualificados a realizar

os resgates da flora e animais silvestres encontrados.

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Equipe

Dois especialistas em fauna.

Custo Estimado

Diante do exposto, o custo estimado do subprograma supracitado é de R$

63.296,64.

11.6.2 Subprograma de Monitoramento de Fauna por Espécies-Chave

O Subprograma de Monitoramento da Fauna por Espécies-Chave tem

como objetivo principal diagnosticar possíveis alterações nas comunidades ao longo

do tempo decorrentes da perda de habitat ocasionada pela supressão da vegetação.

Este programa será executado no decorrer da tanto na implantação quanto

na operação do empreendimento. Durante à implantação, o responsável pela

execução do referido será a equipe ambiental da empresa contratada para a

construção das infraestruturas. Ao longo da operação do Condomínio Praia de

Guadalupe, esse ficará a cargo dos monitoramentos ambientais.

Procedimentos Metodológicos

Como a grande maioria das espécies da área do Condomínio são

generalistas, propõe-se que este subprograma seja direcionado para avaliação do

status de conservação das “espécies-chaves” e daquelas consideradas ameaçadas

de extinção, como é o caso do pássaro Pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa), espécie

considerada vulnerável pela Lista Nacional de Espécies da Fauna Ameaçadas de

Extinção como pela International Union for Conservation of Nature (IUCN).

O subprograma propõe levantamentos regulares ao longo de um ano na

área do condomínio e nos fragmentos próximos e relevantes da APA de Guadalupe e

dois anos adicionais nos fragmentos a serem conservados no condomínio.

Além das estimativas populacionais, devem ser avaliados os recursos

alimentares e reprodutivos utilizados, bem como os tipos fitofisionômicos e de micro-

habitats associados. Este estudo permitiria a definição de ações e estratégias de

conservação para a região do empreendimento em questão, servindo inclusive como

importante subsídio para a gestão da APA de Guadalupe.

Equipe

Dois biólogos especialistas em fauna.

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Custo Estimado

O custo estimado do subprograma supracitado é de R$ 31.648,32. Os

especialistas atuarão exaustivamente durante a primeira fase. Nas fases

subsequentes estes estarão presentes nos seis primeiros meses de cada fase.

11.6.3 Subprograma de Formação de Corredores Ecológicos

Os Corredores Ecológico são compostos por fragmentos, ou manchas de

vegetação natural que se interligam a outros fragmentos florestais ou áreas naturais

conservadas separadas pela atividade humana. O principal objetivo dos corredores é

possibilitar o deslocamento da fauna, sementes e plântulas entre as áreas isoladas,

permitindo a troca genética entre as espécies animais e vegetais e garantir a

manutenção dos fragmentos ao longo do tempo pela redução dos problemas advindos

do isolamento dos fragmentos de vegetação e pelo enriquecimento e recolonização

biológica.

Dessa maneira, os corredores são valiosos instrumentos de gestão

ambiental que podem conciliar a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento

turístico e sustentável.

O objetivo deste Subprograma é o de realizar formar um corredor ambiental

interno a área do empreendimento ligando o fragmento do ponto P6, a área mais

conservada do ponto P3, adjacente a sua vertente oeste que se liga ao manguezal e

este as restingas do ponto P8/P9, formando uma grande área preservada na área

interna do Condomínio.

Este subprograma será implantado no início das obras e a empresa

contratada para à execução das obras será responsável por sua operacionalização.

Procedimentos metodológicos

Realização de trabalhos de campo com consultores da equipe de vegetação

para a definição exata dos limites dos fragmentos a partir da definição do

estado de regeneração da vegetação florestal e da vegetação de restinga;

Isolamento e cerceamento das áreas que formarão o Corredor Ecológico;

Estabelecimento de pontos (stepping stones) de interligação dos fragmentos

na área do condomínio, através de áreas pontuais de vegetação remanescente

no interior dos subcondomínios de unidade territorial, aumentando a

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conectividade e ampliando o fluxo gênico entre as áreas.

Levantamentos em campo para definir sobre a necessidade de um trabalho de

recuperação da vegetação nos fragmentos definidos, especialmente nas áreas

degradadas da restinga;

Trabalhos de campo para a definição de trilhas que permitam aos hóspedes

conhecer as áreas por meio do Subprograma de Lazer e Educação Ambiental

para Moradores e Turistas.

Plaqueamento das espécies mais interessantes do ponto de vista ecológico,

com nome e histórico da espécie, nas proximidades das trilhas para subsidiar

o Subprograma de Lazer e Educação Ambiental para Moradores e Turistas.

Plaqueamento das áreas dos corredores ressaltando a importância dos

corredores e as peculiaridades de cada um de forma fácil, bonita e atrativa.

Equipe

O Subprograma deve ser desenvolvido pela equipe responsável pelo

Programa de Gestão e Planejamento Ambiental.

Custo Estimado

Diante do exposto, os investimentos realizados para elaboração desse

subprograma já estão inclusos naquele estimado para o desenvolvimento do Plano de

Gestão e Planejamento Ambiental.

Produtos

Relatórios de andamento do Subprograma;

Implantação dos Corredores Ecológicos do Condomínio Praia de Guadalupe.

11.6.4 Subprograma de Monitoramento e Mitigação de Atropelamento de Fauna

O atropelamento da fauna nativa, tanto na etapa da construção das obras,

como no funcionamento, poderá vir a ser um problema potencializado pelos

programas de regeneração das áreas de vegetação natural. Este subprograma tem

como objetivo mitigar os possíveis impactos relacionados a esse problema.

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Este programa será executado no decorrer da implantação e operação do

empreendimento. Dessa forma, durante à implantação o responsável pela execução

do referido será a empresa contrata para a construção das infraestruturas e durante à

operação o responsável será o Condomínio Praia de Guadalupe.

Procedimentos metodológicos

Promoção de ações que visem à redução da velocidade dos veículos dentro da

área do empreendimento;

Instituição do Subprograma de Educação Ambiental Funcionários da Obra e do

Subprograma de Lazer e Educação Ambiental para Moradores e Turistas com

objetivo de instruí-los quanto a sensibilidade do meio ambiente natural da área

do empreendimento;

Construção de passagens naturais para a fauna nas estradas próximas às

áreas de vegetação, principalmente na via arterial projetada;

Mapeamento preliminar das áreas escolhidas tomando se como critério de

escolha as áreas mais prováveis para a passagem da fauna e priorizando-se

as próximas aos Corredores Ecológicos;

Construção das passagens em conjunto com as estradas e vias de acesso do

Condomínio.

Equipe

Gestor Ambiental;

Técnico Ambiental.

Custo Estimado

A equipe responsável pelo desenvolvimento do referido subprograma é a

mesma responsável pela gestão do Programa de Gestão e Planejamento Ambiental.

Dessa forma, os investimentos para esse subprograma já estão inclusos naqueles já

estimados para o Programa supracitado, que é de R$926.640,00.

Produtos

Projeto e mapeamento com relatório, síntese e justificativas

Acompanhamento e implantação das áreas para travessia de fauna do

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Condomínio Praia de Guadalupe.

11.6.5 Subprograma de Monitoramento e Plantio Compensatório da Flora

O objetivo deste subprograma é minimizar o impacto de alteração nos

remanescentes florestais e ampliar o conhecimento da dinâmica da regeneração dos

fragmentos florestais, subsidiando uma base de conhecimento da flora em áreas

próximas a estes remanescentes florestais.

Com o planejamento e manejo adequado, tanto das áreas que serão objeto

de recomposição florestal, quanto das demais áreas a serem conservadas, serão

proporcionadas ao empreendedor, órgãos ambientais, instituições científicas e

sociedade em geral, informações sobre as mudanças nos componentes ambientais

durante o período de implantação dos empreendimentos.

A equipe ambiental da empresa responsável pela execução do

empreendimento ficará responsável pelo plantio compensatório da flora, mediante

utilização de espécies nativas. Com respeito às atividades de edificação das

residências unifamiliares, recomposição da flora ficará a cargo do próprio Condomínio

Praia de Guadalupe.

Procedimentos metodológicos

Retirada de mudas das espécies florestais de estágio secundários iniciais,

tardios e clímax nos fragmentos onde o estágio da vegetação variou de médio

a avançado.

Acondicionamento das mudas em viveiro para replantio e reprodução na área

do ponto P3, escolhida para recuperação, e nas áreas propostas para abrigar

os “Corredores Ecológicos”, de forma a garantir a conservação de suas

características originais.

Registro das características estruturais das espécies e identificação das

espécies mais importantes para interação planta-animal, garantindo a

atratividade da fauna, especialmente das “espécies-chave”. Estas espécies

também serão consideradas no Subprograma de Corredores Ecológicos no

estabelecimento dos pontos de vegetação remanescente.

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Custo Estimado

A equipe responsável pelo desenvolvimento do referido subprograma é a

mesma responsável pela gestão do Programa de Gestão e Planejamento Ambiental.

Dessa forma, os investimentos para esse subprograma já estão inclusos naqueles já

estimados para o Programa supracitado (R$926.640,00).

A tabela a seguir apresenta uma estimativa do emprego de mão de obra utilizada nos

programas e subprogramas propostos.

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Tabela 11.1 – Estimativa do emprego de mão-de-obra utilizada nos programas e subprogramas propostos

Programa Subprograma Profissionais

Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032

1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S

Programa de Gestão e

Planejamento Ambiental

Equipe Fixa

Gestor Ambiental

Técnico Ambiental

Educ. Amb. Para Funcionários da

Obra *realizado por equipe fixa

Comunicação Social *realizado por equipe fixa

Favorecimento à Contratação de Trabalhadores

Locais

*realizado por equipe fixa

Lazer e Educação Ambiental para

Moradores e Turistas

Especialista Educação Ambiental

Verba para elaboração do subprograma e execução pela equipe fixa de gestão

ambiental

Conservação de Corredores Ecológicos

*realizado por equipe fixa

Controle de Animais Domésticos

*realizado por equipe fixa

Ampliação de Renda para as

Comunidades Locais *realizado por equipe fixa

Programa Ambiental de Controle de

Obra

Equipe Fixa

Engenheiro

Técnico

Prevenção, Controle e Monitoramento de

Erosão e Assoreamento

*realizado por equipe fixa

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103

Programa Subprograma Profissionais

Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032

1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S 1S 2S

PGRS

Verba para elaboração do plano e execução deste

pela equipe fixa de gestão ambinetal

Controle e Monit. Efluente

*realizado por equipe fixa

Controle e Monit Emissoes

*realizado por equipe fixa

Controle e Monit de Ruídos

*realizado por equipe fixa

PRAD Especialista em Flora

Programa de Monit. Qualidade da Água

Eng. Pesca e Auxiliar

PGR

Verba para elaboração do plano e execução deste

pela equipe fixa de gestão ambinetal

PAE

Verba para elaboração do plano e execução deste

pela equipe fixa de gestão ambinetal

Prog Proteção da Fauna e da

Flora

Supressão da Vegetação e

Afugentamento e Resgate da Fauna

Verba para elaboração do Subprograma

Especialista em Fauna

Monitoramento da Fauna por Espécies

Chaves Especialista em Fauna

Formação de Corredores Ecológicos

*realizado por equipe fixa do Programa de Gestão e Planejamento Ambiental

Monitoramento e Mitigação de

Atropelamento da Fauna

*realizado por equipe fixa do Programa de Gestão e Planejamento Ambiental

Minitoramento e Plantio

Compensatório da Flora

*realizado por equipe fixa do Programa de Gestão e Planejamento Ambiental

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104

12 COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

A compensação ambiental pode ser entendida como uma “contrapartida”,

ou um mecanismo de responsabilização dos empreendedores pelo desenvolvimento

de um determinado empreendimento, que poderá causar impactos ambientais

significativos em uma determinada região. Uma vez que nem todo o impacto pode ser

controlado, mitigado ou revertido, decorre a importância dos mecanismos de

compensação ambiental como uma forma de contorno dessas questões.

Assim, quando a atividade econômica desenvolvida repercute

negativamente sobre o meio ambiente e o bem comum, deve o empreendedor, em

contrapartida, apoiar mecanismos que promovam a conservação do meio ambiente.

Para isso, a legislação ambiental brasileira prevê, através do instrumento da

composição ambiental, o investimento na criação, manutenção e implantação de

unidades de conservação, que, sabidamente, são essenciais na preservação dos

diferentes ecossistemas e fundamentais para a manutenção do equilíbrio biológico.

É válido destacar que o Supremo Tribunal Federal arbitrou que a

compensação ambiental não tem natureza jurídica de taxa, tampouco de indenização.

É recorrente o tratamento, bastante equivocado, dos mecanismos de compensação

ambiental como se fossem o objetivo da reparação do dano ambiental. Entretanto, ao

vincular a aplicação dos recursos da compensação ambiental a unidades de

conservação, o legislador não está promovendo a reparação do dano causado, mas

a compensação por ele.

Os mecanismos de Compensação Ambiental, conforme estipulados no

Termo de Referência NAIA nº 7/2015 são regulamentados pela Resolução CONSEMA

- PE nº 4/2010 em conformidade com o SNUC ou Lei Federal no 9985\2000, que

estabelece metodologia de gradação de impactos ambientais e procedimentos para

fixação e aplicação da compensação ambiental.

Para fins de cálculo dos valores da Compensação Ambiental, procedeu-se

conforme metodologia disposta na citada resolução. Em decorrência dos trabalhos de

campo expostos nos capítulos referentes ao Diagnóstico Ambiental, Avaliação de

Impactos Ambientais, calculou-se o Grau de Impacto – GI.

O GI obtido constituiu elemento multiplicador do Valor de Referência, de

acordo com as instruções da Resolução CONSEMA - PE no 4/2010 para o cálculo do

valor final do montante da Compensação Ambiental (CA).

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105

O VR foi obtido pela soma dos investimentos relativos à implantação do

empreendimento, incluindo-se o valor destinado ao cumprimento de medidas

mitigadoras e Programas Ambientais estabelecidos como condicionantes e excluindo-

se custos de análise do licenciamento ambiental. Os valores de GI e CA utilizados

foram obtidos a partir da aplicação da metodologia exposta a seguir.

O Grau de impacto (GI) é o valor percentual obtido pelo somatório dos

fatores de relevância, acrescido dos valores relativos aos fatores de temporalidade e

do somatório dos fatores de abrangência, logo:

𝑮𝑰 = ∑𝑭𝑹 + 𝑭𝑻 + ∑𝑭𝑨

O Fator de Relevância (FR) é o critério que permite avaliar o grau de

modificação das condições ambientais, resultante da manifestação de determinado

impacto, na forma de sua presença ou ausência (Tabela 12.1);

O Fator de Temporalidade (FT) é o critério que permite avaliar a

persistência da manifestação de determinado impacto ambiental ((Tabela 12.1);

O Fator de Abrangência (FA) é o critério que permite avaliar a distribuição

espacial dos efeitos de determinado impacto ambiental (Tabela 12.1);

Para a gradação dos significativos impactos ambientais sobre os recursos

naturais serão utilizados indicadores ambientais estabelecidos no Anexo da

Resolução CONSEMA conforme a Tabela 12.1. O impacto é considerado 0 (zero) num

determinado quesito se o empreendimento em questão não causar o impacto listado

nos indicadores ambientais.

Finalmente, o valor da Compensação Ambiental - CA será calculado a

partir do grau do impacto obtido multiplicado pelo valor de referência:

𝑪𝑨 = 𝑮𝑰 ∗ 𝑽𝑹

Onde, CA = compensação ambiental; GI = grau de impacto; VR = valor de referência; FR = fator de relevância; FT = fator de temporalidade; FA = fator de abrangência

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106

A Tabela 12.1 apresenta os fatores de relevância dos impactos ambientais

significativos e sua respectiva valoração listados conforme a Resolução CONSEMA

nº 04/2010. Esses valores servirão de referência ao cálculo do GI, efetuado na Tabela

12.2.

Tabela 12.1 – Tabela de referência para cálculo do Fator de Relevância dos significativos impactos ambientais nos indicadores ambientais, componente do cálculo do grau do impacto ambiental. Indicadores Ambientais.

Fator de Relevância Valoração

(%)

Ocorrência de espécies da flora ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis

0,1

Ocorrência de espécies da fauna ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis

0,1

Interrupção da circulação da ictiofauna migratória, sem adoção de mecanismos apropriados, comprovadamente eficazes

0,05

Interrupção da circulação da fauna nativa terrestre ou de corredores de fauna 0,005

Interferência em áreas de reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias 0,005

Supressão da vegetação nativa, acarretando fragmentação de habitats com perda de conectividade estrutural e funcional 0,2

Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) 0,03

Alteração na dinâmica de vetores de endemias de forma direta ou indireta 0,005

Alteração de ecossistemas especialmente protegidos e em áreas de patrimônio espeleo-paleontológico: Mata Atlântica, Restinga, Manguezal, Caatinga, Zona Costeira, Matas Ciliares - 0,1; Cavernas, abrigos e sítios paleontológicos - 0,03; Outras áreas frágeis ou de interesse ambiental especial declaradas pelo poder público - 0,03.

0,16

Interferência em Parques, Estações Ecológicas, Reservas Biológicas e Reservas Ecológicas (Até 5km ou na Zona de amortecimento -0,1; 5km até 10Km, quando não tiver zona de amortecimento definida -0,05)

0,15

Interferência em Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre (Até 5km ou na Zona de amortecimento -0,03; 5km até 10Km, quando não tiver zona de amortecimento definida -0,01)

0,04

Interferência em áreas prioritárias para a conservação conforme o Atlas da Biodiversidade de Pernambuco (Importância Biológica Extrema - 0,1; Importância Biológica Alta - 0,07 ;Importância Biológica Muito Alta - 0,05) 0,22

Alteração de regime hidráulico de jusante 0,0001

Interrupção da drenagem natural 0,0005

Alteração da qualidade físico-química da água 0,05

Alteração do regime hidrodinâmico (alteração de vazão, modificação pulso de cheia, etc.) 0,005

Rebaixamento ou soerguimento de aqüíferos ou águas superficiais (Cárstico -0,04, sedimentar -0,01 ou cristalino - 0,05) 0,1

Interferência em paisagens notáveis 0,07

Alteração nas características físico-químicas do ar 0,0005

Alteração nas características físico-químicas do solo 0,0002

Alteração na erodibilidade natural do solo 0,005

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107

Fator de Relevância Valoração

(%)

Emissão de gases do efeito estufa 0,0007

Emissão de sons e ruídos residuais 0,001

Ocorrência de desapropriação e reassentamento de população 0,2

Ocorrência de comunidades tradicionais 0,2

Ocorrência de risco de danos à saúde pública 0,1

Interferência nos costumes e na cultura local 0,07

Geração de êxodo populacional intenso 0,05

Geração de surto populacional 0,05

Interferência no patrimônio histórico 0,04

Ocorrência de risco de acidentes para a população 0,03

Interferência no trânsito habitual da população 0,01

Somatório dos Fatores de Relevância 2,048

Tabela 12.2 - Cálculo do Fator de Relevância dos significativos impactos ambientais nos indicadores

ambientais, para o Projeto Condomínio Praia de Guadalupe

Fator de Relevância Valoração

(%)

Ocorrência de espécies da flora ameaçadas de extinção, raras,endêmicas, novas e vulneráveis

0

Ocorrência de espécies da fauna ameaçadas de extinção, raras,endêmicas, novas e vulneráveis

0,1

Interrupção da circulação da ictiofauna migratória, sem adoção de mecanismos apropriados, comprovadamente eficazes

0

Interrupção da circulação da fauna nativa terrestre ou de corredores de fauna 0,005

Interferência em áreas de reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias 0

Supressão da vegetação nativa, acarretando fragmentação de habitats com perda de conectividade estrutural e funcional 0,2

Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) 0,03

Alteração na dinâmica de vetores de endemias de forma direta ou indireta 0,005

Alteração de ecossistemas especialmente protegidos e em áreas de patrimônio espeleo-paleontológico: Mata Atlântica, Restinga, Manguezal, Caatinga, Zona Costeira, Matas Ciliares - 0,1; Cavernas, abrigos e sítios paleontológicos - 0,03; Outras áreas frágeis ou de interesse ambiental especial declaradas pelo poder público - 0,03. 0,1

Interferência em Parques, Estações Ecológicas, Reservas Biológicas e Reservas Ecológicas (Até 5km ou na Zona de amortecimento -0,1; 5km até 10Km, quando não tiver zona de amortecimento definida -0,05) 0

Interferência em Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre (Até 5km ou na Zona de amortecimento -0,03; 5km até 10Km, quando não tiver zona de amortecimento definida -0,01) 0

Interferência em áreas prioritárias para a conservação conforme o Atlas da Biodiversidade de Pernambuco (Importância Biológica Extrema - 0,1 ; Importância Biológica Alta - 0,07 ;Importância Biológica Muito Alta - 0,05) 0,1

Alteração de regime hidráulico de jusante 0

Interrupção da drenagem natural 0

Alteração da qualidade físico-química da água 0,05

Alteração do regime hidrodinâmico (alteração de vazão, modificação pulso de cheia, etc.) 0

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108

Fator de Relevância Valoração

(%)

Rebaixamento ou soerguimento de aqüíferos ou águas superficiais (Cárstico -0,04, sedimentar -0,01 ou cristalino - 0,05) 0

Interferência em paisagens notáveis 0,07

Alteração nas características físico-químicas do ar 0,0005

Alteração nas características físico-químicas do solo 0,0002

Alteração na erodibilidade natural do solo 0,005

Emissão de gases do efeito estufa 0

Emissão de sons e ruídos residuais 0,001

Ocorrência de desapropriação e reassentamento de população 0

Ocorrência de comunidades tradicionais 0,2

Ocorrência de risco de danos à saúde pública 0

Interferência nos costumes e na cultura local 0,07

Geração de êxodo populacional intenso 0

Geração de surto populacional 0,05

Interferência no patrimônio histórico 0

Ocorrência de risco de acidentes para a população 0,03

Interferência no trânsito habitual da população 0,01

Somatório dos Fatores de Relevância 1,0267

Observação: Se o empreendimento não causa o impacto listado nos indicadores ambientais receberá

0 (zero) naquele quesito.

Tabela 12.3 – Tabela de referência para estimativa do Fator de Temporalidade dos significativos impactos ambientais, componente do cálculo do grau do impacto ambiental.

Duração Fator de Temporalidade - Valoração

Imediata - 0 a 5 anos 0,05

Curta - > 5 a 10 anos 0,10

Média - > 10 a 20 anos 0,15

Longa - > mais de 20 anos 0,25

Observação: O Fator de Temporalidade não é cumulativo. Deve-se utilizar como Fator de

Temporalidade o valor referente ao impacto de maior duração (imediata, curta, media ou longa), entre

aqueles considerados para o cálculo do GI.

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109

Tabela 12.4 – Cálculo do Fator de Abrangência dos significativos impactos ambientais para o Projeto Condomínio Praia de Guadalupe.

Localização Fator de Abrangência - Valoração

AID - Área de Influência Direta

0,10

AII - Área de Influência Indireta

0,05

Somatório do Fator de Abrangência

0,15

Observação: Deve-se considerar o Fator de Abrangência 0,1 caso haja a previsão de ocorrência de um

ou mais impacto na AID. Deve-se considerar o Fator de Abrangência 0,05 caso haja a previsão de

ocorrência de um ou mais impacto na AII.

Assim, o Grau de impacto (GI) será calculado por meio da fórmula

𝑮𝑰 = ∑𝑭𝑹 + 𝑭𝑻 + ∑𝑭𝑨;

Onde FR é o Fator de Relevância = 1,0267, FT é o Fator de Temporalidade

= 0,25 e FA corresponde ao Fator de Abrangência = 0,15. Assim,

𝑮𝑰 = ∑𝑭𝑹 + 𝑭𝑻 + ∑𝑭𝑨 = 𝟏, 𝟎𝟐𝟔𝟕 + 𝟎, 𝟐𝟓 + 𝟎, 𝟏𝟓 = 𝟏, 𝟒𝟐𝟔𝟕

𝑮𝑰 = 𝟏, 𝟒𝟑

O valor de compensação ambiental será calculado a partir do grau do

impacto apurado (1,43) multiplicado pelo valor de referência:

𝑪𝑨 = 𝑮𝑰 ∗ 𝑽𝑹

O Valor de Referência (VR) – corresponde ao somatório dos investimentos

inerentes à implantação do empreendimento, incluindo-se o montante destinado ao

cumprimento de medidas mitigadoras estabelecidas como condicionantes e

excluindo-se custos de análise do licenciamento ambiental e podendo, ainda, a critério

da CPRH, ser excluídos investimentos que possibilitem alcançar níveis de qualidade

ambiental superiores aos exigidos;

Para o cálculo do Valor de Referência (VR), considerou-se o valor do

investimento apresentado no Volume I – Caracterização do Empreendimento de R$

255.000.000,00 acrescido do valor dos programas ambientais apresentados neste

volume, os quais alcançaram um montante de R$ 1.800.000,00. Portanto, o Valor de

Referência totaliza R$ 256.800.000,00, ou seja:

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110

𝑽𝑹 = 𝟐𝟓𝟔. 𝟖𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎.

Logo, o valor total da Compensação Ambiental corresponde a

𝑪𝑨 = 𝑮𝑰 ∗ 𝑽𝑹, ou seja, 𝐶𝐴 = 1,43% 𝑥 256.800.000,00 = 3.900.000,00.

CA = R$ 3.672.240,00

Finalmente, o Termo de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA)

– é um instrumento com força de título executivo extrajudicial e deverá ser assinado

entre empreendedor e a CPRH, caso o empreendimento seja efetivamente licenciado

estabelecendo as obrigações, prazos e demais informações pertinentes, para a

execução das medidas de compensação ambiental, aprovadas pela Câmara Técnica

de Compensação Ambiental – CTCA, que é responsável por fixar o montante de

recursos referentes ao cumprimento da compensação ambiental, observando-se a

valoração do grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento.

De acordo com a Resolução COSEMA, investimentos que possibilitem

alcançar níveis de qualidade ambiental que superem os parâmetros estabelecidos

pela legislação vigente, assim considerados pela CPRH, poderão ser deduzidos do

Valor de Referência do empreendimento, para efeito do cálculo da compensação

ambiental.

Conforme já referenciado, a compensação ambiental está definida no

Artigo 36 da Lei Federal nº 9.985/2000, que implantou o Sistema Nacional de

Unidades de Conservação – SNUC. Segundo a lei, nos casos de licenciamento

ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, o empreendedor é

obrigado a apoiar a implantação e manutenção de Unidade de Conservação do Grupo

de Proteção Integral, ou, no caso do empreendimento afetar uma Unidade de

Conservação específica ou sua zona de amortecimento, ela deverá ser uma das

beneficiárias da compensação ambiental, mesmo que não pertencente ao Grupo de

Proteção Integral.

No caso, o Projeto Condomínio Praia de Guadalupe pode afetar três

Unidade de Conservação de Uso Sustentável, a APA de Guadalupe, a APA da Costa

dos Corais e a APA de Sirinhaém e a Zona de Amortecimento da REBIO Saltinho. De

acordo com essa interpretação da legislação, os recursos da Compensação Ambiental

deverão ser disponibilizados, prioritariamente, para o uso dessas UCs, a critério da

CPRH.

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111

Ainda de acordo com a regulamentação da Lei do SNUC, que se deu a

partir do Decreto Federal no 4.340/2002, estabeleceu-se a seguinte ordem de

prioridades para a aplicação de recursos:

I – Regularização fundiária e demarcação das terras;

II – Elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo;

III – Aquisição de bens e serviços necessários à implantação, gestão,

monitoramento e proteção da unidade, compreendendo sua área de

amortecimento;

IV – Desenvolvimento de estudos necessários à criação de nova unidade

de conservação; e

V – Desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo da unidade

de conservação e área de amortecimento.

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112

13 PROGNÓSTICO DA QUALIDADE AMBIENTAL

13.1 CENÁRIO AMBIENTAL ATUAL

A área total da propriedade pretendida para o Projeto Condomínio Praia de

Guadalupe, dispõe de 1.169.061,53m² ou 116 ha, situando-se na região do pontal de

Guadalupe, entre o estuário do rio Formoso e o Oceano Atlântico.

No interior destes 116 ha do empreendimento não existem moradores,

assim como no seu entorno poucas são as construções, equipamentos e infraestrutura

instalados. De forma geral, na propriedade em questão e nos seus arredores existem

poucas estruturas. Destacam-se o Píer de Guadalupe, com um pequeno bar e

restaurante, situados na rodovia Costa Dourada e duas casas na avenida Hilda de

Queirós, próximas a entrada do terreno onde se propõe a construção do Condomínio.

Distando cerca de 2 km do empreendimento, a Vila de Aver-o-Mar constitui

o aglomerado mais próximo desse. Conforme ressaltado no Volume II – Diagnóstico

Ambiental, essa vila foi originada a partir da relocação dos moradores deslocados pelo

loteamento homônimo e constitui o aglomerado urbano mais próximo. No entanto, a

vila ainda é bastante incipiente, apresentando uma ocupação irregular, com poucos e

precários estabelecimentos comerciais e moradias esparsas.

O distrito de Barra de Sirinhaém e a sede do município de Sirinhaém,

localizados, respectivamente, a 8 km e 11 km do empreendimento, constituem os

núcleos urbanos mais próximos.

Sirinhaém é um município com 374,611km² de área e cerca de 40.000

habitantes (IBGE, 2010), distribuídos entre os distritos de Sirinhaém, Santo Amaro,

Ibiratinga e Barra de Sirinhaém, além das praias de Guadalupe, do Guaiamum,

Gamela e da Barra de Sirinhaém e constitui um centro urbano local, que se encontra

na área de influência direta da metrópole de Recife e tem na rodovia PE-60 sua

principal ligação viária.

A área proposta para o Condomínio se caracteriza pela ausência de

moradores e de populações atingidas no seu interior. Caracteriza-se, também pela

existência de algumas populações tradicionais nos arredores da área associadas a

vila de Aver-o-Mar, particularmente formadas por pessoas que vivem de atividades

extrativistas no rio Formoso e no mangue do rio Mariassú.

Essas populações vivem da pesca e do extrativismo de peixes, crustáceos,

moluscos e outros animais existentes no estuário e mangue adjacente, e nesse

contexto, os crustáceos Brachyura representam um dos grupos de maior relevância

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econômica para as populações humanas que vivem nas proximidades dos

manguezais. O aratu, Goniopsis cruentata, é um desses crustáceos que se destaca

por seu valor econômico, constituindo importante fonte de renda e proteína para as

populações ribeirinhas (Moura & Coelho 2004). De modo que, do ponto de vista

socioeconômico, a pesca do aratu, foi identificada como a atividade extrativista

realizada com maior periodicidade dentro da ADA e AID do empreendimento.

Ainda do ponto de vista socioeconômico, mesmo que atualmente o terreno

constitua propriedade particular, sua localização privilegiada no estuário do rio

Formoso, em frente à praia dos Carneiros, expressivo destino turístico nacional e

características naturais peculiares, como a beleza da praia e os depósitos argilosos

onde se explora o chamado “banho de argila ou lama”, tornam o turismo outra

atividade econômica expressiva na área, com um grande número de barcos e

catamarãs atuando não apenas no estuário de maneira geral, como também

especificamente na praia de Guadalupe, durante os feriados e temporadas de férias.

Ressalta-se que, grande parte desses catamarãs é oriunda de Porto de

Galinhas, pois as praias do rio Formoso, dos Carneiros e de Guadalupe, já constituem

um destino turístico bastante visado pelos turistas.

Figura 13.1 - Catamarãs durante feriado em Guadalupe

Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Paula Guedes)

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114

Figura 13.2 - Atividades comerciais provenientes do extrativismo animal para a utilização na culinária regional e mineral relativas ao “banho de lama”, e de produtos derivados da argila como sabonetes e outros cosméticos. Praia de Guadalupe (dezembro de 2015).

Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Paula Guedes)

Figura 13.3 - Barco que faz a travessia entre a Praia de Guadalupe

e dos Carneiros (dezembro de 2015).

Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Paula Guedes)

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115

Na AII do empreendimento, destaca-se o setor primário, principalmente

representado pelos canaviais e pelo setor de serviços, em Sirinhaém e Rio Formoso.

Em Tamandaré o setor de serviços representado principalmente pelo turismo, é a

principal fonte recursos econômicos.

Ressalta-se que a área do Condomínio está integralmente inserida no

Bioma Mata Atlântica (IBGE, 2004a) e faz parte da área delimitada pela APA de

Guadalupe. De acordo com a classificação de Köppen, encontra-se sob o Clima

tropical com chuvas de inverno antecipadas no outono (As). As precipitações estão

distribuídas durante aproximadamente 200 dias no ano, com média anual de 2.050

mm. A temperatura média anual é de 24º C, variando entre a mínima de 18º C e a

máxima de 32º C, sendo fortemente influenciada pela ação moderadora dos ventos

alísios.

A área é constituída prioritariamente por vegetação florestal secundária,

associada à um relevo ondulado formado por três grandes colinas existentes na área

denominadas de “morro”: morro do Abacaxi, morro da Igreja e morro do Bonito. Essa

vegetação florestal se encontra bastante degradada por uma ocupação antiga das

terras que já foram um engenho e com posterior cultivo extensivo do coco (Cocos

nucifera), espécie exótica e invasora do ponto de vista biológico que, no entanto, atua

como importante recurso econômico para a prática do extrativismo vegetal na região

Nordeste.

Verifica-se, ainda, regiões mais planas, associadas aos terraços e às

planícies arenosas, onde ocorre a vegetação de restinga herbácea-arbustiva e um

grande manguezal associado a áreas de apicuns e salgados.

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116

13.2 CENÁRIO FUTURO COM O EMPREENDIMENTO

Completamente inserido na APA de Guadalupe, e com áreas de influência

indireta pertencentes à APA de Sirinhaém e à APA dos Corais, o projeto tem por

premissa básica a promoção dos ideais de sustentabilidade, já observados durante

todo o processo de licenciamento, por meio de um esforço de integração dos

diferentes aspectos ambientais à concepção do projeto em suas várias etapas.

O desenvolvimento do mesmo se encontra, ainda, em sintonia com as

políticas governamentais idealizadas no intuito de disciplinar a ocupação dos espaços

urbanos e reverter seu uso inadequado e conflitante (Secretaria de Planejamento e

Desenvolvimento Social do Estado de Pernambuco, 2000).

Assim, considerando a sustentabilidade, a responsabilidade social e os

processos de ordenamento e planejamento ambiental do território como premissas

básicas, prevê-se que as consequências socioeconômicas no caso da aprovação e

construção do empreendimento Condomínio Praia de Guadalupe serão bastante

positivas, particularmente para Sirinhaém, o município onde se insere o

empreendimento, Tamandaré, onde se localiza a praia dos Carneiros e Rio Formoso,

haja vista o total de medidas propostas nos programas ambientais.

A beleza cênica e as características particulares da área levaram os

criadores de políticas públicas a promover o seu potencial turístico. No que pese as

dificuldades no provimento da infraestrutura necessária ao desenvolvimento dessa

indústria, a localidade já se consolidou como destino turístico nacional ainda que de

modo desordenado e com certa precariedade.

Uma breve análise do entorno do local do projeto revela as intervenções

realizadas pelo poder público em anos anteriores, visando ao fomento da atividade

turística e conseguinte ocupação do território, a exemplo da a construção da Via

Costeira de Guadalupe, do píer do rio Mariassú, da ponte sobre o rio Ariquindá, e, de

forma menos pronunciada, do próprio sistema de abastecimento d’água que supre a

barra de Sirinhaém.

Boa parte dos equipamentos citados foram viabilizados através dos

programas PRODETUR I e PRODETUR II, que, entre outros objetivos, visavam ao

desenvolvimento do que se acredita ser a vocação natural do litoral sul

pernambucano, o turismo.

Assim, acredita-se que as medidas compensatórias e os programas sociais

aqui apresentados possibilitarão não somente a ampliação do turismo na região, mas

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117

também de uma exploração turística mais sustentável e ordenada, possibilitando o

desenvolvimento da área de maneira conciliada, com a conservação e a exploração

racional dos recursos naturais.

Em termos de geração de empregos diretos no primeiro ano de construção

o empreendimento irá gerar 267 vagas de emprego para operários da obra, que

deverão ser contratados prioritariamente no município de Sirinhaém e nos demais

municípios da AII e arredores, por meio do Subprograma de Favorecimento à

Contratação de Trabalhadores Locais.

No quarto ano após o início da implantação, mais de mil empregos diretos

serão gerados no município pelo Condomínio, isso significa que, aproximadamente, 2

a 3 mil empregos indiretos deverão ser criados nos municípios de Sirinhaém,

Tamandaré e Rio Formoso, ampliando significativamente a economia dos municípios

integrantes desta região.

Ressalta-se que o setor de turismo favorece a dinamização e ampliação de

diversas atividades, as quais incentivam e alavancam vários segmentos da estrutura

produtiva dos municípios situados na área de influência, como também do próprio

estado de Pernambuco, aumentando a arrecadação de impostos e ampliando o

mercado de trabalho como um todo.

Além disso, a implantação da infraestrutura associada aos

empreendimentos turísticos, quando pautada pelos preceitos da responsabilidade

ambiental, conduz a uma melhora significativa nas condições de vida da população

local, conforme se espera e propõe nos vários programas ambientais aqui já descritos,

particularmente os programas de educação ambiental, turismo e lazer e de ampliação

da renda das comunidades tradicionais, que objetivam o aumento do conhecimento e

da valorização da cultura e das riquezas regionais, de maneira a agregar valor e renda.

Tendo em vista o caráter sustentável proposto para o projeto Condomínio

Praia de Guadalupe, observa-se que parte considerável da área da propriedade,

especialmente aquelas integradas por áreas de mangue, restingas e áreas de mata

deverão ser preservadas. Entre essas áreas, contabiliza-se 18,8 ha de áreas de

manguezais, 44,5 ha de Restinga e 7,9 ha de Floresta Ombrófila, totalizando 71,2 ha,

o que representa mais de 60% do terreno preservado em sua condição natural, e,

inclusive, melhorado por meio da recomposição da vegetação florestal degradada

(Subprograma de Monitoramento e Plantio Compensatório da Flora, Subprograma de

Formação e Conservação de Corredores Ecológicos).

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118

. O monitoramento, recuperação e conservação destas áreas, além de

auxiliar na preservação da qualidade da água, da temperatura e do ar, possibilitará a

continuidade das atividades extrativistas pelas comunidades tradicionais que dela

vivem e ainda proporcionará um aumento das atividades e uma melhor condição de

vida para essas populações por meio do Subprograma de Ampliação da Renda das

Comunidades Locais.

Esse programa visa à integração e conciliação das comunidades

extrativistas às atividades comerciais do Condomínio, de modo a garantir e ampliar a

renda proveniente dessas atividades para as comunidades locais, tendo em vista que

as atividades extrativistas são perfeitamente conciliáveis com as atividades turísticas.

Fato é que este processo já vem ocorrendo na área em questão pela venda de

subprodutos de argila e de pratos culinários a base de peixes, moluscos e crustáceos

oriundos do estuário e mangue, nas proximidades do “banho de lama”, na praia de

Guadalupe, e do bar situado no mangue do estuário do rio Formoso, onde se prova o

caranguejo, o sururu, o aratu e os peixes regionais.

De forma simultânea, o projeto executivo paisagístico deverá preservar e

recompor parte da vegetação. É previsto, ao longo da implantação e durante a

operação do empreendimento, Programas de Educação Ambiental para funcionários,

moradores e turistas, os quais tem como meta e estratégia a disseminação de

informação de interesse ambiental e dos valores sociais, contribuindo diretamente

para a conservação e utilização racional da biodiversidade local. Nesses Programas,

serão envolvidas todas as pessoas que trabalharam durante a construção do

empreendimento, como também os empregados, hóspedes e visitantes, durante a

fase de operação.

Ressalta-se, ainda, que o empreendimento possibilitará uma valorização

imobiliária principalmente dos terrenos existentes em Aver-o-Mar, mas também com

algum reflexo nos demais distritos do município de Sirinhaém e em Tamandaré,

principalmente na praia dos Carneiros.

É esperado, portanto, no que toca à criação de empregos indiretos, uma

diversificação da produção de bens e serviços e uma intensificação das transações

locais através do incentivo ao lazer e entretenimento previsto para o empreendimento,

promovendo uma melhora gradual no número e na qualidade dos serviços oferecidos

na região, de modo a satisfazer os exigentes hóspedes e moradores do Condomínio.

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Nessa perspectiva, as consequências da ação do turismo se manifestam

na criação de riqueza para região, de modo integrado com a manutenção do

patrimônio ambiental natural.

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120

13.3 CENÁRIO FUTURO SEM O EMPREENDIMENTO

No caso da não-efetivação do empreendimento, é prevista a intensificação

das atividades turísticas desordenadas provenientes, principalmente de Porto de

Galinhas e Tamandaré, com o aumento da exploração dos recursos naturais sem

qualquer tipo de controle.

Possivelmente, o terreno do Condomínio Praia de Guadalupe, que hoje

constitui uma gleba única de 116 ha poderá ser gradualmente ocupado e, ao longo

dos anos, é provável que uma série de ocupações desordenadas venham a degradar

a localidade, como é frequente na maioria das áreas litorâneas brasileiras.

Nesse caso, as melhores localizações e vistas serão ocupadas por

proprietários de condição socioeconômica considerável e sem qualquer tipo de

regulação ambiental. A possibilidade do ordenamento e planejamento territorial e

ambiental, de forma a promover o desenvolvimento integrado da área será

significativamente reduzido, bem como a possibilidade de controle da poluição da

água e do ar, uma vez que a entrada do capital e dos projetos de saneamento,

abastecimento e arruamento serão atreladas a iniciativas individuais.

Pode-se prever ainda o parcelamento desordenado e o aumento das

queimadas clandestinas da vegetação natural para “abertura” das áreas, fato que já

se observa hoje nas áreas de restinga adjacentes ao terreno do Condomínio. Esse

procedimento gera a redução crescente e o empobrecimento da vegetação natural.

Associando-se essas ocupações ao tipo de exploração turística já

ocorrente e ao aumento da exploração da praia dos Carneiros, ao longo dos anos é

possível se antever o esgotamento dos valiosos recursos naturais, assim como a

redução não somente das áreas de mata atlântica, como também das áreas de

restinga, além da poluição e redução da área do mangue e a diminuição ou até mesmo

a extinção das atividades extrativistas pelo esgotamento dos recursos e pela poluição

das águas.

Do ponto de vista estritamente socioeconômico, é possível que seja

verificada uma progressiva transformação da região de destino turístico de alto

padrão, para médio, ou até mesmo baixo padrão, à semelhança do que hoje já existe

em Gamela.

Nesses moldes, o resultado desse processo caracterizar-se-á por uma

massa urbana que avança sobre os ecossistemas da área de forma desordenada e

descontrolada, ocasionando diversos problemas urbanos e ambientais decorrentes da

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pressão predatória ao meio ambiente, como inundações, proliferação de doenças,

comprometimento paisagístico, entre outros.

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14 CONCLUSÕES

A partir das informações levantadas durante a elaboração do Estudo de

Impacto Ambiental do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe aqui apresentado,

decorrem as seguintes conclusões a respeito da sua viabilidade ambiental:

Ao longo do desenvolvimento do presente Estudo de Impacto Ambiental -

EIA o projeto arquitetônico-paisagístico, bem como os principais preceitos que

estruturaram o desenvolvimento deste, foram concebidos de maneira integrada,

iterativa e progressiva até se chegar ao resultado final exposto no Volume I -

Caracterização do Empreendimento. O projeto desenvolvido almeja conciliar uma

iniciativa no ramo turístico e imobiliário com o conceito de sustentabilidade e

conservação ambiental.

As restrições ambientais e legais identificadas e mapeadas no Volume II -

Diagnóstico Ambiental foram amplamente respeitadas no desenvolvimento do projeto

e das proposições dos Programas Ambientais deste EIA, sendo que ambos foram

além do mero respeito a estas restrições, apresentando de forma proativa várias

soluções aos problemas ambientais identificados.

Para sanar, mitigar e controlar os impactos associados aos processos de

terraplanagem, remoção da vegetação, aumento da circulação de pessoas e do

trânsito de veículos, máquinas e caminhões da erosão, foram apresentadas neste EIA

uma série de medidas atreladas ao Programa de Gestão e Planejamento Ambiental,

ao Programa Ambiental de Controle da Obra e ao Programa de Recuperação de Áreas

Degradadas – PRAD. Diversos subprogramas estão vinculados a esses, a exemplo

do Subprograma de Prevenção, Controle e Monitoramento de Erosão e

Assoreamento, Subprograma de Controle e Monitoramento de Emissões

Atmosféricas e Subprograma de Controle e Monitoramento de Ruídos e Vibrações.

Os conceitos fitogeográficos da vegetação de floresta ombrófila em suas

diferentes fitofisionomias e da restinga foram amplamente revisados, de modo a se

compreender a realidade local do terreno do empreendimento. Nesse sentido, as

planícies litorâneas, associadas às diversas fitofisionomias de restinga e a altitudes

até 5 metros, são identificadas como uma zona geomorfológica própria, possuindo

sedimentos de origem marinha e continental, que sofreram e sofrem diferentes

intensidades de influência hídrica, sob diferentes concentrações de águas fluviais e

marinhas.

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À medida em que se iniciam as encostas, entre 5 a 100 metros de altitude,

na região nordeste do Brasil, ocorrem as formações florestais ombrófilas de terras

baixas. Essas constituem a maior parte das formações florestais da área em foco,

estando associadas aos morros do Bonito, Abacaxi e da Igreja. A presença extensiva

nas áreas de mata estudadas da ochlospécie Tapirira guianensis, associada a esse

tipo de formação de terras baixas, corrobora com essas conclusões.

Em função da antiga ocupação humana da área por engenhos, a riqueza

biológica original da área se encontra depauperada e impactada pela extensiva e

contínua ação humana.

Pode-se afirmar que, de uma maneira geral, a grande maioria das espécies

de flora e da fauna ocorrentes na área estudada são generalistas e comuns a vários

tipos de formações vegetais, apresentando ampla distribuição geográfica e ocorrendo

em outros biomas.

No entanto, é importante salientar que, de uma maneira geral, ainda são

verificadas comunidades biológicas relativamente diversificadas. O pássaro pintor-

verdadeiro (Tangara fastuosa) foi registrado na área e se encontra ameaçado de

extinção na categoria vulnerável.

Para a mitigação, controle e compensação dos impactos relativos à

redução da diversidade biológica e suas consequências, foi proposto o Programa de

Proteção da Fauna e da Flora. Entre os subprogramas que o integram, pode-se citar:

Subprograma integrado de supressão da vegetação e afugentamento e resgate da

fauna, Subprograma de Monitoramento de Fauna por Espécies-Chave, Subprograma

de Formação e Conservação de Corredores Ecológicos, Subprograma de

Monitoramento e Mitigação de Atropelamento de Fauna, Subprograma de

Monitoramento e Plantio Compensatório da Flora, Subprograma de Controle de

Animais Domésticos. Além desses, os vários programas associados à educação

ambiental são de fundamental importância para a viabilidade ambiental do

empreendimento.

Dada a vulnerabilidade dos recursos hídricos locais, cuja a qualidade foi

diagnosticada pelo presente estudo como satisfatória, optou-se pela utilização da rede

pública como solução para o atendimento do empreendimento. No entanto, de forma

a assegurar o perfeito funcionamento dessa rede, garantindo a integridade ambiental

da área, foram propostos os seguintes programas ambientais: Subprograma de

Controle e Monitoramento de Efluentes, Subprograma de Gerenciamento Integrado

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de Resíduos Sólidos e o Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas, com

o objetivo de monitorar e diagnosticar possíveis problemas ao longo da construção e

operação do empreendimento.

Conforme já abordado, ao longo da implantação e durante a operação do

empreendimento, vários programas de educação ambiental para funcionários,

moradores e turistas, são propostos com vistas à disseminação de informações de

interesse ambiental e de valores sociais, contribuindo diretamente para a conservação

e utilização racional da biodiversidade local. Tais programas deverão envolver,

considerando as particularidades dos diferentes grupos atendidos, trabalhadores da

obra, empregados, hóspedes e visitantes.

Do ponto de vista socioeconômico, a área proposta para o Condomínio se

caracteriza pela ausência de moradores e de populações atingidas no seu interior,

fato que reduz significativamente os impactos relacionados a este meio. Caracteriza-

se também pela existência de algumas populações tradicionais nos arredores da área

associadas a vila de Aver-o-Mar, particularmente formadas por pessoas que vivem de

atividades extrativistas no estuário do rio Formoso e no mangue do rio Mariassú. Os

impactos sobre as populações tradicionais serão mitigados por meio do Subprograma

de Ampliação de Renda para as Comunidades Locais, por meio da qual acredita-se

que estas populações irão experimentar um impacto positivo sobre as suas atividades,

que são perfeitamente conciliáveis com o desenvolvimento turístico sustentável.

Os impactos sociais provenientes da contratação de operários e da

migração para a região serão mitigados por meio do Subprograma de Favorecimento

à Contratação de Trabalhadores Locais, de modo a se aproveitar a mão-de-obra local,

gerando emprego e renda e reduzindo significativamente os vários conflitos sociais

causados pela introdução de uma grande quantidade de pessoas numa pequena área

urbana.

O pretendido empreendimento se situa, em sua totalidade, no interior da

APA de Guadalupe e possui parte de sua área de influência indireta nas APAs de

Sirinhaém e da Costa dos Corais, e também, aproximadamente, no limite da zona de

amortecimento da REBIO Saltinho. Apesar da sua exploração turística relativamente

incipiente, essa apresenta uma pronunciada tendência de crescimento.

Ressalta-se, portanto, a necessidade acentuada e urgente de se instituírem

instrumentos de ordenamento e planejamento ambiental passíveis de organizar,

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controlar e manejar o desenvolvimento do turismo no estuário e na região recifal do

Rio Formoso.

Considerando todas as informações apresentadas nas etapas deste

Estudo de Impacto Ambiental do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe:

Caracterização do Empreendimento; Diagnóstico Ambiental; Análise de Impactos,

Prognósticos e Conclusões.

Considerando a revisão do projeto arquitetônico-paisagístico e da

concepção geral do empreendimento, que teve por objetivo a conciliação do negócio

turístico-hoteleiro e imobiliário, com modernos conceitos de sustentabilidade e

conservação ambiental.

Por fim, considerando o compromisso do empreendedor quanto ao

cumprimento todas as medidas de controle, mitigação e compensação ambiental aqui

propostas, este estudo conclui pela viabilidade ambiental do Projeto Condomínio

Praia de Guadalupe.

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