relatorio de impacto ambiental

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA GASODUTO DO BRASIL CENTRAL TRANSPORTADORA DE GÁS DO BRASIL CENTRAL - TGBC 2009

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Page 1: Relatorio de Impacto Ambiental

Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA

GASODUTO DO BRASIL CENTRAL

TRANSPORTADORA DE GÁS DO BRASIL CENTRAL - TGBC

2009

Page 2: Relatorio de Impacto Ambiental

Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

SUMÁRIO EXECUTIVO

APRESENTAÇÃO......................................................................... 1

1- HISTÓRICO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO................. 4

2- JUSTIFICATIVAS................................................................ 6

3- CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.......................... 12

4- ANÁLISE DE ALTERNATIVAS............................................... 25

5- ASPECTOS LEGAIS APLICÁVEIS.......................................... 32

6- DIAGNÓSTICO AMBIENTAL................................................. 37

7- ANÁLISE INTEGRADA......................................................... 209

8- AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS............................ 215

9- MEDIDAS AMBIENTAIS....................................................... 220

10- CONCLUSÃO........................................................................ 225

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

1

APRESENTAÇÃO O presente Relatório de Impacto Ambiental - RIMA tem como objetivo auxiliar no processo de licenciamento do Gasoduto do Brasil Central. O gasoduto, com 817km de extensão, terá início no município de São Carlos/SP, percorrendo 37 municípios dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, além de duas Regiões Administrativas do Distrito Federal até alcançar a capital federal, Brasília. O Consórcio HOLOS-CH, formado pela HOLOS Engenharia Sanitária e Ambiental Ltda e pela CH Serviços Mediações e Estratégias Ambientais Ltda é o responsável pelo estudo feito para caracterizar a área de implantação do empreendimento e avaliar os impactos ambientais decorrentes de sua implantação, operação e desativação. O Consórcio elaborou, também, propostas de medidas ambientais capazes de reduzir os prováveis impactos. Os trabalhos, desenvolvidos por uma equipe experiente e bem qualificada, foram baseados nas legislações federal, estadual e municipal em vigor e no Termo de Referência preparado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, emitido em maio de 2008.

Para o estabelecimento de contatos acerca deste RIMA, são indicados os seguintes responsáveis: EMPREEENDEDOR:

TRANSPORTADORA DE GÁS DO BRASIL CENTRAL – TGBC CNPJ: 05.469.803/0001-03

Cadastro Técnico Federal IBAMA nº 2455660

Endereço: Alameda dos Buritis, n° 408. Ed. Buriti Center, sala 1201 - 74015-080. Goiânia/GO. Fone: (XX62) 3213-1566 Fax: (XX62) 3213-1566 Representante Legal/Contatos: Nome: André Gustavo Lins de Macedo – Diretor CPF: 832.467.624-49 Endereço: Rua 12, Quadra 48, Lote 26, nº 246, apto 1201 74015-040. Goiânia/GO Fone: (XX62) 8118-9595 Fax: (XX62) 3213-1566 Email: [email protected]

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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EMPRESA PROJETISTA: CT MAIN ENGENHEIROS S/S LTDA. CNPJ: 02.102.368/0001-96

CREA - 0489545-SP

Endereço: Rua Ministro Nelson Hungria, 239 – conj. 01/02 Bairro Morumbi – 05690-050. São Paulo/SP. Fone: (XX11) 3758-2161 Fax: (XX11) 3758-2210 Representante legal/Contatos: Nome: José Antônio Oliveira do Couto CPF:053.302.208-82 Endereço: Rua Min. Nelson Hungria, 239 – conj. 01/02 Fone: (XX11) 3758-2161 Fax: (XX11) 3758-2210 Email: Antô[email protected] EMPRESA DE CONSULTORIA AMBIENTAL: CONSÓRCIO HOLOS-CH Holos Engenharia Sanitária e Ambiental Ltda.

CNPJ: 25.863.481/0001-90

Cadastro Técnico Federal IBAMA nº 249126

Alameda da Serra, 420 – conj. 308 a 311 – Ed. Horizonte XXI – Bairro Vale do Sereno - 34.000-000. Nova Lima/MG. Fone: (XX31) 3286-2649 Fax: (XX31) 3286-2783 Representante legal: Nome: Alaor de Almeida Castro CPF: 160.485.556/87

Endereço: Av. das Constelações, 385/apto 21 prédio 3. CEP: 34.000-000. Nova Lima - Minas Gerais. Fone: (XX31) 3286-2649 Fax: (XX31) 3286-2783 Email: [email protected] Contatos: Nome: Eng.º Alaor de Almeida Castro CPF: 160.485.556/87 Endereço: Av. das Constelações, 385/apto 21 prédio 3. CEP: 34.000-000. Nova Lima - Minas Gerais. Fone: (XX31) 3286-2649 Fax: (XX31) 3286-2783 Email: [email protected] Nome: Biól. Cynthia Pimenta Brant Moraes CPF: 009.468.766/81 Endereço: Av. Engenheiro Carlos Goulart, 65/ apto 401A – Estoril – 30.455-700. Belo Horizonte/MG. Fone: (XX31) 3286-2649 Fax: (XX31) 3286-2783 Email:[email protected] CH Serviços Mediações e Estratégias Ambientais Ltda.

CNPJ: 06.165.601/0001-30 Cadastro Técnico Federal IBAMA nº 904849

Rua Timóteo da Costa, n°435, bloco II, 504. Leblon – 22450-130. Rio de Janeiro/RJ. Fone: (XX21) 9989-8684 Fax: (XX21) 2512-8942 Representante legal/Contato:

Nome: Carlos Henrique Abreu Mendes

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3

CPF: 245.697.397/68

Endereço: Rua Timóteo da Costa, 435, bloco II, 504 –

Leblon – CEP - 22450.430. Rio de Janeiro/RJ.

Fone: (XX21) 9989-8684

Fax: (XX21) 2512-8942

Email: [email protected] ou

carloshenrique@chservicosambientais.

com.br

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1 HISTÓRICO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO Para a compreensão do processo de licenciamento ambiental do Gasoduto do Brasil Central, são relatados, por data, os contatos estabelecidos entre o empreendedor e o Órgão Ambiental. Foi através destes contatos que o empreendedor conseguiu o termo com as condições e orientações para o desenvolvimento do EIA/RIMA e do Estudo de Análise de Risco, e a autorização para a realização dos estudos sobre os grupos de animais presentes na região. Em seguida é apresentado um resumo da condução geral do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e de seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA pelo Consórcio HOLOS – CH Serviços Ambientais. 1.1 PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL 14 de maio de 2004 Protocolado no IBAMA o primeiro pedido de licenciamento ambiental para o Gasoduto do Brasil Central. Nessa época, o empreendimento se iniciava em Campo Grande e tinha Brasília como destino.

03 de janeiro de 2006 Protocolado novo pedido de licenciamento no IBAMA, desta vez, para um gasoduto com origem em São Carlos, no estado de São Paulo mantendo Brasília como destino.

19 junho de 2007 Requerida, através de protocolo, a licença de coleta, captura e transporte de répteis e anfíbios para a elaboração do Diagnóstico Ambiental do Estudo de Impacto Ambiental – EIA do Gasoduto do Brasil Central.

06 de agosto de 2007 Em atenção ao requerimento de licença, foram solicitadas complementações pelo IBAMA. A solicitação não foi respondida à época, visto que, o assunto seria abordado na reunião de apresentação do empreendimento ao Órgão. 03 de outubro de 2007 Reunião de apresentação do empreendedor e do empreendimento junto ao Órgão Ambiental. Durante a reunião, foi apresentado o projeto com os principais aspectos e características do empreendimento e protocolado novo pedido de licenciamento ambiental. O IBAMA solicitou a apresentação do Formulário de Solicitação de Abertura de Processo do empreendimento e o Cadastro Técnico Federal - CTF do empreendedor e da empresa de consultoria responsável pelo EIA/RIMA.

14 de novembro de 2007 Encaminhado ao IBAMA a Ficha de Abertura de Processo - FAP do empreendimento, a nova versão do Projeto Conceitual do Gasoduto e o certificado de regularidade referente ao Cadastro Técnico Federal da empresa HOLOS Engenharia Sanitária

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e Ambiental Ltda., integrante majoritária do Consórcio HOLOS-CH. 13 de dezembro de 2007 Protocolado no IBAMA o novo projeto para o Diagnóstico Ambiental de répteis e anfíbios, atendendo às solicitações deste Órgão.

20 de dezembro de 2007 O IBAMA comunica o arquivamento do processo de licenciamento ambiental do Gasoduto do Brasil Central (Campo Grande-Brasília) e o número do atual processo (São Carlos-Brasília). No mesmo ofício foram solicitadas a Inscrição no Cadastro Técnico Federal, a Inscrição no SISLIC (Sistema de Licenciamento) e o envio das informações do empreendedor e do projeto a ser licenciado.

28 de janeiro de 2008 Foi enviado Formulário de Abertura de Processo – FAP eletrônico ao IBAMA com o cadastro no sistema de licenciamento e o cadastro técnico do empreendedor e de seu dirigente. 05 de março de 2008 O IBAMA solicitou apresentação de um novo Projeto de Fauna que contemplasse todos os grupos de animais próprios da região e atendesse integralmente ao disposto no artigo 4° da Instrução Normativa IBAMA 146/07. Nesta mesma data, foi emitido pelo IBAMA o Termo de Referência Preliminar para elaboração do EIA, do RIMA e do Estudo de Análise de Risco.

18 de março de 2008 Reunião de apresentação do empreendimento para o IBAMA, na sede do Órgão, em Brasília/DF. 26 de março de 2008 Enviado ao IBAMA novo Projeto de Fauna, contemplando grupos de aves, mamíferos, répteis e anfíbios da região a ser estudada. De 05 a 09 de maio de 2008 Realizada a vistoria do empreendimento por técnicos do IBAMA e representantes do empreendedor, da empresa de consultoria ambiental e da empresa projetista. 02 de junho de 2008 Reunião de apresentação do relatório de vistoria e emissão do Termo de Referência Definitivo. 05 de junho de 2008 Foi recebida correspondência com as recomendações da equipe técnica do IBAMA, feitas a partir da vistoria de campo. 23 de julho de 2008 Protocolado no IBAMA novo pedido de solicitação de autorização de captura, coleta e transporte de animais e enviado o TR Definitivo.

22 de agosto de 2008 Recebido ofício do IBAMA solicitando informações e complementações do Projeto de Fauna.

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08 de outubro de 2008 Protocolado o novo Projeto de Fauna com as devidas correções. 13 de novembro de 2008 O IBAMA solicitou o cronograma das campanhas de campo para estudo da fauna e a comprovação da regularidade do Consórcio HOLOS-CH no Cadastro Técnico Federal do IBAMA. 25 de novembro de 2008 Foram enviadas ao IBAMA as respostas às solicitações de 13 de novembro de 2008. 12 de dezembro de 2008 Foi emitida pelo IBAMA a licença de coleta, captura e transporte de animais silvestres, com validade até o dia 31/05/2009, período em que foram realizadas as campanhas de campo para os estudos dos animais da região. 1.2 DESENVOLVIMENTO DOS ESTUDOS AMBIENTAIS A pesquisa de campo foi a atividade inicial dos estudos ambientais. Através dela, foram feitos o reconhecimento da área a ser ocupada pelo empreendimento e a definição do primeiro eixo para o traçado do gasoduto. A equipe técnica utilizou fotografias aéreas e imagens de satélite para produção de mapas e para a definição do traçado mais adequado para o gasoduto. Foram realizadas, também, duas reuniões com toda a equipe técnica envolvida nos trabalhos de elaboração do EIA/RIMA para a apresentação dos traçados propostos

para o gasoduto, das características gerais do empreendimento, dos métodos que seriam utilizados nos estudos de diversos temas e dos pontos ainda pendentes para a elaboração dos estudos ambientais. No desenvolvimento e elaboração do EIA/RIMA, destaca-se a participação de equipe técnica qualificada e com larga experiência em trabalhos desta natureza. Para condução dos trabalhos foi considerado como documento básico o Termo de Referência para elaboração de EIA/RIMA emitido pelo IBAMA. Os trabalhos de campo realizados antes da emissão do termo foram direcionados por documentos emitidos anteriormente pelo IBAMA para empreendimentos similares, não comprometendo a qualidade e o conteúdo dos trabalhos de campo já realizados. 2 JUSTIFICATIVAS 2.1 JUSTIFICATIVAS TÉCNICAS E ECONÔMICAS O gás natural é considerado um combustível que pode ser utilizado na geração de energia elétrica, como combustível para veículos e na produção calor e vapor. Por essa razão, seu uso é possível em todos os setores da economia: indústria, residências, comércio e serviços. A geração de energia elétrica a partir do gás natural é feita pela queima do gás combustível em turbinas a gás. Com o esgotamento dos melhores potenciais hidráulicos do país, a construção do gasoduto Brasil-Bolívia

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1998

Termelétrica Industrial Outros usos

134

(1) Outros usos: veicular, residencial/comercial, refinarias e plantas de fertilizantes

0

20

40

60

80

100

120

140

160

2000 2007 2012 2012

25,2

40,8

71,2

10,9 16,1 5,2 72,9

30,0

31,1

134

48,0

42,1

43,9

em 1999, e as recentes descobertas de gás natural, primeiro no litoral e depois no próprio interior do país, o gás natural passou a ser uma importante alternativa para a geração de energia elétrica. As projeções para o consumo de gás natural até 2012 são apresentados a seguir. Demanda Oferta

Figura 1 – Oferta e demanda de gás natural no mercado brasileiro (milhões de m3/dia). Fonte:

Petrobrás, 2007.

No Brasil, a participação do gás natural na produção de energia ainda é pequena, conforme dados de 2007 no figura a seguir:

Figura 2 – Participação do gás natural na oferta primária de energia no Brasil em 2007. Fonte:

MMA, 2008 apud ANEEL, 2008.

A maior parte das reservas de gás natural no Brasil ocorre em mar e não em terra, sendo, em geral, encontrado gás junto com petróleo. Segundo estudo sobre gás natural, os lugares com previsões de maior oferta futura de gás no Brasil são: Espírito Santo, Bacia de Campos e, principalmente, Bacia de Santos (ANEEL, 2008). A localização dos gasodutos existentes, em construção e análise na América do Sul é apresentada na Figura 2.3, incluindo neste contexto o Gasoduto do Brasil Central (trecho São Carlos-Brasília).

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Figura 3 – Estrutura de produção e movimentação de gás natural. Fonte: GASENERGIA, 2003 apud ANEEL, 2005.

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Estudos de mercado relacionados ao gás natural nos estados atravessados pelo Gasoduto do Brasil Central foram elaborados pela empresa CTMain Engenheiros e complementados por um estudo de mercado realizado pelo Governo de São Paulo. Os principais fatores: Mercado Industrial, Mercado Residencial, Mercado Comercial, Mercado Veicular/Automotivo, Produção de energia elétrica e outras energias, são considerados e apresentados por Unidade da Federação. Para o estado de São Paulo serão apresentados somente dados referentes ao estudo de mercado do gás natural no período de 2003 a 2008. Quadro 1 – Mercado do Gás Natural em São

Paulo (%).

Fonte: Governo de São Paulo, 2008. Legenda: *dados até novembro/08.

O quadro a seguir apresenta os resultados do estudo de mercado para o Triângulo Mineiro de Minas Gerais.

Quadro 2 - Mercado de Gás Natural em Minas Gerais (mil m³/dia).

Fonte: CTMain Engenheiros, 2007.

Em relação ao mercado industrial do estado de Goiás as regiões examinadas foram:

- Região de Goiânia: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Inhumas, Senador Canedo, Trindade, Rochedinho;

- Região Sudeste: Rio Verde, Jataí e Santa Helena de Goiás;

- Região Sul: Itumbiara; - Região Norte: Minaçu e

Niquelândia.

Sobre os mercados residencial e comercial, somente a cidade de Goiânia foi pesquisada, por ser a com maior população. Em relação ao mercado veicular, foram considerados, para todo o estado de Goiás, os consumidores próximos ao traçado do gasoduto e que consomem óleo combustível, diesel ou GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). O quadro-resumo de mercado do gás natural para o estado de Goiás é apresentado a seguir.

Consumi-dor 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Residencial 2,7 2,6 2,3 2,3 2,2 2,3

Industrial 78,8 80,6 78,1 79,9 80,3 75,9

Comercial 2,3 2,3 2,1 1,9 1,8 1,7

Automotivo 9,2 10,0 10,1 10,8 10,9 9,5

Produção de energia elétrica

3,8 1,8 3,1 1,2 0,9 5,5

Produção de outras fontes de energia

3,2 2,7 4,3 3,9 3,9 5,1

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Consumidor 2007 2012 2017 2022 2027

Industrial 317 380 427 490 563

Resid/Comercial

40 44 50 56 62

Veicular 60 67 75 84 93

Total 417 491 552 630 718

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Quadro 3 - Mercado de Gás Natural para Goiás (mil m³/dia).

Fonte: CTMain Engenheiros, 2007.

É importante ressaltar que a confirmação do uso industrial do gás natural pelas indústrias do estado irá depender da opção dos consumidores pela troca dos combustíveis atualmente utilizados pelo gás natural. Para o estudo de mercado industrial do Distrito Federal foram consideradas as indústrias existentes e a possibilidade de troca de suas fontes de energia para gás natural. Em relação ao mercado residencial foram pesquisadas três regiões: Plano Piloto, Águas Claras e Sudoeste. Para estudo do mercado comercial foram realizadas visitas em: hotéis, hospitais e shoppings dos setores centrais de Brasília. Com base nos dados colhidos, foi calculado o consumo provável de gás nestes estabelecimentos considerando, ainda, eventuais consumos nos comércios locais apresentados no Plano Piloto.

Quadro 4 – Probabilidade de consumo de gás nos estabelecimentos por dia.

Ramo de Atividade Gás Natural

Equivalente m3/d

Shopping 559

Hospitais 17.009

Hotéis 4.235

Outros Consumidores 150

Total 21.953

Fonte: CTMain Engenheiros, 2007.

O mercado automotivo é o maior mercado do Distrito Federal e foi dividido em dois segmentos: Segmento institucional - Frotas de governo (local e federal)

em circulação no Distrito Federal. - Frotas de empresas. - Frotas de serviços urbanos.

Segmento não institucional - Frota de veículos em poder das

famílias.

Sobre a produção de outras formas de energia a partir do gás natural, considerou-se a existência de sistemas de ar condicionado central nos Setores Hoteleiros, Comerciais, Hospitalares, Bancários, do Governo, Ministérios e Praça dos Três Poderes. Pode-se resumir o provável mercado do gás natural para o Distrito Federal da seguinte forma:

Consumidor

2007 2012 2017 2022 2027

Indust. 24 1.258 1.957 2.487 3.266

Resid/ Comerc - 19 28 42 62

Veicular 11 80 180 270 400

Total 35 1.357 2.165 2.799 3.728

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Quadro 5 - Mercado de Gás Natural para o Distrito Federal (mil m³/dia).

Fonte: CTMain Engenheiros, 2007.

2.2 JUSTIFICATIVAS SOCIAIS Com industrialização prevista para a região pretende-se aproveitar os recursos e características próprias do Centro-Oeste, de modo a fixar a população na região através da geração de empregos. É importante destacar, ainda, a possibilidade de maior desenvolvimento de atividades de comércio e serviço nos referidos municípios, com o uso do gás natural. 2.3 JUSTIFICATIVAS LOCACIONAIS A justificativa para a escolha das regiões por onde irá passar o Gasoduto do Brasil Central foi baseado no consumo atual e futuro de gás natural nos estados atravessados pelo empreendimento. O mercado do estado de São Paulo não foi aqui considerado em termos do total do consumo de gás natural previsto. Porém é de se destacar que a implantação do Gasoduto do Brasil Central nessa região fortalecerá o mercado da região noroeste de São Paulo. A projeção de consumo para o ano de 2027 nos estados de Minas Gerais,

Goiás e Distrito Federal atingem o valor de 5.575.000 m3 por dia. Quadro 6 - Mercado de Gás Natural em 2007 para Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal (mil

m³/dia). Unidade Federativa

Consumidora 2027

Minas Gerais 718

Goiás 3.728

Distrito Federal 1.129

Total 5.575

Fonte: CTMain Engenheiros, 2007.

A participação do gás natural, por segmento e por Unidade Federativa, é apresentada a seguir.

Figura 4 - Projeção da participação do gás natural por segmento para o estado de Minas

Gerais em 2027.

Figura 5 - Projeção da participação do gás natural por segmento para o estado de Goiás

em 2027.

Consumidor 2007 2012 2017 2022 2027

Industrial 25 40 47 55 63

Resid/ Comercial

16 59 99 116 118

Veicular 75 370 500 655 698

Cogeração 75 150 200 248 250

Total 191 619 846 1.074 1.129

Participação por segmento % em 2027

87,61%

1,66%

10,73%Industrial

Resid.Comercial

Automotivo

Participação por segmento % em 2027

72,74%

8,91%

18,35%Industrial

Resid.Comercial

Automotivo

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Figura 6 - Projeção da participação do gás

natural por segmento para o Distrito Federal em 2027.

O Gasoduto do Brasil Central é elemento indispensável quando se pensa a ligação entre as redes de malhas de gasodutos na região central do país, rede esta que será posteriormente complementada com a ligação de Brasília/DF com a região norte/nordeste brasileira. 2.4 JUSTIFICATIVAS AMBIENTAIS O interesse pelo gás natural está diretamente relacionado à busca de alternativas ao petróleo e de fontes menos agressivas ao meio ambiente. A principal vantagem da utilização do gás natural como fonte de energia é o fato de ser menos poluente em relação a outros combustíveis. Dentre as outras vantagens do gás natural, destacam-se: - não apresenta restrições

ambientais; - dispensa a manipulação de

produtos químicos perigosos; - baixíssima presença de

elementos contaminantes, e - emprego em veículos

automotivos, diminuindo a poluição urbana.

2.5 EXPERIÊNCIAS ADQUIRIDAS EM OUTROS EMPREENDIMENTOS As justificativas técnicas, econômicas, sociais, locacionais e ambientais aqui apresentadas acompanham a linha adotada para outros empreendimentos do grupo CS Participações, do qual participa a TMN Transportadora S.A., empreendedor responsável pelo Gasoduto Meio Norte. 3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O empreendimento Gasoduto do Brasil Central objetiva o transporte e o fornecimento de gás natural para os mercados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. 3.1 O GÁS NATURAL O gás natural, originado a partir da decomposição, por milhões de anos, de restos de animais e ou vegetais é a parte do petróleo que existe na fase gasosa ou misturada no óleo, e que, na temperatura ambiente e sob pressão atmosférica, permanece no estado gasoso. A direção do traçado e a localização dos Pontos de Entrega de gás podem ser visualizadas a seguir.

Participação por segmento % em 2027

61,77%

23,01%

5,58%10,44%Indust ria l

R esid.C o mercia l

A uto mo t ivo

C o geração

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Figura 7 – Rota do traçado e localização dos Pontos de Entrega do Gasoduto do

Brasil Central

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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3.3 FAIXA DE SEGURANÇA Conforme informações da empresa Projetista, no trecho entre São Carlos/SP e Brasília/DF, haverá uma faixa de segurança com largura de 20 m ao redor do gasoduto, onde será proibido construir mas será permitido plantar. 3.4 CONDIÇÕES GERAIS DO PROJETO O Gasoduto do Brasil Central será construído para transportar, aproximadamente, 5.57 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural. A tubulação será constituída de aço e revestida por dentro e por fora para garantir uma superfície interna lisa, o que reduz o atrito e a perda de pressão ao longo do gasoduto, e impedir a corrosão do lado externo dos tubos. 3.5 FASE DE CONSTRUÇÃO � Matérias-primas Os materiais utilizados para a construção do gasoduto são de origem nacional, com exceção das mantas que impedem a corrosão da tubulação, que são importadas. � Instalações Pontos de Entrega

O projeto prevê a construção de Pontos de Entrega e Carregamento do gás natural que estão indicados na Figura 3.1.

Estações de Compressão As estações de compressão são pontos em que a pressão dentro dos tubos fica maior e “empurra” o gás para as áreas de menor pressão.

Figura 8 – Configuração Típica de uma Estação

de Compressão

Estações de Medição Estão previstas Estações de Medição em cada um dos Pontos de Entrega do empreendimento, além de uma estação em São Carlos/SP. Essas estações estão equipadas com medidores de vazão ultra-sônicos, ou seja, aparelhos que medem a quantidade de gás que passa por tubos fechados num determinado período de tempo, sem contato entre o medidor e o gás.

Figura 9 – Configuração Típica de uma Estação

de Medição com medidor ultra-sônico.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Sistema de Proteção Catódica

O Gasoduto do Brasil Central terá um sistema de proteção especial para os trechos enterrados, com objetivo de complementar a proteção contra a corrosão provocada pelo solo. Sistema de limpeza A linha terá estações de limpeza com elementos que percorrem o gasoduto internamente, para coletar informações relativas ao estado do trecho em questão. Sistema de Segurança O gasoduto terá uma espécie de tampa instalada a cada 30 km de linha, que estará programada para se fechar caso seja identificado algum vazamento ao longo do gasoduto. Haverá, também, um Sistema de Parada de Emergência - ESD (Emergency Shut Down) que fecha automaticamente a tampa de entrada de gás. Sistema de Supervisão e Controle Umas das opções para o sistema de supervisão e controle do empreendimento é o lançamento de um cabo de fibra óptica paralelo ao gasoduto. As fibras ópticas transmitirão informações sobre o funcionamento do gasoduto para Salas de Controle. Sistema de Transporte do Gás O gás será transportado pelo gasoduto através de pressões controladas com o objetivo de manter a máxima capacidade de transporte do duto.

� Infra-Estrutura de Apoio Canteiros de Obra Serão utilizados quatro canteiros de obras principais (para oito trechos de trabalho, saindo dois de cada canteiro, uma para cada lado) e pequenos canteiros de obras, instalados para a implantação das vias de acesso e cruzamentos especiais. Nos canteiros principais estarão localizados refeitório, almoxarifado, oficina, depósitos de máquinas, equipamentos e materiais, ambulatório, alojamento, escritório de projetos e administração. Os outros canteiros contarão com veículos de reabastecimento, pequeno estoque de ferramentas, combustível, peças de reposição, refeitório e banheiros. Na escolha dos trechos de localização dos canteiros deu-se preferência para as áreas já degradadas, em que o solo suportasse o trânsito dos veículos/equipamentos. Para os restos gerados pelos esgotos dos sanitários e refeitório está previsto o uso de fossas sépticas. Quanto aos resíduos originados das oficinas mecânicas (águas oleosas), das lavagens e lubrificação de equipamentos e veículos, está prevista a construção de caixas de coleta e separação dos produtos, para posterior re-refino do óleo. Já os resíduos sólidos, deverão ser separados e, sempre que possível, encaminhados à reciclagem. Os restos de comida deverão ser despejados em aterros sanitários controlados e o lixo hospitalar devidamente queimado.

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Todo material que tiver origem do desmatamento da faixa será deixado no local como parte do processo de reflorestamento e proteção contra a destruição do solo. Canteiros de Armazenamento / Páteos de Armazenagem As áreas a serem utilizadas para guardar os tubos estão localizadas ao lado das áreas dos canteiros de obras. Transporte de Materiais, Funcionários, Equipamentos, Resíduos, Produtos Químicos e Combustíveis As operações de transporte de materiais, equipamentos e tubos serão realizadas de acordo com as regras de trânsito da região atravessada. As ruas, rodovias e estradas não serão fechadas durante o transporte. � Acessos Aproveitamento de Estradas e Vias de Acesso Os acessos aos trechos de obras, determinados após um levantamento de campo realizado pela equipe da CTMain Engenheiros, possuem como características a fácil identificação e a agilidade no deslocamento até as frentes de trabalho. Desmatamento e Abertura de Pistas As vias principais selecionadas seguem o mesmo rumo da rota proposta para o traçado do empreendimento, mas caso haja a necessidade de novos acessos ou

mesmo onde houver dificuldade de acesso, serão abertas vias de serviço, de acordo com as normas existentes e tendo base os seguintes pontos: - aproveitamento máximo do

traçado antigo dos caminhos; - abertura de pequenos acessos

provisórios somente onde for realmente necessário e com autorização do empreendedor e do órgão ambiental;

- melhorias das condições das estradas dependendo do tipo de veículo que irá fazer o transporte.

� Mão-de-obra Origem e Qualificação da mão-de-obra A região atravessada pelo gasoduto possui mão-de-obra qualificada, inclusive, de nível superior. Quando iniciarem as obras, será verificada a disponibilidade dos trabalhadores da região, visto que, serão necessárias cerca de 2.500 pessoas para trabalharem nos quatro trechos de obras. � Obras Conforme mencionado anteriormente, a programação das obras de implantação do Gasoduto do Brasil Central inclui a divisão das mesmas em quatro trechos. Trecho 1: obras entre São Carlos (SP) e Delta(MG). Trecho 2: obras entre Delta (MG) e Itumbiara (GO). Trecho 3: obras entre Itumbiara (GO) e Goiânia (GO).

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Trecho 4: obras entre Goiânia (GO) e Brasília (DF). Comunidades locais, proprietários e habitantes, bem como, autoridades da região, serão informados, com antecedência, sobre o objetivo do Gasoduto, suas características, o traçado das obras e o seu cronograma. Todas as áreas utilizadas, temporariamente, durante as obras serão restauradas e replantadas, buscando-se deixá-las o mais próximo das condições originais. Método Construtivo Adotado Mobilização e Serviços Preliminares Inicialmente, haverá a organização do espaço e preparação dos materiais e equipamentos que darão suporte ao desenvolvimento dos serviços principais, bem como, a contratação da mão-de-obra. Métodos Convencionais de Construção O método de construção convencional deverá ser utilizado em quase todo o percurso do gasoduto, exceto nos cruzamentos com as rodovias, ferrovias e cursos d’água e áreas alagadas. Durante a construção e montagem do gasoduto, serão consideradas as seguintes etapas: a) Marcação do eixo e dos limites da faixa; b) Abertura, Limpeza e Nivelamento da Faixa.

Considera-se que haverá necessidade de abrir, limpar (capina da vegetação rasteira e supressão de vegetação de pequenos segmentos de mata ciliar) e fazer com que a faixa fique num mesmo nível para a passagem dos equipamentos e máquinas e para o transporte dos dutos. Para isso:

- as árvores localizadas fora da faixa

não poderão ser cortadas com o objetivo de se obter madeira;

- sempre que a faixa atravessar cercas, plantações, estradas etc, o dono do terreno será avisado, com antecedência, para que a devida autorização seja obtida.

c) Escavação da Vala Os serviços deverão ser feitos visando causar menor impacto possível ao meio ambiente. Nesse sentido, deverão ser tomadas as seguintes medidas:

- na área rural, a vala deverá ser interrompida nos locais de cruzamentos com acessos de fazendas e em alguns pontos de passagem de criações de animais;

- material escavado da vala não poderá interferir no escoamento de água da região nem em instalações de terceiros.

d) Movimentação e Estocagem de Materiais / Desfile da Tubulação Os tubos serão mantidos nos páteos de armazenagem e nos canteiros de obras e, no momento de distribuição, serão colocados ao longo da faixa, de maneira a não interferir no uso normal dos terrenos atravessados.

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Figura 10 – Desfile da tubulação

e) Abaixamento da Tubulação e Cobertura da Vala O abaixamento da tubulação será feito por etapas para evitar que a tubulação se estrague. Após o abaixamento, a vala deverá ser recoberta, imediatamente, com o mesmo solo da escavação. Deverão ser utilizadas as seguintes técnicas convencionais: - em hipótese alguma, a água da

vala, ou de poças formadas dentro da vala, poderá ser diretamente jogada em solos expostos ou brejos. Quando for necessário efetuar um escoamento, um equipamento deverá reduzir a velocidade da água, na sua saída, para evitar a destruição do solo e o acúmulo de terra nos rios;

- a cobertura da vala será realizada após inspeção no duto abaixado, de forma a garantir a inexistência de defeitos nos tubos.

Figura 11 – Abaixamento da tubulação na vala

Figura 12 – Cobertura da vala

f) Limpeza da Faixa de Domínio Os serviços de limpeza da faixa de domínio deverão ser executados imediatamente após a conclusão da cobertura da vala do gasoduto. g) Restauração e Revegetação A restauração e a revegetação da faixa do gasoduto incluem medidas permanentes de controle da erosão. A restauração tem como objetivo devolver à pista e aos terrenos atravessados e/ou vizinhos o máximo de seu aspecto e condições originais. O programa de vegetação ou de revegetação consiste em cobrir de vegetação ás áreas atingidas pelas obras do gasoduto, respeitando, obrigatoriamente, as condições naturais do local. Os serviços de

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revestimento vegetal incluirão a sua manutenção, até que venha a ficar comprovada, após a germinação, a pega total da vegetação nas áreas.

Figura 13 – Exemplo de revegetação

Figura 14 – Exemplo de restauração.

h) Sinalização e Proteção dos Dutos e Válvulas de Bloqueio

A faixa de domínio será sinalizada, com o objetivo de proteger as novas instalações, impedindo a escavação

ou o tráfego de veículos. As placas e marcos utilizados na sinalização serão padronizados. Métodos Especiais de Construção Para as regiões onde o traçado do gasoduto cruzar com cursos d’água e rodovias serão elaborados métodos especiais de construção pelos empreiteiros.

� Cruzamento com cursos d’água

Os procedimentos a serem aplicados nas travessias de cursos d’água (córregos intermitentes, perenes) são: - Somente quando necessário, os

empreiteiros poderão instalar canaletas ao longo de córregos, desde que não interfiram de modo muito significativo nas condições naturais do rio;

- Na utilização deste método, as fases de abertura da vala, abaixamento da tubulação e recobrimento da vala deverão ser executadas uma, imediatamente, após a outra;

- O leito do curso d’água deverá ser restaurado imediatamente após o término dos trabalhos. Deverão ser removidos todos os materiais utilizados durante a construção, deixando o local, o mais próximo possível das suas condições originais;

- As instalações de travessia serão deixadas no local, somente quando for assim especificado.

Para proteger e minimizar os possíveis impactos com os cursos d’água, os empreiteiros deverão proceder da seguinte forma:

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- limitar o número de equipamentos a serem utilizados durante a construção;

- reduzir ao máximo a interferência no solo e os movimentos de terra;

- não alterar o volume dos cursos d’água durante as obras;

- restaurar as margens e o fundo dos cursos d’água atravessados, logo após o término dos serviços.

� Interferências com rodovias, ferrovias e hidrovias

A escolha do método para cada cruzamento foi baseada em normas e recomendações do órgão responsável pelas rodovias e ferrovias. Os métodos possíveis são: - Não-destrutivo: perfuração

horizontal para instalação de túnel embaixo do cruzamento, sem a necessidade de se abrir a vala;

- Destrutivo: abertura de vala a céu aberto, através da rodovia ou rua.

� Travessias de regiões sujeitas à inundação

Nos locais que, de tempos em tempos, ficam alagados deverão ser instalados tubos com jaquetas de concreto. O método convencional de construção de gasodutos também poderá ser utilizado nas áreas alagadas, desde que o solo esteja seco o suficiente para suportar o equipamento de construção. Portanto, esse método será utilizado normalmente em

períodos de seca e quando o nível d’água estiver bem baixo. Uso de Explosivos A utilização de explosivos em obras de engenharia pode ser, atualmente, considerada como uma técnica sem grandes complexidades, tanto em áreas rurais quanto em zonas urbanas, neste último caso, podendo-se citar como exemplo as implosões de prédios nas metrópoles. A legislação nacional e internacional existente é bastante completa e, portanto, suficiente para que sejam executados, com segurança e preservando o meio ambiente. Cabe frisar que há uma regulamentação básica sobre o uso de explosivos na qual se exige uma autorização especial do Comando do Exército Brasileiro. Antes de qualquer trabalho correspondente ao uso de explosivos, deverá ser apresentado ao órgão ambiental responsável um plano onde sejam definidos todos os cuidados e procedimentos ambientais a serem adotados durante a realização dessas explosões. Desmobilização das Frentes de Trabalhos e dos Canteiros de Obras Após concluídas as obras serão retiradas todas as instalações que possam afetar o meio ambiente. As áreas utilizadas serão limpadas e o lixo depositado nos lixões autorizados.

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Negociação com os Proprietários de Terras Os donos de terras afetadas pela construção do gasoduto serão compensados com indenizações. Técnicas Recomendadas e Sistema de Gestão Ambiental As empresas contratadas pelo empreendedor deverão obedecer aos requisitos de qualidade baseados em normas e documentos nacionais e internacionais, assegurando que o produto atenda aos requisitos especificados. Todos os serviços serão supervisionados e monitorados por uma equipe de especializada em meio ambiente, a ser contratada pelo empreendedor, visando assegurar o cumprimento das medidas estabelecidas e recomendadas nos Estudos Ambientais. 3.7 FASE DE OPERAÇÃO A tecnologia utilizada em todo o processo operacional de gasodutos atende a normas internacionais definidas por entidades que padronizam os procedimentos desde os projetos, montagem e implantação e, principalmente, a operação. Serão realizadas manutenções periódicas nos equipamentos e demais acessórios do gasoduto, a fim de manter o sistema em boas condições de funcionamento e segurança durante toda a sua vida útil. Durante todo o tempo de execução dos trabalhos, as equipes responsáveis deverão ficar em

contato permanente, via rádio, com os órgãos operacionais envolvidos. A inspeção das obras compreenderá a observação (ao longo de toda a sua extensão) da existência de irregularidades que possam colocar em risco as instalações existentes, como erosão, movimentação de terra, desmoronamento, tráfego de veículos e/ou equipamentos pesados sobre a faixa, crescimento de vegetação, problemas no sistema de drenagem de água, queimadas, invasão da faixa por terceiros, realização de obras nas proximidades ou que interfiram na faixa, deficiência na demarcação e sinalização de advertência, entre outros aspectos. � Segurança Condições Gerais Garantir a segurança é um ponto extremamente importante e fundamental do projeto. Para controlar os riscos estão sendo adotadas medidas desde a definição inicial do traçado, com a elaboração da Análise de Riscos – AR, devendo prosseguir durante a construção e montagem, e permanecendo durante todo o período da vida útil do empreendimento. O principal objetivo durante o funcionamento do gasoduto será prevenir eventuais acidentes, com rompimentos e vazamentos de produtos para o meio ambiente. O gasoduto está sendo projetado dentro dos padrões internacionais de segurança e, durante a sua construção, haverá um controle de qualidade rígido dos materiais a

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serem empregados, principalmente na montagem. Treinamento Antes da implantação do gasoduto, os empreiteiros deverão criar a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA e efetuar reuniões periódicas em que serão transmitidos ao pessoal as medidas mínimas de segurança que deverão ser adotadas durante o período das obras e os procedimentos de primeiros socorros em caso de acidentes. Inspeção Ambiental � Objetivos

A inspeção ambiental é uma vistoria que visa diminuir os impactos ao meio ambiente produzidos pela implantação do duto. Portanto, há necessidade de treinar a mão-de-obra dos empreiteiros, bem como, os inspetores ambientais. A experiência tem demonstrado que os principais impactos de caráter físico ocorrem nas travessias e cruzamentos. Sendo assim, as medidas preventivas devem ser pré-analisadas e inseridas no projeto, antes da sua liberação para construção e montagem. O treinamento tem os seguintes objetivos: - preparar e estimular os

funcionários dos empreiteiros para adoção das medidas de conservação e proteção ambiental pré-estabelecidas;

- estimular adequado relacionamento dos trabalhadores com as

comunidades locais situadas no entorno dos canteiros de obras e faixa de domínio;

- alertar e orientar os trabalhadores e as comunidades vizinhas, antecipadamente, sobre doenças sexualmente transmissíveis.

Treinamento para inspeção ambiental Como parte do processo de treinamento deverão ser elaborados cartazes e pregados em locais de uso coletivo dos canteiros de obras e áreas de armazenamento de tubos (refeitórios, dormitórios, salas de descanso, áreas de lazer, etc.). Os cartazes deverão ser ilustrados com fotos e sugestões de medidas para proteção e conservação do meio ambiente. Os empreiteiros deverão motivar os funcionários através de incentivos com prêmios (pequenos brindes) e reconhecimentos de méritos ambientais para as equipes e trabalhadores que se destacarem no mês. Os treinamentos deverão ser realizados para pequenos grupos de trabalhadores (no máximo 30 por sessão), com duração mínima de três horas. Eles serão realizados à medida que os funcionários forem sendo contratados. A participação de cada um deverá ser obrigatória e antecederá o início de suas funções nas obras do gasoduto, devendo haver registro em lista de presença.

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3.8 FASE DE DESATIVAÇÃO Os procedimentos de desativação descritos a seguir, fornecidos pela empresa Projetista, detalham como deverá ser feita a desativação de gasodutos, que param, definitivamente, de operar. � Remoção versus Abandono das

Instalações

A segurança das instalações e dos funcionários, motivos econômicos e requisitos legais dos órgãos regulatórios são os fatores decisivos para adotar a decisão de abandonar uma instalação.

Os gasodutos podem ser abandonados no local quando não se tem nenhum tipo de incentivo para sua remoção, no entanto podem ser removidos quando:

- existe uma necessidade de re-aproveitar a tubulação;

- quando o custo de abandonar as instalações em forma segura é maior que o custo de remoção;

- quando a remoção é um requisito da Licença de Instalação ou quando a negociação de abandono não é bem sucedida;

- quando a remoção é um requisito dos Órgãos Regulatórios;

- quando, futuramente, for necessário remover as instalações e o custo atual, provavelmente, sofrerá acréscimos.

� Requisitos Gerais

Os gasodutos não devem ser abandonados no local ou removidos sem as devidas licenças dos órgãos regulatórios. Requisitos para Abandono das Instalações no local

O gasoduto a ser abandonado deve ser isolado ao longo de todo seu comprimento, ou por seções, atendendo aos requisitos e cuidados com a população, principalmente nos cruzamentos com rodovias ou ferrovias. No caso de abandono, a parte dos tubos que não estiver enterrada deverá ser completamente removida. Requisitos para Remoção O departamento responsável pelo abandono das instalações identificará potenciais itens resgatáveis, que poderão ser reutilizados ou vendidos se assim for definido pelo proprietário. Caso contrário, serão prontamente removidos.

Antes remoção de tubos, devera ser efetuado o isolamento do setor a ser removido e a limpeza de todo o gás contido no interior do tubo. Pessoal e Equipamentos Toda limpeza de tubulações deve ser efetuada pela equipe de “Desativação”, com os equipamentos adequados para tal atividade. Deverá ser considerada uma equipe de desativação a cada trecho de 200 km.

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3.9 FASE DE PARALISAÇÃO DAS OBRAS

Não é prevista fase de paralisação das obras. 3.10 CRONOGRAMA FÍSICO DO

EMPREENDIMENTO Foi considerado um período de 32 meses para a implantação do gasoduto, que vai desde o início da fabricação da tubulação, a contratação dos empreiteiros até a conclusão total das obras. Ressalte-se que para a execução efetiva das obras foi previsto um período de 17 meses. 3.11 CUSTOS DO EMPREENDIMENTO O cálculo dos custos para investimentos e despesas operacionais do empreendimento Gasoduto do Brasil Central foi elaborado pela empresa Projetista. � Investimentos Foram considerados como “itens” de investimento: - Faixa de Servidão e terrenos; - Dutos para a linha; - Construção, incluindo travessias

especiais; - Estações de compressão; - Estação medidora de volume, na

admissão; - Estações de medição e

regulagem nos pontos de retirada de gás;

- SCADA e telecomunicações e Engenharia.

� Despesas Operacionais As despesas operacionais devem, geralmente, ser divididas em duas categorias: fixas e variáveis. Despesas Operacionais Fixas As despesas fixas são os custos de manutenção e operação de uma equipe. Despesas Operacionais Variáveis As despesas variáveis são calculadas a partir do consumo de gás natural das estações de compressão e o custo do mesmo. Os custos de gás natural foram assumidos como sendo de USD 5,75/MMBTU (cinco dólares e setenta e cinco centavos por milhão de unidade térmica Britânica). O valor calórico líquido do gás, de acordo com a composição do gás, está estimado em 8.346 kcal/m3. � Resultado A estimativa de custos foi feita para um período de dez anos. O custo de investimento pode ser dividido nos seguintes pacotes: - Engenharia: 66,177 milhões

de dólares - Tubos: 242,649 milhões de

dólares - Estações:73,530 milhões de

dólares - Construção do gasoduto:

352,944 de dólares O custo para as despesas operacionais é de 122,573 milhões de dólares. Deve-se notar que este total reflete as despesas de operação

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para o caso em que o máximo volume de gás previsto estar sendo transportado. O custo total de aproximadamente 817 km de gasoduto novo, de São Carlos a Brasília é de 735,300 milhões de dólares. 4 ANÁLISE DE ALTERNATIVAS 4.1. INTRODUÇÃO Nesse capítulo são discutidos os melhores caminhos para o empreendimento Gasoduto do Brasil Central, considerando todas as dificuldades, problemas, oportunidades e opções de uso de outros tipos de empreendimento para atender aos consumos de combustíveis pela população da região. Foram analisadas três opções de localização do empreendimento para todos os tipos de estudos. 4.2 ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS Existem várias alternativas de fonte energética que poderiam cobrir a demanda da região central do Brasil sendo estas comentadas a seguir.

A energia Eólica é conseguida pelo uso de cataventos, muito usados no Brasil principalmente para bombeamento de água. Para a geração de energia são usados cata-ventos especiais que, não causam muitos problemas ambientais, sendo o barulho gerado pelas hélices muito alto. Um grande problema é a necessidade de ventos com velocidade mínima entre 7 a 8m/s. É

uma alternativa importante, mas sozinha não tem a capacidade de suprir todos os usos produtivos e pessoais da comunidade. A energia Solar é a fonte básica de energia para a Terra, mas a tecnologia deve ser melhorada para utilizar a toda a sua disponibilidade em atender à humanidade. Os Biocombustíveis são representados, principalmente, pelo biodiesel e pelo etanol. O biodiesel é o combustível retirado de vegetais como algodão, amendoim, dendê, girassol, mamona babaçu, pinhão manso e soja. A sua produção e uso provoca poucos danos ao meio ambiente, exceto pelo uso de venenos e adubos usados no seu cultivo. Já o Etanol é produzido, no Brasil, principalmente, com o uso da cana de açúcar e apresenta várias vantagens, mas demanda muita área plantada. A Energia Nuclear é conseguida após ter se trabalhado o urânio, o plutônio ou o tório. Sua produção é cara e exige várias cuidados para proteger as pessoas dos rejeitos. O Petróleo é a fonte de energia de referência da economia atual, mas acabará em alguns anos, além de afetar o meio ambiente através da emissão de poluentes na atmosfera. A energia Hidrelétrica é uma das maiores fontes utilizada no Brasil para a produção de energia elétrica, sendo produzida por cerca de 600 hidrelétricas. O Brasil apresenta grande capacidade de produção de tipo de energia.

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Quadro 7 - Potencial Energético nos Estados Brasileiros.

Estado Potencial Energético (MW)

Pará 50,316 Minas Gerais 24,193

Paraná 24,150 Amazonas 20,477

Mato Grosso 17,627 São Paulo 15,138 Rondônia 13,436

Goiás 12,202 Bahia 12,027

Rio Grande do Sul

11,506

Santa Catarina 7,473 Tocantins 6,548

Mato Grosso do Sul

5,973

Roraima 5,262 Alagoas 4,263 Sergipe 4,246

Rio de Janeiro 3,234 Maranhão 2,222 Amapá 1,807

Pernambuco 1,566 Espírito Santo 1,376

Acre 1,058 Distrito Federal 30

Ceará 25 Piauí 22

Paraíba 11 Rio Grande do

Norte 2

TOTAL BRASIL 246,695 Fonte: SIPOT, julho de 2008, adaptado.

Considerando que o consumo de energia está aumentando rapidamente desde 1970, o Gasoduto Brasil Central contribui de forma importante para cobrir as demandas por gás, diversificando as fontes de energia no Brasil. O Gás Natural é basicamente uma mistura de gases que ocorrem na natureza junto ou não ao petróleo. Ele é uma importante fonte de produção de energia e os problemas que causa na natureza são muito reduzidos e, atualmente, sustenta um terço da energia consumida no mundo.

Essa fonte reduz os gastos de produção das indústrias, pode ser usado para atender diversas necessidades, além de ajudar a reduzir o uso em excesso de uma única fonte de energia. � Evolução da Produção

Energética no Brasil A fonte de energia brasileira, que era baseada no petróleo e matéria orgânica, variou muito nas últimas décadas. A evolução da produção energética no Brasil pode ser observada na figura a seguir.

OFERTA INTERNA DE ENERGIA (%)

45,637,4

6,06,1

14,9

44,8

30,9

9,30,4 3,1

0,01,4

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1973 2007

BIOMASSA

HIDRÁULICA EELETRICIDADE

URÂNIO

CARVÃOMINERAL

GÁSNATURAL

PETRÓLEO eDERIVADOS

m ilhões tep82,1 338,3

Figura 15 - Oferta brasileira de energia, por fonte, em

1973 e 2007. Fonte: Eletrobrás, 2007.

O aumento no consumo obrigou os brasileiros a buscarem outras fontes de energia. Pode-se observar, no gráfico a seguir, o aumento da importância da energia produzida tanto por hidrelétricas quanto por gás natural.

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Figura 16 - Oferta energética brasileira em 2007.

Fonte: Eletrobrás, 2007

4.3 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS DO TRAÇADO Foram estudadas e comparadas três alternativas de locação do empreendimento Gasoduto do Brasil Central, observando as condições do terreno e as questões ambientais. Para escolha da alternativa mais adequada à implantação do gasoduto foram considerados os seguintes aspectos: - travessia de unidades de

conservação, terras indígenas, comunidades remanescentes de quilombos; sítios arqueológicos;

- áreas de pedras de calcário e possíveis áreas de sensibilidade ambiental;

- relevo da região; - economia, etnia, ocupação do

solo e outros dados da população;

- áreas de atividades minerárias; - travessia de matas nativas, rios,

córregos, lagos e áreas inundáveis;

- cruzamento de rodovias federais, estaduais e municipais e ferrovias;

- cruzamento de linhas de transmissão de energia elétrica, e

- entrega do gás aos pontos de entrega cuidadosamente selecionados

A escolha do caminho do gasoduto que se inicia no município de São Carlos/SP passando por Ribeirão Preto/SP, Uberaba/MG, Uberlândia/MG, Itumbiara/GO e chegando a Brasília/DF teve como referência a análise de fatores que influenciam a instalação e operação do mesmo. Para diminuir os problemas que pudessem existir com a implantação do empreendimento, foram usadas imagens de satélite, informações do IBAMA, IEF, Fundação Cultural Palmares, FUNAI, Secretaria de Recursos Hídricos e dos municípios ao longo do caminho, além de visitas de campo feita pelos engenheiros projetistas da CTMain. Também, ocorreu uma visita conjunta do Consórcio HOLOS –CH com a projetista para apreciação das opções de traçado. Foram também executados estudos nas empresas consultoras - CTMain e Consórcio HOLOS-CH – para os quais foram analisados dados de disponíveis em universidades, agências de desenvolvimento estaduais, mapeamentos municipais, estaduais e federais e a própria base de dados das empresas consultoras. A partir das informações obtidas foram destacados ambientes e comunidades situadas no caminho do empreendimento. Também foram marcados os locais onde os trabalhos seriam mais difíceis, os locais dos canteiros de obra e os pontos de distribuição de energia no percurso.

OFERTA INTERNA DE ENERGIA - BRASIL 2007 (%)

HIDRÁULICA E ELETRICIDADE

14,9%

PETRÓLEO e DERIVADOS

37,4%

URÂNIO1,4%

CARVÃO MINERAL

6,0%

GÁS NATURAL9,3%

BIOMASSA30,9%

Biomassa:lenha 12%

produtos da cana 15,7%outras 3,2%

238,3 milhões tep

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As alternativas de traçado propostas serão aqui discutidas e podem ser vistas nos Desenhos HT-216-M-52-DE-002, folhas 01/03 a 03/03, e serão devidamente mostradas a seguir. � Traçado da Alternativa 1 A seleção do traçado preliminar do gasoduto considerou, sempre que possível, a faixa de domínio das rodovias, tanto estaduais, quanto federais, de forma a evitar danos ao meio ambiente e a outros. Isso se mostrou como problema por ser área de ocupação das rodovias e por passar por diversos núcleos urbanos. � Traçado da Alternativa 2 Nessa alternativa buscou-se acompanhar o Oleoduto da Petrobras (OSBRA) já existente, o qual segue de Paulínia e chega a Brasília. Também esta alternativa não se mostrou viável uma vez que ocuparia a faixa de proteção desse oleoduto, por isso esta alternativa foi abandonada. � Traçado da Alternativa 3 A terceira alternativa de traçado para o Gasoduto do Brasil Central foi pensada para se afastar o eixo do gasoduto dos núcleos urbanos, bem como de áreas de expansão urbana para diminuir os danos sobre as populações envolvidas e ajustar a localização a melhores condições do terreno e geográficas, sendo estão a alternativa selecionada para implantação do gasoduto. Esta opção de traçado se inicia em São Paulo, no município de São Carlos, a partir da Estação de

Compressão localizada no município de São Carlos, segue em direção Norte até chegar a Brasília, passando por Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia, Itumbiara, Caldazinha (Goiânia), Silvânia (Anápolis), onde estão previstos Pontos de Entrega de gás. � Comparação das Três

Alternativas Locacionais Os motivos pelos quais foi selecionada a Alternativa 3 para implantação do Gasoduto do Brasil Central são destacados a seguir. Municípios Interceptados

Comparando as três alternativas de traçado, além da alternativa 3 interceptar o menor número de municípios/regiões administrativas (39) quando comparadas à alternativa 1, o traçado apresenta menor extensão, conforme demonstra o quadro a seguir, e evita cruzar áreas urbanas, sendo assim a alternativa mais recomendada dentre as três opções estudadas para localização do empreendimento. Quanto à segunda alternativa, apesar de cruzar o 38 municípios/regiões administrativas, caso escolhida, estaria dependente de autorização da Petrobras Transporte S.A – TRANSPETRO para instalação.

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Quadro 8 - Extensão Total dos Traçados Alternativos para o Gasoduto.

Alternativa Comprimento do traçado

Alternativa 1 885 Km

Alternativa 2 980 Km

Alternativa 3 817 Km

Rodovias

As alternativas 1, 2 e 3 de traçado cruzam muitas rodovias as longo de seus trajetos. Desta forma, é importante tomar os cuidados indicados na caracterização do empreendimento. Ferrovias As duas grandes linhas ferroviárias, a Ferrovia Bandeirantes S.A. - FERROBAN e a Ferrovia Centro Atlântica – FCA, que cortam o caminho do empreendimento não diferenciam a escolha entre as três alternativas. Linhas de Transmissão

As linhas de transmissão de energia elétrica, o que independe da alternativa a ser escolhida, exigem cuidados com as distâncias indicadas para segurança da área afetada à medida que seja construído o gasoduto.

Biomas

O caminho do gasoduto corta o Cerrado e a Mata Atlântica, em trechos de pastagem e de plantações comerciais, sendo evitadas áreas de florestas. As áreas a serem desmatadas foram calculadas e são apresentadas a seguir.

Quadro 9 – Áreas desmatadas nas três alternativas.

Alternativa Área desmatada estimada (ha)

Alternativa 1 10 ha

Alternativa 2 20 ha

Alternativa 3 90 ha

Corpos d’água e Áreas Inundáveis

Nos quatro estados – São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal – existem rios que serão atravessados no caminho do gasoduto no trecho São Carlos – Brasília.

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Quadro 10 - Principais Rios a Serem Cruzados pelos 3 Traçados Alternativos.

Não existe grande diferença quando comparadas os números de rios afetados. Mas, os problemas para as condições ambientais de seu entorno podem ser importantes na escolha da melhor alternativa de traçado. Unidades de Conservação

As Unidades de Conservação da Natureza no Brasil foram consideradas nos mapeamentos federal, estaduais e municipais, os quais indicaram a localização destas unidades para que o traçado do gasoduto evitasse cruzá-las. Não houve diferença na escolha de alternativa final de traçado.

Quadro 11 - Unidades de Conservação na Área de Influência da Alternativa 1, 2 e 3 de

Traçado.

Unidade de Conservação Município

Estação Ecológica São Carlos

São Carlos

Estação Ecológica Jataí Luiz Antônio Estação Ecológica de Ribeirão Preto

Ribeirão Preto

Área de Proteção Ambiental Estadual do rio Uberaba Uberaba

Parque Municipal Mata do Carrinho

Uberaba

Parque Municipal do Óleo Uberlândia

Parque Municipal Luizote de Freitas Uberlândia

Parque Municipal Mansour Uberlândia

Parque Municipal Santa Luzia Uberlândia

Parque Municipal do Sabiá Uberlândia

Área de Proteção Ambiental – APA do Planalto Central

Brasília

Área de relevante interesse ecológico Parque JK

RA -Ceilândia

Parque Ecológico e Vivencial Recanto das Emas

RA - Recanto das Emas

Parque Ecológico Recreativo Taguatinga

RA - Taguatinga

Parque Ecológico Três Meninas

RA - Samambaia

Parque Ecológico Gatumé RA - Samambaia

Parque Ecológico Metropolitano

RA – Ceilândia

Parque Ecológico das Corujas

RA – Ceilândia

Parque Ecológico da Lagoinha

RA – Ceilândia

Formações Geológicas

Os terrenos a serem cruzados pelos três traçados estão apresentados no quadro abaixo, não havendo grandes variações quando consideradas as três alternativas de traçado. Portanto, este fator não foi decisivo na escolha da melhor opção de traçado.

Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3

Rio Mogi-guaçu

Rio Mogi-guaçu

Rio Mogi-guaçu

Rio Pardo Rio Pardo Rio Pardo

Rio Sapucaí Rio Sapucaí Rio Sapucaí

Rio Grande Rio Grande Rio Grande

Rio Uberaba Rio Uberaba Rio Uberaba

Rio Tijuco Rio Tijuco Rio Tijuco

Rio Paranaíba Rio Paranaíba Rio Paranaíba

Rio Meia Ponte Rio Corumbá Rio Corumbá

Cursos d'água cruzados

Rio Corumbá

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Quadro 12 - Formações de Rochas a Serem Cruzadas.

Alternativa Formações Geológicas Predominantes

Alternativa 1, 2 e 3

Unidades que ocorrem no Estado de Goiás/DF Complexo Granito-gnáissico: Granito-Gnaisses Indiferenciados; Complexo Granulítico Anápolis-Itauçu: Associação de Supracrustais e Granulitizadas e Associação de Ortogranulitos; Associação ortognáissica migmatítica; Seqüências metavulcânicas e sedimentares: Silvânia; Granitóides sin a tarditectônicos: Granitos tipo Rio Piracanjuba; Unidades que ocorrem nos Estados de Goiás e Minas Gerais Grupo Araxá: Unidades A e B; Grupo Canastra: Formação Paracatu e Formação Chapada dos Pilões Grupo Paranoá: Unidade Síltico-Ardosiana Unidades que ocorrem nos Estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo Grupo São Bento: Formação Pirambóia, Formação Botucatu, Formação Serra Geral; Grupo Bauru: Formação Serra Geral, Formação Vale do Rio do Peixe, Formação Uberaba e Formação Marília; Formações Superficiais: Depósitos aluviais, Formação Rio Claro e Cobertura detrito-laterítica.

Áreas de Instabilidade Física

Ao longo das alternativas de percursos a serem percorridos pelo gasoduto, existem áreas frágeis. Como condições naturais destacam-se rochas frágeis, solos propensos à erosão e chuvas muito fortes. Entre os fatores que o homem pode interferir destacam-se a ausência de vegetação e o pisoteio de gado.

Atividades Minerais

Os recursos minerais são materiais rochosos que podem ser utilizados pelo homem e que podem ser aproveitados economicamente. O potencial mineral da área em análise é bastante diversificado em função da diversidade das rochas existentes. Entretanto, as áreas indicadas para extração mineral não diferem significativamente quando comparadas as três alternativas de traçado, uma vez que se encontram muito próximas. No estado de São Paulo existem processos para água mineral, areia, argila, argila, basalto, calcário, caulim, diamante, saibro, siltito e turfa. No estado de Minas Gerais existem processos para água mineral, areia, areia fundição, argila refratária, basalto, calcário, cascalho, diamante, ouro, titânio e quartzo. No estado de Goiás e no Distrito Federal, existem processos para água mineral, areia, argila, cascalho, diamante, minério de ferro, filito, gnaisse, granito, ilmenita, cobre, manganês, níquel, ouro, titânio e quartzito. As alternativas de traçado do gasoduto não correspondem às áreas de ocorrências de rochas carbonáticas, conseqüentemente não ocorre a formação de cavernas constituídas por estas rochas.

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Sítios Arqueológicos e Monumentos do Patrimônio Histórico

Os registros oficiais (IPHAN) de sítios arqueológicos não variam muito para as três alternativas de traçado. Na primeira alternativa, 11 municípios têm registro de sítios, na segunda alternativa 8 municípios e na terceira 9 municípios. Entretanto, para cada município, podem existir registros de mais de um sítio arqueológico e considerando a totalidades destes registros tem-se as alternativas 2 e 3 com os menores números de registros (36 e 39, respectivamente) em comparação com as alternativas 1 com 63 registros. Os traçados 2 e 3 são os que menos prejudicam os sítios arqueológicos já identificados. Populações Tradicionais: Terras Indígenas, Comunidades Remanescentes de Quilombos e outras e Assentamentos Rurais As populações tradicionais são divididas em Povos tradicionais indígenas e Populações tradicionais não indígenas, as quais não são influenciadas pelo empreendimento. Os únicos registros de Comunidades Remanescentes de Quilombos presentes em áreas próximas às alternativas de traçados do gasoduto, conforme a Fundação Cultural Palmares, são nos municípios de Aparecida de Goiânia (Comunidade Jardim Cascata) – para alternativa 1 (a 6 km de distância do traçado) e Silvânia (Comunidade Almeida) para as alternativas 2 e 3 (a mais de 30 km de distância do traçado).

Além disso, nos estados pelos quais passará o gasoduto, existem assentamentos rurais homologados nos estados de São Paulo, Minas Gerais (Uberlândia) e Goiás (Silvânia). 4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Gasoduto do Brasil Central deverá ocupar uma grande área na região central brasileira, por isso foi profundamente estudado para se ter uma opção viável ambiental e economicamente. Desta forma, foram estudadas as três opções propostas, sendo a terceira alternativa a mais indicada para implantação do gasoduto, pois além de ser a opção com a menor extensão de traçado, apresenta melhores condições de localização e menores problemas sobre a população e meio ambiente. Ainda, a partir desta alternativa, é possível manter o atendimento à demanda existente e ampliar, de forma coerente, a malha de abastecimento energético das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. 5 ASPECTOS LEGAIS APLICÁVEIS Para levantamento da legislação aplicável ao empreendimento Gasoduto do Brasil Central foram consultados os diversos órgãos e instituições que disponibilizam as legislações de interesse. O estudo envolveu a consulta a coletâneas de legislação federal, livros de legislação ambiental, incluindo a publicação das Resoluções CONAMA (2008), e sites oficiais.

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Foram também estabelecidos contatos com as prefeituras e secretarias municipais via e-mail, telefone e fax para obtenção de mais informações sobre as legislações municipais. � Legislação e Licenciamento

Ambiental no Brasil No Brasil, a primeira lei a tratar especificamente da questão ambiental foi a lei nº 6.938/81 que estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, cria o Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA e o Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA. Esta lei tem como objetivo a busca pela proteção do meio ambiente em conjunto com o desenvolvimento econômico. Antes da publicação desta lei, o tema meio ambiente aparecia em outros documentos e normativos, mas não havia uma lei que tratasse somente desse assunto. Ele era tratado de forma desordenada e espalhada nos documentos a seguir: - Código das Águas, de 10 de

junho de 1934; - Estatuto da Terra, de 30 de

novembro de 1964; - Código Florestal, de 15 de

setembro de 1965; - Código da Caça, de 3 de janeiro

de 1967; - Código da Pesca, de 28 de

fevereiro de 1967; - Política Nacional de

Saneamento, de 26 de setembro de 1967;

- Código de Mineração, de 28 de fevereiro 1967.

A criação da Secretaria Especial de Meio Ambiente - SEMA em 1973,

marca o estabelecimento do endereço federal para as discussões sobre o meio ambiente. Após a lei de 1981, a Constituição Federal de 1988 reservou um capítulo inteiro ao tema Meio Ambiente. Neste, definiu-se que:

“Cap. VI, Art. 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

Além da Constituição, foram criadas medidas para regulamentar a lei do meio ambiente, e também, o processo de licenciamento ambiental para atividades poluidoras. Algumas destas medidas são: - definição dos critérios para a

elaboração de estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental;

- definição dos critérios para o licenciamento ambiental de obras do setor de energia elétrica e da publicidade dos estudos ambientais, e

- definição das condições para a instalação de qualquer empreendimento ou atividade que causará prejuízos ao meio ambiente.

Os estudos sobre impactos ambientais servem para que profissionais avaliem os danos que um empreendimento pode causar ao meio ambiente de determinada região e para que tentem reduzir ao máximo esses danos. As leis e normas, por sua vez, servem para que o órgão licenciador analise o cumprimento ou

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não por parte do empreendedor dos padrões ambientais estabelecidos. No caso do Gasoduto do Brasil Central, por ser um empreendimento que afeta três estados e o Distrito Federal, a análise dos estudos ambientais é realizada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, que deve avaliar os diagnósticos das áreas afetadas, os impactos e possíveis medidas para proteção do meio ambiente. � Setor Energético e Gás Natural A Política Energética Nacional foi estabelecida pela Lei n° 9.478/97, que também criou o Conselho Nacional de Política Energética – CNPE e a Agência Nacional de Petróleo. Dentre outras coisas, esta Lei possibilitou o aumento da utilização do gás natural e estabeleceu programas específicos para seu uso e comercialização dentro e fora do Brasil. A Lei n° 9.478/97, ou Lei do Petróleo, já citada, estabelece que os depósitos de gás natural são propriedade do Governo Federal e que as atividades relacionadas ao seu transporte só podem ser feitas com autorização da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (combustíveis renováveis) - ANP. São atribuições da ANP: - regulamentar e autorizar o

transporte de gás natural; - definir a tarifa a ser paga pelo

transporte de gás no gasoduto; - definir a distância entre os pontos

de recepção, o volume de gás e o prazo de contratação, e

- definir procedimentos para garantir a segurança dos dutos e prevenir acidentes.

Portanto, para o licenciamento de atividades relacionadas ao gás natural é necessário cumprir os requisitos determinados pela ANP. Em caso de descumprimento de tais requisitos, o infrator está sujeito a penalidades previstas em lei. � Animais e vegetação No Brasil, um conjunto de leis, decretos e normas, asseguram a preservação e manutenção do meio ambiente de forma equilibrada e harmônica. Essas leis definem, entre outros: - áreas de interesse ambiental que

devem ser preservadas; - normas para o corte e exploração

da vegetação; - normas para a queima controlada

de vegetação para uso do solo em atividades agrícolas, pastoris, florestais e outras;

- proteção para os animais ameaçados de extinção;

- programas de reflorestamento de regiões desmatadas;

- critérios para transporte de animais silvestres em áreas de influência de empreendimentos e atividades causadoras de impacto ambiental, e

- regras para exportação e importação de animais e plantas.

� Unidades de Conservação Para estabelecer critérios e normas para a criação, implantação e administração das unidades de

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conservação, foi feita a Lei Federal nº 9.985, no ano 2000.

Existem dois tipos de unidades de conservação: as unidades de proteção Integral, cujo objetivo é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, e as unidades de uso sustentável, em que a exploração dos recursos naturais é feita de forma responsável sem grandes prejuízos ao meio ambiente. São tipos de Unidades de Proteção Integral:

Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre.

São tipos de Unidades de Uso Sustentável:

Áreas de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural.

As áreas num raio de 10 km das unidades de conservação são uma espécie de zona de segurança e qualquer atividade que possa afetar o meio ambiente destas áreas, deverá ser, obrigatoriamente, licenciada pelo órgão ambiental competente.

� Patrimônio Histórico e Artístico, Patrimônio da Antiguidade e Patrimônio de cavidades naturais (grutas e cavernas)

No Brasil, a primeira legislação a estabelecer as formas de organização e proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional foi o Decreto-Lei nº 25m, de 1937. Nele, determinou-se como forma de proteção deste patrimônio, o tombamento destes bens, ou seja, o reconhecimento do seu valor para a história e arte do país e, conseqüentemente, sua preservação.

O Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN é a instituição responsável por preservar, divulgar e fiscalizar os bens culturais brasileiros, bem como conservar esse bens para a atual e as futuras gerações.

Quanto aos monumentos deixados por antigas civilizações, no ano de 1961, através do Decreto-Lei nº 3.924, afirmou-se que estes ficariam sobre a guarda e proteção da Poder Público. As cavernas e grutas encontradas em território nacional são tratadas especificamente pelo CONAMA. Este Conselho determina a obrigatoriedade de elaboração de Estudo de Impacto Ambiental nos casos de empreendimento que possa causar estragos e prejuízos a este tipo de patrimônio natural, bem como, sua preservação.

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� Comunidades Indígenas e Quilombolas

As terras indígenas são áreas naturalmente conservadas, que além de obterem riquezas naturais também possuem grande valor cultural para o país. A cultura destes povos, os primeiros habitantes do Brasil, deve, portanto, ser respeitada e preservada. A Constituição Federal Brasileira de 1988 define que são terras ocupadas pelos índios e por eles habitadas, áreas utilizadas para suas atividades produtivas e aquelas fundamentais à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e sua reprodução física e cultural, segundo seus costumes e tradições. Para garantir e reafirmar os direitos de defesa sobre as terras indígenas, o Estatuto do Índio dispõe que, se necessário, as Forças Armadas e Auxiliares da Polícia Federal poderão ser acionados para assegurar a proteção destas terras. É proibida pela Constituição a retirada de grupos indígenas de suas terras, o domínio e a posse das mesmas, a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, exceto em casos excepcionais de catástrofes naturais ou doenças, que ponham em risco a população. De grande importância cultural e tradicional para o país, a Constituição Federal Brasileira também trata das comunidades de quilombos restantes, reconhecendo aos mesmos o direito a propriedade definitiva. Os quilombos eram locais onde escravos negros se abrigavam

quando fugiam. As leis sobre este tema, consideram quilombos, atualmente, locais onde moram grupos cujas gerações passadas eram compostas por estes escravos. � Uso e Ocupação do Solo O Estatuto da Cidade determina que, para a organização e controle do uso do solo deve-se evitar, entre outras medidas: - a utilização incorreta dos imóveis

urbanos; - o parcelamento indevido do solo; - o uso inadequado do esgoto,

energia e transportes urbanos; - a instalação de empreendimentos

ou atividades que possa gerar aumento não planejado de tráfegos de veículos;

- o desgaste das áreas urbanizadas, e

- a poluição e a destruição do meio ambiente.

Como forma de dar corpo a estas recomendações recomenda-se que cada município elabore seu Plano Diretor.

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6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 6.1 ÁREAS DE ESTUDO Para realização dos estudos ambientais foram consideradas duas áreas: A Área de Influência Indireta - AII e a Área de Influência Direta - AID. A primeira área consiste em uma faixa a 5km do eixo do gasoduto para os estudos de animais e aspectos físicos e para sócio-economia são considerados os municípios pelos quais o gasoduto passa. A AID consiste em uma faixa de 400 metros para cada lado do eixo do gasoduto para todos os estudos, exceto para o estudo de cavernas, em que esta área é de 250 metros para cada lado do eixo do gasoduto. 6.2 PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS É importante destacar que, no contexto nacional, os programas de governo favorecem novas formas de produção energética e incentivam a implantação de gasodutos foram elaborados e apoiados, principalmente, pela Agência Nacional de Petróleo - ANP e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social - BNDES. Assim como estes, os Ministérios de Minas e Energia, Desenvolvimento, Meio Ambiente e Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de outros órgãos federais, apresentam Programas e Planos que visam alternativas mais econômicas e eficientes para produção de energia, considerando, também, seu caráter ambiental.

Para o levantamento dos Planos e Programas Governamentais relacionados ao setor energético na região de implantação do empreendimento foram consultados dados disponíveis nos órgãos nacionais, estaduais e municipais, a partir de sites oficiais e consultas por telefone ou e-mail às Prefeituras e Câmaras Municipais dos municípios envolvidos no projeto. Também foram pesquisadas outras leis para verificar se haveria interferência do gasoduto nos programas de desenvolvimento de centros urbanos. Vale ressaltar que foram levados em conta programas que têm alguma relação com os municípios, estados ou região na qual se implantará o empreendimento. � Cenário do Gás Natural no

Brasil Conforme apresentado pela CT MAIN no projeto conceitual do Gasoduto do Brasil Central, a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil envolveu a participação de empresas nacionais e estrangeiras do setor energético, o que permitiu constatar o crescente interesse nacional e internacional no desenvolvimento de novos campos de gás natural na América do Sul. Os planos do governo para aumentar o uso de gás natural como fonte de energia vêm estimulando ainda mais o interesse no desenvolvimento do setor de gás natural no Brasil. Os Planos, Programas e Ações desenvolvidas pelo Governo Federal, Governos Estaduais e Municipais a favor do desenvolvimento

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sustentável, principalmente do setor energético, apresentam propostas de incentivo à produção e desenvolvimento de tecnologias novas para captação e distribuição de energias alternativas às existentes, com objetivo de abastecer centros comerciais, industriais e residências. A Transportadora de Gás do Brasil Central, portanto, ao implantar o gasoduto, segue o objetivo comum do ramo produtor de energia, realizando o transporte seguro e eficiente do gás natural pela região de interesse e sendo coerente ao propósito dos órgãos governamentais. 6.3 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA MEIO FÍSICO � Clima Os estudos referentes ao clima para a Área de Influência Indireta - AII do Gasoduto do Brasil Central foram elaborados tendo como referência os dados obtidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia - INMET, órgão do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, conforme publicação “Normais Climatológicas” – série 1961/1990. Para análise do clima foram utilizados dados relativos a chuvas, temperatura mínima, média e máxima mensal, umidade relativa do ar, direção e velocidade dos ventos e pressão atmosférica, referente a um período climatológico de trinta anos. Os dados utilizados foram fornecidos pelas estações de estudos de clima de São Carlos- SP, Uberaba-MG, Goiânia-GO e Brasília-DF.

Resultados O Brasil possui uma grande variedade climática, apesar de ter duas estações bem definidas:chuvosa e seca. Os fatores que atuam sobre os climas explicam suas variações. As massas de ar frias e secas quando encontram com as quentes e úmidas dão origem às frentes frias. A estação seca é definida entre os meses de Abril a Setembro, coincidindo com o período de inverno. Já o período chuvoso ocorre entre os meses de Outubro a Março coincidindo com o período de temperaturas mais quentes. Regime, Direção e Velocidade dos Ventos Ao longo do ano, os ventos normalmente sopram das direções nordeste e leste sobre os estados de Goiás, São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais com velocidade média de 5 km/h e mudam de direção (de Nordeste/ Leste para Sudoeste/Sul). Nos meses de primavera e verão podem ocorrer rajadas de vento que superam 60 km/h. Já no inverno há mais calmaria. Comportamento do Vento Sobre a Área do Gasoduto Brasil Central Foram obtidos através INMET a velocidade (em km/h) e direção dos ventos (em graus) entre os anos de 2004 a 2008.

Conforme registrado na estação de Uberaba, no estado de Minas Gerais a direção média mensal do vento

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predominante foi para Norte no referido período. Verificou-se que a velocidade média do vento é mais alta nos meses de Junho, Julho, Agosto e Setembro coincidindo com as estações de Inverno e Primavera no Hemisfério Sul quando as massas de ar frio vindas da região sul do continente sul-americano são mais freqüentes e intensas e influenciam diretamente na circulação do vento sobre a área de estudo provocando, inclusive, mudança na direção do vento, além de ventania constante. Nas estações do Outono e Verão a velocidade do vento é, em média, menos intensa na região do Gasoduto Brasil Central. Em relação ao comportamento da direção do vento, observou-se que em geral ao longo do ano predominam ventos que sopram das direções Norte e Nordeste, porém ressalta-se que, principalmente, na estação de Inverno comumente o vento sopra das direções Sul e Sudeste na região do Gasoduto Brasil Central. Quantidade de Chuvas Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, onde se situa a área objeto deste estudo, os maiores volumes de chuva são decorrentes da umidade que vem da região Amazônica e frente fria no litoral do sudeste brasileiro. Isto resulta num sistema que tem como principal característica provocar grande volume de chuva por cerca de 3 a 5 dias consecutivos. O trimestre mais seco no ano compreende os meses de junho, julho e agosto.

Em São Paulo, o total de chuvas anual é de 1.371 mm, em Minas Gerais, 1.586 mm, em Goiás 1.576 e no Distrito Federal 1.552 mm. Nestes estados, os meses de novembro, dezembro e janeiro são os de maior índice de chuvas. O trimestre mais seco no ano compreende os meses de junho, julho e agosto. Temperatura De forma semelhante aos dados de medição de chuvas, os dados utilizados para a caracterização da temperatura na Área de Influência Indireta do Gasoduto do Brasil Central foram obtidos das Estações de estudos de clima e tempo de São Carlos (SP), Uberaba (MG), Goiânia (GO) e Brasília (DF). São Paulo Na localidade de São Carlos, os meses que apresentam temperaturas médias mais baixas são 17,4ºC em junho e 17,0ºC em julho. Este período também é o período da estação do inverno que apresenta os meses mais frios do ano podendo chegar até 5,4ºC. Os meses de janeiro e fevereiro representam o bimestre mais quente do ano sobre a cidade de São Carlos. Em média as temperaturas máximas nesses meses são da ordem de 27ºC a 28ºC. Sendo que o mês mais quente é o de outubro com temperaturas acima de 35ºC. Minas Gerais Em Uberaba, os meses que apresentam temperaturas médias mais baixas são 18,6ºC em junho e 18,5ºC em julho (inverno). Janeiro

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apresenta-se como o mês, em média, mais quente do ano em que a temperatura média é de 23,6ºC. No mês de julho apresentou a menor média das temperaturas cujo valor é de 12,2ºC, com a menor temperatura observada de –2,2ºC. Os meses de março e outubro representam, em média, o bimestre mais quente do ano sobre a cidade de Uberaba. As temperaturas máximas nesses meses são da ordem de 30ºC. Porém no mês de novembro a temperatura pode ultrapassar a 38ºC. Goiás Em Goiânia, os meses que apresentam temperaturas médias mais baixas, em torno de 20,8ºC, são junho e julho. Outubro apresenta-se como o mês, em média, mais quente do ano em que a temperatura média é de 24,6ºC. Nos meses de inverno as temperaturas sofrem forte declínio e a menor temperatura observada foi em julho 2,8ºC. Os meses de Agosto, Setembro e Outubro representam o período mais quente do ano na localidade de Goiânia. Em média, as temperaturas máximas nesses meses são da ordem de 31ºC podendo superar 38ºC. Distrito Federal Na localidade de Brasília, os meses que apresentam temperaturas médias compensadas mais baixas são junho e julho, com valores de 19,1ºC e coincidem com o período de inverno. Setembro apresenta-se como o mês, em média, mais quente do ano, com valores de temperatura média de 22,5ºC

Em relação à temperatura média mínima mensal, o mês de julho apresento os menores valores ao longo do ano, atingindo 12,9ºC.

Os meses de agosto, setembro e outubro representam o trimestre mais quente do ano sobre a cidade de Brasília. Em média as temperaturas máximas nesses meses são da ordem de 27ºC a 28ºC. Outubro é o mês mais quente, no qual a temperatura supera 34ºC � Rochas O estudo das rochas basearam-se nos levantamentos realizados pela CPRM em 1995, com o Projeto Sapucaí nos estados de Minas Gerais e São Paulo, em 1999 e 2000 no âmbito do Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil e pela COMIG em 2003. Estes dados foram combinados com informações de trabalhos locais de dissertação de mestrado e com dados do mapa de estudo das rochas do Brasil. É possível identificar uma grande variedade de rochas, compreendendo os três grandes grupos de rochas Unidade de rochas encontradas no decorrer do traçado do Gasoduto: Complexo Granito-gnáissico � Granito-Gnaisses

Indiferenciados

Caracterizado como rochas primitivas, transformadas por ações de calor e pressão. Distribuem-se amplamente, no estado de Goiás como faixas mais ou menos contínuas.

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Complexo Granulítico Anápolis-Itauçu

Compreende um conjunto de rochas gnáissicas. Ocorre na porção sudeste do Estado de Goiás, entre as cidades de Itaguaru e Pires do Rio. Essas rochas apresentam coloração esverdeada e textura fina a média. Estas rochas foram inicialmente posicionadas no domínio dos terrenos do embasamento cristalino, denominados: Complexo Basal ou Complexo Goiano. Associação de Ortogranulitos

Rochas constituídas essencialmente de quartzo e minerais sílico-aluminosos. Associação de Supracrustais e Granulitizadas

Esta associação é constituída por rochas formadas por quartzos, cálcio, mármores, associados com granitos. Associação Ortognáissica Migmatítica

Constitui de forma geral um complexo de rochas graníticas,com a presença de quartzo e feldspato. Seqüências metavulcânica sedimentares

Seqüências de rochas formadas por magma de vulcão constituídas de forma geral por transformação dos basaltos, quartzo, xistos

� Seqüência Silvânia

A Seqüência Silvânia foi caracterizada como uma faixa descontínua, estreita e alongada, que ocorre desde a região nordeste de Anápolis até as proximidades de Orizona, tendo suas melhores exposições de rochas desse segmento nas proximidades de Silvânia e Bonfinópolis. Apresentam, rochas também representadas por quartzos e xistos. � Granitos tipo Rio Piracanjuba

Correspondem a uma série de composições graníticas distribuídas na porção centro-sul do estado de Goiás. Grupo Araxá � Unidade A

Composta por sedimentos marinhos. � Unidade B

Definida por uma seqüência formada por materiais finos marinhos. Grupo Araxá atribui ao grupo uma idade mais antiga. Grupo Canastra � Formação Paracatu

É representada por uma seqüência de quartzos, às vezes carbonosos, com textura variável, predominando aqueles de grãos médios. � Formação Chapada dos Pilões

Aflora na região a oeste da cidade de Abadiânia até cerca de 3 km a leste de Campo Alegre de Goiás. É constituída por variações de quartzos e quartzitos, de coloração branca e textura fina a média. Nas regiões

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mais preservadas de deformações, os quartzitos apresentam estruturas diversas, de pequeno a médio porte e marcas onduladas. Grupo Paranoá � Unidade Síltico-Ardosiana

Constituída pelas unidades Síltica e Ardosiana, sendo esta última composta, principalmente, por ardósias de cores vermelhas e roxas. Granitos Sintectônicos � Granitos Tipo Aragoiânia

Compreendem um conjunto de corpos graníticos de coloração cinza claro, granulação fina a média. Esses granitos encontram-se encaixados preferencialmente nas rochas do Grupo Araxá. Grupo São Bento � Formação Pirambóia

Apresenta uma expressiva área de ocorrência entre Piraçununga, Descalvado. Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo. Santo Antônio da Alegria e Altinópolis. Os sedimentos dessa formação repousam discordantemente sobre os da Formação Corumbataí, enquanto que seu contato com a Formação Botucatu é tido como gradativo, onde concentram-se fragmentos de rochas transportados pela água na base do Botucatu. Predominam arenitos esbranquiçados, amarelados, avermelhados e róseos, médios a muito finos, ocasionalmente grosseiros. Na seção inferior os arenitos tornam-se mais finos, predominando uma característica bastante argilosa.

� Formação Botucatu

Ocorre desde sudoeste de Descalvado e Ibaté, a sul, até Altinópolis e Ribeirão Preto, a norte. O contato inferior da Formação Botucatu com a Formação Pirambóia é considerado concordante, enquanto o contato superior com as rochas formadas por basalto da Formação Serra Geral é discordante. Constitui-se de arenitos róseos, avermelhados e esbranquiçados, finos e médios e também muito finos. � Formação Serra Geral

Compreende-se como Formação Serra Geral um espesso pacote de rochas formadas por magma de vulcão que ocorre na Bacia do Paraná, formado por uma extensa sucessão de derrames de lava de vulcão , que ocorre desde a borda norte, em Goiás e Mato Grosso até o seu extremo-sul, já fora do território brasileiro. Nos estado de São Paulo as rochas dessa formação, ou a ela correlacionáveis, aparecem em diversos locais cobrindo extensa parte do estado. O mapa desta unidade, no estado de Minas Gerais, aponta espessuras da ordem de 300 a 700 metros para a região do Triângulo Mineiro. No entanto, dados obtidos apontam para espessuras de até 900 m, como no município de Frutal. Em Goiás ocupa uma faixa principal de aproximadamente 200 km de comprimento por 100 km de largura, que vai da cidade de Itumbiara até as proximidades de Paraúna. A idade desses derrames é considerada em 133-131 Milhões de anos.

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Esta formação sobrepõe-se em não-conformidade sobre rochas do Complexo Goiano, Grupo Araxá, e discordantemente sobre o Grupo Aquidauana e as formações Palermo, Irati e Corumbataí. Em Goiás as espessuras mais representativas são da ordem de 100 m, podendo, no entanto, ocorrer espessuras superiores, como a encontrada nas proximidades da cidade de Santa Helena de Goiás, obtida em sondagem de poço tubular profundo. Grupo Bauru � Grupo Bauru Indiviso

No estado de São Paulo o Grupo Bauru é considerado inseparável, ocorrendo principalmente nas regiões de São Carlos e Ibaté e às proximidades de Altinópolis. Os tipos de solos dessa unidade inseparável são representados por materiais derivados de areia e argila. Essa formação assenta discordantemente sobre a Formação Serra Geral e, em certos locais, sobre a Formação Botucatu. No estado de Minas Gerais, na AII do gasoduto, o Grupo Bauru é dividido nas formações Uberaba e Marília. � Formação Uberaba

A Formação Uberaba restringe-se ao Estado de Minas Gerais, formando uma faixa que se estende da região de Veríssimo até Sacramento, passando por Uberaba, Peirópolis e Ponte Alta. Esta formação é constituída por um conglomerado, seguido por rochas formadas por acúmulos de grãos de areia ou argilosa verde. A espessura da Formação Uberaba está em torno de 70 metros e sua

distribuição em área restringe-se às proximidades da cidade homônima. A idade desta formação pode ser semelhante a uma idade provável da Formação Adamantina. � Formação Marília

A Formação Marílla é composta por rochas formadas por acúmulos de grãos de areia com grãos angulosos e teor variável. Os arenitos ocorrem na forma de bancos, com espessura média entre 1 e 2 metros. Uma das principais características da Formação Marília é o alto conteúdo de cimento carbonático, motivo pelo qual é alvo da exploração como matéria prima para fabricação de cimento Portland e como corretivo da acidez do solo, nas regiões de Ponte Alta e nas cerâmicas do km 50 da rodovia Uberaba para Uberlândia. Na área de inserção do gasoduto está presente o membro Ponte Alta, caracterizado pelos depósitos calcários economicamente explorados na região de Ponte Alta, Uberaba e Uberlândia. Tratam-se de calcário e grãos de areia finos, esbranquiçados, com espessura máxima da ordem de 7 metros, que ocorrem em níveis contínuos com até 3 Km de extensão em subsuperfície. Por possuir uma grande quantidade de cimento carbonático e subordinadamente cimento silicoso as rochas do Membro Serra da Galga conferem à região um relevo de serras tabulares (chapadas), constituindo umas das formações de relevo mais marcantes na parte leste do Triângulo Mineiro.

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� Cobertura Detrito-laterítica

Compreende sedimentos levados pelas águas ou pela ação da gravidade distribuídos geralmente na Serra de Caldas, Chapada das Covas e a nordeste da cidade de Catalão. Apresentam rochas ferruginosas desenvolvidas em condições tropicais. Esta unidade engloba o centro-oeste brasileiro; sendo mais expressiva sobre as rochas dos complexos de quartzo e feldspato. É caracterizada por solos vermelhos amarronzados e ocorrem níveis de linhas de pedras, com predominância de fragmentos de quartzos. Em Goiás estas coberturas são encontradas com variadas espessuras caracterizados principalmente por um solo mais antigo e profundo onde se desenvolvem níveis ferruginosos. � Formação Rio Claro

Depósitos sedimentares constituídos de acúmulos de grãos de areia pouco consolidados, finos a médios, e subordinadamente, cascalhos e argilitos. � Formações Superficiais

No estado de São Paulo as mais expressivas coberturas de sedimentos levados pelos rios encontram-se no âmbito das rochas sedimentares e rochas formadas por magma de vulcão básicas, controladas pelos rios Taquari-Mirim, Mogi-Guaçu, Pardo e Canoas. São constituídas de sedimentos argilosos, e arenosos, além de cascalhos.

No estado de Minas Gerais as coberturas sedimentares abrangem os depósitos de sedimentos levados pelos rios (areias e argilas, conglomerados na base), depósitos transportados pela ação da gravidade (areias com matriz argilosa, cascalhos de limonita e quartzo na base) e depósitos de cimeira (conglomerados e arenitos imaturos) � Rochas Estruturais e Evolução Tectônica

A estruturação da Plataforma Sul-Americana na região central do Brasil é marcada por dois domínios: o pré-Brasiliano e o Brasiliano. Dentro destes domínios, são encontradas dez unidades estruturais no Brasil, dentre as quais as do São Francisco, Paraná e Tocantins abrangem, além da Bacia do Paraná e Bauru que abarcam os estados de São Paulo Minas Gerais e o Estado de Goiás e Distrito Federal.

Os estudos mais recentes têm sugerido que a maioria das faixas, brasilianas e pan-africanas, se

Figura 18 - Unidades estruturais do Brasil

Figura 17 – Divisão Tectônica

da América do Sul.

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desenvolveram através do encontro e eventual colisão de blocos continentais, semelhante aos mecanismos atuais de tectônica de placas. Estado de Goiás e do Distrito Federal

Dentre as dez unidades estruturais no Brasil individualizadas, as do São Francisco, Paraná e Tocantins abrangem o Estado de Goiás e Distrito Federal. Unidade Tocantins A Unidade Estrutural do Tocantins, se encontra entre as unidades do São Francisco e Amazônica. Esses terrenos, na área do Estado de Goiás, são representados por espessas seqüências de rochas dobradas e metamorfizadas. Na subdivisão da Unidade Tocantins, de leste para oeste, tem-se: - Zona Cratônica - Faixa Brasília - Maciço de Goiás - Arco Magmático do Oeste de Goiás - Faixa Paraguai-Araguaia Terrenos Granito-Greenstone São caracterizados por complexos e graníticos, contendo várias faixas de rochas. Esta entidade compreende parte do que foi denominado de Maciço Mediano de Goiás, que tem sido considerado o embasamento das faixas de dobramentos brasilianos. Coberturas Cratônicas

Essas coberturas estão localizadas na margem oeste da unidade do São

Francisco são representadas pelos sedimentos do Grupo Bambuí. Nesse domínio, as deformações são representadas por ondulações amplas e suaves, que se tornaram mais apertadas ao longo das falhas. Bacias Sedimentares

Esta unidade é caracterizada por bacias desenvolvidas na Plataforma Sul-Americana a 450 Milhões de anos. É representada pelas bacias do Paraná e Sanfranciscana. Bacia do Paraná Consiste em uma grande depressão representada por uma área de sedimentação estabelecida por um conjunto de sedimentos depositados a milhares de anos. Em Goiás, estes sedimentos ocorrem no extremo-sudoeste do Estado, abrangendo uma área de 92.500m2. Bacia Sanfranciscana Corresponde à cobertura da unidade do São Francisco, cuja instalação está associada a reativações de antigas estruturas. Exibe uma depressão norte-sul, preenchida pelos sedimentos dos grupos Urucuia, Santa Fé, Areado e Mata da Corda. No limite nordeste do Estado de Goiás, os grupos Areado e Urucuia ocorrem de forma restrita, em uma pequena faixa de direção norte-sul. O preenchimento dessa bacia é caracterizado por sedimentos continentais. Esta cobertura sedimentar é constituída essencialmente por rochas

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depositadas em ambientes continentais e rochas vulcânicas. Formações Superficiais Essa unidade é representada por sedimentos arenosos e argilosos que preenchem zonas rebaixadas ou depressões dos relevos. � Aquíferos Regionais Como é possível observar na Figura 19, a Área de Influência Direta (AID) é constituída por uma grande variedade rochosa, compreendendo os três grandes grupos de rochas: rochas sedimentares, metamórficas e magmáticas. No estado de São Paulo predomina o Domínio Bacias Sedimentares, no estado de Minas o Domínio Bacia Sedimentar, em alternância com o Domínio Vulcânicas. Em Goiás e no Distrito Federal predominam os Domínios das Vulcânicas, no limite com MG, passando para Poroso/Fissural, Domínio Cristalino e finalizando com o Domínio Metassedimento/metavulcânicas. Cabe ressaltar que a obra e o próprio gasoduto não terão nenhuma interferência em qualquer um dos Domínios. Isso se dá, devido à profundidade de instalação e de fundação das estruturas do gasoduto que é pequena.

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Figura 19- Domínios hidrogeológicos (CPRM,2002).

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Domínios na zona das formações geológicas de armazenamento, circulação e distribuição da água Domínio 1 - Formações Cenozóicas Este domínio está relacionado às Formações de rochas sedimentares de naturezas e espessuras diversas que recobrem as rochas mais antigas. Em termos de águas subterrâneas tem um comportamento de aquífero, e nos terrenos arenosos uma elevada permeabilidade. Dependendo da espessura e da quantidade de areia e argila dessas unidades podem ser produzidas vazões significativas nos poços tubulares perfurados, sendo, contudo bastante comum que os poços localizados neste domínio captem água dos aqüíferos subjacentes. Domínio 2 - Bacias Sedimentares O domínio das Bacias Sedimentares engloba as seqüencias de rochas dos Grupos Bauru (Indiviso, Formações Marília e Uberaba) e Grupo São Bento (Formações Botucatu e Pirambóia), associadas a vulcanismo importante (Grupo São Bento, Formação Serra Geral). Em termos de águas subterrâneas, tem um comportamento de aquífero poroso e o que favorece o armazenamento de água subterrânea. Constituem os mais importantes reservatórios de água. Domínio 3 - Poroso I Fissural Este domínio engloba as Grupo Paranoá, Grupo Canastra e Grupo Araxá. Envolve pacotes sedimentares onde ocorrem tipos de rochas arenosas, forte compactação e fraturamento acentuado, que lhe confere além do comportamento de aqüífero granular com baixa/média

porosidade motivo pelo qual se prefere caracterizá-lo com mais propriedade como aqüífero do tipo misto. Domínio 4 – Metassedimentos / Metavulcânicas Os tipos de rochas relacionados aos Metassedimentos/Metavulcânicas reúnem quartzos, mármores que estão relacionados à Seqüência Metavulcânica e outros tipos de rochas. A ocorrência de água subterrânea é condicionada por uma média porosidade representada por fraturas e fendas, o que se traduz por reservatórios aleatórios, descontínuos e de pequena extensão. Dentro deste contexto, em geral, as vazões produzidas por poços são pequenas, e a água é na maior parte das vezes contém sal. Dominio 5 - Vulcânicas Este domínio reúne rochas vulcânicas do Grupo São Bento (Formação Serra Geral), com média porosidade e fraturas. Neste tipo de domínio, existe um acúmulo de água subterrânea maior do que o esperado para o domínio dos metassedimentos, metavulcânicas. Domínio 6 - Cristalino No Cristalino estão reunidos basicamente os Granitos tipo Aragoiânia; os Granitos tipo Rio Piracanjuba e os granitóides. Caracterizado por ocorrência de água subterrânea condicionada por uma média porosidade representada por fraturas e fendas. As vazões produzidas por poços são pequenas, e a água em função da falta de circulação e do tipo de rocha é na maior parte das vezes contém sal.

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� Zonas de Cavernas A formação de cavernas depende essencialmente da ação das águas sobre rochas solúveis. Vários fatores, como o tipo de rocha, o clima e o relevo interferem nesse processo, fazendo com que algumas regiões sejam mais propícias à formação de grutas e abismos. No Brasil, são freqüentes também cavernas em outros tipos de rocha, como quartzitos, arenitos, granitos dentre outros, o que amplia o potencial de existência de cavernas no País. No território nacional há um grande predomínio dos calcários que podem ser formados por processos de chuvas, atividade biológica (pequenos animais e plantas) ou pelo retrabalhamento e ressedimentação de rochas calcárias preexistentes, que foram erodidas.

Figura 20 – Cavernas do Brasil (Roldan et al.,

2004)

Apesar da possibilidade de formação de cavernas em outros tipos de rochas existentes ao longo do gasoduto, como por exemplo os arenitos, não se identificou a ocorrência de cavidades naturais nas áreas estudadas.

� Relevo

Foram efetuadas observações e registros fotográficos em diversos pontos ao longo da AII do traçado, sendo destacados os relevos relacionados ao empreendimento e à identificação preliminar dos principais impactos ambientais relacionados à instalação e operação do mesmo. Os relevos da AII do gasoduto são determinados por três grandes domínios:

- O Planalto do Alto Rio Paraná no

Estado de São Paulo, que incluem os Planaltos Residuais Cuestiformes e os Planaltos Rebaixados;

Figura 21 – Planalto Cuestiforme ao fundo recoberto por remanescente de Floresta

Estacional Decidual.Município de São Carlos - SP

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Figura 22 – Planaltos rebaixados seguido de

rampa de colúvio. Município de Ribeirão Preto - SP

- Planaltos e Chapadas da Bacia

Sedimentar do Paraná – Estados de Minas Gerais e Goiás, desenvolvidos sobre rochas do Grupo São Bento e sobre rochas do Grupo Bauru.

A seguir são apresentados exemplos da paisagem encontrada nos Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná.

Figura 23 - Vale de fundo raso e amplo com a presença de Veredas. Município de Uberlândia –

MG.

Figura 24 – Relevos residuais de chapadas Entre os municípios de Uberaba e Uberlândia – MG

Vale ressaltar que os dois maiores rios que drenam a Área de Influência Indireta do Gasoduto Brasil-Central, o Paranaíba e o Grande, apresentam lagos artificiais ao longo de seus cursos, em função do represamento para a geração de energia elétrica, fator que determina grandes trechos de ambientes aquáticos. - Planalto Central Goiano – Estado

de Goiás e Distrito Federal, formado pelo Planalto do Distrito Federal, Planalto do Alto Tocantins-Paranaíba e Planalto Rebaixado de Goiânia.

A seguir são apresentados exemplos da paisagem e estruturas encontrada no Planalto Central Goiano.

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Figura 25 – Afloramento de Laterita. Estrada

entre os municípios de Abadiânia e Alexânia GO

Figura 26 - Planalto tabular rebaixado, com

formas amplas. Estrada entre os municípios de Buriti Alegre e Morrinhos - GO

O rio Paranaíba tem na área de seu alto curso, uma extensa bacia de inundação resultante do represamento de seu leito para a construção da represa de Itumbiara. Esse rio é ali caracterizado pelo vasto lago que a UHE Itumbiara apresenta. O rio Corumbá adentra o Planalto Rebaixado de Goiânia nas proximidades da cidade de Pires do Rio. O rio Meia Ponte, seu afluente o rio dos Bois e o rio Turvo drenam a parte centro-ocidental do Planalto Rebaixado de Goiânia, apresentando leito encaixado e originando barramentos íngremes em diversos trechos de suas margens.

Figura 27 – Vista ao fundo de relevos residuais do tipo “morro testemunho”, distribuídos ao

longo da paisagem. Estrada para Santo Antônio do Descoberto - DF

Figura 28 – Área de relevo de colinas e morros que apresenta alta densidade de drenagem. Bacia do rio Descoberto. Município de Santo

Antônio do Descoberto

Figura 29 – Relevo residual conservado, entre os Municípios de Abadiânia e Alexânia - GO

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Figura 30 – Vista em segundo plano de

formação tabular Samambaia cidade satélite de Brasília.

� Estudo dos Solos As análises de estudos dos solos e os dados obtidos em campanha de campo permitiram a identificação de seis tipos de solos ocorrentes na Área de Influência Indireta do Gasoduto do Brasil Central conforme relacionado a seguir:

Quadro 13 - Solos existentes na AII do empreendimento.

Ordens de solo Sub-ordens LATOSSOLO VERMELHO

LATOSSOLO LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO

ARGISSOLO ARGISSOLO-VERMELHO-AMARELO

NITOSSOLO NITOSSOLO VERMELHO CAMBISSOLO CAMBISSOLO HÁPLICO

NEOSSOLO LITÓLICO NEOSSOLO FLÚVICO NEOSSOLO NEOSSOLO QUARTZARÊNICO

GLEISSOLO GLEISSOLO HÁPLICO

Caracterização dos Solos Os solos da AII apresentam visíveis relações com o material rochoso e unidades de paisagens ao longo do empreendimento. Os solos, aliados às condições climáticas, condicionam indiretamente o tipo de vegetação, as limitações no uso e ocupação dos solos. A seguir são descritas as características básicas dos solos identificados na AII.

Latossolos Os LATOSSOLOS constituem a ordem de solos de maior grau de desenvolvimento contendo grande quantidade de ferro e alumínio. Sua granulometria facilita a penetração de água, tornado o solos bem drenados. Neste sentido, os relevos apresentam formas mais suaves. Assumindo o mesmo material de origem, tendem a menor nível de fertilidade e maior acidez trocável que as ordens de solos menos desenvolvidos. Como exceção destacam-se os LATOSSOLOS originados nas bacias dos rios Grande e Paranaíba. Os latossolos podem se diferenciar entre: Latossolos Vermelhos e Latossolos Vermelhos-Amarelos. Argissolo

Correspondem a uma etapa de desenvolvimento anterior aos LATOSSOLOS. Portanto, assumindo o mesmo material de origem, tendem a maiores níveis de fertilidade que os LATOSSOLOS. Como característica determinante, os ARGISSOLOS apresentam forte concentração de argila. Com ocorrência principalmente em formas de relevo mais acidentado essa ordem de solo possui maior representatividade na porção da AII inserida entre os municípios do estado de Goiás. Os Argissolos podem se diferenciar entre: Argissolos e Argissolos Vermelho-amarelos.

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Nitossolo

Na nomenclatura antiga estes solos incluíam as TERRAS ROXAS. A ocorrência de NITOSSOLO VERMELHO é inexpressiva na AII e pode ser observada em áreas de domínio de LATOSSOLO VERMELHO pouco férteis em formas com relevo mais acidentado, onde também são encontrados solos rasos e Afloramentos de Rocha. Esses solos são observados na porção da AII situada no estado de São Paulo; no estado de Minas Gerais, e no estado de Goiás. Cambissolos

Esta ordem refere-se a solos de baixo grau de desenvolvimento. Em relação aos solos de maior grau de desenvolvimento, ocupam formas com relevos mais acidentados (vertentes ravinadas). Na AII, os CAMBISSOLOS refletem forte influência dos respectivos materiais de origem. Estes solos apresentam baixos níveis de fertilidade e elevada acidez com camada superficial recoberta por cascalhos. Os Cambissolos podem se diferenciar entre: Cambissolos e Cambissolos Háplicos. Neossolos

Constitui a ordem em que se enquadram os solos menos desenvolvidos. Basicamente se identificam apenas pelo menor grau de desenvolvimento que as demais ordens de solos e pela ausência de horizonte profundo. Os Neossolos podem se diferenciar entre: Neossolos; Neossolos Litólicos;

Neossolos Flúvicos; Neossolos Quatzarênicos. Cada qual com suas características. Gleissolos

Estes solos se distribuem em glebas parcialmente encharcadas como os brejos. Os GLEISSOLOS são solos pouco evoluídos, medianamente profundos, muito ácidos. As cores acinzentadas a esverdeadas são características destes solos em decorrência do empobrecimento de ferro, ao longo do perfil. Apresentam-se ácidos e pobres em micronutrientes. Unidades de Solo na Área de Influência Indireta do gasoduto Foram definidas quarenta unidades de mapeamento para representação cartográfica dos solos identificados na Área de Influência Indireta do Gasoduto do Brasil Central. Essas unidades de mapeamento são constituídas por apenas uma classe de solo ou por associações de duas ou mais classes de solos. � Recursos Minerais Os estudos de recursos minerais ao longo do traçado do gasoduto foram levantados em uma área de influência com a distância de 5 km do seu eixo com a base de dados do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) do Ministério das Minas e Energia, atualizado até a data de dezembro de 2008. Estas informações foram combinadas com aquelas obtidas nos levantamento de campo realizados. Especial atenção foi dada às áreas com processos

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minerais com Decreto de Lavra, e que se encontram em atividade. A análise dos dados foi realizada separadamente para os estados de Goiás/Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo, seguindo os mesmos critérios de descrição dos aspectos geológicos. Como é possível observar no mapeamento realizado conforme gráfico abaixo.

Figura 31 – Processos Minerários no estado de

São Paulo Fonte: DNPM, 2008

Figura 32 – Processos Minerários no estado de

Minas Gerais. Fonte: DNPM, 2008

Figura 33 – Processos Minerários no estado de

Goiás/Distrito Federal Fonte: DNPM, 2008

As figuras abaixo mostram exemplos de atividades de exploração mineral ao longo do trajeto do gasoduto.

Figura 34 – Extração de areia paralisada, limite

da AID

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Figura 35 - Vista em detalhe da pedreira de

basalto

Figura 36 – Britagem de basalto paralisada

Figura 37 - Areia Bergamo – Balsa de extração

no rio Paranaíba

Figura 38 - Fabrica Schincariol – Água Mineral.

Figura 39 - Pedreira Caraíbas.

Figura 40 - Detalhe de exploração de cascalho, próximo a Santo Antônio do Descoberto-GO

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� Cursos d’água O Gasoduto do Brasil Central está inserido em três bacias hidrográficas federais: bacia hidrográfica do rio Tietê, bacia hidrográfica do rio Grande e bacia hidrográfica do rio Paranaíba. O traçado do gasoduto ainda integra diversas sub-bacias hidrográficas no seu percurso.. Bacia Hidrográfica do Rio Tietê O rio Tietê é o mais importante curso d'água do estado de São Paulo, não só por cortar sua capital, como também por atravessar, praticamente, todo o território paulista, desde os contrafortes da Serra do Mar até o rio Paraná, extremo oeste do estado. Nasce no município paulista de Salesópolis, na Serra do Mar, passando pelo rio Paraná. O Rio Tietê se subdivide em baixo, médio e alto Tietê. O traçado do Gasoduto Brasil Central terá sua extremidade inicial na cidade de São Carlos no estado de São Paulo, onde se localiza a bacia hidrográfica do rio Tietê e seguirá pelo trecho do Médio Tietê Inferior em áreas de drenagem da sub-bacia do rio Jacaré-Guaçu. O rio Tietê é atualmente navegável no trecho do remanso da barragem de Jupiá (40 km) e no trecho entre a barragem de Nova Avanhandava e do remanso da barragem de Barra Bonita, formando um estirão contínuo de 443 km de extensão já em utilização. Bacia Hidrográfica do Rio Grande O rio Grande nasce nas encostas ocidentais da serra da Mantiqueira no

interior do estado de Minas Gerais. A partir de suas cabeceiras, o rio percorre cerca de 700 km inteiramente em território mineiro e, a partir da confluência com o rio Canoas, faz fronteira entre São Paulo e Minas Gerais, antes de se unir ao rio Paranaíba, dando origem ao rio Paraná na cota altimétrica de, aproximadamente 300 m. O rio Grande drena uma área total de 161 mil km2 nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Assim como o rio Tietê, o rio Grande também se subdivide em Baixo, médio e alto rio Grande. O rio Grande é navegável desde a UHE de Água Vermelha até a sua confluência com o rio Paranaíba, numa extensão de 80 km. Devido aos vários barramentos existentes, o rio conta com diversos estirões isolados em condições satisfatórias para uma navegação de grande porte. Estes estirões são, porém, relativamente curtos, não sendo, por este motivo, utilizados como hidrovias. O traçado do Gasoduto Brasil Central está projetado para interceptar áreas de quatro sub-bacias pertencentes à bacia hidrográfica do rio Grande. Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba A Bacia do Rio Paranaíba, terceira maior bacia hidrográfica do país, faz parte da grande bacia brasileira do rio Paraná. Abrange áreas dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. O rio Paranaíba nasce na Serra da Mata da Corda no município de Rio Paranaíba, estado de Minas Gerais, Na contra-vertente desta serra, encontram-se as nascentes do rio

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Abaeté, tributário do rio São Francisco. A partir daí, muda várias vezes de orientação até tomar o rumo sudoeste e, por 680 km, marcar a fronteira do estado de Minas com Goiás e Mato Grosso do Sul. Seus principais afluentes são: os rios São Marcos, Corumbá, Piracanjuba, Meia Ponte, Verde, Corrente e Aporé, pela margem direita; e Dourados, Perdizes, Bagagem, Araguari, Piedade, Tijuco e Prata, pela margem esquerda. As sub-bacias do rio Paranaíba para as quais o traçado do Gasoduto do Brasil Central está projetado, com área no estado de Minas Gerais são: a do rio Araguari, do rio Tijuco-Prata, ribeirão da Cachoeira. Em Goiás, a do rio Corumbá, rio São Marcos, rio Meia Ponte, rio Verde, rio Claro, rio Aporé e outras sub-bacias menores. Este rio também se subdivide em baixo, médio e alto Parnaíba. Estudo de Tremores da Terra O Brasil ocupa grande parte da estável plataforma Sul-americana, por isso os abalos de terra são considerados modestos se comparada a da região andina, mas não pode ser ignorada porque no Brasil já ocorreram tremores com magnitude acima de 5,0. No Brasil registram-se poucos abalos de terra. Em média ocorrem a cada ano um sismo de 1 a 3 graus na escala Richter e a cada cinco anos podem ocorrer abalos de magnitude 4 ou mais. Observando-se os sismos no Brasil nota-se a ausência de abalos em algumas áreas, especialmente nas regiões norte e centro-oeste, que não está necessariamente relacionada com

a ausência de sismos, podendo depender inclusive do processo de ocupação territorial brasileira e da tardia instalação de estações sismográficas. O meio e o sul da Bacia do Paraná parece ser a parte mais assísmica, enquanto que em suas bordas a sismicidade já é mais expressiva, tanto natural quanto induzida, com casos de abalos comprovados. A ocorrência de sismos (abalos) naturais e induzidos tem como potencial fator gerador a reativação de fraturas, falhas, lineamentos antigos, bem como o iniciador de fluxos gravitacionais, tais como deslizamentos de blocos, deslizamentos de terra, rompimentos de anfiteatros e outros. A análise de sismicidade para o empreendimento adotou critério utilizado em projetos brasileiros semelhantes, que consiste da avaliação dos dados referentes aos sismos ocorridos em raios de 50 km, 100 km, 200 km e 300 km a partir do eixo do gasoduto. Em relação ao número de eventos ocorridos por estado por faixa de magnitude, observa-se que a maioria dos sismos ocorreu no estado de Minas Gerais (29), seguido pelo estado de Goiás (23), São Paulo (14), Mato Grosso (12), Tocantis (4) e Distrito Federal (1). A análise da listagem dos sismos ocorridos entre 1500 e 2007 fornecida pelo Laboratório de Sismologia da UNB mostra que num raio de 300 km ao redor do eixo do gasoduto, mostram que estes sismos, de maneira geral, são pouco expressivos e localizados, não se constituindo em grandes

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preocupações em relação à viabilidade ambiental do empreendimento.

Figura 41 - Mapa com a distribuição dos eventos naturais (vermelho) e induzidos (verde) por reservatório presente na Área de Influência – AII Estudo de Impacto Ambiental do Gasoduto do

Brasil Central.

MEIO BIÓTICO A área prevista para implantação do Gasoduto do Brasil Central abrange trechos de importância ambiental inseridos em áreas de Cerrado (85,3%) e pequenos trechos inseridos no bioma Mata Atlântica (14,7%). Por esta razão, estudos do meio biótico para a Área de Influência Indireta do empreendimento foram focados em áreas de ocorrência do bioma Cerrado. Apesar da realização de inúmeros trabalhos em áreas de Cerrado, a capacidade em transformar o conhecimento em ações práticas tem sido infinitamente inferior à velocidade com que este bioma está desaparecendo. A paisagem natural do Cerrado está rapidamente sendo transformada em cultura de grãos como a soja, o feijão e o milho, bem como em áreas para plantio de algodão e pastagens para gado de leite e corte. Devido à esse elevado grau de degradação, o Cerrado constitui uma das áreas prioritárias para conservação do planeta. A seguir é apresentado o diagnóstico do meio biótico para a Área de Influência do empreendimento considerando os temas flora/vegetação; fauna, incluído neste ultimo os grupos de insetos, répteis e anfíbios, aves e mamíferos; e por fim, áreas de interesse ambiental. � Flora/Vegetação

Inclusão da vegetação na área do empreendimento

O empreendimento está localizado no bioma do Cerrado, contendo também trechos do bioma da Mata Atlântica na

Sismo

Pratinha -MG

Sismo

Mogi Guaçu-SP

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região do rio Paranaíba, divisa entre os estados de Minas Gerais e Goiás.

Figura 41 - Vegetação para Trecho do Gasoduto situado no Estado de São Paulo.

Figura 42 - Vegetação para Trecho do

Gasoduto situado no Estado de Minas Gerais.

Figura 43 - Vegetação para Trecho do Gasoduto situado no Distrito Federal e no Estado de Goiás.

Caracterização da Vegetação Nativa Ambientes naturais completamente preservados em sua formação original praticamente não são encontrados na região em função da intensa ação do homem. Alguns fragmentos ainda apresentam estrutura bem próxima à original, contudo já sofreram intervenções ligadas à exploração do homem e, principalmente, ações do fogo. Formações Vegetais Ocorrentes � Cerrado

Na área em estudo, estão: o cerrado denso que possui vegetação com muitas árvores e arbustos possuindo áreas mais sombreadas; o cerrado típico com árvores e arbusto com altura média de três e seis metros; e o cerrado ralo (ou campo cerrado) que apresenta muitas gramíneas e árvores; e o cerrado rupestre cuja

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formação que prevalece é composta por arbustos e a superfície do solo coberta por gramíneas. � Cerradão

O cerradão se difere do cerrado principalmente por apresentar características de uma floresta, porém seus elementos têm um maior desenvolvimento. As árvores têm altura média entre 10 e 12 metros. � Vereda

A vereda é uma depressão aberta, rasa e alongada, localizada 2 a 10 metros abaixo do nível do cerrado próximo, e possui o lençol d’água visível, ou muito próximo da superfície. Floresta Estacional Apresenta florestas submetidas ao clima de duas estações bem marcadas, possuem composição diversificada em função das condições ecológicas. Pode ser divida em: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Estacional Decidual e Floresta Ciliar. Status de Conservação das Espécies Vegetais Conforme a Lista de Espécies Ameaçadas da Flora Brasileira as espécies da região onde será implantado o gasoduto que estão ameaçadas de extinção são: Aroeira, Palmito, Arnica, Jacarandá e Sassafrás.

Conforme Lista de Espécies da Flora de Minas Gerais as espécies da região onde será implantado o gasoduto que estão ameaçadas de extinção são: Aroeira, Palmito, Guaco, Jacarandá e Sucupira Branca.

Conforme Lista de Espécies da Flora de São Paulo as espécies da região onde será implantado o gasoduto que estão ameaçadas de extinção são: Aroeira, Guatambu, Bacuri, Buriti, Palmito, Garapa, Jacarandá, Sucupira Preta, Canela – Sassafrás e Maria-pobre. Entre as espécies protegidas por lei, registrou-se para a AII o pequizeiro, a caraíba, o ipê amarelo da mata, o ipê roxo, o ipê branco e o ipê do cerrado. Usos Potenciais das Espécies Vegetais e Extrativismo Várias espécies registradas para a AII produzem alimentos consumidos por aves e mamíferos locais, desempenhando, portanto, papel importantíssimo como o suporte para os animais da região. Além do fornecimento de alimento para os animais e para o homem, as plantas locais ainda fornecem outros recursos como madeira, corantes, substâncias para produção de remédios e algumas possuem potencial como ornamentais. Extrativismo Vegetal Para a AII do gasoduto, somente foram registradas atividades relacionadas com a retirada de lenha seca para uso doméstico e coleta de frutos comestíveis, sendo que as principais espécies consumidas são: cagaita, pequi, araticum, bacupari. Nos estados de Goiás e Minas Gerais também é comum o consumo do palmito da gueiroba e, em menor escala, do palmito juçara.

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Insetos Calcula-se que no Cerrado, vegetação predominante na área do empreendimento, existam 90.000 espécies de insetos. Apesar da importância do grupo, estudos sobre insetos no Cerrado são pouco freqüentes, além disso, a maioria das informações disponíveis ainda não foram publicadas ou agrupadas em um banco de dados. As rodovias que servem aos estados de implantação do empreendimento e ao DF funcionam como comunicação entre o norte e o sul do país. Estes acessos rodoviários podem transportar pessoas infectadas de uma região para outra e permitir o transporte de insetos portadores de doenças. O número de casos de malária, dengue, elefantíase, febre amarela e leishmaniose de forma geral tem aumentado nestes estados e no DF, segundo dados disponíveis no Ministério da Saúde. Considera-se que o desmatamento, e, conseqüentemente, a ida dos insetos para o meio urbano, além de condições ruins de tratamento de esgoto e lixo em muitos municípios, sejam fatores determinantes desses números. As principais doenças causadas por mosquitos são apresentadas a seguir: Malária A malária é uma doença transmitida através da picada do pernilongo infectado.

No início da década de 90, a malária encontrava-se praticamente limitada a 79 municípios da região amazônica, no entanto, a movimentação de pessoas portadoras da doença para fora da região favoreceu sua propagação para outros estados. Considerando a Área de Influência Indireta do Gasoduto do Brasil Central, no ano de 2006, foram registrados em São Paulo 372 casos de malária, em Minas Gerais, 148 casos, em Goiás, 220 casos e no Distrito Federal, 51 casos segundo o Ministério da Saúde. Dengue O Ministério da Saúde divulgou, em fevereiro de 2008, que os casos de dengue no Brasil estão reduzindo. De acordo com a avaliação, foram notificados 32.122 casos de dengue nas primeiras cinco semanas de 2008, contra 53.224 registrados no mesmo período do ano anterior. Nos estados por onde passará o gasoduto foram registrados 254 casos em São Paulo, 1.762 em Minas Gerais, 2.171 em Goiás e 201 no Distrito Federal. O mosquito portador da dengue, Aedes aegypti, é totalmente adaptado ao ambiente urbano, sendo, também, transmissor da febre amarela. Febre Amarela A febre amarela é uma doença freqüente em regiões de florestas tropicais, em que o clima é quente e úmido, aparecendo, em destaque, na Amazônia e na região do Centro-Oeste. A doença é transmitida pelo

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mesmo mosquito transmissor da dengue. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2008 foram registrados no estado de São Paulo quatro casos da doença com duas mortes. Em Minas Gerais, o número de casos foi baixo, apenas dois casos sem ocorrência de mortes. Já em Goiás, este número foi um pouco maior, com 35 casos da doença e 17 mortes. No Distrito Federal foram registrados nove casos com quatro mortes. Elefantíase ou Filariose A elefantíase é transmitida pela picada do mosquito infectado com larvas de vermes conhecidos popularmente como filárias. Em São Paulo e Minas Gerais, são conhecidos 5 tipos de mosquitos que podem transmitir esta doença e em Goiás, dois tipos destes mosquitos. Leishmanioses Existem dois tipos de leishmaniose: a visceral e a cutânea. A primeira afeta o fígado, o baço e a medula óssea e a segunda causa lesões na pele, nariz, boca e garganta e também é conhecida com os nomes de ferida brava ou úlcera de Bauru. O mosquito transmissor da doença é popularmente conhecido como mosquito-palha ou birigui. Os casos de leishmaniose no Brasil aumentaram nos últimos anos. Com base nos dados do Ministério da Saúde, em 2001 foram confirmadas 2.806 infecções no Brasil. Em 2006, esse número saltou para 4.526. A taxa de mortalidade também subiu

em um ritmo semelhante. Cresceu de 169 mortes pela doença em 2001 para 308 em 2006. Em 2001, no estado de São Paulo, 94 pessoas estavam contaminadas e em 2006, esse número subiu para 289. O número de casos registrados de leishmaniose tende a aumentar na medida em que são realizadas investigações nas habitações humanas. O estado de Minas Gerais concentra o maior número de ocorrências de Leishmaniose da região Sudeste. Segundo dados do Ministério da Saúde foram registrados mais de 2500 casos de Leishmaniose Cutânea em 2001. Este número caiu para cerca de 1000 casos e em 2006 foi registrado um aumento para de mais de 1500 casos. Em Goiás, um trabalho realizado pelo Ministério da Saúde de 1990 a 2006, apontou uma média de 30 casos de Leishmaniose Visceral no período estudado. Em 2004, foram registrados, para este mesmo estado, 413 casos de Leishmaniose Cutânea e confirmados 14 de Leishmaniose Visceral.

Já no Distrito Federal, o número de casos de leishmanioses encontrado é muito pequeno, permanecendo assim ao longo dos anos. Conforme trabalho realizado pelo Ministério da Saúde de 1990 a 2006, foram registrados, em média, 100 casos de Leishmaniose Cutânea e 25 de Leishmaniose Visceral durante o período estudado.

É importante ressaltar a preocupação da população e das autoridades quanto ao controle, ou mesmo extinção, destas doenças. Tal

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preocupação estimula o avanço de pesquisas e o desenvolvimento de formas de prevenção através de vacinas ou testes para diagnóstico mais rápido, eficiente e barato para o Estado. Anfíbios e répteis Anfíbios e répteis são grupos importantes na estrutura de comunidades naturais sendo que, atualmente, são conhecidas mais de 5.000 espécies de anfíbios e mais de 8.000 espécies de répteis. Entretanto, mais de 80% dos dois grupos vivem em regiões em que a natureza está sendo rapidamente destruída pela ocupação humana. No Brasil são encontradas atualmente 836 espécies de anfíbios e 696 de répteis, sendo considerado o país com maior quantidade desses animais da América Central e do Sul. Os dados a seguir apresentarão a situação dos anfíbios e répteis presentes na Área de Influência Indireta do empreendimento, considerada dentro de uma faixa de 5 km para cada lado a partir dos limites da faixa de segurança, onde os impactos gerados pela implantação/operação do empreendimento deverão ser menores. O estudo dos animais presentes na região onde será implantado o gasoduto foi elaborado a partir de informações disponíveis em estudos já realizados em áreas próximas ao empreendimento e em materiais do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas. Destaca-se que a falta de informações sobre répteis e anfíbios

que vivem em região de Cerrado, dificultou uma análise precisa sobre as espécies na área de interesse, o que reforça a importância da obtenção de dados através de trabalhos de campo. Os dados serão apresentados separados por estado, de acordo com a seguinte ordem, SP, MG, GO e DF. Quadro 14 - Lista Preliminar das Espécies de Anfíbios prováveis de serem encontradas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e

no Distrito Federal.

Espécie São Paulo

Minas Gerais

Goiás Distrito Federal

Cobra-de-duas cabeças

x X

Perereca 34 tipos

15 tipos

19 tipos

10 tipos

Perereca-cabrinha

x

Perereca-carneirinho

x x X

Perereca-leopardo

x x x X

Perereca-martelo

x x

Perereca-verde

x 2 tipos x

Rã 24 tipos

14 tipos

14 tipos

12 tipos

Rã-assobiadora

x x x 2 tipos

Rã-cachorro x x x X Rã-da-pedra x x Rã-grilo x Rã-guardinha x x x Rã-manteiga x x X

Rãzinha 5 tipos

2 tipos

2 tipos

Rãzinha-da-mata

x x

Rãzinha-do-chão-da-mata

x

Sapinho 5 tipos

x 2 tipos

x

Sapinho-dourado

x

Sapo 3 tipos

3 tipos 3 tipos

3 tipos

Sapo-de-chifres

x x

Sapo-folha x

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Quadro 15 - Lista Preliminar das Espécies de Répteis prováveis de serem encontradas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e

no Distrito Federal.

Espécie São Paulo

Minas Gerais

Goiás Distrito Federal

Cágado 2 tipos

4 tipos

x

Calango 4 tipos

5 tipos

Calango-verde

x x x x

Cascavel x x

Cobra 5 tipos

12 tipos

11 tipos

8 tipos

Cobra-cipó

2 tipos

x

Cobra-corredeira

x 2 tipos

Cobra-de-duas cabeças

2 tipos

2 tipos x

Cobra-de-vidro

x x X x

Cobrinha x Coral x Coral-verdadeira

2 tipos

Falsa-coral

4 tipos

4 tipos

3 tipos

Jacaré x

Jararaca x 2 tipos

2 tipos

x

Jararaca-do-brejo

x x x

Jibóia arco-íris

x

Lagartixa x X

Lagarto 8 tipos

8 tipos

3 tipos

13 tipos

Sucuri x

Teiú x x 2 tipos

Os dados finais demonstram que a região possui potencial para abrigar uma grande riqueza de espécies, principalmente por envolver quatro estados diferentes Verificou-se que o estado de São Paulo apresentou a maior riqueza de espécies de anfíbios (84), enquanto o Distrito Federal foi o de menor riqueza (35). Quanto aos répteis, Minas Gerais sobressaiu-se frente aos demais (41 espécies), enquanto São Paulo apresentou a menor riqueza (28 espécies). No total foram

registradas 124 espécies de anfíbios e 78 de répteis. Aves O Brasil possui uma das mais ricas diversidades de aves do mundo, com uma estimativa recente de 1.822 espécies, sendo que, dessas, aproximadamente 900 espécies ocorrem no Cerrado. Isso faz com que seja o terceiro maior bioma em número de espécies de aves no país, atrás somente da Amazônia e da Mata Atlântica, o segundo quando se trata do número de espécies ameaçadas (36), perdendo somente para a Mata Atlântica. As principais ameaças sobre as aves brasileiras são a perda, degradação, diminuição do espaço onde vivem e a caça, especialmente para o comércio ilegal de animais. As espécies como mutuns e jacus, estão entre as mais prejudicadas pela diminuição do espaço onde vivem, porém as araras, papagaios; tucanos, araçaris, bicudo, pixoxó são igualmente prejudicados. Já a captura para criação em cativeiro e a caça predatória constituem as principais causas da diminuição destas espécies como o curió, a arara-azul-grande, inhambus, mutuns e jacus. No levantamento de aves para a AII do empreendimento foram identificadas 815 espécies de provável ocorrência na região. Considerando que ocorrem no cerrado brasileiro 900 espécies de aves é se de esperar que existam poucos registros ainda não confirmados nesta área.

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Mamíferos De acordo os dados consultados, foram registrados para a AII do empreendimento um total de 69 espécies de mamíferos, exceto morcegos. No estado de São Paulo, foram registrados um total de 27 espécies de mamíferos. Em Minas Gerais, um total de 48 espécies. No estado de Goiás, um total de 42 espécies e no Distrito Federal, um total de 53. As informações sobre as espécies de mamíferos relacionadas através de estudos realizados para a região de inserção do Gasoduto do Brasil Central para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e para a região administrativa do Distrito Federal são apresentados a seguir. O Quadro a seguir apresenta de forma comparativa as espécies reunidas. Quadro 16 - Lista Preliminar das Espécies de Mamíferos Ocorrentes em Ambientes de Cerrado nos Estados de São Paulo, Minas

Gerais, Goiás e no Distrito Federal.

Espécie São Paulo

Minas Gerais

Goiás Distrito Federal

Gambá X X X X

Cuíca 2 tipos

4 tipos

2 tipos

4 tipos

Cuíca-da-água

X X X

Cuíca da cauda grossa

X

Tatu-do-rabo-mole

X X X

Tatu-galinha

X X X

Tatu-galinha, tatuí

X X X X

Tatu-peba X X X X Tatu-canastra

X

Tamanduá-bandeira

X X X X

Tamanduá-mirim

X X X

Continua...

...Continuação

Espécie São Paulo

Minas Gerais

Goiás Distrito Federal

Mico-estrela X X X X 2 tipos de Macaco-prego

1 tipo 1 tipo 1 tipo 1 tipo

Guariba, Bugio

X X X X

Sauá, Guigó X Cachorro-do-mato

X X X X

Lobo-guará X X X X Raposinha X X Quati X X X X Mão-pelada X X X X Jaratataca X X X Irara, Papa-mel

X X X X

Furão X X X Lontra X X X Gato-mourisco

X X X X

Jaguatirica X X Gato-maracajá

X

Gato-do-mato-pequeno

X

Onça parda, suçuarana

X X X X

Onça-pintada

X

Caititu, cateto

X X X

queixada X Veado-mateiro

X X X

Veado-catingueiro

X X X X

Veado-campeiro

X X

15 tipos de Rato-do-mato

7 tipos

8 tipos 13 tipos

Rato-de-água

X X X

Preá X X X X Capivara X X X X 2 tipos de Ouriço cacheiro

1 tipo 1 tipo 1 tipo 1 tipo

Paca X X X X Cutia X X X Rato-de-espinho

X

Rato-marinheiro

X X

Caxinguelê X Tapeti X X X Lebre X TOTAL:69 27 48 42 53

A maior parte das 69 espécies de mamíferos encontradas para a Área de Influencia Indireta do gasoduto pode ser caracterizada por apresentar maior capacidade de se adaptar em diversos tipos de

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ambientes, podendo ocupar uma grande variedade de habitats e ocorrer em uma extensa área geográfica (inclusive em diferentes biomas). Foi observado que nove espécies registradas para os estudos consultados (13,04% do total registrado) encontram-se oficialmente ameaçadas de extinção no Brasil, todas na categoria vulnerável. O Estado de São Paulo apresentou cinco espécies ameaçadas de extinção sendo que duas são exclusivas do Estado. Minas Gerais apresentou 11 espécies ameaçadas sendo que quatro são listadas somente para o Estado. Goiás apresentou quatro espécies ameaçadas e o Distrito Federal 5 espécies, todas presentes na lista nacional. As principais ameaças aos mamíferos são a destruição do hábitat, desmatamento, caça, atropelamentos, parasitas, perda da fonte alimentar, perseguição e populações em declínio. Morcegos O estudo sobre a presença deste animais na Área de Influência Indireta do Gasoduto do Brasil Central foi baseado em literatura técnica/científica de outros estudos realizados nas regiões que abrangem o empreendimento. No Brasil ocorrem 164 espécies de morcegos, sendo cinco destas ameaçadas de extinção.

Serão apresentados, no quadro a seguir, as espécies de morcegos encontradas em SP, MG, GO e DF.

Quadro 17 - Espécies de Morcegos encontradas em ambientes de Cerrado no

estado de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal.

Espécies SP MG GO DF

Morcego Pescador

1 tipo

2 tipos

Morcego 23 tipos

31 tipos

29 tipos

29 tipos

Morcego Beija-Flor

3 tipos

3 tipos

3 tipos

3 tipos

Morceguinho do Cerrado

1 tipo 1 tipo

Morcego de Cauda Curta

1 tipo 1 tipo 1 tipo 1 tipo

Morcego de Frutas

3 tipos

2 tipos

2 tipos

2 tipos

Morcego de Listras brancas

1 tipo 1 tipo 1 tipo 1 tipo

Morcego de ombros amarelos

1 tipo 1 tipo 1 tipo 1 tipo

Morcego Vampiro

2 tipos

2 tipos

2 tipos

3 tipos

Morcego cauda de rato

2 tipos

2 tipos

1 tipo

34

36

38

40

42

44

46

São Paulo Minas Gerais Goiás Distrito Federal

Unidades Federativas

Núm

ero

de I

ndiv

íduo

s

Figura 44 - Relação das Espécies Listadas o cerrado, em Função das Unidades Federativas

atravessadas pelo gasoduto.

Deve-se ressaltar que ao longo de todo traçado do gasoduto, nenhuma caverna foi encontrada. Dessa forma, algumas das espécies de morcegos que vivem neste tipo de ambiente,

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provavelmente, não ocorrem na AII e foram incluídas neste levantamento de dados devido à falta de informações sobre os morcegos em ambientes de Cerrado. Apesar de algumas espécies relatadas nos estudos serem consideradas ameaçadas de extinção, as mesmas vivem em ambientes preservados ou cavernas. A maioria das espécies registradas são encontradas em regiões diversas, podendo ser capturadas tanto em ambientes preservados como em ambientes habitados pelo homem, sendo possível, portanto, seu aparecimento nas áreas de influência indireta deste empreendimento. Áreas de Interesse Ambiental As áreas de interesse ambiental são aquelas instituídas por decretos ou leis, que visam preservar, conservar e incentivar atividades ambientalmente sustentáveis, ou seja, atividades que utilizam recursos naturais causando menor prejuízo possível do meio ambiente. As áreas de interesse ambiental localizadas em uma faixa de 10 Km no entorno do eixo do Gasoduto incluem Unidades de Conservação, Parques Municipais, Parques Ecológicos, Estações Experimentais, Corredores Ecológicos e Áreas Prioritárias, que serão devidamente caracterizadas a seguir. Unidades de Conservação, Parques Municipais, Parques Ecológicos e Estações Experimentais As Unidades de Conservação são regiões delimitadas em são feitas a

conservação e recuperação de recursos naturais e de animais.

O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, define que as Unidades de Conservação são divididas em Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável.

O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias:

- Estação Ecológica; - Reserva Biológica; - Parque Nacional; - Monumento Natural, e - Refúgio de Vida Silvestre.

Já o Grupo das Unidades de Uso Sustentável é composto pelas seguintes categorias: - Área de Proteção Ambiental; - Área de Relevante Interesse

Ecológico; - Floresta Nacional; - Reserva Extrativista; - Reserva de Fauna; - Reserva de Desenvolvimento

Sustentável, e - Reserva Particular do Patrimônio

Natural. Serão aqui identificadas e caracterizadas as unidades de conservação federais, estaduais e municipais inseridas num raio de 10Km do eixo do Gasoduto do Brasil Central. Adotou-se, no presente estudo uma categoria mais ampla como forma de se ter uma maior quantidade e

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qualidade de informações sobre o assunto. Para a realização do presente diagnóstico foram feitas pesquisas junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Sustentáveis - IBAMA; aos órgãos ambientais estaduais, incluindo a Agência Estadual de Meio Ambiente em São Paulo, o Instituto Estadual de Florestas – IEF, em Minas Gerais, a Agência Ambiental de Goiás, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMARH em Brasília e órgãos municipais, incluindo prefeituras e secretarias relacionadas. A seguir serão apresentadas as unidades de conservação listadas para a área do empreendimento. São Paulo

Quadro 17 – Unidades de Conservação e Estação Experimental localizadas a 10 Km do eixo do traçado do Gasoduto do Brasil Central

- São Paulo.

Unidade de Conservação Município

Estação Ecológica São Carlos São Carlos

Estação Ecológica Jataí Luiz Antônio

Estação Ecológica de Ribeirão Preto Ribeirão Preto

Estação Experimental de Luiz Antônio Luiz Antônio

Minas Gerais

Quadro 18 – Unidades de Conservação e Parques Municipais localizados a 10 Km do

eixo do traçado do Gasoduto do Brasil Central – Minas Gerais.

Unidade de Conservação Município

Área de Proteção Ambiental Estadual do Rio Uberaba

Uberaba

Parques Municipais Município

Parque Municipal do Óleo Uberlândia

Parque Municipal Luizote de Freitas Uberlândia

Parque Municipal Mansour Uberlândia

Parque Municipal Santa Luzia Uberlândia

Parque Municipal do Sabiá Uberlândia

Parque Municipal da Mata Carrinho Uberaba

Goiás e Distrito Federal

Quadro 19 – Unidades de Conservação e Parques Ecológicos localizados a 10 Km do

eixo do traçado do Gasoduto do Brasil Central – Goiás e Distrito Federal.

Unidade de Conservação

Município ou Região Administrativa (UA)

Área de Proteção Ambiental do Planalto Central

Distrito Federal

Área de Relevante Interesse Ecológico Parque JK

Taguatinga, Ceilândia e Samambaia (UA)

Parques Ecológicos Unidade Administrativa (UA)

Parque Ecológico e Vivencial Recanto das Emas

Recanto das Emas (UA)

Parque Ecológico Recreativo Taguatinga

Taguatinga (UA)

Parque Ecológico Três Meninas

Samambaia (UA)

Parque Ecológico Gatumé Samambaia (UA) Parque Ecológico Metropolitano

Ceilândia (UA)

Parque Ecológico da Lagoinha Ceilândia (UA)

Parque Ecológico das Corujas Ceilândia (UA)

Corredores Ecológicos De forma geral, são denominados corredores ecológicos as regiões

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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naturais que ligam unidades de conservação. Através do mapeamento elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente (2008) foi possível identificar um corredor ecológico abrangendo áreas dos municípios de Alexânia, Abadiânia e Santo Antônio do Descoberto, no estado de Goiás. A área total ocupada pelo corredor é de aproximadamente 500.000 ha, onde são desenvolvidas atividades de apoio às políticas locais de preservação da vegetação e dos animais, de saneamento ambiental, de educação ambiental e turismo ecológico, valorizando o conhecimento, a cultura e a arte popular. Áreas Prioritárias As áreas de conservação prioritárias são classificadas pelo IBAMA em áreas de prioridade alta, muito alta, extremamente alta e insuficientemente conhecida. As áreas prioritárias, devidamente classificadas, que por sua vez encontram-se inseridas entre 10 Km do eixo do traçado do gasoduto são apresentadas no quadro a seguir:

Quadro 20 – Áreas prioritárias e Localizadas a 10 Km do Eixo do Traçado do Gasoduto do Brasil Central. Estados de São Paulo, Minas

Gerais, Goiás e Distrito Federal.

SÃO PAULO Áreas prioritárias Municípios

Dourado – Ribeirão Bonito

São Carlos e Ibaté

São Carlos - Itirapina

São Carlos

Descalvado São Carlos, Ibaté, Luiz Antônio, Américo Brasiliense e Santa Lúcia

Luis Antônio – Santa Rita

Luiz Antônio, Guatapará e Rincão

MINAS GERAIS Áreas prioritárias Município Matas de Tupaciguara

Tupaciguara

GOIÁS Áreas prioritárias Município

Matas de Itumbiara

Itumbiara, Buriti Alegre e Morrinhos

Santo Antônio do Descoberto

Santo Antônio do Descoberto, Alexânia e Distrito Federal

Itumbiara Itumbiara, Buriti Alegre e Morrinhos DISTRITO FEDERAL

Áreas prioritárias

Município

Descoberto Santo Antônio do Descoberto, Alexânia e Distrito Federal

MEIO SOCIOECONÔMICO � Introdução O presente capítulo tem por objetivo apresentar as características sociais e econômicas dos municípios afetados pelo Gasoduto do Brasil Central. � Área de Estudo O estudo, aqui apresentado, tem por objetivo apresentar as características sociais e econômicas da Área de Influência Indireta – AII do empreendimento, a saber de todos os municípios e regiões administrativas interceptados pelo traçado. A análise social e econômica dos municípios que compõem a Área de

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Influência Indireta do empreendimento foi feita enfocando-se os indicadores de população residente (total, rural e urbana) e a taxa anual de crescimento da população, com base em dados dos Censos Demográficos de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal para os anos de 1970, 1980, 1991 e 2000 e a Contagem de População para os anos de 1996 e 2007 da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Utilizou-se também de dados obtidos do Censo Agropecuário de Minas Gerais (1996), da Produção Agrícola Municipal (2006), da Pesquisa da Pecuária Municipal (2006) e do Ministério do Trabalho e Emprego/Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, bem como, outros estudos e documentos relativos ao assunto. Também foram obtidos dados importantes nos levantamentos de campo. São Paulo Caracterização Geral Segundo o Censo Demográfico 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado de São Paulo registrou uma população de 37.032.403 habitantes, dos quais 34.592.851 (93,4%) residindo em sua área urbana e 2.439.552 (6,6%) em sua área rural. Indicador fundamental para se avaliar o desempenho econômico de determinado município, região ou país, o Produto Interno Bruto – PIB do estado de São Paulo correspondeu, em 2005, a R$ 727.052.820.000,00, segundo dados da Fundação Estadual de Análise de

Dados - Fundação SEADE/Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo. Quanto aos empregos formais, de acordo com os dados relativos ao ano de 2007, divulgados pelo Ministério do Trabalho, destaca a parcela da população ocupada nos setores terciário (comércio e serviços) e secundário (indústria e construção civil). Já as atividades ligadas à agropecuária (setor primário) não são tão expressivas. No estado de São Paulo a Área de Influência Indireta do empreendimento compreende os municípios de Cravinhos, Jardinópolis, Luis Antônio, Ribeirão Preto, Guatapará, Sales Oliveira, Orlândia, São Joaquim da Barra, Guará, Ituverava, Buritizal, Aramina, Igarapava, Santa Lúcia, Rincão, Américo Brasiliense, São Carlos e Ibaté. Caracterização dos municípios afetados no estado de São Paulo Américo Brasiliense Dimensão Histórica A povoação de Américo Brasiliense iniciou-se em 1854 com o plantio de café na região. Após uma crise no mercado de café que durou até 1943, a região voltou a se desenvolver com a instalação de usinas de açúcar e indústrias metalúrgicas. Atualmente, a população é de cerca de 30 mil habitantes.

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� Saúde

No município de Américo Brasiliense encontra-se uma das mais modernas unidades hospitalares da região: o Hospital “Dr. José Nigro Neto”. Com equipamentos de ponta e de grande qualidade. � Educação

Constam no município de Américo Brasiliense: - Cinco creches (três municipais e

duas particulares); - Oito estabelecimentos com

ensino pré-escolar (cinco municipais e três particulares);

- Um estabelecimento que oferece a educação especial, pertencente à rede municipal;

- Nove estabelecimentos com ensino fundamental (três estaduais, quatro municipais e dois particulares);

- Quatro estabelecimentos com ensino médio (três estaduais e um particular);

- Quatro estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (dois estaduais e dois particulares).

Américo Brasiliense não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistemas de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário O Departamento de Água e Esgoto – DAE é o responsável pelos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário de Américo Brasiliense.

Américo Brasiliense não conta com Estação de Tratamento de Esgoto – ETE e o lixo é diariamente coletado e enviado para o aterro sanitário de Araraquara. Dimensão Econômica � Utilização das Terras Quadro 21 Utilização das Terras Município de

Américo Brasiliense/SP 1996.

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

1.275,772 10,2

Lavouras temporárias

9.069,280 72,7

Lavouras temporárias em descanso

5,000 0,0

Pastagens naturais

210,139 1,7

Pastagens plantadas

330,720 2,6

Matas e florestas naturais

238,940 1,9

Matas e florestas plantadas (artificiais)

1.000,900 8,0

Terras produtivas não utilizadas

225,500 1,8

Terras inaproveitáveis

140,496 1,1

Total 12.496,747 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Setor primário: agricultura e pecuária; Setor secundário: indústria e construção civil; Setor terciário: comércio e serviços.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Quadro 22 População Ocupada por Setores Econômicos Município de Américo Brasiliense

2006.

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 2.660 41,6 Setor Secundário 1.632 25,5 Setor Terciário 2.105 32,9 Total 6.397 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação Américo Brasiliense conta com a revista FATOS Nossa terra, Nosso povo (edição mensal) e com o Jornal Correio da Região (semanário) e Tribuna de Araraquara. Nas bancas da cidade são vendidos outros jornais de São Paulo como “Folha de São Paulo” e “Estado de São Paulo”. O município conta com uma Rádio Comunitária da Igreja Católica. Em termos de telefonia móvel dispõe dos serviços da Claro, Vivo e TIM. Possui, ainda, as seguintes emissoras de televisão: Rede Mulher (Araraquara), TV ARA (Araraquara), TV Ibitinga (Ibitinga), TV Matão (Matão), EPTV Central – Rede Globo (São Carlos) e TVE São Carlos (São Carlos). Energia Elétrica Estão próximos ao município: as linhas de transmissão de energia elétrica com rogiem em Furnas e Itaipu, o gasoduto vindo da Bolívia e um terminal de distribuição de petróleo, operado conjuntamente por todas as distribuidoras existentes no País. Serviços Bancários Funcionam em Américo Brasiliense, as agências dos Bancos Santander,

Nossa Caixa, Nosso Banco, Banco do Brasil S.A. e Bradesco S.A. Segurança O município conta com destacamento da Polícia Militar e uma delegacia de Polícia Civil, além de uma cadeia pública. Dispõe também de Vara Distrital da Justiça Estadual. A cidade de Américo Brasiliense beneficia-se de baixos índices de violência urbana; as poucas existentes dizem respeito a brigas em bares da cidade e ao consumo de drogas. Comércio O comércio do município dispõe das mais variadas atividades, não trazendo dificuldades às necessidades do cidadão. Área de Expansão do Município O Plano Diretor prevê o crescimento da cidade em direção a Araraquara. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Américo Brasiliense conta com a Associação Comercial e Industrial, Associações Comunitárias e uma Maçonaria – com sede em construção. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Américo Brasiliense conta com o Auditório da Biblioteca Pública e Biblioteca – Centro de Línguas.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Está localizado no município o Clube Náutico um dos mais completos clubes de campo do Brasil, com área de lazer de excelente qualidade. Américo Brasiliense dispõe também de um clube urbano, o Americano Futebol Clube, destinado às atividades sociais, com Bailes e Domingueiras, bem como, várias casas noturnas que proporcionam shows nos finais de semana. � Principais Eventos

As principais celebrações de Américo Brasiliense são: Carnaval (fevereiro/março), Festa de Aniversário da Cidade (21/03), “Rodeo Fest” (setembro) e Festa da Padroeira Nossa Senhora Aparecida (12/10). Aramina Dimensão Histórica Embora o município tenha começado a ser povoado por volta de 1905, seu crescimento só ocorreu a partir de 1910, com a chegada dos trilhos da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Atualmente a população é composta por cerca de 5 mil habitantes. � Saúde

O município de Aramina não dispõe de hospital. Os casos mais graves são encaminhados para Uberaba/MG, Igarapava/SP, Ribeirão Preto/SP e cidade de São Paulo. O Centro de Saúde da cidade tem 13 médicos. � Educação

Constam no município de Aramina: - Uma creche (municipal);

- Um estabelecimento com ensino pré-escolar (municipal);

- Dois estabelecimentos com ensino fundamental (um estadual e um municipal);

- Um estabelecimento com ensino médio (estadual).

O município não tem estabelecimentos que oferecem a EJA - Educação de Jovens e Adultos, a educação profissional (ensino técnico), assim como, não tem instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário O Serviço de Água e Esgoto de Aramina - SAEA é o responsável pelo saneamento básico de Aramina. O município possui um aterro sanitário administrado pela Prefeitura Municipal. Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 23 - Utilização das Terras Município de Aramina/SP 1996.

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

58,685 0,4

Lavouras temporárias 12.180,427 70,0 Lavouras temporárias em descanso

106,780 0,6

Pastagens naturais 2.532,859 14,6 Pastagens plantadas 638,050 3,7 Matas e florestas naturais

443,500 2,5

Matas e florestas plantadas (artificiais)

13,310 0,1

Terras produtivas não utilizadas

26,990 0,2

Terras inaproveitáveis 1.389,251 7,9 Total 17.389,852 100.0

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

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� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 24 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Aramina 2006.

Setor de Atividade

Total Participação Relativa (%)

Setor Primário 89 18,9 Setor Secundário 4 0,8 Setor Terciário 379 80,3 Total 472 100.0

Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação Em Aramina tem o Jornal “Jumbinho” com uma página dedicada ao município. Nas bancas da cidade são vendidos outros jornais de São Paulo como “Folha de São Paulo” e “Estado de São Paulo”. Dispõe da Rádio comunitária “Aramina FM”. Em termos de serviços de telefonia móvel tem-se a CTBC, Claro e TIM. Serviços Bancários Aramina conta com apenas uma agência bancária. Segurança Existe no município um destacamento da Polícia Militar e uma Delegacia de Polícia Civil. As ocorrências mais freqüentes são de roubos e furtos. Comércio O comércio local não atende aos moradores do município. A referência para as compras é a cidade de Igarapava/SP.

Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Quanto às instituições atuantes no município de Aramina tem-se a Casa da Agricultura, a Associação Comercial e Industrial de Aramina, a Organização Comercial de Aramina – OCA e a Associação Comunitária Amigos do Meio Ambiente e Circuito dos Lagos. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Aramina possui uma Biblioteca Pública. Em termos de lazer dispõe do Centro de Lazer Municipal de Aramina com quadra, campo de futebol e piscina. � Principais Eventos

As principais celebrações de Aramina são: Carnaval (fevereiro/março), Aniversário da cidade (dia 4 de abril), Festa do Peão (Fim de semana próximo ao aniversário da cidade), Festa do Padroeiro Santo Antônio (13 de junho), Festas juninas (junho), Festa de Nossa Senhora Aparecida e Dia das Crianças (12/10) e Reveillon. Buritizal Dimensão Histórica O arraial de Buritis foi fundado por João Ignácio dos Santos e Manoel Dias Ferreira, que vieram de Minas Gerais para se estabelecer, em 1850, na fazenda Buritis, nome que se deve à grande quantidade de coqueiros da espécie “buriti” existente no local. Em 30 de novembro de 1944, o nome do município foi alterado para Buritizal.

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A população atual é de cerca de 3.800 mil habitantes. � Saúde

O município de Buritizal não possui hospital. Conta com um Centro de Saúde que oferece, além de consultas, atendimento nas áreas de enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, laboratório e psicologia. Os casos mais graves são encaminhados para Ituverava/SP (convênio com a Santa Casa de Ituverava). � Educação

Constam no município de Buritizal: - Uma creche (particular); - Um estabelecimento com

ensino pré-escolar (municipal); - Dois estabelecimentos com

ensino fundamental (ambos municipais);

- Um estabelecimento com ensino médio (estadual).

Buritizal não conta com estabelecimentos que oferecem a EJA – Educação de Jovens e Adultos, a educação profissional (ensino técnico), assim como, com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário

O município conta com Estação Tratamento de Água (ETA) e Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). O aterro sanitário utilizado pelo município está localizado em Guará (distância 45 km). A Prefeitura Municipal de Buritizal assinou um convênio com o governo do Estado de São Paulo para sua utilização.

Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 25 - Utilização das Terras Município de Buritizal/SP 1996.

Discriminação Utilização das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes 421,743 1,9 Lavouras temporárias 6.213,383 27,3 Lavouras temporárias em descanso

187,550 0,8

Pastagens naturais 3.633,905 16,0 Pastagens plantadas 8.742,101 38,4 Matas e florestas naturais

1.964,792 8,6

Matas e florestas plantadas (artificiais)

288,140 1,3

Terras produtivas não utilizadas

16,940 0,1

Terras inaproveitáveis 1.306,722 5,6 Total 22.775,276 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 26 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Buritizal 2006.

Setor de Atividade Total Participação Relativa (%)

Setor Primário 117 8,2 Setor Secundário 987 69,4 Setor Terciário 318 22,4 Total 1.422 100.0

Fonte: IBGE, 2006. � Infra-estrutura

Comunicação Buritizal conta com o jornal local mensal “Região em Destaque” e o Jornal “Jumbinho” de São Joaquim da Barra (semanal) contendo informações específicas sobre o município. Nas bancas da cidade são vendidos outros jornais de São Paulo, como “Folha de São Paulo” e “Estado de São Paulo”. Possui também a “Rádio Comunitária Aliança – FM”. Em termos de serviços

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de telefonia móvel o município conta com as operadoras Claro e TIM. Segurança O município dispõe de uma delegacia, porém não tem cadeia pública. Os condenados vão para a prisão de Igarapava/SP. Há seis policiais militares que trabalham em sistema de rodízio e duas viaturas. As principais ocorrências policiais dizem respeito a furtos e brigas nos bares da cidade. Comércio O comércio da cidade não atende à população, sendo necessário recorrer a outros municípios, preferencialmente Franca, Ribeirão Preto e Ituverava. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Existe em Buritizal o Sindicato Rural, a Associação Comercial e Industrial, a Casa da Agricultura e Associações Comunitárias dos Bairros Morada do Sol e Planalto da Saúde. Dimensão Ambiental Buritizal não possui Secretaria ou Departamento de Meio Ambiente. Dispõe de uma engenheira responsável pelos assuntos referentes às questões ambientais do município. Não conta também com Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Buritizal possui três bibliotecas (duas em escolas e uma Municipal) e uma sala de vídeo na Biblioteca Municipal. Vale ressaltar que o município tem várias cachoeiras. O principal ponto de visitação é a cachoeira Véu das Noivas, onde nas proximidades foi construído um clube de campo com chalés e piscina. Em termos de lazer tem-se ainda o Poliesportivo com quadra coberta, pista de atletismo, campo de futebol, quadra de areia e academia e o “Esperança Futebol Clube”, com campo de futebol e sede social. � Principais Eventos

As principais celebrações de Buritizal são: Festa junina nas escolas (junho), “EXPOGALE” (Exposição do Gado Leiteiro - 04 a 07 de setembro) e aniversário da cidade (8 de Setembro). Cravinhos Dimensão Histórica A fundação de Cravinhos, em 19 de março de 1876, deve-se ao estabelecimento da família Pereira Barreto, vinda do Rio de Janeiro, na região conhecida como Canta Gallo. Por volta de 1886, também chegaram à cidade outras famílias importantes como as de Feliciano Dias da Costa, de Domiciliano Fagundes e de Francisco Rodrigues dos Santos Bonfim. O nome Cravinhos surgiu pela imensa quantidade de cravinas – cravos

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pequenos – existentes nas imediações das moradias locais. A população atual do município e de cerca de 29.300 mil habitantes. � Saúde

O município de Cravinhos conta com um hospital, a Santa Casa. � Educação

Constam no município de Cravinhos: - Sete creches (duas municipais e

cinco particulares); - 13 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (seis municipais e sete particulares);

- Um estabelecimento que oferece a educação especial, pertencente à rede particular;

- Nove estabelecimentos com ensino fundamental (três estaduais, quatro municipais e dois particulares);

- Cinco estabelecimentos com ensino médio (três estaduais e dois particulares);

- Quatro estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (três estaduais e um municipal).

Cravinhos não conta com estabelecimentos de ensino profissional (ensino técnico), nem com instituições de ensino superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário Cravinhos não possui Estação de Tratamento de Água - ETA. A água, de excelente qualidade, é captada nos poços artesianos e atende toda a população. A Estação de Tratamento

de Esgoto - ETE está em fase de conclusão. O município não possui aterro sanitário. Dispõe apenas de um lixão. Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 27 - Utilização das Terras Município de Cravinhos/SP, 1996.

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

1.615,410 6,0

Lavouras temporárias

18.807,578 69,7

Lavouras temporárias em descanso

458,896 1,7

Pastagens naturais

2.196,541 8,1

Pastagens plantadas

995,845 3,7

Matas e florestas naturais

826,134 3,1

Matas e florestas plantadas (artificiais)

133,469 0,5

Terras produtivas não utilizadas

292,047 1,1

Terras inaproveitáveis

1.647,948 6,1

Total 26.973,868 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham.

Quadro 28 - População Ocupada Por Setores Econômicos Município de Cravinhos, 2006.

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 1.147 19,1 Setor Secundário 2.201 36,6 Setor Terciário 2.659 44,3 Total 6.007 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

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� Infra-estrutura

Comunicação Cravinhos conta com o Jornal Tribuna Regional (semanal). Nas bancas da cidade são vendidos outros jornais de São Paulo como “Folha de São Paulo” e “Estado de São Paulo”, além dos assinantes. O município dispõe da Rádio Comunitária Cravinhos FM e em termos de telefonia móvel conta com os serviços das operadoras Claro, Tim, CTBC – Telecom e Vivo. Segurança Cravinhos possui destacamento da Polícia Militar, uma delegacia de Polícia Civil e Fórum. A maior parte das ocorrências policiais diz respeito aos furtos, roubos e drogas. Comércio O comércio local atende satisfatoriamente aos moradores do município. Porém, Ribeirão Preto permanece como referência para as compras. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Cravinhos possui os seguintes órgãos/instituições: Associação Comercial e Industrial de Cravinhos, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato dos Servidores Municipais, SEBRAE, Banco do Povo, Posto de Atendimento ao trabalhador, Casa de Agricultura, quatro associações de bairro, ONG Sara (Serviço de Aprendizagem Rural ao Adolescente), SUTACO (órgão do governo Estadual que estimula o artesanato local).

Dimensão Cultural

� Equipamentos Culturais e de Lazer

Em termos de equipamentos culturais e de lazer, tem-se: Museu Histórico e Artístico Municipal, Biblioteca, Teatro, Memorial Casa Libanesa – Espaço Cultural de Cravinhos (biblioteca, arquivo municipal, espaço para oficinas culturais e centro digital). Cravinhos possui três clubes (Cravinho Tênis Clube, Clube Recreativo Literário e Esportivo de Cravinhos e Clube Atlético de Cravinhos). � Principais Eventos

As principais celebrações de Cravinhos são: Folia de Reis (janeiro/julho), Carnaval (fevereiro/março), Aniversário da cidade e Festa do Padroeiro São José (19/03), Festa Junina (junho) e Festa do Peão (setembro). � Bens Culturais Materiais e Imateriais

O Grupo Escolar João Nogueira é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo - CONDEPHAAT. Pelo município são tombados os seguintes bens culturais: Museu Histórico e Artístico Municipal (conjunto de casas), Prédio da Delegacia de Polícia, Prefeitura, Mercado Municipal, Igreja São Benedito, Estação Ferroviária Mogiana, Praça Central Manoel Arantes Nogueira, Casa das Irmãs Franciscanas Sagrada Conceição e o Antigo Prédio do Matadouro Municipal.

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Guará Dimensão Histórica O nome de Guará, que em tupi significa “garça”, foi dado ao município devido à grande quantidade desse tipo de ave presente no lugarejo. O desenvolvimento do povoado foi promovido pela passagem da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, no início do século XX. Atulamente a população é de cerca de 18.600 mil habitantes. Dimensão Social � Saúde

Guará possui a Santa Casa de Misericórdia, cinco postos de saúde (PSF), um centro de reabilitação e um centro de assistência bucal. Os casos mais graves são encaminhados para a cidade de Ituverava. � Educação

Constam no município de Américo Brasiliense: - Duas creches (uma municipal e

uma particular); - Dois estabelecimentos com

ensino pré-escolar (um municipal e um particular);

- Um estabelecimento que oferece a educação especial, pertencente à rede particular;

- Sete estabelecimentos com ensino fundamental (um estadual, cinco municipais e um particular);

- Três estabelecimentos com ensino médio (um estadual, um particular e um municipal);

- Quatro estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e

Adultos (um estadual e três particulares).

Guará não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário estão sob a responsabilidade da empresa Águas de Guará. O município conta com Estação de Tratamento de Água - ETA e Estação de Tratamento de Esgoto – ETE. Guará possui aterro sanitário administrado pela empresa AMBITEC Ltda. Dimensão Econômica � Utilização das Terras Quadro 29 - Utilização das Terras Município

de Guará/SP, 1996.

Discriminação Utilização das Terras (há)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

359,360 1,3

Lavouras temporárias

17.509,863 62,7

Lavouras temporárias em descanso

2.739,060 9,8

Pastagens naturais 1.278,124 4,6 Pastagens plantadas

4.196,310 15,0

Matas e florestas naturais

421,660 1,5

Matas e florestas plantadas (artificiais)

134,390 0,5

Terras produtivas não utilizadas

170,610 0,6

Terras inaproveitáveis

1.119,322 4,0

Total 27.928,699 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo –

1996.

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� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 30 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Guará, 2006.

Setor de Atividade Total Participação Relativa (%)

Setor Primário 166 8,0 Setor Secundário 519 25,0 Setor Terciário 1.394 67,0 Total 2.079 100.0

Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação Guará conta com os seguintes jornais: “Enfoque” (bimestral) e “Cristal” (bimestral). A população recebe ainda o “Jumbinho” e “Folha Alto Mogiana”. Nas bancas da cidade são vendidos outros jornais de São Paulo como “Folha de São Paulo” e “Estado de São Paulo”, além dos assinantes. Possui a Rádio “Cristal FM”. Em termos de telefonia móvel, o município dispõe dos serviços da CTBC, Claro e Tim. Segurança Existe no município um destacamento da Polícia Militar com 18 policiais, uma delegacia de Polícia Civil, uma cadeia pública e Fórum. As ocorrências mais freqüentes são roubos e furtos. Comércio O comércio local atende satisfatoriamente os moradores do município.

Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Guará conta com os seguintes órgãos/associações/entidades: Casa da Agricultura, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Associação Comercial e Industrial de Guará (ACI), Associação dos Produtores Rurais, Sindicato dos Funcionários Públicos, Lions, Rotary, Agenda 21, Sebrae/SENAR e Maçonaria. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Como equipamentos culturais têm-se cinema e biblioteca. Para o lazer, Guará conta com clube, campo de futebol, poliesportivo e quadras. � Principais Eventos

As principais celebrações de Guará são: Festa de Folia de Reis (janeiro), Festa dos padroeiros São Sebastião (janeiro) e Santo Antônio (junho), Carnaval (fevereiro/março), Feira da Solidariedade (maio), Corpus Christi (maio/junho), Festas juninas (junho), Festa do Peão (agosto), Aniversário da Cidade (15/09), Festa da Criança (outubro), Natal e Ano Novo. Guatapará Dimensão Histórica Em 1938, o então Prefeito de Ribeirão Preto, Fábio de Sá Barreto, por criou o Distrito de Guatapará, cuja sede era localizada na Fazenda Guatapará. A sede do Distrito permaneceu na fazenda até 1962. A região ficou conhecida por ser uma

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das maiores produtoras de café do país. Em novembro de 1989, foi criado o município de Guatapará. Entretanto, somente em 1992, a cidade pôde eleger o seu Prefeito e os seus Vereadores. Atualmente o município tem cerca de 6.200 mil habitantes. � Saúde

O município possui uma Unidade Básica de Saúde - UBS que dispõe dos serviços essenciais, além de cinco ambulâncias. Os casos mais graves são encaminhados para Ribeirão Preto, Batatais, Sertãozinho, Bauru e Franca. � Educação

Constam no município de Guatapará: - Dois estabelecimentos com

ensino pré-escolar (ambos municipais);

- Dois estabelecimentos com ensino fundamental (ambos municipais);

- Um estabelecimento com ensino médio (estadual);

- Dois estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (um estadual e um municipal).

Guatapará não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário

Guatapará não possui Estação de Tratamento de Água – ETA. Já a colônia japonesa (Bairro Mombuca) conta com uma pequena estação de tratamento. A Estação de Tratamento de Esgoto - ETE também só se faz presente na colônia japonesa. O município não possui aterro sanitário próprio. Os resíduos são depositados em aterro sanitário que atende outros municípios da região. Dimensão Econômica � Utilização das Terras Quadro 31 - Utilização das Terras Município

de Guatapará/SP, 1996.

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

181,675 2,7

Lavouras temporárias

3.793,690 57,0

Lavouras temporárias em descanso

211,320 3,2

Pastagens naturais 892,580 13,4 Pastagens plantadas

433,036 6,5

Matas e florestas naturais

338,630 5,1

Matas e florestas plantadas (artificiais)

39,670 0,7

Terras produtivas não utilizadas

567,202 8,5

Terras inaproveitáveis

194,097 2,9

Total 6.651,900 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro a seguir será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham.

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Quadro 32 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Guatapará, 2006.

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 294 36,7 Setor Secundário 61 7,6 Setor Terciário 446 55,7 Total 801 100.0

Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação Guatapará não possui rádio e jornais locais. Recebe semanários da região e jornais de São Paulo (Folha de São Paulo). Em termos de telefonia móvel conta com os serviços da Vivo, Claro, TIM e Nextel. Segurança Em Guatapará não há Fórum nem tampouco cadeia pública. O município possui Polícia Civil e Destacamento de Polícia Militar. As principais ocorrências são furtos e roubos. Comércio Ribeirão Preto é a referência comercial para os moradores, já que o comércio local atende apenas o essencial. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Em termos de instituições tem-se a Associação do Bairro Jardim Maria Luísa e da Mombuca e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. A Casa da Agricultura está sendo implementada, salientando que o município já conta com um agrônomo contratado pela Prefeitura Municipal.

Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

O município não conta com equipamentos culturais e em termos de lazer possui o Clube Centro Esportivo, Campos de Futebol, Ginásio Poliesportivo e quadras. � Principais Eventos

As principais celebrações são: Carnaval; dia do Padroeiro São Pedro (29/06) com festa na praça central da cidade; Festa da Colheita no Bairro Mombuca (julho) e aniversário da cidade com festividades na praça (05/11). Ibaté Dimensão Histórica A então Vila de Ibaté desenvolveu-se com a economia baseada no cultivo do café. No dia 30 de dezembro de 1953 Ibaté foi finalmente elevada a categoria de Município. No ano seguinte foi eleito o primeiro prefeito, Donato Rocitto. Atualmente a população do município é de cerca de 28 mil habitantes. Dimensão Social O sistema de saúde do município de Ibaté está assim estruturado: um � Saúde

Hospital Geral; seis Postos de Saúde e um ambulatório. Os casos mais graves são encaminhados para atendimento nas

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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cidades de São Carlos, Araraquara e Ribeirão Preto. � Educação

Constam no município de Ibaté: - Quatro creches (três municipais

e uma particular); - Sete estabelecimentos com

ensino pré-escolar (seis municipais e um particular);

- Um estabelecimento que oferece a educação especial, pertencente à rede particular;

- 11 estabelecimentos com ensino fundamental (quatro estaduais, seis municipais e um particular);

- Cinco estabelecimentos com ensino médio (quatro estaduais e um particular);

- Cinco estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (dois estaduais e três municipais).

Ibaté não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem como com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário Em Ibaté não há Estação de Tratamento de Água/ETA. A água é captada através de poços artesianos profundos. O município fornece 100% de água canalizada e tratada para toda a população urbana, rural e do distrito industrial. A água é classificada como de ótima qualidade para o consumo humano. Apenas o distrito industrial não é atendido pela Estação de Tratamento de Esgoto – ETE de Ibaté.

O município de Ibaté possui um aterro sanitário. Dimensão Econômica � Utilização das Terras Quadro 33 - Utilização das Terras Município

de Ibaté/SP, 1996.

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

1.844,065 5,3

Lavouras temporárias

13.702,970 39,7

Lavouras temporárias em descanso

2,210 0,0

Pastagens naturais

3.275,988 9,5

Pastagens plantadas

5.766,624 16,7

Matas e florestas naturais

3.601,622 10,4

Matas e florestas plantadas (artificiais)

5.236,981 15,2

Terras produtivas não utilizadas

48,376 0,1

Terras inaproveitáveis

1.053,952 3,1

Total 34.532,788 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 34 - População Ocupada Por Setores

Econômicos Município De Ibaté, 2006.

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 404 8,5 Setor Secundário 1.753 37,1 Setor Terciário 2.573 54,4 Total 4.730 100.0

Fonte: IBGE, 2006.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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� Infra-estrutura

Comunicação Ibaté conta com os seguintes jornais: “A Folha”, “Gazeta Central”, “Folha de Ibaté” e “Primeira Página”. O município recebe ainda a “Folha de São Paulo” e o “Estado de São Paulo”. Conta com as rádios “Rádio DBC FM” e Rádio Comunitária. Os serviços de telefonia móvel são prestados pela TIM, Vivo e Claro. Segurança Ibaté possui Polícia Militar do Estado de São Paulo (38º BPM/I, 2ª CIA/PM, 2º. Pelotão/PM), Delegacia de Polícia Civil e Guarda Municipal com 29 guardas e três viaturas. As principais ocorrências são furtos, roubos, lesões corporais, homicídio e problemas com drogas. Comércio No que diz respeito aos alimentos, o município abastece sua população. No que se refere à compra de eletrodomésticos e peças do vestuário a referência é a cidade de São Carlos e até mesmo São Paulo. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

As principais associações, órgãos e sindicatos são: Sindicato dos Servidores Municipais; Sindicato dos Trabalhadores Rurais; Sindicato Rural (a referência é o escritório de São Carlos/SP); Associação Comercial, Industrial e Pecuária de Ibaté – ACIPI; Casa da Agricultura; Associação dos Deficientes Físicos – ADEFI; Centro de Convivência dos Idosos; ONG: “Amigos da Biblioteca”, localizada na Biblioteca Pública e

Associação dos Amigos dos Bairros Jardim Icaraí, Jardim Cruzado e Popular. Dimensão Ambiental Embora Ibaté conte com uma Diretoria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, não há ainda em sua estrutura uma assessoria/coordenadoria voltada exclusivamente para a área ambiental. Também não tem Conselho Municipal de Meio Ambiente. No município não há organização não governamental ou entidade que atue na área ambiental. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Ibaté conta com os Salões de Festas (GREI – Grêmio Recreativo de Ibaté); APAE (Salão “Roda Viva”); vários Centros Culturais; Centro Comunitário da Prefeitura e Biblioteca Pública. Em termos de lazer, Ibaté dispõe de um Estádio de futebol e um ginásio poliesportivo. � Principais Eventos

As principais celebrações de Ibaté são: Festa do Peão, nas proximidades do aniversário da cidade, entre os meses de junho, julho ou agosto; Ato Cívico no aniversário da cidade – apresentação artística das escolas, com bandas de música da região – 24 de junho; Festas públicas no natal; “Sacode a Praça” – parceria com o SESI e a EPTV, rede de televisão afiliada à Rede Globo; Carreata São Cristóvão; Procissão de Nossa Senhora Aparecida; Festa de “Corpus Christi”,

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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quando as ruas da cidade são enfeitadas. Igarapava Dimensão Histórica Igarapava foi fundada em 1842 por Anselmo Ferreira de Barcelos, a partir da inauguração da capela de Santa Rita do Paraíso, em torno da qual se formou o povoado. Durante sua trajetória até os dias atuais vários fatos históricos tiveram como cenário o município de Igarapava, sendo o mais importante, a Revolução de Trinta, onde a ponte de ferro construída em 1913, foi palco de grandes confrontos entre as Forças Legalista (Paulistas) e as Forças Rebeldes (mineiros) dos estados de Minas Gerais e São Paulo. Atualmente a população do município é de cerca de 26.800 mil habitantes. � Saúde

O município conta com um hospital – a Santa Casa de Igarapava. � Educação

Constam no município de Igarapava: - Nove creches (quatro municipais

e cinco particulares); - 14 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (nove municipais e cinco particulares);

- Um estabelecimento que oferece a educação especial, pertencente à rede municipal;

- Sete estabelecimentos com ensino fundamental (cinco municipais e dois particulares);

- Seis estabelecimentos com ensino médio (um estadual e cinco particulares);

- Dois estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (um estadual e um municipal).

Igarapava conta ainda com um estabelecimento de ensino que oferece a educação profissional (ensino técnico), no entanto, não possui instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário O município de Igarapava não conta com Estação de Tratamento de Água/ETA. A água consumida pela população é proveniente de poço artesiano e tratada com cloro. A rede de distribuição de água atende 100% dos domicílios. O município possui Estação de Tratamento de Esgoto/ETE. Igarapava possui aterro sanitário.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 35 - Utilização das Terras Município de Igarapava/SP, 1996.

Discriminação Utilização das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

30,250 0,1

Lavouras temporárias

14.586,506 39,6

Lavouras temporárias em descanso

2.486,625 6,7

Pastagens naturais 2.112,852 5,7 Pastagens plantadas

13.646,921 37,0

Matas e florestas naturais

2.995,965 8,1

Matas e florestas plantadas (artificiais)

7,350 0,1

Terras produtivas não utilizadas

54,635 0,1

Terras inaproveitáveis

953,629 2,6

Total 36.874,733 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 36 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Igarapava, 2006. Setor de Atividade

Total Participação Relativa (%)

Setor Primário

304 6,9

Setor Secundário

1.403 31,7

Setor Terciário

2.716 61,4

Total 4.423 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação Igarapava conta com dois jornais: “A Tribuna” e “Jornal de Igarapava” e com duas rádios locais a “Aliança FM” e a “Rádio Show AM”. Nas bancas da cidade são vendidos outros jornais de São Paulo, como “Folha de São

Paulo” e “Estado de São Paulo”, além dos assinantes. Os serviços de telefonia móvel são prestados pelas operadoras Claro e Tim. Serviços Bancários Igarapava conta com seis estabelecimentos bancários: Banco do Brasil, Banco Real, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Nossa Caixa e Santander-Banespa. Segurança Em Igarapava existem: Fórum, cartório eleitoral, destacamento da Polícia Militar, uma delegacia de Polícia Civil, uma cadeia pública. As principais ocorrências são furto e roubo. Comércio O comércio de Igarapava atende satisfatoriamente sua população e as regiões vizinhas. Dimensão Institucional

� Instituições Atuantes

Igarapava dispõe das seguintes associações, sindicatos, organizações não governamentais, órgãos, repartições públicas e demais entidades: Sindicato Rural, Sindicato dos Empregados da base territorial de Aramira, Buritizal e Igarapava, Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais, Associação de Lavradores e Fornecedores de Cana, Sindicato dos Professores da Rede Pública Estadual, Associação Comercial e Industrial, Associações Comunitárias em todos os bairros do município, Juventude Espírita “Eurípedes Barsanufo” (Mansão do Vovô), Associação de Proteção aos Animais,

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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AMAI – Associação dos Moradores de Igarapava, Grupo de Reciclagem – ENEF “Cel. Quito Junqueira”, Associação São Vicente de Paulo, Escola Agrícola ETE – “Antônio Junqueira de Veiga”. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Em termos de estabelecimentos culturais, Igarapava conta com um cine-teatro (“Cine-teatro José Ernesto Junqueira de Barros”) e uma Biblioteca Pública Municipal (“Odete de Barros Mott”). Na área de lazer tem-se: Ginásios cobertos e clubes (Ginásio Municipal de Esportes, Alberto Faria de Oliveira, Clube Atlético Igarapavense, Clube da Madrugada, Grêmio Igarapavense e Garapa Esporte Clube). � Principais Eventos

As principais celebrações de Igarapava são: Carnaval Popular na Praça de Eventos “Professor Gilberto Soares dos Santos”; Encontro de Folia de Reis, em março, no ginásio da “Escola Alberto Faria de Oliveira”, com as folias da região (Delta/MG, Igarapava/SP e Aramira/SP); Festa da Cana que acontece todo mês de maio junto com o aniversário da cidade e as comemorações de Santa Rita de Cássia, padroeira da cidade (dia 22); Festas Juninas nos bairros da cidade (todo o mês de junho); em julho é realizada, na praça de eventos, uma grande Festa Junina com as quadrilhas de todos os bairros do município; Exposição do gado leiteiro (agosto/setembro); Encontro de Músicos em dezembro, na praça pública.

Ituverava Dimensão Histórica Há duas versões sobre a fundação de Ituverava. A primeira seria com a chegada à região de Fabiano Alves de Freitas e a segunda, atribui à criação da capela em homenagem a Nossa Senhora do Carmo, o ponto de partida para a constituição do município. A população atual é de cerca de 38.500 mil habitantes. � Saúde

O município de Ituverava conta com dois hospitais: a “Santa Casa de Misericórdia” e o “Hospital e Maternidade São Jorge”, além de oito postos de saúde. � Educação

Constam no município de Ituverava: - 11 creches (sete municipais e

quatro particulares); - 13 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (nove municipais e quatro particulares);

- Três estabelecimentos oferecem a educação especial (dois municipais e um particular);

- 15 estabelecimentos com ensino fundamental (dez municipais e cinco particulares);

- Cinco estabelecimentos com ensino médio (um estadual e quatro particulares);

- Dois estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (um estadual e um municipal).

Ituverava conta ainda com um estabelecimento particular de ensino que oferece a educação profissional (ensino técnico). O município

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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apresenta na rede particular quatro grandes sistemas de ensino, além de ser sede da Fundação Educacional de Ituverava e Faculdade Francisco Maeda. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário O município conta com Estação de Tratamento de Água - ETA. A Estação de Tratamento de Esgoto - ETE encontra-se em fase de implantação com término previsto para o próximo ano. Ituverava tem um projeto de construção de um aterro sanitário. Atualmente é utilizado o aterro sanitário do município vizinho de Guará para o depósito de lixo. Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 37 - Utilização das Terras Município de Ituverava/SP, 1996.

Discriminação Utilização das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

429,015 0,8

Lavouras temporárias

36.714,922 67,1

Lavouras temporárias em descanso

378,340 0,7

Pastagens naturais 2.633,354 4,8 Pastagens plantadas

10.464,347 19,2

Matas e florestas naturais

1.650,678 3,0

Matas e florestas plantadas (artificiais)

151,762 0,3

Terras produtivas não utilizadas

145,090 0,3

Terras inaproveitáveis

2.101,358 3,8

Total 54.668,866 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 38 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Ituverava, 2006.

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 379 6,8 Setor Secundário 852 15,3 Setor Terciário 4.334 77,9 Total 5.565 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação Ituverava tem seguintes jornais: Jornal semanal “A Tribuna” e “O Progresso”; Jornais de circulação espaçada: “Jornal Regional” e “Painel”. Nas bancas da cidade são vendidos outros jornais de São Paulo como “Folha de São Paulo” e “Estado de São Paulo”, além dos assinantes. Dispõe de duas rádios FM, uma rádio comunitária e uma rádio AM. Em termos de serviços de telefonia móvel, o município é atendido pela CTBC, Claro e Tim. Serviços Bancários Ituverava conta com sete instituições financeiras. Segurança Ituverava conta com uma Companhia de Polícia Militar, duas delegacias de Polícia Civil e dois distritos policiais. O município faz uso da cadeia de Franca/SP. As principais ocorrências são os furtos e os roubos.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Comércio Ituverava apresenta um comércio forte e um setor de serviço avançado, atendendo satisfatoriamente aos moradores do município. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

As principais associações, sindicatos, organizações não governamentais, órgãos, repartições públicas e demais entidades do município são: Sociedade Amigos de Bairros (cerca de 10), Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato dos Servidores Públicos, Associação Comercial e Industrial, Casa da Agricultura, Escritório do Sebrae, Rotary, Lions e Lojas de Maçons. Dimensão Ambiental Ituverava possui Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Conselho Municipal de Meio Ambiente e Polícia Militar do Meio Ambiente. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Em termos de estabelecimentos culturais e turisticos, Ituverava conta com Museu Histórico, o Centro Cultural, as Igrejas Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Rosário e São João Batista, a Praça Dez de Março, considerada umas das mais belas do país, o Parque Recreio (onde está situada a cachoeira Salto Brilhante) e a Represa Paulo Borges. No âmbito do lazer Ituverava dispõe do Tênis Clube e da Associação Atlética Ituveravense.

� Principais Eventos

As principais celebrações de Ituverava são: Aniversário da cidade (10/03), “Ituverava Rodeio Show” (sem data fixa: setembro, julho ou maio) e Festa da Padroeira N. S. Aparecida (outubro). O carnaval é feito quando o município dispõe de recursos. Em relação às festas juninas, elas ocorrem apenas nas escolas, o mesmo se verificando com as Folias de Reis, que fazem seus encontros apenas entre os grupos específicos dessa manifestação cultural. � Bens Culturais Materiais e Imateriais

O município conta com dois bens tombados: a Escola Fabiano Alves de Freitas, tombada pelo Governo do Estado e o Museu Histórico de Ituverava, tombado pelo município. Jardinópolis Dimensão Histórica O município foi criado em 27 de Julho de 1898. A população é originaria de imigrantes italianos, sírio-libaneses, japoneses, portugueses e espanhóis. Também se estabeleceram na cidade, famílias de nordestinos. Um fato curioso foi que, o primeiro prefeito, o Dr. João Muniz Sapucaia, construiu o Cemitério Municipal, mas vindo este a falecer, ele mesmo o inaugurou. Atualmente a população é de cerca de 34.600 mil habitantes.

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� Saúde

A área de saúde pública municipal conta atualmente com quatro unidades basicas de saúde. Dispõe de um Pronto Socorro e um ambulatório. Jardinópolis dispõe, ainda, de duas unidades do P.S.F. (Programa Saude da Familia) e uma central odontológica que funciona em três turnos. � Educação

Constam no município de Jardinópolis: - Seis creches (três municipais e

três particulares); - 11 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (sete municipais e quatro particulares);

- Um estabelecimento que oferece a educação especial, pertencente à rede particular;

- 12 estabelecimentos com ensino fundamental (sete municipais e cinco particulares);

- Cinco estabelecimentos com ensino médio (dois estaduais e três particulares);

- Quatro estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (um estadual e três municipais).

Jardinópolis não conta com estabelecimento de ensino que oferece educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário estão sob a responsabilidade do Departamento de Água e Esgoto –

DAE. O município de Jardinópolis possui Estação de Tratamento de Água - ETA e a Estação de Tratamento de Esgoto - ETE está em fase de construção. O município não possui aterro sanitário. A coleta de resíduos é realizada em dias alternados e o destino final trata-se de um lixão. Dimensão Econômica � Utilização das Terras Quadro 39 - Utilização das Terras Município

de Jardinópolis/SP, 1996.

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

614,792 2,0

Lavouras temporárias

23.314,659 76,4

Lavouras temporárias em descanso

- -

Pastagens naturais

2.390,156 7,8

Pastagens plantadas

814,852 2,7

Matas e florestas naturais

1.427,781 4,7

Matas e florestas plantadas (artificiais)

17,648 0,1

Terras produtivas não utilizadas

29,040 0,1

Terras inaproveitáveis

1.882,272 6,2

Total 30.491,200 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro a seguir será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Quadro 40 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Jardinópolis, 2006.

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 642 10,8 Setor Secundário 1.337 22,5 Setor Terciário 3.965 66,7 Total 5.944 100.0

Fonte: IBGE, 2006. � Infra-estrutura

Comunicação Jardinópolis conta com os seguintes jornais: “A cidade”, “Independente”, “A Folha de Jardinópolis” e “Mídia”, todos semanais. Nas bancas da cidade são vendidos outros jornais de São Paulo como “Folha de São Paulo” e “Estado de São Paulo”, além dos assinantes. O município dispõe da Rádio Comunitária Santa Terezinha FM e Rádio Conexão FM. Os serviços de telefonia móvel são prestados pela Claro, Tim, CTBC e Telecom. Serviços Bancários Jardinópolis conta com seis agências financeiras. Segurança Jardinópolis conta com destacamento da Polícia Militar, uma delegacia de Polícia Civil e Fórum. A maior parte das ocorrências policiais diz respeito a furtos e roubos. Comércio O comércio local atende satisfatoriamente aos moradores do município, mas vale dizer que Ribeirão Preto permanece como referência.

Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Em termos de instituições atuantes, Jardinópolis conta com: Associação Canavieira, Cooperativa Agrícola de Jardinópolis, Associação Boro Amarelo, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sebrae, Associação Comercial e Industrial de Jardinópolis, Rotary, Sindicato dos Servidores Públicos, Casa da Agricultura, Associação dos Artesãos, seis Associações de Bairros e Associações dos Fruticultores. Dimensão Ambiental Jardinópolis possui Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente. Conta também com o Conselho Municipal de Meio Ambiente e dispõe de Plano Diretor Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Em termos de equipamentos culturais, Jardinópolis conta com Biblioteca, Anfiteatro, tele-sala (filmes), Casa da Cultura e Museu. No que se refere ao lazer tem-se: Clubes (IATE Clube, Sociedade Esportiva Recreativa Ítalo-Brasileira, Centro Esportivo Newton Reis, Centro Esportivo do Distrito de Juruce), campos de futebol, três quadras de “bocha” e três quadras de “malha”. � Principais Eventos

As principais celebrações de Jardinópolis são: Folia de Reis (janeiro), Carnaval (fevereiro/março), Festa Junina

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(junho), Aniversário da cidade, Festa do Peão e da Manga (Julho), Festa do Padroeiro Bom Jesus da Lapa (agosto), desfiles cívicos em setembro, Festa de Nossa Senhora Aparecida (outubro). � Bens Culturais Materiais e Imateriais

Como bens tombados pelo município têm-se o Grupo Escolar Américo Sales Oliveira e o Cine Carlos Gomes. Luis Antônio Dimensão Histórica Em 8 de outubro de 1937, a antiga Vila Jatay, tornou-se distrito em terras do município de São Simão com a o nome de Luis Antônio. Em 18 de fevereiro de 1959, tornou-se um município. Atualmente a população é de cerca de 10.270 mil habitantes. Dimensão Social

� Saúde

A principal referência na área de saúde é a cidade de Ribeirão Preto. � Educação

Constam no município de Luis Antônio: - Duas creches (uma municipal e

uma particular); - Três estabelecimentos com ensino

pré-escolar (dois municipais e um particular);

- Um estabelecimento que oferece a educação especial, pertencente à rede municipal;

- Quatro estabelecimentos com ensino fundamental (três municipais e um particular);

- Um estabelecimento com ensino médio (estadual);

- Dois estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (um estadual e um municipal).

Luis Antônio conta com apenas um estabelecimento que oferece educação profissional (ensino técnico) e não tem instituições de nível superior � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário estão a cargo do Departamento de Serviços Municipais da Prefeitura Municipal de Luis Antônio. O município não possui Estação de Tratamento de Água - ETA. A água, de excelente qualidade, é captada nos poços artesianos, recebe flúor e cloro na rede que atende toda a população. O município possui um aterro sanitário e a coleta de lixo ocorre diariamente. Há ainda coleta seletiva e uma Associação de Catadores de Lixo Reciclável. O aterro sanitário dispõe de um Centro de Triagem.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 40 - Utilização das Terras Município de Luis Antônio/SP, 1996.

Discriminação

Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

819,520 1,8

Lavouras temporárias

24.552,691 52,4

Lavouras temporárias em descanso

- -

Pastagens naturais

1.183,170 2,5

Pastagens plantadas

6.216,480 13,3

Matas e florestas naturais

7.746,180 16,5

Matas e florestas plantadas (artificiais)

5.042,390 10,8

Terras produtivas não utilizadas

1,210 0,0

Terras inaproveitáveis

1.250,110 2,7

Total 46.811,751 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 41 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Luis Antônio, 2006.

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 1.434 32,7 Setor Secundário 1.132 25,8 Setor Terciário 1.815 41,5 Total 4.381 100.0

Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Segurança O município conta com destacamento da Polícia Militar e uma delegacia de Polícia Civil. A maior parte das

ocorrências policiais diz respeito a pequenos furtos, brigas e drogas. Comércio O comércio local atende satisfatoriamente aos moradores do município, porém, Ribeirão Preto permanece como referência. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

As principais instituições atuantes no município de Luis Antônio são: Sindicato dos Servidores Públicos, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato Rural, Sindicato dos Papeleiros, Associação dos Catadores de Lixo Reciclável, Cooperativa de Corte e Costura, quatro associações de bairro, Associação Comercial e Industrial, Casa de Agricultura, ONG Amigos do Jataí e Associação das Bordadeiras de Luiz Antônio. Dimensão Ambiental Luiz Antônio possui Fundação Ambiental/Departamento de Meio Ambiente e Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Luis Antônio conta com bibliotecas e um anfiteatro, Em termos de lazer, tem-se: Clube Recreativo (salão de festa), campo de futebol, Ginásio Poliesportivo, quadras nas escolas e campo de “bocha”. � Principais Eventos

As principais celebrações de Luiz Antônio são: Folia de Reis

Page 96: Relatorio de Impacto Ambiental

Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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(janeiro/maio), Carnaval (fevereiro/março), Feira do Livro (maio), Festa Junina (junho), Festa do Peão (setembro), desfiles cívicos em setembro, Baile do Havaí (novembro), Festa da Padroeira Santa Luzia (13/12), Festa das Crianças (outubro), Corrida da Aleluia (dezembro), Natal e Ano Novo. Orlândia Dimensão Histórica Orlândia, fundada oficialmente em 30 de março de 1910, pelo cel. Francisco Orlando Diniz Junqueira. O município tornou-se, por volta de 1930, uma importante região agrícola voltada para o cultivo de algodão, arroz e milho. A população atual tem cecra de 36.100 habitantes. Dimensão Social � Saúde

Orlândia conta com hospital localizado e vários postos de saúde. Dispõe ainda de um pequeno hospital localizado no bairro Jardim Boa Vista. Os casos de saúde mais graves são encaminhados para as cidades de Ribeirão Preto e Franca. � Educação

Constam no município de Orlãndia: - 11 creches (oito municipais e três

particulares); - 14 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (dez municipais e quatro particulares);

- Cinco estabelecimentos que oferecem educação especial

(quatro municipais e um particular);

- 23 estabelecimentos com ensino fundamental (dezenove municipais e quatro particulares);

- Cinco estabelecimentos com ensino médio (dois estaduais e três particulares);

- Dois estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (um estadual e um municipal).

Orlândia conta com um estabelecimento que oferece educação profissional (ensino técnico) e uma instituição de nível superior de caráter privado. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do município de Orlândia estão sob a responsabilidade do Departamento de Água e Esgoto – DAE da Prefeitura Municipal. O município possui Estação de Tratamento de Água – ETA e Estação de Tratamento de Esgoto - ETE com nível de 100% de atendimento dos domicílios.

Atualmente o lixo é coletado diariamente, por meio de empresa terceirizada (SOL – Serviço Orlândia de Limpeza) e, posteriormente, encaminhado para o aterro sanitário de Jardinópolis.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 42 - Utilização das Terras Município de Orlândia/SP, 1996.

Discriminação Utilização das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

197,750 0,6

Lavouras temporárias

22.800,013 75,0

Lavouras temporárias em descanso

17,680 0,1

Pastagens naturais 2.993,146 9,8 Pastagens plantadas

2.277,473 7,5

Matas e florestas naturais

895,845 2,9

Matas e florestas plantadas (artificiais)

99,740 0,3

Terras produtivas não utilizadas

- -

Terras inaproveitáveis

1.150,741 3,8

Total 30.432,388 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro a seguir será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 43 - População Ocupada Por Setores Econômicos Município De Orlândia/2006. Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 860 9,7 Setor Secundário

2.626 29,7

Setor Terciário 5.347 60,6 Total 8.833 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação Orlândia conta com os seguintes jornais: Jornal “Feitiço da Vila”, Jornal “O Mogiano”, Jornal “A Notícia”, Jornal “A Gazeta”. Nas bancas da cidade são vendidos outros jornais de São Paulo como “Folha de São Paulo” e “Estado de

São Paulo”, além dos assinantes. Dispõe da Rádio AM “Orlândia Rádio Clube”, Rádio FM “Líder Som FM” e Rádio “Nova FM” e os serviços de telefonia móvel são prestados pelas seguintes operadoras: Claro, Tim, CTBC – Telecom e Vivo. Serviços Bancários Orlândia conta com oito instituições bancárias. Segurança Orlândia conta com uma Companhia da Polícia Militar e uma delegacia de Polícia Civil, além de cadeia pública. O município dispõe de Fórum. As principais ocorrências policiais dizem respeito a furtos e roubos. Comércio O comércio local atende satisfatoriamente aos moradores do município. Porém muitos dos habitantes preferem ir aos Shoppings Centers de Ribeirão Preto, pela proximidade, comodidade e luxo dos mesmos. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

As instituições mais atuantes de Orlândia são: Casa da Agricultura, Associação Comercial e Industrial, Sindicato Rural – Patronal, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, escritório do Sebrae, Rotary, Lions, Maçonarias e Centro e Convivência dos Idosos - ligado à Prefeitura Municipal. Dimensão Ambiental

Orlândia não possui secretaria ou departamento de meio ambiente

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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nem Conselho Municipal de Meio Ambiente. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Orlândia conta com teatro, cinema e Biblioteca Pública. Em termos de lazer tem-se: Campos de Malha; Campos de Bocha; Campos de futebol; Quadras; Centro de Lazer Municipal, com campo de futebol e piscina; Clube: “Sociedade Hípica de Orlândia”; Clube: “Associação Atlética de Orlândia”; “AABB – Associação Banco do Brasil”; Clube do Banespa. Como a cidade tem muito imigrantes os jogos de campeonatos de Bocha e de Malha são muito comuns - influência dos italianos presentes no município. Além das exposições de comidas típicas em festas na cidade. � Principais Eventos

As principais celebrações de Orlândia são: Folia de Reis – Peregrinação nas casas da cidade (janeiro), carnaval (fevereiro/março), Aniversário da cidade (30/03), Festa Junina. (junho) e Festa das Nações – Beneficente, com várias entidades participantes. � Bens Culturais Materiais e Imateriais

Segundo a entrevista realizada, o Conjunto Ferroviário da antiga Companhia Mogiana foi tombado pelo Estado de São Paulo. Ribeirão Preto Dimensão Histórica O antigo povoado de Ribeirão Bonito, em cujas terras se desenvolveu o

atual município de Ribeirão Preto, foi ocupado em meados do século XIX por fazendas de criação de gado, pertencentes ao então distrito de São Simão. Apesar de ter atravessado vários momentos de crise, como, por exemplo, o do declínio do café, o ritmo de desenvolvimento local não foi prejudicado de modo significativo. Atualmente é considerada a Capital Nacional do Agronegócio. Atualmente a população tem cerca de 547.400 mil habitantes. � Saúde

Ribeirão Preto é um centro de excelência na área de saúde com destaque para o Hospital das Clínicas – Centro de Educação e Aperfeiçoamento de Profissionais em Saúde (Campus da Universidade de São Paulo - USP). Dispõe, também, de inúmeras clínicas especializadas, tais como: Angiomed Clínica de Moléstias Vasculares, Biest Clínica de Ultrassonografia, CAENE – Centro Atendimento ao Educando com Necessidades Especiais, Cardiovascular Associados, CARP Clínica de Anestesiologia, CDC – Centro de Diagnóstico Cardiovascular, CECORP – Centro Especializado de Coração, CEDIRP – Central de Diagnósticos Ribeirão Preto, Centro Auditivo Áudio Solution, Centro de Cirurgia Vídeo Endoscopia, Centro Médico de Ribeirão Preto, CERENM – Centro de Reabilitação Neuro Muscular, Clínica de Geriatria, Instituto de Medicina Psicossomática, Setor de Radiologia da Policlínica, Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Ribeirão Preto Ltda., Clínica de Tomografia e Radiologia do Hospital São Lucas, Clínica Casa dos Hemofílicos, Clínica de Anestesiologia de Ribeirão Preto

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Ltda., Clínica de Fisioterapia São Camilo, Clínica de Psicoterapia de Ribeirão Preto, Clínica de Psicologia e Psiquiatria, entre várias outras. Os serviços de saúde do município atendem a 05 regiões: Distrito do Simioni, Distrito de Vila Virgínia, Distrito de Castelo Branco, Distrito de Sumarezinho e Distrito Central. � Educação

Constam no município de Américo Brasiliense: - 153 creches (25 municipais, cinco

estaduais e 123 particulares); - 192 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (45 municipais, um estadual e 146 particulares);

- 15 estabelecimentos que oferecem educação especial (dez estaduais, dois municipais e três particulares);

- 151 estabelecimentos com ensino fundamental (60 estaduais, 26 municipais e 65 particulares);

- 56 estabelecimentos com ensino médio (30 estaduais, três municipais e 23 particulares);

- 46 estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (22 estaduais, 21 municipais e três particulares).

No que tange ao ensino superior, Ribeirão Preto conta com a Universidade de São Paulo (USP), o Centro Universitário Moura Lacerda, a Faculdade Bandeirantes, o Centro Universitário Barão de Mauá, a Faculdade Anhanguera, a Faculdade Reges, a Faculdade São Luis, a Faculdades COC (mantida pelo Sistema COC de Ensino), a Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), a Universidade Paulista (UNIP), a Fundação Armando Álvares

Penteado (FAAP), a Fundação Fritz Muller (FFM) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV – COC). � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do município de Ribeirão Preto estão sob a responsabilidade do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto – DAERP. O município não possui Estação de Tratamento de Água - ETA. A água, de boa qualidade, é captada nos poços artesianos e distribuída à totalidade dos domicílios. Ribeirão Preto possui duas Estações de Tratamento de Esgoto - ETE: Estação de Tratamento Caiçara e a Estação Tratamento de Esgoto de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto dispõe de aterro sanitário e a coleta de lixo abrange 100% dos domicílios. Destaca-se ainda a coleta seletiva, administrada pelo Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto – DAERP.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro – 43 Utilização das Terras Município de Ribeirão Preto/SP, 1996.

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

615,243 1,7

Lavouras temporárias

29.443,992 80,4

Lavouras temporárias em descanso

695,320 1,9

Pastagens naturais

1.879,363 5,1

Pastagens plantadas

1.396,899 3,8

Matas e florestas naturais

1.036,499 2,8

Matas e florestas plantadas (artificiais)

75,834 0,2

Terras produtivas não utilizadas

329,933 0,9

Terras inaproveitáveis

1.158,767 3,2

Total 36.631,850 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 44 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Ribeirão Preto,

2006. Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 1.186 0,8 Setor Secundário

26.800 17,8

Setor Terciário 122.470 81,4 Total 150.456 100.0

Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação Ribeirão Preto conta com vários jornais locais semanais que circulam na cidade. Além disso, nas bancas de jornal são vendidos outros jornais de

São Paulo, como “Folha de São Paulo” e “Estado de São Paulo”, além de seus assinantes. O município conta também com a presença das principais emissoras de televisão do país no município e outras emissoras locais. Já os serviços de telefonia móvel são prestados pela Claro, Tim, CTBC, Serviços Bancários Ribeirão Preto conta com várias agências dos seguintes estabelecimentos bancários: BIC - Banco Industrial e Comercial S.A.; BRADESCO S.A., Banco do Brasil S.A.; Citibank S.A.; Crédito Nacional S.A.; HSBC S.A.; Itaú S.A.; Mercantil de São Paulo S.A.; Real S.A.; Rural S.A.; Safra S.A.; Santander Brasil S.A.; Unibanco S.A.; Caixa Econômica Federal e Nossa Caixa Nosso Banco S.A. Segurança O município dispõe de Delegacia Regional de Polícia, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, 9° Grupamento de

Incêndio, Delegacia de Defesa da Mulher,

cadeias públicas, Polícia Militar, Polícia Militar de Meio Ambiente, presídio, Fórum Cível e Fórum Criminal. Ribeirão Preto conta também com a Guarda Municipal Comércio Ribeirão Preto possui vários centros comerciais tornando-a referência e pólo comercial do interior de São Paulo.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

99

Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Ribeirão Preto conta com as seguintes entidades, serviços e instituições atuantes: FIESP/CIESP – Ribeirão Preto, Associação Comercial e Industrial – ACI, SEBRAE, Lions Clube de Ribeirão Preto, Rotary Club, Arquivo Público, Federação de Associações de Bairros – FABARP, Juizado Especiais de Pequenas Causas, Posto de Junta Comercial. Dispõe também de ONG’S Ambientais Pau-Brasil e Soderma, Casa da Agricultura; Escritório do IBAMA, Escritório do Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DEPRN), que executa licenciamentos com interferência no curso d’água e leis de desmatamento, Instituto Florestal – Unidade de Conservação; Representação do CREA, SENAI, SENAC, várias Associações Comunitárias e Sindicatos de diversas categorias. Dimensão Ambiental Ribeirão Preto conta com Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental, e um Departamento de Gestão Ambiental. Possui Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente/COMDEMA. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Os equipamentos culturais são inúmeros e variados para atender as demandas de sua população. No geral, Ribeirão Preto possui bibliotecas, Cinemas, Museu da Imagem e do Som – MIS, Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-

Gismondi – MARP, Teatro de Arena, idealizado e construído por Jaime Zeiger, Teatro Municipal, Casa da Cultura, Centro Cultural Campos Elíseos, Centro Cultural Quintino II, Escola de Arte do Bosque/Candido Portinari, Galeria de Arte a Céu Aberto, Arquivo Público Histórico, Museu Municipal da 2ª Guerra Mundial, Complexo dos Museus Municipais de Ribeirão Preto (Museu Histórico e Museu do Café), Teatro Pedro II, entre outros. Na cidade existem vários clubes, de diversos tipos, além de muitas opções de atividades de recreação para a população. Em Ribeirão Preto existem também dois estádios de futebol (do Botafogo e do Comercial), que comportam um número muito elevado de torcedores, com uma estrutura aproximada a dos grandes estádios de futebol do Brasil. � Principais Eventos

As principais celebrações e eventos de Ribeirão Preto são: o "Agrishow", Festejos de Santos Reis (janeiro), Carnaval (fevereiro/março), Caminhada do Calvário (abril), Semana de 13 de maio (maio), Virada Cultural (maio), Aniversário de Ribeirão Preto (junho), Salão Nacional de Humor de Ribeirão Preto (julho/agosto), Semana da Fotografia (agosto/setembro), Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional – Contemporâneo/SARP (agosto/setembro), Feira do Livro Ribeirão Preto (setembro/outubro), Salão Brasileiro de Belas Artes - SABBART (outubro/novembro), Semana da Consciência Negra (novembro), Bonfim Paulista Rodeio Show, Feira de Photo Imagem, Carnabeirão (maior micareta do estado de São Paulo), Festival de

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Cinema de Ribeirão Preto, Feira ExpoHair, Feitrans (Feira de Transportes Interior Paulista), Festival de Inverno João Rock, , entre outros. � Bens Culturais Materiais e Imateriais

Apresenta-se abaixo a relação de bens culturais tombados pelo município (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural – COMPPAC): UGT – União Geral dos Trabalhadores de Ribeirão Preto – prédio da antiga sede; Restos do antigo prédio da Cerâmica São Luiz; Antiga Casa de Câmara e Cadeia; Acervo do Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto; Imóvel sede da CIANE – Cia. Nacional de Estamparia, antiga Indústria Matarazzo; Mercado Municipal; Acervo dos Jornais: “Diário da Manhã”, “A Tarde” e “A Palavra”; Hotel Brasil; Teatro Pedro II; Palácio Rio Branco; Museu Municipal e Museu do Café; Prédio da Rua Caramuru n.º. 250; Imóveis do Quarteirão Paulista à Rua Álvares Cabral n.º. 332 a 354 e n.º. 390 a 396; Biblioteca Altino Arantes; Preservação de bancos instalados nas praças públicas; Teatro Pedro II; Estação do Barracão (Mogiana- FEPASA - FERROBAN); Quarteirão Paulista e Praça XV (Teatro Pedro II, Hotel Palace e Edifício Meira Júnior); Casa da Rua Caramuru ; Campus da USP; Escola Estadual Fábio Barreto; Escola Estadual Dr. Guimarães Júnior; Escola Estadual Dona Sinhá Junqueira; Edifício Diederichsen; Conjunto arquitetônico do complexo industrial da antiga Cia. Cervejaria Paulista; Comunidade Remanescente de Quilombo.

Rincão Dimensão Histórica A história atual da cidade de Rincão muito se prende a de Araraquara, pois desde a sua formação (1884) até 1948, esteve ligada a ela. Os primeiros habitantes primitivos da região foram os Guayanás, de uso e costumes próprios, sedentários e não antropófagos, que aqui construíram suas tabas. Na linguagem comum, rincão é um lugar qualquer, mas o aspecto geográfico a que se refere, tem características próprias. A população atual é de cerca de 10.400 mil habitantes. � Saúde

A principal referência na área de saúde é a cidade de Araraquara. � Educação

Constam no município de Rincão: - Três creches (uma municipal e

duas particulares); - Três estabelecimentos com ensino

pré-escolar (um municipal e dois particulares);

- Um estabelecimento que oferece a educação especial, pertencente à rede particular;

- Quatro estabelecimentos com ensino fundamental (um estadual, dois municipais e um particular);

- Um estabelecimento com ensino médio (estadual);

- Um estabelecimento com EJA - Educação de Jovens e Adultos (estadual).

Rincão não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino

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técnico), nem com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário Os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário estão sob a responsabilidade do Serviço de Água e Esgoto de Rincão - SAER. O município não dispõe de Estação de Tratamento de Água - ETA. A água consumida pela população é proveniente de poço artesiano. O município também não possui Estação de Tratamento de Esgoto - ETE. Rincão possui aterro sanitário. Dimensão Econômica � Utilização das Terras Quadro 45 - Utilização das Terras Município

de Rincão/SP, 1996.

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

3.907,636 45,2

Lavouras temporárias

1.221,322 14,1

Lavouras temporárias em descanso

62,154 0,7

Pastagens naturais

1.533,843 17,7

Pastagens plantadas

843,226 9,7

Matas e florestas naturais

425,251 4,9

Matas e florestas plantadas (artificiais)

41,140

0,5

Terras produtivas não utilizadas

- -

Terras inaproveitáveis

622,452 7,2

Total 8.657,024 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 46 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Rincão, 2006. Setor de Atividade

Total Participação Relativa (%)

Setor Primário 495 37,8 Setor Secundário

217 16,6

Setor Terciário 597 45,6 Total 1.309 100.0

Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação Os serviços de telefonia móvel são prestados pelas seguintes operadoras: TIM, Vivo, Claro e Nextel. Segurança Em Rincão há um destacamento da Polícia Militar, uma delegacia de Polícia Civil, uma cadeia com três celas que absorvem a demanda da região. Os presos depois são encaminhados para o presídio de Araraquara. Rincão não dispõe de Fórum. As principais ocorrências tratam-se de furto, roubo e drogas. Comércio As principais referências para o comércio são as cidades de Araraquara e Ribeirão Preto. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

As instituições mais atuantes no município são: Associação Comercial de Rincão, Sindicato dos Ferroviários,

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato dos Funcionários Públicos, Rotary Clube, Casa da Agricultura e a ONG Cheiro de Arte. Dimensão Ambiental O município não possui secretaria ou departamento de meio ambiente. Tem-se um técnico, funcionário da Prefeitura, que atua na área. Em Rincão há Conselho Municipal de Meio Ambiente. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Em termos de equipamentos culturais, Rincão conta com uma biblioteca e um centro de convivência. Na área de lazer tem-se: um campo de futebol do Sindicato dos Ferroviários, conveniado com a Prefeitura, um Ginásio de Esportes, com duas quadras, um campo de areia, um mini-campo e uma pista de skate – a ser construída. � Principais Eventos

As principais celebrações e eventos de Rincão são: Leitura nas férias (janeiro), Carnaval (fevereiro), Páscoa (março/abril), Festa do Padroeiro São Luiz Gonzaga (21/06), Festa Junina (junho/junho), Aniversário da cidade (20/08), Festa da Primavera (Setembro/novembro), Semana da Criança (outubro), Comemorações Cívicas e Contadores de estórias nas praças.

Sales de Oliveira

Dimensão Histórica A ocupação das terras do atual município Sales Oliveira teve suas raízes nas atividades ligadas à cafeicultura com a implantação de fazendas de café, no final do século XIX. A formação do povoado consolidou-se, em 1901, com a chegada da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, cuja estação recebeu o nome de Sales Oliveira, em homenagem ao engenheiro Francisco Sales Oliveira Júnior. A população autal tem cerca de 4.100 mil habitantes. Dimensão Social � Saúde

O município de Sales Oliveira conta com o Hospital Santa Rita, um Pronto Socorro Municipal, um Centro de Saúde, duas equipes do Programa Saúde da Família – PSF, um Centro de Fisioterapia, uma farmácia municipal de manipulação, quatro farmácias e dois laboratórios. Para os casos mais graves os pacientes são encaminhados para as cidades de Franca e Barretos. � Educação

Constam no município de Sales Oliveira: - Duas creches (ambas

particulares); - Três estabelecimentos com ensino

pré-escolar (um municipal e dois particulares);

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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- Dois estabelecimentos que oferecem educação especial (um municipal e um particular);

- Três estabelecimentos com ensino fundamental (um estadual, um municipal e um particular);

- Um estabelecimento com ensino médio (estadual);

- Um estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (estadual).

Sales Oliveira não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário estão sob a responsabilidade do Departamento de Água e Esgoto – DAE, órgão ligado à Prefeitura Municipal. Sales Oliveira não possui Estação de Tratamento de Água – ETA, no entanto, conta com Estação de Tratamento de Esgoto - ETE que atende a totalidade do município. Resíduos Sólidos Urbanos Sales Oliveira conta com aterro sanitário.

Dimensão Econômica

� Utilização das Terras Quadro 47 - Utilização das Terras Município

de Sales Oliveira/SP 1996

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

713,995 2,5

Lavouras temporárias

20.872,753 74,1

Lavouras temporárias em descanso

82,410 0,3

Pastagens naturais

1.162,477 4,1

Pastagens plantadas

2.198,883 7,8

Matas e florestas naturais

1.475,792 5,2

Matas e florestas plantadas (artificiais)

271,700 1,0

Terras produtivas não utilizadas

43,980 0,2

Terras inaproveitáveis

1.351,278 4,8

Total 28.173,268 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 48 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Sales Oliveira, 2006. Setor de Atividade

Total Participação Relativa (%)

Setor Primário

617 32,7

Setor Secundário

573 30,4

Setor Terciário

695 36,9

Total 1.885 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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� Infra-estrutura

Comunicação Sales Oliveira dispõe do Jornal de Orlândia e Jornal “O Mogiano” (semanais). Nas bancas da cidade são vendidos outros jornais de São Paulo como “Folha de São Paulo” e “Estado de São Paulo”, além dos assinantes. Conta com a Rádio Comunitária Salense FM e os serviços de telefonia móvel são prestados pela Claro, TIM, CTBC – Telecom. Segurança O município conta com destacamento da Polícia Militar e uma delegacia de Polícia Civil. A maior parte das ocorrências policiais diz respeito às drogas. Comércio O comércio local atende os moradores do município. Porém, as cidades de Orlândia e Ribeirão Preto permanecem como referências. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

As instituições mais atuantes de Sales Oliveira são: Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Rotary, Lions, Associação dos Servidores Públicos, duas associações de bairro, Associação Comercial e Industrial de Sales Oliveira – ACISO, ONG Associação Municipal de Educação Ecologia Cultura Organização Social e Saúde – AMEECOSS. Dimensão Ambiental Sales Oliveira possui nominalmente um secretário de meio ambiente,

mas não dispõe de estrutura administrativa para sua atuação (departamento ou secretaria). Não conta também com Conselho Municipal de Meio Ambiente. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Em termos de equipamentos culturais tem-se: Museu Histórico de Curiosidades, Cine e Centro Cultural Santa Rita (Biblioteca, video-clube, exposições e oficinas de arte), Posto Cultural (Cursos e oficinas de artes para todas as idades). Já no referente a equipamentos de lazer, Sales Oliveira conta com Ginásio de Esportes Durval Borsato, Centro de Lazer Ângelo Turim, Salão Municipal de Festas, Estádio Dr. Jorge Jardim Bastos - A. A. Salense, Quadra de Areia, Centro Esportivo Luis Rosseto, Parque Permanente de Exposições, Praça de lazer e alimentação, além da Comissão Municipal de Esportes. � Principais Eventos

As principais celebrações de Sales Oliveira são: Folia de Reis (janeiro), Carnaval (fevereiro/março), Aniversário da cidade, Festa da Padroeira Santa Rita de Cássia e Festa do Peão (22/05), Festa Junina. (junho), Festa da Solidariedade (julho), Semana Cultural José Antônio da Silva, “Musisales” - Festival Popular de Música. Santa Lúcia Dimensão Histórica No início de 1907, por iniciativa de fazendeiros locais, abriu-se um

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loteamento para a formação de um povoado. Em 7 de abril do mesmo ano, foi assentada a pedra fundamental da atual igreja matriz, em torno da qual a povoação cresceu. A população atual é de cerca de 7.800 mil habitantes. � Saúde

O município de Santa Lúcia conta com um Pronto Socorro, duas Unidades Básicas de Saúde – UBS, uma clínica de fisioterapia, uma farmácia, um consultório psicológico, um consultório de fonoaudiologia e serviços de assistência social. Os casos de saúde mais graves são encaminhados para a cidade de Araraquara. � Educação

Constam no município de Santa Lúcia: - Uma creche (municipal); - Um estabelecimento com ensino

pré-escolar (municipal); - Um estabelecimento que oferece

a educação especial, pertencente à rede municipal;

- Três estabelecimentos com ensino fundamental (um estadual e dois municipais);

- Um estabelecimento com ensino médio (estadual);

- Dois estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (um estadual e um municipal).

Santa Lúcia não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior.

� Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário estão sob a responsabilidade do Serviço de Água e Esgoto - SAE da Prefeitura de Santa Lúcia/SP. O município possui Estação de Tratamento de Água – ETA e Estação de Tratamento de Esgoto – ETE. O município não possui aterro sanitário próprio. O lixo produzido em Santa Lúcia é destinado ao aterro sanitário de Araraquara. Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 49 - Utilização Das Terras Município De Santa Lúcia/SP 1996

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

429,166 3,4

Lavouras temporárias

8.236,720 65,2

Lavouras temporárias em descanso

986,420 7,8

Pastagens naturais

766,737 6,1

Pastagens plantadas

326,300 2,6

Matas e florestas naturais

1.347,415 10,7

Matas e florestas plantadas (artificiais)

- -

Terras produtivas não utilizadas

230,140 1,8

Terras inaproveitáveis

316,523 2,4

Total 12.639,421 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

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� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 50 - população Ocupada por Setores Econômicos Município de Santa Lúcia 2006

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 392 41,5 Setor Secundário 124 13,1 Setor Terciário 428 45,4 Total 944 100.0

Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação

Em Santa Lúcia circulam os seguintes jornais: “Comércio da Região”, “Jornal de Araraquara” e “Folha de São Paulo”. Têm-se as Rádio Cultura de Araraquara e Morada do Sol (Araraquara). Os serviços de telefonia móvel: são prestados por três operadoras: TIM, Vivo e Claro. Segurança Santa Lúcia possui uma delegacia de Polícia Civil, Guarda Municipal nas escolas e Polícia Militar. Não conta com Fórum; os casos são julgados na comarca de Américo Brasiliense e Araraquara. As principais ocorrências dizem respeito a furtos, roubos e apreensão de drogas. Comércio Os habitantes de Santa Lúcia têm a cidade de Araraquara como referência para o comércio.

Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Santa Lúcia não conta com sindicatos e associações classistas. A referência é a cidade de Araraquara. Pode-se registrar a presença de uma organização não governamental que atua na área ambiental denominada ONG PROSALUME. Dimensão Ambiental Santa Lúcia possui um Departamento de Agricultura e Meio Ambiente, assim como Conselho Municipal de Meio Ambiente. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Santa Lúcia conta com uma Biblioteca e uma Casa de Cultura (museu). Dispõe de dois clubes: “Internacional”, com salão e campo de futebol e o “Clube Municipal”, com praça de esportes, piscina, campo de futebol, quadras etc. (local onde se realizam os rodeios). � Principais Eventos

As principais celebrações e eventos de Santa Lúcia/SP são: Carnafolia (fevereiro), Olimpíada do Trabalhador (1º de maio), Feira Regional de Animais (junho), Festa do Folclore (agosto), Festa da Primavera (22 de setembro), Festa do Havaí (de 14 a 18 de novembro), Festa de Santa Luzia – Padroeira de Santa Lúcia - quando são efetuados leilões de gados, para arrecadação de recursos para a igreja local

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(dezembro) e Aniversário do Município (19 de dezembro). � Bens Culturais Materiais e Imateriais

Segundo a entrevista realizada, não existem bens culturais tombados ou registrados no município, seja a nível municipal, estadual ou federal. São Carlos Dimensão Histórica A ocupação das terras do município de São Carlos começou, por volta de 1720, na região conhecida como sertão de Araraquara, com a abertura de um caminho terrestre para as minas de Cuiabá, no Mato Grosso. Aos poucos, a povoação se desenvolveu e progrediu administrativa e economicamente. A partir de 1920, com a crise do café, a economia de São Carlos sofreu um natural abalo, recobrando as forças, no entanto, com a atividade industrial e com a divisão das grandes propriedades agrícolas, além do incremento da policultura e da pecuária. Atualmente a população tem cerca de 212.900 mil habitantes. � Saúde

O município de São Carlos possui um Hospital Universitário em construção (UFSCAR), uma Santa Casa de Misericórdia e uma Casa de Saúde. Conta com o Pronto Socorro Municipal, o Pronto Socorro da Cidade Aracy, o Pronto Socorro da Santa Casa e o Hospital-Escola Municipal. Possui, também, Unidades Básicas de Saúde (UBS) – 13 postos de saúde, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o Programa de

Saúde da Família (PSF), o Programa de Atendimento Domiciliar (PAD), o Centro Municipal de Especialidades (CEME), o Instituto Adolpho Lutz e o Ambulatório de Oncologia em parceria com a Fundação Amaral Carvalho, de Jaú. São Carlos conta ainda com o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS. � Educação

Constam no município de São Carlos: - 58 creches (39 municipais e 19

particulares); - 48 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (26 municipais e 22 particulares);

- Sete estabelecimentos que oferecem educação especial (um estadual, um particular e cinco municipais);

- 62 estabelecimentos com ensino fundamental (trinta estaduais, oito municipais e 24 particulares);

- 33 estabelecimentos com ensino médio (17 estaduais e 16 particulares);

- 23 estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (doze estaduais, oito municipais e três particulares).

São Carlos conta ainda com seis estabelecimentos de ensino que oferece a educação profissional (ensino técnico). Um estadual e os demais particulares. No que tange ao ensino superior, o município possui grande potencial na área de educação. Além da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), possui duas instituições privadas de ensino superior – Centro Universitário Central Paulista (UNICEP) e Faculdades Integradas de São Carlos (FADISC).

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� Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário O SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Carlos é o órgão responsável pelos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. São Carlos possui Estação de Tratamento de Água – ETA e Estação de Tratamento de Esgoto. São Carlos possui aterro sanitário e conta com coleta seletiva - Programa Municipal de Redução e Controle de Resíduos. Dimensão Econômica

� Utilização das Terras Quadro 51 - Utilização das Terras Município

de São Carlos/SP 1996

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

8.595,587 9,8

Lavouras temporárias

32.569,416 37,0

Lavouras temporárias em descanso

387,001 0,4

Pastagens naturais

9.492,407 10,8

Pastagens plantadas

18.571,604 21,1

Matas e florestas naturais

9.425,668 10,6

Matas e florestas plantadas (artificiais)

2.983,242 3,4

Terras produtivas não utilizadas

2.076,215 2,4

Terras inaproveitáveis

4.037,167 4,5

Total 88.138,307 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham.

Quadro 52 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de São Carlos 2006

Setor de Atividade

Total Participação Relativa (%)

Setor Primário 2.685 4,5

Setor Secundário

23.346 39,3

Setor Terciário 33.384 56,2 Total 59.415 100.0

Fonte: IBGE, 2006. � Infra-estrutura

Comunicação São Carlos conta com os seguintes jornais: “A Folha de São Carlos”, “A Tribuna”, “Lecto News” “Jornal Primeira Página”. Nas bancas da cidade são vendidos outros jornais de São Paulo como “Folha de São Paulo” e “Estado de São Paulo”, além dos assinantes. Possui as seguintes rádios: Rádio Intersom, Rádio Clube AM/FM, Rádio DBC, Rádio Jovem Pan AM, Rádio Jovem Pan FM, Rádio São Carlos e Radio USP. Em termos de emissoras de TV tem-se: EPTV Central, TV Comunitária e TV Clube. Já os serviços de telefonia móvel são prestados pelas seguintes operadoras: Claro, Vivo e Tim. Segurança O município conta com delegacia de Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiro e Resgate, Defesa Civil, Delegacia de Defesa da Mulher, Delegacia de Investigações Gerais, Policia Ambiental, Polícia Rodoviária e 25 Conselhos de Segurança Municipais, com representantes da prefeitura e da sociedade.

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Comércio O comércio da cidade atende satisfatoriamente sua população. Há uma rede de comércio e serviços distribuída em lojas de rua, postos de conveniência e um grande shopping center (Iguatemi). Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Em termos de instituições, São Carlos conta com Associação Comercial e Industrial, Associações de bairros e Centros comunitários (14), Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Junta Comercial, Sebrae, Sindicato dos Empregados do Comércio, Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos, Lojas de Maçonaria, Lions, Rotary, Associação Ambiental de São Carlos - APASC, Ramos que Brotam em tempos de Mudança - RAMUDÁ. Dimensão Ambiental São Carlos possui Secretaria de Desenvolvimento Sustentável com Departamento de Política Ambiental. (em sua estrutura consta Divisão de Educação Ambiental, Seção de Controle Ambiental, Divisão de Gestão de Resíduos Sólidos e Divisão do Parque Ecológico de São Carlos). O município dispõe de Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente/COMDEMA. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Os principais equipamentos culturais são: Museu Asas de um Sonho, Teatro Municipal “Dr. Alderico Vieira Perdigão", Museu e Arquivo Histórico

(Estação Cultura), Biblioteca Pública Municipal “Amadeu Amaral”, Biblioteca Pública Municipal “Dr. Alfredo Américo Hamar, além de mais seis junto às Escolas do Futuro (escolas públicas), Arquivo Público Municipal – Pró-memória, Cinemas (nos Shoppings), Cinema teatro do SESC, Anfiteatro – USP e Federal de São Carlos, Universidades: USP/Federal/FADISC/UNICEP, Cinema Municipal (em obras), Escola Livre de Música "Maestro João Sepe", Teatro de Arena, Teatro do SESC. Em termos de lazer tem-se: Clube Recreativo “São Carlos Clube”, com quadras, Salão de Festas e piscinas; “Associação dos Alfaiates” – clube italiano de festa e de campo; “Instituto Cultural Ítalo-brasileiro” – salão de festas para bailes; “Iate Clube”, para esportes náuticos; Clube SESC; Clube SESI Estádio do Luisão; Ginásio Esportes “Milton Olavo Filho”. Na cidade existem vários campos de futebol de várzea, campos de “Bocha” e campos de “malha”. � Principais Eventos

As principais celebrações de São Carlos: Carnaval (fevereiro/ março), Comemoração da Semana da Mulher (março), Festa das Nações(março/abril/agosto/setembro/novembro), Festa do Clima (abril), Festa do Milho de Água Vermelha (abril), Dia do Trabalhador (maio), Semana Pró-Casa do Pinhal (maio), Padroeira de Santa Eudóxia (maio), Festa Junina do Santa Felícia (junho), Semana da Gestão Ambiental (junho), Festa da Laranja com Açúcar de Santa Eudóxia (julho), Dia Municipal de Cultura e da Paz (julho), Dia de São Cristóvão (julho), Procissão da Aparecidinha (agosto), Jogos da Primavera

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(agosto) Festa do Aracy (agosto), “Viola de Todos os Cantos: Chorando sem Parar”(agosto), Festa do Padroeiro de Água Vermelha (setembro), Encontro Regional das Cias. de Santos Reis (setembro), Mês do Livro e da Leitura (outubro), Aniversário de São Carlos (01/11), Mês da Consciência Negra (novembro), Aniversários de Santa Eudóxia (22/11), Vídeo Festival São Carlos (novembro), Semana Euclidiana (dezembro) e Cantata de Nata; (dezembro). � Bens Culturais Materiais e Imateriais

O município conta com vários bens culturais tombados e registrados. Apresenta-se a seguir alguns bens citados durante a entrevista realizada: Palacete Conde do Pinhal (onde funciona a Prefeitura); Colégio Álvaro Guião, tombado pelo Estado de São Paulo; Sede da fazenda Conde do Pinhal, tombada pelo Estado de São Paulo; Processo de Registro do Modo de Fazer da rapadura do Distrito de Santa Eudóxia, entre vários outros. Em termos de fazendas históricas tem-se: Fazenda Pinhal, Fazenda Santa Maria, Fazenda Vale do Quilombo, Fazenda São Roberto, Fazenda Lenda d’Água e Sítio São Joaquim. São Joaquim da Barra Dimensão Histórica A povoação originária de São Joaquim da Barra foi fundada por Manoel Damásio Ribeiro, o primeiro a se fixar na região que costumava ser pouso habitual de viajantes, negociantes e tropeiros no percurso

entre Ipuã e Nuporanga. Esse município, integrante da Alta Mogiana, como tantos outros recebeu a influência das linhas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Atualmente a população tem cerca de 43.700 mil habitantes. Dimensão Social � Saúde

São Joaquim da Barra conta com os seguintes serviços de Saúde: S.U.S., com atendimento a crianças, gestantes e adultos, um Pronto Socorro, Santa Casa de Misericórdia, com 135 leitos (proprietária do plano de Saúde "Santa Casa Saúde") e diversas clínicas de especialidades médicas. Os casos de saúde mais graves são encaminhados para a cidades de Franca, Ribeirão Preto, Barretos e até mesmo São Paulo. � Educação

Constam no município de São Joaquim da Barra: - Oito creches (quatro municipais e

quatro particulares); - 16 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (treze municipais e três particulares);

- Um estabelecimento que oferece a educação especial, pertencente à rede particular;

- 14 estabelecimentos com ensino fundamental (nove estaduais e cinco particulares);

- Dez estabelecimentos com ensino médio (cinco estaduais e cinco particulares);

- Dez estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos

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(cinco estaduais, quatro municipais e um particular).

São Joaquim da Barra conta com quatro estabelecimentos de ensino que oferecem a educação profissional (ensino técnico), dos quais um pertence à rede estadual, um à rede municipal, e dois particulares. O município não conta com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário estão sob a responsabilidade do Serviço de Água e Esgoto - SAE da Prefeitura de São Joaquim da Barra. O município possui Estação de Tratamento de Água – ETA, mas não possui Estação de Tratamento de Esgoto - ETE. Para a disposição dos resíduos, São Joaquim da Barra utiliza o aterro sanitário do município vizinho de Guará. Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 53 -Utilização das Terras Município de São Joaquim da Barra/SP 1996

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

63,893 0,2

Lavouras temporárias

31.804,899 78,7

Lavouras temporárias em descanso

120,559 0,3

Pastagens naturais

989,938 2,4

Pastagens plantadas

4.891,812 12,1

Matas e florestas naturais

1.400,953 3,5

Matas e florestas plantadas (artificiais)

0,600 0,0

Terras produtivas não utilizadas

84,101 0,2

Terras inaproveitáveis

1.064,615 2,6

Total 40.421,370 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de São Paulo – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 54 -População Ocupada por Setores Econômicos Município de São Joaquim da

Barra 2006

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 306 2,2 Setor Secundário

9.370 66,6

Setor Terciário 4.394 31,2 Total 14.070 100.0

Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação São Joaquim da Barra conta com os seguintes jornais: Jornal “Folha do Alto Mogiana” (semanal), Jornal “A Voz” (semanal), “Diário de Franca”, Jornal “Vitrini”(quinzenal), Jornal “Jumbinho” (semanal), “Caderno Regional” (semanal). Nas bancas da cidade são vendidos outros jornais de São Paulo como “Folha de São Paulo” e “Estado de São Paulo”, além dos assinantes. Dispõe, também, das rádios Líder som AM e Metro FM. Já os serviços de telefonia móvel são prestados pela CTBC, Claro e TIM. Segurança

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Na cidade conta com uma Delegacia Derrame Cerebral Isquêmico – AVCide Defesa da Mulher, uma Delegacia de Investigações Gerais, uma Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes, um Grupo de Operações Especiais, 2º. Pelotão da Polícia Militar, uma Delegacia Seccional Civil, 1º. e 2º. Distritos Policiais, Fórum, Cadeia Pública e Conselho de Segurança Pública. As principais ocorrências dizem respeito a furtos e roubos. Comércio O comércio destaca-se pela variedade de atividades, tornando a cidade um ponto de referência para a região. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Em termos de instituições atuantes, São Joaquim da Barra conta com a Casa da Agricultura, Associação Comercial e Industrial, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato dos Servidores Públicos, dois Rotary, Lions e três Lojas de Maçons. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Em termos de equipamentos culturais e de lazer, São Joaquim da Barra conta com Bibliotecas, três clubes, vários campos de futebol, quadras e poliesportivo. � Principais Eventos

As principais celebrações de São Joaquim da Barra são: Festa de Folia de Reis (janeiro), Carnaval Popular

(fevereiro/março), Aniversário da cidade (30/05), Festa da Soja (maio), Festas Juninas (junho), Feira do Livro (agosto), Festa do Padroeiro São Joaquim (26/07) e Festa de Bom Jesus da Lapa. Minas Gerais Caracterização Geral O estado de Minas Gerais chega ao século XXI com uma população de 17.891.494 habitantes, segundo o Censo Demográfico 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com cerca de 14.671.828 habitantes urbanos em 2000, e apenas 3.219.666 rurais. Segundo a Contagem da População 2007 do IBGE, o estado de Minas Gerais contava com 19.261.816 habitantes e apresentou uma taxa positiva de crescimento anual de 1,1% no período 2000/2007. Indicador fundamental para se avaliar o desempenho de determinado município, região ou país, o Produto Interno Bruto – PIB do estado de Minas Gerais correspondeu, em 2005, a R$ 167.273.051.000,00, segundo dados da Fundação João Pinheiro – FJP. No estado de Minas Gerais a Área de Influência Indireta do empreendimento compreende os municípios de Delta, Uberaba, Uberlândia, Tupaciguara e Araporã.

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Caracterização dos municípios afetados no estado de Minas Gerais Delta Dimensão Histórica A história de Delta começa na década de 1920, numa fazenda que pertencia ao coronel João Morena Lara e que mais tarde passou a pertencer à família Lopes Cançado. A fazenda foi loteada dando início a um povoado. O que atraía as pessoas para essa região era a agricultura, sendo que à época se cultivava arroz, milho, feijão e café. Com o passar dos anos, transformou-se em distrito de Uberaba, emancipando-se em 1997. Atualmente a população conta com cerca de 6.600 habitantes. Dimensão Social � Saúde

A referência do município de Delta na área de saúde é a cidade de Uberaba. O município conta com 3 postos de saúde/unidades básicas de saúde administradas pelo município, de acordo com o CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do Brasil.

� Educação

Constam no município de Delta: - Dois estabelecimentos com ensino

pré-escolar (ambos municipais); - Dois estabelecimentos com ensino

fundamental (ambos municipais); - Um estabelecimento com ensino

médio (estadual);

- Dois estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (ambos municipais).

Delta não conta com estabelecimentos de ensino profissional (ensino técnico) e instituições de ensino superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (2000) O Departamento Municipal de Água e Esgoto/DEMAE é o órgão responsável pelo abastecimento de água e esgotamento de Delta. O município não conta com Estação de Tratamento de Água – ETA nem Estação de Tratamento de Esgoto/ETE. O município de Delta dispõe de aterro sanitário controlado e a coleta de lixo ocorre três vezes por semana. A Prefeitura Municipal conta com uma usina de triagem e compostagem de lixo. Dimensão Econômica � População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 55 - População Ocupada por Setores

Econômicos Município de Delta 2006

Setor de atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 124 3,1 Setor Secundário

3.106 76,3

Setor Terciário 840 20,6 Total 4.070 100,0 Fonte: IBGE, 2006.

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� Infra-estrutura

Comunicação

Delta conta com o Jornal Jumbinho, A Voz de Delta , Jornal da Manhã, além do Jornal de Uberaba (semanais). Dispõe da Rádio Comunitária Princesa FM. Em termos de telefonia móvel, tem-se a Vivo, OI, CTBC e TIM. Segurança

Em Delta há um destacamento da Polícia Militar e uma delegacia de Polícia Civil. As principais ocorrências são de latrocínio, furtos, roubos, assassinatos, drogas e prostituição. Comércio

As referências para o comércio é a cidade de Uberaba. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Delta conta com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, o Sindicato dos Servidores Públicos, escritórios da EMATER, do IMA (posto de Fiscalização), Associação dos Produtores de Cana-de-açúcar, quatro associações de bairro, Associação dos Produtores Rurais e Clube da 3ª Idade/Centro de Convivência. Dimensão Ambiental

Delta possui um Departamento de Meio Ambiente, porém não tem Conselho Municipal de Meio Ambiente. O município não dispõe de Plano Diretor.

Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Delta dispõe de uma Biblioteca Municipal. Em termos de lazer conta com o Ginásio Poliesportivo Nagib Elias da Silva, o Centro de Lazer (salão, quadras, campo de futebol, quiosques), o Campo de Futebol e o Uberaba Country Clube. � Principais Eventos

As principais celebrações de Delta são: Folia de Reis (06/01), Carnaval (fevereiro/março), Festas Juninas (junho), Festa da Padroeira Santa Maria dos Anjos (02/08), Festa do Peão (setembro), Comemorações de 7 de Setembro/Desfile Cívico, Aniversário da Cidade (22/12) e Ano Novo (01/01). Uberaba Dimensão Histórica Grande número de pessoas sabendo das condições propícias de Uberaba e do prestígio e segurança que o comandante Major Eustáquio oferecia se mudaram para o arraial por volta de 1818. Eram boiadeiros, mascates, comerciantes, criadores de gado, ferreiros etc. Uberaba foi crescendo e as terras foram ocupadas por agricultores, pecuaristas e comerciantes e outras profissões. Hoje Uberaba representa um centro comercial dinâmico, uma agricultura produtiva, um parque industrial diversificado e uma planejada estrutura urbana. Atualmente a população do município tem cerca de 287.700 mil habitantes.

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Dimensão Social � Saúde

O município de Uberaba é o maior e principal centro de atendimento médico-hospitalar-odontológico do Triângulo Mineiro, contando com: 28 unidades básicas de saúde urbanas, sendo 12 USF (Unidade de Saúde da Família); sete unidades básicas de saúde rural; dois ambulatórios de pronto atendimento, 11 ambulatórios de especialidade; Centros de acompanhamento, apoio e reabilitação; 11 hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde.

� Educação

Constam no município de Uberaba: - 50 creches (20 municipais, duas

estaduais e 28 particulares); - 59 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (32 municipais e 27 particulares);

- Sete estabelecimentos que oferecem educação especial (dois estaduais e cinco particulares)

- 97 estabelecimentos com ensino fundamental (35 estaduais, 29 municipais e 33 particulares);

- 35 estabelecimentos com ensino médio (20 estaduais, 14 particulares e um federal);

- 32 estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (17 municipais, oito estaduais e sete municipais).

Uberaba conta ainda com 13 estabelecimentos (11 particulares e dois federais), que oferecem a educação profissional (ensino técnico). O município é considerado um pólo educacional, contando com

diversas universidades de renome e qualidade. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (2000)

O sistema de abastecimento de água e esgoto do município de Uberaba está sob a responsabilidade do Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba – CODAU. Vale registrar que o município possui Estação de Tratamento de Água – ETA e de Estação de Tratamento de Esgoto – ETE. O município conta com aterro sanitário e com a Cooperativa dos Recolhedores Autônomos de Resíduos Sólidos e Materiais de Uberaba – COOPERU. Dimensão Econômica

� Utilização das Terras Quadro 56 - Utilização das Terras Município

de Uberaba 1996 Discriminação Utilização

das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

3.758,999 1,1

Lavouras temporárias

73.965,078 21,2

Lavouras temporárias em descanso

6.954,234 2,0

Pastagens naturais 64.307,537 18,4 Pastagens plantadas

148.238,640 42,5

Matas e florestas naturais

30.833,011 8,8

Matas e florestas plantadas (artificiais)

7.854,706 2,3

Terras produtivas não utilizadas

1.852,442 0,5

Terras inaproveitáveis

11.055,886 3,2

Total 348.820,533 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Minas Gerais – 1996.

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� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 57 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Uberaba 2006

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 4.449 6,7 Setor Secundário 15.855 23,8 Setor Terciário 46.189 69,5 Total 66.493 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação

Uberaba é atendida por sete empresas prestadoras de serviços de telecomunicações: EMBRATEL, CTBC, TIM, INFOVIAS, OI, VIVO (ex- TELEMIG Celular) e Nextel. Uberaba conta com dois jornais diários (Jornal da Manhã e Jornal de Uberaba), um jornal semanal (Revelação/ laboratorial do curso de Jornalismo da UNIUBE), um órgão oficial do município semanal (Porta Voz), um jornal semanal de circulação regional (Jumbinho), um jornal mensal (Gazeta Universitária), um jornal quinzenal de circulação regional (Estado Mineiro), uma revista bimestral (JM Magazine), quatro rádios AM (Rádio Difusora, Rádio 7 Colinas, Rádio Sociedade e Rádio Uberaba), seis rádios FM (Rádio 7 Colinas, Rádio Universitária, Super Som, Rádio Evangélica, Rádio Zebu e Rádio Metropolitana), cinco rádios comunitárias (Terra FM, Difusora, Mundial, Mulher e Metropolitana), três geradoras de televisão (TV Presença - Rede Bandeirantes, TV Universitária - Rede Minas, TV Câmara e Rede

Integração - Rede Globo), seis repetidoras (TV Paranaíba - Rede Record, Rede TV, TV Alterosa - SBT, Rede Vida - UHF, TV Assembléia e Canção Nova) e uma TV a cabo (Braz-net). � Energia Elétrica

Vale aqui ressaltar que, em matéria de suprimento de energia elétrica, poucos municípios brasileiros possuem a boa situação de Uberaba, sede da Fazenda Energética da CEMIG, referência em Minas Gerais e no Brasil pelos estudos que desenvolve em parceria com produtores rurais, EMATER, EPAMIG, CEFET/Uberaba, FV, EMBRAPA, FEIT/UEMG, EMAAAR/Campina Verde, Prefeituras, entre outros, sobre o uso eficiente da energia elétrica na agricultura. � Segurança

A 5ª Região da Polícia Militar (5ª RPM) é uma Unidade de Comando Intermediário, responsável pelo policiamento no baixo Triângulo Mineiro, cuja responsabilidade territorial engloba 31 municípios. As unidades que compõem a 5ª Região da Polícia Militar são: - Quarto Batalhão de Polícia Militar

(4ºBPM) com sede em Uberaba; - Quinta Companhia Independente

de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário, com sede em Uberaba;

- Trigésimo Sétimo Batalhão da Polícia Militar (37º BPM), com sede em Araxá;

- Terceira Companhia Independente da Polícia Militar, com sede em Iturama;

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- Quarta Companhia Independente da Polícia Militar, com sede em Frutal.

Atualmente a 5ª RPM conta com um efetivo de 1.331 policiais militares, oficiais e praças. O município conta também com a Guarda Municipal. � Comércio

O excelente comércio local atende satisfatoriamente a população local. Dimensão Ambiental Registra-se a existência da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, subordinada diretamente ao Gabinete do Prefeito Municipal e, também, do Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Equipamentos Culturais: Museu de Arte Sacra, Museu de História Natural – Wilson Estevanovic, Museu dos Dinossauros de Peirópolis, Museu de Arte Decorativa – MADA, Museu do Zebu, Museu da Capela, Museu Chico Xavier, Sítio Paleontológico de Peirópolis, Centro Cultural José Maria Barra, Centro Administrativo “Jornalista Ataliba Guaritá Neto”, Centro Cultural “Cecília Palmério”, Teatro Experimental de Uberaba - TEU, Fundação Cultural, Arquivo Público, seis Bibliotecas Públicas, Casa do Artesão, Mercado Municipal, 11 Cinemas, quatro Galerias de Artes e um Circo Itinerante. Lazer: Dois Clubes Esportivos Profissionais, 10 Clubes Sociais, três estádios de futebol amador, 30

estádios de futebol da comunidade, três estádios de futebol profissional, 15 Ginásios poliesportivos, dois Parques Municipais e Áreas Verdes, uma pista de Aeromodelismo, uma pista de Kart, três pistas de Atletismo, uma Pista de Motocross, oito pistas de Skate, 80 quadras abertas, 22 quadras cobertas, 15 quadras de areia, três quadras de grama sintética, 82 quadras de Peteca, 22 quadras de tênis (piso de saibro), 30 Ginásios, 50 campos de futebol e um zoológico. � Principais Eventos

As principais celebrações de Uberaba são: Folia de Reis (06/01), Carnaval (fevereiro/março), Feira Agropecuária de Gado Zebu – Expozebu (28 de abril – 10 de maio), Encontro de Ternos (13 de maio) Festas Juninas (junho), Festa da Padroeira Nossa Senhora da Abadia (15 de agosto) e Festa de Final de Ano (dezembro). Os principais eventos: Encontro de Folia de Reis (fevereiro); Feira de Artesanato de Uberaba “FeirArte” aos sábados. � Bens Culturais Materiais e Imateriais

Apresenta-se aqui os bens tombados no município de Uberaba: Igreja Santa Rita (Tombamento Federal (IPHAN); Paço Municipal “Major Eustáquio”; Prédios dos Correios; Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro; Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro ou “Santa Casa de Misericórdia”; Mercado Municipal e Praça Manoel Terra; Relógio e Obelisco; Residência Particular número 14 da Praça Rui Barbosa; “Solar Castro Cunha”; Palacete São Luiz (Palácio do Bispo); Vila dos

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Eucaliptos; Caieira do Meio; Escola Estadual Brasil; Igreja São Domingos; Imóvel Residencial da Rua Senador Pena; Residência Particular da Rua Vigário Silva; Residência Particular da Vigário Silva; Igreja Metodista de Uberaba; Mausoléu de Cherubina Generosa de São José; Máquina Locomotiva “Maria Fumaça”; Anjos Tocheiros; Indumentárias Eclesiásticas, Casula, Manípula, Estola, Véu De Cálice E Mitra; Imagem de Santa Rita; Conjunto Arquitetônico e Paisagístico de Peirópolis; Fazenda Experimental de Criação Getúlio Vargas - EPAMIG Uberlândia Dimensão Histórica Por volta de 1835, Luiz Alves Carrejo e seus irmãos, vindos de Campo Belo do Prata, compraram algumas terras na região. Ali se estabeleceram com suas famílias e escravos, formando as fazendas de Olhos d'Água, Laje, Marimbondo e Tenda. Nesta última, instalaram uma oficina de ferreiro e uma escola primária, dando origem ao Arraial de Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião da Barra de São Pedro. A mudança do nome para Uberlândia só aconteceu em 1929. O município possui terras muito férteis, que garatem grandes safras agrícolas e boas pastagens naturais. É ainda importante centro industrial e comercial, contando com cerca de 400 indústrias e mais de dois mil estabelecimentos comerciais em todos os ramos. A população atual tem 608.300 mil habitantes.

� Saúde

O município de Uberlândia é considerado ao lado de Uberaba como o maior e principal centro de atendimento médico-hospitalar-odontológico do Triângulo Mineiro composto pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia – UFU; Hospital Santa Catarina; Hospital São Francisco; Casa de Saúde Santa Marta e Clínica Infantil Dom Bosco; Hospital do Câncer e Hospital Veterinário/UFU.

� Educação

Constam no município de Uberlândia: - 64 creches (15 municipais e 49

particulares); - 124 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (51 municipais, um federal e 72 particulares);

- Quatro estabelecimentos que oferecem educação especial (dois estaduais e dois particulares);

- 184 estabelecimentos com ensino fundamental (um federal, 46 municipais, 63 estaduais e 74 particulares);

- 47 estabelecimentos com ensino médio (24 estaduais, 22 particulares e um federal);

- 37 estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (16 municipais; 16 estaduais e cinco particulares).

Uberlândia conta ainda com 15 estabelecimentos (12 particulares, dois federais e um estadual) que oferecem a educação profissional (ensino técnico). O município é considerado um pólo educacional, contando com universidades de renome e qualidade e dispondo de vários centros de pesquisas, com destaque para a Universidade Federal de Uberlândia –

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UFU que oferece além dos cursos de graduação, cursos de especialização e pós-graduação. � Saneamento

Abastecimento de Água e Sistema de Esgotamento Sanitário (2000)

O sistema de abastecimento de água e esgoto do município de Uberlândia está sob a responsabilidade do Departamento Municipal de Água e Esgoto DMAE. O lixo do município é destinado a um Aterro Sanitário. � Utilização das Terras Quadro 58 - Utilização das Terras Município

de Uberlândia/MG1996

Discriminação Utilização das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

5.547,731 1,5

Lavouras temporárias

50.019,079 13,8

Lavouras temporárias em descanso

3.270,962 0,9

Pastagens naturais

98.849,464 27,5

Pastagens plantadas

120.385,420 33,5

Matas e florestas naturais

32.652,504 9,1

Matas e florestas plantadas (artificiais)

21.637,666 6,0

Terras produtivas não utilizadas

14.382,000 4,0

Terras inaproveitáveis

13.151,188 3,7

Total 359.896,014 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Minas Gerais – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham.

Quadro 59 População Ocupada por Setores Econômicos Município de Uberlândia 2006

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 6.609 4,7 Setor Secundário

27.783 19,9

Setor Terciário 105.323 75,4 Total 139.715 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação

Em termos de estações de TV (transmissoras e repetidoras), Rádio (AM e FM) em operação, o município de Uberlândia conta com oito estações repetidoras de TV e três estações geradoras de TV, seis estações de radiodifusão sonora em Onda Média e seis estações de radiodifusão sonora em freqüência Modulada e três estações de radiodifusão comunitária na freqüência de 104,9 MHz. A Companhia de Telefones do Brasil Central – CTBC é a concessionária responsável pelos produtos e serviços prestados no município. Em termos de serviços de telefonia móvel celular, o município de Uberlândia é atendido pela CTBC, TIM, OI, Claro e VIVO. Uberlândia conta com os seguintes jornais: “Correio” (diário), “Diário do Comércio” (2ª a 6ª feira), “Gazeta de Uberlândia” (4ª feira/gratuito), “Informativo Comercial” (2ª a 6ª feira), “Jornal do Campo (mensal), “Diário Oficial do Município” (2ª a 6ª feira), “O Tempo Uberlândia” (6ª feira/gratuito), Estado de Minas e Folha de São Paulo.

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Quanto às revistas tem-se: Campo e Negócios (mensal), Campo e Negócio HF (mensal), Dystak’s (mensal), Meio e Mídia Mercado (bimestral), Meio e Mídia Cult (mensal), Super Meio e Mídia (trimestral) e Negócios (mensal). Serviços Bancários

Segundo informações do Banco Central (2004), o município de Uberlândia conta com as seguintes instituições bancárias: Banco ABN AMRO S.A., Banco Bradesco S.A., Banco do Brasil S.A., Banco Industrial e Comercial S.A., Banco Itaú S.A., Banco Mercantil do Brasil S.A., Banco Nossa Caixa S.A., Banco Rural S.A., Banco Safra S.A, Banco Santander Brasil, Banco Santander Meridional S.A., Banco Sudameris Brasil S.A., Banco Triangulo S.A., Bankboston Banco Múltiplo S.A., Caixa Econômica Federal, Banco HSBC Bamerindus S.A., Unibanco-União de Bancos Brasileiros S.A. Segurança

Uberlândia conta com a 16ª Delegacia Regional de Segurança Pública. Uberlândia dispõe de Delegacia de Polícia Rodoviária Federal - 4ª/17ª PRF e do 17º BPM – Décimo Sétimo Batalhão de Polícia Militar. As principais ocorrências registradas dizem respeito aos crimes contra o patrimônio. Já o 32º Batalhão da Polícia Militar iniciou suas atividades no município de Uberlândia em 10 de fevereiro de 1999.

Comércio

O excelente comércio local atende satisfatoriamente a população residente no município de Uberlândia. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Uberlândia conta com entidades filantrópicas de serviços (Lions Clube de Uberlândia, Rotary Clube de Uberlândia e Leo Clube de Uberlândia); Fundação Logosófica de Uberlândia; Lojas Maçônicas, Associação Brasileira de Odontologia – ABO, Associação Comercial e Industrial de Uberlândia – ACIUB, Câmara de Dirigentes Lojistas de Uberlândia – CDL, Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia – ICASU, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, Serviço Social da Indústria – SESI, Serviço Social do Comércio – SESC, IEL – Instituto Euvaldo Lodi, Sindicato dos Bancários de Uberlândia, Sindicato da Construção Civil do Triângulo e Alto Paranaíba – SINDUSCON, Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Uberlândia, Sindicato Rural de Uberlândia – SRU, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais – STR, Sociedade Médica de Uberlândia – SMU, Conselho de Entidades Comunitárias de Uberlândia – CEC (com 82 associações de moradores de bairro filiadas), Associação das Folias de Reis de Uberlândia, Associação de Artesãos de Uberlândia, Conselho Comunitário Rural Tenda dos Morenos, Conselho Comunitário de Segurança Pública – CONSEP e Associação dos Agentes

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Ambientais do 3ª Setor – GEOAMBIENTE, além das Associações e ligas desportivas (Aeroclube de Uberlândia, Associação dos Damistas de Uberlândia, Associação Sucupira de Canoagem e Ecologia, Clube Uberlandense de Judô, Clube de Xadrez de Uberlândia e Jogos de Bridge, Liga Uberlandense de Futebol – LUF, Liga Uberlandense de Truco – LUT, Liga Uberlandense de Artes Marciais – LUAMA). Dimensão Ambiental Uberlândia possui Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente e Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental - CODEMA. � Patrimônio Natural

As principais atrações naturais são: Reservatório da Usina Hidrelétrica de Miranda, Cachoeira Recanto dos Namorados, Reserva Ecológica do Panga e Ponte do Pau Furado Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Uberlândia conta com os seguintes equipamentos culturais: Arquivo Público Municipal, Biblioteca Pública Municipal “Juscelino Kubitschek de Oliveira”, Casa da Banda (Sede da Banda Sinfônica Municipal), Casa da Cultura (Lei de Tombamento: nº. 4212 de 15-10-1985), Coreto da Praça Clarimundo Carneiro (Lei de Tombamento: nº. 4217 de 15 de outubro de 1985), Espaço Cultural Yazigi, Casa de Idéias, Espaço Cultural Alternativo (Biblioteca Pública), Galeria Elizabeth Nasser, Galeria Mônica Marques, Galeria Lourdes Saraiva Quieroz, Galeria de Arte Martha Gloriah, Galeria de Arte

Geraldo Queiroz da Casa da Cultura, Galeria de Arte Ido Finotti – Centro Administrativo, Galeria da Oficina Cultural, Museu Municipal (tombado através da Lei nº. 4.209 de 25-09-1985), Museu do Índio (administrado pela Universidade Federal de Uberlândia), Museu de Minerais e Rocha (administrado pela Universidade Federal de Uberlândia), Museu da Biodiversidade do Cerrado (administrado pela Universidade Federal de Uberlândia), Museu Universitário de Arte, Oficina Cultural de Uberlândia, Teatro Rondon Pacheco, Teatro Grande Othelo, Teatro de Arena, Palco de Artes, Cinemas 1-2-3-4-5-6-7-8-9-10/Center Shopping e Cinema Stadium Terminal Central. Em termos de lazer Uberlândia conta com shopping’s, clubes sociais (Clube Caça e Pesca Itororó de Uberlândia, Praia Clube Sociedade Civil, Tangará Country Clube, Uberlândia Clube Sociedade Recreativa, Uberlândia Tênis Clube – UTC, Cajubá Country Clube, Clube do Cowboy de Uberlândia Ltda., Clube Parque dos Dinossauros de Miranda, Associação Atlética do Banco de Brasil – AABB, Águas Quentes Palmeira, Clube de Amigos da Terra de Uberlândia – CAT, Clube de Tiro de Uberlândia, Clube dos Advogados de Uberlândia, Clubes dos Bancários, Clube Subtenente e Sargentos de Uberlândia, Esporte Clube Girassol, Grêmio Esportivo e Cultural dos Funcionários Públicos Municipais, Vila Olímpica, Clube da Caixa Econômica Federal, Água do Vale, Clube do Sindicato dos Bancários de Uberlândia), centros de treinamento, escolinhas de esporte da Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer – FUTEL, eventos esportivos promovidos pela FUTEL em várias modalidades, equipamentos

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esportivos da FUTEL (21 campos de futebol gramados, três campos de futebol de terra, quatro campos soçaites gramados, dois campos soçaites de terra, cinco quadras cobertas, 21 quadras descobertas, duas piscinas, duas pistas de Cooper, quatro salões de jogos, uma praça com equipamentos), Estádio Municipal João Havelange (localizado no Parque do Sabiá), Cachoeira do Sucupira (localizada no rio Uberabinha, na área rural, distante 15 km do centro da cidade), Parque do Sabiá, Parque dos Dinossauros e Escuna Cydália (situado às margens do lago de Miranda, a 25 km de Uberlândia em rodovia asfaltada. Saída Uberlândia/Araxá (km - 156), Reservatório da Usina de Miranda, Reservatório das Usinas de Capim Branco I e II, Cachoeira Recanto dos Namorados (distante 600 metros da Cachoeira de Sucupira, na margem esquerda do Rio Uberabinha) e Jardim Zoológico (Localizado no Parque do Sabiá, conta com 237 animais). � Principais Eventos e Feiras

Apresenta-se aqui os principais eventos e feiras de Uberlândia: Feira Nacional da Indústria de Uberlândia (junho) – FENIUB; Exposição Agropecuária (agosto/setembro); Curso de Novos Enfoques na Produção e reprodução de Bovinos (março); Convenção Estadual do CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas (abril); IX Workshop de Turismo do Triângulo (maio); Simpósio Internacional de Degradação de terras e Desertificação (maio); Festa Junina (junho); Festival de Danças do Triângulo (julho); Aniversário da Cidade (31 de Agosto); XI Encontro do Fórum Estadual de Turismo; Cavalgada (agosto); II Festival de

Música – Uberlândia Canta; Congado (novembro); 7º Sotrim; Congado; Folia de Reis (1ª quinzena de janeiro); Festa de Nossa Senhora da Abadia (julho); Carnaval (fevereiro/março); Festa de São Sebastião (janeiro); Festa de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito (2º domingo de novembro). � Bens Culturais Materiais e Imateriais

Apresenta-se a seguir os bens culturais tombados existentes no município de Uberlândia: Igreja Nossa Senhora do Rosário; Coreto; Escola Estadual de Uberlândia; Igreja Nossa Senhora do Rosário – Miraporanga; Praça Tubal Vilela; Estação Ferroviária Sobradinho (Companhia Mogiana de Estrada de Ferro); Palacete Ângelo Naguettini; Casa da Cultura; Palácio dos Leões – Museu Municipal; Oficina Cultural; Praça Clarimundo Carneiro; Mercado Municipal (Conjunto das edificações, calçamento de pedras e árvore Figueira Branca); Residência Chacur; Uberlândia Clube Sociedade Recreativa; Igreja Espírito Santo do Cerrado e Conjunto Domingos Camim (Distrito de Miraporanga). Tupaciguara Dimensão Histórica A cidade de Tupaciguara situa-se às margens da Represa de Itumbiara, no Rio Paranaíba, que alimenta a Usina de Furnas. A cidade se originou de um pequeno arraial, formado em torno da Capela de Nossa Senhora de Abadia, construída em 1841. Este arraial cresceu impulsionado pela prática da pecuária e de trocas de gêneros

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alimentícios entre as fazendas da região. O nome Tupaciguara, que, na língua tupi, significa “Terra da Mãe de Deus”, foi adotado apenas em 1923, quando a cidade vivia um momento de grande desenvolvimento da lavoura e da pecuária, destacando-se na produção de arroz e na criação de gado de leite e corte. A população atual é de cerca de 23 mil habitantes. Dimensão Social � Saúde

O município de Tupaciguara conta com um hospital particular e uma Policlínica Municipal, um Centro de Saúde Bucal Municipal e três postos do PSF (Bairro Boa Vista, Bairro Nova Esperança e Bairro Tiradentes). Os casos de mais graves são encaminhados para a cidade de Uberlândia. � Educação

Constam no município de Américo Brasiliense: - Duas creches (uma municipal e

uma particular); - Nove estabelecimentos com

ensino pré-escolar (sete municipais e dois particulares);

- Um estabelecimento que oferece a educação especial, pertencente à rede particular;

- 13 estabelecimentos com ensino fundamental (quatro estaduais, sete municipais e dois particulares);

- Quatro estabelecimentos com ensino médio (um estadual, um municipal e dois particulares);

- Três estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (dois estaduais e um particular).

O município possui um estabelecimento municipal que oferece o ensino profissional (ensino técnico), mas não conta com instituições de ensino superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água O sistema de abastecimento de água e esgoto do município de Tupaciguara está sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal. O município conta com Estação de Tratamento de Água – ETA, a cargo do Departamento de Água e Esgoto do Município – DAE. Já a Estação de Tratamento de Esgoto/ETE de Tupaciguara encontra-se desativada. A Prefeitura está buscando recursos para ativar a ETE e construir uma nova para comportar o distrito industrial do município. O município possui aterro sanitário.

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Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 60 -Utilização das Terras Município de Tupaciguara/MG 1996

Discriminação Utilização das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

554,151 0,4

Lavouras temporárias

25.792,980 18,3

Lavouras temporárias em descanso

2.162,890 1,5

Pastagens naturais

34.983,742 24,8

Pastagens plantadas

54.711,299 38,8

Matas e florestas naturais

17.860,898 12,7

Matas e florestas plantadas (artificiais)

413,869 0,3

Terras produtivas não utilizadas

630,212 0,4

Terras inaproveitáveis

4.038,508 2,8

Total 141.148,549 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Minas Gerais – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro a seguir será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 61 -População Ocupada por Setores Econômicos Município de Tupaciguara 2006 Setor de Atividade

Total Participação Relativa (%)

Setor Primário

885 26,3

Setor Secundário

329 9,8

Setor Terciário

2.145 63,9

Total 3.359 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação Tupaciguara conta com as seguintes prestadoras de serviços de telefonia móvel: TIM, CTBC e OI. Dispõe de

duas rádios AM, uma rádio FM e dois jornais quinzenais locais - “O Popular” e o “Independente”, além do jornal Estado de Minas. Serviços Bancários Tupaciguara conta com as seguintes instituições financeiras: Banco Bradesco S.A., Banco do Brasil S.A., Banco Itau S.A. e Caixa Econômica Federal. Segurança O município de Tupaciguara dispõe de um Batalhão de Polícia Militar, um Destacamento de Polícia Militar de Meio Ambiente, uma delegacia de Polícia Civil, uma cadeia pública e uma Polícia Rodoviária Estadual. Comércio Embora o comércio local atenda satisfatoriamente a população, a referência para o comércio é a cidade de Uberlândia. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Tupaciguara conta com as seguintes instituições/entidades: Associação Comercial e Industrial de Tupaciguara – ACIT, CDL, Rotary Clube, Lions, duas lojas de Maçonaria, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tupaciguara, Sindicato dos Produtores Rurais de Tupaciguara e Sindicato dos Servidores Municipais. Dimensão Ambiental Tupaciguara possui Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente. O Conselho Municipal

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de Desenvolvimento Ambiental – CODEMA – está legalmente constituído, porém desativado atualmente. De acordo com a Procuradora Geral do Município, o município providenciará as adequações necessárias para sua reativação. Dimensão Cultural O município conta com os seguintes Grupos Culturais: Terno de Congo Nossa Senhora do Rosário, Terno de Congo São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, Moçambique, Escola de Samba União das Raças, Grupo de Catira, Grupo de Seresta, Grupo de Serenata, Coral e Coralito. Vale dizer que o município possui Conselho de Patrimônio Histórico e Cultural e leis de tombamento. � Equipamentos Culturais e de Lazer

Tupaciguara dispõe de uma Biblioteca Pública, uma Biblioteca da Câmara Municipal, um Museu Histórico e Arqueológico Chico Ribeiro, dois Cine-teatros desativados e um Centro Cultural Educacional e Social que será inaugurado em breve. � Principais Eventos

Os principais eventos culturais são: Festa em louvor a Nossa Senhora da Abadia (15 de agosto); Festa em louvor a São Cristóvão (30 de julho); Festa em louvor a Santos Reis (11 de maio); Festa em louvor ao Divino Pai Eterno (05 de julho); Feira de Artesanato (07 de setembro); Exposição Agropecuária; Aniversário da Cidade (01 de junho); Carnaval (fevereiro/março); Semana da Consciência Negra (novembro);

Semana do Museu (maio) e Festas Juninas com quadrilhas e quermesses. � Bens Culturais Materiais e Imateriais

Os bens culturais tombados pelo município são: Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Museu Histórico e Arqueológico Chico Ribeiro, Prédio da Câmara Municipal e Imagem de Nossa Senhora da Abadia (padroeira). Araporã Dimensão Histórica No cruzamento das estradas, onde é localizada a Praça Principal do município, a Companhia Mineira Auto Viação colocou duas porteiras grandes e pesadas, construiu também duas casas para o zelador e o fiscal residirem, para conservação e manutenção da cobrança dos pedágios. Com o “progresso” e a facilidade para o transporte de mercadorias, outros agricultores adquiriram terras e juntamente com seus familiares e colonos que se instalaram em Araporã e iniciaram as atividades nas lavouras. Atualmente a população tem cerca de 6.100 mil habitantes. Dimensão Social � Saúde

Araporã conta com um hospital – Hospital João Paulo II e dois postos de saúde com duas equipes do Programa de Saúde da Família – PSF. Os casos mais complexos são encaminhados para o município de Itumbiara/GO.

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� Educação

Constam no município de Araporã: - Uma creche (municipal); - Um estabelecimento com ensino

pré-escolar (municipal); - Um estabelecimento que oferece

a educação especial, pertencente à rede particular.

- Dois estabelecimentos com ensino fundamental (ambos municipais);

- Um estabelecimento com ensino médio (estadual);

- Dois estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (um estadual e um municipal).

O município possui um estabelecimento municipal que oferece o ensino profissional (ensino técnico), mas não conta com instituições de ensino superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (2000) O sistema de abastecimento de água e esgoto do município de Araporã está sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal, através do Departamento de Água e Esgoto do Município – DAE. O município possui Estação de Tratamento de Água – ETA e a Estação de Tratamento de Esgoto – ETE encontra-se em fase final de implantação. Araporã possui aterro sanitário com coleta diária de lixo.

Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 62 - Utilização das Terras Município de Araporã/MG 1996

Discriminação Utilização das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

38,720 0,2

Lavouras temporárias

8.759,200 51,2

Lavouras temporárias em descanso

642,574 3,8

Pastagens naturais 573,310 3,4 Pastagens plantadas 5.326,678 31,1 Matas e florestas naturais

1.164,731 6,8

Matas e florestas plantadas (artificiais)

12,100 0,1

Terras produtivas não utilizadas

205,700 1,2

Terras inaproveitáveis

384,205 2,2

Total 17.107,218 100.0

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Minas Gerais – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro a seguir será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 63-População Ocupada por Setores Econômicos Município de Araporã 2006

Setor de Atividade

Total Participação Relativa (%)

Setor Primário

572 26,2

Setor Secundário

391 17,9

Setor Terciário

1.223 55,9

Total 2.186 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação Araporã conta com os seguintes serviços de telefonia móvel: CTBC, OI, Claro e Brasil Telecom. Dispõe de uma rádio FM Comunitária e do jornal quinzenal “O Independente”. Circulam no município três jornais de

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Itumbiara/GO, a saber: “Folha de Notícias”, “Correio do Centro Oeste” e “O Regional”. Serviços Bancários Araporã conta com o Banco Bradesco S.A. Segurança Araporã dispõe de um Destacamento de Polícia Militar, uma Delegacia de Polícia Civil e uma cadeia pública. A Polícia Militar de Meio Ambiente de Ituiutaba/MG atende ao município. As principais ocorrências policiais giram em torno de arruaças e brigas. Comércio Embora o comércio local atenda satisfatoriamente a população, a referência para o comércio é a cidade de Itumbiara. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Araporã conta com as seguintes instituições/associações: Associação Recreativa de Araporã, Associação Cultural e Artística de Araporã, Associação Comercial de Araporã, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araporã, Sindicato dos Produtores Rurais de Araporã, Sindicato dos Trabalhadores Municipais, EMATER, IMA, SIAT (Sistema Integrado de Administração Tributária), Rotary Clube, APAE, Sociedade São Vicente de Paula, Centro de Recuperação do Alcoólatra, Centro de Apoio ao Idoso de Araporã e Associação Católica e Associação dos Evangélicos.

Dimensão Ambiental Araporã possui Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental – CODEMA. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Em termos de equipamentos culturais e de lazer, Araporã dispõe de uma Biblioteca Pública, um teatro, um espaço para convenções, além de duas quadras poliesportivas e um campo de futebol. � Principais Eventos

Os principais eventos culturais de Araporã são: Festa da virada de ano (janeiro); Tradicional carnaval de rua (fevereiro); Celebração da Semana Santa (março/abril), Aniversário da cidade (27/04); Festa das mães (maio); Festas juninas; Festa do Peão (1ª quinzena de agosto); Festa da padroeira Nossa Senhora da Guia (17/09); Dia das crianças, Dia da Cidadania (12/10); Festival Nossa Arte da APAE (novembro/dezembro); Festa de Convenção Municipal “Noite do Charme” e comemorações natalinas (dezembro). Conta com Grupos Culturais Folia de Reis, Coral da Igreja Católica, banda Marcial e Fanfarra Asas da Liberdade, além dos Modos de Fazer (arte em cerâmica, pintores de tela, bordados, tricôs, crochês etc.). O município possui Conselho de Patrimônio Histórico e Cultural e leis de tombamento.

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� Bens Culturais Materiais e Imateriais

A igreja Nossa Senhora da Guia é tombada pelo Município. Em processo de tombamento encontram-se o prédio da Prefeitura, a praça Dr. Antônio Hélio de Castro e a ponte Afonso Pena que liga os estados de Minas Gerais e Goiás. Goiás Caracterização Geral A população total do estado de Goiás era de 5.003.228 habitantes em 2000, dos quais 4.396.645 (87,9%) residindo em sua área urbana e 606.583 (12,1%) em sua área rural, segundo o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2005, a economia goiana apresentou resultados positivos, embora inferiores se comparados aos anos anteriores. O PIB atingiu valor de R$ 50,536 bilhões, superior ao ano anterior em R$ 2,515 bilhões, quando registrou R$ 48,021 bilhões. Sua participação no PIB nacional que era de 2,47% reduziu para 2,35%, mas, manteve-se na 9ª posição no ranking nacional. No estado de Goiás a Área de Influência Indireta do empreendimento compreende os municípios de Itumbiara, Buriti Alegre, Morrinhos, Piracanjuba, Bela Vista de Goiás, Caldazinha, Senador Canedo, Bonfinópolis, Leopoldo de Bulhões, Silvânia, Gameleira de Goiás, Abadiânia, Alexânia, e Santo Antônio do Descoberto.

Caracterização dos municípios afetados no estado de Goiás Abadiânia Dimensão Histórica

A origem do povoamento relaciona-se com romarias promovidas por dona Emerenciana, em devoção a Nossa Senhora da Abadia, no ano de 1870. No início, as orações aconteciam em casa. Depois, foi construída uma capela, em torno da qual se fixaram os primeiros habitantes, vindos, na maioria das vezes, da cidade de Corumbá e do Estado de Minas Gerais. A população atual do município é de cerca de 12.600 mil. Dimensão Social

� Saúde

Segundo dados do Ministério da Saúde/DATASUS, o município de Abadiânia não conta com hospitais. Possui um centro de saúde e dois postos de saúde. Os casos mais graves são encaminhados para a cidade de Anápolis. � Educação

Constam no município de Abadiânia: - Uma creche (particular); - Onze estabelecimentos com

ensino pré-escolar (nove municipais e dois particulares);

- 17 estabelecimentos com ensino fundamental (dois estaduais, 14 municipais e um particular);

- Dois estabelecimentos com ensino médio (um estadual e um particular);

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- Um estabelecimento com EJA - Educação de Jovens e Adultos (municipal)

Abadiânia não conta com estabelecimentos de ensino profissional (ensino técnico), nem com instituições de ensino superior. � Saneamento

Sistemas de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do município de Abadiânia estão sob a responsabilidade do SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto. O município possui Estação de Tratamento de Água – ETA e a Estação de Tratamento de Esgoto - ETE encontra-se em fase de implantação. O lixo é lançado a céu aberto em sistema de lixão. O aterro sanitário do município de Abadiânia encontra-se em fase de implantação.

Dimensão Econômica

� Utilização das Terras

Quadro 64 - Utilização das Terras Município de Abadiânia/GO 1996

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

210,619 0,3

Lavouras temporárias

6.000,523 7,8

Lavouras temporárias em descanso

948,657 1,2

Pastagens naturais 30.084,845 39,1 Pastagens plantadas

30.813,622 40,2

Matas e florestas naturais

5.264,576 6,8

Matas e florestas plantadas (artificiais)

52,562 0,1

Terras produtivas 1.754,961 2,3

não utilizadas Terras inaproveitáveis

1.727,463 2,2

Total 76.857,828 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Goiás – 1996.

� População ocupada, segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 65 - População Ocupada Por Setores Econômicos Município de Abadiânia 2006

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 203 16,1 Setor Secundário 307 24,4 Setor Terciário 749 59,5 Total 1.259 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

A infra-estrutura existente no município é precária, o que a dependência de outros centros mais desenvolvidos, como Anápolis e Goiânia.No entanto, mesmo sem dispor de equipamentos urbanos necessários ao atendimento da população, o município tem-se crescido. Serviços Bancários

O município de Abadiânia conta com apenas uma instituição bancária, Banco Itaú. Segurança

Abadiânia conta com uma delegacia regional de polícia, jurisdicionada à 3a Delegacia, com sede em Anápolis. Possui delegacia de polícia civil e cadeia pública. O maior índice de ocorrências apontado está relacionado a drogas e pequenos furtos.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

130

Comércio

A referência de comércio é a própria cidade de Abadiânia. � Instituições Atuantes

Abadiânia conta com a Agência Rural, e um escritório do Sindicato Rural integrado àquele do município de Anápolis. Dimensão Cultural � Principais Eventos

Festa de São Sebastião (20 de janeiro); Festa de São Pedro e São Paulo – padroeiro (29 de junho); Festa de São Miguel Arcanjo (29 de setembro); Aniversário da Cidade (20 de outubro); Festa de Nossa Senhora d’Abadia (15 de agosto); 1a Agro-Festa da Pimenta (6 a 8 de julho). Alexânia Dimensão Histórica A ocupação do território que hoje se constitui o município de Alexânia tem suas raízes na fé de uma senhora negra, Dona Francisca dos Anjos. Segundo contam os moradores mais antigos da localidade e os documentos históricos coletados, por volta do ano de 1939, na região de Olhos D’Água, Dona Francisca andava muito aflita com os boatos de que a escravidão poderia voltar. Ela, com muita fé, apegou-se a Santo Antônio de Pádua e o pediu que a livrasse do sofrimento de voltar a ser escrava. Com a confirmação de que a Lei Áurea não seria revogada e que realmente havia sido abolida para sempre a escravatura no Brasil, Dona

Francisca encabeçou um movimento para a construção de uma capela em louvor a Santo Antônio de Pádua. Tomando conhecimento do empenho de Dona Francisca, o padre Luiz Maria Zeferino pediu ajuda aos fazendeiros da região para construção da capela. Teve início a povoação do município que, ao poucos, se desenvolveu ao redor da capela. É importante observar que Alexânia é uma cidade nova e que tem algumas características semelhantes à Brasília: o traçado moderno e riqueza em áreas destinadas a construções públicas, parques e praças. Atualmente a população tem cerca de 20 mil habitantes.

Dimensão Social

� Saúde

O município dispõe de um hospital municipal, totalizando 46 leitos, conveniados ao SUS. Conta ainda com um centro de saúde e dois postos de saúde (Posto JK situado na sede e outro posto localizado no distrito de Olhos d’Água). No caso de atendimentos considerados mais graves, os pacientes são encaminhados para o hospital de Anápolis, Brasília e Gama (Distrito Federal). � Educação

Constam no município de Alexânia: - Duas creches (ambos

municipais);

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

131

- Seis estabelecimentos com ensino pré-escolar (dois municipais e quatro particulares);

- 26 estabelecimentos com ensino fundamental (quatro estaduais, 18 municipais e quatro particulares);

- Três estabelecimentos com ensino médio (dois estaduais e um particular);

- Quatro estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (três estaduais e um municipal).

Alexânia não conta com estabelecimentos de ensino profissional (ensino técnico), nem com instituições de ensino superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário O sistema de abastecimento de água do município de Alexânia é composto por quatro cenários distintos, sendo o primeiro operado e mantido pela SANEAGO – Saneamento de Goiás S/A; o segundo operado e mantido pela Prefeitura Municipal; o terceiro sistema autônomo, caracterizado por cisternas; e o quarto sistema caracterizado por ser pontual na demanda existente na Fábrica SCHINCARIOL.

O município de Alexânia não possui sistema público de esgotamento sanitário, sendo que a população local utiliza sistema independente, por meio de disposição no solo, com fossas sépticas seguidas de sumidouros ou fossas. Na Fábrica SCHINCARIOL há sistema de esgotamento sanitário para o sistema industrial.

O município conta com aterro sanitário e coleta diária de lixo. Dimensão Econômica � Utilização das Terras Quadro 66 -Utilização das Terras Município de

Alexânia/GO 1996

Discriminação Utilização das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

407,504 0,6

Lavouras temporárias

3.038,414 4,6

Lavouras temporárias em descanso

646,778 1,0

Pastagens naturais 19.880,850 30,4 Pastagens plantadas 33.051,068 50,5 Matas e florestas naturais

6.293,566 9,6

Matas e florestas plantadas (artificiais)

2,003 0,0

Terras produtivas não utilizadas

964,182 1,5

Terras inaproveitáveis

1.189,972 1,8

Total 65.474,337 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Minas Gerais – 1996.

� População ocupada por setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 67 -População Ocupada Por Setores Econômicos Município de Alexânia 2006

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 370 15,2 Setor Secundário 840 34,5 Setor Terciário 1.222 50,3 Total 2.432 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação

Os serviços de comunicação de Alexânia estão concentrados em uma agência dos Correios, três bancas de revistas e jornais, onde circulam os jornais A Folha de Goiás, Jornal de Brasília, Correio Brasiliense e Cinco

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

132

de Março. O sistema de telefonia fixa e móvel, explorados pela BRASILTELECOM S.A. com utilização do sistema local, DDD, DDI, além das telefonias celulares Vivo e Claro e uma repetidora de Rádio Amador. No município são editados dois jornais mensais: “O Gazeta Regional” e “A Cidade Notícia”. Recentemente, foi criada a Rádio Nova Flórida, que atua com rádio comunitária, atendendo o município de Alexânia. Serviços Bancários

Alexânia conta com os seguintes estabelecimentos bancários: Banco do Brasil S.A. e BRADESCO S.A. Segurança

Alexânia possui uma Delegacia ligada à 11ª Jurisdicional de Anápolis, um Batalhão de Polícia Militar, um destacamento de Polícia Militar de Meio Ambiente e uma sub-delegacia no distrito de Olhos D’Água, mas, segundo informações obtidas em campo, esta encontra-se fechada, não tendo nenhum policial atuando. Conta também com uma cadeia pública. Os principais indicadores de violência estão relacionados a furtos, roubos, homicídios, tráfico de drogas e lesão dolosa, que, de acordo com estatísticas da Diretoria Geral da Policia Civil, denotam a ocorrência de um índice elevado de violência no município. Comércio

O comércio local atende satisfatoriamente a população.

Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Em Alexânia destacam-se o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alexânia, o Sindicato dos Produtores Rurais de Alexânia/SINPRAL, a Agência Rural do Estado de Goiás, a Associação Comercial de Alexânia/ACIALEX, Ong “Grupo Ecovida” e Ong “Associação dos Amigos da Cachoeirinha”. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Na sede do município de Alexânia são quase inexistentes os locais reservados para o desenvolvimento e preservação da cultura. � Principais Eventos

A população ainda preserva as realizações das Folias realizadas nos meses de junho e julho. Também é realizada a festa de Santo Antônio, o padroeiro, com as tradicionais quermesses, leilões, batizados, casamentos e a folia. A população comemora com festividades o dia da padroeira, Imaculado Coração de Maria, o aniversário da cidade, em 14 de novembro, o dia de São Sebastião e a Feira do Trocas, um projeto de arte educação que tem como objetivo um canal de escoamento da produção artesanal local. Santo Antônio do Descoberto Dimensão Histórica

Em 1725, 142 escravos de Antônio Pereira Lisboa voltavam de uma

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

133

mineração mal sucedida quando decidiram sentar-se para descansar debaixo de uma árvore. A devoção a Santo Antônio surgiu quando um dos escravos viu uma imagem do santo de 50 centímetros em um tronco de árvore. Levou-a para seu patrão, que declarou dia de festa e que não haveria trabalho no garimpo. Foi construída uma igreja para o santo em 1728. Em 1757, chegou ao local José Pereira Lisboa, precedente da Bahia, que descobriu mais minas de ouro no Rio Descoberto. O progresso e o desenvolvimento da cidade levaram ao desaparecimento dos antigos romeiros. Atualmente, a folia, que se estendia ao longo de 12 dias, se resume à véspera do dia 13 de junho. A população atual tem cerca de 55.600 mil habitantes. Dimensão Social � Saúde

Segundo dados do Ministério da Saúde/DATASUS, o município de Santo Antônio do Descoberto conta com dois hospitais e um posto de saúde. Os casos de doenças mais graves são geralmente encaminhados para Taguatinga e Brasília. � Educação

Constam no município de Santo Antônio do Descoberto: - Oito creches (seis municipais e

duas particulares); - Oito estabelecimentos com ensino

pré-escolar (três municipais e cinco particulares);

- Um estabelecimento que oferece a educação especial, pertencente à rede municipal.

- 40 estabelecimentos com ensino fundamental (quatro estaduais, 31 municipais e cinco particulares);

- Quatro estabelecimentos com ensino médio (três estaduais e um particular);

- Nove estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (sete municipais, um estadual e um particular).

Santo Antônio do Descoberto não conta com estabelecimentos de ensino profissional (ensino técnico), mas possui duas instituições de ensino superior: o Pólo Universitário da Universidade Estadual de Goiás – UEG e a Faculdade Phênix de Ciências Humanas e Sociais do Brasil.

� Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

A SANEAGO é a concessionária responsável pelo abastecimento de água e pelo esgoteamento de Santo Antônio do Descoberto em sistema de contrato de parceria com a Prefeitura Municipal. O município dispõe de Estação de Tratamento de Água – ETA e Estação de Tratamento de Esgoto – ETE.

O município de Santo Antônio do Descoberto não possui aterro sanitário, nem mesmo controlado. Conta com um lixão localizado no centro da cidade.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

134

Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 68 - Utilização das Terras Município de Santo Antônio do Descoberto/GO 1996

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

648,777 1,5

Lavouras temporárias

1.817,872 4,3

Lavouras temporárias em descanso

467,242 1,1

Pastagens naturais

15.599,392 36,5

Pastagens plantadas

18.516,793 43,3

Matas e florestas naturais

3.465,056 8,1

Matas e florestas plantadas (artificiais)

17,420 0,0

Terras produtivas não utilizadas

356,924 0,8

Terras inaproveitáveis

1.859,661 4,4

Total 42.749,137 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Goiás – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham.

Quadro 69 – População Ocupada Por Setores Econômicos Município de Santo Antônio do

Descoberto 2006

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 72 2,2 Setor Secundário 113 3,4 Setor Terciário 3.144 94,4 Total 3.329 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Serviços Bancários

Santo Antônio do Descoberto conta com os seguintes estabelecimentos bancários: Banco Itaú S.A. e Banco do Brasil S.A.

Segurança

Santo Antônio do Descoberto conta com uma delegacia regional de polícia, jurisdicionada à 5a. Delegacia, com sede em Luziânia. Possui delegacia de polícia civil e cadeia pública. O maior índice de ocorrências apontado está relacionado a latrocínios, roubos e furtos. Comércio

A referência para o comércio é a cidade de Brasília. Dimensão Ambiental

Santo Antônio do Descoberto não possui Conselho Municipal de Meio Ambiente. As questões ambientais são tratadas no nível do Departamento de Arquitetura e Urbanismo. Bela Vista de Goiás

Dimensão Histórica

O município foi fundado em terras doadas por José Bernardo Pereira e sua esposa, Inocência Maria de Jesus, e por José Inocêncio Teles, conforme escrituras particulares passadas nos dias 9 e 25 de junho de 1852.

Luiz José de Siqueira, natural de São João del Rei – MG, foi quem deu os primeiros passos pelo desenvolvimento da povoação, tendo mandado construir, por sua própria conta, em 1875, um chafariz na praça Senador Silva Canedo, hoje Praça da Bandeira. A população atual tem cerca de 20.600 mil habitantes.

Page 137: Relatorio de Impacto Ambiental

Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

135

Dimensão Social � Saúde

O município de Bela Vista de Goiás conta com dois hospitais particulares, conveniados ao Sistema Único de Saúde – SUS. Dispõe ainda de uma Unidade de Saúde (24 horas), oito equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) e três ambulâncias. A referencia para encaminhamento dos casos mais graves é a cidade de Goiânia, seguida por Senador Canedo e Aparecida de Goiânia. � Educação

Constam no município de Bela Vista de Goiás: - Duas creches (ambas

particulares); - 17 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (12 municipais e cinco particulares);

- Dois estabelecimentos que oferecem educação especial (ambos municipais).

- 20 estabelecimentos com ensino fundamental (seis estaduais, 11 municipais e três particulares);

- Três estabelecimentos com ensino médio (um estadual e dois particulares);

- Quatro estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (todos estaduais)

Bela Vista de Goiás não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior.

� Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

A SANEAGO é a concessionária responsável pelo abastecimento de água e pelo esgotamento sanitário de Bela Vista de Goiás. O município dispõe de Estação de Tratamento de Água – ETA e Estação de Tratamento de Esgoto – ETE. O município não possui aterro sanitário, nem mesmo controlado. Conta com um lixão localizado na saída para Goiânia (GO-020).

Dimensão Econômica � Utilização das Terras Quadro – 70 Utilização das Terras Município

de Bela Vista de Goiás/GO 1996

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

110,960 0,1

Lavouras temporárias

6.420,709 6,0

Lavouras temporárias em descanso

1.484,791 1,4

Pastagens naturais

13.684,374 12,9

Pastagens plantadas

62.581,108 58,8

Matas e florestas naturais

19.558,925 18,4

Matas e florestas plantadas (artificiais)

436,020 0,4

Terras produtivas não utilizadas

239,706 0,3

Terras inaproveitáveis

1.948,237 1,7

Total 106.464,830 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Goiás – 1996.

� População Ocupada por Setores Econômicos

No quadro a seguir será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

136

Quadro 71 - População Ocupada Por Setores Econômicos Município de Bela Vista de Goiás

2006

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 874 29,7 Setor Secundário 792 26,9 Setor Terciário 1.278 43,4 Total 2.944 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura Básica

Comunicação O município dispõe dos jornais: “5 de junho” (mensal) e “Estrada de Ferro” (bimestral), além da Rádio “Cristal FM”. Já os serviços de telefonia móvel são prestados pela Vivo, Claro, Brasil Telecom e Tim. Serviços Bancários Em termos de instituições financeiras, o município de Bela Vista de Goiás conta com o Banco do Brasil S.A. e o Banco Itaú S.A. Segurança Bela Vista de Goiás conta com Batalhão de Polícia Militar, uma Delegacia de Polícia Civil, Fórum e um presídio. Comércio Embora o comércio local atenda satisfatoriamente os moradores do município, a referência é o município de Goiânia. � Instituições Atuantes

Bela Vista de Goiás conta com os seguintes órgãos/entidades: Rotary, Lyons, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bela Vista de Goiás, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato Rural, Maçonaria e

uma Cooperativa dos Produtores Rurais – COPERBEL.

Dimensão Ambiental

Bela Vista de Goiás possui uma Superintendência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, com estrutura de Secretaria. Dispõe de Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Em termos de equipamentos de culturais e de lazer, Bela Vista de Goiás conta com biblioteca, com o Clube ADC (Associação Desportiva Classista), o Ginásio poliesportivo e um Estádio de Futebol.

� Eventos Culturais

Os principais eventos culturais do município de Bela Vista de Goiás estão aqui apresentados: Folia de Santo Reis; Grupo de Violeiros; Grupo de Catira do Taquari; Grupo de Catira da Boa Vistinha; Festa de Julho – Comemoração da Padroeira Nossa Senhora da Piedade; Festa de Nossa Senhora Aparecida – Bairro Santa Cruz; Festa de São Sebastião; Aniversário da cidade (05/06).

� Bens Culturais Materiais e Imateriais

Apresenta-se abaixo a relação dos imóveis tombados pelo município: Zulmira Maria de Oliveira; Elvira Peixoto Barros; Ofélia Maria Batista; Ofélia Ribeiro Figueiredo; Zilda Ribeiro Figueiredo; Terezinha Peixoto de Godói; Nanci Ribeiro Araújo e Silva; Halley Vieira Prego; Geralda de Souza Carneiro Arantes .

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

137

Bonfinópolis

Dimensão Histórica

O distrito foi criado com a denominação de Bonfinópolis, pela Lei Municipal nº. 104, de 16-04-1958, no município de Leopoldo de Bulhões. Foi elevado à categoria de município com a denominação de Bonfinópolis, pela Lei Estadual nº. 10.408, de 30-12-1987, desmembrando de Leopoldo de Bulhões. Atualmente a população do município tem cerca de 6.700 mil habitantes. Dimensão Social

� Saúde

O município de Bonfinópolis conta com um hospital conveniado ao SUS e totalizando 20 leitos. Dispõe de duas equipes de PSF e duas ambulâncias. Os casos mais graves são encaminhados para tratamento na cidade de Goiânia. � Educação

Constam no município de Bonfinópolis: - Dois estabelecimentos com ensino

pré-escolar (ambos municipais); - Três estabelecimentos com ensino

fundamental (um estadual e dois municipais);

- Um estabelecimento com ensino médio (estadual);

- Dois estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (um estadual e um municipal)

Bonfinópolis não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino

técnico), nem com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

A SANEAGO é a concessionária responsável pelo abastecimento de água e pelo esgotamento sanitário de Bonfinópolis. O município dispõe de Estação de Tratamento de Água – ETA, mas não possui Estação de Tratamento de Esgoto – ETE.

O município não possui aterro sanitário, nem mesmo controlado. Conta com um lixão localizado a 2 km da sede do município.

Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 72 - Utilização das Terras Município de Bonfinópolis/GO, 1996.

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

174,320 1,7

Lavouras temporárias

786,863 7,7

Lavouras temporárias em descanso

71,783 0,7

Pastagens naturais

482,090 4,7

Pastagens plantadas

7.444,525 73,0

Matas e florestas naturais

1.144,652 11,3

Matas e florestas plantadas (artificiais)

- -

Terras produtivas não utilizadas

- -

Terras inaproveitáveis

94,381 0,9

Total 10.198,614 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Goiás – 1996.

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham.

Page 140: Relatorio de Impacto Ambiental

Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

138

Quadro 73 - População Ocupada Por Setores Econômicos Município de Bonfinópolis, 2006.

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 42 8,1 Setor Secundário 77 14,8 Setor Terciário 401 77,1 Total 520 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação

Bonfinópolis conta com os seguintes jornais: “Jornal da Estrada de Ferro”, “O Popular” e o “Diário da Manhã” de Goiânia. Dispõe da Rádio Líder FM Comunitária. Já os serviços de telefonia móvel são prestados pela Brasil TELECOM.

Serviços Bancários

O município de Bonfinópolis não conta com instituições financeiras.

Segurança

Bonfinópolis conta com destacamento da Polícia Militar. Possui delegacia de Polícia Civil e uma cadeia pública. Não dispõe de Fórum e os casos são julgados em Leopoldo de Bulhões

Comércio

A referência de comércio é o município de Goiânia.

Dimensão Institucional

� Instituições Atuantes

O município de Bonfinópolis conta com a Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Bonfinópolis, Sindicato dos Trabalhadores Rurais,

AGRODEFESA, Agência Rural e Vigilância Sanitária.

Dimensão Ambiental

Bonfinópolis conta com Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, além do Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Dimensão Cultural

� Equipamentos Culturais e de Lazer

Bonfinópolis dispõe de bibliotecas, um ginásio poliesportivo, dois estádios de futebol e três quadras situadas nas escolas da cidade. � Principais Eventos

As principais celebrações de Bonfinópolis são: Folia de Reis (janeiro), Carnaval (fevereiro/março), Aniversário da cidade (01/06), Festas Juninas nas escolas (junho/julho), Padroeiro São Sebastião (agosto/setembro) e Festejos de Fim de Ano. � Bens Culturais Materiais e Imateriais

A antiga Estação Ferroviária é tombada pelo município.

Caldazinha Dimensão Histórica

Distrito criado com a denominação de Caldazinha, pela Lei Municipal nº. 175, de 10/11/1957, no município de Bela Vista de Goiás. Elevado à categoria de município com a denominação de Caldazinha, pela Lei Estadual nº. 11.699, de 29/04/1992, desmembrando de Bela Vista de Goiás. Foi constituído

Page 141: Relatorio de Impacto Ambiental

Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

139

Distrito Sede em 01/01/1993. A população atual tem cerca de 3.100 mil habitantes.

Dimensão Social � Saúde

Caldazinha não conta com hospital. Possui um Posto de Saúde com uma equipe de PSF e uma ambulância. Os casos mais graves são encaminhados para Goiânia e Senador Canedo. � Educação

Constam no município de Caldazinha: - Três estabelecimentos com ensino

pré-escolar (todos municipais); - Três estabelecimentos com ensino

fundamental (um estadual e dois municipais);

- Um estabelecimento com ensino médio (estadual);

- Dois estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (um estadual e um municipal)

Caldazinha não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior.

� Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

A SANEAGO é a concessionária responsável pelo abastecimento de água e esgotamento de Caldazinha. O município dispõe de Estação de Tratamento de Água – ETA, mas não

possui Estação de Tratamento de Esgoto – ETE.

O município possui aterro controlado.

Dimensão Econômica � Utilização das Terras Quadro 74 - Utilização das Terras Município

de Caldazinha/GO – 1996

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

14,300 0,1

Lavouras temporárias

1.372,272 6,5

Lavouras temporárias em descanso

25,600 0,1

Pastagens naturais

2.892,600 13,7

Pastagens plantadas

15.661,624 74,0

Matas e florestas naturais

833,536 3,9

Matas e florestas plantadas (artificiais)

- -

Terras produtivas não utilizadas

68,500 0,3

Terras inaproveitáveis

292,136 1,4

Total 21.160,568 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Goiás – 1996.

� População Ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 75 - População Ocupada Por Setores Econômicos Município de Caldazinha 2006

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 34 10,8 Setor Secundário 46 14,5 Setor Terciário 236 74,7 Total 316 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

Page 142: Relatorio de Impacto Ambiental

Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

140

� Infra-estrutura

Comunicação

O município não dispõe de jornais e rádios locais. Não conta também com serviços de telefonia móvel. Serviços Bancários O município de Caldazinha não conta com instituições bancárias. Segurança Caldazinha conta com um posto da Polícia Militar, uma delegacia da Polícia Civil, atualmente sem delegado e uma cadeia pública.

Comércio

A referência para o comércio é a cidade de Goiânia.

Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Caldazinha conta com a Associação dos Pequenos Produtores, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, a Agência Rural, Agrodefesa e a Vigilância Sanitária.

Dimensão Ambiental

Caldazinha possui Superintendência do Meio Ambiente e Conselho Municipal de Meio Ambiente. Dimensão Cultural

� Equipamentos Culturais e de Lazer

Em termos de equipamentos culturais e de lazer, Caldazinha conta com uma biblioteca, um campo de futebol e quadras.

� Principais Eventos

As principais celebrações de Caldazinha são: festa de São Sebastião (janeiro), Carnaval, Aniversário da Cidade, com shows e desfiles (29/04), Dias das Mães (maio), Festa de N. S. da Abadia, padroeira, com festas, novenas e barraquinhas (15/08), Festa das Crianças (outubro) e Show Pirotécnico de Ano Novo. Senador Canedo Dimensão Histórica

A origem de Senador Canedo está relacionada com a estrada de ferro da Rede Ferroviária Federal S/A. O crescimento da cidade ocorreu na trilha aberta na construção da ferrovia, e as primeiras famílias trabalhadoras eram oriundas do estado de Minas Gerais e Bahia. O nome da cidade é uma homenagem ao senador Antônio Amaro da Silva Canedo, primeiro representante do estado de Goiás em cenário nacional. A população atual tem cerca de 70.500 mil habitantes. Dimensão Social

� Saúde

Segundo dados do Ministério da Saúde/DATASUS, o município de Senador Canedo conta com apenas um hospital particular, 20 centros de saúde e um posto de saúde, 17 unidades básicas de saúde, com 26 equipes de PSF.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

141

� Educação

Constam no município de Senador Canedo: - 14 creches (três municipais e

duas particulares); - 22 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (nove municipais e 13 particulares);

- 43 estabelecimentos com ensino fundamental (seis estaduais, 26 municipais e 11 particulares);

- Cinco estabelecimentos com ensino médio (todos estaduais);

- 13 estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (três estaduais e 10 municipais).

Senador Canedo não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário O sistema de abastecimento de água e esgotamento do município de Senador Canedo está sob a responsabilidade da SMS – Saneamento Municipal de Senador Canedo. O município possui Estação de Tratamento de Água – ETA, mas não conta com Estação de Tratamento de Esgoto – ETE. Senador Canedo não possui aterro sanitário. Há um lixão próximo à região Vila Galvão distante do distrito sede 12 km.

Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 76 -Utilização das Terras Município de Senador Canedo/GO 1996

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

237,396 1,2

Lavouras temporárias 1.640,841 8,1 Lavouras temporárias em descanso

265,266 1,3

Pastagens naturais 2.630,615 13,0 Pastagens plantadas 12.272,936 61,0 Matas e florestas naturais

2.166,444 10,8

Matas e florestas plantadas (artificiais)

7,744 0,0

Terras produtivas não utilizadas

184,500 0,9

Terras inaproveitáveis

755,589 3,7

Total 20.161,331 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Minas Gerais – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham.

Quadro 77 - População Ocupada Por Setores Econômicos Município de Senador Canedo –

2006

Setor de Atividade Total Participação Relativa (%)

Setor Primário 105 1,7 Setor Secundário 1.828 30,7 Setor Terciário 4.030 67,6 Total 5.963 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Serviços Bancários

Senador Canedo conta com os seguintes estabelecimentos bancários: Banco Itaú S.A., Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal – CEF.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

142

Segurança

Senador Canedo possui um destacamento de Polícia Militar e uma delegacia de Polícia Civil. Nas ocorrências policiais predominam furtos e problemas com drogas. Comércio

A referência para o comércio trata-se da cidade de Goiânia

Dimensão Institucional

� Instituições Atuantes

O município conta comFórum Social e Comunitário de Senador Canedo – FORSEC, Instituto de Formação, Inserção e Promoção Social – IFIS, Instituto Vitória Réghia, Movimento Afro-brasileiro de Senador Canedo, Associação das Donas de Casa de Senador Canedo, SINDICANEDO, Associação Comercial e Industrial de Senador Canedo – ACIASC, Agência Rural de Senador Canedo e Ong Flor de Cerrado. Dimensão Ambiental Senador Canedo possui Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Por outro lado ainda não constituiu seu Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Dimensão Cultural

� Equipamentos Culturais e de Lazer

Senador Canedo conta com uma biblioteca municipal, dois ginásios e um estádio de futebol.

� Principais Eventos

Apresenta-se aqui os principais eventos do município de Senador Canedo: Carnaval de Rua; Carnaval da Terceira Idade; Dia da Mulher; Dia das Mães; Festa da Padroeira da Cidade Nossa Senhora Auxiliadora (24/05); Aniversário da Cidade - Desfile Cívico (01/06); Cavalgadas; Rodeio Show; Festas Juninas - Arraiá Canedo; Dia das Crianças; Bandas de Música nas escolas; Natal Feliz e Natal da Terceira Idade e Festa de Reveillon.

Leopoldo de Bulhões Dimensão Histórica O município de Leopoldo de Bulhões surgiu de um povoamento que se instalou na margem esquerda do córrego Pindaíba, devido à construção e passagem da estrada de ferro no local em 1928. O povoado passou a ser chamado de Pindaibinha, referência ao córrego que cortava a região e às enormes pindaíbas, árvores existentes na redondeza. O nome de Leopoldo de Bulhões foi dado, em 1931, em homenagem ao goiano José Leopoldo de Bulhões Jardim, que na época estava recebendo um grande prestígio no cenário nacional.

Atualmente a população do município tem cerca de 8.900 mil habitantes. Dimensão Social � Saúde

O município de Leopoldo de Bulhões conta com apenas um hospital e um posto de saúde na área urbana e três equipes de PSF nos povoados. Os

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

143

casos mais graves são encaminhados para tratamento na cidade de Goiânia. � Educação

Constam no município de Leopoldo de Bulhões: - Duas creches (uma municipal e

uma particular); - Oito estabelecimentos com ensino

pré-escolar (sete municipais e um particular);

- 12 estabelecimentos com ensino fundamental (dois estaduais, nove municipais e um particular);

- Um estabelecimento com ensino médio (estadual);

- Três estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (todos municipais)

Leopoldo de Bulhões não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior.

� Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário O sistema de abastecimento de água do município de Leopoldo de Bulhões está sob a responsabilidade da SANEAGO. O município possui Estação de Tratamento de Água – ETA, mas não conta com Estação de Tratamento de Esgoto – ETE. O esgoto é lançado in natura no córrego Rio dos Bois.

Leopoldo de Bulhões não possui aterro sanitário. Os resíduos são depositados em um lixão, distante 6 km da cidade, no sentido de Anápolis.

Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 78 -Utilização das Terras Município de Leopoldo de Bulhões/GO 1996

Discriminação Utilização das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

235,368 0,5

Lavouras temporárias

6.648,032 13,6

Lavouras temporárias em descanso

1.761,192 3,6

Pastagens naturais 14.337,676 29,3 Pastagens plantadas 17.558,712 35,9 Matas e florestas naturais

5.915,659 12,1

Matas e florestas plantadas (artificiais)

15,000 0,0

Terras produtivas não utilizadas

1.289,737 2,6

Terras inaproveitáveis

1.185,010 2,4

Total 48.946,386

100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Minas Gerais – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 79 - População Ocupada Por Setores Econômicos Município de Leopoldo de Bulhões

2006 Setor de Atividade

Total Participação Relativa (%)

Setor Primário

436 46,2

Setor Secundário

55 5,8

Setor Terciário

453 48,0

Total 944 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

144

� Infra-estrutura

Comunicação

O município de Leopoldo de Bulhões não dispõe de jornais e rádios locais. Em termos de telefonia móvel conta com a prestadora VIVO. Serviços Bancários Em termos de estabelecimentos bancários, Leopoldo de Bulhões conta apenas com o Banco Itaú S.A.. Segurança

O município de Leopoldo de Bulhões possui destacamento de Polícia Militar e uma delegacia de Polícia Civil, uma cadeia pública. Conta também com Fórum. São poucas as ocorrências policiais registradas, predominando furtos, problemas com drogas e brigas de bar. Comércio

As referências para o comércio são as cidades de Goiânia e Anápolis.

Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Leopoldo de Bulhões conta com as seguintes instituições: Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato Rural (atualmente desativado), Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Agência Rural, Agrodefesa, Maçonaria, Clube dos Diretores Lojistas, e duas pequenas associações de pequenos produtores. Dimensão Ambiental Leopoldo de Bulhões conta com Secretaria Municipal de Meio Ambiente e com Conselho Municipal

de Meio Ambiente legalmente constituído, porém atualmente desativado. Dimensão Cultural

� Equipamentos Culturais e de Lazer Leopoldo de Bulhões conta com um campo de futebol, um ginásio poliesportivo, três quadras Sociaty e campos de futebol nos povoados. � Principais Eventos As principais celebrações de Leopoldo de Bulhões são: Festa de São Sebastião (janeiro), Carnaval, Festa de N.S. Auxiliadora (Maio), Festa Junina (junho/julho), aniversário da cidade (setembro). Conta ainda com grupos de Fanfarra, Catira e Cavalhada. � Bens Culturais Materiais e Imateriais A Estação Ferroviária é tombada pelo Estado de Goiás. Buriti Alegre Dimensão Histórica

A povoação da região teve início no começo do século XX quando formou-se o povoado em torno de uma capela em homenagem a Nossa Senhora D'Abadia. A referida capela teria sido erguida para pagar uma promessa de duas beatas - Maria e Siliana - vindas da cidade de Tupaciguara-MG. A cidade foi fundada principalmente por famílias provenientes da região do Triângulo Mineiro, tendo grande destaque na criação do gado Zebu.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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A população atual é de cerca de 8.200 mil habitantes. Dimensão Social � Saúde

O município de Buriti Alegre conta com apenas um hospital (Santa Casa de Misericórdia). Os casos mais graves de saúde são encaminhados para os hospitais de Goiânia e Itumbiara. � Educação

Constam no município de Buriti Alegre: - Duas creches (ambas

municipais); - Quatro estabelecimentos com

ensino pré-escolar (três municipais e um particular);

- Dois estabelecimentos que oferecem educação especial (ambos municipais);

- Sete estabelecimentos com ensino fundamental (quatro estaduais, um municipal e dois particulares);

- Dois estabelecimentos com ensino médio (um estadual e um particular);

- Dois estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (ambos estaduais)

Buriti Alegre não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior.

� Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário O sistema de abastecimento de água do município de Buriti Alegre está sob a responsabilidade da SANEAGO. Possui Estação de Tratamento de Água – ETA, mas não conta com Estação de Tratamento de Esgoto – ETE. O esgoto é lançado no córrego Ribeirão das Antas. Buriti Alegre não possui aterro sanitário, nem mesmo controlado. Os resíduos são lançados a céu aberto em forma de lixão. Dimensão Econômica � Utilização das terras Quadro 80 - Utilização das terras Município de

Buriti Alegre/GO 1996

Discriminação Utilização das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

1.382,788 1,5

Lavouras temporárias

4.494,456 4,9

Lavouras temporárias em descanso

220,220 0,2

Pastagens naturais

34.075,536 37,4

Pastagens plantadas

41.063,044 45,0

Matas e florestas naturais

7.643,328 8,4

Matas e florestas plantadas (artificiais)

- -

Terras produtivas não utilizadas

331,540 0,4

Terras inaproveitáveis

1.975,688 2,2

Total 91.186,600 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Goiás – 1996.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro a seguir será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 81 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Buriti Alegre/2006

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 136 14,9 Setor Secundário 259 28,3 Setor Terciário 520 56,8 Total 915 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação

Buriti Alegre não possui jornais locais. Dispõe da Rádio Sucesso FM e os serviços de telefonia móvel são prestados pela CTBC, Brasil TELECOM e Claro. Serviços Bancários Em termos de estabelecimentos bancários, Buriti Alegre conta apenas com o Banco do Brasil S.A. Segurança

O município de Buriti Alegre conta com o 2º Batalhão da Polícia Militar, uma Delegacia de Polícia Civil, uma cadeia pública e Fórum. Comércio Segundo as entrevistas realizadas, o comércio local atende satisfatoriamente o município. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Buriti Alegre conta com as seguintes instituições/entidades: oito

Associações de Bairros, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Associação dos Artesãos, Associação Comercial, Clube dos Diretores Lojistas, Sindicato dos Servidores Municipais, Associação das Legionárias – grupo de senhoras que ensina trabalhos manuais, Sindicato Rural, Agência Rural, Agrodefesa, Banco do Povo, Defesa Civil, DETRAN, Posto da Receita Federal e ONG Ambiental “Banana Deusa”. Dimensão Ambiental

Buriti Alegre possui Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Conselho Municipal de Meio Ambiente e Conselho Rural de Desenvolvimento Sustentável. Dimensão Cultural

� Equipamentos Culturais e de Lazer

Buriti Alegre dispõe de uma Biblioteca Municipal. Em termos de lazer tem-se o Clube Recreativo (CRBA), com salão de festas, quadra, campo de futebol; o Clube da AABB; IATE-Club; Campo de futebol do Botafogo; além de dois Ginásios Poliesportivos; um Ginásio Paroquial e um Ginásio de Esportes. � Principais Eventos

As principais celebrações de Buriti Alegre são: Festa de São Sebastião (janeiro); Carnaval, Semana Santa no Lago das Brisas; Baile da Aleluia; Festa em homenagem ao trabalhador buritialegrense (maio); Aniversário da cidade (24/06) com desfiles, fogueira, shows e batizado na fogueira.; Apresentação de catireiros (junho); Festa de N.S. da Abadia, padroeira da cidade (agosto);

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

147

Exposição Agropecuária ou Festa do Peão – no 2º Semestre; Comemoração Cívica de 07 de Setembro com desfile; Dia do Buritialegrense ausente (setembro); Festa de Nossa Senhora Aparecida (outubro); Feira de artesãos e artistas plásticos da região (outubro); Festival de Música (outubro); Festa da Banana (novembro); Baile no CRBA, no bar “Praça km’s”, com queima de fogos (dezembro) e Festa de fim de ano. Itumbiara Dimensão Histórica Durante o governo de Augusto Moreira Pena em 1909, foi inaugurada uma ponte-pênsil sobre o rio Paranaíba, ainda hoje existente - a Ponte Afonso Pena, homenagem prestada ao Presidente da República. O engenheiro Inácio Pais Leme, construtor da estrada Itumbiara, de Santa Rita do Paranaíba a Cachoeira Dourada, a 40 quilômetros da cidade, lançou a idéia de dar-se ao Município o nome da estrada - nome que, em tupi-guarani, significa "caminho da cachoeira". A sugestão foi aprovada pelo governo de Goiás e, assim, a partir de 31 de dezembro de 1943, tomou a denominação de Itumbiara. A população atual tem cerca de 88.100 mil habitantes. Dimensão Social � Saúde

Segundo dados do Ministério da Saúde/DATASUS, o município de Itumbiara possui cinco hospitais, um Centro Integrado de Assistência à

Saúde – CAIS, um Núcleo de Ações Básicas de Saúde – NABS/OSEGO, um Centro de Atenção Psicosocial – CAPS, 13 Unidades de Saúde da Família – PSF’s, 16 centros de saúde, cinco laboratórios e um posto de saúde. � Educação

Constam no município de Itumbiara: - 12 creches (seis municipais e seis

particulares); - 32 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (19 municipais e 13 particulares);

- Dois estabelecimentos que oferecem a educação especial (ambos particulares);

- 44 estabelecimentos com ensino fundamental (16 estaduais, 15 municipais e 13 particulares);

- 14 estabelecimentos com ensino médio (nove estaduais e cinco particulares);

- 19 estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (oito estadual, nove municipais e dois particulares).

Itumbiara conta ainda com dois estabelecimentos particulares urbanos que oferecem a educação profissional (ensino técnico), duas instituições de educação superior de caráter privado e uma de cunho comunitário/confessional/ filantrópico, a saber: Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara - ILES (ULBRA -Itumbiara), a Unidade Universitária da UEG e a Faculdade Santa Rita de Cássia – UNIFASC.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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� Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário A cidade de Itumbiara tem como concessionária de serviços de abastecimento de água potável a Companhia de Saneamento de Goiás – SANEAGO, gerenciada pelo governo estadual. O município possui Estação de Tratamento de Água – ETA e Estação de Tratamento de Esgoto – ETE. O lixo é depositado no aterro controlado da Prefeitura, localizado à margem da BR-542. Não há tratamento dos resíduos coletados, os quais são despejados em valas e posteriormente aterrados. Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 82 - Utilização das Terras Município de Itumbiara/GO 1996

Discriminação Utilização das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

583,479 0,3

Lavouras temporárias 49.905,543 24,6 Lavouras temporárias em descanso

1.613,529 0,8

Pastagens naturais 17.085,005 8,4 Pastagens plantadas 106.946,024 52,8 Matas e florestas naturais

20.222,840 10,0

Matas e florestas plantadas (artificiais)

1,360 0,0

Terras produtivas não utilizadas

669,950 0,3

Terras inaproveitáveis 5.582,327 2,8 Total 202.610,057 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Minas Gerais – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham.

Quadro 83 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Itumbiara 2006

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 1.164 6,6 Setor Secundário 4.798 27,5 Setor Terciário 11.515 65,9 Total 17.477 100.0

Fonte: IBGE, 2006. � Infra-estrutura

Comunicação Segundo dados obtidos no Departamento de Comunicação da Prefeitura Municipal de Itumbiara, a cidade conta com os seguintes jornais: “O Regional” (semanal), “Correio Centro Oeste” (Semanal), “Folha de Notícias” (diário) e o “Interativo” (três vezes por semana). Ainda, sem periodicidade definida, “O Popular”; “Tribuna Popular”, “Tribuna do Vale”, “Paranaíba” e “Tribuna do Planalto”. O município dispõe das seguintes emissoras de rádios: Rádio Paranaíba AM e FM, Rádio Difusora AM, Rádio Módulo FM e Rádio Comunitária Alternativa. Serviços Bancários

A cidade de Itumbiara conta com os seguintes estabelecimentos bancários: Banco ABN AMRO Real S.A., Banco do Brasil, BRADESCO, Itaú, HSBC, Caixa Econômica Federal e UNIBANCO. Segurança Itumbiara possui seis delegacias de polícia, um Posto Policial no Terminal Rodoviário, o 6o. Comando Regional de Itumbiara da Polícia Militar, o 5o. Batalhão da Polícia Militar de

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Itumbiara e um presídio regional do Estado no povoado de Sarandi. Comércio

O comércio local atende satisfatoriamente á população. Dimensão Institucional

� Instituições Atuantes

Duas entidades desempenham o papel de instância representativa dos interesses classistas do município, o Sindicato dos Produtores Rurais (392 sócios) e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (1.225 associados). Assinala-se, também, a atuação da Agência Rural, órgão público ligado ao desenvolvimento rural e ambiental. Itumbiara conta ainda com a Associação Comercial e Industrial de Itumbiara – ASCII, CDL, Junta Comercial do Estado de Goiás – JUCEG, Associação de Engenheiros de Itumbiara – AENGI e escritórios da AGRODEFESA, SESC, SESI, SENAC e do SEBRAE. Dimensão Ambiental O município de Itumbiara conta com a Secretaria de Meio Ambiente criada em maio de 2007, anteriormente vinculada à Secretaria Municipal de Educação e Conselho Municipal de Meio Ambiente de Itumbiara – COMMAI. Dimensão Cultural

� Equipamentos Culturais e de Lazer

Apresenta-se, aqui, os espaços públicos referenciais: Praça da República e Igreja Matriz; Praça da Bandeira; Rua Paranaíba (centro);

Parque Agropecuário; Terminal Rodoviário; Casa da Cultura; Estádio JK; Calçadão e passeio público (Avenida Beira-Rio); Ginásio de Esportes (Avenida Trindade) e Área do Capim de Ouro (confluência da Avenida Beira Rio com Córrego Trindade). � Principais Eventos

Os principais eventos da cidade de Itumbiara são aqui apresentados: Axé Arvoredo; Carnaval Beira-Rio Folia; MICAULBRA – Pré-Carnaval; Barraquinha de Santa Rita de Cássia; Festa de Cristo Rei; Festa de Santo Antônio; Festa de São Pedro e São Paulo; Exposição Agropecuária; Campeonato Open Sinhá de Tênis; Festa de São Geraldo; Congresso das Senhoras; Semana do Meio Ambiente; Baile da Colheita; Semana do Folclore; Festa CEREA; Procissão pluvial de Nossa Sra. das Graças; Encontro das Congadas; Dança Afro Brasil; Festival SESI Violeiros; Festival da Rosa Mística; Jesus Está Vivo; Festa de Nossa Senhora Aparecida; Festa de São Judas; Congresso da Mocidade; Encontro de Bandas Municipais; Torneio de Pesca ao Tucunaré; EXPOSUL – Exposição Agroindustrial e Comercial do Sul de Goiás; Troféu “Águas do Paranaíba” e Festival de Dança Academia Performance. � Bens Culturais Materiais e Imateriais

Em termos de patrimônio cultural, apenas a Ponte Afonso Pena (pilares) é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Pelo governo municipal têm-se como bens tombados a Praça do

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Expedicionário, a Praça do Tamandaré e o Busto de D. Veloso. Morrinhos Dimensão Histórica Entre 1833 e 1838, Antônio Carlos Bueno e seus irmãos construíram a Capela de Nossa Senhora do Carmo. Edificaram suas casas ao redor da Capela, aproveitando as águas do córrego Maria Lucinda e se dedicaram à pecuária. Assim, foi-se formando um povoado com o nome de N.S. do Monte do Carmo. Em 1882 o nome da cidade passou a ser, simplesmente, Morrinhos, cuja origem se relaciona com os três morros que a rodeiam: Morro da Saudade, Morro da Cruz e Morro do Ovo. A população atual é de cerca de 30.800 mil habitantes. Dimensão Social

� Saúde

Segundo dados do Ministério da Saúde/DATASUS, o município de Morrinhos conta com três hospitais, 12 centros de saúde, três laboratórios, três postos de saúde e 10 equipes do Programa de Saúde da Família – PSF’s, distribuídas na área rural e na área central da cidade. � Educação

Constam no município de Morrinhos: - Quatro creches (três municipais e

um particular); - 24 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (16 municipais e oito particulares);

- Um estabelecimento que oferece a educação especial, pertencente à rede municipal.

- 35 estabelecimentos com ensino fundamental (sete estaduais, 16 municipais e 12 particulares);

- Sete estabelecimentos com ensino médio (um federal, três estaduais e três particulares);

- Três estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (dois estaduais e um municipal)

Morrinhos conta ainda com um estabelecimento federal, localizado na zona rural que oferece a educação profissional (ensino técnico) e uma unidade universitária da Universidade Estadual de Goiás – UEG. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário A SANEAGO é a concessionária responsável pelo abastecimento de água e pelo esgotamento sanitário de Morrinhos e dos povoados de Rancho Alegre e Marcelândia. Atualmente existe no município de Morrinhos um aterro sanitário controlado, com valas separadas para disposição do lixo hospitalar e doméstico.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 84 - Utilização das Terras Município de Morrinhos/GO 1996

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

555,222 0,2

Lavouras temporárias

29.802,644 12,2

Lavouras temporárias em descanso

1.521,833 0,6

Pastagens naturais 20.698,885 8,4 Pastagens plantadas

147.697,317 60,2

Matas e florestas naturais

37.937,554 15,4

Matas e florestas plantadas (artificiais)

22,940 0,0

Terras produtivas não utilizadas

406,826 0,2

Terras inaproveitáveis

6.964,557 2,8

Total 245.607,778 100.0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Minas Gerais – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 85 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Morrinhos 2006

Setor de Atividade Total Participação Relativa (%)

Setor Primário 855 15,4 Setor Secundário 1.529 27,7 Setor Terciário 3.143 56,9 Total 5.527 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-Estrutura

Comunicação

O município dispõe de duas emissoras de rádios: Rádio Morrinhos (AM) e Rádio Integração (FM). Serviços Bancários

A cidade de Morrinhos conta com os seguintes bancos: Banco do Brasil S.A., BRADESCO S.A., Banco Itaú S.A., Banco ABN AMRO Real S.A. e Caixa Econômica Federal – CEF. Segurança Morrinhos conta com uma delegacia regional de polícia, jurisdicionada à 6a. Delegacia, com sede em Itumbiara. Possui delegacia de polícia civil e não dispõe de Batalhão de Corpo de Bombeiros. A referência é o município de Caldas Novas. Vale mencionar que o município possui Conselho Municipal de Segurança Pública. O maior índice de ocorrências apontado está relacionado a crimes contra o patrimônio (furtos e roubos). Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Duas entidades desempenham o papel de instância representativa dos interesses classistas do município, o Sindicato Patronal Rural e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Assinala-se, também, a atuação da Agência Rural (escritórios local e regional), AGRODEFESA, SEBRAE, Associação Comercial e Industrial de Morrinhos – ACIM e Associação dos Funcionários Públicos Municipais. Dimensão Ambiental O município de Morrinhos conta com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e o Conselho Municipal de Desenvolvimento na Agricultura e

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Meio Ambiente – CONDAMAM, criado há 10 anos. O município conta, também, com uma ONG denominada CCPA – Geo-Ambiente. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

O município possui uma Biblioteca Municipal e outras de menor porte nas escolas. Conta ainda com a Banda de Música Municipal “Lira Santa Cecília”, o Teatro Juquinha Diniz e o Museu Histórico de Morrinhos. Na área de esporte e lazer existem equipamentos públicos com atendimento a toda comunidade, além de 10 clubes recreativos particulares. Em toda a zona urbana encontra-se praças com equipamentos para a prática de esportes e caminhadas, além do parque ecológico, localizado no perímetro urbano da cidade, dotado de equipamentos e trilhas. � Principais Eventos

Festa de São Sebastião comemorada com novenas e procissões; Exposição Agropecuária (primeira quinzena); Exposição Nacional de Orquídeas; Festa de Fundação do Município; Festa de Nossa Senhora do Carmo; Festa Folclórica do Né; Aniversário de Emancipação Política e Festa de Artes. Piracanjuba Dimensão Histórica O povoamento do município foi iniciado pelo Padre Marinho. Seu

objetivo era estabelecer relações comerciais entre os estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Segundo a lenda, na época do povoamento do país chegaram à região de Piracanjuba duas tribos indígenas à procura de caça abundante e rios que lhes dessem o seu sustento. Na disputa pelo território e pela alimentação tornaram-se povos inimigos. O forte e belo guerreiro, cacique dos Piracans, apaixonou-se pela filha do cacique inimigo, Jubara, romance drasticamente proibido pelos pais de ambos. Piracan e Jubara, impossibilitados de se unirem para a vida, atiraram-se juntos ao rio, onde faleceram. Logo após o acontecimento, apareceu nas águas do mesmo rio uma espécie de peixe até então nunca visto pelos índios que relacionaram o aparecimento do peixe ao suicídio dos dois jovens, denominando Piracanjuba ao peixe e ao rio. Uniram-se as duas tribos, esquecendo-se as divergências até então existentes. A população atual é de cerca de 23.300 mil habitantes. Dimensão Social � Saúde

O município de Piracanjuba conta com dois hospitais: Santa Casa de Misericórdia e um hospital municipal, além de um Posto de Saúde Central, cinco equipes de PSF e uma UTI móvel. A referência de encaminhamento para os casos mais graves é o município de Goiânia.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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� Educação

Constam no município de Piracanjuba: - Quatro creches (todos

municipais); - 15 estabelecimentos com ensino

pré-escolar (11 municipais e quatro particulares);

- Dois estabelecimentos que oferecem educação especial (um municipal e um estadual);

- 24 estabelecimentos com ensino fundamental (oito estaduais, 12 municipais e quatro particulares);

- Três estabelecimentos com ensino médio (um estadual, um municipal e um particular);

- Quatro estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (três estaduais e um municipal)

Piracanjuba não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário O sistema de abastecimento de água do município de Piracanjuba está sob a responsabilidade da SANEAGO. O município possui Estação de Tratamento de Água - ETA e a primeira etapa de construção da Estação de Tratamento de Esgoto - ETE encontra-se em fase de conclusão. Piracanjuba não possui aterro sanitário, nem mesmo controlado. O lixo é lançado a céu aberto em forma de lixão.

Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 86 - Utilização das Terras Município de Piracanjuba/GO 1996

Discriminação Utilização das Terras

(ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes

1.165,372 0,5

Lavouras temporárias

15.191,904 6,7

Lavouras temporárias em descanso

1.231,156 0,5

Pastagens naturais 16.044,975 7,0 Pastagens plantadas 151.669,240 66,4 Matas e florestas naturais

34.472,685 15,1

Matas e florestas plantadas (artificiais)

19,360 0,0

Terras produtivas não utilizadas

895,181 0,4

Terras inaproveitáveis

7.742,300 3,4

Total 228.432,173 100.0

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Goiás – 1996.

� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 87 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Piracanjuba 2006

Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 648 27,2 Setor Secundário 377 15,8 Setor Terciário 1.360 57,0 Total 2.385 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação Piracanjuba possui os seguintes jornais locais: Upiracan e 05 de Junho, além dos jornais de Goiânia e do estado de São Paulo que circulam

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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no município. Dispõe das Rádios FM Sol e AM Pouso Alto e os serviços de telefonia móvel são prestados pela CTBC, Claro e TIM. Serviços Bancários Em termos de estabelecimentos bancários, Piracanjuba conta com as seguintes instituições: Banco do Brasil S.A., BRADESCO S.A., Banco Itaú S.A. e Caixa Econômica Federal – CEF. Segurança

O município de Piracanjuba conta com destacamento da Polícia Militar, uma Delegacia de Polícia Civil, uma cadeia pública e Fórum. Comércio Embora o comércio local atenda satisfatoriamente os moradores do município, a referência para o comércio é Goiânia. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Piracanjuba possui as seguintes instituições/entidades: Associação Comercial de Piracanjuba; Clube dos Diretores Lojistas; Sindicato Rural; Sindicato dos Trabalhadores Rurais; cinco Associações de Bairro; Sindicato dos Servidores Públicos Municipais; cinco Associações de Moradores da área rural; Cooperativa Agropecuária de Piracanjuba – COAPIL; Cooperativa de Imigrantes de Piracanjuba; Cooperativa de Agricultura Familiar; Agencia Rural, AGRODEFESA; três Maçonarias e Rotary. Vale destacar a presença de dois assentamentos rurais.

Dimensão Ambiental Piracanjuba possui Secretaria de Meio Ambiente e Conselho Municipal de Meio Ambiente. O município não conta com organizações não governamentais. Dimensão Cultural

� Equipamentos Culturais e de Lazer

Em termos de equipamentos culturais, Piracanjuba conta com Biblioteca Pública com realizações esporádicas de exposições de artes e outros eventos que resgatam/promovem a cultura, a tradição, o folclore e os negócios do município. Conta ainda com um auditório de 200 lugares com recursos para apresentação teatrais. Registra-se também alguns pesque-pague, cachoeiras e áreas de camping. A cidade conta com um estádio de futebol gramado e com arquibancadas, com um ginásio de esportes polivalente e ainda com dez quadras de esportes localizadas em clubes e escolas. Na zona rural, a região Serra Negra e os Povoados do Rochedo e do Rochedinho, contam também com quadras de esportes. Destacam-se também os três clubes de recreação e lazer existentes. � Principais Eventos

As principais celebrações e eventos de Piracanjuba são: Festa de São Sebastião (20/01); Carnaval; Semana Santa; Exposição Nacional de Orquídeas (maio); Festas Juninas (junho); Festa de Nossa Senhora D’Abadia - Padroeira da cidade (popular Festa de Agosto); Festa de Aniversário da Cidade (22/11), Festas Natalinas e Fim de Ano. Além

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disso, o município promove a Feira Lacto-Industrial, Campeonato Nacional de Aeromodelismo, Motocross, Rally Bóia, Encontro Regional de Viola, Música e Canção. Ressalta-se ainda a Academia Piracanjubense de Letras e Artes, fundada em 1990, organizadora de concursos e eventos culturais, como o Concurso de Redação. Silvânia Dimensão Histórica

Silvânia teve início por volta do ano de 1774, com a descoberta de larvas de ouro na região. Isso atraiu aventureiros de diversas regiões, inclusive da Bahia. A população atual do município é de cerca de 18.300 mil habitantes. Dimensão Social � Saúde

O município de Silvânia conta com apenas um hospital e com oito equipes de PSF. A referência de encaminhamento para os casos mais graves é a cidade de Goiânia. � Educação

Constam no município de Silvânia: - Duas creches (ambas

municipais); - Seis estabelecimentos com ensino

pré-escolar (4 municipais e dois particulares);

- Dois estabelecimentos que oferecem educação especial (ambos municipais);

- Dez estabelecimentos com ensino fundamental (dois estaduais, cinco municipais e três particulares);

- Três estabelecimentos com ensino médio (um estadual e dois particulares);

- Três estabelecimentos com EJA - Educação de Jovens e Adultos (dois estaduais e um municipal)

Silvânia não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário O sistema de abastecimento de água do município de Silvânia está sob a responsabilidade da SANEAGO. Possui Estação de Tratamento de Água - ETA e a Estação de Tratamento de Esgoto - ETE encontra-se em fase de implantação. Silvânia não possui aterro sanitário, mas conta com um lixão controlado. Dimensão Econômica � Utilização das Terras

Quadro 88 - Utilização das Terras Município de Silvânia/GO 1996

Discriminação Utilização das Terras (ha)

Participação Relativa (%)

Lavouras permanentes 908,035 0,3 Lavouras temporárias 31.598,712 12,0 Lavouras temporárias em descanso

3.665,208 1,4

Pastagens naturais 71.086,695 27,0 Pastagens plantadas 113.727,585 43,2 Matas e florestas naturais 24.418,521 9,3 Matas e florestas plantadas (artificiais) 2.812,870

1,1

Terras produtivas não utilizadas

5.017,059 1,9

Terras inaproveitáveis 10.048,769 3,8 Total 263.283,454 100.0

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário de Minas Gerais – 1996.

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� População ocupada segundo setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 89 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Silvânia 2006. Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 554 26,3 Setor Secundário 272 12,9 Setor Terciário 1.284 60,8 Total 2.110 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação

Silvânia possui dois jornais locais: “A voz” (mensal) e o “Informativo do Município Silvaniense” (trimestral). Dispõe da Rádio Rio Vermelho de Silvânia AM e Rádio Comunitária Vida FM. Já os serviços de telefonia móvel são prestados pela VIVO, TIM e Brasil TELECOM. Serviços Bancários Em termos de estabelecimentos bancários, Silvânia conta com as seguintes instituições: Banco do Brasil S.A., Banco Itaú S.A. e Caixa Econômica Federal – CEF. Segurança O município de Silvânia conta com um Quartel da Polícia Militar, uma delegacia de Polícia Civil, uma cadeia pública e Fórum. A maior parte das ocorrências policiais diz respeito aos pequenos furtos e roubos. Comércio

O comércio local atende satisfatoriamente os moradores do município. Porém, Goiânia e Anápolis permanecem como referência. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

Em Silvânia destaca-se uma Ong Ambiental atuante na fiscalização das atividades de extração de areia e na proteção do Ribeirão Caidor. Registram-se ainda o Sindicato dos Produtores Rurais, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, uma Central de Associações que coordena 23 associações de pequenos produtores rurais, três Associações de Bairro (Maria de Lourdes, Santo Antônio e São Sebastião), a Associação Comercial, PROMOARTE, Rotary, uma Maçonaria, a Agencia Rural, o escritório da Agrodefesa, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais o Clube dos Diretores Lojistas e a COOPERSIL. Dimensão Ambiental Silvânia possui Secretaria de Meio Ambiente, Conselho Municipal de Meio Ambiente e Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Silvânia conta com uma Biblioteca e um Teatro, atualmente em reforma. Possui quatro ginásios poliesportivos, o Clube AABB, Atenas Clube de Silvânia, um Estádio de Futebol iluminado, 15 campos de futebol e várias quadras.

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� Bens Culturais Materiais e Imateriais

Cabe registrar a Igreja de Nossa Senhora do Bonfim, patrimônio tombado pelo Estado. � Principais Eventos

As principais celebrações de Silvânia são: Carnaval (fevereiro/março), Exposição de Orquídeas e artesanato (maio), Festa do Engenho Velho e Festas Juninas (Junho), Festa de São Sebastião (Julho), Exposição Agropecuária e Agronegócio (agosto), Aniversário da cidade (05/10), Encontro de Jipeiros (outubro), Natal e Festa de Fim de Ano. Em todos os povoados ocorrem festas religiosas (maio/junho/julho). Registram-se ainda grupos de Folia de Reis, Fanfarras, Catira, Cavalgada, Dança Tapuio e Coral. � Comunidade Remanescente de Quilombo

De acordo com as entrevistas realizadas, no município há a Comunidade Remanescente de Quilombo dos Almeida. Segundo informações obtidas na Fundação Palmares, a comunidade é composta por cerca de 60 famílias. Além disso, o município conta com dois assentamentos rurais. Gameleira de Goiás Dimensão Histórica O Distrito foi criado com a denominação de Gameleira de Goiás, no Município de Silvânia. Foi elevado à categoria de município com a denominação de Gameleira de Goiás, desmembrando-se de Silvânia. Segundo a Contagem da População 2007 (IBGE) a população do

município foi estimada em 3.289 habitantes. Dimensão Social

� Saúde

O município de Gameleira de Goiás não possui hospital. Dispõe de dois postos de saúde, com duas equipes de PSF que prestam atendimento, também, em 10 áreas rurais. As cidades de Goiânia e Anápolis recebem os pacientes em casos mais graves. � Educação

Constam no município de Gameleira de Goiás: - Dois estabelecimentos com ensino

pré-escolar (ambos municipais); - Dois estabelecimentos com ensino

fundamental (ambos municipais); - Um estabelecimento com ensino

médio (estadual); - Um estabelecimentos com EJA -

Educação de Jovens e Adultos (municipal)

Gameleira de Goiás não conta com estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem com instituições de nível superior. � Saneamento

Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário O sistema de abastecimento de água do município de Gameleira de Goiás está sob a responsabilidade da SANEAGO, vale dizer que o município não conta com Estação de Tratamento de Esgoto – ETE.

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Gameleira de Goiás não possui aterro sanitário. Dispõe de um lixão. Dimensão Econômica Uma vez que as últimas informações do IBGE quanto à utilização das terras e estrutura fundiária se reportam a 1996, também, não há disponibilidade de dados sobre o assunto. � População ocupada por setores econômicos

No quadro abaixo será apresentada a população de acordo com o setor que trabalham. Quadro 90 - População Ocupada por Setores Econômicos Município de Gameleira de

Goiás/2006 Setor de Atividade Total

Participação Relativa (%)

Setor Primário 83 34,7 Setor Secundário 6 2,5 Setor Terciário 150 62,8 Total 239 100.0 Fonte: IBGE, 2006.

� Infra-estrutura

Comunicação

Gameleira de Goiás possui apenas o Jornal Boletim da Prefeitura Municipal – “Gameleirense”. Não dispõe de emissoras de rádio. Já os serviços de telefonia móvel são prestados pela VIVO e Brasil TELECOM. Segurança O município de Gameleira de Goiás possui Destacamento da Polícia Militar e uma delegacia de Polícia Civil. A referência de Fórum é a cidade de Silvânia. A maior parte das

ocorrências policiais diz respeito aos pequenos furtos. Comércio A referência para o comércio são os municípios de Anápolis e Goiânia. Dimensão Institucional � Instituições Atuantes

O município conta com Associação Comercial, uma Associação de Bairro e escritórios da AGRODEFESA e Agência Rural. Dimensão Ambiental

Gameleira de Goiás possui Departamento de Meio Ambiente subordinado à Secretaria Municipal de Agricultura e Conselho Municipal de Meio Ambiente. Dimensão Cultural � Equipamentos Culturais e de Lazer

Gameleira de Goiás conta com o Centro do Idoso e da Juventude e o Trucódromo. Em termos de lazer tem-se o Centro Comunitário, duas quadras de esportes poliesportivas e três campos gramados de futebol. � Principais Eventos

As principais celebrações de Gameleira de Goiás são: Folia de Reis (janeiro), Semana Santa (março/abril), Festa do Distrito de Mucambinho – festa de Santo Antônio (junho), aniversário da cidade (20/07), mas a festa é comemorada em agosto, com shows e espetáculos e Festa religiosa da

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padroeira N. Sra. Aparecida (outubro).

Distrito Federal O Distrito Federal tem uma área de 5.801,937 km² e uma densidade demográfica de 402,00 habitantes/km². De acordo com os dados do Censo Demográfico do ano de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o Distrito Federal apresentava uma população de 2.051.146 habitantes. Segundo os dados de 2007 do IBGE, a população é de 2.455.903 habitantes, apresentando uma taxa positiva de crescimento anual (2,6%) no período 2000/2007. No o ano de 2000, segundo relatório do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Distrito Federal apresentou um Índice de Desenvolvimento Humano – IDH de 0,849, que fez com que se encaixasse na categoria de alto desenvolvimento humano (IDH acima de 0,8). O PIB, Produto Interno Bruto, representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (países, estados, cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc). O PIB é um dos indicadores mais utilizados para mensurar a atividade econômica de uma região. O PIB do Distrito Federal correspondeu, em 2005, a R$ 80.517.000.000,00. Já em termos do PIB per capita apresentou para o mesmo ano um resultado de R$

34.510,00, representando três vezes a média nacional (R$ 11.658,00). Atualmente, o Distrito Federal se divide em 29 regiões administrativas (RA), encontra-se num lugar favorável, num ponto de ligação de grandes eixos viários do país, por isso é um ponto de interface dos principais corredores de transporte. Contextualização Regional Com o crescimento da população da capital do país foi criado um projeto para controlar o crescimento acelerado de favelas. Então as regiões administrativas foram criadas e em 1989 criou-se a RA XII, com o nome de Samambaia, referência ao córrego Samambaia, que passa entre as localidades de Taguatinga e Ceilândia. Samambaia Dimensão Histórica

A localidade já existia como área agrícola às margens do Córrego Samambaia. Com o aumento da vinda de pessoas para o Distrito Federal e o surgimento de várias invasões, o Governo providenciou a remoção destas para o local, chegando os seus primeiros moradores, em 1985.

Samambaia, que antes pertencia à RA III – Taguatinga passou a ser a sede administrativa da nova Região Administrativa RA XII – Samambaia

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Dimensão Social

� População

Com uma área total de 102,60 Km2, a Região Administrativa de Samambaia é formada de área urbana e rural. Segundo os dados obtidos, a Região Administrativa de Samambaia contava, em 2004, com uma população de 147.907 habitantes, sendo 48% do sexo masculino e 52% do sexo feminino. � Saúde

A Região Administrativa Samambaia tem um hospital de caráter público com 126 leitos. O hospital tem como especialidades: ambulatórios, pequenas cirurgias e cirurgia geral. Em casos de emergências tem-se clínica cirúrgica, pediatria, clínica geral, ginecologia e obstetrícia. As internações só se dão na área de pediatria. Samambaia dispõe ainda de quatro centros de saúde vinculados à Secretaria de Estado de Saúde de Samambaia e de uma clínica especializada, além de três policlínicas de caráter particular. � Educação

Samambaia conta com 21 estabelecimentos de ensino que oferecem creche, sendo a totalidade pertencente à rede particular. Todos estão localizados na área urbana de e contavam com 873 crianças matriculadas em 2006. O ensino pré-escolar é oferecido em 46 escolas, sendo que apenas uma fica na área rural Na área urbana existem 21 escolas da rede estadual. Já a rede particular, tem 24

estabelecimentos, também situados na área urbana. Em Samambaia existem 8 estabelecimentos de ensino especial, todos situados na área urbana e pertencentes à rede estadual. O ensino fundamental existe em 51 escolas, sendo 35 estaduais e 16 particulares. Das 51, apenas uma escola estadual está localizada na zona rural. Samambaia conta com 6 escolas que oferecem o ensino médio, 4 estaduais e 2 particulares. Dentre eles, apenas uma escola estadual fica na zona rural. Em Samambaia existe também a Educação de Jovens e Adultos – EJA em 12 estabelecimentos, sendo 10 estaduais e um da rede particular. Todos os estabelecimentos se encontram na área urbana, exceto um estabelecimento estadual. É importante dizer que em Samambaia não existem estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino técnico), nem instituições de nível superior. � Saneamento

No Distrito Federal é de responsabilidade da Companhia de Água e Esgotos de Brasília - CAESB, empresa pública de direito privado, os serviços de abastecimento de água e saneamento básico. Além da execução, operação, manutenção e exploração dos sistemas de abastecimento de água e de coleta de esgotos sanitários no Distrito Federal, a CAESB tem como responsabilidade a conservação,

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proteção e fiscalização das bacias hidrográficas utilizadas ou reservadas para fins de abastecimento de água, e o controle de poluição das águas. A coleta, tratamento e destinação final do lixo domiciliar, comercial e hospitalar, bem como a limpeza das ruas, capina, pintura de meio fio e remoção de entulhos são de responsabilidade do Serviço de Ajardinagem e Limpeza Urbana do Distrito Federal – BELACAP. � Qualidade de Vida – Índice de Desenvolvimento Humano

O IDH é uma medida que compara três coisas: riqueza, educação e a média de vida. É uma forma de avaliar o bem estar de uma população. Em 2000, o IDH em Samambaia foi de 0,781, o que o inclui na categoria de médio nível de desenvolvimento humano. O índice apresenta-se bem abaixo do obtido no Distrito Federal (0,849), que foi classificado na categoria de elevado nível de desenvolvimento urbano. Dimensão Econômica

� Produção Agrícola

Destaca-se o plantio do milho, com uma produção de 176 toneladas/ano numa área de 80 há. � Efetivo Bovino

Samambaia tem 1.115 cabeças de boi, que correspondem a 2,2% da produção de carne e a 3,6% da produção de leite do Distrito. � Infra-estrutura

Energia Elétrica

A Companhia Energética de Brasília,

além de distribuir a eletricidade do DF, também tem a permissão para a distribuição do gás canalizado e outras fontes de energia na região. O consumo residencial responde por 85% do consumo, enquanto o comércio representa 12%, as indústrias 0,3% e o poder público 0,5%. Os consumidores rurais representam 1%. Segurança

Samambaia possui duas delegacias e dois postos policiais militares, com um total de 63 viaturas. Recanto das Emas Dimensão Histórica

O Recanto das Emas foi criado em 27 de julho de 1993 para atender ao programa de assentamento do Governo do Distrito Federal. Esse programa tinha como objetivo retirar as favelas que se formavam nas áreas urbanas, principalmente na cidade de Brasília. O nome nasceu da junção entre um sítio arqueológico existente nas redondezas, chamado de “Recanto”, e do arbusto “canela-de-ema”. Dimensão Social

� População

Com uma área de 101,22 Km2, a Região Administrativa Recanto das Emas é formada de área urbana e rural. Segundo dados obtidos a Região Administrativa de Recanto das Emas contava em 2004 com uma população de 102.271 habitantes,

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sendo 51,5% do sexo masculino e 48,5% do sexo feminino. � Saúde

Existem dois centros de saúde e um posto de saúde, vinculados à Secretaria de Estado de Saúde de Recanto das Emas. � Educação

Recanto das Emas conta com apenas quatro escolas particulares que oferecem creche. O ensino pré-escolar é ofertado por 21 escolas (12 estaduais e 9 particulares). Apenas um estabelecimento estadual está localizado na área rural de Recanto das Emas. Em Recanto das Emas existem 8 estabelecimentos de ensino especial, todos situados na área urbana e pertencentes à rede estadual. O ensino fundamental é oferecido por 26 escolas, sendo 18 municipais e 8 particulares. Todas as escolas ficam na zona urbana do município, exceto uma escola estadual. Recanto das Emas tem apenas 4 escolas que oferecem o ensino médio. Localizadas na zona urbana do município, dois dos estabelecimentos são estaduais e dois particulares. Em Recanto das Emas existe também a Educação de Jovens e Adultos – EJA em 7 estabelecimentos estaduais, todos na área urbana. É importante dizer que em Recanto das Emas não existem estabelecimentos que oferecem educação profissional (ensino

técnico), nem instituições de nível superior. � Saneamento

Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário são de responsabilidade da Companhia de Água e Esgotos de Brasília – CAESB. Em relação ao esgotamento sanitário, 98,5% das casas eram atendidos por rede geral. Tem-se ainda 1,0% que utilizavam fossa séptica e 0,5% faziam uso de fossa rudimentar. A coleta, tratamento e destinação final do lixo domiciliar, comercial e hospitalar, são de responsabilidade da BELACAP. � Qualidade de Vida – Índice de Desenvolvimento Humano

O IDH é uma medida que compara três coisas: riqueza, educação e a média de vida. É uma forma de avaliar o bem estar de uma população. Em 2000, o IDH em Samambaia foi de 0,775, o que o inclui na categoria de médio nível de desenvolvimento humano. O índice apresenta-se bem abaixo do obtido no Distrito Federal (0,849), que foi classificado na categoria de elevado nível de desenvolvimento urbano. � Infra-estrutura

Segurança

Recanto das Emas dispõe de um Posto de Polícia Militar e uma Delegacia de Polícia, contando com um total de 41 viaturas.

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6.4 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA MEIO FÍSICO � Rochas A descrição da Área de Influência Direta (AID) do gasoduto nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal baseou-se nos levantamentos de campo realizados e na interpretação de fotos em escala 1:10.000, disponíveis para todo o traçado do gasoduto. As unidades das rochas identificadas na AID são representadas por grandes grupos, contendo diferentes tipos de rochas. Para a descrição rochosa do local do empreendimento, adotou-se subdivisão em trechos do traçado do gasoduto. Esta subdivisão foi definida com base em critérios técnicos, econômicos e ambientais dada a extensão do empreendimento, considerando fatores como potencial de consumo, logística de construção e operação, entre outros. Trecho I - São Carlos (SP) - Ribeirão Preto (SP) O gasoduto tem seu ponto inicial em São Carlos (SP) e segue em direção ao norte, acompanhando a rodovia estadual SP-318 até Ribeirão Preto (SP). Na região da ADA poucas rochas expostas podem ser observadas, predominando solos profundos. Localmente, os arenitos da Formação Pirambóia destacam-se na paisagem formando as colinas, que são

pequenas elevações do terreno com declives suaves.

Em relação às instalações e estruturas de apoio, neste trecho estão previstos uma Estação Medidora de Volume, Estação de Sistema de Limpeza e uma Estação de Medição e Regulagem nos pontos de retirada de gás.

A Estação de Medição e Regulagem de pressão de retirada de gás será instalada em Ribeirão Preto, que destina-se a reduzir a pressão média de transporte até a pressão de distribuição nas localidades. Encontra-se no domínio dos basaltos da Formação Serra Geral.

Os locais escolhidos para instalação das estações não apresentam restrições do ponto de vista da estabilidade das rochas, encostas e erosões.

Figura 45 - Arenitos do Grupo Bauru

Figura 46 –Arenitos da Formação

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Figura 47 - Formação Botucatu São Bento –

Ibaté/SP

Figura 48 - Basaltos Formação Serra Geral.

Figura 49 - Depósitos cenozóicos

Figura 50 - Basaltos Formação Serra Geral

Trecho II - Ribeirão Preto (SP) – Divisa SP/MG

A partir de Ribeirão Preto (SP) o traçado do gasoduto segue em direção a divisa SP/MG acompanhando a rodovia SP 330. I. Neste trecho predominam as rochas da Formação Serra Geral, com alguma ocorrência da Formação Botucatu, próximo a cidade de Ituverava e do Grupo Bauru, próximo a Orlândia e Ituverava. Identifica-se também formações superficiais na planície do rio Sapucaí e logo a norte deste trecho próximo ao município de Guará.

Existe pouca exposição de rocha neste trecho, predominando solos espessos e bem desenvolvidos. Onde ocorre a exposição das rochas, estas, apresentam cor cinza escura, homogênea maciça, onde os minerais existentes são muito pequenos, mostrando um conjunto de fraturas. Apresentam-se estáveis, sem sinais de desmoronamento de blocos de rocha. Os locais escolhidos para instalação das estações não apresentam restrições do ponto de vista da estabilidade das rochas, encostas e erosões.

Figura 51 - Basaltos Formação Serra Geral

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Figura 52 - Afloramento Basaltos Formação

Serra Geral

Figura 53 – Vértice 09 –Arenitos do Grupo

Bauru

Figura 54 - Basaltos Formação Serra Geral

Figura 55- Basaltos Formação Serra Geral

Figura 56 –Basaltos Formação Serra Geral

Trecho III - Divisa SP/MG - Uberlândia (MG) No trecho III ocorrem basaltos da Formação Serra Geral, do Grupo São Bento; arenitos do Grupo Bauru, Uberaba e Marília; e Coberturas Detrito-lateríticas. A Formação Uberaba é constituída basicamente por arenitos, de cor amarelada, com espessuras que variam de 20 cm a 1,5 m, depositados em ambiente fluvial. Restringe-se ao Estado de Minas Gerais fazendo contato com basaltos da Formação Sotopostos, e com a Formação Marília. A sua espessura máxima é de 70 metros. A Formação Marília, formada em ambiente continental, é formada por arenitos. Possuem um alto conteúdo de cimento carbonático, sendo matéria prima para fabricação de cimento e para produção de corretivo da acidez do solo. As coberturas que, correspondem a formação de solos espessos, são resultado de processo de aplainamento e transformação do solo em rochas. As Estação de medição e regulagem de pressão pontos de retirada de gás serão instaladas em Uberaba-MG e Uberlândia-MG. Encontram-se no

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domínio dos arenitos da Formação Uberaba e dos basaltos da Formação Serra Geral, respectivamente. O canteiro de obras será instalado em Uberlândia , no domínio dos basaltos da Formação Serra Geral. Os locais escolhidos para instalação das estações não apresentam restrições do ponto de vista geológico-geotécnico.

Figura 57 - Formação Serra Geral

Figura 58 - Formação Serra Geral

Figura 59 - Afloramento de arenitos do Grupo

Bauru.

Figura 60 - Formação Marília Uberaba/MG.

Figura 61 - Coberturas detrito-lateríticas

Figura 62 –Arenitos do Grupo Bauru

Trecho IV - Uberlândia (MG) - Itumbiara (GO)

O gasoduto parte de Uberlândia (MG), segue em direção ao Estado de Goiás até a cidade de Itumbiara (GO). Neste trecho, predomina a Formação Marília identificando-se a formação Serra Geral próxima ao vale do rio Araguari; e ocorrência de formações superficiais próxima a cidade de Tupaciguara. Próximo a divisa do estado Minas Gerais/Goiás

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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e a represa de Itumbiara, ocorre a Unidade B do Grupo Araxá até a cidade de Itumbiara onde ocorre a formação Serra Geral.

As inclinações na superfície apresentam-se estáveis, sem sinais de desmoronamento de blocos de rocha.

Os locais escolhidos para instalação das estações não apresentam restrições do ponto de vista de estabilidades das rochas, encostas e erosões.

Figura 63 - Formação Marília – Uberlândia/MG

Figura 64 - Formação Serra Geral

Figura 65 - Tupaciguara – MG

Figura 66 - Afloramento Basaltos formação

Serra Geral – Tupaciguara/MG

Trecho V - Itumbiara (GO) - Goiânia (GO)

De Itumbiara (GO), próximo à divisa entre Minas Gerais e Goiás, o Traçado desvia-se um pouco a nordeste e segue até Goiânia. Neste Trecho de Itumbiara vértice 34 até Buriti Alegre, predomina a formação Serra Geral. A partir do Ribeirão da Areia predomina a Unidade B do Grupo Araxá e ocorrência de granitos próximo a cidade de Piracanjuba.

Na região da ADA poucas rochas expostas podem ser observadas, predominando solos espessos e bem desenvolvidos. Quando presentes, as rochas encontram-se em inclinação na superfície. As inclinações apresentam-se estáveis, sem sinais de desmoronamento de blocos de rocha.

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A Estação de medição e regulagem de pressão será instalada em Goiânia-GO, no domínio dos xistos da Unidade B do Grupo Araxá.

O canteiro de obras será instalado em Morrinhos (GO), no domínio dos xistos do Grupo Araxá, Unidade B (MaB).

Os locais escolhidos para instalação das estações não apresentam restrições do ponto de vista da estabilidade de rochas, encostas e erosões.

Figura 67 - Afloramento Basaltos formação

Serra Geral

Figura 68 - Basaltos formação Serra Geral –

Araporã/MG

Figura 69 - Grupo Araxá – Bonfinópolis/GO

Figura 70 - Grupo Araxá – Bonfinópolis/GO

Trecho VI - Goiânia (GO) - Brasília (DF) A partir de Goiânia (GO), o gasoduto segue para Taguatingua (DF), passando por Anápolis (GO).

Na região da ADA poucas rochas expostas podem ser observadas, predominando solos residuais espessos e bem desenvolvidos. Quando presentes, as rochas visíveis encontram-se em inclinações na superfície. Apresentam-se estáveis, sem sinais de desmoronamento de blocos de rocha.

Uma Estação de medição e regulagem de pressão e o canteiro de obras serão instalados em Anápolis-GO. A segunda Estação de medição e regulagem de pressão será instalada em Samambaia (DF).

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Os locais escolhidos para instalação das estações não apresentam restrições do ponto de vista geológico-geotécnico.

Figura 71 - Em primeiro plano domínio das

formação Paracatu, Grupo Canastra.

Figura 72 - Lago da UHE Corumbá IV formação Paracatu, Grupo Canastra –

Alexânia/GO.

Figura 73 - Santo Antônio do Descoberto. Domínio das formação Paracatu, Grupo

Canastra

Figura 74 - Formação Paracatu, Grupo

Canastra – Samambaia/DF

Relevo A formação e dinâmica de relevo são controladas por diversos fatores internos e externos. Esses fatores que atuam em menor ou maior intensidade determinam o desenvolvimento de diferentes formas na paisagem que possuem características específicas. O conhecimento das diferentes formas, de seus materiais constituintes e dos processos erosivos atuantes na área de inserção do empreendimento, tem a finalidade de permitir a identificação de locais de maior ou menor fragilidade natural e as conseqüências das intervenções do homem no ambiente. As características do relevo da área de estudo foram abordadas de acordo com as diferentes formas de relevo encontradas e descritas de acordo com os estados, que serão interceptados pelo Gasoduto do Brasil Central. Formas de Relevo no Estado de São Paulo As formas de relevo que se inserem dentro da AID do Gasoduto do Brasil Central no estado de São Paulo pertencem ao domínio de relevos Planalto do Alto Rio Paraná, o qual se

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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subdivide em duas unidades: os Planaltos Rebaixados e os Planaltos Residuais. Nestes domínios, são encontradas as seguintes formações, algumas destas apresentadas em fotografias.

Cristas Arenito Topos de Chapadas Rebordos de Chapadas Relevos de Cuestas Domínios Colinosos Rampas de Colúvio Superfície Tabular Remodelada Vales em V Vales em U Terraços e Planícies Fluviais

Figura 75 – Forma de relevo de Topo de Chapada, no

município de São Carlos.

Figura 76 – Observar em segundo plano a formação rochosa de rebordo da chapada, em São Carlos.

Figura 77– Relevo de Cuesta recoberto por

vegetação, em São Carlos.

Figura 78– Forma de relevo de rampa de colúvio às margens do rio Mogi-Guaçu, entre os municípios de

São Carlos e Ribeirão Preto.

Figura 79 – Formas de Relevo de superfície tabular

remodelada, município de Igarapava.

Figura 80– Vista, em segundo plano, de vale em V recoberto por vegetação exuberante, município de

Orlândia.

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Figura 81 – Planície Fluvial do rio Pardo, município

de Ribeirão Preto.

Figura 82– Planície Fluvial do rio Mogi-Guaçu com a presença de lagoas marginais, entre os municípios

de São Carlos e Ribeirão Preto.

Formas de relevo no Estado de Minas Gerais As formações que se inserem na AID do Gasoduto do Brasil Central no estado de Minas Gerais pertencem aos domínios de relevo caracterizados como Planaltos e Chapadas da Bacia Sedimentar do Paraná e Planalto Setentrional da Bacia do Paraná. Nestes domínios, são encontradas as seguintes formações, algumas destas apresentadas em fotografias.

- Topos de Chapadas - Rebordos de Chapadas - Outeiros de Basalto - Rampas de Colúvio - Superfície Tabular Remodelada - Vales em V - Vales em U - Vales Rasos de Fundo Chato

- Terraços e Planícies Fluviais

Figura 83 – Forma de Relevo de rebordo de

chapada, em área de relevo muito movimentado, entre os municípios de

Uberlândia e Uberaba.

Figura 84– Vista ao fundo de forma de outeiro de basalto, entre os municípios de Araporã e

Tupaciguara.

Figura 85– Vista de superfície tabular remodelada. Entre os municípios de

Tupaciguara e Uberlândia.

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Figura 86– Forma de relevo de vale raso de fundo chato com a presença do ecossistema de vereda, no município de Uberlândia.

Figura 87– Vista do rio grande com planície fluvial ao fundo, município de Delta na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo.

Formas de relevo no Estado Goiás e no Distrito Federal

As formações que se inserem dentro da AID do Gasoduto do Brasil Central no estado de Goiás e no Distrito Federal pertencem ao domínio de relevo do Planalto Central Goiano.

Nestes domínios, são encontradas as seguintes formações, algumas destas apresentadas em fotografias.

- Topos de Chapadas - Rebordos de Chapadas - Domínios Colinosos - Domínios de Colinas e Morros - Rampas de Colúvio - Superfície Tabular Remodelada - Vales em V - Vales em U - Vales Rasos de Fundo Chato

- Terraços e Planícies Fluviais

Figura 88 – Forma de relevo de topo de chapada no município de Buriti Alegre.

Figura 89– Área de rebordo de chapada, entre

os municípios de Abadiânia e Alexânia.

Figura 90 – Domínios colinosos, município de

Santo Antônio do Descoberto.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Figura 91– Formações de colinas e morros, município de Santo Antônio do Descoberto.

Figura 92– Vista de formação de vale raso de fundo chato, preenchido pelo ecossistema de vereda, entre os municípios de Buriti Alegre e

Morrinhos.

Figura 93– Planície fluvial do rio Piracanjuba,

no município de Morrinhos.

Estudo de estabilidade das rochas, encostas e processos erosivos Este estudo buscou a identificação das áreas de risco nas rochas, encostas e erosões, enfatizando a descrição dos tipos de rocha, dos processos erosivos e possíveis movimentos do solo existentes.

A abordagem dos aspectos geotécnicos, ou seja, aspectos relacionados à estabilidade e resistência das rochas, baseou-se nos dados adquiridos nas visitas de campo para a ADA e AID, bem como na descrição dos movimentos de solos e processos erosivos identificados na AII do gasoduto, levando-se em consideração as informações características do clima, das rochas, do relevo, dos solos, das características físicas dos rios, de declividade do terreno e de condicionantes relacionados a ações do homem. Estes estudos diagnosticaram as áreas de risco geológico-geotécnicos com seus possíveis fatores desencadeadores e seus respectivos graus de risco. Estabilidade das Rochas, Encostas e Erosões O potencial de risco de instabilidade das rochas e encostas foi classificado em baixo, médio, alto. Ao longo do trecho do gasoduto foram observadas poucas áreas de grande instabilidade. A estabilidade das rochas pode ser observada a partir da análise de barrancos, localizados às margens de estradas e próximas ao traçado do gasoduto. Apesar de alguns trechos apresentarem encosta em cortes de estradas íngremes, estes apresentam-se estáveis e com estruturas de drenagem adequadas que permitem o escoamento d’água sem a instalação de processos erosivos. O vértice 06 pode ser considerado pouco alterado e muito fraturado com resistência Moderada.

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Os vértice 31 e 34 podem ser classificados como um maciço muito resistente, com grau de alteração baixo. Os vértices 36 e 39 podem ser classificados como regular, medianamente resistente e com grau de alteração baixo.

Figura 94–vértice 06 corte em basalto, grupo

São Bento – Ribeirão Preto/MG.

Figura 95– vértice 06 corte em basalto grupo

São Bento – Ribeirão Preto/MG.

Figura 96– vértice 31 - basalto formação

Serra Geral – Tupaciguara/MG.

Figura 97–vértice 31 - basalto formação

Serra Geral - Tupaciguara/MG.

Figura 98– vértice 34 - basalto formação

Serra Geral – Araporã/MG.

Figura 99–vértice 34 - basalto formação Serra

Geral – Araporã/MG.

Figura 100– vértice 36 - corte revegetado em xistos do grupo Araxá – Bonfinópolis/GO.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Figura 101– vértice 36 - Detalhe do maciço no

xisto grupo Araxá – Bonfinópolis/GO.

Figura 102– vértice 39 - formação Paracatu,

grupo Canastra –Samambaia/DF.

Figura 103– vértice 39 - quartzo-sericita-clorita filitos da formação Paracatu) –

Samambaia/DF. Processos erosivos e de instabilidade que podem vir a aumentar o risco de instabilidade das rochas e merecem atenção durante a construção do gasoduto em quatro pontos ao longo de todo do eixo do gasoduto: Vértice 19, Uberaba-MG; Vértice 27, Tupaciguara-MG; Vértice 33, Itumbiara-GO e Vértice 40, Ceilândia-DF.

A seguir apresenta-se cada uma das áreas consideradas de risco: Uberaba /MG Na região do Triângulo Mineiro, ocorre a “chapada de Uberlândia-Araguari” e podem ser identificados diferentes intensidades de resistência das rochas em três áreas no trecho em questão: área 1, área 2 e área 3 Estas áreas possuem um potencial de risco médio. Na área 1 a rodovia encontra-se em altitude mais elevada, próxima ao contato com a chapada. Na margem direita da rodovia, sentido Uberlândia-MG encontra-se uma área de solo exposto, com relevo de declividade baixa. Na margem esquerda da rodovia, desenvolve-se erosão, a partir de águas de chuva. Pode ser considerado um maciço com resistência muito branda.

Figura 104 - Vista Geral do trecho, mostrando

a localização das áreas 1 e 2.

Figura 105 - Detalhe dos processos erosivos.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Figura 106 - Vista do relevo no local.

Figura 107 - Cabeceira de Voçoroca no Domínio 1, nas margens da BR 050.

Na área 2, observou-se processos de erosão na margem esquerda da rodovia observa-se no arenito Bauru. Em função de sua resistência aos processos erosivos, não se observa neste corte a presença de sulcos erosivos. Pode ser classificado como um maciço regular medianamente resistente.

Figura 108 - corte de estrada, em arenito mostrando sulcos erosivos. Notar a alta

declividade e altura (30 m) - Uberaba/MG.

Figura 109 - corte de estrada, em arenito,

Uberaba/MG.

Figura 110 - Formação Marília

Figura 111 - Detalhe Arenito grupo Formação

Marília - Uberaba/MG. Na área 3 em parte dos taludes observa-se erosão semelhantes ao do Domínio 2, mas em encostas de menor altitude (2-3m). Em outra parte observa-se uma combinação de processos de erosão (ravinamento) com movimentos de massa (desmoronamento de material), levando à formação de reentrâncias/erosão remontante dos taludes.

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Figura 112 - Vista Geral de taludes do Domínio 3, mostrando ravinamentos e movimentos de massa desenvolvidos em manto de intemperismo do arenito Bauru

Figura 113 - Detalhe de encostas do Domínio 3. A combinação de processos de ravinamento com o desmoronamento de material, leva à formação de reentrâncias/erosão remontante dos taludes, Domínio 3, mostrando ravinamentos

Figura 114 - Detalhe das encostas do Domínio

3, mostrando desmoronamento

Figura 115 - Detalhe das encostas do Domínio

3, mostrando a erosão

O potencial de risco de instabilidade das rochas pode ser considerado como médio em função da dinâmica atual dos taludes, que aponta para uma pequena probabilidade de aumento e/ou surgimento de novos focos de instabilidade. Após a construção do gasoduto recomenda-se a recomposição vegetal dos taludes e a implantação de sistema de drenagem. Tupaciguara/MG A área de risco geológico-geotécnico Tupaciguara-MG situa-se a cerca de 3 km da sede do município na BR 452. Observa-se que, muito embora grande parte das formas mostrem-se estabilizadas, inclusive com presença de vegetação arbórea, localmente verifica-se uma presença de pequenos escorregamentos e desmoronamentos nestas cabeceiras. Neste caso, a progressão da erosão a montante das cabeceiras poderá alcançar a estrada e o gasoduto ameaçando sua integridade.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Figura 116 - BR 452, Tupaciguara/MG

Figura 117 - Cicatriz de deslizamento

estabilizada

Os principais fatores naturais que contribuem para a evolução dos processos erosivos evidenciados são a tendência a escorregamento de solos espessos devido ás chuvas fortes. . As condicionantes antrópicas incluem a ausência de vegetação arbórea e arbustiva, substituída por área de pastagem e exposição do solo e abertura de sulcos pelo pisoteio do gado. O potencial de risco para o gasoduto pode ser considerado como médio, pois embora as feições se mostrem quase em sua totalidade estabilizadas, sinais recentes de reativação em partes localizadas indicam a necessidade de uma adequação do sistema de drenagem em suas cabeceiras.

Itumbiara-GO Neste trecho, observou que o gasoduto será instalado em área condicionada por alagamentos ocorridos de acordo com as estações chuvosas. No corte de aterro da BR nota-se a presença de feições decorrentes de erosão.

Figura 118- Vista do local do eixo do

Gasoduto - Araporã/MG

Figura 119 - Área inundada por braço da

represa da UHE Itumbiara

Figura 120- Área Alagada em drenagem natural que corre para braço da represa

Itumbiara.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

179

Figura 121 - Vista de talude de aterro sobre o

qual foi construída a BR 456.

Figura 122 - Detalhe talude de aterro da

Figura anterior.

As principais causas naturais da evolução dos processos erosivos se dá devido a presença de solo rico em areia e pelas ações humanas, decorrentes da retirada de vegetação, substituída por área de pastagem e exposição do solo pelo pisoteio do gado. O maior risco que esta área oferece com a instalação do gasoduto é em área inundável sujeita à variação do nível da água do reservatório. Recomenda-se a adequação do gasoduto para áreas mais elevadas, para evitar esta condição de inundação verificada.

O potencial de risco pode ser considerado como baixo em função da possibilidade de adequação do traçado do gasoduto e estabilidade.

Ceilândia/DF A área de risco configura-se pelo fato de que o traçado do gasoduto está projetado para ser instalado em meia encosta de taludes naturais que apresentam modificação no relevo lenta a moderada, mostrando erosão pouco acelerada(Figuras 6.206 a 6.210).

As condicionantes naturais que contribuem para a alteração da estabilidade das rochas está relacionada a declividade das encostas e as chuvas. Já as condicionantes provocadas pelo homem, são identificadas pela ausência de vegetação, a qual foi substituída por pastagem, e a criação de gado.

O potencial de risco pode ser considerado como reduzido, em função da possibilidade de adequação do traçado do gasoduto.

Figura 123 - Domínio Planalto Central Goiano

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Figura 124 - Traçado do Gasoduto em meia encosta cruzando ravinas e drenagens

Solos Os estudos dos solos e os dados obtidos em campanha de campo permitiram a identificação dos seguintes tipos de solos: Ordens de solo Sub-ordens

LATOSSOLO VERMELHO LATOSSOLO LATOSSOLO VERMELHO-

AMARELO

ARGISSOLO ARGISSOLO-VERMELHO-AMARELO

NITOSSOLO CAMBISSOLO CAMBISSOLO HÁPLICO

NEOSSOLO LITÓLICO NEOSSOLO FLÚVICO NEOSSOLO

NEOSSOLO QUARTZARÊNICO

GLEISSOLO GLEISSOLO HÁPLICO

Latossolo Vermelho:

Figura 125– LATOSSOLO VERMELHO com uso agrícola de forma intensiva. Município de

Igarapava – SP

Figura 126– Perfil de LATOSSOLO VERMELHO

Município de Igarapava – SP

Figura 127– Superfície com relevo plano onde

predomina LATOSSOLO VERMELHO com cultivos anuais e silvicultura. Município de

Tupaciguara – MG

Figura 128– Perfil profundo de LATOSSOLO VERMELHO com cultivos anuais em topo de

chapada. Município Uberlândia – MG

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Figura 129– Superfície com relevo plano a suavemente ondulado onde predomina LATOSSOLO VERMELHO. Uso do solo com

pastagem plantada, com ocorrência de erosão laminar. Município Goiânia – GO

Latossolo Vermelho-Amarelo

Figura 130– Superfície com relevo plano a suavemente ondulado onde predomina

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO utilizado com pastagem plantada, com ocorrência de erosão laminar. Município de Uberaba – MG

Figura 131– Superfície plana com LATOSSOLO

VERMELHO-AMARELO com pastagem plantada. Cidade satélite de Samambaia – DF

– vértice

Cambissolo Háplico

Figura 132 – Colinas com relevo ondulado, onde ocorre CAMBISSOLO HÁPLICO utilizado com pastagem plantada e com remanescentes de formação florestal e cerrado. Entre os municípios de Uberlândia e Uberaba – MG

Figura 133– Colinas com relevo ondulado a fortemente ondulado onde predominam CAMBISSOLOS HÁPLICOS associados a NEOSSOLO LITÓLICO. Município de Santo

Antônio do Descoberto - GO.

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Figura 134 - Perfil de NEOSSOLO LITÓLICO sobre rochas. Município de Santo Antônio do

Descoberto – GO

Figura 135 – Perfil de NEOSSOLO LITÓLICO cascalhento. Município de Alexânia – GO

Figura 136 – Perfil de GLEISSOLO, solo típico de áreas com deficiência de drenagem.

Município de Uberlândia – MG

Capacidade de Uso do Solo O sistema de classificação da capacidade de uso do solo objetiva o planejamento de atividades agrícolas visando sobretudo a conservação dos solos dessas áreas. Consiste no enquadramento dos solos oito classes de capacidade de uso que variam entre I a VIII. Classe I terras cultiváveis aparentemente sem problemas especiais de conservação

Classe II terras cultiváveis com problemas simples de conservação

Classe III terras cultiváveis com problemas complexos de conservação

Classe IV terras cultiváveis com problemas simples de conservação

Classe V terras com drenagem muito problemática para permitir cultivos

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Classe VI terras cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas permanentes e adaptadas, em geral, para pastagens ou reflorestamento, com problemas simples de conservação

Classe VII terras cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas permanentes e adaptadas, em geral, para pastagens ou reflorestamento, com problemas complexos de conservação

Classe VIII terras impróprias para vegetação produtiva e próprias para proteção de fauna silvestre, recreação ou para armazenamento de água.

No presente estudo, os solos da AID do Gasoduto do Brasil Central foram enquadrados entre as classes de capacidade de uso II a VIII. Cursos d’água A região na qual o Gasoduto Brasil Central passa encontra-se inserida nas bacias hidrográficas apresentadas a seguir:

Estado Bacia Hidrográfica

São Paulo rio Jacaré-Guaçu

São Paulo rio Pardo

São Paulo rio Sapucaí São Paulo /Minas

Gerais rio Grande

Minas Gerais rio Uberaba

Minas Gerais rio Tijuco

Minas Gerais rio Araguari

Minas Gerais /Goiás ribeirão da Cachoeira

Minas Gerais /Goiás rio da Meia Ponte

Goiás /Distrito Federal rio Corumbá

Ao longo de toda a extensão do Gasoduto do Brasil Central foram identificadas 113 pontos de interceptações do seu traçado sobre os cursos d’água.

Usos Predominantes da Água e Possíveis Fontes Poluidoras

Ao longo da AID os usos das águas são destinados para o abastecimento em áreas urbanas estando representados pelo consumo doméstico e industrial. Nas áreas rurais o uso das águas também é destinado ao consumo doméstico, agroindustrial, atividades agrícolas destacando-se o uso da irrigação, a diluição de agrotóxicos, criação de animais, dentre outros. Sob os aspectos de lazer apresentam potencial para recreação e paisagismo. As áreas mais críticas ao uso das águas estão relacionadas a intensos processos de uso e ocupação do solo por pastagens e grandes projetos agrícolas relacionados a monoculturas de soja e cana-de-açúcar, com degradação da áreas de vegetação nativa nas margens dos cursos d’água. O uso da irrigação torna a agricultura mais intensiva, se utilizada de maneira descuidada e inadequada pode ocasionar a contaminação do solo e da água por pesticidas e fertilizantes, reduzindo a disponibilidade dos recursos hídricos. Esses problemas são agravados pelo uso de práticas inadequadas de conservação e preparo do solo que não controlam a erosão e podem promover o assoreamento dos cursos d’água.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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Na bacia Hidrográfica do rio Sapucaí no que se refere a problemas ambientais, destacam-se, dentre outros, a realização de queimadas, o desmatamento que comprometem a vegetação próximas aos rios e a contaminação dos cursos de água por dejetos industriais.

Áreas de Possível Ocorrência de Enchentes e Assoreamento dos Cursos d’água Na AID do Gasoduto do Brasil Central, no estado de São Paulo, entre as áreas com possível ocorrência de enchentes e de assoreamento dos recursos hídricos, ressaltam-se alguns locais próximos aos rios Mogi-Guaçu, Pardo e do rio Sapucaí. Algumas áreas inseridas em vales em U também apresentam potencial para ocorrência de enchentes e assoreamento. No estado de Minas Gerais destacam-se as áreas das margens do rio Grande, na divisa deste com o estado de São Paulo, e do rio Paranaíba, na divisa de Minas Gerais com o estado de Goiás. Os vales em U com presença de veredas são também passíveis de enchentes e assoreamentos. Com relação ao estado de Goiás e Distrito Federal destacam-se as planícies fluviais do rio Piracanjuba, no município de Morrinhos, do rio Descoberto, no município de Santo Antônio do Descoberto, e do rio Paranaíba, no município de Itumbiara.

Condições de Proteção aos Corpos D’água As condições de proteção aos corpos d’água inseridos na AID é representada pela existência das florestas ciliares e veredas.

A intensa ocupação humana na faixa da AID inserida no estado de São Paulo pode comprometer a proteção dos cursos d’água nessa faixa. Em Minas Gerais observa-se a presença da floresta ciliar em grande parte dos cursos d´água, e a presença de veredas, principalmente nos cursos d´agua inseridos nos municípios de Uberaba, Uberlândia, Tupaciguara e Araporã. Entretanto é freqüente a intervenção do homem nessas formações vegetais que são de extrema importância para a proteção das nascentes.

Na AID do estado de Goiás e no Distrito Federal, a proteção ao corpos d´água é representada pela presença da floresta ciliar e pelas veredas que são observadas desde as proximidades do rio Paranaíba. De maneira semelhante ao observado no estado de Minas Gerais a intervenção do homem vem comprometendo a proteção fornecida por essas formações vegetais aos corpos d´água.

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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA

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MEIO BIÓTICO � Flora e Vegetação Para o diagnóstico da AID foi realizado um levantamento qualitativo para definição da vegetação na região.

A campanha de campo foi realizada no período de 09 a 17 de janeiro de 2008, percorrendo-se todo o trajeto da alternativa proposta para o gasoduto.

As espécies não identificadas em campo foram fotografadas para permitir sua identificação posterior. Estado de Conservação da Cobertura Vegetal Nativa Com base nos estudos e levantamentos, pode-se afirmar que toda a cobertura vegetal da AID já sofreu e vem sofrendo alterações pelo homem, como pode ser constatado no quadro a seguir:

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Quadro 91 - Distribuição percentual das classes de uso do solo e cobertura vegetal nativa na AID do Gasoduto do Brasil Central.

Classes São Paulo Minas Gerais Goiás e Distrito Federal

Vegetação Nativa

Floresta Estacional Semidecidual 0,73 % 0,30 % 0,46 %

Floresta Estacional Decidual 1,67 % 0,98 % 0,74 %

Floresta Ciliar 3,11 % 1,05 % 5,00 %

Cerradão 1,95 % 1,65 % 1,50 %

Cerrado 1,06 % 6,30 % 6,80 %

Cerrado Ralo 0,00 % 0,00 % 0,75 %

Campo Cerrado 0,00 % 0,00 % 7,24 %

Campo Limpo 0,00 % 0,00 % 2,54 %

Cerrado Rupestre 0,00 % 0,00 % 0,97 %

Vereda 0,00 % 5,87 % 4,06 %

Vegetação de Várzea 3,45 % 0,00 % 0,00 %

Sub-total 11,97 % 16,15 % 30,06 %

Atividades desenvolvidas pelo homem

Pastagem 5,91 % 33,01 % 45,29 %

Silvicultura - Eucalipto 3,09 % 0,94 % 0,16 %

Silvicultura - Pinus 0,01 % 0,11 % 0,00 %

Silvicultura - Seringueira 0,20 % 0,00 % 0,00 %

Cultivo Permanente - Citrus 1,93 % 0,05 % 0,24 %

Cultivo Permanente - Café 0,00 % 0,47 % 0,00 %

Cultivo de Cana de açúcar 52,80 % 30,23 % 0,00 %

Cultivos Anuais 1,09 % 12,80 % 20,03 %

Cultivo Irrigação sob Pivô Central 0,00 % 0,30 % 0,36 %

Cultivo de Hortaliças 0,00 % 0,04 % 0,00 %

Solo Preparado para Cultivo 11,56 % 1,25 % 0,26 %

Solo Exposto 0,79 % 0,18 % 0,02 %

Infra-estruturas Rurais 1,79 % 1,67 % 0,49 %

Área Urbana 2,08 % 0,27 % 2,54 %

Ferrovia 0,72 % 0,00 % 0,00 %

Rodovia - Estradas Vicinais 5,51 % 1,89 % 0,11 %

Corpos d' Água 0,49 % 0,56 % 0,41 %

Tanque de Piscicultura 0,04 % 0,01 % 0,00 %

Sub-total 88,01 % 83,78 % 69,61 %

Total 99,98 % 99,93 % 99,97 %

Fonte: Mapeamento do Uso do Solo e Cobertura Vegetal Nativa da AID do Gasoduto Brasil Central.

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

187

São Paulo A cobertura vegetal da AID retrata bem a condição predominante no estado de São Paulo onde se observa uma baixa ocupação por formações nativas e um intenso uso do solo com atividades agrícolas e pecuárias. Minas Gerais A AID do Gasoduto do Brasil Central atravessa a região do Triângulo Mineiro caracterizada por uma forte ocupação humana favorecida pela presença de relevo plano e solos adequados ao desenvolvimento de atividades agrícolas e pecuárias, passando próximo a núcleos urbanos como Uberaba e Uberlândia. Goiás e Distrito Federal Nestas unidades da federação, a AID do gasoduto apresenta uma cobertura vegetal nativa mais representativa em termos de percentuais de ocupação, correspondendo a aproximadamente 30% da área total. Formações Vegetais Ocorrentes Na área de influência direta foram registradas formações vegetais típicas de cerrado, como: o cerrado típico, cerrado ralo, campo cerrado, cerrado rupestre, campo limpo, veredas e formações florestais.

Figura 137 - Fragmento de floresta.

Figura 138 - Remanescente de floresta

estacional.

Figura 139 - Remanescente de floresta,

envolvida por cultivo de cana.

Figura 140 - Remanescente de cerradão.

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

188

Figura 141 - Remanescente de cerrado denso.

Figura 142 - Floresta com influência de rios permanente e implantação do projeto de recomposição de áreas de preservação

permanente.

Figura 143 - Detalhe da floresta da foto anterior

mostrando ocorrência de palmito.

Figura 144 - Floresta ciliar com forte ocupação

do homem no entorno representada por pastagem e cultivo de cana de açúcar.

Figura 145 - Floresta ciliar com influência de rios em algumas épocas do ano e campo de

várzea.

Figura 146 - Floresta ciliar contínua.

Figura 147 - Remanescente de floresta estacional semidecidual em contato com

cerradão.

Figura 148 - Remanescente de floresta

estacional semidecidual em relevo acidentado.

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

189

Figura 149 - Detalhe de remanescente de

floresta estacional decidual em época chuvosa.

Figura 150 - Floresta ciliar estreita com

pastagem na faixa de preservação permanente.

Figura 151 - Cerrado denso com pastagem em

primeiro plano.

Figura 152 - Área remanescente de cerrado e

cerrado ralo sobre Cambissolo.

Figura 153 - Vereda cercada por pastagens e cultivos anuais, sem proteção da faixa de

preservação permanente.

Figura 154 - Vereda interceptada pela rodovia,

situação comum no triângulo mineiro. Goiás e Distito Federal

Figura 155 - Remanescente de floresta estacional semidecidual secundarizado.

Figura 156 - Detalhe de remanescente de floresta estacional decidual secundária.

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

190

Figura 157 - Remanescente de cerradão bem

preservado.

Figura 158 - Remanescente de cerradão em bom

estado de conservação, envolvido por pastagem.

Figura 159 - Detalhe da formação de cerrado

ralo.

Figura 160 - Remanescente de cerrado com

estrato herbáceo comprometido pelo pisoteio do gado com exposição do solo exposto e formação

de processos erosivos laminares.

Figura 161 - Mosaico vegetacional formado por cerrado ralo, campo cerrado e campo limpo.

Figura 162 - Floresta ciliar envolvida por

formações de campo cerrado e campo limpo. Notar , queimada na área de campo.

Figura 163 - Área com predomínio de campo

limpo.

Figura 164 - Vereda com predomínio de buriti. Área de Preservação Permanente e ocupação de

pastagem.

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

191

Figura 165 - Vereda em sucessão mais

adiantada com presença de buriti e da pindaíba do brejo.

Figura 165 - Formação de vereda envolvida por

áreas de pastagens e, ao fundo, pequeno remanescente de cerradão.

Figura 167 - Cabeceira de drenagens formadas por veredas e floresta ciliar com influência fluvial permanente (floresta alagada),

circundadas por áreas de cultivo e pastagem.

Status de Conservação A relação de espécies vegetais registradas para a AID foi comparada com as listagens de espécies ameaçadas para o Brasil, com a lista de espécies ameaçadas do estado de Minas Gerais e de São Paulo.

Das espécies registradas para a AID, sete se encontram enquadradas em uma das listas de espécies ameaçadas de extinção, conforme quadro a seguir.

Destas sete espécies, apenas a aroeira e o palmito são consideradas ameaçadas ao nível federal e estadual, tanto em São Paulo quanto em Minas Gerais.

As outras cinco espécies (guatambu, buriti, sucupira, tingu e maria pobre) são consideradas ameaçadas apenas no estado de São Paulo. Quadro 92 - Espécies Ameaçadas de Extinção

Registradas para a AID do Gasoduto.

Status Nome Popular São

Paulo ¹

Minas Gerais ²

Brasil ³

Aroeira VU VU VU Guatambu VU - -

Buriti EP - - Palmito VU VU EN Sucupira

preta VU - -

Tingui EP - - Maria pobre VU - -

Status: VU – Vulnerável; EP - Presumivelmente extinta, EN - Em perigo Referências: 1 - São Paulo, 1998 (Resolução SMA n° 20, 1998) 2 - Minas Gerais, 2007 (Biodiversitas, 2007) 3 - Brasil, 2008 (Instrução Normativa nº 06, 2008)

Entre as espécies protegidas por lei, registrou-se para a AID o pequizeiro, a caraíba, o ipê amarelo da mata, o ipê roxo, o ipê branco e o ipê do cerrado.

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

192

� Usos Potenciais das Espécies Vegetais e Extrativismo Várias espécies registradas para a AID produzem alimentos consumidos por aves e mamíferos locais, desempenhando, portanto, papel importantíssimo como o suporte para os animais da região.

Para a AID do gasoduto, somente foram registradas atividades relacionadas com a retirada de lenha seca para uso doméstico e coleta de frutos comestíveis, sendo que as principais espécies consumidas são: o pequi, o araticu e a cagaita. Embora seja comum o consumo do palmito da gueiroba na região, nos estados de Goiás e Minas Gerais, não foi confirmada a exploração desta espécie na natureza, sendo registrada a presença de pequenos plantios em algumas propriedades rurais. Insetos Para realizar a pesquisa de campo foram utilizados métodos básicos dando maior atenção às espécies de origem na região de estudo. A campanha de campo foi realizada no período de 2 a 14 de janeiro de 2009, na estação chuvosa. Os pontos de amostragem foram determinados, ao longo da área de influência do empreendimento, em regiões que possuam acúmulo de água, pois assim há maior possibilidade da presença de insetos e matéria orgânica no solo. Foram feitas 10 coletas de seres vivos originários da região, sendo 2 no município de São Carlos/SP, utilizando armadilhas luminosas para atrair insetos.

Figura 168 – Armadilha de Shannon montada

Figura 169– Emprego de aparelho de sucção

labial (Capturador de Castro)

Com esta armadilhas, os mosquitos foram capturados e colocados dentro de um tubo de PVC modificado, tendo em sua extremidade uma tampa e em outra uma rede de filó branco. Após a captura foram transferidos para um refrigerador e mantidos por dois dias a uma temperatura de 5ºC até sua morte. Após este processo foram colocados em potes plásticos pequenos, devidamente etiquetados com dados de identificação. Armadilha HP (Noturno, 18:00 às 08:00 horas)

Outra armadilha utilizada possuía formato cilíndrico de PVC ou resina de alta resistência, uma fonte de luz e assim foi possível atrair insetos dos

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

193

arredores e sugá-los vivos para a aprisioná-los num saco coletor.

Figura 170– Montagem da armadilha HP

As armadilhas HP foram montadas no período do por do sol crepuscular e abertas no início da manhã Após a captura, os insetos foram colocados em refrigerador e posteriormente retirados do saco coletor com o auxílio de um pinça, e posteriormente identificados. Todos os exemplares capturados foram encaminhados para o Centro de Pesquisas René Rachou – FIOCRUZ – Ministério da Saúde – localizado em Belo Horizonte. Nas áreas de coleta foram registrados os valores de temperatura e umidade relativa do ar para caracterizar o ambiente. Para análise dos dados, comparou-se a variedade e a quantidade de espécies de insetos entre cada ponto coletado. As espécies foram classificadas como: - constantes: ocorrentes em mais de

50% das amostras; - temporárias: ocorrentes em 25 a

50% das amostras, e - acidentais: ocorrentes em menos

de 25% das amostras.

Durante os levantamentos de campo para diagnóstico da população de insetos da área de influência do Gasoduto do Brasil Central foram identificadas 637 espécies diferentes de insetos. Dentre as espécies capturadas foram encontrados vetores das doenças filariose e leishmaniose.

Família Culicídeos No total, foram capturados 631 indivíduos pertencentes de mosquitos, distribuídos em quatro gêneros e 10 espécies, sendo quatro delas vetores de doenças; uma vetor principal e três secundários. Os resultados gerais demonstraram pouca variação na variedade e da quantidade de mosquitos entre os pontos amostrados. Os menores valores de captura ocorreram em ambientes de campo limpo e campo cerrado, localizados no Distrito Federal. Ambientes que possuem muita vegetação, áreas sombreadas e próximos à cursos d’água têm maior tendência a possuírem larvas e pupas de mosquitos, enquanto ambientes mais secos são menos atrativos para os insetos adultos. A cobertura do solo pelas árvores e a presença de poças de água em função das chuvas podem ter favorecido a formação de criadouros naturais para esses insetos.

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

194

Figura 171 – Montagem de armadilha no interior de uma área (Área extra B).

Em relação às espécies do gênero Aedes, foram poucas as espécies capturadas, sendo a mais freqüente Aedes scapularis. Essa espécie se desenvolve em criadouros naturais como poças d’água ou regiões alagadas com alguma vegetação emergente, que as tornam parcialmente sombreadas. Por esta razão, não foram encontradas em ambientes mais secos, como campo limpo e campo cerrado. Convém destacar que esta espécie foi suspeita de transmissão da encefalite A espécie Aedes albopictus foi registrada somente no município de São Carlos. Sabe-se que esta espécie em outros paises é frequentemente encontrada com os vírus da dengue e da febre amarela. Foram encontradas espécies de mosquito Culex , sendo que está espécie é o vetor principal da filariose no Brasil. Dentre os outros mosquitos capturados, Coquillettidia justamasoni foi notificada em São Carlos/SP, não sendo uma espécie importante na transmissão de doenças.

Cumpre ressaltar que a referida espécie não é considerada vetor principal de doenças. Foi encontrada nos ambientes de campo limpo e campo cerrado espécies vetores de doenças. Culex quinquefasciatus. Esta espécie geralmente está associada a ambientes urbanos. Já no ambiente de Floresta Ciliar foi encontrada a única espécie de mosquito Anopheles registrada em todo o estudo. Apesar do gênero Anopheles ser vetor da doença malária, a espécie Anopheles benarrochi não tem importância na veiculação dessa doença. Todas as espécies de insetos capturadas estão na lista de espécies de mosquitos registradas nas quatro Unidades da Federação atravessadas pelo empreendimento, não consistindo em novos registros para a área. O pequeno número de exemplares capturados provavelmente se deu em função das fortes chuvas durante o período de amostragem e dos altos índices de umidade relativa do ar. É de se destacar que nas sub-áreas pontos C4, C5 e D6 a chuva foi constante durante todo o período de amostragem. O quadro a seguir apresenta os valores de temperatura e umidade registrados. Chuvas em excesso acabam por inviabilizar o desenvolvimento de formas imaturas (pupa e larvas) de flebotomíneos ou ainda, acabam contribuindo para o deslocamento dessas formas para rios ou córregos. Apesar do encontro da espécie Psorophora albipes ter sido considerado acidental, a ocorrência de um número muito alto de registros mostra a importância desse inseto na

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

195

região, já que sua ocorrência pode favorecer a circulação do vírus da febre amarela silvestre, aumentando seu poder vetorial relacionado algumas doenças silvestres. O resultado encontrado indica pouca flutuação das espécies de culicídeos no seu gradiente de dispersão no ambiente estudado. Ressalta-se que a época das amostragens interferiu diretamente nos resultados, subestimando-os, o que provavelmente não ocorrerá no período de seca. Os resultados obtidos nos estudos de insetos mostram para a Área de Influência do Gasoduto do Brasil Central uma pequena diversidade de espécies de insetos das famílias Culicidae e Psychodidae. Répteis e Anfíbios Os estudos de répteis (animais como cobras e lagartos) e anfíbios (animais como sapos e rãs) foram realizados em quatro áreas, divididas em oito sub-áreas e distribuídos em 34 pontos de amostragem ao longo das áreas de interesse, entre as futuras instalações do Gasoduto do Brasil Central.

A Área A está localizada em São Carlos/SP e é destacada por floresta que perdem as folhas em alguns meses do ano. Nessa área foram encontradas 14 espécies de anfíbios distribuídas em seis famílias, e duas espécies de répteis. Os anfíbios encontrados (o sapo, perereca e rã assobiadora) tem o costume de comer vários tipos de alimentos, vivem em locais com pouca vegetação. Tal fato pode estar associado ao desmatamento para cultivo de cana-de-açúcar em todo o entorno da sub-área A1; essas espécies são típicas de áreas abertas, originalmente cobertas por Cerrado e Florestas, apesar de algumas espécies

de mata, que ocorrem em clareiras naturais. A Área B está localizada em Itumbiara/GO, sendo divida em duas sub-áreas, caracterizadas como: sub-área 2 - Floresta Estacional Decidual e sub-área 3 - Vereda/ Cerrado. Durante as amostragens foram registradas no total 21 espécies de anfíbios, distribuídas em cinco famílias, e uma espécie de réptil, pertencente à família das cobras cascavéis. A Área C, também está localizada na divisa municipal de Abadiânia e Gameleira de Goiás, foi divida em duas sub-áreas caracterizadas como: sub-área 4 - Cerrado e sub-área 5 - Floresta Ciliar. Durante as amostragens foram registradas 17 espécies de anfíbios distribuídas em seis famílias. Nenhuma espécie de réptil foi observada nesta área.

Os anfíbios registrados na sub-área C, em sua maioria, representam espécies oportunistas e parecem estar associado ao desmatamento para cultivo de soja e eucalipto no entorno da área. A área C apresentou um número maior de tipos de anfíbios maior do que as outras áreas amostradas. Este fato pode estar associado à grande disponibilidade de ambientes úmidos que se formam às margens do rio das Antas, mudança de velocidade das águas e a constante troca com formações de poças ou remansos, podendo ser observados tanto na vegetação ciliar como em nas várzeas alagáveis. A Área D está localizada no Distrito Federal e foi divida em três sub-áreas, marcadas por Campo Limpo (sub-área D6), Campo Cerrado/Campo Limpo (sub-área D7) e Floresta Ciliar (sub-

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

196

área D8). Foram registradas 14 espécies de anfíbios no total. O Cágado (Bufocephala vanderhaegei) é muito comum ao longo da Bacia dos rios Paraguai e Paraná (Brasil) e norte da Argentina e está associada a ambientes de águas correntes com formação de remansos.

Figura 172 - Indivíduo da espécie Bufocephala vanderhaegei observado em remanso de área aberta em Campo Cerrado na sub-área D7.

Resultados e Análises

Através das amostragens diretas realizadas em campo, foram registradas 35 espécies de anfíbios e cinco espécies de répteis no total entre as áreas amostradas, distribuídas em sete famílias de anfíbios e em quatro famílias de répteis. Observou-se que algumas espécies eram mais comuns entre os ambientes estudados, estando presentes em um maior número de áreas amostrais, tais como a perereca, a perereca-cabrinha, e a rã-cachorro. Elas são espécies menos exigentes e normalmente associadas a ambientes mais prejudicados, o que caracteriza um quadro de alteração ambiental ao longo da região do empreendimento que foi amostrada, com extensivo uso do solo para pastagens e cultivos diversos, com destaque para o

eucalipto, a soja e a cana-de-açúcar. Apenas 3% das espécies registradas ao longo do empreendimento foram associadas a ambientes de mata, sendo 97% das espécies relacionadas a áreas abertas. Este fato deve ser interpretado relacionando-o ao tipo de vegetação amostrada, que em sua maioria, representam áreas abertas, como, Campo Cerrado, Campo Limpo e Vereda/Cerrado. Cabe ainda lembrar o estado de conservação atual destas áreas amostradas, uma vez que apresentam-se sob a ação de atividades humanas. O único táxon registrado ao longo da região do empreendimento associado a formações fechadas, Sapinho (Odontophrynus cultripes), apresenta hábito fossorial, sendo associado à transição entre os domínios de Cerrado e Mata Atlântica.

Figura 173 - Indivíduo da espécie

Odontophrynus cultripes, registrado na sub-área D6.

No caso dos répteis, apenas quatro famílias foram amostradas, sendo: Colubridae (Cobra papa-pinto) com dois táxons representantes, Liophis miliaris (Cobra d’água) e Pseudoboa cf. nigra (Cobra papa-pinto); além de Teiidae, Ameiva ameiva (Calango verde); Viperidae (Cascavel), Crotalus

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

197

durissus (Cascavel); e Chelidae (Cágado), Bufocephala vanderhaegei (Cágado), com um táxon representante em cada. O registro de répteis é geralmente fortuito e ocasional em campo e atribuiu-se a baixa representatividade obtida, sobretudo, ao reduzido período de amostragem em cada área estabelecida devido à grande extensão do empreendimento. O registro das espécies de cobras foi realizado através de amostragens de estrada, uma vez que estes animais foram encontrados atropelados em vias de acesso das áreas amostradas, reforçando os poucos registros. Mas, é fato que a área de locação do empreendimento abriga uma fauna de répteis com riqueza muito maior do que a aqui apresentada, pela grande extensão e diversidade de ambientes envolvidos, além de estudos já realizados em áreas próximas. A reduzida amostra de lagartos evidencia este fato. A título de exemplo, através de pesquisas rápidas realizados com moradores locais, foi relatada a ocorrência de algumas espécies comuns e popularmente bem conhecidas – reduzindo a margem de erros comumente observada em procedimentos desta natureza – como o jacaré (gêneros Caiman e Paleosuchus), a caninana (Spilotes pullatus), a sucuri (Eunectes murinus), a jibóia (Boa constritus) e a cascavel (Crotalus durrisus), esta última confirmada durante as amostragens no local.

Figura 174 - Registro por atropelamento da espécie Crotalus durissus, na sub-área B3.

Figura 175 - Registro por atropelamento da espécie Liophis miliaris, na sub-área A1.

Nenhuma das espécies aqui relacionadas consta como ameaçada nas listas estaduais, na listagem oficial de espécies ameaçadas de extinção do Ministério do Meio Ambiente e na Lista Vermelha de Animais ameaçados de extinção pela IUCN, algumas apenas enquadradas como LC (Least Concern). Algumas espécies registradas na área do empreendimento podem ser destacadas por se enquadrarem em tópicos específicos constantes da IN 146/IBAMA, conforme exemplificado a seguir: - Espécies de interesse

científico/possivelmente não descritas previamente para a área estudada

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

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- Possivelmente não descritas previamente pela ciência

- Passíveis de serem utilizadas como indicadoras de qualidade ambiental

- De importância econômica e cinegética

- De interesse médico - Exóticas e/ou invasoras Aves Foram feitos dois levantamentos de dados em campo, um em janeiro de 2008 e outro em janeiro de 2009, estes para observar os tipos e a presença de espécies variadas e ameaçadas. Foram observados também os ambientes nos quais vivem estas espécies. A localização geográfica foi um item importante levado em conta. As aves foram classificadas nas seguintes categorias quanto ao modo de vida e ao ambiente que elas vivem: - AM (ameaçadas de extinção); - EN (endêmico, espécies com

ocorrência restritas a ambientes e/ou regiões);

- X (xerimbabos, estimação); - CI (cinegética, relativo a caça). Os resultados encontrados para AID e ADA do estudo do Gasoduto do Brasil Central incluíram 113 espécies de aves distribuídas em 13 ordens e 35 famílias. As espécies foram identificadas a partir da localização de seus ninhos, visualizaçãos do animais e registros sonoros. Para cada área foram encontradas diversas aves. Área A (sub-área 1) A área é constituída por uma área de mata ciliar, vegetação à margem dos

cursos d’água, e floresta. O seu entorno é completamente ocupado pelo homem, existindo um grande canavial em um de seus limites. Foram definidos dois locais para estudo, sendo, o primeiro, junto à área mais ocupada pelo homem, e o segundo na área mais preservada, limitando com um canavial. Na primeira foram identificadas 42 espécies, totalizando 119 registros de espécies. Dentre as espécies registradas, a mais abundante foi a pomba-doméstica, com 11 registros, seguida da juriti com 6 registros.Dentre estas registradas, não existem ameaçadas de extinção. Na segunda área, que abrange parte da floresta ciliar, foram identificadas 53 espécies, totalizando 153 registros.

A avoante teve 15 registros sendo o maior número dentre as outras espécies, em seguida a pomba-doméstica com 11 registros. E por último o pica-pau-de-banda-branca que teve somente 1 registro. Área B (sub-áreas 2 e 3) A área amostrada no município de Itumbiara/GO abrange uma formação de cerrado em estágio secundário contendo um curso d’água e com presença de veredas e uma área de Floresta Estacional Decidual. Ela está localizada próxima ao corpo da barragem de Itumbiara. A drenagem desta área sofreu intervenções, tendo sido construído um açude em seu curso.Nesta, foram identificadas 61 espécies de aves, totalizando 395 registros. Dentre as espécies encontradas, a mais abundante foi o papagaio-

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

199

verdadeiro com 34 registros, em seguida do tucano-toco e a juriti, com 21 registros. Área C (sub-área 4 e 5) A área amostrada situa-se na divisa dos municípios de Abadiânia e Gameleira de Goiás, tendo como limite, o rio das Antas. O ambiente é característico de cerrado. Nesta área foram identificadas 53 espécies, totalizando 184 registros. Dentre as espécies registradas, a mais abundante foi a garça-branca-grande com 17 registros. Em seguida, foi a pomba-trocal, com 10 registros. Algumas espécies registradas constituem elementos indicadores de ambientes florestais com condições de abundância de água, em condições de preservação. Área D (sub-áreas 6, 7 e 8) A área onde foi realizada a amostragem tem como característica a cobertura vegetal típica de campo limpo, recoberta por vegetação gramínea. Esses ambientes oferecem pouca condição de sobrevivência para as aves, ocorrendo poucas espécies adaptadas. Nesta área, foram amostrados 6 pontos, os quais são descritos no quadro a seguir. Nesta área, foram identificadas 4 espécies, totalizando 25 registros, conforme apresentado no quadro a seguir.

A espécie mais abundantes foi o canário-do-campo, seguido do tico-

tico-rasteiro e o suiriri, a maria-preta-de-penacho e, por fim, o sabiá-do-banhado A maria-preta-de-penacho e o tico-tico-rasteiro, são aves que vivem em ambientes campestres variados, até mesmo em pastagens, porém, as outras duas espécies, quais sejam, o canário-do-campo e o sabiá-do-banhado, são elementos típicos dos campos limpos, que é o ambiente que ocorre na sub-área, constituindo-se num campo de gramíneas. Na sub-área 7, os ambientes são, originalmente, típicos de campo cerrado. Contudo, essas formações encontram-se bastante alteradas em função de intervenção humana. Na sub-área D8, o ambiente amostrado é representado, por uma floresta ciliar estreita, que tem início, numa cabeceira de nascente, e está confinada em meio a formações campestres, sendo que uma parte delas é típica de campo limpo e parte constituída por pastagem plantada. Ela é parcialmente invadida por espécies vegetais estrangeiras. Pontualmente, situa-se bem próxima a uma sede de fazenda, sendo interceptada por uma estrada que dá acesso a essa sede. Dentre as várias espécies encontradas, somente o garrinchão-de-barriga-vermelha, é uma espécie típica de floresta ciliar do cerrado. No Distrito Federal, não foram encontradas espécies ameaçadas de extinção de acordo com as listas de espécies ameaçadas da IUCN (2008) e MMA (2008). Além das espécies encontradas nas áreas de amostragem no período de

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

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janeiro de 2009, no mesmo mês do ano anterior, foram registradas outras espécies.

O número de espécies registradas nesta área pode estar relacionado às características de Campo Limpo. Considerando os resultados obtidos, pode-se dizer que a maioria das espécies encontradas na área do empreendimento apresentam ampla distribuição no Brasil por se adequarem a ambientes extremamente amodificados pelo homem e apresentarem hábitos alimentares diversificados. As áreas estudadas apresentam registros de apenas cinco espécies consideradas ameaçadas pelas listas de espécies ameaçadas internacional, nacional e estaduais. Tais espécies estão vinculadas ao ambiente em que vivem e desta forma vêm sofrendo pressão ao longo dos anos. Mamíferos de Médio e Grande Porte e Pequenos Mamíferos não Voadores Para estudar os mamíferos da área em que o gasoduto passará, foram realizadas duas visitas a campo, nos períodos de 09 a 19 de janeiro de 2008 e 13 a 23 de janeiro de 2009. Para realização dos estudos procurou-se encontrar animais através da visualização e/ou vocalizações destes ou mesmo pela busca por rastros, cascos, peles, ossos, espinhos conforme figura a seguir.

Figura 176 - Procura por rastros de mamíferos.

Mamíferos achados atropelados ao longo da rodovia, próximos ao traçado do gasoduto também foram registrados. Para encontrar outros mamíferos foi também reproduzida a vocalização de vários tipos de macacos em toca fita para que os animais respondessem ao som artificial emitido.

Figura 177 - Realização de gravação de som em

ambiente florestal.

Foram também utilizadas as armadilhas fotográficas, que foram instaladas em árvores presentes nos ambientes estudados conforme figura a seguir.

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

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Figura 178 - Armadilha fotográfica instalada nas

áreas estudadas Além das armadilhas fotográficas foram também instaladas armadilhas convencionais, tanto no chão quanto em árvores. Nas armadilhas foram colocadas iscas com um pedaço de abacaxi e chumaço de algodão, embebido em óleo de fígado de bacalhau (Emulsão Scott).

Figura 179 - Armadilha instalada sobre galho no

ambiente de Floresta Ciliar (sub-área D8).

A cada manhã, as armadilhas eram checadas, os animais capturados eram identificados, medidos e pesados e essas informações eram anotadas. Também foram realizadas entrevistas em áreas próximas à área do gasoduto procurando saber se a população havia visto algum mamífero.

Durante o estudo foi registrado para a área de influência direta do gasoduto um total de 23 espécies de mamíferos (sem contar com morcegos). Animais como o gambá foram os mais encontrados durante o estudo. Além de 15 tipos de mamíferos de médio e grande porte. Os resultados obtidos são apresentados por estado, incluindo: SP, MG, GO e o DF. São Paulo � Área A

Sub-área 1 (Floresta Decidual) Nesta área foram encontrados 4 tipos de mamíferos, sendo eles: Quati, Cachorro do mato, Veado mateiro, Tapeti, Gambá, Mico estrela e Macaco-prego De um modo geral as espécies registradas são bem distribuídas e relativamente comuns no Brasil. Goiás � Área B

Sub-área 2 e 3 No estado de Goiás foram encontrados cinco tipos de mamíferos de pequeno porte, sendo eles: Rato-de-Árvore, Cuíca, Gambá, Tatu galinha e Gambá.

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

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Figura 180 - Cuíca

Figura 181 - Rato do mato

Figura 182 - Tatu-galinha.

� Área C

Sub área C4A (Cerrado) Na sub-área C4 foram registradas duas espécies de mamíferos – Veado Mateiro e Tamanduá bandeira, não

havendo registros de pequenos mamíferos. Das espécies registradas, o tamanduá-bandeira é considerado uma espécie ameaçada de extinção no Brasil. Sub área C5 (Floresta Ciliar) Na sub-área C5 foram encontradas cinco espécies de mamíferos dentre estas, a onça parda (ameaçada de extinção), a capivara e a paca. As outras duas são o Rato-do-mato e o Rato-da-água.

Figura 183 - Rastro de Puma concolor (onça parda), espécie ameaçada de extinção

registrada na sub-área 5.

Além dos mamíferos registrados nas Áreas B e C, foram obtidos, no estado de Goiás, registros de cinco outros mamíferos na área do empreendimento. Quatro desses registros foram obtidos através de carcaças de animais atropelados próximos ao traçado do gasoduto, sendo eles: Cachorro-do-mato; Tatu-peba, Tatu-de-rabo-mole e Tamanduá bandeira. Um registro foi obtido por visualização - veado mateiro. Destas espécies, o tamanduá- bandeira

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

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Figura 184 - Carcaça de tatu-peba encontrado

durante a procura ativa por vestígios.

consta na lista de espécies ameaçadas de extinção no Brasil.

Figura 185 - Tamanduá-bandeira. Espécie

ameaçada de extinção encontrada atropelada na área de estudo.

Em resumo, nas áreas de influência do Gasoduto em Goiás foram encontradas cinco espécies de mamíferos de pequeno e, oito espécies de médio e grande porte.

� Área D

Sub-área D6 (Campo Limpo) Na área “D” foram registradas seis espécies de mamíferos de pequeno, médio e grande porte, enquanto na sub-área “D6” não foram efetuados registros de mamíferos na campanha de amostragem, apesar de relatos de visualização do lobo-guará, cachorro do mato, preá, tamanduá bandeira e tamanduá mirim. Sub-área D7 (Campo Cerrado-Campo limpo) Na sub-área D7 foi registrada apenas uma espécie de mamífero de pequeno porte. Com relação ao grupo dos mamíferos de médio e grande porte, não houve registros neste ambiente. A espécie rato do mato, que não é uma espécie ameaçada de extinção, teve registros apenas para o Distrito Federal e Minas Gerais. O quadro a seguir apresenta a espécie de pequeno porte registradas na sub-área D7. Sub-Área D8 (Floresta Ciliar) Na sub-área D8 foram registradas cinco espécies de mamíferos, entre eles um rato-do-mato e uma cuíca-lanosa. O mico estrela foi reconhecido para a Área D, através de gravação dos sons desse animal Além dos espécimes apresentados na Área D, ainda foi encontrada –atropelada - uma espécie de mamífero de médio porte no Distrito Federal (furão).

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

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Em resumo, nas áreas de influência do Gasoduto no Distrito Federal foram encontradas três espécies de

Figura 186 - Cuíca-lanosa. Espécie de marsupial

arborícola sendo solto após captura em armadilha na sub-área D8.

Figura 187 - Furão. Espécie encontrada atropelada próximo à região de estudo.

mamíferos de pequeno e, duas espécies de médio e grande porte. Segundo as listas de espécies ameaçadas de extinção consultadas, nenhuma espécie diagnosticada para a área de influência direta do empreendimento no Distrito Federal se encontra ameaçada.

O tamanduá bandeira e o lobo guará estão presentes nas listas de espécies ameaçadas nacional e de Minas Gerais, Fundação Biodiversitas em 2007, estando ambas as espécies na categoria vulnerável nas listas consultadas. De maneira geral, o número de espécies não foi grande, sendo a área “B”, em Goiás, a mais de destacou. Assim, a maior parcela da fauna de mamíferos encontrada no traçado do gasoduto é composta por espécies comuns em várias regiões do Brasil e de forma geral, comem vários tipos de alimento, o que facilita a sobrevivência dessas espécies. Morcegos Para o levantamento de dados foi realizada uma campanha de campo para reconhecimento da área de estudo; a escolha dos pontos de amostragem; realizadas entrevistas com os moradores e trabalhadores na Área de Influência do empreendimento, além da coleta de dados primários de mamíferos voadores. As redes foram vistoriadas em intervalos de 15-30 minutos, evitando que os animais se machucassem ou danificassem as mesmas.

Figura 188 - Captura de um morcego

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Após a identificação, os animais foram soltos no local da captura, com exceção dos exemplares encaminhados para a PUC Minas. Área A No estado de São Paulo, foi selecionada uma área para ser a coleta de amostras no município de São Carlos. Nesta área foram capturados quatro indivíduos pertencentes a três espécies (morcego de cauda curta, morcego de frutas e morcego). Mesmo com o esforço de captura empregado nessa área obteve-se um baixo sucesso de captura, em virtude do excesso de chuvas. Cumpre ressaltar que nenhuma das espécies de morcegos citadas encontra-se ameaçada de extinção. O Morcego de Cauda Curta foi registrado em 24 dos 27 estados e em todas as regiões.

Figura 189 - Morcego de cauda curta

Os Morcegos de Frutas são predominantemente comedores de frutas.

Figura 190 - Morcego de Frutas

Já a terceira espécie ocorre na América Central e do Sul e no Brasil, há registros desta espécie em 21 estados.

Figura 191 - Morcego

Em Goiás, foram selecionadas quatro áreas para serem coletadas amostras, onde foram confirmadas nove espécies de morcegos no total. A lista com as espécies de morcegos capturadas por sub-área é apresentada nos quadros a seguir. Área B Na sub-área B2, no município de Itumbiara/GO, foram capturados dez indivíduos pertencentes a quatro espécies (morcego de frutas, morcego, morcego-vampiro e morcego borboleta). Na sub-área B3, também localizado no município de Itumbiara/GO, foram capturados 25 morcegos pertencentes a sete espécies (morcego de cauda curta, 2 tipos de morcegos de frutas,

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morcego de listras brancas e 3 tipos de morcego. Área C Na sub-área C4, ambiente de Cerrado, foram capturadas apenas dois indivíduos, de duas espécies (morcego de cauda curta e morcego). Oito morcegos foram capturados na sub-área C5, pertencentes a três espécies (morcego de cauda curta, morcego de frutas e morcego). Foram capturados 45 morcegos nas áreas estudadas no estado de Goiás e a relação de indivíduos por área é apresentada no quadro a seguir. Quadro 93- Número de Morcegos Capturados em cada um dos Ambientes Amostrados no

Estado de Goiás Itumbiara/GO Abadiânia/Gameleira

de Goiás/GO Espécie Área B2

Área B3

Área C4 Área C5

Morcego de cauda curta

2 1 4

Morcego de Frutas 6 18

Morcego de Frutas

1 2

Morcego de Listras brancas

1

Morcego 1 1 Morcego 1 1 2 Morcego 1 Morcego-vampiro

2

Morcego-borboleta

1

TOTAL 10 25 2 8

Figura 192 - Morcego de frutas

Figura 193 - Morcego de listras brancas

Figura 194 - Morcego

Figura 195 - Morcego

Figura 196 - Morcego-vampiro

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Figura 197 - Morcego-borboleta

Área D No Distrito Federal, foram selecionadas três áreas para serem coletadas amostras, a saber: Campo Limpo, Campo Cerrado e Floresta Ciliar. Foram capturados seis indivíduos de morcegos na área de Floresta Ciliar, sendo três da espécie morcego de frutas, dois da espécie morcego de cauda curta e um da espécie morcego.

Nas área de Campo Limpo e Campo Cerrado nenhuma espécie de morcego foi capturada. Das espécies de morcegos encontradas no Distrito Federal, nenhuma encontra-se ameaçada de extinção no Brasil. O baixo sucesso de captura pode ser associado novamente as constantes garoas que ocorreram nas noites de coletas de amostra. Durante o período de chuva os morcegos diminuem suas atividades, pois há a diminuição das suas presas. Apesar da maioria espécies de morcegos capturados serem bastante comuns e amplamente distribuídas no Brasil, são extremamente importantes, pois atuam na dispersão de várias sementes, ajudando na sucessão da vegetação em ambientes naturais.

MEIO SÓCIOECONÔMICO O diagnóstico do meio socioeconômico da Área de Influência Direta apresenta a caracterização das propriedades afetadas nos 37 municípios e nas duas regiões administrativas atravessadas pelo traçado do gasoduto. Tomando-se como premissa a característica básica do projeto e sua inserção no contexto regional e tendo-se em linha de conta a necessidade de se promover uma amostragem capaz de bem representar o conjunto de propriedades afetadas, optou-se por percorrer 25% da área a ser impactada com a implantação do gasoduto.

O desenvolvimento dos 817 km que compõem o traçado final do gasoduto se dá percorrendo 11 km do Distrito Federal, 309 km em terras de Goiás, 256 km em Minas Gerais e 241 km em terras paulistas.

Desta forma, a distribuição uniforme do esforço amostral apontaria para uma cobertura de 3 km no Distrito federal, 78 km em Goiás, 65 km em Minas Gerais e 61 km em São Paulo. No entanto, a pequena extensão no Distrito Federal, aliada a uma expectativa de se encontrar terrenos de menor porte, fez com que se aumentasse a extensão a ser coberta, optando-se por adotar uma faixa de 6 km.

Manteve-se o valor calculado para Goiás, de onde se amostrou 67km, em terras que se estendem de Santo Antônio do Descoberto a Gameleira de

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Goiás, passando por Alexânia e Abadiânia.

Já para Minas Gerais, estendeu-se a amostra por 99km, iniciando-se em Araporã e atingindo terras de Uberlândia, depois de passar por Tupaciguara.

Em São Paulo, amostrou-se apenas 35km tendo em vista a existência de enormes propriedades dedicadas ao planto de cana, assim como ser comum a prática do arrendamento das terras para as usinas. Iniciou-se a amostragem em Luiz Antônio encerrando-se em São Carlos, ponto de partida do gasoduto, tendo passado por Guatapará, Santa Lúcia e Ibaté.

A organização dos trabalhos de campo se deu através da aplicação de questionários estruturados, sendo que a seguir, são apresentados os principais resultados.

São Paulo

Se não se levar em linha de conta as grandes propriedades envolvidas no plantio de cana de açúcar, assim como os conglomerados de propriedades que se alinharam a alguma usina, no trecho pesquisado foram encontradas 15 outras propriedades, sendo que em 8 delas aplicou-se o questionário completo.

Assim projetando-se os resultados encontrados para o restante da área, estima-se que serão afetadas, no estado de São Paulo, 103 propriedades, com área média de 33,1

ha, às quais se agregarão os grandes latifúndios associados ao plantio de cana.

Tendo-se como referência as propriedades amostradas no estado de são Paulo, no trecho em exame, não existem conflitos quanto à titularidade da terra. Lado outro, 30% das propriedades não possuem luz elétrica, o que é surpreendente, tendo em vista tanto a região em estudos, quanto o grau de desenvolvimento do estado. Minas Gerais

Em Minas Gerais, no trecho em avaliação foram encontradas 39 propriedades, sendo que foram obtidos dados de 32. Na média alcançaram 205 ha cada permitindo projetar um universo de 101 propriedades afetadas no estado. Assim como em São Paulo nenhuma apresentou problemas com a titularidade sendo certo que todas aquelas pesquisadas possuíam luz elétrica.

Goiás

Em Goiás, segundo a avaliação foram encontradas 84 propriedades, sendo o um dos estados que apresentou maior densidade por quilômetro de gasoduto. Lado outro, ainda que pareça contraditório, as propriedades envolvidas foram as maior tamanho alcançando a média de 240 ha cada permitindo projetar um universo de 384 propriedades afetadas no estado.

Também aqui nenhuma apresentou problemas com a titularidade sendo

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certo que todas daquelas pesquisadas 12% não possuíam luz elétrica.

Distrito Federal

No Distrito Federal, como era de se esperar encontrou-se a maior densidade de propriedades por quilômetro de gasoduto, sendo marcadas pela pequena área média, que alcançou 34 ha. Foram encontradas 34 propriedades sendo possível aplicar o questionário em 24 delas, possibilitando projetar um universo de 62 propriedades afetadas na capital da República.

Cumpre destacar que, também dentro das expectativas, foi onde mais se anotou problemas com a titularidade, afetando 21% do total pesquisado, sendo também destaque a existência de 4% das propriedades rurais sem luz elétrica.

Quando se considera o gasoduto em seu conjunto espera-se seja afetado um universo de 650 propriedades rurais. 7 ANÁLISE INTEGRADA 7.1 CONDIÇÕES AMBIENTAIS ATUAIS A situação ambiental da AID e da AII do empreendimento apresenta um cenário atual de certa qualidade das condições de equilíbrio natural. Observa-se na AID do Gasoduto do Brasil Central, a predominância de formas onde se inserem solos de notável estabilidade mecânica, tais

como topos de chapadas, onde ocorrem LATOSSOLOS. Ao longo do trecho do gasoduto foram observadas poucas áreas com erosão. Sendo importante a tomar certos cuidados nesta área. A área estudada apresenta grande atuação do homem, restando muito pouco da cobertura vegetal original. No estado de São Paulo observa-se, especialmente uso do solo para cultivo e/ou pastagem e áreas de cultivos, onde predomina a monocultura da cana-de-açúcar seguido de áreas de pastagem. No estado de Minas Gerais, observa-se a predominância de solos preparados para cultivo e/ou pastagem, seguido de cultivos diversos e áreas de pastagem. Em Goiás e no Distrito Federal observa-se a área de maior preservação de vegetação nativa, embora assim como nos demais estados ocorra a predominância de solos preparados para cultivos e pastagem, seguida de áreas de pastagem, cerrado, solo exposto e culturas diversas. A área de inserção do gasoduto apresenta formações vegetais típicas do bioma Cerrado, ocorrendo tanto formações savânicas como formações florestais. Entre as formações savânicas se encontra o cerrado típico, cerrado ralo, campo cerrado, cerrado rupestre, campo limpo e veredas. Entre as formações florestais, registra-se a ocorrência da floresta estacional com a presença de fisionomias diversas representadas pela floresta semidecidual, floresta decidual e floresta ciliar. O traçado do Gasoduto do Brasil Central atravessa regiões com cobertura vegetal bastante reduzida estando bem fragmentada.

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Predominam as áreas de cultivo (cana, culturas anuais, café, citrus) e pastagens. Nos estados de São Paulo e Minas Gerais a flora e vegetação na AID indica que a situação é mais crítica onde as formações nativas mapeadas na AID representam 2% e 16% da área total, respectivamente. No estado de Goiás e Distrito Federal, a vegetação nativa representa cerca de 30%, ocorrendo um predomínio de formações savânicas como o cerrado, campo cerrado e campo limpo, formações estas associadas a solos inadequados, de forma geral, ao desenvolvimento de atividades agrícolas e pecuárias. Ressalta-se a relativa representatividade das veredas nos estados de Minas Gerais e Goiás, não ocorrendo no estado de São Paulo. As florestas ciliares também são um componente importante, sobretudo nos estados de São Paulo e Goiás/Distrito Federal. Em Minas Gerais, a maioria das drenagens está representada por veredas, daí a menor representatividade das florestas ciliares. As formações associadas aos cursos d’água encontram-se, de modo geral, estreitas e bem degradadas, observando-se com freqüência o desrespeito às faixas de preservação permanente ao longo de rios, córregos e veredas. Os remanescentes nativos tanto florestais quanto savânicos, de modo geral, estão sujeitos ao pisoteio do gado uma vez que as áreas de reserva não se encontram cercadas. A ocorrência de queimadas na época seca do ano é outro importante fator de degradação da vegetação nativa,

atuando sobre as formações florestais e savânicas. Em relação aos animais da área estudada, pode-se considerar que as espécies registradas, em sua maioria, estão adaptadas às condições de ambientes antropizados. Exceção se faz aos anfíbios, que conforme diagnosticado, são espécies de maior sensibilidade. Dentre os registros obtidos, foram identificadas oito espécies ameaçadas de extinção conforme as listas de espécies ameaçados internacional, federal e estaduais. Dentre estas, cinco espécies representam a avifauna e três a mastofauna, não sendo identificadas espécies ameaçadas de representantes da herpetofauna ou quirópterofauna. 7.3 CENÁRIO SEM A IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A situação ambiental futura para a AID e AI foi analisada para as situações sem a presença do empreendimento, considerando-se as tendências de evolução da situação das condicionantes ambientais. O prognóstico da situação ambiental futura sem a implantação do Gasoduto Brasil Central não sinaliza grande mudanças no quadro atual observado em relação ao meio físico. Os trechos do traçado do gasoduto mostram-se bastante antropizados, predominando as atividades de agricultura e subordinadamente, a pecuária. Grandes obras, principalmente relacionadas às rodovias, mostram-se consolidadas, sem a necessidade de grandes intervenções. Impactos ambientais decorrentes destes

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empreendimentos, tais como o aterro de cabeceiras de drenagens, a separação de cursos de água e veredas por taludes de aterro já se encontram estabelecidos. Percebe-se uma tendência de assoreamento de calhas de rios através das drenagens localizadas próximas das estradas. A expansão de fazendas poderá aumentar a pressão sobre o desmatamento de remanescentes de mata nativa. Em outra escala, o crescimento dos municípios pode levar à necessidade de materiais de construção, aumentando a exploração de cascalho e areia, em decorrência de uma maior demanda. Em relação ao meio biótico, o quadro atual observado para a AID tende a permanecer inalterado em termos de cobertura vegetal nativa com os remanescentes nativos e flora associada estando submetidos a impactos decorrentes da intensa fragmentação, além do pisoteio/pastoreio do gado, queimadas e pequenos desmatamentos. Considerando-se que a maior parte da área de estudo encontra-se modificada pela ação do homem, pode-se dizer que esta tende a manter seu atual quadro de espécies de fauna diagnosticadas, que se apresenta com baixa a média diversidade na ADA e AID do empreendimento, sem tendência de evolução da mesma. Em função da crescente conscientização e fiscalização por parte dos órgãos públicos, poderá haver uma melhoria do quadro ambiental a médio e longo prazos, sobretudo em relação à proteção de nascentes e cursos d'água.

7.4 CENÁRIO COM A IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A situação ambiental futura para a AID e AII foi analisada considerando a implantação e operação do empreendimento e a implementação das medidas e programas indicados. Na AII, as interferências do gasoduto serão praticamente inexistentes, em função das características construtivas e dimensões do empreendimento. A AID apresenta um quadro de certa qualidade ambiental, descrito anteriormente e relacionado às características do seu substrato geológico-pedológico, sua cobertura vegetal e as atividades antrópicas. Com a operação do gasoduto, alguns problemas já constatados poderão persistir, tais como o assoreamento da calha de rios pelo carreamento de sedimentos a partir das drenagens pluviais das estradas e o desmatamento para cultivo e necessidade de materiais de construção. A modificação das atividades do homem poderá desencadear o surgimento de focos erosivos, pela exposição do solo. Com relação aos recursos minerais, as principais modificações decorrentes da operação do gasoduto constam na interferência em cinco áreas de exploração de areia e argila, atualmente explorados em trechos da AID do gasoduto. Algumas nascentes serão afetadas pelo gasoduto por localizarem-se próximas ou perpendiculares ao seu eixo. Para o meio biótico a implantação do empreendimento implicará em impactos diretos sobre a cobertura

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vegetal estimando-se uma redução em áreas nativas envolvendo formações vegetais diversas que, embora relativamente pequena em termos quantitativos, torna-se relevante quando se considera o quadro ambiental da região na qual o Gasoduto do Brasil Central se insere. Haverá impactos pontuais sobre formações de elevada relevância ecológica como as veredas e as florestas ciliares, comprometendo ainda mais a condição destas áreas. Outra questão importante de ser ressaltada é o risco de ocorrência de processos erosivos e o carreamento de sedimentos para as drenagens, conforme anteriormente mencionado, o que comprometeria ainda mais as formações vegetais associadas (veredas e florestas ciliares). O risco erosivo é mais elevado nas áreas com ocorrência de formações savânicas abertas como campo cerrado e campo limpo em função da presença de cambissolos, de elevado potencial natural de erodibilidade. 7.5 SENSIBILIDADE AMBIENTAL No mapeamento da sensibilidade ambiental foram encontrada quatro áreas em que podem surgir processos erosivos mais preocupantes. Outras áreas consideradas sensíveis foram aquelas em que apresentam solo do tipo NEOSSOLOS e CAMBISSOLOS LITÓLICOS. Quanto aos cursos d’água, nas áreas de planícies observa-se possibilidade de ocorrência de enchentes e assoreamento. As áreas de veredas, de ocorrência nos vales, correspondem às áreas críticas correlacionadas à importantes áreas de drenagem, cobertura vegetal, e unidades de

conservação, necessitando de especial atenção no desenvolvimento da obra. � Estado de São Paulo

Em seu traçado inicial, o gasoduto corta a Estação Ecológica de São Carlos, assim como áreas de drenagem com predisposição à inundações e assoreamentos no rio Jacaré-Guaçu . Entre os municípios de São Carlos e Américo Brasiliense há a ocorrência de uma área prioritária de conservação de Luiz Antônio - Santa Rita, importante área ecológica para a região. Entre os municípios de Rincão e Guatapá, o eixo atravessa áreas propensas a inundações no rio Moji-Guaçu e a área prioritária das Matas de Tupaciguara, outra importante área ecológica. Nos municípios de Luiz Antônio e Cravinhos, observa-se a presença de áreas de propensão a assoreamento nos córregos. Em Ribeirão Preto o traçado ocorre próximo a Estação Ecológica de Ribeirão Preto e atravessa áreas de propensão à inundação no limite dos municípios de Ribeirão Preto e Jardinópolis, no rio Pardo. Neste segundo município, várias áreas de propensão à inundação acompanham a rede de drenagem local, assim como no município de Sales de Oliveira. No município de Orlândia o gasoduto passa muito próximo à área urbana, assim como no município de São Joaquim da Barra, onde chega a cortar a cidade e passar por áreas de propensão a inundação nas proximidades do ribeirão do Rosário.. Nos municípios de Guará e Ituverava, o eixo intercepta áreas urbanas,

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passando também por áreas de inundação em córregos locais. Em Buritizal o eixo corta o município ao norte, passando também por área de inundação. Em Aramina o eixo atravessa área urbana, e em Igarapava o gasoduto corta o Rio Grande, interceptando a maior área propensa a inundação e fazendo limite com o estado de Minas Gerais. � Estado de Minas Gerais Delta, primeiro município a ser interceptado pelo Gasoduto no estado de Minas Gerais apresenta apenas áreas de possível ocorrência de assoreamento e as áreas de possível ocorrência de enchente, em função da elevada densidade da drenagem. No município de Uberaba, o Gasoduto intercepta a Unidade de Conservação APA estadual do rio Uberaba. Esta Unidade de Conservação apresenta um número significativo de veredas, que por sua vez, são interceptadas pelo traçado do Gasoduto. São cortadas também, várias áreas de propensão a enchentes e assoreamentos, sendo a principal a planície do rio Uberaba. Já o município de Uberlândia apresenta 7 Unidades de Conservação. O Parque Municipal Mata do Carrinho, Parque Municipal do óleo, Parque Municipal Mansour, Parque Municipal Luizote de Freitas, Parque Municipal do Sabiá e o Parque Municipal Santa Luzia. Apesar de apresentar um número relevante de unidades de conservação, nenhuma delas é interceptada pelo eixo central do Gasoduto. Entretanto o eixo atravessa várias áreas propensas a inundação e assoreamento em função da grande quantidade de cursos d’água, destacando-se o Rio Uberabinha.

A Área Prioritária para Conservação identificada no decorrer do trecho de Minas Gerais é identificada com o nome de Matas de Itumbiara. Esta abrange os municípios de Uberlândia, Tupaciguara e Araporã. Nos municípios de Tupaciguara e Araporã também são identificadas áreas de possível ocorrência de assoreamento e as áreas de possível ocorrência de enchente e assoreamento, que por sua vez, em sua maioria coincidem com as áreas de veredas. No município de Araporã destaca-se o limite estadual, constituído pelo rio Paranaíba. � Goiás e Distrito Federal Em Goiás os primeiros municípios interceptados pelo Gasoduto são Itumbiara e Buriti Alegre. Nestes dois municípios são identificados duas Áreas Prioritárias Para a Conservação. Itumbiara e Santo Antônio do Descoberto. Neste trecho também são encontradas as veredas.

Os municípios de Morrinhos, Piracanjuba, Bela Vista de Goiás, Caldazinha, Bonfinópolis, Leopoldo de Bulhões, Silvânia, Gameleira de Goiás e Abadiânia são identificadas apenas veredas. Já no município de Santo Antônio do Descoberto encontra-se em sua maior parte a Área Prioritária para a Conservação, Fazenda Sucupira. Vale ressaltar que, as áreas de veredas a partir do município de Abadiânia em direção ao Distrito Federal não apresentam número significativo. Entretanto, o Distrito Federal apresenta o maior número de Unidades de Conservação, entre elas Área de Proteção do Planalto Central, interceptada pelo eixo do gasoduto, Parque Ecológico Metropolitano, Parque Ecológico Recreativo

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

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Taguatinga, Parque Ecológico Três Meninas, Parque /ecológico Guatumé, Parque Ecológico Lagoinha e Parque Ecológico das Corujas, todos na área de amortização do gasoduto. Além destas áreas sensíveis foi realizado um estudo de análise de riscos, no qual foram identificados alguns pontos que demandam uma revisão quando da elaboração do projeto básico.

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

8. AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

Impacto Ação Geradora Medida Ambiental (inclui (Planos,

Projetos e Programas) Etapa de Implementação Caráter da Medida

Classificação da Medida

Eficácia da

Medida

Expectativas e incertezas geradas pela perspectiva do empreendimento

A simples manifestação do interesse em implantar o empreendimento gera, em sua área de influência um conjunto de expectativas e incertezas, tanto na população potencialmente afetada, quanto nos agentes encarregados da condução da coisa pública.

Programa de Comunicação Social Planejamento Preventivo Mitigadora Alta

Desencadeamento, intensificação ou reativação de processos erosivos

Abertura de acessos para a faixa de servidão, os serviços de terraplanagem e drenagem; manutenção do duto.

Programa de Orientações ao Empreiteiro e Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

Implantação/operação Preventivo/Corretivo Mitigadora / Minimizadora Alta

Instabilidade de rochas e do Manto de alteração

Obras de engenharia que envolvem desde a abertura de acessos permanentes e temporários, até a instalação de infra-estrutura e abertura

Programa de Orientações ao Empreiteiro e o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).

Implantação Preventivo/Corretivo Mitigadora / Minimizadora

Alta

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

Impacto Ação Geradora Medida Ambiental (inclui (Planos,

Projetos e Programas) Etapa de Implementação Caráter da Medida

Classificação da Medida

Eficácia da

Medida de valas para desfile da tubulação do gasoduto.

Alteração da qualidade das águas superficiais Limpeza de terreno

Programa de Orientações ao Empreiteiro e o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).

Implantação Preventivo/Corretivo Mitigadora / Minimizadora Alta

Descaracterização da paisagem e alteração das formas de relevo

Instalação dos Pontos de Entrega, Estações de Medição, canteiros de obras e cruzamentos especiais e eventual abertura de acessos.

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

Implantação/operação Preventivo/Corretivo Mitigadora / Minimizadora

Média

Supressão de recursos minerais

Interferências do trajeto do gasoduto em áreas de interesse minerário

Programa de Negociação e Programa de Comunicação Social

Implantação Preventivo/Corretivo Mitigadora / Minimizadora

Alta

Redução de Populações Vegetais

Construção do empreendimento

Programas de Gestão Ambiental, Orientação ao Empreiteiro, Recuperação de Áreas Degradadas, Controle de Processos Erosivos, Programa de Supressão de Vegetação e o Programa de Educação Ambiental

Implantação Preventivo/Corretivo Mitigadora / Minimizadora

Alta

Perda de Indivíduos de Espécies Vegetais Ameaçadas de Extinção

Construção do empreendimento

Programas de Gestão Ambiental, Orientação ao Empreiteiro, Recuperação de Áreas Degradadas, Programa de Supressão de Vegetação e o Programa de Ambiental

Implantação Preventivo/Corretivo Mitigadora / Minimizadora

Média

Page 219: Relatorio de Impacto Ambiental

Estudo de Impacto Ambiental – EIA

Impacto Ação Geradora Medida Ambiental (inclui (Planos,

Projetos e Programas) Etapa de Implementação Caráter da Medida

Classificação da Medida

Eficácia da

Medida

Redução de Cobertura Vegetal Nativa

Construção do empreendimento

Programas de Gestão Ambiental, Orientações ao Empreiteiro, Recuperação de Áreas Degradadas, Programa de Supressão de Vegetação e o Programa de Educação Ambiental

Implantação Preventivo/Corretivo Mitigadora / Minimizadora

Média

Aumento do Efeito de Borda nos Remanescentes Florestais

Limpeza da faixa de domínio e implantação de vegetação herbácea como recobrimento do solo.

Programas de Gestão Ambiental, Orientações ao Empreiteiro, Recuperação de Áreas Degradadas e o Programa de Supressão de Vegetação

Implantação Preventivo/Corretivo Mitigadora / Minimizadora Média

Comprometimento de Veredas

Escavação, limpeza da faixa de domínio e implantação de vegetação herbácea como recobrimento do solo.

Programa de Monitoramento de Impactos sobre as Veredas, Gestão Ambiental, Orientações aos Empreiteiros, Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.

Implantação Preventivo/Corretivo Mitigadora / Minimizadora Média

Perda de habitats para a fauna em função da supressão de ambientes naturais (florestais, campestres e úmidos)

Atividades de Sondagem, topografia, implantação de canteiros de obras, movimentação de máquinas e veículos, movimentação de grande contingente de trabalhadores, desmatamento, destocamento e limpeza da faixa de domínio

Programa de investigação e monitoramento das populações de Proceratoprhys sp. Programa de consolidação do diagnóstico e do conhecimento científico e Programa de Acompanhamento da Fauna

Planejamento, Implantação e Operação

Preventivo/Corretivo Mitigadora / Minimizadora

Média

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

Impacto Ação Geradora Medida Ambiental (inclui (Planos,

Projetos e Programas) Etapa de Implementação Caráter da Medida

Classificação da Medida

Eficácia da

Medida

Aumento do índice de atropelamento de indivíduos de espécies faunísticas nas vias de tráfego/dispersão forçada e incremento de atividades predatórias

Atividades de Sondagem, topografia, implantação de canteiros de obras, movimentação de máquinas e veículos, movimentação de grande contingente de trabalhadores, desmatamento, destocamento e limpeza da faixa de domínio

Programa de Educação Ambiental Programa de Sinalização Programa de Orientações ao Empreiteiro Programa de Acompanhamento da Fauna

Implantação e Operação Preventivo Mitigadora

Alta

Formação de ambientes propícios ao desenvolvimento de insetos vetores

Implantação de canteiros de obras.

Programa de Orientações ao Empreiteiro

Implantação Preventivo Mitigadora / Minimizadora

Alta

Aumento da Domiciliação de Insetos Vetores

Supressão de vegetação e modificação do ambiente físico.

Programa de Orientações ao Empreiteiro e Programa de Educação Ambiental.

Implantação Preventivo Mitigadora / Minimizadora

Média

Disseminação de Doenças Transmitidas por Dípteros

Importação de mão-de-obra

Programa de Orientações ao Empreiteiro. Implantação Preventivo

Mitigadora / Minimizadora Alta

Descaracterização, supressão e inviabilização de solos com capacidade de uso com cultivos e pastagem

Terraplanagem Programa de Negociação Implantação Preventivo/corretivo Mitigadora / Minimizadora

Alta

Aumento da demanda por serviços sociais básicos

Afluxo de pessoas empregadas na obra ou procurando emprego na obra.

Programa de Saúde e Programa de Orientações ao Empreiteiro.

Implantação Preventivo/corretivo Mitigadora / Minimizadora

Alta

Potencial Aumento de Doenças Sexualmente

Afluxo de pessoas empregadas na obra

Programa de Saúde e Programa de Orientações

Implantação Preventivo/corretivo Mitigadora / Minimizadora

Alta

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA

Impacto Ação Geradora Medida Ambiental (inclui (Planos,

Projetos e Programas) Etapa de Implementação Caráter da Medida

Classificação da Medida

Eficácia da

Medida Transmissíveis ou procurando

emprego na obra ao Empreiteiro

Geração de Emprego e Renda

Implantação do empreendimento e contratação de mão-de-obra local.

- Implantação - Mitigadora / Minimizadora

-

Etapa: Instalação, Operação e Desativação Caráter: Preventivo/Corretivo Classificação: Compensatória/Mitigadora/Minimizadora/Maximizadora Eficácia: Alta/Média/Baixa

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9 MEDIDAS AMBIENTAIS MEIO FÍSICO Programa de Contenção de Processos Erosivos O presente programa se justifica visto que os impactos prováveis causados pela implantação do gasoduto indicam a necessidade de adoção de procedimentos de controle focados na estabilização e acompanhamento do comportamento dos terrenos. Este Programa possui como objetivo a definição de procedimentos para controlar o comportamento do solo em sua camada superficial, especificamente no que trata dos processos de erosão e desgaste do solo provocados pela implantação do empreendimento. O programa deverá ser desenvolvido durante todo período de implementação e operação do empreendimento. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas As medidas de recuperação de áreas degradadas após a implantação de um empreendimento são de extrema importância, uma vez que facilitam a retomada das condições originais do meio ambiente e evitam a destruição do solo que pode afetar, inclusive, os cursos d’água. Manter a qualidade ambiental na área de Influência Direta do Gasoduto a fim de se recuperar as áreas afetadas, preservar as instalações do mesmo e garantir um funcionamento adequado dos dutos de transporte de gás.

O programa deverá ter início imediatamente quando do início das obras de implantação do gasoduto. Projeto de Retirada de Vegetação A retirada de vegetação nativa dos locais de implantação do empreendimento é um dos principais causadores de impactos sobre a flora e fauna locais, no entanto, trata-se de tarefa indispensável para a implantação das estruturas físicas do Gasoduto do Brasil Central. Sendo assim, essas atividades deverão se restringir ao mínimo necessário para implantação das estruturas e acessos. Por meio deste programa, pretende-se diminuir os impactos gerados pela retirada de vegetação à flora e à fauna. O programa deverá ser realizado nas etapas de Planejamento e implantação do empreendimento. MEIO BIÓTICO Programa de Investigação e Monitoramento das populações de sapinho boi Considerando o fato de que no presente estudo ambiental, a partir das campanhas de campo, foi registrada a presença do sapinho boi em três das oito sub-áreas em que foram coletadas as amostras, e que este gênero é ainda pouco estudado, torna-se necessário a execução de um Programa de investigação e monitoramento de suas populações. Realizar uma caracterização mais detalhada das espécies presentes na região.

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O programa deverá ser iniciado após a obtenção da Licença Prévia do empreendimento. Programa de Monitoramento de Veredas Diversas trechos de veredas serão interceptados pelo gasoduto ao longo de seu trajeto. Dessa forma, faz-se necessário monitorar essas regiões para minimizar os impactos provocados pela instalação do empreendimento. Avaliar os prováveis impactos que ocorrerão sobre a vegetação das veredas em função da implantação do gasoduto. As ações deverão ser implantadas ainda na fase de planejamento, devendo o monitoramento se desenvolver durante a etapa de construção e operação do gasoduto. MEIO SOCIOECONÔMICO Programa de Ações junto à Comunidade e ao Poder Público Municipal A implantação do Gasoduto do Brasil Central significará uma nova realidade para os municípios que compõem a Área de Influência Indireta - AII. Nos levantamentos de campo, verificou-se uma expectativa de que as obras do gasoduto trarão benefícios a estes municípios, principalmente com relação à geração de empregos. Também se deve levar em consideração que haverá contatos entre a população da obra, empreiteira, empresas prestadoras de serviço e a comunidade dos municípios da AII. Dessa forma, percebe-se a

necessidade de monitorar e prevenir problemas em algumas áreas. O objetivo fundamental destas ações é buscar uma relação saudável entre a comunidade e o Poder Público dos municípios da AII. As ações que compõem o cronograma deste programa, já foram iniciadas, iniciando-se assim, o diálogo entre o empreendedor e o poder público municipal. O programa deverá ser realizado nas etapas de Planejamento e implantação do empreendimento. Programa de Monitoramento Socioeconômico O programa apresentado visa o monitoramento da qualidade ambiental da área de inserção do empreendimento, face aos efeitos a serem provocados pelo mesmo. Dessa forma, o monitoramento proposto deverá ser o instrumento capaz de subsidiar tanto o Empreendedor quanto o Poder Público dos municípios da AII. Através do acompanhamento das mudanças no comportamento das demandas aos serviços sociais básicos, na renda e no emprego locais, e das possibilidades de ocorrências de conflitos com as comunidades locais, será possível evitar repercussões negativas e potencializar os efeitos positivos. O monitoramento proposto tem por objetivo captar antecipadamente as possíveis transformações a serem provocadas pela implantação do Gasoduto do Brasil Central, para efetivar as correções de percurso que se fizerem necessárias.

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O programa deverá ser realizado nas etapas de Planejamento e implantação do empreendimento. Programa de Prospecção e Resgate Arqueológico Não há como minimizar a destruição de vestígios deixados por civilizações antigas quando da implantação de um empreendimento. As informações perdidas seriam insubstituíveis. No caso da arqueologia, o programa de proteção constitui na prevenção e resgate dos vestígios antes que sejam destruídos. Como foi dito anteriormente, por serem informações insubstituíveis se perdidas, os vestígios deixados por gerações antigas e pré-históricas devem ser encontrados, definidos e, numa segunda etapa, protegidos. Verificar a existência, os tipos e as regiões onde se encontram estes vestígios, estudá-los e preservá-los. Etapa 1 O Programa de identificação dos vestígios deverá ser executado durante a fase de obtenção da Licença de Instalação (LI) e o Programa de Resgate Arqueológico antes da instalação do gasoduto. As duas etapas acima são obrigatórias, dependendo de autorização do IPHAN para serem executadas. Etapa 2 Este Programa deverá ser elaborado após o término da Etapa 1, quando se terão informações para definir quais as regiões que deverão ser submetidas a um trabalho mais detalhado.

Os trabalhos de salvamento serão realizados segundo dois procedimentos: - Para os vestígios que já estiverem

totalmente descaracterizados, serão realizadas coletas aleatórias, respeitando-se as áreas de distribuição dos mesmos.

- No caso de ser encontrado alguma região cujos vestígios estejam total ou parcialmente reservados, deverão ser realizadas escavações para a obtenção de informações sobre o padrão de assentamento e a distribuição espacial dos vestígios.

Programa de Negociação Uma das questões que mais se destacam na implantação de empreendimentos de grande porte diz respeito à interferência em faixas de terra já ocupadas. Tal impacto remete à necessidade de se formular uma proposta de negociação para a indenização pela restrição do uso das terras das terras por parte do empreendedor. A liberação e desocupação de terras, mediante o pagamento de uma justa indenização aos proprietários, de acordo com a legislação vigente, constitui parte essencial das ações para implementação do empreendimento. O objetivo do presente Programa é apresentar as ações que o Empreendedor deverá realizar, com a finalidade de adquirir o direito de usos das terras destinadas à implantação do Gasoduto do Brasil Central, considerando também as benfeitorias, quando atingidas, os usos do solo presentes em cada propriedade e os acessos a serem afetados.

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O programa deverá ser realizado nas etapas de Planejamento e implantação do empreendimento. Programa de Saúde Mesmo que a probabilidade de ocorrerem alterações no quadro geral de saúde nas localidades onde ocorrerá a implantação e operação do Gasoduto do Brasil Central seja pequena, faz-se necessário o desenvolvimento de um programa com ações preventivas e de controle que garantam a minimização dos possíveis danos. A chegada representativa de trabalhadores de fora, implica um risco de introdução ou reintrodução de doenças, hoje erradicadas, e de instalação e/ou agravamento de focos de doenças transmissíveis. Constitui objetivo geral deste programa a elaboração de ações preventivas e de controle, que minimizem o risco de introdução de novas doenças na região, bem como o agravamento daquelas que se encontram sob controle. O programa de saúde deverá ser realizado na fase de implementação e operação do empreendimento. Programa de Recomendações Ambientais para Empreiteiras Deverão ser executadas algumas ações pelo Empreiteiro para completar medidas minimizadoras dos impactos referentes à implantação do Gasoduto do Brasil Central. Os procedimentos visam o gerenciamento das obras e a supervisão dos projetos afim de que sejam tomados os devidos cuidados

relativos à preservação e manutenção da qualidade ambiental local, além daquelas impostas pela legislação trabalhista que recai sobre empresas de construção civil, ou seja, uma série de condutas normativas relacionadas à segurança e à saúde dos trabalhadores. O programa tem como objetivo básico orientar os procedimentos gerais a serem adotados pelas empreiteiras durante o período de obras a fim de reduzir os impactos negativos que poderão advir com a implantação do empreendimento. As ações deverão ser implementadas desde o início da contratação da mão-de-obra, tendo continuidade durante toda a fase de construção. Serão finalizadas com a desmobilização do canteiro de obras e com a recomposição dos terrenos. Programa de Sinalização e Ações Preventivas de Acidentes O processo de implantação do Gasoduto do Brasil Central irá requerer a instalação de canteiros de obras, com área destinada à guarda de máquinas e equipamentos, oficinas de reparo e manutenção, áreas administrativas e um alojamento, onde ficará alocada grande parte da mão-de-obra. Dessa forma, percebe-se a necessidade do desenvolvimento de um Programa de Sinalização e de Ações Preventivas de Acidentes, com vistas a minimizar os impactos do empreendimento e adequá-lo às normas de trânsito existentes. O Programa tem por objetivo implantar medidas de segurança com

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relação ao trânsito de veículos na área de interferência do projeto. O programa deverá ser realizado nas etapas de Planejamento e implantação do empreendimento. Programa de Comunicação Social Com relação aos meios sociais e econômicos, esta proposição encontra no Programa de Comunicação Social um de seus instrumentos mais eficazes, uma vez que este tem o objetivo de informar à população envolvida sobre as ações que afetarão seu cotidiano, permitindo o acompanhamento das diversas etapas do empreendimento a ser implantado, além de registrar e juntar ao projeto os anseios e preocupações da comunidade. Os objetivos básicos desse programa são:

- Evitar inquietações e desinformações das populações e instituições envolvidas na implantação do empreendimento, comunidades e poder público dos municípios que compõem a Área de Influência Indireta – AII do projeto;

- Repassar aos interessados as informações a respeito das ações que irão minimizar os impactos gerados pelo gasoduto;

- Desenvolver ações que no decorrer da instalação do empreendimento se farão necessárias para extinguir ou minimizar impactos negativos ao mesmo e ao público, como: campanhas de esclarecimento ambiental dos trabalhadores na construção civil; envolvimento

das empresas contratadas nos compromissos ambientais, entre outras;

- Sugerir ações complementares com o objetivo de evitar e diminuir o confronto de interesses conflitantes no decorrer da implantação do empreendimento.

Populações e instituições envolvidas na implantação do empreendimento, comunidades e poder público dos municípios que compõem a Área de Influência Indireta – AII do projeto.

PROGRAMA DE CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE FAUNA

Para atender às solicitações estabelecidas na Instrução Normativa 146, de 10 de janeiro de 2007, do IBAMA, além do especificado no Termo de Referência do EIA/RIMA do Gasoduto do Brasil Central, deverão ser complementados os diagnósticos sobre os animais, incluindo estudos de mamíferos – pequenos, médios e grandes mamíferos (incluindo morcegos), anfíbios, aves e insetos – vetores de doenças, de forma a contemplar o quesito sazonalidade, uma campanha no período seco complementando o estudo já realizado no período chuvoso. Além de se obter informações mais completas sobre a área estudada, os resultados obtidos poderão integrar os bancos de informações sobre os diversos grupos de animais no Brasil. Os estudos complementares deverão ser realizados nas áreas de

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amostragem anteriormente definidas e inicialmente estudadas. A equipe técnica deverá incluir biólogos e equipe de apoio técnico de campo, como mateiros e estagiários.

10 CONCLUSÃO Tratou-se nestes estudos ambientais de se examinar os efeitos de uma atividade transformadora do meio ambiente, cujo objetivo é o transporte de gás natural, constituindo-se, hoje, em um dos elementos básicos do desenvolvimento, principalmente quando se analisa a conveniência de se promover uma profunda alteração na matriz energética brasileira. Deve ser destacado que a posição do Gasoduto Brasil Central assume importância estratégica, em especial quando se pensa, em um futuro de integração na malha de dutos que se desenha no país. Com o objetivo de conhecer em detalhe o panorama de inserção do futuro empreendimento em sua região de influência, foram produzidos os Relatórios Temáticos desenvolvidos por vários especialistas. Os resultados obtidos foram conclusivos e capazes de induzir o processo de integração necessário à elaboração de um diagnóstico ambiental aprofundado, um prognóstico detalhado e uma valoração global de impactos que atenderam à legislação ambiental em vigor. Cumpre relevar tratar-se a área objeto de estudos de uma região profundamente antropizada.

Inserida em uma das mais ricas regiões brasileiras, a área onde se desenvolve o gasoduto é uma das portas por onde se iniciou a formação do Brasil colônia e, desta forma, desde o início da interiorização do desenvolvimento brasileiro emprega seus recursos naturais de forma intensa. Por esta razão, não existem remanescentes florestais mais expressivos. Lado outro, aqueles que ainda remanescem assumem importância ímpar, exatamente pela escassez. A avaliação integrada conduzida anteriormente aponta para um conjunto de impactos que, quando cotejados com a magnitude do empreendimento, são absolutamente razoáveis, o que se depreende facilmente da avaliação de impactos empreendida. De igual forma o conjunto de programas ambientais que resultou da avaliação dos impactos mostra que, em seu conjunto, são todos plenamente mitigados com a execução dos programas ali apontados. A análise de risco empreendida aponta para o fato de que o maior risco implicado ser ainda menor do que o valor tomado como negligenciado. Por fim, a avaliação dos pontos notáveis sugere ser possível, com pequenos deslocamentos no traçado e caminhamento do gasoduto, promover-se uma grande melhoria no comportamento ambiental do mesmo, reduzindo-se, e muito, os impactos decorrentes de sua implantação, o que se assume deverá o empreendedor fazer quando da solicitação da LI.

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Finalizando, pode-se afirmar que, ocorrendo a implementação de todas as medidas de prevenção, mitigação e compensação dos impactos ambientais identificados, dentro do contexto de qualidade ambiental que hoje prevalece na área de inserção do Gasoduto do Brasil Central, em associação à sua viabilidade econômica e tecnológica, o empreendimento é ambientalmente viável.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Estudo de Impacto Ambiental do Gasoduto do Brasil Central.