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COLÉGIO ESTADUAL “DR. CHAFIC CURY.” - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO E NORMAL . PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 1

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COLÉGIO ESTADUAL “DR. CHAFIC CURY.” - ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO E NORMAL .

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

RIO AZUL2013

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 03INTRODUÇÃO 04OBJETIVOS GERAIS 05MARCO SITUACIONAL 07MARCO CONCEITUAL 08REGIME ESCOLAR 15MARCO OPERACIONAL 32PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA 53PROJETOS A SEREM DESENVOLVIDOS 56REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 57PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL 58MATRIZ CURRICULAR 145PROPOSTA PEDAGÓGICA EJA 151OBJETIVOS DA EJA 149FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS 156INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS 158MATRIZ CURRICULAR 159CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

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AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO 162REGIME ESCOLAR 164RECURSOS HUMANOS 168REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS 177PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO 178PROPOSTAS CURRICULARES EJA 185PROPOSTAS CURRICULARES DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES

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1- APRESENTAÇÃO

A construção do projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual “Dr. Chafic Cury” Ensino Fundamental e Médio e Normal que se localiza no município de Rio Azul, teve como ponto de partida o diagnóstico da realidade , leitura e discussão feita pelos professores, funcionários e equipe pedagógica da escola, sobre os fundamentos da educação e as linhas pedagógicas que definem as metas do ensino do nosso Estado.

A necessidade de um Projeto Político Pedagógico na escola antecede a qualquer decisão política, ou exigência legal, já que enquanto educadores e membros da instituição escolar, devemos ter claro a que horizonte pretendemos chegar com os nossos alunos, com a comunidade e com a sociedade, caso contrário não estaremos exercendo o nosso papel de educadores.

O Projeto Político Pedagógico é um processo participativo de decisões, o qual deve explicitar princípios baseados na autonomia da escola e conter opções explícitas na direção da superação de problemas. É um documento que não se reduz à dimensão pedagógica, muito menos ao conjunto de projetos e planos isolados de cada professor em sua sala de aula.

Atendendo a convocação da Lei nº 9.394/96, o projeto oferece a possibilidade de múltiplos arranjos, institucionais e curriculares inovadores para que possa suprir as dificuldades que a instituição enfrenta, como, excesso de alunos por sala de aula, desinteresse dos alunos pela escola, evasão e repetência.

O Projeto Político Pedagógico tem como objetivo propor que todos possam se integrar no processo de aprender. É importante observar que nem todas as pessoas tem os mesmos interesses e habilidades, nem aprendem da mesma maneira, isso exigirá uma atenção especial da equipe escolar, desta forma irá garantir a democratização do acesso ao saber para maioria da população e a sua permanência no sistema escolar.

Pretende-se que o Projeto Político Pedagógico norteie a ação educativa escolar, sendo que ele explicita os fundamentos teórico-metodológicos, os objetivos, o tipo de organização e os modos de implementação e avaliação da escola. As modificações requeridas são produtos de um processo de discussão, avaliação e ajustes do projeto, uma vez que ao dar uma nova identidade à escola, deve atentar para a questão da qualidade de ensino nas suas dimensões técnica e política. Lembramos também que o projeto é passível de análise e discussões constantes e permite modificações a cada nova situação surgida.

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2- INTRODUÇÃO

2.1. Identificação da Escola:

O Colégio Estadual “Dr. Chafic Cury”, Município de Rio Azul, rede pública estadual, mantida pelo governo do Estado do Paraná, autorizada funcionar pela Resolução 2243, D.O.E. de 20/04/81 e oferta Ensino Fundamental na modalidade regular de 6º ao 9° ano, regimentada através da Resolução n° 7/2010-CNE/CEB e Parecer nº 28/2003, do NRE de Irati, e Educação de Jovens, Adultos e Idosos nas modalidades Fundamental e Médio e em 2013 inplantou-se o Curso de formação de Docentes.

O Colégio Estadual “Dr. Chafic Cury”- Ensino Fundamental, Médio e Normal, está localizado na Rua Zacharias Burko, S/N, na cidade de Rio Azul, a 35 km do NRE de Irati, foi criado pelo Decreto nº 3.976, de 27 maio de 1959 no Governo de Moyses Lupion, com a denominação de Ginásio Estadual “Dr. Chafic Cury”, em homenagem ao deputado da época, filho do município tendo seu início de funcionamento em 26 de fevereiro de 1960.

Funcionou no prédio do Grupo Escolar “Dr. Afonso Alves de Camargo” de 1960 a 1967, quando passou a usar o prédio próprio, inaugurado em 14 de Julho de 1968.

A partir de então, passou a funcionar no mesmo prédio o Colégio Comercial Estadual de Rio Azul, no período noturno até 1980.

A coordenação dos trabalhos de organização documental e de instalação do Ginásio Estadual “Dr. Chafic Cury”, esteve a cargo da professora Ivete Padilha Estival, que atuou como diretora, desde 26/02/1960 até 16/08/1983, tendo como Inspetor Federal designado para elaboração do processo de instalação o Senhor Padre João Camargo. Em 20 de abril de 1981, pela Resolução nº 2.243/80, o então Ginásio Estadual “Dr.Chafic Cury”- passou a denominar-se Escola Estadual “Dr. Chafic Cury”- Ensino de 1º Grau e a partir de 11 de setembro de 1998, cumprindo Resolução Secretarial nº 3.120/98, a escola passou a denominar-se Escola Estadual “Dr. Chafic Cury”- Ensino Fundamental.

Em 03 de maio de 2011, através da resolução n° 1761/11, e parecer n° 217/11-CEB a então Escola Estadual “Dr. Chafic Cury”, passou a denominar-se “Colégio Estadual Dr. Chafic Cury”- Ensino Fundamental e Médio. Por motivo de autorização de funcionamento do Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, presencial, da modalidade Educação de Jovens e Adultos – EJA, em anexo.

Com a Implantação do curso de Formação de Docentes em 2013, passou a denominar-se Colégio Estadual “Dr. Chafic Cury” Ensino Fundamental Médio e Normal.

2.2. Organização do Espaço Físico:

- 10 Salas de aula em funcionamento regular, com ocupação em excesso da média, com carteiras em bom estado, ventilação e iluminação boa, equipadas com TVs multimídias e ventiladores.

- 1 Sala de biblioteca, com mesas e bancos disponíveis aos alunos;- 1 Sala de secretaria;- 1 Sala de Direção;- 1 Sala para Equipe Pedagógica;- 1 Sala para Professores;- Sanitários masculino, feminino e para funcionários;- 1 Cozinha pequena, adaptada, mal ventilada, sem sala de merenda;- 1 Almoxarifado;- 1 Sala de Recursos;

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- 1 Sala de Apoio- 1 Pavilhão coberto medindo 200 m2;- 1 Quadra de esportes polivalente, c/alambrado, sem cobertura,

iluminada c/ 1.200 m2.- 1 Quadra de esportes polivalente, iluminada, com cobertura, c/ 580

m2;- 2 Quadras de areia, iluminadas, c/220m2;- 1 Pista de saltos;- 1 Pista de atletismo;- 1 Gruta;- 1 Jardim c/bosque c/5.000m2;- 1 Pátio c/5.000m2;- 1 Vestiário c/50m2;- 1 Laboratório de Informática;- Área total construída 1.750m2;

2.3. Oferta de Curso:

O Colégio Estadual "Dr. Chafic Cury". - Ensino Fundamental Médio e Normal, oferta curso fundamental regular de 6° ao 9° ano, nos três turnos, EJA Fundamental e Médio e Curso de Formação de Docentes no período noturno.

3- OBJETIVOS GERAIS:

- Efetivar o processo de apropriação do conhecimento, respeitando os dispositivos constitucionais, Federal e estadual, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBN nº 9.394/96/96, e o Estatuto da Criança e adolescente – ECA, Lei nº 8.069/90;

- Oportunizar a elaboração do Projeto Político Pedagógico a toda a comunidade escolar conforme parecer 014/99;

- Garantir as normas para o sistema de Avaliação do Aproveitamento escolar, Recuperação de estudos e promoção de alunos do estabelecimento através da Deliberação 07/99;

- Oportunizar o ingresso de alunos e posicionamento dos mesmos em anos adequados através de matrícula, aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação conforme Deliberação 009/01;

- Desenvolver capacidades e conhecimentos dos alunos a partir de um pressuposto do seu meio e de sua realidade, onde o professor age como um orientador ou um ponto de partida;

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- Priorizar na conscientização do aluno a importância de sua permanência na escola onde ele possa fazer da mesma um ambiente salutar, de lazer, social e valorizar as atividades do dia-a-dia como um caminho para o desenvolvimento de sua cultura;

- Incentivar e motivar os professores a interagir com a realidade dos alunos, dentro e fora da escola;

- Proporcionar um ensino de qualidade, capaz de formar cidadãos que interfiram criticamente na realidade para transformá-la;

- Levar em consideração a realidade e a individualidade de cada um para a aquisição do conhecimento, respeitando as diferenças individuais conforme deliberação 02/03;

- Valorizar os estudos para o futuro do aluno;

- Formar um ser pensante, crítico, consciente de seu papel na sociedade, transformador e instrumentalizador para aquisição dos conhecimentos;

- Despertar a comunidade para a importância da ação conjunta na solução dos problemas que afetam a escola;

- Unir esforços para que o clima escolar seja favorável ao equilíbrio físico, mental e social do aluno, tendo em vista a sua produtividade e realização;

- Colaborar para um melhor ajustamento do educando na família, na escola e na comunidade;

- Educar a criança, o adolescente, o jovem ou adulto para a vida social;

- Criar situações de ensino aprendizagem adequadas às necessidades educacionais de Jovens e Adultos (EJA), realizando sua função reparadora, equalizadora e permanente, conforme o determinado no Parecer 011/00-CEB/CNE e Parecer n° 217/11-CEB.

- Conscientizar os docente e discentes, de acordo com o Regimento Escolar à reflexão e estudo sobre as práticas pedagógicas escolares, de modo que os que atuam na escola participem de maneira democrática e construtiva, seguindo as instruções do Regimento Escolar;

- Estabelecer diretrizes e critérios relativos a organização, funcionamento e articulação com a comunidade escolar, de forma compatível com as orientações do contexto escolar responsabilizando-se social e coletivamente conforme deliberação 016/99 ;

- Incentivar as práticas do Regimento Escolar, envolvendo a consciência coletiva.

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- Contemplar a qualidade de ensino, almejando perspectivas próprias para a formação do jovem, para o professor de amanhã , tornando-o apto e crítico diante das problemáticas em que está inserido;

- Oportunizar o jovem a atuar no magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, reforçando a valorização da educação geral como pressuposto necessário para profissionais competentes e adequados aos novos paradigmas. Oferecendo aos alunos uma formação completa, dentro dos valores éticos e que permita uma visão mais objetiva dos problemas atuais no mundo moderno.

4- MARCO SITUACIONAL:

A Declaração Mundial sobre a educação para todos destaca em um de seus artigos que toda a pessoa – criança adolescente ou adulta – deve poder se beneficiar de uma formação concebida para responder às suas necessidades educativas fundamentais. Estas compreendem tanto os instrumentos de aprendizagem essenciais como conteúdos educativos, dos quais o ser humano tem necessidade para viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de sua existência, tomar decisões de forma esclarecida e continuar a aprender.

A educação no Brasil está na pauta das discussões, nas universidades, nas secretarias de educação, nas escolas, nas instituições de estudos e pesquisas, nas organizações não governamentais, nas associações e nos sindicatos, na mídia, educadores e profissionais de outras áreas, debatem os problemas educacionais e apontam novas perspectivas para a educação brasileira.

A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade.O Paraná vem passando por importantes mudanças demográficas, aonde a população

rural vem diminuindo e acrescendo a urbana. Isso tem ocasionado problemas relativos a espaço físico entre outros, na escola pública, a qual acabou decaindo em qualidade. Qualidade esta que estamos freqüentemente buscando, através de uma prática reflexiva na construção de propostas pedagógicas nos diferentes níveis e modalidades de ensino, através de várias concepções e propostas diferenciadas preparando-se para o desafio de definições curriculares da formação do aluno.

A concepção adotada é de que a proposta é uma produção social construída por pessoas que vivem em determinados contextos históricos e sociais; portanto essa produção deve se dar num fazer e pensar articulado enfatizando o aspecto coletivo de todo esse processo, almejando o crescimento individual e o coletivo que resultam da troca e da reflexão sobre as experiências e conhecimentos acumulados por todos e por cada um.

A proposta curricular do estado do Paraná terá, a partir dessa discussão, a base disciplinar, ou seja, a ênfase é nos conteúdos científicos, nos saberes escolares das disciplinas que compõem a grade curricular. A palavra de ordem é a luta pela democratização, escola de qualidade.

Rio Azul é um município que sobrevive essencialmente da agricultura, com destaque para a fumicultura. Com importante contribuição da indústria, comércio e prestação de serviços para a formação de sua economia, ele se desenvolve. A população rural é maior que a urbana havendo necessidade de transporte escolar. É uma sociedade trabalhadora, alegre,

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otimista, porém desigual economicamente. Na busca pela excelência em educação, está próxima da erradicação do analfabetismo em seu território.

O Colégio Estadual “Dr. Chafic Cury.” – Ensino Fundamental e Médio atende alunos de 6° ao 9° ano em 3 turnos com um total de 674 alunos e na EJA 70 alunos, 64 professores, 06 administrativos, 09 serviços gerais, 3 membros da equipe técnica pedagógica; 10 salas de aula, contando com TV, porém este espaço físico é deficitário em salas de aula e outros setores para atender a demanda de alunos, sem nenhuma adaptação física para alunos inclusos. Tem uma ampla área externa como jardins e pátio, porém com deficiência de pessoas para manutenção da mesma.

Temos alunos de níveis diferenciados como: econômico, sócio-emocional e de aprendizagem, também trabalhadores assalariados, agricultores, os quais procuram a EJA em busca de escolarização formal. No ensino regular temos uma clientela heterogênea, alunos com defasagem em idade e série, os quais dificultam muito o desempenho das turmas. Estamos preparados para receber a nova clientela de alunos que são os egressos do ensino fundamental de 9 anos, tentando compensá-los por entrarem mais cedo na escola, através de uma aprendizagem mais lúdica e recreativa.

A população de Rio Azul, tem dificuldade de acesso às Universidades e Faculdades, pois não há Instituições de Ensino Superior no Município, sendo que os mesmos precisam se deslocar para outras cidades, como Irati e União da Vitória, porem a maior parte das instituições são particulares, o que torna cara a manutenção do curso e as famílias não dispõem de condições financeiras para isso. Daí a importância dos cursos profissionalizantes no nosso município, uma vez que os jovens precisam trabalhar para custear um curso superior.

Desde a extinção do antigo curso normal do município, o qual era oferecido pelo Colégio “Afonso de Camargo”, percebeu-se uma queda no ensino fundamental, séries iniciais, pois o corpo docente para trabalhar nesta etapa está vindo menos preparado e isso nos mostrou a necessidade de reimplantar o curso Normal, formação de Docentes buscando uma melhor qualidade de ensino.

Os educadores do Colégio Estadual “Dr. Chafic Cury” Ensino Fundamental, Médio e Normal tem se empenhado em atualizações a fim de oferecer um ensino de melhor qualidade. Cem por cento dos professores efetivos do Colégio tem especialização.

O Índice de Desenvolvimento de nosso colégio tem crescido a cada ano, inclusive estamos sempre acima da meta estipulada pelo Plano de Desenvolvimento da Educação.

A escola conta com o envolvimento dos diversos setores: Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil, Equipe de Direção, Equipe Pedagógica e Administrativa.

5- MARCO CONCEITUAL

5.1. Concepções:

Homem

O homem é considerado um ser situado no mundo e está em processo contínuo de descoberta de si próprio, ligando-se a outras pessoas e grupos. O objetivo último do ser humano é a auto-realização ou o uso pleno de suas potencialidades e capacidades. O homem não é o resultado, cria-se a si próprio. Conforme Saviani (1992):

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“O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho”.

Considerando o homem um ser social, atuante e interferente na sociedade, que se encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais transcende-as e reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva.

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.

Sociedade

O homem cria cultura na medida em que reflete sobre ela e dá respostas aos desafios que encontra. Cultura é entendida como todo o resultado da atividade humana, do esforço criador e re-criador do homem, do seu trabalho por transformar e estabelecer relações dialogais com outros homens. A participação do homem como sujeito na sociedade, na cultura e na história se faz na medida de sua conscientização. Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.

Sendo a sociedade um agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. São configuradas pelas experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e é o jeito específico do homem realizar sua humildade, sendo que:

- A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para si.

- A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

Educação

O homem, por sua própria natureza, é um ser incompleto em constante processo de crescimento, por isso tem condições de educar-se. Dentre as possibilidades que os distinguem, está a sua capacidade de antever as ações a serem realizadas que, lhe são facultadas, de certa forma, pela capacidade de imaginação e reflexão o que, se devidamente explorado, pode levá-lo a muitas realizações.A educação como prática social é uma atividade específica dos homens situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

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“Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho” (Saviani, 1992, p.19).

Segundo Pinto (1994) a educação é um processo histórico de criação do homem para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do homem.

É processo, pela dimensão histórica, por representar a própria história individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.

É um fato existencial porque o homem se faz ser homem - processo constitutivo do ser humano.

É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem à sociedade, num movimento contraditório de reprodução do presente e da expectativa de transformação futura.

É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de homem. É libertadora porque segundo Boff (2000, p.77) se faz necessário desenvolver uma

educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.

Escola

A educação implica numa escola diferente onde o conteúdo não seja um fim em si, mas um meio para desenvolver as potencialidades intrínsecas no ser humano. O currículo embora fracionado, organizado por disciplinas é dinâmico; o professor não é apenas um mero transmissor, mas sim, um mediador do conhecimento; os conteúdos obrigatórios serão inseridos nas disciplinas respeitando opiniões de toda a comunidade escolar.

A escola, é um lugar político pedagógico que contribui para a interseção da diversidade cultural que a circunda e a constitui, sendo espaço de significar, e dar sentido, de produzir conhecimentos, valores fundamentais para a formação humana dos que ensinam e dos que aprendem. Nesse sentido é preciso que a escola seja um ambiente de pesquisa, de ensino e de aprendizagens para professores, alunos e todos que fazem parte do cotidiano escolar.

Conhecimento/Aprendizagem

A aprendizagem não acontece em um determinado momento, mas num processo de construção.

“Aprender é uma atividade que ocorre dentro de um organismo e que não pode ser diretamente observada; de forma não inteiramente compreendida os sujeitos da aprendizagem são modificados: eles adquirem novas associações, informações, insights, aptidões, hábitos e semelhantes” (Davidoff, 1983, p.158) apud La Rosa.

O aluno precisa de um ambiente significativo para se expressar.Conforme Veiga “o conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação

do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.

Para Boff, “Conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer, portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação”. (2000, p, 82).

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Cultura

A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani, “para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo da cultura” (1992 p, 19). Podemos considerar que, “de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e elaborou o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalho”. (Crestam, 2001, p.05). Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação, todo conhecimento está estreitamento vinculado com relações de poder” (Tomas Tadeu, 1999). È necessário considerar as colocações de Silva (1999), de que “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo. É um fato paradoxal, entretanto, que essa suposta diversidade conviva com fenômenos igualmente surpreendentes de homogeneização cultural”. Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis manifestações e expressões culturais de grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e vinculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem de forma destacada as produções culturais em sua dimensão material e não-material. Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente de sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani: “a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura a cultura erudita; assume um papel político fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994 p, 189). Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita cabe à escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e democrático.

Cidadania

Historicamente, o Brasil foi construído de cima para baixo e fora para dentro - poderes coloniais, elites proprietárias, Estado realimentando as desigualdades e gravando as inclusões. Neste momento, sequer construir uma outra base social, constituída por aqueles excluídos da história brasileira que, organizando-se na sociedade civil e nos diferentes movimentos sociais, acumularam força e conseguem expressar-se tomando as rédeas do seu destino, criando uma nação soberana e aberta ao dialogo e a participação.

De acordo com Boff (2000, p. 51) “cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”.

Reafirmando a citação de Boff, (Martins, 2000, p. 53) diz: ““... a construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres. A realização se faz através de lutas contra as discriminações, da abolição de barreiras segregativas entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão das mesmas condições de

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acesso às políticas públicas e pela participação de todos nas tomadas de decisões. É condição essencial da cidadania, reconhecer que a emancipação depende fundamentalmente do interessado uma vez que, quando a desigualdade é somente confrontada na arena pública, reina a tutela sobre a sociedade, fazendo-a dependente dos serviços públicos. Avaliação

Rememorando a história da Educação, mais precisamente a questão da avaliação, percebemos que em muitos momentos desta história a questão de avaliar sempre esteve ligada a uma prova escrita ou oral, centrando-se o poder absoluto no professor, que avaliava e dava uma nota sobre o quê o aluno sabia de determinado conteúdo.

Mas, dentro da análise histórica, por muitos anos fez-se uso de métodos de avaliação como um instrumento a serviço de quem a aplicava, baseando-se em uma série de perguntas com respostas prontas a serem estudadas, decoradas, transcritas em dias de provas. Julgava-se, dentro desta visão, que existia um controle do professor sobre a aprendizagem e sobre todo um grupo de alunos, aplicando-se a idéia da homogeneidade do saber dos alunos. Isto baseado no princípio de que o professor ensina e o aluno devolve a informação tal como foi recebida (professor sabe, aluno aprende). Escola era um lugar onde todas as perguntas tinham respostas prontas.

Pensar em avaliação, hoje, implica em rever muitas coisas e essencialmente refletir sobre o trabalho que realizamos. Só podemos fazer uma avaliação construtiva se as aulas forem construtivas.

A avaliação deve ser um meio de fornecer subsídios para o Projeto Pedagógico, tanto para que o educador conheça sua ação pedagógica como para que o educando possa demonstrar seu desempenho, questionando, criando hipóteses lógicas e reconstruindo conhecimentos.

A postura do educador frente às hipóteses construídas pelo aluno deve estar comprometida com erro construtivo. Precisamos acreditar que o aluno aprimora sua forma de pensar ao longo de sua caminhada na vida. À medida que se depara com novas situações, novos desafios, novos conflitos, reformula suas respostas baseadas em novas hipóteses. A ação avaliativa deve ser um momento de encorajamento ao aluno, crescer e construir, trocando idéias e reorganizando-as coletivamente.

O processo de avaliação deve ser um elo de continuidade no trabalho do educador. Não pode ser um ato de julgamento.

Não podemos avaliar só para dar notas, mas sim para acompanhar e recuperar nossos educandos. Desse modo, a avaliação não está dirigida somente ao educando, mas, no processo como um todo, cada momento de avaliação deve orientar educador e equipe pedagógica para novos encaminhamentos dentro do planejamento pedagógico. A avaliação precisa ser um apoio ao processo de ensino-aprendizagem enquanto construção de novos conhecimentos.

A avaliação deve objetivar e permitir o acompanhamento da evolução da construção do conhecimento dos educandos. A avaliação deve refletir que tipo de intervenção pedagógica o educador pode usar para facilitar o processo de construção.

O educador não pode só se preocupar em avaliar informações correspondentes ao nível para o qual leciona, mas comprometer-se como educador responsável pelo alicerce para futuras construções. Tendo conhecimento como um todo, fica mais fácil saber o que fazer após cada avaliação.

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Tecnologia

Sobre tecnologia, Noble, 1984, assinala que se criou uma redoma falaciosa em torno do verdadeiro propósito e natureza da tecnologia. Segundo o autor “esta é vista na sociedade como um processo autônomo; algo constituído e visto à margem de tudo como se tivesse vida própria, independente das intenções sociais, poder e privilégio. Examinamos a tecnologia como se fosse algo que mudasse constantemente, provocasse alterações profundas na vida das escolas. Decerto que isto é parcialmente verdade. No entanto, se nos debruçarmos sobre o que tem vindo a mudar podemos incorrer no erro de não questionar quais as relações que permanecem inalteradas. De entre essas as mais importantes são as desigualdades econômicas e culturais que dominam a nossa sociedade”. (Noble, 1984).

A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais vigentes.

A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades, ou para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as éreas.

Assim, fica claro, que ter no currículo, uma concepção de educação tecnológica não será suficiente para o acesso de todos, da escola pública, sem que haja uma vontade e ação política que possibilite investimento para que esses recursos tecnológicos existam e possam ser ferramenta que contribua para o desenvolvimento do pensar, sendo um meio de estabelecer relações entre o conhecimento científico, tecnológico e sócio-histórico, possibilitando articular ação, teoria e prática.

Tempo

A concepção comum de tempo é indicada por intervalos ou períodos de duração, por influência da teoria da relatividade idealizada pelo físico Albert Einstein, o tempo vem sendo considerado uma quarta dimensão do Continuum espaço-tempo do Universo, que possui três dimensões espaciais e uma temporal.

A definição do tempo, intriga estudiosos, matemáticos, físicos, filósofos, que dificilmente se chegará a um consenso da definição absoluta e definitiva porque ele é, para o ser humano, apenas um evento psicológico, uma sensação derivada da transição de um movimento. Apesar de estar vinculado a eventos externos, ao indivíduo, sempre será definido de forma idiossincrática.

Na escola, a organização dos tempos está articulada aos espaços escolares preenchidos pelos educandos em toda ação educativa. Cabe destacar que a organização dos tempos e dos espaços escolares interfere na formação dos educandos, seja para conformar ou para produzir outras práticas de significação.

Na dimensão escolar, o tempo dos educandos da Eja é definido pelo período de escolarização e por um tempo singular de aprendizagem, bem diversificado, tendo em vista a especificidade dessa modalidade de ensino que considera a disponibilidade de cada um para a dedicação aos estudos.

Infância e Adolescência

Caracteriza-se a infância como o período de crescimento que vai do nascimento até o ingresso na puberdade, por volta dos doze anos de idade. Tem um significado genérico e, como qualquer outra fase da vida, esse significado é função das transformações sociais. Toda a sociedade tem seus sistemas de classes de idades e a cada uma delas é associado um sistema

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de status e de papel. Assim como a infância, a adolescência deve ser pensada para além da idade cronológica, da puberdade e transformações que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou de elementos determinados de modo natural. A adolescência deve ser pensada como uma categoria que se constrói, se exercita e se re-constrói dentro de uma história e tempo específicos.

Educação Especial

O movimento histórico que definiu a Educação Especial como integrante do sistema de ensino no contexto geral de educação decorre da forma de participação na sociedade capitalista. No século XVIII, o atendimento era apenas para a s pessoas com deficiências sensoriais ( cegos e surdos), atualmente os alunos com necessidades educacionais especiais são definidos como um grupo de sujeitos que, por inúmeras razões, não correspondem à expectativa de normalidade ditada pelos padrões sociais vigentes. Assim a Educação Especial constitui uma área da educação destinada a apresentar respostas educativas a alguns alunos, ou seja, àqueles que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações para acompanhar as atividades curriculares e necessitam de condições de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos que demandam o uso de linguagens e códigos aplicáveis e alunos com altas habilidades ou superdotação.

Alfabetização e Letramento

Alfabetização é o processo específico indispensável de apropriação do sistema da escrita. A conquista dos princípios alfabéticos e ortográficos que possibilitam ao aluno ler e escrever com autonomia. Do ponto de vista social o letramento é um fenômeno cultural relativo às atividades que envolvem a língua escrita. A ênfase recai nos usos, funções e propósitos da língua escrita no contexto social.

5.2. Princípios:

Para se ter uma escola de qualidade, convém destacar os três itens fundamentais em torno da qual devem girar as diretrizes: identidade, diversidade e autonomia.

É fundamental conhecer o conjunto de caracteres próprios e exclusivos que formam a escola respeitando suas diferenças e trabalhando a autonomia moral e intelectual, uma vez que, o desenvolvimento deste como princípio educativo, considera os valores da comunidade escolar buscando o progresso.

A escola tem por missão: “Desenvolver o conhecimento, respeitando a diversidade a fim de promover a cidadania, buscando construir uma sociedade justa onde as oportunidades sejam iguais para todos.”.

Uma gestão democrática e participativa pressupõe criação e ação em órgãos colegiados; planejamentos conjuntos e participativos, decisões compartilhadas entre os diferentes segmentos; pensar e fazer com parcerias; passagem do âmbito burocrático da administração, para o âmbito pedagógico da ação; participação interativa dos segmentos da comunidade escolar, entre outros.

Para tanto se precisa descentralizar. Isto transferirá os encargos, mudará as relações de poder, reorganizará os espaços, delegará atribuições, redefinirá o processo de participação, definirá os papéis e os objetivos estratégicos e democratizará os fatores.

A síntese da proposta da escola está centrada na integração dos eixos: administrativo, pedagógico e relacional, pois é através da construção e desenvolvimento participativo que

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iremos construir a escola autônoma, forte e democrática, uma escola que pode se tornar fonte de sucesso para vencer as questões críticas: reprovação e evasão.

O centro de todo o processo é o aluno, onde se respeitará seu direito de aprender, suas individualidades, sua bagagem cultural.

A fim de consolidar a educação nos dias atuais, se realmente queremos uma escola competente para um ensino crítico e de qualidade, que desenvolva de fato o cidadão, temos que trabalhar com o professor dentro de outros modelos, para que ele possa desenvolver novas posturas, enquanto mediador e estimulador do pensamento e da inteligência do aluno. Assim, o professor modifica a postura para formar o cidadão capaz de estabelecer relações, de ter consciência das possibilidades e dos limites, enfim, participar ativamente na sociedade da qual faz parte. Isso se busca através da valorização dos profissionais dentro da Escola.

A escola é lugar da aprendizagem compartilhada e colaborativa entre todos os seus integrantes, por isso requer o fortalecimento das relações sociais democráticas, como experiência de formação cidadã e autônoma, capaz de superar as desigualdades, oriundas de um sistema elitizado de ensino, e instaurar a escola pública de qualidade para todos, com o direito inquestionável por isso a “igualdade de condições para o acesso e permanência no processo educativo”.

5.3. Regime Escolar

O Colégio Estadual "Dr. Chafic Cury". - Ensino Fundamental e Médio. Mantém o ensino nas séries finais, em turno matutino, com início às 7:30 horas e término às 11:50 horas, vespertino com início às 13:00 horas e término às 17:20 horas e noturno com início às 18:40 horas e término às 23:00 horas, com autorização da Secretaria de Estado da Educação, pela Resolução nº 2243, DOE de 20.04.81 e Reconhecimento Resolução nº 2258, DOE de 11.12.81, Educação de Jovens e Adultos e Formação de Docentes no turno noturno.

A estrutura do curso ministrado acha-se explicitada nas Propostas Curriculares em anexos, aprovados pela Secretaria de Estado da Educação.

As turmas são organizadas em conformidade com as conveniências didático-pedagógicas e de ordem administrativa, dando prioridade a ordem de matrícula e as linhas de transporte escolar.

O Colégio adota o regime de seriação anual, considerando o período letivo aquele cuja duração não pode ser inferior ao previsto nas normas legais da Secretaria de Estado da Educação.

O Colégio Estadual "Dr. Chafic Cury". - Ensino Fundamental Médio e Normal, ofertará Sala de Recursos aos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais; e, os alunos do 6º ano ao 9º ano, com dificuldades de aprendizagem acentuada, receberão apoio pedagógico nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, por meio das Salas de Apoio.

Para ser uma escola inclusiva, tem-se buscado alternativas à medida que surgem alunos com necessidades educacionais especiais. Medidas estas como: adaptações físicas, curriculares, acolhimento e intercâmbio entre pais, professores e especialistas de apoio dentro das deficiências apresentadas.

A formação continuada dos profissionais desta escola se dá através de grupos de estudos, encontros periódicos entre professores da mesma disciplina para troca de experiências e participação nos cursos oferecidos pela SEED.

A hora – atividade da escola é organizada adequando-se aos horários de aula dos professores. Na medida do possível dando-se preferência, por coincidência de área e turma, para que haja troca de experiências. Torna-se flexível que o professor cumpra sua hora

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atividade em reuniões pedagógicas solicitadas pela escola quando fora de seu horário de trabalho.

O Ensino Fundamental, Médio e Normal tem organização curricular por disciplinas na Base Nacional Comum e Parte Diversificada, conforme Matriz Curricular:

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2220 - RIO AZUL

ESTABELECIMENTO: 0017 - CE DR. CHAFIC CURY - ENS. FUND. MÉDIO E NORMAL.ENDEREÇO: RUA ZACHARIAS BURKO, S/NºTELEFONE: (42) 3463-1176ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ANOTURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 3 4Educação Física 3 3 3 2Ensino Religioso * 1 1    Geografia 3 3 4 3História 3 3 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4         

Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADAL.E.M. – Inglês 2 2 2 2

         Subtotal 2 2 2 2

  Total Geral 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.* Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO16

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INSTRUÇÃO Nº 008/2011 - SUED/SEED

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2220 - RIO AZUL

ESTABELECIMENTO: 0017 - CE DR. CHAFIC CURY - ENS. FUND. MÉDIO E NORMALENDEREÇO: RUA ZACHARIAS BURKO, S/NºTELEFONE: (42) 3463-1176ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ANOTURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 3 4Educação Física 3 3 3 2Ensino Religioso * 1 1    Geografia 3 3 4 3História 3 3 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4         

Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADAL.E.M. – Inglês 2 2 2 2

         Subtotal 2 2 2 2

  Total Geral 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.* Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃOINSTRUÇÃO Nº 008/2011 - SUED/SEED

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MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2220 - RIO AZUL

ESTABELECIMENTO: 0017 - CE DR. CHAFIC CURY - ENS. FUND. MÉDIO E NORMALENDEREÇO: RUA ZACHARIAS BURKO, S/NºTELEFONE: (42) 3463-1176ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ANOTURNO: NOITE MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 3 3Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso * 1 1    Geografia 4 3 4 3História 3 4 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4         

Subtotal 24 24 23 23

PARTE DIVERSIFICADAL.E.M. – Inglês 2 2 2 2

         Subtotal 2 2 2 2

  Total Geral 26 26 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.* Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

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ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL “DR. CHAFIC CURY”-ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E NORMAL

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: RIO AZUL NRE: IRATI

ANO DE IMPLANTAÇÃO :1º SEMESTRE DE 2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS

DISCIPLINAS Total deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 226 272ARTE 54 64LEM – INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL “DR. CHAFIC CURY”-ENSINO

FUNDAMENTAL MÉDIO E NORMAL.19

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ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: .RIO AZUL NRE: IRATI

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º SEMESTRE DE 2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINAS Total deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORT. ELITERATURA 174 208

LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128

Biologia 106 128História 106 128

Geografia 106 128LÍNGUA ESPANHOLA 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

*LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO FORM. DOC. ED.INF. ANOS INICIAIS ENS. FUND.

NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2220 - RIO AZUL

ESTABELECIMENTO: 0017 – C.E. DR. CHAFIC CURY - ENS. FUND. MÉDIO E NORMALENDEREÇO: RUA ZACHARIAS BURKO, S/Nº

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TELEFONE: (42) 3463-1176ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0489 - FORMAÇÃO DE DOCENTES ED. INFANTIL ANOS INICIAIS ENS. FUNDAMENTALTURNO: NOITE MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 FORMA: GRADATIVA

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 1º 2º 3º 4ºARTE 2BIOLOGIA 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2FILOSOFIA 2 2    FÍSICA 3 2GEOGRAFIA 3HISTÓRIA 2 2LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA 2 3 2 3MATEMÁTICA 2 2 4 2QUÍMICA      2  2SOCIOLOGIA 2 2

Sub-total 19 15 13 11

PARTE DIVERSIFICADA

FORMAÇÃO ESPECÍFICA

L.E.M. – INGLÊS 2 2CONCEPÇÕES NORTEADORAS ED. ESP.   2     FUNDAMENTOS FILOS. EDUCAÇÃO 2FUNDAMENTOS HIST. DA EDUCAÇÃO 2FUNDAMENTOS HIST. POL. DA ED. INF. 2FUNDAMENTOS PSIC. DA EDUCAÇÃO 2FUNDAMENTOS SOCIOL. EDUCAÇÃO 2LITERATURA INFANTIL 2METODOL. ENS. CIÊNCIAS 2METODOL. ENS. DA ARTE 2METODOL. ENS. EDUC. FÍSICA 2METODOL. ENS. GEOGRAFIA 2METODOL. ENS. HISTÓRIA 2METODOL. ENS. MATEMÁTICA 2METODOL. ENS. PORT. ALFAB. 2 2ORGANIZAÇÃO DO TRAB. PEDAGÓGICO 2 2TRABALHO PEDAG. DA EDUC. INFANTIL 2 2

Sub-total 6 10 12 14

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

PRÁTICA DE FORMAÇÃO (ESTÁG. SUPERV.)

Sub-total

55

55

55

55

  TOTAL GERAL 30 30 30 30Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.

A modalidade EJA poderá ser organizada de forma Coletiva e Individual.A organização Coletiva será programada pela escola e oferecida aos educandos por

meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada disciplina, e destina-se preferencialmente, àqueles que tem

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possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor - educando e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada educando.

A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido.

A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.

Matrícula é o ato formal que vincula o educando ao Estabelecimento de Ensino autorizado, conferindo-lhe a condição de aluno.

O período da matrícula será estabelecido seguindo as normas da SEED.A matrícula é requisitada pelo interessado, se maior de idade, ou por seus pais ou

responsáveis, quando menor de idade, e deferida pelo Diretor da Escola, em conformidade com os dispositivos regimentais, no prazo de 60 (sessenta) dias.

Fica assegurado ao aluno não vinculado ao Colégio Estadual "Dr. Chafic Cury". Ensino Fundamental e Médio e Normal, a possibilidade de ingressar na Escola a qualquer tempo, desde que se submeta ao processo de classificação, previsto no Regimento Escolar, sendo que o controle de freqüência se fará a partir da data efetiva de matrícula.

No caso de impedimento do interessado, bem como de seus pais ou responsáveis, a matrícula pode ser solicitada por procurador.

O requerimento da matrícula deve ser instruído com os documentos exigidos para cada caso.

A efetivação da matrícula implica necessariamente o direito e o dever de conhecer os dispositivos regimentais do Colégio Estadual "Dr. Chafic Cury". Ensino Fundamental , Médio e Normal, a aceitação dos mesmos e o compromisso de cumpri-los integralmente.

Os documentos apresentados no ato da matrícula, uma vez deferida a mesma pela Direção da Escola, passa a integrar, obrigatoriamente, o prontuário do aluno, denominado no Sistema Estadual de Ensino de “Pasta Individual do Aluno”, exceção feita ao(s) documento(s) de identidade do aluno, que não pode ficar retido na Escola.

Na modalidade Educação Jovens e Adultos, as matrículas podem ser efetuadas em qualquer época do ano, sendo que:- no Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, a matrícula é por disciplina e o aluno poderá, em função da oferta, efetivar sua matrícula em até 4 (quatro) disciplinas, na organização coletiva ou individual de acordo com seu perfil;-serão priorizadas as vagas para matrícula na organização coletiva;-para matrícula, deve ser observada a idade mínima, exigida na legislação vigente .

Ao se propor o Curso de Formação de Docentes, pensou-se não somente na habilitação profissional, mas como um curso profissionalizante com currículo que dê conta da escola como espaço de socialização, cognição, representações de modos de conduta, valores, hábitos, símbolos, etc.. dessa forma, observa-se que os princípios que vão dar sustentação a essa função socializadora da escola, assim como a formação daqueles que vão atuar nela são: o trabalho como princípio educativo, a práxis como princípio curricular e o direito da criança ao

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atendimento escolar de qualidade. As categorias que dão sustentação a esses princípios são o trabalho, a ciência e a cultura.

A matrícula para o curso Formação de docentes se dara conforme instruções específicas para este atendendo orientações da Seed.

SALA DE RECURSOS

O funcionamento da Sala de Recursos para o ensino fundamental de 6º a 9º anos, na área de Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos e Superdotação está amparado nos preceitos legais que regem a Educação Especial: -A Lei de diretrizes e Bases da Educação nacional nº 9394/96;-As Diretrizes Nacionais para a educação especial na Educação Básica – Parecer nº 17/01 – CNE;-A Resolução 02/01 – CNE;-A deliberação 02/03 – CEE – PR.

A sala de Recursos é um meio especializado de natureza pedagógica que apóia e complementa o atendimento educacional realizado em Classes comuns de ensino Fundamental de 6º a 9º anos,

O alunado da Sala de Recursos deve estar regularmente matriculado no ensino Fundamental de 6º a 9º anos, egressos da Educação Especial ou aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e ou deficiência intelectual e que necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na Classe Comum.

Ingresso

O aluno deverá:-Estar matriculado e freqüentando o ensino Fundamental de 6º a 9º anos, -A avaliação pedagógica de ingresso deverá ser realizada no contexto do ensino regular, pelo professor da Classe Comum, professor especializado e equipe técnico-pedagógica da escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional (externa) e equipe do NRE e ou SME, quando necessário.-A Avaliação deverá efocar conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática das séries iniciais, além das áreas do desenvolvimento.-A avaliação deverá estar registrada em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção e encaminhamento(s).-O aluno de Sala de Recursos que frequentar a classe comum em outro estabelecimento deverá apresentar relatório de avaliação pedagógica no contexto, declaração de matrícula e encaminhamento.-O aluno egresso da Classe especial e Sala de Recursos de 1º a 5º ano deverá apresentar o último relatório semestral da avaliação do professor especializado.

Organização

-Para 20 horas semanais, o nº máximo é de 30 alunos, com atendimento por intermédio de cronograma.-O atendimento deverá ser em período contrário ao do que o aluno está matriculado na Classe comum.-O aluno de SR deverá ser atendido individualmente ou até grupos de 10 alunos.

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-Os grupos de alunos serão organizados por faixa etária e ou conforme necessidades pedagógicas semelhantes.-O cronograma de atendimento deverá ser elaborado pelo professor da SR junto com a equipe técnico-pedagógica e sempre que possível com os professores da Classe comum.-No cronograma deverá ser garantido um período para o encontro entre o professor da SR, os professores da Classe comum e equipe técnica pedagógica da escola.-O aluno deverá receber atendimento de acordo com suas necessidades, podendo ser de 2 a 4 vezes por semana, não ultrapassando 2 horas diárias.-O professor da SR deverá prever:

a)- controle de freqüência do aluno;b)- contato periódico com a equipe- técnico- pedagógica da escola e professores da

classe comum;c)- participação no conselho de classe.

-A pasta individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe comum, deverá conter os relatórios de avaliação pedagógica no contexto escolar e de acompanhamento semestral elaborados pelo professor da Sala de Recursos, equipe técnica pedagógica da escola e, sempre que possível ou se fizer necessário, com apoio dos professores da classe Comum, após o conselho de classe.-Quando o aluno freqüentar a SR em outra escola deverá ser mantida na pasta individual da Classe comum a documentação acima citada pela equipe técnica pedagógica de ambas as escolas.-No histórico Escolar não deverá contar que o aluno freqüentou a SR.-Caberá a Secretaria da escola que mantiver a Sala de recursos - A responsabilidade de organizar e manter a documentação do aluno atualizada.

Recursos Humanos

-Para atuar na SR o professor, conforme Del. Nº 02/03-CEE, art. Nº 33 e 34 deverá ter: a)- especialização em cursos de Pós- graduação na área específica ou;b)- Licenciatura Plena com habilitação em Educação Especial ou;c)- habilitação específica em nível médio, na extinta modalidade de estudos adicionais

e atualmente na modalidade normal.-Equipe técnica pedagógica habilitada ou especializada (Deliberação 02/03 – CEE, art.11, inciso II).-Para atuar na SR recomenda-se que o professor tenha experiência de no mínimo dois anos nas séries iniciais do Ensino fundamental.

Transferência

Na documentação de transferência do aluno para outra escola, além dos documentos da Classe Comum, deverão ser acrescentada cópia do relatório da avaliação pedagógica no contexto escolar e cópia do último relatório de acompanhamento semestral.

Autorização/ Renovação de Autorização/ ampliação de Carga Horária e Cessação

A Sala de Recursos poderá funcionar em Estabelecimento de ensino regular (públicos ou particulares) no Ensino Fundamental de 6º a 9º anos, devidamente autorizada pela Secretaria de estado da Educação, de acordo com a documentação exigida pela Coordenação

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de estrutura e Funcionamento/ SEED e verificação adicional (autorização de funcionamento) do Núcleo Regional de educação.

SALA DE APOIO

Conforme Legislação( Seed/Pr), afim de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos que freqüentam o 6º e o 9º ano o Colégio oferecerá Salas de Apoio nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática em contraturno com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita bem como as formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares para o 6º ano e oralidade,leitura, escrita, características e propriedades dos triângulos e quadriláteros; porcentagem, interpretação de tabelas e gráficos, operações e cálculos de perímetro e área; para os do 9º ano, com carga horária de 4 horas aula por disciplina, nos turnos matutino e vespertino.

PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO

De acordo com a resolução Nº. 1.690/11, o referido programa visa a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no território em que está situada, no contraturno, a fim de atender as necessidades socioeducacionais dos alunos.

De acordo com a realidade escolar poderá ser desenvolvido alguns dos seguintes macrocampos: aprofundamento da aprendizagem; experimentação e iniciação cientifica; cultura e arte; esporte e lazer; tecnologias da informação, da comunicação e uso de mídias; meio ambiente; direitos humanos; promoção da saúde; mundo do trabalho e geração de rendas.

Os professores da Colégio Estadual “Dr. Chafic Cury” deverão de acordo com seus objetivos apresentar seus projetos para ser aprovado pela SEED para que possa ser colocado em prática.

INCLUSÃO SOCIAL

As diferenças culturais, cognitivas, econômicas e sociais sempre estarão presentes em nossa sociedade, por isso cabe aos educadores a tarefa de conhecer a realidade de seus alunos para assim considerar os seus saberes e estabelecer relações interculturais e não excludentes.

A escola não pode negar da responsabilidade profissional quanto ao atendimento para com o aluno com necessidade educativa especial, entretanto, para que este atendimento tenha êxito é imprescindível que se cumpra às garantias dispostas na LDB 9394/96, capítulo V “da Educação especial”, Artigo 58, parágrafo 1º. O Colégio também não deixara de cumprir o que ficou estabelecido na Constituição Federal e na LDB 9394/96 sobre a obrigatoriedade de Ensino de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana na Educação básica, constará em seu quadro curricular ações nas diversas áreas no decorrer de todo o ano letivo.

CALENDÁRIO ESCOLAR

O calendário escolar do Colégio Estadual “Dr. Chafic Cury” será elaborado sempre no final do ano letivo para vigorar no ano subseqüente, atendendo o que diz a LDBEN nº

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9394/96 e a Deliberação nº 02/02- CEE. O mesmo deve ser encaminhado ao NRE para aprovação e homologação.

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AVALIAÇÃO

INSTITUCIONAL:

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O Colégio Estadual "Dr. Chafic Cury". - Ensino Fundamental e Médio e Normal, utilizará como medida de Avaliação da Instituição Escolar uma pesquisa de opiniões entre alunos, pais, professores e funcionários, avaliando todos os setores da escola. A pesquisa será aplicada através de questionários que posteriormente serão tabulados e discutidos os resultados com cada segmento, a fim de corrigir as falhas encontradas,

AVALIAÇÕES EXTERNAS:

As avaliações externas serão contempladas através da Prova Brasil/Ideb e Olimpíada da Matemática conforme orientações do Programa.

DO ENSINO-APRENDIZAGEM:

A avaliação é diagnóstica, contínua e cumulativa, onde o aluno será avaliado através de instrumentos diversificados, de acordo com a disciplina e conteúdos trabalhados, como: relatórios, pesquisas, questionários, provas escritas, questões orais, etc.

Durante o bimestre, o professor deverá utilizar 2 (dois) ou mais instrumentos de avaliação diferenciados. Será realizada recuperação paralela a todos os alunos com vistas a efetivação da aprendizagem a partir de novos encaminhamentos docentes e novos instrumentos de verificação..

A cada avaliação realizada, o professor deverá atribuir nota de 0,0 (zero) a 10,0 (dez). No final do bimestre a média será obtida através do cálculo aritmético simples.

O aluno que freqüenta a Sala de Recursos, e os demais alunos com necessidades especiais receberão caso se verifique a necessidade, instrumentos de avaliação numa linguagem diferente dos demais, de modo que atendam suas peculiaridades.

Na Eja, a carga horária de cada disciplina define o número de registro de nota,sendo de 2 (dois) a 6 (seis) registros por disciplina. Cada registro provém de um mínimo de duas avaliações diferenciadas. Será realizada recuperação paralela ao período letivo da disciplina.

DA PROMOÇÃO DO ALUNO

- A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno expresso na forma de notas e apuração da assiduidade.

- A Avaliação Final deverá considerar, para efeito de promoção, todos os resultados obtidos durante o período letivo, incluídos a recuperação de estudos e a freqüência que corresponde a 75% (setenta e cinco por cento) das 800 (oitocentas) horas anuais.

- Encerrando o Processo de Avaliação, o Estabelecimento registrará, no Histórico Escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.

- Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e frequência, serão definidas as situações de aprovação ou reprovação dos alunos.

I. Será considerado aprovado o aluno que apresentar:

a) Freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo, e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da média aritmética dos bimestres, nas respectivas disciplinas, como segue:

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MA = (1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB) / 4 = 6,0

II. Será considerado reprovado o aluno que apresentar:

a) Freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária do período letivo, e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero);

b) Freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária do período letivo, com qualquer média anual.

- O aluno que apresentar freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após os Estudos de Recuperação Paralela, ao longo da série ou período letivo, será submetido à análise do Conselho de Classe que definirá pela sua aprovação ou não.

- A avaliação final deverá considerar, para efeito de promoção, todos os resultados obtidos durante o período letivo, incluídos a recuperação de estudos.

- Encerrado o processo de avaliação, o Estabelecimento registrará no histórico escolar do aluno sua condição de aprovado ou reprovado.Na modalidade EJA:

- A avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;

- O educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;

- Para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

- Os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando;- O educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.- Na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro( notas para fins de cálculo da média final.- No Ensino Fundamental- Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação escolar, por não ser objeto de retenção.

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-No curso Formação de Docentes, a avaliação das disciplinas acontecerá da mesma forma que a do Ensino Fundamental com um diferencial na disciplina de estágio obrigatório, onde houver falta ao estágio, o aluno deverá repor imediatamente para assegurar a aquisição dos conteúdos trabalhados e o cumprimento da carga horária exigida.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS:

Conforme prevê a Legislação vigente, a recuperação de estudos do Colégio Estadual "Dr. Chafic Cury". - Ensino Fundamental Médio e Normal. acontecerá paralelamente ao período letivo; com vistas a efetivação da aprendizagem,constituindo-se de orientação de estudos do conteúdo defasado e uma nova avaliação para superação do resultado.

Os resultados da recuperação serão incorporados as avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo em mais um componente do aproveitamento escolar sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe , prevalecendo a maior nota entre a avaliação e sua respectiva recuperação

INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS:

O aluno do ensino regular e seus responsáveis tomarão conhecimento de seu aproveitamento e freqüência bimestral, através de boletins bimestrais. O aluno poderá solicitar revisão do aproveitamento escolar no prazo de 72 horas a partir da divulgação do mesmo, através de seus pais ou responsáveis quando menor.

Na EJA a informação dos resultados para o aluno será através da ficha “Consulta Situação do Aluno” obtida através do Sere.

DA CLASSIFICAÇÃO E DA RECLASSIFICAÇÃO

- Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota, segundo critérios próprios, para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais.

- A classificação pode ser realizada:

I-Por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série anterior na própria escola;

II- Por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do exterior, considerando a classificação na escola de origem;

III- Independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série adequada.

- A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:

I-Proceder à avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe pedagógica;

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II- Comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para obter deste o respectivo consentimento;

III- Organizar comissão formada por docentes técnicos e direção da escola para efetivar o processo;

IV- Arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

V- Registrar os resultados no histórico escolar do aluno.

- Passos para a realização da Classificação:

1. Requerimento do aluno ou do responsável solicitando a mesma;2. Informação ao interessado sobre;

a) a compatibilidade que deve existir entre idade e série;b) os conhecimentos que serão verificados;c) a data, local e hora da avaliação;d) o dia que sairá o resultado;

3. Composição de uma comissão de professores, Equipe Pedagógica presidida pela Direção para elaborar o Planejamento do Processo de Classificação:

a) cronograma;b) instrumentos de avaliação;c) correção;d) expedição do resultado final informando série a que o aluno estará apto a

cursar.

4. Os instrumentos de avaliação ficarão arquivados na pasta individual do aluno, bem como uma via da ata com os resultados finais, assinada pela comissão.

5. Os registros referentes à CLASSIFICAÇÃO serão expressos no Relatório Final e Histórico Escolar.

- Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu histórico escolar.

- A reclassificação poderá ocorrer mediante:

I - Requerimento do próprio aluno ou de seu responsável, dirigido ao Diretor da Escola.

II - Proposta apresentada pelo(s) professor (es) do aluno.

- O resultado do processo de reclassificação realizado pela escola, devidamente documentado, será encaminhado a SEED para registro.

- Caberá ao Núcleo Regional de Educação, órgão competente da SEED, acompanhar durante dois anos, o aproveitamento escolar do aluno beneficiado por processo de

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reclassificação, nos casos que julgar necessário.

- Sempre que houver necessidade, este Estabelecimento de Ensino ofertará a possibilidade de aceleração de estudos, para corrigir as defasagens idade/série, no período diurno e noturno do Ensino Fundamental.

- Ficam vedadas a classificação ou reclassificação para a etapa anteriormente cursada.

- Passos para a realização da Reclassificação:

1 Requerimento do próprio aluno ou de seu responsável, dirigido ao diretor do Estabelecimento de Ensino;

2 Proposta apresentada pelo(s) professor (es) do aluno;3 Composição de uma comissão de professores, equipe pedagógica,

presidida pela direção para elaborar o planejamento do processo de reclassificação:

a) cronograma;b) instrumentos de avaliação;c) correção;d) expedição do resultado final, informando a série em que o aluno

estará apto a cursar.4 O aluno deverá ser matriculado na série para qual foi classificado;5 A reclassificação poderá ocorrer, no máximo, até o final do 1º

bimestre, considerando o aspecto pedagógico;6 Os instrumentos de avaliação ficarão arquivados na pasta individual

do aluno, bem como uma via da Ata com os resultados finais, assinada pela comissão;

7 Os registros referentes à reclassificação serão expressos no relatório final e histórico escolar.

Na modalidade EJA a classificação e reclassificação neste estabelecimento de ensino utilizará o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.

Conforme prevê a legislação vigente, não é permitido a classificação e reclassificação no curso de Formação de Docentes.

6-MARCO OPERACIONAL

Recursos humanos da escola

NOME FUNÇÃO ÁREA DEFORMAÇÃO

FORMAÇÃO MÁXIMA

ALBA MARIA MORES GIRARDI PEDAGOGA PEDAGOGIA PÓS-GRADUAÇÃOALDA INÊS M.PRZYSIEZNY PROFESSORA HISTÓRIA PÓS-GRADUAÇÃOALDA Mª GEALH ZABOROSKI TEC. ADMIN. TÉC. CONTAB. ENSINO MÉDIOALDORI R. DE MATOS PROFESSOR ED. ARTÍST. ACADÊMICOAMANDA BORBA CORDEIRO TÉC. ADMIN. MATEMÁTICA LICENC. PLENAANGELITA Mª PALOSCHI PROFESSORA CIÊNCIAS PÓS-GRADUAÇÃOARISTEU RODACZENSKI PROFESSOR GEOGRAFIA PÓS-GRADUAÇÃOAYONARA J. DE SOUZA PROFESSORA MATEMÁTICA PÓS-GRADUAÇÃOCIRLENE KRUK SURMACZ PROFESSORA LETRAS PÓS-GRADUAÇÃODIRCEIA DA L. CONSTANTINO A.SERV. GER. 1º GRAU 1º GRAU

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ELISABETE T. U. SURMACZ PROFESSORA CIÊNCIAS PÓS-GRADUAÇÃOELSIO JOSÉ TYSKI PROFESSOR MATEMÁTICA PÓS GRADUAÇÃOEUGÊNIA OSATCHUK PROFESSORA LETRAS PÓS-GRADUAÇÃOGISLAINE FLAVIANE FUSVERK PROFESSORA S. DE RECURSOS PÓS- GRADUAÇÃOIVAN GAPINSKI PROFESSOR HISTÓRIA LIC. PLENAJACKELINE MARIA SIMON PROFESSORA ED. FÍSICA PÓS-GRADUAÇÃOJOÃO CLEMENTE KAMINSKI TÉC. ADMIN. TÉC. CONTAB. ENSINO MÉDIOKARLA FLAIANE BURKO PROFESSORA ED. FÍSICA PÓS-GRADUAÇÃOLEODOCILDA PLODOVISKI PROFESSORA LETRAS LICENC. PLENALEONICE DE F. V. PRZYBYCZ PROFESSORA PEDAGOGA PÓS-GRADUAÇÃOLEONILDA DE PAULA A. SERV. GER. ED. GERAL ENSINO MÉDIOLEONILDE MARIA VALENGA A. SERV. GER. ED. GERAL ENSINO MÉDIOLUCIA ZOREK CHOCHEL PEDAGOGA PEDAGOGIA PÓS-GRADUAÇÃOLUCIMARA GURSKI PROFESSORA HISTÓRIA LICENC. PLENALUCINEIDE GURSKI PROFESSORA LETRAS LICENC. PLENALUCY MARI DA LUZ PROFESSORA HISTÓRIA PÓS-GRADUAÇÃOMARIA APARECIDA ZEM PROFESSORA CIÊNCIAS PÓS-GRADUAÇÃOMARIA DO CARMO MACHADO A. SERV. GER. ED. GERAL ENSINO MÉDIOMARIA INÊS T. SURMAS PROFESSORA MATEMÁTICA PÓS-GRADUAÇÃOMARIA LUCIANE KUBLITSKI PROFESSORA ED. FÍSICA LICENC. PLENAMARIA MARGARETE MIROTO KULKA SECRETÁRIA PEDAGOGIA ACADÊMINAMARIANO VICENTE TYSKI DIRETOR LETRAS PÓS-GRADUAÇÃOMARTA Mª WOYCIECHOWSKI PROFESSORA ED. ARTÍSTICA LICENC. PLENAOVANIL TERESINHA ALVING A. SERV. GER. ED. GERAL ENSINO MÉDIORAQUEL TRENTINI A. SERV. GER. 1º GRAU 1º GRAUTARCISIO SURMAS PROFESSOR MATEMÁTICA PÓS- GRADUAÇÃOVERA LUCIA MARTINHAK A. SERV. GER. ED. GERAL ENSINO MÉDIOVERA LUCIA WILCZAK PROFESSORA LETRAS LICENC. PLENA

DIREÇÃO

À Equipe de Direção cabe a gestão dos servidores escolares, no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais da escola.

Compete ao Diretor: - Submeter o Plano Anual de trabalho à aprovação do Conselho Escolar;

- Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a voto, somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembléia;

- Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

- Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as normas e orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

- Elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação, as propostas de modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;

- Submeter o Calendário Escolar à aprovação do Conselho Escolar;

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- Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica, administrativa e situações emergenciais;

- Propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola extinguindo ou abrindo cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e turmas e a composição das classes;

- Propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão administrativa;

- Coordenar a implementação das diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

- Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela Secretaria de Estado da Educação;

- Analisar e aprovar o regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao Conselho Escolar para aprovação;

- Manter o fluxo de informações entre o Estabelecimento de Ensino e os órgãos da Administração Estadual de Ensino;

\- Supervisionar a exploração da cantina comercial, desde que com autorização de funcionamento, respeitadas a lei vigente;

- Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho Escolar e aos órgãos da administração: reuniões, encontros, grupos de estudo e outros eventos;

- Exercer as demais atribuições decorrentes deste Regimento e no que concerne à especificidade de sua função;

- Identificar interesses, necessidades e recursos da Clientela Escolar;

- Manter o entrosamento entre Alunos, Pais, Professores e Funcionários do Estabelecimento, procurando estabelecer o respeito mútuo, assim como bom ambiente de trabalho.

DIRETOR AUXILIAR

- Substituir o Diretor quando do seu afastamento sob qualquer título;

-Assessorar o Diretor do cumprimento de suas funções específicas;

-Comunicar ao Diretor tudo aquilo que venha colaborar para manutenção do bom clima administrativo e pedagógico;

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-Estabelecer elo de comunicação entre direção e equipe pedagógica.

EQUIPE TÉCNICA PEDAGÓGICA

É responsável pela coordenação, implantação e implementação das diretrizes pedagógicas da escola.

Compete à Equipe Pedagógica:

- Subsidiar a Direção com critérios para a definição do Calendário Escolar, organização das classes, do horário semanal e distribuição de aulas;

-Elaborar com o corpo docente, o currículo pleno do Estabelecimento de Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação;

-Assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e das atividades pedagógicas desenvolvidas no Estabelecimento de Ensino;

-Elaborar o regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com seu responsável;

-Orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia do seu espaço pedagógico;

-Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vistas a sua melhoria;

-Assessorar o Corpo Docente em diversas situações, a fim de que se efetive um ensino aprendizagem de qualidade;

-Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações, relativas aos serviços de ensino prestados pelo estabelecimento e o rendimento do trabalho escolar;

-Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;

-Elaborar com o Corpo Docente os planos de recuperação a serem proporcionados aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;

-Analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento de transferências, de acordo com a nova legislação vigente;

-Propor à Direção a implementação de projetos de enriquecimento curricular a serem desenvolvidos pelo Estabelecimento e coordená-los, se aprovados;

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-Coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, se adotados pelo Estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela Secretaria de Estado da Educação;

-Instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual do Estabelecimento de Ensino, a partir do acompanhamento de egressos, de consultas e levantamento junto à comunidade;

-Participar, sempre que convocado de cursos, seminários, reuniões, encontros, grupos de estudo e outros eventos;

DA EQUIPE DOCENTE

Compete aos docentes:- Participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político

Pedagógico do Estabelecimento de Ensino, construindo de forma coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar;

- Elaborar, com a Equipe Pedagógica, a proposta pedagógica Curricular do Estabelecimento de Ensino, em consonância com o Projeto Político Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

- Participar do processo de escolha, juntamente com a Equipe Pedagógica, dos Livros e Materiais Didáticos, em consonância com o Projeto político Pedagógico do estabelecimento de Ensino;

- Elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

- Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão critica do conhecimento pelo aluno;

- Proceder a reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o Calendário Escolar, resguardando o direito do aluno;

- Proceder a avaliação continuada, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento de Ensino;

- Promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período letivo;

- Participar do processo de avaliação educacional no contexto educacional dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento de pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados da educação especial, se necessário;

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- Participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

- Participar de reuniões sempre que convocado pela direção;

- Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

- Viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;

- Participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala de Recursos e Contraturno, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção educativa;

- Estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação artística;

- Participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;

- Propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;

- Zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à equipe pedagógica;

- Cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

- Cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas e planejamentos de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado da Educação;

- Manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino;

- Participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;

- Desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o desenvolvimento do processo educativo;

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- Dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e educativa;

- Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

- Comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias quando convocado;

- Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores e funcionários e famílias;

- Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho, com seus colegas, com seus alunos, com pais e com os demais seguimentos da comunidade escolar;

- Participar da avaliação institucional, conforme a orientação da Secretaria de Estado da Educação;

- Cumprir e fazer cumprir o disposto no regimento escolar;

- Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis, como meios para implementar uma metodologia de ensino adequada à aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso;

- Atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva e individual, como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas pela Secretaria de Estado da Educação;

- Participar da aplicação dos Exames Supletivos autorizados pela Secretaria de Estado da Educação, quando docente da Educação de Jovens e Adultos.

EQUIPE TÉCNICA ADMINISTRATIVA

É o setor de suporte ao funcionamento de todos os setores da escola proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais funções.

A Equipe Administrativa é composta por Secretaria, Agentes Educacionais I e Agentes Educacionais II.

DA SECRETARIA

A Secretaria é o que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração escolar e correspondência do Estabelecimento.

Os serviços da Secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção, ficando a ela subordinados.

Compete ao Secretário:-Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores

hierárquicos;

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-Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus auxiliares;

-Redigir a correspondência que lhe for confiada;

-Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;

-Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;

-Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades competentes;

-Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser assinados;

-Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação:

a) Da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;

b) Da autenticidade dos documentos escolares;

-Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência, adaptação e conclusão do curso;

-Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à Secretaria;

-Comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria;

-Estar atento na rotina da documentação escolar no geral.

DA EQUIPE TÉCNICA ADMINISTRATIVA

São atribuições básicas do cargo de Agente Educacional I:

-Elaborar, redigir, revisar, encaminhar e datilografar e/ou digitar cartas, ofícios, circulares, instruções, normas, memorandos e outros;

-Coletar dados diversos, consultando pessoas, documentos, publicações oficiais, arquivos e fichários, e efetuando cálculos para obter as informações necessárias ao cumprimento da rotina administrativa;

-Efetuar registros, preenchendo fichas, formulários e outros, a fim de atender às necessidades do setor;

-Atender às pessoas, pais, alunos, e chamados telefônicos, anotando ou enviando recados para obter ou fornecer informações;

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-Efetuar cálculos simples e conferências numéricas;

-Organizar e/ou atualizar arquivos, fichários e outros, classificando documentos por matéria, ordem alfabética ou outro sistema, para possibilitar controle dos mesmos.

DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL

Os Agentes Educacionais I têm a seu encargo o serviço de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.

Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:

-Zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente;

-Utilizar o material de limpeza sem desperdício e comunicar a direção com antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;

-Zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer irregularidade à direção;

-Auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horário de recreio, de início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes, quando solicitado pela direção;

-Atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais e especiais temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de alimentação;

-Auxiliar nos serviços correlatos à sua função participando das diversas atividades escolares;

-Cumprir integralmente o seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitando seu período de férias;

-Participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

-Coletar lixos de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe devido destino, conforme exigências sanitárias;

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-Participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

-Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

-Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

-Exercer as demais atribuições decorrentes do regimento escolar e aquelas que concernem a especificidade de sua função.

Compete ao Auxiliar Operacional que atua na cozinha do Estabelecimento de Ensino:-Zelar pelo ambiente da cozinha e local de armazenamento por suas instalações e utensílios, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;

-Selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de qualidade nutricional;

-Servir a merenda escolar observando os cuidados básicos de higiene e segurança;

-Informar ao Diretor do Estabelecimento de Ensino de necessidade de reposição de estoque;

-Receber, armazenar e prestar contas der todo o material adquirido para a cozinha e da merenda escolar;

-Cumprir integralmente o seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitando o seu período de férias;

-Auxiliar nos serviços correlatos à sua função participando das diversas atividades escolares;

-Participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

-Participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

-Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

-Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

-Exercer as demais atribuições decorrentes do regimento escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função;

-Respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração.

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Coordenador do Curso Formação de Docentes:

trabalhar de forma articulada com a equipe pedagógica ;

orientar e acompanhar o Plano de Trabalho Docente;

1. viabilizar os recursos didáticos;

2. participar da (re)organização da biblioteca orientando quanto a distribuição,

conservação e utilização dos livros;

3. organizar a hora-atividade dos docentes do curso;

4. acompanhar a frequência dos docentes, reorganizando horários quando se fizer

necessário;

5. acompanhar o pré-conselho e o conselho de classe;

6. acompanhar a frequência, desempenho, recuperação paralela e evasão dos

alunos;

7. acompanhar o processo de matrículas, transferências e remanejamento de

alunos;

8. acompanhar o processo de avaliação institucional do curso e do

estabelecimento de ensino;

promover a intermediação com o mundo do trabalho (estágios, práticas e projetos);

analisar as condições de oferta (infra-estrutura) do curso e propor as adequações

necessárias;

esclarecer a comunidade sobre o Plano de Curso;

elaborar relatórios para avaliação do curso;

orientar e acompanhar os professores, juntamente com a equipe pedagógica, quanto à

elaboração da Proposta Pedagógica Curricular, Plano de Curso e a articulação da

mesma com a prática social e o mundo do trabalho, mediada pelos conteúdos relativos

a sua área de atuação;

orientar os alunos quanto às dúvidas em relação aos conteúdos, horários de aula, entre

outros;

definir as necessidades de materiais de consumo e de equipamentos de laboratório

pertinentes à sua área de atuação;

definir a necessidade de manutenção e/ou conserto de equipamentos danificados;

supervisionar o cumprimento do horário das aulas para as turmas do curso sob sua

coordenação;

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providenciar e divulgar o material didático necessário para o desenvolvimento do

trabalho pedagógico;

supervisionar as atividades de estágio e da Prática de Formação e da Prática

Profissional Supervisionada dos alunos, em conjunto com a Coordenação de Estágio;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com professores,

funcionários, alunos, pais/ responsáveis;

cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Coordenador de Estágio

. organizar e acompanhar todos os momentos do desenvolvimento da Prática de

Formação;

elaborar em conjunto com os professores o plano da prática e instrumentos para

acompanhamento e avaliação;

orientar os alunos quanto a importância da articulação dos conteúdos apreendidos e a

prática pedagógica;

manter contato permanente com professores do curso e do local sedente, assim como,

coordenador do curso e equipe pedagógica, provendo-os de todas as informações

quanto a procedimentos desenvolvidos na prática de formação.

INSTÂNCIAS COLEGIADAS

ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS (APMF).

FICHA CADASTRAL

APMF/COLÉGIO ESTADUAL “DR. CHAFIC CURY.” – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL.Rua Zacharias Burko, s/n – Sala 01.CEP: 84.560-000 - FONE: (42) 3463-1176CNPJ: 00.722.708/0001-56REGISTRO EM CARTÓRIO:Cartório Registro de Títulos e Documentos de Rebouças – PRNº PROT. 2.432, fls. 040 / TRANSC. Nº 262, fls. 71v, livro Nº A-2, 20/07/95.

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ALTERAÇÃO DOS ESTATUTOS:Cartório Registro de Títulos e Documentos de Rebouças – PRNº PROT. 3.783, fls. 281 / transc. Nº 843, fls. 131, livro Nº A-3, 22/03/05.

REGISTRO DA ATA DE ELEIÇÃO DA DIRETORIA:Cartório Registro de Títulos e Documentos de Rebouças – PRNº Protocolo 9.593. Registro 1.260. Livro A-005. Folha 061/062

PRESIDENTE: JOÃO BIHUNA

TESOUREIRO: MARCOS VALENGA

MANDATO: 09/06/2011 – 09/06/2013

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários será regida por estatuto próprio, devidamente aprovado pela Assembléia Geral, e registrada em Cartório de Registro de Títulos e Documentos e no Núcleo Regional de Educação, órgão competente da Secretaria de Estado da Educação.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é vinculada à Direção e ao Conselho Escolar.

DAS ELEIÇÕES, POSSE, EXERCÍCIO E MANDATO.

As eleições para Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal realizar-se-ão bianualmente podendo ser reeleitos por mais 2 (dois) mandatos observando-se o disposto no Capítulo X.

Convocar-se-á a Assembléia Geral para:

-Escolher durante a Assembléia Geral a comissão eleitoral que será composta por Presidente, Secretário e Suplentes, sendo os cargos preenchidos por pais, mestres e funcionários paritariamente.

a) Cabe à comissão eleitoral designar os componentes da(s) mesa(s) apuradora(s) e escrutinadora(s) que serão compostas por Presidente, Secretário e Suplentes, sendo os cargos preenchidos por pais, mestres e funcionários, paritariamente.

b) Os componentes da mesa apuradora/escrutinadora não poderão fazer parte de nenhuma das chapas concorrentes.

c) Cada chapa poderá indicar um fiscal por mesa apuradora/escrutinadora para acompanhar os trabalhos.

-Definir na Assembléia, data, horário e local para as eleições com antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis;

-Apresentar e/ou compor durante a Assembléia Geral as chapas que concorrerão às eleições, incluindo os elementos do Conselho Deliberativo e Fiscal, devendo ser apresentadas por escrito à comissão eleitoral.

*Compondo-se, no mínimo, uma chapa completa na Assembléia, não haverá prazo para apresentação de novas chapas.

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*A partir da composição das chapas será enviado comunicado aos integrantes, apresentando os seus componentes.

*Uma mesma pessoa não poderá compor mais de uma chapa, mesmo que em cargos distintos;

*Havendo participação do casal na composição da mesma chapa, os mesmos não poderão ocupar concomitantemente o cargo de Presidente, Vice-Presidente e 1° e 2° Tesoureiro.

-Definir os critérios para a campanha eleitoral.

-O pleito eleitoral poderá ser acompanhado pelo NRE.

Compete a APMF:

-Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino, para deferimento ou não;

-Observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à utilização das dependências da Unidade Escolar para realização de eventos próprios do estabelecimento de ensino;

-Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos, professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho Escolar;

-Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais, professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades apontadas por esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de acordo com os critérios da SEED;

-Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as necessidades dos alunos comprovadamente carentes;

-Convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes da comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a Assembléia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a Assembléia Geral Extraordinária, em horário compatível com o da maioria da comunidade escolar, com pauta claramente definida na convocatória;

-Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos de convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como, reunir-se para prestação de contas desses recursos, com registro em ata;

-Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar, através de editais e em Assembléia Geral;

-Registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas dos presentes, as reuniões de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a participação do Conselho Escolar;

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-Registrar as Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em livro ata próprio e as assinaturas dos presentes, no livro de presença (ambos os livros da APMF);

-Registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à direção do estabelecimento de ensino;

-Aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou doação, comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da Associação e à Direção do Estabelecimento de Ensino;

-Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo, preenchido em 02 vias;

-Promover a locação de serviços de terceiros para prestação de serviços temporários na forma prescrita no Código Civil ou Consolidação das Leis do Trabalho mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação;

-Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto órgão representativo para que esta comunidade expresse suas expectativas e necessidades;

-Enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do Estabelecimento de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e, em seguida, torná-la pública;

-Apresentar, para aprovação, em Assembléia Geral Extraordinária, atividades com ônus para os pais, alunos, professores, funcionários e demais membros da APMF, ouvido o Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino;

-Indicar entre os seus membros, em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, o (os) representante (s) para compor o Conselho Escolar;

-Celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de atividades curriculares, implantação e implementação de projetos e programas nos Estabelecimentos de Ensino da rede Pública Estadual, apresentando plano de aplicação dos recursos públicos eventualmente repassados e prestação de contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná dos recursos utilizados;

-Celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos termos da Lei Federal n°8.666/93, prestando-se contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná, dos recursos utilizados com o acompanhamento do Conselho Escolar;

-Celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com pessoas físicas para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação civil pertinente, mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação;

-Manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda documentação referente a APMF, obedecendo a dispositivos legais e normas do Tribunal de Contas;

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-Informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por 30 dias consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor do Estabelecimento de Ensino.

DO GREMIO ESTUDANTIL

A Assembléia Geral é o órgão máximo de deliberação da entidade nos termos deste Estatuto e compõe-se de todos os sócios do Grêmio e excepcionalmente, por convidados do Grêmio, que se absterão do direito de voto.

A Assembléia Geral se reunirá ordinariamente: -Nas datas estipuladas pelos estudantes na própria Assembléia;-Ao término de cada mandato para deliberar sobre a prestação de contas da Diretoria,

parecer do CF e formação da Comissão Eleitoral (CE) que deliberará sobre as eleições para a nova Diretoria do Grêmio. A convocação para a Assembléia será feita em Edital com antecedência mínima de quarenta e oito horas (48), sendo esta de competência da Diretoria do Grêmio.

A Assembléia Geral se reunirá extraordinariamente quando convocada por 2/3 do CF ou 2/3 do Conselho de Representantes de Turma ou 50% + l da Diretoria do Grêmio. Em qualquer caso, a convocação será feita com o mínimo de antecedência de 24 horas, com discriminação completa e fundamentada dos assuntos a serem tratados em casos não previstos neste Estatuto.

As Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias devem ser realizadas, em primeira convocação, com a presença de mais da metade dos alunos da Escola ou, em segunda convocação, trinta minutos depois, com qualquer número de alunos.A Assembléia Geral vai deliberar com maioria simples dos votos, sendo obrigatório o quorum mínimo de 10 % dos alunos da Escola para sua instalação.

* A Diretoria será responsável pela manutenção da limpeza e da ordem quando for realizado qualquer evento, assembléias ou reunião do Grêmio.

Compete à Assembléia Geral:-Aprovar e reformular o Estatuto do Grêmio;-Eleger a Diretoria do Grêmio; - Discutir e votar as teses, recomendações, moções, adendos e propostas apresentados por qualquer um de seus membros;- Denunciar, suspender ou destituir diretores do Grêmio de acordo com resultados de inquéritos procedidos, desde que comunicado e garantido o direito de defesa do acusado, sendo que qualquer decisão tomada neste sentido seja igual ou superior a 2/3 dos votos;-Receber e considerar os relatórios da Diretoria do Grêmio e sua prestação de contas, apresentada juntamente com o CF;-Marcar, caso necessário, Assembléia Extraordinária, com dia, hora e pautas fixadas;-Aprovar a constituição da Comissão Eleitoral, sempre composta com alunos de todos os turnos em funcionamento na Escola, com número e funcionamento definidos na Assembléia.

Do Conselho de Representantes de Turmas

O Conselho de Representantes de Turmas (CRT) é a instância intermediária de deliberação do Grêmio, é o órgão de representação exclusiva dos estudantes, e será constituído somente pelos representantes de turmas, eleitos anualmente pelos estudantes de

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cada turma.

O CRT se reunirá ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente quando convocado pela Diretoria do Grêmio.

O CRT funcionará com a presença da maioria absoluta de seus membros, deliberando por maioria simples de voto.

O CRT será eleito anualmente em data a ser deliberada pelo Grêmio e/ou equipe pedagógica.

Compete ao CRT:a) Discutir e votar sobre propostas da Assembléia Geral e da Diretoria do Grêmio:b) Velar pelo cumprimento do Estatuto do Grêmio e deliberar sobre os casos omissos;c) Assessorar a diretoria do Grêmio na execução de seu programa administrativo;d) Apreciar as atividades da Diretoria do Grêmio, podendo convocar para esclarecimentos qualquer um de seus membros;e) Deliberar, dentro dos limites legais, sobre assuntos do interesse do corpo discente de cada turma representada;f) Deliberar sobre a vacância de cargos da Diretoria do Grêmio.

O Grêmio Estudantil “A VOZ DO CHAFIC” é o órgão máximo de representação dos estudantes da Escola Estadual "Dr. Chafic Cury."- Ensino Fundamental, Médio e Normal, localizado na cidade de Rio Azul e fundado em 19/04/2006, com sede neste Estabelecimento de Ensino.

O Grêmio tem por objetivos:

-Representar condignamente o corpo discente;-Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos da Escola;-Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;-Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho Escolar buscando seus aprimoramentos;-Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional, assim como a filiação às entidades gerais UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas);-Lutar pela democracia permanente na Escola, através do direito de participação nos fóruns internos de deliberação da Escola.

DO CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor aluno e os procedimentos adequados a cada aluno.

O Conselho de Classe tem por finalidade:

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-Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo plano curricular;

-Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

-Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;

-Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino evitando a comparação dos alunos entre si.

O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pelo Diretor Auxiliar, pela Equipe Pedagógica, e por todos os professores que atuam numa mesma classe.

A Presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor que, em sua falta ou impedimento, será substituído pelo Diretor Auxiliar.

O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em datas previstas em Calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o exigir.

A convocação para as reuniões será feita através de edital, com antecedência de 48 horas sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros convocados, ficando os faltosos passíveis de desconto nos vencimentos.

São atribuições do Conselho de Classe:-Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem,

respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe-Pedagógica;

-Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar;

-Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos na classe;

-Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em consonância com o plano curricular do Estabelecimento de Ensino;

-Colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário;

-Decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno que, após a apuração dos resultados finais atinja o mínimo solicitado pelo Estabelecimento, levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno até então.

Das reuniões do Conselho de Classe será lavrada ata por Secretário Ad hoc, em livro próprio, para registro, divulgação ou comunicação aos interessados.

CONSELHO ESCOLAR

É o órgão máximo de direção da escola. O Conselho Escolar tem por função consultar, deliberar e fiscalizar com o objetivo de estabelecer o Projeto Político da Escola, critérios relativos a sua organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites

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da Legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional traçada pela Secretaria de Estado da Educação.

São atribuições do Conselho Escolar: - Estabelecer e acompanhar a Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino;

- Analisar e aprovar o plano anual da Escola, com base na Proposta Pedagógica da mesma;

- Acompanhar e avaliar o desempenho do estabelecimento face às diretrizes, prioridades e metas estabelecidas no Plano Anual, redirecionando as ações quando necessário;

- Definir critérios para a cessão do prédio escolar para outras atividades que não as de ensino, observando os dispostos legais emanados da mantenedora, garantindo um fluxo de comunicação permanente, de modo que as informações sejam divulgadas a todos em tempo hábil;

- Analisar projetos elaborados com ou em execução por quaisquer dos segmentos que compõe a comunidade escolar, no sentido de avaliar a importância dos mesmos no processo ensino-aprendizagem;

- Propor alternativas de solução dos problemas de natureza administrativa e/ou pedagógica, tanto daqueles detectados pelo próprio órgão, como das que forem a ele encaminhados por escrito pelos diferentes participantes da comunidade escolar;

- Articular ações com segmentos da sociedade que possam contribuir para a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem.

- Elaborar e/ou reformular o Estatuto do Conselho Escolar sempre que fizer necessário;

- Discutir, analisar, rejeitar ou aprovar propostas de alterações no Regimento Escolar encaminhadas pela equipe pedagógico-administrativa ou membros do Conselho;

- Promover, sempre que possível, círculos de estudos envolvendo os Conselheiros a partir de necessidades detectadas, visando proporcionar um melhor desenvolvimento do seu trabalho;

- Tomar ciência do Calendário Escolar, observada a legislação vigente, e diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

- Discutir sobre a proposta curricular da escola, visando o aperfeiçoamento e enriquecimento desta, respeitadas as diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

- Estabelecer critério de distribuição de material escolar e de outras espécies destinado a alunos, quando fornecido pela Mantenedora ou obtido junto a outras fontes;

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- Assessorar, apoiar e colaborar com o Diretor em matéria de sua competência e em todas as suas atribuições, com destaque especial para:

a) O cumprimento das disposições legais;

b) A preservação do prédio e dos equipamentos escolares;

c) A aplicação de penalidades previstas no Regimento Escolar quando encaminhada pelo Diretor;

d) Adoção, e comunicação ao(s) órgão(s) competente(s) das medidas de emergência em casos de irregularidades graves na escola;

- Deliberar sobre aplicação de verbas existentes na escola.

CONSELHO ESCOLAR

Estabelecimento de Ensino: COLÉGIO ESTADUAL “DR. CHAFIC CURY.” – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL .Município: RIO AZUL - PARANÁ

REPRESENTANTES DA COMUNIDADE ESCOLAR

NOME FUNÇÃO NA ESCOLAMARIANO VICENTE TYSKI DIRETORMARIA MARGARETE M. KULKA SECRETÁRIALUCIA ZOREK CHOCHEL PEDAGOGARAQUEL TRENTINI AUX. SERV. GERAISALDA MARIA G. ZABOROSKI TÉC. ADMIN.

REPRESENTANTES DOS PAIS OU RESPONSÁVEISNOME PROFISSÃONAISA DE FATIMA BUHLER ESTUDANTEMARISA D. D. MAZUR FUNC. PÚBLICAGLADIR A. MILKIEVICZ EMPRESÁRIO

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVILNOME PROFISSÃO OU CARGOLUIZ EDILSON ZUCONELLI COMERCIANTESANDRO GIRARDI COMERCIANTEESTÁGIO

O Colégio Estadual "Dr. Chafic Cury."- Ensino Fundamental. recebe estagiários de diversas Universidades, mas devido à distância e a dificuldade de locomoção dos professores Orientadores, estes estagiários cumprem carga horária somente de observação.

Mesmo assim, Direção, Equipe Pedagógica e Professores, por entenderem ser de muita importância tal atividade na formação do acadêmico, zelam para que todo estagiário cumpra sua carga horária total e da melhor maneira possível.

Na modalidade EJA o estágio será em consonância com as orientações da SEED,

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oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.

O estágio obrigatório,o qual o aluno do curso formação de Docentes deve cumprir, encontra-se descrito em anexo no plano de estágio.

CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS

Nos últimos anos a escola tem sido instigada a refletir sobre sua função social em decorrência dos problemas sociais que vem surgindo dia após dia, portanto cabe à escola tentar reparar tais males. O Colégio tem a clareza que não da conta de tudo, mas de forma consciente e responsável podemos trabalhar ao longo do ano, em todas as disciplinas como temáticas os temas Cidadania e direitos Humanos, Educação ambiental, Educação Fiscal, Violência na Escola , Prevenção ao Uso de Drogas, Sexualidade e Educação para as Relações Étnicos Raciais e Diversidade Sexual.

FORMAÇÃO CONTINUADA

Entendemos que é muito importante que os profissionais da educação participem de um processo de estudos e aperfeiçoamento continuado. Por isto estaremos sempre incentivando professores e funcionários a participar de cursos e estudos, flexibilizando o horário de trabalho de maneira que possam participar de formações, além dos oferecidos pela SEED. O colégio aproveita também momentos como: Hora atividade de professores, Reuniões pedagógicas e Conselhos de Classe para acrescentar vídeos e textos que ajudem no aperfeiçoamento dos profissionais.

No que diz respeito a participação de pais e alunos, temos projetos antigos para a sua participação, porém é muito difícil conciliar horário e pessoas habilitadas para colocar em prática tais projetos, entretanto, buscaremos alternativas para a sua realização.

PLANO DE TRABALHO DOCENTEO Plano de trabalho docente é o documento que faz a mediação entre o professor e seu

trabalho em sala de aula, nele os professores delineiam o trabalho a ser realizado no dia a dia. Neste Colégio os professores realizarão seus planos de acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado, a cada bimestre, por série e terão como prazo de entrega à equipe pedagógica até 10 dias do início do bimestre.

QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS

É necessário estar sempre buscando recursos, sejam públicos ou privados, para a manutenção e melhoria dos equipamentos e espaço escolar. Sempre fizemos isto e, cada vez mais, estaremos procurando alternativas para oferecermos um ambiente de trabalho e estudo digno e acolhedor.

A escola dispõe dos seguintes recursos didáticos:

- 22 Aparelhos de TV;- 03 Vídeos Cassete;- 08 Aparelhos de DVD- 1 Antena parabólica;- 1 Retroprojetor;

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- 1 Antena Parabólica Digital- 2 Aparelhos de som;- 2 Amplificadores de som c/caixas acústicas;- 1 Episcópio;- 1 Microscópio;- 1 Fotocopiadora;- 3 Microcomputadores;- 6 módulos de computadores c/4 terminais;- 6 Impressoras;- 1 Dorso;- 1 Esqueleto;- Materiais esportivos em geral;- Materiais didáticos p/matemática;- 321 Conjuntos carteira/cadeira;- 10 Mesas de sala de aula;- Livros de pesquisa;- Livros didáticos;- Livros de literatura em geral;- Revistas;- 1 Filmadora;- Coleções de fitas de vídeo;- Coleção de CD músicas infantis / folclóricas;- 1 máquina fotográfica;- Laboratório de Informática;- 1 data-show.- 1 notebook- 1 data-show LS 5580-000/linux – PC educacional R01

PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

Tópicos Ações Período ResponsávelRegimento Escolar

-Reunião com o Conselho Escolar para discutir o regimento e garantir a efetivação do processo ensino-aprendizagem.

-1º semestre -Direção

Instâncias Colegiadas: Grêmio estudantil/APMF/Conselho escolar

-Incluir um professor para assessorar o Grêmio;-trazer a comunidade para a escola convidando-os mais vezes através de reuniões, jogos gincanas e comemorações.

-Ano todo -Direção e Professores

Entidades externas

- Contatar os secretários municipais, solicitando a disponibilidade de profissionais mais capacitados para fazer palestras à comunidade escolar.- Envolver professores e alunos em projetos conjuntos com as secretarias municipais.

-Ano todo -Direção e Equipe Pedagógica

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- Divulgar os resultados alcançados.- Escolher membros do Conselho Escolar após ampla divulgação e conhecimento de toda a comunidade, através de votação direta.

Planejamento participativo

-Revisão em julho com todos os envolvidos e adequação ou alterações necessárias.

-Fevereiro e Julho

-Todos

Cumprimento do Calendário escolar em dias letivos e horas-aulas

-Reposição de aulas em caso de alguma eventualidade.

-Ano todo -Todos

Relação Escola e comunidade

-Incentivar a participação comunitária na escola;-conscientizar os alunos da importância dos pais na escola, trabalhando com metas (aumentando o nº de pais) no intuito de acompanhar o processo ensino- aprendizagem-Reunião bimestrais com os pais por série;-Promoção de “mutirões” com professores, funcionários, pais, alunos e comunidade escolar, como forma de valorizar o patrimônio.

-Ano todo -Direção equipe pedagógica e Professores

Programa Paraná Alfabetizado

-Divulgação do programa;-Convidar pessoas da comunidade sem escolarização no intuito de participar do programa.

-Ano todo -Direção equipe Pedagógica e professores.

Proposta pedagógica Curricular/ Plano de trabalho docente

-Implementação da Proposta durante o ano;-Reuniões por disciplinas;-participação e socialização pelo professor PDE da sua estratégia de ação;-troca de experiências e de materiais didáticos, visando o enriquecimento do trabalho pedagógico em sala de aula;-Hora atividade por área para que haja mais discussões dos temas trabalhados que constam no Plano de trabalho Docente.

-Fevereiro e Julho;-Ano todo

-Equipe Pedagógica e professores

Avaliação Escolar

-Conscientização do aluno da necessidade de justificar as faltas em dias de avaliações e entrega de trabalhos;-Contato telefônico instantâneo com os pais.

-Ano todo Equipe Pedagógica e professores

Conselho de Classe

-Pré Conselhos com equipe pedagógica e as turmas; visando melhoria no processo ensino-aprendizagem-Conselho com todos os professores e representantes de turmas;-Pós conselhos com equipe Pedagógica e turmas.

-Maio, Julho, Outubro e Dezembro

-Direção Equipe pedagógica

Hora Atividade -Tentar adequar o máximo possível os horários dos professores para favorecer o encontro por disciplina

-Ano todo -Direção e professores

Recuperação de estudos

-Paralelamente a cada conteúdo -Ano todo -Professores

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Sala de Apoio e Sala de Recursos

-conscientizar os pais da importância do apoio aos alunos;-Solicitar auxilio do Conselho Tutelar quanto a freqüência dos alunos;-Implantar a Sala de apoio do 6º ao 9º ano.

-Ano todo -Equipe pedagógica e professores das Salas

Registro e acompanhamento pedagógico de alunos inclusos

-Identificar nos livros registros estes alunos;-Solicitar orientações de profissionais especializados e fornece-los aos docentes atendendo as necessidades educacionais dos alunos;-Proporcionar e incentivar a participação dos pais e ou responsáveis no processo de ensino/aprendizagem.

-Ano todo -Equipe pedagógica e professores

Enfrentamento à Evasão

-Incentivo através de atividades extra classes;-Maior ênfase ao programa Fica.

-Ano todo -Equipe pedagógica, professores e Direção

Formação Continuada

-Incentivo aos profissionais da escola em participar assiduamente em Jornadas Pedagógicas, Grupos de Estudos, DEB Itinerante,Simpósios,Seminários,Encontros e Cursos, PDE,GRT e Folhas.-Flexibilizar o horário de professores e funcionários de maneira que possam participar de cursos de formação, além dos oferecidos pela SEED.

-Ano todo -Direção e Equipe Pedagógica

Projetos Específicos da Escola

-Maior participação de todo o colegiado na execução dos projetos como: Atividades Culturais, Reciclando e Ornamentando a Escola, Atividade Cívicas, Agenda 21 e Outros.

-Ano todo Direção Equipe Pedagógica e Professsores

Programas Institucionais

-Serão executados conforme instruções da SEED. -Ano todo Direção Equipe pedagógoca e Professores

Conteúdos Obrigatórios

-Serão trabalhados ao longo do ano letivo em todas as disciplinas;- Em projetos específicos da escola alguns do desafios serão abordados como: *Apresentação da Culinária Afro para conhecimento na Semana da Cultura Afro; *Palestras de Orientação e Conscientização com profissionais de Saúde e Segurança; *Diálogo e acompanhamento de alunos e familiares em caso de atos Disciplinares.

-Ano todo Direção Equipe Pedagógica e Professores

- Laboratórios de informática/ TV Pendrive, acervo da Biblioteca serão utilizados com os alunos de acordo com os Planos de Ação .- Readaptar a sala de professores ligando diretamente a biblioteca, como ambiente de leitura e pesquisa.

Ano todo Professores e Bibliotecária

COSIDERAÇÕES

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A experiência nos mostrou que é difícil planejar e executar ações na área da administração escolar pública, pois estamos sujeitos às políticas educacionais e administrativas de nosso mantenedor que é o Governo Estadual.

Mas como precisamos ter rumos traçados para conseguirmos êxito em nossa jornada, muitos projetos surgem no dia-a-dia, dos quais alguns conseguimos executar plenamente e outros não.

Nosso projeto principal é a gestão compartilhada onde todos possam participar do planejamento, execução e verificação dos resultados obtidos. Para tanto, é primordial que o Projeto Político Pedagógico da escola seja respeitado, pois só assim teremos uma escola democrática e que atingirá seus objetivos, que é a formação integral do aluno como cidadão.

PROJETOS A SEREM DESENVOLVIDOS

- Combate a evasão e Repetência; (FICA)- Reciclando e Ornamentando a Escola; (Meio Ambiente)- Visitação à Indústrias do Município;- Limpeza da Escola através da Coleta e Reciclagem de Lixo (Meio

Ambiente);- Atividades Cívicas;- Histórias em Quadrinhos;- TV na Sala de Aula;- Atividades Culturais e Esportivas - Agenda 21.- Saúde e Prevenção nas Escolas ( Prevenção da gravidez, DSTs, HIV,

AIDS e Drogas na Adolescência)

Os projetos acima relacionados foram elaborados visando sanear problemas encontrados na escola, seja de comportamento, conscientização sobre os problemas ecológicos, desenvolver a prática esportiva, incentivar a leitura, etc.

Nem todos estes projetos são executados dentro de um mesmo ano letivo, pelo falta de tempo e por estarmos dando prioridade a execução da AGENDA 21 da Escola. Os projetos que são realizados têm apresentado uma excelente participação de alunos, professores, funcionários e comunidade com resultados muito satisfatórios.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS56

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DELIBERAÇÃO 014/1999.DELIBERAÇÃO 016/1999.DELIBERAÇÃO 02/2001.DELIBERAÇÃO 02/2003.DELIBERAÇÃO 09/2001.INSTRUÇÃO Nº 009/2011 – SUED/SEEDLA ROSA, Jorge. Psicologia e Educação: O Significado do Aprender, 6ª edição. Porto Alegre. Edipucrs,2003.LDB Nº 9394/96.RESOLUÇÃO 2243, D.O.E. – 24/04/81.RESOLUÇÃO 2258, D.O.E. – 11/12/81.RESOLUÇÃO 3120/98.VEIGA, Ilma Passos, Projeto Político da Escola: Uma Construção Coletiva, 1995.LEI Nº 8069/90 Estatuto da Criança e do Adolescente FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS DAS DISCIPLINAS DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR, do curso de formação de docentes- curso de formação de docentes – normal, em nível médio/ Secretaria de estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação e Trabalho – Curitiba: SEED – PR., 2008. – 242p.

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PROPOSTAS CURRICULARES D0

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA: ARTE58

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1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A arte sempre esteve ligada a história do homem, tornando possível o registro estético

de costumes e visões de mundo. Desenvolver essa história e cultura nos faz conhecedores de

nós mesmos. A Arte como forma de comunicação, como veículo transmissor de cultura e

formadora de linguagem cultural do indivíduo.

Toda linguagem artística possui um sistema organizado de signos que possibilita a

comunicação e a interação.

Portanto, para que haja comunicação, a primeira condição é o domínio de

determinados códigos. Assim, ensinar arte não é simplesmente apresentar certos elementos da

linguagem visual, musical ou cênica, relacionar características artísticas com seus respectivos

autores ou conhecer uma história da arte dita universal.

Na articulação entre indivíduo e sociedade, o desenvolvimento da noção de cidadania

passa, necessariamente, por uma identidade que reconhece através do dialogo com a produção

cultural regional, nacional e mundial. Para isso, é preciso que o fazer pedagógico ao professor

de Arte, por meio dos conteúdos, possibilite aos alunos estabelecer as inter-relações entre os

conhecimentos adquiridos e a diversidade cultural, de forma que esses saberes se tornem

carregados de sentido.

A Arte como um conjunto de linguagens artísticas, possui um sistema de signos que

são compreendidos pelos sentidos. A apropriação do conjunto de elementos que compõem o

conhecimento estético, propicia ao indivíduo a construção e compreensão de significados que

podem ser reorganizados para se elaborar novos conceitos sobre a realidade, favorecendo o

exercício de cidadania tornando-se capaz de compreender, analisar, transformar-se assim na

sociedade.

A partir desses apontamentos, a Arte apresenta-se como componente curricular

responsável por oportunizar ao aluno o acesso sistematizado aos conhecimentos em Arte, por

meio das diferentes linguagens artísticas. Desta forma, o objetivo de Arte, no Ensino

Fundamental é instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em Arte que o permitam

utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais.

De acordo com a lei n. 11.645/08, trabalhar a História e Cultura Afro- brasileira, a

arte indígena, como raízes da cultura brasileira, a educação no campo, compreendendo a

evolução cidade e campo, e a inclusão para viver em uma sociedade igualitária, bem como a

história do Paraná, conforme a lei n.º 13.338/01 e a musica (lei n.º 11.645/08).

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Sendo assim cada cultura possui a sua lógica, a qual funciona como lente através da

qual o homem vê, compreende, inclui, localiza, insere na diversidade bem como se relacionar

em uma sociedade, em um espaço, enfim participa, ressignifica, percebe o mundo em que

vive e ao seu redor.

2- OBJETIVOS

Os objetivos a serem abordados são:

As varias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região, as várias

dimensões de cultura, entretanto toda manifestação artística como produção cultural.

As peculiaridades de cada aluno/escola como ponto de partida para a ampliação dos

saberes em arte.

As situações de aprendizagem que permitem ao aluno a compreensão dos processos de

criação e execução nas linguagens artísticas.

A expressão como meio fundamental para a ressignificação desse componente curricular,

levando em conta que essa prática favorece o desenvolvimento e o reconhecimento da

percepção por meio dos sentidos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

6º AnoELEMENTOS FORMAIS

Artes Visuais:

Ponto

Linha

Superfície

Textura

Volume

Luz

Cor

Forma

Música:

Altura

Duração

Timbre

COMPOSIÇÃO

Artes Visuais:

Figurativa/abstrataFigura fundoBidimensionalTridimensionalSemelhanças/contrastesRitmo visualGênero: paisagem, retrato, natureza-mortaTécnicas: pintura, gravura, desenho, escultura, arquitetura, vídeo, …

Música:RitmoMelodiaEscala: diatônica e pentatônica

Teatro: Espaço cênico, adereços, jogos teatrais, máscaras, …Gênero: Tragédia, comédia e circo

Dança: KinesferaEixo

Movimentos e Períodos

Arte popular

Arte indígena

Arte brasileira

Arte paranaense

Industria cultural

Arte pré-histórica

Arte egípcia

Arte africana

Greco-romana

Renascimento

Dança Clássica

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Intensidade

Densidade

Teatro:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação e espaço

Dança:

Movimentos corporais

tempo

espaço

Ponto de apoioFormação de níveisImprovisação

7º. AnoELEMENTOS FORMAIS

Artes Visuais:

Ponto

Linha

Superfície

Textura

Volume

Luz

Cor

Forma

Música:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Teatro:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

COMPOSIÇÃO

Artes Visuais:

ProporçãoTridimensionalFigura e FundoAbstrata PerspectivasTécnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura, …Gênero: Paisagem, retrato, natureza morta

Música:RitmoMelodiaEscalasGênero: folclórico, indígena, popular e étnicoTécnicas: vocal, instrumental e mista

Teatro: Representação, leitura dramática, cenografiaTécnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadasGênero: Rua e arenaCaracterização

Dança:Ponto de apoioRotaçãoCoreografiasSalto e quedo

Movimentos e Períodos

Arte popular

Arte indígena

Arte brasileira

Arte paranaense

Rococó

Arte ocidental

Arte Oriental

Arte africana

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Ação e espaço

Dança:

Movimentos corporais

tempo

espaço

PesoFluxoGênero: folclórica, popular e étnica

8º. AnoELEMENTOS FORMAIS

Artes Visuais:

Ponto

Linha

Superfície

Textura

Volume

Luz

Cor

Forma

Música:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Teatro:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação e espaço

Dança:

Movimentos corporais

tempo

COMPOSIÇÃO

Artes Visuais:

semelhanças e contrastesritmo visualestilizaçãodeformaçãoTécnicas: pintura, desenho, vídeo, áudio visual e mista…

Música:RitmoMelodiaHarmoniatonal, modal. Fusão de ambosTécnica: vocal, instrumental e mista

Teatro: Representação de cinema e Mídias, textos dramáticos, maquiagem, sonoplastia, roteiroTécnica: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica, ...

Dança: giro, rolamento, saltosAceleração e desaceleraçãodireção, improvisação, coreografia, sonoplastia

Movimentos e Períodos

Indústria Cultural

Arte no século XX

Arte Contemporânea

Música Eletrônica

Arte Minimalista

Rap, Rock, Tecno

Hip-hop

Arte Popular

Realismo

Expressionismo

Cinema novo

Dança Moderna

Arte indígena

Arte Africana

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espaço

9º. AnoELEMENTOS FORMAIS

Artes Visuais:

Ponto

Linha

Superfície

Textura

Volume

Luz

Cor

Forma

Música:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Teatro:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação e espaço

Dança:

Movimentos corporais

tempo

espaço

COMPOSIÇÃO

Artes Visuais:

BidimensionalTridimensionalfigura-fundoRitmo VisualGênero: paisagem urbana, cenas do cotidiano, …Técnicas: pintura, grafitte, performance

Música:RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, instrumental e mistaGênero: popular, folclórico e étnico

Teatro: Dramaturgia, CenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurinoTécnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-forum...

Dança: KinesferaPonto de apoioPeso, fluxo, quedas, saltos, giros, rolamentos, extensão, DeslocamentoGênero: performance e moderna

Movimentos e Períodos

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte Latino-americana

Hip-hop

Musica engajada, popular e brasileira

Arte contemporânea

Teatro engajado, oprimido,

pobre, …

Vanguardas

Arte Moderna

Arte Indígena

Arte Africana

4- Metodologia

O ensino da Arte, alem de promover conhecimentos sobre as diversas áreas de arte, possibilita

ao aluno a experiencia de um trabalho criador total e unitário. Sendo assim o aluno ampliar o 63

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repertório cultural, a partir de conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando-o

do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações. Visando isto, as atividades serão

desenvolvidas através da escolha de conteúdos estruturantes, fazendo com que enfoque ao aluno a arte

como ideologia, arte como forma de conhecimento e a arte como trabalho criador, em sala de aula,

tendo como referencia de compreender e analisar os seus próprios trabalhos, aprender noções e

habilidades para desenvolver trabalhos artísticos nas linguagens de arte (música, artes visuais, dança e

teatro), além de noções de habilidades de apreciação estética e análise crítica do patrimônio artístico e

cultural.

Dentro deste contexto cabe ressaltar que a comunidade escolar tem como sua origem o

campo, portanto serão efetuados trabalhos visando a percepção e a interação entre o campo e a cidade.

As associações da arte com a cultura e com linguagem no Ensino Fundamental será abordada

aos alunos através de recursos didáticos como textos, debates, painéis, imagens, TV e outros,

tornando-se assim possível trabalhar com a educação indígena e afro-brasileira, com alunos com

necessidades especiais, centrando-se no conhecimento e avaliando assim seu desempenho criativo e

cultural em um todo. Sendo assim considera-se que nesse nivel de ensino se darão os primeiros

contatos formais dos sujeitos com a arte. Dessa forma, a apropriação dos conhecimentos específicos da

disciplina se dará, a princípio, a partir da sua realidade cultural, na interação do aluno com as

produções, manifestações artísticas abordadas pelo professor, ampliando que o aluno apresente uma

vivencia e um capital cultural próprio, constituindo em outros espaços, como a família, grupos,

associações, religião e outros visando assim uma visão de mundo e compreender as construções

simbólicas de outros sujeitos, a perceber as mais diversas realidades culturais, tais como a História do

Paraná (lei n.º 13.381/01), história e cultura afro-brasileira, africana e indígena (lei n.º 11.645/08) e a

música (lei n.º 11.645/08), conforme a instrução n.º009/2011-SUEED/SEED.

4- AVALIAÇÃO

A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de mediação da apreensão de

conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Com referência ao

ensino e aprendizagem de arte, o ato avaliativo não pode ser uma simples mensuração de produtos

finalizados, isso porque nem sempre o resultado de um trabalho em arte reflete os procedimentos e as

motivações presentes em seu surgimento. Segundo Edmund B. Feldman, ele define a avaliação como

um processo de verificação do que como o aluno pratica elaborações artísticas e estéticas sobre o

mundo, ressaltando que ele está aprendendo desde o inicio do trabalho pedagógico, compete ao

professor reconhecer o caráter desse aprendizado e, portanto, avalia-lo.

O objetivo da arte no ensino Fundamental é propiciar ao aluno o acesso aos conhecimentos

presentes nos bens culturais, por meio de um conjunto de saberes em Arte que lhes permitam

utilizaram-se desses conhecimentos na compreensão das realidades e amplie o seu modo de vê-las.

A Avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os

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conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no processo, quanto na produção

individual e coletiva desenvolvidas a partir desses saberes.

O ato de avaliar exige que se defina aonde se quer chegar, também que se estabeleçam

critérios, para que em seguida sejam escolhidos os procedimentos, inclusive aqueles que são referentes

à seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo de ensino e de aprendizagem.

Deve-se levar em consideração como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele

se relaciona com os colegas nas discussões em grupo, com oportunidades para o aluno apresentar,

refletir e discutir sua produção e a dos colegas, fazendo com que o aluno com necessidades educativas

especiais acompanhe junto com os demais alunos os conteudos abordados de forma significatica,

atraves da adaptação dessas atividades, conforme a deficiencia que apresenta.

A avaliação permitirá ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos produzidos e

estudados, devendo ser contínua, cumulativa, diagnóstica, somatória e processual, ou seja, o aluno será

continuamente avaliado. Os instrumentos de avaliação serão variados tais como: trabalhos em grupo,

individuais, criação de formas artísticas demonstrando algum tipo de habilidade, prova escrita,

desenvolvimento individual ou em grupo em todas as linguagens da arte, trabalhos manuais,

aproveitamento em sala de aula, bem como avaliação da criatividade e pesquisa.

Aos alunos com necessidades educativas especiais, as atividades serão adaptadas conforme as

necessidades dos alunos e suas deficiencias, bem como as avaliaçoes, que tambem serão adaptadas,

diferenciando-as dos demais educandos, conforme a necessidade do educando.

As avaliações serão feitas no decorrer de cada bimestre e o aluno deverá atingir a média do

estabelecimento de ensino, sendo pelo menos duas avaliações bimestrais para a disciplina de Arte. A

recuperação paralela será feita com a retomada dos conteúdos trabalhados no decorrer do bimestre, de

acordo com o nível ou a dificuldade de cada aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASARNHEIM, Rudolf, Arte e percepção Visual- uma Psicologia da Visão Criadora, 1.ª edição, Editora Pioneira, São Paulo, 2002.

BARBOSA, Ana Mae, A imagem no ensino da arte, 5.ª edição, São Paulo, Editora Perspectiva, 2004.

BRIOSCHI, G., Arte hoje. 5, 6, 7, 8. FDT, 2003

GARCEZ, L.; OLIVEIRA, Y. Explicando Arte. Ediouro, 2001

HADDAH. D.A.; MORBIN, D.G. Arte de fazer Arte. Saraiva, 2004.

JUNIOR, M.J.Educação Artística, Ática, 1991

OSTROWER,F.Universo da Arte. Ática, 19..

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Curitiba, 2008

STRICKLANDE, C., Arte comentada: da pré- história ao pré-moderno. Rio de Janeiro, Ediouro, 2004

TELLES, N. Encontro com a expansão artística. Saraiva, 1980

VALDERES, S. ; DINIZ, C. Arte no cotidiano escolar. 3.ª edição, Minas Gerais: FEPI, 2001

VENTRELLAR, R. ; ARRUDA. J. Link da Arte. Moderna, 2004

DISCIPLINA: CIÊNCIAS 65

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1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

A proposta de ensino de Ciências Naturais da Escola Estadual “Dr. Chafic Cury”- Ensino Fundamental, está em consonância com o disposto no artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases. As Ciências Naturais fazem parte de uma área de conhecimento clássica na formação do aluno e de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, ela vai contemplar um conhecimento do mundo físico e natural baseado na realidade social e política do Brasil, onde o ensino de atitudes e valores estejam envoltos no processo educacional, tendo em vista o cidadão consciente, participativo e apto a decidir e atuar na realidade sócio - ambiental, comprometido com a vida.

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998). Sendo que esta traz junto com esses momentos as inovações e descobertas, fazendo com que a forma em que vemos a Ciência mude de acordo com a necessidade que temos no determinado tempo histórico.

Como princípio de grandes descobertas, tem o fogo, como marco histórico para a humanidade. Há aproximadamente dez mil anos, o homem passa de coletor e caçador para agricultor, passando a cultivar a terra e criar animais.

Já, em meados do século XI e XVI na renascença das grandes navegações, há o aparecimento de grandes pensadores e pesquisadores. As navegações promovem o conhecimento da Biologia dentro da Botânica e da Zoologia, na área de Química, a descoberta da pólvora e da Física, o magnetismo, a mecânica e a óptica.

Entre os grandes pensadores estão, Leonardo Da Vinci, conhecedor das áreas de anatomia, hidráulica, óptica, botânica, geologia, arquitetura, matemática, engenharia e filosofia. Nicolau Copérnico, defendendo o heliocentrismo. Galileu Galilei defendia as ideias de Copérnico. O francês Bacon criou a ciência experimental através do método científico. Isaac Newton determinou as leis do movimento e a natureza como algo regular e previsível. Sendo que as obras filosóficas e históricas passam a ser influenciadas pela ciência de Galileu e Newton.

No século XVIII, Lavoisier faz a transmissão definitiva da alquimia para a química, publicando “Tratado Elementar de Química”.

O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado pelo estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da Natureza. Isto não significa que no período pré-científico os naturalistas não se utilizavam de métodos para a investigação da Natureza, porém, tal investigação, reduzia-se ao uso de instrumentos e técnicas isolados. Nessa fase de descobertas temos alguns avanços na área biológica através de Charles Darwin com seu livro “A origem das espécies”, que mudou o pensamento a favor da evolução através da seleção natural. E Mendell descobre os princípios da hereditariedade, constituintes dos conhecimentos da genética.

Finalmente, chegando ao século XX a ciência passa a contribuir com grandes invenções, avanços tecnológicos, biológicos, geológicos, buscando constantemente explicações para novas descobertas. E para formar novos pensadores e pesquisadores, a Ciência tornou-se área de conhecimento e entrou nos currículos escolares.

As concepções de Ciências adotadas ao longo da história interferem na organização do currículo de Ciências, a qual deve ser vista como processo de construção humana, “ (…) deixando de ser encarado como mera transmissão de conceitos científicos, para ser compreendido como processo de formação de conceitos científicos possibilitando a superação

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das concepções alternativas dos estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica ( LOPES, 1999; et al Paraná, p. 61; 2008) ”.

Esta proposta tem como pressupostos teórico-metodológicos a intenção de contribuir com a formação de indivíduos autônomos, com uma visão ampla de mundo, capazes de nele intervir transformando sua realidade como cidadãos competentes, informados e críticos.

O aluno deve perceber que a Ciência está em constante desenvolvimento, possibilitando a descoberta de novas tecnologias e melhoria de qualidade de vida e que este faz parte deste contexto podendo contribuir para o desenvolvimento de Ciências.

A perspectiva das Ciências como aventura do saber humano, fundamentadas em procedimentos, necessidades, diferentes interesses e valores, refletem a sua natureza dinâmica, articulada e histórica.

2-CONTEÚDOSCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

5ª série/6º ano 6ª série/7º ano 7ª série/8º ano 8ª série/9º ano

Astronomia -Universo;

-Sistema Solar;

-Movimentos Terrestres;

-Movimentos celestes;

-Astros

- Astros;

- Movimentos Terrestres;

- Movimentos Celestes

- Origem e Evolução do Universo

- Astros;

- Gravitação Universal.

Matéria -Constituição da Matéria;

- Constituição da Matéria

- Constituição da Matéria

-Propriedades da matéria

Sistema Biológicos - Níveis de Organização;

- Célula;

- Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

- Célula

- Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

- Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos;

- Mecanismos de herança genética

Energia - Formas de Energia;

- Conversão de Energia; -Transmissão de Energia

- Formas de Energia;

- Transmissão de Energia

- Formas de Energia; - Formas de Energia;

- Conservação de energia

Biodiversidade - Organização dos Seres Vivos;

- Origem da Vida;

- Organização dos

- Evolução dos Seres Vivos

- Interações Ecológicas

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- Ecossistemas;

- Evolução dos Seres Vivos

Seres Vivos;

- Sistemática

3- OBJETIVOS:

Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade, como agente de transformação do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente.

Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade humana, histórica associada a aspectos de ordem social, econômica política e cultural.

Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia, condições de vida no mundo de hoje e em sua evolução histórica e compreender a tecnologia como meio para suprir as necessidades humanas, sabendo elaborar juízos sobre riscos e benefícios das práticas científicos – tecnológicas.

Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes.

Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das ciências naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.

Utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida.

Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e informações.

Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento.

Reconhecer que o ser humano sempre se envolveu com o conhecimento da natureza relacionando-os com outras culturas e atividades humanas.

Valorizar a disseminação de informações socialmente relevantes na própria comunidade.

Valorizar o cuidado e o respeito para com o próprio corpo, com atenção para o desenvolvimento da sexualidade e para os hábitos de alimentação, de convívio e de lazer e ainda a conservação dos ambientes.

Elaborar individualmente e em grupo, relatos orais e outras formas de registros de um tema em estudo, considerando informações obtidas por meio de observações, experimentação, textos e outros subsídios.

Elaborar perguntas e hipóteses, selecionando e organizando dados e ideias para resolver problemas.

Caracterizar os movimentos visíveis de corpos celestes e o seu papel na orientação espaço-temporal hoje e no passado da humanidade.

Caracterizar as condições e a diversidade da vida no planeta terra em diferentes espaços e ecossistemas brasileiros.

Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental, a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias alimentares.

Compreender a alimentação humana, a obtenção e a conservação dos alimentos, sua digestão no organismo e o papel dos nutrientes na sua constituição e saúde.

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Confrontar as diferentes explicações individuais e coletivas reconhecendo a existência de diferentes modelos explicativos na ciência, inclusive de caráter histórico, respeitando as opiniões, para re-elaborar suas ideias e interpretações.

Elaborar individualmente e em grupo relatos orais escritos, perguntas e suposições acerca do tema em estudo, estabelecendo relações entre as informações obtidas por meio de trabalhos práticos e de textos, registrando suas próprias sínteses mediante tabelas, gráficos, esquemas, textos e maquetes.

Compreender a história evolutiva dos seres vivos, relacionando-a aos processos de formação do planeta.

Caracterizar as transformações tanto naturais como induzidas pelas atividades humanas, na atmosfera, na litosfera, na hidrosfera e na biosfera, associados aos ciclos dos materiais e ao fluxo de energia na terra, reconhecendo a necessidade de investimento para preservar o ambiente em geral e principalmente nesta região do município de Rio Azul.

Compreender o corpo humano e sua saúde como um todo integrado por dimensões biológicas, afetivas e sociais, relacionando prevenção de doenças e promoção da saúde das comunidades as políticas públicas adequadas. Compreender as diferentes dimensões da reprodução humana e os métodos

anticoncepcionais, valorizando a sexualidade, o sexo seguro e a gravidez planejada.

4- METODOLOGIA

No ensino de Ciências a metodologia aplicada será flexível e essencial a realização de atividades variadas que promovam o aprendizado através de abordagens, estratégias e recursos pedagógicos adequados à mediação pedagógica, contribuindo para que o aluno se aproprie de conceitos científicos de forma mais significativa, como:- Criar oportunidade para expor um determinado conteúdo através do qual os alunos colocarão seus significados pessoais do que estará sendo estudado. O professor buscará problematizar para promover a evolução conceitual do aluno, a aprendizagem dos procedimentos e a compreensão dos valores humanos;- Será garantido, também, o tempo para discussão em classe de todos os trabalhos, atividades e outros exercícios;- Transformação, às vezes radical, na compreensão dos objetos de estudo.-Coletar,organizar, interpretar e divulgar informações sobre as transformações nos ambientes provocadas pela ação humana;- Investigar a diversidade dos seres vivos, compreendendo cadeias e teias alimentares e características adaptativas, valorizando-as e respeitando-as;- Comparar os diferentes ambientes nos ecossistemas brasileiros, suas inter-relações e interações com o solo, clima, disponibilidade de luz e de água e com as sociedades humanas;-Elaborar junto com os alunos, sínteses, tabelas, gráficos, textos e maquetes dos temas diversos para entender o conteúdo;--Fazer visitas e pesquisas a realidade e ambientes sociais diversos, com apresentação e esquematização de relatórios.--Utilizar os recursos pedagógicos/tecnológicos: livro didático, textos de jornal e revistas científicas, figuras, música, quadro de giz, mapas ( biológicos), globo, modelo didático( torso, esqueleto, célula, entre outros), microscópio, lupa, jogos, televisão, retroprojetor, computador para simulações de experiências em laboratório;

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- Visitas a museus nacionais e internacionais pela internet, softwares da área de ciências, pesquisa de dados na internet, imagens, etc.-Digitalizar, fazer relatórios de trabalhos feitos na comunidade nas áreas de ecologia, saúde, poluição e meio ambiente em geral;-Utilizar e pesquisar através de cd-rom e internet os diversos conteúdos curriculares, dando ênfase à resolução de atividades como método de avaliação;-Integrar a disciplina de Ciências com outras áreas, navegando na internet,pesquisando posições e espaços geográficos, dados estatísticos de parques ecológicos, outros tipos de meio ambiente e conteúdos curriculares.

Os conteúdos específicos serão tratados ao longo dos quatro anos do Ensino Fundamental, respeitando o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural e as diferentes formas de apropriação dos conteúdos por parte dos alunos. Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/11/SUED/SEED serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina de Ciências propostos nas DCEs: -Estudos sobre as teorias antropológicas;-Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos: abordar os conflitos entre epidemias/endemias e o atendimento à saúde, entre as doenças e as condições de higiene proporcionadas à população, bem como o índice de desenvolvimento(IDH);-Estudo das características biológicas ( biótipo ) dos diversos povos;-Hábitos alimentares e condimentos da cultura afro-brasileira;-Plantas medicinais;-Medicina indígena;--Hábitos alimentares dos índios (caça, pesca, colheita);-Agricultura;-Trabalho: divisão social e territorial;-Cultura e identidade;-Interdependência campo - cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável;-Organização política, movimentos sociais e cidadania.

5- AVALIAÇÃO:

A Avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem, através de uma interação contínua com os alunos de forma sistemática, sendo contínua, diagnóstica e cumulativa, levando em conta o conhecimento dos alunos, confrontando com o conhecimento adquirido, a sua prática social, relações e interações estabelecidas por eles, no seu processo cognitivo.

Serão aferidos valores de zero a dez pontos para cada atividade avaliativa, as quais serão somadas e divididas pelo total destas, sendo que esta média será a nota bimestral do aluno. A avaliação será adaptada às limitações dos alunos portadores de necessidades especiais.

Os instrumentos utilizados para a realização do processo avaliativo serão diversificados, como: -Relatórios de atividades relacionados a visitas ao meio ambiente e de vídeos;-Pesquisas em livros, revistas, TV, e outras fontes sobre assuntos paralelos aos conteúdos ou de interesse particular dos alunos;-Atividades realizadas em cadernos;-Participação ativa dos alunos nos questionamentos e debates de determinados conteúdos;-Mini-aulas (grupos de alunos que pesquisam, estudam e apresentam parte de um conteúdo para os colegas);

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-Prova escrita e objetiva (ao menos uma por bimestre);-Experimentos feitos nos diversos temas, através de aula prática, com apresentação de relatórios;-Apresentação de peças teatrais;-Participação de trabalhos realizados na Feira das Ciências;-Execução e apresentação de trabalhos diversos;-Participação em projetos desenvolvidos na escola;-Trabalhos com pesquisa individual, dupla ou grupo.

A recuperação será feita paralelamente durante o processo ensino-aprendizagem e entendida como um dos aspectos do seu desenvolvimento contínuo no qual o aluno com aproveitamento insuficiente, disponha de condições próprias que lhe possibilitem a apreensão dos conteúdos básicos.

6-REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba-2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: Inserção dos Conteúdos de Cultura Afro- brasileira e Africana nos Currículos Escolares.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO DO ESTADO DO PARANÁ.

SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃO. Ministério da educação, Secretaria da educação Especial. Brasilia2005.

CANTO, Eduardo Leite do. Ciências Naturais – Aprendendo com o Cotidiano. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2009.

EDUCAÇÃO FÍSICA

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1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física inicialmente era voltada para o militarismo. Tempos depois

tornou-se higienista, visando corpos saudáveis, tendo uma evolução na década de 30 para

tecnicista, onde priorizava-se a formação de atletas.

Em meados da década de 80, passaram a existir tendências ou correntes, que

criticavam o modelo vigente até então. Sendo estas: Desenvolvimentista (movimento é o

principal); Construtivista (dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano); Crítico

Superadora (objetivo da Educação Física é a cultura corporal) e Crítico Emancipatória (forma

de comunicação do movimento humano com o mundo, independente do segmento social a

que se pertence)

Atualmente a disciplina se baseia pela abordagem Crítico Superadora, pois

considera-se a corrente mais abrangente envolvendo o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e

a dança.

A proposta de ensino de Educação Física do Colégio Estadual “Dr. Chafic Cury” –

Ensino Fundamental e médio, está em consonância com o disposto na atual Lei de Diretrizes e

Bases que orienta para a integração da disciplina na proposta pedagógica da escola, visando a

compreensão das práticas corporais através de várias possibilidades que afirmam valores e

sentidos contribuintes para a formação humana, sendo este trabalho desenvolvido do 6 ao 9

ano.

Nos últimos anos a Educação Física escolar transformou-se de disciplina que

apenas ensinava técnicas esportivas em um componente curricular que visa desenvolver

conteúdos sociais, culturais, pedagógicos e históricos. Rompe as antigas perspectivas da

aptidão física cujas concepções não ultrapassavam os aspectos fisiológicos e técnicos.

Entende-se a Educação Física como uma área de conhecimento da cultura

corporal de movimento e a educação física escolar como uma disciplina que introduz e integra

o aluno, formando o cidadão que vai produzi-lo, reproduzi-lo e transforma-la,

instrumentalizando-o para usufruir dos conteúdos em benefício crítico da cidadania e da

melhoria da qualidade de vida.

Ressalta-se ainda que a inclusão faz parte da transformação da educação. A tempos

atrás, o aluno de Educação Física era submetido nas aulas, a passarem por uma forma de

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treinamento, onde visava-se apenas a aptidão física da pessoa. Com influência da mídia e a

própria evolução, a Educação Física se transforma em disciplina que se preocupa tanto com o

corpo como com a mente, analisando a pessoa como um todo.

Com isso, tem-se a importância de pensar os alunos como pessoas individuais,

cabendo a nossa disciplina trabalhar com as individualidades de todos, independente de

portarem deficiência física ou mental, preconceito racial e social.

A inclusão deve afirmar a pluralidade, a diferença, o aprendizado com o outro,

algo que todos os alunos devem ter como experiência formativa.

Ainda quanto ao reconhecimento das diferenças, é preciso valorizar as

experiências corporais do campo e dos povos indígenas, valorizar as práticas corporais de

cada segmento social e cultural nas escolas urbanas e com isso os alunos tenham ampliado seu

horizonte de expressão corporal.

O professor terá como instrumento de trabalho os conteúdos estruturantes

(expressividade corporal) enfocando os conteúdos específicos (jogos, esportes, dança, luta,

ginástica) compreendendo os diferentes saberes, valores, sentimentos e crenças que interferem

sobre a constituição de nosso corpo, tanto no plano individual como no social.

A corporalidade não se manifesta somente nas aulas de Educação Física, mas nas

diferentes experiências formativas, indo além da vida escolar e se refletindo em toda a vida

social dos sujeitos.

2-OBJETIVOS:

Ensinar aos alunos o que eles precisam aprender para ser cidadãos que saibam

analisar, decidir, planejar, expor suas idéias e ouvir as dos outros

Valorizar todas as atividades corporais, bem como ter a capacidade de alterar ou

interferir nas regras convencionais de trabalhar com a Educação Física como

instrumento de transformação.

Trabalhar todos os limites e possibilidades do próprio corpo de forma a poder

controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia, como

recurso para melhoria de suas aptidões físicas.

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Apropriar-se dos processos e das habilidades motoras próprias das situações

aplicando-os com discernimento em situações que surjam no cotidiano.

Analisar os padrões de saúde e desempenho presente no dia a dia do educando.

Desenvolver atividades de lazer e de expressões corporais para uma melhor qualidade

de vida.

Proporcionar um ambiente de respeito mútuo entre os alunos nas atividades propostas.

Identificar o esporte no contexto histórico.

Trabalhar habilidades esportivas visando a participação em competições.

Conscientizar os alunos a utilizarem esporte/atividade física em seus momentos de

lazer, discernindo a importância desses esportes para sua vida.

Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes manifestações da

expressividade corporal.

Contemplar a cultura afro-brasileira através de danças e lutas.

3- CONTEÚDOS:

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

Esporte Coletivos

Individuais

Radicais

Jogos e Brincadeiras

Jogos e Brincadeiras Populares

Brincadeiras e Cantigas de Roda

Jogos de Tabuleiro

Jogos Dramáticos

Jogos Cooperativos

Dança

Danças Folclóricas

Dança de salão

Dança de Rua

Danças Criativas

Danças Circulares

Ginástica Artística Olímpica

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Ginástica Ginástica Ritmica

Ginástica de Condicionamento Físico

Ginástica Circense

Ginástica Geral

LutasLutas de Aproximação

Lutas que mantém a distância

Lutas com Instrumento Mediador

Capoeira

3- METODOLOGIA:

Ao considerar a realidade social e pessoal dos alunos de nossa cidade, vemos que, as

escolas devem procurar fazer um trabalho contínuo com relação à Educação Física. Visto que,

de uma escola para outra, não podemos estar modificando a questão de metodologia de

ensino, pois, os professores são praticamente os mesmo, e observamos que, a maneira de

ensinarmos a Educação Física vem dando resultados. Portanto no projeto educativo das

escolas, é possível estamos construindo juntos um ambiente de aprendizagem significativa,

que fará sentido para o aluno, no qual ele tenha a possibilidade de fazer escolhas, trocar

informações, estabelecer questões e construir hipóteses na tentativa de responde-las.

Serão diversificadas estratégias de abordagens dos conteúdos, promovendo

uma visão organizada do processo (experiência sócio-culturalmente construída) e o aluno

contribuindo com o elemento novo ( o seu estilo pessoal de executar e refletir) trazendo a

síntese da atualidade para o momento da aprendizagem ( conhecimentos prévios, recursos de

troca de informações, informações da mídia etc...) Cada situação e cada momento servirão

para o processo de aprendizagem real do aluno.

Com relação aos recursos didáticos e físicos serão utilizados: giz, quadro negro,

quadra poliesportiva, materiais esportivos, pista de atletismo entre outros. Já as tecnologias

serão: laboratório de informática, TV multimídia, pen-drive, DVD, rádio, etc.

Nas aulas os alunos terão oportunidade de vivenciar alternativas pedagógicas como:

técnicas expositivas e em grupo, discussão e debates; expressão corporal através da

coreografia; pesquisa, trabalhos, palestras e cartazes em grupos; trabalho individual e coletivo

de forma recreativa; aulas teóricas e práticas; formas de trabalho através do jogo recreativo e

competitivo; aplicação dos fundamentos e regras através dos jogos, torneios e competições;

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oportunizar situações/condições para que haja a participação efetiva dos alunos evitando a

ênfase na eficiência e atitudes discriminatórias, de forma a possibilitar a afirmação da

pluralidade, da diferença e do aprendizado com o outro.

Os alunos com necessidades especiais receberão atividades referentes aos conteúdos

adaptados as suas dificuldades, quando se fizer necessário.

Como a aprendizagem dos conteúdos nas aulas de Ed. Física está vinculada à

experiência prática, a busca de eficiência (técnica) e da satisfação ( prazer) podem co-existir,

mas nunca como aspecto excludente, alienando o aluno dos conhecimentos socialmente

construídos.

Serão ainda contemplados durante o ano letivo, os Conteúdos obrigatórios de acordo

com a instrução 009/11 (Educação Ambiental, Prevenção ao uso de Drogas, Relações Étnico

Raciais, Sexualidade e Violência na Escola), interagindo com os conteúdos da disciplina.

4-AVALIAÇÃO:

As avaliações devem ser de utilidades, tanto para o aluno como para o professor, para

que ambos possam dimensionar os avanços e as dificuldades dentro do processo de ensino e

aprendizagem e torna-lo mais produtivo.

Serão avaliações contínuas, cumulativas e diagnósticas, levando em consideração às

alterações próprias e características de cada educando.

Também serão desenvolvidas avaliações dos alunos não só como auto- avaliação, mas

como reflexão sobre a metodologia e organização do processo de trabalho, dando subsídios

para o professor avaliar seu próprio trabalho e planejar sua continuidade.

Será levado em consideração ainda à faixa etária e o grau de autonomia e

discernimento que possuem.

O aluno será avaliado dentro dos conhecimentos e limites do seu próprio corpo,

corrigindo sua postura com autonomia e recursos para melhorar a aptidão física integrando

cultura corporal do movimento juntamente com a saúde e bem estar.

Os conteúdos e objetivos poderão ter uma variação conforme os instrumentos

utilizados. Instrumentos estes que serão: participação, observação, relatórios, pesquisas,

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atividades práticas e teóricas.

As avaliações serão aplicadas com 2 ou mais instrumentos de avaliação diferenciados,

sendo cada uma com valor de 0 a 10 e tendo como média o cálculo aritmético simples.

A recuperação paralela, será aplicada após a retomada do conteúdo, seja ele na teoria

ou na prática, utilizando os mesmos instrumentos já acima citados, favorecendo a busca da

coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de

ensino aprendizagem.

Os principais critérios avaliativos de acordo com a nossa realidade escolar serão: que

conheçam e compreendam a importância dos conteúdos específicos; que vivenciem

experiências de criação e significação dos movimentos; ampliem sua consciência corporal;

As avaliações para os alunos com necessidades educacionais especiais serão

diferenciadas dos demais alunos de acordo com sua dificuldade.

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. NOGUEIRA, Cláudio José Gomes. Educação Física na sala de aula. Rio de Janeiro:

Sprint, 1995.

2. LOCH, Valdeci Valentim. Jeito de Avaliar. Curitiba: Renascer, 1995.

3. DARIDO, SC e RANGEL, I.C.ª Educação Física na escola: implicações para a prática

pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2005.

4. CAPARROZ, Francisco Eduardo ( org). educação Física escolar: política,

investigação e intervenção. Vitória: prateoria,2001

5. DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA (DEF/DEM). Secretaria

de estado da educação. Maio/2006

DISCIPLINA:ENSINO RELIGIOSO

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ser humano vive em busca de realização e de felicidade. Na permanente construção de si e do mundo e nas constantes mudanças e desafios com que nos deparamos no dia a dia, estão a exigir transformações profundas na maneira de viver e relacionar-se e, por isso, necessitamos de constante formação, visando a aquisição de conhecimentos e da consciência da complexidade do universo pluralista em que vivemos.

A educação, exatamente por lidar sistematicamente, com processos de elaboração de idéias, está permanentemente requisitando uma mudança ou um repensar de afirmações e de certezas.

O Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império, conforme determinava a constituição de 1824. Após a proclamação da República, o ensino passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório, de modo que foi rejeitada a hegemonia católica – o monopólio dessa religião sobre as demais.

A partir da constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como disciplina na escola pública, porém, com matrícula facultativa.

Nas Constituições de 1937, 1946 e de 1967, o Ensino Religioso foi mantido como matéria do currículo, de freqüência livre para o aluno, e de caráter confessional de acordo com o credo da família.

Em meados da década de 1960, surgiram grandes debates nos quais retomou-se a questão da liberdade religiosa, assim o Ensino Religioso perdeu sua função catequética, pois o modelo curricular centrado na doutrinação passou a ser intensamente questionado. Na prática, porém, as aulas continuavam a ser ministradas por professores leigos e voluntários, o que resultava em um encaminhamento pedagógico com forte influência das tradições religiosas e de caráter proselitista, com o objetivo de converter outros para sua própria religião.

Em 2002, o conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a Deliberação 03/02 que regulamentou o ensino religioso nas Escolas Públicas do sistema Estadual de Ensino do Paraná.

Em fevereiro de 2006, o Conselho Estadual de educação aprovou a Deliberação nº 01/06, que instituiu novas normas para o ensino Religioso no sistema Estadual de ensino do Paraná.

O Ensino Religioso é um conhecimento humano e pertence ao universo da cultura e, como tal, deve estar disponível à socialização no ambiente escolar, visando oportunizar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno religioso. Portanto é fundamental que a oferta da Disciplina de Ensino Religioso como área do conhecimento, esteja relacionada com a sua contribuição para a tarefa educativa como um todo, a fim de garantir que sejam respeitadas as diversidades culturais locais e regionais, étnicas, religiosas, sociais e políticas. A educação deve atuar de forma a facilitar o processo de construção da cidadania, como também formar cidadãos que saibam compreender e lidar com a religiosidade humana, com o fenômeno religioso e aprendam a conviver com as diferentes manifestações religiosas, evitando e repudiando toda e qualquer forma de preconceito.

O Ensino Religioso escolar deve se justificar em termos educativos, já que a instituição escolar tem como finalidade própria a educação entendida como um processo que visa o crescimento integral da pessoa humana.

O Ensino Religioso exige o respeito à diversidade cultural religiosa e proíbe toda e qualquer forma de proselitismo. Ele é compreendido como parte integrante e essencial para a formação do cidadão e visa a uma educação que possibilite ao educando formular, em profundidade, o questionamento religioso. Como parte obrigatória dos currículos nacionais e como área do conhecimento, refere-se às noções e conceitos essenciais sobre fenômenos,

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processos, sistemas e operações que contribuem para a constituição de saberes, conhecimentos, valores e práticas sociais, indispensáveis ao exercício da cidadania.

“Portanto, o Ensino Religioso visa a proporcionar aos educandos a oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas e sociais diante da sociedade, fomentando medidas de repudio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que, todos nós, somos portadores de singularidades”.(Diretrizes Curriculares p9).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN, Lei nº. 9.394/96 prevê a forma de organização do Ensino Religioso e em 22 de julho de 1.997 foi aprovada a Lei nº. 9.475/97 que dá nova redação ao artigo 33 da LDB. Em 10/02/2006 foi aprovado a Deliberação nº. 01/06, que visa instituir novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino no Paraná.

OBJETIVOS

Proporcionar ao aluno a liberdade de se expressar criativamente. Proporcionar o conhecimento e a compreensão do fenômeno religioso a partir das

experiências percebidas no contexto sócio-cultural do aluno. Ampliar a compreensão sobre sua religiosidade bem como a do outro e de suas

diferentes formas de ver o Sagrado. Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas. Formar para o exercício consciente da cidadania e convívio social, baseado na

alteridade e respeito às diferenças. Promover situações e oportunidades de entender os movimentos religiosos de cada

cultura, de modo a colaborar com a formação da pessoa. Propiciar ao educando o conhecimento da formação da idéia do Sagrado na evolução

da estrutura religiosa. Compreender a cidadania como participação social e políticas, assim como exercício

de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio as injustiças, preconceitos, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito.

Colaborar com a formação da pessoa; Promover a escolarização fundamental para que o educando se aproprie de saberes

para entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura. Proporcionar o contato do educando com as diferentes manifestações religiosas

visando superar as desigualdades étnico-religiosas, buscando garantir o direito a liberdade de expressão e crença.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Como as demais áreas do conhecimento, o Ensino religioso também contribui para o desenvolvimento do sujeito. No entanto, para a compreensão do objeto de estudo, há que se

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determinar os conteúdos estruturantes que visam organizar os saberes, conceitos ou práticas que identificam os campos de estudo a serem contemplados.

Neste contexto, convém enfatizar que os conteúdos estruturantes estão divididos em Paisagem Religiosa, Símbolo e Texto Sagrado e os conteúdos básicos estão a seguir mencionados:

6º ano

SÍMBOLOS RELIGIOSOSSão linguagens que expressam sentidos, comunicam e exercem papel relevante para a

vida imaginativa e para a constituição das diferentes religiões no mundo.Entre os exemplos a serem apontados, estão: a arquitetura religiosa, os mantras, os

paramentos, os objetos, etc.

LUGARES SAGRADOS.Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.

- Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.- Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, etc.

TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS.Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas.

- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações...).Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escrituras Bahá’is - Fé Bahá’I, Tradições Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS.As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.

- Fundadores e/ou Líderes Religiosos.- Estruturas Hierárquicas.

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), etc.

7º ano

TEMPORALIDADE SAGRADAA temporalidade sagrada se caracteriza pela diferenciação de tempo sagrado e tempo

profano. Ex.; evento da criação nas diversas tradições religiosas, os calendários e seus tempos Sagrados: natal ( cristão), Kumba Mela (hinduísmo) Losar ( passagem do ano tibetano)

FESTAS RELIGIOSAS.Eventos de diferentes grupos religiosos com objetivo de reatualizar um acontecimento

primordial, Ex.: Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.

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RITOS.Celebrações com o objetivo de preservar as tradições e manifestações religiosas

recapitulando um acontecimento anterior.Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (Kaingang – ritual fúnebre), Via sacra, Festejo indígena de colheita, etc.

VIDA E MORTE.É a apresentação da forma como as organizações religiosas vêem a questão da morte e

como lidam com o culto aos mortos, finados e dias especiais para essas relações.

METODOLOGIA.

Propor o encaminhamento metodológico a esta disciplina, além de ser um desafio requer uma ruptura dos padrões convencionais no que se refere às aulas de Ensino Religioso, pois se faz necessário superar as práticas tradicionais e implantar algumas inovações no tratamento e na forma de apresentação dos conteúdos, com a intenção de ampliar a compreensão e o conhecimento do educando a respeito da diversidade religiosa.

Convém ressaltar que o conteúdo religioso, entendido como integrante do patrimônio cultural da humanidade, no âmbito escolar deverá ser tratado como objeto de conhecimento, objetivando a construção e produção do conhecimento através de debates, de confronto de idéias e de informações, possibilitando a participação ativa dos alunos respeitando-se a diversidade cultural e religiosa. Portanto, a metodologia do Ensino Religioso deve ser conduzida de maneira que permita o diálogo e uma postura reflexiva perante a vida e o fenômeno religioso. A interação entre educador e educando é imprescindível na ação pedagógica e, para isso, deve-se utilizar uma metodologia dinâmica, realista e criativa para propiciar uma participação ativa do aluno onde ele possa expressar-se criativamente. As aulas devem ter como ponto de partida as experiências de vida do educando, ou seja, a sua realidade social na qual está inserido para que se respeite a tradição trazida de suas famílias e assim garanta a liberdade de expressão de cada um.

Para facilitar a interação do aluno nas aulas, o professor utilizará todos os recursos didáticos e tecnológicos disponíveis na escola, desde que os mesmos se adaptem aos conteúdos trabalhados.

A intencionalidade e a direção do processo ensino/aprendizagem, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão o trabalho visando a aquisição do conhecimento religioso como tal e gerar uma mudança qualitativa traduzidos em novas posturas de diálogo e respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos evitando atitudes preconceituosas.

O professor não perderá as oportunidades que surgirem no dia a dia de suas aulas associando aos conteúdos trabalhados os temas: Educação Fiscal, Educação Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao uso Indevido de Drogas e Enfrentamento á Violência. Conteúdos estes considerados obrigatórios conforme Instrução 009/11- SUED/SEED.

AVALIAÇÃO.

A avaliação é necessária em todos os empreendimentos humanos, passando por todas 81

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as dimensões sociais, políticas, econômicas, religiosas, ideológicas, dentre outras.Na educação, e especialmente no Ensino Religioso, a avaliação tem um

sentido amplo: além de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica no processo ensino/aprendizagem, envolve outros aspectos como: sociabilidade, afetividade, postura respeitosa diante das diferentes opções religiosas, compromisso, integração, participação na expectativa da aprendizagem do aluno e de sua transformação.

Na Educação Religiosa o ideal é a avaliação vivenciada entre educador/ educando, auto-avaliação em termos de compromisso assumido com a prática social, pois a sua função é diagnosticar falhas e acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos, o que orientará a continuidade do trabalho ou a reorganização e retomada do conteúdo, quando necessário.

A avaliação não é um momento isolado, mas acompanha todo o processo ensino/aprendizagem, podendo ser realizada a qualquer momento. Portanto, a avaliação será diagnóstica, contínua e cumulativa e como instrumentos da avaliação serão utilizados: redações, textos, conversas, colaboração, trabalhos individuais e em equipe, apresentações dos mesmos, pesquisas, paródias, murais, desenhos, acrósticos, etc..

Os critérios que o professor vai observar no aluno para verificar o quanto o aluno se apropriou dos conteúdos são:

- o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que tem opções religiosas diferentes da sua?

- o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?- o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de

cada grupo social?- o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do

Sagrado?

Após as avaliações o professor observando que os alunos ainda não tem adquirido os conceitos acima o professor deve retomar os conteúdos através de atividades diferenciadas como forma de recuperação.

Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com suas especificidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BESEN, José Artulino. O Universo Religioso: as grandes religiões e tendências religiosas atuais / José Artulino Besen, Mauri Luiz Heerdt, Paulo de Coppi. São Paulo: Editora Mundo e Missão, 2005.CADERNOS de Estudos Integrantes do Curso de Extensão de Ensino Religioso. 12 Volumes.CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: editora Scipione Ltda., 1994. DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação, 2008.DURKHEIN, E. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: ed. Paulinas, 1989.GAARDER, Jostein. O livro das religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.MACEDO C.C. Imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo: Editora Moderna Ltda., 1989.OTTO, R. O Sagrado, Lisboa: Edições 70, 1992.PCNER.Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Religioso.

GEOGRAFIA

1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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Desde os primórdios, a Geografia esteve presente de forma empírica na vida e nas

relações entre natureza e os grupos humanos, tornando-se instrumento importante na busca de

estratégias de sobrevivência do ser humano.

O avanço na elaboração dos saberes geográficos ampliou os conhecimentos sobre as

relações sociedade e natureza; estudos meramente descritivos passaram a contar com

embasamento teórico-científico dando status de Ciência a Geografia.

A Geografia é a ciência que estuda as relações entre a sociedade e a natureza, ou seja,

a forma como a sociedade organiza o espaço terrestre, visando melhor explorar e dispor de

seus recursos, onde o homem, ao mesmo tempo em que se apresenta como parte integrante do

meio, é também um agente capaz de transformá-lo.

A geografia tem um papel muito importante, em uma época em que as informações

são transmitidas pelos meios de comunicação com muita rapidez e em grande volume, onde o

rápido progresso da ciência e a tecnologia conquistaram o poder de transformar de inúmeras

maneiras o meio ambiente, sendo que este uma vez transformado jamais se reconstituirá na

sua forma primária, surgindo assim uma segunda natureza.

Portanto, é impossível acompanhar e entender as transformações que ocorrem no

mundo sem o conhecimento geográfico. Pois, são no espaço geográfico que se realizam as

manifestações da natureza e as atividades humanas. Por isso compreender a organização e as

transformações sofridas por esse espaço é essencial para a formação do cidadão crítico e

consciente dos problemas do mundo em que vive.

Assim a Geografia procura garantir, a análise da forma pela qual o homem se apropria,

produz e organiza seu espaço, pois concepção de espaço geográfico não pode existir

dissociada da existência humana. É o homem, que a partir de suas necessidades, situado

historicamente, ocupa o espaço da forma que lhe parece apropriada, organizando-o e

tornando-o produtivo; essa apropriação do espaço pelo homem se concretiza através do

trabalho.

No entanto a geografia não pode ser vista como o estudo de um espaço estático, de

formas imutáveis, isenta da ação humana, ela deve fornecer subsídios que instrumentalizem o

indivíduo para fazer uma leitura da realidade, decodificar suas mudanças e situar-se enquanto

agente transformador de um espaço, proporcionando a ele a compreensão crítica do mundo

em que vive e desenvolvendo a percepção de homem como ser integrante e atuante nas

transformações ocorridas no espaço geográfico.

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2 – CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

6. Dimensão econômica do espaço geográfico

7. Dimensão política do espaço geográfico

8. Dimensão socioambiental do espaço geográfico

9. Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE/6º ANO

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população

A Mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural

As diversas regionalizações do espaço geográfico

6ª SÉRIE/7º ANO

A formação, mobilidade das fronteiras e a configuração do território brasileiro

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção

As diversas regionalizações do espaço brasileiro

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural

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A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população

Movimentos migratórios e suas motivações

O espaço rural e a modernização da agricultura

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações

7ª SÉRIE/8º ANO

As diversas regionalizações do espaço geográfico

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

Continente Americano

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

O comércio em suas implicações socioespaciais

A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico

As relações entre o campo e cidade na sociedade capitalista

O espaço rural e a modernização da agricultura

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população

Os movimentos migratórios e suas motivações

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais

8ª SÉRIE/9º ANO

As diversas regionalizações do espaço geográfico

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

A Revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção

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O comércio mundial e as implicações socioespaciais

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural

Os movimentos migratórios mundiais e as sua motivações

A distribuição das atividades produtivas, transformação da paisagem e a

(re)organização da paisagem do espaço geográfico

A dinâmica da natureza e a sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial

3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Geografia deve proporcionar ao aluno a compreensão do processo de produção e

transformação do espaço geográfico , para isso, os conteúdos da Geografia devem ser

trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos

alunos.

Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado, o professor

deve criar uma situação problema , investigante e provocativa, essa problematização inicial

tem por objetivo mobilizar o aluno para o conhecimento.

Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento em sala de aula

é a contextualização do conteúdo, onde contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à

realidade vivida do aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas ,

sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais concretas , nas diversas escalas

geográficas.

Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral (fotografias,

slides, charges, ilustrações) serão utilizados para a problematização do conteúdo da

Geografia, onde a partir da exibição e observação destes iniciar-se-á uma pesquisa que se

fundamente nas categorias de análise do espaço geográfico e nos fundamentos teóricos

conceituais da Geografia.

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Ainda propõe-se que mapas que mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos

estudantes como se fossem textos, passíveis de interpretação, problematização e análise

crítica.

A prática do ensino da Geografia, ainda viabilizar-se-á do acervo bibliográfico da

escola para pesquisas e metodologias que estimulem a leitura.

Sempre que possível trabalhar-se-á estabelecendo relações interdisciplinares dos

conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a especificidade da Geografia, de modo

que o aluno perceba que o conhecimento sobre esse assunto ultrapassa os campos de estudo

das diversas disciplinas, mas que cada uma delas tem um foco de análise própria.

O processo de aprendizagem da Geografia será conduzido de forma dialogada,

possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos

conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse procedimento tem por finalidade

que o ensino da Geografia contribua para a formação de um sujeito capaz de interferir na

realidade de maneira consciente e crítica, de forma que os alunos ampliem suas capacidades

de análise do espaço geográfico e formem os conceitos dessa disciplina de maneira cada vez

mais rica e complexa.

Em consideração aos conteúdos obrigatórios, História do Paraná, História e Cultura

Afro- Brasileira, Africana e Indígena, Música, Prevenção ao uso indevido de drogas,

Sexualidade humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento a violência

contra a criança e o adolescente, Direitos das crianças e adolescentes, Educação Tributária,

serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina.

4 – AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser formativa, diagnóstica e processual, ou seja, deve fornecer

continuamente informações que sirvam para a adoção de medidas que tornem a

aprendizagem efetiva.

É um processo que merece a atenção de toda a comunidade escolar,

envolvendo assim de forma direta os professores, equipe pedagógica, direção, alunos e pais.

Considerando que os alunos têm diferentes ritmos de aprendizagem, identificam-se

as dificuldades e isso possibilita a intervenção pedagógica a todo o tempo. O professor pode,

então, procurar caminhos para que todos os alunos aprendam e participem das aulas.

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Desta forma, destacam-se como os principais critérios de avaliação a formação dos

conceitos geográficos e o entendimento das relações socioespaciais para compreensão e

intervenção na realidade.

Para que se possa verificar com maior precisão o aprendizado do aluno, é necessário

que as avaliações sejam constantes e diversificadas. Sendo que serão realizadas avaliações

bimestrais nas formas de provas escritas com ou sem consulta no caderno e/ou no livro

didático; interpretação e produção de textos de Geografia; interpretação de fotos, imagens,

gráficos, tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; apresentação e discussão de temas em

seminários; construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros,

de acordo com a quantidade de aula em cada série com valor de 0 (zero) a 10 (dez) cada uma,

todas as avaliações serão somadas e divididas pelo número de avaliações realizadas no

bimestre.

Além das avaliações mencionadas acima, será realizado a recuperação paralela

de conteúdo e conseqüentemente da nota, sendo que esta será substituída pela anterior se a

mesma for maior que a primeira.

Os alunos com necessidades educacionais especiais receberão instrumentos de

avaliação numa linguagem diferente dos demais, de modo que atendam suas peculiaridades.

A avaliação em Geografia deve ser mais do que a definição de uma nota ou um

conceito. Assim, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem possibilitar ao

aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente aos diferentes contextos

sociais.

O processo de avaliação deve considerar na mudança de pensamento e atitude do

aluno, buscando a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a participação dos

alunos, valorizando a formação conceitual prévia dos alunos embasando-as nas concepções

científicas sobre tais elementos.

Desta forma o ensino da Geografia contribui para a formação de um aluno crítico,

que atua em seu meio natural e cultural e, portanto é capaz de aceitar, rejeitar ou mesmo

transformar esse meio.

5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Lucia Marina Alves de e RIGOLINI, Tercio Barbosa. Geografia. Ed.

Ática, São Paulo 2003.

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FERREIRA, Naura Syria Capareto Ferreira. Gestão Educacional e Organização

do Trabalho Pedagógico. Ed. IESDE S. A. Curitiba – Pr, 2005.

MEDEIROS, Paulo César. Fundamentos Teóricos das Ciências Humanas –

Geografia. Ed. IESDE S.A. Curitiba Pr, 2006.

OBRA COLETIVA, Projeto Araribá – Geografia 5ª série.Ed. Moderna, São Paulo

2006

OBRA COLETIVA, Projeto Araribá – Geografia 6ª série.Ed. Moderna, São Paulo

2006

OBRA COLETIVA, Projeto Araribá – Geografia 7ª série.Ed. Moderna, São Paulo

2006

OBRA COLETIVA, Projeto Araribá – Geografia 8ª série. Ed. Moderna, São

Paulo 2006

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de estado da

educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

- Geografia, 2008.

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HISTÓRIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No contexto histórico a disciplina de História passou a fazer parte obrigatoriamente

como disciplina escolar, a partir da criação do Colégio D. Pedro II, em 1837, (sendo criado o

Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro IHGB), que instituiu a História como disciplina

acadêmica, sendo alterado o currículo do Colégio pelo corpo docente em 1901, onde foi

proposto que a História do Brasil, passasse a compor a cadeira da História Universal. Com

essa nova configuração a História do Brasil passou a ser relegada a um espaço restrito do

currículo, que, devido sua extensão, dificilmente era tratado pelos professores na aula de

História.

O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no governo de

Getúlio Vargas, vinculado ao projeto político nacionalista do Estado Novo, por meio da lei

orgânica do Ensino Secundário de 1942. Após a implantação do regime militar (1964),

manteve seu caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado

apenas do ponto de vista factual, mantendo os grandes heróis como sujeitos da História

narrada, exemplos a serem seguidos e não contestados pelas novas gerações. Modelo da

ordem estabelecida, de uma sociedade hierarquizada e nacionalista, o ensino passou a não ter

espaço para análises críticas e interpretações dos fatos, objetivando formar indivíduos que

aceitassem e valorizassem a organização da Pátria. O Estado figurava como o principal sujeito

histórico, responsável pelos grandes feitos da nação, exemplificado nas obras dos governantes

e das elites condutoras do país.

Com a Lei nº 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e o Segundo

Grau profissionalizante, centrado numa formação tecnicista, voltada à preparação de mão-de-

obra para o mercado de trabalho. No Primeiro Grau, as disciplinas de História foram

condensadas como área de Estudos Sociais, dividindo ainda a carga horária com Educação

Moral e Cívica. No segundo grau a carga horária de História foi reduzida e a disciplina de

Organização Social e Política Brasileira passou a compor o currículo.

O ensino de Estudos Sociais foi radicalmente contestado no início dos anos de 1980,

tanto pela academia, quanto pela sociedade organizada, principalmente pela Associação

Nacional dos Professores Universitários de História, que defenderam o retorno da disciplina

de História como condição para que houvesse uma maior aproximação entre a investigação

histórica e o universo da sala de aula.

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Na segunda metade da década de 1980 e no início dos anos de 1990, cresceram os

debates em torno das reformas democráticas na área educacional repercutindo novas

propostas no ensino de História. No Paraná, houve também uma tentativa de aproximação da

produção acadêmica de História com o ensino da disciplina no Primeiro Grau, fundamentada

na pedagogia histórico-critica, por meio do currículo básico para a Escola Pública do Estado

do Paraná em 1990. Essa proposta de renovação do ensino de História tinha como

pressupostos teóricos a historiografia social, pautada no materialismo histórico dialético,

indicando alguns elementos da Nova História e no Segundo Grau o documento embasava-se

na pedagogia histórico critica dos conteúdos, reorganizando-os a partir do estudo da formação

do capitalismo no mundo ocidental e a inserção do Brasil nesse quadro. Destaca-se também

a aprovação da Lei nº 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da

rede pública estadual de ensino, os conteúdos de História do Paraná; além da Lei10. 639/03,

que altera a Lei nº 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para

incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura

Afro-Brasileira, seguida das “Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”, que

tornaram obrigatórias a inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana

nos currículos escolares.

Em busca de um saber preenchido de significados, visando à formação integral do ser

humano, a escola enquanto instituição educacional deve promover o maior número possível

de vivencias e informações a fim de auxiliar na formação com capacidade para a compreensão

do real significado da sociedade atual, numa perspectiva de transformação que aponte para o

compromisso com o coletivo e com a ordem social democrática onde a sala de aula não é

apenas um espaço onde se transmite informações, mas onde a relação de interlocutores

constroem sentidos.

Procurando romper com o ensino tradicional, com o desinteresse dos alunos pelo

ensino de História, conteúdos deslocados do cotidiano, metodologias que obrigam os alunos a

decorar os conteúdos, aulas enfastiosas, assuntos repetitivos, verdades prontas, sente-se a

necessidade de analisar o passado não como algo distante e preso no tempo, mas em perceber

a interação passado - presente, a partir das realizações humanas, situando o aluno na sua

realidade vivida, enquanto ser pensante, em evolução, ativo e norteador do seu próprio

destino, na medida em que constrói o mundo.

Levando em conta a necessidade da presente proposta de conduzir os alunos no

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caminho da produção e da relação critica do ser, possibilitando produzir conhecimento como

atitude construtiva, no sentido da emancipação do mesmo na sociedade, tendo o cuidado de

criar situações de aprendizagem nos quais se possa compreender o presente em sua

organização social, estabelecendo condições necessárias para que percebam as constantes

mudanças sociais, políticas, econômicas, culturais e étnicas que permeiam a sociedade nas

suas mais diversas conjecturas.

Os processos históricos não podem ser entendidos como uma sucessão de fatos na

ordem de causa e consequência e são marcados pela complexidade casual, isto é, fatos

distintos produzem novas relações, enquanto relações distintas convergem para novos

acontecimentos históricos. (PARANÁ, 2008)

Pretende-se assim resgatar na História-ciência uma nova postura em relação professor

aluno, com organização dos conteúdos articulados, críticos que considerem a história de

todos os homens, as suas relações contraditórias e conflituosas instauradas na sociedade

contemporânea, necessidades postas pelo cotidiano que exigem uma inserção crítica com o

presente, levando professor e aluno a olharem o passado de forma diferenciada , um passado

que questiona, que problematiza a relação dos homens.

Procurando recuperar na prática da sala de aula o prazer pela investigação, pela busca,

proporcionando diversas leituras, diferentes olhares, evitando a hierarquização de base

geográfica, valorizando a história regional e local sem cair na armadilha de pensá-la

autônoma. Privilegiando a Educação de como prevê a LDB no artigo 28, contribuindo para o

desenvolvimento da identidade e especificidade dessa realidade. Ressaltando também a

importância da História e Cultura Afro-Brasileira, Indígena e Africana, devendo perpassar

todas as séries desse nível ao longo do ano letivo, incluindo também a temática da História

do Paraná e a educação inclusiva, estabelecendo com os alunos uma perspectiva de

permanente busca, investigando, aguçando o interesse pela descoberta, pela procura,

incentivando a criação de textos criativos, desenvolvendo a curiosidade e principalmente a

paixão pelo conhecimento.

2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes do ensino fundamental devem estar organizados aos

conteúdos específicos, permitindo aprender as contribuições, limites e possibilidades que a

disciplina concerne em seu contexto histórico. É possível adotar como ponto de partida para

despertar o interesse

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do aluno; através da problematização que favoreça a compreensão do processo histórico, suas

diversas configurações e finalidades, conforme os conteúdos relacionados a seguir:

Ensino Fundamental: 6º Ano - Os diferentes sujeitos suas culturas e suas histórias

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho A experiência humana no tempo.

Relações de poder Os sujeitos e suas relações com outro no

tempo.

Relações culturais As culturas locais e a cultura comum

Ensino Fundamental: 7º Ano – A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a

Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho As relações de propriedade

A constituição histórica do mundo do campo e do

mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

Relações de poder e Relações culturais Conflitos e resistências e produção cultural

campo/cidade

Ensino Fundamental: 8º Ano – O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho História das relações da humanidade com o

trabalho

Relações de poder O trabalho e a vida em sociedade

O trabalho e as contradições da modernidade.

Relações culturais Os trabalhadores e as conquistas de direito

Ensino Fundamental: 9º Ano – Relações de Dominação e Resistência: a Formação do

Estado e as Instituições Sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho A constituição das instituições sociais

Relações de poder A formação do Estado

Relações culturais Sujeitos, Guerras e Revoluções

3 – ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA

Recorrendo a utilização de métodos significativos específicos em História, que

favoreçam o aprendizado de conteúdos e conhecimentos históricos pelos alunos, com saber

científico escolar e social, valorizando a identidade do sujeito, criando situações para que

estabeleçam relações entre o passado e o presente, o particular e o geral, as ações individuais

e coletivas, os interesses específicos e de grupos e articulações sociais. 94

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O ensino da história do Paraná privilegiando sua cultura e dos povos tradicionais

como também Afro-descendentes e indígenas que representa uma maneira de dar visibilidade

a estas populações marginalizadas no âmbito da historiografia oficial.

O professor adota um método de pesquisa de forma que possa problematizar o

conteúdo e buscar por meio dos documentos e das perguntas que faz aos mesmos, respostas as

suas indagações. A partir desse trabalho, os alunos produzem narrativas históricas, tendo

como desafio contemplar a diversidade das experiências políticas, econômicas, sociais e

culturais, desenvolvendo procedimentos didáticos diversificados em sala de aula, respeitando

seus diferentes ritmos de aprendizagem.

Para história, a utilização de novas tecnologias tais como: fotografia, cinema,

literatura,canções,palestras, relato de memória, histórias em quadrinhos, visitas a locais

históricos locais de pertinência histórica, é necessário para atingir os objetivos como pesquisa

individual e em grupo; leitura e interpretação de imagens; exposição oral e individual ou em

grupo; dramatização; analise e interpretação de filmes; entrevistas; produção de história em

quadrinho, palestras, estudos de textos e documentos, atividades multidisciplinares.

Dentro dessa proposta os recursos tecnológicos a serem utilizados pela disciplina de

história poderão ser: biblioteca, laboratório de informática, pesquisa na rede internacional de

computadores, mapas, data show, retro-projetor, TV pendrive,etc...

Em consideração aos Conteúdos Obrigatórios como Educação Fiscal, Educação

Ambiental, Prevenção do uso indevido de drogas, Combate à violência na Escola e Cidadania

e Direitos humanos e sexualidade os mesmos serão contemplados durante o desenvolvimento

dos diversos conteúdos da disciplina e em todas as séries do ensino fundamental. Em

síntese, tanto os conhecimentos universais como os desafios do cotidiano podem e devem ser

discutidos como expressões históricas, políticas e econômicas da realidade. Tornam-se parte

do conteúdo e, portanto, da proposta pedagógica curricular quando e se inerentes à

compreensão dos mesmos na totalidade e são desafios do cotidiano que conduzem o coletivo

escolar a buscar os fundamentos conceituais sobre os mesmos, entendo-os nas dimensões

históricas, sociais, políticas e econômicas, suscitando a busca por suportes concretos dada a

compreensão dos mesmos em sua concretude.

AVALIAÇÃO

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Questões relacionadas com a prática de avaliação que devem ser consideradas quando

se trata de avaliar a aprendizagem da História. Uma delas é entender o significado do ato de

avaliar e também considerar o conhecimento prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos e

relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem.

O professor deve identificar a apreensão de conteúdos, noções, conceitos,

procedimentos e atitudes como conquistas dos estudantes, comparando o antes, o durante e o

depois. A avaliação não deve simplesmente mensurar fatos ou conceitos assimilados. Deve ter

um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu próprio desempenho como

docente, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como atuar no

processo de aprendizagem dos alunos, propondo maior participação dos alunos no processo

avaliativo ampliando o significado das práticas avaliativas para todos os envolvidos. A

avaliação utiliza métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e

finalidades educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.

Deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno

desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si. O resultado da

avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica,

contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/ instrumentos/ métodos de

ensino. Nela, devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo,

num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor

forma.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo,

pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o

estabelecimento de novas ações pedagógicas.

Para que se possa verificar com maior precisão o aprendizado do aluno, é

necessário que as avaliações sejam constantes e diversificadas, que serão realizadas, no

mínimo três avaliações bimestrais. A cada avaliação realizada, o professor deverá atribuir o

valor de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).

Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios,

a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar. Os

resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo,

constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua

anotação no Livro Registro de Classe, prevalecendo a maior nota entre a aceleração e a sua

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recuperação. A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,

aliada à apuração da sua frequência mínima exigida por lei.

Atendendo aos alunos com necessidades educacionais especiais, a avaliação

poderá ser diferenciada, adaptando-se às condições de cada aluno.

Além dos instrumentos de avaliações mencionados, quando o aluno não atender

aos resultados esperados, será realizada recuperação paralela do conteúdo e consequentemente

da nota, sendo que esta será substituída pela anterior se for maior que a primeira. Dar-se-á de

forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem, através da retomada de

conteúdos com metodologia e atividades diferenciadas da realizada anteriormente como:

relatórios, pesquisas, interpretações, provas escritas, questões orais, etc. Será organizada com

atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

A recuperação dos conteúdos, com novas avaliações, ocorrerá sempre que for necessária,

suprindo as insuficiências detectadas nas atividades avaliativas.

A avaliação deve ser cumulativa, contínua e diversificada, através do método

somatório, levando em conta sempre as condições para o desenvolvimento do ponto de vista

pessoal, social e intelectual do aluno, havendo, se necessário, uma recuperação de conteúdos,

paralela ou bimestral.

Para a avaliação será feita a média através do método aritmético simples 0 (zero) a

10 (dez), todas as avaliações corresponderão ao valor máximo de 10,0 (dez), sempre

considerando o desenvolvimento e a aprendizagem dos educandos, em todos os conteúdos

será ofertada a recuperação paralela a todos os alunos.

As avaliações poderão ser:

Instrumentos avaliativos:

Debate;

Seminários;

Pesquisa;

Produção de texto;

Produção de histórias em quadrinhos;

Resenhas de filmes;

Produções teatrais;

Avaliações escritas relativas a conteúdos disciplinares com ou sem consulta, avaliações

orais;

Critérios avaliativos:

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Compreensão dos conceitos básicos de tempo e espaço;

Conhecer os diversos tipos de fontes históricas a serem utilizadas, fontes escritas, visuais,

orais e cultura material.

Possibilitar a criação de narrativas históricas;

Valorizar a história local e regional, articulada com a história e a memória da humanidade.

Desenvolver a criticidade e problematização dos conteúdos.

Relacionar as formas de sobrevivência com a organização dos diferentes grupos

humanos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Araci. Desenvolvimento das Relações de Tempo e Espaço

na Criança. Secretaria Municipal de Educação.

BALDIN, Neuman. A História de Dentro e Fora da Escola. UFSC.

Florianópolis.1989.

PARANÁ-Lei 13.381. 18 de dezembro de 2001. Diário Oficial do Paraná

nº 6.134 de 18 de dezembro de 2001.

BRAICK, Patrícia Ramos; Mota Becho Myriam. História das Cavernas ao

Terceiro Milênio. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental, 2008

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

DE LÍNGUA PORTUGUESA

01. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Nesta Proposta Pedagógica Curricular, propõe- se uma reorientação na política curricular com o objetivo de construir uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos, dando aos sujeitos a acessibilidade ao conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares. Estes devem ser tratados de modo contextualizado, contribuindo para a crítica e propiciando a compreensão da produção científica, da reflexão filosófica e da criação artística que são dimensões para as diversas disciplinas do currículo. Assim, se possibilita um trabalho pedagógico que aponta na direção da totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano.

Originada, especialmente, das ações e reflexões que se desenvolvem em classe, a partir das experiências bem sucedidas, das lições retiradas das situações de fracasso e das orientações apresentadas pelas DCEs, esta proposta contribui para a formação da “escola cidadã”, um sonho de todos aqueles que compartilham ideias de grandes educadores como Paulo Freire, Piaget, Vygotsky, Wallon, Bakhtin e outros. Seus pensamentos e concepções veem o estudo da língua como o estudo dos processos de interações verbais e não-verbais que ocorrem num contexto histórico-social.

Para a seleção do conhecimento concorrem tanto os fatores ditos externos, como aqueles determinados pelo regime sócio-político, religião, família, trabalho quanto as características sociais e culturais do público escolar, além dos fatores específicos como os níveis de ensino, entre outros. Além desses fatores, estão os saberes acadêmicos, trazidos para os currículos escolares e neles tomando diferentes formas e abordagens em função de suas permanências e transformações.

A linguagem é uma forma de ação interindividual orientada por uma finalidade específica num processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes nos diferentes grupos de uma sociedade, nos distintos momentos da sua história.

Produzir linguagem significa produzir discursos, dizer algo para alguém, de uma determinada forma, num determinado contexto histórico. O discurso possui um significado amplo; refere- se à atividade comunicativa que é realizada numa determinada situação, abrangendo tanto o conjunto de enunciados que lhe deram origem quanto às condições nas quais foi produzido.

A escola é o espaço do conhecimento historicamente produzido pelo homem e espaço de construção de novos conhecimentos, no qual é imprescindível o processo de criação.

A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização sócio- histórica como princípio integrador do currículo. Ambas propõem uma articulação.

É nas aulas de Língua Materna, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimoramento de sua competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade.

Historicamente, no Brasil, há um descompasso entre o que a lei propõe e a realidade vivida pela sociedade. Iniciou- se, o processo de ensino de Língua Portuguesa com os jesuítas, numa concepção filosófica intelectualista. A interação entre colonizados e colonizadores, mais tarde, resultou na Língua Geral (tupi-guarani). O Marquês de Pombal, em 1758, tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil. Privilegiaram as camadas superiores da sociedade com o ensino público laico e a serviço dos interesses da coroa portuguesa. No século XIX, com a República e a industrialização, volta- se para a formação profissional. Até meados do

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século XX, o ensino manteve a sua característica elitista. Em 1922, o Modernismo contribui para aproximar nossa língua escrita do falar cotidiano do Brasil. A característica elitista se manteve no ensino até meados do século XX. Em 1971, eliminou- se os exames de admissão. A escolarização se expande. Surge uma concepção tecnicista baseada em exercícios de memorização (teoria comportamentalista / behaviorista). Com a Lei 5692/71 a disciplina de Português passou a denominar- se, no 1º Grau, Comunicação e Expressão (de 1ª à 4ª série) e Comunicação em Língua Portuguesa (de 5ª à 8ª série), segundo estudos de Saussure e Jacobson. Em 1980, surge a pedagogia histórico- crítica que vê a educação como mediação da prática social. No Paraná, Bakhtin, João Wanderley Geraldi, Carlos Alberto Faraco, Sírio Possente, Percival Leme Brito e outros pesquisadores influenciaram os programas de re-estruturação do Ensino de 2º Grau, em 1988, e do Currículo Básico, de 1990. No final da década de 1990, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista.

O ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea, precisa estar comprometido, tanto na oralidade quanto na escrita, com o processo da enunciação e do discurso, e sua prática deve estar relacionada a situações reais de comunicação.

Tais situações devem visar à formação de usuários competentes da língua que, através da fala, escrita e leitura, exercitem a linguagem de forma consistente e flexível, adaptando- se a diferentes situações de uso. Não é possível atender a esse objetivo se o ensino privilegiar uma única forma de análise dos fenômenos linguísticos.

Quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes tipos e gêneros textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da norma padrão.

Nesta proposta, dá- se ênfase à língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal ênfase traduz- se na adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico. Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho com a língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para o letramento, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos estudantes.

02. OBJETIVOS

No decorrer da história, nas diversas esferas sociais, a linguagem é o elo de comunicação. Dentro do seu grupo, pela linguagem, o homem se reconhece humano e compreende que é responsável pelo crescimento de si mesmo, através da troca de experiências e ajuda mútua pela sua essência social. Contribuir para a construção de uma “escola cidadã”, menos burocrática, mais humanizada, politizada, alegre e comprometida com os interesses e necessidades de toda a comunidade escolar é o propósito deste suporte educacional.

Os conceitos de dialogismo e dos gêneros discursivos, presentes em nossas DECs, suscitam novos caminhos para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, demandando uma nova abordagem para o ensino de língua.

Sob esta visão, na prática docente, ocorrerá uma abordagem dos conteúdos de todas as séries, onde o professor precisa considerar os conhecimentos anteriores dos alunos em relação a que se pretende ensinar. Além disso, é preciso atentar para o nível de aprofundamento possível de cada conteúdo, em função das possibilidades de compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de aprendizagem e adequação ao contexto social. Há a necessidade de se ampliar o nível de complexidade dos diferentes conteúdos, conforme autonomia linguística adquirida pelos alunos na realização das práticas textuais e discursivas.

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Cada turma tem suas peculiaridades e os educandos, oriundos de várias classes sociais, têm um variado poder aquisitivo. As diferenças estão presentes. Faz- se necessário através de um processo dialógico, aproximar- se estruturando relações para definir as ações. Considerando essa diversidade, a presente proposta será aplicada conforme as características das turmas e alunos. Para isso, os conteúdos serão graduados e o plano de ação revisto sempre que a realidade das turmas assim exigir.

Os saberes escolares localizam- se em dois planos: os saberes da experiência trazidos pelos alunos. Os saberes sistematizados mediados pelos professores, somados aos específicos da cada área de conhecimento e aos gerais.

Nesta perspectiva, os objetivos são: Criar condições para que o aluno desenvolva sua competência comunicativa, discursiva, sua capacidade de utilizar a língua de modo variado e adequado ao contexto, às diferentes situações e práticas sociais, interessando- se em ampliar seus recursos expressivos, seu domínio da língua padrão nas modalidades oral e escrita. Conhecer, reconhecer, respeitar e valorizar a pluralidade cultural (etnias, credos, costumes, regionalismos, valores), contribuindo ativamente para a sua conservação, rechaçando qualquer discriminação baseada nessas diferenças, bem como em gêneros, classes sociais e outras características individuais e sociais. Expressar autonomia, cooperação, solidariedade, tolerância. Demonstrar interesse pela leitura e se familiarizar com diferentes gêneros de texto. Produzir diferentes tipos de textos orais e escritos, considerando a situação de uso e refletir criticamente a respeito dessa prática da linguagem. Participar de situações de intercâmbio oral, respeitando e escutando a fala do outro. Expressar sentimentos, expor ideias, argumentar e contra-argumentar, trocar experiências como falante ou como ouvinte, interpretando e refletindo sobre os pensamentos de seus colegas, respeitando os variados pontos de vista. Construir conceitos, distinguir diferentes recursos expressivos responsáveis pela coerência e coesão textual, assim como diferentes categorias gramaticais, pondo em prática as normas da língua padrão quando a situação discursiva assim as exigir. Ampliar e aperfeiçoar as possibilidades de comunicação do estudante, levando-o a ter domínio dos procedimentos adequados de expressão oral e escrita, para isso, torná-lo capaz de construir conhecimentos, fazer relações. Discriminar, sem preconceito, as variantes linguísticas, os diferentes níveis de formalidade e informalidade de um texto escrito e de uma comunicação oral e, consequentemente, transferir para a sua prática de produção os conhecimentos adquiridos. Distinguir os diversos gêneros de texto e compreender as diferentes intencionalidades, os diversos estilos e as características da linguagem empregada em cada um deles, analisando, portanto, o conteúdo dessas produções e as múltiplas formas de organização desses discursos. Compreender que a linguagem deve se adequar ao contexto, ao objetivo e aos interlocutores; Valorizar a prática de oralidade, leitura e escrita, trazidas para a escola; Desenvolver a sensibilidade de saber ouvir, o que favorece, inclusive, a convivência social; Levar o aluno a entender que a linguagem fará com que desempenhe de forma satisfatória o seu papel na sociedade; Levar o aluno a entender que a linguagem manifesta as diferenças: sociais, físicas, étnico- culturais, religiosa, aceitando- as sem expressar juízo de valor; Desenvolver a prática da oralidade, no sentido de adequação da linguagem, ao assunto, ao contexto, ao objetivo e aos interlocutores; Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto,

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assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização; Proporcionar ao aluno a oportunidade de perceber as suas dificuldades e as sanar, no decorrer de sua permanência na escola, ampliando assim seus conhecimentos; Desfazer preconceitos ou conceitos mal formados através da informação; Valorizar a socialização, construindo sua própria visão de mundo e cultivando sua identidade. Desenvolver a autoestima, a memória e a resistência cultural de cada região.

03. CONTEÚDOS

3.1. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

No ensino e aprendizagem da língua, a comunicação manifesta- se em enunciações concretas de modo dinâmico e evolutivo com experiências reais de uso da língua. Quanto maior o contato do aluno com a diversidade textual e de atividades, tanto mais terá oportunidade de se deparar com material carregado de intenções e de visões de mundo.

O discurso é a base do processo ensino-aprendizagem da língua enquanto prática social. Levando em conta tais afirmações, relacionamos a proposta de trabalho das práticas discursivas que se relacionam nos conteúdos básicos.

3.1.1. CONTEÚDOS BÁSICOS

Para o trabalho nas práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada um dos anos.

3.1.1.1. PRÁTICA DA ORALIDADE:

Segundo as DCEs, devemos lembrar que a criança, quando chega à escola, já domina a oralidade, pois cresce ouvindo e falando a língua, seja por meio das cantigas, das narrativas, dos causos contados no seu grupo social, do diálogo dos falantes que a cercam ou até mesmo pelo rádio, TV e outras mídias. O espaço escolar, então, deve propiciar e promover atividades que possibilitem ao aluno tornar- se um falante cada vez mais ativo e competente, capaz de compreender os diferentes discursos e de organizar os seus, de forma clara, coesa e coerente. Assim, serão realizadas atividades adaptáveis às turmas conforme as suas diferenças: Aspectos contextuais do texto oral:

- Coerência global; - Unidade temática de cada gênero oral.

Os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação; Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros discursivos orais usados em diferentes esferas sociais; As variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;

Intencionalidade dos textos; Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a

informal;102

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Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade: - Participação e cooperação; - Turnos de fala.

Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado. Observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível

social, formação, etc.); Especificidades:

- Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos; - Ampla variedade X modalidade única; - Elementos extralinguísticos ( gestos, entonação, pausas,

representação cênica ) X sinais gráficos; - Prosódia e entonação X sinais gráficos; - Frases mais curtas X frases mais longas; - Redundância X concisão.

Materialidade fônica dos textos poéticos (entonação, ritmo, sintaxe do verso, pontuação...)

Apreciação das realizações estéticas próprias da literatura improvisada, dos cantadores e repentistas.

As particularidades de pronúncia de certas palavras. Adequação do discurso ao gênero e ao evento de fala: casual, espontâneo,

profissional, institucional,etc... Argumentatividade; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Tema do texto; Semântica; Informatividade; Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,

pausas...; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

3.1.1.2. PRÁTICA DA LEITURA:

Exercitar a leitura é praticar, numa primeira instância, a decodificação da escrita, adestrando o olho para enxergar mais do que uma letra de cada vez, mais do que apenas ver uma ou mais palavras. Atribuindo significados à diversidade textual através da leitura, é produzir sentidos a partir das interações, sendo também um recurso importante entre autor e leitor para compreender a função da língua e seu uso. A leitura de formação tem por objetivo desenvolver no aluno a familiaridade com a língua escrita através da leitura de diversos tipos de textos, que o faça gostar de ler e de perceber a importância da mesma para a sua vida pessoal e social, transformando- a numa prática capaz de satisfazer esse gosto e essa necessidade.

Se nós, professores de todas as áreas, proporcionarmos aos nossos alunos diversas oportunidades para que escrevam a fim de dizer coisas significativas para leitores a quem se deseja informar, convencer, persuadir e comover, eles vão descobrindo que escrever não é aquela trabalheira inútil de preencher linhas, de copiar livro didático e pedaços de enciclopédias. Vão perceber que são capazes de escrever para falarem deles, de sua gente, a fim de contarem a sua história, as necessidades, anseios, projetos. Por meio de diferentes

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instrumentos, descobrirão que têm o que dizer, têm memória, são peças importantes na sociedade, têm direitos e obrigações, e devem aspirar por uma vida melhor e sentir a língua como um recurso de interação, manifestado sob as práticas discursivas.

Entendendo a leitura como um processo de produção de sentido e com dimensão dialógica que se dá a partir de interações sociais que acontecem entre o texto e o leitor, serão desenvolvidas variadas atividades:

Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma colaborativa: inferências, conhecimento prévio, leitura de mundo, contextualização ( música , cinema, obras de arte...), considerarão:

Conteúdo temático; Situacionalidade; Temporalidade; Discurso ideológico presente no texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial do texto; Informações explícitas e implícitas; Repetição proposital de palavras; Ambiguidade; Vozes sociais presentes no texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica; Operadores argumentativos; Polissemia; Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; Expressões que denotam ironia e humor no texto; Interlocutor; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Intertextualidade; A análise do texto para a compreensão de maneira global e não fragmentada; Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes objetivos: ler

para adquirir conhecimento, fruição, obter informação, produzir outros textos, revisar, etc.;

As particularidades ( lexicais, sintáticas e textuais ) do texto em registro formal e do texto em registro informal;

Construção de sentido do texto: - Identificação do tema ou ideia central; - Finalidade; - Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes no texto; - Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários. Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando:

- o conteúdo veiculado; - possíveis interlocutores; - assunto; - fonte; - papéis sociais representados;

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- intencionalidade; - valor estético;

Em relação ao trabalho com literatura:o - Ampliação do repertório de leitura do aluno ( textos que atendam e ampliem

seu horizonte de expectativas); - Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do conhecimento ( cinema,

música, obras de arte, Psicologia, Filosofia, Sociologia, etc.);o - O contexto de produção da obra literária bem como o contexto

de sua leitura. Interpretação crítica de textos; Identificação do processo e do contexto de produção das intenções presentes nos

textos, explícitas ou implícitas; Avaliação de nível argumentativo do texto e de recursos; Confronto das ideias; Atribuição de significados ao que extrapola o texto; Identificação do nível da linguagem; Atividades de leitura oral e fluente com entonação, ritmo, respeito à pontuação,

ortoepia, prosódia... Avaliação do texto quanto à sua estrutura e as marcas linguísticas ( parágrafos ,

recursos coesivos, coerência, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagens).

3.1.1.3. PRÁTICA DA ESCRITA:

Em relação à escrita, ressalte- se que as condições em que a produção acontece (quem escreve, o que, para quem, para que, por que, quando, onde e como se escreve) é que determinam o texto. A capacidade de escrita, criatividade e outros fatores comumente relacionados ao ato de escrever, só se aprende na prática da escrita em suas diferentes modalidades.

Assim, a inclusão da diversidade textual deve relacionar os gêneros com o seu contexto de produção observando as seguintes situações:

A produção e a refacção escrita como processo suscitado por uma real necessidade de prática social;

Tema do texto; Finalidade do texto; Elementos composicionais do gênero; Discurso direto e indireto; Informatividade; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;105

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Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;

Semântica:o - operadores argumentativos;o - ambiguidade;o - significado das palavras;o - sentido conotativo e denotativo;o - expressões que denotam ironia e humor no texto;o - modalizadores;o - polissemia;

Vícios de linguagem; Sintaxe de regência; Sintaxe de concordância; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal e nominal; Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado; Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão; Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação pública, privada,

cotidiana, solene,etc.); Utilização das marcas linguísticas e dos recursos coesivos (fatores de coesão:

referencial, recorrencial e sequencial), aspectos coerentes, situacionais, intencionais, contextuais, intertextuais;

Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis (elementos composicionais, formais, funcionais e estruturais) dos diversos gêneros discursivos;

Trabalho com tópicos gramaticais a partir da refacção de textos e análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico- discursivos com base no gênero discursivo em estudo;

Traçado da letra; Parágrafo; Discurso direto e indireto; Argumentatividade.

3.1.1.4. PRÁTICA DA ANÁLISE LINGUÍSTICA: LEITURA/ ORALIDADE/ ESCRITA.

A análise linguística levará o aluno a perceber a multiplicidade de uso e funções da língua, reconhecer as diferentes possibilidades e os elementos de construção do texto. No contexto discursivo, a análise linguística extrapola o tradicional horizonte da palavra e da frase.

Nos textos, deve levar o aluno à reflexão e ao conhecimento do sistema linguístico, sob a visão morfológica, sintática e semântica. Considerando esses aspectos, os tópicos abaixo apresentados, buscarão efetivar o domínio da língua:

Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor (es); Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios da enunciação: A função das conjunções na conexão de sentido do texto; Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no

texto;

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O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex.: felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente, obrigatoriamente, etc.);

O discurso direto, indireto e/ou indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto;

Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto; Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; A função do adjetivo, advérbio e de outras categorias como elementos adjacentes aos

núcleos nominais e predicativos; A função do advérbio: modificador e circunstanciador; O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da intencionalidade

do conteúdo textual; Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no texto; A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido,

entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto; Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico,

sublinhado, parênteses, etc.; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação

do texto; Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos propósitos do

texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo; A elipse na sequência do texto; A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico; determinado/indeterminado;

ativo/passivo) e a relação com as intenções do texto; O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da frase; Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos adjuntos; Figuras de linguagem e os efeitos de sentido(efeitos de humor, ironia, ambiguidade,

exagero, expressividade, etc,); As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes gêneros; As particularidades linguísticas do texto literário; As variações linguísticas; Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já existentes; A intenção do uso dos estrangeirismos, a sua adaptação aos padrões gramaticais da

língua importadora e seus valores; Concepção de língua como ação inter- locutiva situada, sujeita as interferências dos

falantes; Integração entre os eixos de ensino: a análise linguística é ferramenta para a leitura e

produção de textos; Metodologia reflexiva, baseada na indução (observação dos casos particulares para

conclusão das regularidades/regras); Trabalho paralelo com habilidades metalinguísticas e epilinguísticas; Ênfase nos usos como objetos de ensino (habilidades de leitura e escrita), que

remetem a vários outros objetos de ensino (estruturais, textuais, discursivos, normativos), apresentados e retomados sempre que necessário;

Fusão do trabalho com os gêneros, na medida em que contempla, justamente, a intersecção das condições de produção dos textos e as escolas linguísticas;

Preferência por questões abertas e atividade de pesquisa, que exigem comparação e reflexão sobre adequação e efeitos de sentido.

Utilização da nomenclatura oficial (Fonologia, Morfologia, Sintaxe, Semântica, Crase, Pontuação; Acentuação...), atividade chamada metalinguística, para atingir os

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objetivos da prática de reflexão sobre o uso da língua, dentro de uma abordagem funcional da gramática, que analisa o emprego da língua em situação de produção;

Enriquecimento do vocabulário, determinando quais não são palavras inferíveis e quais precisam de uma definição também não contextualizada, porém mais exata, a partir do contexto;

Realização de inferências na ortografia;

GÊNEROS CONFORME AS ESFERAS DE COMUNICAÇÃOOs gêneros discursivos a serem trabalhados, aqui, encontram- se delimitados de

acordo com a série, considerando as esferas sociais, adequados à realidade da escola e dos alunos (idade/série).

6º ANO

COTIDIANA: Adivinhas; Álbum de Família;Anedotas; Bilhetes; Cantigas de Roda; Carta Pessoal; Exposição Oral; Músicas; Parlendas; Trava- Línguas; Piadas; Provérbios; Quadrinhas; Receitas.

LITERÁRIA/ARTÍSTICA: Escultura; Fábulas; Haicai; Narrativas Míticas; Lendas; História em Quadrinhos; Paródias; Poemas; Tankas; Romances; Contos de Fadas; Contos de Fadas Contemporâneos; Narrativas Fantásticas, Biografias; Autobiografias.

ESCOLAR: Cartazes; Diálogo/Discussão Argumentativa; Exposição Oral; Mapas; Palestra; Pesquisas; Resumo; Verbetes de Enciclopédias.

IMPRENSA: Caricatura; Cartum; Charge; Classificados; Tiras.

PUBLICITÁRIA: Anúncio; Caricatura; Cartazes; Músicas; Paródia.

POLÍTICA: Abaixo-assinado.

JURÍDICA: Boletim de Ocorrência; Constituição Brasileira; Declaração de Direitos.

PRODUÇÃO E CONSUMO: Bulas.

MIDIÁTICA: Blog; Chat; Desenho Animado; Filmes.7º ANO

COTIDIANA: Carta Pessoal; Cartão; Cartão Postal; Causos;Bilhetes; Convites; Diário; Exposição Oral; Músicas; Fotos.

LITERÁRIA/ARTÍSTICA: História em Quadrinhos; Paródias; Poemas; Romances; Contos; Crônicas de Ficção; Letras de Músicas; Narrativas de Aventura; Narrativas de Ficção Científica; Narrativas de Enigma; Literatura de Cordel; Textos Dramáticos; Biografias; Autobiografia.

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ESCOLAR: Cartazes; Diálogo/Discussão Argumentativa; Exposição Oral; Mapas; Palestra; Pesquisas; Resumo; Verbetes de Enciclopédias; Debate Regrado.

IMPRENSA: Cartum; Charge; Tiras; Horóscopo; Infográfico; Manchete; Carta ao Leitor; Carta do Leitor, Sinopse de Filmes.

PUBLICITÁRIA: Cartazes; Músicas; Paródia; E-mail; Folder; Fotos; Placas.

POLÍTICA: Carta de Reclamação; Carta de Solicitação.

JURÍDICA: Constituição Brasileira; Declaração de Direitos; Contrato.

PRODUÇÃO E CONSUMO: Manual Técnico; Placas; Regras de Jogo.

MIDIÁTICA: E-mail; Entrevistas; Filmes.

8º ANOCOTIDIANA: Carta Pessoal; Convites; Exposição Oral; Músicas; Comunicado; Relatos de Experiências Vividas; Causos.

LITERÁRIA/ARTÍSTICA: História em Quadrinhos; Paródias; Poemas; Romances; Contos; Crônicas de Ficção; Letras de Músicas; Textos Dramáticos; Narrativas de Humor; Narrativas de Terror; Memórias; Narrativas Fantásticas; Narrativas Míticas.

ESCOLAR: Cartazes; Diálogo/Discussão Argumentativa; Exposição Oral; Mapas; Palestra; Pesquisas; Resumo; Verbetes de Enciclopédias; Debate Regrado; Relato Histórico; Relatório; Resenha; Seminário; Texto Argumentativo/de Opinião.

IMPRENSA: Cartum; Charge; Tiras; Horóscopo; Sinopse de Filmes; Mapas; Reportagens; Crônica Jornalística; Entrevista (oral e escrita); Resenha Crítica; Carta ao Leitor; Carta do Leitor; Editorial.

PUBLICITÁRIA: Cartazes; Músicas; Paródia; Comercial para TV; Slogan; Publicidade Comercial.

POLÍTICA: Carta de Emprego; Assembleia; Debate; Debate Regrado.

JURÍDICA: Constituição Brasileira; Declaração de Direitos; Depoimentos; Discurso de Acusação; Discurso de Defesa; Estatutos.

PRODUÇÃO E CONSUMO: Prospecto Turístico; Outdoor.

MIDIÁTICA: Fotoblog; Home page; Reality show; Talk show.9º ANO

COTIDIANA: Carta Pessoal; Convites; Exposição Oral; Músicas; Curriculum Vitae.

LITERÁRIA/ARTÍSTICA: Paródias; Poemas; Romances; Contos; Crônicas de Ficção; Letras de Músicas; Textos Dramáticos; Narrativas Fantásticas.

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ESCOLAR: Cartazes; Diálogo/Discussão Argumentativa; Exposição Oral; Mapas; Palestra; Pesquisas; Resumo; Verbetes de Enciclopédias; Debate Regrado; Relatos de Experiências Científicas ; Resenha; Seminário; Texto Argumentativo/de Opinião; Júri Simulado.

IMPRENSA: Cartum; Charge; Tiras; Sinopse de Filmes; Crônica Jornalística; Entrevista (oral e escrita); Resenha Crítica; Agenda Cultural; Anúncio de Emprego; Artigo de Opinião; Mesa Redonda; Notícia; Editorial.

PUBLICITÁRIA: Cartazes; Músicas; Paródia; Publicidade Institucional; Publicidade Oficial; Texto Político.

POLÍTICA: Fórum; Manifesto; Mesa Redonda; Panfleto; Discurso Político “de Palanque”.

JURÍDICA: Constituição Brasileira; Declaração de Direitos; Leis; Ofício; Procuração; Regimentos; Regulamentos; Requerimentos.

PRODUÇÃO E CONSUMO: Rótulos/ Embalagens.

MIDIÁTICA: Telejornal; Telenovelas; Torpedos; Vídeo Clip; Vídeo Conferência.

04. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS E RECURSOS DIDÁTICOS/ TECNOLÓGICOS:

Sendo o ser humano um ser extremamente comunicativo, é necessário que seja a linguagem um instrumento de reflexão e crescimento do mesmo dentro da sociedade. Fatos ocorridos nos grupos sociais deverão ser levados para a sala de aula e trabalhado sob três aspectos da língua: oralidade, leitura e escrita.

De acordo com as características das turmas, os conteúdos serão adaptados e discutidos em diferentes graus, de forma dinâmica e interativa, num processo de construção e reconstrução.

Considerando que a linguagem é interação entre sujeitos, o discurso deve ser a base da língua, uma vez que o mesmo se efetiva através dos enunciados construídos e melhorados a partir do conhecimento dos alunos.

Num processo diagnóstico, o professor deverá promover oportunidades de exercício da oralidade, leitura e escrita. Estará desta forma, valorizando o educando e detectando as suas necessidades.

A Informática vem adquirindo, cada vez mais, relevância na educação e, de forma acelerada, o que gera mudanças que afetam o pensar e as ações, pois, por meio da tecnologia, o professor encontra ajuda, completa- se e amplia seus conhecimentos, alterando o comportamento na aquisição do aprender e no seus relacionamentos com o mundo, promovendo a interdisciplinaridade, até mesmo, a transdisciplinaridade na escola. A educação deve estar embasada na informação, no conhecimento, no aprendizado e a informática é mais uma ferramenta que favorece o caminho do saber. Assim, a modificação na vida profissional acontece, paralelamente, na vida pessoal, pois lemos e escrevemos de maneiras diferentes com esta ferramenta que nos modifica quando com ela nos ambientamos. A Internet é acessada, gradativamente, com mais frequência, pois funciona como um instrumento para se preparar aulas, acessar o Portal Dia- a- Dia da Educação, cadastro, consulta, utilização do

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Pendrive na TV Multimídia, criação de material pedagógico, divulgar e acompanhar projetos, receber e enviar documentos, capacitação...

Nesta proposta, também, se contempla a Lei nº10.639/03 e nº11.645/08, referentes à História e Cultura Afro-brasileira e Africana e dos Povos Indígenas, bem como, os Conteúdos Obrigatórios. Salienta- se que os respectivos temas serão abordados através de textos, discussões, músicas, filmes, palestras, apresentações artísticas, trabalhos de pesquisa, concomitantes ao conteúdo disciplinar.

Em consideração aos Conteúdos Obrigatórios (Educação Ambiental, Prevenção do uso indevido de drogas, Violência na Escola, Relações Étnico- Raciais e Sexualidade), os mesmos serão abordados durante o desenvolvimento dos conteúdos da disciplina e em todas as séries finais do Ensino Fundamental.

Os Conteúdos Obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa.

Os conhecimentos universais como os desafios do cotidiano podem e devem ser discutidos como expressões históricas, políticas e econômicas da realidade. Tornam- se parte do conteúdo e, portanto, da proposta pedagógica curricular quando e se inerentes à compreensão dos mesmos na totalidade e são desafios do cotidiano que conduzem o coletivo escolar a buscar os fundamentos conceituais sobre os mesmos, entendo- os nas dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas, suscitando a busca por suportes concretos dada a compreensão dos mesmos em sua concretude.

Para atender os alunos com necessidades educativas especiais, serão adequados os objetivos, os conteúdos, metodologia e organização didática, tempo e os critérios de avaliação, sem que isto implique modificá- los, considerando as necessidades pessoais, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades, para que, cada um, aprenda, resguardando- se suas singularidades, valorizando as habilidades que cada um deles apresenta em cada uma das práticas do discurso, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar.

Para se chegar aos objetivos, relacionamos atividades adaptáveis às turmas conforme as suas diferenças. É o conjunto de determinados princípios e recursos, o processo de investigação teórica e de prática abordados por série, nas práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística:

4.1. LEITURA:É importante que o professor:

Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; Considere os conhecimentos prévios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

Proporcione análises para estabelecer a referência textual; Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos,

imagens, mapas e outros; Relacione o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de sentido

(ambiguidade) e com outros textos; Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou

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expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;

Promova a percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Estimule leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;

Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.

4.2. ESCRITA:É importante que o professor:

Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;

Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;

Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; Acompanhe a produção do texto; Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que denotam ironia e humor; Estimule o uso de figuras de linguagem no texto; Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos

do texto; Proporcione o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na

organização, retomadas e sequenciação do texto; Conduza a utilização adequada das partículas conectivas; Encaminhe a re-escrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos

que compõem o gênero; Conduza, na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais

e normativos.

4.3.ORALIDADE:É importante que o professor:

Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, finalidade do texto; Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando- se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas e outros; Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros; Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como

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jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.

4.4. ANÁLISE LINGUÍSTICA:É importante que o professor:

Selecione o gênero que pretende trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de produção/circulação, prepare atividades sobre a análise das marcas linguístico- enunciativas,entre elas:a) Oralidade:

as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso; os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação; as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a

informal; os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto;

b) Leitura: - as particularidades do texto em registro formal e informal (lexicais, sintáticas e

textuais); - a repetição de palavras e o efeito produzido; - o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento; - progressão referencial no texto; - o discurso direto, indireto e/ou indireto livre na manifestação das vozes que falam

no texto.c) Escrita:

Por meio do texto do texto dos alunos, num trabalho de re-escrita do texto ou de partes do texto, o professor pode selecionar atividades que reflitam e analisem os aspectos:

- discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero); - textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos,

ambiguidades, intertextualidade, processo de referenciação); - estruturais (composição do gênero proposto para a escrita/oralidade do texto,

estruturação de parágrafos); - normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado,

complemento, regência, vícios da linguagem...); - dos recursos gráficos e efeitos de uso; - da pontuação como recurso sintático e estilístico; - do papel sintático e estilístico dos pronomes; - do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais; - do efeito do uso de expressões modalizadoras; - da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos; - dos procedimentos de concordância verbal e nominal; - da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do sentido entre

o que vem antes e o que vem depois em um texto.

05. CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A partir desta Proposta Pedagógica Curricular, propõe- se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade.

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A avaliação, nessa perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.

A avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção dos conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento.

A avaliação é um processo importantíssimo que envolve professores, equipe pedagógica, direção, alunos e pais, por isso merece atenção de toda a comunidade escolar. Ela é formativa, pois considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferente e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa o professor e o aluno acerca do ponto em que se encontram, ajuda- os a refletir. Faz o professor procurar caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas. É uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno. É contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Dar- se- á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

Na avaliação, utiliza- se de métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola. Assim, serão utilizados procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando- se a comparação dos alunos entre si. O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/ instrumentos/ métodos de ensino. Nela, devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

Para que se possa verificar com maior precisão o aprendizado do aluno, é necessário que as avaliações sejam constante e diversificadas adaptando- se aos conteúdos da oralidade, leitura, escrita e análise linguística. Assim, na disciplina de Língua Portuguesa, serão realizadas, no mínimo quatro avaliações bimestrais. A cada avaliação realizada, o professor deverá atribuir o valor de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).

O aluno será avaliado através de instrumentos diversificados, de acordo com os conteúdos trabalhados,contemplando as três práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita. Após cada prática discursiva, os instrumentos avaliativos ocorrerão com produções textuais, provas escritas, questões orais e/ou lúdicas (diálogos, relatos, discussões, seminário, debate, entrevista, relato e outras situações de oralidade), leitura, apresentação de trabalhos, atividades do caderno do aluno, interpretações textuais, etc. Todas as atividades serão somadas e divididas pelo número de avaliações previstas para o bimestre.

Além dos instrumentos de avaliações mencionados, quando o aluno não atender aos resultados esperados, será realizada recuperação paralela do conteúdo e consequentemente da nota, sendo que esta será substituída pela anterior se for maior que a primeira. Dar- se- á de

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forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem, através da retomada de conteúdos com metodologia e atividades diferenciadas da realizada anteriormente como: relatórios, pesquisas, interpretações, provas escritas, questões orais, etc. Será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático- metodológicos diversificados. A recuperação dos conteúdos, com novas avaliações, ocorrerá sempre que for necessária, suprindo as insuficiências detectadas nas atividades avaliativas.

Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar. Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo- se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe, prevalecendo a maior nota entre a aceleração e a sua recuperação. A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua frequência mínima exigida por lei.

Atendendo aos alunos com necessidades educacionais especiais, a avaliação poderá ser diferenciada, adaptando- se às condições de cada aluno. Serão adequados os objetivos, conteúdos, metodologia e organização didática, tempo e critérios de avaliação, sem que isto implique modificá- los, considerando as necessidades pessoais, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades, para que cada um aprenda, resguardando- se suas singularidades, valorizando as habilidades que cada um deles apresenta em cada uma das práticas do discurso, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar.

5.1. CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO

5.1.1. LEITURA Espera- se que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto, com diferentes critérios, estipulados pelo professor;

Identifique o tema; Localize informações explícitas e/ou implícitas no texto; Emita opiniões a respeito do que leu; Posicione- se argumentativamente; Amplie o horizonte de expectativas; Amplie seu léxico; Identifique a ideia principal do texto; Perceba o ambiente no qual circula o gênero; Analise as intenções do autor; Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto; Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo; Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e

elementos do texto; Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.

5.1.2. ESCRITA Espera- se que o aluno:

Expresse suas ideias com clareza;115

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Elabore/re-elabore textos atendendo às situações de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...)

Produza textos com uma continuidade temática; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade,

intertextualidade,etc; Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto.

5.1.3. ORALIDADE Espera- se que o aluno:

Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); Apresente ideias com clareza; Compreenda os argumentos do discurso do outro; Respeite os turnos de fala; Pertinência de gênero. Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; Exponha objetivamente argumentos; Organize a sequência da fala; Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos

gêneros orais trabalhados; Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação

nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem entre outros. Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc...

5.1.4. ANÁLISE LINGUÍSTICA: Espera- se que o aluno:

Expresse suas ideias com clareza; Elabore/re-elabore textos atendendo às circunstâncias de produção proposta (gênero,

interlocutor, finalidade...) Produza textos com uma continuidade temática; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso do artigo,

pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção,etc.; Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

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sequenciação do texto; Amplie seu léxico; Perceba os efeitos de sentidos causados pelo uso de operadores argumentativos e

modalizadores; Identifique as relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo,

comparação,etc.); Analise os diferentes discursos na manifestação das vozes do texto.

06. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

01. ANTUNES, Irandé. Aula de Português:encontro & interação. São Paulo. Parábola, Editorial, 2003.02. BARRETO, E. S. de S.(Org.) Os currículos do ensino fundamental para as escolas brasileiras. 2ª ed. Campinas: Autores Associados/Fundação Carlos Chagas, 2000. (Coleção formação de professores)03. BARROS, D. L. P. Contribuições de Bakthin às teorias do texto e do discurso. In: FARACO, C. A.; CASTRO, G. de; TEZZA, C. (orgs). Diálogos com Bakthin. Curitiba:Ed. da UFPR, 2001.04. BECHARA, E. Ensino de gramática. Opressão? Liberdade? São Paulo: Ática, 1991.05. GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W. (org.). O texto na sala de aula. 2 ed. São Paulo: Ática, 1997.06. KLEIMAN, A.; MORAES, S. E. Leitura e interdisciplinariedade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas: Mercado de Letras, 1999.07. OLIVEIRA, Tania Amaral. Tecendo linguagens – Língua Portuguesa. 1. ed. São Paulo IBEP, 2006.08. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. 3. ed. Curitiba, 1997.09. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa. 1ª ed., Curitiba, 2008. DISCIPLINA: MATEMÁTICA

1-APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A matemática faz parte de toda a atividade humana, desde o início de suas vidas. Mesmo antes de deparar com a matemática cientificamente estruturada o ser humano convive com situações envolvendo matemática.

A matemática esteve presente em todas as civilizações, de maneira dinâmica foi se desenvolvendo e transformando para que as pessoas pudessem conhecer a realidade e agir sobre ela. Agindo sobre o meio, o homem obteve seus primeiros conhecimentos sobre formas e grandezas, buscando soluções para os seus problemas, usando o conhecimento já adquirido para produzir outros, ampliando seus conceitos.

Assim no decorrer da história da humanidade, pode-se dizer que muitos matemáticos surgiram em função das diferentes necessidades sócio-culturais e políticas de diferentes épocas e sociedades. Conhecimentos matemáticos rudimentares desenvolvidos pelos povos das antigas civilizações vieram a compor a matemática que se conhece hoje.

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A matemática como ciência emergiu mais tarde ao acompanhar os avanços da humanidade, adquiriu forma e uma estrutura própria, passou a ter um caráter científico de que não dispunha inicialmente.

O ensino da matemática sofreu a influência de diferentes concepções e passou por diversas tendências metodológicas, algumas fortalecendo o uso da matemática formal e outras voltadas às aplicações da matemática na vida prática, minimizando o valor e científico da disciplina.

Atualmente, apesar de ainda encontrar-se em processo de construção, pode-se dizer que o objeto de estudo da Educação Matemática está centrado na prática pedagógica da matemática de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento. Segundo as DCEs os objetivos básicos da Educação Matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento- natureza científica, e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática- natureza pragmática.

Podemos destacar várias razões para ensinar Matemática, seja devido á sua especificidade na construção do conhecimento e na formação do indivíduo, e como valor instrumental e base para diversos ramos do conhecimento.

É fundamental que o professor saiba estabelecer uma postura teórica – metodológica e seja questionador frente às concepções pedagógicas historicamente difundidas, fazendo uso de diferentes metodologias sugeridas pelas tendências da Educação Matemática: Etnomatemática, história da Matemática, modelagem Matemática, Resolução de problemas, Mídias tecnológicas e Investigação Matemática articuladas entre si com o foco nos conteúdos matemáticos.

Portanto, é necessário que o ensino envolva diferentes dimensões da matemática de forma integrada de modo a garantir aos educandos o desenvolvimento de diferentes formas de raciocínio, habilidades, estabelecendo maiores elos de significação entre as idéias matemáticas, um ensino que aponte para concepções, cuja postura, possibilite aos alunos realizar análises discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias e, a partir do conhecimento matemático, também seja possível criticar questões sociais, políticas, econômica e histórica.

É preciso considerar uma organização dos conteúdos como forma didática de apresentação, os conteúdos específicos são organizados a partir de conteúdos estruturantes, que são os saberes que identificam os campos de estudo de uma disciplina, a base de compreensão da mesma, selecionados a partir de uma análise histórica da ciência de referência e tem como objetivo dar uma certa uniformidade aos conteúdos específicos de Matemática ofertados aos diferentes níveis e modalidades de ensino.

Para o ensino Fundamental os conteúdos estruturantes de Matemática são: Números e Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometria e Tratamento da Informação e Funções.

2-CONTEÚDOS :

6º ANO1-Números e Álgebra

-Conjuntos numéricos e operações-Sistema de numeração-Números naturais-Múltiplos divisores-Potenciação e Radiciação

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-Números fracionários-Números decimais

2-Geometrias:

-Geometria plana-Geometria espacial

3- Grandezas e Medidas:- Medidas de comprimento;

- Medidas de massa; - Medidas de tempo; - Medidas de ângulo;

-Sistema Monetário

4-Tratamento da Informação:-Estatística: dados, tabelas e gráficos-Noções de probabilidade-Porcentagem

7º ANO1-Números e Álgebra.

-Conjuntos numéricos e operações: números inteiros e racionais-Equações e inequações do 1º grau-Proporcionalidade: razão e proporção-Regra de três simples

2-Geometrias-Geometria espacial-Geometria analítica-Geometria não eucliadiana

3- Grandezas e Medidas-medidas de áreas e volumes-Medidas de temperatura-Medidas de ângulos.

4- Tratamento da Informação -Pesquisa estatística

-Média aritmética-Moda e Mediana-Juros Simples

8º ANO1-Números e Álgebra.

-Conjuntos numéricos e operações: números racionais e irracionais-Potências-sistemas de equações do 1º grau-Monômios e polinômios

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-Produtos notáveis

2-Geometrias-Geometria plana-Geometria espacial-Geometria analítica-Geometria não euclidiana

3- Grandezas e Medidas-Medidas de comprimento-Medidas de área e volume-Medidas de ângulos

4-Tratamento de Informação:-Estatística: gráfico e informação-População e amostra-Probabilidade-Matemática financeira

9º ANO1-Números e álgebra

-Conjuntos numéricos e operações: números reais-Propriedades dos radicais-Equações do 2º grau-Equações biquadradas-Equações irracionais-Teorema de Pitágoras.

- Regra de três composta.

2-Geometrias-Geometria plana-Geometria espacial-Geometria analítica-Noções de geometria não euclidiana

3- Grandezas e Medidas-Relações métricas no triângulo retângulo-Trigonometria no triângulo retângulo

4-Tratamento de Informação-Estatística-Noções de análise Combinatória

-Noções de probabilidade.-Matemática financeira: juros compostos.

5- Funções - Noção intuitiva de função Afim. - Noção intuitiva de função quadrática.

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3- ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS DA DISCIPLINA:

È de fundamental importância propiciar um ambiente de trabalho que estimule o aluno a criar, comparar, discutir, opinar, construir novos conceitos participando ativamente do processo ensino-aprendizagem. Tal fato exige variadas estratégias de trabalho, de acordo com as tendências em educação matemática:

*- Na Resolução de Problemas:- Aplicação de situações-problema adequadas à realidade, como ponto de

partida e durante o desenvolvimento de atividades matemáticas;- Discutir as dúvidas, comparar, rever resultados, estimulando os alunos a

perguntar, expor suas idéias, pois o confronto entre o quê o aluno pensa e o quê pensam os colegas e o seu professor é uma forma de aprendizagem significativa;

- Análise dos procedimentos de resolução, corretos ou incorretos, como recurso de aprendizagem e investigação da visão que o aluno possui do conteúdo;

- Atividades individuais, onde o aluno desenvolverá e testará idéias próprias.

-Na Etnomatemática:- Trabalhos em equipe para que o aluno possa elaborar seus conceitos e

definições interagindo com os colegas, como forma de valorização de cada aluno, independente da classe social ou etnia, reconhecendo e respeitando as raízes de cada indivíduo.

- Respeito as origens do aluno, reconhecendo e utilizando questões de relevância social que produzem conhecimento matemático.

- Oportunidade de diálogo entre os alunos, como forma de convivência respeitosa, para que todos sintam-se encorajados a expor, defender sua especificidade étnico racial, respeitando os valores, visões de mundo, raciocínios e pensamentos de cada um.

- Atendimento diferenciado aos alunos com necessidades especiais, de acordo com a sua dificuldade, facilitando e oportunizando a aprendizagem, as vezes limitada, considerando-se desde o mínimo possível da aquisição do saber. Oferecendo condições físicas e materiais para que esses alunos se sintam a vontade.

- Envolvimento com os conteúdos Obrigatórios: Educação Fiscal, Educação Ambiental, prevenção ao uso indevido de drogas, Enfrentamento a violência, cidadania e Direitos Humanos.

-Na Modelagem Matemática: - Uso da Modelagem Matemática como forma de valorizar as situações matemáticas do contexto do aluno.- O estudo da estatística permitindo aos jovens conhecer, abordar e até

compreender problemas do seu cotidiano

-Na História da Matemática:- Vinculação de história da matemática a conteúdos, na busca de

compreensão de conceitos.

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-Nas Mídias Tecnológicas:- Utilização de recursos tecnológicos como: videocassete televisão,

software, aplicativos da internet, TV pendrive entre outros, como forma de favorecer as experimentações matemáticas.

- O uso de computadores possibilitando representar e testar idéias ou hipóteses que levam a criação do mundo abstrato e simbólico onde esse instrumento será o criador e facilitador do processo de aprendizagem e desenvolvimento intelectual do aluno.

- A utilização do computador como recurso bastante estimulador no processo de ensino aprendizagem de matemática, tornando uma atividade experimental mais rica e estimulando o desenvolvimento do pensamento e de sua capacidade critica.

- Uso da calculadora como recurso para verificação de resultados, correção de erros e para realizar determinadas atividades.

-Na Investigação Matemática - levar o aluno a investigar e agir como um matemático levantando

hipóteses e conjucturas demonstrando que descobriu algo novo e inédito.- Fornecimento de informações que os alunos não conseguem obter

sozinhos, através de exposição oral e escrita;- Manuseio de instrumentos de medidas como régua, esquadro,

transferidor, estabelecendo as diversas relações com as propriedades geométricas;

- Confecção e utilização de materiais manipulativos e jogos;

5- AVALIAÇÃO:

A avaliação será diagnóstica do crescimento interativo e coletivo do dia-a-dia, através da participação ativa de cada educando no desenvolvimento dos conteúdos e dos trabalhos disciplinares e interdisciplinares, retomando conceitos como fundamentação de continuidade incidindo sobre uma grande variedade de aspectos relativos ao desempenho dos alunos para:

- Verificar se o aluno é capaz de interpretar uma situação-problema, distinguir e identificar informações, planejar a resolução, decidir sobre procedimentos de resolução a serem utilizados, investigar, justificar, argumentar e comprovar a validade de resultados e apresentá-los de forma organizada e clara;

- Verificar se o aluno compreende os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que lhe permitam desenvolver estudos posteriores e adquirir uma formação geral;

- Revelar, em diversas situações, segurança em relação as suas capacidades em Matemática e o desenvolvimento de atitudes de autonomia e cooperação;

- Aplica seus conhecimentos matemáticos e situações diversas, utilizando-a na interpretação da ciência e da atividade tecnológica, assim como nas atividades cotidianas.

Os alunos poderão ser avaliados por meio de diferentes instrumentos de acordo com o conteúdo trabalhado:

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- Prova escrita individual ou em equipes;- Questões orais feitas em sala de aula;- Questões escritas desenvolvidas em sala de aula individualmente ou em

equipes;- Atribuição de notas aos trabalhos realizados fora da sala de aula

(pesquisas de campo, aulas práticas quando possível)- Atribuição de nota pela realização de atividades (tarefas) em casa.

Serão atribuídas notas de 0,0 a 10,0 a cada instrumento avaliado. Sendo utilizados, no mínimo, dois instrumentos diferentes a cada bimestre. A média bimestral consiste na média aritmética simples das notas obtidas no bimestre.

Aos alunos com necessidades especiais, serão disponibilizados materiais adaptados de acordo com suas dificuldades: materiais ampliados, trabalhos extra, avaliações diferenciadas.

A Recuperação acontecerá paralelamente, retomando o conteúdo e oportunizando o aluno a recuperar o conteúdo e também a nota, através de nova avaliação sendo que prevalecerá a nota maior.

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

PARANÁ,Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de 1º grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná.Curitiba: SEED/DEPG,1990

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica, 2008

GIOVANNI,& Giovanni Jr – São Paulo, FTD, 2002, Coleção Matemática Pensar e Descobrir.

CADERNOS TEMÁTICOS- História e Cultura Afro Brasileira e Africana.

DISCIPLINA DE LEM - INGLÊS

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de LEM sofreu constantes mudanças ao longo da história. A partir de 1759, as línguas que integravam o currículo eram o Latim e o Grego, línguas clássicas consideradas de suma importância para o desenvolvimento do pensamento e da literatura. Para melhorar a instrução pública e atender as demandas do comércio, D. João VI assinou o decreto de 22 de junho de 1809 para criar as cadeiras de Inglês e Francês. A partir daí o ensino de línguas modernas passou a ser valorizado. Em 1840 foi criado o uso do Francês, que era priorizado por representar um ideal de cultura e civilização.

A abordagem pedagógica tradicional de gramática-tradução prevaleceu no ensino de línguas modernas. Nessa abordagem entendia-se que o aluno teria melhor desempenho tanto na fala quanto na escrita. Essa metodologia vigorou até o início do século XX. No final do século XIX e início do XX muitos imigrantes vieram ao Brasil em busca de melhores

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condições de vida, criando colônias de imigrantes. Estes, por sua vez, organizaram-se para construir escolas para seus filhos, uma vez que a escolarização já fazia parte da vida dessas populações em seus países de origem e o Estado brasileiro não ofertava atendimento escolar para todas as crianças. Eram ensinadas a língua e a cultura dos imigrantes. O Português passou a ser língua estrangeira, quando era ensinado.

Para efetivar os propósitos nacionalistas, em 1917 o governo decidiu fechar as escolas estrangeiras ou de imigrantes e criou a partir de 1918, as escolas primárias sob a responsabilidade dos estados para impedir a desnacionalização da escola. Na reforma de 1931, estabeleceu-se um método de ensino de Língua Estrangeira- o Método Direto que visava a comunicação na língua, sem intervenção da língua materna e sem a tradução.

A responsabilidade pelos rumos educacionais após a segunda guerra passou a ser centralizada no Ministério de Educação e Saúde, que indicava aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser ministrado nas escolas, a metodologia e o programa curricular para cada série. O MEC preconizava que a disciplina de Língua Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do aprendiz quanto para o acesso ao conhecimento e à reflexão sobre as civilizações estrangeiras e tradições de outros povos. Na década de 1940, falar Inglês passou a ser imprescindível de modo que a língua passou a ter mais espaço tomando o lugar do Francês, mas acabou perdendo seu lugar devido ao ensino cada vez mais técnico e a carga horária diminuiu.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961 criou os Conselhos de Educação os quais poderiam incluir ou não o ensino de línguas estrangeiras nos currículos. Essa mesma lei retirou a obrigatoriedade do ensino de língua estrangeira no colegial.

Na década de 1970, contrapondo-se ao modelo inatista de aquisição de linguagem, iniciou-se no Brasil a discussão das teorias de Piaget sobre a abordagem cognitiva e construtivista. Nessa abordagem, a aquisição da língua é entendida como resultado da interação entre o organismo e o ambiente, em assimilações e acomodações responsáveis pelo desenvolvimento da inteligência.

Com a lei 5.692/71 o governo militar desobrigou a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de primeiro e segundo graus para não impregnar-se com culturas estrangeiras. Em 1976 o Inglês voltou a ser valorizado no segundo grau quando passou a ser obrigatório. Em meados de 1980, criou-se no Paraná os centros de idiomas (CELEM) para valorizar os idiomas e isso preserva-se já a vinte anos.

O surgimento de teorias da análise do discurso francesas enfatiza o texto e não mais a gramática. Em paralelo, teorias da análise do discurso das Escolas Anglo-Saxãs subsidiaram o ensino pautado na abordagem comunicativa.

Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira Moderna, enfatizando o ensino da comunicação oral e escrita.

Em contraposição a isso, linguistas aplicados têm estudado novos referenciais teóricos que atendam às demandas da sociedade e contribuam para uma consciência crítica da aprendizagem, mais especificamente, da língua estrangeira. Muitos desses trabalhos analisam a função da Língua Estrangeira com vistas a um ensino que contribua para reduzir desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam. Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas mais recentes para o ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro e serviram de subsídios na elaboração das DCEs, que atualmente, se baseia na corrente sociológica e nas teorias do Círculo de Bakhtin, as quais concebem a língua como discurso.

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OBJETIVOS

De acordo com as DCEs, o ensino de Língua Estrangeira Moderna, na Educação Básica, propõe superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais.

Desta forma, espera-se que o aluno:

- Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

- Vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

- Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto passíveis de transformação na prática social;

- Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

- Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;

- Valorize a leitura como fonte de informação;

- Participe do processo de construção de sentidos, utilizando não apenas seu conhecimento língua-estrutura e vocabulário – mas também seu conhecimento de mundo e do contexto sócio histórico em que vive, pretendendo um aluno participativo e ativo, que possa utilizar a língua, como instrumento de acesso, à informações e a outras culturas e grupos sociais.

2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE / BÁSICOS DA DISCIPLINA

O Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna é o Discurso como prática social, de modo que a língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos em Língua Estrangeira Moderna serão abordados a partir de um gênero discursivo que poderá ser retomado em todas as séries, porém em diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno e as especificidades de cada gênero.

Os gêneros a serem trabalhados em cada ano escolar serão definidos no Plano de Trabalho Docente de cada professor. Podendo utilizar dos diferentes gêneros das esferas sociais de circulação: cotidiana, literária/artística, científica, escolar, imprensa, publicitária, política e jurídica, produção e consumo, midiática.

6º ANO

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Os conteúdos poderão ser abordados a partir dos seguintes gêneros: diálogo, música, imagens, carta, mensagens, obras de arte, fotos, biografia, e-mail, crachá, formulário, história em quadrinho, gráfico, mapa, bilhete, cartaz, entre outros.

LEITURA

contexto de produção;

elementos composicionais e estruturais do gênero;

identificação do tema

Intertextualidade;

intencionalidade;

vozes sociais presentes no texto;

léxico;

coesão e coerência;

funções das classes gramaticais no texto;

elementos semânticos;

discurso direto e indireto;

recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);

variedade linguística;

ortografia.

ORALIDADE

contexto de produção;

elementos composicionais e estruturais do gênero;

elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;

adequação do discurso ao gênero;

turnos de fala;

vozes sociais presentes no texto;

variações linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

adequação da fala ao contexto;

pronúncia.

ESCRITA

contexto de produção;

elementos composicionais e estruturais do gênero;126

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tema do texto;

interlocutor;

finalidade do texto;

intencionalidade do texto;

intertextualidade;

informatividade;

vozes sociais presentes no texto;

discurso direto e indireto;

léxico;

coesão e coerência;

funções das classes gramaticais no texto;

elementos semânticos;

recursos estilísticos (figuras de linguagem);

marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);

variedade linguística;

ortografia,

7º ANO

Os conteúdos poderão ser abordados a partir dos seguintes gêneros: diálogo, música, imagens, cartaz, crachá, mapa, planta baixa, quadro de avisos, instruções, panfleto, grade de programação de TV, menu, artigo, regras de jogo, gráfico, biografia, texto informativo, formulário, receita, e-mail, entre outros.

LEITURA

contexto de produção;

elementos composicionais e estruturais do gênero.

identificação do tema

Intertextualidade;

intencionalidade;

vozes sociais presentes no texto;

léxico;

coesão e coerência;

funções das classes gramaticais no texto;

elementos semânticos;

discurso direto e indireto;

recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

127

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marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);

variedade linguística;

ortografia.

ORALIDADE

contexto de produção;

elementos composicionais e estruturais do gênero.

elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;

adequação do discurso ao gênero;

turnos de fala;

vozes sociais presentes no texto;

variações linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

adequação da fala ao contexto;

pronúncia.

ESCRITA

contexto de produção;

elementos composicionais e estruturais do gênero.

tema do texto;

interlocutor;

finalidade do texto;

intencionalidade do texto;

intertextualidade;

informatividade;

vozes sociais presentes no texto;

discurso direto e indireto;

léxico;

coesão e coerência;

funções das classes gramaticais no texto;

elementos semânticos;

recursos estilísticos (figuras de linguagem);

marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);

128

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variedade linguística;

ortografia,

8º ANO

Os conteúdos poderão ser abordados a partir dos seguintes gêneros: placa, mapa, artigo, bilhete, diálogo, texto informativo, menu, receita, gráfico, calendário, agenda semanal, panfleto, e-mail, citações, obras de arte, guia turístico, página de opinião, entrada de enciclopédia, mapa, entre outros.

LEITURA

contexto de produção;

elementos composicionais e estruturais do gênero.

identificação do tema

Intertextualidade;

intencionalidade;

vozes sociais presentes no texto;

léxico;

coesão e coerência;

funções das classes gramaticais no texto;

elementos semânticos;

discurso direto e indireto;

recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);

variedade linguística;

ortografia.

ORALIDADE contexto de produção;

elementos composicionais e estruturais do gênero;

elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;

adequação do discurso ao gênero;

turnos de fala;

vozes sociais presentes no texto;

variações linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

adequação da fala ao contexto;

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pronúncia.

ESCRITA contexto de produção;

elementos composicionais e estruturais do gênero;

tema do texto;

interlocutor;

finalidade do texto;

intencionalidade do texto;

intertextualidade;

informatividade;

vozes sociais presentes no texto;

discurso direto e indireto;

léxico;

coesão e coerência;

funções das classes gramaticais no texto;

elementos semânticos;

recursos estilísticos (figuras de linguagem);

marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);

variedade linguística;

ortografia,

9º ANO

Os conteúdos poderão ser abordados a partir dos seguintes gêneros: quiz, imagens, cartão postal, diálogo, texto narrativo, biografia, gráfico, introdução de livro, texto informativo, obra de arte, mapa, gráfico, e-mail, homepage, placas, cartaz, bilhete, artigo, música, entre outros.

LEITURA

contexto de produção;

elementos composicionais e estruturais do gênero.

identificação do tema

Intertextualidade;

intencionalidade;

vozes sociais presentes no texto;

léxico;

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coesão e coerência;

funções das classes gramaticais no texto;

elementos semânticos;

discurso direto e indireto;

recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);

variedade linguística;

ortografia.

ORALIDADE contexto de produção

elementos composicionais e estruturais do gênero;

elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;

adequação do discurso ao gênero;

turnos de fala;

vozes sociais presentes no texto;

variações linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

adequação da fala ao contexto;

pronúncia.

ESCRITA contexto de produção

elementos composicionais e estruturais do gênero;

tema do texto;

interlocutor;

finalidade do texto;

intencionalidade do texto;

intertextualidade;

informatividade;

vozes sociais presentes no texto;

discurso direto e indireto;

léxico;

coesão e coerência;

131

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funções das classes gramaticais no texto;

elementos semânticos;

recursos estilísticos (figuras de linguagem);

marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);

variedade linguística;

ortografia.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA

O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.

O foco do aprendizado será centrado na comunicação e não no estudo puramente repetitivo. O ponto de partida da aula de língua estrangeira será o texto, verbal e não-verbal, como unidade de linguagem em uso. Serão abordados vários gêneros textuais em atividades diversificadas. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la. Através dos textos será provocada uma reflexão maior sobre o uso de cada texto e considerar o contexto de uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros discursivos têm papel importante para o trabalho na escola. É importante que o aluno tenha acesso a vários textos de várias esferas sociais para interagir com variedades discursivas presentes nas diversas práticas sociais.

A aula de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades significativas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno vincule o que é estudado com a realidade que o cerca. Portanto recursos disponíveis, como o uso da informática, a qual permite o acesso à internet, onde o aluno poderá realizar exercícios, atividades e sugestões de trabalho. Além dos recursos tecnológicos, o trabalho com revistas, manuais, outdoors, embalagens de produtos e quadrinhos permitirá um aprendizado mais significativo e poderá tornar-se mais atraente. Recursos como a televisão, o cinema, vídeos, programas gravados, letras de música, CDs, DVDs e outros para a ampliação do conhecimento. Todas essas estratégias e conteúdos serão flexíveis, caso haja necessidade para adequações durante o processo de aprendizagem.

É necessário criar estratégias para que os alunos percebam a heterogeneidade da língua e as várias possibilidades de leitura que um texto proporciona. A não-linearidade permite a reconstrução da argumentação e os alunos terão uma posição mais crítica em relação aos textos trabalhados.

A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a mobilização do conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são alguns elementos que podem permitir a interpretação dos sentidos produzidos no contato com textos. Não é preciso que o aluno entenda os significados de cada palavra ou a estrutura do texto para que lhe produza sentido. O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento de procedimentos para a construção de significados usados na LEM, portanto o trabalho com a análise linguística é importante pois com novas palavras e pronúncias representa um universo ideologicamente marcado.

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O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade e é fundamental que o aluno seja subsidiado com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e discursivos.

Para cada texto escolhido poderá ser levado em conta o trabalho com gêneros, aspectos culturais e inter discursivos, variedades linguísticas e análises linguísticas e atividades variadas como na internet e mesmo discussões em sala de aula e produções de texto. Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém com diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno.

Os conteúdos obrigatórios conforme disposto na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância das diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna.

4. AVALIAÇÃO

Partindo do princípio de que o educador deve ver o educando como um ser social e este é o construtor do próprio conhecimento e aquele o “mediador” entre o aluno e o que ele aprende, proporcionando lhe conhecimentos sistematizados, o ato de avaliar não deve ser o momento final do processo. Devem-se criar condições de aprendizagem que permitam ao aluno evoluir na construção de seu próprio conhecimento. A avaliação é um instrumento complexo, pois é através dela que se reflete sobre a construção do conhecimento, fazendo com que o educando seja ativo e participante e ao mesmo tempo um ser crítico.

A concepção de avaliação sobrepõe-se ao caráter de controle. É um processo onde a observação da participação ativa dos alunos é realizada para que se percebam as dificuldades e avanços dos sujeitos envolvidos. A avaliação será feita através de vários tipos de ferramentas tais como provas escritas e orais, produções dos alunos, debates, trabalhos individuais e em grupo, etc, para que se possibilite observar as capacidades e habilidades dos alunos, bem como o conteúdo trabalhado. No entanto, é imprescindível sempre retomar e de forma diferenciada, conteúdos para aqueles alunos que não obtiveram êxito nas avaliações propostas para que consigam atingir o objetivo, sem se sentirem incapazes. É, portanto, um acompanhamento constante do progresso dos estudantes. É desafiados construir uma avaliação que tenha critérios que nos permitam formar cidadãos conscientes e críticos. A avaliação concebe o conhecimento como apropriação e como um processo de ação-reflexão-ação através da interação professor-aluno.

Conforme o PPP da escola deverá ser realizado no mínimo duas avaliações diferenciadas, sendo que para cada uma delas será atribuído um valor de zero a dez conforme o desempenho do aluno. Também será oportunizada a todos os alunos recuperação paralela, com retomada de conteúdos e uma nova avaliação, a qual substituirá a primeira, caso se verifique maior desempenho. Poder-se-á utilizar os seguintes instrumentos de avaliação: produção de textos orais ou escritos, pesquisa, relatório, atividades no caderno o no livro didático, transcrição de textos, debates, provas, entre outros. O cálculo da média será realizado através do método aritmético simples. Os alunos com necessidades especiais serão avaliados conforme suas especificidades.

Os conteúdos básicos serão avaliados de forma integrada nas avaliações, visto que leitura, escrita e oralidade não se dissociam. Os critérios para avaliar oralidade, leitura e escrita são:

Espera-se que na LEITURA o aluno: -Realize leitura compreensiva do texto;-Localize informações explicitas;

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-Amplie seu horizonte de expectativas;-Amplie se léxico;-Perceba o ambiente no que circula o gênero;-Identifique a idéia principal do texto;-Identifique o tema;-Deduza o sentido das palavras e ou expressões a partir do contexto;-Posicione-se argumentativamente;-Amplie seu horizonte de expectativas;-Perceba do ambiente do qual circula o gênero;-Analise as intenções do autor;-Reconheça palavras ou expressões que denotem ironia e humor no texto;-compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e ou expressões no sentido

conotativo e denotativo;-Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.

Espera-se que o aluno na ORALIDADE:-Utilize do discurso de acordo com a situação de produção ( formal/ informal);-Apresente suas idéias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna;-Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos,etc.-Respeite os turnos de fala;-compreenda os argumentos no discurso do outro;-Organize a seqüência de sua fala;-Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e

ou nos gêneros orais trabalhados;-Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;-Exponha seus argumentos;-Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausa e entonação

nas posições orais entre outros elementos extraliguisticos;-Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto- juvenis,

entrevistas, reportagem, filmes etc.

Espera-se do aluno na ESCRITA:-Expresse as idéias com clareza;-Elabore e reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:

as situações de produção proposta ( gênero interlocutor, finalidade...);-A continuidade temática;-Diferencie o contexto de uso de linguagem formal e informal;-Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;-Utilize adequadamente recursos lingüísticos como pontuação, uso e função do artigo,

pronome, numeral, substantivo, etc.-Empregue palavras e ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de

expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto;-Utilize recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, intertextualidade,

etc.

5. REFERÊNCIAS

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GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental: Línguas Estrangeiras Modernas – Questões para Debate. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 1996.

RABELO, Edmar Henrique. Avaliação: Novos tempos, novas práticas. Petrópolis: Vozes.

SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que Avaliar? Como Avaliar? Critérios e instrumentos. Petrópolis: Vozes, 1995.

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna. Paraná, 2008.

SALA DE RECURSOS

O funcionamento da Sala de recursos para o Ensino fundamental séries finais, na área de Deficiência Mental / Intelectual e/ou transtornos funcionais específicos está amparado nos preceitos legais que regem a Educação Especial como:

a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N.º 9394/96; as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica –

Parecer CNE N.º 17/01 ; a Resolução CNE N.° 02/01; e a Deliberação N.° 02/03 - CEE - PR, expede a seguinte

INSTRUÇÃO

1 Da NaturezaSala de Recursos é um serviço de Apoio Especializado, de natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino Fundamental.

2 Do Alunado Alunos regularmente matriculados que freqüentam o Ensino Fundamental nas séries finais e apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, decorrentes de Deficiência /Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.

3 Do Ingresso O aluno deve ser:

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egresso de Escolas de Educação Especial, Classes Especiais e/ou Salas de Recursos das séries iniciais do Ensino Fundamental, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe multiprofissional;

da classe comum, com atraso acadêmico significativo decorrente da Deficiência Mental/Intelectual, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe multiprofissional.

da classe comum, com Transtornos Funcionais Específicos, com Avaliação no Contexto Escolar, realizada por equipe multiprofissional.

4 Da Avaliação de Ingresso na Sala de Recursos4.1 A avaliação de ingresso na Sala de Recursos deverá ser realizada no contexto do ensino regular pelos professores da classe comum, professor especializado, pedagogo da escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional externa – (Universidades, Faculdades, Escolas Especiais, Secretarias Municipais da Saúde, através do estabelecimento de parcerias, entre outros) e equipe do NRE, devidamente orientada pela SEED/DEEIN.

4.2 O processo de avaliação deverá ser orientado e vistado pela equipe de Educação Especial do Núcleo Regional de Educação.

4.3 O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com indicativos de Deficiência Mental/Intelectual, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outros e das áreas do desenvolvimento considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e conceituais, acrescida do parecer psicológico.

4.4 O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (Distúrbios de Aprendizagem – dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia), deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescida de parecer psicológico e complementada com parecer fonoaudiológico e/ou de especialista em psicopedagogia e/ou de outros que se fizerem necessários.

4.5 O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (transtorno de atenção e hiperatividade), deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescido de parecer psiquiátrico e/ou neurológico e complementada com parecer psicológico.

4.6 Os resultados pertinentes à avaliação realizada no contexto escolar, deverão ser registrados em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção para o plano de trabalho individualizado e/ou coletivo, bem como demais encaminhamentos que se fizerem necessários, devidamente datado e assinado por todos os profissionais que participaram do processo.

4.7 Todo o trabalho realizado durante a avaliação no contexto escolar, descrito no Relatório, deverá ser sintetizado em ficha “Síntese – Avaliação Pedagógica no Contexto

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escolar e Complementar”, devidamente datada e assinada por todos os profissionais que participaram do processo (ANEXO 1).

4.8 Quando o aluno da Sala de Recursos freqüentar a classe comum em outro estabelecimento deverá apresentar declaração de matrícula e relatório de avaliação realizada no contexto escolar por equipe multiprofissional, conforme itens 4.3 e/ou 4.4 e/ou 4.5.

4.9 O aluno egresso de Escola de Educação Especial, Classe Especial e Sala de Recursos de séries iniciais deverá apresentar o último Relatório Semestral da Avaliação, indicando a continuidade do Atendimento de Apoio Especializado e cópia do Relatório de Avaliação realizada no contexto escolar por equipe multiprofissional, conforme itens 4.3 e/ou 4.4 e/ou 4.5.

5 Aspectos Pedagógicos 5.1. O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos, deve constituir um conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivo, motor, sócio-afetivo emocional, necessários para apropriação e produção de conhecimentos.

5.2 O professor da Sala de Recursos deve elaborar o planejamento pedagógico individual, com metodologia e estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a atender as intervenções pedagógicas sugeridas na avaliação de ingresso e/ou relatório semestral.

5.3 O planejamento pedagógico deve ser organizado e, sempre que necessário reorganizado, de acordo com: Os interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno; As áreas de desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-afetivo emocional); Os conteúdos pedagógicos defasados das séries iniciais, principalmente Língua

Portuguesa e Matemática.

5.4 A complementação do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor, na Sala de Recursos, dar-se-á através de: Orientação aos professores da classe comum, juntamente com a equipe

pedagógica, nas adaptações curriculares, avaliação e metodologias que serão utilizadas no ensino regular, em atendimento aos alunos com Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos;

Apoio individual ao aluno com Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos, na sala de aula comum, com ênfase à complementação do trabalho do professor das disciplinas;

Participação na avaliação no contexto escolar dos alunos com indicativos de Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.

5.5 O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deve ser confundido com reforço escolar ou repetição de conteúdos programáticos da classe comum.

5.6 O professor deve registrar sistematicamente, todos os avanços e dificuldades do aluno, conforme planejamento pedagógico individual.

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5.7 O aluno freqüentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum.

6 Da Organização6.1. O horário de atendimento na Sala de Recursos deverá ser em período contrário ao que o aluno está matriculado e freqüentando a classe comum.

6.2 O aluno da Sala de Recursos deverá ser trabalhado de forma individualizada ou em grupos e o tempo de trabalho coletivo não deverá exceder o tempo do trabalho individual.

6.3 Os atendimentos realizados em grupos deverão ser organizados por faixa etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas.

6.4 Na Sala de Recursos, o número máximo é de 20 (vinte) alunos com atendimento por cronograma.

6.5 O cronograma para o atendimento do aluno deverá ser elaborado pelo professor da Sala de Recursos juntamente com o pedagogo da escola e, quando se fizer necessário, com os professores da classe comum.

6.6 O cronograma de atendimento deverá ser organizado quanto ao: Número de atendimento pedagógico, podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes

por semana, não ultrapassando 2 (duas) horas diária; Contato periódico com os professores da classe comum, para acompanhar o

desenvolvimento do aluno, conforme disposto no item 5.4, alínea “a”; Trabalho pedagógico na classe comum, conforme disposto no item 5.4, alínea “b”; Processo de avaliação no contexto escolar, conforme disposto no item 5.4, alínea

“c”.

6.7 O cronograma de atendimento é flexível, devendo ser reorganizado, sempre que necessário, de acordo com o desenvolvimento e necessidades dos alunos, com anuência da equipe pedagógica da escola.

6.8 O cronograma de atendimento deverá considerar a hora-atividade do professor, de acordo com a legislação vigente.

6.9 O horário de funcionamento da Sala de Recursos deverá ser o mesmo da escola.

6.10 O professor da Sala de Recursos deverá participar das atividades previstas no Calendário Escolar, especialmente Conselho de Classe.

6.11 O professor da Sala de Recursos deverá organizar o controle de freqüência dos alunos em Livro de Registro de Classe próprio.

6.12 Cabe à escola, que mantém a Sala de Recursos, a responsabilidade de manter a documentação do aluno atualizada.

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6.13 Na Pasta Individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe comum, deverá conter os Relatórios de Avaliação no Contexto Escolar e Ficha “Síntese: Avaliação Pedagógica no Contexto Escolar e Complementar” e Relatório de Acompanhamento Semestral em formulário próprio.

6.14 Quando o aluno freqüentar a Sala de Recursos em escola diferente ao da classe comum, esta também deverá manter na Pasta Individual a documentação citada no item anterior, vistada pela equipe pedagógica de ambas as escolas.

6.15 No Histórico Escolar não deverá constar que o aluno freqüentou Sala de Recursos.

7 MatriculaA matrícula do aluno no SERE deve ser efetuada de acordo com os códigos específicos e diferenciada para a Deficiência Mental/Intelectual (código 07) e para Transtornos Funcionais Específicos (código 13).

8 Recursos Humanos 8.1 Para atuar na Sala de Recursos o professor, conforme Deliberação. nº 02/03-CEE, art. 33 e 34, deverá ter:

Especialização em cursos de Pós-Graduação em Educação ou; Licenciatura Plena com habilitação em Educação Especial ou; Habilitação específica em nível Médio, na extinta modalidade de Estudos

Adicionais e atualmente na modalidade Normal.

8.2 Equipe pedagógica habilitada ou especializada (Deliberação N.° 02/03-CEE, art. 11, inciso II) e/ou em Formação Profissional Continuada por meio da oferta de cursos que contemplem conteúdos referentes à área de Educação Especial.

9 Recursos Materiais9.1 O espaço físico deverá ter tamanho adequado, localização, salubridade, iluminação e ventilação de acordo com os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT 9050/1994).

9.2 A escola, por intermédio de sua mantenedora, preverá e proverá, para a Sala de Recursos, materiais pedagógicos específicos, adequados às peculiaridades dos alunos, para permitir-lhes o acesso ao currículo.

10 Relatório de Acompanhamento Pedagógico – Semestral10.1 Os avanços e necessidades do aluno devem ser registrados no Relatório de Acompanhamento Pedagógico (ANEXO II) elaborado semestralmente, pelo professor da Sala de Recursos juntamente com a equipe pedagógica, com o apoio dos professores da classe comum.

10.2 No Relatório de Acompanhamento Pedagógico (formulário próprio expedido pela SEED) devem ser registrados qualitativamente, os avanços e necessidades acadêmicas, aspectos relativos à promoção, bem como a necessidade de continuidade do apoio ao aluno em Sala de Recursos.

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10.3 Cópia do Relatório de Acompanhamento Pedagógico semestral deverá ser arquivado na Pasta Individual do aluno.

11 Avaliação dos Resultados – AnualAnualmente, será efetuada avaliação dos resultados do trabalho realizado na Sala de Recursos, através de dados estatísticos, preenchidos em formulário próprio (ANEXO 3).

12 DesligamentoO desligamento do aluno da Sala de Recursos deverá ser formalizado por meio de Relatório Pedagógico elaborado pelo professor da Sala de Recursos, juntamente com a equipe pedagógica e, sempre que necessário, com o apoio dos professores da classe comum, cujo relatório deverá ser arquivado na Pasta Individual do aluno.

13 TransferênciaNa documentação de transferência do aluno, além dos documentos da classe comum, deverão ser acrescentadas cópias do Relatório da Avaliação no Contexto Escolar e do último Relatório de Acompanhamento Pedagógico - Semestral.

14 Autorização/ Renovação e Cessação da Autorização14.1 A Sala de Recursos poderá funcionar em estabelecimentos de ensino da Rede Pública ou Particular que ofertem as séries finais do Ensino Fundamental.

14.2 A Sala de Recursos só poderá funcionar após estar devidamente autorizada por Ato próprio da SEED.

14.3 Para legalização de funcionamento da Sala de Recursos (autorização/renovação e cessação) o estabelecimento de ensino deverá seguir as orientações do Manual de Estrutura e Funcionamento na Modalidade de Educação Especial - DEEIN, julho/2008.

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SALAS DE APOIO

APRESENTAÇÃO

CRITÉRIOS PARA ABERTURA

As escolas terão abertura automática de (1) uma sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e (1) uma de Matemática para alunos matriculados no 6°ano e (1) uma Sala de Apoio a Aprendizagem de Língua Portuguesa e de Matemática para alunos matriculados no 9° ano, independente do número de turmas ofertadas a esses anos, nas instituições de ensino da Rede Pública Estadual.

Poderão ser solicitadas autorizações para funcionamento de salas de apoio a aprendizagem para o 7° e 8° ano, mediante justificativa fundamentada da escola que, após parecer do NRE, será analisada pelo DEB/Coordenação de Educação Integral.

O funcionamento das Salas de Apoio à Aprendizagem está condicionado a freqüência de alunos, existência de espaço físico adequado, professor e Plano de Trabalho Docente integrado ao Projeto Político Pedagógico da escola.

As salas de Apoio a Aprendizagem deverão ser organizadas em turmas de no máximo 20 (vinte) alunos.

METODOLOGIA

O aluno encaminhado à Sala de Apoio à aprendizagem deverá freqüentá-la em horário contrario ao qual está matriculado.

Para o trabalho com os alunos encaminhados, professor deverá desenvolver atividades diferenciadas, buscando metodologias que atendam as diferenças individuais dos alunos e contribuíam para a superação das dificuldades de aprendizagem.

A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa e Matemática – será de 04 horas-aula semanais para os alunos, acrescidos de 01 (uma) hora-

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aula-atividade para o professor, devendo ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subseqüentes, sempre tendo em vista o benefício do aluno.

CONTEÚDOS - LÍNGUA PORTUGUESA

PRÁTICA DA ORALIDADE- Participação em debates, expondo suas idéias com clareza, coerência, atendendo aos

objetivos do texto e aos do interlocutor..- Capacidade de recontar o que leu e ouviu.- Seqüência na exposição de idéias.- Adequação vocabular.- Perceber a diferença entre a oralidade e a escrita.

PRÁTICA DA LEITURA- Leitura com fluência, entonação e ritmo.- Reconhecimento da idéia central de um texto.- Extrapolar o texto em estudo, associando-o com outros textos lidos, discutidos...

PRÁTICA DA ESCRITA- Escrita com clareza, coerência e argumentação.- Reestruturação de textos revisando os desvios do uso convencional da língua.- Utilizar sinais de pontuação- Utilizar os tempos verbais.- Acentuar as palavras devidamente.- Fazer concordância verbal e nominal.- Eliminar marcas da oralidade no texto.- Utilizar adequadamente os elementos coesivos: pronomes, adjetivos, conjunções...- Trabalho de revisão das classes gramaticais.- Ortografia.

CONTEÚDOS - MATEMÁTICA

NÚMEROS01 - Leitura dos números02 - Escrita dos números03 - Classificação e Seriação 04 - Antecessor e sucessor 05 - Ordem (crescente, decrescente) 06 - Organização do S.N.D.07 - Valor posicional do algarismo08 - Números Naturais09 - Pares e ímpares10 - Igualdade11 - Desigualdade12 - Números Decimais13 - Números Fracionários

OPERAÇÕES142

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14 - Adição15 - Multiplicação16 - Subtração 17 - Divisão18 - Noções de equivalência/proporcionalidade

MEDIDAS19 - Tempo20 - Noções de perímetro21 - Noções de área22 - Noções de volume23 - Transformações de unidades

GEOMETRIA24 - Reconhecimento de figuras planas 25 - Reconhecimento de figuras espaciais 26 - Reconhecimento dos elementos das figuras planas27 - Reconhecimento dos elementos das figuras espaciais

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO28 - Leitura de gráficos de colunas29 - Leitura de tabelas

AVALIAÇÃO

Tendo um público diferenciado, o professor da Sala de apoio à Aprendizagem, deverá realizar uma avaliação também diferenciada: diagnóstica, processual e descritiva, também deverá fornecer informações que possibilitem aos professores regentes, a tomada de decisão pedagógica pela permanência ou não, de cada aluno na sala.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASINSTRUÇÃO Nº 007/11RESOLUÇÃO N.º 2772/11 - SEED

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MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2220 - RIO AZUL

ESTABELECIMENTO: 0017 - CE DR. CHAFIC CURY - ENS. FUND. E MÉDIOENDEREÇO: RUA ZACHARIAS BURKO, S/NºTELEFONE: (42) 3463-1176ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ANOTURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 3 4Educação Física 3 3 3 2Ensino Religioso * 1 1    Geografia 3 3 4 3História 3 3 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4         

Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADAL.E.M. - Inglês 2 2 2 2

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Subtotal 2 2 2 2

  Total Geral 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.* Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃOINSTRUÇÃO Nº 008/2011 - SUED/SEED

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2220 - RIO AZUL

ESTABELECIMENTO: 0017 - CE DR. CHAFIC CURY - ENS. FUND. E MÉDIOENDEREÇO: RUA ZACHARIAS BURKO, S/NºTELEFONE: (42) 3463-1176ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ANOTURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 3 4Educação Física 3 3 3 2Ensino Religioso * 1 1    Geografia 3 3 4 3História 3 3 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4         

Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADAL.E.M. - Inglês 2 2 2 2

         

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Subtotal 2 2 2 2

  Total Geral 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.* Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃOINSTRUÇÃO Nº 008/2011 - SUED/SEED

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2220 - RIO AZUL

ESTABELECIMENTO: 0017 - CE DR. CHAFIC CURY - ENS. FUND. E MÉDIOENDEREÇO: RUA ZACHARIAS BURKO, S/NºTELEFONE: (42) 3463-1176ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ANOTURNO: NOITE MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 3 3Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso * 1 1    Geografia 4 3 4 3História 3 4 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4         

Subtotal 24 24 23 23

PARTE DIVERSIFICADAL.E.M. - Inglês 2 2 2 2

         

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Subtotal 2 2 2 2

  Total Geral 26 26 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.* Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOSENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL “DR. CHAFIC CURY”-ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: RIO AZUL NRE: IRATIANO DE IMPLANTAÇÃO :1º SEMESTRE DE 2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS

DISCIPLINAS Total deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 226 272ARTE 54 64LEM – INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL “DR. CHAFIC CURY”-ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: .RIO AZUL NRE: IRATIANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º SEMESTRE DE 2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINAS Total deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORT. ELITERATURA 174 208

LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128GEOGRAFIA 106 128LÍNGUA ESPANHOLA 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

*LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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PROPOSTA PEDAGÓGICO

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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1 - OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

As transformações políticas, econômicas, sociais e culturais da sociedade brasileira nos últimos anos, as contribuições de pesquisadores em educação, o perfil dos educandos jovens, adultos e idosos, assim como os diagnósticos e as considerações das escolas sobre a Educação de Jovens e Adultos- EJA no Estado do Paraná desencadearam reflexões que culminaram na necessidade de se rever as políticas educacionais da EJA e, mais especificamente, a organização curricular de suas escolas.

Essas transformações são norteadas, sobretudo, pelos valores apresentados na Conferência Internacional de Hamburgo, na lei 9394/96 e no Parecer 011/00, do Conselho Nacional de Educação , que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação de Jovens e Adultos.

Respondendo aos desafios apresentados para esta modalidade de ensino, nossa escola elege três concepções as quais edificarão a sua ação:

A primeira constitui-se como princípio de direito: a Educação é direito de todos. Portanto a Proposta Pedagógica aqui apresentada mostra-se como um instrumento para a efetiva universalização desse direito à Jovens, Adultos e Idosos, que, nas palavras de Jamil Cury, é “Tão direito quanto a Educação(...) para a idade apropriada dos 7 aos 14 anos”.

A segunda concepção parte de que a Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade da Educação Básica, conforme estabelece a LDBEN 9394/96, ofertada aos cidadãos que não tiveram e/ou não puderam se beneficiar da escolarização básica na idade convencional.

A Terceira concepção estabelece que o adulto não é uma criança crescida, portanto, há que se estabelecer uma pedagogia e correspondente metodologia para a garantia do direito à Educação, nesta modalidade de ensino.

De fato, a educação de Jovens e Adultos objetiva criar situações de ensino-aprendizagem adequadas às necessidades educacionais de jovens e adultos, realizando sua função reparadora. Equalizadora e permanente, conforme o determinado no Parecer 011/00-CEB/CNE. A restauração do direito negado ( o direito e uma escola de qualidade e o reconhecimento de igualdade de todo e qualquer cidadão); a possibilidade de reentrada no sistema educacional, e da atualização permanente de conhecimentos, norteiam a proposta aqui apresentada.

1. PERFIL DO EDUCANDO Nossos alunos são na sua grande maioria trabalhadores assalariados , agricultores, os quais procuram a EJA em busca da escolarização formal; seja pelas necessidades pessoais, seja pelas exigências do mundo do trabalho. Esses educandos possuem uma bagagem de conhecimentos adquiridos em outras instâncias sociais, visto que, a escola não é o único espaço de produção e de

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socialização do saber; estas experiências de vida são significativas ao processo educacional. Há na EJA uma grande presença de mulher, que durante muitos anos sofreu e por diversas vezes ainda sofre as consequências de uma sociedade desigual com predomínio da tradição patriarcal, que a impediu das práticas educativas em algum momento de sua história de vida. A EJA contempla também, o atendimento a educandos com necessidades educacionais especiais. Uma outra demanda atendida pela EJA é a de pessoas idosas que buscam a escola para o desenvolvimento ou ampliação de seus conhecimentos, bem como outras oportunidades de convivência. Inclui-se aqui o convívio social e a realização pessoal. São pessoas que possuem uma temporalidade específica no processo de aprendizagem. A EJA contempla a Educação no campo, pois considera que o “campo” retrata uma diversidade sócio-cultural, que se dá a partir dos sujeitos que nele habitam. É sem dúvida, um desafio para a educação escolar, pensar em organizar em seu currículo as relações com a educação do campo, sem perder de vista os conhecimentos e a cultura historicamente acumulada na sociedade de um modo geral. Em síntese, o atendimento à escolarização de jovens, adultos e idosos não se refere exclusivamente a uma característica etária, mas à articulação desta modalidade com a diversidade sócio-cultural, de seu público, que demandam uma educação a qual considere o tempo/espaço e a cultura desses grupos.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos – Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como:

pesquisa e problematização na produção do conhecimento; desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar; registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,

ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos conhecimentos;

vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de

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Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações sobre a organização da modalidade.

Organização Coletiva

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada educando.

A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido.

Organização Individual

A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.

1.3 NÍVEL DE ENSINO

1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

1.3.2 Ensino Médio

O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.

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1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:

1. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;2. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos; 3. superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos.

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

1.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS

Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.

1.6 FREQUÊNCIA

A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo que a frequência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento) e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.

1.7 EXAMES SUPLETIVOS153

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Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.

1.8 CONSELHO ESCOLAR O Conselho Escolar, órgão colegiado de natureza deliberativa, avaliativa, consultiva e fiscalizadora, sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo do estabelecimento de Ensino, tem como principal atribuição estabelecer e garantir a implementação da Proposta Pedagógica, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida. O Conselho Escolar será constituído de acordo com o princípio da representatividade, devendo abranger toda a comunidade escolar, cujos representantes nele terão necessariamente, voz e voto. Poderão participar do Conselho Escolar, representantes dos movimentos sociais organizados, comprometidos com a escola publica, assegurando-se que sua representação não ultrapasse 1/5( um quinto) do colegiado. O Conselho Escolar será presidido pelo Diretor do Estabelecimento, na qualidade de dirigente da Proposta Pedagógica. O Conselho Escolar do EJA de Rio Azul será constituído pelas seguintes categorias: a) Diretor; b) Representante da Equipe Pedagógica; c) Representante da Equipe Docente; d) Representante da Equipe Técnico-Administrativa; e) Representante da Equipe Auxiliar Operacional; f) Representante dos discentes; g) Representante dos pais ou responsáveis pelo aluno; h) Representante dos movimentos sociais organizados da comunidade. 1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO

Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, como material de apoio.

Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar outros recursos didáticos.

1.10 BIBLIOTECA ESCOLAR

A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo estará à disposição dos educandos jovens, adultos e idosos da modalidade de Educação de Jovens e Adultos ofertada pela escola, assim como a toda comunidade escolar.

Estará a cargo de um profissional qualificado de acordo com a legislação vigente e/ou um profissional disponível da escola com conhecimento necessário ao cargo.

A biblioteca deverá ter regulamento próprio onde estarão explicitados sua organização, funcionamento e atribuições do responsável.

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1.11 LABORATÓRIO

Ciência e tecnologia são elementos essenciais para a transformação e o desenvolvimento da sociedade atual. Esta, por sua vez, tem exigido um volume de informações muito maior do que em qualquer época do passado, quer seja para o acesso ao mundo do trabalho, quer para o exercício consciente da cidadania e para as atividades do cotidiano.

Em qualquer área de estudo, faz-se necessário unir o conhecimento teórico com a prática. Em algumas áreas essa relação teoria-prática é mais permanente.

A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir para a compreensão dos fenômenos do mundo natural, em diferentes espaços e tempos do planeta, como um todo dinâmico, como elementos em permanente interação, do corpo humano e da sua integridade, da saúde como dimensão pessoal e social, do desenvolvimento tecnológico e das transformações ambientais causadas pelo ser humano, são os resultados esperados na área de Ciências do Ensino Fundamental e Médio.

As atividades de laboratório, quando bem implementadas, assumem papel de suma importância, auxiliando o professor no encaminhamento metodológico de temas ou assuntos, propiciando a participação ativa dos educandos, potencializando as atividades experimentais e facilitando a compreensão de conceitos ou fenômenos.

Assim, seguindo o entendimento do Conselho Estadual de Educação, expresso no parecer nº “095/99”...indubitavelmente, um conceito novo para o espaço denominado laboratório acompanha uma educação científica nova, espaço que passará a incluir também o pátio da escola , a beira do mar, o bosque ou a praça pública...explicitam a não obrigatoriedade de espaço específico e materiais pré determinados, para a concretização de experimentos, que se quer implementar neste Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos.

1.12 RECURSOS TECNOLÓGICOS

Vivemos em um tempo de “globalização do conhecimento”, quando o cidadão deve dominar as tecnologias existentes. Assim sendo, a informática na escola é possibilidade de construir estratégias e habilidades necessárias para compreensão e inserção no mundo atual com novas formas de expressão e comunicação. Neste enfoque será tratada como um recurso e estratégia para garantir e ampliar a qualidade do processo ensino-aprendizagem.

É preciso ensinar o aluno a trabalhar a informação, utilizando-a para colaborar na solução dos problemas da realidade. Dessa forma, o uso da tecnologia (informática, TV, pendrive e DVD) possibilita ensinar de formas diferentes, transformando a aula em investigação.

A escola é o lugar da organização dos conhecimentos é preciso que jovens e adultos sejam preparados para lidar com a informação.

2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e

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da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos.

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:

1. o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

2. o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça;

3. os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos – cultura, trabalho e tempo;

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná:

1. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos formais;

2. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de

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informações do que na relação qualitativa com o conhecimento; 3. Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à

realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;

4. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social;

5. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:

1. Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem;

2. Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios educandos;

3. O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

4. Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e do trabalho;

5. Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos e democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.

3 - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS

Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.

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4 - MATRIZ CURRICULAR

4.1 Ensino Fundamental – Fase II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOSENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: ESCOLA ESTADUAL “DR. CHAFIC CURY”-ENSINO FUNDAMENTALENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: RIO AZUL NRE: IRATIANO DE IMPLANTAÇÃO :1º SEMESTRE DE 2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS

DISCIPLINAS Total deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 226 272ARTE 54 64

LEM - INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192

HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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4.2 Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: ESCOLA ESTADUAL “DR. CHAFIC CURY”-ENSINO FUNDAMENTALENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: .RIO AZUL NRE: IRATIANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º SEMESTRE DE 2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200 /1306HORAS

DISCIPLINAS Total deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORT. ELITERATURA 174 208

LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128LÍNGUA ESPANHOLA* 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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5 - CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de ensino da

Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como espaço sócio-

cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem, ou seja, considera os

educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem.

Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do

conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se no

elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser organizado de tal

forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular e, de forma dialógica

entre educando e educador tornar os conhecimentos significativos às suas práticas diárias.

Nesta ótica o conhecimento se constitui em núcleo estruturador do conteúdo do ensino.

Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e

Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão dos

critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos conhecimentos

historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a

Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação Básica,

passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes.

No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas pedagógicas,

dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos nas Diretrizes da

Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais devem se articular tendo

em vista a apropriação do conhecimento que não deve se restringir à transmissão/assimilação

de fatos, conceitos, ideias, princípios, informações etc., mas sim compreender a aquisição

cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à abordagem dos conteúdos curriculares

propostos para a Educação Básica.

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6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

6.1 Concepção de AvaliaçãoA avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção

pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

1. investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

2. contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

3. sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;

4. abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do educando;

5. permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização.

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.

6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas1. as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade

educativa;

2. para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis)

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notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota para fins de promoção e certificação.

3. a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

4. para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;

5. o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;

6. para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

7. os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando;

8. o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.

9. Na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro( notas para fins de cálculo da média final.

10. No Ensino Fundamental- Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação escolar, por não ser objeto de retenção.

6.3 Recuperação de Estudos

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

6.4 Aproveitamento de Estudos

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O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito, amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e prosseguimento de estudos.

6.5 Classificação e Reclassificação

Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.

7 - REGIME ESCOLAR

O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno, podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa autorização do Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação.

As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz curricular.

Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas descentralizadas para atendimento de demandas específicas - desde que autorizado pelo Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação – em locais onde não haja a oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação especial, como por exemplo, em unidades sócio-educativas, no sistema prisional, em comunidades indígenas, de trabalhadores rurais temporários, de moradores em comunidades de difícil acesso, dentre outros.

7.1 ORGANIZAÇÃO

Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas no Ensino Fundamental – Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em concordância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º 02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE para o Ensino Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06, nº 07/06 e nº 03/08, todas do Conselho Estadual de Educação.

7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO

A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as seguintes ofertas:

organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas as vagas para matrícula na

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organização coletiva.

A disciplina de Língua Espanhola será ofertada somente na organização coletiva

7.2.1 Ensino Fundamental – Fase II e Ensino MédioNo Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de 100%

da carga horária total estabelecida.

7.3 MATRÍCULA

Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e Adultos:a) a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;b) será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;c) o aluno do Ensino Fundamental- Fase II e do Ensino Médio, poderá matricular-se

de uma a quatro disciplinas simultaneamente;d) e) poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por

meio de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, série(s) e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino regular, mediante apresentação de comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar;

e) para os educandos que não participaram do processo de escolarização formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de escolarização formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos no Regimento Escolar;

f) será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos, desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da matrícula inicial;

g) o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da data de matrícula inicial na disciplina, no seu retorno, deverá fazer rematrícula na disciplina, podendo participar do processo de reclassificação;

h) no Ensino Fundamental-Fase II, a disciplina de Ensino Religioso é de matrícula facultativa para o educando.

i) no Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula facultativa para o educando e entrará no cômputo das quatro disciplinas que podem ser cursadas concomitante.

j) educando desistente da disciplina de Língua Espanhola por mais de 02 (dois) meses consecutivos ou por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial, no seu retorno, deverá reiniciar a disciplina sem aproveitamento da carga horária cursada e os registros de notas obtidos, caso opte novamente por cursar essa disciplina.No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando será

orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos, o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a duração e a carga horária das disciplinas.

O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que compõem o Guia de Estudos:

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a organização dos cursos; o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar; a dinâmica de atendimento ao educando; a duração e a carga horária das disciplinas; os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos; o material de apoio didático; as sugestões bibliográficas para consulta; a avaliação; outras informações necessárias.

7.4 MATERIAL DIDÁTICO

O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado do Paraná de Educação de Jovens e Adultos.

7.5 AVALIAÇÃO

a) avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente;

b) as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa;

c) para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no regimento escolar;

d) a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

e) para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;

f) o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;

g) a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

h) os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando;

i) o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.

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j) Para fins de certificação e acréscimo da carga horária da disciplina de Língua Espanhola, o educando deverá atingir a média mínima de 6,0(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% ( setenta e cinco por cento) do total da carga horária da disciplina.

k) No Ensino Fundamental- Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação escolar, por não ser objeto de retenção.

l) Para fins de acréscimo da carga horária da disciplina de Ensino religioso, na documentação escolar , o educando deverá ter frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária da disciplina.

7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃOOs procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação estão

regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto na legislação vigente.

7.8 ÁREA DE ATUAÇÃOAs ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a

Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do Núcleo Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas descentralizadas, desde que autorizadas pela mantenedora.

7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIOEste Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED,

oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.

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8 - RECURSOS HUMANOS

8.1 ATRIBUIÇÕES DOS RECURSOS HUMANOS

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-á o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.

8.1.1 Direção À direção cabe a gestão dos serviços escolares no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino definidos no Projeto Político Pedagógico. O Diretor deve administrar a escola juntamente com o Conselho Escolar, coordenando a execução de um plano de trabalho, construído coletivamente no sentido de elevar os padrões de qualidade do Estabelecimento Escolar. O diretor exerce a função de liderança na Escola e deverá ser capaz de dividir o poder de decisão dos assuntos escolares com toda a equipe, criando e estimulando a participação de todos, o que requer um profissional que possua: comunicação ética, empreendedorismo, capacidade de informação, acessibilidade, construção de cadeias de relacionamento, motivação, compromisso, agilidade. Compete ao Diretor:

Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor; Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse; Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Politico-

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar; Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação; Implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; Coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e submetê-lo

à aprovação do Conselho Escolar; Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às

decisões tomadas coletivamente; Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a

comunidade escolar e colocando-os em edital público; prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho escolar

e fixando-os em edital público; Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a

legislação em vigor, submetendo- o à apreciação do Conselho Escolar e, após, encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação;

Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da administração estadual;

Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

Deferir os requerimentos de Matrícula; Elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de acordo com as

orientações da Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à apreciação do 167

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Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para homologação;

Acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo aos discentes;

Assegurar o cumprimento dos dias letivos, hora-aulas e horas atividade estabelecidos; Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor

alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar;

Propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após aprovação do Conselho escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de cursos;

Participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;

Supervisionar o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

Definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar operacional;

Articular processos de integração da escola com a comunidade; Solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento de demanda de

funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

Organizar horário adequado para a realização da Prática profissional Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Prófuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinquenta por cento) da carga horária da Prática Profissional Supervisionada, conforme orientação da Secretaria de Estado da Educação, contida no Plano de Curso:

Participar com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente com a comunidade escolar;

Cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica;

Viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras Modernas_ CELEM;

Disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios Pedagógicos especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;

Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores , funcionários e famílias;

Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos,pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

Assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação /MEC- FNDE;

Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento escolar. 8.1.2 Professor Pedagogo

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O professor pedagogo deve ser o articulador das relações aluno-professor-aprendizagem. Sendo assim, sua função é de trabalhar juntos ( professor, aluno, direção, pais e comunidade escolar) na elaboração de práticas educativas para melhorar o trabalho escolar.

A organização do trabalho pedagógico escolar é uma atividade do pedagogo que passa pela direção.

Cabe ao Professor Pedagogo:

Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político_Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

Orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma perspectiva democrática;

Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;

Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais.

Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;

Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Conselhos de Avaliação, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Avaliação;

Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;

Organizar a hora atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efeito trabalho pedagógico;

Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando teórica e , metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC-FNDE;

Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino, 169

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assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;

acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e Biologia e de Informática;

Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

Coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma; Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da

Secretaria de Estado da Educação; Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a

partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

Acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação-Profuncionário, tanto na organização do curso, quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;

Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação; preconceito e exclusão social;

Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de Ensino;

Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino; Participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos; orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-

pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, conforme legislação em vigor;

organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de horas e conteúdos aos discentes;

Orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros Registros de Classe e a Ficha Individual de Controle de Nota e Frequência, sendo esta específica para Educação de Jovens e Adultos;

Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno; Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino; Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação

Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais especiais;

Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

Acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral;

Acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver necessidade de encaminhamentos;

Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades 170

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educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;

Manter contato com os professores dos serviços e apoio especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e Ensino Regular;

Assessorar os professores do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas e acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular plurilinguístico de Língua Estrangeira Moderna;

Orientar e acompanhar a elaboração dos guias dos alunos para cada disciplina, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;

coordenar e acompanhar ações descentralizadoras e Exames Supletivos na modalidade Educação de Jovens e Adultos ( quando no estabelecimento de ensino não houver coordenação específica dessa ação, com a devida autorização);

assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

elaborar seu plano de ação; cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no administrativo, tais como:

- Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;- Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames supletivos

quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s) dessa(s) ação(ões).

- Acompanhar o estágio não-obrigatório;- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

8.1.3 Coordenações

As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm como finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e regulamentadas pela mantenedora.

Cabe ao(s) Coordenador (es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:

Coordenador Geral

- Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.- Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.- Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.- Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do

Estabelecimento.- Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas

Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.171

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- Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no Sistema.- Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.- Organizar as listas de frequência e de notas dos educandos.- Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas

Descentralizadas.- Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.- Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o

atendimento aos educandos de todas as turmas.- Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas durante as

horas-atividade dos professores.- Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de experiências

pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.- Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades que

necessitam de escolarização.- Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.- Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.- Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, quando

solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação;

Coordenador Itinerante

- Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas Descentralizadas.- Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.- Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.- Observar e registrar a presença dos professores.- Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.- Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.- Solicitar e distribuir as listas de frequência e de nota dos educandos.- Encaminhar as notas e frequências dos educandos para digitação.- Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral qualquer

problema neste procedimento.- Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.- Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas das

Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.- Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com os

professores;

Coordenador de Exames Supletivos

- Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos- Tomar conhecimento do edital de exames.- Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.- Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames possam ser

executados.- Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.- Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da emissão

de Relatório de Inscritos.- Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário, para

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execução dos exames.- Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em Braille e

as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso.- Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o

DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas especiais.- Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos Exames.- Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.- Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização dos

Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial a organização e o preenchimento dos cartões-resposta.

- Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.

- Divulgar as atas de resultado.- Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line.

8.1.4 Docentes

Os docentes devem estar conscientes de que a Educação de Jovens e Adultos requer metodologias próprias e inovadoras que respondam ás exigências de uma sociedade em transformações, devendo para isto ter algumas características consideradas básicas para esta modalidade de ensino: espírito inovador; compromisso com a proposta do EJA; objetividade; disponibilidade; espírito de coletividade; visão global; postura interdisciplinar e contextualizada; planejamento de estratégias pedagógicas; busca de aprimoramento profissional constante.

Aos docentes cabe também:

Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica deste Estabelecimento Escolar;

Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis,

tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento;

Participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento juntamente com os demais professores deste;

Participar do processo de escolha dos materiais didáticos do estabelecimento de ensino;

Elaborar seu plano de trabalho docente; Conhecer o perfil dos educandos do EJA; Atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva e individual,

como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas pela Secretaria de Estado da Educação;

Participar da aplicação dos Exames Supletivos autorizados pela Secretaria de Estado da Educação, quando docente da Educação de Jovens e Adultos;

Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que respeite o processo de aquisição de conhecimento dos alunos do EJA;

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Organizar os conteúdos de forma a facilitar o processo ensino-aprendizagem; Implementar a recuperação de conteúdos para assegurar o sucesso dos alunos.

O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais.

8.1.5 Secretaria e Apoio AdministrativoA secretaria é o setor que tem em seu encargo, todo registro de escrituração escolar

e correspondência do Estabelecimento de Ensino. Este serviço é coordenado e supervisionado pela direção, ficando a ela subordinado. O cargo de Secretário é exercido por um profissional devidamente qualificado para o exercício desta função. Portanto a organização, a minúcia, a seriedade daqueles que ocupam este ambiente têm, obrigatoriedade, que fazer parte de todas as suas ações. Aos profissionais que ocupam esta função cabe a tarefa de :

Utilizar somente as matrizes autorizadas pelo órgão competente; Participar de reuniões, encontros e/ou cursos sempre que convocados e por iniciativa

própria com intuito de aprimoramento profissional; Auxiliar em todas as atividades desenvolvidas pela escola; Atender às solicitações do Diretor, conhecer o Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino; cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da Secretaria de

Estado da Educação, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;

Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos administrativos;

receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada; Organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções , instruções

normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos; Efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência e conclusão de curso; Elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às

autoridades competentes; Encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados; Organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de

forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;

Responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno, respondendo por qualquer irregularidade;

Manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado; Organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da

escola , referentes à sua estrutura e funcionamento; Atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando informações e

orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar;

Zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria; Orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com

os resultados da frequência e do aproveitamento escolar dos alunos; Cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da

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secretaria quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, aproveitamento de estudos, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

Organizar o livro ponto de professores e funcionários , encaminhando ao setor competente a sua frequência, em formulário próprio;

Secretariar os Conselhos de Avaliação e reuniões, redigindo as respectivas Atas; Conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos; Comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na

secretaria da escola, Participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

Organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular e pluringuístico de Língua Estrangeira Moderna;

Fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando solicitado;

Participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de Estado da Educação;

Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

Participar das atribuições decorrentes do regimento Escolar e exercer as específicas da sua função;

Compete ao apoio administrativo que atuam na secretaria dos estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do (a) secretário (a):

Cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, aproveitamento de estudos, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

Atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e orientações;

Cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida; Participar de eventos, cursos ,reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

Controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre os mesmos a quem de direito;

Organizar, em colaboração com o (a) secretário (a) escolar, os serviços de seu setor;

Efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual , Histórico Escolar e outros;

Organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da escola;

Classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando movimentação de expedientes;

realizar serviços auxiliares relativos a parte financeira, contábil e patrimonial do estabelecimento sempre que solicitado;

Coletar e digitar dados estatísticos quanto a avaliação escolar, alimentando e atualizando o sistema informatizado;

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Executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação; Participar da avaliação institucional conforme orientação da SEED; Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias; Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com demais segmentos da comunidade escolar; Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem a especificidade de sua função; Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a

organização da EJA prevista nesta proposta.

9 - BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.

BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Pa

ulo : Cortez, 1997.

CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.

CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).Conselho Estadual de Educação – PR- Deliberação 011/99 – CEE.- Deliberação 014/99 – CEE.- Deliberação 09/01 –CEE.- Deliberação 06/05 – CEE.- Indicação 004/96 – CEE.- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios)-Conselho Nacional de Educação- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.- Resolução 03/98 – CEB.Constituição Brasileira – Artigo 205.-DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : MEC : UNESCO, 1998.-DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.-DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de Escolarização da População. mimeog.-DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. mimeog.-DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação de Jovens e Adultos. mimeog.-Decreto 2494/98 da Presidência da República.-Decreto 2494/98 da Presidência da República.-FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.-LDBEN nº 9394/96.-KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivemdo trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.

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-OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004.

-Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.

-Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.

-Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.

-Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.

-SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.

-SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDBEN.

-SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.

10 - PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO

A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que esta “deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.” (SEED, 2004, p.11)

Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a todos a identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos educandos numa educação pública de qualidade.

Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias.

Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e impactos positivos à população que demanda escolarização.

A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular, abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos, ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores, educandos, direção, equipe

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pedagógica e administrativa, de serviços gerais e demais membros da comunidade escolar. Na SEED, de forma mais direta, a equipe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e dos respectivos NRE’s.

A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da educação, bem como estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a reflexão e as mudanças necessárias na prática pedagógica.

Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.” (SEED, 2005, p.44), esta avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular implementada, deverá servir para a reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das escolas.

Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional, serão produzidos em regime de colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos, considerando as diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como as especificidades regionais vinculadas basicamente ao perfil dos educandos da modalidade. Os instrumentos avaliativos a serem produzidos guardam alguma semelhança com a experiência acumulada pela EJA na produção e aplicação do Banco de Itens, porém sem o caráter de composição da nota do aluno para fins de conclusão. A normatização desta Avaliação Institucional da proposta pedagógico-curricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED.

Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”,

“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17)

Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo, especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da Educação de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens, adultos e idosos.

11 - PLANO DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DOCENTE O Corpo Docente participará da Capacitação continuada oferecida pela Secretaria de Estado da Educação durante a Semana Pedagógica no início do ano letivo bem como após as férias no início do 2º semestre, dos Grupos de Estudos aos Sábados , nos dias do NRE Itinerante , bem como das Capacitações direcionadas à Educação de Jovens e Adultos promovidas pela SEED.

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PROPOSTAS CURRICULARES EJA

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Atualmente, a grande velocidade com que vem ocorrendo as transformações no espaço planetário, tem levado a escola a rever conceitos e metodologias, pois esses refletem diretamente nos elementos fundamentais do ensino da Geografia.

Para iniciar a reflexão sobre o ensino de Geografia se colocam algumas questões: O que é Geografia? Para que serve? Como ensinar Geografia?

Para responder a essas questões, faz-se necessário esclarecer que a Geografia como ciência, sofreu ao longo da história profundas transformações, tanto em nível teórico quanto metodológico. Até as primeiras décadas do século XX, predominavam nas escolas concepções tradicionais e os livros se limitavam a uma Geografia puramente descritiva e enumerativa, tipo catálogo. Os educandos eram obrigados a memorizar listas intermináveis de nomes e números, ou confundiam a Geografia com a topografia e a cartografia.

Esta Geografia tradicional, centrada na observação e na descrição principalmente do quadro natural estrutura-se em três aspectos: os físicos, os humanos e os econômicos.

Os aspectos físicos, nesta concepção, são considerados os mais importantes. Abrangem especialmente a hidrografia (rios, bacias hidrográficas, redes fluviais e tudo o que se refere ao mundo das águas); o relevo (planícies, planaltos, serras – ou seja, as formas da superfície terrestre); o clima ( calor, frio, geada, neve e estados do tempo em geral); e a vegetação (florestas, campos, cerrados, caatinga e temas relacionados à distribuição das espécies vegetais pela superfície terrestre).

Os aspectos humanos referem-se ao homem “inserido” no quadro natural, como se a paisagem tivesse sido moldada para recebê-lo e fornecer-lhe suas “dádivas”, ou seja, seus recursos: solo, água, animais, vegetais e minerais, por exemplo.

Por fim, na parte econômica busca-se explicar como o homem explora e transforma o ambiente por meio das atividades econômicas, expressas pela seguinte ordem: extrativismo, agricultura, pecuária, indústria, comércio, serviços e meios de transporte – a circulação no território.

Observa-se que, na Geografia tradicional, o ensino desenvolve-se por meio de blocos (Geografia física, humana e econômica) que não se relacionam nem internamente, nem entre si, desarticulados no espaço e no tempo. Na Geografia física, por exemplo, não é estabelecida uma relação entre clima, solo, relevo e hidrografia, faz-se uma descrição sem correlações entre os elementos. Com tudo isso, segundo MORAES (1993, p.93), no Brasil, “a partir de 1970, a Geografia Tradicional está definitivamente enterrada; suas manifestações, dessa data em diante, vão soar como sobrevivências, resquícios de um passado já superado”.

Assim, se faz necessário repensar o ensino e a construção do conhecimento geográfico, bem como a serviço de quem está esse conhecimento. Qual o papel do ensino de Geografia na formação de um cidadão crítico da organização da realidade socio-espacial.

A partir da compreensão do espaço geográfico como “um conjunto indissociável, solidário e também contraditório de sistemas, de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como quadro único no qual a história se dá”, Santos (1996, p.51), propõe uma concepção de geografia que possibilite ao educando desenvolver um conhecimento do espaço, que o auxilie na compreensão do mundo, privilegiando a sua dimensão socioespacial. Para MORAES (1998, p.166), “formar o indivíduo crítico implica estimular o aluno questionador, dando-lhe não uma explicação pronta do mundo, mas

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elementos para o próprio questionamento das várias explicações. Formar o cidadão democrático implica investir na sedimentação no aluno do respeito à diferença, considerando a pluralidade de visões como um valor em si”.

Nesse contexto, a Geografia explicita o seu objetivo, de analisar e interpretar o espaço geográfico, partindo da compreensão de que o espaço é entendido como produto das múltiplas, reais e complexas relações, pois, como mostra SANTOS (2001, p.174) “vive-se em um mundo de indefinição entre o real e o que imagina-se dele”. E, em conformidade com RESENDE (1986, p.181) “é preciso reconhecer a existência de uma saber geográfico, que é próprio do educando trabalhador, um saber que está diretamente ligado com sua atitude intelectiva, respondendo sempre ao seu caráter social, objetivo, de um todo integrado, um espaço real”.

Desse modo, à Geografia escolar cabe fornecer subsídios que permitam aos educandos compreenderem a realidade que os cerca em sua dimensão espacial, em sua complexidade e em sua velocidade, onde o espaço seja entendido como o produto das relações reais, que a sociedade estabelece entre si e com a natureza. Segundo CARLOS (2002, p.165) “A sociedade não é passiva diante da natureza; existe um procedimento dialético entre ambas que reproduz espaços e sociedades diferenciados em função de momentos históricos específicos e diferenciados. Nesse sentido, o espaço é humano não porque o homem o habita, mas porque o produz”.

Compreender as contradições presentes no espaço é o objetivo do conhecimento geográfico, ou seja, perceber além da paisagem visível.

Torna-se urgente, assim, romper com a compartimentalização do conhecimento geográfico. Neste sentido, faz-se necessário considerar o espaço geográfico a partir de vários aspectos interligados e interdependentes, os fenômenos naturais e as ações humanas, as transformações impostas pelas relações sociais e as questões ambientais de alcance planetário, não desprezando a base local e regional.

Nesse contexto, o homem passa a ser visto como sujeito, ser social e histórico que produz o mundo e a si próprio. Segundo CAVALCANTI (1998, p.192) “O ensino de geografia deve propiciar ao aluno a compreensão de espaço geográfico na sua concretude, nas suas contradições, contribuindo para a formação de raciocínios e concepções mais articulados e aprofundados a respeito do espaço, pensando os fatos e acontecimentos mediante várias explicações”.

O ensino de Geografia comprometido com as mudanças sociais revela as contradições presentes na construção do espaço, inerentes ao modo como homens e mulheres transformam e se apropriam da natureza. Nesta perspectiva, há que se tornar possível ao educando perceber-se como parte integrante da sociedade, do espaço e da natureza. Daí a possibilidade dele poder (re)pensar a realidade em que está inserido, descobrindo-se nela e percebendo-se na sua totalidade, onde revelam-se as desigualdades e as contradições. Sob tal perspectiva, o ensino de Geografia contribui na formação de um cidadão mais completo, que se percebe como agente das transformações socioespaciais, reconhecendo as temporalidades e o seu papel ativo nos processos.

2. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Percebe-se que a prática metodológica no tocante ao ensino de Geografia, tem sido assentada em aulas expositivas, na leitura de textos e em questionários com respostas pré-determinadas, tendo como objetivo a memorização dos conteúdos. Porém, tal prática tem se mostrado insuficiente para que se concretize a construção do conhecimento geográfico.

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Portanto, faz-se necessário repensar a metodologia para que, de fato, se assegurem os objetivos a que a disciplina de Geografia se propõe.

É preciso que o educando se perceba enquanto sujeito, como produto e ao mesmo tempo transformador do espaço, por meio de suas ações e até mesmo de suas omissões.

É importante que a escolha da metodologia possibilite ao educando mecanismos de análise e reflexão sobre sua condição. Segundo FREIRE (1983, p.61): “não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados”, portanto, é importante a valorização dos saberes que os educandos possuem e que foram acumulados ao longo de suas existências. Esses saberes devem ser o ponto de partida para a construção de outros saberes. No caso da Geografia, tais pressupostos se tornam mais evidentes e necessários.

A realidade dos educandos deve ser valorizada e a metodologia deve tornar os conteúdos significativos para que, por intermédio do diálogo, se busque explicitar e oportunizar a observação, a análise e a reflexão, categorias essenciais para o desenvolvimento de “um olhar geográfico” da realidade, ou seja, do mundo vivido.

Nessa perspectiva a problematização surge como metodologia para a abordagem dos conteúdos ou temas. Problematizar significa levantar questões referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos, o que implica em expor as contradições que estão postas, buscar explicações e relações e construir conceitos. Exemplo: ao trabalhar o tema “Indústrias no Brasil”, escolher uma indústria local e questionar:

1. Qual a necessidade de termos uma indústria na nossa cidade?2. Quais mudanças foram provocadas por sua instalação?3. Qual a sua importância para o município, estado, país?4. Qual sua importância para a população?5. Por que ela se instalou nessa região?6. Como é seu processo produtivo?7. Quais impactos vem causando no ambiente?

Se não houver indústria local, problematizar a razão disso e questionar se é necessário uma indústria para garantir qualidade de vida na comunidade ou na cidade.

A problematização pressupõe que se estabeleça o diálogo, ou seja, que o educando seja ouvido, o que significa envolve-lo na construção do conhecimento.

Considerando a concepção do ensino de Geografia, numa perspectiva crítica e dialética e tendo em vista que no seu encaminhamento metodológico é fundamental considerar os saberes que os educandos trazem consigo, vinculados a sua história de vida, optou-se pela organização do currículo de Geografia, em quatro conteúdos estruturantes:

Dimensão econômica do espaço geográfico;Dimensão política do espaço geográfico;Dimensão socioambiental do espaço geográfico;Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.Os eixos da EJA que são: cultura, trabalho e tempo estabelecem relações entre si e

permitem a compreensão da totalidade do espaço geográfico. Desta forma os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos devem ser tratados pedagogicamente a partir das categorias de análise – relações Espaço ↔ Temporais e relações Sociedade ↔ Natureza – e do quadro conceitual de referência. Por meio dessa abordagem, pretende-se que o aluno compreenda os conceitos geográficos e o objeto de estudo da Geografia em suas amplas e complexas relações.

Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes da Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos específicos, por sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões geográficas próprias dos quatro conteúdos estruturantes.

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A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado conteúdo específico, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo estruturante, ora de outro. Entretanto, a articulação entre todos eles deve ser explicitada pelo professor para que o aluno compreenda que na realidade socioespacial eles não se separam. Vale ressaltar, que a totalidade aqui não é a soma, mas o conjunto da formação socioespacial. A compreensão da migração campo-cidade, por exemplo, só ganha sentido quando a ela se relaciona a estrutura fundiária, a questão da má distribuição das terras, a industrialização das grandes metrópoles, a periferização e a qualidade de vida em si.

O conjunto dos eixos, o Espaço, as Relações Sociais e a Natureza articula-se as temáticas expostas no quadro de conteúdos. Dessa maneira, os conteúdos selecionados, devem ser trabalhados nas suas interrelações, rompendo-se com a compartimentalização e com a linearidade do conhecimento geográfico, possibilitando a explicitação do processo de produção do espaço pelas sociedades.

Como vivemos num mundo globalizado, as tecnologias evoluem e nos cercam a cada instante, sendo assim, não podemos ser indiferentes a ela; sejam elas: a TV pendrive como meio de informações e complementações e conteúdos, através de vídeos, músicas e apresentação de slides. A própria internet, que nos proporciona novos conhecimentos e atualizações sobre o mundo globalizado, assim como, uma maior integração de pessoas que estão distantes geograficamente; a própria mídia, principalmente, os meios de comunicação de massa. O uso destas tecnologias, muitas vezes, complementam e enriquecem as aulas e facilita o aprendizado dos alunos, seja por meio de imagens, filmes, músicas, slides ou pesquisa na internet.

Outro ponto relevante é a abordagem dos conteúdos obrigatórios como: Inclusão e Diversidades; Diversidade Cultural e Desigualdades Sociais; Educação do Campo; Cultura Afro-Brasileira; Prevenção ao Uso de Drogas; Violência e Educação Ambiental.

Cabe ao professor, como mediador na construção do conhecimento, criar situações de aprendizagem, tomando como ponto de partida as experiências concretas dos educandos no seu local de vivência, seja uma área rural, uma aldeia indígena ou no meio urbano, de modo a permitir a resignificação de sua visão de mundo.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A Dimensão Econômica do Espaço Geográficoo A distribuição espacial das atividades produtivas e a organização do espaço

geográfico;o A circulação de mão de obra, do capital, das mercadorias e das informações;o O comércio mundial e as implicações sócio-espaciais.

A Dimensão política do Espaço Geográficoo As diversas regionalizações do espaço geográfico;o A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;o A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;o O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial.

A Dimensão cultural e Demográfica do Espaço Geográficoo A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população;o As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;

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o Movimentos migratórios e suas motivações.’

A Dimensão sócioambiental do Espaço Geográficoo Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;o Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção;o A formação, localização, exploração dos recursos naturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS

o A formação e transformação das paisagens;o A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção;o A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico;o A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;o A revolução técnicocientífica-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;o O espaço rural e a modernização da agricultura;o O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial;o A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;o Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;o As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;o A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente;o A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população;o Os movimentos migratórios e suas motivações;o As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;o O comércio e as implicações socioespaciais;o As diversas regionalizações do espaço geográfico;o As implicações socioespaciais do processo de mundialização;o A nova ordem mundial, os territórios supranacionais do Estado.

Os conteúdos propostos são os mesmos para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. A abordagem dos conteúdos, deve ser diferenciada nos níveis de ensino a partir do grau de aprofundamento e de complexidade dos textos. Os conteúdos devem ser trabalhados em diferentes escalas: local, regional, nacional e mundial.

Os conteúdos Obrigatórios dispostos na Instrução 009/11 serão trabalhados em conformidade às especificidades da disciplina.

4. AVALIAÇÃO

Nessa perspectiva, para que a avaliação cumpra o seu papel como parte integrante do processo ensino-aprendizagem, se faz necessário definir o objetivo da atividade avaliativa e o conteúdo a ser avaliado. E ainda utilizar instrumentos como: interpretação e produção de textos de Geografia; interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas

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bibliográficas; relatórios e discussão de temas em seminários; construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros instrumentos que nos permitam analisar e qualificar os resultados, para que a partir deles o educando possa refletir e opinar sobre os saberes construídos e os conhecimentos organizados e para que o educador possa rever a sua prática pedagógica alcançando seus objetivos com todos os educandos com necessidades educacionais especiais ou não.

Desta forma a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação de nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) determina que a avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e processual. Respeitando o prenuncio da lei, cada escola da rede estadual de ensino, ao construir seu Projeto Político Pedagógico, deve explicitar detalhadamente a concepção de avaliação que orientará a prática dos professores.

Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio-espaciais para compreensão e intervenção na realidade. O professor deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as relações Espaço ↔ Temporais e Sociedade ↔ Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.

A avaliação deve contemplar situações formais e informais e utilizar diversas linguagens.

Dessa forma, o educador deve encaminhar as ações do dia-a-dia, possibilitando a construção de conceitos e, ao mesmo tempo, acompanhando o desenvolvimento da aprendizagem dos educandos, para que, de fato, possa se efetivar a construção da sua autonomia e cidadania plena.

5. REFERÊNCIAS

CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões. São Paulo: Terra Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002.CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, (org.) Geografia em sala de aula: Práticas e Reflexões. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/AGB, 1999.CAVALCANTI, L.S. Geografia: escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 1998.DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Geografia, Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2008.FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.MORAES, Antonio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1993.MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. São Paulo: Brasiliense, 1981.RESENDE, M.S. A Geografia do aluno trabalhador. São Paulo: Loyola, 1986.RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola. São Paulo: Cortez, 1987.SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996._______ Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2001.

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DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

CONCEPÇÃO DO ENSINO DA MATEMÁTICA

Educação Matemática é um importante ramo do conhecimento humano. A sua origem remonta à antiguidade clássica greco-romana. Os gregos conceberam a Matemática como um dos conteúdos da filosofia, portanto, como um dos instrumentos da arte de conhecer o mundo em sua totalidade.

A Dessa forma, o educador além de dominar os conteúdos matemáticos, deve também conhecer os fundamentos histórico-filósoficos da Matemática, e ainda, o(s) processo(s) pelo(s) qual(is) o educando aprende; aquisição do conhecimento.

Nesse sentido, é importante que o educador tenha conhecimento das práticas pedagógicas que norteiam o ensino da Matemática na atualidade. Para tanto, é necessário resgatar o processo educacional vivenciado, especialmente, a partir da década de 60 do século passado.

O ensino da Matemática, desde então, tem sofrido alterações na sua forma de organização e de conceber os conteúdos. Pode-se destacar as seguintes fases: até meados de 1960, prevaleceu a chamada “Matemática Tradicional”, em que predominava a valorização do conteúdo desvinculado da prática e com ênfase na memorização de regras. Depois, surgiu o “Movimento da Matemática Moderna”, cujo objetivo principal era a unificação dos vários campos da Matemática, tais como, a Aritmética, a Álgebra e a Geometria. O seu grande objetivo era o trabalho pedagógico por meio da linguagem dos conjuntos, mas que ficou reduzida a um simbolismo exagerado a ser memorizado pelo aluno.

Os membros da comissão do Movimento da Matemática Moderna, por sua vez, assinalaram vários defeitos no currículo tradicional difundido, afirmando a importância de se abandonar o conteúdo tradicional em favor dos novos conteúdos, entre eles a álgebra abstrata, a topologia, a lógica simbólica e a álgebra de Boole.

Vejamos como Morris Kline exemplifica, como sugestão, uma aula de Matemática, nos moldes da Matemática Moderna:“A professora pergunta:― Por que 2 + 3 = 3 + 2 ?― Porque ambos são iguais a 5 – respondem os alunos sem hesitar.― Não, a resposta exata é porque a propriedade comutativa da soma assim o sustenta. ― A segunda pergunta é: Porque 9 + 2 = 11 ?Novamente os alunos se apressam a responder:― 9 e 1 são 10 e mais um é 11.― Está errado! – exclama a professora. – A resposta exata é que pela definição 2,9 + 2 = 9 + (1 + 1) ... .

Vê-se, portanto, neste exemplo que as propriedades dos Números Naturais, Teoria dos Conjuntos, se sobrepõe ao algoritmo da adição, Aritmética, no mesmo conjunto numérico. No caso, essa sobreposição faz com que a professora classifique as respostas

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indicadas pelos alunos como erradas, e, logo a seguir, a mesma reforça novamente a resposta correta através da propriedade comutativa . PETRONZELLI, 2002, pp.40-1)

Com o advento da Lei 5692/71, a ênfase passou a ser a metodologia, justificada pela necessidade do aluno poder desenvolver toda sua potencialidade, ou seja, valorizou-se a manipulação de materiais concretos, relegando-se a segundo plano a fase de automação, priorizando-se o atendimento à criança em sua fase de desenvolvimento, mas descuidando-se da sistematização dos conhecimentos matemáticos sócio-históricos acumulados pela humanidade. A grande dificuldade dos professores foi, então, a passagem do concreto para o abstrato, o que é fundamental para a matemática.

Na atual proposta pedagógica para a EJA, procura-se a interação entre o conteúdo e as formas. A perspectiva, nesse sentido, é estabelecer uma relação dialética - teoria e prática - entre o conhecimento matemático aplicado no processo de produção da base material de existência humana e as manifestações teórico-metodológicas que estruturam o campo científico da própria Matemática. Dessa forma, o ensino da Matemática deve ser concebido de modo a favorecer as necessidades sociais, tais como: a formação do pensamento dialético, a compreensão do mundo social e natural, a ciência como obra decorrente do modo de cada sociedade - Grega, Feudal, Moderna – produzir a vida.

Concebida desta forma, a Educação Matemática desempenhará um papel fundamental na aquisição da reflexão filosófica por parte dos educandos, isto é, da consciência crítica que supera o senso comum que toma a aparência das coisas como sendo verdades absolutas, ou seja, a Matemática deve ser vista, como uma ciência viva e dinâmica, produto histórico, cultural e social da humanidade.

Ao revelar a Matemática como uma produção humana, demonstrando as necessidades e preocupações das diferentes culturas em diferentes épocas e ao relacionar os conceitos matemáticos de hoje com os construídos no passado, o educador permite que o educando reflita sobre as condições e necessidades que levaram o homem a chegar até determinados conceitos, ou seja, o educador estará proporcionando no processo de ensino-aprendizagem a reflexão da construção da sobrevivência dos homens e da exploração do universo, dessa forma, estará caracterizando a relação do homem com o próprio homem e do homem com a natureza.

O produto do desenvolvimento da humanidade pode ser demonstrado através da historicidade. Isto indica que ao trabalhar nos bancos escolares a abstração, o conhecimento sistematizado e teórico, o educando entenderá o avanço tecnológico, a elaboração da ciência, a produção da vida em sociedade.

Portanto, a abordagem histórica da matemática permite ao educando jovem, adulto e idoso, compreender que o atual avanço tecnológico não seria possível sem a herança cultural de gerações passadas. Entretanto, essa abordagem não deve restringir-se a informações relativas a nomes, locais e datas de descobertas, e sim ao processo histórico, viabilizando com isso a compreensão do significado das idéias matemáticas e sociais.

Mas, além de compreender que o conhecimento matemático é sócio-histórico, faz-se necessário que o educando estabeleça relações entre os elementos internos da própria Matemática - conteúdos escolares - e os conceitos sociais.

Esse conhecimento prescinde de um tratamento metodológico que considere a especificidade da Educação de Jovens e Adultos - EJA e deve constituir o ponto de partida para todo o ensino-aprendizagem da Matemática, ou seja, os educandos devem ter oportunidades de contar suas histórias de vida, expor os conhecimentos informais que têm sobre os assuntos, suas necessidades cotidianas, suas expectativas em relação à escola e às aprendizagens em matemática.

Embora, os jovens, adultos e idosos, com nenhuma ou pouca escolaridade, dominem algumas noções básicas dos conteúdos matemáticos que foram apreendidas de

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maneira informal nas suas vivências, a EJA tem a função de transformar essas noções elementares, conceitos espontâneos, em conceitos científicos, fazendo o educando dominar a Linguagem Matemática e suas Representações, os Conceitos Matemáticos e Sociais, os Cálculos e os Algoritmos, a História da Matemática e a Resolução de Problemas.

A compreensão e apreensão desses pressupostos metodológicos por parte dos educandos e dos educadores, dão significado aos conteúdos escolares a serem ensinados e estudados. Embora seja importante considerar que esses significados também devem ser explorados em outros contextos, como por exemplo, nas questões internas da própria Matemática e em problemas históricos.

Desconsiderar esses pressupostos metodológicos na Educação de Jovens e Adultos uma prática centrada no desenvolvimento do pensamento linear e fragmentado, numa concepção de ciência imutável, estabelecendo definitivamente o rompimento entre o lógico e o histórico, entre o conteúdo e as formas, entre a teoria e a prática, entre a lógica formal e a lógica dialética, entre a totalidade e as unidades, enfim, entre o mundo social e natural

A Educação Matemática deve ter, então, os seus pressupostos bem definidos e delimitados, uma vez que a teoria se desdobra em “prática científica”:

Ao professor, como um profissional do ensino, é dada a responsabilidade não só de dominar a teoria como a de inscrevê-la no universo de um cotidiano que a justificaria(...). As abstrações reunidas na teoria, organicamente dispostas em definições e conceitos, devem transitar por um caminho inverso. O professor precisa demonstrar a utilidade ou funcionamento do sistema teórico no real. A teoria precisa transmutar-se em dados ou exemplos concretos, que garantam, justifiquem ou expliquem o já defendido (hipoteticamente) no discurso. Nesse sentido, a teoria precisa desmembrar-se, na voz do professor, no relato de múltiplas interações ou mediações que repõem o problema no rastro de sua solução.(NAGEL, pp. 3-4, 2003) (Grifos nossos)

Nessa perspectiva, há de se considerar como ponto de partida a construção do conhecimento, os saberes desenvolvidos no decorrer da vivência dos educandos, que se manifestam em suas interações sociais e compõem suas bagagens culturais, que são frequentemente desconsiderados na prática pedagógica da EJA. No entanto, a superação desses saberes e a incorporação dos conceitos científicos são trabalhos que a escola deve planejar e executar.

É importante enfatizar que, os conteúdos matemáticos quando abordados de forma isolada, não são efetivamente compreendidos nem incorporados pelos educandos como ferramentas eficazes para resolver problemas e para construir novos conceitos, pois, é perceptível que o conhecimento só se constrói plenamente quando é mobilizado em situações diferentes daquelas que lhe deram origem, isto é, quando é transferível para novas situações. Isto significa que os conhecimentos devem ser descontextualizados, abstraídos, para serem novamente contextualizados, isto é, fazer a transposição didática.

Nesse sentido, a educação matemática para o educando jovem, adultos e idoso deve ter como objetivo a reversão do atual quadro em que se encontra o ensino da Matemática, ou seja, a definição dos conteúdos anteriormente fragmentados deve ser visto em sua totalidade, sem o qual não é possível querer mudar qualquer prática pedagógica consistente.

Dessa forma, é necessário que o ensino de Matemática e o seu significado sejam restabelecidos, visto que, o ensino e a aprendizagem de Matemática devem contribuir para o desenvolvimento do raciocínio crítico, da lógica formal e dialética, da coerência e consistência teórica da Ciência – o que transcende os aspectos práticos. Com isso faz-se

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necessário repensar o ensino de Matemática, pois o processo de emancipação política e social da humanidade estão diretamente ligados ao domínio do conhecimento. Ele é parte constitutiva da elaboração do pensamento reflexivo.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Para dimensionar o papel da Matemática na formação do jovem, adulto e idoso é importante que se discuta a natureza desse conhecimento, suas principais características e seus métodos particulares, e ainda, é fundamental discutir suas articulações com outras áreas do conhecimento.

As diversas contingências históricas têm levado os professores a deixar de lado a importância do conhecimento teórico, no entanto, é de fundamental importância que o(a) educador(a) tenha clareza que, sem o qual, não é possível mudar qualquer prática pedagógica de forma significativa. Com isso, só se tem conseguido mudanças superficiais no que se refere à reposição de conteúdos, por meio de estratégias metodológicas tradicionais que não levem os educandos a uma transposição didática.

É perceptível que, a mera seleção de conteúdos não assegura o desenvolvimento da prática educativa consistente. É necessário garantirmos, como dissemos anteriormente, a relação entre a teoria e a prática, entre o conteúdo e as formas, entre o lógico e o histórico.

Portanto, é de suma importância que o educador se aproprie dos encaminhamentos metodológicos do ensino da Matemática, e acrescente, esses elementos a reflexão pedagógica da Educação de Jovens e Adultos.

Nessa perspectiva, a contextualização do saber é uma das mais importantes noções pedagógicas que deve ocupar um lugar de maior destaque na análise da didática contemporânea. Trata-se de um conceito didático fundamental para a expansão do significado da educação escolar. O valor educacional de uma disciplina expande na medida em que o aluno compreende os vínculos do conteúdo estudado com uma contextualização compreensível por ele (...). “O desafio didático consiste em fazer essa contextualização sem reduzir o significado da idéias matemáticas que deram ao saber ensinado.” (PAIS, 2001, pp. 26-27).

De forma equivocada, a abordagem de determinados conceitos fundamentais na construção do conhecimento matemático é muitas vezes suprimida ou abreviada, sob a alegação de que não fazem parte do cotidiano dos educandos. Tal concepção de ciência e de conhecimento viabiliza na escola uma visão reducionista da Matemática, cuja importância parece ficar restrita a sua utilidade prática; ao pragmatismo.

Nesse contexto, a noção de contextualização permite ao educador uma postura crítica priorizando os valores educativos, sem reduzir o seu aspecto acadêmico (PAIS, 2001, p.27).

O processo de seleção dos conteúdos matemáticos escolares, envolve um desafio, que implica na identificação dos diversos campos da Matemática e o seu objeto de estudo; processo de quantificação da relação do homem com a natureza e do homem com o próprio homem.

Deve-se fazer um trabalho que aborde os Conteúdos Obrigatórios como: o Educação Ambiental – implementar a Lei 9795/99, como desenvolvimento da

Educação Ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio bio-físico;

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o Educação Fiscal – visando despertar a consciência dos estudantes sobre direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do estado democrático;

o Enfrentamento a Violência – busca-se a ampliação da compreensão e formação de uma consciência crítica sobre violência e, assim, transformar a escola e espaço onde o conhecimento toma o lugar da força;

o História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena – implementação da Lei 10.639/03 e para a consolidação das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e cultura Afro-Brasileira e Africana, acrescida da Deliberação Estadual nº 04/06 do CEE. Promovendo assim, o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra, assegurando a igualdade e a valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, europeias e asiáticas, a partir do ensino da história e cultura Afro-Brasileira e Africana.

o Prevenção ao uso indevido de drogas – requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Os educadores e os educandos são instigados em conhecer assuntos relacionados com a: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros;

o Sexualidade – precisa ser discutida na escola, local privilegiado para o tratamento pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. Deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.

No entanto, não devemos deixar de identificar os conteúdos escolares matemáticos que são socialmente relevantes para a EJA, pois os mesmos devem contribuir para o desenvolvimento intelectual dos educandos.

As Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, versão preliminar, em seu capítulo “Orientações Metodológicas”, aponta quatro critérios para a seleção de conteúdos e das práticas educativas. São eles:

o A relevância dos saberes escolares frente à experiência social construída historicamente;

o Os processos de ensino e aprendizagem, mediatizados pela ação docente junto aos educandos;

o A organização do processo ensino-aprendizagem, dando ênfase às atividades que permitem a integração entre os diferentes saberes;

o As diferentes possibilidades dos alunos articularem singularidade e totalidade no processo de elaboração do conhecimento.

Nessa forma de organização curricular, as metodologias são um meio e não um fim para se efetivar o processo educativo. É preciso que essas práticas metodológicas sejam flexíveis, e que adotem procedimentos que possam ser alterados e adaptados às especificidades da comunidade escolar.

Nessa perspectiva, é de suma importância evidenciar que o ensino-aprendizagem de Matemática sejam permeados pela(os): História da Matemática; Resolução de Problemas; Conceitos Matemáticos e Sociais; Linguagem Matemática e suas Representações; Cálculos e/ou Algoritmos; Jogos & Desafios. Estes elementos devem permear a Metodologia de Ensino da Matemática, pois eles expressam a articulação entre a teoria e a prática, explicitando no ato pedagógico a relação entre o

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signo, o significado e o sentido dos conteúdos escolares nos diversos contextos sociais e históricos.

É importante enfatizar que a relação de conteúdos não deve ser seguida linearmente, mas desenvolvida em conjunto e de forma articulada, proporcionando ao educando a possibilidade de desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar justificar, argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimulados a intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.

A metodologia adotada em sala de aula pode ser instrumento para modificar o desenvolvimento habitual das aulas de matemática, objetivando desenvolver processos de pensamento matemático, motivar e tornar significativos os conceitos matemáticos apresentados. É necessário um ensino que possibilite aos educandos fazer análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Para tanto, podemos desenvolver aulas expositivas e aulas práticas utilizando quadro de giz, papel, recortes, reportagens, panfletos, jogos, construção de sólidos, gráficos, entre outros. Para incrementar as aulas são inúmeros os recursos didáticos e tecnológicos disponíveis como: jogos, TV pendrive, sólidos geométricos, laboratório de informática, etc, que podem auxiliar no desenvolvimento de aulas que facilitem o processo de ensino-aprendizagem.

No entanto, cada indivíduo aprende diferenciadamente, então o professor precisa saber lidar com as diferenças para se adequar a essas estruturas individuais, é importante a valorização dos saberes que os educandos possuem e que foram acumulados ao longo de suas existências. Esses saberes devem ser o ponto de partida para a construção de outros saberes.

A realidade dos educandos deve ser valorizada e a metodologia deve tornar os conteúdos significativos para que, por intermédio do diálogo, se busque explicitar e oportunizar a observação, a análise e a reflexão.

Os conteúdos matemáticos presentes no ensino fundamental, a serem ensinados nas escolas de EJA, estão organizados por eixos, são eles: números e álgebra, grandezas e medidas, geometrias, funções e tratamento da informação, que compreendem os elementos essenciais da organização curricular.

Os eixos e seus respectivos conteúdos deverão ser trabalhados de forma articulada, esta relação pode ser viabilizada entre os eixos e/ou entre os conteúdos.

É importante ter clareza da especificidade de cada eixo, bem como, que estes não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois, é na inter-relação entre os conteúdos de cada eixo, entre os eixos de conteúdos e entre os eixos metodológicos, que as ideias matemáticas ganham significado.

Os conteúdos matemáticos presentes no Ensino Médio, a serem ensinados nas escolas de EJA, deverão propiciar o desenvolvimento de conceitos: numéricos, algébricos, geométricos e gráficos e da mesma forma, devem ser trabalhados como um conjunto articulado. Isso significa que o tratamento dos conteúdos em compartimentos estanques deve dar lugar a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas.

AVALIAÇÃO

A avaliação em Matemática na EJA deve permitir ao educador fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da apreensão do conhecimento pelo educando, estabelecendo inter-relações entre o conhecimento matemático e o contexto social.

É fundamental que a avaliação seja coerente com a metodologia utilizada pelo 195

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educador, bem como, com os objetivos que se pretende alcançar, visto que, esta tem a finalidade de fornecer informações do processo de desenvolvimento do educando - a ele mesmo e ao educador. Essas informações permitem ao educador, uma reflexão crítica sobre a sua prática pedagógica, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos, uma vez que os educandos possuem diferentes tempos de aprendizagem.

Os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia, pois os critérios articulam todas as etapas da ação pedagógica. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor possibilitando verificar se o aluno:

o comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;o compreende, por meio da leitura, o problema matemático;o elabora um plano que possibilite a solução do problema;o encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;o realiza o retrospecto da solução de um problema.

Assim, nesse processo, o aluno deve ser estimulado a:o partir de situações-problema internas ou externas à matemática; o pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas; o elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las; o perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades; o sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares; o socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem

adequada; o argumentar a favor ou contra os resultados.

Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos. A utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros. Assim, podemos utilizar uma diversidade de instrumentos de avaliação para oportunizar aos alunos variadas maneiras de expressar seu conhecimento, como: provas escritas, trabalhos escritos, trabalhos práticos, pesquisa de informações, jogos, discussão e debate de conteúdos, utilização de tecnologias, interação verbal, entre outros.

O processo avaliativo deve ser um recurso pedagógico, que considera erros e acertos como elementos sinalizadores para seu replanejamento, ou seja, toma o erro como ponto de partida para rever caminhos, para compreender e agir sobre o processo de construção do conhecimento matemático.

No que se refere à avaliação em matemática, considerando o perfil do educando jovem, adulto e idoso, pontua-se alguns indicativos a serem contemplados pelos educadores:

o considerar todas as formas de raciocínio, ou seja, os procedimentos/métodos utilizados pelo educando para resolver uma determinada situação-problema;

o resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação matemática, pois, mesmo que este não esteja de acordo, ele pode ter utilizado-se de métodos coerentes, equivocando-se em apenas parte do processo de desenvolvimento do raciocínio matemático;

o erro deve ser considerado como ponto de partida para rever caminhos, compreendendo todo o processo de construção do conhecimento matemático.

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Desta forma a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação de nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo.

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos.

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

Portanto, a avaliação da aprendizagem matemática considerada como mecanismo diagnóstico, deverá englobar todas as instâncias que compõem a escola: currículo, planejamento, metodologia, conteúdos, o educando, o educador e a própria escola.

Entendida como processo, a avaliação deverá possibilitar uma constante elaboração e re-elaboração não só do conhecimento produzido, mas da ação pedagógica como um todo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

• Sistemas de numeração;

• Números Naturais;

• Múltiplos e divisores;

• Potenciação e radiciação;

• Números fracionários;

• Números decimais.;

• Números Inteiros;

• Números Racionais;

• Equação e Inequação do 1º grau;

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NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Razão e proporção;

• Regra de três simples.;

• Números Racionais e Irracionais; • Sistemas de Equações do 1º grau; • Potências;

• Monômios e Polinômios;

• Produtos Notáveis.;

• Números Reais;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2o grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações Irracionais;

• Equações Biquadradas;

• Regra de Três Composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de comprimento;

• Medidas de massa;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de ângulos;

• Sistema monetário.;

• Medidas de temperatura;

• Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

• Trigonometria no Triângulo Retângulo.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial.;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não-euclidianas.

• Dados, tabelas e gráficos;

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TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Porcentagem;

• Pesquisa Estatística;

• Média Aritmética;

• Moda e mediana;

• Juros simples;

• Juros Compostos;

• Gráfico e informação;

• População e amostra;

• Noções de Análise Combinatória;

• Noções de Probabilidade;

• Estatística.

FUNÇÕES

• Noção intuitiva de Função Afim.

• Noção intuitiva de Função Quadrática.

MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Reais;

• Números Complexos;

• Sistemas lineares;

• Matrizes e Determinantes;

• Polinômios;

• Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

• Medidas de Área;

• Medidas de Volume;

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GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de Grandezas Vetoriais;

• Medidas de Informática;

• Medidas de Energia;

• Trigonometria.

FUNÇÕES

• Função Afim;

• Função Quadrática;

• Função Polinomial;

• Função Exponencial;

• Função Logarítmica;

• Função Trigonométrica;

• Função Modular;

• Progressão Aritmética;

• Progressão Geométrica.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Análise Combinatória;

• Binômio de Newton;

• Estudo das Probabilidades;

• Estatística;

• Matemática Financeira.

Referências

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Matemática: livro do estudante: ensino fundamental/coordenação Zuleika de Felice Murrie. – Brasília: MEC: INEP, 2002

Matemática: matemática e suas tecnologias: livro do professor: ensino fundamental e médio/ coordenação Zuleika de Felice Murrie. – Brasília: MEC: INEP, 2002

BICUDO, M. A. V. e GARNICA, ª V. M. Filosofia da educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

BOYER, C. B. História da matemática. Tradução: Elza F. Gomide. São Paulo> Edgard Blucher, 1974

BRASIL, Ministério da Educação. Secretária de Educação Fundamental, 2002 – Proposta Curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do ensino fundamental: 5ª a 8ª série: introdução.

DUARTE, Newton. O ensino de matemática na educação de adultos. São Paulo: Cortez, 1994.

FONSECA, Maria da Conceição F.R. Educação Matemática de Jovens e Adultos: especificidades, desafios e contribuições. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

MATO GROSSO DO SUL, Secretária de Estado de Educação. Subsídios de matemática. V, 8ª: 1 ed. Campo Grande: 2000.

MIORIM, Maria Ângela. Introdução à história da matemática. São Paulo: Graal, 1973.

NAGEL, Lízia Helena. Em questão: profissionalismo no ensino. Maringá: UEM, 2003(texto digitado)

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação de jovens e adultos no Estado do Paraná – DCE. 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica de Matemática. SEED – Curitiba, 2008.

PAIS, L. C. Didática da matemática – uma análise da influência francesa. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

SMOLE, K. S., DINIZ, M. I. Ler escrever e resolver problemas. Porto Alegre: ARTMED, 2001.

PETRONZELLI, Vera Lúcia Lúcio. Educação Matemática e a aquisição do conhecimento matemático: alguns caminhos a serem trilhados, 2002. (Dissertação de Mestrado, UTP) 166p.

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DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

CONCEPÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

BREVE HISTÓRICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

A Língua Portuguesa tem a sua origem no latim, a língua no Lácio, pequeno estado da Península Itálica. Com as conquistas militares e o consequente domínio político e cultural de Roma, a partir do século III a. C., o latim estabeleceu-se numa vasta região da Europa, sobrepondo-se, por sua importância, às demais línguas existentes.

Havia dois níveis de expressão do latim: o latim clássico, com o qual se exprimiam as pessoas ilustradas e os escritores, e o latim vulgar, usado pelo povo.

A língua imposta aos povos dominados foi o latim vulgar, levado por soldados, colonos e mercadores. Decorridos alguns séculos, o latim sobrepôs-se às línguas e dialetos falados em várias regiões. Dessa maneira, formaram-se várias línguas dentro das fronteiras do antigo mundo romano, as línguas românicas, cujas principais são o português, o espanhol, o catalão, o francês, o italiano e o romeno.

O idioma que hoje falamos é o resultado de transformações e acréscimos, desde o galego- português ( do século VIII até o século XIII), separando-se posteriormente do galego e dando início ao português arcaico (século XIV ao século XVI), passando pelo português clássico ( a língua de Camões), pelo moderno (com nossos autores românticos que procuraram retratar uma língua mais próxima da realidade brasileira) e o português contemporâneo, com o movimento de renovação da língua dos modernistas de 1922 e os milhares de acréscimos de neologismos e estrangeirismos de origem francesa, inglesa e americana.

Desde o início de sua expansão, a partir do século IX a. C., os gregos exerceram grande influência na formação literária de Roma. Ocuparam uma vasta extensão da Europa ocidental, deixando como legado milhares de vocábulos, além do modelo da gramática que serviu de base aos latinos.

Considerando-se as indicações das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos que propõem o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, bem como o respeito à diversidade cultural, à inclusão e ao perfil do educando, o estudo da linguagem na organização da proposta pedagógica do ensino de Língua Portuguesa está pautado na concepção sociointeracionista, a qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros textuais.

Nesse sentido, a escola está sendo entendida como um espaço onde se produz o conhecimento e tem por objetivo propiciar uma formação intelectual, cognitiva e política, por meio de pesquisas, leituras, estudos que favoreçam o respeito aos diferentes falares e aos saberes próprios da cultura do educando, preparando-o para produção de seu próprio texto, oral ou escrito, adequado às exigências dos diversos contextos sociais.

O trabalho pedagógico proposto para as práticas de linguagem está fundamentado nos pressupostos teóricos de alguns estudiosos que entendem a linguagem como interação.

VYGOTSKY (1989) dedicou-se a estudos sobre a origem cultural das funções superiores do ser humano, isto é, o funcionamento psicológico, a partir da interação social e da relação linguagem-pensamento. Por isso, propõe que se estudem as mudanças ocorridas no desenvolvimento mental, inserindo o indivíduo num determinado contexto cultural, a partir da interação com os membros de seu grupo e de suas práticas sociais. Para esse autor, a cultura é uma espécie de palco de negociações. Seus membros estão em movimentação constante de recriação e reinterpretação de informações, conceitos e significados.

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Nessa mesma direção, BAKHTIN (2003) afirma que os seres humanos apreendem a realidade e a constroem na medida em que se relacionam com o outro, atribuindo assim, sentido ao seu próprio viver, permeado pelo exercício efetivo da linguagem. Esse autor propõe o confronto dos diversos discursos a partir de temáticas do cotidiano, com ênfase na polifonia, dialogismo e polissemia. O primeiro constitui as diversas vozes do discurso oral e escrito; o segundo, consiste na interação do “eu” com o “outro”; por último, a polissemia, que compreende os diferentes significados da palavra, de acordo com a vivência sociocultural de cada sujeito.

As ideias de BAKHTIN e FREIRE (2004) convergem, no sentido de que a prática pedagógica deve se dar numa relação dialógica, entre os sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Para FREIRE, a relação pedagógica consiste no diálogo entre educador e educando, como sujeitos mediatizados pelo mundo.

As propostas teóricas dos autores citados valorizam o processo interativo como espaço de construção dos sentidos do texto, confrontando situações a partir do contexto histórico, político, filosófico, social, entre outros.

Nessa perspectiva, GERALDI (2001, p. 41) identifica, historicamente, três concepções de linguagem: como expressão do pensamento, destacada nos estudos tradicionais; como instrumento de comunicação; como uma forma de interação humana.

A linguagem como interação propõe estudar as relações que se constituem entre os sujeitos no momento em que falam, e não simplesmente estabelecer classificações e dominar os tipos de sentenças. Portanto, o objeto de estudo da língua deve ser o texto oral e escrito produzido nas diversas situações de interação social.

A partir desses pressupostos, Val (1993, p.3) estabelece como propriedades do texto, a unidade sociocomunicativa – interação social e a unidade semântica – em que a coerência é o fator responsável pela unidade formal e material, ou seja, “pode-se definir texto ou discurso como ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica ou formal”.

Essa autora afirma que, para o texto ser compreendido, precisa ser avaliado sob três aspectos: o pragmático, que se pontua em situação informal e comunicativa; o semântico, que depende da coerência; e o formal, que diz respeito à coesão.

Ainda de acordo com a autora, “a textualidade é o conjunto de características que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma sequência de frases” (VAL, 1993, p.5). Embasada em Beaugrande e Dressler, VAL relaciona sete fatores responsáveis pela textualidade de um discurso qualquer: coerência, coesão, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade.

Portanto, pode-se afirmar que o texto, em suas diferentes formas de apresentação ou gêneros, se constrói no aspecto sociocomunicativo por meio dos fatores pragmáticos funcionais, em constante interação entre os sujeitos.

Conteúdos EstruturantesO discurso enquanto prática social que concretiza-se na oralidade, leitura e escrita é o

conteúdo estruturante desta disciplina. Na abordagem dos conteúdos de todas as séries, deve-se considerar os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar, o nível de aprofundamento possível de cada conteúdo, bem como a ampliação do nível de complexidade em função das possibilidades de compreensão e autonomia linguística adquirida pelos educandos na realização das praticas discursivas: prática da oralidade, prática de leitura, prática da escrita e análise lingüística e as práticas discursivas.

Prática de Oralidade

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Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social precisa pautar-se em situações reais de uso da fala valorizando-se a produção de discursos nos quais os alunos se constituem como sujeito do processo interativo.

A escola deve ser democrática garantindo a socialização do conhecimento a toda comunidade escolar não excluindo os alunos do processo justificando-se de que eles não sabem se expressar. Compete a escola promover situações que os incentivem a falar ainda que do “seu jeito”. A criança quando chega a escola já domina a oralidade através do seu grupo social, do dialogo dos falantes e da mídia.

O espaço escolar deve propiciar ao aluno atividades que tornem-o falante mais ativo e competente organizando os seus discursos de forma coesa e coerente.

O professor precisa ter clareza de que tanto a língua padrão quanto as outras variedades embora apresentando diferenças são igualmente lógicas e bem estruturadas. Do ponto de vista sócio linguístico não há variações que se possa considerar melhor ou pior, primitivo ou elaborado pois todos os sistemas linguísticos atendem a diferentes propósitos comunicativos e os hábitos culturais das comunidades. As variedades linguísticas promovem o dialogo entre os diferentes falares, ressaltando a necessidade de sua seleção e adequação ao processo de interlocução.

A sala de aula deve ser o espaço de apropriação deste conhecimento, pois é o único lugar que lhes possibilita contato com a norma padrão.

O professor deve planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade permitindo ao aluno que use a língua padrão e entenda a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.

Prática de LeituraA leitura entende-se como um processo de produção de sentido que se dá a partir de

interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.O leitor, segundo a autora Kleimam, constrói e não apenas recebe um significado

global para o texto: ele procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, utilizando estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico e na sua vivência sociocultural.

O diálogo intertextual não esgota as possibilidades dialógicas de um texto. Um texto, leva a outro texto, mas leva também aos desejos do leitor a participação da elaboração dos significados, confrontando o texto lido com o saber que é seu.

Desse modo, o professor deve permitir uma ação pedagógica ao aluno, não só leitura de textos para as quais já tenha construído uma competência, como também a leitura de textos mais difíceis que impliquem descoberta de novas estratégias com a mediação do professor.

Prática da EscritaEm relação à escrita considerando as condições em que a produção acontece (quem

escreve, o que, para quem, para que, por que, quando, onde e com seu escreve) é que determinam o texto. E cada gênero tem suas peculiaridades: composição, estrutura e estilo.

Essas composições precisam circular na sala de aula: história, poema, bilhete, uma receita, um texto de opiniões. O aluno, somente interage sendo o autor do texto. A criatividade e outros fatores relacionados ao ato de escrever.

O envolvimento do aluno e do professor com a escrita segundo Pazini, é um processo que acontece em vários momentos: o da motivação para a produção do texto, o da reflexão, que deve perceber e acompanhar o processo de produção; o da revisão, re-estruturação e re-escrita do texto, que se acaba, também, em um produtivo momento de reflexão.

Desta forma, as aulas de língua portuguesa e literatura possibilitam aos alunos a ampliação do uso das linguagens verbais através do contato direto com os textos dos mais

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variados gêneros. É necessário que a inclusão de diversidade textual dê conta de relacionar os gêneros com as atividades sociais onde eles se constituem.

Sendo o fato de a língua ser o meio de suporte de outros conhecimentos, torna o professor de Língua Portuguesa um agente eficaz, propiciados das relações inter e multidisciplinares.

Análise Linguística e as práticas DiscursivasSegundo Geraldi, antes de a criança vir para a escola, reflete sobre os meios de

expressão usadas em suas diferentes interações.Os alunos trazem um conhecimento prático dos princípios da linguagem e que utilizam

na observação. Quanto maior o contato com a linguagem, na diversidade textual, mais possibilidade se tem de entender o texto com material verbal carregado de visões de mundo, assim o trabalho com o texto é tido como uma possibilidade de mudança, na qual, o professor é o interlocutor, constituindo a aprendizagem de língua escrita.

As aulas pautadas na gramática tradicional desconsideram a constituição interativa da linguagem.

A análise linguística amplia o leque tão restrito da gramática tradicional relativizando aquilo que ela postula (gramática tradicional) postula como errado além disso, sua atuação não fica atada ao texto escrito ou limite da oração, ela perpassa as três práticas: oralidade, escrita e leitura, assim abrangem um todo dinâmico da linguagem. Utiliza-se das reflexões que os alunos já fazem como falantes para sistematizar e compreender outras operações. Aqui o aluno não é mero ouvinte, sua participação é fundamental no processo de aprendizagem.

Atividades planejadas, possibilitam ao aluno só a leitura e a expressão oral e a escrita, como também refletir sobre o uso que faz da linguagem nos diferentes contextos e situações.

Quando se assume a língua como interação, em sua dimensão discursivo- textual, o que importa não é o ensino da nomenclatura gramatical definições ou regras, o mais importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar hipóteses, a partir da leitura e escrita de textos diversos.

O aluno assim, poderá reconhecer a gramática não como um aglomerado de inadequações explicativas sobre os fatos da língua mas como um documento de consulta para muitas das dúvidas que temos sobre como agir em relação aos padrões normativos exigidos pela escrita.

É importante ressaltar que durante as aulas de Língua Portuguesa e Literatura, será dado enfoque às Relações Étnico-Raciais, ao ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e à Educação do Campo, através de estudos, pesquisas e produção de textos abordando a riquíssima contribuição dos mesmos à nossa realidade social e cultura (alimentação, música, religião, vocabulário, literatura, poesia e arte). Incluir como conteúdo básico também em todas as séries, durante o período letivo a prevenção à droga e violência nas escolas, sexualidade, educação ambiental e fiscal, prontidão escolar preventiva, os quais são temas de Desafios Educacionais Contemporâneos, assuntos esses polêmicos, complexos, desafiadores, sobretudo ao ser abordado no campo educacional, nas diversas disciplinas do currículo por conteúdos embasados nas DCEs que visam promover o desenvolvimento da aprendizagem num processo permanente de busca de informações a partir de uma abordagem contextualizada, histórica, social e política. Para que tais conteúdos façam sentido para os educandos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo em sua formação cidadã.

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:

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empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;

analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita

aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão. É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um

processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a vida.

Os gêneros, segundo BAKHTIN (1997, p.179), são caracterizados pelo conteúdo temático, pelo estilo e pela construção composicional, que numa esfera de utilização apresentam tipos relativamente estáveis de enunciados, tais como o conto, o relato, o texto de opinião, a entrevista, o artigo, o resumo, a receita, a conta de luz, os manuais, entre outros. A escolha do gênero depende do contexto imediato e, consequentemente, da finalidade a que se destina, dos destinatários e do conteúdo.

O trabalho com a diversidade de gêneros textuais possibilita o confronto de diferentes discursos sobre a mesma temática e ainda, permite uma metodologia “interdisciplinar com atenção especial para o funcionamento da língua e para as atividades culturais e sociais” (MARCUSCHI, 2005, p.18). Além disso, contribui para que o educando perceba a organização e os elementos de construção dos diferentes gêneros ou tipos textuais para que o educando possa reconhecer a finalidade, as características e produzir textos, seja do tipo narrativo, descritivo, argumentativo ou expositivo, entre outros.

A enunciação é dotada de tema e significação. O tema dá sentido na realização da enunciação, uma vez que ele é determinado não só pelas formas linguísticas, mas também pelos elementos não verbais da situação. Segundo Bakhtin (1986, p. 132) “ toda palavra usada na fala real possui não apenas tema e significação no sentido objetivo, de conteúdo, desses termos, mas também um acento de valor ou apreciativo, isto é, quando um conteúdo objetivo é expresso (dito ou escrito) pela fala viva, ele é sempre acompanhado por um acento apreciativo determinado. Sem acento apreciativo não há palavra”.

O tema e a significação indicam as particularidades de estilo e composição do enunciado, esclarecendo a que gênero pertence o texto, se é composto por um ou por diferentes tipos de discurso, considerando um acento de valor, ou seja, “convém discernir igualmente o grau de firmeza ideológica, o grau de autoritarismo e de dogmatismo que acompanha a apreensão do discurso” Bakhtin (1986, p.149). Nesse enfoque há que se considerar o contexto de produção e o conteúdo temático que o sujeito utiliza para produzir um texto, envolvendo os três mundos distintos, interiorizados por ele: o mundo físico, o mundo social e o mundo subjetivo, Assim, o contexto de produção ou a situação comunicativa exercem influências na forma como um texto se apresenta.

Ler um texto, nessa perspectiva, significa perceber o contexto histórico, social, econômico, filosófico e político em que ele se insere, assim como a ideologia, a finalidade do

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texto, a posição do autor e o possível interlocutor, dentre outros elementos tais como a escolha pela linguagem utilizada, os elementos gramaticais e seus efeitos na construção do texto nos diferentes gêneros textuais nos momentos de reflexão sobre a língua.

GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

Sugestões de Gêneros discursivos a serem trabalhados no Ensino fundamental : poemas,músicas, receitas, dissertação, narração, descrição, provérbios, autobiografia, biografia, contos, fábulas, lendas, histórias em quadrinhos, paródias, cartazes, seminário, cartum, charge, classificados, entrevista, anúncio, fotos, propaganda, bulas e filme.

Sugestões de Gêneros discursivos a serem trabalhados no Ensino médio: músicas, anúncios poemas, notícias, descrição, requerimento, palestra, receitas, filme, jornal, charges, propaganda, cantiga e instruções.

CONTEÚDOS

PRÁTICA DA ORALIDADE:

Aspectos contextuais do texto oral: - Coerência global; - Unidade temática de cada gênero oral. Os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação; Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros discursivos orais usados em diferentes esferas sociais;As variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo; Intencionalidade dos textos; Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal; Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade: - Participação e cooperação; - Turnos de fala. Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado. Observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social, formação, etc.); Especificidades: - Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos; - Ampla variedade X modalidade única; - Elementos extralinguísticos ( gestos, entonação, pausas, representação cênica ) X sinais gráficos; - Prosódia e entonação X sinais gráficos; - Frases mais curtas X frases mais longas; - Redundância X concisão. Materialidade fônica dos textos poéticos (entonação, ritmo, sintaxe do verso, pontuação...) Apreciação das realizações estéticas próprias da literatura improvisada, dos cantadores e

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repentistas. As particularidades de pronúncia de certas palavras. Adequação do discurso ao gênero e ao evento de fala: casual, espontâneo, profissional, institucional,etc... Argumentatividade; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Tema do texto; Semântica; Informatividade; Elementos extralinguísticos: entonação, expressã\ facial, corporal e gestual, pausas...; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

PRÁTICA DA LEITURA:

temático;Situacionalidade;Temporalidade;Discurso ideológico presente no texto;Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;Partículas conectivas do texto;Progressão referencial do texto;Informações explícitas e implícitas;Repetição proposital de palavras;Ambiguidade;Vozes sociais presentes no texto;Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;Semântica;Operadores argumentativos;Polissemia;Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;Expressões que denotam ironia e humor no texto;Interlocutor; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Intertextualidade; A análise do texto para a compreensão de maneira global e não fragmentada;Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter informação, produzir outros textos, revisar, etc.; As particularidades ( lexicais, sintáticas e textuais ) do texto em registro formal e do texto em registro informal;Construção de sentido do texto:

- Identificação do tema ou ideia central; - Finalidade; - Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes no texto; - Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando:208

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- o conteúdo veiculado; - possíveis interlocutores; - assunto; - fonte; - papéis sociais representados; - intencionalidade; - valor estético;

Em relação ao trabalho com literatura: - Ampliação do repertório de leitura do aluno ( textos que atendam e ampliem seu horizonte de expectativas); - Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do conhecimento ( cinema, música, obras de arte, Psicologia, Filosofia, Sociologia, etc.); - O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de sua leitura.

Interpretação crítica de textos;Identificação do processo e do contexto de produção das intenções presentes nos textos, explícitas ou implícitas;Avaliação de nível argumentativo do texto e de recursos;Confronto das ideias;Atribuição de significados ao que extrapola o texto;Identificação do nível da linguagem;Atividades de leitura oral e fluente com entonação, ritmo, respeito à pontuação, ortoepia, prosódia...Avaliação do texto quanto à sua estrutura e as marcas linguísticas ( parágrafos , recursos coesivos, coerência, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagens).

PRÁTICA DA ESCRITA:

A produção e a refacção escrita como processo suscitado por uma real necessidade de prática social;

Tema do texto; Finalidade do texto; Elementos composicionais do gênero; Discurso direto e indireto; Informatividade; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;209

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Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto; - modalizadores; - polissemia;

Vícios de linguagem; Sintaxe de regência; Sintaxe de concordância; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal e nominal; Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado; Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão; Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação pública, privada,

cotidiana, solene,etc.); Utilização das marcas linguísticas e dos recursos coesivos (fatores de coesão:

referencial, recorrencial e sequencial), aspectos coerentes, situacionais, intencionais, contextuais, intertextuais;

Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis (elementos composicionais, formais, funcionais e estruturais) dos diversos gêneros discursivos;

Trabalho com tópicos gramaticais a partir da refacção de textos e análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico- discursivos com base no gênero discursivo em estudo;

Traçado da letra; Parágrafo; Discurso direto e indireto; Argumentatividade.

PRÁTICA DA ANÁLISE LINGUÍSTICA: LEITURA/ ORALIDADE/ ESCRITA. Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor (es); Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios da enunciação: A função das conjunções na conexão de sentido do texto; Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no

texto; O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação

ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex.: felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente, obrigatoriamente, etc.);

O discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto;

Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto; Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; A função do adjetivo, advérbio e de outras categorias como elementos adjacentes

aos núcleos nominais e predicativos; A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

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O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da intencionalidade do conteúdo textual;

Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no texto; A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido,

entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto; Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico,

sublinhado, parênteses, etc.; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto; Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos propósitos

do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo; A elipse na sequência do texto; A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;

determinado/indeterminado; ativo/passivo) e a relação com as intenções do texto; O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da frase; Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos adjuntos; Figuras de linguagem e os efeitos de sentido(efeitos de humor, ironia,

ambiguidade, exagero, expressividade, etc,); As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes gêneros; As particularidades linguísticas do texto literário; As variações linguísticas; Neologismo e os mecanismos de re- significação de palavras já existentes; A intenção do uso dos estrangeirismos, a sua adaptação aos padrões gramaticais da

língua importadora e seus valores; Concepção de língua como ação inter- locutiva situada, sujeita as interferências

dos falantes; Integração entre os eixos de ensino: a análise linguística é ferramenta para a leitura

e produção de textos; Metodologia reflexiva, baseada na indução (observação dos casos particulares para

conclusão das regularidades/regras); Trabalho paralelo com habilidades metalinguísticas e epilinguísticas; Ênfase nos usos como objetos de ensino (habilidades de leitura e escrita), que

remetem a vários outros objetos de ensino (estruturais, textuais, discursivos, normativos), apresentados e retomados sempre que necessário;

Fusão do trabalho com os gêneros, na medida em que contempla, justamente, a intersecção das condições de produção dos textos e as escolas linguísticas;

Preferência por questões abertas e atividade de pesquisa, que exigem comparação e reflexão sobre adequação e efeitos de sentido.

Utilização da nomenclatura oficial (Fonologia, Morfologia, Sintaxe, Semântica, Crase, Pontuação; Acentuação...), atividade chamada metalinguística, para atingir os objetivos da prática de reflexão sobre o uso da língua, dentro de uma abordagem funcional da gramática, que analisa o emprego da língua em situação de produção;

Enriquecimento do vocabulário, determinando quais não são palavras inferíveis e quais precisam de uma definição também não contextualizada, porém mais exata, a partir do contexto;

Realização de inferências na ortografia;

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações pedagógicas pautadas na construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, de modo a privilegiar a relação teoria-prática, na busca da apreensão das diferentes formas de apresentação do saber. Nesse sentido, a organização do planejamento pedagógico pressupõe a reflexão sobre a linguagem a partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros discursivos , com o objetivo de analisar as práticas de linguagem, ou seja, leitura, oralidade, produção escrita permeados pela análise linguística.

A prática de leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens, seja na forma verbal ou não verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors, entre outros), cinética (sonora, olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética, nos diferentes níveis.

Os diferentes níveis de leitura constituem-se num meio para identificar, nos diversos gêneros, o conteúdo temático, os recursos linguísticos, os elementos de construção do texto, localizar as informações explícitas, subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto, bem como estabelecer relações intertextuais.

Os gêneros discursivos apresentados aos educandos precisam contemplar as possíveis situações de uso social da linguagem nas atividades propostas, tendo por objetivo identificar a finalidade do texto, a posição assumida pelo autor, o contexto social, político, histórico, econômico, filosófico, entre outros, com destaque para as variedades linguísticas, os mecanismos gramaticais e os lexicais na construção do texto.

Nesse contexto, salienta-se a importância de apreender os dados sobre o autor (biografia), a fonte referencial (data, local, suporte de texto), além do interlocutor a quem se destina o texto.

Os mecanismos gramaticais e lexicais não são estudados de forma descontextualizada ou com a intenção da apropriação da metalinguagem, mas a partir do texto para que o educando possa reconhecê-los como elementos de construção textual dos gêneros estilísticos e do cotidiano, uma vez que o objetivo do ensino da língua é orientar para o uso social da linguagem, de acordo com a norma padrão.

Para isso, faz-se necessária a prática orientada da produção oral e escrita de textos dos diferentes gêneros do discurso. O desenvolvimento dessa prática é importante porque o texto do educando revela, além do conhecimento de mundo, os conteúdos aprendidos e os que devem ser priorizados no planejamento do educador.

Para a seleção de conteúdos essenciais do Ensino Fundamental e Médio, bem como para as práticas de linguagem , foram utilizados os seguintes critérios: o perfil do educando da EJA; a diversidade cultural; a experiência social construída historicamente e os conteúdos significativos a partir de atividades que facilitem a integração entre os diferentes saberes. É importante destacar que embora os conteúdos sejam os mesmos para os dois níveis de ensino, o que difere é o grau de complexidade dos textos apresentados para a reflexão sobre a linguagem.

ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICO DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

LEITURA:É importante que o professor:

Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; Considere os conhecimentos prévios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade,

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aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

Proporcione análises para estabelecer a referência textual; Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos,

imagens, mapas e outros; Relacione o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de sentido

(ambiguidade) e com outros textos; Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;

Promova a percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Estimule leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;

Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.

ESCRITA:É importante que o professor:

Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;

Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;

Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; Acompanhe a produção do texto; Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que denotam ironia e humor; Estimule o uso de figuras de linguagem no texto; Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos

do texto; Proporcione o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na

organização, retomadas e sequenciação do texto; Conduza a utilização adequada das partículas conectivas; Encaminhe a re-escrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos que

compõem o gênero; Conduza, na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais

e normativos.

ORALIDADE:É importante que o professor:

Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, finalidade do texto;

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Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal; Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando- se dos recursos

extralinguísticos, como entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas e outros;

Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros;

Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., para perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.

ANÁLISE LINGUÍSTICA:É importante que o professor:

Selecione o gênero que pretende trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de produção/circulação, prepare atividades sobre a análise das marcas linguístico enunciativas,entre elas:

a) Oralidade: as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso; os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação; as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a

informal; os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto;

b) Leitura:1. as particularidades do texto em registro formal e informal (lexicais, sintáticas e

textuais);2. a repetição de palavras e o efeito produzido;3. o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento;4. progressão referencial no texto;5. o discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto.c) Escrita:

Por meio do texto do texto dos alunos, num trabalho de re-escrita do texto ou de partes do texto, o professor pode selecionar atividades que reflitam e analisem os aspectos:

- discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero);- textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos,

ambiguidades, intertextualidade, processo de referenciação);- estruturais (composição do gênero proposto para a escrita/oralidade do texto,

estruturação de parágrafos);- normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado,

complemento, regência, vícios da linguagem...);- dos recursos gráficos e efeitos de uso;- da pontuação como recurso sintático e estilístico;- do papel sintático e estilístico dos pronomes;- do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;- do efeito do uso de expressões modalizadoras;

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- da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos; - dos procedimentos de concordância verbal e nominal; - da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do sentido entre o que vem antes e o que vem depois em um texto.

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:

deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva; condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos; superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos.1

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

Deve-se fazer um trabalho que aborde os Conteúdos Obrigatórios como: Educação Ambiental – implementar a Lei 9795/99 como desenvolvimento da

Educação Ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio bio-físico;

Educação Fiscal – visando despertar a consciência dos estudantes sobre direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do estado democrático;

Enfrentamento a Violência – busca-se a ampliação da compreensão e formação de uma consciência crítica sobre violência e, assim, transformar a escola e espaço onde o conhecimento toma o lugar da força;

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena – implementação da Lei 10.639/03 e para a consolidação das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e cultura Afro-Brasileira e Africana, acrescida da Deliberação Estadual nº 04/06 do CEE. Promovendo assim, o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra, assegurando a igualdade e a valorização das

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raízes africanas ao lado das indígenas, europeias e asiáticas, a partir do ensino da história e cultura Afro-Brasileira e Africana.

Prevenção ao uso indevido de drogas – requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Os educadores e os educandos são instigados em conhecer assuntos relacionados com a: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros;

Sexualidade – precisa ser discutida na escola, local privilegiado para o tratamento pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. Deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.

RECURSOS DIDÁTICOS: Laboratório de informática; livros de leitura; lousa e giz; livro didático; aparelho de TV; Fitas de Video, DVDs, Cds; TV pendrive

AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Nas atividades avaliativas de leitura espera-se que o aluno: Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas; Localize informações explícitas e implícitas no texto; Posicione-se argumentativamente; Amplie seu horizonte de expectativas; Amplie seu léxico; Perceba o ambiente no qual circula o gênero; Identifique a ideia principal do texto; Analise as intenções do autor; Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo; Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e

elementos do texto ; Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; Reconheça o estilo próprio de diferentes gêneros; Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc. Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc. Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos,

bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

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Nas atividades de escrita espera-se que o aluno: Expresse as ideias com clareza; Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:

às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.

Nas atividades de oralidade espera-se que o aluno:

Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade; Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc; Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto; Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ ou nos gêneros

orais trabalhados; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc; Utilize o discurso de acordo com a situação de produção ( formal/ informal); Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; Compreenda argumentos do discurso do outro; Exponha objetivamente argumentos; Organize a sequência da fala; Respeite os turnos de fala; Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação

nas exposições orais entre outros elementos extralinguísticos; Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevista, reportagens entre outros.

Nas atividades de análise linguística, espera- se que o aluno: Expresse suas ideias com clareza; Elabore/re-elabore textos atendendo às circunstâncias de produção proposta (gênero,

interlocutor, finalidade...) Produza textos com uma continuidade temática; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso do artigo, pronome,

substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção,etc.; Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto; Amplie seu léxico; Perceba os efeitos de sentidos causados pelo uso de operadores argumentativos e

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modalizadores; Identifique as relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo,

comparação,etc.); Analise os diferentes discursos na manifestação das vozes do texto.

A avaliação precisa ser entendida como instrumento de compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação às práticas de linguagem: leitura, produção de texto e análise linguística, para que o educador possa re-encaminhar seu planejamento.

O processo avaliativo deve ser coerente com os objetivos propostos e com os encaminhamentos metodológicos. Desse modo, a avaliação deve ser dialética, ou seja, o educando confronta-se com o objeto do conhecimento, com participação ativa, valorizando o fazer e o refletir. Sendo assim, o erro no processo ensino-aprendizagem indica os conteúdos que devem ser retomados. Portanto, o trabalho com as práticas de linguagem deve partir das necessidades dos educandos.

Para isso, é importante que o educador dê significado ao objeto do conhecimento, lance desafios aos educandos, incentive os questionamentos e exerça a função de mediador da aprendizagem, valorizando a interação.

Em consonância com o currículo escolar e os objetivos propostos pelo estabelecimento de ensino, os resultados serão expressos de 0(zero) a 10(dez), ao aluno que não atingir a média 6,0 (seis, vírgula zero), será oferecida a recuperação.

A recuperação acontecerá paralelamente, retomando o conteúdo e oportunizando o aluno a recuperar o conteúdo e também a nota, através da nova avaliação sendo que prevalecerá a nota maior.

Os instrumentos de avaliação serão: testes de aproveitamento orais e / ou escritos, tarefas específicas, pesquisas, relatórios, exposições, trabalhos, experiências e conclusões, provas.

Para atender os alunos com necessidades educativas especiais, serão adequados os objetivos, os conteúdos, metodologia e organização didática, tempo e os critérios de avaliação, sem que isto implique modificá-lo, considerando as necessidades pessoais, assegurando o direito a igualdade, oportunizando o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos na escola.

AVALIAÇÃO DO ENSINO MÉDIO

Nas atividades avaliativas de leitura espera-se que o aluno: Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não verbais; Localize informações explicitas e implícitas no texto; Produza inferências a partir de pistas textuais; Posicione-se argumentativamente; Amplie seu léxico; Perceba o ambiente no qual circula o gênero; Identifique a ideia principal do texto; Analise as intenções do autor; Identifique o tema; Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes

estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual;

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Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo; Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e

elementos do texto; Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; Entenda o estilo que é próprio de cada gênero.

No processo avaliativo da escrita espera-se que o aluno: Expresse ideias com clareza; Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (Gênero, interlocutor,

finalidade...); à continuidade temática; Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade etc; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc; Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos; Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

No processo avaliativo da oralidade espera-se que o aluno: Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); Apresente ideias com clareza; Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; Compreenda os argumentos do discurso do outro; Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias; Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; Respeite os turnos de fala; Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas

redondas, diálogos, discussões, etc; Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais,

pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

Nas atividades de análise linguística, espera- se que o aluno: Expresse suas idéias com clareza; Elabore/re-elabore textos atendendo às circunstâncias de produção proposta (gênero,

interlocutor, finalidade...) Produza textos com uma continuidade temática; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso do artigo, pronome,

substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção,etc.; Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

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Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto; Amplie seu léxico; Perceba os efeitos de sentidos causados pelo uso de operadores argumentativos e

modalizadores; Identifique as relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo,

comparação,etc.); Analise os diferentes discursos na manifestação das vozes do texto.

Aos poucos, o processo de uso da língua dentro das diversas situações passa a configurar-se com naturalidade, já que ao emitir opiniões, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, pesquisar e apresentar, o aluno percebe que comunicação é algo nato do ser humano. Em todas as atividades de leitura, conversa informal, recados e comentários sobre leituras realizadas será avaliado o grau de dificuldade encontrado a fim de solucionar possíveis obstáculos; para tanto a leitura de diferentes gêneros textuais terá diferentes propósitos: livre fruição, busca de informações, produção de texto, etc.

A discussão sobre temas ou proposta de produção de temas desencadeia debates, relatos, opiniões, argumentação, informação, levando ao uso da linguagem informal e formal, a situacionalidade e intencionalidade do texto. Ainda em relação à análise linguística, as práticas textuais serão trabalhadas com as características estruturais dos diversos tipos textuais no domínio da modalidade escrita da língua por meio da revisão, reestruturação e reescrita do texto e do estudo da língua a partir dos textos lidos ou ouvidos.

AVALIAÇÃO NA ORALIDADE

A oralidade será avaliada com a participação do aluno nas atividades que envolvem a fala, a escuta e reflexão sobre a língua. No trabalho com a oralidade será observada a clareza ao expor as ideias, a fluência da fala, desembaraço, argumentação ao apresentar seu ponto de vista, adequação do discurso à situação e interlocutor.

AVALIAÇÃO NA LEITURA

As atividades de leitura envolverão questões abertas, discussões, debates, formulação de perguntas, resumos, pesquisas e apresentações.

AVALIAÇÃO NA ESCRITA

Nos textos produzidos será observada a adequação da produção considerando as características do gênero estudado à norma padrão de acordo com a funcionalidade do texto. Verificados os problemas na construção do texto, o mesmo será reescrito para adequação quanto à estrutura, ortografia, acentuação, pontuação, concordância e coerência.

Após a realização nas atividades, constatando-se que o aluno não conseguiu atingir objetivo proposto, os conteúdos serão retomados e reavaliados com atividade complementar orientada, pesquisa, trabalho em parceria, pequenos grupos ou monitoria, paralelamente ao processo de ensino aprendizagem, onde o mesmo terá a oportunidade de verificação através de trabalhos direcionados contemplando as três práticas discursivas.

Aos alunos com necessidades especiais se farão adequações no prédio ( acessibilidade ) e no currículo, e o ensino será de forma que o mesmo, dentro de suas possibilidades e limitações possa se apropriar dos conhecimentos. A Avaliação deste aluno será de forma diferenciada adequada às suas necessidades.

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Variedades linguísticas

Norma culta, dialetos, gírias, regionalismos, outras formas de registros. Funções da linguagem. Língua e linguagem, comunicação. Linguagem verbal e não-verbal.

Gêneros textuais ou discursivos

Elementos da construção dos diferentes gêneros discursivos e tipos de textos (informativo, instrucional, poético, narrativo, carta, bilhete, sinopse, etc.)

Análise do discurso: linguagem, aspecto formal, finalidade, estilo, ideologia, posição do autor, ideologia, contexto histórico, social, econômico, político, argumentação, adequação do discurso e interlocutor entre outros.

Elementos coesivos e coerência textual: unidade temática, elementos lógico-discursivos, tese, organização dos parágrafos, contexto discursivo, interlocutor, ideia central, sequencia lógica, progressão, retomada dos elementos coesivos, título como elemento coesivo entre outros.

Discurso direto e indireto. Recursos visuais, sonoros, olfativos, gráficos, etc. Relações referenciais: elipse, repetição, sinais de pontuação. Aspectos formais do texto: acentuação, pontuação, ortografia,

paragrafação, título , legibilidade, aceitabilidade, entre outros. Ambiguidade como recurso de construção do texto. Ambiguidade como problema de construção do texto. Informações explícitas, implícitas e intertextualidade. Relações entre imagem e texto.

Elementos Gramaticais na construção do texto

Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto: vírgula, ponto-e-vírgula, ponto final, ponto de interrogação, exclamação, dois pontos, aspas, parênteses, travessão, reticências, entre outros.

Emprego da crase na construção do texto. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, verbo, preposição,

conjunção, artigo, numeral, pronome, advérbio e interjeição na construção do texto.

Sujeito e predicado na construção do texto. Vozes do verbo na construção do texto. Adjunto adnominal e complemento adnominal na construção do texto. Aposto e vocativo na construção do texto. Orações coordenadas, subordinadas, reduzidas e intercaladas na

construção do texto. Concordância verbal e nominal na construção do texto. Colocação pronominal na construção do texto. Figuras de linguagem na construção do texto. Formação de palavras: prefixo, sufixo, radical, derivação e composição. Reforma ortográfica.

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História da língua portuguesa, origem e evolução. Português no Brasil e em Portugal. Preconceito linguístico.

Para o Ensino Médio devem ser acrescidos os seguintes conteúdos de Literatura:

Arte literária e as outras artes. História e literatura. Os gêneros literários e os elementos/recursos que os compõem. Periodização e estilos de época da literatura brasileira: O Quinhentismo

brasileiro (literatura de informação), Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo e Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, vanguarda europeias, Pré-Modernismo, Modernismo, Pós-Modernismo.

Os períodos literários e a relação com o período histórico, as artes e o cotidiano.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1986.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria lingüística que fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom). In: Educar, n.15, Curitiba: UFPR, 1999.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

GERALDI, João Wanderlei (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.

MAIA, João Domingues. Português: Volume único: livro do professor. São Paulo: Ática, 2005.

MARCUSCHI, Luiz antônio. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação. In: KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECKZKA, Beatriz; BRITO, Karim S. (Orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. União da vitória: Gráfica Kaygangue, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar), Curitiba, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Educação Básica da Língua Portuguesa. Seed- Curitiba, 2008.

VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

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VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989

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DISCIPLINA DE QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A consolidação da Química como ciência foi um dos fatos que permitiu o desenvolvimento das civilizações, determinando maneiras diferenciadas no modo de viver. A Química está inserida nas ações e nos recursos utilizados nas diversas atividades diárias das pessoas e, segundo BIZZO (2002, p.12), o domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é indispensável para que se possa realizar tarefas tão triviais como ler um jornal ou assistir à televisão. Da mesma forma, decisões a respeito de questões ambientais, por exemplo, não podem prescindir da informação científica, que deve estar ao alcance de todos.

Assim, a Química fundamenta-se como uma ciência que permite a evolução do ser humano nos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos, culturais, éticos, entre outros, bem como o seu reconhecimento como um ser que se relaciona, interage e modifica, positiva ou negativamente, o meio em que vive.

A Química como ciência contempla as tradições culturais e as crenças populares que despertam a curiosidade por fatos, propiciando condições para o desenvolvimento das teorias e das leis que fundamentam as ciências. BIZZO (2002, p.17), afirma que

a ciência não está amparada na verdade religiosa nem na verdade filosófica, mas em um certo tipo de verdade que é diferente dessas outras. Não é correta a imagem de que os conhecimentos científicos, por serem comumente fruto de experimentação e por terem uma base lógica, sejam “melhores” do que os demais conhecimentos. Tampouco se pode pensar que o conhecimento científico possa gerar verdades eternas e perenes.

Desta forma, é importante considerar que o conhecimento químico não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.A Química, trabalhada como disciplina curricular do Ensino Médio, deve apresentar-se como propiciadora da compreensão de uma parcela dos resultados obtidos a partir da Química como ciência.

A ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e posturas. Seu objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro conjunto de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados esperados, aliás planejados, para que o estudante possa entender o que é conhecido. (...) Existe portanto uma diferença fundamental entre a comunicação de conhecimento em congressos científicos, entre cientistas, e a seleção e adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado na escola por professores e alunos. (BIZZO, 2002, p.14)

Essa percepção deve fazer parte do trabalho pedagógico realizado nas escolas e conforme MALDANER (2000, p.196),

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compreender a natureza da ciência química e como ela se dá no ensino e na aprendizagem passou a ser um tema importante, revelado a partir das pesquisas educacionais, principalmente as pesquisas realizadas na década de 1980 sobre as ideias alternativas dos alunos relacionadas com as ciências naturais. No âmbito da pesquisa educacional, mais ligado à educação científica, estava claro, já no início dos anos 90, que era fundamental que os professores conhecessem mais o pensamento dos alunos, bem como, a natureza da ciência que estavam ensinando. No entanto, isso não era prática usual nos cursos de formação desses professores.

Tal consideração vem de encontro com a forma com que muitos educadores têm trabalhado esta disciplina, priorizando fatos desligados da vida dos educandos, em que os educadores abordam, principalmente, os conteúdos acadêmicos, enfatizando a memorização, o que torna a disciplina desvinculada da realidade dos seus alunos e sem significação para sua vida.

Considerando que uma das funções do aprendizado dos conhecimentos químicos na escola deve ser a de perceber a presença e a importância da Química em sua vivência, para DELIZOICOV et.al. (2002, p.34),

a ação docente buscará constituir o entendimento de que o processo de produção do conhecimento que caracteriza a ciência e a tecnologia constitui uma atividade humana, sócio-historicamente determinada, submetida a pressões internas e externas, com processos e resultados ainda pouco acessíveis à maioria das pessoas escolarizadas, e por isso passíveis de uso e compreensão acríticos ou ingênuos; ou seja, é um processo de produção que precisa, por essa maioria, ser apropriado e entendido.

Assim, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Química na EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente.

CONTEÚDOS DE QUÍMICA – ENSINO MÉDIO

O programa de Química contempla os seguintes conteúdos estruturantes:

• Matéria e sua natureza;

• Biogeoquímica; • Química sintética.

Para tanto os conteúdos básicos considerados essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino Médio na modalidade Educação de Jovens e Adultos, são:

Matéria e substânciasReações QuímicasFunções Orgânicas e InorgânicasLigações QuímicasLigações entre as moléculasTabela periódica e periodicidadeEstrutura atômica

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EstequiometriaEstudo dos GasesRadioatividadePropriedades coligativasEletroquímicaEquilíbrio QuímicoSoluçõesTermoquímica

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METODOLOGIA

Considerando os encaminhamentos metodológicos contidos na proposta pedagógica de ensino para a disciplina de Química no Ensino Médio Regular, faz-se necessário refletir as especificidades do trabalho com a Química na Educação de Jovens e Adultos (EJA), considerando as Diretrizes Curriculares Estaduais para essa modalidade de ensino da educação básica.

Nesse sentido, para o trabalho metodológico com essa disciplina, uma alternativa seria partir da sequencia: “fenômeno–problematização–representação-explicação” (MALDANER, 2000, p.184). Para o autor,

episódios de alta vivência dos alunos passariam a ser importantes no processo de ensino e aprendizagem e não obstáculo a ser superado (...) O importante é identificar situações de alta vivência comuns ao maior número possível de alunos e a partir delas começar o trabalho de ensino. (MALDANER, 2000, p. 184)

Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas, classificações, regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar conteúdos com os quais o educando venha a apropriar-se dos conhecimentos de forma dinâmica, interativa e consistente, respeitando os diferentes tempos de aprendizagem e propiciando condições para que o mesmo perceba a função da Química na sua vida.

Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos. (RIBEIRO, 1999, p.8)

Conforme SCHNETZLER (2000) citada em MALDANER (2000, p. 199),

“Aprender significa relacionar”. A aprendizagem dos vários conceitos químicos terá significado somente se forem respeitados os conhecimentos e as experiências trazidos pelo educando jovem e adulto, de onde sejam capazes de estabelecer relações entre conceitos micro e macroscópicos, integrando os diferentes saberes – da comunidade, do educando e acadêmico.

Segundo FREIRE (1996, p.38), “a educação emancipatória valoriza o ’saber de experiência feito’, o saber popular, e parte dele para a construção de um saber que ajude homens e mulheres na formação de sua consciência política.”

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Para que isso se evidencie no ambiente escolar, para a disciplina de Química, considera-se a afirmação de MALDANER (2000, p. 187), de que “o saber escolar deve permitir o acesso, de alguma forma, ao conhecimento sistematizado. Assim ele será reconstruído e reinventado em cada sala de aula, na interação alunos/professor, alunos/alunos e, também, na interação com o entorno social”. Dessa forma, o ensino da disciplina de Química deve contribuir para que o educando jovem e adulto desenvolva um olhar crítico sobre os fatos do cotidiano, levando-o a compreensão dos mesmos de forma consciente, dando-lhe condições de discernir algo que possa ajudá-lo, daquilo que pode lhe causar problemas.

Nesse sentido, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode-se dar a partir de uma problematização, ou seja, lançando desafios que necessitem de respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada.” (SAVIANI, 1993, p.26) As dúvidas são muito comuns em Química, devendo ser aproveitadas para a reflexão sobre o problema a ser analisado. Sendo assim, para o educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização sem reduzir os conteúdos apenas a sua aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico.

Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de Química é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do pensamento na ciência Química, propiciando condições para que o educando perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo, pois as diversas contingências históricas têm levado os professores a deixar de lado a importância do saber sistematizado, resultando numa prática pedagógica pouco significativa.

É fundamental mencionar, também, a utilização de experimentos e as práticas realizadas em laboratório como um dos recursos a serem utilizados no trabalho docente, a fim de que o educando possa visualizar uma transformação química, inserindo conceitos pertinentes e estabelecendo relações de tal experimento com aspectos da sua vivência. Segundo BIZZO (2002, p.75), é

importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) ...a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.

Nesse sentido, um aspecto importante a ser considerado é o fato de que o educador não deve se colocar como o verdadeiro e único detentor do saber, apresentando todas as respostas para todas as questões. Conforme BIZZO (2002, p.50),

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o professor deveria enfrentar a tentação de dar respostas prontas, mesmo que detenha a informação exata, oferecendo novas perguntas em seu lugar, que levassem os alunos a buscar a informação com maior orientação e acompanhamento. Perguntas do tipo “por quê?” são maneiras de os alunos procurarem por respostas definitivas, que manifestem uma vontade muito grande de conhecer. Se o professor apresenta, de pronto, uma resposta na forma de uma longa explicação conceitual, pode estar desestimulando a busca de mais dados e informações por parte dos alunos.

Ao proceder dessa forma, o educador leva o educando a pensar e a refletir sobre o assunto trabalhado, estimulando-o a buscar mais dados e informações.

Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. MALDANER (2000, p. 185), afirma que

é por isso que não é possível seguir um “manual” de instrução, do estilo de muitos livros “didáticos” brasileiros originados dos “cursinhos pré-vestibulares”, para iniciar o estudo de química no ensino médio. A lógica proposta nesses “manuais” é a da química estruturada para quem já conhece a matéria e pode servir, perfeitamente, de revisão da matéria para prestar um exame tão genérico como é o exame vestibular no Brasil.(...) O que seria adequado para uma boa revisão da matéria, característica original dos “cursinhos pré-vestibulares”, tornou-se programa de ensino na maioria das escolas brasileiras.

A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos.

Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve priorizar os essenciais, ou seja, aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir dessa relação, poderem constituir a sua própria identidade cultural, estimulando sua autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida sequencia linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade desses conteúdos, assim como a coerência dos mesmos para o processo educativo.

Deve-se fazer um trabalho que aborde os Conteúdos Obrigatórios, podendo ser trabalhado de forma contextualizada e interdisciplinar:

Educação Ambiental – implementar a Lei 9795/99 como desenvolvimento da Educação Ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio bio-físico;

Educação Fiscal – visando despertar a consciência dos estudantes sobre direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do estado democrático;

Enfrentamento a Violência – busca-se a ampliação da compreensão e formação de uma consciência crítica sobre violência e, assim, transformar a escola e espaço onde o conhecimento toma o lugar da força;

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena – implementação da Lei 10.639/03 e para a consolidação das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações

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Étnico-Raciais e para o Ensino da História e cultura Afro-Brasileira e Africana, acrescida da Deliberação Estadual nº 04/06 do CEE. Promovendo assim, o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra, assegurando a igualdade e a valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, europeias e asiáticas, a partir do ensino da história e cultura Afro-Brasileira e Africana.

Prevenção ao uso indevido de drogas – requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Os educadores e os educandos são instigados em conhecer assuntos relacionados com a: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros;

Sexualidade – precisa ser discutida na escola, local privilegiado para o tratamento pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. Deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.

Cidadania e direitos humanos, tem na sua essência a busca dos princípios da dignidade humana respeitando os diferentes sujeitos de direitos e fomentando maior justiça social. No intuito de valorizar ações de cidadania, esta demanda responde ainda pelas ações interinstitucionais de acompanhamento e fomento de programas federais e estaduais como: Atitude, Saúde na Escola, Segurança Social, entre outros.

Portanto, deve-se contemplar os desafios contemporâneos, para o ensino da química, no que diz respeito a educação ambiental, uso indevido de drogas, podendo ser trabalhado de forma contextualizada e interdisciplinar.

É importante ressaltar que cabe ao educador, a partir da investigação dos conhecimentos informais que os educandos têm sobre a Química, sistematizar as estratégias metodológicas, planejando o que será trabalhado dentro de cada um dos conteúdos mencionados anteriormente, qual a intensidade de aprofundamento, bem como a articulação entre os mesmos ou entre os tópicos de cada um.

Para a organização dos conteúdos é indicado que seja utilizada a problematização, cujo objetivo consiste em gerar um tema para contextualização. Os temas são baseados em fatos locais, regionais, nacionais ou mundiais, que possam refletir sobre os acontecimentos que relacionam a Química com a vida, com o ambiente, com o trabalho e com as demais relações sociais.

A partir do contexto abordado, devem ser selecionados os conteúdos que possam ser trabalhados, independentemente da sequência usual presente nos livros didáticos da disciplina. Nesse sentido, ao organizar os conteúdos, bem como,a forma como serão desenvolvidas as atividades para aprofundamento e avaliação, o educador terá condições de desenvolver metodologias que visem evitar a fragmentação ou a desarticulação dos conteúdos dessa disciplina.

As aulas serão expositivas, com o auxílio da TV pendrive, vídeos relacionados ao conteúdo, utilização de aulas práticas expositivas,quando necessário, sendo trabalhado de forma contextualizada.

AVALIAÇÃO

Nas Diretrizes curriculares , a avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em

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interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento.

Na perspectiva que se propõe, a avaliação na disciplina de Química vem mediar a práxis pedagógica, sendo coerente com os objetivos propostos e com os encaminhamentos metodológicos, onde os erros e os acertos deverão servir como meio de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. É essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.

Na avaliação, dentre os vários critérios podemos esperar que o aluno entenda e questione a ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da química, que ele construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos.

Outro critério importante é que o aluno, tome posição frente as situações sociais e ambientais, desencadeadas pela produção do conhecimento químico, também que os mesmos reconheçam as espécies químicas, como ácidos, bases, sais e óxidos, em relação a outra espécie com a qual estabeleça interação.

Nessa ótica, a avaliação deve considerar que a cultura científica é repleta de falhas, de pontos de vista diferenciados e, muitas vezes, sem consenso.

A avaliação é sempre uma atividade difícil de se realizar. Toda avaliação supõe um processo de obtenção e utilização de informações, que serão analisadas diante de critérios estabelecidos segundo juízos de valor. Portanto, não se pode pretender que uma avaliação seja um processo frio e objetivo; ele é, em si, subjetivo, dependente da valorização de apenas uma parcela das informações que podem ser obtidas. Essas características são importantíssimas para que possamos compreender a utilidade e os limites da avaliação e como ela pode ser utilizada pelo próprio professor para reorientar sua prática. (BIZZO, 2002, p.61).

Pode-se utilizar diferentes instrumentos avaliativos na disciplina de química, como por exemplo: trabalhos de pesquisa, feira de química, relatórios de experimentos, avaliações dos conteúdos, projetos educacionais , seminários e outros que possam se adequar a realidade das turmas com quem está se trabalhando.

Após o processo avaliativo, deve considerar os erros e acertos de cada aluno, a fim de recuperar os conteúdos que não foram assimilados, através da retomada destes , por meio de recuperações paralelas as provas realizadas. No entanto, devemos considerar os alunos que possuem necessidades educacionais especiais, utilizando com os mesmos, diferenciadas metodologias de ensino e de avaliação.

Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o conteudismo e o ato de avaliar como objeto de punição, perpassando por vários caminhos, fundamentados na concepção teórica e no encaminhamento metodológico da disciplina de Química, estabelecendo uma perspectiva de torná-la reflexiva, crítica, que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, voltada para a autonomia do educando jovem, adulto e idoso.

REFERÊNCIAS

BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

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DCE: Diretrizes Cirriculares da Educaçaõ Básica. Secretaria de Estado da educação do Paraná. Disciplina : química; Paraná: 2008.

DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. & PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química. Ijuí: Editora Unijuí, 2000.

RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade. v.20, n. 68, Campinas: UNICAMP, dez, 1999.

SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores Associados, 1993, p.20-28.

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DISCIPLINA DE LEM – INGLÊS EJA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de LEM sofreu constantes mudanças ao longo da história. A partir de 1759, as línguas que integravam o currículo eram o Latim e o Grego, línguas clássicas consideradas de suma importância para o desenvolvimento do pensamento e da literatura. Para melhorar a instrução pública e atender as demandas do comércio, D. João VI assinou o decreto de 22 de junho de 1809 para criar as cadeiras de Inglês e Francês. A partir daí o ensino de línguas modernas passou a ser valorizado. Em 1840 foi criado o uso do Francês, que era priorizado por representar um ideal de cultura e civilização.

A abordagem pedagógica tradicional de gramática-tradução prevaleceu no ensino de línguas modernas. Nessa abordagem entendia-se que o aluno teria melhor desempenho tanto na fala quanto na escrita. Essa metodologia vigorou até o início do século XX. No final do século XIX e início do XX muitos imigrantes vieram ao Brasil em busca de melhores condições de vida, criando colônias de imigrantes. Estes, por sua vez, organizaram-se para construir escolas para seus filhos, uma vez que a escolarização já fazia parte da vida dessas populações em seus países de origem e o Estado brasileiro não ofertava atendimento escolar para todas as crianças. Eram ensinadas a língua e a cultura dos imigrantes. O Português passou a ser língua estrangeira, quando era ensinado.

Para efetivar os propósitos nacionalistas, em 1917 o governo decidiu fechar as escolas estrangeiras ou de imigrantes e criou a partir de 1918, as escolas primárias sob a responsabilidade dos estados para impedir a desnacionalização da escola. Na reforma de 1931, estabeleceu-se um método de ensino de Língua Estrangeira- o Método Direto que visava a comunicação na língua, sem intervenção da língua materna e sem a tradução.

A responsabilidade pelos rumos educacionais após a segunda guerra passou a ser centralizada no Ministério de Educação e Saúde, que indicava aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser ministrado nas escolas, a metodologia e o programa curricular para cada série. O MEC preconizava que a disciplina de Língua Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do aprendiz quanto para o acesso ao conhecimento e à reflexão sobre as civilizações estrangeiras e tradições de outros povos. Na década de 1940, falar Inglês passou a ser imprescindível de modo que a língua passou a ter mais espaço tomando o lugar do Francês, mas acabou perdendo seu lugar devido ao ensino cada vez mais técnico e a carga horária diminuiu.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961 criou os Conselhos de Educação os quais poderiam incluir ou não o ensino de línguas estrangeiras nos currículos. Essa mesma lei retirou a obrigatoriedade do ensino de língua estrangeira no colegial.

Na década de 1970, contrapondo-se ao modelo inatista de aquisição de linguagem, iniciou-se no Brasil a discussão das teorias de Piaget sobre a abordagem cognitiva e construtivista. Nessa abordagem, a aquisição da língua é entendida como resultado da interação entre o organismo e o ambiente, em assimilações e acomodações responsáveis pelo desenvolvimento da inteligência.

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Com a lei 5.692/71 o governo militar desobrigou a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de primeiro e segundo graus para não impregnar-se com culturas estrangeiras. Em 1976 o Inglês voltou a ser valorizado no segundo grau quando passou a ser obrigatório. Em meados de 1980, criou-se no Paraná os centros de idiomas (CELEM) para valorizar os idiomas e isso preserva-se já a vinte anos.

O surgimento de teorias da análise do discurso francesas enfatiza o texto e não mais a gramática. Em paralelo, teorias da análise do discurso das Escolas Anglo-Saxãs subsidiaram o ensino pautado na abordagem comunicativa.

Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira Moderna, enfatizando o ensino da comunicação oral e escrita. Em contraposição a isso, lingüistas aplicados têm estudado novos referenciais teóricos que atendam às demandas da sociedade e contribuam para uma consciência crítica da aprendizagem, mais especificamente, da língua estrangeira. Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas mais recentes para o ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro e servem de subsídios na elaboração destas Diretrizes.

A Língua Estrangeira Moderna tem importância, pois deve constituir um espaço onde o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Busca-se, dessa forma resgatar a função social e educacional desta disciplina.

OBJETIVOS:

O ensino de Língua Estrangeira Moderna, na Educação Básica, propõe superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino desta disciplina.

Desta forma, espera-se que o aluno;- Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;-Vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;-Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;-Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;-Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

-Discurso como prática social.

CONTEÚDOS BÁSICOS

GENÊROS DISCURSIVOS – Fundamental

-Revistas -Histórias em quadrinhos-Poesias-Textos informativos

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-Letras de música-Email-Diálogos-Roteiros turísticos-Folhetos-Cardápio-Artigo-Propagandas de Revistas-Mapas-Biografias-Anúncios-Anedotas-Provérbios-Entrevistas-Filmes-Relatos

LEITURA- Fundamental

identificação do tema, do argumento principal. Intertextualidade; intencionalidade; vozes sociais presentes no texto; léxico; coesão e coerência; funções das classes gramaticais no texto; elementos semânticos; discurso direto e indireto; emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; recursos estilísticos ( figuras de linguagem ); marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

( como aspas, travessão, negrito); variedade linguística; acentuação gráfica; ortografia.

ORALIDADE – Fundamental

elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...; adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; vozes sociais presentes no texto; variações linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; adequação da fala ao contexto; pronúncia.

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ESCRITA- Fundamental

tema do texto; interlocutor; finalidade do texto; intencionalidade do texto; intertextualidade; condições de produção; informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto; vozes sociais presentes no texto; discurso direto e indireto; emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; léxico; coesão e coerência; funções das classes gramaticais no texto; elementos semânticos; recursos estilísticos (figuras de linguagem); marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação recursos gráficos

( como aspas, travessão, negrito); variedade linguística; ortografia, acentuação gráfica.

CONTEÚDOS BÁSICOS

GENÊROS DISCURSIVOS ENSINO MÉDIO

Imagens, cartão postal, diálogo, texto narrativo, biografia, gráfico, introdução de livro, texto informativo, obra de arte, mapa, gráfico, e-mail, homepage, placas, cartaz, bilhete, artigo, música, entre outros.

LEITURA - Ensino Médio

identificação do tema; intertextualidade; intencionalidade; vozes sociais presentes no texto; léxico; coesão e coerência; marcadores do discurso; funções das classes gramaticais no texto; elementos semânticos;

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discurso direto e indireto; emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; recursos estilísticos (figuras de linguagem); marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito); variedade linguística; acentuação gráfica; ortografia.

ESCRITA - Ensino Médio

tema do texto; interlocutor; finalidade do texto; intencionalidade do texto; intertextualidade; condições de produção; informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); vozes sociais presentes no texto; vozes verbais; discurso direto e indireto; emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; léxico; coesão e coerência; funções das classes gramaticais no texto; elementos semânticos: recursos estilísticos (figuras de linguagem); marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito); variedade linguística; ortografia; acentuação gráfica.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Estrangeira Moderna, na Eja está também pautada nos três eixos articuladores: Cultura, Trabalho e Tempo, que também orientam o documento das Diretrizes Curriculares para a Eja no Estado do Paraná. Esses eixos estabelecem relações entre si e articulam-se aos conteúdos.

O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.

O foco do aprendizado será centrado na comunicação e não no estudo puramente repetitivo. O ponto de partida da aula de língua estrangeira será o texto, verbal e não-verbal, como unidade de linguagem em uso. Serão abordados vários gêneros textuais em atividades diversificadas. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la. Através dos textos será provocada uma reflexão maior

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sobre o uso de cada texto e considerar o contexto de uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros discursivos têm papel importante para o trabalho na escola. É importante que o aluno tenha acesso a vários textos de várias esferas sociais para interagir com variedades discursivas presentes nas diversas práticas sociais.

Outro cunho de relevante importância é o trabalho com as Temáticas: Sócioeducacionais, conforme dispõe a Instrução 009/2011 SUED/SEED que serão trabalhadas concomitantemente aos conteúdos específicos da disciplina, pois ao contrastar essas diferentes temática, o indivíduo passa a valorizar essas diferenças, que fazem parte do seu cotidiano e relaciona os vários conhecimentos, ampliando sua visão de mundo como um todo e interagindo melhor com ele.

A aula de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades significativas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno vincule o que é estudado com a realidade que o cerca. Portanto recursos disponíveis, como o uso da informática, a qual permite o acesso à internet, onde o aluno poderá realizar exercícios, atividades e sugestões de trabalho. Além dos recursos tecnológicos, o trabalho com revistas, manuais, outdoors, embalagens de produtos e quadrinhos permitirá um aprendizado mais significativo e poderá tornar-se mais atraente. Recursos como a televisão, o cinema, vídeos, programas gravados, letras de música, CDs, DVDs e outros para a ampliação do conhecimento. Todas essas estratégias e conteúdos serão flexíveis, caso haja necessidade para adequações durante o processo de aprendizagem.

É necessário criar estratégias para que os alunos percebam a heterogeneidade da língua e as várias possibilidades de leitura que um texto proporciona. A não-linearidade permite a reconstrução da argumentação e os alunos terão uma posição mais crítica em relação aos textos trabalhados.

A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a mobilização do conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são alguns elementos que podem permitir a interpretação dos sentidos produzidos no contato com textos. Não é preciso que o aluno entenda os significados de cada palavra ou a estrutura do texto para que lhe produza sentido. O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento de procedimentos para a construção de significados usados na LEM, portanto o trabalho com a análise linguística é importante pois com novas palavras e pronúncias representa um universo ideologicamente marcado.

O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade e é fundamental que o aluno seja subsidiado com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e discursivos.

Para cada texto escolhido poderá ser levado em conta o trabalho com gêneros, aspectos culturais e inter discursivos, variedades linguísticas e análises linguísticas e atividades variadas como na internet e mesmo discussões em sala de aula e produções de texto. Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém com diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno.

A metodologia das aulas de Língua Estrangeira Moderna será baseada na leitura dos gêneros relacionados . As aulas serão direcionadas para desenvolver a interação entre ouvir, falar, escrever e ler na língua inglesa – com práticas de leitura, escrita e oralidade referente a cada gênero estudado. Durante as leituras deverão ser explorados os elementos verbais e não verbais. Na leitura e interpretação deverá ser feita a socialização das idéias dos alunos sobre o texto. Após a leitura de cada gênero será realizada a análise lingüística referente aos conteúdos específicos.

Na oralidade será feita a por meio de debates, seminários, exposições orais com vistas à compreensão do texto enquanto enunciado.

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A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão trabalhadas questões linguísticas e as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita, por meio da leitura e produção de diferentes gêneros discursivos de circulação social, apresentações orais e escritas, debates, seminários, atividades diversificadas, pesquisas no intuito de compreender a função social do texto/enunciado a partir dos elementos constitutivos do gênero: conteúdo temático, estilo (recursos linguístico-discursivos) e arranjo composicional.

AVALIAÇÃO

Na avaliação serão contemplados as três práticas discursivas: oralidade, escrita e leitura, sendo atribuído o valor 10,0 (dez) em cada prática.

A média para aprovação é 6,0 (seis), serão 04 (quatro) registros de notas no decorrer do cumprimento da carga horária.

A Recuperação de Estudos será feita após a retomada de conteúdos e será ofertada para todos alunos, independente da nota alcançada.

Segundo Luckesi (1995, p. 166), A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado,

assumir a função de subsidiara construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento.

Partindo do princípio de que o educador deve ver o educando como um ser social e este é construtor do próprio conhecimento e aquele o “mediador” entre o aluno e o que ele aprende, proporcionando lhe conhecimentos sistematizados. Desta forma, há uma interação entre os dois sujeitos.

O ato de avaliar não deve ser o momento final do processo. Deve-se criar condições de aprendizagem que permitam ao aluno evoluir na construção de seu próprio conhecimento. A avaliação é um instrumento complexo, pois é através dela que se reflete sobre a construção do conhecimento, fazendo com que o educando seja ativo e participante e ao mesmo tempo um ser crítico.

A avaliação será feita através de vários tipos de instrumentos tais como provas escritas e orais, leitura dos alunos, debates, trabalhos individuais e em grupo, etc, para que se possibilite observar o conteúdo trabalhado. No entanto, é imprescindível sempre retomar e de forma diferenciada, conteúdos para aqueles alunos que não obtiveram êxito nas avaliações propostas para que consigam atingir o objetivo, sem se sentirem incapazes. É, portanto, um acompanhamento constante do progresso dos estudantes. É desafiados construir uma avaliação que tenha critérios que nos permitam formar cidadãos conscientes e críticos. A avaliação concebe o conhecimento como apropriação e como um processo de ação-reflexão-ação através da interação professor-aluno.

Para atender os alunos com necessidades educativas especiais, serão adequados os objetivos, os conteúdos, metodologia e organização didática, tempo e os critérios de avaliação, sem que isto implique modificá-lo, considerando as necessidades pessoais, assegurando o direito a igualdade, oportunizando o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos na escola.

A oralidade será avaliada considerando a pertinência de uso dos elementos linguísticos, discursivos e textuais nas diferentes situações comunicativas, a adequação do vocabulário, a apresentação de ideias com clareza, a compreensão dos argumentos no discurso

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do outro, o respeito aos turnos da fala, a utilização de expressões faciais, corporais e gestuais, de pausas e entonação nas exposições orais.

Quanto à leitura, será considerada a compreensão do texto, a localização de informações explícitas e implícitas no texto, o posicionamento argumentativo, a ampliação do léxico e do horizonte de expectativas, a identificação do tema, interlocutores, intencionalidade, a compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras nos sentidos conotativo e denotativo.

A escrita será avaliada a partir do atendimento às situações de produção propostas, interlocutor, finalidade, uso de recursos linguísticos e discursivos, textuais.

REFERÊNCIAS

GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental: Línguas Estrangeiras Modernas – Questões para Debate. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 1996.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna. Versão Preliminar. 2008.

PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of colonialism. London: Routledge. 1999.

RABELO, Edmar Henrique. Avaliação: Novos tempos, novas práticas. Petrópolis: Vozes.

SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que Avaliar? Como Avaliar? Critérios e instrumentos. Petrópolis: Vozes, 1995.

SECRETARIA DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes curriculares da educação básica. Língua Estrangeira Moderna. Paraná. 2008.

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DISCIPLINA DE FILOSOFIA

CONCEPÇÃO DO ENSINO DE FILOSOFIA

Esta Proposta Pedagógica Curricular para o Ensino de Filosofia na Educação de Jovens e Adultos foi elaborada tendo como referência as Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica do Estado do Paraná e as especificidades desta modalidade de ensino que considera os educandos sujeitos de um processo histórico em que a experiência vivida fora do processos de educação institucionalizada constitui forte elemento formativo.

As Diretrizes Curriculares de Filosofia pontuam que ao se tratar de ensino de Filosofia, é comum retomar a clássica questão a respeito da cisão entre Filosofia e filosofar. Ensina-se Filosofia ou a filosofar? Muitos citam Kant, para lembrar que não é possível ensinar Filosofia e sim a filosofar. Ocorre que para ele não é possível separar a Filosofia do filosofar. Kant quer afirmar a autonomia da razão filosofante diante da própria filosofia. Do mesmo modo Hegel, não é possível conhecer o conteúdo da Filosofia sem filosofar. A Filosofia constitui seu conteúdo na medida em que reflete sobre ele. A prática da Filosofia leva consigo o seu produto não é possível fazer filosofias sem filosofar, nem filosofar sem filosofia, porque a Filosofia não é um sistema acabado, nem o filosofar apenas investigação dos princípios universais propostos pelos filósofos (GALLO & KOHAN, 2000, p.184).

Não é possível filosofar sem Filosofia e estudar Filosofia sem filosofar. Deste modo, entende-se que as aulas de Filosofia, na EJA, são espaços de estudo da Filosofia e do filosofar. A Filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como um conhecimento que possibilita ao educando da EJA o desenvolvimento de um estilo próprio de pensamento.

As Diretrizes Curriculares para o ensino de Filosofia no Estado do Paraná propõe que este ensino seja um espaço para criação de conceitos, unindo a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida a aula. Seguindo essas Diretrizes, propomos que o trabalho pedagógico com a EJA tome esse ensino como criação e ressignificação de conceitos.

Sobre a necessidade de pensar a Filosofia e o seu ensino com caráter de criação de conceitos, Deleuze & Guattari (1992) têm uma significativa contribuição. Mas o conceito é dado é criado, está por criar; não é formado, ele próprio se põe em si mesmo, autoposição (DELEUZE & GUATTARI, 1992, p, 20).

Portanto, a Filosofia na EJA, em sua dimensão pedagógica, significa o espaço de experiência filosófica, o espaço de criação e provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação da investigação e da criação de conceitos.

Os conteúdos devem ser trabalhados na perspectiva de pensar problemas com significados histórico e social para os educandos, e serão estudados e analisados com auxilio de fragmentos de textos filosóficos, que devem fornecer subsídios para que o educando possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações, ressignificar e criar conceitos.

Por isso é importante não fazer apenas uma leitura histórica dos textos filosóficos, o que seria uma atualização de formas antigas que colocaria em risco a atividade filosófica. Ir ao texto filosófico ou à história da Filosofia não significa trabalhar numa perspectiva em que esses conteúdos passem a ser a única preocupação da aula de Filosofia. Eles são importantes na medida em que atualizam o problema filosófico a ser tratado com os educandos.

O trabalho realizado em sala de aula deve assegurar, para o educando da EJA, a experiência do “específico” da atividade filosófica. Este exercício poderá se manifestar em cada aula refazendo o percurso filosófico. O educador organiza a aula propondo problematizações, leituras filosóficas e análises de textos; organiza debates, propõe pesquisas, sistematizações e elaborações de conceitos.

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O ensino de Filosofia na EJA possui uma especificidade que se concretiza na relação com o educando com os problemas suscitados, com a busca de soluções nos textos filosóficos por meio do diálogo investigativo.

OBJETIVOS DA DISCIPLINAPara que o cumprimento dessas metas educacionais possam ser atingidos, ter-se-á

traçados os seguintes objetivos: Conhecer a origem e os conceitos filosóficos, explicando o significado da

Filosofia e como filosofar no contexto atual; Conscientizar os educandos da importância de valorizar e apreender a

diversidade cultural como enriquecimento pessoal; Adquirir senso crítico filosófico perante os desafios históricos e atuais; Entender o papel da Filosofia no processo de conhecimento, identificando seus

elementos básicos e fundamentais; Compreender os diversos tipos de conhecimento, seu alcance, sua grandeza,

bem como suas distorções; Verificar a importância do homem do campo para todos nós; Compreender a necessidade dos valores morais e éticos no processo histórico e

em nossa vida; Analisar as diferenças individuais e aprender a respeitá-las, em todas as

circunstâncias; Conhecer a importância da verdade, da liberdade e da responsabilidade nas

relações humanas no âmbito pessoal e social; Estudar a riqueza da cultura afro-brasileira e verificar os resquícios em nossa

própria cultura; Entender a importância da convivência entre os seres humanos para que haja

consciência de si, de seus iguais e do todo social. Articular a teoria filosófica com problemas científicos, éticos, políticos, sócio-

culturais e vivência do homem moderno; Provocar o despertar do pensar, ou seja, ensinar a exercer uma critica radical

(isto é, que chega às raízes), e ensinar a pensar do ponto de vista da totalidade. Isso tudo considerando que a Filosofia não busca fins práticos, conteúdos

acabados e sim, ocupa-se de questionamentos cujas respostas estão longe de se obter através da ciência.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Na EJA, o trabalho pedagógico com os conteúdos específicos da Filosofia constitui-se em quatro momentos: a sensibilização; a problematização; a investigação; e a criação de conceitos.

Em sala de aula, o início do conteúdo pode ser facilitado pela exibição de um filme ou de uma imagem; da leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de uma música; ou tantas outras possibilidades (atividades geralmente conduzidas, pelo educador, com o objetivo de investigar e mobilizar possíveis relações entre o cotidiano do educando e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido) damos o nome a essa etapa de sensibilização.

Após a sensibilização, inicia-se o trabalho propriamente filosófico – a problematização, a investigação e a criação de conceitos. Não significa dizer que a sensibilização não possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo problematizado.

A problematização seria o segundo momento, quando o educador e educando levantam questões, identificam problemas e problematizam o conteúdo. Ë importante ressaltar

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que o recurso utilizado para a sensibilização seja o filme, a música, ou o texto, filosófico ou não, podem ser retomados a qualquer momento no trabalho em sala.

Problematizando, o educador convida o educando da EJA a investigar o problema em questão, isto se dá por meio do diálogo investigativo. O diálogo investigativo a partir do texto e com o texto é o primeiro passo para possibilitar a experiência filosófica em sala de aula. Recorrendo à história da Filosofia e aos clássicos, o educando defronta-se com as diferentes maneiras de enfrentar o problema e com as possíveis soluções que já foram elaboradas, que não obstante, podem não resolver o problema, mas orientar a discussão.

A aula de Filosofia na EJA deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso, é importante que a busca de resolução do problema se preocupe também com uma análise atual, fazendo uma abordagem contemporânea que remeta o educando a sua própria realidade. Desta forma, partindo de problemas atuais, estudados a partir da história da filosofia, do estudo dos textos clássicos, da abordagem realizada por outras ciências, e de sua abordagem contemporânea, o educando da EJA pode formular seus conceitos e construir seu discurso filosófico. Portanto, o texto filosófico que ajudou os filósofos do passado a entender e analisar filosoficamente o problema em questão deve ser trazido para o presente. O contemporâneo, no sentido de fazer entender o que ocorre hoje e como o educando pode, a partir da história da filosofia, entender os problemas da nossa sociedade.

Após esse exercício, o educando terá condições de perceber o que está implícito nas ideias e de com elas se tornam conhecimentos e por vezes ideologias, criando assim a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios lógicos um pensar coerente e crítico.

É imprescindível que a aula de Filosofia seja permeada por atividades individuais e coletivas, que organizem e orientem o debate filosófico, dando um caráter dinâmico e investigativo ao ato de filosofar.

RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS Análise conceitual através de textos diversos e do livro didático público; Apresentação de slides, filmes, vídeos, documentários e músicas utilizando a TV

multimídia; Utilização de textos clássicos para ter um contato direto com as ideias do autor; Debates, produções de textos, seminários, teatro, além de aulas expositivas; Socialização das pesquisas através de exposições e debates com a turma; Análise de conceitos a partir da leitura e discussão dos trechos dos textos filosóficos

onde eles ocorreram; Apresentação de slides utilizando a TV Multimídia – após a produção dos textos dos

alunos (já considerando como avaliação) – entrar com a discussão dos conteúdos específicos (uso do Livro Didático);

Formar pares ou grupos para realização de atividades em cada abertura de tema, procurando ao longo das aulas, realizar as atividades propostas pelo Livro Didático Público;

Primeiro problematizar, questionar o aluno sobre o que ele já sabe sobre o assunto. Depois, num segundo momento investigar o pensamento/conceito dos autores sobre o tema a ser abordado a partir da leitura do texto do Livro Didático Público ou de textos clássicos;

A turma se organizará em grupos e fará uma pesquisa com os professores da escola, investigando, por meio de entrevistas, quais os conhecimentos científicos que sustentam as disciplinas escolares. Em plenário, na sala de aula, apresentam os resultados.

Jogos educacionais no laboratório de informatica;243

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Projetos elaborados em data show na sala de aula; Elaboração de slides e vídeos com os alunos em sala de aula ou em aulas paralelas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica do Estado do Paraná propõe seis conteúdos estruturantes, com possibilidades para a organização do ensino de Filosofia, de acordo com o número de aulas disponíveis no curso ou na matriz curricular.

Esses conteúdos são conhecimentos de maior amplitude e relevância que, desmembrados em um plano de Ensino, deverão garantir conteúdos significativos ao educando da EJA. Estes conteúdos são: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Estética; Filosofia da Ciência.

1. MITO E FILOSOFIA O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa cria

explicações. Na criação do pensamento está presente tanto o mito como a racionalidade, ou seja, a base mitológica enquanto pensamento por figuras; e a base racional, enquanto pensamento por conceitos são constituintes do processo de formação do conhecimento filosófico. Esse fato não pode deixar de ser considerado, pois é a partir dele que o homem desenvolve suas ideias, cria sistemas, inventa e elabora leis, códigos, práticas. Entender a conquista da autonomia da racionalidade (LOGOS) diante do mito, marca o advento de uma etapa fundamental na história do pensamento e do desenvolvimento de todas as concepções científicas produzidas ao longo da história humana. Autores sugeridos: Jean-Pierre Vernant, Mircea Elíade, Moses Finley, Vidal Naquet.

1.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1.1.1 O nascimento da Filosofia; 1.1.2 A vida cotidiana na sociedade grega; 1.1.3 O mito a origem de todas as coisas; 1.1.4 Mito e razão filosófica; 1.1.5 Senso comum e conhecimento filosófico; 1.1.6 Senso comum, conhecimento filosófico e conhecimento científico; 1.1.7 Ciência e senso comum.

2. TEORIA DO CONHECIMENTO Este conteúdo teoriza e problematiza o sentido, os fundamentos, a possibilidade e

a validade do conhecimento. Evidencia os limites do conhecimento possibilitando perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua elaboração e assim retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu tempo. Entre os clássicos que trataram do problema do conhecimento podemos citar: Aristóteles, Descartes, Hegel, Hume, Kant, Platão, Russell.

2.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 2.1.1 O problema do conhecimento; 2.1.2 Fundamentos do conhecimento; 2.1.3 Filosofia e método; 2.1.4 Racionalismo; 2.1.5 Empirismo; 2.1.6 Ceticismo; 2.1.7 Essência da política;

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2.1.8 Política e poder; 2.1.9 Política e violência; 2.1.10 Política e liberdade subjetiva; 2.1.11 Política e sociabilidade; 2.1.12 Formas de governo; 2.1.13 Liberdade Política; 2.1.14 Crise da política contemporânea; 2.1.15 A função do político na contemporaneidade.

3. ÉTICA Trata dos fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as relações

intersubjetivas. Por ser especulativa e também normativa, um dos grandes problemas enfrentados pela ética é a tensão entre o sujeito (particular) e a norma (universal). Outra grande questão está na fundamentação dos valores e das ações: razão ou paixões/desejos. A ética possibilita a problematização, análise e crítica dos valores, virtude, felicidade, liberdade, consciência, responsabilidade, vontade, autonomia, heteronomia, anomia, niilismo, violência, relação entre os meios e os fins. Alguns filósofos: Adorno, Aristóteles, Nietzsche, Scheler, Schopenhauer, Sêneca.

3.1 CONTEÚDO ESPECÍFICO 3.1.1 Ética e moral; 3.1.2 Concepções éticas; 3.1.3 O que é liberdade?; 3.1.4 Liberdade e autonomia; 3.1.5 Liberdade e determinismo; 3.1.6 Sociabilidade e reconhecimento; 3.1.7 Autoridade e autoritarismo; 3.1.8 Responsabilidade e liberdade; 3.1.9 Questões de gênero; 3.1.10 Diversidade e sociedade.

4. FILOSOFIA POLÍTICA Discute as relações de poder para compreender os mecanismos que estruturam e

legitimam os diversos sistemas políticos. Ocupa-se na investigação sobre a necessidade humana da vida em comum, seja pela capacidade de autogoverno ou pela necessidade da existência de um poder externo e coercitivo. Problematiza conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade, liberdade, público e privado, retórica, indivíduo e cidadão. Alguns pensadores clássicos: Aristóteles, Arendt, Gramsci, Hegel, Hobbes, J.S. Mill, Kant, Locke, Maquiavel, Marcuse, Marx, Montesquieu, Platão, Rousseau, Voltaire.

4.1. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: 4.1. O preconceito contra política; 4.1. Os Gregos e a invenção da Política; 4.1. Nascimento da democracia; 4.1. Ética e Política; 4.1. Concepção liberal e Política; 4.1. Crítica de Marx ao liberalismo.

5. ESTÉTICA 245

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Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o mundo e consigo mesmo é objeto de conhecimento desse conteúdo. Voltada principalmente para a beleza e a arte, a estética está intimamente ligada à realidade e às pretensões humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir, completar, alterar, apropriar-se do mundo enquanto realidade humanizada. Também estão em questão as diferentes concepções sobre a arte, as relações entre a arte e pensamento, arte e mercado, arte e sociedade. Alguns filósofos: Baumgarten, Hegel Hume, Dufrenne, Bachelard, Schiller, Eagleton, Kant, Benjamim, Adorno Rancière, Merleau-Ponty, Husserl, Paul Valéry.

5.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 5.1.1 Pensar a beleza; 5.1.2 Estética ou Filosofia da Arte?; 5.1.3 Concepções de estética; 5.1.4 Concepções de Arte; 5.1.5 Arte como conhecimento; 5.1.6 Necessidade ou finalidade da Arte; 5.1.7 Arte e Política; 5.1.8 Crítica do gosto; 5.1.9 Arte e movimento: cinema, teatro e dança; 5.1.10 Perspectivas contemporâneas: Arte conceitual e suas perspectivas.

6. FILOSOFIA DA CIÊNCIA É o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas

ciências. Discute a provisoriedade do conhecimento científico e o relaciona com planos epistemológicos, ideológicos, políticos, econômicos, religiosos. Ciência e tecnologia são frutos da cultura do nosso tempo e envolvem o universo do empirismo e do pragmatismo da pesquisa aplicada, daí a necessidade de entendê-las. Filósofos sugeridos: Bachelard, Feyerabend, Foucault, Granger, Habermas, Kuhn, Popper, Ricouer.

6.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: 6.1.1 O que é Ciência; 6.1.2 Revoluções científicas e progresso da ciência; 6.1.3 As conseqüências sociais e políticas da ciência; 6.1.4 Bioética: geral, especial e clínica; 6.1.5 Tendências da Bioética; 6.1.6 Bioética e Aborto;6.1.7 Bioética e Ciência Genética.

CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOSNa atual polêmica mundial e brasileira acerca dos possíveis sentidos dos valores

éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e uma contribuição a fazer. Basicamente, a Filosofia gira em torno de problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história, os quais, devidamente aplicados, geram discussões promissoras e criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações. Por isso, permanecem atuais.

Um dos objetivos da Escola de EJA é a formação pluridimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo e interagir com ele.

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A Filosofia pretende abrir um espaço aos conteúdos obrigatórios na forma de compreensão do mundo, como defende Ribeiro (2005):

Mas essas discussões nascendo da política, da cultura ou do comportamento (problemas) não podem dispensar conteúdos filosóficos nem se pulverizar: gosto da ideia de ciclos de filmes, que dialoguem entre si, falando por exemplo, na condição social dos personagens, no amor que vivem, na vinda do imigrante, na luta contra a opressão. Há muito espaço (…) para a Filosofia.

AVALIAÇÃO DO ENSINO DA FILOSOFIA

Para Kohan e Waksman, (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. Como prática, como discussão com o outro, como construção de conceitos essa disciplina encontra seu sentido na experiência do pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse conhecimento inusitado que o educador pode propiciar, preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica; isto é, não tem finalidade em si mesma, mas tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo de ensino-aprendizagem, pela qualidade com que educadores, educandos e a própria instituição de ensino o constroem coletivamente. Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, a avaliação não resumir-se-á a perceber quanto o educando assimilou do conteúdo presente, na história da Filosofia, do texto ou dos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.

O ensino da Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio conforme salienta Langón (2003, p. 94):

Ora, parece-me que a atividade filosófica do mestre consiste em gerar ou dar poder ao outro: isto quer dizer também fazê-lo responsável. Nisto reside a fecundidade, a atividade de “produzir” a capacidade de pensar, dizer e agir de outro, que implica a realização de pensamentos, palavras, ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao querer e ao “controle” [...} Querer que o outro pense, diga e faça o que queira, isto não é um querer fácil.

Ao avaliar, o educador deve ter profundo respeito pelas posições do educando, mesmo que não concorde com ela, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.

O que deve ser levado em conta é atividade com conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do educando da EJA trabalhar e criar conceitos sob os seguintes pressupostos:

• Qual conceito trabalhou e criou/recriou; • Qual discurso tinha antes; • Qual discurso tem após o estudo da Filosofia.

CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Ao avaliar o aluno na Escola de EJA, o professor terá a possibilidade de aplicar

um instrumento avaliativo na sequencia da investigação e a criação de conceitos acontecerá sem a fragmentação das aulas, pois sendo elas geminadas o professor terá mais tempo para aprofundar o conteúdo.

A proposta de avaliação ocorrerá no sentido de contribuir tanto para o desenvolvimento do aluno, como para o professor, possibilitando ao mesmo avaliar a própria prática.

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Avaliar a produção dos educandos não pode significar jamais obrigá-los a pensar do mesmo modo que nós, professores pensamos, mas a pensar por conta própria, construir uma concepção do mundo, fazer uma escolha que poderá eventualmente ser a nossa mesma.

Portanto, a avaliação estará presente em todos os momentos do processo ensino – aprendizagem, como processo contínuo e permanente que representa um instrumento da reflexão eficiente, racional, prática, possibilitando democratizar e auto – avaliar os conteúdos educacionais.

Serão consideradas as participações em debates, trabalhos em grupos e individuais e principalmente o conceito que cada educando criou e recriou durante o processo de ensino – aprendizagem.

Alguns instrumentos podem ser adotados como forma de avaliação, tais como: Textos produzidos pelos alunos, individual ou coletivamente; Pesquisas feitas no laboratório de informática; Apresentação de temas propostos pelo professor na forma oral ou escrita; O professor pode acompanhar a evolução dos seus alunos através de um caderno de

anotações onde são registrados o desenvolvimento de cada aluno desde os primeiros dias de aula até o final do curso. A cada etapa do curso os resultados podem também ser partilhado com os próprios alunos para que os mesmos possam também perceber seu desenvolvimento ao longo das aulas. Esse desenvolvimento pode ser avaliado na forma de apropriação de conceitos por parte dos alunos, criação e produção de ideias, bem como a forma de apresentação das mesmas diante da turma.

Realização de debates em sala de aula sobre temas escolhidos pelo professor ou pelos próprios alunos desde que ao final do debate possa ser feito uma abordagem do tema sobre o olhar dos autores clássicos da filosofia, de maneira que se possa interagir o conhecimento teórico e clássico da filosofia com os questionamentos e debates da atualidade.

Seminários produzidos e apresentados pelos alunos através de recursos tecnológicos variados com o vídeos, slides ou músicas utilizando a TV Pendrive, jogos educacionais trabalhados no laboratório de informática, retroprojetor, data show e outros.

Esta forma de avaliação é muito importante, na medida em que, ao mesmo tempo que aborda o conteúdo proposto, leva os alunos a integrar esses conteúdos às novas tecnologias. É uma forma muito eficiente de interdisciplinariedade.

O alunos podem criar projetos sobre determinado tema a ser elaborado em sala de aula utilizando-se do data show, de maneira que todos possam fazer parte da produção do conhecimento. Isso é muito importante na medida que os alunos se percebem como parte do conhecimento não ficando alienados às ideias, informação e conceitos que ali são abordados, mas se sentindo parte integrante da produção do conhecimento.

ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOSDentro do segmento avaliativo, far-se-á necessária a recuperação paralela de

conteúdos defasados pelo educando. Isso pode ser feito de várias maneiras, escolhidas pelo professor.

Uma estratégia de recuperação dos conteúdos pode acontecer paralelamente às aulas na forma de criação de projetos pelos alunos que precisam recuperar determinado conteúdo.

Na prática o professor pode suscitar ao aluno determinado assunto sobre o qual o aluno precisa recuperar o conteúdo e delimitar algum tema sobre o qual o aluno vai trabalhar.

Sobre esse tema o aluno vai elaborar um projeto com objetivos (recuperar o conteúdo), metodologia, fundamentação teórica, referencias (oferecidas pelo professor) e um

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cronograma no qual ele vai descriminar todas as datas do processo de produção do conhecimento.

Ao final da produção o aluno é convidado pelo professor a apresentar o trabalho para a turma na forma de seminário.

ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAISFaz-se muito importante, também, rever as metodologias utilizadas com os alunos

portadores de necessidades educacionais especiais. É necessário que haja uma adaptação nos métodos de trabalho em sala de aula

quando existe alunos com necessidades educacionais especiais, como por exemplo, se o professor for utilizar vídeos, deve sempre colocar áudio e legendas. Se o aluno possui dificuldade de aprendizagem o professor deve proporcionar uma atenção especial bem como fornecer textos de apoio para que o aluno possa ler em casa. Se o professor for trabalhar com textos na sala de aula deve ver a necessidade especial daquele aluno, podendo imprimir textos maiores, quando o aluno tem dificuldade visual, ou ofertar material em áudio, ou traduzir em libras os textos que serão utilizados na sala.

Se o aluno tem dificuldade de concentração o professor pode estar trabalhando com esse aluno com materiais mais coloridos e com imagens mais interessantes, para provocar a sua curiosidade.

A avaliação da Filosofia se inicia com a sensibilização, com a coleta do que o educando pensava antes e o que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo, não como um momento separado, visto em si mesma.

REFERÊNCIA

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WOLFF, F. A invenção da política, In: NOVAES, A. (org.) A crise do estado nação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

DISCIPLINA DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História é um conhecimento construído pelo ser humano em diferentes tempos e espaços. É a memória que se tornou pública, em geral, expressão das relações de poder. De acordo com BEZERRA, (2003 pg. 42) “o objetivo primeiro do conhecimento histórico é a

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compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, o desvendamento das relações que se estabelecem entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços”.

Diferentes historiadores e sujeitos históricos contam a História a partir de sua visão de mundo. Nesse sentido não há uma verdade única, mas sim aquela que foi tecida por um grupo social. Trata-se de um conhecimento científico, que precisa ser interpretado. Hoje, por exemplo a História busca os diversos aspectos que compõem a realidade histórica e tem nisso o seu objeto de estudo, deixando de lado uma História que a partir do século XIX privilegiava o fato político, os grandes feitos e os heróis em direção a um progresso pautado pela invenção do estado-nação que precisava ser legitimado. Nesse contexto, é criada a disciplina de História que tinha como função legitimar a identidade nacional.

Até a década de 80, do século XX, a disciplina de História manteve seu conteúdo eurocêntrico e sua divisão quadripartite, até hoje presente no currículo de muitos cursos universitários. Numa outra perspectiva algumas universidades, começaram a abrir espaço ao estudo da História Oriental e da História da África. No entanto, essa é uma prática bem recente.

A História trata de toda ação humana no tempo em seus múltiplos aspectos: econômicos, culturais, políticos, da vida cotidiana, de gênero, etc. Para se perceber como sujeito da História, o educando precisa reconhecer que essa ação transforma a sociedade, movimenta um espiral de mudanças, na qual há permanências e rupturas.

O homem/mulher como sujeito da História, deve ser conhecedor dos porquês, dos problemas, das ideias, das ideologias e que só com uma visão holística do mundo e da sociedade ele se entenderá como cidadão ativo e conhecedor de seus direitos e de seus deveres.

Na Educação de Jovens e Adultos deve-se levar em consideração o fato de que os seus educandos possuem maior experiência de vida e que essa modalidade tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e o acesso à cultura geral. A diversidade presente na sala de aula, a partir dos diferentes perfis sociais, deve ser utilizada a favor do trabalho pedagógico no ensino de História. Pode-se recorrer às diferenças para estabelecer comparações, levantar diferentes concepções de mundo e ainda buscar trabalhar com o respeito e a aceitação das diferenças.

É preciso que o ensino de História na Educação de Jovens e Adultos seja dinâmico e que o educando perceba que a História não está sepultada, mas em constante transformação. Nesse sentido, pode-se tomar sempre como ponto de partida e de chegada o próprio presente, onde estão inseridos educandos e educadores. Há que se considerar que o passado explica o presente, mas também o presente explica o passado. Isso não significa, no entanto, que se possa abrir mão do rigor na interpretação do passado, pois não se pode incorrer em anacronismos ou em posturas teleológicas. É preciso estimular o interminável diálogo entre o presente e o passado levando em consideração as especificidades de cada contexto histórico.

É fundamental que o educador de História não atue como reprodutor de um conhecimento pronto, de uma coleção inesgotável de fatos do passado. Mas, que torne possível desconstruir na sala de aula os múltiplos olhares da História, criar argumentos que possam concordar ou discordar de um autor, tomar posição diante do que já ocorreu e ainda está ocorrendo. Não se pode ser um cidadão pleno sem que se realize uma análise crítica dos caminhos percorridos pelo homem/mulher ao longo da história.

O educando da EJA é interpelado na disciplina de História a resgatar o seu conhecimento, mas ao mesmo tempo, se forma como um ser que tem o conhecimento científico acrescido a suas bases de saber e a partir da junção de saberes, a possibilidade de enfrentamento do mundo, do trabalho, da sociedade, do lazer, entre outros, não mais como agente passivo e sim como ativo das relações sociais que o cercam.

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O cerceamento de direitos que a sociedade capitalista impõe ao ser humano deve ser contestada e para isso devemos nos ater a saberes científicos, que sem os mesmos é impossível visualizar o mundo de maneira correta, tendemos então a ser parciais e parcialidade pode nos levar a extremos perigosos.

Por fim, reconhecer que os educandos são produtores de sonhos e utopias, capazes de transformar a natureza e escrever sua própria História. Portanto, a História é uma construção coletiva em que todos os sujeitos tem um papel principal e suas ações são de suma importância para uma participação consciente na transformação da sociedade e do mundo em que vivem.

METODOLOGIA

De acordo com as contribuições da historiografia, nas últimas décadas a aprendizagem histórica se efetiva quando o conhecimento passa a ser experiência para o educando no sentido de que ele se aproprie do que aprendeu para ler e explicar o seu mundo.

No mundo contemporâneo um constante (re)pensar sobre a cultura escolar é fundamental para acompanhar as mudanças que ocorrem quotidianamente e que implicam diretamente na vida de educandos e educadores. Nesse sentido, a partir de discussões teórico-metodológicas significativas e que colocam o educando na centralidade do processo ensino-aprendizagem, pretende-se contribuir para uma prática de qualidade e de reflexão nas ações pedagógicas.

Para isso, propõem-se a abordagem dos conteúdos a partir de temáticas, no ensino de História, para os educandos (as) da Educação de Jovens e Adultos rompendo, dessa forma, com a narrativa linear e factual num diálogo permanente com a realidade imediata sobre a qual se constituem os diversos saberes. Pretende-se com isso priorizar uma prática pautada na associação ensino-pesquisa e no uso de diferentes fontes e linguagens.

Nessa perspectiva, exige-se uma abordagem problematizadora dos conteúdos de História, em que educadores e educandos possam dialogar e nesse diálogo, propiciar condições de pensar, argumentar e fundamentar suas opiniões através dos conteúdos socialmente significativos relacionados ao contexto político e social, reconhecendo a pluralidade étnica e cultural onde esses sujeitos estão inseridos.

Esta problematização deve propiciar uma análise crítica da realidade social, distinguindo-se da “educação bancária” em que o educador apresenta os conteúdos aos educandos, impondo-lhes um saber desprovido de reflexão (FREIRE, 1987).

É impossível, ensinar tudo a todos, desta forma se faz necessário a seleção e a escolha de conteúdos essenciais que possibilitem o êxito no processo ensino-aprendizagem e permitam satisfazer as necessidades dos educandos, respeitando suas especificidades, objetivando sua formação humanista e a busca de sua autonomia intelectual e moral.

Considerando a concepção do ensino de História pautada pela linha da cultura, optou-se por três eixos articuladores: Cultura, Trabalho e Tempo, que também orientam o documento das Diretrizes Curriculares para EJA no Estado do Paraná. Esses eixos estabelecem relações entre si e articulam-se às temáticas que por sua vez articulam-se aos conteúdos, sendo que o eixo Tempo, presente nessa concepção, refere-se ao tempo histórico.

Os conteúdos selecionados, foram organizados em quatro temas plurais no Ensino Fundamental: Identidade e Cultura; Estado e Relações de Poder; Terra e Propriedade; Cidadania e Trabalho e três temas para o Ensino Médio: Diversidade Cultural; Relações de Poder e Movimentos Sociais; Mundo do Trabalho e Cidadania . É importante que na abordagem desses conteúdos o educador crie situações de aprendizagem, que respeitem o

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perfil dos educandos da EJA e possibilitem o diálogo entre os conceitos construídos cientificamente e a cultura do educando, considerando a sua História de vida, o ambiente cultural e a identidade do grupo.

A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido ou do conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem ser trabalhados de forma isolada ou compartimentada, o estudo deve se dar de forma abrangente no tempo e no espaço, como por exemplo, no que refere as questões sociais, as contradições, a Histórica local, conteúdos estes que estabeleçam relação entre o local e o global e possibilitem aos educandos, compreender as semelhanças e diferenças, as permanências e as rupturas do contexto histórico.

Transformar os conteúdos em “situações problemas” é imprescindível para demonstrar a relevância do que se vai estudar. O questionamento deve levar a reflexão crítica e permanente, possibilitando a construção de saberes socialmente significativos para que o educando interfira no sentido de transformar a sociedade, em que vive. Dessa forma o ensino de História será sempre possibilidade e nunca determinação.

É essencial no processo ensino-aprendizagem que a teoria esteja em sintonia com a prática, respeitando os níveis de compreensão dos educandos sobre a própria realidade.

Em suma, esse processo deve contribuir para formar um educando leitor e escritor, que se aproprie dos conhecimentos históricos, a partir da leitura, análise e interpretação de diversas linguagens, bem como da produção de textos orais e escritos, que valorizem o fazer e o refletir. Também é importante que o educando da EJA possa ampliar a sua leitura de mundo percebendo-se como sujeito da História na busca da autonomia e da cidadania.

Deve-se fazer um trabalho que aborde os conteúdos Obrigatórios como: Educação Ambiental – implementar a Lei 9795/99 como desenvolvimento da Educação

Ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio bio-físico;

Educação Fiscal – visando despertar a consciência dos estudantes sobre direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do estado democrático;

Enfrentamento a Violência – busca-se a ampliação da compreensão e formação de uma consciência crítica sobre violência e, assim, transformar a escola e espaço onde o conhecimento toma o lugar da força;

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena – implementação da Lei 10.639/03 e para a consolidação das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e cultura Afro-Brasileira e Africana, acrescida da Deliberação Estadual nº 04/06 do CEE. Promovendo assim, o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra, assegurando a igualdade e a valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, europeias e asiáticas, a partir do ensino da história e cultura Afro-Brasileira e Africana.

Prevenção ao uso indevido de drogas – requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Os educadores e os educandos são instigados em conhecer assuntos relacionados com a: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros;

Sexualidade – precisa ser discutida na escola, local privilegiado para o tratamento pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. Deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.

Os desafios de História estão relacionados também ao presente e a proximidade com o educando, portanto é importante o estudo a História Paranaense, não em um enfoque politico e moralista como já se pregou, e sim uma busca pela construção de uma história

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crítica onde os saberes próprios se relacionam a contextos mais amplos e que a História do Paraná tenha importância na construção destes saberes científicos para o educando.

Apesar da importância dos saberes sobre a História do Paraná serem primordiais a formação do povo que aqui vive, não podemos, nos eximir de estudarmos o todo histórico, nem mesmo nos dar o direito de privilegiarmos a Cultura Afro-Brasileira em detrimento da cultura asiática ou européia, temos sim que trabalhar os saberes históricos culturais sem o ranço que se mostra impregnado em alguns historiadores, pois o mundo global vai levar nosso educando a se tornar um homem do mundo e não de uma só parada, mesmo que nunca saia do Paraná, este educando necessita o saber do todo para se localizar no meio a que pertence, bem como deve saber sobre todos as bases culturais que o “fizeram” para poder ter respeito e assim mostrar que as mesmas são importantes e que nenhuma é superior a outra. A vocação da História é de quebrar paradigmas e portanto os pre conceitos fabricados devem ser quebrados, mas nunca formulando outros. Estes quesitos na EJA devem ser trabalhados dentro das 192 h/a do Fundamental Fase-II e posteriormente revistos no Ensino Médio.

A partir de sua própria História, o educando deve conceber a construção de algo mais amplo e formar concepções e interagir como agente do mundo que o rodeia.

A escola é o espaço privilegiado de formação humana e construção da cidadania. Para exercer a cidadania plena é necessário ter acesso à informação e à tecnologia. Isso, não significa só ter um equipamento e saber operá-lo, mas sim tomar posse da tecnologia e usá-la a seu favor, transformando a informação em conhecimento.

Os jovens, os adultos e os idosos da EJA, em sua grande maioria, vêm buscar esse conhecimento visando atender às exigências do mercado de trabalho, cada vez mais competitivo. O desafio que fica aos educadores da EJA é utilizar os recursos tecnológicos como a TV, DVD, vídeo, data show, pendrive, retro projetor e computadores no laboratório, de modo a provocar impactos positivos na escola e, por conseguinte, na vida profissional dos seus educandos, sempre usando os materiais didáticos disponíveis como imagens, livros de arte, revistas, fotografias, filmes, relatos orais, quadrinhos, canções, literatura ...

CONTEÚDOS

Ensino Fundamental – Fase II: Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas Suas Histórias e O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência.

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Relações de trabalho

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e avida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

A constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

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Relações de poder

Relações culturais

Sujeitos, Guerras e Revoluções.

A experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

As culturas locais e a cultura comum.

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

Construção da História do Paraná e suas relações com história brasileira e humana.

Ensino Médio

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Relações de Trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o trabalho Livre.

Urbanização e industrialização.

O Estado e as relações de poder.

Os sujeitos, as revoltas e as guerras.

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.

Cultura e religiosidade.

AVALIAÇÃO A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a

intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.

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A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96.

Alguns elementos históricos e indicadores de compreensão pelos alunos são sugeridos para auxiliar o professor:

Essa sugestão tem por finalidade mostrar ao professor as possibilidades de substituir as práticas avaliativas baseadas na memorização de conteúdos. Além das sugestões presentes, o professor poderá propor outras atividades associativas, como:

• Atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas dos estudantes em relação ao tema abordado;

• Atividades que permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de uma narrativa histórica;

• Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de ideias e conceitos históricos;

• Atividades que revelem se o educando se apropriou da capacidade de leitura de documentos com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia, histórias em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento histórico.

É importante ter claro que o trabalho com documentos históricos exige formas diferentes de avaliação. Schmidt e Cainelli (2006) apontam duas sugestões de avaliações de documentos de naturezas diferentes: textos e imagens. Textos:

• Identificação: identificar o tema, o tipo de texto, a data de publicação, a época de produção, o autor e o contexto em que foi produzido;

• Leitura: sublinhar as palavras e expressões-chave, resgatar e reagrupar as ideias principais e os temas secundários, e buscar o ponto de vista do autor;

• Explicação: compreender o sentido das palavras e expressões e esclarecer as alusões contidas no texto;

• Interpretação: analisar a perspectiva do texto, comparar a outros fatos e pontos de vista e verificar em que medida o texto permite o conhecimento do passado. Imagens:

• Identificação: identificar o tema, a natureza da imagem, a data, o autor, a função da imagem e o contexto;

• Leitura: observar a construção da imagem – o enquadramento, o ponto de vista, os planos. Distinguir os personagens, os lugares e outros elementos contidos na imagem;

• Explicação: explicitar a atuação do autor de acordo com o suporte e contexto de produção da imagem;

Interpretação: compreender a perspectiva da imagem, o valor do testemunho sobre a época e os símbolos apresentados.

Tais critérios não esgotam o processo de avaliação pelo professor de História. São indicativos a serem enriquecidos para orientar o planejamento das práticas avaliativas em consonância com estas Diretrizes. Devem, também, estar articulados à investigação de como às ideias históricas dos estudantes organizam esses estratégias de interpretação das fontes a partir da construção de narrativas históricas.

Quanto aos Conteúdos Estruturantes, o professor deverá investigar como os estudantes compreendem as relações de trabalho no mundo contemporâneo, as suas configurações passadas e a constituição do mundo do trabalho em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes a essas relações.

No que diz respeito às Relações de Poder, o professor precisa investigar como os estudantes compreendem essas relações que se apresentam em todos os espaços sociais. Também deve diagnosticar como eles identificam, localizam os espaços decisórios e os processos históricos que as constituíram.

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Referente às Relações Culturais, o professor deverá investigar se os estudantes reconhecem a si e aos outros como construtores de uma cultura comum, consideradas as especificidades de cada grupo social e as relações entre eles.

Deverá entender como eles compreendem a constituição das experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e das permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais.

Para o Ensino Fundamental e Médio, a avaliação da disciplina de História, nestas Diretrizes, considera três aspectos importantes:

• A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes; • A compreensão das relações da vida humana (Conteúdos Estruturantes); • O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos. Esses três aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis. O

professor deve recorrer a diferentes atividades, tais como: leitura, interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras.

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, após a avaliação diagnóstica, o professor e seus alunos poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então, de modo que identifiquem lacunas no processo pedagógico. Essa ação permitirá ao professor planejar e propor outros encaminhamentos para a superação das dificuldades constatadas.

Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria História.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização.

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição.

O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.

As avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, como pesquisas, experiências, provas, debates, seminários, resenhas, entre outros, sempre com finalidade educativa.

Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar.

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A avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual.

O educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos, retomando os instrumentos de avaliação e de aprendizagem, esta se dará de forma paralela e continua, objetivando estruturar o conhecimento do educando que por algum motivo não foi apropriado no decorrer do processo de ensino aprendizagem. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos.

Os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando.

O educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.

REFERÊNCIAS

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BLOCH, Marc. Introdução à história. Lisboa, Portugal: Europa-América, 1997.

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DAVIES, Nicholas (Org.). Para além dos conteúdos no ensino de história. Niterói: Eduff.

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______________. DCES, EJA. SEED – Curitiba, 2008.

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KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003.

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______________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 8ª ed. São Paulo: Terra e Paz, 1998.

______________ . A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1995.

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GIROUX, Henry. Os professores como intelectuais. Porto Alegre: Artmed, 1997.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo: Scipione, 2004. (Pensamento e ação no magistério).

SCHMIDT, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos; GARCIA, Tânia Maria F. Braga. A formação da consciência histórica de alunos e professores e o cotidiano em aulas de história. Caderno Cedes, Campinas, v. 25, n. 67, p. 297-308, set./dez., 2005.

DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO NO ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II - EJA

CONCEPÇÃO DE ENSINO RELIGIOSO

“Ao repensar nos dados concretos da realidade, sendo vivida, o pensamento profético, que é também utópico, implica a denúncia de como estamos vivendo e o anúncio de como poderíamos viver.” “É essencial que os enfoques da educação de adultos estejam baseados no patrimônio, na cultura, nos valores e nas experiências anteriores das pessoas, e que as distintas maneiras de por em prática estes enfoques facilitem e estimulem a ativa participação e expressão do educando” (FREIRE, Paulo. Declaração de Hamburgo sobre Educação de Adultos. Item 5, 1997).

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Considerando-se as indicações das Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos, que propõem o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, bem como o respeito à diversidade cultural, a disciplina de Ensino Religioso está pautada no entendimento do conhecimento constituído sobre as diversas tradições e organizações religiosas, o qual deve dimensionar o respeito na inter-relação entre as diferentes manifestações e crenças religiosas. Esta concepção, que deve reger o Ensino Religioso, pautou-se na necessidade de superação de uma situação historicamente constituída, que se perfazia no ensino do catolicismo, o qual expressava a proximidade desde o Império com a Igreja Católica. Depois, com o advento da República, a nova constituição separou o Estado da Igreja e o ensino passou a ser laico. Mesmo assim, a presença das aulas de religião foi mantida nos currículos escolares, devido ao poder da Igreja Católica junto ao Estado brasileiro.

Tal influência pode ser constatada em todas as Constituições do Brasil, nas quais o Ensino Religioso foi citado, com a representatividade hegemonicamente cristã no processo de definição dos preceitos legais. Em consequência, desde a época do Império, a doutrina cristã tem sido preferida na organização do currículo de Ensino Religioso.

Entretanto, a vinculação do currículo de Ensino Religioso ao cristianismo e às práticas catequéticas já não corresponde ao sentido dessa disciplina na escola. Os debates em torno da sua permanência como disciplina escolar têm sido intensos e a busca de explicações que justificam as novas configurações da disciplina não se restringem ao contexto brasileiro.

Costella (2004) afirma que três fatores ajudam a entender a necessidade de um novo enfoque para o Ensino Religioso:

o primeiro é atribuído à pluralidade social, num Estado não confessional, laico e que garante, por meio da constituição, a liberdade religiosa; o segundo fator diz respeito à própria maneira de apreender o conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia, da educação e da comunicação, e o terceiro fator, traço característico da cultura ocidental, mostra uma profunda reviravolta nas concepções, em especial no séc. XIX, que atinge seu ápice na célebre expressão do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900): “Deus está morto”, metáfora do autor transcendente e imanente. Isto conduz a uma repulsa aos valores absolutos e também ao questionamento em qualquer valor ditado por uma ordem superior, visto que o homem é um ser pensante, logo criador. Para Nietzsche, esta posição subjetiva leva a sociedade ao niilismo, à decadência moral-religiosa vinculada à manutenção de um local reservado ao princípio transcendente e imanente, o qual vem sendo destruído pela sociedade. Mesmo que aparentemente contraditório ao que se interpõem nos dias de hoje – uma sociedade racional e tecnologicamente equipada –, há uma necessidade social de retorno à busca de explicações no sagrado.

Nesse contexto, há um ressurgimento das religiões, já que as limitações da racionalidade moderna e do saber científico se tornaram latentes, fenômeno já apontados e estudados por autores como o filósofo alemão Edmund Husserl (1859-1938), com a obra A Crise das Ciências Européias, e o filósofo austríaco Ludwig Joham Wittgenstein (1889-1951) com seus escritos a respeito do entendimento da linguagem que circunda o homem e o mundo. Foram críticas sobre a redutibilidade dos saberes do mundo à linguagem científica e a sua pretensa superioridade em relação às demais formas de conhecimento e expressão. Assim, faz-se necessário superar modelos lineares e fragmentados de compreensão da realidade e a

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busca de outros referenciais que permitam uma análise mais complexa da sociedade. É essa realidade que se coloca como desafio para a disciplina de Ensino Religioso e para toda a escola.

Desta forma, o processo de ensino e de aprendizagem proposto para este documento, visa à construção e produção do conhecimento que se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica – do confronto de idéias, de informações discordantes e, ainda, da exposição competente de conteúdos formalizados. Opõe-se a um modelo educacional que

centra o ensino tão-somente na transmissão dos conteúdos pelo educador, o que reduz as possibilidades de participação do educando e não respeita a diversidade religiosa.

Tanto as Diretrizes Curriculares como a Proposta Curricular da EJA, do Ensino Religioso, expressam a necessária reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante das demandas sociais contemporâneas que exigem a compreensão ampla da diversidade cultural, postas também no âmbito religioso entre os países e, de forma mais restrita, no interior de diferentes comunidades. Nunca, como no presente, a sociedade esteve consciente da unidade do destino do homem em todo o planeta e das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade.

Nesse contexto, está a escola e nela o currículo do Ensino Religioso, historicamente marcado como espaço de transposição do que era a catequese e que permitia a introdução sistemática e orgânica do complexo doutrinal cristão. Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar:

a necessária superação das tradicionais aulas de religião; a inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas,

dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos; as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas as

diversas formas de religiosidade. Além disso, é necessário que o Ensino Religioso escolar adquira status de

disciplina escolar, a partir da definição mais consistente de seus conteúdos escolares, da produção de referenciais didático-pedagógicos e científicos, bem como da formação dos educadores.

No processo de constituição do Ensino Religioso como disciplina escolar, ainda persistem dúvidas quanto aos conteúdos a serem tratados na escola; portanto, vale destacar que para a sociedade as religiões são confissões de fé e de crença.

No ambiente escolar, as religiões interessam como objeto de conhecimento a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso, por meio do estudo das manifestações

religiosas que delas decorrem e as constituem. As diferenças culturais são abordadas para ampliar a compreensão da diversidade religiosa como expressão da cultura, construída historicamente e, portanto, são marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais.

Dessa forma, reafirma-se o compromisso da escola com o conhecimento, sem excluir do horizonte os valores éticos que fazem parte do processo educacional.

Em outras palavras, pode-se dizer que: aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto de estudo. Isto supõe a distinção entre fé/crença e religião, entre o ato subjetivo de crer e o fato objetivo que o expressa. Essa condição implica a superação da identificação entre religião e igreja, salientando sua função social e o seu potencial de humanização das culturas. Por isso, o Ensino Religioso na escola pública não pode ser concebido, de maneira nenhuma, como uma espécie de licitação para as Igrejas (COSTELLA, 2004, pp. 97-107).

Desse modo, assim como para as Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso, esta Proposta Curricular tem como objetivo orientar também a abordagem e a seleção dos conteúdos. Nessa perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como conteúdos nas aulas

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de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano e faz parte do modelo de organização de diferentes sociedades.

Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a subsidiar os educandos, por meio dos conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. A disciplina de Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.

Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas manifestações são significativos para todos os educandos no processo de escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das interfaces da cultura e da constituição da vida em sociedade.

OBJETO DE ESTUDO DO ENSINO RELIGIOSO

O objeto de estudo da disciplina de Ensino Religioso é o sagrado, o qual é interpretado dentro das Diretrizes Curriculares como foco do fenômeno religioso por contemplar algo presente em todas as manifestações religiosas. Esta concepção favorece uma abordagem ampla de conteúdos específicos da disciplina. Tais conteúdos privilegiam o estudo das diferentes manifestações do sagrado e possibilitam sua análise e compreensão como o cerne da experiência religiosa que se expressa no universo cultural de diferentes grupos sociais.

As expressões do sagrado diferem de cultura para cultura, ou seja, sua apreensão pode ser realizada somente de acordo com cada realidade. As religiões se apresentam como modalidades do sagrado que se revelam em processos históricos e em espaços marcados por representações da necessidade humana de se convergir em uma unidade sociocultural. Como parte da dimensão cultural, o sagrado influencia a compreensão de mundo e a maneira como o homem, não somente o religioso, vive o seu cotidiano.

Por isso, o sagrado perpassa todo o currículo de Ensino Religioso de modo a permitir uma análise mais complexa de sua presença nas diferentes manifestações religiosas, cujas instâncias podem ser assim estabelecidas:

• Paisagem Religiosa: refere-se à materialidade fenomênica do sagrado, apreendida por meio dos sentidos. É a exterioridade do sagrado e sua concretude constituindo o os espaços sagrados.

• Símbolo: é a apreensão conceitual dada pela razão para se conceber o sagrado, pelos seus predicados, reconhecendo sua lógica simbólica. É entendido como sistema simbólico e projeção comunicativa cultural.

• Texto Sagrado: é a tradição e a natureza assumida do sagrado como fenômeno. Pode ser manifestado de forma material (escrito) ou imaterial (oral). É reconhecido por meio das Escrituras Sagradas, das tradições orais sagradas e dos mitos.

• Sentimento Religioso: é o seu caráter transcendente e imanente não-racional. É a experiência do sagrado em si, a qual escapa à razão conceitual em sua essência e é reconhecida por seus efeitos. Trata-se do que qualifica uma sintonia entre o sentimento religioso e o fenômeno sagrado. A partir do objeto de estudo, busca-se superar as tradicionais aulas de religião e entender esta disciplina escolar como processo pedagógico, cujo objetivo é o conhecimento: o entendimento sobre os cultos (culturas) e sobre o sagrado, de uma forma que a diversidade cultural e religiosa sejam respeitadas e que a sociedade, em seu sentido lato, efetive-se.

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso para Educação de Jovens e Adultos, não se reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de aula, mas pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão esse trabalho. Logo, as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo educador da disciplina poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, o que amplia e valoriza o universo cultural dos educandos.

Deve-se fazer um trabalho que aborde os conteúdos Obrigatórios como: Educação Ambiental – implementar a Lei 9795/99 como desenvolvimento

da Educação Ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio bio-físico;

Educação Fiscal – visando despertar a consciência dos estudantes sobre direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do estado democrático;

Enfrentamento a Violência – busca-se a ampliação da compreensão e formação de uma consciência crítica sobre violência e, assim, transformar a escola e espaço onde o conhecimento toma o lugar da força;

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena – implementação da Lei 10.639/03 e para a consolidação das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e cultura Afro-Brasileira e Africana, acrescida da Deliberação Estadual nº 04/06 do CEE. Promovendo assim, o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra, assegurando a igualdade e a valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, europeias e asiáticas, a partir do ensino da história e cultura Afro-Brasileira e Africana.

Prevenção ao uso indevido de drogas – requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Os educadores e os educandos são instigados em conhecer assuntos relacionados com a: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros;

Sexualidade – precisa ser discutida na escola, local privilegiado para o tratamento pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. Deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.

É importante ficar claro, que em se tratando da Educação de Jovens e Adultos, cabe ao educador despertar no educando uma nova forma de relação, buscando junto a ele, elementos oriundos de experiências vividas, que façam parte de seu contexto social. Dessa maneira, o educando deixa de ser um “depósito de informações” e passa a ressignificar conhecimentos anteriormente adquiridos.

Também, faz-se necessário superar práticas que tradicionalmente têm marcado o currículo da disciplina de Ensino Religioso, desvinculando-as das aulas de religião, seja em relação aos fundamentos teóricos, ao objeto de estudos, aos conteúdos selecionados, ou, ainda, em relação ao encaminhamento metodológico adotado pelo educador.

Assim, um dos encaminhamentos propostos para este documento é a abordagem dos conteúdos de Ensino Religioso, cujo objeto de estudo é o sagrado, conceito discutido nos fundamentos teórico-metodológicos das Diretrizes Curriculares da disciplina e a base a partir da qual serão tratados todos os demais conteúdos.

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Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos da disciplina, sem desconsiderar sua aproximação com as demais áreas do conhecimento. Pode-se citar, por exemplo, que os espaços sagrados também constituem conteúdos de geografia e de arte; no entanto, o significado atribuído a esses espaços pelos adeptos desta ou daquela religião serão tratados de forma mais aprofundada nas próprias aulas de Ensino Religioso, cujo foco é o sagrado.

A fim de que o Ensino Religioso contribua efetivamente para o processo de formação dos educandos, foram indicados, a partir dos conteúdos estruturantes paisagem religiosa, símbolos e textos sagrados, o conjunto de conteúdos específicos a serem observados pelo educador no Ensino Fundamental na modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

Os conteúdos propostos nestas Diretrizes contemplam as diversas manifestações do sagrado, entendidos como integrantes do patrimônio cultural, os quais poderão ser enriquecidos pelo educador, desde que contribuam para a construir, analisar e socializar o conhecimento religioso, para favorecer a formação

integral dos educandos, o respeito e o convívio com o diferente. Para corresponder a esse propósito, a linguagem a ser adotada nas aulas de Ensino

Religioso, referente a cada expressão do sagrado, é a pedagógica e não a religiosa, é a adequada ao universo escolar. Da mesma forma deve-se levar em consideração que na educação de jovens e adultos as terminologias utilizadas também devem ser adequadas a realidade dos educandos.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Pela observância dos aspectos que marcam o sagrado e as relações que se estabelecem em decorrência dele, nas diferentes manifestações religiosas a serem tratadas pelo Ensino Religioso, ressalta-se a necessidade de definir como conteúdos estruturantes desta disciplina referenciais que incluam nos conteúdos escolares a pluralidade das tradições religiosas.

Dessa forma, os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de grande amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos a serem contemplados no Ensino Religioso.

Apropriados das instâncias que contribuem para compreender o sagrado, os conteúdos estruturantes propostos para o Ensino Religioso são:

a paisagem religiosa; o símbolo; o texto sagrado.

Os conteúdos estruturantes de Ensino Religioso não devem ser entendidos isoladamente; antes, são referências que se relacionam intensamente para a compreensão do objeto de estudo em questão e se apresentam como orientadores para a definição dos conteúdos escolares.

A relação do sagrado com os conteúdos estruturantes pode ser apresentada conforme o seguinte esquema:

Paisagem Religiosa

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Por paisagem religiosa define-se a combinação de elementos culturais e naturais que remetem a experiências do sagrado, que por força dessas experiências anteriores remetem a uma gama de representações sobre o transcendente e o imanente.

Os lugares considerados sagrados são simbolicamente onde o sagrado se manifesta. Para o homem religioso, a natureza não é exclusivamente natural; sempre está carregada de um valor sagrado.

A ideia da existência de lugares sagrados e de um mundo sem imperfeições conduz o homem a suportar suas dificuldades diárias. O homem consagra determinados lugares porque necessita viver e conviver no mundo sagrado.

Para as religiões, os lugares não estabelecem somente uma relação concreta, física, entre os povos e o sagrado; neles, há também uma relação pré-estabelecida entre ações e práticas. Nessa simbologia, não podem ser ignorados o imaginário e os estereótipos de cada civilização, impregnados de seus valores, identidade etc.

Muitas pessoas necessitam de espaços aos quais lhes são atribuídos o sentido de sagrado, para manifestar a sua fé. Com esse lugar definido, entre outras atividades, organizam ritos, festas, homenagens em prol desse objeto. Nos momentos em que os grupos se reúnem para reverenciar o divino, para unir-se ao sagrado, os lugares se transformam num universo especialmente simbólico, resultante das crenças existentes nas tradições religiosas.

A paisagem religiosa é fruto do espaço social e cultural construído historicamente, em vivências dos inúmeros grupos humanos. Portanto, a paisagem sagrada é uma imagem socialmente construída, de maneira que é preciso compreendê-la corretamente para entender tal aspecto do estudo do sagrado.

SÍMBOLO

A complexa realidade que configura o universo simbólico tem como chave de leitura as diferentes manifestações do sagrado no coletivo, cujas significações se sustentam em determinados símbolos religiosos.

Os símbolos são linguagens que expressam sentidos, comunicam e exercem papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição das diferentes religiões no mundo. Neste contexto, o símbolo é definido como qualquer coisa que veicule uma concepção; pode ser uma palavra, um som, um gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação matemática, entre tantos outros.

De modo geral, a cultura se sustenta por meio de símbolos, que são criações humanas cuja função é comunicar ideias. Os símbolos são parte essencial da vida humana, todo sujeito se constitui e se constrói por meio de inúmeras linguagens simbólicas. Ao abranger a linguagem do sagrado, os símbolos são a base da comunicação e constituem o veículo que aproxima o mundo vivido, cotidianamente, do mundo misterioso dos deuses,

SAGRADO

Texto Sagrado Símbolo

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deusas, encantados, enfim, da linhagem de seres suprassensíveis que habitam o território do inefável. O símbolo é um elemento importante porque para o estudo do sagrado também o é.

TEXTO SAGRADO

Os textos sagrados expressam ideias e são meios de dar viabilidade à disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e manifestações religiosas, o que ocorre de diversas maneiras, como: dança sagrada, pinturas sacras, textos orais e escritos, entre outras.

Ao articular os textos sagrados aos ritos – festas religiosas, situações de nascimento e morte –, as diferentes tradições e manifestações religiosas buscam criar mecanismos de unidade e de identidade do grupo de seguidores, de modo a assegurar que os ensinamentos sejam consolidados e transmitidos às novas gerações e novos adeptos. Tais ensinamentos podem ser retomados em momentos coletivos e individuais para responder a impasses do cotidiano e para orientar a conduta de seus seguidores.

Algumas tradições e manifestações religiosas são transmitidas apenas oralmente ou revividas em diferentes rituais. Por sua vez, os textos sagrados registram fatos relevantes da tradição e manifestação religiosa, quais sejam: as orações, a doutrina, a história, que constituem sedimento no substrato social de seus seguidores e lhes orientam as práticas. O que caracteriza um texto como sagrado é o reconhecimento pelo grupo de que ele transmite uma mensagem originada do ente sagrado ou, ainda, que favorece uma aproximação entre os adeptos e o sagrado.

A compreensão, interpretação e significação do texto pode ser modificada conforme a passagem do tempo ou, ainda, para corresponder às demandas do tempo presente. Pode, também, sofrer alterações causadas pelas diversas interpretações secundárias, diferentes do texto original.

Como conteúdo estruturante, o texto sagrado é uma referência importante para o Ensino Religioso, pois permite identificar como a tradição e a manifestação atribuem às práticas religiosas o caráter sagrado e em que medida orientam ou estão presentes nos ritos, nas festas, na organização das religiões, nas explicações da morte e da vida.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos para a disciplina de Ensino Religioso têm como referência os conteúdos estruturantes, já apresentados. Na escola, o conhecimento é organizado de modo a favorecer a sua abordagem por meio de diferentes disciplinas, conforme as prioridades de cada uma. No caso do Ensino Religioso, o Sagrado é o objeto de estudo e o tratamento a ser dado aos conteúdos estará sempre a ele relacionado.

A organização dos conteúdos deve partir do estudo de manifestações religiosas menos conhecidas ou desconhecidas, a fim de ampliar o universo cultural dos educandos.

Quando se trabalha com os lugares sagrados, devem ser apresentados e analisados com os alunos a composição e o significado atribuído a esses lugares pelos adeptos da manifestação religiosa que os consideram Sagrados. Depois serão tratados os lugares sagrados já conhecidos pelos educandos, pela comunidade e manifestações religiosas a eles familiares.

Somente depois de trabalhar a composição e o significado atribuído a esses espaços sagrados, por seus adeptos, serão tratados os espaços sagrados já conhecidos pelos educandos, que então terão mais elementos para analisar as configurações e significados dos espaços sagrados que lhes são familiares. Tal organização curricular se repete nos demais conteúdos, conforme o quadro apresentado a seguir:

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O ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA PÚBLICA

Ao iniciar o processo pedagógico na disciplina de Ensino Religioso, faz-se necessário esclarecer os educandos acerca de algumas questões importantes, quais sejam:

as orientações legais; os objetivos; as principais diferenças entre aulas de Religião e Ensino Religioso como disciplina

Escolar.

Lugares Sagrados

No processo pedagógico, educador e educandos podem caracterizar lugares e templos sagrados, quais sejam: lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais. Destacam-se:

lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras etc.; lugares construídos: templos, cidades sagradas etc.

Textos sagrados orais e escritos

São ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas, expressos na literatura oral e escrita, como em cantos, narrativas, poemas, orações etc.

SAGRADO

CONTEÚDOS

PAISAGEM RELIGIOSA SÍMBOLO

TEXTOSAGRADO

CONTEÚDOS BÁSICOS Organizações Religiosas · Lugares Sagrados · Textos Sagrados orais ou escritos · Símbolos Religiosos Temporalidade Sagrada · Festas Religiosas · Ritos · Vida e Morte

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Os exemplos a serem apontados incluem: vedas (hinduísmo), escrituras bahá´ís, fé Bahá’I, tradições orais africanas, afro-brasileiras e ameríndias, Alcorão (islamismo), etc.

Organizações Religiosas As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos de modo

institucionalizado. Serão tratadas como conteúdos, sob a ênfase das principais características, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado. Poderão ser destacados:

os fundadores e/ou líderes religiosos; as estruturas hierárquicas. Entre os exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais, estão: o

budismo (Sidarta Gautama), o cristianismo (Cristo), confucionismo (Confúcio), o espiritismo (Allan Kardec), o taoísmo (Lao Tsé), etc.

Universo Simbólico Religioso

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos podem ser trabalhados conforme os seguintes aspectos:

dos ritos; dos mitos; do cotidiano.

Entre os exemplos a serem apontados, estão: a arquitetura religiosa, os mantras, os paramentos, os objetos, etc.

Ritos

São celebrações das tradições e manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidas como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior; servem à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições e manifestações religiosas, e podem remeter a possibilidades futuras decorrentes de transformações contemporâneas. Destacam-se:

os ritos de passagem; os mortuários; os propiciatórios, entre outros. Entre os exemplos a serem apontados, estão: a dança (Xire), o candomblé, o kiki

(kaingang, ritual fúnebre), a via sacra, o festejo indígena de colheita etc.

Festas religiosas

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes. Entre eles, destacam-se:

peregrinações; festas familiares; festas nos templos; datas comemorativas.

Entre os exemplos a serem apontados, estão: Festa do Dente Sagrado (budista), Ramadã (islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (afrobrasileira), Pessach (judaica), Natal (cristã).

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Vida e morte

As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas tradições e manifestações religiosas e sua relação com o sagrado podem ser trabalhadas sob as seguintes interpretações:

o sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas; a re-encarnação; a ressurreição – ação de voltar à vida; além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos antepassados que

se tornam presentes, e outras. temporalidade sagrada.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um meio e não um fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Para Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem, é um recurso pedagógico sutil e necessário para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo de vida.

Dentre as orientações metodológicas para a disciplina de Ensino Religioso, faz-se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma vez que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos. Ou seja, o Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina.

Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Assim, cabe ao educador a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo educando e pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos bem como a realidade e a experiência de vida de cada educando.

Para atender a esse propósito, o educador terá que elaborar instrumentos que o auxiliem a registrar o quanto o educando e a turma se apropriaram ou têm se apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer que o que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado pelos educandos. Da mesma forma deve-se procurar perceber o quanto o conteúdo ministrado possui significado no cotidiano dos educandos.

Nesse sentido, a apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado pelo educador em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o educando expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua; aceita as diferenças e, principalmente, reconhece que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do sagrado.

Diante da sistematização das informações provenientes dessas avaliações, o educador terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de ensino e aprendizagem, retomando as lacunas identificadas no processo de apropriação dos conteúdos pelos educandos, bem como terá elementos para dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em relação aos conteúdos que irá desenvolver posteriormente.

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Nessa perspectiva, o educador de Ensino Religioso terá também, a partir do processo avaliativo dos educandos, indicativos importantes para realizar a sua auto-avaliação que orientará a continuidade do trabalho ou a imediata reorganização daquilo que já tenha sido trabalhado, tendo como referência este documento de diretrizes.

É importante lembrar que a disciplina de Ensino Religioso está num processo recente de implementação nas escolas e que, o ato de avaliar é um dos fatores que poderá contribuir para a sua legitimação como um dos componentes curriculares. Mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na reprovação ou aprovação dos educandos, estas diretrizes orientam que o educador proceda ao registro formal do processo avaliativo, adotando instrumentos que permitam à escola, ao educando, aos seus pais ou responsáveis, identificarem os progressos obtidos na disciplina.

Com essa prática, os educandos, especificamente, terão a oportunidade de retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a apropriação dos conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como possibilitará a articulação desta disciplina com os demais componentes curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à cultura.

A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem ser tomadas como amplos critérios de avaliação no Ensino Religioso:

• o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm

opções religiosas diferentes da sua? • o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé? • o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de

identidade de cada grupo social? • o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes

manifestações do Sagrado? A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo,

como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade, pluralidade, amplitude e profundidade.

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DISCIPLINA DE ARTE

CONCEPÇÃO DO ENSINO DE ARTE

Encontramos o ensino da Arte presente no Brasil desde o século XVI, com a ação dos jesuítas. A Arte era parte dos ensinamentos, cujo objetivo principal era a catequização dos grupos que aqui habitavam e que incluía a Retórica, a Literatura, a Escultura, a Pintura, a Música e as Artes Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal e a posterior Reforma Educacional Brasileira (1792-1800) – Reforma Pombalina - o ensino da Arte tornou-se irrelevante e o Desenho, por exemplo, foi associado à Matemática na forma de Desenho Geométrico.

Mesmo com o incentivo de D. João VI ao ensino da Arte no início do século XIX – o que resultou na Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) – nas escolas, o ensino

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ainda era influenciado pelo Iluminismo, priorizando a área científica. Essa visão foi ratificada na 1ª. Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada por Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria. A partir de 1931, com a implantação do ensino da Música por meio do Canto Orfeônico, o ensino da Arte fez-se presente no primeiro projeto de educação pública de massa.

No Paraná, em 1954, foi criada a Escola de Artes no Colégio Estadual, na cidade de Curitiba, envolvendo Artes Plásticas, Teatro e Música.

O ensino da Arte somente passa a ser obrigatório nas escolas brasileiras em 1971, com a Lei 5692/71, porém, com conteúdo reduzido, fundado em uma visão tecnicista e entendendo o educador de Artes como um profissional polivalente, ou seja, aquele que deve dominar os conteúdos de Artes Plásticas e Música. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica, porém, a Arte passa a compor a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, abrangendo Música, Artes Visuais, Dança e Teatro.

Esse breve passeio pela história nos dá uma ideia dos conceitos que permearam a educação de Artes no Brasil, abrangendo desde um caráter religioso, com a catequização dos nativos, até aquela com fins puramente tecnicistas. Passamos de um extremo a outro, do “sensibilizador” para o “científico racional”. É importante frisar que a educação pública no Brasil até o início do séc. XX estava voltada para uma elite basicamente masculina. Verificamos também que, após a expulsão dos jesuítas, o pensamento iluminista e positivista foi preponderante no ensino público brasileiro.

Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que contemplem a arte efetivamente como área de conhecimento fundamental na formação dos educandos.

Quando Regina Migliori (1993 p.14) propõe uma “perspectiva de abordagem global” como sendo “a possibilidade de lidarmos com tudo o que se nos apresenta e não somente com os aspectos artificialmente eleitos”, a ideia é que se busque uma nova leitura da realidade. O entendimento de Migliori nos remete para uma perspectiva de uma formação unilateral,2 crítica e autônoma do educando e da educanda, ou seja, “temos que aprender a lidar com as divergências de forma não excludente” (MIGLIORI, 1993 p.

Quando privilegiamos a produção artística de um determinado grupo, povo ou etnia, fragmentamos a realidade e automaticamente criamos um juízo de valor no qual os recortes do conhecimento que fazemos passam a ser os verdadeiros ou os únicos. “Essa visão fragmentada, geradora dos incluídos e excluídos, gera uma outra verdade cruel: a marginalidade que não é alternativa” (MIGLIORI. 1993 p.14). Isso implica que ao apresentarmos em nossa seleção de conteúdos curriculares outras vozes que estão presentes na ação histórica da construção do conhecimento, possibilitamos ao educando e a educanda outras leituras diferentes daquelas que vêm sendo oficialmente apresentadas.

A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana – revela a realidade interior e exterior ao homem e à mulher. Essa expressão artística é concretizada utilizando-se de sons, formas visuais, movimentos do corpo, representação cênica, dentre outras, que são percebidas pelos sentidos. Isso contribui para outras possibilidades de leituras

2 Explicar unilateralidade em função do trabalho e da educação nos reporta no tempo em que o homem tinha a necessidade de conhecimento do todo, ou seja, pensar o objeto, fazer o objeto e vender o objeto. Como na educação, que se preocupava com as ciências exatas, as artes, a sociologia, e o espiritual, quando os quatro eixos eram de extrema importância e tinham o mesmo peso em valor.

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da realidade e, portanto, com mais subsídios para repensá-la. O objetivo dessa proposta é gerar um ser reflexivo, autônomo e inserido criticamente na realidade em que vive. A Arte nos ajuda nesse processo, na medida em que nos fornece uma simbologia própria e portanto, outras leituras do mundo que nos cerca. Segundo Isabel Marques3: “Um dos elementos essenciais que caracteriza o ensino da Arte no ambiente escolar é o fato de que, na escola, temos a possibilidade de relacionar, questionar, experimentar, refletir e contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que façam sentido em nossas próprias vidas e na construção da sociedade brasileira.”

A discussão em torno da arte como linguagem pondera o entendimento de que a arte não apenas suscita sentimentos, mas pressupõe uma relação de transmissão e recepção de ideias, ou seja, de comunicação. Portanto, a Arte aqui é entendida como linguagem, que se utiliza de símbolos e de elementos próprios que estão presentes na Dança (movimento e não movimento), na Música (sons), no Teatro (dramatização) e nas Artes Visuais (forma e luz).

Ler o produto artístico em suas diversas relações, nos diversos prismas e no que tange aos seus significados socialmente construídos pressupõe que o produto artístico como seja um “veículo portador de significado” (ver Bakhtin 1995, p.132). Nesse sentido, os símbolos são fundamentais para a vida social, pois é por meio deles que nos comunicamos e manifestamos nossa capacidade de sentir e de pensar.

Na cultura escolar, os saberes são apropriados pela escola de maneira singular, dando-lhes um sentido pedagógico (SACRISTAN, 2001). Na escola, esse trabalho, ressignifica os saberes e os conceitos científicos produzidos na sociedade. É com base nestes pressupostos que trataremos a Arte como linguagem. Linguagem artística.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O encaminhamento metodológico para a disciplina de Arte do ensino fundamental e médio da Educação de Jovens e Adultos da rede pública do Estado do Paraná está fundamentado nas Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, onde estão identificados três eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo. Com base nesses eixos que norteiam o currículo na EJA, elegemos ARTE E ESTÉTICA, ARTE E IDENTIDADE e ARTE E SOCIEDADE como eixos específicos da disciplina de Arte, dos quais derivarão as temáticas propostas e os conteúdos que serão desenvolvidos em células de aula.

ARTE E ESTÉTICAHoje se utiliza o termo estética para indicar... no campo das belas artes, uma concepção especial, uma maneira de fazer, uma escola ou tendência determinada (ZAMAICOS, 1986)

A experiência estética se revela com a sensibilização, com a descoberta do olhar, um encontro com as emoções, libertando o ser para perceber o mundo em si e ao seu redor, permitindo um pensar filosófico, crítico e reflexivo. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em seu Dicionário da Língua Portuguesa, apresenta, dentre outros, os seguintes significados para a palavra estética: “1- estudo das condições e dos efeitos da criação artística. 2- (...) estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade

3 Esta citação é transcrição da fala da Profª Dra Isabel Marques no Simpósio Estadual de Educação Artística, Paraná abril, 2005.

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da sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no homem”.

Partindo dessas definições e as ampliando, a Estética aqui é entendida como sendo “toda teoria que se refira à beleza ou à arte" (Pareyson, 1997, p. 2), sendo ela derivada de uma experiência filosófica ou concreta. E por ser uma reflexão sobre a experiência, inclui-se aqui o fazer artístico, que é a manipulação dos elementos da linguagem artística, presentes nas Artes Visuais, na Música, no Teatro e na Dança. Portanto, entendemos que ao adotar um eixo articulador para a disciplina de Arte baseado no entendimento acima exposto, devemos possibilitar as experiências estéticas e compreender como aproximar e proporcionar o olhar estético para as produções artísticas e para o cotidiano. E assim sendo, “o educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento mediante a compreensão dos processos de trabalho, de criação, de produção e de cultura.”(Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos, p. 30).

ARTE E IDENTIDADE

É comum ouvirmos falar de crise de identidade, mas o que é identidade e como essa identidade se revela a partir da arte que produzimos? A identidade está em crise?O que é identidade? É idêntico, igual, registro...

Para o dicionário Houaiss identidade é:

1- estado que não muda <a identidade das impressões digitais> 2- consciência da persistência da própria identidade, 3- o que faz com que uma coisa seja a mesma que outra, 4- conjunto de características e circunstâncias que distinguem uma pessoa ou uma coisa e graças às quais é possível individualizá-la.

A identidade singulariza e faz com que nos sintamos diferentes dos demais. Identificar pode ser aplicado a indivíduos e grupos, ou seja, tornar idêntico, fazer (se) reconhecer, distinguir traços característicos como gosto, música, festas, folguedos, crenças de grupos urbanos, rurais, etnias e outros tantos que usam da linguagem artística para expressar-se e assinar suas características sociais, antropológicas e psicológicas.

Diferentes modos de vida social são constituídos a partir das ideias que as pessoas têm sobre si, e das práticas que emergem dessas ideias e como afirma Candau (2002, p. 24), “identidade é um conceito polissêmico, podendo representar o que uma pessoa tem de mais característico ou exclusivo e ao mesmo tempo, indica que pertencemos ao mesmo grupo”, a identidade cultural de um indivíduo ou grupo permite que este seja localizado em um sistema social. Em um mundo onde as mudanças são rápidas, face à globalização e aos eventos tecnológicos e científicos vertiginosos, a arte é um dos elementos que faz parte da identidade dos povos. As mudanças globais aceleradas influenciam a identidade dos indivíduos e a sua manifestação artística. Podemos ver com Marques (2003, p. 157) que:

Não se domina um país pela invasão territorial, mas principalmente pela superposição e diluição de repertórios culturais e sociais. Caso nossos repertórios não estejam enraizados de forma significativa, ou seja, relacional, consciente e crítica, poderemos ser massacrados pela pasteurização de ideias estéticas.

A nossa identidade pessoal e social é um importante mediador das relações com os demais. A proposta deste eixo temático na Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná preocupa-se em uma educação pela arte que

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transmita significados que estão próximos da vida concreta do educando, produzindo aprendizagem. É um processo que mobiliza tanto os significados e os símbolos quanto os sentimentos e as experiências a que se propõe.

Quando um indivíduo desenvolve sua percepção estética e tem consciência do poder destas representações, textos e imagens na produção das identidades, compreende a força persuasiva da arte, no sentido de criar e reforçar representações que possuímos como indivíduos e como identidade coletiva.

ARTE E SOCIEDADE

... concernem à determinação social da atividade artística, seja do ponto de vista da finalidade social das obras – por exemplo, o culto religioso ou o mercado de arte – seja o lugar ocupado pelo artista – por exemplo, iniciado numa seita secreta, financiado por um mecenas renascentista, profissional liberal ligado ao mercado de arte, etc – seja das condições de recepção da obra de arte – a comunidade de fiéis, a elite cultivada e economicamente poderosa, as classes populares, a massa, etc. (CHAUÍ, 2003, p. 153)

A arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios ou apartados do contexto social nem tampouco mera contemplação, e sim, uma ciência que trabalha com o conhecimento presente em diferentes instâncias sociais.

A profunda relação entre arte e sociedade é possível na medida em que pensarmos a arte como construção social e não como um dom natural, talento ou mera produção. As pessoas são construções sociais que necessariamente influem e são influenciados pelo fazer e pensar arte. A música rap, por exemplo, constrói um determinado tipo de consciência social, propaga os conhecimentos de um grupo popular, que são absorvidos e muitas vezes até revivificados em outras formas artístico-culturais. A abordagem crítica e intertextualizada é necessária para que no cotidiano se problematizem as relações entre arte e sociedade e se permita, assim, a formação de sínteses pessoais enriquecedoras. Em outras palavras, o conceito de arte e sociedade abrange grandes temas da vida social como: a relação do homem com o trabalho; as relações de gênero; a ocupação do espaço urbano e outros. Também através deles podemos compreender, inclusive, a influência da indústria cultural, segundo a qual, muitas vezes a (pseudo) cultura de massa tenta impor uma ordem social passiva e alienada. Em contrapartida, o conhecimento da arte em seu aspecto social, deve desvelar-se de modo que o ser humano possa pertencer, dialogar e transformar a realidade que o circunda.

No que concerne à Educação de Jovens e Adultos, não podemos perder de vista as concepções de mundo e de sociedade que queremos construir e vivenciar com os educandos, pois o grande desafio do trabalho pedagógico em arte nos dias de hoje não se resume somente em aceitar e respeitar a diversidade, mas principalmente em trabalhar, partilhar, dialogar e recriar conjuntamente a fim de educar para uma sociedade mais justa e igualitária. “A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social” (Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos, p. 31).

Os temas de estudo são temas que direcionam, motivam e articulam a construção do conhecimento em arte, propiciando diferentes leituras de mundo, de cidadania participativa, reflexiva e crítica. O educador escolherá um tema de estudos abrangente e articulado entre os eixos – identificados na disciplina de Educação Artística e Arte e os indicados nas Diretrizes Curriculares para a EJA – de maneira a englobar o conteúdo que fará

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parte do planejamento da célula de aula. Os temas de estudo terão a flexibilidade necessária para que possam ser adequados ao contexto do educando e da educanda.

Os temas de estudo são perpassados por um processo, denominado “validação”, ou seja, o tema só será adequado para continuar o planejamento se passar positivamente pelas seguintes perguntas:

1. É relevante? É importante? Para quem? Perpassa pelos eixos definidos nas Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA - Cultura, Trabalho e Tempo?;2. Gera conhecimento em arte? Perpassa pelos eixos Arte e Identidade, Arte e Sociedade e Arte e Estética?3. É abrangente? Contempla o local e o global (regional, nacional e mundial)? É flexível?4. É possível adequá-lo às necessidades dos educandos e educandas da EJA (Idade, condições físicas, espaciais, etc)?

Uma vez escolhido o tema de estudo, o próximo passo é a elaboração da célula de aula, que serão compostas por (MARQUES, 2001, p.91-102):

Textos – Repertórios. Sub texto – Elementos da linguagem (conteúdos da disciplina). Contexto – Elementos históricos, sociais e culturais.

CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS

Deve-se fazer um trabalho que aborde os Conteúdos Obrigatórios como: Educação Ambiental – implementar a Lei 9795/99 como desenvolvimento da

Educação Ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio biofísico;

Educação Fiscal – visando despertar a consciência dos estudantes sobre direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do estado democrático;

Enfrentamento a Violência – busca-se a ampliação da compreensão e formação de uma consciência crítica sobre violência e, assim, transformar a escola e espaço onde o conhecimento toma o lugar da força;

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena – implementação da Lei 10.639/03 e para a consolidação das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e cultura Afro-Brasileira e Africana, acrescida da Deliberação Estadual nº 04/06 do CEE. Promovendo assim, o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra, assegurando a igualdade e a valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, europeias e asiáticas, a partir do ensino da história e cultura Afro-Brasileira e Africana.

Prevenção ao uso indevido de drogas – requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Os educadores e os educandos são instigados em conhecer assuntos relacionados com a: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros;

Sexualidade – precisa ser discutida na escola, local privilegiado para o tratamento pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. Deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.

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ARTE E OS RECURSOS DIDÁTICOS

A escola é o espaço privilegiado de formação humana e construção da cidadania. Para exercer a cidadania plena é necessário ter acesso à informação e à tecnologia. Isso, não significa só ter um equipamento e saber operá-lo, mas sim tomar posse da tecnologia e usá-la a seu favor, transformando a informação em conhecimento.

Os jovens, os adultos e os idosos da EJA, em sua grande maioria, vêm buscar esse conhecimento visando atender às exigências do mercado de trabalho, cada vez mais competitivo. O desafio que fica aos educadores da EJA é utilizar os recursos tecnológicos como a TV, DVD, vídeo, data show, pendrive, retro projetor e computadores no laboratório, de modo a provocar impactos positivos na escola e, por conseguinte, na vida profissional dos seus educandos, sempre usando os materiais didáticos disponíveis como imagens, livros de arte e revistas.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Cada linguagem artística possui um elemento básico por meio do qual ela se manifesta, ou seja: o som (Música), o movimento e o não movimento (Dança), a forma e a luz (Artes Visuais) e a dramatização (Teatro). Destes elementos básicos derivam-se os elementos de linguagem específicos da arte. Portanto, os conteúdos para o Ensino Fundamental e Médio devem contemplar os elementos de cada linguagem artística (Música, Teatro, Dança e Artes Visuais), sua articulação e organização. Esses elementos permitirão ao educando ler e interpretar o repertório, assim como elaborar o seu próprio trabalho artístico. A leitura, interpretação e produção artística avalia a apreensão por parte do educando dos conteúdos propostos na célula de aula.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos Formais Composição

Música Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal

Modal

Contemporânea

Escalas

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Sonoplastia

Estrutura

Gêneros: erudita, folclórica...

Técnicas:instrumental, vocal, mista, improvisação...

Artes Visuais Ponto

Linha

Superfícies

Textura

Volume

Luz

Cor

Figurativa

Abstrata

Figura-fundo

Bidimensional

Tridimensional

Semelhanças

Contrastes

Ritmo visual

Gêneros:Paisagem, retrato, natureza-morta...

Técnicas:Pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo...

Teatro Personagem (expressões, corporais, vocais, gestuais e faciais)

Representação

Texto Dramáticos

Dramaturgia

Roteiro

Espaço Cênico,

Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara, caracterização e maquiagem.

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, etc.

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Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto (manipulação, bonecos, sombras …), improvisação, monólogo, jogos dramáticos, direção, produção...

Dança Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Eixo

Dinâmica

Aceleração

Ponto de apoio

Formação

Deslocamento

Sonoplastia

Coreografia

Gêneros: folclóricas, de salão, etnia...

Técnicas: improvisação, coreografia...

ARTES VISUAIS

a) FormaComposição, Experimentação (como os elementos da linguagem visual se articulam?);Suportes (onde está proposta a ideia imagética?);Espacialidade – bidimensionais e tridimensionais (como está projetada, composta ou representada no espaço?);Texturas / acabamentos (como se apresenta?);Movimento: dinâmica, força, fluência e equilíbrio (como se alternam, ritmo?).

b) LuzDecomposição da luz branca;Cor /pigmento / percepção da corTonsValores / classificação das cores;Sombras e luz;Contraste.

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MÚSICA

a) distribuição dos sons de maneira sucessiva (intervalos melódicos/ melodia).b) distribuição dos sons de maneira simultânea (intervalos harmônicos/ harmonia),c) qualidades do som e suas variações:

intensidade (dinâmica) duração (pulsação/ ritmo) altura (grave/ agudo) timbre (fonte sonora/ instrumentação)

d) estruturas musicais (organização e articulação dos elementos da linguagem musical/ forma musical).

TEATROa) Elementos dramáticos: a personagem: agente da ação; enredo: como desdobramento de acontecimentos, desenvolvidos pela personagem; espaço cênico: local onde se desenvolve a ação cênica.b) Signos da Representação Teatral:6. da personagem:7. visuais: figurinos, adereços, gestual;8. sonoros: fala (entonação)9. do espaço cênico: visuais: cenário, adereços de cena, iluminação;sonoros: sonoplastia;c) Gêneros Teatrais:- Tragédia e suas características: a fatalidade, o sofrimento, o pesar;- Comédia e suas características: o riso, a sátira, o grotesco;- Drama e suas características: o conflito.

DANÇA

Elementos do Movimento:

corpo : articulações, superfícies, membros, tronco, quadril, cabeça. espaço : kinesfera (amplitudes), progressões espaciais, tensões espaciais, projeções

espaciais, orientação espacial, forma. ações : torcer, gesticular, inclinar, deslocar, rodar, parar, cair, expandir, recolher,

saltar. dinâmicas : peso, espaço, tempo, fluência. Relacionamentos .

ARTE E A AVALIAÇÃO

Concepção de Avaliação

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e

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interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;

abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do educando;

permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização.

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.

Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas

as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa;

para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar.

a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

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para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;

o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;

para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade a autenticidade da vida escolar do educando;

o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.

REFERÊNCIAS

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BAKHTIN, Mikhail (Volochínov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. Michel Lahud e Yara F. Vieira. 7ª ed. São Paulo: Hucitec, 1995.BOURO, S.B. Olhos que pintam: a leitura de imagens e o ensino da arte . São Paulo: Educ/Fapesp/Cortez, 2002.FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino de Arte. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1993.FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da Língua Portuguesa. 3ª ed. Curitiba: Positivo, 2004.FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 12ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

______________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 8ª ed. São Paulo: Terra e Paz, 1998.

______________ . A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1995. HOUAISS, Antônio e Vilar, M. de S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 1ª ed.Rio de Janeiro: Objetiva, 2001LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus, 1978.MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2001

______________. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003.MIGLIORI, R. Paradigmas e educação. São Paulo: Aquariana, 1993.OSTROWER, Fayga P. Universo da arte, 7ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991.

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PARANÁ. Secretaria Estadual de Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica de Arte. SEED- Curitiba, 2008.______________. DCES, EJA. SEED – Curitiba, 2008.

PAREYSON, L. Os problemas da estética. São Paulo. Martins Fontes, 1997.

SACRISTAN J.G. A escolarização transforma-se em uma característica antropológica das sociedades complexas. In: A educação Obrigatória: seu sentido educativo e social. Porto Alegre: ARTMED, 2001, p. 35-55SANTAELLA, Lucia. (Arte) & (Cultura): Equívocos do elitismo. São Paulo: Cortez, 3ª. Ed, 1995.SILVA, Tomas Tadeu. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

ZAMACOIS, Joaquin. Temas de estética y de historia de la música. Barcelona: Labor, 1986.

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DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

INTRODUÇÃO

A disciplina de Educação Física, no ensino fundamental e médio, visa proporcionar ao educando vivências diversas que contribuam para um desenvolvimento integral, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

A Educação Física ao longo da sua história sofreu influências de várias correntes filosóficas e estas interferiram na ação pedagógica dos profissionais desta área. Além disso, o ensino da Educação Física esteve atrelado à apropriação do conhecimento, sem permitir ao aluno a devida reflexão crítica, pautando sua prática no cotidiano escolar sem significado social e cultural.

Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases nº 5692/71, a Educação Física passa a ser entendida como atividade, conforme pode ser evidenciado no decreto-lei 69450 de 11 de novembro de 1971, que apresenta a seguinte concepção de Educação Física: “A atividade que por seus meios, processos e técnicas desperta, desenvolve e aprimora forças físicas, morais, psíquicas e sociais do educando, constitui um dos fatores básicos para a conquista das finalidades da educação nacional”. Passando a Educação Física então, a ter uma legislação específica, instituindo a integração dessa disciplina como atividade escolar regular e obrigatória no currículo dos cursos em todos os níveis e sistemas de ensino.

Apesar de ser revogada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394/96 de 20 de dezembro de 1996, o decreto-lei nº 69450/71 ainda representa a referencia para a Educação Física nos dias de hoje, pois o mesmo dispõe sobre objetivos, padrões de referência, planejamento, critérios de avaliação, fundamentos básicos para a compreensão dos significados da Educação Física contidos em instrumentos legais, sendo que a lei em vigor não estabelece esses referenciais.

Através dos diferentes contextos históricos definiu-se a Educação Física Escolar, ou seja, o que deveria ser ensinado aos alunos. Até o final do século XIX, quase toda produção ligada à Educação Física era de caráter médico-higienista, dando grande importância à ginástica, com o objetivo de conservar e restabelecer a saúde por meio do exercício. Esta prática se orientava pela dimensão biológica que essa disciplina ainda não superou completamente.

Porém no início do século XX, o panorama de Educação Física escolar, no Brasil, incorporou um novo determinante para seu ensino, o esporte. Esta tendência pode ser explicada pelo desenvolvimento do sistema capitalista de produção que incorpora os princípios de rendimento, competição, da racionalização técnica, na busca constante de sua superação e vitória. Esta prática, no campo da Educação Física Escolar, persiste até a década de 70, quando perde sua ‘ 285

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especificidade. O discurso e prática da psicomotricidade vieram a substituir o conteúdo até então de natureza esportiva.

As propostas de ensino, mais diretamente voltadas a psicomotricidade, preocupavam-se com o desenvolvimento da criança nos processos cognitivos, afetivos e psicomotor. A Educação Física era apenas um meio. Um meio para aprender e também, era um meio de socialização.

Neste contexto, a Educação física perde sua especificidade, uma vez que não tem mais conteúdo próprio e este, talvez, passa a ser o momento mais contraditório da sua história.

Em pleno século XXI, o ensino da Educação Física na escola, constitui-se em muitos momentos na instrumentalização do corpo com movimentos mecânicos e gestos estereotipados, sem reflexão crítica, geralmente, com a fixação nas práticas esportivas que, normalmente, desconsideram o ser humano no sentido de sua totalidade. As práticas corporais se restringem ao âmbito da motricidade.

Com a Educação Física e o Desporto, contava-se que o aluno poderia compreender de maneira prática, como a atividade física melhoraria a qualidade de vida em todos os sentidos: físicos, intelectual e psicológico. Reconhecendo o desempenho individual, sem discriminação por características pessoais, físicas sexuais ou sociais.

O movimento é uma característica fundamental à sobrevivência do ser humano, o que o leva a aproximar-se da Educação Física e dos esportes integrando-o a sociedade como ser participativo, crítico e criativo. Segundo Platão: “Todo ser vivo tem necessidade de saltar e brincar e é portador de um ritmo que produz a dança e o canto".

As relações que estabelecemos com os nossos pares em nossas atividades diárias ocorrem por meio da expressão oral e corporal que nos foram, e nos são, transmitidas culturalmente e socialmente. Essas relações são construídas dependendo da preocupação e objetivo de cada momento histórico, no qual a sociedade está inserida. É importante a escola e o professor, por meio da sua disciplina, proporcionar ao educando a percepção das relações que se estabelecem no seu dia-a-dia ligadas a vivência corporal, podendo transformá-la e entendo como esses entrelaces acontecem.

A Educação Física, integrada a Proposta Pedagógica da Escola, é componente curricular do Ensino Fundamental e Médio, ajustando-se a faixas etárias e realidade da comunidade escolar.

Neste sentido, como enfatizam Taborda e Oliveira (apud PARANÁ, 2005, p.10) os objetivos da Educação Física devem estar voltados para a humanização das relações sociais, considerando a noção de corporalidade, entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas. Esse entendimento permite ampliar as possibilidades da intervenção educacional dos professores de Educação Física, superando a dimensão meramente motriz de uma aula, sem no entanto, negar o movimento como

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possibilidade de manifestação humana e, desse modo contemplar o maior número possível de manifestações corporais explorando os conhecimentos já trazidos pelos educandos e a sua potencialidade formativa.

Segundo Soares et al (1992, p. 50) a Educação Física é conceituada como:(...) uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como: o jogo, esporte, dança, ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal. Esses conteúdos expressam um sentido/significado nos quais se interpenetram.

A partir desse entendimento a proposta para a disciplina de Educação Física deve favorecer o estudo, a integração e a reflexão da cultura corporal de movimentos, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir das atividades proposta em beneficio da sua inserção social, levando-o a descobrir motivos e sentidos nas práticas corporais que favoreçam o desenvolvimento de atitudes positivas, contemplando assim todas as manifestações corporais e culturais, partindo da realidade local para as diferentes culturas.

Cabe aos professores de Educação Física mediar o processo de ensino-aprendizagem deflagrado nas aulas de Educação Física quanto à construção de um ambiente que proporcione ao aluno a aprendizagem dos conteúdos significativos para o seu processo de conhecimento e desenvolvimento, incrementando sua capacidade para tomar decisões relacionadas à atividade física, isto é, movimento corporal humano.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA Desenvolver o aspecto reflexivo e participativo. Demonstrar capacidade para discutir e modificar regras, reunindo elementos de várias

manifestações de movimento e estabelecendo uma melhor utilização dos conhecimentos adquiridos sobre a cultura corporal.

Adquirir consciência da sua importância das atividades físicas Participar de atividades em grandes e pequenos grupos, compreendendo as diferenças

individuais e procurando colaborar para que o grupo possa atingir os objetivos a que se propôs.

Reconhecer na convivência maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática sobre diferentes pontos de vista postos em debate.

Interessar-se pelo surgimento das múltiplas variações da atividade física, enquanto objeto

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de pesquisa e área de interesse social de mercado de trabalho promissor Compreender o funcionamento do organismo humano de forma a reconhecer e modificar

as atividades corporais, valorizando-as como melhoria de suas aptidões físicas. Desenvolver as noções conceituadas de esforço, intensidade e freqüência, aplicando-as

em suas práticas corporais. Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de discerni-las

e reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura autônoma, na seleção de atividades procedimentos para a manutenção ou aquisição da saúde.

Compreender as diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressão.

Estabelecer de forma sadia momentos de lazer. Reconhecer as habilidades desportivas coletivas e individuais. Adquirir gosto pela atividade física. Proporcionar ao aluno a formação necessária para a vida em sociedade, integrando-o em

novos grupos sociais de uma forma consciente, através da atividade física. Promover o desenvolvimento dos jogos intelectuais como: dama, xadrez e dominó. Consolidar a Educação Física como disciplina escolar com objetivos pedagógicos que

transcendam os objetivos do esporte com um fim na sua prática. Proporcionar a compreensão da prática corporal como parte cultural e social do meio em

que vive, possibilitando a prática social, valorizando a diversidade cultural dos educandos e a riqueza das suas manifestações corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a corporalidade, entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES EDUCAÇÃO FÍSICA- ENSINO FUNDAMENTAL - FASE II ESPORTE:Coletivos: Voleibol, Futebol, Futsal, Basquete, Handebol, Rugby. Individuais: Atletismo, Tênis de Mesa, etc.

Conhecer a história de cada esporte e vivenciar as diferentes práticas esportivas.JOGOS:Jogos de tabuleiro: Dama, Xadrez, Tria. Etc.

Conhecer o contexto histórico, elaboração de estratégias de jogo, diferenciação dos principais tipos de jogos.

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DANÇA:Danças folclóricas, danças de salão e danças de rua.

Conhecer o contexto histórico das danças. Criação e adaptação das coreografias, análise das técnicas da dança.GINÁSTICA: Ginástica artística/olímpica, ginástica de condicionamento físico e ginástica geral.

Origem e história da ginástica e suas diferentes manifestações. Posturas e elementos ginásticos.LUTAS: Lutas de aproximação, lutas que mantêm à distância, lutas com instrumento mediador e capoeira.

Aspectos históricos, características das diferentes manifestações das lutas.

EDUCAÇÃO FÍSICA- ENSINO MÉDIOESPORTE:Coletivos: Voleibol, Futebol, Futsal, Basquete, Handebol, Rugby. Individuais: Atletismo, Tênis de Mesa, etc.

Conhecer as regras de casa esporte e vivenciar as diferentes práticas esportivas.JOGOS:Jogos de tabuleiro: Dama, Xadrez, Tria. Etc.

Organização atividades e dinâmicas. Elaboração de estratégias de jogo.DANÇA:Danças folclóricas, danças de salão e danças de rua.

Estudo sobre a dança relacionada com a expressão corporal e a diversidade de culturas.GINÁSTICA: Ginástica artística/olímpica, ginástica de condicionamento físico e ginástica geral.

Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica. A interferência da ginástica (laboral) no mundo do trabalho.LUTAS: Lutas de aproximação, lutas que mantêm à distância, lutas com instrumento mediador e capoeira.

Conhecer os aspectos históricos, filosóficos das diferentes manifestações das lutas.

METODOLOGIA DE ENSINOA proposta metodológica das práticas pedagógicas do EJA deve considerar os três eixos

articuladores propostos pelas Diretrizes Curriculares: cultura, trabalho e tempo, como

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articuladores de toda ação pedagógico-curricular. Tais eixos foram definidos a partir da concepção de currículo, como processo de seleção da cultura e do perfil do educando da EJA.

Na dimensão escolar, o tempo dos educandos da EJA é definido pelo período deescolarização e por um tempo singular de aprendizagem, bem diversificado, tendo em vista a especificidade dessa modalidade de ensino que considera a disponibilidade de cada um para a dedicação aos estudos.

O tempo e o espaço são aspectos da cultura escolar. Portanto, fazem parte da açãopedagógica, regulam e disciplinam educandos e educadores de diversas formas, conformea escola ou mesmo conforme cada sistema educacional. o quais devem estar inter-relacionados. Os conteúdos são definidos como conhecimentos necessários à apreensão do desenvolvimento sócio-histórico das próprias atividades corporais e à explicitação das suas significações objetivas. Os mesmos foram estruturados de forma a garantir aprendizagens novas e significativas, despertando o interesse e a atenção dos educandos a consciência da necessidade de atitudes favoráveis a prática de atividades físicas ao longo da sua vida, valorizando a cultura corporal, logo “a cultura humana é uma cultura corporal, uma vez que o corpo realiza as intenções humanas” (FREIRE, 2003 p. 34).

Desse modo a Educação Física deve considerar conteúdos e práticas que contemplem:10. A relação entre o conhecimento social e escolar do educando;

11. A identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na proposição das praticas educativas;

12. Ensino com base na investigação e na problematização do conhecimento;13. As diferentes linguagens na medida em que se instituem como significativas na formação

do educando;14. As múltiplas interações entre os diferentes saberes;15. Articulação entre teoria, prática e realidade social;16. Atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.

Para a Educação Básica, os conteúdos estruturantes da Educação Física apresentados nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná – DCEF’s – (PARANÁ, 2008) são o esporte, jogos e brincadeiras, lutas, dança e ginástica.

Tratado nestas Diretrizes, o objeto de ensino e do estudo da Educação Física, a Cultura Corporal, por meio de seus Conteúdos Estruturantes, a disciplina de Educação Física tem função social de contribuir “para que os alunos tornem-se sujeitos capazes de reconhecer próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais, (PARANÁ, 2008).

O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de esportes “da escola” e não “na escola”, como valores educativos para justificá-lo no currículo escolar da EJA. Se aceitarmos o esporte como prática social, tema da cultura corporal, devemos questionar suas normas

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resgatando os valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, o compromisso da solidariedade e respeito humano, que se deve jogar com o outro e não contra o outro. Por isso esse conteúdo deve ser apresentado aos alunos de forma a criticá-lo, promovendo a sua re-significação, e sua adaptação a realidade que a prática cria e recria, colocando-o como um meio e não fim em si mesmo.

Os jogos oportunizam ao jovem e ao adulto experimentar atividades prazerosas, que envolvam partilhas, negociações e confrontos que estimulem o exercício de reflexão sobre as relações entre as pessoas e os papéis que elas assumem perante a sociedade, bem como a possibilidade de resgatar as manifestações lúdicas e culturais.

O estudo da ginástica pretende favorecer o contato do educando com as experiências corporais diversificadas, seu caráter preventivo, modismo, melhora da aptidão física, tem o objetivo de conscientizar os educandos de seus possíveis benefícios, bem como os danos causados pela sua prática inadequada ou incorreta.

A dança a ser trabalhado na EJA contribui para o desenvolvimento, conhecimento e ritmo do corpo. Ao relacionar-se com o outro, cada gesto representa sua história, sua cultura, como manifestação de vida, por meio de um processo continuo de integração e relacionamento social.

O estudo sobre o lazer proporciona reflexões a cerca do uso do tempo livre, com atividades que lhe propiciem prazer, descontração, alegria, socialização, conscientização clareza das necessidades e benefícios que serão adquiridos e que contribuam para o seu bem estar físico, mental e social.

Os conteúdos propostos poderão ser distribuídos de forma informativa, prática ou teórica e poderão ser modificados de acordo com cada realidade. Os conteúdos esporte, jogos, dança, lutas e ginástica são trabalhados no Ensino Fundamental e ao Ensino Médio.

Segundo as DCEs, a escola deve desenvolver um trabalho com Conteúdos Obrigatórios Instrução 009/11 (Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência , Cidadania e Direitos Humanos e Prevenção ao uso indevido de drogas ). Tais assuntos serão desenvolvidos concomitantes aos conteúdos da disciplina , assim como em ações interdisciplinares, de forma organizada e sistematizada, embasadas no conhecimento científico acumulado historicamente.

Também durante o ano letivo deverão ser contempladas as leis 11645/08 (Cultura Afro e Indígena) e 10639/03 ( Cultura Afro).

O conteúdo abordado nas aulas será utilizando materiais como textos, revistas, livros, vídeos, filmes. Recursos audiovisuais serão utilizados a TV pendrive. Trabalhos e pesquisas na internet, trabalhos em sala de aula.

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AVALIAÇÃO

A avaliação esta vinculada ao Projeto Político Pedagógico, sendo contínua, permanente e cumulativa. A partir da avaliação o professor reorganizará o seu trabalho atendendo as reais necessidades dos alunos.

A avaliação é compreendida como uma prática reflexiva e diagnóstica que orienta a intervenção pedagógica, bem como dá indicativos para acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos.

Os critérios de a avaliação será segundo as Diretrizes Curriculares e realizada em função dos conteúdos, utilizando técnicas e instrumentos diversificados como:

Dinâmicas de grupos em sala; Discussão dos temas e exemplos contextualizando o tema com o grupo de alunos Entrega de atividades realizadas; com as finalidades educativas, expressas na Proposta

Pedagógica. Provas escritas e orais, trabalhos.

As avaliações serão aplicadas com 2 ou mais instrumentos de avaliação diferenciados, sendo

cada uma com valor de 0 a 10 e tendo como média o cálculo aritmético simples.

A verificação do rendimento escolar dar-se-á por meio de Avaliações realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem, por meio de variados instrumentos elaborados pelo professor da disciplina.

Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02(duas) notas, de acordo com as Propostas Pedagógicas, que corresponderão às provas individuais escritas e / ou outros instrumentos avaliativos adotados a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor.

Na recuperação paralela de estudos será considerada a aprendizagem do aluno no decorrer do processo, para aferição do bimestre, prevalecerá à média entre a avaliação e a recuperação, caso a nota da recuperação seja inferior a nota bimestral, prevalecerá à nota bimestral.

Os encaminhamentos a serem adotados pela escola, buscar contemplar os conteúdos adaptando à realidade da escola, (materiais, espaço físico). Aos alunos com necessidades educacionais especiais, a escola deve proporcionar uma adaptação curricular, para que o aluno possa superar suas dificuldades de aprendizagem e avançar nos estudos.

As avaliações para os alunos com necessidades educacionais especiais serão diferenciadas

dos demais alunos de acordo com sua dificuldade.

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Nas aulas a avaliação será a participação dos alunos, atividades práticas e teóricas, prova escrita, para a recuperação dos conteúdos será realizados trabalhos, prova escrita ou oral.

REFERÊNCIASBETTI, M.; ZULIANI. L.R. Educação Física: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Guarulhos I(I): 73-81.2002COLL, C. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à elaboração do currículo escolar. 2ª.ed. São Paulo: Ática, 1997.

COLL, C.; POZO, J.I.; SARABIA, B.; VALLS, E. Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Departamento de Ed. Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica-Educação Física, 2008.FREIRE, J.B.; SCAGLIA, A . J. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 2003.

NETO, L.P.X. ; ASSUNÇÃO, J.R. Saiba mais sobre Educação Física. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições, 2005.PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Educação Física. Versão Preliminar. 2005.SAVIANI, D. Escola e democracia. 35.ed. Campinas: Autores Associados, 2002. SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba. 2006SOARES, C.L.; et all . Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.SOUZA, E.S. VAGO. T. M. Trilhas e Partilhas: Educação Física na Cultura escolar e nas práticas sociais. Belo Horizonte: Ed. dos Autores 1997.

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DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

CONCEPÇÃO DO ENSINO DE SOCIOLOGIA

Historicamente, a sociedade tem assumido, características capitalistas e a busca da compreensão destas, entre outras coisas, tem sido a preocupação da Sociologia para sua consolidação como ciência.

O período de conformação do capitalismo foi marcado por profundas mudanças na organização social que fizeram com que seus contemporâneos buscassem explicações para os fenômenos sociais com os quais conviviam.

As antigas formas organizativas do mundo foram sucessivamente alteradas pelas experiências da Modernidade que propõe, entre outras coisas, a utilização da razão como formatadora da realidade. Sendo assim, várias relações sociais cotidianas foram transformadas neste processo.

O capitalismo com sua nova forma de organização das relações sociais e de trabalho, traz em seu bojo questões econômicas/culturais que precisam de respostas. Surgem então os pensadores da Sociologia que buscam dar conta destas questões através da elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes olhares e posicionamentos políticos.

Com Augusto Comte (1798-1857) surge o termo Sociologia, este autor buscará criar um método específico para o estudo da sociedade, já que acreditava que a ciência deveria ser usada na organização das mesmas e afirmando que a ordem levaria ao progresso.

Émile Durkheim (1858-1917) irá utilizar-se de conceitos de Comte na elaboração e consolidação de uma ciência que tenta entender a sociedade e as relações sociais. Para Durkheim o sujeito faz parte da sociedade e a sociedade o compõe, então, a mesma só faz sentido se :” compreendida como um conjunto cuja existência própria, independentemente de manifestações individuais, exerce sobre cada ser humano uma coerção exterior, a partir de pressões e obrigatoriedades porque, de alguma forma ela não “cabe”na sua totalidade, na mente de cada indivíduo” (SEED, 2006, p.21).

Sendo assim, a precedência da sociedade sobre os indivíduos faz com que a cooperação seja necessária à organização social. Tal cooperação só pode existir no consenso, daí caber à educação papel fundamental neste processo.

Em Max Weber(1864-1920) a orientação vai num outro sentido, para ele o indivíduo prevalece sobre a sociedade. Ele estabelece a Sociologia Compreensiva que vai buscar entender a sociedade partindo da compreensão das ações individuais. Para ele “compreender a sociedade é analisar os comportamentos movidos pela racionalidade dos sujeitos com relação aos outros, é compreender o agir dos homens que se relacionam uns com os outros, de acordo com um cálculo e uma finalidade que tem por base as regras”.(SEED, 2006, p.22).

A sociedade estaria marcada, então, pelo desenvolvimento da racionalidade, rumando a “burocratização”. Caberia, pois, a educação o papel de “(...) prover os sujeitos de conteúdos especializados, eruditos, e de disposições que os predisponham a ter condições – conduta de vida conhecimento especializados – necessárias para realizar suas funções de perito na burocracia profissional” (SEED, 2006, p22).

Outro autor relevante para o entendimento das sociedades é Karl Marx (1818-1883). Muito embora Marx não esteja preocupado com a constituição de uma ciência, suas reflexões são importantes para a compreensão das sociedades.

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Buscando compreender a sociedade capitalista e apontar uma direção para sua transformação, Marx desvenda os mecanismos de exploração e manutenção das relações sociais apontando para o fato das sociedades estarem divididas em classes, enunciou “(...) como lei de validade geral -que a história das sociedades é movida pela luta entre as classes sociais.(SEED, 2006, p.21). Ainda de acordo com o autor, a educação é um mecanismo que, conforme seu conteúdo de classe, pode oprimir ou emancipar o homem. Marx e Engels no período pós guerra estavam preocupados com a formação de um novo homem que fosse partícipe das riquezas materiais e não materiais produzidas pela humanidade. Suas preocupações ou estudos denominaram-se Materialismo Dialético, cujas ideias deram origem a uma corrente na psicologia denominada psicologia Histórico-Cultural. Vigotski, Luria e Leontiev, estudiosos russos embasados no Materialismo Histórico, desenvolveram estudos, tentando compreender a forma como se dá a humanização do homem. Seus estudos demonstram que a individualidade, a humanização se processa através dos condicionantes sociais, contrariando Piaget, que considerava o processo de socialização do ser humano pela maturação biológica ou um mero processo de adaptação ao ambiente. Estes autores ainda consideraram a importância do conhecimento científico para que o ser humano possa dar um salto de qualidade rumo à sua humanização.

Desde então, a preocupação com a sociedade e as relações sociais tem sido a principal preocupação desta ciência, ou seja, entender, explicar e questionar os mecanismos de produção, organização, domínio, controle e poder institucionalizados ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade, possibilitando aos indivíduos compreender e atuar de forma efetiva sobre a realidade que os cercam.

É neste contexto que se faz necessária a introdução desta disciplina na Educação de Jovens e Adultos, tendo em vista que a mesma tem o compromisso com a formação humana e o acesso à cultura geral, a Sociologia contribuirá no desempenho de tal tarefa, na medida em que propicia aos educandos a possibilidade de uma maior compreensão da sociedade onde o mesmo vive e sua atuação sobre a mesma.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA O objeto de estudo da Sociologia são as relações sociais que se estabelecem no interior dos grupos e da sociedade e as relações entre os indivíduos e a coletividade.

No ensino da Sociologia propõe-se que sejam redimensionados aspectos da realidade por meio de uma análise didática e crítica dos problemas sociais.

É preciso, entretanto, levar em conta as particularidades da Educação de Jovens e Adultos, que tem por base o reconhecimento do educando como sujeitos históricos, que voltam a estudar em busca de humanização, e de cidadania. Sendo assim, os conteúdos básicos deverão estar articulados à realidade dos alunos considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculado ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, etc Deve-se ter o cuidado segundo Florestan Fernandes para que o ensino de Sociologia leve em consideração os aspectos elementares e universais da vida social, sempre de forma crítica.

Sugere-se, no entanto, que a disciplina seja iniciada com uma rápida contextualização do surgimento da Sociologia, bem como a apresentação de suas principais teorias na análise/compreensão da realidade. Considera-se relevante a análise do contexto histórico do

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surgimento da Sociologia e a contribuição dos clássicos tradicionais, citando Marx, Durkheim e Weber. A abordagem dada aos conteúdos deverão estar relacionados à Sociologia crítica, caracterizada por posições teórico-práticas que permitam compreender os problemas sociais concretos. Deve-se tratar a Sociologia clássica e contemporânea de forma crítica, entendendo que professores e alunos são pesquisadores, e ambos devem estar buscando através do conhecimento científico, esclarecer questões a respeito das desigualdades sociais, políticas e culturais, visando a transformação da prática social, visando a construção de uma nova sociedade, mais justa e democrática onde o homem possa ser partícipe dos bens materiais e culturais produzidos pela humanidade. O ensino da Sociologia deve tratar pedagogicamente a contextualização histórica e política das teorias sociológicas seguindo o rigor metodológico que a ciência requer.

No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos instrumentos metodológicos, instrumentos estes, que devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e discussão, a apresentação de filmes, a audição de músicas, enfim, o que importa é que o educando seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes. O ensino deve contemplar a dinâmica dos fenômenos sociais.

Por fim, o conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré-noções e preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas á transformação social. Os conteúdos programáticos serão encaminhados metodologicamente estruturados sob os pressupostos conceituais da interdisciplinaridade e serão redimensionados quanto aos aspectos da realidade vivenciada pela turma para a realização de análises críticas e reflexões que internalizem conhecimentos embasados teoricamente, visando mudanças de comportamentos e assimilação de conhecimentos científicos. Dentro da disciplina de Sociologia e de acordo com as leis 11645/08 10639/03, deverão ser trabalhados os problemas sociais contemporâneos, como prevenção às drogas, à violência, educação fiscal, cuidados com o meio ambiente, questões de gênero, cultura afro e indígena, de forma contextualizada e interdisciplinar. As metodologias a serem utilizadas serão as de atividades coletivas para que a construção social se faça presente sempre na organização dos conceitos científicos sobre o estudo da Sociologia. Os passos da didática histórico-crítica sistematizada por Gasparim conduzirá os trabalhos da disciplina, ou seja, partindo da prática social, do senso comum, da realidade dos alunos , para buscar nos conhecimentos científicos as explicações para as mesmas, contextualizando finalmente estes conhecimentos. Dentre as atividades a serem desenvolvidas podemos citar: construção e análise crítica de textos coletivos, pesquisa de campo, análise crítica de livros e filmes, utilização da internet, revistas, jornais, intercâmbio de conhecimentos etc. A utilização de materiais próximos à realidade dos alunos favorece a percepção da realidade e estimula a conhecer outras experiências. O professor ao invés de dar respostas prontas deve estimular o aluno a fazer perguntas e a buscar respostas no seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola,

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na família, nos programas de televisão, na internet, nos livros etc. Um recurso importante que poderá se utilizado são as entrevistas, através das quais pode-se desconstruir pré -conceitos culturalmente construidos. Como encaminhamentos metodológicos para o ensino se Sociologia propõe-se: aulas expositivas dialogadas; visitas a instituições e museus se possível, exercícios escritos e apresentados oralmente e discutidos em grupo, leitura de textos clássicos e contemporâneos, temáticos, didáticos, literários, jornalísticos. Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa, pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica. Análise crítica de filmes, documentários, músicas propagandas, Análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade) O livro didático de Sociologia é um bom suporte teórico metodológico. Mas o professor deve utilizar também outros recursos.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS

1-Conteúdo estruturante: O surgimento da sociologia e as teorias sociológicas

Conteúdos Básicos: Modernidade(Renascimento; Reforma Protestante; Iluminismo; Revolução Francesa e Revolução Industrial).

Desenvolvimento das Ciências;

Senso comum e Conhecimento científico;

Teóricos da sociologia: Comte, Durkheim, Weber, Engels e Marx;

Produção Sociológica Brasileira.

2-Conteúdo estruturante: O processo de socialização e as instituições sociais.

Conteúdos básicos:Instituições familiares;Instituições escolares;Instituições religiosas;Instituições políticas, dentre outras.Instituição de Reinserção(prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

3-Conteúdo estruturante: Cultura e Indústria Cultural.

Conteúdos básicos:

Conceitos antropológicos de cultura;Diversidade cultural;Relativismo;Etnocentrismo;Identidade;Indústria cultural. Indústria cultural no Brasil.

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Meios de comunicação de massa. Sociedade de consumo.Questões de gênero. Cultura afro -brasileira e africana. Culturas indígenas.

4-Conteúdo Estruturante: Trabalho, produção e classes sociais;

Conteúdos básicos:O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades. Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais.Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições.Globalização e neoliberalismo. Relações de trabalho.Trabalho no Brasil.

5– Conteúdo estruturante: Poder, política e ideologia

Conteúdos básicos:Formação e desenvolvimento do Estado Moderno.Democracia e autoritarismo.O Estado no Brasil.Conceitos de poder. Conceitos de ideologia.Conceitos de dominação e legitimidade.As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

6-Conteúdo Estruturante: Direitos, cidadania e movimentos sociais.

Conteúdos básicos:Direitos civis, políticos e sociais. Direitos humanos. Conceito de cidadania.Movimentos sociais.Movimentos sociais no Brasil.A questão ambiental e os movimentos ambientalistas. A questão das ONG's.

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AVALIAÇÃO

O processo de avaliação na disciplina de Sociologia pauta-se numa concepção formativa, continuada e de maneira diagnóstica para que se identifique aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que apresentaram dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. A avaliação, na disciplina de Sociologia, não pode ser confundida com um processo de técnico de medição, neste sentido, é preciso repensar os instrumentos utilizados nesse processo, de modo que os mesmos reflitam os objetivos desejados no desenvolvimento do processo educativo, superando o conteudismo, numa perspectiva marcada pela autonomia do educando.

Sendo assim, as práticas de avaliação em Sociologia, acompanham as próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica em debates, seminários, que acompanham os textos ou filmes, seja na produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, seja na pesquisa bibliográfica, enfim, várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva, ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão e reflexão e contextualização dos conteúdos pelo educando. A avaliação entendida como um compromisso ético para com os educandos como preconiza Vasco Moreto, deve levar em consideração os condicionantes sociais deste aluno, haja vista que é um aluno trabalhador que vem em busca de conhecimentos para sua humanização e sua cidadania. Portanto espera-se que ele se identifique como um ser eminentemente social, fruto dos condicionantes sociais, e que sua individualidade se constrói através das suas relações com o outro. Espera-se também que eles compreendam a questão da diversidade cultural, étnica , religiosa, e as diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades. Que eles compreendam que a cultura e a ideologia podem ser utilizadas como formas de dominação na sociedade contemporânea. Espera-se que os alunos compreendam o poder da indústria cultural e dos meios de comunicação na formação de opiniões, gostos e comportamentos. Que eles entendam que consumismo como produto de uma cultura de massas está relacionado a um determinado sistema econômico, político e social. Que eles compreendam a diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história, e as especificidades do trabalho na sociedade capitalista. Que as desigualdades sociais são historicamente construídas e que as transformações nas relações de trabalho são advindas do processo de globalização. Espera-se que o aluno compreenda as contradições da formação do Estado Moderno e as relações de poder presentes nas sociedades. Que avaliem o papel das ideologias nos vários contextos sociais. Que compreendam os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes sociedades. Que percebam criticamente as várias formas de violência na sociedade brasileira. Que compreendam o contexto histórico da conquista de direitos e sua relação com a cidadania. Que considerem que direitos hoje considerados “naturais” são resultados de da luta de diversos indivíduos ao longa do tempo. Que sejam capazes de identificar grupos em situação de vulnerabilidade em nossa sociedade problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos. Que entenda as várias faces da cidadania. Que compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais e suas especificidades. Que principalmente o aluno se perceba como um ser essencialmente social, que se humaniza dado os condicionantes sociais mediados pelo conhecimento universal elaborado, ou seja, o Conhecimento Científico que é produto do trabalho do homem construído culturalmente, e que o acesso aos bens culturais é um direito e a educação é um patrimônio da humanidade.

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A recuperação de estudos dar-se-á no próprio processo ensino-aprendizagem, onde professor retomará os conteúdos com outras metodologias, de forma que todos os alunos se apropriem dos conhecimentos. Aos alunos com necessidades especiais se farão adequações no prédio ( acessibilidade ) e no currículo, e o ensino será de forma que o mesmo, dentro de suas possibilidades e limitações possa se apropriar dos conhecimentos. A Avaliação deste aluno será de forma diferenciada adequada às suas necessidades.

REFERÊNCIAS

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ANTUNES, R. (Org.) A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. SãoPaulo: Expressão popular, 2004.

AZEVEDO, F. Princípios de sociologia:pequena introdução ao estudo dasociologia geral. São Paulo: Duas Cidades, 1973.

BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio deJaneiro: Paz e Terra, 1990.

BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular: leituras de operárias. 5 ed.Petrópolis: Vozes, 1981.

COELHO, T. O que é indústria cultural. 15ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.

COMTE, A . Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

GIDDENS, A . Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed,2005.

GOHN, M. G. (Org.) Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e novos atores sociais. Petrópolis: Vozes, 2003.

LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. 12 ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Sociologia. Curitiba, 2006.

MARX, K. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.

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DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS

CONCEPÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS

A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de acordo com suas Diretrizes Curriculares e em consonância com as discussões realizadas com os professores da rede pública estadual de ensino, apresenta os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Ciências, que norteiam a elaboração da proposta curricular desta disciplina.

Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e aprendizagem de Ciências no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a devida reflexão, seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos educandos de buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo conhecimento científico.

É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus contextos e valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Ciências no contexto escolar. Para tanto,

deve-se reconhecer que a ciência é diferente da disciplina escolar ciências. A ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e posturas. Seu objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro conjunto de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados esperados, aliás planejados, para que o estudante possa entender o que é conhecido. A ciência sabe como procurar mas não conhece resultados de antemão. O ensino, ao contrário, conhece muito bem quais são os objetivos a encontrar, mas as discussões de como proceder para alcançá-los apontam para diferentes caminhos. Existe portanto uma diferença fundamental entre a comunicação de conhecimento em congressos científicos, entre cientistas, e a seleção e adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado na escola por professores e alunos. (BIZZO, 2002, p.14)

Nessa perspectiva, a disciplina de Ciências tem como fundamento o conhecimento científico proveniente da ciência construída historicamente pela humanidade.

Os fatos cotidianos e os conhecimentos adquiridos ao longo da história podem ser entendidos pela interação das várias áreas do conhecimento, revelando a importância da Química, da Física, da Biologia, da Astronomia e das Geociências, que se complementam para explicar os fenômenos naturais e as transformações e interações que neles se apresentam.

Os fenômenos não são explicados apenas por um determinado conhecimento, portanto, é importante estabelecer as relações possíveis entre as disciplinas, identificando a forma com que atuam e as dimensões desses conhecimentos, pois o diálogo com as outras áreas do conhecimento gera um movimento de constante ampliação da visão a respeito do que se estuda ou se conhece.

Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Ciências na EJA é a reflexão sobre a importância da vida no Planeta. Isso inclui a percepção das relações históricas, biológicas, éticas, sociais, políticas e econômicas, assim como, a responsabilidade humana na conservação e uso

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dos recursos naturais de maneira sustentável, uma vez que dependemos do Planeta e a ele pertencemos.

O caminho evolutivo da ciência promoveu o avanço tecnológico que deve ser discutido no espaço escolar, de tal maneira que o educando possa compreender as mudanças ocorridas no contexto social, político e econômico e em outros meios com os quais interage, proporcionando-lhe também o estabelecimento das relações entre o conhecimento trazido de seu cotidiano e o conhecimento científico e, partindo destas situações, compreender as relações existentes, questionando, refletindo, agindo e interagindo com o sistema.

Essa relação entre ciência e tecnologia, aliada à forte presença da tecnologia no cotidiano das pessoas, já não pode ser ignorada no ensino de Ciências, e sua ausência aí é inadmissível. Consideram-se, ainda, os efeitos da ciência/tecnologia sobre a natureza e o espaço organizado pelo homem, o que leva à necessidade de incluir no currículo escolar uma melhor compreensão do balanço benefício-malefício da relação ciência-tecnologia (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002, p.68-69).

É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário possibilitar ao educando perceber os aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que ele possa atuar de forma consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e políticos que sustam a vida.

O conjunto de saberes do educando dev A recuperação de estudos dar-se-á no próprio processo ensino-aprendizagem, onde professor retomará os conteúdos com outras metodologias, de forma que todos os alunos se apropriem dos conhecimentos.

Aos alunos com necessidades especiais se farão adequações no prédio ( acessibilidade ) e no currículo, e o ensino será de forma que o mesmo, dentro de suas possibilidades e limitações possa se apropriar dos conhecimentos. A Avaliação deste aluno será de forma diferenciada adequada às suas necessidades e ser considerado como ponto de partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social.

As Ciências Naturais são compostas de um conjunto de explicações com peculiaridades próprias e de procedimentos para obter essas explicações sobre a natureza e os artefatos materiais. Seu ensino e sua aprendizagem serão sempre balizados pelo fato de que os sujeitos já dispõem de conhecimentos prévios a respeito do objeto de ensino. A base de tal assertiva é a constatação de que participam de um conjunto de relações sociais e naturais prévias a sua escolaridade e que permanecem presentes durante o tempo da atividade escolar (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002, p.131).

Dessa forma, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Ciências na EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente.

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Assim, o ensino de ciências deve contemplar a articulação entre as diversas áreas de ensino, promovendo a integração das diversas culturas dando ênfase a cultura afro-brasileira, valorizar os conhecimentos trazidos pelos alunos ligados a vida do campo e incluir estes conhecimentos para a prática pedagógica na escola. Considerar a diversidade de gênero, respeitando as individualidades, bem como considerar de forma particular as pessoas com necessidades especiais e as pessoas com dificuldade de aprendizagem. Para tanto os conteúdos serão trabalhados de forma expositiva, trabalhos em grupo, pesquisas bibliográficas e de campo, participação em eventos e campanhas. Neste contexto a utilização das diversas mídias presentes na escola é de fundamental importância para fazer esta conexão entre o saber elaborado, as perspectivas científicas e as práticas do cotidiano.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto da ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e espaço e, no estudo na disciplina de Ciências, como uma das formas de resgate e de construção de melhores possibilidades de vidas individuais e coletivas, há que se optar por uma metodologia de ensino e de aprendizagem adequada à realidade do educando da EJA, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais propostas para esta modalidade de ensino. Segundo RIBEIRO (1999, p.8),

criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.

Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos educandos, a compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou seja, que o conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos previamente pelos educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da aprendizagem, considerando que:

o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de forma real, como ponto de partida, o conjunto de saberes trazidos pelos educandos;

as experiências dos educandos no mundo do trabalho; a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, ainda, o tempo

pedagógico e o tempo físico; as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico. a incorporação das mídias no cotidiano escolar do educando;

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o respeito das individualidades de cor, raça, credo, gênero e diversidade.

Nesse aspecto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de Ciências de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos dos conteúdos com as diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode acontecer a partir de uma problematização, ou seja, em lançar desafios que necessitem de respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada" (SAVIANI, 1993, p.26). As dúvidas são muito comuns na disciplina de Ciências, devendo ser aproveitadas para reflexão sobre o problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização, sem reduzir os conteúdos apenas à sua aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico.

Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de Ciências é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.

É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o olhar atento e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.

A busca de soluções para as problematizações constitui-se em referência fundamental no ensino de Ciências. Quando elaborada individual ou coletivamente deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou indivíduo.

Uma estratégia comum em Ciências é a utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Deve-se considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como lugares alternativos, situações ou eventos para se desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75),

é importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.

Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66), propõe‘ 304

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que ele deve ser utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos.

Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os diversos saberes, estimular a autonomia intelectual dos mesmos, através da criticidade, do posicionamento perante as situações-problemas e da busca por mais conhecimentos. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida sequência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade desses conteúdos, assim como a coerência dos mesmos no processo educativo.

Ainda de acordo com a Lei Nº 10.639/2003 e as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana são propostas as seguintes atividades:

Estudo sobre as teorias antropológicas;Estudo das características biológicas (biotipo) dos diversos povos;Contribuição dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da Ciência

e Tecnologia;Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos, in loco, considerando

aspectos políticos, econômicos, ambientais, culturais e sociais intrínsecos a referida situação;Índice de desenvolvimento humano.Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na instrução 009/11 – SUED/SEED;

inclusão e diversidades, diversidade cultural e desigualdades sociais, educação do campo, cultura afro-brasileira, prevenção ao uso de drogas, violência e educação ambiental, serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Segundo as diretrizes, entende-se o conceito de Conteúdos Estruturantes como conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Os conteúdos estruturantes são constructos históricos e estão atrelados a uma concepção política de educação, por isso não são escolhas neutras.

Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino (LOPES, 1999).

A aprendizagem significativa envolve aquisição/construção de significados num processo análogo ao que defende Vygotsky sobre o processo de internalização dos conceitos. Isto quer dizer que, a aprendizagem de conteúdos científicos escolares assume um significado cognitivo, enquanto estrutura de conhecimento possuidora de instrumentos e signos. Instrumento ‘ 305

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é algo, como a linguagem, que pode ser usado para dar significado às coisas; signo é algo que representa (significa) uma ideia (MOREIRA,1999).

A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências deve considerar a relevância dos mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a integração conceitual dos saberes científicos na escola. Sendo assim, os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes Ciências de referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras. A metodologia de ensino deve promover inter-relações entre os conteúdos selecionados, de modo a promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciências. Essas inter-relações devem se fundamentar nos Conteúdos Estruturantes.

Desde que foi inserida no currículo escolar, a disciplina de Ciências passou por muitas alterações em seus fundamentos teórico-metodológicos e na seleção dos conteúdos de ensino. Isso ocorreu em função dos diferentes interesses econômicos, políticos e sociais sobre a escola básica e dos avanços na produção do conhecimento científico. Contudo, essa disciplina sempre contribuiu para superar a banalização do conhecimento que se alicerça, muitas vezes, na consolidação de conceitos equivocados, socialmente validados e tomados como um saber “científico”.

Corroborando essas idéias, Santos, Stange e Trevas (2005) destacam a necessidade de uma abordagem integradora no ensino de Ciências para superar a construção fragmentada de um mesmo conceito. Esse processo deve ocorrer tanto na disciplina de Ciências, própria do currículo do Ensino Fundamental, quanto nas disciplinas que abordam conceitos científicos no Ensino Médio. Por exemplo, o conceito de pressão é, normalmente, trabalhado nas disciplinas de Física, Biologia e Química, mas sem integração, o que leva o estudante a pensar, muitas vezes, que se trata de três conceitos distintos.

Propõe-se, então, que o ensino de Ciências aconteça por integração conceitual e que estabeleça relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os conteúdos científicos escolares e o processo de produção do conhecimento científico (relações contextuais).

Segundo as Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:

• Astronomia • Matéria • Sistemas Biológicos • Energia • Biodiversidade

Propõe-se que o professor trabalhe com os cinco conteúdos estruturantes em todas as séries, a partir da seleção de conteúdos específicos da disciplina de Ciências adequados ao nível de desenvolvimento cognitivo do estudante. Para o trabalho pedagógico, o professor deverá manter o necessário rigor conceitual, adotar uma linguagem adequada à série, problematizar os conteúdos em função das realidades regionais, além de considerar os limites e possibilidades dos livros didáticos de Ciências.

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ASTRONOMIA

A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Numa abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos geocêntrico e heliocêntrico, bem como sobre os métodos e instrumentos científicos, conceitos e modelos explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de grande interesse dos estudantes porque por meio deles buscam-se explicações alternativas para acontecimentos regulares da realidade, como o movimento aparente do Sol, as fases da Lua, as estações do ano, as viagens espaciais, entre outros.

Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do Universo. Apresentam-se, a seguir, os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos necessários para o entendimento de questões astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• universo; • sistema solar; • movimentos celestes e terrestres; • astros; • origem e evolução do universo; • gravitação universal.

MATÉRIA

No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.

Apresentam-se, a seguir, conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento da constituição e propriedades da matéria e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• constituição da matéria; • propriedades da matéria.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração.

Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia-se a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.

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Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• níveis de organização; • célula; • morfologia e fisiologia dos seres vivos; • mecanismos de herança genética.

ENERGIA

Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas ideias do calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria do calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei da conservação da energia.

Destaca-se que a ciência não define energia. Assim, tem-se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear, bem como os mais variados tipos de conversão de uma forma em outra.

Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a conservação e a transformação de uma forma de energia em outra e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• formas de energia; • conservação de energia; • conversão de energia; • transmissão de energia.

BIODIVERSIDADE

O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número de espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada ao entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem.

Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter-relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997).

Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de Ciências, a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intrarrelacionados. Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos científicos que interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas; as relações ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram e

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ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido transformações. Apresentam-se, para este conteúdo estruturante, alguns conteúdos básicos que

envolvem conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a biodiversidade e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• organização dos seres vivos; • sistemática; • ecossistemas; • interações ecológicas; • origem da vida; • evolução dos seres vivos. Todos os conteúdos básicos, apresentados nos conteúdos estruturantes, são essenciais

na disciplina de Ciências. No Plano de Trabalho Docente esses conteúdos básicos devem ser desdobrados em conteúdos específicos a serem abordados pelos professores de Ciências em função de interesses regionais e do avanço na produção do conhecimento científico.

A história da ciência A história da ciência é fundamental para o professor de Ciências, pois ele não apenas

transmite aos seus alunos os conteúdos (resultados) dessa ciência, mas também (consciente ou inconscientemente) uma concepção sobre o que é Ciência. Ora, o conhecimento sobre a natureza da pesquisa científica só pode ser adquirido de duas formas: ou pela prática da pesquisa e contato com cientistas (isto é, pela vivência direta) ou pelo estudo da História da Ciência (MARTINS, 1990, p. 04).

Considera-se que a história da ciência contribui para a melhoria do ensino de Ciências porque propicia melhor integração dos conceitos científicos escolares, prioritariamente sob duas perspectivas: como conteúdo específico em si mesmo e como fonte de estudo que permite ao professor compreender melhor os conceitos científicos, assim, enriquecendo suas estratégias de ensino (BASTOS, 1998). A história da ciência contribui ainda

Para contrabalançar os aspectos puramente técnicos de uma aula, complementando-os com um estudo de aspectos sociais, humanos e culturais. Informações (preferivelmente bem fundamentadas) sobre a vida de cientistas, a evolução de instituições, o ambiente cultural geral de uma época, as concepções alternativas do mesmo período, as controvérsias e dificuldades de aceitação de novas ideias – tudo isso pode contribuir para dar uma nova visão da ciência e dos cientistas, dando maior motivação ao estudo. (...) Recentemente, tomou-se consciência de que o aprendizado das Ciências é, às vezes, dificultado por concepções de “senso comum” que, de um modo geral, coincidem com as concepções abandonadas ao longo da história (MARTINS, 1990, p. 04).

O professor de Ciências, ao optar pelo uso de documentos, textos, imagens e registros da história da ciência como recurso pedagógico, está contribuindo para sua própria formação científica, além de propiciar melhorias na abordagem do conteúdo específico, pois sem a história da ciência perde-se a fundamentação dos fatos e argumentos efetivamente observados, propostos e discutidos em certas épocas. “Ensinar um resultado sem a fundamentação é simplesmente doutrinar e não ensinar ciência” (MARTINS, 1990, p. 04). ‘ 309

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AVALIAÇÃO

Nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade. A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.

O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver a reflexão de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por parte do educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de partida para a revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo educando e, principalmente, pelo educador.

O ensino de Ciências na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.

Partindo da ideia de que a metodologia deve respeitar o conjunto de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo.

A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, deve-se respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos educandos da EJA em todos os seus aspectos, oportunizando-lhe o acesso e a permanência no sistema escolar. Há necessidade, tanto por parte do educador, quanto da comunidade escolar, de conhecer o universo desses educandos, suas histórias de vida e suas trajetórias no processo educativo, visto que, cada um seguirá seu próprio caminho, dentro dos seus limites. Portanto, a avaliação tem como objetivo promover um diálogo constante entre educador e educandos, visando o seu êxito nos estudos e, de modo algum, a sua exclusão do processo educativo.

Assim, deve ser contínua e priorizar a qualidade e o processo da aprendizagem, proporcionando a verificação do desempenho do aluno ao longo de todo o ano e não apenas em uma prova ou trabalho. Cada aluno possui um modo e ritmo próprio de aprender. Cabe ao professor diversificar as estratégias de avaliação para que o aluno possa acompanhar o processo de aprendizagem, pois a avaliação só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para o aprendizado do aluno e não deve ser usada como punição, mas como um instrumento que auxilie o educando em seu desenvolvimento. A avaliação pode ser feita por meio de várias estratégias, tais como:

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Inicial ou Diagnóstica: é o resgate do conhecimento prévio do aluno sobre o tema. O levantamento não deve ser medido para nota, e sim para informar o professor sobre de que ponto o aluno partiu e o quanto ele avançou após a sistematização de conhecimentos;

Avaliação da participação do aluno em sala de aula: onde o professor pode considerar o interesse do aluno em sala de aula, manifestando sob a forma de respostas às perguntas que o professor faz, entrega das atividades extra classe solicitadas e postura adequada e respeitosa diante do professor e dos colegas; Trabalhos individuais de pesquisa: ao solicitar uma pesquisa, não se deve simplesmente passar o tema, é importante que ele seja encaminhado na realização deste processo, como e onde encontrar a informação.

Trabalhos em grupo: poderá ser considerado a qualidade de trabalho em si, a auto avaliação do aluno quanto à sua atuação no grupo e a avaliação de cada membro do grupo em relação à atuação de cada colega.

Avaliação escrita: é um importante instrumento para se avaliar as capacidades e o progresso individual do aluno quanto ao saber elaborado.

Após cada avaliação escrita é feita a recuperação paralela que proporciona ao aluno a recuperação dos conteúdos e da nota.

Para atender os alunos com necessidades educativas especiais, serão adequados os objetivos, os conteúdos, metodologia e organização didática, tempo e critérios de avaliação. Os alunos poderão ser avaliados com instrumentos diferenciados, como provas mais objetivas e menos extensas ou outras formas, de maneira que a mesma não se tornem obstáculos para o diagnóstico de sua aprendizagem e seu desenvolvimento.

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DISCIPLINA DE BIOLOGIA

CONCEPÇÃO DO ENSINO DE BIOLOGIA

A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de acordo com suas Diretrizes Curriculares e em consonância com o documento apresentado como a segunda proposta preliminar das Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino Médio de Biologia da Rede Estadual de Ensino do Paraná, apresenta os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Biologia, que norteiam a elaboração da proposta curricular desta disciplina.

Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e aprendizagem da Biologia no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a devida reflexão, seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos educandos em buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo conhecimento científico.

É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus contextos e valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Biologia no contexto escolar.

Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia - Ensino Médio, desta Secretaria de Estado da Educação, “é objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda, de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo, transformadas e transformadoras do ambiente”.

Nas Diretrizes, ainda, afirma-se que “ao longo da história da humanidade várias foram as explicações para o surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. Elementos da História e da Filosofia tornam possível, aos

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alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de relações entre a produção científica e os contextos sociais, econômicos e políticos. É possível verificar que a formulação, a validade ou não das diferentes teorias científicas está associada a seu momento histórico.”

As Diretrizes do Ensino Médio para a disciplina de Biologia consideram que “o conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa. Sabe-se que desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, ou Homo sapiens, não foi o ser predominante, e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui passaram. Por outro lado, ao longo deste processo de humanização, que durou aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala, diferenciando-se de todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao homem a socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o início das atividades agrícolas”.

Ressaltam também, “o papel da Ciência e da sociedade como pontos articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos, enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social, reconhecerem suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza (...) É preciso que estes sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem do planeta o maior ser vivo conhecido”.

É importante que o educando jovem e adulto tenha acesso ao conhecimento científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário que perceba os aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que possa atuar de forma consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e políticos que sustentam a vida.

OBJETIVO

Proporcionar ao educando o acesso ao conhecimento científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber questionador e reflexivo fazendo com que o mesmo perceba os aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que possa atuar de forma consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e políticos que sustentam a vida.

Também é importante ressaltar que dentro dos aspectos históricos da Biologia pretende-se demonstrar aos educandos que, ao longo da história da humanidade, o homem sempre procurou entender como os fenômenos naturais ocorrem, qual a origem e a evolução dos seres vivos e os fatores determinantes da sobrevivência das espécies ao longo do tempo. Pretende-se reconhecer o recente avanço tecnológico e a expansão das pesquisas científicas que se apresentam na mídia atualmente, especialmente as descobertas científicas da área da Biotecnologia.

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E ainda, analisar e refletir sobre questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa.

Incentivar a participação dos educandos, seus posicionamentos, percepções e interpretações dos fatos e fenômenos biológicos são importantes, uma vez que aprender envolve a produção ou criação de novos significados, durante a apropriação dos conhecimentos científicos pelos estudantes.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O conjunto de saberes do educando deve ser considerado o ponto de partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social.

Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de Biologia- Ensino Médio – SEED-PR, “ na escola, a Biologia deve ir além das funções que já desempenha no currículo escolar. Ela deve discutir com os jovens instrumentalizando-os para resolver problemas que atingem direta ou indiretamente sua perspectiva de futuro”.

As Diretrizes, ainda, consideram que:

para a discussão de todas estas características sócio ambientais e do papel do ensino formal de Biologia, as relações estabelecidas entre professor-aluno e aluno-aluno são determinantes na efetivação do processo ensino-aprendizagem, e para isto, há necessidade de leitura e conhecimento sobre metodologia de ensino para que as aulas de Biologia sejam dinâmicas, interessantes, produtivas, e resultem em verdadeira aprendizagem.

Ressaltam também que, “pensar criticamente, ser capaz de analisar fatos e fenômenos ocorridos no ambiente, relacionar fatores sociais, políticos, econômicos e ambientais exige do aluno investigação, leitura, pesquisa. No ensino de Biologia, diferentes metodologias podem ser utilizadas com este propósito. A metodologia de investigação, por exemplo, permite ao aluno investigar a realidade buscando respostas para solucionar determinados problemas”.

Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto da ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e espaço e, ainda na disciplina de Biologia, como forma de resgate e de construção de melhores possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se optar por uma metodologia de ensino e aprendizagem adequada à realidade do aluno da EJA. Segundo RIBEIRO (1999, p.8),

criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.

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Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos educandos, a compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou seja, que o conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos previamente pelos educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da aprendizagem, considerando:

que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de forma real, como ponto de partida o conjunto de saberes trazidos pelos educandos;

as experiências dos educandos no mundo do trabalho; a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, o tempo pedagógico e o

físico, visto que os mesmos interferem na sua “formação” científica; as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico; a incorporação das mídias no cotidiano escolar do educando; o respeito das individualidades de cor, raça, credo, gênero e diversidade;

Nesse contexto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode-se dar a partir de uma problematização, ou seja, em lançar desafios que necessitem de respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.26)”. As dúvidas são muito comuns na disciplina de Biologia, devendo ser aproveitadas para reflexão sobre o problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização, sem reduzir os conteúdos apenas à sua aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico.

Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de Biologia é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.

É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o olhar atento e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.

A busca de soluções para as problematizações constitui-se em referência fundamental no ensino de Biologia. Quando elaborada individual ou coletivamente deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou indivíduo.

Uma estratégia comum em Biologia é a utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Deve-se considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como espaços alternativos, situações ou eventos

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para se desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75),

é importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.

Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos.

Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os diversos saberes, estimular a autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida sequencia linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade dos mesmos, bem como a coerência dos mesmos no processo educativo.

O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver a reflexão, de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por parte do educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de partida para a revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo educando e, principalmente, pelo educador.

O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.

Partindo da ideia de que a metodologia deve estar respeitando o conjunto de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo.

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A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, visto que o ensino de Biologia deve respeitar e valorizar a realidade do educando em todos os seus aspectos, principalmente naqueles que deram origem à sua exclusão do processo educativo.

Finalmente, sendo essencial considerar o desenvolvimento cognitivo dos alunos relacionando suas experiências, sua idade, sua identidade cultural e social e os diferentes significados e valores que as Ciências Naturais podem ter para eles, para que a aprendizagem seja significativa os conteúdos serão trabalhados com:

Avaliação diferenciada; Material apropriado; Atenção mais direcionada; Respeito às limitações.A metodologia aplicada será flexível, pois, é essencial a realização de atividades

variadas que promovem o aprendizado, criando oportunidades de o aluno expor sobre um determinado conteúdo seus significados pessoais. A sala de aula será um espaço de discussões e trabalhos, atividades e outros exercícios.

A aula dialogada e expositiva será complementada através de imagens e vídeos com utilização da TV multimídia, articulando dessa maneira, o processo de ensino e aprendizagem com os recursos tecnológicos. A leitura, a escrita, a produção e interpretação de textos, são recursos necessários para desenvolver o raciocínio e potencialidade dos educandos. Buscar-se-á ainda:

Elaborar sínteses, tabelas e gráficos, cartazes e maquetes dos temas estudados; Elaborar relatórios de aulas práticas; Utilizar a pesquisa, experimentos, coleta e catalogação de materiais como

complemento aos conteúdos estudados.Os dados obtidos em demonstrações, em visitas, em relatos de experiências deverão

permitir, através de trabalho em grupo, discussões coletivas, a construção de conceitos e o desenvolvimento de habilidades.

Será considerada a diversidade de gênero, respeitando as individualidades sendo atendidos de forma particular os alunos com necessidades especiais e/ou com dificuldade de aprendizagem. Para tanto, serão realizadas as devidas adequações (aumento da fonte de materiais e avaliações, número reduzido de questões e mais objetivas, explicação mais devagar), considerando as suas limitações para se apropriar dos conhecimentos. Além do mais, será privilegiada a interdisciplinaridade e a construção conceitual do conteúdo pelo aluno.

Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011-SUED/SEED serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes à disciplina, propostos nas DCEs.

Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos didáticos e tecnológicos disponíveis, serão feitas inserções acerca dos desafios educacionais contemporâneos, para serem discutidos assuntos referentes à Educação Ambiental, Sexualidade, Educação Fiscal, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento à Violência nas Escolas e Relações Étnico-Raciais, além de promover uma educação inclusiva.

O trabalho será desenvolvido de acordo com o perfil do aluno do EJA, levando em consideração os eixos norteadores da EJA que são CULTURA, TRABALHO E TEMPO.

CONTEÚDOS

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A proposta de sugestão de conteúdos básicos para a elaboração do currículo da disciplina de Biologia na Educação de Jovens e Adultos – EJA, fundamenta-se nas “Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná– SEED – PR.

É importante considerar que a organização dos conteúdos curriculares da disciplina de Biologia na EJA tem o objetivo de contemplar as necessidades e o perfil dos educandos desta modalidade de ensino da Educação Básica.

Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio – SEED-PR,os conteúdos básicos são entendidos como os saberes mais amplos da disciplina que podem ser desdobrados nos conteúdos pontuais que fazem parte de um corpo estruturado de saberes construídos e acumulados historicamente e que identificam a disciplina como um campo do conhecimento. Dentro da perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo "conteúdo" não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos alunos para que estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem, etc. Hoje, o critério que decide se certos conhecimentos concretos devem ser incluídos no currículo não se restringe ao seu valor epistemológico e aceitação como conhecimento válido: a relevância cultural, o valor que lhes é atribuído no âmbito de uma cultura particular em um determinado momento histórico, entra em cena.

Segundo as Diretrizes,estabelecer os conteúdos básicos para o ensino de Biologia requer uma análise desse momento histórico, social, político e econômico que vivemos; da relevância e abrangência dos conhecimentos que se pretendem serem desenvolvidos nessa modalidade de ensino; da atuação do professor em sala de aula; dos materiais didáticos disponíveis no mercado; das condições de vida dos alunos e dos seus objetivos. A decisão sobre o que e como ensinar Biologia no Ensino Médio deve ocorrer de forma a promover as finalidades e objetivos dessa modalidade de ensino e da disciplina em questão. Não se trata de estabelecer uma lista de conteúdos em detrimento de outra por manutenção tradicional ou por inovação arbitrária. Referimo-nos aos conceitos e concepções que têm a ver com a construção de uma visão de mundo; outros práticos e instrumentais para a ação, e ainda aqueles que permitem a formação de um sujeito crítico.Precisaremos estabelecer conteúdos básicos que, por sua abrangência, atendem às realidades regionais e, ao mesmo tempo garantem a identidade da disciplina.

Na proposta, elaborada a partir das discussões com os professores do Ensino Médio Regular, propõe-se ampliar a integração entre os conteúdos básicos, destacando os aspectos essenciais sobre a vida e a vida humana que vão ser trabalhados por meio dos conhecimentos científicos referenciados na prática.

Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo disciplinar sempre esteve pautado pelo fenômeno VIDA e influenciado pelo pensamento historicamente construído, correspondente à concepção da Ciência a cada época à maneira de conhecer a natureza.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização do seres vivos Mecanismos biológicos Biodiversidade Manipulação genética

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CONTEÚDOS BÁSICOS

Características gerais dos seres humanos Fundamentos Químicos das células Organização celular Células e energia Material genético Núcleo e divisão celular Embriologia - a reprodução e o desenvolvimento da espécie humana Desenvolvimento embrionário – segmentação, gastrulação e organogênese Anexos embrionários Histologia animal Implicações dos avanços biológicos Classificação dos seres vivos – categorias taxonômicas e nomenclatura Os reinos dos seres vivos – definições e curiosidades Vírus Bactérias Reino protista Reino animalia Filo chordata Reino plantae Organização geral das plantas Fisiologia vegetal Fundamentos e hereditariedade Herança de dois ou mais pares de alelos Sexo e herança Fisiologia e anatomia humana e animal comparada Origem da vida Ecologia Evolução

Ainda no que consta nas Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio – SEED-PR, há a justificativa para a organização e distribuição dos Conteúdos básicos, descrita a seguir:

Os Conteúdos básicos de Biologia ao mesmo tempo agrupam as diferentes áreas da Biologia e proporcionam um novo pensar sobre como relacioná-los sem que se perca de vista o objetivo do ensino da disciplina no Ensino Médio. A nova proposta pretende modificar a estrutura firmada pela trajetória que o ensino de Biologia vem atravessando nestas últimas décadas. Estabelece os conteúdos básicos e um novo olhar de forma a relacioná-los com seus conteúdos pontuais sob os pontos de vista vertical, transversal e horizontal, procurando uma lógica dialética que leve o professor a integrá-los e relacioná-los de maneira que o aluno não tenha mais uma visão fragmentada da biologia.

Organização e distribuição dos seres vivos

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O estudo acerca da organização dos seres vivos, iniciou-se com as observações macroscópicas dos animais e plantas da natureza.

Somente com o advento da invenção do microscópio por Robert Hooke século XVII, com base nos estudos sobre lentes de Antonie von Leewenhoeck, o mundo microscópico até então não observado foi evidenciado à luz da Ciência e da Tecnologia.

A descoberta do mundo microscópico colocou em xeque várias teorias sobre o surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as estruturas celulares. Como exemplos desta influência têm-se o estudo da anatomia das células das plantas pelo holandês Jan Swammerdam e, o aperfeiçoamento das Teorias Evolucionistas ambas no séc. XVII.

No séc. XIX, à luz destas descobertas e Teorias, o alemão Christian Heineich Pander e o estoniano Karl Ernst von Baer desenvolveram estudos sobre a embriologia que estabeleceram as bases para estudos da Teoria Celular. Hugo von Mohl descobriu a existência do núcleo e do protoplasma da célula; Walther Fleming estudou o processo de mitose nos animais e Eduard Strasburger estudou este processo nas plantas.

Assim, como relatam GAGLIARD & GIORDAN (apud BASTOS, 1998, p 255) ... a relação entre o nível microscópico e o macroscópico é um conceito básicos: uma vez que o aluno tenha adquirido poderá entender que a compreensão de todos os fenômenos de um ser vivo requer um conhecimento dos níveis moleculares subjacentes. Justifica-se este conteúdo básico por ser a base do pensamento biológico sobre a organização celular do ser vivo, relacionando-a com a distribuição dos seres vivos na Natureza, o que proporcionará ao aluno compreender a organização e o funcionamento dos fenômenos vitais e estabelecer conexões com os demais conteúdos básico da disciplina.

Biodiversidade

A curiosidade humana sobre os fenômenos naturais e a necessidade de caçar para se alimentar e vestir, tentar curar doenças, entre outras atividades vitais, fizeram com que o homem passasse a estudar e observar a Natureza. Tem-se registros deste conhecimento biológico empírico das atividades humanas, através das representações de animais e plantas nas pinturas ruprestes realizadas nas cavernas e também de alguns manuscritos deixados pelos Babilônios por volta do ano 1800 a.C.

A organização dos seres vivos começou a ser registrada em documentos com o Filósofo Aristóteles, que viveu no século IV a.C. e através de suas observações ele escreveu o livro “As Partes dos Animais”. Seu discípulo Teofasto deteve-se mais aos estudos das plantas, iniciando uma pré-classificação dos vegetais agrupando-as em espécies afins. Pelos seus estudos detalhados dos órgãos vegetais e descrição dos tecidos que as formam, Teofasto é considerado o fundador da anatomia vegetal.

Percebe-se que as primeiras áreas da Biologia foram a zoologia e a botânica, não só pela curiosidade e necessidade, mas também pela facilidade de observação.

Justifica-se estudá-las pelos mesmos motivos dos povos antigos que seria conhecer a diversidade de plantas e animais que habitam a Terra, qual sua utilidade para a nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres vivos.

Além destes aspectos, há a necessidade de se estudar outras implicações decorrentes da história da humanidade que permeiam hoje as atividades agrícolas, de manejo de Florestas, o mau uso dos recursos naturais, a destruição das espécies de animais e vegetais, a construção de

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cidades em lugares impróprios para habitação, como também, a influência da tecnologia em nosso cotidiano. Esclarecer que ao estudar a Biodiversidade estaremos diante de grandes desafios diante do progresso científico

O significado científico, econômico e ético do estudo da diversidade biológica deve ser compreendido pelos alunos, não só como análise de espécimes mas entendendo que a observação e sistematização do observado é uma atividade científica relevante que se consolida nos sistemas de classificação e na taxionomia. (KRASILCHIK,2004)

Processo de modificação dos seres vivos

No século XVII com a invenção do microscópio pelo holandês Antonie van Leewenhoock (ROOSI, 2001), a biologia chamada celular e molecular tiveram um grande avanço significativo em suas descobertas. Marcelo Malpighi examinou grande quantidade de tecidos animais e vegetais, Robert Hooke descobriu a estrutura celular, e os primeiros micoorganismos, inicialmente denominados animáculos, foram observados (ROSSI, 2001).

Houve muitos avanços tecnológicos decorrentes do advento do microscópio, inclusive a formulação de novas teorias sobre o surgimento da vida, colocando à prova teorias tão dogmáticas como foi a Teoria da Geração Espontânea. Diferentes idéias transformistas foram se consolidando entre os cientistas, mas o grande marco para o mundo científico e biológico foi a publicação do livro “Origens das Espécies” de Charles Darwin, no século XIX. Foi também, na mesma época que Louis Pasteur, demonstrou o papel desempenhado pelos microorganismos no desenvolvimento de doenças infecciosas e realizou estudos sobre a fermentação.

No século XX com o advento da invenção do microscópio eletrônico foi possível em 1953, a descoberta do DNA (ácido desoxirribonucléico), material químico que constitui o gene. Foram desenvolvidas técnicas de manipulação do DNA, que permitem modificar espécies de seres vivos; produzir substâncias como a insulina, através de bactérias; criação de cabras que produzem remédios no leite; criação de plantas com toxinas contra pragas e, de porcos com carne menos gordurosa. Além disso, a terapia gênica tem sido bastante estudada com fins de eliminar doenças geneticamente transmitidas.

A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que podem transformar a nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós mesmos. Daí a importância do seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas as pessoas, para que elas possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma vez que o controle delas e a aplicação destas descobertas científicas são função importante da própria sociedade.

Implicações dos avanços biológicos no contexto da vida

Os avanços científicos atuais permitiram que a genética e a biologia molecular alcançassem uma formidável capacidade tecnológica, que se torna cada vez mais efetiva, como, por exemplo, em poder-se modificar substancialmente um vírus, bactérias, plantas, animais e os próprios seres humanos. (SIDEKUM, 2002)

Esse acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa atordoados, sem saber exatamente até onde podemos chegar e do que realmente podemos nos apropriar, mas por outro lado, estes avanços nos proporcionam um enorme conhecimento sobre a natureza, nos colocando muitas vezes acima dela.

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É importante o estudo da biotecnologia, dos avanços científicos e de suas implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes no caso, de biologia, possam discutir questões como nutrição, saúde, emprego e preservação do ambiente que indiretamente influenciam suas vidas.

A análise de fenômenos biotecnológicos serve também para diminuir a divisão entre a escola e o mundo em que os estudantes vivem, na medida em que estes podem constatar as relações entre a pesquisa científica e a produção industrial ou a tecnologia tradicionalmente usada em sua comunidade. A busca das raízes científicas destas tecnologias tradicionais e de maneiras de aprimorá-las, a fim de que melhor sirvam à necessidade de elevar a qualidade de vida é uma forma de vincular o ensino à realidade em que vive o aluno. (KRASILCHIK, 2004, p. 186)

Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre a manipulação genética do ser humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da tecnologia (biotecnologia) e as perspectivas de mudanças de valores morais. Para CHAUÍ, 1995, “nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral” e movidos pela sensibilidade, somos capazes de reagir, de questionar, de nos manifestar contra ou a favor de determinadas atitudes para procurar esclarecer ou resolver problemas.

Porém, questões sobre aborto, eutanásia, clonagem, transgenia, geram dúvidas quanto à decisão a ser tomada e põem à prova, além do nosso senso moral, nossa consciência moral, “... pois exigem que decidamos o que fazer, que justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e que assumamos todas as consequências delas, porque somos responsáveis por nossas decisões”. (CHAUÍ, 1995).

Caberá ao professor de Biologia indicar temas de discussão ética e auxiliar o aluno na análise “à luz dos princípios, regras e direitos alternativos, além de levar em conta a avaliação intuitiva do aluno” (KRASILCHIK, 2004).

AVALIAÇÃO

Nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade. A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.

O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver a reflexão de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por parte do educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de partida para a revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo educando e, principalmente, pelo educador.

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O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.

Partindo da ideia de que a metodologia deve respeitar o conjunto de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo.

A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, deve-se respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos educandos da EJA em todos os seus aspectos, oportunizando-lhe o acesso e a permanência no sistema escolar. Há necessidade, tanto por parte do educador, quanto da comunidade escolar, de conhecer o universo desses educandos, suas histórias de vida e suas trajetórias no processo educativo, visto que, cada um seguirá seu próprio caminho, dentro dos seus limites. Portanto, a avaliação tem como objetivo promover um diálogo constante entre educador e educandos, visando o seu êxito nos estudos e, de modo algum, a sua exclusão do processo educativo.

Assim, deve ser contínua e priorizar a qualidade e o processo da aprendizagem, proporcionando a verificação do desempenho do aluno ao longo de todo o ano e não apenas em uma prova ou trabalho. Cada aluno possui um modo e ritmo próprio de aprender. Cabe ao professor diversificar as estratégias de avaliação para que o aluno possa acompanhar o processo de aprendizagem, pois a avaliação só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para o aprendizado do aluno e não deve ser usada como punição, mas como um instrumento que auxilie o educando em seu desenvolvimento. A avaliação pode ser feita por meio de várias estratégias, tais como:

Testes ou provas que poderão ser orais, escritas; objetivas, discursivas, ou ambos, (em dupla, individual com ou sem consulta ao conteúdo), relatórios, seminários, questionários, exercícios em sala de aula, produção de textos, participação e desenvolvimento das atividades em sala de aula, apresentação, entre outros, sempre com data marcada com antecedência e esclarecimento dos critérios a serem levados em consideração para o conteúdo avaliado.

Sendo que a avaliação poderá apresentar-se das seguintes formas:Inicial ou Diagnóstica: é o resgate do conhecimento prévio do aluno sobre o tema.

O levantamento não deve ser medido para nota, e sim para informar o professor sobre de que ponto o aluno partiu e o quanto ele avançou após a sistematização de conhecimentos.

Trabalhos individuais de pesquisa: ao solicitar uma pesquisa, não se deve simplesmente passar o tema, é importante que ele seja encaminhado na realização deste processo, como e onde encontrar a informação.

Trabalhos em grupo: poderá ser considerado a qualidade de trabalho em si, a auto avaliação do aluno quanto à sua atuação no grupo e a avaliação de cada membro do grupo em relação à atuação de cada colega.

Avaliação escrita: é um importante instrumento para se avaliar as capacidades e o progresso individual do aluno quanto ao saber elaborado.

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Após cada avaliação escrita é feita a recuperação paralela que proporciona ao aluno a recuperação dos conteúdos e da nota.Esta recuperação dar-se-á no próprio processo ensino-aprendizagem, onde serão retomados os conteúdos com outras metodologias, de forma que todos os alunos se apropriem dos conhecimentos.

Aos alunos com necessidades especiais, a Avaliação será de forma adequada de maneira que estes possam se apropriar dos conhecimentos, onde a sua deficiência não se torne o fator determinante para não aquisição de conhecimentos elaborados.

Destaca-se a seguir os critérios mínimos relacionados aos conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina:

Identificar e comparar as características dos diferentes grupos de seres vivos; Estabelecer relações entre as características específicas dos microrganismos, dos

organismos vegetais e animais, e dos vírus; Classificar os organismos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de

organização celular (procarionte e eucarionte, forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

Reconhecer e compreender a classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos seres vivos;

Compreender a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);

Identificar as estruturas e o funcionamento das organelas citoplasmáticas; Reconhecer a importância e identificar os mecanismos bioquímicos e biofísicos que

ocorrem no interior das células; Compreender os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução,

respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias; Comparar e estabelecer diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais freqüentes

nos sistemas biológicos (histologia); Reconhecer e analisar as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das

espécies; Reconhecer a importância da estrutura genética para a manutenção da diversidade dos

seres vivos; Compreender o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres

vivos; Identificar os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações

existentes entre estes; Compreender a importância e valorizar a diversidade biológica para a manutenção dos

equilíbrios dos ecossistemas; Reconhecer as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em

que vivem; Identificar algumas técnicas de manutenção do material genético e os resultados

decorrentes de sua aplicação/utilização; Compreender a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos

aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-ambientais;

‘ 325

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Relacionar os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica.

Analisar e discutir interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.

REFERÊNCIAS

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DISCIPLINA DE FÍSICA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAOs princípios que norteiam a proposta da elaboração do currículo da disciplina de

Física para a educação de Jovens e Adultos – EJA, baseiam-se na Fundamentação Teórico-Metodológica, contida na parte da “Introdução” das “Orientações Curriculares de Física – Texto Preliminar – Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED/PR.

Os processos ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas por aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Parece haver um certo consenso que “... a preocupação central tem estado na identificação do estudante com o objeto de estudo. Em outras palavras, a questão emergente na investigação dos pesquisadores está relacionada à busca por um real significado para o estudo dessa Ciência na educação básica – ensino médio” (ROSA & ROSA, 2005, p.2).

Os livros didáticos, de uma maneira geral, apresentam um discurso que mostra uma preocupação com a Física como uma ciência que permite compreender uma imensidade de fenômenos físicos naturais, que seriam indispensáveis para a formação profissional ou como subsídio para a preparação para o vestibular e a compreensão e interpretação do mundo pelos sujeitos-educandos. No entanto, neles a ênfase recai nos aspectos quantitativos em detrimento dos qualitativos e conceituais, privilegiando a resolução de “Problemas de Física” que, quase sempre, se traduzem em exercícios matemáticos com respostas prontas. Esse discurso tem norteado o trabalho de muitos professores e, mais que isso, as estruturas curriculares por eles organizadas.

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Não é leviano afirmar que as estruturas curriculares se valem dos livros didáticos para se organizarem. A opção de tal e tal livro didático determinará, a princípio, a constituição das disciplinas que assumem seu espaço curricular, demarcado pelo tempo (número de aulas) e profundidade. Mesmo que o discurso do professor seja amplo, abrangente e propicie contextualizações, em geral, ele fará uso de exercícios e problemas do livro didático e sua avaliação terá como base a literatura disciplinar do livro adotado. É importante lembrar que os livros didáticos dirigidos ao Ensino Médio refletem o mesmo enfoque disciplinar presente no meio universitário, levando os professores a consolidarem, na sua prática pedagógica, o estilo reprodutivista e disciplinar adquirido em sua formação. (...) O peso de uma tradição disciplinar, historicamente constituída, se impõe fortemente aos currículos dos cursos universitários, entre outros motivos, pela sua proximidade (mesmo que virtual) com as comunidades de produtores de conhecimento.

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Nessa perspectiva, “... via de regra, os conteúdos acabam por ser desenvolvidos como se estabelecessem relações com eles mesmos, sendo desconsideradas as diversas relações com outros tópicos da própria Física e de outros campos de conhecimento” (GARCIA; ROCHA; COSTA, 2001, p.138).

Essa concepção faz com que o ensino de Física se transforme num ensino livresco, descontextualizado em sua história, não permitindo a compreensão de que a ciência é uma construção humana, com todas as implicações que isso possa ter, inclusive os erros e acertos decorrentes das atividades humanas, levando o estudante

Assim, a Física deixa de ser mais um instrumento para a compreensão do mundo, não permitindo ao aluno o acesso à compreensão conceitual e ao formalismo próprio deste campo de conhecimentos, essencial para o desenvolvimento de uma cultura em ciência, tendo em vista que “... um número elevado dos estudantes brasileiros, ou, não tem acesso aos estudos superiores ou, segue cursos para os quais a Física não tem caráter propedêutico” (ALVARES, 1991, p.25). Além disso, apesar do incentivo que deve ser dado à carreira universitária, esta deveria ser mais uma possibilidade e não o objetivo principal do ensino desta disciplina no nível médio.

Também parece haver um consenso entre os professores em torno da idéia de que a Física é uma ciência experimental. No entanto, apesar de enfatizarem esse caráter experimental da matéria e a importância dessa consideração no sentido de contribuir para uma melhor compreensão dos fenômenos físicos, é comum

Assim,

Deriva-se daí que a Ciência não é neutra visto que o cientista faz parte de um contexto social, econômico e cultural, influenciando e sendo influenciado por esse contexto, fato que não pode ser ocultado de nossos estudantes. Isso significa mostrar que a ciência não está pronta nem acabada e não é absoluta, mas, revelar aos nossos estudantes “... como é penoso,

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... a ter uma ideia distorcida do que é a Física e quase sempre ao desinteresse pela matéria. Os estudantes devem ser levados a perceber que os modelos dos quais os pesquisadores lançam mão para descrever a natureza são aproximações válidas em determinados contextos, mas que não constituem uma verdade absoluta. Muitas vezes ideias como as de partícula, gás ideal, queda livre, potencial elétrico e muitas outras são apresentadas sem nenhuma referência à realidade que representam, levando o estudante a julgá-los sem utilidade prática. Outras vezes modelo como o de um raio luminoso, de átomo, de campo, de onda eletromagnética, etc, são apresentados como se fossem entes reais. (ALVARES, 1991, p.42)

... adotarem textos que, além de não apresentarem uma só sugestão de experimento a ser realizado pelo professor ou pelos seus alunos, tratam os assuntos sem nenhuma preocupação com seu desenvolvimento experimental. Ou, outros, que se dizem preocupados com o curso voltado para a compreensão dos conceitos, escolherem textos que tratam matematicamente os tópicos abordados, sem trabalharem aspectos cognitivos da aprendizagem. (Ibidem, 1991, p.25)

... como um empreendimento humano, a ciência é falível, ela pode degenerar ou pode responder as supremas aspirações dos homens. Como parte da sociedade, a Ciência também está aberta a influências externas, como qualquer atividade social, pode ser bem ou mal usada. (KNELLER, 1980, prefácio da obra)

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lento, sinuoso e, por vezes, violento, o processo de evolução das ideias científicas” (PONCZEK, 2002, p.22).

Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que vivem ou que viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz parte da cultura social humana, e, portanto, é um direito dos estudantes conhecê-lo.

Além disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam capazes de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões, não podemos deixá-los alheios às questões relativas à Ciência e à tecnologia. Por isso é importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da Ciência e da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas na humanidade decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma percepção histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do tempo.

Mas, considerando que também as tecnologias são historicamente construídas e entendendo que

Considerando ainda que, como nos ensina Paulo Freire, ensinar exige respeito aos sabores dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em Física deve partir do conhecimento prévio dos alunos respeitando seu contexto social e suas concepções espontâneas a respeito de ciência.

Em primeiro lugar, de acordo com MOREIRA (s/d, p.2), devemos abandonar o papel de ser apenas transmissores de conhecimento e passarmos a ver, de fato, os sujeitos como elaboradores do saber físico, mas que precisam do professor como mediador. O autor parte do pressuposto que o objetivo do ensino é compartilhar, professor e aluno, significados e promover a aprendizagem significativa. Mas, isso acontecerá somente quando o educando internalizar esses significados por interação como conhecimento prévio do aluno e, simultaneamente, derem significados adicionais, diferenciarem, integrarem, modificarem e enriquecerem o conhecimento já existente.

Em segundo, é preciso considerar que os sujeitos constroem suas ideias, sua visão do mundo tendo em vista os objetos a que têm acesso nas suas experiências diárias e nas suas relações afetivas. Segundo Novak, citado por MOREIRA (1999), os seres humanos fazem três coisas: pensam, sentem e atuam (fazem). Ou seja, ao se pensar uma metodologia de ensino para a Física é preciso ter em vista o que os estudantes já conhecem.

O educando será apresentado a princípios, concepções, linguagem,entre outros elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve permitir que ele perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada pela ciência para explicar um determinado fenômeno. Esse processo contribuirá para que o educando reformule as suas ideias tendo em vista a concepção científica. Assim, espera-se que esteja reelaborando seus conceitos, mas não necessariamente, que abandone suas ideias espontâneas. Ou seja, seus conceitos serão mais elaborados ou menos elaborados, ou mais próximos do científico, quanto maior for a necessidade ou interesse deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no contexto da comunidade científica.

Entendemos então, que a Física deve educar para a cidadania, contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, “ ... capaz de compreender o papel da ciência no desenvolvimento da tecnologia. (...) capaz de compreender a cultura científica e tecnológica de seu tempo” (CHAVES & SHELLARD, 2005, p.233).

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... tecnologia refere-se à forma específica da relação entre o ser humano e a matéria, no processo de trabalho, que envolve o uso de meios de produção para agir sobre a matéria, com base em energia, conhecimento e informação. (...) No entanto, a tecnologia não é propriedade neutra ligada à eficiência produtivista, e não determina a sociedade, da mesma forma que esta não escreve o curso da transformação tecnológica. Ao contrário, as tecnologias são produtos da ação humana, historicamente construídos, expressando relações sociais das quais dependem, mas que também são influenciados por eles. (OLIVEIRA, 2001, p.101-102).

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Cabe colocar aqui que a cidadania da qual estamos falando não é a cidadania para o consumo, não é a cidadania construída através de intervenções externas, doações da burguesia e do Estado moderno, mas, a cidadania que se constrói no interior da prática social e política de classes. Estamos entendendo que a

Por isso entendemos que a contribuição da Física o Ensino Médio é a contribuição para a formação dos sujeitos através das

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

- Conteúdos Estruturantes:Os conteúdos estruturantes levam em conta o efetivo objeto de estudo da Física,

baseados nos pressupostos teóricos apresentados.Fundamentando-se na História da Física e também no entendimento de que o Ensino

Médio deve estar voltado à formação de sujeitos, cuja cultura agregue a visão da natureza, das produções e das relações humanas, fixou-se os três conteúdos estruturantes estudados no Ensino Médio: Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo.

Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses estruturantes derivam os conteúdos que comporão as propostas pedagógicas curriculares das escolas.

Os conteúdos específicos relativos a Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo podem ser aprofundados e contextualizados em relações interdisciplinares sob uma abordagem que contemple os avanços e as perspectivas da Física nos últimos anos, o que contribui para a apresentação de uma ciência em construção.

Os conteúdos estruturantes podem apresentar uma relação de interdependência, o que faz com que, em alguns momentos, o trabalho pedagógico com um determinado conteúdo básico ou específico, envolva referências teóricas de mais de um estruturante.

Em outros casos, um conteúdo básico ou específico é objeto de estudo dos três conteúdos estruturantes. É o caso do princípio da conservação de energia que, embora desenvolvido na Termodinâmica, está presente também no estudo de Movimento e de Eletromagnetismo.

Ao professor caberá, a partir da proposta pedagógica e da atriz curricular da sua escola, selecionar os conteúdos específicos que comporão seus planos de trabalho docente, nas séries do Ensino Médio. O professor deve considerar a realidade socioeconômica e cultural da região onde se situa a escola para contextualizar os conteúdos e permitir aos estudantes ampliar as construções de significados no acesso ao conhecimento científico.

Movimento: devem ser trabalhadas ideias de conservação de momentum e energia,

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... nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, côo seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo. Mas, histórico como nós, o nosso conhecimento do mundo tem historicidade. (...) Daí que seja tão fundamental conhecer o conhecimento existente quanto saber que estamos abertos e aptos à produção do conhecimento ainda não existente. (FREIRE, 1996, p.31)

... lutas pela escola e pelo saber, tão legítimos e urgentes (...). Por este caminho nos aproximamos de uma possível redefinição da relação entre cidadania e educação (...) a luta pela cidadania, pelo legítimo, pelos direitos, é o espaço pedagógico onde se dá o verdadeiro processo de formação e constituição do cidadão. A educação não é uma precondição da democracia e da participação, mas é parte, fruto e expressão do processo de sua constituição. (ARROYO, 1995, p.79)

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que pressupõem o estudo de simetrias e leis e conservação, principalmente a Lei de Conservação da Energia, considerada uma das mais importantes leis da Física. Outro importante conceito a ser trabalhado é o de força, definido a partir da variação temporal da quantidade de movimento, que constitui a segunda lei de Newton. A variação da quantidade de movimento conduz a idéia de impulso, um importante conceito da teoria newtoniana.

Termodinâmica: os estudos partem das Leis da Termodinâmica, em que aparecem conceitos como temperatura,calor (energia em trânsito)e as primeiras formulações da conservação de energia, sobretudo os trabalhos de Mayer, Helmhottz, Maxwell e Gibbs. A Primeira lei da Termodinâmica permite identificar sistemas termodinâmicos postos a realizar trabalho. Os conceitos e calor e trabalho, hoje, são entendidos como processos e transferência/ transformação de energia. O estudo da Segunda lei da Termodinâmica é importante para a compreensão das máquinas térmicas, conduzindo ao conceito de entropia. O conceito de entropia fortalece as hipóteses da Terceira lei da termodinâmica, e contribui para as ideias da quantização da energia e consideração de que as moléculas dos sistemas em estudo são numerosas e os valores médios de suas propriedades podem ser calculados, mesmo sem nenhuma informação sobre suas moléculas específicas.

Eletromagnetismo: através do estudo do eletromagnetismo é possível compreender carga elétrica. A variação da quantidade de carga no tempo leva a ideia de corrente elétrica e a variação da corrente no tempo produz campo magnético, o que leva `s equações de Maxwell. Na abordagem da Física Moderna, é importante o trabalho com o efeito fotoelétrico e a compreensão que a descoberta dos quanta de luz deu início à mecânica quântica e à imutabilidade da velocidade da luz, como um dos princípios da relatividade.

Essas abordagens contribuem, para a compreensão da Física como algo em construção, cujo conhecimento atual é a cultura científica e tecnológica este tempo em suas relações com as outras produções humanas.

Conteúdos Básicos:Os conteúdos básicos englobam conhecimentos fundamentais, que não podem ser suprimidos nem reduzidos, podendo o professor acrescentar outros conteúdos, enriquecendo o trabalho de sua disciplina. Os conhecimentos básicos se articulam com os conteúdos estruturantes da disciplina, tendo abordagens diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. Havendo necessidade, serão desdobrados em conteúdos específicos, considerando o aprofundamento para cada série e nível de ensino.

O plano de trabalho docente é o currículo em ação. Nele estará a expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular construída nas discussões coletivas.

2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE – MOVIMENTO

CONTEÚDOS BÁSICOS:2.1.1 – momentum e inércia; conservação da quantidade de movimento; variação da quantidade de movimento (impulso); 2ª lei de Newton; 3ª lei de Newton e condições de equilíbrio.

Abordagem teórico-metodológica: Esses conteúdos serão abordados considerando-se: o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana. A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência. O reconhecimento da Física como um campo teórico, considerando-se os conceitos fundamentais que dão sustentação à teoria dos movimentos. É fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes

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na teoria. As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento. Que a ciência dos movimentos não se esgota em Newton e seus sucessores. Textos de divulgação científica literários, etc.

Avaliação: Espera-se que o estudante: Formule uma visão geral da Física, presente no final do século XIX e compreenda

a visão de mundo dela decorrente. Compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de

partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios. Compreenda o conceito de massa (nas translações), entendendo-a como uma

resistência à variação do movimento. Compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações), relacionando este

conceito à massa do objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação. Entenda as medidas das grandezas como dependentes do referencial e de natureza

vetorial. Perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os

translacionais como os rotacionais. Perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a

aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo. Reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.

2.1.2 – Energia e o Princípio da Conservação da energia.Abordagem teórico-metodológica: esses conteúdos deverão considerar: o contexto

histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana. A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência. O campo teórico a Física no qual a energia tem um lugar fundamental, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. As relações da Física com a Física e com os outros campos de conhecimento. Textos de divulgação científica, literários, etc. o cotidiano, o contexto social, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em Física, como possíveis pontos de partida para problematizações.

Avaliação: Espera-se que o estudante: Perceba a ideia de conservação de energia como uma construção humana,

originalmente concebida no contexto da Termodinâmica e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia, aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem como outros campos externos à Física.

Conceba a energia como uma grandeza Física que pode se manifestar de diversas formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e potencial gravitacional.

Perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/ variação de energia.

Compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico.

2.1.3 – Gravitação.Abordagem teórico-metodológica: os conteúdos básicos devem considerar: o

contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana;

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a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência; as relações da Física com a Física e com os outros campos de conhecimento; o cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações; textos de divulgação científica, literários, etc; o modelo científico presente na gravitação newtoniana a contemporaneidade da gravitação através da Teoria da Relatividade Geral.

Avaliação: Espera-se que o estudante: Compreenda a lei da Gravitação Universal como uma construção científica

importante, pois unificou a compreensão dos fenômenos celestes e terrestres. Associe a gravitação com as leis de Kepler. Identifique a massa gravitacional, diferenciando-a da massa inercial, do ponto de

vista clássico.

2.2 CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TERMODINÂMICA CONTEÚDOS BÁSICOS:2.2.1 – Leis da Termodinâmica: lei Zero da Termodinâmica, Primeira lei da Termodinâmica e Segunda lei da Termodinâmica.

Abordagem teórico-metodológica: os conteúdos básicos devem considerar: o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana; as relações da Física com a Física e com os outros campos de conhecimento; a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência; o reconhecimento da Física como um campo teórico, sendo necessário o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; utilização de experimentação para formulação e discussão de conceitos e ideias, bem como textos de divulgação científicas e literárias.

Avaliação: tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da Termodinâmica, composto por ideias expressas nas suas leis e em seus conceitos fundamentais: temperatura, calor e entropia; assim, espera-se que ele:

Compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental para o desenvolvimento das ideias na Termodinâmica.

Formule o conceito de pressão e de um fluido seja ele um líquido ou um gás, e extrapole o conceito a outras aplicações físicas.

Entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema.

Diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da Termodinâmica.

Compreenda a 1ª lei como a manifestação d Princípio de Conservação de Energia, bem como a sua construção no contexto da Termodinâmica e a sua importância para a revolução industrial a partir do entendimento do calor como uma forma de energia.

Associe a 1ª lei a ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor. Compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como

propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Identifique dois processos físicos: os reversíveis e os irreversíveis, que vem

acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei.

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Compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processo espontâneo e artificial como uma medida de desordem e probabilidade.

2.3 – CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ELETROMAGNETISMO

CONTEÚDOS BÁSICOS2.3.1 – Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas; Força eletromagnética; Equação de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática (Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday) e a natureza da luz e suas propriedades.

Abordagem teórico-metodológica: os conteúdos básicos devem considerar: o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana; as relações da Física com a Física e com os outros campos de conhecimento; a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência; o reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes a teoria e sua linguagem científica; que o estudo de ondulatória deve se iniciar pelas ondas mecânica, pois são mais “visíveis” ou perceptíveis no cotidiano. No entanto as ondas eletromagnéticas, entre elas a luz visível, também estão presentes no dia-a-dia, porém o modelo matemático para as ondas não encontram uma correspondência direta com os fenômenos, sendo ótimo para mostrar a diferença entre modelo e fenômeno e diferenciando real do abstrato. O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematização.

Avaliação: Espera-se que o estudante: compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a

fundamentam; compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo; compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o

campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim a ideia de campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga;

compreenda as leis de Maxwell como leis que fornecem a base para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos;

entenda o campo como uma entidade física dotado de energia; associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica; conheça as propriedades elétricas dos materiais, como a resistividade e

condutividade; compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético

sobre a corrente elétrica; entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos

constituintes; compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema

elétrico; entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo; conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as

radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos: ondulatório e o da partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria;

entenda o processo de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão,

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no qual a luz é desviada sem mudança de meio; entenda os fenômenos luminosos, como os da reflexão total, reflexão difusa,

dispersão e absorção da luz, dentre outros importantes para a compreensão de fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, as vezes, um ou outro se sobressai;

associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do arco-íris, a percepção das cores, a cor o céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados;

compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria apresente alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico), e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou seja, entenda a luz a partir do comportamento dual;

extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo, ao elétron.

3 – METODOLOGIAO aprendizado tem o seu ponto de partida no universo vivencial comum entre os

educandos e o educador, que investiga ativamente o meio natural ou social real, ou que faz uso do conhecimento prático de especialistas e outros profissionais, desenvolve com vantagem o aprendizado significativo, criando condições para um diálogo efetivo, de caráter interdisciplinar, em oposição ao discurso abstrato do saber. Além disso, aproxima a escola do mundo real, entrando em contato com a realidade natural, social, cultural e produtiva.

Para o aprendizado científico, a experimentação, seja ela de demonstração e equipamentos do cotidiano do educando e até mesmo o laboratorial, é distinta daquela conduzida para a descoberta científica e é particularmente importante quando permite ao educando diferentes formas de percepção qualitativa e quantitativa, de manuseio, observação, confronto, dúvida e de construção conceitual.

É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do conhecimento prévio dos educandos, onde se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas que o educando adquire no seu cotidiano através da interação com os diversos objetos no seu espaço de vivência, sobre as quais a ciência tem um conceito científico que envolve um saber socialmente construído e sistematizado, o qual necessita de metodologias específicas para ser transmitido no ambiente escolar.

Deve-se iniciar o estudo sempre pelos aspectos qualitativos e só então introduzir tratamento quantitativo. Esse deve ser feito de tal maneira que os educandos percebam as relações quantitativas sem a necessidade de utilização de algoritmos. Pode ser usada uma grande variedade de linguagens e recursos, de meios e de formas de expressão, a exemplo dos mais tradicionais, os textos e as aulas expositivas em sala de aula.

A ciência surge na tentativa humana de decifrar o universo físico, determinado pela necessidade humana de resolver problemas práticos e necessidades materiais em determinada época, logo é histórica, constituindo-se em visão do mundo.

O fazer ciência está, em geral, associado há dois tipos de trabalhos, um teórico e um experimental. Em ambos o objetivo é estabelecer um “modelo” de representação da natureza ou de fenômeno. No teórico é feito um conjunto de hipóteses, acompanhadas de um formalismo matemático, cujo conjunto de equações deve permitir que se façam previsões,

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podendo, às vezes, receber o apoio de experimentos, onde se confronta o dado coletado com os previstos pela teoria.

Um texto apresenta concepções filosóficas, visões do mundo, e deve-se estimular o educando além de ler as palavras, aprender, avaliar e mesmo se contrapor ao que se lê. Cabe ao educador problematizar o texto e oferecer novas informações que caminhem para a compreensão do conceito pretendido. A aula expositiva é só um dos muitos meios e deve ser o momento do diálogo, do exercício, da criatividade do trabalho coletivo de elaboração do conhecimento. Através dessa técnica podemos fornecer informações preparatórias para um debate, jogo ou outra atividade em classe, análise e interpretação de dados coletados nos estudos do meio.

A Física deve contribuir para a formação dos sujeitos, porém através de conteúdos que dêem conta do entendimento do objeto de estudo da Física, ou seja, a compreensão do universo, a sua evolução, suas transformações e as interações que nele se apresentam.

O aprendizado deve ser conduzido de forma a estimular a efetiva participação e responsabilidade social dos educandos, discutindo possíveis ações na realidade em que vive desde a difusão de conhecimento a intervenções significativas no bairro ou localidade de forma a que os educandos sintam-se de fato detentos de um saber significativo.

Para que o educador vá além do limite de informação atingindo a fronteira da formação é preciso uma mediação que não é aleatória, mas pelo conhecimento físico, num processo organizado e sistematizado pelo educador. O objetivo é que educador e educandos, em conjunto, compartilhem significados na busca da aprendizagem que acontece quando novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive substituí-lo.

Para Tavares (2004), a partir do conhecimento físico, o estudante deve ser capaz de perceber e aprender, em outras circunstâncias semelhantes às trabalhadas em aula, para transformar a nova informação em conhecimento. Então, qualquer que seja a metodologia, o professor deve buscar uma avaliação cujo sentido seja verificar a apropriação do respectivo conteúdo, para posteriores intervenções ou mudança de postura metodológica.

Para que o ensino de Física possa atingir de maneira mais ampla o educando, possibilitando maior chance de aprendizado, vários recursos didáticos e tecnológicos são utilizados durante o período de ensino da disciplina.

3.1 – O PAPEL DOS LIVROS DIDÁTICOS NO ENSINO DE FÍSICADe uma maneira geral, os livros didáticos dirigidos ao Ensino Médio, apresentam a

Física como uma ciência que permite compreender uma imensidade de fenômenos naturais, indispensável para a formação profissional, a preparação para o vestibular, a compreensão e interpretação do mundo pelos sujeitos.

Nesses livros, enfatiza-se aspectos quantitativos em detrimento dos conceitos, privilegiando a resolução de “problemas de física” que se traduzem em aplicações de fórmulas matemáticas. Isso porque esses livros reproduzem os livros utilizados nos cursos de graduação, responsáveis pela formação inicial da maioria os docentes de Física. Essa prática pedagógica mistifica a ciência ao mostrar os modelos científicos – elaborações da mente humana válidas para alguns contextos – como verdades incontestáveis e absolutas, resultantes de procedimentos experimentais.

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(...) hoje, no início do século XXI, mais de cem anos de história se passaram desde a introdução da Física nas escolas no Brasil, mas sua abordagem continua fortemente identificada com aquela praticada há cem anos: ensino voltado para a transmissão de informações através de aulas expositivas utilizando metodologias voltadas para a resolução de exercícios algébricos. (ROSA & ROSA, 2005, p.06).

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Assim como o computados, a televisão, a rede web, o livro didático também é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do professor, mas a sua eficiência, como das outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho pedagógico, responsabilidade do professor. O professor é quem deve saber quando e como utilizar o livro didático.

Por isso, defende-se a pesquisa como parte integrante do processo educativo, acreditando que apenas com o conhecimento advindo dela o professor pode posicionar-se autonomamente e ocupar o centro do processo de ensino e aprendizagem.

3.2 OS MODELOS CIENTÍFICOS NO ENSINO DE FÍSICAOs modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a

respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõem a Natureza. O fazer ciência está, em geral, associado a dois tipos de trabalhos: um teórico e um experimental. Em ambos, o objetivo é estabelecer um modelo de representação da natureza ou de um fenômeno.

Na escola, o conhecimento científico pode e deve ser tratado por meio de modelos, visto que o conhecimento científico também é expresso através deles. Mas, ao abordá-los, além de conhecer os modelos, o professor precisa entender as ideias e argumentos que levaram a sua construção. Assim, o professor abordará os modelos científicos em suas possibilidades e limitações, de modo a extrapolar o senso comum e rejeitar o argumento de que para aprender Física o pré-requisito é saber Matemática.

Essa consideração é importante, pois, em muitas situações, os fenômenos físicos são ensinados a partir de fórmulas. Para que o estudante tenha uma compreensão do conhecimento físico trabalhado na escola, é preciso indicar-lhe que as fórmulas matemáticas representam modelos simplificados da equação produzida pela ciência. Esses modelos são elaborações humanas, criadas para entender determinado fenômeno ou evento físico, válidos para determinados contextos históricos. Portanto, é reducionista e insuficiente ensinar Física, tão somente, por meio de questões como: considere, suponha, resolva e calcule.

Mesmo em tecnologias sofisticadas para cálculos, como, por exemplo, da órbita da Lua, não se Poe afirmar, na Física, que elas suscitem resultados exatos. Fazem-se necessárias aproximações, pois na construção do modelo, divide-se o problema em duas partes: pequena e simples. A pequena pode ser desconsiderada ou seu efeito minimizado e a simples, apesar de complexa, pode ser resolvida.

O aluno, ao estudar gravitação sob o modelo de Newton, deve perceber, não apenas uma equação matemática, mas a síntese de uma concepção de espaço, matéria e movimento, resultado de um processo que iniciou nos primeiros estudos dos movimentos,movido pela necessidade ou pela curiosidade e chegou à sistematização realizada por Newton.

O professor pode e deve utilizar a resolução de problemas matemáticos no ensino da Física, mas essa resolução deve permitir que o estudante elabore hipóteses além das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para obter um valor numérico de grandeza. O estudante deve perceber nas fórmulas matemáticas uma teoria física, permitindo um envolvimento maior com essas teorias e, por consequência, uma aprendizagem mais significativa.

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3.3 O USO DA HISTÓRIA NO ENSINO DE FÍSICAExiste hoje, uma proposta para que o professor agregue, ao planejamento de suas

aulas, a História da Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento em estudo.Entende-se que uma abordagem histórica dos conteúdos se apresenta útil e rica

porque auxilia os sujeitos a reconhecerem a ciência como construção humana, o que pode tornar o conteúdo científico mais interessante e compreensível, aproximando a ciência do estudante. (MATHEUS, 1995).

As considerações expostas a respeito da História da Ciência, ao serem incorporadas ao plano de trabalho docente, podem ajudar o estudante a compreender que a busca do conhecimento físico não foi e não é um caminho de direção única, tampouco linear, mas repleto de dúvidas, contradições, erros e acertos, motivados por interesses diversos.

3.4 O PAPEL DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE FÍSICAAs atividades experimentais podem suscitar a compreensão de conceitos ou a

percepção da relação de um conceito com alguma idéia anteriormente discutida. É fundamental, que o professor compreenda o papel dos experimentos na ciência, no

processo de construção do conhecimento científico. Essa compreensão determina a necessidade (ou não) das atividades experimentais nas aulas de física.

Um experimento deve ser planejado após uma análise teórica. A idéia ingênua de que devemos ir para o laboratório com a “mente vazia” ou que “os experimentos falam por si” é um velho mito científico (SILVA E MARTINS, 2003, p.57).

Ao adotar a experimentação e propor atividades experimentais, o professor, mais do que explicar um fenômeno físico, deve assumir uma postura questionadora de quem lança dúvidas para o aluno e permite que ele explicite sua idéias, as quais, por sua vez, serão problematizadas pelo professor.

A problematização de situações que envolvam um conteúdo físico possibilita aos estudantes levantarem hipóteses na tentativa de explicar as questões propostas pelo professor.

Cria-se, então, uma relação professor/ estudantes e dos estudantes entre si, e intensificam-se as possibilidades de debates e discussões aproximando os sujeitos e facilitando a criação, a análise, a formulação de conceitos, o desenvolvimento de idéias e a escolha de diferentes caminhos para o encaminhamento das atividades. Privilegia-se o confronto entre as concepções prévias do estudante e a concepção científica, o que pode facilitar a formação de um conceito científico.

Podemos concluir com a afirmação de Michelson e Morley, que dizem que as atividades em espaço de laboratório não devem ter como meta a apresentação de uma ciência fechada, que está a espera de alguém que confirme suas verdades, mas que seja um ambiente de confrontação de hipóteses. Acredita-se que, a experimentação pode ser mais um componente, não o único na implementação de uma proposta de ensino centrada no conhecimento.

3.5 LEITURAS CIENTÍFICAS E ENSNO DE FÍSICAO uso de textos no ensino de física, deve passar, inicialmente, por uma escolha

criteriosa no que diz respeito à linguagem e ao conteúdo, pois o aluno será o interlocutor nessa proposta de leitura. O texto deve ser visto como um instrumento de mediação entre aluno-aluno e aluno-professor, a fim de que surjam novas questões e discussões.

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Um exemplo que podemos citar desse trabalho em sala de aula, é com textos de Galileu, que contribuem para o estudante compreender a essência galileana do movimento da queda dos corpos, uma oportunidade para compreender o papel da matemática como linguagem da física.

Existem ainda, muitos autores que produzem textos de divulgação científica em jornais, revistas, livros, e até mesmo na Internet, que podem ser utilizados pelo professor em sala de aula. De acordo com Almeida (1998), o trabalho com a leitura é fundamental, mas requer atenção. Os valores associados à ciência, vantagens e desvantagens, bem como a correção conceitual, devem estar presentes nos textos escolhidos pelo professor.

Outro fator importante na escolha dos textos a serem trabalhados, é a realidade social e cultural onde a escola está inserida, sem esquecer que ela é, sobretudo, espaço de trabalho com o conhecimento e que também produz o conhecimento escolar.

Destacamos ainda que, o texto não deve ser lido como se fosse um manual. Para isso, devem-se evitar perguntas com respostas diretas que não permitam uma reflexão em torno dos saberes divulgados no texto. É importante que as questões propostas despertem o interesse do estudante.

3.6 AS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE FÍSICAOs aparatos tecnológicos estão presentes diariamente em nossas casas e no ambiente

escolar, como retroprojetores, televisores, aparelhos de DVD, computador, entre outros. O uso dessas tecnologias deve ser planejado conforme a necessidade, de modo a permitir o acesso, a interação e, também, o controle das tecnologias e de seus efeitos.

Faz-se necessário uma reflexão crítica do docente quanto ao uso de um recurso tecnológico e a forma de incorporação à sua ação pedagógica, para que realmente esse recurso se torne um aliado ao processo de aprendizagem, adequando-se ao conteúdo ministrado e a realidade escolar.

Os laboratórios de informática, com acesso à Internet, nas escolas, e os aparelhos de televisão com entrada USB para pendrive, abrem muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino de Física.

A Internet se mostra uma excelente aliada ao ensino de Física, possuindo excelentes imagens para ensino de diversos conteúdos, além de sites que podem complementar e diversificar o assunto trabalhado em sala de aula. Cabe ao professor selecionar, escolher, enfim, tomar decisão sobre o que é relevante didatizar, estando sempre auxiliando o estudante nos acessos aos diversos sítios da web.

Os computadores podem ser utilizados para se fazer animações, representações dos movimentos. As simulações, que podem ser on-line, permitem uma interatividade entre os estudantes e a máquina; e são um modelo de uma situação real apresentados como realidade virtual.

Outra possibilidade é a utilização dos aplicativos, como o editor de texto e planilha eletrônica, que podem auxiliar na compreensão de algum conteúdo ou finalização de alguma atividade. No entanto, deve-se tomar o cuidado para não confundir uma aula de física com uma aula de informática.

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Sempre que um recurso tecnológico for utilizado, ele deve estar de acordo com o plano docente feito pelo professor. Esses recursos (computador, TV, filme, livro, etc) são instrumentos de auxílio e não substituem o professor.

4. AVALIAÇÃOO plano de trabalho utilizado pelo professor deve estar subsidiado nos fundamentos

teórico-metodológicos das Diretrizes Curriculares. Assim, é a teoria pedagógica que dará suporte para qualificar a avaliação como positiva ou negativa e os caminhos para intervenção. Mas, para que se possa fazer uma avaliação coerente, é necessário um planejamento do que ensinar, ou seja, os conteúdos, para que ensinar (o que se espera do aluno ao final de cada unidade, de cada ano, e do Ensino Médio) e qual é o resultado esperado desse ensino (que sujeito pretende formar).

A avaliação deve levar em conta a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro teórico da Física pelos estudantes. Isso pressupõe o acompanhamento constante do progresso do estudante quanto à compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e culturais, da evolução das ideias em Física e da não-neutralidade da ciência.

A avaliação é um instrumento tanto para que o professor conheça seu aluno, antes do início dos trabalhos dos conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo.

A principal finalidade do processo de avaliação é o crescimento e formação do estudante, mesmo que o sistema de registro da sua vida escolar seja centrado em uma nota para sua aprovação. A LDB 9394/1996 ainda estabelece como incumbência dos estabelecimentos de ensino prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento, e que os docentes devem estabelecer estratégias de recuperação para alunos de menor rendimento.

Assim, a avaliação pode ser utilizada como um instrumento para intervir no processo de aprendizagem do estudante, tendo em vista o índice de qualidade desejado. Para isso, o docente deve, considerar os alunos em sua individualidade e diversidade, condição indispensável para uma prática pedagógica democrática e inclusiva, dando espaço para que o estudante se faça ouvir, permitindo uma relação dialógica com o aluno, sem preconceitos ou estereótipos.

De acordo com as Diretrizes Curriculares para a educação básica, propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos, e que sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade. Assim, a avaliação, Isa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que a aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade e da sociedade como um todo.

Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa a formação de sujeitos que se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula precisa contribuir para essa formação.

Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada. No cotidiano das aulas isso significa que:

os critérios de avaliação devem ser definidos pela intervenção que orienta o ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia.

os enunciados das atividades avaliativas devem ser claros e objetivos, pois uma

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resposta insatisfatória, em muitos casos, simplesmente revela que o estudante não entendeu o que lhe foi perguntado.

os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que uma prova objetiva.

uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento e não todo processo de ensino-aprendizagem.

a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar para o conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, assegurando a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo.

Em relação aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar: a compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada; a compreensão do conteúdo físico expressão em textos científicos; a compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos; a capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as

teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos da Física.

A realização de um relatório individual pelo estudante, a partir de uma aula de experimentação, é um exemplo de instrumento de avaliação, com questões abertas que permitam a exposição de suas ideias. Isso o levará a refletir sobre o fenômeno discutido nas questões. Assim, o professor terá subsídios para verificar a aprendizagem dos estudantes e, se for o caso, poderá interferir no processo pedagógico revendo seu planejamento.

Deve-se ressaltar também a atenção e tratamento individualizado que o professor deve assumir em relação aos alunos com necessidades educacionais especiais, planejando uma adaptação curricular para que esses alunos não tenham prejuízo em relação à classe, procurando conhecer o grau de necessidade, e , a partir daí, realizar adaptações na metodologia aplicada, buscando conseguir o máximo aprendizado por parte desses alunos.

A seleção dos conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem de seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.

Destaca-se, por fim, que a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos), assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DISCIPLINA DE ESPANHOL

Apresentação da Disciplina

Ao propormos o ensino de qualquer língua, neste caso específico da Língua Espanhola,

precisamos refletir sobre a linguagem, articulando as relações que estabelecemos com o mundo e

a visão que construímos sobre ele, porque tudo o que nós fizermos em sala de aula deve ter um

objetivo próprio, e devemos fazer o melhor de nós professores para que este objetivo seja

alcançado, uma vez que aprender uma nova língua na escola é uma experiência educacional que

se realiza para e pelo aluno como reflexo de valores específicos do grupo social ou étnico que

mantém essa escola.

Considerando que a Língua Espanhola é uma das mais faladas no mundo, e, que a

procura por esse idioma adquiriu um âmbito muito maior, tornou-se fundamental que essa língua

fosse inserida no currículo escolar, para possibilitar a toda comunidade seu acesso. O ensino da

língua espanhola é recente, iniciou-se a partir dos anos 90, impulsionadas por um ideal de

redemocratização do país (devido à abertura política) e pela criação do MERCOSUL, as escolas

voltaram a ofertar o ensino da língua espanhola em seus currículos, porém sem suplantá-la.

A LDB prevê uma Língua Estrangeira Moderna (LEM) como disciplina obrigatória e

uma segunda, como optativa (Art. 36, inc. III). Assim, o objetivo do ensino da Língua Estrangeira

(LE) é permitir ao educando conhecê-la e usá-la como instrumento de acesso a informações e a

outras culturas e grupos sociais.

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Precisa-se pensar o ensino e a aprendizagem das Línguas Estrangeiras Modernas em

termos de competências abrangentes e não estáticas, uma vez que uma língua é o veículo de

comunicação de um povo por excelência e é através de sua forma de expressar-se que esse povo

transmite sua cultura, suas tradições, seus conhecimentos.

A visão de mundo de cada povo altera-se em função de vários fatores e,

conseqüentemente, a língua também sofre alterações para poder expressar as novas formas de

encarar a realidade. Daí ser de fundamental importância conceber-se o ensino de um idioma

estrangeiro objetivando a comunicação real, pois, dessa forma, os diferentes elementos que a

compõem estarão presentes, dando amplitude e sentido a essa aprendizagem.

Se entendermos que nossos alunos têm a necessidade de se introduzir na sociedade,

então o professor é que deve oferecer isso a eles, deverá ser aquele que possibilite essa

integração. Diante disso, a metodologia a ser aplicada deve ser aquela que satisfaça as

necessidades dos educandos, trabalhando neste contexto a realidade apresentada pelos mesmos,

valorizando as relações estabelecidas entre eles e acreditando que cada um deles têm condições

de aprender.

Propõe-se que a aula de LE constitua um espaço para que o aluno reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e

perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive. Espera-se

que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,

passíveis de transformação na prática social.

Uma vez que os alunos deste estabelecimento irão ao mercado de trabalho se faz

necessário o aprendizado do espanhol. Também porque temos como países vizinhos o Paraguai,

Argentina, Uruguai e várias empresas instaladas na cidade e cidades vizinhas cujos proprietários

são argentinos e espanhóis, motivo pelo qual é de suma importância o conhecimento desta língua

para esses alunos, bem como parte da comunidade escolar.

OBJETIVOS:

O ensino de Língua Estrangeira Moderna, na Educação Básica, propõe superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino desta disciplina.

Desta forma, espera-se que o aluno;- Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

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-Vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

-Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

-Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;-Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Conteúdo Estruturante

Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o Discurso

como prática social. Eles se constituem através da história, são legitimados socialmente e, por

isso, são provisórios e processuais. Eles estão relacionados com o momento histórico-social.

Quando o discurso toma a língua como interação verbal, como espaço de produção de

sentidos, ele é chamado de discurso como prática social, isto é, nele a língua é tratada de

forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que

efetivam o discurso.

Ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na gramática

tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os enunciados (orais e escritos). O uso da

língua efetua-se em forma de enunciados, uma vez que o discurso só existe na forma de

enunciados.

Com isso, nas aulas de espanhol será oportunizado ao aluno a percepção da

interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que permeiam

as relações sociais e de poder. Os níveis de organização linguística – fonético-fonológico, léxico-

semântico e de sintaxe – sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na produção verbal e não

verbal.

Conteúdos Básicos

Os conteúdos básicos que irão ser trabalhados pertencem às práticas da oralidade, leitura

e escrita e análise lingüística. Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um gênero,

conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa, política,

literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.

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Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que deve

ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade de gêneros

trabalhados e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles selecionados pelo professor.

Os gêneros serão retomados em diferentes séries respeitando-se o princípio

complexidade crescente. Vale ressaltar que os gêneros indicados não se esgotam nesses tópicos.

A abordagem teórico-metodológica e a avaliação estão inseridas na seqüencia para

compreensão da proposta dos conteúdos básicos de Língua Estrangeira Moderna.

GÊNEROS DISCURSIVOS

Receitas

Letras de Músicas

E-mail

Roteiro turísticos

Cardápio

Anúncios

Anedotas

Provérbios

Filmes

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

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Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Léxico.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto; ‘ 348

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Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralingüísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas...

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações lingüísticas;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); ‘ 349

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Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

Os alunos poderão pesquisar seus trabalhos em livros, revistas, jornais e outros meios

que possam encontrar para que possam realizar suas pesquisas.

Esses temas serão trabalhados basicamente de uma só forma, ou seja, a conscientização,

esta começando a ser levada primeiramente à sala de aula para ser trabalhada com os alunos,

através de textos e outras formas de exposição do tema, e com isso se espera que seja transmitida

adiante, através dos alunos para sua família, amigos, comunidade e assim por diante.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O ato de ensinar não se dá através de situações prontas, fechadas, definitivas, mas sim

como processo de reflexão contínua sobre as inúmeras possibilidades de aprender. Os conteúdos

serão desenvolvidos sempre de forma contextualizada, tendo como referencial para a ação

pedagógica a realidade social do aluno, e a intencionalidade do trabalho está em sintonia com as

exigências que o mundo do trabalho faz àqueles que nele desejam ingressar. Os alunos

trabalharão os conteúdos dados de forma individual e em grupo na resolução de problemas.

O ensino da língua estrangeira se iniciará com um vocabulário básico, que faça parte do

seu eu e do mundo a sua volta. É preciso criar intimidade com a língua para depois chegar a

objetivos mais específicos como a gramática por exemplo.

As aulas de língua espanhola constituirão um espaço para que o aluno reconheça e

compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e

perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive. Espera-se

que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,

passíveis de transformação na prática social.

Trabalhar com textos de diversos tipos, como música, propagandas, rótulos, poemas e

informes diversos, é parte importantíssima no processo de ensino-aprendizagem da língua

estrangeira. Através de textos pode-se estudar, de uma maneira integrada, estruturas gramáticas,

vocabulário, compreensão, leitura e produção de texto. Por isso, se trabalhará em sala de aula

uma variação de textos, desde os mais simples, ou seja, aqueles que o aluno tem um

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conhecimento prévio do assunto, até aqueles mais complexos.

No que se refere a texto e baseados nas Diretrizes Curriculares, a ênfase do ensino recai

sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente pelo discurso, sendo capazes de

comunicar-se de diferentes formas, materializadas em diferentes tipos de texto, considerando a

imensa quantidade de informações que circulam na sociedade. Isso significa participar dos

processos sociais de construção de linguagem e de seus sentidos legitimados, e desenvolver uma

criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.

O discurso entendido como prática social, que se realiza total ou parcialmente por

intermédio de textos. O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e corporificada

em um determinado gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma instância discursiva, é

o discurso. Assim, o discurso se realiza nos e pelos textos. Nessa visão, o discurso envolve o

texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as condições de produção, ou seja, o

contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido.

Em sala de aula será trabalhado os gêneros: receitas, letras de músicas,email, roteiro

turísticos, cardápio, anúncios,anedotas, provérbios, filmes, que levará ao aluno o interesse à

pesquisa e à discussão. . Por meio dessa experiência, os alunos poderão compreender a

vinculação entre auto interesse e interesses do grupo. Além disso, esta iniciativa poderá levar a

escolhas de conteúdos mais significativos, porque resultam da participação de todos, e é este o

principal objetivo do ensino-aprendizagem de línguas.

Com isso, nas aulas de língua espanhola será abordado vários tipos de textos, em

atividades diversificadas, tais como:

comparação das unidades temáticas, lingüísticas e composicionais de um texto com outros

textos;

interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula;

leitura e análise de textos de países que falam o mesmo idioma estudado na escola e dos

aspectos culturais que ambos veiculam;

leitura e análise de textos publicados nacional e internacionalmente sobre um mesmo tema e

das abordagens de tais publicações;

comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e morfológicas da

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LE estudada com a da LM.

O texto como unidade de linguagem em uso, ou seja, de comunicação verbal - escrita,

oral ou visual - será o ponto de partida da aula de LE. Esse texto trará uma problematização em

relação a um tema. A busca por sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que

desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos lingüísticos e

percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso.

Paralelo ao estudo das habilidades acima citadas deverá ser feito um trabalho de

conversação em sala de aula, para que os alunos possam conhecer a modalidade oral através da

simulação de situações reais e proporcionar-lhes uma total integração com a nova língua e

mostrar seu uso no dia-a-dia, fato que os estimulará no processo de assimilação da nova língua,

levando-se em conta as limitações de cada aluno e, explorando ao máximo seu potencial.

O Ensino de Língua Estrangeira Moderna, na EJA está também pautada nos três eixos

articuladores: Cultura, Trabalho e Tempo, que também orientam o documento das Diretrizes

Curriculares para a EJA no Estado do Paraná. Esses eixos estabelecem relações entre si e

articulam-se aos conteúdos.

Segundo as DCEs, a escola deve desenvolver um trabalho com Conteúdos Obrigatórios

de acordo com a Instrução nº 009/11,SUED/SEED (Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Enfrentamento a assuntos serão desenvolvidos concomitantes aos conteúdos da disciplina, assim

como em ações interdisciplinares, de forma organizada e sistematizada, embasadas no

conhecimento científico acumulado historicamente.

No decorrer do ano letivo serão trabalhados conteúdos obrigatórios contemplando assim

a Lei 11645/08. A História e Cultura Afro-brasileira, e Africana e Indígena. Esses temas serão

abordados através de textos trazidos aos alunos, pesquisas que eles irão efetuar e discussão e sala

de aula.

AVALIAÇÃO

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A avaliação em língua estrangeira tem como objetivo verificar o crescimento do

educando e deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, através do qual, o professor

interpreta os resultados do ensino/aprendizagem, ou seja, de seu próprio trabalho. Sua finalidade

é acompanhar, diagnosticar, reavaliar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, seus

resultados, atribuindo-lhes valor.

O diagnóstico permeará o trabalho fazendo com que haja reflexão e crítica sobre o

processo de ensino/aprendizagem não só no desenvolvimento dos educandos, mas,

principalmente para verificar o desenvolvimento global da ação pedagógica.

Faz-se necessário termos mais avaliações , não somente para vermos o desempenho do

aluno, mas principalmente para poder perceber em qual assunto os alunos tiveram mais

dificuldade para que o professor possa retomar o conteúdo de outra forma para que possa sanar as

dúvidas que todos alunos possam ter, uma vez que a avaliação é parte integrante do processo de

aprendizagem e contribui para a construção de saberes.

Na avaliação serão contempladas as três práticas discursivas: oralidade, escrita e leitura,

sendo atribuído o valor 10,0 em cada prática, serão quatro registros de notas no decorrer do

cumprimento da carga horária.

Nas avaliações o aluno deverá obter a média 6,0, freqüência mínima de 75% no coletivo

e 100% de freqüência no individual. E preponderá os aspectos qualitativos da aprendizagem

sobre os quantitativos, uma vez que se dará maior importância crítica, a capacidade de síntese e a

elaboração pessoal e social, sobre a memorização, isto quer dizer que a avaliação do desempenho

do aluno e de seu rendimento escolar será contínua, cumulativa e permanente.

Aos alunos portadores de necessidades educativas especiais, será feita avaliação

diferenciada , adequadas às necessidades de cada um.

Como instrumentos, técnicas e metodologias de avaliação serão utilizados instrumentos

variados, ou seja, será trabalhado com os alunos testes ou provas de aproveitamento,

questionamentos orais e escritos,elaboração de relatórios, exposição oral, experimentação prática

entre outros.

Porém, às vezes, não é possível ter um diagnóstico real de quanto o aluno aprendeu

somente nas avaliações. O desempenho do aluno durante o processo de aprendizagem também

deve ser levado em conta. Portanto serão criadas outras situações avaliativas, como: atividades de

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pesquisa; trabalhos individuais ou em grupo; produção, síntese e análise de textos, jornais e

revistas; exercícios e outras formas mais que se fizerem presentes e necessárias.

A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deverão ser

assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação será respeitada, bem como a sua

participação nas atividades realizadas em sala de aula.

A recuperação será paralela durante o processo de ensino-aprendizagem e entendida como

um dos aspectos do seu desenvolvimento contínuo no qual o aluno, com aproveitamento

insuficiente, ou que não tenha assimilado algum conteúdo . A recuperação paralela se constituirá

de um conjunto integrado ao processo de ensino além de se adequar às dificuldades do aluno.

Essa recuperação poderá ser feita através de trabalhos, pesquisas, textos e outras formas para que

o aluno possa rever o conteúdo (ou conteúdos) que não aprendeu e assim recuperá-los, bem como

revisá-lo de uma maneira diferenciada.

A recuperação de estudos será paralela aos conteúdos no período da carga horária da

disciplina, constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino/aprendizagem. A

avaliação de recuperação de estudos será feita sempre após a retomada de conteúdos e deverá ser

ofertada para todos os alunos independente da nota alcançada. Nela se desenvolverão estudos

paralelos de recuperação propondo aos alunos desafios e atividades diferenciadas

complementares, articuladas aos conteúdos trabalhados anteriormente. Será feita com atividades

ajustadas às necessidades dos alunos.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais a escola deve proporcionar uma

adaptação curricular, para que o aluno possa superar suas dificuldades de aprendizagem e avançar

nos estudos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ, SEED, DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

MODERNA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado

da Educação. Superintendência da Educação. Curitiba, 2008.

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PROPOSTAS CURRICULARES DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES

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COLÉGIO ESTADUAL “DR CHAFIC CURY” ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL

RUA ZACHARIAS BURKO –S/Nº – FONE-FAX- XX-42-3463-1176RIO AZUL – PARANÁ

ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO - ENSINO MÉDIO E FORMAÇÃO DE DOCENTES

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RIO AZUL – PARANÁ

20101 – Identificação da instituição de ensino

1 – Denominação Completa do Estabelecimento de Ensino:

COLÉGIO ESTADUAL “DR. CHAFIC CURY”- ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL.

2 – Endereço completo: RUA ZACHARIAS BURKO,S/Nº

3 – Bairro/Distrito: CENTRO 4 – Município: RIO AZUL 5 – NRE: IRATI

6 – CEP: 84.560.000 7 – Caixa Postal 8 – DDD: 42 9 – Telefone: 34631176

10 – Fax: 34631176 11 – E-mail: [email protected]

12 – Site: www. rzlchaficcury.seed.pr.gov.br

13 – Entidade mantenedora:

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

14 – CNPJ/MF:

76.416.965/0001-21

15 – Local e data: 16 – Assinatura: Direção

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2 – Identificação do curso e eixo tecnológico

1. Educação ProfissionalCurso: FORMAÇÃO DE DOCENTES· Habilitação: Formação de Docente· Eixo tecnológico: Docência na Educação Infantil e nas Séries Inicias do EnsinoFundamental· Carga Horária Total: 3.200 h

3 – Professor OrientadorNa rede estadual:a) Coordenador de estágio para os estágios obrigatórios:Pedagoga: Lucia Zorek ChochelGraduação: Pedagogia / Supervisão de Ensino

b) Coordenador de curso para os estágios não obrigatórios: quando o estudante estivermatriculado em Curso da Educação ProfissionalProfessora: Eder Estevam Esquiba MachadoGraduação: Pedagogia

4 – JustificativaA Lei nº 11.788/08, que dispõe sobre o estágio obrigatório e não-obrigatório de

estudantes, e a Deliberação nº 02/09 do CEE, que estabelece normas para a organização e a realização dos estágios, definem, também, obrigações da Instituição de Ensino para com os estágios não obrigatórios.

A Lei nº 11.788/08 de 25 de setembro de 2.008 estabelece em seu Artigo 1º que o Estágio é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa a preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular eminstituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

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§ 1º O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o intinerário formativo do educando.

§ 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

O Estágio segundo o artigo 2° poderá ser ou não obrigatório, conforme determinação das Diretrizes Curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.

§ 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

§ 2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida àcarga horária regular e obrigatória.

§ 3º As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do curso.

No artigo 3º o Estágio, tanto na hipótese do § 1° do art. 2° desta Lei quanto na prevista no § 2º do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos:

I- matricula e frequência regular do educando em curso de educação superior de educaçãoprofissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;

II- celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino;

III- compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso.

Na Deliberação 02/09 do CEE, Art. 1º, Parágrafo 1º, incisos I e II:I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de ensino, deverá

estar previsto no Projeto Político-Pedagógico;II – o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de Estágio.A Deliberação 02/09, Art. 4°, Incisos III - “Plano de Estágio, a ser apresentado para

análise juntamente com o Projeto Político-Pedagógico, ou em separado no caso de estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará assegurar a importância da relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deverá ser incorporado ao Termo de Compromisso e será adequado à medida da avaliação de desempenho do aluno, por meio de aditivos.

O estágio não-obrigatório faz parte do Projeto Político Pedagógico do Colégio “Chafic Cury”, sendo um ato educativo escolar orientado e supervisionado, visando a preparação do aluno para a atividade profissional. Poderão realizar o estágio não-obrigatório os alunos que estão freqüentando o 3º ano do Ensino Médio em Instituição Estadual. Para o Curso de Formação de Docentes o estágio não-obrigatório é permitido somente para os alunos matriculados na 3ª ou 4ª séries ou 3º, 4º e 5º semestre do Curso com Aproveitamento de Estudos, nunca em atividades de docência, somente como auxiliares.

5 – Objetivos do estágio- Contribuir para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades relacionadas ao

mundo do trabalho que oportunizem concebê-lo como ato educativo.

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- Reconhecer o estágio como oportunidade de construção do conhecimento e aprimoramento da atividade prática.

- Visar ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

6 – Local (ais) de realização do estágio não obrigatório. Prefeituras; Bancos; Empresas; ACIARA

7 – Carga-horária e período de realização de estágio obrigatório

1 – Carga Horária do Estágio Obrigatório do Curso (se houver)a) 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino

superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio;b) até 40 (quarenta) horas semanais nos estágios relativos aos cursos que alternam teoria e

prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, desde que esteja previsto no Projeto Político do curso, no Plano de Estágio, no Termo de Convênio e no Termo de Compromisso de Estágio.

c) O aluno que está cumprindo estágio obrigatório poderá realizar paralelamente o estágio não-obrigatório, desde que sem prejuízo do aprendizado.

e) No Curso de Formação de Docentes, nos estabelecimentos de ensino da rede pública estadual, o estágio não-obrigatório só poderá ocorrer na terceira e na quarta séries, desde que o horário semanal destinado à Prática de Formação seja preservado.

A Instituição de Ensino deverá negociar com a instituição concedente o horário de início etérmino do estágio de cada aluno durante a semana, de forma a garantir que o aluno cumprapontualmente seus compromissos escolares.

8 – Atividades de estágio:1 – Cursos da Educação Profissional:- Os alunos matriculados em Cursos de Educação Profissional podem realizar Atividades inerentes aos conteúdos teórico-práticos já previstos no Plano de Estágio do Curso ou no Eixo Tecnológico a que pertence.- Os alunos do Curso de Formação de Docentes podem realizar as seguintes atividades:

auxiliar de regência de classe, tanto na Educação Infantil como nos anos iniciais do Ensino Fundamental;

auxiliar pedagógico em classe com alunos com necessidade especial; auxiliar de atividades pedagógicas extra-classe; auxiliar de laboratório de informática, de ciências ou outro; auxiliar de biblioteca e/ou brinquedoteca; auxiliar na elaboração de material didático auxiliar na pesquisa e na definição dos conteúdos, de acordo com as diretrizes

curriculares das disciplinas; auxiliar na elaboração e revisão de textos.

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Obs.: Entende-se por auxiliar a função em que haja um professor regente, laboratorista ou bibliotecário responsável pelo planejamento e orientação na execução da atividade.2 – Os alunos matriculados no Ensino Médio podem realizar atividades que possibilitem:

a integração social, o uso de novas tecnologias; produção de textos; aperfeiçoamento do domínio do cálculo; aperfeiçoamento da oralidade; compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento, organização e

realizações de atividades que envolvam rotina administrativa, documentação comercial e rotinas afins.

9 – Atribuições da instituição de ensino celebrar Termo de Compromisso com alunos e parte concedente após firmado o Termo de

Convênio, autorizado pelo Sr. Governador; incluir o estágio não-obrigatório no PPP; regimentar o estágio não-obrigatório; indicar professor orientador, responsável pelo acompanhamento e avaliação das

atividades de estágio; zelar pelo cumprimento do Plano de Estágio; avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação cultural

e profissional do educando; exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses, de

relatório das atividades; comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de

realização de avaliações escolares ou acadêmicas.

10 – Atribuições do Coordenador de Curso, Coordenador de Estágio, Professor Orientador de Estágio, Supervisor de Estágio

organizar formulários e registros para acompanhamento do estágio de cada aluno; elaborar o plano de estágio e orientar sua execução; manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio na parte

concedente; explicitar a proposta pedagógica da Instituição de Ensino e do plano de estágio

obrigatório e não-obrigatório à parte concedente; planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de

atividades a serem realizadas pelo estagiário; realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de

acordo com o Plano de Estágio e o Termo de Compromisso, mediante relatório; zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso; orientar a parte concedente e o aluno sobre a finalidade do estágio; orientar a parte concedente quanto à legislação educacional e às normas de realização do

estágio; solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno; realizar visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições de funcionamento

do estágio; orientar previamente o estagiário quanto:

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às exigências da empresa; às normas de estágio; aos relatórios que fará durante o estágio; aos direitos e deveres do estagiário.

Obs.: No caso de estudante com deficiência, que apresente dificuldades para elaborar orelatório, o professor orientador deverá auxiliar esse estagiário.

11 – Atribuições da parte concedente Considerar-se-ão partes concedentes de estágio, os dotados de personalidade jurídica

pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.

A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:I. celebração de Convênio com a entidade mantenedora da instituição de ensino;II. celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;III. a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;IV. indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente;V. contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo de Compromisso de Estágio nos casos de estágio não-obrigatório;a) no caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais, poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de ensino;VI. entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;VII. relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio, com prévia e obrigatória vista do estagiário ecom periodicidade mínima de 6 (seis) meses;VIII. a remuneração do agente integrador pelos serviços prestados, se houver.

12 – Atribuições do responsável pela supervisão de Estágio na parte concedenteAcompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente e a instituição de ensino:

tomar conhecimento do Termo de Compromisso; orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de Estágio; preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino; manter contato com o Professor orientador da escola; propiciar instalações e ambiente favoráveis à aprendizagem social, profissional e cultural

dos alunos; encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do estagiário, à

instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.

13 – Atribuições do estagiário

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Considerando a Concepção de Estágio: ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte concedente

como na instituição de ensino; celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a Instituição de Ensino; respeitar as normas da parte concedente e da instituição ensino; associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio; realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas não previstas

no plano de estágio; entregar os relatórios de estágio no prazo previsto.

14 – Forma de acompanhamento do estágioO estágio como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo

pelo professor orientados da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art.7º da Lei nº. 11.788, de 25 de setembro de 2008 e por menção de aprovação final.

15 – Avaliação do estágioAnalisar em que medida o Plano de Estágio está sendo cumprido.a) No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio não-obrigatório, faz-se necessário avaliar em que medida está contribuindo ou não para o desempenho escolar do aluno. Desta forma o professor orientador precisa ter acesso a três documentos do aluno:· rendimento e aproveitamento escolar;· relatório elaborado pelo aluno.(Anexo II Instrução 006/09-SUED/SEED)· relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente (Anexo IIIInstrução 006/09-SUED/SEED));b) No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas às instituições e análise dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de funcionamento do estágio, recomendando ou não sua continuidade. Aspectos a serem observados: Cumprimento do Artigo 14 da Lei 11.788/98 e Artigos 63, 67 e 69 da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

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COLÉGIO ESTADUAL “DR. CHAFIC CURY” ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL

RUA ZACHARIAS BURKO –SN° – FONE-FAX- XX-42-3463-1176RIO AZUL – PARANÁ

PLANO DA DISCIPLINA DE PRÁTICA DE FORMAÇÃO

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RIO AZUL – PARANÁ2013

I- Identificação:1.1 CURSO: Integrado de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais doEnsino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal

Ano letivo: 2013 Número de aulas: 5 semanais – 200 anuais Coordenadora de Curso: Coordenadora de Prática de Formação: Professora:

II - Fundamentação TeóricaO presente plano segue as normatizações sobre a necessidade da Prática de Formação para a

formação pedagógica seguindo as seguintes leis determinadas:- LDBN 9394/96- Deliberação 010/99 do CEE/PRO estágio é um ato educativo escolar supervisionado deverá ter acompanhamento efetivo

pelo professor orientador da Instituição de Ensino e por um supervisor da parte concedente.O Estágio Obrigatório no curso de Formação de Docentes segue a Lei nº 11.788/08 no cap.I que afirma que o Estágio Obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

As práticas pedagógicas se constituem no eixo articulador dos saberes fragmentados nas disciplinas. É o mecanismo que garantirá um espaço e um tempo para a realização da relação e contextualização entre saberes e os fenômenos comuns, objetos de estudos de cada ciência ou área e conhecimento específico. A prática de formação deverá ter um trabalho coletivo da instituição, fruto de seu projeto pedagógico. Nesse sentido, todos os professores responsáveis pela formação do educador deverão participar de diferentes níveis, da formação teórico-prático do seu aluno.

Objetivos: Propiciar aos alunos a apropriação de conteúdos teóricos os quais nortearão o trabalho dos

mesmos durante e após o Curso de Formação; Visar o aprendizado da atividade profissional e a contextualização curricular, objetivando

o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o mundo do trabalho; Repassar aos alunos os conteúdos teóricos,bem como a ampliação da visão dos alunos

acerca da natureza do trabalho do professor como também a percepção das especificidades do ofício do professor,diante de diferentes demandas sociais e políticas os quais nortearão o trabalho dos mesmos;

Subsidiar o educando para o exercício de uma prática docente tendo como ponto de partida a teorização dos conhecimentos e a realidade educacional brasileira;

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Salientar que a atividade prática ocorrerá efetivamente no momento em que o aluno exercer a profissão de educador;

Fazer um trabalho paralelo entre a teoria e a prática através das observações feitas, possibilitando ao aluno vivenciar as práticas pedagógicas que são utilizadas nas escolas, bem como elaborar materiais didáticos adequados ao desenvolvimento da criança nos anos iniciais de sua escolaridade.

Locais e Períodos:As práticas de Formação serão realizadas nas instituições públicas de Educação Infantil e

dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na Escola Especial (APAE), creches, instituições quetenham maternal e pré-escola. As práticas de Formação serão no contra-turno.

Metodologia:O aprendizado deve ocorrer de maneira que o pensamento do aluno adquira mecanismos

cada vez mais flexíveis e capacitados na ação profissional, neste sentido, serão estudados textos informativos, far-se-á estudos dirigido, individual e em grupo, leitura comentada, pesquisa bibliográfica, seminários, vídeos, aulas expositivas, recursos tecnológicos, confecção de materiais, apresentação de atividades práticas.

Na primeira série o eixo norteador possibilita a observação do trabalho docente pelos alunos.

Na segunda série pretende-se colocar os alunos em contato com situações problemas no âmbito de algumas modalidades específicas e de experiências educacionais extra-escolares.

Na terceira série busca-se a produção de pesquisas e observações levando as concepções de infância, de família e de educação em confronto com a sociedade.

Na quarta série os alunos iniciam suas experiências práticas de ensinar, onde o futuro professor desenvolve de fato a práxis profissional, ou seja, elabora uma prática educativa, a partir das teorias estudadas contextualizando os conteúdos desenvolvidos nas aulas das disciplinas.

Os alunos deverão fazer primeiro as práticas pedagógicas com crianças de 0 a 6 anos e, na segunda fase, com crianças de 7 a 10 anos, completando assim todo o ciclo dessa fase da educação.Avaliação:

A avaliação é diagnóstica, contínua e cumulativa, onde o aluno será avaliado através de instrumentos diversificados, como prova escrita, trabalhos em equipe e individual, elaboração de sínteses, confecção de materiais, pesquisas, seminários, resumos, apresentações de histórias em sequencia, confecção de materiais para apresentação de trabalhos e desenvolvimento de projetos, ensaios e planejamentos.

Durante o bimestre, o professor deverá utilizar 2 (dois) ou mais instrumentos de avaliação diferenciados. Será realizada recuperação paralela a todos os alunos com vistas a efetivação da aprendizagem a partir de novos encaminhamentos docentes e novos instrumentos de verificação..

A cada avaliação realizada, o professor deverá atribuir nota de 0,0 (zero) a 10,0 (dez). No final do bimestre a média será obtida através do cálculo aritmético simples.

Sempre que houver falta ao estágio, o aluno deverá repor imediatamente para assegurar a aquisição dos conteúdos trabalhados e o cumprimento da carga horária exigida.

Conteúdos divididos por série:

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1º SÉRIE: “ Sentidos e significados do trabalho do professor/educador”

1º Bimestre:· Pluralidade cultural e as diversidades· Desigualdade e Educação· Autobiografia· A escolha da carreira· Ética profissional· Leituras complementares· Atividades lúdicas

2º Bimestre· Condicionamento da infância e da família no Brasil e a Organização da educação· A ação docente· A escola· As práticas culturais da educação A criança· Leituras complementares· Atividades lúdicas

3º Bimestre:· As práticas pedagógicas e a formação da didática na Educação Infantil· Intervenção pedagógica, escola e professores· A educação e o desenvolvimento· Leituras complementares· Conteúdos das fitas de vídeo da TV Escola· Visitas às escolas e instituições

4º Bimestre:· Formação da didática nos anos iniciais do Ensino Fundamental· Fundamentos teóricos-metodológicos da pesquisa· Leitura de revistas, jornais, livros· Atividades lúdicas· Observações em escolas de Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Total de horas/aula na 1ª série:160 horas – Fundamentação Teórica40 horas – Atividades Lúdicas

2º SÉRIE: “Pluralidade cultural, as diversidades, as desigualdades e a educação”

1º Bimestre:· Cidadania· Educação para transformação (DVD) Paulo Freire, evidenciando a importância da educaçãopara a cidadania· Pluralidade cultural e educação (DVD)· Relações interpessoais em sala de aula e o desenvolvimento pessoal doa aluno e do professor

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· A educação do campo e suas especificidades· Estudo de textos informativos relacionados a prática pedagógica· O ciclo docente: planejamento de ensino, plano de curso, plano de unidade e plano de aula.Orientação da aprendizagem: controle da aprendizagem, fixação e avaliação

2º Bimestre:· A importância da interação social em busca de autonomia· O estatuto da criança e do adolescente· A educação indígena· A questão ambiental: dia do meio ambiente, preservação da água e dos demais recursos naturais· A socialização do educando: como promovê-la· O direito da criança ao atendimento escolar

3º Bimestre:· Desafios da educação: repetência e evasão escolar· Contribuição da cultura afro-descendente no contexto social brasileiro· Elaboração de relatórios das atividades observada· Observação em classes de educação infantil,APAE, salas de apoio e recursos na zona urbana,

4º Bimestre:Aprender ou conhecer· Ser professor ou educador· O significado da educação infantil e sua articulação com as áreas do conhecimento· A disciplina necessária· A eficácia da linguagem didática· A saúde vocal

Total de horas/aula na 2ª série:120 horas – Fundamentação Teórica80 horas – atividades práticas ( observação, participação em escolas de educação infantil de1ª a 4ª série do ensino fundamental) APAE. 3º SÉRIE”Condicionantes da Infância e da Família no Brasil e os fundamentos da educação”

1º bimestre:· Responsabilidade da educação infantil· O direito da criança e o atendimento escolar· O direito da criança estudar· O direito da criança brincar· A socialização da criança· A LDB9394/96 e os direitos da criança· Os profissionais da educação segundo a LDB· Estudo dos textos informativos: Educação – longe da Excelência; O amor não ensina a tabuada· Planejamentos de ensino: Plano de curso, plano de unidade, plano de aula· Elaboração de materiais pedagógicos para: Páscoa, Dia do Índio, Dia da Mulher.....· Recurso didático na atividade docente: as sucatas

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· A informática na educação· Prática docente: observação e cooperação no processo ensino-aprendizagem em classes de 1ª a 4ª série.

2º bimestre:· A Educação Infantil· Especificidades da Educação segundo a LDB· A produção de Arte/Brinquedo para a educação Infantil com materiais de sucatas· Administração do ensino: constituição Federal, SEED, conselho estadual de educação· Atos oficiais, leis, decreto, portaria, resolução, deliberação, ordem de serviço, regulamento, despachos, veto, parecer, circular;· O professor no ambiente informatizado construcionista· Prática Pedagógica: observação e cooperação no processo ensino-aprendizagem em classes de 1ª a 4ª série;· Estudo do texto informativo “ quando a natureza mata”· Elaboração de material pedagógico envolvendo as datas comemorativas do segundo· Apresentação de brincadeiras e dinâmicas que podem ser utilizadas na educação e series inicias do ensino fundamental;

3º Bimestre:· Estudo da deliberação 02/2005: Normas e princípios para a Educação Infantil no Sistema de Ensino do Paraná.· Parecer CNE/CEB nº 06/20: Ampliação do Ensino Fundamental para nove anos.· Estudo dos textos: Um ano a mais na escola é a solução?· Aprovação do FUNDEB.· Estudo dos textos: “Cuidar e educar caminham juntos”, “Alegres e Ignorantes”.· Prática Pedagógica: Observação em classes de 1ª a 4ª série (20h/a) da zona urbana e rural (15h/a)· Elaboração de material pedagógico envolvendo as datas do 3º Bimestre: Dia dos Pais Folclore, Semana da Pátria, Aniversário do Município.· Elaboração de planos de aulas.· Apresentação de mini- aulas envolvendo brinquedos e arte, como Dramatizações.· Acesso à Internet com pesquisas de temas pertinentes ao processo ensino e aprendizagem.

4º bimestre:· Apresentação de relatórios e debates sobre o processo ensino – aprendizagem observado nas Escolas de 1ª a 4ª série (urbana e rural 20h/a)· Ofício do professor.· Estudo do texto: “o poder das palavras”.· Projetos pedagógicos que podem ser trabalhados na Educação Infantil e Séries Iniciais da Educação fundamental.· Elaboração e aplicação de planos de aula.· Prática Pedagógica: (25h/a)· Estudos de textos informativos pertinentes· Acesso e pesquisa orientada na Internet sobre temas relevantes de Educação e processo Ensino Aprendizagem.

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Total de horas/aula na 3ª série:80 horas – Fundamentação Teórica120 horas – atividades práticas ( observação, participação em escolas de educação infantil de1ª a 4ª série do ensino fundamental) APAE

4º SÉRIE: “Práticas Pedagógicas”1º bimestre:- A prática do professores- Motivação dos alunos em sala de aula- Fundamentos teórico-metodológico da pesquisa- A ação docente- As práticas pedagógicas e a formulação da didática na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental- Concepção da infância, família e educação e, como a organização da família interfere nos papéis da escola.- Avaliação: avaliar para promover

2º bimestre:- Relação professor aluno na sala de aula- Pesquisa teórica sobre abordagem histórico-crítico- Prática educativa nas séries iniciais- Planejamento, análise por série- Material para prática educativa- Elaboração do planejamento de acordo com a abordagem histórico-crítico

3º Bimestre:· Leituras complementares sobre as práticas pedagógicas· Preparação dos planos de aula, dentro da tendência histórico-crítico· Conhecimento e estudo sobre os métodos de ensino· Seleção de materiais didáticos

4º Bimestre:· Atuação dos planos de aula como professores regentes· Seminário para exposição da experiência como professor regente· Relatório sobre a regência

Total de horas/aula na 4ª série:60 horas – Fundamentação Teórica140 horas – Atividades práticas ( observação, participação em escolas de educação infantilde 1ª a 4ª série do ensino fundamental) APAE.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:*Gourlart Barbosa- Psicologia da educação. Editora Vozes, 1ª. Edição-Petrópolis-2003.*Bagueiro, Ricardo- VYGOTSKY e a APRENDIZAGEM ESCOLAR. Editora Artmed-

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Porto Alegre-2001.*Pimenta Selma Garrido- Estágio e Docência. Editora Cortez- Petrópolis-2004.*Arroio Miguelg, Caldart, Roseli Salete, Molina, Mônica C, Por uma Educação no Campo,Petrópolis, R.J. Vozes, 2004.*Valente, Ana Lúcia. Educação e diversidade Cultural. São Paulo: Moderna, 1999.*Brasil. Lei 9394 de 20/12/96.*Valente, Ana Lúcia, ser negro no Brasil hoje, São Paulo: Moderna, 1996.*Kishimoto, Tuziko Morchida e outros. Jogo, brincadeira e educação, São Paulo: Cortez,2005.*Piconez, S. (Coord.). A pratica de ensino e o estágio supervisionado. Campinas. Papirus,1991.*Revista Pedagógica Pátio. Ano X. Agosto/Outubro. Nº39;*Gadotti, Moacir Romão, José E. Autonomia da Escola: principios e propostas. 6ª ed. SãoPaulo. Cortez: Instituto Paulo Freire-2004.*Morin, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez,Brasília, DF: UNESCO, 2007.*BASSEADAS, Eulália. APRENDER E ENSINAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL. PortoAlegre: Artes Médicas Sul, 1999;*PIMENTA, Selma Garrido. O ESTÁGIO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES.Editora Cortez: 5ª Edição- Petrópolis,2002.*PIMENTA, Selma Garrido. O estagio na formação de professores: unidade teoria epratica? São Paulo: Cortez, 1994.*PARANÁ. Secretaria de estado da Educação. Departamento de Ensino de 2º grau. Setorde ensino. Proposta para o estagio supervisionado. Projeto de avaliação da proposta curricular dehabilitação magistério. Curitiba- 1980.*SAVINI, Demeval. Educação: do senso comum o consciência filosófica. Campinas,S.P.:Ed:autores associados, 1980 Lei nº 11.788/98 Lei nº 8.069/90 Estatuto da Criança e do Adolescente· Decreto nº 8.7497 de 18 de agosto de 1982.· Deliberação nº 02/09 do CEE· Instrução nº 006/2009 SUED/SEED· Emenda Constitucional 59/2009· Parecer 20/2009CEB· Resolução 05/09 CEB· Resolução 06/10 CNE

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PROPOSTAS CURRICULARES

FORMAÇÃO DE DOCENTES

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

EMENTAConcepções teóricas e práticas da Língua Portuguesa. A oralidade, a leitura e a

escrita como princípios norteadores do Ensino de Língua Portuguesa. Concepções teóricas e práticas da Literatura Brasileira e Portuguesa.

OBJETIVOS GERAISempregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá - la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico - discursivos;aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão. É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a vida.

CONTEÚDO ESTRUTURANTENa concepção de linguagem assumida , a leitura é vista como produtora desentidos,

compreende o contato do aluno com uma ampla variedade de práticas sociais, onde o professor vai propor uma variedade de textos a fim de desenvolver a subjetividade do aluno, considerando a preferência e a opinião dele ao selecioná-los.

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Quanto a prática escrita leva-se em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas; a escrita é entendida como formadora de subjetividades.

Na prática da oralidade consideram as variantes linguísticas como legitimas formas de expressão. Em especial, as de grupos sociais historicamente marginalizados (Afro-Indigena) e que serão tratados em relação a centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades de Análise Linguística,atividades que possibilitem aos alunos revisão, reestruturação, análise das categorias gramaticais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIEComunicação, Linguagem, Língua e FalaFonéticaOrtografiaAcentuaçãoOrtoepia e prosódiaMorfologiaInterpretação de textoFiguras de linguagemProdução de textosRe-estruturação de textoPrática de leituraGêneros Discursivos os quais serão delimitados conforme a série no Plano de Trabalho Docente.

2ª SÉRIEClasses gramaticaisAcentuaçãoPontuaçãoOrtografiaMovimentos Literários (Trovadorismo, Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo)Interpretação, produção de texto e re-estruturação.LeituraGêneros Discursivos os quais serão delimitados conforme a série no Plano de Trabalho Docente.

3ª SÉRIESintaxeModernismoInterpretação, produção de texto e re-estruturação.Leitura

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Gêneros Discursivos (informativos, descritivos, científicos, biográficos, crônica, contos, fábulas, poemas, poesia haicai, textos instrucionais, adivinhas, lendas, parlendas, historias em quadrinhos, trava-línguas, cantigas de roda, ...)

4ª SÉRIERevisão de sintaxeGêneros Discursivos (informativos, descritivos, científicos biográficos, crônicas, contos, fábulas, poemas, poesia haicai, textos instrucionais, adivinhas, lendas, parlendas, histórias em quadrinho, trava-línguas, cantigas de roda, acalantos...).CartaOfícioRequerimentoAtaE-mailTeatro e dramatizaçãoDeclamaçõesCançõesInterpretação, produção de texto e re-estruturaçãoLeitura.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho metodológico deve ter por fundamento a natureza social da língua. Toda reflexão sobre a língua só tem sentido se considerar, como ponto de partida a dimensão dialógica da linguagem, a qual está presente em atividades e experiências reais de uso da língua materna. O texto não é um produto acabado, ele é fruto de um processo que se inicia no sujeito, incluindo seu conhecimento prévio, suas apreensões, a finalidade com que ele foi escrito e de que forma ele interage com o mundo e o interlocutor e como ele fará proliferar o pensamento e os conhecimentos nele contidos.

Os conteúdos serão relacionados com o cotidiano, da teoria para a prática. Durante as aulas serão usados métodos e técnicas tornando-as dinâmicas e articuladas à realidade do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª séries.

A Literatura será trabalhada dentro de uma abordagem histórica, numa sequência de fatos, procurando contextualizar a literatura com a história do homem.

A escrita, a oralidade e a leitura são elementos estruturantes dentro da Língua Portuguesa, e serão estes elementos que irão nortear de forma contínua e permanente as atividades desta disciplina.

Será dada uma ênfase especial à leitura, diversificando a metodologia utilizada , fazendo com que o aluno pratique e melhore a oralidade e leitura.

Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa.

AVALIAÇÃOA avaliação é um processo contínuo de averiguações do ensino-aprendizagem,

serve como ponto de partido para possíveis mudanças na metodologia utilizada.

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A avaliação não se restringe somente em provas, mas em trabalhos coletivos ou individuais, tarefas, pesquisas, filmes, registros participação, debates, produções de textos, aulas expositivas, participação e interesse em concursos.

As provas de produção de textos terão peso (10.0) dez, assim como os trabalhos de pesquisa e outros. O professor atribuirá um conceito específico para cada atividade a fim de totalizar nota dez, que será somada e dividida pelas demais notas, obtendo assim a nota bimestral.

Após a realização das avaliações, caso haja necessidade, será feita uma retomada de conteúdos para uma recuperação paralela, prevalecendo assim a nota maior tirada pelo aluno, pois a recuperação paralela é utilizada como auxílio de maneira efetiva proporcionando uma maior assimilação dos conteúdos trabalhados em de sala de aula.

Tarefa, assiduidade são requisitos necessários para efetivar a aprendizagem, não serão critérios de avaliação e, portanto, não se atribui notas.

A recuperação paralela/de estudos ocorre todos os dias por meio das retomadas, revisões, alterações metodológicas que promovam a aprendizagem. Não será oportunizada apenas para aqueles que alcançaram “nota”, mas para todos; não será só no final do bimestre, mas diariamente, paralelamente ao estudo; utilizando após apropriação do conhecimento de um trabalho realizado para averiguar e atribuir notas. Os alunos com necessidades educacionais especiais serão respeitados conforme as suas especificidades e devem ser avaliados atendendo às orientações do Artigo 58 da LDB.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal, São Paulo: Martim Fontes, 1997.FERRETI, Celso. Formação profissional e Reforma do Ensino Técnico no Brasil: anos 90. Educação e Sociedade. Campinas, CEDES, agosto 1997.PARANÁ Secretaria de Estado de Educação. Currículo Básico para a escola pública do estado do Paraná. 3 ed. Curitiba 1997.PERINI, Mario A. Sofrendo a Gramática. São Paulo. Ática, 1999.PARANÁ. SECRETARIA DO ESTADO. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Médio. SEED. Curitiba, 2008.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊSFORMAÇÃO DE DOCENTES

EMENTATextos em diferentes gêneros textuais. Conhecimentos linguísticos, discursivos,

sócio-pragmáticos e culturais. Práticas de oralidade, de leitura e de escrita – trabalhadas simultaneamente. Articulação com as demais disciplinas do currículo relacionando os vários conhecimentos.

OBJETIVOS GERAISEspera-se que o aluno de língua estrangeira seja capaz de compreender o papel

que algumas línguas desempenham num momento histórico, vivenciando novas maneiras de expressar e de ver o mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de seu papel como cidadãos no país.

Conscientizar o estudante de que o conhecimento da língua Inglesa é requisitado cada vez mais pelos aluais meios de comunicação, como a Internet, entre outros.

Compreender a importância da nova língua, por meio de atividades significativase individualizadas.Trabalhar as habilidades de comunicação e expressão básicas na língua, bem com trabalhos voltados para a interpretação e produção de textos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

3ª SÉRIEReview (exercícios com pronomes pessoais, oblíquos, possessivos, verb to be,numerais, greetings, dias da semana, meses e estações do ano, datas e horas);Simple present;Present continuouns;Articles a, na, the;Imperative, affirmative and negative form;Simple past (verb to be, there to be and regular verbs);

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Idioms and phrasal verbs;Present and past perfect;Adjetivos descritivos referentes a pessoas e lugares;Técnicas de interpretação de textos;Vocabulary expansion techniques;Falsos cognates;Will future;Linking words;Inferências de LeituraTema centralCoesão TextualCoerência TextualIdentificação de estruturas linguísticas importantesObservação de vocabulário principalGêneros textuais diversos (Filmes, musicas, notícias, cartazes, charges, diálogos,entrevistas, pesquisas, fotos, mapa, colunas de aviso)Identificação de diversos gêneros textuais

4ª SÉRIETranslationsMusicsTheatersIdiomatic expressionsVocabulary expansion techniquesLittle text comprehensionInferências de LeituraTema centralCoesão TextualCoerência TextualIdentificação de estruturas linguísticas importantesObservação de vocabulário principalGêneros textuais diversos (Filmes, musicas, notícias, cartazes, charges, diálogos,entrevistas, pesquisas, emails, piadas, ingressos, biografia)Identificação de diversos gêneros textuais.Serão desenvolvidos projetos pelos alunos para trabalhar vocabulário (cores,números, dias da semana, meses do ano, animais, profissões, roupas, meios detransporte e comunicação, partes da casa, objetos escolares e de uso pessoal, jogos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAOs novos enfoques teóricos que se interessam pela análise da língua a partir da

perspectiva da interação social, assim como as teorias da aprendizagem e as teorias da educação, revolucionaram o novo mundo do ensino – aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna nas últimas décadas.

Como o objetivo da Língua Estrangeira Moderna na Formação de Docentes é formar um sujeito crítico, capaz de interagir criticamente com os alunos e com o mundo à sua volta, o ensino – aprendizagem terá uma abordagem que ultrapasse questões técnicas e instrumentais, ensinando aos futuros professores maneiras de construir significados, elaborar procedimentos interpretativos, ter uma postura profissional voltada para a prática

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do Magistério e sentimentos de mundo, pois está na linguagem uma das possibilidades de se perceber, se entender e se construir a realidade.Para alcançar os objetivos propostos será utilizada uma abordagem eclética: atividades e estruturas comunicativas, jogos, músicas, computadores, Dvds e outros meios quaisquer que coloquem o aluno em contato com a língua e o ajudem a compreendê-la. Distanciar-se dos caminhos rígidos e centrando-se o ensino nos educandos, ajustando as necessidades de cada grupo, de suas expectativas e fazendo uso do conhecimento que cada aluno traz à escola, deixando assim de ser mero receptor de conteúdos a sujeito participante e consciente de sua posição como indivíduo na sociedade.

Para despertar a atenção dos futuros professores, serão abordados tópicos esituações próximas da realidade e interesses deles para motivar sua participação ativa.

Serão utilizados recursos como textos, fotos, tabelas, histórias em quadrinhos e ilustradas, cartoons, músicas, Dvds, material lúdico utilizados com a finalidade de facilitar e dinamizar o aprendizado, deixando-o leve e divertido, visando assim obter melhores resultados.

Os textos serão também interdisciplinares pois são mais fáceis para compreensão do aluno e são excelente subsídio para o trabalho da Língua Estrangeira Moderna. Alem disso utilizar os meios da internet e outros programas para uma melhor prática da língua.

Tópicos gramaticais e estruturais serão apresentados baseando-se em textos e diálogos, evitando a artificialidade no ensino da língua inglesa, onde serão utilizados exemplos do cotidiano para apresentação de novos tópicos visando que o aluno chegue a formular regras e tenha uma efetiva aprendizagem das estruturas, utilizando para isso conhecimentos cognitivos.Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna. Esses conteúdos são: História do Paraná (Lei nº 13381/01), história e cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº 11.645/08), música (Lei nº 11.645/08), prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito das crianças e adolescentes L.F. Nº 11525/07, educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02,

AVALIAÇÃOA avaliação deve ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, bem como servirá, principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos.

A avaliação deverá ser qualitativa e democrática, levando em conta o progresso do aluno Durante o bimestre, o professor deverá utilizar 2 (dois) ou mais instrumentos de avaliação diferenciados. Será realizada recuperação paralela a todos os alunos com vistas a efetivação da aprendizagem a partir de novos encaminhamentos docentes e novos instrumentos de verificação..

A cada avaliação realizada, o professor deverá atribuir nota de 0,0 (zero) a 10,0 (dez). No final do bimestre a média será obtida através do cálculo aritmético simples vale ressaltar que haverá avaliação diferenciada aos alunos com necessidades educativas especiais, sempre levando em conta as especificidades desse aluno. Os alunos poderão ser avaliados dentro das práticas discursivas das seguintes formas: resoluções de exercícios; pesquisas; exposições orais com tema proposto dentro do conteúdo; pequenas composições escritas;

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construção de painéis ou murais (que ensejem a memorização em sala de aula/ou pesquisa demonstrada; interpretação de textos; provas escritas e orais (dissertativas;objetivas)

A recuperação paralela será feita após cada avaliação retomando os conteúdos, através de provas/trabalhos, onde os alunos poderão realizá-los na escola ou com atividades que o aluno fará em casa, com pesquisa, levando-se em consideração a maior nota obtida nas avaliações, ou seja, se o aluno obteve menor nota na recuperação, será considerada a nota anterior.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CELANI, M. A As línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização doscurrículos das escolas públicas. São Paulo: Claritas, 1994.JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba: Mimeo, 2004.LEFFA, V. J. Metodologias do ensino de línguas.In: BOHN, H. I; VANDRESEN, P.Tópicos em lingüística aplicada: O ensino de línguas estrangeiras. Florianópolis: Ed da UFSC, 1988. Apostila Positivo – Ensino Médio Língua Inglesa, 2000.MEIRELLES, S. M. Língua Estrangeira e Autonomia. In: Educar em revista, Curitiba:UFPR, 2002. Proposta Pedagógica Curricular Do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal. Curitiba, 2006.

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ARTE – FORMAÇÃO DE DOCENTES

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.A arte pode ser definida como uma criação do homem com valores estéticos que sintetizam as suas emoções , sua historia, seus sentimentos e sua cultura. Lembrando que a arte é uma constante em nossa vida, pois ela faz parte de todos nós pelo fato de sentirmos a necessidade de nos comunicarmos.

Podemos definir como arte todo trabalho criativo, ou seu produto que se faça consciente ou inconsciente com intenção estética, isto é com o fim de alcançar resultados satisfatórios. No entanto, sabemos que tentarmos definir esse conjunto complexo do fazer humano, a que chamamos de arte, é um tanto difícil pois o mesmo abrange diversos fatores para a sua elaboração bem como infinitas variáveis que nelas interferem, tanto na sua criação psíquica como na sua execução.

As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino, são constituídas nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua função social, tais como: da arte poder servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer. Arte (democrática ou autoritária, por exemplo) e de ser humano (essencialmente criador, autônomo ou submisso, simples repetidor ou esclarecido) que pretendem formar, ou seja, a que concepção de educação vinculamse. Essas formas históricas de interpretar a arte especificam propriedades essenciais comuns a todas as obras de arte.

Para Kandinsky, “a obra de arte é filha do seu tempo”. Cada época cria uma arte que lhe é propícia, e cada grupo humano o faz à sua maneira, dentro do conhecimento de mundo que esse mesmo grupo venha a ter, bem como de sua capacidade tecnológica, de sua localização geográfica, de seu poder econômico, de seu sistema político, de suas convicções religiosas e das características psicológicas que estruturam tal complexo grupal.Vamos fazer uma breve interrupção para salientar que, além de todos esses fatores grupais, as características individuais propícias do artista são elementos fundamentais na avaliação da obra artística, mas para que pudéssemos fazer um estudo da individualidade do artista, desta ou daquela obra, necessitaríamos de dados – acontecimentos, história

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familiar e outros – da vida desse mesmo artista que viveu em épocas remotas da história de nossa civilização, e nada ficou registrado nessa área.

Somente com a invenção da escrita, registros mais detalhados e mais específicos vieram a acontecer. A partir daí particularidades significativas sobre os artesãos do mundo antigo puderam ser esclarecidas. Assim, voltemos à visão de arte ainda no sentido grupal.

A arte, está sujeita à época e ao grupo cultural que lhe dá origem, como se pode perceber nas imagens a seguir. Porém, muito antes das civilizações mesopotâmicas, gregas ou egípcias se estruturarem, o homem já se manifestava artisticamente, num mundo hostil, rodeado de perigos e mistérios; nossos antepassados procuravam entender aquele universo que os cercava .O que devemos ter em mente, é que, estudando a “infância” do homem por meio de suas manifestações artísticas, podemosconstatar o tipo de vida do homem da época pré-histórica, suas crenças, a fauna, a flora e muitos outros fatores pelos quais hoje sabemos que tais manifestações existiram em nosso passado.

A arte foi, é e sempre será a expressão maior das origens e da história de um povo. Através de obras de arte de grandes mestres, de origens diversas em diferentes épocas,como um legado deixado para as gerações futuras. Podemos dizer que as artes plásticas nada mais são do que livros caracterizados em formas e cores. Existem diferentes formas de expressão nas artes plásticas, e a cada novo movimento ou estilo criado por um artista, podem ocorrer mudanças de conceitos que provocam novas reflexões a respeito da influência que a arte exerce sobre uma ou mais gerações.

A consciência cultural é um meio bastante abrangente de se determinar o futuro de um povo, e a tomada desta consciência também é responsabilidade do artista que a transmite de forma única em cada nova criação. Podemos aqui identificar alguns movimentos ou mudanças de estilo que provocaram verdadeiras revoluções dentro do conceito de arte, mas que hoje entendemos ser,nada mais que a mudança de consciências retratadas por artistas, cujos nomes ficaram na história. Para que possamos manter este ciclo de transmissão artístico-cultural, é preciso que tomemos atitudes em relação à arte no Brasil, abrindo espaço para novos talentos, divulgando seus trabalhos, apoiando escolas e centros culturais e difundindo a arte brasileira, dentro e fora do território nacional. Lembrando sempre que não é o artista que é eterno, e sim sua obra, e através dela a história de sua época. Prova disso, é o valor altíssimo que antigas obras alcançam no mercado das artes, dada a importância que as mesmas representam para as gerações atuais. Cabe a nós abrir e implantar esses espaços para que a arte reflita não só a sociedade como também suas idéias e principalmente a criação de suas novas ideologias. Pois aprendesse arte convivendo com obras de arte, seja na escola, em museus, em casa, no cotidiano de cada um. A frequentação, como é chamada essa convivência com as obras de arte, ajuda a construir um certo "vocabulário" de estilos, de artistas, épocas, linguagens, suportes.

Aprende-se arte por meio do fazer artístico, explorando linguagens e materiais, o que nos faz compreender melhor as dificuldades e as soluções encontradas pelos artistas. A convivência com a arte nos mostra soluções variadas para cada um desses problemas.

Aprende-se arte, ainda, pelo estudo da história da arte e das linguagens artísticas, bem como pelo estudo da estética, isto é, dos diversos conceitos de valor em arte. E é através do contato com da cultura, portanto, é o que torna a vida humana possível no mundo. Ela é, ao mesmo tempo, um produto já elaborado pelas gerações que nos precederam, e um processo contínuo de adaptação dessa herança recebida a novos modos de vida, novos problemas, novas necessidades. E, nesse processo, a arte, por não ter utilidade prática imediata, é um campo privilegiado de experimentações, de crítica, até

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mesmo de denúncia de práticas sociais ultrapassadas. Por meio das obras de arte, é possível vislumbrar outros valores importantes para a vida humana. Parte integrante da civilização, a arte é presente quando ainda não se fazia uso da linguagem textual. Nas cavernas, nas edificações, nos templos, nas pinturas, nas esculturas, haverá sempre de representar uma linguagem universal, catalogando períodos, culturas e manifestações. Segundo Gombrich (1988), à arte escrita com letra minúscula:''Não prejudica ninguém chamar a todas essas atividades arte, desde que conservemos em mente que tal palavra pode significar coisas muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com a maiúscula não existe. Na verdade, Arte com A maiúscula passou a ser algo de um bicho- e de um fetiche (Gombrich, 1988:04)''.Para o autor, Arte, com letra maiúscula, assusta, assombra, distancia. Faz com que pessoas aparentemente sem dom não se sintam atraídas para iniciar uma atividade artística. Cria-se o medo da reação das pessoas, o medo do ridículo, porque se espera atingir um resultado perfeito, acadêmico, isto é, dentro dos padrões da estética da arte. A fim de compreender a arte, precisamos nos aproximar e nos identificar o que significou os rituais primitivos que davam vazão às manifestações artísticas do homem primata. Sob este propósito, esta identificação ainda ocorre no homem pós-moderno através de crenças ou superstições que transcende do que lhe representa o racional. Se pensarmos, por exemplo, na maneira como tratamos uma fotografia de um ente querido, não nos imaginaríamos de maneira nenhuma furando os seus olhos, mesmo que seja somente em um pedaço de papel. Ela tem todo um valor simbólico seguido de um sentimental. Pelo contrário, guardamos esta imagem com carinho, como se tivéssemos lidando ali com a própria pessoa. E isto não está muito distante do que faziam alguns povos primitivos quando simulavam suas caçadas através de desenhos de bisões nos tetos e paredes das cavernas há 15.000 anos atrás. Tais manifestações tinham caráter utilitário e concreto, como encenações das cenas que estavam prestes aacontecer, garantindo assim uma maior probabilidade de vitória.

A partir deste contexto, Gombrich sugere que imagem e letras são, realmente,parentes consanguíneos. Tal proximidade confere às artes e ao papel da Quando falamos em arte logo pensamos em belo e a idéia de estética, do que realmente é belo, necessita estar constantemente sendo revista, pois padrões e conceitos vivem e revivem como ciclos transformados a cada época. Segundo Perissé, a respeito de Rodin, é taxativo sobre a beleza: ''Não há, na realidade, nem estilo belo, nem desenho belo, nem cor bela. Existe apenas uma única beleza, a beleza da verdade que se revela. Quando uma verdade, uma ideia profunda, ou um sentimento forte explode numa obra literária ou artística, é óbvio que o estilo, a cor e o desenho são excelentes. Mas eles só possuem essa qualidade pelo reflexo da verdade.'' Segundo o autor, a beleza é um ato de amor que, no núcleo da realidade, ultrapassa o banalizante e desumanizante. Trata o conceito de belo como algo maior que transcende os padrões comuns de beleza. Considerada muitas vezes como privilégio das elites, a arte não possui o reconhecimento devido dentro do âmbito escolar e na sociedade. Vale ressaltar que a questão da arte, da estética e da criatividade na formação dos educandos vem a somar quando a arte é tida como aliada à educação.A arte não é e não deve ser vista como domínio de alguns especialistas. Ela interage em todos os momentos da nossa vida como também tem presença marcante em nossa educação. Almeida afirma: “O que me espanta é que em nossa sociedade a arte só tenha relação com os objetos e não com os indivíduos ou com a vida; e também que a arte seja um domínio especializado, o domínio dos especialistas que são os artistas. Mas a vida de todo indivíduo não poderia ser uma obra de arte? Por que um quadro ou uma casa são objetos artísticos, mas não a nossa vida? '' Quem sabe possamos realçar a importância da

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imagem, especificamente da Fotografia, dentro da disciplina de Artes, dando ênfase a presença das “artes” na educação e da sua participação imprescindível? Como diria Foucault, por que não podemos fazer de nossas vidas uma verdadeira obra de arte? Cada qual a esculpindo e pintando-a a sua maneira? A imagem deve ser vista e interpretada fazendo uso de reflexões mais subjetivas e não apenas como reflexo do real. Tendo assim um olhar mais abrangente e com mais possibilidades de interação. Portanto, a arte constantemente abre portas para um caminho onde o impossível não existe. Trabalhar a arte, dá possibilidades de improvisar, transformar, ir além da superficialidade, entrelaçar os conhecimentos, em suma, entrar no terreno criativo da condição humana. Esta vai além de disciplina no currículo escolar, pois é produto íntimo da formação humana.

O sujeito percebe a sensibilidade da humanidade quando tem a arte como algosignificativo em sua educação.

CONTEUDOSLINGUAGEM ELEMENTOSFORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS EPERIODOSARTES VISUAISPontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuzBidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualSimetriaDeformaçãoEstilizaçãoTécnica: Pintura,desenho,modelagem,Arte na pré-históriaArte no Egito

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Arte na GréciaArte RomanaArte RomânicaArte GóticaArte RenascentistaArte BarrocaArte ModernaArte AfricanaArte ContemporâneaArte Latino-AmericanaArte pré-colombiana e arte pré-cabralinainstalação,performance e esculturas,arquitetura.História emQuadrinhos...Gêneros: paisagem,natureza-morta,Cenasdo Cotidiano,Histórica, Religiosa, da Mitologia...Arte brasileira:-indígenaA influencia da arteeuropeia no BrasilFotografia no BrasilModernismoBrasileiroArte Contemporânea brasileira

DANÇAMovimentoCorporalTempoEspaçoGêneros:Espetáculo,industrial cultural,étnica, folclórica, populares, salão...Movimentos articulados lento, rápido e moderadoAceleração e DesaceleraçãoNíveisDeslocamentoDireçõesPlanosImprovisaçãoGreco-RomanaMedievalRenascimento

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Dança ClássicaDança PopularDança ModernaDançaContemporâneaArte Latino-AmericanaDança popular brasileiraDanças promovida pela industria culturalPersonagem: Técnicas: jogos Teatro Greco

TEATROExpressões corporais,vocais,gestuais e faciaisAçãoEspaçoAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidadeteatrais.Teatro direto e indireto.Mímica e Ensaio,Encenação, leitura dramáticaGêneros:Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgiaJogos teatraiscenografia,sonoplastia, figurino e iluminaçãoRomanoTeatro PopularTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro ClássicaTeatro ModernaTeatroContemporâneaLatino-AmericanoTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro de vanguarda

MÚSICAAlturaDuraçãoTimbreIntensidade

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DensidadeRitmoMelodiaHarmoniaEscalasModal, Tonal e fusão de ambos.AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidadeRitmoMelodia e Harmonia Gêneros: erudito, clássico, popular,IndústriaCulturalMúsica ClássicaMúsica PopularMúsica ModernaMúsica ContemporâneaMúsica Latino- AmericanoMúsica brasileira: Erudita e popularMúsica paranaense étnico, folclórico, PopTécnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação

JUSTIFICATIVAA disciplina de arte, composto por quatro áreas- Música, Teatro, Dança e Artes

Visuais que são de suma importância na formação do aluno do Ensino Médio, pois seu ensino possibilita expandir seus sentidos, sua capacidade de criação, percepção e apreciação, desenvolver o pensamento critico e aprimorar a interpretação do mundo com vistas à sua transformação e a de si mesmo. Pois o ensino de artes na educação vem sendo considerado como componente obrigatório, e isto se justifica na percepção que se teve da grande relevância das ações que estão diretamente envolvidas neste ensino, desenvolve-se no aluno, com as artes que se integram, o perceber, o pensar, o aprender, o recordar, o imaginar, o sentir, o expressar, o comunicar. E Com a produção de seus trabalhos artísticos e interagindo com outras culturas, o aluno poderá compreender a diversidade de valores que fazem com que aja e pense como a sociedade em que vive e com a qual, através também do ensino de artes, ele deverá relacionar– se harmoniosamente.

É nosso objetivo desenvolver ainda: a criatividade, para que possa assumir uma posição ativa, operante, desafiadora e original na solução de problemas que enfrenta. Facilitar a comunicação proporcionado – lhe ambiente que estimule o desejo com o universo que o cerca, entendendo – o e participando ativamente de sua transformação são atitudes que devem ser tomadas para o desenvolvimento artístico do aluno. Proporcionar aos educandos conhecimento significativo para que os mesmos possam reconhecer, diferenciar e saibam utilizar os diversos elementos que compõem as diversas linguagens de artes, salientando que este conhecimento se dara através de produções artísticas individuais e coletivas. Por isso espera – se que os educandos, depois de engajados em projetos de valorização pessoal e do meio que o cerca, tendo contato com a música, dança,

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teatro e artes visuais, seja capaz de: buscar produzir um processo de evolução pessoal; conhecer e adquirir valores de importância para a realização pessoal futura; respeitar e valorizar os indivíduos do âmbito social que convive; e assim ele possa fazer trabalhos artísticos, como desenhos, pinturas, gravuras, folhetos, cartazes, logotipos e outros. Cabe lembrar que todos os conteúdos devem ser trabalhados de forma significativa, buscando a apreciar e a experiência do contextualizar.

ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICO E RECURSOS DIDATICOSOferecer aos educandos oportunidades para o seu desenvolvimento de suporte o

qual compreende vários fatores como o autoconhecimento, autonomia, iniciativa, ousadia, criatividade, protagonismo, autoria, compreensão do erro como parte de um processo, consciência da independência, socialização, e outros.

Alcançar progressivo desenvolvimento musical, nos processos de improvisar, compor, interpretar e desenvolver. Através do ensino do teatro, promover oportunidade nas aulas para que oeducando possa preparar-se para enfrentar o público através de apresentações de interpretação, dramatizações e expressão de sentimento em eventos dentro e fora da escola.

Promover situações para que os alunos possam expor seus sentimentos através das danças coreografadas e dramatizadas, situações para interpretar e dramatizar os sentimentos traduzidos pelos autores em seus poemas.

Desenvolver o respeito mútuo, valorização, eliminação de preconceitos adquiridos pela cultura de cada indivíduo, compreensão dos efeitos e erros, consciência da importância de cada indivíduo e do trabalho em grupo.

Buscar progressivamente um desenvolvimento totalizado do educando para que possa futuramente ser um agente na sociedade um cidadão crítico e capaz de resoluções de problemas e principalmente um ser consciente de seus valores, direitos e deveres.

Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Arte, são esses: história do Paraná (Lei nº 13381/01), história e cultura afro-brasileira,africana e indígena (Lei nº 11.645/08), música (Lei nº 11.645/08)prevenção ao uso indevido de drogas,sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito das crianças e adolescentes L.F. nº 11525/07, educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. nº 4201/02.As aulas serão ministradas tendo como recursos didáticos: a sala de aula, a TV pendrive, o laboratório de informática, o patio da escola, aparelho de som e a biblioteca. Cabe salientar: caderno ou pasta para desenho, réguas, lápis de cor, lápis para desenho, caderno para matéria de arte teórica, canetas, borracha, canetas hidrocor, cola e tesoura. Lembrando que para outros materiais diversificados, será solicitado antecipadamente para que os educandos os providenciem.

AVALIAÇÃObuscando avaliar as mais diversas formas de expressão artística do aluno. Salientando que a avaliação considerará a história do processo pessoal de cada aluno e a suarelação com as atividades desenvolvidas na escola, portanto ela também é processual por que para as aulas os educandos deverão ter consigo materiais necessários consigo, tais como pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.

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A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários diversos instrumentos de verificação tais como:• trabalhos artísticos individuais e em grupo;• pesquisas bibliográfica e de campo;• debates em forma de seminários e simpósios;• provas teóricas e práticas;• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, audiovisual e outros.

Cabe lembrar que as atividades são flexíveis e podem ser alteradas conforme anecessidade do trabalho pedagógico.

A média bimestral será obtida através da avaliação aritmética simples, sendo obrigatório a utilização de no mínimo dois instrumentos diferenciados de avaliação. E a recuperação paralela será oportunizada a todos os alunos com a retomada dos conteúdos, aluno.Aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando as suas especificidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

AMARAL, Aracy.A.Arte para quê?São Paulo: Studio Nobel, 2003.ARANHA, Maria Lúcia. História da Educação. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna,1996ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. São Paulo: EDUSP, 1997.AZEVEDO, Fernando Antônio Gonçalves. Sobre a Dramaticidade no Ensino de Arte: Em Busca de um Currículo Reconstrutivista. In: Som Gesto Forma e Cor: Dimensões da Arte e seu Ensino. C/Arte, Belo Horizonte, 1995.BARBOSA, Ana Mae. A Imagem do Ensino da Arte. São Paulo: Perspectiva, 1991.BARBOSA, Ana Mãe (org). Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2003BRASIL, Secretaria da Educação Fundamental, (1998). Arte e Educação: Ensino Fundamental – Fase II. Caderno 4. Brasília: MEC/SEF.BRIOSCHI, Gabriela. Arte Hoje.São Paulo: FTD, 2003CHAVES, D. JUBRAN, A. Manual Prático de Desenho. São Paulo: Editora Tipo, 2002.CUNHA, Susana Rangel da .Organizadora.Cor, Som e Movimento.Porto Alegre: Mediação, 2005.DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA-ARTE. Secretaria de Estadoda Educação do Paraná. 2008DERDYK, Edith. Formas de Pensar o Desenho. São Paulo: Scipione, 2004.FISCHER, Ernest.A necessidade da Arte, Rio de Janeiro: Guanabara, 2002.JAPIASSU, Ricardo.Metodologia do Ensino do Teatro, São Paulo:Papirus,2005JUNIOR, Marchesi Isaias: Atividades de Educação ArtísticaMARUCCI, Liege M. S. Mestres das Artes . São Paulo: Editora Moderna,1997.PEDROSA, Mário. Mundo, Homem, Arte em Crise. 2a Edição. São Paulo: EditoraPerspectiva, 1986PROENÇA, Graça.Historia da Arte.São Paulo: Cortez, 2001.SALOS, Ozana o, Rosa: Professora CriativaSANTOS, Vera Lúcia Bertani dos. Brincadeira e conhecimento: do faz-de-conta à

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representação teatral. Porto Alegre: Mediação, 2002.SAVIANI, Demerval. Escola e democracia . 31. ed. Campinas: Autores Associados,1997. (Polêmicas do Nosso Tempo) v. 5.RAFFA,Ivete. Fazendo Arte com Os Mestres. São Paulo: Editora Escolar, 2006.TAVARES, Moura Isis: Arte=Ensino Fundamental, volume I à IVVIGOTSKI, L.S. Psicologia da Arte, São Paulo: Martins fontes, 2001.VIGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes1989.

EDUCAÇÃO FÍSICA – FORMAÇÃO DE DOCENTES

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINANo final do século XIX, no ano de 1882 afirmou a importância da ginástica para a

formação do cidadão equiparando-se em categoria e autoridade as demais disciplinas. A partir de então, a Educação Física tornou-se componente obrigatório dos currículos escolares. Destaca-se que a burguesia brasileira depositou na ginástica a responsabilidade de promover, por meio dos exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida urbana.

As práticas pedagógicas escolares de Educação Física foram fortemente influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes do século VIII e XIX.

Os exercícios sistematizados nesses moldes foram reelaborados pelo conhecimento médico numa perspectiva pedagógica.

Por não existir um plano nacional de Educação Física, a prática das escolas se dava pelo método francês de ginástica adotada pelas Forças Armadas e tornado obrigatório a partir de 1931. A Educação Física se consolidou no contexto escolar a partir da constituição de 1937, quando objetivava doutrinar, dominar e conter os ímpetos das classes sociais. Além desses objetivos, a Educação Física seguiu a risca os princípios higienistas para um corpo forte e saudável com atividades para a formação de um corpo masculino robusto, delineado para a defesa e proteção da família e da pátria.

Na década de 1930 o esporte começou a se popularizar, confundindo-se com a Educação Física, houve um incentivo às práticas desportivas com o intuito de promover políticas nacionalistas pensadas para o país. A Educação Física continuou de caráter obrigatório na escola, com a promulgação da Lei nº 5692/71, por meio de seu artigo 7º e pelo decreto n} 69450/71. Assim, a disciplina passou a ter legislação específica e foi integrada como atividade escolar, regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do sistema de ensino.

Tais avanços teóricos da Educação física sofreram retrocesso na década de 1990, quando, após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

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(LDB), o Ministério da Educação (MEC) apresentou os Parâmetros Curriculares (PCN) para a disciplina.

Em 2008 as Diretrizes Curriculares teve sua versão final compreendendo os conteúdos estruturantes: Jogos e brincadeiras, Lutas, Ginástica, Esporte e Dança.

O ensino da Educação Física no contexto escolar assume um papel de grande importância, pois poderá levar o aluno a um melhor conhecimento corporal, compreender significados, refletir e questionar gestos e atitudes. A Educação Física como componente curricular é caracterizada pelo ensino de conceitos, princípios, valores, atitudes e conhecimentos sobre o movimento humano e sua complexidade, nas dimensões biodinâmica, comportamental e sócio- cultural. Através das aulas de Educação Física é possível fundamentar princípios e valores como inclusão, diversidade, individualidade e cidadania, os quais contribuem para a formação do aluno.

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos

Esporte Coletivos Individuais RadicaisJogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativosDança Danças folclóricas Danças de salão Danças de ruaLutas Lutas com aproximação; Lutas que mantêm à distância Lutas com instrumento mediador Capoeira.Ginástica Ginástica artística/olímpica Ginástica de condicionamento Físico Ginástica Geral

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A Educação Física para o curso de Formação de Docentes segue a mesma proposta das Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, no entanto, adaptam- se os conteúdos a fim de correlacioná-los com a prática do processo de ensino – aprendizagem para os anos iniciais da educação básica. A metodologia para as aulas de Educação Física para formação de docentes visa oferecer as mais variadas manifestações do corpo e também práticas e experiência no trabalho com crianças, contribuindo na formação profissional do aluno para atuar no magistério.Os conteúdos serão trabalhados utilizando de vários recursos e métodos, garantindo espaço para a opinião dos próprios alunos, com o objetivo de aproximação entre eles próprios e a realidade em que acontecem as aulas. Discussões, debates, vivência prática, experimento de movimentos, aulas teóricas, micro aulas, organização de planejamentos, serão colaboradores para a aprendizagem e o ensino da cultura corporal baseada na experiência prática e reflexiva dos conteúdos. As aulas poderão acontecer em vários ambientes que a escola e a comunidade oferecerem: sala de aula, quadra, biblioteca, sala de computadores, sala de vídeo campo de futebol (localizado próximo à escola), etc. Muitos recursos poderão ser utilizados: bolas, redes, materiais descartáveis adaptados para auxiliar nas aulas, apito, retro projetor, televisão e vídeo, computadores, aparelho de som, etc. É importante salientar que os conteúdos estruturantes da Educação Física baseando-se nas Diretrizes Curriculares (2008) abrangem os mesmos conteúdos para as 3 séries do ensino médio, entretanto, eleva-se o grau de dificuldade e de entendimento de cada conteúdo.

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Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de EducaçãoFísica, são eles: história do Paraná (Lei nº 13381/01), história e cultura afrobrasileira, africana e indígena (Lei nº 11.645/08), música (Lei nº 11.645/08)prevenção ao uso indevido de drogas,sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito das crianças e adolescentes L.F. nº 11525/07, educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. nº 4201/02.

AVALIAÇÃO

Serão realizadas avaliações contínuas, formativa e somativa.Os conhecimentos adquiridos pelos alunos serão mensurados através de no mínimo 03 avaliações, podendo ser:- Avaliações teóricas - prova escrita, onde o aluno terá a oportunidade de provar o conhecimento adquirido. Essa avaliação também poderá reforçar o entendimento paraas mais variadas formas de manifestações do corpo na prática;- Avaliações práticas - essa avaliação não se trata de performance ou rendimento e sim considera-se o nível de desenvolvimento do educando e suas individualidades. Na prática será avaliado pelo seu progresso e desempenho mediante o seu esforço para obter a aprendizagem.- Trabalhos – poderão ser individuais ou em grupo, teóricos ou práticos. Diante de uma problematização, essa avaliação incentiva o aluno a pesquisar, ir ao encontro de respostas, a trabalhar em grupo, a cooperar, incentiva a ser crítico e também aceitar soluções, perceber diferenças e principalmente aprendendo gradativamente a se ajustar na sociedade;

O número de avaliações realizadas dependerá em primeiro lugar, da dificuldade ou facilidade encontrada pelos alunos na compreensão e aprendizagem dos conteúdos. Serão feitas também avaliações paralelas (recuperação) para todos os alunos. Os conteúdos serão retomados de acordo com a dificuldade dos alunos, sendo realizada a avaliação (recuperação) . Todas as avaliações terão peso 10.

Para os alunos com necessidades especiais/educacionais as avaliações serão diferenciadas. Será feito um estudo detalhado sobre o aluno e em seguida uma observação do grau de dificuldade do mesmo para elaborar assim as avaliações conforme seus limites e possibilidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASDIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2008.FREIRE, João Batista, Educação de Corpo Inteiro. São Paulo Scipioni, 1987.FRITZEN, Silvino José. Jogos dirigidos: para grupos, recreação e aulas de Educação Física, Pretópolis: Vozes, 1987.GONÇALVES, Maria Cristina, PINTO, Roberto Costacurta Alves, TEUBER, Silvia Pessoa, Aprendendo a Educação Física, Ed. Bolsa Nacional do Livro Ltda. 1ª edição, 1996.LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. 2ª edição. São Paulo. Summus Editorial, 1971.MALUF, Ângela Cristinaa. Brincadeiras para sala de aula, Petrópoles, Voszes, 2007.MOREIRA W.W. Educação Física e Esportes: perspectivas para o século XXI, Campinas: Papirus, 1982.

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NODA, Lidia Mieko – Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas. Curitiba MEC e SEED, 1984.NOGUEIRA, Cláudio Jose Gomes. Educação Física na Sala de Aula. Rio de Janeiro: Sprint, 3ª ed., 2000.TAFFAREL, Celi Nelza Zulke, Criatividade nas aulas de Educação Física. Ed. Ao Livro Técnico, 1ª Edição, 1985.COLETIVO DE AUTORES. Coletânea de atividades de Educação Física para o Ensino Médio e Fundamental

MATEMÁTICA – FORMAÇÃO DE DOCENTES

EMENTANo Curso de Formação de Docentes pretende-se trabalhar em Matemática:

Funções, Progressões, Matrizes, Determinantes, Sistemas Lineares, Geometria Plana, Trigonometria, Geometria Analítica, Geometria Espacial e de Posição, Probabilidade.

OBJETIVOS GERAIS Desenvolver estratégias de resolução de problemas, o que permitirá uma melhor

compreensão de conceitos matemáticos, além de desenvolver as capacidadesde raciocínio;

Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos, diagramas presentes em veículos de comunicação;

Utilizar de forma adequada e investigativa os recursos tecnológicos, como a calculadora e o computador. Incluímos aqui a utilização correta de instrumentos de medidas;

Compreender e aplicar os conceitos, procedimentos e conhecimentos matemáticos em situações diversas;

Observar e estabelecer as conexões existentes entre diferentes tópicos da Matemática e conhecimentos aplicados em outras áreas.

Compreender e utilizar a precisão da linguagem e as demonstrações matemáticas, incluindo a utilização de raciocínios dedutivos e indutivos, que permitirá a validação de conjecturas, além da compreensão de fatos conhecidos e sistematizados por meio de propriedades e relações;

Desenvolver e aplicar conhecimentos matemáticos em situações presentes no real. É a capacidade de utilizar a Matemática não apenas na interpretação do real, como também, quando necessário, como forma de intervenção;

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Instigar nos alunos a assimilação dos conceitos matemáticos com a prática em docência, afim de contribuir para a elaboração e concretização da metodologia de ensino dessa disciplina;

Desenvolver o raciocínio lógico, hipotético e dedutivo, visando formar professores mais críticos em sua profissão.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE

Números e álgebra:Teoria dos conjuntos;Intervalos numéricos - inequações;

Funções:Função linear,Inequação do 1º GrauFunção quadrática,Inequações do 2º GrauEquação modularFunção modular,Função exponencial,Equação ExponencialLogaritmosFunção logarítmicaProgressão aritmética e geométrica.

2ª SÉRIE

Números e álgebra

Matrizes;Determinantes;Sistemas de equações lineares;

GeometriasGeometria plana: ângulos, polígonos, circunferência e círculo.

3ª SÉRIE

FunçõesTrigonometria: triângulo retângulo, circunferência trigonométrica;

GeometriaGeometria analítica: ponto, reto e circunferência.

4ª SÉRIE

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GeometriaGeometria Espacial;

Tratamento da informaçãoAnálise combinatória;Binômio de NewtonNúmeros binomiais;ProbabilidadesMatemática financeira

METODOLOGIA DA DISCIPLINANo curso de Formação de Docentes a metodologia utilizada procurará equilibrar os

aspectos formativos e instrumentais propostos pela disciplina.No desenvolvimento do conteúdo, as situações apresentadas podem estar ligadas

ao cotidiano, a outras áreas do conhecimento, ao processo histórico de produção do conhecimento estudado, bem como a reflexão sobre os próprios conceitos matemáticos.

Deve-se propor situações e questões que possibilitem a reflexão do aluno para que ele construa o conhecimento, pois é refletindo que temos uma melhor compreensão entre teoria e prática. Nesse sentido as relações entre professor e aluno e aluno e aluno, tendem a ficar mais dinâmicas e reflexivas. Também se faz necessário estabelecer uma relação entre o conhecimento já adquirido pelo aluno com aquele que está sendo construído.

As atividades e exercícios de fixação devem permitir a organização e a síntese das ideias propostas e desenvolvidas durante o trabalho.

É necessário que o professor planeje e conduza o processo de descobertas em sala de aulas, criando condições adequadas para a aprendizagem através da análise das experimentações.

Durante as aulas o professor deve procurar relacionar o conteúdo teórico com a prática diária do educando, citando exemplos práticos e buscando material concreto para facilitar a aprendizagem.Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/1 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Matemática, são esses:história do Paraná (Lei nº 13381/01), história e cultura afro-brasileira,africana e indígena (Lei nº 11.645/08), música (Lei nº 11.645/08)prevenção ao uso indevido de drogas,sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito das crianças e adolescentes L.F. nº 11525/07, educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. nº 4201/02.

Para trabalhar os conteúdos da disciplina e os conteúdos obrigatórios,serão utilizados os seguintes recursos didáticos:TV pendrive, DVD, laboratório de informática, sólidos geométricos, material dourados,etc

AVALIAÇÃOA avaliação deve ser coerente com o enfoque dado aos princípios básicos da

disciplina. Deve fornecer informações que possibilitem o progresso pessoal do aluno, bem como sua autonomia. Ela deve fornecer, não apenas ao professor, mas também para o aluno, indicativos sobre o conhecimento e a compreensão de conceitos e procedimentos desenvolvidos.

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Para nós, a avaliação deve ser entendida como uma verificação de como nos comunicamos com os alunos, quais são os aspectos que, nós professores, priorizamos e valorizamos, na aprendizagem de nossos alunos. Nesse sentido, a avaliação deve ser vista como um instrumento a partir do qual podemos melhorar o ensino, efetuando mudanças de rumos, quando necessárias.

O resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação. É necessário observar o processo da elaboração do conhecimento e para isso a avaliação deverá ser necessariamente diagnosticada.

A avaliação deve utilizar técnicas e instrumentos variados, devendo ocorrer ao longo do processo de aprendizagem propiciando aos alunos múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado.

Os alunos serão avaliados de forma contínua em todas as aulas diagnosticamente. Será avaliado o aproveitamento dos conteúdos, bem como, as atividades desenvolvidas, os exercícios propostos individuais e em grupos, serão feitos testes objetivos e subjetivos. Serão feitas no mínimo duas avaliações, tendo como valor de 0,0 a 10,0 cada. Será feita recuperação de estudos, retomando os temas desenvolvidos em sala de aula para uma melhor aprendizagem do educando, avaliando sua aprendizagem através de trabalho individual ou em grupos, prova escrita objetiva ou subjetiva para todos os alunos, considerando a nota maior.

Para os alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETO FILHO, B.;BARRETO, C. X. Matemática Aula por Aula: volume único: Ensino Médio. São Paulo: FTD, 2000.GIOV ANNI, J. R; BONJORNO, J. R ; GIOV ANNI JÚNIOR J. R. Matemática Completa. São Paulo: FTD, 2002.IESDE BRASIL S. A. Matemática. Curitiba: IESDE, 2003.LONGEN, A. Coleção Nova Didática - Matemática: Ensino Médio. Curitiba: Positivo, 2004.SILVA, J. D.; FERNANDES, V. S. Coleção Horizontes - Matemática. São Paulo: IBEP.PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO ESTADO. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio, julho de 2006.

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FÍSICA – FORMAÇÃO DE DOCENTES

EMENTAConhecimento científico e conhecimento espontâneo da natureza; Física: objeto,

método e princípios; Evolução histórica e principais contribuições; Mecânica: o movimento e suas leis; Energia: formas, conservação e transformações; Óptica e física térmica; Eletromagnetismo; Física moderna.

OBJETIVOS GERAISRelacionar, a medida do possível, os conteúoil,kidos com fatos concretos e palpáveis do dia-a-dia;Mostrar historicamente o processo, o desenvolvimento e a aplicação do conhecimento físico;Enfatizar o raciocínio lógico e reflexivo;Priorizar o entendimento do fenômeno físico com redução das considerações matemáticas;Utilizar fórmulas mais como instrumento de comprovação do que de dedução;Possibilitar a compreensão de determinada obstrução física mediante simples experimentação;Desenvolver o raciocínio associativo e as capacidades dedutivas que possibilitem inserir novos conhecimentos no contexto da tecnologia avançada, ou mesmo em simples aplicações no cotidiano.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

3ª SÉRIE

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Descrição de movimentosMovimento uniforme (M.U)Movimento Uniformemente variado (MUV);Movimento Circular Uniforme (MCU);Leis de Newton;Atrito;Plano inclinado;Energia, Trabalho e Potência;Equilíbrio Estático dos sólidos;Equilíbrio Estático dos líquidos;Temperatura;Dilatação térmica;Calor (Traços de calor);Introdução á óptica Geométrica.

4ª SÉRIECorrente Elétrica;Resistores;Geradores e Receptores Elétricos;Potencia elétricas circuitos Simples;Interação entre cargas elétricas,Campo elétrico;Capacitores.METODOLOGIA

Uma das grandes dificuldades na transferência do conhecimento é o “como ensinar”, ou seja, qual a metodologia adequada que deve ser utilizada para concretizar o processo ensino-aprendizagem.

Podemos dizer que não existe uma metodologia perfeita, pois se existisse, faríamos um sistema de ensino perfeito e isto não é realidade.

Devemos tornar o processo ensino-aprendizagem mais proveitoso, utilizando metodologias diversificadas para atender a todos os alunos respeitando as diferenças. Para isso é necessário um reconhecimento de cada turma, levar em conta suas condições sociais e culturais dos alunos, o meio em que vivem, o número de alunos por turma, entre outros.

No curso de Formação de Docentes a metodologia será mais voltada ao entendimento prático, tendo em vista que é um curso que prepara profissionais para a docência de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.

Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Física.

AVALIAÇÃOA avaliação só faz sentido na medida em que serve para o diagnóstico de execução

e dos resultados que estão sendo buscados e obtidos. Dessa forma a avaliação no ano letivo será realizada de forma diagnóstica,cumulativa , processual, podendo ser utilizado os seguintes métodos:- Trabalhos entregues no Bimestre;- Testes subjetivos.

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A recuperação paralela será realizada após cada avaliação com a retomada de conteúdos para todos os alunos .

Aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICASANJOS, Ivan Gonçalves dos; Coleção horizontes – Física: Ensino Médio.BONJORNO, Regina F.S Azenha; BONJORNO, José Roberto; BONJORNO, Valter ; Física; VOL 1,2 E 3. São Paulo: FTDCARRON, Wuilson; Guimarães, Osvalfdo; Física – Volume Único; Coleção Base; 1ª Edição; Ed Moderna; PCNs Ensino Médio. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica, Brasília; Ministério da Educação, 1999;MAXIMO, A; ALVARENGA, B. Física: Volume Único. São Paulo: Scipione, 1997.

QUÍMICA – FORMAÇÃO DE DOCENTES

EMENTAA relação Química - sociedade - tecnologia: Interações e transformações no meio

ambiente; - Experimentos; - A química e as transformações na história da produção. Estudo das propriedades específicas dos materiais. Processos de separação e purificação. Estados dos materiais. Átomo e tabela periódica. Transformações químicas e quantidades. Ligações químicas, interações intermoleculares e propriedades dos materiais. Soluções e solubilidade. Termoquímica. Eletroquímica. Equilíbrio químico. Propriedades coligativas. A química das drogas e medicamentos e as funções orgânicas.

OBJETIVOS GERAISFormar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e que, também seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual.Possibilitar ao aluno uma compreensão dos problemas químicos em si, conhecimento científico, em estreita relação com essas aplicações tecnológicas, suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômica,Mostrar ao educando que a química é um exercício de compreensão da natureza e sua interação com ela.Compreender a química nos vários aspectos da vida atual para melhor utilizá-la na melhoria da qualidade de vida.Desenvolver a capacidade de investigação crítica frente aos problemas oriundos do desenvolvimento dessa ciência.

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Reconhecer os limites éticos ou morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento da química e da tecnologia.Reconhecer que a matéria é objeto de estudo da química.Observar e analisar que o estudo da química está diretamente ligado ao cotidiano dos alunos, ou seja, disponibilizar ao aluno do magistério uma relação com a sua pratica educativa.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

2ª E 3ª SÉRIESA relação química- sociedade – tecnologia;Interações e transformações no meio ambiente;Experimentos;A química a transformação na história da produção.Estudos das propriedades especificas dos materiais.Processos de separação e purificação.Estados físicos da matéria.Ligações químicas, interações inter-moleculares e propriedades dos materiais.Soluções e solubilidade.Termoquímica.Eletroquímica.Equilíbrio químico, propriedades coligativas.A química das drogas e medicamentos e as funções orgânicas.METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Visto que os educandos que chegam à escola não estão totalmente desprovidos de conhecimentos e como, em uma sala de aula reúne pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e idéias que dependem também dessa origem, portanto, torna-se indispensável uniformizar a aprendizagem, de modo que todos se identifiquem com as aulas.

No desenvolvimento do conteúdo, as situações apresentadas podem estar ligadas ao cotidiano, à reflexão sobre os conceitos químicos, assim como os conceitos adquiridos poderão ser assimilados com outras áreas do conhecimento.

As estratégias empregadas metodologicamente serão: revisão de conteúdos, exposição teórica relacionada com os fatos do cotidiano, fixação através de resolução de problemas, experiências em laboratório ou em sala de aula, pesquisas, palestras e debates. Além dessas, utilizar-se-ão recursos como vídeos didáticos, livros, materiais de laboratório, entre outras.

Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Química.

AVALIAÇÃOA avaliação deve ser funcional, onde se verifica que os objetivos previstos estão

sendo alcançados; orientadora, permitindo ao aluno conhecer seus erros e corrigi-los o quanto antes.

O aluno deve ser avaliado como um todo, não são apenas os aspectos cognitivos que são analisados, mas também os comportamentais e sua habilidade psicomotora.

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As formas de avaliação serão diversificadas, utilizar-se-ão trabalhos individuais ou em grupos, experimentações, relatos, registros de debates, de pesquisas e filmes, participação, tarefa e auto-avaliação.

A recuperação paralela será realizada após cada avaliação com a retomada de conteúdos para todos os alunos .

Aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando suas especificidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASSALVADOR USBERCO &. Química essencial. São Paulo: Saraiva, 2001.BOSQUILHA, G. E. Minimanual de Química teoria e prática. São Paulo: Rideel, 1999.PERUZZO, T. M. Química na abordagem do cotidiano, volume único/TITO M.P.Eduardo L. do C.. São Paulo: moderna, 1996.BENOBOU, J. E. Química, volume único/Joseph Elias Benabou, Marcelo Ramanoski. São Paulo: Atual, 2003.MACEDO, M. U. de. Química. São Paulo: IBEPDIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA, 2008.

BIOLOGIA – FORMAÇÃO DE DOCENTES

EMENTAA Ciência no decorrer da história da humanidade. Organização dos seres vivos,

classificação e distribuição dos seres vivos. Mecanismos biológicos, funcionamento dos sistemas biológicos. Biodiversidade, relações ecológicas, variabilidade genética, origem e evolução dos seres vivos. Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida Pesquisa científica, avanços científicos e tecnológicos, ciência e transformações sociais, bioética. Educação ambiental e desenvolvimento humano, social, político e econômico. Saúde pública e escolar. Orientação sexual,embriologia, formação humana, medidas preventivas.

OBJETIVOS GERAISO ensino da Biologia tem como objetivo criar condições ao aluno para

conhecimentos de vários elementos do ecossistema e de suas interpretações com os sistemas físicos, químicos e biológicos, visando entender melhor a natureza e as consequências de uma ação impensada ou irresponsável, causando um desequilíbrio irreversível, permitindo ao aluno compreender o Universo como um todo, entendendo as leis que movimentam, produzem e regem os fenômenos naturais, ligando-o ao conhecimento e a linguagem científica, conduzindo-o a assumir a corresponsabilidade por uma vida digna neste Planeta, sabendo relacionar o cotidiano e as informações de senso comum com as informações cientificas, situando também historicamente o processo de evolução e construção do conhecimento biológico.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA‘ 400

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Sabendo que os conteúdos de biologia são interdependentes não havendo necessidade de distribuição por série e, de acordo com Krasiechik (2004, p.45) “sendo um campo de conhecimento com leis gerais, alargando e aprofundando suas dimensões, torna-se muito difícil para o professor decidir o que deve ser fundamental e incluído em seu curso e o que deve ser acessório, podendo ser deixado de lado”.

Portanto, à medida que os conteúdos forem aplicados e trabalhados e, de acordo com as necessidades dos alunos e as condições físicas da escola, serão utilizadas determinadas metodologias.

Pretende-se com as metodologias aplicadas em biologia, que o aluno saiba relacionar o cotidiano e as informações do senso comum com as informações científicas, situando também, historicamente, o processo de evolução e construção do conhecimento biológico.

Espera-se também a desmitificação da neutralidade da ciência e o absolutismo das informações científicas, vinculando também as informações de caráter científico no contexto social em que está inserido o indivíduo. Para tanto, nos conteúdos de biologia aplicados, podem ser utilizados as seguintes estratégias metodológicas de ensino:1- Prática Social: utilizar o conhecimento prévio do aluno a respeito do conteúdo trabalhado.2- Problematização: ao se desenvolver um conteúdo, podemos apontar as questões a serem resolvidas estabelecendo que conhecimentos são necessários para as resoluções das questões e as aplicações deste conhecimento.3- Instrumentalização: é a utilização de ferramentas culturais (livros, DVDs, retroprojetores,TV pendrive, pesquisas, debates, práticas experimentais, são necessários para a apresentação dos conteúdos e melhor assimilação pelos alunos.4 - Catarse: momento em que o educando passa da ação para a conscientização, demonstrando o que o aluno adquiriu de conhecimento em relação ao problema em questão. Isto pode ser realizado pelo processo de exercícios, debates, apresentações (em grupo ou individuais), relatórios, provas, entre outras.5- Retorno a Prática Social: utilizando agora o saber concreto, desenvolvido no decorrer do trabalho dos conteúdos, agora com maior clareza e compreensão, onde o aluno passa a reconhecer e diferenciar o saber comum do saber científico.

Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Biologia, são esses: história do Paraná (Lei nº 13381/01), história e cultura afro-brasileira,africana e indígena (Lei nº 11.645/08), música (Lei nº 11.645/08)prevenção ao uso indevido de drogas,sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito das crianças e adolescentes L.F. nº 11525/07, educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. nº 4201/02.

AVALIAÇÃOA avaliação em biologia será desenvolvida procurando destacar uma dimensão

social e uma dimensão pedagógica. Sendo então a avaliação um instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nele intervir e reformular os processos de aprendizagem.

A avaliação como instrumento reflexivo, prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Ela fornece ao professor as informações sobre como está ocorrendo a aprendizagem. Cabe ao professor fornecer aos

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alunos informações sobre o desenvolvimento de sua aprendizagem e dificuldades a fim de superar obstáculos, podendo o aluno organizarse para mudanças necessárias.

Para tanto devemos levar em consideração que a biologia é complexa, sendo muitas vezes inevitável o fracasso, o qual por muitas vezes pode ser atribuído a fatores extra escolares. Então a observação do trabalho individual do aluno é de extrema importância, pois permitirá uma análise de erros, bem como as dificuldades particulares do mesmo. O erro pode ser considerado como um caminho para se buscar o acerto.

Ao procurar identificar, mediante a observação e o diálogo como o aluno, o professor obterá pistas do que ele não está compreendendo e pode planejar a intervenção adequada para auxiliar o aluno a refazer o caminho. Deve-se levar em conta a progressão de desempenho de cada aluno, as características particulares da classe em que este se encontra e as condições em que o processo de ensino e aprendizagem acontece.

Para isso, o professor utilizar-se-á de instrumentos como provas, trabalhos, debates, filmes, apresentação de trabalhos, atividade extra-classe, registros de atitudes dos alunos, entre outras.

A avaliação, em biologia, deve ser utilizada como instrumento de aprendizagem, que permita fornecer um feedback, adequado para promover um avanço dos alunos, como também ampliar o conceito e a prática da avaliação dos saberes, destrezas e atitudes que interesse contemplar na aprendizagem de conceitos biológicos, superando sua habitual limitação à rememoração receptiva de conteúdos conceituais.

Os critérios utilizados no coletivo sobre a avaliação são pelo menos três avaliações com diferentes instrumentos, como:provas objetivas e subjetivas, trabalhos, pesquisas, debates, relatórios .Cada avaliação terá valor de 0,0 a 10,0, a média do bimestre será obtida pela soma das notas, dividida pelo número de avaliações realizadas.

A recuperação será paralela, sempre que se detectar dificuldades nos alunos, com nova prova ou com trabalhos em grupos, com oportunidades de socialização de conhecimentos entre os alunos do grupo, essa nota poderá ser substituída à da prova. É necessário lembrar que grande parte do nosso conhecimento é adquirido pela nossa vivência; é um conhecimento intuitivo que evidenciam o nosso universo cultural.

Se pretendermos formar alunos ativos no processo de aprendizagem, eles devem tornar-se ativos também no processo de avaliação.

Aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, levando em consideração as suas especificidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASLAURENCE, J. Biologia: Ensino Médio. Vol. Único – 1ª ed. São Paulo: Nova Geração, 2005.LOPES, S. [et al]. Biologia. Vol.Único – 1ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2005.LINHARES, Sérgio. Biologia. Livro do professor: Vol. Único – 1ª ed. São Paulo: Ática, 2005.SONSINI, M. J. Biologia – Coleção Magistério 2º Grau. Série formação geral – 2º ed. São Paulo: Cortez, 1992.PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes curriculares de Biologia para o Ensino Médio – 2008.

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HISTORIA – FORMAÇÃO DE DOCENTES

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAA História enquanto disciplina escolar pretende possibilitar ao aluno a ampliação dos

estudos sobre as problemáticas contemporâneas, situando-as nas diversas temporalidades, servindo como arcabouço para reflexão sobre as possibilidades de mudanças e necessidades de continuidade.

A História é construída no espaço e no tempo, que se modificam a partir do trabalho do homem, e a interferência do seu trabalho no meio pode nem sempre estar voltada para o interesse da coletividade. A história é um conhecimento construído e em constante construção. Isso significa que a produção da História não resulta do desenvolvimento de um método que esgote o que há de se saber sobre os objetos do passado, mas sim de sucessivas perguntas que as diferentes gerações fazem ao mesmo, com novos métodos de pesquisa e novas concepções teóricas, tornando o saber passível de novas interpretações.

O compromisso da História é com uma prática transformadora da realidade social. Portanto, o fazer pedagógico da História pretende conscientizar o aluno da realidade que o cerca nas múltiplas dimensões, oferecendo aos alunos explicações sobre os problemas sociais, para que a partir destas eles possam tomar decisões. Com isso, torna-se possível a formação de um cidadão crítico, consciente de seu potencial como sujeito atuante de sua realidade.“A finalidade da História é a busca da superação das carênciashumanas fundamentada por meio de um conhecimento constituído porinterpretações históricas.(...) Já a finalidade do ensino da História é aformação de um pensamento histórico a partir da produção doconhecimento. esse conhecimento é provisório, configurado pela

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consciência histórica dos sujeitos”.(DCEs, 2008,p.47)Desta forma, a História busca contribuir para a formação da identidade do aluno,

pois ao estudar e compreender a sua História e conhecer o passado de sua sociedade, poderá compreender os comportamentos sociais, os problemas e os limites de sua sociedade.

Na formação de docentes, a prioridade é desenvolver uma investigação didática, ou seja, chegar a conhecimentos cada vez mais sólidos, experimentados e comprovados em muitas e diversificadas situações de ensino, que seriam socializados com segurança, como ferramentas de trabalho.

O ensino da História pretende colocar o aluno frente a situações que ele enfrentará enquanto profissional, ou seja, é relevante leva-lo a pensar e agir como professor.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica,“... a História tem como objeto de estudo os processos históricosrelativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bemcomo a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou nãoconsciência dessas ações. As relações humanas produzidas por essasações podem ser definidas como estruturas sócio-históricos, ou seja, sãoas formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e de serelacionar social, cultural e politicamente.”

Desta forma, o ensino de História tem por objetivo dialogar com o mundo em que vive, com problemas e desafios, ao mesmo tempo em que se reconstrói as vivências humanas através do tempo.

A finalidade do ensino de História tem sido uma preocupação constante dos historiadores.

Esses, por meio de suas pesquisas, têm apontado que questões relativas aos conteúdos e finalidades do ensino de História estão voltadas para a formação do pensamento histórico.

Segundo o historiador Eric Hobsbawm (2002, p. 13) os jovens da sociedade contemporânea “crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem.” Nesse sentido, o ensino de História pode contribuir para que estudantes, por meio da intervenção pedagógica do professor, constituam explicações plausíveis para as experiências do passado e suas relações com o cotidiano deles no presente, tendo em vista a construção de projetos de futuro. Esta intervenção docente permite desenvolver uma espécie de consciência histórica nos estudantes. Para o historiador Jörn Rüsen (2001), esta consciência diz respeito a vida pública, privada, individual e coletiva dos estudantes e professores.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINAAções e relações humanas como objeto de estudo da história. Categorias de

análise: espaço e tempo como contextualizadoras do objeto de estudo. A construção histórica das comunidades e sociedades e seus processos de trabalho no espaço e no tempo. A configuração das relações de poder nos espaços sociais no tempo. As experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e as permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais. A história e cultura afro-brasileira e história do Paraná. Analise de fontes e historicidade.

METODOLOGIA DA DISCIPLINADiante da impossibilidade de ensinar “toda a história da humanidade”, a metodologia

proposta pelas Diretrizes Curriculares está relacionada à História Temática, que permite ao

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professor ampliar a percepção dos estudantes sobre um determinado contexto histórico, relacionando passado e presente. Os temas históricos selecionados para o ensino devem articular-se aos Conteúdos Estruturantes.

Através dos conteúdos estruturantes que são as Relações de Trabalho, de Poder e Culturais, é possível explicar, interpretar e narrar o objeto de estudo da disciplina de história, ou seja, as ações e relações humanas no tempo, e que serão abordadas didaticamente, no processo de ensino/aprendizagem.

Salientamos também que, a lei 10.639/03 determina a inclusão no currículo escolar, a temática História e Cultura Afro-Brasileira, o calendário escolar tendo a data 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra, e define ainda como conteúdos: História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira, o negro na formação da sociedade brasileira, a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e politica pertinente à História do Brasil.

A lei 11.645/08, determina a inclusão de História e Cultura Indígena, e acrescenta como conteúdos: a luta dos povos indígenas brasileiros, o índio na formação da sociedade nacional e respectivas contribuições em diferentes áreas.

Ambas as leis determinam que os conteúdos sejam trabalhados especialmente nas áreas de Educação Artística, Literatura e História Brasileira, o que nos obriga a entender que as demais disciplinas ou áreas de conhecimento também estão comprometidas, uma vez que integram o currículo escolar.

O estudo da História do ponto de vista historiográfico e pedagógico é fundamental na formação do estudante como cidadão, para que assuma atitude participativa e crítica na sociedade na qual está inserido.

A partir desta construção que vamos chegar a um senso comum. A busca vai despertar no aluno o espírito da aprendizagem, através da pesquisa, pois não se aprende história simplesmente na escola, ela está no convívio familiar e social de cada um.

conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de História, são eles: história do Paraná (Lei nº 13381/01), história e cultura afro-brasileira,africana e indígena (Lei nº 11.645/08), música (Lei nº 11.645/08)prevenção ao uso indevido de drogas,sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito das crianças e adolescentes L.F. nº 11525/07, educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. nº 4201/02. Porém, estes aspectos citados vão servir para o ensino da História como fornecedores de ideias, reflexão e crítica para poderem construir o conhecimento referente a disciplina de História, que além de tudo seja fundamental para a construção de conhecimento para a vida humana, onde o aluno saiba distinguir o lugar onde vive e passe a ser considerado como parte integrante e atuante da mesma.

É necessário ainda que nas diferentes situações de ensino se possam valorizar os conhecimentos já adquiridos, questionando e debatendo as relações entre a prática e o conhecimento, estimular as trocas de informações, o estudo das relações.

O trabalho em História contempla estratégias dinâmicas que visam provocar a reflexão de temas significativos relacionados à vivência dos alunos. “... a partir desta construção que vamos chegar a um senso comum. A busca vai despertar no aluno o espírito da aprendizagem, através da pesquisa, pois não se aprende história simplesmente na escola, ela está no convívio familiar e social de cada um. Ao mesmo tempo aproxima-se

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de uma proposta interdisciplinar, à medida que propõe conteúdos possíveis de interagirem com outras áreas do conhecimento.

Para trabalhar os conteúdos, serão utilizados os seguintes recursos didáticos : TV pendrive, DVD, mapas , filmes, uso do laboratório de informática para pesquisas, dentre outros.

AVALIAÇÃODe acordo com as DCEs de História:“ao se propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História, objetiva-sefavorecer a busca da coerência entre a concepção de Históriadefendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino ede aprendizagem. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem detodos os alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e nãocomo elemento externo a este processo.” (p.78)

A avaliação deve democratizar o ensino, desvinculando-se da ideia classificatória. A avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão da aprendizagem do aluno, para fornecer subsídios para o avanço neste processo.

“Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno compartilhado, contínuo, processual e diversificado, o que propicia uma análise crítica das práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos”.(DCEs, 2008,p.79)

O Curso de Formação de Docentes, é de formação em nível de Ensino Médio, por isso consideramos que as Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio,apontam que a avaliação da disciplina de História deve considerar três aspectos importantes:• A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;• A compreensão das relações da vida humana (Conteúdos Estruturantes);• O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.“Esses três aspectos são entendidos como complementares eindissociáveis. O professor deve recorrer a diferentes atividades,tais como: leitura, interpretação e análise de narrativashistoriográficas, mapas e documentos históricos; produção denarrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização deconceitos históricos, apresentação de seminários, entreoutras.”(DCEs,p.82) a avaliação diagnóstica, o professor e seus alunos poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então, de modo que identifiquem lacunas no processo pedagógico. Essa ação permitirá ao professor planejar e propor outros encaminhamentos para a superação das dificuldades constatadas. Serão utilizados os seguintes instrumentos avaliativos : testes objetivos e subjetivos, trabalhos, pesquisas, debates e relatórios. Serão feitas no mínimo duas avaliação, com valor de 0,0 a 10,0. A média do bimestre será obtida através da somatória das notas dividida pelo número de avaliações.

Espera-se que, os alunos tenham condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria História.

No processo de avaliação também será proporcionada, a todos os alunos, uma recuperação paralela de estudos, após cada instrumento avaliativo, onde será realizada uma revisão dos conteúdos trabalhados para sanar as duvidas e esclarecer todos as dificuldades que ainda permanecem, após será realizada a avaliação que possibilitará ao aluno demonstrar se houve o entendimento e a compreensão sobre os conteúdos.

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Aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular,respeitando as especificidades de cada um.REFERÊNCIASCOTRIM, Gilberto. História Global. São Paulo Saraiva. 2008.Diretrizes Curriculares de História. Secretaria de Estado da Educação. 2009.DIVALTE, Garcia Figueiredo. História. Novo Ensino Médio. São Paulo, Ed. Ática, 2002.GIORDANI, Mario Curtis. História da África: Anterior aos descobrimentos. Rio de Janeiro, Vozes, 1985.KOSHIBA, Luiz, PEREIRA, Denise Manzi Frayse. História Geral e Brasil. São Paulo Atual. 2004.LAZIER, Hermógenes. Paraná: Terra de todas as gentes e de muita história. Paraná, Grafit, 2003.Livro didático público – História – Ensino Médio. Secretaria do Estado da Educação.

GEOGRAFIA – FORMAÇÃO DE DOCENTESEMENTA

História da Geografia: Histórico da Geografia como ciência. Objeto de estudo e de ensino da Geografia; Espaço Geográfico. Conceitos básicos da Geografia: paisagem,região,lugar,território,natureza e sociedade. A interpretação do objeto de estudo e de conceitos básicos nas diferentes linhas de pensamento geográfico. Análise espacial: histórica, social, econômica e cultural nas diferentes escalas geográficas tais como: local,regional, nacional e global. Categorias de análise do espaço geográfico: relações espaço-temporais e relações sociedade-natureza.

OBJETIVOS GERAISCabe ao ensino da Geografia formar cidadão critico e com uma visão do mundo que

lhe permita participar ativamente da sociedade em que vive, o primeiro passo é definir com clareza o que entendemos por cidadão crítico e participante. Podemos dizer que é um indivíduo capaz de entender os fatos que acontecem no mundo, de interpretá-los e de estabelecer relações não só entre esses fatos, mas deles com arealidade local onde vive.

O ensino da Geografia deve assegurar ao aluno o pensar e o agir criticamente, buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo, fazendo uma leitura crítica da produção natural do espaço como a sua diversidade, desigualdade e a complexidade do mundo atual em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e capitais é uma realidade.

É importante salientar à demanda da população afrodescendente, no sentido de políticas de reparações e de reconhecimento e valorização de sua história, cultura,

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identidade. Nesta perspectiva é preciso propor a divulgação e produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seus pertencimento étnico – racial, descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos para interagirem na construção de uma nação democrática onde todos tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada.

CONTEÚDOS1ª SÉRIECoordenadas GeográficasFusos horáriosMovimento de translação da Terra e as estações do anoCartografia: construção de mapasProjeções cartográficasLeitura dos mapas, escalasTempo GeológicoEstrutura da TerraA dinâmica interna do relevoA dinâmica externa do relevoA atmosfera e os fenômenos meteorológicosFatores que influenciam o climaTipos de climaÁguas continentaisTeorias demográficasA distribuição espacial da população afrodescendente no BrasilA política de imigração e a teoria do embranquecimento no mundoLocalização no mapa e pesquisar sobre a atualidade de alguns países (como vivem, população, idioma, economia, cultura, história, música, religião)Análise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por cor, renda e escolaridade no país e no município em uma perspectiva geográficaAtividade industrial no mundo2ª SÉRIEOs principais conceitos da geografiaOs continentesCapitalismoO SocialismoGuerra friaO mundo pós - guerra friaO subdesenvolvimentoDiscussões a respeito de práticas de segregação racial, como as acontecidas na África do Sul e nos Estados Unidos da AméricaEstudo de como o continente africano se configurou espacialmente: as (re) divisões territoriaisA origem de como os grupos étnicos que foram trazidos para o Brasil, a rota da escravidãoO movimento do povo africano no tempo e no espaçoA população brasileira: miscigenação de povosNovos países industrializadosO comércio mundial

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A união européiaBlocos econômicos

METODOLOGIA DA DISCIPLINAOs instrumentos teóricos metodológicos que serão trabalhados, servirá como mola propulsora para desenvolver no educando um pensar geográfico, ou seja, tem por objetivo desenvolver competências e habilidades, reflexivas, analíticas para que o mesmo, possa compreender as questões sociais, econômicas, políticas e culturais da atualidade.

Para que o educando desenvolva as operações mentais, de estabelecer relações, situações, fenômenos, pessoas e objetos, será trabalhado as habilidades no plano do saber conhecer. Com intuito de atingir tais objetivos, serão utilizados diversos meios como: TV pendrive, DVD, imagens, músicas, recortes de filmes ,confecções de maquetes, estudo das diferentes paisagens em torno da escola e do município, leitoras de textos básicos, pesquisa individual e em grupo, confecções de murais e cartazes.

Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Geografia, sãoeles: história do Paraná (Lei nº 13381/01), história e cultura afro-brasileira,africana e indígena (Lei nº 11.645/08), música (Lei nº 11.645/08)prevenção ao uso indevido dedrogas,sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito das crianças e adolescentes L.F. nº 11525/07, educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. nº 4201/02.AVALIAÇÃOA avaliação será uma parte integrada do trabalho realizado em sala de aula eterá como principal objetivo auxiliar ao aluno a sanar suas dificuldades. Através da avaliação diagnóstica, formativa e processual. Será observado se o aluno reconhece as diferenças espaciais. Quando houver problemas de dificuldades para entender os conteúdos trabalhados, serão realizadas recuperações paralelas de conteúdos.

Este processo de avaliação se dará através de atividade, interpretação e produção de textos, como também, de prova , interpretação de fatos, imagens, gráficos e tabelas, pesquisas bibliográficas e relatórios de aula de campo. Sendo estabelecido no mínimo de 3 notas com valor de 0,0 a 10,0 e sendo das mesmas feita uma média aritmética.

Após as avaliações haverá retomada de conteúdos para todos e feita a recuperação de estudos, se necessário, sempre com instrumentos avaliativos variados.

Aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASALMEIDA, Lúcia Marina de e RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: Novo EnsinoMédio. 1. ed. Editora Ática, 2003.COIMBRA, Pedro e TIBÚRCIO, José Arnaldo M. Geografia: Uma Análise do EspaçoGeográfico. 1. ed., São Paulo, Harbra, 2000.GARCIA, Helio Carlos e GARAVELLO, Tito Marcio. Geografia Geral. 1. ed., São Paulo,Scipione, 2001.KRAJEWSKI, Ângela Corrêa et alii. Geografia: Pesquisa e Ação. 1. ed., São Paulo,Moderna, 2001.LUCCI, Elian Alabi et alii. Geografia Geral e do Brasil. 2. ed., São Paulo, Saraiva,

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2004.MOREIRA, João Carlos e Sene, Eustáquio de. Geografia Geral e do Brasil, 1. ed.,São Paulo, Scipione, 2002.PITTE, Jean-Robert. Geografia: A Natureza Humanizada. São Paulo, FTD.PARANÁ. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO. Diretrizes Curriculares deGeografia para o Ensino Médio, Julho, 2006.

SOCIOLOGIA – FORMAÇÃO DE DOCENTESAPRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Tendo como referência os autores clássicos e os contemporâneos a Sociologia se propõe a interpretador o mundo, em suas mais diversas faces.

Nesse sentido a Sociologia não é uma ciência inocente, neutra, pois, ao estudar os homens e o mundo que eles criam ao longo da história, ela se posiciona, influencia posições e ações.

Os fenômenos sociais, tais como, instituições sociais, grupos sociais, classes sociais, ideologias, estado, religião, guerra, desigualdades sociais, educação, mudança e conservação, mundialização, modernidade e pós-modernidade, entre outros, são objetos de estudo da Sociologia.

Em função de sua história como disciplina escolar, a Sociologia teve dificuldade em desenvolver uma tradição pedagógica, ou seja, a produção do saber pedagógico sobre a ciência de referência (a Sociologia) ocorre de modo fragmentário e esparso ao longo do tempo e do espaço. As reflexões sobre como se deve ensinar os conceitos sociológicos e a criação de recursos para isso, tais como, livros didáticos e materiais de apoio não conseguem ter uma continuidade e acumular reflexões que possibilitem a melhoria do ensino desta disciplina.

Consolidá-la de uma vez por todas nas grades curriculares possibilitaria a ampliação e o aprofundamento de uma tradição de ensino, como existe em outras áreas do conhecimento. A disciplina precisaria estar sempre nos currículos para que os formados em Ciências Sociais pudessem ingressar nas escolas, ter estímulo para continuar sua formação voltada para a educação. As Ciências Sociais e os sociólogos foram sendo

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expulsos das Escolas nas décadas de 1970 a 1990. Isso repercutiu nas licenciaturas que tiveram pouco investimento material e humano nesse período.

Tendo como referência os autores clássicos e os contemporâneos a Sociologia se propõe a interpretador o mundo, em suas mais diversas faces. Nesse sentido a Sociologia não é uma ciência inocente, neutra, pois, ao estudar os homens e o mundo que eles criam ao longo da história, ela se posiciona, influencia posições e ações.

Os fenômenos sociais, tais como, instituições sociais, grupos sociais, classes sociais, ideologias, estado, religião, guerra, desigualdades sociais, educação, mudança e conservação, mundialização, modernidade e pós-modernidade, entre outros, são objetos de estudo da Sociologia.

OBJETIVOS GERAISLevar o aluno a entender a Sociologia como ciência social, diferenciando-a de outras

ciências;Compreender a relação que existe na convivência das pessoas em sociedade;Abordar nossa sociedade e sua relação com o universo da informática;Conhecer o processo de transformação da natureza e o excedente econômico das

sociedades;Refletir sobre a importância do trabalho e da cultura na organização e

desenvolvimento da civilização humana, caracterizando diversas formas de saber e ver o mundo;

Incentivar a participação e a interferência do aluno na sociedade que vive, estimulando-o a se tornar mais crítico;

Conhecer a relação entre o econômico e o político na sociedade contemporânea, ressaltando o estudo das formas de poder presentes no Estado e nos movimentos sociais;

Fazer um paralelo entre sociedade primitiva versus sociedade contemporânea e toda a sua evolução social;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESPara dar mais sentido ao estudo, a disciplina está organizada em Conteúdos

Estruturantes, que são saberes que fundamentam uma disciplina e a identificam enquanto campo do conhecimento. Como a Sociologia relaciona-se com outras ciências sociais como a Antropologia e a Ciência Política, consideramos que os conteúdos estruturantes devem abarcar todos os conhecimentos fundamentais dessas áreas.

A) CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E TEORIAS SOCIOLÓGICASContexto histórico do surgimento da Sociologia e Teóricos clássicos: Weber, Durkheim e Marx;B) CONTEÚDO ESTRUTURANTE: INSTITUIÇÕES SOCIAISInstituições Sociais: Família, Escola, Igreja;C) CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DIREITO, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAISDireitos, Valores Humanos, Cidadania, Movimentos sociais: Teoria dos Movimentos Sociais, Movimentos Sociais no Brasil, Movimento Estudantil Movimentos Agrários no Brasil, Violência Urbana.D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE: PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIARelações de Poder, Política, Formação do Estado Nacional Moderno e Ideologia;E) CONTEÚDO ESTRUTURANTE: CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL‘ 411

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Tipos de cultura, Diversidade cultural no Brasil, Indústria Cultural, Cultura de massa.F) CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAISTrabalho, Produção e classes sociais: O Processo de trabalho e as Desigualdades Sociais, Globalização, Sociologia e o desvendar da sociedade capitalista;

METODOLOGIA DA DISCIPLINANosso mundo exige mudança social. Pede um cidadão com formação sólida, com

capacidade de dominar conceitos e desenvolver o pensamento abstrato, crítico e criativo. Vivemos na chamada Sociedade do Conhecimento, que exige um perfil de qualquer profissional, que seja flexível e polivalente, com a formação que privilegie entre outras coisas, a formação do raciocínio lógico, a capacidade de aprender e a iniciativa para resolver problemas.

Portanto, nenhuma instituição de ensino pode ficar alheia a estas transformações e isto cabe a todas as áreas do conhecimento. No que diz respeito à Sociologia, que busca a transformação ou incrementação do espírito crítico, é fundamental que se ocupe com questões referentes a existência do homem, uma vez que seu objetivo se constrói na medida em que o homem busca alternativas para seu viver, sendo as relações entre o homem, o outro, a natureza e a sociedade que resultam em socialização.

Para cada conteúdo pode-se criar metodologias diferentes. O importante é tentar problematizar sempre. O que significa isso? Partindo de situações problemas construir as aulas, os materiais, os recursos. São cinco passos: prática social inicial; problematização; instrumentalização, catarse (sentimentalização, envolvimento) e prática social final. Para melhor compreender, recomendamos a leitura do livro GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-crítica. Autores Associados, 2002. Neste livro encontramos uma forma de instrumentalizar a pedagogia histórico-crítica que se adequa mais à proposta da sociologia crítica. Neste livro, sobretudo nos anexos, há uma síntese de como poderemos operacionalizar o ensino de qualquer disciplina, no caso nos interessa o ensino de sociologia. Partimos da ideia de professor-artesão, que dia-a-dia cria suas aulas, instrumentos de trabalho e revê a ciência e a disciplina de sua formação. Assim, metodologias não são receitas aplicáveis à qualquer conteúdo e em qualquer escola e turmas. Cada escola, cada turma, cada conteúdo exigirá um esforço de elaboração metodológica. As concepções metodológicas de pesquisa da sociologia são fontes importantes de inspiração para as metodologias de ensino.

De forma sintética podemos sugerir que para cada conteúdo o professor eleja textos para uso próprio e para uso do aluno; recursos audiovisuais, como filmes, fotografias, slides, transparências, cartazes, músicas, etc; dinâmicas de grupos; trabalhos como resultado final da aprendizagem, pesquisas no bairro da escola, em instituições sociais, sobre a mídia (TV e rádio), etc; dissertações que reflitam os textos trabalhados, etc.

Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Sociologia, são eles: história do Paraná (Lei nº 13381/01), história e cultura afro-brasileira,africana e indígena (Lei nº 11.645/08), música (Lei nº 11.645/08)prevenção ao uso indevido de drogas,sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito das crianças e adolescentes L.F. nº 11525/07, educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, EducaçãoAmbiental L.F. Nº 9795/99, Dec. nº 4201/02.

AVALIAÇÃO‘ 412

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A finalidade da avaliação é ajudar os professores a planejar a continuidade dos trabalhos a serem desenvolvidos, ajustando ao ritmo dos alunos, certificar se o método adotado está surtindo resultados satisfatórios, buscar condições de superar obstáculos e desenvolver a autonomia. Levando em consideração tais objetivos, a avaliação está centrada em três momentos:* Na introdução do tema de estudo, quando se problematiza a situação, fazendo um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos. Esse diagnóstico oferece pistas para direcionar a proposta de desenvolvimento dos trabalhos;* No desenvolvimento do tema de estudo, investigando, indagando, acrescendo, dando pistas, opções, propondo desafios, para verificar e registrar se os alunos expressam e compreendem adequadamente o que está sendo estudado;* No fechamento do tema de estudo, retoma-se a problematização que deu origem ao estudo e com base nas produções escritas e orais, verifica-se os avanços em relação ao início do trabalho. Caso seja necessário, recorre-se à prática de intervenções diretas, retomando os conteúdos estudados.

A avaliação é uma prática social presente em atitudes cotidianas, informalmente e em ações organizadas, normatizadas pelas diferentes instituições sociais, formalmente. Exemplos:a) Atitudes cotidianas: quando escolhemos uma alimento, uma roupa, um objeto qualquer de uso pessoal, uma profissão, um (a) namorado (a), um (a) amigo (a), etc. Nestas escolhas, nós costumamos avaliar sob critérios e valores que apreendemos ao longo da nossa educação, sobretudo a educação familiar e religiosa.b) Ações organizadas: quando as diferentes instituições implementam formas de admitir o ingresso e o progresso dos indivíduos nas suas hierarquias.

Através de critérios e normas públicas indica-se quem poderá fazer parte da instituição e como ela poderá ascender nos níveis hierárquicos. Os critérios podem variar muito de instituição para instituição. Igrejas, Famílias, Associações, Empresas Privadas, Empresas Públicas, Grupos de Status, Partidos Políticos, Escolas e Universidades estabelecem suas formas de avaliar quem poderá ingressar e como irá ascender nas suas hierarquias.

Assim, avaliar é uma prática social presente em todos os contextos históricos. E não é só a escola que possui rituais de avaliação, mas sim todos os grupos sociais. É verdade que a escola possui uma forma de avaliar mais explícita e, talvez, por isso ganhe uma dimensão tão ampla na vida dos estudantes e dos professores.

Mas, como organizar as práticas de avaliação no processo de ensino aprendizagem,de maneira que a avaliação não seja um fim em si mesma, mas um meio de aperfeiçoar a educação?

Alguns eixos podem nos ajudar a pensar e organizar métodos de avaliação:1.º A Avaliação só faz sentido dentro de um projeto social, educacional e humano, ou seja, avaliamos, a partir de um projeto e não, apenas, para verificar resultados;2.º Avaliar no processo educacional é diferente de avaliar no processo de produção ou na forma de organização empresarial, porque estamos lidando com a formação humana e não com a produção de objetos;3.º A avaliação deve ser diagnóstica e processual e não classificatória. Isto significa que avaliamos para detectar os problemas no processo educacional e subsidiar a nossa intervenção; não avaliamos para verificar quem é melhor ou pior; não avaliamos só para constatar que o aluno é fraco, é bom ou ótimo;

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4.º A avaliação deve ser organizada, a partir de objetivos a longo, médio e curto prazo, e os critérios devem estar claros para os avaliadores e para os avaliados;5.º A avaliação não é o FIM, mas sim é o MEIO. Meio para aperfeiçoar a metodologia do professor e o desempenho do aluno. Neste sentido, a avaliação é do professor e do aluno, não só do aluno.6.º A avaliação é um item de um programa maior, de um Plano de Curso, de Unidade, de Aula. É um mecanismo a serviço do desenvolvimento de um projeto de homem, de educação e de sociedade.

Após cada avaliação será realizada a retomada de conteúdos e oportunizada a recuperação de estudos. Serão realizadas no mínimo 03 avaliações que terão peso de 0,0 a 10,0. Ao final do bimestre elas serão somadas e o total dessa somatória será dividido pelo número de avaliações realizadas. Assim se encontrará a média bimestral de cada aluno. Aos alunos com necessidades especiais será realizada a adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBOAS, Franz. Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.BOBBIO, Norberto. As teorias das formas de governo. Brasília: UNB, 1985.BOBBIO, Norberto. Estado, governo e sociedade: por uma teoria geral da política. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1990.CASTELLS, Manuel. A questão urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2000.CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 1999.FILHO, Evaristo de Moraes (Org.) Auguste Comte. São Paulo: Ática, 1983. Col. Grandes cientistas sociais; 7.FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis, Vozes, 1987.FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala: introdução a historia da sociedade patriarcal no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2000.GENTILI, Pablo. Pedagogia da exclusão: crítica ao neoliberalismo em educação. Petrópolis: Vozes, 2001.GENTILI, Pablo. Neoliberalismo, qualidade total e educação. Petrópolis: Vozes, 1994.GUELFI, Wanirley Pedroso. A Sociologia como disciplina escolar no ensino secundário brasileiro: 1925-1942. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2001.MARTINS, Jose de Souza. Exclusão Social e a Nova Desigualdade. São Paulo: Paulus, 1997.MARX, K. e ENGELS F. Textos sobre educação e ensino. São Paulo: Editora Moraes, 1992.MARX, K. e ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 1989.ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira e Identidade Nacional. 5a ed. São Paulo: Brasiliense, 1998.PORTELLI, Hugues. Gramsci e a questão religiosa. São Paulo: Paulinas, 1984.PRZEWORSKI, Adam. Capitalismo e social-democracia. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.RIBEIRO, Darci. O povo brasileiro. São Paulo: Cia das Letras, 1995.RODRIGUES, José Albertino (Org). Émile Durkheim. São Paulo: Ática, 1990. Coleção grandes cientistas sociais, vol 1.WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Pioneira, 1996.

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FILOSOFIA – FORMAÇÃO DE DOCENTES

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAA Filosofia nasce da experiência humana, da tentativa do ser humano compreender

a si mesmo e tudo que o cerca, valendo-se da autonomia da razão para criar e recriar conscientemente o mundo em que vivemos. Trata-se do corpo do conhecimento, constituído a partir de um esforço que o ser humano vem fazendo para compreender o seu mundo e dar-lhe um sentido.

A Filosofia se ocupa de questões cujas respostas estão longe de se obter pela ciência, como a estrutura do universo, a origem das noções de bem e mal, os efeitos que a consciência humana projeta sobre o mundo entre outros, amplamente discutidos pela Filosofia porque ainda são desafiantes e carecem de respostas.

A Filosofia gira em torno de problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história, os quais devidamente aplicados, geram discussões promissoras e criativas que desencadeiam muitas vezes ações e transformações, por isso permanecem atuais. A Filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.

Com uma forma de pensar específica, particular e insubstituível, a Filosofia permite ampliar a visão de mundo trazida pela ciência e demais formas de expressão cultural, apresentadas como saberes escolares.

Constituída como pensamento há mais de 2600 anos a Filosofia traz consigo problema de seu ensino, desde o embate entre o pensamento de Platão e as teses dos

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sofistas. Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. Platão admitia que, sem uma noção básica das técnicas de persuasão a prática de ensino da Filosofia teria efeito nulo sobre os jovens.

Por outro lado, também pensava que o ensino de Filosofia se limitasse a transmissão de “técnicas” de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro: a Filosofia favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.

Com a finalidade de estimular o trabalho da mediação intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas, em oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia a experiência do conhecimento e as ações dela resultantes, a Filosofia se organiza por meio dos seguintes conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética e Filosofia da Ciência.

O ensino de Filosofia é um espaço para a criação de conceitos, unindo a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino. O que a Filosofia pretende é provocar o despertar da consciência de ensinar filosoficamente isto é, exercer a crítica e o pensar do ponto de vista da totalidade.

A Filosofia tem uma contribuição fundamental para o ensino, a de recuperar a prática reflexiva, questionadora que contribui para a compreensão de quem somos, em que mundo vivemos.

OBJETIVOS- Possibilitar uma formação cultural ampla, de modo a permitir aos alunos uma compreensão articulada do mundo contemporâneo.- Desenvolver o pensamento reflexivo através da interação entre a Filosofia e a vida cotidiana.- Exercer o discernimento crítico da leitura da realidade.- Desenvolver habilidades cognitivas dentro de um contexto significativo e não fragmentado.- Estimular a consciência crítica dos educandos, tendo em vista, através de uma ação combinada com outras disciplinas, a construção da cidadania.- Possibilitar aos estudantes o acesso ao saber filosófico produzido historicamente como fundamento do pensamento.- Compreensão das complexidades do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especializações, em que se manifesta quase sempre de forma fragmentada.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESMITO E FILOSOFIA- O que é Filosofia- Surgimento da Filosofia- Principais Períodos da História da Filosofia- Principais Pensadores- Mito e Razão- O Homem- Liberdade e ConsciênciaTEORIA DO CONHECIMENTO- O que é Conhecimento- Origem do Conhecimento- O Senso Comum

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- O conhecimento FilosóficoÉTICA- Sujeitos e Normas- Valores Morais- ConsciênciaFILOSOFIA POLÍTICA- O Estado- Regimes Políticos- Democracia- O Poder: Soberania, Liberdade, Tolerância- Origem da Política- Cidadania- Justiça- Direitos HumanosFILOSOFIA DA CIÊNCIA- O que é Ciência- Histórico da Ciência- Ciência e FilosofiaESTÉTICA- O que é Arte- Funções da Arte- O Bom e o Belo- Arte de Elite, Arte Popular e Arte de Massa- A Televisão

METODOLOGIA DA DISCIPLINAO trabalho com os conteúdos da disciplina de Filosofia se dará em quatro

momentos: a sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de conceitos.A sensibilização tem por objetivo investigar e motivar possíveis relações entre o

cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido, podendo ser através de filmes, leitura de textos jornalísticos ou literários e músicas.

A problematização ocorre quando professor e estudantes, a partir do conteúdo em discussão, levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo.

Problematizando, o professor convida o estudante a analisar o problema, o que se faz por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a experiência filosófica. Dessa forma, partindo de problemas atuais estudados a partir da história da Filosofia, do estudo dos textos clássicos, de interpretação científica e de sua abordagem contemporânea, o estudante do Ensino Médio pode formular seus conceitos, construir o seu discurso filosófico.

O ensino de Filosofia será permeado por atividades investigativas individuais e coletivas que organize e oriente o debate filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.

Os conteúdos e temas filosóficos serão trabalhados através de leituras, debates, produção de textos tendo como apoio o livro didático público de Filosofia, consulta ao acervo da biblioteca escolar, filmes entre outros.

Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução nº 009/11 SUED/SEED serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Filosofia, são eles: história do

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Paraná (Lei nº 13381/01), história e cultura afro-brasileira,africana e indígena (Lei nº 11.645/08), música (Lei nº 11.645/08)prevenção ao uso indevido de drogas,sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito das crianças e adolescentes L.F. nº 11525/07, educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. nº 4201/02.

AVALIAÇÃOA avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica. Sendo necessário que

exista respeito pelas posições do aluno.Deve-se avaliar a capacidade dos alunos em reformular questões de maneira

organizada e estruturada, procedendo de forma sistemática com métodos determinados, procurando as raízes e encaminhando as diversas dimensões do “problema num todo articulado”.

O professor poderá avaliar o grau de inteligibilidade alcançada pelos alunos, no sentido de diagnosticar as dificuldades e intervir no processo para que possa atingir uma maior qualidade de reflexão. Através do exercício do “estilo reflexivo” nas aulas, nos trabalhos de pesquisa, nas discussões, debates, nas leituras de textos e comentários escritos, produção de textos, etc.

Após cada avaliação será realizada a retomada de conteúdos e assim a recuperação de estudos. Serão realizadas no mínimo 03 avaliações que terão peso de 0,0 a 10,0. Ao final do bimestre elas serão somadas e o total dessa somatória será dividido pelo número de avaliações realizadas. Assim se encontrará a média bimestral de cada aluno. Aos alunos com necessidades especiais, será feita a adaptação curricular, respeitando as suas especificidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 1996.COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Ser, Saber e Fazer. São Paulo: Saraiva, 1997. PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares deFilosofia para o Ensino Médio. Versão preliminar, julho – 2006.

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO1ª sérieEMENTA

Conceitos de história e historiografia. História da Educação: recorte e metodologia. Educação Clássica: Grécia e Roma. Educação Medieval. Renascimento e Educação Humanista. Aspectos Educacionais da Reforma e da Contra-Reforma. Educação Brasileira no Período Colonial e Imperial: pedagogia “tradicional”. Primeira República e Educação no Brasil (1889-1930): transição da pedagogia tradicional à pedagogia “nova”. Educação no período de 1930 a 1982: liberalismo econômico, escolanovismo e tecnicismo. Pedagogias não-liberais no Brasil: características e expoentes. Educação Brasileira contemporânea: tendências neoliberais, pósmodernas versus materialismo histórico.

OBJETIVOS GERAISPossibilitar a compreensão e interpretação da ação transformadora na história e na cultura humana;Caracterizar o fenômeno educacional interligado-o aos problemas econômicos, políticos e sociais de seu tempo;Relacionar os métodos de ensino e suas respectivas influências sobre a mentalidade da época;Fornecer ao aluno um saber crítico, possibilitando a compreensão das tendências pedagógicas da educação;Relacionar as dificuldades de ensino de cada época.

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CONTEÚDOSConcepções de história;A história e a educação;Educação e Ideologia;A transição do modo de produção capitalista para o capitalista;O feudalismo e a influência da Igreja;As universidades;A escolástica;A Formação Humanística e a reforma;O Renascimento na Educação;Reforma e Contra-Reforma;Escolas reformadas;Educação da contra-reforma;A Educação Jesuíta;A instrução dos filhos dos colonos;As escolas dos Jesuítas;O Iluminismo e sua influência na educação Brasileira;Século das Luzes: O ideal liberal de educação;Tendência liberal e laica: dificuldades no ensino;O Brasil na era Pombalina;A reforma Pombalina;Tendências Políticas Pedagógicas da Educação;Pedagogia liberal;Pedagogia Progressista.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAA metodologia utilizada será baseada em: exposição oral dos conteúdos, exercícios

de fixação, trabalhos em grupo, analise de texto, trabalhos individuais, apresentação de trabalhos, relatos sobre assuntos pertinentes, debates e conversas informais.

AVALIAÇÃOCompreender a avaliação como processo significa iniciar um movimento que irá

gerar mais informações, e estas por sua vez irão gerar novas percepções que irão permitir um conhecimento mais aprofundado das questões avaliadas.

Essa avaliação será continua e cumulativa com prevalência dos aspectos qualitativos da aquisição de conhecimentos, usando diversas formas como: debates, pesquisas, trabalhos em grupo, relatórios, testes, etc..

A recuperação paralela dos conteúdos, será feita durante o período letivo e será atribuída uma nota ao aluno que será registrada no boletim e informada ao final de cada bimestre, seguindo as normas do Regimento Escolar deste Estabelecimento de Ensino. Aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASARANHA, Maria Lúcia Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna 1996.SEVERINO, Antonio Joaquim. Educação, ideologia e contra-ideologia. São Paulo, 380 EPU, 1986.ROMANELLI, Otaíza. História da educação no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1991.

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MARQUES, Vera Regina Beltrão. Historia da educação. Curitiba: IESDE, 2003.

FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

3ª Série

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAPensar filosoficamente (criticamente) o ser social, a produção do conhecimento e a

educação fundados no princípio histórico-social. Introdução a norteada pela reflexão com base nas categorias de totalidade, historicidade e dialética. Principais pensadores da Filosofia da Educação moderna e contemporânea:Locke(1632-1704) e o papel da experiência na produção do conhecimento.Comenius(1592-1670) e Herbart ( 1776 - 1841): a expressão pedagógica de uma visão essencialista do homem.Rousseau ( 1712-1831): oposição à pedagogia da essência.Pestalozzi(1749-1827) e Decroly(1871-1932): pedagogias centradas no desenvolvimento da criança.Dewey ( 1859-1952: o pragmatismoMarx e Gramsci: a concepção histórico-crítica da educação.

Levar o educando a compreender que a reflexão filosófica é importante porque ela desenvolve atividades no campo educacional, colocando questões fundamentais sobre educação.

Proporcionar ao futuro professor oportunidades em adquirir uma boa noção do que é conhecimento, seu sentido, seu significado e também possuir uma teoria do conhecimento,

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um entendimento, possibilitando a sua utilização da melhor maneira possível em nossas atividades;

Compreender que a produção do conhecimento se dá nas atividades práticas dos homens construindo uma nova perspectiva social , política cultural e histórica;

Compreender o significado da cultura e da ciência nos seus diferentes sentidos e significados;

Compreender a ação humana como criadora e fundadora dos valores: ética; e estabelecer a relação entre trabalho e alienação.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES / BASICOS DA DISCIPLINAPensar filosoficamente;O ser social;A educação;Etimologia do conceito Filosofia;A atitude filosófica;Para que serve a Filosofia?O conhecimento:Formas de conhecer;Os filósofos modernos e a teoria do conhecimento;Trabalho;Visão histórica do trabalho;Visão filosófica do trabalho;Alienação;Ética;Conceito de valor;A diferença entre ética, moral e moralismo;Ética, educação e algumas características da Pós- modernidade;O homem como ser no mundo;Ciência: (revolução cientifica moderna);O conhecimento cientifico;Características do método cientifico;A tecnologia a serviço de objetivos humanos e os riscos da tecnocracia.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAA metodologia utilizada para as reflexões conduzirá os educandos a aquisição de

entendimento e modos da realidade educacional, de tal forma que não venha a ser tão- somente uma ilustração da mente, mas uma forma de vivencia e de atenção ao fenômeno educativo a prática docente. Proporcionando uma reflexão crítica acerca da realidade escolar, fazendo com que os alunos intervenham e participem de seu processo formativo, construindo sua história pessoal no contexto coletivo- social da escola.

O professor precisa trabalhar conceitos, fazendo reflexões entre os elementos presentes na realidade do aluno, também levar em conta o saber que o aluno tem construído nas suas relações.

Nesta perspectiva os conteúdos serão trabalhados de diferentes formas, debates, questionamentos, discussões, etc. Serão utilizados filmes, musicas, poesias, artigos de jornais, sempre pertinentes ao conteúdo trabalhado, pois a disciplina deve ser vivenciada pelos alunos.

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AVALIAÇÃOA avaliação é parte integrante e fundamental do processo educativo, que deve

acontecer durante todo o ano, em vários momentos e de diversas formas, onde deverão preponderar os aspectos quantitativos da aprendizagem, considerando a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dos conteúdos. Será feita através de vários instrumentos como: trabalhos em grupo, debates, reflexões, produção de textos, análise de textos, etc.

A avaliação deve acontecer com a interação entre professor/aluno/conhecimento, muito embora não seja o único. Acreditamos não ser desejável e suficiente o estabelecimento de critérios que apenas busquem aprender a evolução cognitiva dos alunos. Ao contrario, a avaliação deve ser continua, observando-se o desenvolvimento diário dos alunos, em termos de assimilação de conteúdos. A avaliação será continua e cumulativa, com obrigatoriedade de estudos de recuperação paralela ao período letivo, será atribuída uma nota ao aluno que será registrada no boletim e informada ao final de cada bimestre, seguindo as normas do

Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino. Aos alunos com necessidadesespeciais, será feita adaptação curricular, respeitando as suas especificidades.

REFERÊNCIASARANHA, M. I. MARTINS. M.H.P. Filosofando: 200, Introdução à filosofia, São Paulo:Moderno.CHAUÍ, Marilene, Filosofia, São Paulo: Editora Ática, 1999.LUCKESI, Capriano Carlos. Filosofia da Educação: São Paulo. Cortez, 1991.RIOS, Terezinha Azevedo. Ética e competência. São Paulo: Cortez Editor.PILETTI, Claudino, Filosofia da Educação: São Paulo, Cortez, 1990.FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

2ª série

EMENTAConteúdo: O que é educação e o que é sociologia?

A Educação como um fenômeno que é estudado pelas ciências sociais, especialmente pela sociologia. A Educação como um fenômeno que é estudado pelas ciências sociais, especialmente pela sociologia. Os diferentes olhares sobre a educação.

A Educação e o Funcionalismo de Emile Durkheim: a pedagogia e a vida moral. A educação como fato social, com as características de coerção, exterioridade e generalidade. Indivíduo e Consciência Coletiva. A Educação em diferentes formações sociais. A Educação Republicana, laica e de acordo com o desenvolvimento da divisão do trabalho social. Os sociólogos brasileiros que desenvolveram estudos a partir dessa teoria, tais como Fernando de Azevedo e Lourenço Filho. A educação como fator essencial e constitutivo do equilíbrio da sociedade. A educação como técnica de social e desenvolvimento da democracia. Críticas a essa visão teórica.

Vivência do conteúdo:O que os alunos já sabem - que cada povo tem sua forma de educação, que as

regras sociais se impõem a todos nós independente da nossa vontade; que a escola apresenta aspectos coercitivos, que a educação é diferenciada na sociedade, que a educação inicia-se na família, no bairro, na Igreja; que o Estado regula a educação; que a

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sociedade pode ser comparada a um corpo humano, um corpo biológico, tendo cada instituição uma função assim como os órgãos do corpo humano, etc....

O que os alunos gostariam de saber mais: porque o indivíduo é sufocado pela sociedade, pelas regras, não poderíamos ser mais livres? A escola poderia ser vista de outra forma, menos diferenciadora? Por que Durkheim pensava dessa maneira? Ele defendia que tipo de Escola? Por que temos que estudá-lo? Quais os tipos de educação existentes no mundo? Como são as escolas nos outros países? Essa teoria pode explicar tudo isso?

Problematização:Discussões sobre questões importantesO que é educação para a sociologia?Afinal, o que é sociologia ?Qual o papel da educação escolar na sociedade capitalista?O que é escola laica, pública republicana?A sociedade funciona mesmo como um corpo humano? A Escola cumpre suas funções sociais? Quais seriam as funções sociais da escola?Dimensões do conteúdo a serem trabalhadas:Conceitual/cientifica, Social e histórica e Política e de poder Operacional

Prática social final do conteúdoNova postura prática. Desejar conhecer mais sobre as teorias sociológicas da

educação e sobre a própria educação. Repensar conceitos de educação. Ações do aluno. Ler um novo texto sobre o assunto. Analisar a escola e a educação já utilizando conceitos do funcionalismo. Elaborar um texto explicando a educação como fato social, indicando as críticas possíveis para essa forma de estudar a educação.

Conteúdo: As teorias sociológicas críticas da educação escolar. Estudos socioantropológicos sobre educação e escola no Brasil (urbano e rural).

O trabalho e a educação no pensamento de Karl Marx e F. Engels. A racionalização da sociedade e a educação no pensamento de Max Weber. A educação como esfera de constituição de hegemonia e de contra-hegemonia. A educação, produção e reprodução social.

A escola como aparelho ideológico do estado. O sistema de ensino enquanto sistema de violência simbólica. A escola pública enquanto mecanismo de integração da força de trabalho.

Conteúdo: Concepções de criança/infância como construção histórica e social. A Infância no Brasil (urbano e rural) .

OBJETIVOS GERAISCompreender o comportamento humano e as influências do seu meio, bem como a maneira como age no meio social;Caracterizar os fatos e processos sociais que contribuem para um melhor entendimento da sociedade;Reconhecer a importância do estudo das sociedades humanas para a educação;Promover uma reflexão sobre a sociedade e os problemas relacionados a educação;

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Possibilitar a compreensão da participação dos primeiros sociólogos tendo a educação como objeto de estudo;Compreender as teorias sociológicas da educação;Relacionar os problemas sociais da educação com os movimentos sociais;Compreender a Sociologia da Educação no Brasil;Conhecer o contexto histórico da formação da sociedade brasileira;Relacionar a educação e o desenvolvimento social.

CONTEÚDOSO que é sociologia;A educação na perspectiva sociológica e antropológica;A Sociologia e a Educação;A Sociologia da educação e alguns conceitos básicos;Processo Social;Status Social;A socialização e seus agentes;A Sociologia da Educação;Primeiros grandes sociólogos: A educação como tema e objeto de estudo;As teorias sociológicas da educação;Concepção de crianças / infância como construção histórica e social;O sentimento de infância. O trabalho de Áries;O surgimento de colégios e as visões da infância;Educação e movimentos sociais;A sociologia da educação no Brasil;Formação da sociedade brasileira: econômica, agrária, exportadora e economia industrial;Educação e família;As transformações da família;A escola como instituição social;A escola e controle social;A escola e o desvio social;A educação e a estratificação social;Educação como o fator de modalidade social. Educação e desenvolvimento;O movimento dos Trabalhadores Sem-Terra;A educação no campo.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAA metodologia usada no decorrer do ano letivo será: exposição oral dos conteúdos,

exercícios de fixação analise de textos, filmes com discussões e conclusões dos mesmos, conversas informais, debates, leituras informativas, trabalhos em grupos e individuais, conversação, apresentação de trabalhos.

AVALIAÇÃOA avaliação deve partir das informações existentes, com os instrumentos de que se

dispõe no momento. O objetivo será quantificar e qualificar a aquisição de conhecimentos e raciocínios, considerando a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dos conteúdos estudados. Será feita de diversas formas como: debates, testes, trabalhos em grupo, pesquisa, elaboração de trabalhos, etc. De acordo com a legislação vigente, a avaliação será continua e cumulativa, com recuperação paralela dos conteúdos, durante o período

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letivo, será atribuída como nota ao aluno que será registrada no boletim e informada ao final de cada bimestre, seguindo as normas do Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino. Aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASDEMETERCO, Solange Menezes da Silva. Sociologia da educação. Curitiba, IESDE, 2003.DURKHEIM, Emile. Educação e sociologia. São Paulo: Melhoramentos, 1997.FERREIRA, Roberto Martins. Sociologia da educação. São Paulo: Moderna, 1993.KRUPPA, Sonia M. Portella. Sociologia da educação. (Coleção magistério 2º grau. Serie formação do professor). São Paulo: Cortez, 1993.LAKATOS, Eva Maria. Sociologia geral. São Paulo: Atlas, 1990.PILETTI, Nelson. Sociologia da educação. São Paulo: Ática, 1989.TOMAZI, Nelson D. Sociologia da educação. São Paulo: Atual, 1997.

FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

1ª Série

EMENTAIntrodução ao estudo da Psicologia; Introdução à Psicologia da educação;

Principais teorias psicológicas que influenciaram e influenciam a psicologia contemporânea: Skinner e a psicologia Comportamental; Psicanálise e educação. O sócio-construtivismo: Piaget, Vygotsky, Wallon. Psicologia do desenvolvimento da criança e do adolescente. Desenvolvimento da criança e do adolescente.

Desenvolvimento humano e sua relação com aprendizagem. A linguagem, os aspectos sociais, culturais e afetivos da criança e a cognição.

OBJETIVOS GERAISCompreender a importância da Psicologia na formação dos docentes;Adquirir noções do que é Psicologia, sua origem e historia;Identificar as principais Teorias Psicológicas e sua influencia no desenvolvimento e aprendizagem da criança;Compreender a importância do socioconstrutivismo e suas teorias segundo Piaget e Vygotsky e Wallon;Compreender a importância da linguagem em seus aspectos sócias, culturais e afetivos.

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CONTEÚDOSPsicologia – Introdução;Conceitos, Origem e Objetivo;História e importância da Psicologia;Compreensão do papel do professor e aluno;Compreensão do Processo Ensino Aprendizagem;Teorias Psicológicas que influenciaram a Psicologia Contemporânea (Skinner, e a Psicologia Comportamental);Psicanálise e a Educação;O socioconstrutivismo de Piaget, Vygotsky e Wallon;Psicologia do desenvolvimento da criança e do adolescente;O desenvolvimento humano e a relação com a aprendizagem;A linguagem, os aspectos sociais culturais e afetivos da criança e a cognição.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAColocar os conhecimentos psicológicos a serviço da educação implica, para a

prática docente, confrontar os conhecimentos teóricos, métodos pedagógicos e os procedimentos de ensino, numa constante atitude reflexiva. Buscar situações de incertezas, de dúvidas, discutir suposições, criar um espaço para novas reflexões, outros paradigmas educacionais. Também o uso de textos diversos que abordem os conteúdos trabalhados, após a leitura os alunos podem desenvolver trabalhos práticos como pesquisas, apresentações de resenhas, desenhos e textos. No decorrer das aulas o professor também poderá utilizar transparências, vídeos, DVD que salientem sobre os conteúdos trabalhados na disciplina.AVALIAÇÃO

Na avaliação deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerando a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dos conteúdos. Será feita através de vários instrumentos tais como; testes, trabalhos em grupo, debates, produção textual, leitura e analise de textos, formulações de questões, relatórios.

Portanto, a avaliação será continua e cumulativa, com obrigatoriedade de estudos de recuperação paralela ao período letivo, será atribuída uma nota ao aluno que será registrada no boletim e informada nos finais do bimestre, seguindo as normas do Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino. Aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASDAVIS, C. Psicologia na educação. São Paulo; Cortez, 1994DELDIME, R. O desenvolvimento psicológico da criança. Bauru. São Paulo: EDUSC, 1999.LATAILLE, Y de Piaget, Vygotsky, Wallos: Psicogenética em discussão. São Paulo: Summeis, 1992.SILVA, K. & LUNT, Iniciação ao desenvolvimento da criança. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

2ª série

EMENTAContexto sócio - político e econômico em que emerge e se processa a Educação

Infantil e seus aspectos constitutivos (sócio - demográficos, econômicos e culturais). Concepções de Infância: contribuições das diferentes ciências - Antropologia, Filosofia, História, Psicologia, Sociologia. Infância e família. Infância e sociedade. Infância e cultura. História do atendimento à criança brasileira: políticas assistenciais e educacionais para a criança de zero a seis anos. A política de educação pré - escolar no Brasil. Perspectiva histórica do profissional de EI no Brasil. As crianças e suas famílias: diversidade. Políticas atuais: legislação e financiamento.

OBJETIVOS GERAISConceituar e compreender a importância da Educação Infantil.Interpretar o que prevê a LDB para a Educação Infantil.Conhecer as leis que normatizam o funcionamento da Educação Infantil no Brasil.Compreender até que ponto essas leis são cumpridas e entender os porquês de seu não-cumprimento.Caracterizar a educação em nosso município.Analisar as contribuições das ciências sociais para o desenvolvimento infantil.Conhecer a historia da Educação Infantil e seu desenvolvimento ao longo da História.

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Compreender as diferentes concepções de infância.Conhecer as várias visões de infância ao longo da Historia.Analisar o contexto do surgimento das creches no Brasil.Identificar as características do professor de Educação Infantil.Conhecer as possibilidades de formação para o professor de Educação Infantil.

CONTEÚDOSContexto sociopolitico e econômico em que surge a Educação Infantil no Brasil.Aspectos constitutivos da Educação Infantil.Contribuições das Ciências sociais para a Educação Infantil: História, Psicologia, Filosofia e Sociologia.História, legislação e políticas públicas para a Educação Infantil.A LDB 5692 / 71.Constituição de 1998.A LDB 9394 / 96.Concepções de infância.As visões de infância ao longo da historia.Infância e sociedade.Infância e cultura.Historia do atendimento da criança no Brasil.Surgimento das creches no Brasil.A política de educação pré escolar no Brasil.Perspectiva histórica do profissional de Educação Infantil no Brasil.

METODOLOGIA DA DISCIPLINANa formação de docentes, a prioridade é desenvolver a investigação didática, ou

seja chegar a conhecimentos cada vez mais sólidos, experimentados e comprovados em muitas e diversificadas situações de ensino. Por se tratar de uma disciplina eminentemente teórica precisaremos nos utilizar das mais variadas metodologias, fazendo uso de recursos diversificados que possibilitem a interação dos alunos e os leve a compreensão da importância da Educação Infantil e do seu papel enquanto educador.

AVALIAÇÃOA avaliação deve ser concebida em sua função diagnóstica, mostrando que seu

objetivo é subsidiar e até mesmo direcionar o curso da ação do processo ensino aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do resultado, que o educador e educando estão construindo coletivamente. Os alunos serão avaliados de forma cumulativa e múltipla, através de trabalhos individuais e em grupo, pesquisas, testes.

Serão feitas no mínimo duas avaliações com valor de 0,0 a 10,0 e após cada avaliação, haverá a retomada do conteúdo e oportunizada a recuperação de estudos para todos os alunos, prevalecendo a nota maior. Aos alunos com necessidades especiais, seráfeita adaptação curricular respeitando as suas especificidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASKRAMER, Sonia. Com a pré escola nas mãos. São Paulo: Ática, 1994.SEBER, Maria da Gloria. Psicologia do pré escolar uma visão construtivista. São Paulo: Moderna, 1995.

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SEBASTIANI, Márcia Teixeira. Fundamentos teóricos e metodológicos da educação infantil. Curitiba: IESDE, 2003.VALLE, Bertha de Borja Reis do. Políticas publicas em educação. Curitiba: IESDE, 2004.

CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

2ª Série

EMENTAReflexão crítica de questões ético-políticas e educacionais na ação do educador

quanto à interação dos alunos com necessidades educacionais especias . A proposta de inclusão visando a qualidade de aprendizagem e sociabilidade para todos, e principalmente, ao aluno com necessidades educacionais especiais. Conceito, legislação, fundamentos históricos, socio-políticos e éticos. Formas de atendimento da Ed. Especial nos sistemas de ensino. A ação do educador junto a comunidade escolar: inclusão , prevenção das deficiências; as especificidades de atendimento educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais e apoio pedagógico especializado nas áreas da educação especial. Avaliação no contexto escolar; flexibilização curricular , serviços e apoios especializado. Áreas das deficiências:mental , física neuro - motor ,visual da surdez área das condutas típicas e área da superdotação e altas habilidades.

OBJETIVOS GERAISPossibilitar ao educando futuro professor o conhecimento das principais características das deficiências e os principais procedimentos, técnicas e atividades do professor junto aos portadores de necessidades especiais;Proporcionar conhecimento sobre a Legislação e os principais conceitos, e definições de deficiência e sua construção histórica;

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Possibilitar uma reflexão sobre necessidade e as possibilidades de intervenção interdisciplinar na problemática das deficiências, nas diferentes formas de atendimento da Educação Especial nos sistemas de ensino;Identificar as diferentes áreas da Educação especial;Compreender a avaliação nas diferentes áreas da educação Especial como o ato de compreender o outro, não criando nota e sem criar nele a capacidade de reagir.

CONTEÚDOSReflexão e verificação sobre o que os alunos entendem pela problemática de deficiência;A evolução histórica de deficiência;Conceituação de deficiência;Legislação (Políticas Publicas);Formas de atendimentos da Educação Especial nos sistemas de ensino;Inclusão;Prevenção das deficiências;As especificidades de atendimento educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais e apoio pedagógico especializado nas áreas da educação especial;Avaliação no contexto escolar;Adaptações curriculares;Áreas da Educação Especial: conceitos, atendimento especial;Tipos de deficiência;Áreas de Condutas Típicas;Área de Superdotação/ Altas Habilidades;Múltiplas Deficiências.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAEsta disciplina é muito útil na formação dos futuros docentes e para isso conta com

todo o empenho, dedicação e esforço no estudo e na pesquisa dos conteúdos expostos. É importante ter clareza do que se entende por conhecimento e aprendizagem para poder planejar bem as situações de ensino, selecionando atividades e materiais adequados rejeitando práticas incompatíveis com os objetivos.

Sugerimos o trabalho com textos, trabalhos em grupo, conversação, discussão dirigida, uso de material de apoio. No decorrer das aulas o professor também poderá utilizar transparências, vídeos, DVD que salientem sobre os conteúdos trabalhados na disciplina.

AVALIAÇÃOA avaliação é um processo natural que nos permite ter consciência do que fazemos

e das consequências que acarretam nossas ações.A avaliação é vista como acompanhamento da aprendizagem, um mapeamento que

vai identificar as conquistas e os problemas dos alunos em seu desenvolvimento.Dessa forma, tem caráter investigativo e processual, passa a contribuir com a função

básica da escola que é promover o acesso ao conhecimento e, para o professor transforma- o num recurso preciso de diagnóstico. Na avaliação deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerando a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dos conteúdos. Será feita através de vários instrumentos, será contínua e cumulativa, criteriosa com obrigatoriedade de estudos de recuperação paralela ao período letivo. Serão feitas no mínimo duas avaliações com valor de 0,0 a 10,0 e aos

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alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASCONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO - PARANÁ. Deliberação: 02/03- Normas para Educação Especial, Modalidades da Educação Básica para alunos com necessidades educacionais especiais, no Sistema de Ensino do estado do Paraná.DIRETRIZES NACIONAIS PARA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA / Secretaria de Educação Especial - MEC: SEESP_ 2001.RIBAS. J. B. C. O que são Pessoas Deficientes. São Paulo: Brasiliense, 1983.VYGOTSKY< L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1988.JUPP, Kenn. Viver plenamente: convivendo com as dificuldades de aprendizagem. Campinas / SP: Papirus, 1995.

TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

2ª e 3ª Série

EMENTAOs processos de desenvolvimento, aprendizagem e desenvolvimento integral da

criança de 0 a 6 anos - afetividade, corporeidade, sexualidade. Concepção de desenvolvimento humano como processo recíproco e conjunto: o papel das interações (adulto/criança e criança/criança). Articulação cuidado/educação. Concepções de tempo e espaço nas instituições de EI. O jogo, o brinquedo e a brincadeira na EI. Linguagem, interações e constituição da subjetividade da criança. Relações entre família e instituição de EI. A educação inclusiva na EI.

Especificidades em relação à organização e gestão do processo educativo.O trabalho pedagógico na EI: concepção de educação, planejamento, organização

curricular, gestão, avaliação. Relações entre público e privado. Gestão democrática, autonomia, descentralização. Políticas públicas e financiamento da EI e suas implicações para organização do trabalho pedagógico. Propostas pedagógicas para a EI. Legislação, demais documentos normativos e documentos de apoio, de âmbito federal (MEC e CNE), estadual (SEED e CEE) e local (sistemas municipais), para a organização do trabalho na EI: contexto de elaboração, interpretações e implicações para as instituições.

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Situar a Educação Infantil historicamente, identificando os fatores que impulsionaram seu aparecimento e sua evolução. As diferentes tendências e autores que marcaram esta evolução e as atuais tendências bem como a organização do trabalho pedagógico;Levar o educando adquirir conhecimento sobre as Políticas Públicas para a educação infantil garantindo a ela o direito a educação;Realizar uma análise crítica sobre as diretrizes curriculares que norteiam o trabalho da educação infantil;Desenvolver no educando a compreensão da importância dos jogos e brincadeiras na aprendizagem e formação integral da criança.

CONTEÚDOS2ª SÉRIEO que é Educação Infantil;Organização e Política para a educação infantil;Natureza e especificidade do trabalho Pedagógico;Organização Curricular;Planejamento;Avaliação;Concepções de educação;O jogo;A brincadeira na educação infantil;Processos de desenvolvimento aprendizagem;Formação integral da criança de 0 à 6 anos;Estimulação precoce;Linguagens;Mediação entre escola e família.3ª SÉRIEGestão Democrática;Autonomia e Programas d descentralização;O que é Publico;O que é Privado;Políticas Públicas para educação infantil;Análise Crítica do Currículo Nacional (MEC);Análise das Diretrizes Curriculares Nacionais (CNE);Leitura e Análise de textos complementares sobre Educação Infantil;Interpretações de textos legais centrados na educação infantil;

METODOLOGIA DA DISCIPLINAEsperamos que todos os docentes tenham o compromisso de participarem

ativamente na transformação da escola e da sociedade. Só assim a escola em lugar de simples reflexo das condições sociais injustas,poderá ser um espaço crítico,agente de mudanças dessas condições. Para isso esta proposta oferece algumas sugestões de trabalho. Exposição oral de conteúdos, uso do retro projetor vídeos, DVD, textos variados, entrevistas, trabalhos em grupo, pesquisas, textos produzidos pelos alunos.

Enfim, os docentes devem ter claro que para construir um trabalho cotidiano com sucesso deve ter como base constantes discussões em grupo, a programação de seu próprio trabalho (com objetivo precioso), a avaliação dos resultados e, consequentemente, reflexões e reformulações sempre que necessário.

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AVALIAÇÃOA avaliação é o processo de coleta e análise de dados. Os recursos que são usados

denominam se instrumentos de avaliação que tem o objetivo de verificar o desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicsocial do educando. A avaliação será qualitativa e cumulativa. Todas as atividades desenvolvidas pelos alunos estarão sendo observadas e registradas com um valor numérico para que no final do bimestre sejam emitidos boletins com a finalidade de informar aos alunos a sua média.

A avaliação será feita através de testes, pesquisas,entrevistas, trabalhos em grupo, debates, análise de textos,vídeos e relatório. A recuperação de estudos será proporcionada a todos os alunos, prevalecendo a nota maior e aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBRASIL, Constituição da Republica Federativa do Brasil: promulgada em 08/10/1988, Brasília 05/10/88.BRASIL, Lei 9394, de 20/12/1996 - Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação São Paulo: Cortez, 1996.KRAMER, Sonia. A política da Pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. Rio de Janeiro: Dois Pontos, 1987.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da educação. Departamento de ensino de primeiro grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba, 1990.

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

EMENTAOrganização do Sistema Escolar Brasileiro; Aspectos Legais, níveis e modalidades

de ensino; elementos teórico - metodológicos para análise de Políticas Públicas: Nacional, Estadual e Municipal; Políticas para a Educação Básica; Análise da política educacional para a Educação Básica - Nacional, Estadual e Municipal ;Políticas para a Educação Básica; Análise da política educacional para a Educação Básica- Nacional, Estadual e Municipal ; Apresentação e análise das Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação. Apresentação e análise crítica dos Parâmetros Curriculares e Temas Transversais, Financiamento educacional no Brasil.

Fundamentos teórico - metodológicos do Trabalho docente na Educação Básica O trabalho pedagógico como princípio articulador da ação pedagógica ; O trabalho pedagógico na Educação Infantil e Anos Iniciais; Os paradigmas educacionais e sua prática pedagógica; Planejamento da ação educativa: concepções de currículo ensino; O currículo e a organização do trabalho escolar.

OBJETIVOS GERAISPossibilitar a compreensão da importância da educação e da sua gestão na formação profissional e humana de futuros cidadãos;Habilitar a exercer a profissão de docente na educação infantil e séries iniciais;

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Fornecer ao aluno um saber crítico possibilitando a lucidez necessária ao exercício da profissão educador.

1ª SérieCONTEÚDOSEducação, Escola e Professor;Sistema e Sistema Escolar; sistema de educação e ensino, estrutura do ensino escolar, contribuições da sociedade para o sistema escolar, do sistema escolar para a sociedade;Sistema Escolar Brasileiro, níveis de ensino, modalidades de ensino, funcionamento do sistema escolar, direitos e deveres;estrutura Administrativa do Ensino Brasileiro; princípios orientadores, níveis administrativos, recursos financeiros;As mudanças no mundo do trabalho; a gestão democrática da educação e a função social da escola;A gestão da educação como realidade política; política educacional e a formação para a cidadania;Gestão da educação e as políticas de formação de profissionais da educação;Participação e gestão democrática escolar; conceitos, potencialidades e possibilidades;Projeto Político- Pedagógico; o que é? princípios norteados do projeto pedagógico;Modalidades Especiais de Educação; educação especial, educação profissional, educação de jovens e adultos, educação dos povos indígenas, educação a distância;Ensino Fundamental; a escolaridade obrigatória, a extensão da escolaridade obrigatória, objetivos do ensino fundamental, finalidades da educação.

2ª SérieOBJETIVOS GERAISPromover reflexões e discussões permanentes sobre as políticas educacional que norteiam a educação básica.Conhecer e refletir sobre os processos avaliativos desenvolvidos nas escolas.Compreender de forma ampla o que é um currículo escolar e a atual legislação curricular.Levar o aluno a entender os PCNs, como reflexão sobre a pratica pedagógica, e o conhecimento dos Temas Transversais.

CONTEÚDOSConceitos de avaliação;Funções de avaliação;Testar, Medir e Avaliar;Princípios básicos de avaliação escolar;Etapas de avaliação;O que é currículo?Currículo oculto e os livros didáticos;Planejamento de currículo;Currículo da Educação Infantil;Currículo Prescrito para as series do Ensino Fundamental;Base Comum e parte diversificada;Currículo Básico para a escola publica do Paraná;

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Reformulação curricular no Estado do Paraná;Parâmetros Curriculares Nacionais;Parâmetros Curriculares nacionais da Educação Infantil;Parâmetros Curriculares Nacionais de 1ª a 4ª Séries;PCNs e avaliação;O que são Temas Transversais?Princípios norteadores das diretrizes e dos PCNs: análisecrítica.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAPara que a aprendizagem ocorra de fato, é preciso que a escola, representada pelo

docente, leve em consideração a diversidade dos alunos ali presentes. Cabe ao professor ter criatividade e flexibilidade para escolher os melhores procedimentos, tendo em vista sempre o que melhor possibilita o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas dos alunos.

Deve-se levar em conta uma metodologia dinâmica que permita a ativa participação dos alunos nas aulas, realizando atividades dirigidas, exposição oral dos conteúdos, trabalhos em grupo, exercícios de fixação, analise de textos, testes, debates, leituras informativas, e conversas informais.

AVALIAÇÃOA avaliação deve ser compreendida como um conjunto de praticas que tem a função

de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica do professor.A avaliação será feita utilizando-se vários instrumentos que serão relacionados aos

conteúdos trabalhados.A avaliação realizar-se-á através de testes, debates, trabalhos em grupo, trabalhos

escritos, produções textuais e exercícios.A avaliação será continua e cumulativa, com obrigatoriedade de estudos de

recuperação paralela ao período letivo que se dá a partir das necessidades do educando, seguindo as normas estabelecidas no Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASDEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. Editora Autores Associados, São Paulo, 1995.FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.LUCKES, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 1997MAGISTÉRIO: Construção cotidiana/ Vera Maria Candau (org.) . Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.MOREIRA, Antônio Flavio Barbosa SILVA. Tomaz Tadeu (org.). Currículo, cultura e sociedade. São Paulo: Cortez, 1994MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria da Educação Media e Tecnológica- Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio- Brasília, 1999.PARANÁ, Currículo Básico. Curitiba. Imprensa Oficial, 1992.PILETTI, Nelson. Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. São Paulo: Ática, 2001.CANDAU. Vera Maria (org.) MAGISTÉRIO: construção cotidiana/ Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

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IESDE. Gestão Educacional e Organização do trabalho pedagógico. Curitiba: IESDE, 2003.LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1991.PILETTI, Nelson. Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. São Paulo:

LITERATURA INFANTIL

3ª Série

EMENTAContexto histórico da Literatura Infanto Juvenil. A primeira Leitura. Natureza mito

poética na infância da humanidade e na infância do homem. Narrativa oral – o mundo simbólico dos contos de fadas. A importância do contador de histórias; Universo da poesia para crianças: Cecília Meireles e Sidónio Muralha e outros. Monteiro Lobato: realidade e imaginário. A formação do conceito de infância no educador: Lygia Bojunga Nunes; Ana Maria Machado e outros; Os clássicos reinventados e o panorama atual na narrativa e na poesia.

OBJETIVOS GERAISCompreender a importância da história da literatura infantil;Compreender a importância da literatura para a aquisição da linguagem oral e escrita;Reconhecer: clássicos infantis: possibilidade de adaptações e criações;Conhecer e interpretar as diferentes correntes literárias;Compreender: o pressuposto da educação artística e de domínio cultural da língua portuguesa fundamenta-se também no ensino da literatura infantil.

CONTEÚDOSHistória da literatura infantil;

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História da literatura infantil no Brasil;Literatura, leitura e aprendizagem;Leitura como responsabilidade social;A leitura da escrita hoje;Aprendizagem e leitura em discussão;A contação de histórias;Tipologia dos textos literários: poesia infantil;Revendo as investigações sobre o desenvolvimento da escrita infantil.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAAs aulas serão ministradas com aulas expositivas, trabalhos em grupo, pesquisas,

análise de textos, filmes com discussões e conclusões dos mesmos, debates, conversas informais, seminários, questionamentos, reflexões, leituras informativas, discussões, atividades em grupo. Análise de Material Didático, recursos, conteúdos programáticos das séries iniciais do Ensino Fundamental.

AVALIAÇÃO

A avaliação será feita através de: testes escritos, trabalhos em grupo, debates, análise de textos, atividades em grupos, pesquisas, seminários, debates sobre filmes, artigos (jornais e revistas), atividades em sala de aula, atividades extra-classe, trabalhos escritos.

Na avaliação deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dos conteúdos e seguindo as normas estabelecidas no Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino. Aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e Leitura. São Paulo: Cortez, 1991.COSTA, Marta Morais da. Literatura Infantil. Curitiba: IESDE, 2003.LAJOLO, M. e ZILBERMAN, R. Literatura Infantil Brasileira: histórias & histórias. São Paulo: Ática, 1985.SABER, Maria da Glória. A Escrita Infantil: O Caminho da Construção. São Paulo: Editora Scipione, 2006.ZILBERMAN, Regina. A Literatura Infantil na Escola. São Paulo: Global Editora, 1981.

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METODOLOGIA DO ENSINO DE PORTUGUÊS/ALFABETIZAÇÃO

3ª e 4ª Série

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAA leitura e a escrita como atividades sociais significativas. A atuação do professor de

Língua e Alfabetização: pressupostos teórico-práticos. As contribuições das diferentes Ciências(História, Filosofia, Psicologia, Pedagogia, Linguística, Psicolinguística, Sociolinguística) na formação do professor de Língua Portuguesa e Alfabetização. Estudo e análise crítica dos diferentes processos de Ensino da Língua Portuguesa, da Alfabetização e do Letramento. Considerações teórico-metodológicas para a prática pedagógica de Alfabetização e Letramento.-Levar o educando a entender que o domínio da leitura e da escrita envolve uma série de habilidades complexas que precisam ser desenvolvidas progressivamente; -Identificar a importância da História da Escrita; Compreender os vários métodos de alfabetização utilizados nas diferentes idades;-Proporcionar aos educandos o conhecimento de mecanismos usados para realização de análise dos livros didáticos;-Reconhecer o planejamento e desenvolvimento como um dos elementos que proporcionam a aprendizagem da leitura e escrita.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES / BASICOS DA DISCIPLINALinguagem e Sociedade;

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Concepção de Linguagem, de linguagem escrita, de alfabetização e de letramento;Concepção de Ensino e de Aprendizagem;Teorias sobre aquisição do conhecimento e sobre aquisição da leitura e escrita;Concepção de variação linguística;Conceito de texto, de leitura e de escrita;Padrões silábicos da Língua;Tipologia Textual e funções da linguagem;Processo de avaliação;História da escrita;Análise crítica dos processos de alfabetização;Noções básicas e fonética;Características do sistema gráfico da Língua Portuguesa;Procedimentos metodológicos;Leitura e Interpretação;Produção e reescrita de textos;Análise Linguística;Atividades de sistematização para o domínio do código;Análise critica dos PCNs dos RCNEI;Análise crítica dos diferentes Programas de Alfabetização desenvolvidos no Brasil;Análise Crítica de materiais didáticos de alfabetização e ensino da Língua Portuguesa;O papel da escola como promotora de alfabetização e letramento; Como alfabetizar letrando.

CONTEÚDOS3ª SérieCompreensão do que é ler e escrever e da função social da escrita;Compreensão do processo de alfabetização;As áreas de conhecimento e a alfabetização;Aquisição da leitura e da escrita;Ação pedagógica na alfabetização;Alfabetização e sua história.

4ª SérieEstudo dos métodos de alfabetização;Análise dos livros didáticos;Literatura Infantil;Compreender os vários programas de alfabetização para jovens e adultos;Domínio do sistema gráfico;A escrita e seu aspecto formal;Fatores psico- sociolinguísticos que podem interferir na aprendizagem;Outras atividades serão adicionadas de acordo com as necessidadesinteressantes e capacidades dos alunos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAAlfabetizar é dominar uma forma de linguagem, a questionar os métodos de

alfabetização que conduzem o aluno para dominar o sistema gráfico, é preciso que o futuro professor domine a Língua Portuguesa que compreenda a relação ensino aprendizagem. A proposta será executada com a utilização da exposição oral, conversação, trabalhos em

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grupo, análise de textos, leituras complementares, pesquisas, uso de recursos tecnológicos, planejando sempre uma ação pedagógica.

AVALIAÇÃOA avaliação é um meio de diagnosticar e de verificar em que medida os objetivos

propostos para o processo de ensino aprendizagem estão sendo atingidos. Ajuda o aluno a produzir na aprendizagem e o professor a aperfeiçoar sua prática pedagógica.

Os alunos serão avaliados das seguintes formas: trabalhos em grupo e individual, debates, testes,pesquisas e relatórios. Essa avaliação será continua e cumulativa, com estudos de recuperação paralela ao período letivo, será atribuída uma nota ao aluno que será registrada no boletim e informada nos finais dos bimestres e aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIASFERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. São Paulo; Cortez, 1986.FERREIRO, Emília. Reflexão sobre alfabetização. São Paulo; Cortez, 1988.FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler. São Paulo.: Cortez, 1982.SOARES, Gilda M. Rizzo & FEGEY. Elaine. Fundamentos e metodologia da alfabetização: Método natural. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1981.

METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA

3ª Série

EMENTAConcepções de Ciência e de Conhecimento Matemático das Escolas Tradicional,

Nova, Tecnicista, Construtivismo e Pedagogia Histórico-Crítica;; Pressupostos teórico-metodológicos do ensino e aprendizagem de Matemática e/ou Tendências em Educação Matemática: Conceitos Matemáticos, Linguagem Matemática e suas Representações, Cálculos e/ou Algoritmos, Resolução de Problemas, Etnomatemática, Modelagem Matemática, Alfabetização Tecnológica, História da Matemática e Jogos e Desafios; Pressupostos teórico-metodológicos da Alfabetização Matemática.

OBJETIVOS GERAISFornecer ao aluno informações necessárias, alem de materiais, explanações e textos, para sua atuação em sala de aula;Propor atividades desafiadoras que possibilitem a construção de conceitos,/ procedimentos.Buscar a compreensão e o sentido no tratamento de ideias matemáticas;Identificar as principais características dessa ciência, de seus métodos, de suas ramificações e ampliações;Dar condições para o aluno ter clareza de suas próprias concepções sobre a Matemática, uma vez que a prática em sala de aula, as escolhas pedagógicas, a definição de objetivos e

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conteúdos de ensino e as formas de avaliação estão intimamente legadas a essas concepções.

CONTEÚDOSContextualização do desenvolvimento histórico da ciência matemática;Concepções que norteiam o ensino da matemática no Brasil;Abordagens metodológicas diferenciadas para o ensino da matemática;Organização do sistema de numeração;Exploração de formas;A quantificação de elementos do espaço;A idéia de fração;Organização do sistema de numeração decimais;O uso convencional das medidas.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAO professor ao ministrar a disciplina de Metodologia do Ensino de Matemática deve

superar o saber fazer e ao mesmo tempo, desenvolver formas que passem a exigir a incorporação do pensamento de caráter cognitivo mais elaborada.

A ação pedagógica deve contemplar algumas etapas: encorajar o aluno a pensar por si mesmo, a levantar suas próprias hipóteses e a testá-la, a discutir com seus colegas como e porque aquela estratégia resolve o problema. Diversificando a forma de trabalho os conteúdos, trabalhar com concreto incentivar a pensar, criar um clima de busca, exploração e descoberta, desafiar a curiosidade, são metodologias que serão usadas pelo professor dessa disciplina.

AVALIAÇÃOA avaliação escolar tem assumido novas dimensões objetivando orientar a ação do

professor e do aluno durante todo o processo de ensino aprendizagem. Considerando-se que a avaliação seja diagnostica, formativa e cumulativa. A avaliação deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem, de muitas formas diferentes propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado. Portanto, os alunos serão avaliados através de testes escritos, trabalhos em grupo, pesquisas, relatos, exercícios diversos, produção escrita. Estas avaliações serão no mínimo duas, com valor de 0,0 a 10,0.

A recuperação de estudo far-se-á paralelamente ao período letivo para todos os alunos e para os alunos com necessidades especiais será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASCARRAHER, Terezinha et alii. Na vida dez, na escola zero. São Paulo: Cortez, 1988.KAMIL, Constante. A criança e o numero. Campinas: Papirus, 1987.MACHADO, Nelson José. Matemática e realidade. São Paulo; Cortez, 1989.MIGUEL, Antonio; MORIM, Mª Ângela. O ensino da matemática no 1º grau. ProjetoMagistério. São Paulo, Atual, 1986.

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METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA

4ª Série

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAHistória e memória social; as finalidades do ensino de História na sociedade

brasileira contemporânea. A transposição didática da história e a construção da compreensão e explicação histórica. Relação entre a construção da noção de tempo e espaço e leitura do mundo pela criança. O trabalho com as fontes históricas . Objetivos e conteúdos programáticos de história nos anos iniciais do ensino Fundamental.

Planejamento, seleção e avaliação em história. Análise critica do material didático.Entender e relacionar os componentes do processo de ensino e aprendizagem:

objetivos, conteúdos, métodos e a avaliação do ensino de história, para séries iniciais.Conscientizar de que o ensino de história é fundamental na vida de cada aluno, pois

será de muita importância para a compreensão da realidade desde a cidade onde mora, estado país etc., além de torná-los mais conscientes e críticos aos assuntos relacionados a história. Levar o aluno a ter conhecimentos de objetivos e conteúdos programáticos de história nas séries iniciais do Ensino Fundamental;

Criticar, analisar e interpretar fatos documentais de natureza diversa, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e contextos envolvidos em sua produção;

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Proporcionar aos futuros educandos conhecimentos necessários de como organizar um planejamento de todas as atividades e materiais de ensino utilizado no processo ensino aprendizagem.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES / BASICOS DA DISCIPLINARelações sociais;Concepção da história: tempo histórico;Conteúdos e o livro didático;O espaço e a sociedade;Espaço e tempo: noções que se associam;População e transformação da sociedade;Reconhecimento e organização: identidade e grupo social;Diversidade das relações que constituem uma sociedade;As diferentes formas de organização de produção na sociedade brasileira.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAAs orientações metodológicas pretendem contribuir para a reflexão do professor

sobre sua pratica pedagógica, destacando os conteúdos abordados e sua forma de encaminhamento.

Portanto a diversificação de atividades individuais e coletivas de leitura, de debates e produção de textos e outras formas de apresentação a fim de que o diálogo investigativo seja de fato a linha condutora da aula.

Nesta perspectiva, os conteúdos serão trabalhados de diferentes formas: debates, questionamentos, atividades em grupo, exposições orais do professor, produção escrita individuais, testes, uso de materiais de apoio como forma dev assegurar a aprendizagem.AVALIAÇÃO

A avaliação é composta por momentos que o docente poderá verificar o grau de aprendizado de seus alunos, além de possibilitar a redefinição de sua prática pedagógica.

Considera - se que a avaliação seja diagnóstica e processual focada na produção geral do aluno, procurando mensurar seus avanços, atitudes relacionadas aos objetivos propostos.

Os alunos serão avaliados em vários processos de atividades diversificadas como trabalhos individuais, produções escritas, pesquisas, testes escritos, debates.

A recuperação de estudos será ofertada a todos os alunos, prevalecendo a nota maior e para os alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIASFERRACINI, Luiz. O professor como agente de mudança social. São Paulo: EPU, 1990.PARANÁ, Currículo Básico do. Curitiba, 1992.PENTEADO, Heloísa Dupas. Metodologia de Ensino de Historia e Geografia. São Paulo: Cortez, 1991.CURSO NORMAL SUPERIOR,IESDE – Fundamentação Teórica das Ciências Humanas – História.

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METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA

4ª Série

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAConcepções de Geografia - A Geografia como Ciência; Compreensão do Espaço

produzido pela sociedade (espaço relacional); Aspectos teóricos - metodológicos de ensino da geografia; Objetivos e finalidades do Ensino da Geografia na Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do ensino fundamental, atendendo as especificidades do estado do Paraná (quilombolas, indígenas, campo e ilhas ) Relação entre conteúdos, Método e Avaliação; Os conteúdos básicos de Geografia na Educação Infantil e Anos Iniciais; Diferentes Tendências da Geografia, Bibliografia e concepção de Geografia como ciência ; Análise Crítica e elaboração de recursos didáticos para Educação Infantil e Anos Iniciais, Análise Crítica dos livros didáticos dos Anos Iniciais.

Oportunizar ao futuro professor o reconhecimento de que o saber geográfico é fundamental para o desenvolvimento da identidade e da autonomia da criança diante da sociedade e do seu ambiente vivido;

Identificar textos diversos que possibilitem uma leitura crítica do papel da Geografia no currículo;

Perceber que a geografia pode contribuir para uma maior integração da criança com o seu ambiente e com a sociedade da qual faz parte;

Desenvolver habilidades de coleta de informações por meio de pesquisas;‘ 445

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Promover momentos de reflexão e debates para auxiliar no desenvolvimento de pessoas com iniciativas e autônomas.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES / BASICOS DA DISCIPLINAAspectos teóricos metodológicos do ensino de Geografia;Concepção de Geografia: a Geografia como ciência;Compreensão do espaço produzido pela sociedade: espaço relacional;Analise crítica de livros didáticos;O papel da Geografia no currículo;Analise crítica, e elaboração de recursos didáticos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAO professor deve saber que o estudo da Geografia não deve se limitar a descrição

do espaço, portanto seu estudo só ganha importância a medida em que ultrapassar a descrição do que se vê para atingir a análise de como e porquê a paisagem foi organizada. O professor não poderá esquecer de trabalhar conceitos, mas também a interdependência entre os elementos naturais e os sócio- econômicos presentes no recorte da realidade em estudo. Devera encaminhar as atividades em sala de aula, no sentido de possibilitar a compreensão dessas relações que ocorrem na organização do município, do estado, do país e do mundo.

Para a efetivação dessa proposta foram selecionadas algumas atividades que podem ser desenvolvidas com os alunos, futuros docentes. Como debates, coleta de materiais de jornais e revistas que relatam os assuntos de Geografia, textos produzidos pelos alunos em relação ao espaço produzido pela sociedade, pesquisa sobre os recursos didáticos que podem ser utilizados nas aulas, trabalho em grupo para melhor assimilação dos aspectos teóricos metodológicos do ensino de Geografia. Estes pontos são fundamentais para que o professor organize o seu trabalho em sala de aula.

Devem ser tomadas como norteadores do encaminhamento do processo ensino aprendizagem que só se efetivará, com significado, se for feita a relação entre a teoria e a prática.

AVALIAÇÃO

Serão feitas provas escritas e orais, dissertativas e objetivas, seminários, painéis expositivos, pesquisas, entrevistas e textos produzidos pelos alunos após o estudo dos conteúdos. Neste contexto percebemos a importância de avaliar constantemente, todos os alunos pois assim possibilitará a percepção das individualidades e particularidades dos mesmos. A avaliação será registrada através de números e os alunos que não atingirem a nota máxima, será oportunizada a recuperação paralela, com a retomada dos conteúdos e consequentemente uma nova avaliação. A divulgação dos resultados será feita bimestralmente através de boletins emitidos pela secretaria do Colégio e aos alunos com necessidades especiais será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIASCUNHA, Maria Izabel da. O bom professor e sua prática. Campinas: Papirus, 1995KOZEL, S; FILIZOLA, R. Didática da Geografia; Memórias da terra o espaço vivido. São Paulo: FTD, 1996.

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PENTEADO, Heloísa Dupas. Metodologia do ensino de Historia e Geografia. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério 2º Grau Série formação do professor).

METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS

4ª série

EMENTAO Ensino de Ciências e a construção de uma cultura científica que possibilite ao

cidadão comparar as diferentes explicações sobre o mundo. A energia para a vida e a inserção do homem no contexto do universo. Aprendizagem integrada de ciências como possibilidade para a compreensão das relações ciências, sociedade, tecnologia e cidadania. A construção dos conceitos científicos. O pensamento racional e o pensamento intuitivo na aprendizagem de ciências. O papel dos professores, das famílias e das comunidades na aprendizagem formal e informal de ciências.

OBJETIVOS GERAISSaber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema,equilíbrio e vida.Saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc, para a coleta, organização e discussão de fatos e informações.Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva.Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica.

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Compreender a tecnologia como meio de suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e o homem.O que é Ciência.Para que estudar Ciências.A experimentação no ensino de Ciências.O ensino de Ciências no Brasil.O universo e as lógicas infantis.A criança e o seu mundo.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAUma das maneiras de chegar-se ao “fazer ciência” em classe é através dos

históricos das descobertas cientificas significativas, capazes de espalhar com fidelidades formas de pensar e de agir cientificamente e possibilitar a percepção de corretos padrões de atitudes presentes nas observações, experimentos e conclusões, bem como identificar e caracterizar as etapas usuais do Método Científico. Comumente, usam-se os seguintes métodos: exposição oral, estudos em grupo, leitura e discussão de textos, discussão de questões e problemas, simulação de aulas, pesquisa, confecções de materiais e equipamentos experimentais simples.

AVALIAÇÃOOs alunos serão avaliados em todas as atividades propostas como: testes, trabalhos

em grupo, trabalhos escritos, relatórios. O objetivo maior será avaliar a qualidade do aprendizado, visando a melhor formação dos alunos. As avaliações terão valor de 0,0 a 10,0 e será oportunizada a todos os alunos a recuperação de estudos, prevalecendo a nota maior e aos alunos com necessidades, será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBARBOSA, Laura Monte Serrat. PCN: parâmetros curriculares nacionais, v.1: conversa com educadores: uma reflexão sobre os parâmetros curriculares acionais. Curitiba: Bella Escola, 2002.DELIZOICOV, Demetrio. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez, 1990.KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EPU, 1987.FRACALANZA, Hilário. O ensino de ciências no 1º grau. Atual editora, 1986.

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METODOLOGIA DE ENSINO DA ARTE

4ª Série

EMENTAO papel da arte na formação humana, como conhecimento, como trabalho, como

expressão;Estudos das diferentes concepções de arte; Conhecimento, trabalho e expressão e sua relação com o ensino; Estudo das tendências pedagógicas - Escola Tradicional, Nova e Tecnicista - com ênfase nos marcos históricos e culturais do ensino da arte no Brasil. Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição das artes Visuais, da Música , da Dança e do Teatro e sua contribuição na formação dos sentidos humanos desde a Educação Infantil e anos iniciais . Abordagens metodológicas para o ensino de artes. A atividade artística na escola: fazer e apreciar a produção artística. As atividades artísticas como instrumental para a Educação Infantil e séries iniciais.

OBJETIVOS GERAISReconhecer o papel da arte na formação humana;Compreender que todo modo de organização artística é produto do trabalho humano que lhe dá sentido;Ressaltar a importância da bagagem cultural que reflete o meio em que vive o aluno;Identificar algumas abordagens metodológicas para o ensino da música, das artes visuais, do teatro e da dança.

CONTEÚDOS‘ 449

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O papel da arte na formação humana;Fundamentação dos aspectos históricos culturais e filosóficos como recursos à reflexão crítica da práxis pedagógica da arte nas escolas brasileiras;A arte como área de conhecimento;A criança no ambiente natural e cultural;Abordagem metodológica para o ensino de música, das artes visuais, do teatro, da dança e seus eixos filosóficos e conceituais;Sistematização de conteúdos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAOs fundamentos teóricos metodológicos serão abordados na forma de como a arte é

compreendida no cotidiano e como as pessoas se defrontam com o problema de conceituar a arte. Além de garantir uma continuidade e ampliação da educação estética e criações artísticas dos estudantes, procurar contribuir para o desenvolvimento de um saber básico sobre modos de conhecimento do mundo, pelas crianças por meio das construções e interações comunicacionais estéticas e artísticas das mesmas na cultura.

Isso também exige que esses educadores de crianças apropriam-se de noções básicas. Para obter o conhecimento o professor deverá iniciar com textos teóricos e demonstrativos para que os alunos consigam assimilar e daí realizar seus desenhos e admirar obras de arte, ou seja, despertar nos alunos conhecimento fundamentais para a leitura das qualidades plásticas.

AVALIAÇÃOSabe-se que a importância da avaliação reside no fato de que a mesma fornece

dados para a orientação de políticas educacionais de projetos pedagógicos e do trabalho cotidiano do professor. A avaliação deverá ser cumulativa e qualitativa. Todas as atividades desenvolvidas pelos alunos estarão sendo observadas e registradas com um valor numérico para que ao final do bimestre posa o aluno obter uma nota pelo trabalho realizado em sala de aula e fora dela.

Utilizaremos alguns recursos para a avaliação como trabalhos de pesquisas, desenhos, apresentações teatrais, musicas, recortes e colagem, seminários e debates para então ele atribuir uma nota. Aos alunos que não obtiveram a nota máxima, será oportunizada a recuperação paralela. Avaliar em Arte exige, acima de tudo que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os critérios, para em seguida escolham se os procedimentos, inclusive aqueles referentes a seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo de ensino e de aprendizagem, conforme as normas estabelecidas no Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. DUARTE, J. F. Por que arte - educação ? 10ª ed. São Paulo: Papirus, 2000. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília, MEC/SEF, 1997, v 6.FERRAZ, M. FUSCARI, M.R.H. Metodologia Ensino de Arte 2 ed. São Paulo: Cortez, 1993.FRIDMANN, A. Brincar, crescer e aprender; O resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1998.

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GONÇALVES, Carlos Luiz. Revendo o ensino de 2º Grau, São Paulo: Cortez, 1992 2 ed. rev.

METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

4ª série

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAO movimento humano e sua relação com o desenvolvimento do domínio motor,

cognitivo e afetivo-social do ser humano. Desenvolvimento motor e aprendizagem motora. A Educação Física como componente curricular. A cultura corporal de movimentos: ação e reflexão. A criança e a cultura corporal de movimentos: o resgate do lúdico e a expressão da criatividade.

Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais.

Desenvolver as noções conceituais de esforço, intensidade e frequência, aplicando os em suas práticas corporais.

Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência.

Assumir uma postura ativa, na prática das atividades físicas, e consciente da importância delas na vida do cidadão.

Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo -as como recurso valioso para a integração entre pessoas e diferentes grupos sociais.

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CONTEUDOS ESTRUTURANTES / BASICOS DA DISCIPLINAEducação Física no Brasil.Tendências da educação Física.A Educação Física como componente curricular.A Educação Física e sua relação com o desenvolvimento integral do ser humano.Concepção de homem com um ser:Uno.Que se move.Que brinca.Que sente.Político, compromissado com a dialética social.Que age e interage no meio ambiente.Concepção do corpo sendo determinado pelos aspectos biológicos, cognitivos,social e comportamental.Concepção do movimento humano imbricado nas concepções de homem e corpo.Teorias do movimento motor.Habilidades motoras fundamentais.Habilidades motoras relacionadas aos movimentos culturalmente construídos.Aprendizagem motora.Desenvolvimento das condutas motoras de base.Habilidades motoras.Capacidades físicas.Desenvolvimento da capacidade motora.Tempo.Espaço.Objetos.Implicações do desenvolvimento cognitivo e afetivo - social na atividade motora.Comunicação (expressividade).Integração (cooperação, competição, liderança).Desenvolvimento motor.A criança e lúdico.O lúdico no cotidiano escolar.O brincar de ontem e de hoje.Recreação e lazer.O jogo e aprendizagem.Os tipos de jogos.A criatividade nas varias expressões.Criatividade: a revolução na sala de aula.A importância da expressão criativa junto aos processos educacionais.Benefícios dos jogos criativos na educação para professores e alunos.Criatividade e o brincar: o que são?

METODOLOGIA DA DISCIPLINAOs conteúdos serão desenvolvidos através de uma prática que visa atender ao

processo de crescimento e desenvolvimento da criança, procurando respeitar sua individualidade biológica, social e cultural. O conteúdo vivenciado do aluno deve ser sistematizado coletivamente e transformado em momento de aprendizagem.

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Portanto faz se necessário que o professor trabalhe os conteúdos usando metodologias diferenciadas. Deve trabalhar a teoria e relacionar à prática. Na verdade, a relação teoria / prática é um processo unitário.

As aulas de metodologia do Ensino da Educação Física deverão ser atrativas, criativas e terão como ponto de partida uma práxis pedagógica, vinculada a abranger interesses que venham ao encontro de necessidades e expectativas da realidade escolar.

Os conteúdos serão repassados aos alunos na prática e também na teoria de uma maneira formal e informal. Dinâmicas e trabalhos em grupos ocorrerão no decorrer das aulas, tudo isso, com objetivo de gerar motivação no aluno, fazendo com que o mesmo entenda e compreenda os conteúdos propostos de uma maneira fácil e prazerosa.

AVALIAÇÃOA avaliação é compreendida enquanto um dos elementos do processo de ensino-

aprendizagem e por isso: ocorrerá de forma processual, continua, cumulativa e criteriosa, privilegiará a capacidade de análise crítica, de associação, de reflexão, de generalização e de síntese expressa na aprendizagem dos alunos e utilizara as atividades realizadas no decorrer do curso.

Os alunos serão avaliados em vários processos de atividades diversificadas como trabalhos individuais, produções escritas, pesquisas, testes escritos, debates.

Serão feitas no mínimo duas avaliações com valor de 0,0 a 10,0 e após cada avaliação haverá a retomada de conteúdos com a recuperação de estudos. Aos alunos com necessidades especiais, será feita adaptação curricular, respeitando as especificidades de cada um.REFERÊNCIASALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica ; técnicas e jogos pedagógicos: São Paulo:Layola, 1987.BORGES, Célio J. Educação Física para pré-escola. Rio de Janeiro: Sprint, 1987.GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre: Sogra, 1982. Metodologia do ensino de educação física / coletivo de autores - São Paulo:Cortez, 1993 – (coleção magistério 2º grau. Serie de formação do professor).PIAGET, Jean. A construção do real na criança. Rio de Janeiro: zahar, 1970.

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PRÁTICA DE FORMAÇÃO

EMENTASentidos e significados do trabalho docente; Pluralidade cultural, as diversidades, as

desigualdades e a educação; Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da educação;Arte, brinquedos, crianças e a educação nas diferentes Instituições; A ação docente, as práticas pedagógicas e a formulação da didática na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental; Fundamentos teórico-metodológicos da pesquisa.

1ª série

OBJETIVOS GERAISDesenvolver no aluno a criatividade e a habilidade necessária ao exercício da sua profissão;Oportunizar aos alunos a observação de instituições para que possam levantar concepções de infância, de família e de educação em confronto na sociedade;Propiciar ao aluno uma aproximação com a realidade na qual irá atuar;Compreender o papel social do professor e do aluno, em face aos movimentos afirmativos, negativos de suas identidades sociais;Verificar como acontece o sistema de trocas de informações intelectuais, efetivas e culturais entre professores e alunos.

CONTEÚDOSQuem é o educador?

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Estágio de observação;Objetivos do estágio de observação;O que observar e como observar;Relatório e seus objetivos;Conceito de professor;Condições para o magistério;Ação geral do professor;Função social da escola;O que cabe a escola fazer?Sugestões de ação didática;Importância da ética.

2ª Série

OBJETIVOS GERAISPossibilitar a observação do trabalho docente pelos alunos;Levar os alunos a conhecerem a realidade que está sendo realizado, através da observação direta e análise das situações, observadas na educação especial;Promover visitas as escolas do campo, possibilitando aos alunos conhecerem a realidade das mesmas;Colocar o aluno frente a realidade educacional da escola publica e instituições que propiciam a prática pedagógica;Oportunizar aos alunos a uma análise da realidade sobre as quais atuarão, e a reflexão sobre os aspectos teóricos do processo ensino-aprendizagem.

CONTEÚDOSEm que consiste a motivação;A atuação do professor como incentivador;Aspectos relativos a motivação;Planejamento e sua importância;Etapas do planejamento;Tipos de planejamento de ensino;Características do planejamento;Importância e Tipos de objetivos;Funções dos objetivosO que são, seleção e organização dos conteúdos;O que são recursos de ensino;Classificação e objetivos dos recursos de ensino;Relacionamento na sala de aula;Conceitos de métodos e técnicas de ensino;Classificação dos métodos e técnicas de ensino.

3ª Série

OBJETIVOS GERAISEstimular através das artes o interesse do educando a descobrir um mundo do conhecimento, desenvolvendo suas capacidades e criatividade, explorando de maneira lúdica seu mundo interior;

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Levar o educando a reconhecer e valorizar da importância das historias infantis, como uma atividade essencial para s iniciação de leitores nas séries iniciais do ensino fundamental;Proporcionar aos educandos o conhecimento de mecanismos usados para a contação de histórias;Analisar, refletir e compreender os diferentes processos da arte, com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações socioculturais e históricas.

CONTEÚDOSCaracterísticas de uma atmosfera criativa em sala de aula;Importância das histórias infantis;Tipo de histórias e recomendações para uma boa contação;Pesquisa de material;Material lúdico;Objetivos do uso da sucata na pré-escola e séries iniciais do ensino fundamental.

4ª Série

OBJETIVOS GERAISLevar o educando a enfatizar o trabalho docente como base da identidade profissional e como articulação entre teoria prática;Proporcionar aos alunos o conhecimento de atividades escritas pelo professor;Desenvolver no aluno a criatividade e a habilidade necessária ao exercício da sua profissão;Criar condições para que o aluno contextualize os conteúdos desenvolvidos na prática.

CONTEÚDOSDiário de classe: observações para o preenchimento;Planejando as atividades de classe;Como corrigir os trabalhos dos alunos;Confecção material didático;Seleção de técnicas de ensino;Elaboração do plano de aula.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAO processo de ensino se caracteriza pela conjunção de ações do professor e dos

alunos. Sob a orientação do professor, o aluno desenvolve um método de aprendizagem, atingindo um progressivo grau de desenvolvimento intelectual e mental.

Ressaltamos que o uso da metodologia será leitura de textos diversos, apresentações de trabalhos, reflexões sobre assuntos relevantes, discussão dirigida sobre a prática pedagógica, elaboração de hipóteses sobre problemas que envolvam aprática profissional de educação.

Trabalhando com estas metodologias esperamos que ao término do curso todos tenham avançado no conhecimento da realidade e no compromisso de participar ativamente na transformação da escola e da sociedade.

AVALIAÇÃO

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A avaliação da prática de formação deve ser diagnostica, processual ou seja deve acontecer durante todo o ano em vários momentos e de diversas formas, sendo utilizados vários instrumentos avaliativos, como; trabalhos individuais e coletivos, pesquisas, dramatizações , testes e relatórios.

Os alunos serão avaliados pelos professores da instituição campo de estudo quando realizaram o estágio, em que serão utilizadas fichas de avaliação .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASLIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo, Cortez, 1991.PILETTI, Claudino. Didática Geral. São Paulo, Ática, 1989.PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professor: unidade teoria e prática. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1997.ZÓBOLI, Graziella. Práticas de ensino: subsídios para a atividade docente. São Paulo: Ática, 2004.MAGISTÉRIO: Construção cotidiana/ Vera Maria Candau (org.) Petrópolis,RJ. Vozes, 1997.PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: apresentação doa temas transversais, ética. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1997.RADESPIEL, Maria. Alfabetização sem segredos. Temas Transversais. Contagem< MG< Iemar, 1998.ALENCAR, Eunice Soriano. Como desenvolver o potencial criador. 6ª ed. Petrópolis, RJ Vozes 1990.COSTA, Marta Morais da. Literatura Infantil, Curitiba: IESDE, 2003.

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