em tempo - 21 de fevereiro de 2016

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TEMPO EM MANAUS FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR. MÍN.: 26 MÁX.: 33 VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE O JORNAL QUE VOCÊ LÊ ANO XXVIII N.º 9.032 DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO ALTO PADRÃO Sem crise no mercado de carros de luxo em Manaus Algumas concessionárias registraram aumento de 200% em janeiro deste ano em comparação com dezembro de 2015. Economia B1 Terra devastada Trechos do lago de Balbina, em Presidente Figueiredo, lembram a devastação causada por um tsunami. A seca, além de surpreender quem conhece a terra das cachoeiras, tem prejudicado e causado desolação aos moradores da área rural do município. Deslocamento, agricultura e turismo estão sendo prejudicados pela falta d’água. Falta água até para tomar banho. Dia a dia C4 e C5 PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 3,00 Casa cheia para Fla-Flu em Brasília Equipes vão à campo às 17h30 de hoje no Mané Gar- rincha em busca de melhores posições na tabela do Cam- peonato Carioca. Pódio E7 LONGE DE CASA Livre da puni- ção, Fred está de volta ao ataque do tricolor carioca Economia de R$ 1,7 mi em Iranduba Fãs ansiosos pelo show da Legião Política A5 Plateia D1 SEM XINAIK ESTIAGEM CHEGANDO A HORA SENHOR DOS RIOS Grandiosidade e beleza do pirarucu Surpreendente em características e sabores, o pirarucu é apreciado não ape- nas na culinária regional, como também como atração turística em Manaus e em municípios vizinhos. Economia B4 RICARDO OLIVEIRA MARCIO MELO DIVULGAÇÃO

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 21 de fevereiro de 2016

TEMPO EM MANAUSFALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR. MÍN.: 26MÁX.: 33

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

ANO XXVIII � N.º 9.032 � DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016 � PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES � DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

ALTO PADRÃO

Sem crise no mercado de carros de luxo em Manaus

Algumas concessionárias registraram aumento de 200% em janeiro deste ano em comparação com dezembro de 2015. Economia B1

Terra devastadaTrechos do lago de Balbina, em Presidente Figueiredo, lembram a devastação

causada por um tsunami. A seca, além de surpreender quem conhece a terra das cachoeiras, tem prejudicado e causado desolação aos moradores da área rural do município. Deslocamento, agricultura e turismo estão sendo prejudicados pela falta d’água. Falta água até para tomar banho. Dia a dia C4 e C5

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

3,00

Casa cheia para Fla-Flu em Brasília

Equipes vão à campo às 17h30 de hoje no Mané Gar-rincha em busca de melhores posições na tabela do Cam-peonato Carioca. Pódio E7

LONGE DE CASA

Livre da puni-ção, Fred está de volta ao ataque do tricolor carioca

Economia de R$ 1,7 mi em Iranduba

Fãs ansiosos pelo show da Legião

Política A5

Plateia D1

SEM XINAIK

ESTIAGEM

CHEGANDO A HORA

SENHOR DOS RIOS

Grandiosidade e beleza do pirarucu

Surpreendente em características e sabores, o pirarucu é apreciado não ape-nas na culinária regional, como também como atração turística em Manaus e em municípios vizinhos. Economia B4

beleza do pirarucubeleza do pirarucubeleza do pirarucu

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Page 2: EM TEMPO - 21 de fevereiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016A2 Ultima horaUltima hora

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Dupla executa feirante com quatro tiros no MutirãoVendedor de bananas foi atingido por tiros disparados por homens em uma motocicleta. Acredita-se em acerto de contas

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Por conta de dívidas com trafi cantes, o vendedor de bananas Júlio César de Souza Lima, 33, o “Jú-

lio Gordo”, foi executado com quatro tiros por dois suspeitos ainda não identifi cados pela polícia. Conforme moradores da área, a vítima estava consu-mindo drogas em uma calçada quando foi abordado por dois suspeitos em uma motocicleta escura, cujas características não foram informadas e o da garupa efetuou os disparos.

A ação ocorreu por volta das 22h da última sexta-feira (19), na rua 42-A, bairro Novo Aleixo (Mutirão), Zona Norte, a poucos metros da residên-cia do vendedor de bananas. Um morador, que preferiu não se identifi car, informou que “Júlio Gordo” estava de-vendo, aproximadamente R$ 200 aos trafi cantes.

“Ele era usuário e vende-dor de drogas. E como a lei dos trafi cantes é ‘não pagou, morreu’, ele foi executado em acerto de contas. A dívida girava em torno de R$ 200 e custou a vida dele”, disse.

De acordo com uma equipe de investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros (DEHS), populares informaram que a vítima foi atingida pelo primeiro disparo e depois de cair, o assassino disparou outras três vezes. “Jú-lio Gordinho” morreu no local. Os suspeitos fugiram em dire-ção à rua principal do bairro e não foram identifi cados.

Procurados pelo EMTEM-PO, familiares da vítima não quiseram repassar informa-ções sobre a motivação do crime. O caso será investi-

gado pela DEHS.

Mais crimesDuas outras pessoas ainda

não identifi cadas foram exe-cutadas na noite da última sexta-feira (19), sendo uma por arma branca e outra por arma de fogo.

O primeiro caso, a vítima - um homem que aparenta idade entre 30 e 35 anos -, foi morta com facadas e terça-dadas no pescoço, mãos, pés, braços e costas, ocorreu na rua Erva Senero, bairro Novo Aleixo, Zona Norte, às 20h.

De acordo com a DEHS, a vítima foi jogada em via pública por dois homens em um carro, cujas características não foram repassadas.

No registro no Instituto Médico Legal (IML) consta que o cadáver tem 1,70m de altura, cor parda e traja-va uma bermuda jeans com uma camisa laranjada. Para ajudar a identifi car o corpo, o cadáver tem uma tatuagem de escorpião na coxa direita, uma tribal na coxa esquerda e os nomes “Kerlison e Kerlisa” no antebraço esquerdo.

Já o segundo registro foi

IML

Corpos de dois ho-mens continuam sem identifi cação no Ins-tituto Médico Legal. Ambos têm caracte-rísticas de execução - um por arma branca, no bairro Novo Aleixo, e o outro a tiros, no bairro Puraquequara

EUA

O prisioneiro que esta-va havia mais tempo em prisão solitária nos EUA, Albert Woodfox, foi solto nesta sexta-feira (19) na Louisiana. Ex-membro do extinto grupo Panteras Ne-gras, Woodfox fi cou preso por 43 anos, apesar das críticas de vários países.

Woodfox, que completou 69 anos nesta sexta, foi condenado em 1972 com outros dois homens negros - Robert King e Herman Wallace - pelo assassinato de um guarda da prisão de Angola, na Louisiana.

Os três eram membros da organização Panteras

Negras, movimento que lutava contra a repressão e abusos policiais contra negros. Woodfox, que foi condenado com o teste-munho de três presos, mas sem provas materiais, sempre negou o assassi-nato do policial.

A condenação de King foi anulada após ele passar quase 30 anos na solitária.

“Apesar de estarmos mui-to felizes com o fato de que fi nalmente Albert Woodfox tenha sido liberado, é injus-tifi cável que suas condições de detenção, década após década, tenham sido endu-recidas, e para o preso que

mais tempo fi cou detido em solitária na história dos Es-tados Unidos” disse George Kendall, seu advogado.

O destino de Woodfox, King e Wallace, apelida-do “os três de Angola”, levou à mobilização de ONGs de defesa dos direi-tos humanos, incluindo a Anistia Internacional.

Em junho do ano pas-sado, o juiz federal James Brady havia ordenado que Woodfox “fosse libertado imediatamente e vetou um novo julgamento.

O Estado da Louisiana, no entanto, apelou da decisão e ele continuou preso.

Homem viveu 43 anos na solitária

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ULG

AÇÃO

Para moradores da região, o homicídio do vendedor Júlio César de Souza Lima foi motivado por dívidas com trafi cantes, no valor de R$ 200

Woodfox passou os últimos 43 anos em uma cela de 1,80m x 2,20m, durante 23 horas por dia

IRRESPONSABILIDADE

Uma menino de seis anos que estava sozinho em casa e ateou fogo em um colchão com um isqueiro por pouco não morreu carbonizado na manhã de sábado (20), na rua 13, no bairro Alvorada 1, Zona Centro-Oeste. De acordo com o sargento Ba-tista, do Corpo de Bombei-ros, o princípio de incêndio começou às 9h04 no quarto e foi controlado pelos vizinhos com extintores de incêndio.

“Ainda não sabemos ao certo o que aconteceu. Os familiares contam que uma criança estava brincando com um isqueiro e teria co-locado fogo no colchão. Os vizinhos arrombaram a porta e apagaram o fogo. Estamos

fazendo o trabalho de rescal-do”, disse o militar. Parte da moradia fi cou comprometida com o fogo. As chamas se confi naram a apenas um dos cômodos da casa.

De acordo com um vizinho que não quis se identifi car, o menino estava sozinho no momento do incêndio. Um adulto que deveria tomar conta do menino não estava no local. “Foi tudo muito rá-pido. Estava em casa quando vi muita fumaça. A criança estava sozinha, trancada no quarto, no momento do incêndio. Tivemos que ar-rombar a porta e ele se feriu com os vidros. Os vizinhos chegaram com extintores de incêndio e cotrolaram as

chamas”, afi rmou o morador.A irmã da proprietária da

casa que também não quis se identifi car, disse que a dona do imóvel, conheci-da como Katia Maria Sales Barbosa, estava trabalhan-do no momento do sinistro, confi rmou o incêndio, mas não confi rmou se a criança estaria sozinha. Ela disse que uma irmã de 21 anos e um tio do menino que sofre-ram queimaduras e cortes estavam no local.

“Ligamos para a minha irmã, que também está mui-to assustada. Ela trabalha no Adriano Jorge e não estava em casa. A irmã da criança e o tio também foram para o SPA do Alvorada”, disse.

O fogo foi controlado por vizinhos com extintores de incêncio, de acordo com o Corpo de Bombeiros

Princípio de incêndio no Alvorada

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de um homem também sem identifi cação, com idade aparente de 30 e 35 anos, executado com tiros no pes-coço e no peito na estrada do Puraquequara, bairro de

mesmo nome, Zona Leste, por volta de 20h30 da última sexta-feira (19), nas proximi-dades da fábrica de cimento.

Na descrição do corpo, a vítima tem 1,60m de altura,

cabelo preto, cor pardo e vestia uma bermuda preta com uma bandeira do Brasil. Além disso, a vítima tinha tatuagens de carpa no braço esquerdo, uma índia no braço

direito, o nome “Talita” no antebraço direito e um es-corpião na barriga.

Até o fechamento desta edi-ção, as vítimas continuam não identifi cadas no IML.

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016A3OpiniãoOpinião

O engenheiro e economista Mário Henrique Simonsen (1935 –1997) reagia com um estra-nho humor, quando lhe perguntavam sobre os tropeços da economia brasileira que sempre faziam despencar uma variedade de cobranças sobre o contribuinte: “Alguém tem de pagar por isso”. Simonsen foi ministro da Fazenda do Brasil durante o governo de Ernesto Geisel, entre (1974 -1979) e do Planejamento (1979) no governo de João Figueiredo. E sabia o que dizia. Antes, durante e depois dele a economia do país jamais deixou de produzir alguma coisa que alguém tivesse de pagar por ela.

Não só na economia. O governo federal e sua base aliada nos Estados e municípios ele-geram a sociedade brasileira, de A a Z, como bode expiatório para a “praga egípcia” que é o mosquito causador da dengue, zika, chikungunya, febre amarela e sabe-se lá mais o quê. O governo não sabia do perigo. Como é que o governo, tão ocupado em governar, saberia que uma sociedade de A a Z se dedicava a disseminar criadouros de mosquitos Aedes aegypti?

Quem deixaria de governar para se preocupar com um simples mosquito (se fosse, ao me-nos algo maior, um elefante). E o que fazia a sociedade brasileira, de A a Z, que não cuidava de quintais e piscinas? A TV a cabo não ensinou que mosquitos são hábeis em procriar na água encalhada em poças, telhados, troncos de árvore, garrafas e em toda a tralha que a sociedade de A a Z consome e transforma em lixo só para que o mosquito não voe por aí sem teto. Alguém tem que pagar por isso.

Cada um que dê seu jeito. A presidente Dilma Rousseff tem o jeito dela. Enquanto não chega a vacina redentora, ela sugere que nativos e turistas usem roupas compridas e dediquem 15 minutos por dia a desentocar mosquitos. O recado foi dado, neste fi m de semana, no interior da Bahia. Com diria Simonsen...

Clube da Cannabis

O deputado Sinésio Campos (PT) fi cou surpreso ao deparar, dia desses, com um grupo de amantes da Cannabis sativa fumando seu tarugo a céu aberto.

O deputado resolveu intervir.— Qual é, rapaziada, por que

vocês não estão fumando no seu esconderijo, como sempre fi zeram?

— É porque tá cheio de Aedes aegpyti, tá ligado?

Vai de A, B ou C

Na passagem por Manaus, o ministro Eduardo Braga, de Minas e Energia, disse que não é candidato a prefeito.

Até aí tudo bem, mas ele garantiu que pode apoiar “A”, “B” ou “C”.

Esqueceram de mim

Entre os “companheiros da nova geração” que podem dis-putar o pleito, Eduardo citou Marcos Rotta (PMDB) e José Ricardo (PT).

Mas ao dizer isso, esqueceu parlamentartes à sua volta, onde estava com olhar pidão a deputada Alessandra Cam-pêlo (PCdoB), que também é candidatíssima.

O que é isso, companheira?

Mas logo em seguida, as-sim que percebeu a gafe, Braga corrigiu:

— Não temos somente o Marcos, temos companhei-ros valorosos na Assembleia, como é o caso do Wanderley Dallas, Alessandra Campêlo... companheiros do nosso arco de aliança, como o Hissa (Abraão e vários companhei-

ros da nova geração.

Mas é só ele?

Em Iranduba, a pergunta que não quer calar agora é esta:

— Débitos com o Imprev, INSS e Eletrobras Amazonas Energia, são mesmo do perío-do em que Xinaik foi prefeito?

E cadê os outros?

Ou nesses débitos estão incluídas dívidas das gestões de Nonato Lopes e José Maria Muniz?

Vilão único

Segundo o franco atirador de Iranduba, Paulo Onofre, as coisas têm que ser esclare-cidas de forma correta para a população.

— Senão o Xinaik passa a ser o único vilão da história.

Engodo

Do deputado Pauderney Avelino, líder do Democratas na Câmara, ao tentar tirar de pauta a votação da medida provisória 696/15 que trata da Reforma Administrativa.

— Tentamos dar a chance para o Planalto melhorar a medida. Como ela está, não passa de engodo –, declarou.

No beiço

O líder avalia que essa me-dida não trata efetivamente de uma pauta que pretende melhorar a situação dos co-fres públicos do país.

E sim promover a imagem do governo do PT, “que tenta salvar sua já manchada re-putação”.

— Estão querendo levar o povo no beiço. Os números mostram que a economia feita até agora é irrisória.

Te cuida, Latorraca!

Quem tem rabo preso que se segure!

O senador Delcídio do Ama-ral (PT-MS) só foi solto depois de fechar acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ago-ra vai botar a boca no trombone e entregar meio mundo.

FHC & Miriam

Repercutiu no Congresso a entrevista bombástica da jor-nalista Miriam Dutra sobre a relação com o ex-presidente Fernando Henrique.

Quem bancava

Segundo Miriam, a empresa Brasif Exportação e Importa-ção, concessionária à época das lojas Duty Free nos ae-roportos brasileiros, ajudou o ex-presidente a enviar dinheiro para ela entre 2002 e 2006.

Amnésia

Jonas Barcelos, dono da Brasif, não negou ao jornal o acerto, mas diz não se lembrar dos detalhes e pediu tempo para pesquisar.

Pela primeira vez, Miriam Dutra fala de seu fi lho Tomás.

Muito preocupadoEm tempos de crise, causou

inveja a congressistas saber que Jonas Barcelos está mo-rando em Aspen, nos Estados Unidos.

Aconteceu quarta-feira, em Brasília.O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), jantava com o senador Ricardo Fer-

raço (PSDB-ES), em um famoso restaurante do Planalto Central.No meio da conversa, rolou o papo de que fora aprovado para a embaixada do

Brasil na Coreia do Sul, Luis Fernando Serra. Virgílio, que também é diplomata, perguntou a Ferraço:— Por que não mandam o José Serra para a Coreia do Norte?

Mui amigo

Alguém tem que pagar por isso [email protected] | [email protected]

Contexto3090-1017/8115-1149

VAIAS APLAUSOS

Para o estado de sujeira, escuridão e pe-rigo de assaltos em que está mergulhado o terminal de ônibus da avenida Constantino Nery. Aquilo lá é um verdadeiro pardieiro. Não seria o caso de desmontar e – já que o dinheiro anda curto –, construir abrigos de paradas de ônibus simples no local?

Terminal sombrio DIVULGAÇÃO

Para escritor italiano Umberto Eco, autor de “O Nome da Rosa”, que morreu na noite de sexta-feira (19) na sua casa em Milão. Tinha 84 anos e era uma das mais relevantes figuras da cultura mundial dos últimos 50 anos.

Umberto EcoDIVULGAÇÃO

[email protected]

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPOA história chegou a mim como piada, mas há muito tempo aprendi que em tudo, até na mais des-comprometida e irresponsável das anedotas, se lida ou ouvida com atenção e senso crítico, acabará por existir, lá no fundo, alguma verdade e alguma mensagem a ser recebidas e guardadas no arquivo da memória.

Em resumo, a piada dizia que, para o desfi le do Carnaval do Rio de Janeiro, a “chacrete” Viviane Araújo teria gastado alguns milhares de reais só no penteado; a nem sempre afi nada Claudia Leitte outro tanto na confecção da sua fantasia doura-da; a “Musanitta”, da Padre Miguel, não menos, para pôr em evidência suas fartas carnes, e assim por diante em relação a outras rainhas, destaques e madrinhas, confi antes em que, num espetáculo tão visual, estaria valendo sobretudo a riqueza com que exibissem suas nudezes e suas belezas.

Tudo isso para, ao fi m e ao cabo, uma mulher de idade maior, magra, semiesquelética, com cabe-los soltos e despenteados, quase desgrenhada, irremediavelmente feia, trajando um vestido longo e escorrido, a cobrir de maneira pu-dorosa seu corpo, como se fora uma devotada “assembleiana”, surgisse para arrasar e arrebatar o destaque maior e conduzir a sua Mangueira ao título maior do Carnaval.

Acontece que essa mulher não era qualquer uma. Simplesmente, se tratava de Maria Bethânia, de Santo Amaro da Purifi cação, fi lha de Dona Canô, irmã de Caetano, uma das grandes cantoras do Brasil, que na avenida revelou sua identidade de “Menina dos Olhos de Oyá” e não deixou nada para mais ninguém.

Esta é uma história que se repe-te desde que o mundo é mundo e quem não quiser passar pela vida

sem nada aprender que a guarde para si como algo que viu, entendeu e tomou como lição de vida. Na verdade, jamais será aquilo que uma pessoa jogar sobre si mes-ma, como costumam fazer algumas mulheres, que irá defi nir o que ela é e, sobretudo, o que ela vale. É preciso lembrar que àquilo que recai sobre, ou se sobrepõe, já os antigos fi lósofos designavam como acidentes e, assim, não defi niriam a essência de nada. Ao contrário, o essencial, quando existe, eclode de dentro para fora, está lá como algo inerente e apenas precisa ser explicitado, para que venha a agregar valor a alguém. Saber pôr à tona esses traços e esses caracteres será o resultado de um longo aprendizado que ordinaria-mente designamos como educação e maturação.

Bethânia comoveu a avenida com a sua presença, não pelo que os-tentava, uma vez que nela não havia resquício de exibicionismo, mas apenas pela força da sua presença e pela autenticidade da sua arte, construída às claras e diante de toda a nação brasileira desde há muito tempo. Ali estava a vigorosa cantora que se apre-sentou primeiro como “Carcará”, depois como “Abelha Rainha” e em inúmeras outras performances que revelaram sua arte musical, como também sua coragem política e suas raízes perenemente encravadas na terra brasilis.

Bethânia e Mangueira, ou Man-gueira e Bethânia, tanto faz e tanto se fez que casamento mais indisso-lúvel não poderia haver. Feitos um para o outro, com cheiro e alma de Brasil. Vontade me dá de repetir as palavras que ouvi de Caetano, no momento da emoção irrefreada, em entrevista de fi m de desfi le. Só o pudor me impede.

A verdade do Carnaval [email protected]

João Bosco Araújo

Ali estava a vigorosa cantora que se apresen-tou primeiro como “Car-cará”, depois como “Abelha Rainha” e em inúmeras outras perfor-mances que revelaram sua arte musi-cal, como também sua coragem po-lítica e suas raízes perene-mente en-cravadas na terra brasilis”

Editorial [email protected]

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016A4 OpiniãoOpinião

Dom Sérgio Eduardo

Castriani Arcebispo

Metropolitano de Manaus

Painelcrescer entre a militância nas últimas semanas. A dez dias da votação, Andrea teria 47% dos votos válidos. João Doria, 32%. Ricardo Tripoli, 21%.

Dá tempo? Último a en-trar na disputa, Tripoli sur-preendeu na pesquisa. Em novembro do ano passado, aparecia com somente 6% dos votos válidos.

Muy amigo Enquanto tu-canos se estapeiam pela candidatura ao comando de SP, o presidente PSDB local, Mario Covas Neto, comparti-lhou nas redes sociais feitos do prefeito Fernando Haddad (PT), como bolsas de mestrado a professores e drones para monitorar focos de dengue.

Foi lindo Lula defendeu que senadores da base do governo pressionem Dilma a trabalhar pela liberação de mais crédito na economia e rememorou medidas que tomou durante a crise finan-ceira mundial, em 2008. O ex-presidente não se conven-ce de que a receita expirou.

Será terrível Banqueiros, porém, estão cada vez mais preocupados com o cresci-mento da inadimplência. Já foram alertados por seus exe-cutivos que, do jeito que a coisa vai, o calote de pessoas físicas explodirá logo mais.

Vai ter As negociações com o México para um acordo co-mercial avançam. O governo está animado e crê que será possível eliminar impostos de até 6 mil produtos –hoje, o acerto em vigor envolve ape-nas cerca de 800 itens.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Vice-líder do governo, Silvio Costa (PT do B-PE) dava uma entrevista no início da semana defendendo o ex-presidente Lula da acusação de que é dono de um sítio em Atibaia, cujas reformas foram pagas por empreiteiras.O deputado tentava desconversar o tempo todo até que um repórter decidiu pressioná-lo:– Mas o presidente já foi mais ao sítio do que eu vou à casa da minha vó! – disse o jornalista.Sem saída, Costa devolveu:– Mas aí a culpa é sua, que é um neto ingrato! – falou, arrancando risos dos repórteres ao seu redor.

Pobre vovó

TIROTEIO

Sem indiciamento, o relatório parece novela cujo roteiro foi óti-mo, mas que ninguém morreu nem se casou no capítulo fi nal.

DE ALEXANDRE BALDY �PSDB�GO�, sub-relator da CPI do BNDES na Câmara, sobre a pressão de deputados governistas para que a comissão poupe petistas.

Contras as avaliações de que saiu enfraquecido da eleição para líder da bancada do PMDB, Eduardo Cunha fará uma demonstração de força em ao menos dois atos: com o apoio dos líderes partidários, colocará em votação a PEC que aumenta o gasto mínimo da União com saúde e nomeará Índio da Costa, pré-candidato do PSD à Prefeitura do Rio, para relatar a Lei da Olimpía-da, espécie de vitrine na disputa eleitoral contra Pedro Paulo (PMDB-RJ), aliado de Leonardo Picciani.

Aqui se paga Secre-tário do prefeito Eduardo Paes (PMDB), Pedro Paulo se licenciou do cargo para reassumir o mandato de deputado e ajudar a der-rotar Hugo Motta (PB), candidato de Cunha na disputa da bancada.

No bolso Já a PEC da Saúde, de autoria do tuca-no Vanderlei Macris (SP), eleva de 15% para 18,7% o investimento mínimo da União na área até 2020. O texto engessa ainda mais os gastos federais e pro-voca calafrios no Planalto.

Metalinguagem José Dirceu leu um livro su-gestivo no cárcere: Acaba de terminar um exemplar de “O Prisioneiro”, de Éri-co Veríssimo. Cada livro proposto pela equipe pe-dagógica do sistema pe-nitenciário reduz sua pena em quatro dias.

Se oriente, rapaz Uma das vozes do PSDB a favor do diálogo com o governo para resgatar a economia, o prefeito Arthur Virgílio (Ma-naus) esteve com o ministro Ricardo Berzoini (Governo).

Proverbial “Não dá para fi car na política de quem pariu Mateus, que o em-bale, porque Mateus é o desempregado de hoje e a empresa que demite ama-nhã”, alertou Virgílio, um dos mais aguerridos oposi-cionistas do governo Lula.

“SOS Ninguém sabe mais o que responder aos pedidos de ajuda financei-ra de Luiz Fernando Pezão. O governador do Rio de Janeiro tem feito um pé-riplo pela Esplanada e por bancos.”Não é nem pires. É cuia mesmo na mão”, brinca o interlocutor de um banqueiro.

Desce Pesquisa enco-mendada pela equipe de Andrea Matarazzo indicou que o vereador perdeu es-paço entre os filiados tu-canos de novembro para cá. No período, o governa-dor de São Paulo, Geraldo Alckmin, evidenciou seu apoio ao pré-candidato João Doria.

Sobe A sondagem, feita com 430 fi liados e fi nali-zada na quarta (17), mos-trou que Matarazzo voltou a

Nestes tempos quaresmais, uma das devoções mais queridas do povo cristão é a Via-Sacra. Nela acompanhamos Jesus desde a sua condenação à morte até o momento da sua sepultura. São catorze estações às quais se acrescenta uma décima quinta, a ressurreição. Trata-se de uma grande representação das cenas narradas nos quatro evangelhos, onde a tragédia da paixão do Senhor é contada de forma por-menorizada, o que não acontece com as outras fases da vida de Jesus. Pequenos gestos, como o de Simão de Cirene, que ajuda o Mestre a carregar a cruz, ganham destaque especial. As narrativas vão apresentando o drama da trai-ção, da entrega de Jesus à morte e do seu sofrimento. A flagelação, a coroação de espinhos, as quedas e o escárnio são apresentados com crueza realista.

Não é difícil relacionar o drama da paixão de Cristo com o drama da vida humana. Nosso caminho se cruza muitas vezes com cenas semelhantes vividas pelas pes-soas que encontramos e nossos caminhos pessoais também se confundem com o caminho do Calvário. Percorrer este caminho, contemplando e meditando cada estação é entrar com a imagina-ção e a prece no caminho do ser humano, assumido por Deus em Jesus. O Deus de Israel caminha com o povo. Em Jesus, Deus é um de nós e assumindo a condição humana sofre conosco, vivendo até as últimas consequências o amor que o levou a vir habitar neste mundo, sua criação.

O drama da paixão revela quem é o homem na sua grandeza e na sua pequenez, capaz de gestos grandiosos de solidariedade e entrega, mas também de traição e

maldade. Pilatos que lava as mãos representa toda a indiferença ao sofrimento, a insensibilidade e a dureza de coração diante do sofrer alheio. Verônica com seu gesto corajoso rompendo a fileira de soldados, mostra a capacidade que seres humanos tem de supe-rar-se em solidariedade achando coragem e superando medos para ajudar seus semelhantes.

Os quadros da Via Sacra que inspiraram tantos artistas são representações daquilo que o pe-cado faz na vida humana, desfi-gurando-a. Ao mesmo tempo a graça se manifesta e a paixão se torna redenção. Nesta caminhada vamos descobrindo quem é Deus. Jesus é o rosto misericordioso do Pai. Deus é misericórdia e compai-xão. O princípio da misericórdia está no sofrer o sofrimento do outro. Se o Deus de Israel ouviu os clamores do povo no Egito e teve compaixão, em Jesus Ele assumiu como seu o sofrimento humano. Assistimos a impotência divina que se deixa crucificar. O corpo inerte do Senhor no colo da mãe dá a medida do amor.

Durante a sua vida pública Jesus várias vezes predisse o que iria acontecer em Jerusalém. Seus discípulos, ora não fazem pergun-tas porque tem medo, ora tentam demovê-lo de seus propósitos. A Cruz sempre será um escândalo e se procurará eliminá-la. Mas ela está aí, diante de nós. Somente quem a toma cada dia encontrará o caminho da vida. O caminho da Cruz não só leva a ressurreição, mas já carrega dentro de si a ple-nitude da vida pois, assumido por Deus, tornou-se lugar de salvação e de presença do Espírito. Por isso, quando acolhemos os sofredores, inclusive o sofredor que somos, acolhemos o próprio Deus.

O caminho [email protected]

Dom Sérgio Eduardo Castriani

Natuza Nery

CONTRAPONTO Os quadros da Via Sacra que inspiraram tantos artistas são represen-tações daquilo que o pecado faz na vida humana, desfi -gurando-a. Ao mesmo tempo a graça se manifesta e a paixão se tor-na redenção. Nesta cami-nhada vamos descobrindo quem é Deus. Jesus é o rosto misericordioso do Pai. Deus é misericórdia e compaixão”

Não mexe comigo

Frase

MARCIO MELO

Francisco, líder da Igreja Católica, sugeriu que mu-lheres em prevenção contra o vírus da zika recorram a contraceptivos. Ele traçou um paralelo com a decisão do papa Paulo 6º, na década de 1960, de liberar an-ticoncepcionais a freiras que eram sistematicamente estupradas no Congo belga, para evitarem gravidez.

OLHO DA [email protected]

O aborto não é um mal menor, é um crime. Levando uma vida para salvar outra. É um cri-me. É um mal absoluto. Por outro lado, evitar a gravidez não é um pecado absoluto. Em certos casos, como nesse (da zika), como o que men-

cionei do abençoado Paulo 6º, isso é claro

Meninos não precisam se aventurar muito longe de casa para descobrir a emoção de um novo brinquedo. Essa dupla viaja no sonho de consumo de todo brasileiro, de A a Z: o au-tomóvel. E sonham, nesse que é só carcaça e cumpre o que parece ser o futuro da frota: estacionar onde for possível, à espera de que o sinal abra, algum dia

Francisco,lheres em prevenção contra o vírus da zika recorram a contraceptivos. Ele traçou um paralelo com a decisão do papa Paulo 6º, na década de 1960, de liberar an-ticoncepcionais a freiras que eram sistematicamente estupradas no Congo belga, para evitarem gravidez.

Levando uma vida para salvar outra. É um cri-Levando uma vida para salvar outra. É um cri-Levando uma vida para salvar outra. É um cri-me. É um mal absoluto. Por outro lado, evitar a me. É um mal absoluto. Por outro lado, evitar a me. É um mal absoluto. Por outro lado, evitar a Levando uma vida para salvar outra. É um cri-me. É um mal absoluto. Por outro lado, evitar a Levando uma vida para salvar outra. É um cri-

gravidez não é um pecado absoluto. Em certos casos, como nesse (da zika), como o que men-

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Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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Polí[email protected]

A5

MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016

Iranduba economiza R$ 1,7 mi com suspensão de atosPrefeitura suspendeu contratos com irregularidades fi rmados pelo prefeito afastado Xinaik Medeiros, preso em Manaus

A suspensão dos atos as-sinados pelo prefeito afastado de Iranduba, Xinaik Medeiros (Pros)

resultaram em uma economia de R$ 1,7 milhão para a Prefei-tura de Iranduba. Com pouco mais de três meses à frente da administração municipal, a prefeita interina, Madalena de Jesus (PTB), cancelou sete lici-tações e seis contratos, além do aluguel de imóveis com suspeita de irregularidades.

De acordo com ela, na Educação, foram suspensos os contratos para transpor-te escolar que tinham rotas fantasmas, além da repactu-ação do valor cobrado pelo transporte dos estudantes. A prefeita informou que identi-fi cou e exonerou 500 pessoas que recebiam salários sem exercer atividades nas esco-las do município.

“Tivemos economias tam-bém com a diminuição dos gastos com combustível e na aplicação dos repasses do go-verno do Estado. Com o valor economizado, vamos conse-guir construir sete escolas, reformar e ampliar outras no Distrito do Cacau Pirera”, disse Madalena de Jesus.

O prefeito eleito de Irandu-ba, Xinaik Medeiros está pre-so, desde novembro de 2015, em Manaus, no Comando de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), acusado pelo Ministério Público do Es-tado (MPE-AM) de comandar uma rede de corrupção no município responsável pelo desvio de R$ 56 milhões em contratos fraudulentos e ir-regularidades em licitações.

Construções irregularesMadalena de Jesus disse

que assim que tomou posse foi informada que 18 prédios foram construídos pela Pre-feitura de Iranduba em terre-

nos de terceiros sem que os terrenos tivessem sido com-prados pelo Executivo muni-cipal. Com isso, atualmente, a prefeitura tem três pos-siblidades: alugar os locais, comprar os terrenos ou abrir mão das obras tendo em vista a irregularidade detectada.

No terreno do autônomo La-faiete de Jesus Dourado, 48, a prefeitura construiu uma es-cola, que, devido a uma ação judicial, está fechada.

O proprietário disse que o terreno foi ocupado pela prefeitura ainda na gestão do ex-prefeito Nonato Lopes (PMDB). “A prefeita Madalena de Jesus me procurou e pediu para eu fazer a doação do terreno para a prefeitura. Mas, não tenho condições de fazer isso”, informou o proprietário.

O terreno de 18 metros por 25 metros com extensão de 450 metros quadrado está avaliado em R$ 164 mil, se-gundo o proprietário.

Madalena de Jesus infor-mou que a maioria dos pré-dios ocupados pela prefeitu-ra atualmente são alugados. Mesmo com as dispensas de contratos por irregularidades durante a gestão de Xinaik Medeiros, o Executivo muni-cipal ainda tem 40 imóveis alugados em Iranduba, onde funcionam órgãos da admi-nistração direta e indireta.

“São escolas, Unidades Bá-sicas de Saúde (UBSs). Atual-mente, quase todos os prédios que abrigam os serviços de saúde e as escolas são aluga-dos”, disse a prefeita.

Por conta de tantos alugueis e do “rombo” deixado por Xinaik Medeiros, a prefeitura está no vermelho. Na tentativa de reverter a situação, Madalena de Jesus informou que pre-tende buscar recursos para investimentos em Iranduba via institutos e associações ou em emendas parlamentares dos deputados federais e senado-res do Amazonas.

HENDERSON MARTINS

Nos três primeiros meses de gestão à frente do Exe-cutivo municipal, a prefeita interina de Iranduba, Mada-lena de Jesus, identifi cou um “rombo” de R$ 34 milhões em recursos da previdência e débitos na Eletrobras Ama-zonas Energia.

A prefeita informou que que está trabalhando com o intuito de ter recursos para pagamentos de funcionários e contratos até o fi nal de sua gestão. Neste ano, o orçamento do município está previsto em R$ 76 milhões, segundo dados da prefeitura.

“Já tenho recursos para as obras de tapa buraco (obras de recuperação viária) e tam-bém estamos com todo pro-jeto em fase de conclusão

para distribuição de água no Distrito de Cacau Pirera e na sede do município. A intenção é iniciarmos os trabalhos em até 15 dias”, disse a prefeita.

Madalena explicou que tem trabalhado para con-seguir conter gastos e ter recursos para investimentos

no município.

ReestruturaçãoSegundo ela, durante sua

gestão foram cortadas as ajudas de custo e benefícios pagos pela Prefeitura, tais como, ajuda para aquisição de gás para as residências e aquisição de cestas bá-sicas para distribuição em datas festivas.

De acordo com a legisla-ção, esse tipo de despesa gera um gasto que não há como comprovar aos órgãos competentes.

A Prefeitura de Iranduba informou que está orga-nizando todas as secre-tarias, com abertura de processos licitatórios para equipar as estruturas ad-

ministrativas. Com isso, a prefeita informou que vai manter o Executivo com as dez secretarias.

“Podemos buscar recur-sos no âmbito de três novas Secretarias, que são, as de Esporte, Cultura e a Secre-taria da Mulher. Essas têm fundos e podem trazer mais verbas para o município”, disse “Madá”.

Madalena de Jesus, disse, durante a leitura de mensa-gem anual do Executivo mu-nicipal que marcou a volta dos trabalhos legislativos da Câmara Municipal de Iranduba, na última terça-feira (16), que está tocando os trabalhos na prefeitura com a ajuda de empresários e microempresários locais.

Executivo registra “rombo” nas contasCORTES

A prefeita interina de Iranduba, Mada-lena de Jesus, dis-se que depois que assumiu a gestão do município cortou as ajudas de custo e benefícios para não onerar, ainda mais, o Executivo municipal

Informações sobre as contas do município foram repassadas durante a leitura da mensagem na reabertura dos trabalhos na Câmara

REPRESENTAÇÃO

PEC quer reduzir Congresso

Política A6

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Page 6: EM TEMPO - 21 de fevereiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016A6 PolíticaPolíticaProposta reduz número de parlamentares no CongressoPEC de autoria de Jorge Viana (PT-AC) propõe a diminuição no quantitativo de deputados federais e senadores por Estado

LUÍS

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SPEC quer reduzir número de parlamentares na Câmara de 513 para 385. No Senado, redução proposta é de 81 para 54 senadores, sendo eleitos dois em cada Estado da Federação

AUGUSTO COSTA

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 106/2015, apresen-tada pelo senador

Jorge Viana (PT-AC), que pro-põe a redução do número de deputados federais de 513 para 385, além de reduzir de 81 para 54 os senadores, não agradou os parlamentares do Amazonas. De acordo com a PEC, apresentada pelo sena-dor acreano em julho do ano passado, nem as dimensões continentais do país ou a complexidade da nossa so-ciedade justifi cam a eleição de tantos parlamentares por cada unidade da federação.

Na avaliação de Jorge Viana, o Brasil pode fazer essa mu-dança e cita como exemplo os Estados Unidos da América, país igualmente extenso, cujos Estados elegem apenas dois senadores cada um. O senador destacou a economia que a redução de parlamentares sig-nifi cará para os cofres públicos e observou que a iniciativa pre-servará o equilíbrio existente, atualmente, no Congresso. A proposta assegura os man-datos dos atuais deputados e senadores, ocupantes das vagas a serem extintas.

A senadora Vanessa Graz-ziotin (PCdoB) pediu cautela em relação a redução do nú-mero de deputados federais e senadores. Ela disse que a proposta de redução no número de parlamentares é uma medida que tem que ser analisada dentro de um pacote mais amplo e efetivo de ampliação da democracia.

“Não sou contrária, mas acho que ela, isoladamente, não tem a capacidade de resol-ver a distorção que temos no Congresso, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais. Temos que en-frentar a distorção que gera uma subrepresentação das mulheres, hoje somos 52% da população, mas apenas 10% dos parlamentares, e a distorção que o poder econô-mico gera nos parlamentos. O Brasil precisa e nós queremos uma verdadeira mudança, que amplie e democratize cada vez mais os espaços de poder”, afi rmou a senadora.

RepresentatividadeNa justifi cativa da PEC

106/2015, o senado Jorge Via-na disse que no Senado haverá a paridade entre os Estados e o Distrito Federal. Na Câma-ra, mantém-se o critério de

representação proporcional à população de cada unidade da Federação. Por isso, sem pre-juízo do caráter representativo do Congresso é que a proposta aumentaria a efi ciência do uso dos recursos públicos.

O texto vai à deliberação da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e altera os artigos 45 e 46 da Constituição para reduzir de 513 para 385 o número de deputados, estabelecendo que nenhuma unidade da fe-deração terá menos de seis ou mais de 53 deputados. Fica assegurada a irreduti-bilidade da atual represen-tação da Câmara.

Ao defi nir que cada estado e o Distrito Federal elegerão dois senadores, a proposta de-termina que a composição do Senado baixará de 81 para 54 integrantes. É mantido o man-

dato de oito anos, assim como a renovação da Casa pela metade, de quatro em quatro anos. Os senadores eleitos na última renovação de dois ter-ços do Senado, bem como os respectivos suplentes, terão seus mandatos assegurados.

Embora reconhecendo o papel do Congresso para a democracia representativa, com as diferentes ideologias representadas na Câmara e o equilíbrio da federação as-segurado pelo Senado, Jorge Viana considera sensato o en-xugamento das duas Casas.

Segundo ele, o número atual de deputados se deve à criação de novos Estados e ao aumento do número máximo de representantes por unidade da federação. Mas, no seu entender, esse crescimento não signifi cou melhora da representação.

A deputada federal Con-ceição Sampaio (PP) disse que até concordaria com a PEC 106/2015 desde que a redução do número de deputados federais fosse igualitária para todos os Estados da Federação in-dependente da população.

Ela relembrou que o Amazonas, mesmo com o crescimento populacional nos últimos anos, continua com apenas oito represen-tantes da Câmara Federal, quando deveria ter dez.

“Entendo que essa é uma discussão que a po-pulação deveria participar. Estamos vivendo uma cri-se política e econômica.

Mesmo votando, às vezes os eleitores não se sentem representados. Quando de-fi niram os 513 deputados, mesmo com o aumento da população, o Amazonas continua com os mesmos oito deputados até hoje. Deveríamos defi nir o nú-mero igual de deputados para todos os Estados. Se é para diminuir, para mim é justo que aconteça em todos os Estados. O Ama-zonas tem apenas oito re-presentantes contra 80 de São Paulo. Assim sempre levamos desvantagem nas votações”, disse.

O deputado federal Pau-derney Avelino (DEM) dis-

se que ainda não avaliou detalhadamente o texto da PEC proposta pelo se-nador Jorge Viana (PT-AC). Mas se mostrou contrá-rio a redução do número de parlamentares.

“Acho que deveríamos seguir um princípio para defi nir o número de repre-sentantes de cada Esta-do. Hoje, a representação do Amazonas está fora do parâmetro. O número de senadores que é igual para todos os Estados é que equilibra a votação. Acredito que essa PEC não será aprovada, isso é quase impossível de acontecer”, disse o deputado.

Deputados do AM são contrários

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016A7PolíticaPolítica

CláudioHumberto

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Cláudio Humberto

PODER SEM PUDOR

Com Ana paula Leitão e Teresa Barros

Não vou me pronunciar sobre esse assunto. Mas…”

JOSÉ EDUARDO CARDOZO �JUSTIÇA� antes de confirmar que a PF pode investigar o ‘affair’ de FHC Tapinha amigo

No início dos anos 90, em visita ao Brasil, Fidel Castro foi almoçar na casa de Lula, em São Bernardo (SP). Até provador foi destacado pela segurança cubana. D. Marisa compreendeu: todo o cuidado era pouco – afinal, a CIA ten-tava matar Fidel há décadas. Mas o comandante meteu o delicioso bife rolê inteiro na boca, e se engasgou com o palito que mantinha a carne enrolada. O homem ficou roxo, abriu os braços, pânico, até Lula aplicar um violento tapa nas suas costas, que o fez expelir o engasgo. Um alívio. Depois que o convidado foi embora, Lula comentou:

- Quase matei o Fidel, coisa que nem a CIA conseguiu...

Dilma isola Michel Temer de decisões do Planalto

IrritaçãoIrritou particularmente o Palácio

do Planalto a simpatia de Michel Temer pela candidatura de Hugo Motta (PB) à Liderança do PMDB.

CPMF, nãoEm sua mais recente conversa

com Dilma, Michel Temer divergiu da insistência na recriação da CPMF, avisando que isso não passará.

Ops, esqueciTemer foi excluído até do “Dia D”

contra o mosquito. Jaques Wagner (Casa Civil) só o avisou por telefone em cima da hora, de propósito.

Pássaro na mãoIgnorado pelo Planalto, Temer

aproveita para fazer campanha no PMDB. Retomou as viagens da “ca-ravana da unidade”.

Classe C devolve aos bancos o

carro tão sonhado É o fi m do sonho do primeiro auto-

móvel da “classe média emergente”, a conhecida por “classe C”. Muitos têm sido obrigados a devolver aos bancos o carro fi nanciado ou deixa-los parados. Além das prestações intermináveis, os compradores de carros na classe C já não suportam o custo do combustível. O governo reduziu o IPI para melhorar as vendas e agora sufoca o comprador com os preços da gasolina e do álcool.

EstagnaçãoO governo Dilma fez o Brasil

regredir 13 anos: a produção de automóveis, em janeiro de 2016, foi igual a de janeiro de 2003.

Ajudando amigosO objetivo do governo petista não

era viabilizar carro novo para a nova classe C, mas ajudar a indústria automobilística a aquecer as vendas.

A presidente Dilma Rousseff reservou ao vice-presidente Michel Temer o pão que o diabo amassou, excluindo-o das reuniões mais relevantes do governo e até de colegiados como a coordenação política, nos quais tem acesso em razão do cargo que ocupa ou da condição de presidente nacional do PMDB. Dilma mudou de atitude em relação a Michel desde a carta em que ele, na prática, rompeu com o governo.

Quem mandaDo fi nal do governo Lula à era Dil-

ma, as montadoras de automóveis foram benefi ciadas por 22 medidas, sobretudo de renúncia fi scal.

DesalentoA situação de Dilma está tão

deteriorada que a Presidência já reservou R$ 500 mil do orçamento para pagar pesquisas do Ibope, que apenas confi rmarão que a coisa está muito feia mesmo para o lado dela.

Fala, BornhausenO ex-presidente do DEM Jorge

Bornhausen (SC) sabe tudo sobre as supostas remessas de dinheiro para a jornalista Mirian Dutra, na Espanha, a pedido de FHC. Ele é muito ligado à empresa Brasif.

Transparência zeroJá lá se vão quase dois meses de

2016 e o Portal da Transparência não possui qualquer dado referente às transferências de recursos ou gastos diretos do governo liberados para o cidadão, que paga a conta.

Janela de transferênciaFoi dada a largada da temporada

de traição. O PMDB contabiliza a perda de cinco deputados federais na janela de transferências, que vai durar um mês. Três votaram em Hugo Motta para líder do PMDB.

Que coisa feia...A senadora Fátima Bezerra (PT

-RN) disparou telefonemas para convencer Dilma a não receber o

governador Robinson Faria (PSD). Dilma recusou, alegando tratar-se de “encontro institucional”.

Interesses diferentes“A agenda do governo não cor-

responde com a agenda de inte-resses da sociedade”, afi rma o presidente da CPI dos Fundos de Pensão, Efraim Filho (DEM-PB), sobre a prorrogação dos trabalhos da comissão.

Unindo os cacosLeonardo Picciani (RJ) busca uni-

dade para evitar traições, como novas listas para destituí-lo: “Na eleição passada, ganhei por um único voto e tivemos um ano tran-quilo”. Mas não conversou com Eduardo Cunha.

Moralização às avessasA Câmara fi nge “moralizar” a

farra das assinaturas de jornais e revistas, fazendo os deputados pagarem a despesa usando “cota parlamentar”. Dá no mesmo: a fonte pagadora é o bolso do contribuinte.

Pensando bem......de volta da cadeia, o

senador Delcídio do Amaral (PT-MS) tem todos os pré-requisitos para reassu-mir a lideran-ça do governo Dilma.

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016A8 PolíticaPolítica

EM TEMPO – O que é a Sicoob Uniam?

Asdrúbal Melo - É uma co-operativa de crédito que está fi liada ao Sistema Cooperati-vo Brasileiro e que começou como Unicred. Pertencíamos ao sistema Unicred e muda-mos para o Sicoob.

EM TEMPO – Por que mudou?

Asdrúbal – Para ofere-cer produtos e serviços demandados pelos nossos associados. Tínhamos cinco produtos fi nanceiros e com a mudança passamos a ter 119, além de ter um banco próprio. Passamos a oferecer aos nossos associados uma gama de serviços bancários que qualquer instituição fi -nanceira pode oferecer.

EM TEMPO – Quando a cooperativa nasceu no Amazonas e quem a criou?

Asdrúbal – Criei junto com um grupo de companheiros va-lorosos, 26 ao todo, em 1996. Já havia duas cooperativas de crédito funcionando no Brasil e começamos a estudar o modelo e criamos aqui.

EM TEMPO – O que ofe-rece hoje aos cooperados?

Asdrúbal – Qualquer tipo de serviço bancário. Financia-mento de equipamentos mé-dico, hospitalar, reforma de

consultório a um custo inferior ao do mercado convencional.

EM TEMPO – Quem pode ser cooperado?

Asdrúbal – Atualmente, nós recebemos liberação do Banco Central para sermos uma cooperativa de livre ad-missão. Portanto, nós pode-mos prospectar associados em qualquer segmento do mercado. Qualquer profis-sional pode ser, desde que seja liberado pelo conselho de administração.

EM TEMPO – Como faz para ter acesso à coope-rativa?

Asdrúbal – O profi ssional pode nos buscar, mas tam-bém buscamos nos segmentos quem nos interessa, como os médicos, os enfermeiros, os farmacêuticos, os dentistas, os engenheiros, professores universitários entre outros. Ainda temos um espaço para crescer dentro da área de saúde. Temos 1,7 mil pessoas físicas como associadas e só o universo médico é superior a cinco mil em Manaus. Todos segmentos da sociedade nós podemos captar associados.

EM TEMPO: E qual a di-ferença desse crédito da cooperativa para o crédito bancário?

Asdrúbal – Primeiro a faci-lidade porque o nosso crédito é desburocratizado. Segundo

Com um índice de inadimplência “aceitável”, abaixo dos 4% em 2015 e uma evolução expressiva que alcançou o campo dos milhões em resultados, nos últimos 20 anos, a Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados de Manaus (Sicoob Uniam) se prepara para manter a média de crescimento. Em entrevista ao EM TEMPO, o presidente da entidade, Asdrúbal Melo, avaliou que, após um ano de ensaio, a crise econômica se instará de fato no país neste ano. Ele apontou mais um salto na cooperativa de crédito, que tem todos os produtos e serviços da rede bancária convencional com taxas menores.

Asdrúbal Melo

porque estamos tratando com o dono, olhando no olho. Ter-ceiro, a nossa taxa de juros é muito inferior à taxa de juros do sistema bancário convencional.

EM TEMPO – E quanto é essa taxa de juros, hoje?

Asdrúbal – É superior a 50% e, em muitos casos, é de 100% dependendo do produto. Temos produtos que a diferen-ça é maior que 100%.

EM TEMPO – Como se deu a evolução da cooperativa?

Asdrúbal – Começamos sem nenhum recurso e de-pois tivemos uma instituição que colocou dois fundos lá que perfazia um total de R$ 160 mil. Começamos a fazer fi nanciamentos. Financiamos carros em duas vezes, três ou quatro até que chegamos a seis e, hoje, fi nanciamos qualquer bem em até 36 vezes. Temos hoje uma liquidez alta. Temos um valor de recursos disponível para ofertar produ-tos e serviços ao cooperado bem signifi cativo. No primeiro ano, começamos em novem-bro, nós tivemos R$ 3,6 mil de resultado já no fi nal de de-zembro. Hoje, nós temos mais de R$ 7 milhões de resultado ao fi nal do exercício de 2015.

EM TEMPO – Se compa-rarmos 2015 com os anos anteriores, como se deu essa evolução?

Asdrúbal – Foi o melhor resultado da história da co-

EMERSON QUARESMA

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operativa. Isso é resultado de uma gestão que vem se qualifi cando, certifi cando e se aprimorando ao longo do tem-po. Os nossos técnicos são o maior patrimônio que temos e os próprios diretores, todos têm pelo menos dois MBA em gestão fi nanceira.

EM TEMPO – E o ano de 2016 manterá o ritmo de crescimento do ano pas-sado?

Asdrúbal – As coopera-tivas oferecem um crédito facilitado e um custo muito menor. O sistema como um todo cresceu 51% em rela-ção ao ano anterior. Quan-do comparado ao sistema bancário, crescemos, no ano passado, nove vezes mais que a média de crescimento da rede bancária. O que vemos é que a crise econômica fi nan-ceira se instalará realmente no país. Ano passado foi só brincadeira. E onde um chora o outro vende lenço. Se tem difi culdade para uns, tem oportunidade para outros. Historicamente, as coopera-tivas de crédito são bastante procuradas nesse momento de crise fi nanceira. Este será muito difícil e, em 2017, também. Os pensadores da economia internacional ima-ginam que o Brasil começará a melhorar a partir do fi nal de 2017. Não vemos facilidade nenhuma, nem geração de emprego e renda no curto prazo. Isso leva a procura das cooperativas de crédito.

EM TEMPO – E como a cooperativa se comportará em ano eleitoral?

Asdrúbal – No sistema fi nanceiro convencional não é lugar de se fazer política. Temos por característica a longevidade e dentro do sis-tema cooperativo ela é de-sejável porque é símbolo de estabilidade, de segurança e de credibilidade. Você não vê um diretor ou uma direto-ria de banco ser substituída de uma hora para outra. O diretor quando sai da presi-dência de um banco vai para a presidência do conselho de administração. Não se despreza inteligência. Esse é o grande modo do negócio. Ele quer segurança. Ninguém deixa o seu dinheiro onde não tem segurança absoluta. Onde não tem transparência sobre os resultados e isso nós temos apresentados durante todos os anos.

EM TEMPO – Qual seria a vantagem desse novo produto?

Asdrúbal – A oportunidade para o funcionário público

federal, estadual ou muni-cipal de conseguir um apor-te fi nanceiro para atender as suas necessidades sem que ele precise colocar bens como garantia. Ele coloca parte da remuneração men-sal dele como garantia e isso fi ca consignado para a coo-perativa. A vantagem para a cooperativa é, como o nível de segurança é alto, o risco de prejuízo é muito pequeno e a cooperativa pode cobrar uma taxa muito baixa.

EM TEMPO – O que a cooperativa tem de novas tecnologias para facilitar o acesso às informações para os seus cooperados?

Asdrúbal – Nós temos o melhor mobile banking do Bra-sil aprovado e premiado pela Federação Brasileira de Ban-cos (Febraban). Nós estamos disputando com Bradesco, Banco do Brasil, toda a rede bancária convencional. Não tenha dúvida que é um grande destaque para nós estarmos eleitos como o melhor do país.

EM TEMPO – Quais os fi-nanciamentos de sucesso que a Sicoob Uniam tem em Manaus?

Asdrúbal – Temos partici-pado da vida do nosso asso-ciado empreendedor. Aque-les médicos que investem em saúde contam com apoio integral da cooperativa para fazerem os seus investimen-tos. Como exemplo, temos o hospital Sagrat Cor, no bairro Cachoeirinha, que contou com recursos da nossa cooperativa de crédito. Manaus ganhou um dos melhores hospitais, do mesmo nível – em escala menor – que o Sírio Libanês. Além do fi nanciamento dos diversos hospitais, clínicas e laboratórios, fi nanciamos também os cooperados da Unimed que queriam adquirir ações na empresa Unimed Participações S.A. Atendemos um número signifi cativo de cooperativos com uma taxa especial. Já fi nanciamos até mesmo a construção de um navio para um médico, que com o irmão vão operar uma linha Manaus/Belém.

EM TEMPO – A Sicoob Uniam já ajudou os coope-rados do Estado?

Asdrúbal – Neste momen-to de crise pela qual passa o Estado, chegamos no mês de outubro, nenhuma das em-presas e cooperativas que prestam serviço para toda a urgência do Amazonas, ti-nha de onde receber porque naquele momento o governo não pagou. Nós criamos uma linha para atender justamen-

te as cooperativas e empre-sas de saúde. Só desta forma os cooperados conseguiram receber outubro, novembro e dezembro. Nós emprestamos R$ 9 milhões para cobrir a folha de três empresas que nos procuraram.

EM TEMPO – Como avalia o resultado desse trabalho?

Asdrúbal – Ficamos felizes porque começamos do nada lá atrás e, hoje, podemos di-zer com orgulho que atende-mos uma parte da demanda importante da sociedade. O Amazonas tem muitas em-presas valoras como no Dis-trito Industrial, mas os seus recursos são exportados. Como cooperativa, todos os recursos que nós geramos ele fi ca em Manaus. Ao fi nal do exercício reunimos os donos das empresas e dividimos o lucro, que nós chamamos no sistema cooperativo de sobras, que são dívidas pro-porcionalmente as ações e atividades dele com a coope-rativa como saldo médio da conta corrente, saldo médio da conta capital, das opera-ções de crédito. Enfi m, tudo que ele pagou de juros para a cooperativa ele recebe cerca de 20% de devolução como sobras. Só nesse quesito, nos juros, ele recebe entre 20% e 22% de devolução. Quem mais movimenta conta na cooperativa é quem mais participa das sobras.

EM TEMPO – Qual o índice de inadimplência anual que a cooperativa enfrenta.

Asdrúbal – O índice de ina-dimplência desejável no siste-ma de cooperativa é sempre inferior a 4%. Nos piores mo-mentos, nós ultrapassamos um pouco esse índice, mas nós voltamos no mês passado, por exemplo, que foi 3,7%.

“A cooperativa de crédito é um caminho me-nos traumático para o desen-volvimento, com um custo muito menor e tão seguro quanto a rede bancária convencional, porque somos fiscalizados pelo Banco Central com pelo menos quatro audito-rias por ano”

As COOPERATIVAS DE CRÉDITO são procuradas NOS MOMENTOS DE CRISE

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[email protected], DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016

EconomiaB1

TERRA DA GENTE

Pirarucu é o rei dos rios da AmazôniaEconomia B4

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ULG

AÇÃO

Crise passa longe para o mercado de carro de luxo Concessionárias registram aumento nas vendas de veículos de alto padrão, apesar do momento instável no país

A crise tem passado longe do mercado de carros de luxo em Manaus. Consumido-

res com alto poder aquisitivo ignoram o momento instável do país e investem na compra de veículos, que até há pouco tempo era difícil de se en-contrar em circulação pelas ruas da capital amazonense.

Algumas concessioná-rias locais afi rmam que as vendas aumentaram quase 200% em janeiro deste ano na comparação com dezem-bro de 2015. De acordo com o diretor comercial da Marca Premium do Grupo Parvi, em Manaus, Ítalo Vasconcelos, 31, o principal motivo pela alta na procura pelas máqui-nas de luxo é a facilidade em encontrar peças de reposição para esses tipos de veículos.

“O cliente de marcas im-portadas, por exemplo, não tinha assistência técnica em Manaus. Então, o consumidor tinha medo de comprar. O cliente não se preocupa mais com peça de reposição, com revisão ou serviço, logo faci-lita com que ele possa optar por carros mais caros, porque ele vai ter toda a assistência necessária na concessioná-ria”, explica.

Segundo ele, somente em janeiro de 2016, 14 Merce-des, 12 BMW, seis Audi e cinco Land Rover foram vendidos em Manaus, o que indica que

Na concessionária Chrysler Manaus, o diretor comercial André Felipe, 34, informou que o nú-mero de vendas chegou a aumentar, aproximada-mente, 200% em janeiro deste ano, se comparado com dezembro de 2015.

“De dezembro para ja-neiro de 2016 crescemos 200%. Tivemos um au-mento grande da venda de importados como as marcas Dodge, RAM e Jeep Importado”, revela.

Ele explica que os núme-ros de carros vendidos não poderiam ser divulgados, em virtude de políticas internas do grupo.

A consultora de vendas Janaína Loiola, 26, que trabalha na concessio-nária Chrysler Manaus, desde a implantação da loja na cidade, no ano passado, informou que o número de consumi-dores na loja aumentou consideravelmente. “Os clientes já conhecem o que eles querem. Muitos

deles, inclusive, já tive-ram um modelo parecido. Eles procuram conforto, tecnologia e com a co-modidade raramente se preocupam com o preço”, revela a funcionária.

ConfortoContribuindo para o ín-

dice desse aumento, a advogada Veralice Telles, 46, explica sobre o inte-resse por carros impor-tados. Recentemente, ela comprou um Jeep impor-tado que custou, aproxi-madamente, R$ 289 mil.

“Eu resolvi comprá-lo, porque gosto de carros grandes e esse modelo me oferece conforto e segurança. Já tive experi-ência com um carro mo-delo Pajero Full. Conversei com meu esposo e ele também achou a ideia da compra interessante. Com a vinda de conces-sionárias para Manaus, a facilidade com relação a assistência também des-pertou anseios”, revela.

Crescimento chega a 200%

Na contramão do au-mento em vendas de importados em Ma-naus, levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabra-ve) mostra que houve queda de mais de 30% em janeiro de 2016 em relação ao mesmo mês de 2015 nas vendas de automóveis comerciais leves, caminhões, ôni-bus, motocicletas e im-plementos rodoviários em todo o país.

No âmbito nacional, no primeiro mês do ano, o resultado de vendas de automóveis e de comer-ciais leves importados pelas associadas da As-sociação Brasileira das Empresas Importado-ras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), foi de 3.672 mil unidades, queda de 45,3% em relação a ja-neiro do ano passado.

De acordo com a en-tidade, durante todo o ano de 2015, 59.975 mil veículos foram vendidos no país.

Procura por automóveis comerciais cai

a crise econômica não che-gou ao bolso do consumidor de alto padrão. “Estamos falando de uma classe que não foi muito afetada com a crise e, mesmo sendo afetada, o cliente continua querendo trocar de carro. É uma satisfação pessoal dele trocar de carro”, revela.

Outros fatores conside-rados relevantes para o

aumento das vendas do setor são a capacidade de fi nanciamentos com juros zero, o plano de re-compra e as melhores condições apresentadas por concessionárias.

O maior número de clien-tes que efetuam compras é, na maioria das vezes, se-gundo Vasconcelos, de pro-fi ssionais liberais, médicos

e empresários de sucesso.

PreferênciaOs modelos sedans das

alemãs BMW, Audi e Mer-cedes e carros das ingle-sas Jaguar e Land Rover estão entre os preferi-dos pelos consumidores manauenses, sendo as que apresentaram maior número de saída.

De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), o número de emplacamentos de carros em geral sofreu queda de 40,4% em janeiro de 2016 em comparação com o mes-mo mês do ano passado, po-rém a venda de automóveis de luxo não foi afetada pela crise atual no país.

Apesar de caros,

carros de luxo “caíram na

graça” do con-sumidor

Difíceis de serem encontrados em Manaus em um passado não tão distante, hoje é comum encontrar carros de luxo nas ruas da cidade

MAR

CIO

MEL

OLUIS HENRIQUE OLIVEIRA

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016B2 Economia

Apesar do nível dos rios estarem baixos, a estia-gem que prejudica o setor rural está próxima do fi m. Na semana passada, o rio Negro chegou a marcar 19,74 metros, quase qua-tro metros a menos que o mesmo período de 2015.

Para o engenheiro do por-to de Manaus, Valderino Pereira, a estiagem fora de época é momentânea, sem ter risco de uma grande seca. “Essa baixa no rio é apenas um momento rápi-do e atípico”, explica.

Para os trabalhado-res do porto do Cacau, na comunidade Cacau-Pirêra, em Iranduba, a

situação é preocupante.

PreocupaçãoSegundo o proprietário

de embarcações da Coo-perativa de Transportes de Passageiros Fluvial de Iranduba Manaus (Cotpa-fi m), Leonardo Medeiros, a estiagem preocupa os transportadores do porto do Cacau-Pirêra, que em 2015 tiveram prejuízos. “Estamos com medo do nível do rio fi car igual de outubro do ano passado, pois vamos ter que parar as viagens e prejudicar o transporte de alguns ali-mentos para a capital ama-zonense”, disse.

Marx Alexandre Corrêa Gabriel

é consultor de Empresas, diretor

da MB Consultoria e conselheiro de

Administração“Nas favelas, no Senado, sujeira para todo lado.... Nin-guém respeita a Constitui-ção...”, há quase trinta anos Renato Russo nos brindava com esta música. Logo de início se vê que mudamos pouco e o pouco que mudamos foi para pior.

Que país é esse, que as-sassina 52 mil brasileiros por ano , se tornando o campeão mundial de homicídios ? Que permite, que , em números ofi ciais, à cada 11 minutos uma mulher seja estuprada ? Digo números ofi ciais, por-que o Fórum Nacional de Segurança Pública, estima que a situação é muito pior, apontando apenas em um

ano (2014) o vergonhoso nú-mero de 136 mil à 476 mil estupros no Brasil. Que país esse que convive com isso de forma banal?

Que país é esse em que seu povo morre em fi las es-perando atendimento ? Que trata saúde pública como um “favor”, quando se é o mínimo que um país pode oferecer aos seus cidadãos ? Que país é esse em que quem trabalhou a vida toda, tem de fi car em corredores de hospitais im-plorando para ser atendido ? Que país é esse que insti-tucionaliza a escravatura em pleno século XXI, explorando de forma sórdida os médicos de outro país , aproveitando

da ditadura que os produz e os vende ? Que país é esse que por negligência e corrupção, produz pragas cada vez mais letais e não se envergonha de culpar um inseto ?

Que país é esse em que apenas 56 % dos seus jovens terminam o ensino médio até os 19 anos, idade conside-rada a adequada para este ciclo? Que país é esse em que apresenta ano após ano re-sultados medíocres em testes internacionais de aprendiza-gem? Que ainda tem milhares de analfabetos funcionais?

Que país é esse que conse-gue, com 13 anos de incom-petência e corrupção sistê-mica, gerar a pior situação

econômica em 100 anos ? Com infl ação de dois dígi-tos, PIB de negativo 4 % em 2014, projeção de queda de mais 3 % neste ano, com a perda de um milhão e meio de empregos em 2015 e com estimativa de mais 2 milhões de perda de postos de traba-lho neste ano ?

Que país é esse em que a política parece mais uma sé-rie de TV (The Waking Dead, Game of Trrones,Criminal Minds, Narcos, pode esco-lher !)? Que país é esse em que o presidente do senado e da câmara respondem à vários processos no Supremo Tribunal Federal sem serem afastados ? Que país é esse

em que um senador é preso por corrução e continua re-cebendo normalmente como se estivesse na tribuna ? Que país é esse, em que no meio de uma epidemia, exonera o seu ministro da saúde, para que ele volte à ser deputado por um dia, para votar nos interesses do governo ?

Que país é esse, em que uma única empresa pública, a Petrobras, gera o segundo maior escândalo de corrupção do mundo e o presidente da re-pública (atual e anterior) não sabia de nada? Que sociedade é essa que não se envergonha, não se indigna e que acovar-da, fi ngindo que também não sabe de nada......?

[email protected]

Marx Alexandre Corrêa Gabriel

“Que país é esse em que a política parece mais uma sé-rie de TV (“The Waking Dead”, “Game of Trrones”, “Cri-minal Minds”, “Narcos”, pode escolher!)?

Que país é esse ?

Para evitar sofrimentos com a estiagem que afeta, neste ano, a pro-dução rural do Amazo-

nas estuda realizar projetos de irrigação e, desta forma, impedir mais prejuízos com a perda de produtos. A solução está em fase de discussão.

Enquanto a medida não é aplicada, os municípios pro-dutores amargam perdas de frutos e hortaliças.

Conforme o diretor do Ins-tituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sus-tentável do Amazonas (Idam), Edmar Vizolli, o órgão debate com os produtores rurais para que os mesmos não sejam prejudicados com a estiagem. Segundo ele, é preciso buscar tecnologias para driblar as mudanças climáticas.

Vizolli diz ainda que a irri-gação está sendo estudada para, principalmente, suprir as necessidades em períodos de seca como a deste ano,

pois há uma grande preo-cupação com a fruticultura do Amazonas. “Para não ter prejuízos em produtos como laranja, maracujá e banana vamos apostar em projetos

de irrigação, pois assim não seremos mais surpreendidos como neste ano”, afi rma

Vizolli destaca que 90% dos plantios de hortaliças utilizam um sistema de irrigações, e a fruticultura só tem a ganhar.

“O problema é agravante para o setor de produção ru-ral, pois a queda na produção foi grande. Esperamos que as mudanças no clima não causem mudança na cultura, principalmente de feijão, arroz e milho, que têm datas certas para o plantio”, afi rma

Vizolli destaca que além da produção rural estar sendo comprometida, o alimento para o gado e a água potá-vel estão mais escassos nas comunidades. “A previsão não apontava para essa seca alar-mante, e com isso o pasto está comprometido”, observa.

Após traçar quais as regiões

serão as primeiras a receber o sistema de irrigação, os bancos serão procurados para a apresentação do orçamento para que a realização dos projetos seja cumprida.

ImprevistoO presidente da Federação

da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, classifi ca a estiagem como imprevista e ressalta que boa parte do setor rural sente os refl e-xos negativos, principalmen-te na Região Metropolita-na de Manaus e calha do rio Solimões.

“Os produtores rurais es-tão com difi culdades, princi-palmente os que produzem em terra fi rme, pois são os que têm graves perdas como na fruticultura, hortaliças e também a pecuária”, diz.

EXPECTATIVA

Segundo o presidente da Faea, Muni Lou-renço, a previsão é de que no mês de março a situação se normalize e, em abril, a produção volte ao normal, sem sofrer com os efeitos do fenômeno El Niño

ASAFE AUGUSTO

Baixa dos rios afeta negócios

Estiagem atípica verifi cada nesta época do ano prejudica a produção de alguns municípios do interior do Amazonas e, consequentemente, irá ter refl exos negativos no abastecimento de Manaus caso a seca se prolongue

ARQUIVO EM TEMPO

Novo sistema de irrigação para combater a estiagem Setor agropecuário discute a implantação de técnicas para irrigar o solo durante o período de seca, que ocorre todos os anos no Estado, gerando perdas aos produtores do AM

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[email protected], QUINTA�FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

C8

[email protected], QUINTA�FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

Mundo C8

Quando você tem a indústria que deixa de vender, ela naturalmente deixa de adquirir serviços ou bens de outras empresas e isso impacta diretamente em qualquer empresa

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016B4 Economia

PIRA

RUCU

Além de ter uma das carnes mais apreciadas pelo amazônida, a beleza do pirarucu nos rios e lagos, com sua cauda avermelhada e seu tronco brilhante, chama a atenção do turista regional e estrangeiro, todos interessados em conhecer o maior peixe de água doce do mundo

Rei dos rios da Amazônia

Ele surpreende pelo tamanho, pelo peso (já que pode pesar mais de 250 quilos) e pela força descomunal que faz para não

entrar na canoa. Enigmático e belo, o pirarucu é o peixe que mais causa encanto a quem não o conhece e também a quem julga conhecê-lo. O brilho das escamas do senhor dos rios da Amazônia em contato com a água dos rios da região torna a espécie ainda mais especial e apreciada pelo amazônida.

Surpreendente em características e em sabores, o pirarucu é ainda o maior peixe de água doce do planeta. Marcan-te e diferenciado, o pirarucu é apreciado não apenas na culinária regional, como também por sua desenvoltura como atração turística em Manaus e em municípios vizinhos à metrópole.

Na comunidade do igarapé do Ipixu-na, em Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) o autônomo Sidney Santos Coelho, 48, tem no peixe gigante o seu principal meio de geração de renda. Mas, ele não precisa abater o animal, ao contrário, é com a vida e as cores de dez pirarucus criados em tanque gaiola que há 3 anos ele faz a sua vida e da sua família.

No tanque, que ele montou dentro do fl utuante Bela Vista, localizado na região do Parque Ecológico do Janauari, os pirarucus são visitados todos os dias por turistas brasileiros e estrangeiros. A recepção é possível porque, há mais de 30 anos, o parque abriu suas portas para o roteiro turístico de empresas do setor.

“Trabalhamos com turismo há 20 anos e os guias que traziam os turistas para comprar nossos artesanatos sem-pre davam essa ideia de criar pirarucu. Até que um dia eu resolvi avançar e dei entrada num pedido de licença no Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam)”, conta.

O tanque ripa que fi ca instalado no centro do fl utuante recebe as águas do igarapé para simular o ambiente natural do peixe. Ele conta com uma mecânica artesanal que permite o criador subir a caixa - de 4 metros por 6 metros de dimensão -, próxima ao piso do fl utuante com a fi nalidade de facilitar a visua-lização dos pirarucus, seus tamanhos e suas cores. Para levantar o caixa, dependendo do volume de turistas que chegam nos grupos, o criador cobra de R$ 40 a R$ 60.

Além da oportunidade de ver de perto o maior peixe de água doce do mundo, os turistas que vão até o fl utuante Ipixuna podem experimen-tar uma pesca esportiva, sem anzóis, apenas com pescados menores, que custa R$ 10 por isca. “É uma sensação estranha. Ele é muito forte”, comenta a administradora Helen Noronha, 36, que experimentou a atividade.

O carinho de Sidney pelos seus pi-rarucus o fez dar nome a cada um deles. Ele explica que o que diferencia o macho da fêmea é a calda vermelha e chama a maior delas pelo nome de Joana. De acordo com o gerente de controle de pesca do Ipaam, engenheiro de pesca Gelson Batista no Amazonas a número de criadores de pirarucu em tanque rede/gaiola é muito pequena em relação à modalidade de tanque escavado. Para ele, o tanque escolhido por Sidney é mais interessante para manter o peixe vivo.

De acordo o engenheiro de pesca, a legislação que controle a exploração dos pirarucus é a lei estadual 34.100/2013. Nela está especifi cada a autorização para criação de pirarucu desde que o piscicultor tenha como comprovar a origem do peixe e que ele tenha sido adquirido em tamanho de alevino de outros criadores da região.

EMERSON QUARESMA

Gelson Batista, que também é mestre em pesca em água doce pelo Instituto nacional de pesquisa da Amazonas (Inpa) conta que, por conta da pesca predatória do pirarucu no Amazonas entre os anos 1970 e 1990, dois disposi-tivos federais foram criados para proibir a pesca do pirarucu em ambiente natural durante o ano inteiro. O primeiro é a instrução normativa no 34/2004, do Insti-tuto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que proíbe a pesca do

pirarucu no período reprodutivo de 1º a 31 de maio. O segundo é a instrução normativa número um da gerência do Ibama no Amazonas que proíbe, de 1º de junho a 30 de novembro, a pesca do peixe, tendo em vista que o período é reser-vado para o desenvolvimento do peixe. Mas, para garantir a criação por meio da piscicultura a norma abre 34 exceções, como a pesca de pirarucu em áreas de manejo ou provenientes de piscicultura devidamente regularizados.

Normas protetivas SA

IBA M

AIS

É a quantidade de pis-cicultores licenciados pelo Ipaam,

apenas na Região Metropolitana de Manaus (RMM), com a fi nalidade comercial. Além do pirarucu, eles

criam tambaqui e matrinxã, todos com grande poten-

cial comercial.

SAIBA MAIS

FOTOS: RICARDO OLIVEIRA E IONE MORENO

Curiosidade em relação ao pirarucu

é do turista, mas também é do ama-zonenses que quer conhecer sua terra

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016B5Economia

Startups debatem novos negócios no mercado localEmpreendedores transformaram Manaus em um dos principais pontos de encontro para discutir o futuro da atividade

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AÇÃO

Executivos, empreendedores, investidores anjos, programadores e interessados na cena startup se reunirão em Manaus para falar de negócios

Manaus entrou de vez no circuito das grandes capitais brasileiras de star-

tups. A expansão do setor tem sido tão satisfatória que a cidade virou palco de reuniões mensais para quem quer fa-lar de tendências na área de tecnologia e inovação.

Uma dessas iniciativas é a “Meetup Jaraqui Valley”, que chega a sua 17ª edi-ção no próximo dia 25 de fevereiro, quando represen-tantes de grandes empre-sas, universidades, governo, aceleradoras e investidores anjo se reunirão no Vila Food Park, no Adrianópolis, Zona Sul, para debater o futuro do segmento.

A ideia principal é criar rodadas de negócios para co-nectar startups e investidores no sentido de apresentar no-vos negócios e compartilhar experiências com os presen-tes. A comunidade de empre-endedores realiza a rodada de negócios qualifi cando como uma lista das mais interes-santes do país.

Para uma das criadoras do projeto, Clarissa Melo, em apenas 2 anos de criação da

“Meetup”, o encontro é um sucesso, pois faz parte da agenda dos principais even-tos de empreendedorismo e tecnologia de Manaus.

Segundo ela, negócios só começam a nascer quando as pessoas começam a se conhe-cer. Conforme Clarissa, um dos maiores ativos para um negócio é a rede de contatos do empreendedor. “É impor-tante que todos participem de eventos que ampliem seus contatos para conhecer e construir relacionamento com pessoas que podem aju-dar seu negócio, além de se aproximar do mercado”, diz.

Segundo ela, o evento é uma oportunidade para achar uma solução onde o aluno possa ser inserido tanto na universidade quanto no mer-cado de trabalho. “Ajudamos a desenvolver cinco melho-res projetos prestes a ser transformado em negócio”, conta Clarissa.

Palestras Nesta edição, o Meetup

contará com duas palestras de empreendedores da re-gião: a de André Tapajós, CEO da Tap4, e a da jornalista Loredana Kotinski, CEO da Press Comunicação.

LINDIVAN VILAÇA

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Paí[email protected]

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VÍRUS ZIKADIVULGAÇÃO

Rapidez O Brasil vai desen-volver um teste para detectar o vírus zika em bolsas de sangue para doação. O exame será se-melhante ao Teste de Ácido Nu-cleico (NAT, na sigla em inglês), utilizado para identificar HIV e hepatites B e C no sangue de potenciais doadores. A pesquisa produto será feita pela Fiocruz

A Justiça de São Paulo de-cidiu manter medidas prote-tivas, previstas na Lei Maria da Penha, a uma mulher mes-mo após o arquivamento do inquérito policial que inves-tigava agressões do compa-nheiro contra ela. As medidas protetivas incluem a proibição ao agressor de se aproximar a menos de 100 metros da vítima e afastamento do do-micílio. Segundo a defensora pública que requereu a con-

tinuidade da proteção, Thais Nader, as medidas são inde-pendentes de qualquer proce-dimento criminal, pois a lei não exige que haja criminalização do agressor para que a prote-ção seja mantida.

“O que conseguimos nesse caso foi separar a parte cri-minal da medida protetiva. Enquanto persistir a situação de risco à mulher, a medida será mantida”, disse. A deci-são em questão manteve as

medidas protetivas por 180 dias, determinando uma re-avaliação após esse período.

Na prática, segundo a de-fensoria, a Justiça aceitou a tese de que, em caso de com-provada violência doméstica e familiar, não é necessária, para a concessão e manu-tenção das medidas proteti-vas, a existência de boletim de ocorrência, representação criminal ou qualquer procedi-mento criminal.

O Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo denunciou cinco pessoas que estariam envolvidas em atos de cor-rupção que favoreceram a empresa Mondeo Comércio e Distribuidora em licitações de órgãos das Forças Ar-madas, entre 2007 e 2009. Sócios da empresa teriam pagado quase R$ 550 mil em propinas para participar ilegalmente de licitações.

Segundo o MPF, devem responder à ação penal as sócias da companhia, Cristina Aparecida dos Santos Fraga e Márcia Proença dos Reis, além dos agentes públicos militares Rui Carlos Victoria Baptista e José Alberto Silveira Ribei-ro e do ex-militar José Luiz Toledo Fernandes.

De acordo com denúncia da procuradora da República Thaméa Danelon Valiengo, a Mondeo foi ilegalmente be-nefi ciada em pelo menos 37 licitações feitas, no período, em todo o país. Embora ti-vesse grande porte, a com-panhia conseguia participar de concorrências reservadas exclusivamente a micros e

pequenas empresas, disse o órgão. A habilitação nos cer-tames era possível por meio do pagamento de propinas aos agentes públicos envolvidos, sendo dois deles diretamen-te ligados às atividades da própria fi rma.

José Luiz, militar da reserva, e Rui Carlos, militar vincula-do ao Centro Tecnológico do Exército no Rio de Janeiro, seriam os responsáveis por informar as sócias da Mondeo sobre as licitações em curso e providenciar a habilitação da empresa em algumas delas. Ambos teriam recebido, jun-tos, quase R$ 350 mil em van-tagens indevidas entre 2007 e 2009, em valores atualizados.

Segundo o MPF, José Luiz e Rui Carlos intermediaram também o pagamento de pro-pinas para José Alberto, mili-tar ligado ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção em Santarém, no Pará. Mediante o recebimento de R$ 197,5 mil (valores atuais), ele atuou para que a Mondeo pudesse parti-cipar indevidamente de uma série de pregões eletrônicos promovidos pela unidade onde

trabalhava e, após a vitória nos certames e a prestação dos serviços, José Alberto ain-da se responsabilizava pela autorização dos pagamentos à empresa, informou o Minis-tério Público.

As propinas eram pagas por meio de cheques emitidos pela Mondeo e depositados em contas dos destinatários e de seus familiares, apontaram as investigações.

Rui Carlos teria utilizado as contas da ex-esposa e de uma empresa de seu fi lho para receber as quantias, em oito transações cujos valo-res variavam de R$ 20 mil a R$ 31 mil.

José Alberto teria obtido as quantias com o uso dos nomes de sua esposa e sua sogra, em cinco depósitos com valores unitários de até R$ 29 mil. José Luiz teria recebido o suborno em nome próprio, em dois cheques de R$ 20 mil (total de R$ 62 mil, em valores atualizados).

O Exército e a empresa Mon-deo Comércio e Distribuidora não se manifestaram até o fe-chamento desta reportagem.

MULHERES

FORÇAS ARMADAS

Mantidas medidas de proteção

MPF faz denúncia em licitações

Brasif nega depósitos de FHC para Mirian Dutra“O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não teve participação nessa contratação”, afi rma empresa em nota

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ULG

AÇÃO

Suspeita de que FHC mandava dinheiro para o exterior usando a Brasif surgiu após entrevistas de Mirian Dutra

A empresa Brasif con-fi rmou ter contrata-do a jornalista Mirian Dutra Schmidt, em

2002, mas negou participa-ção do ex-presidente Fernan-do Henrique Cardoso (FHC) na contratação ou no depó-sito de dinheiro na conta da empresa para ser repassado a ela. Em nota divulgada sex-ta (19), a empresa negou as afi rmações de Mirian de que recebia dinheiro de FHC por meio da Brasif.

“A Eurotrade Ltd., platafor-ma logística internacional das operações da Brasif Duty Free Shop Ltda., contratou, em de-zembro de 2002, a jornalista Miriam Dutra para realizar pesquisas sobre os preços em lojas e free shops na Euro-pa. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não teve qualquer participação nessa contratação, tampouco fez qualquer depósito na Euro-trade ou em outra empresa da Brasif”.

A empresa também disse

que a contratação de Mirian foi uma indicação de Fernando Lemos, cunhado da jornalista. A nota informa que a Brasif Duty Free Shop e a Eurotrade Ltd foram vendidas em 2006. A suspeita de que FHC man-dava dinheiro para o exterior usando a Brasif surgiu após entrevistas de Mirian para a imprensa brasileira em que dá detalhes sobre o relacio-namento com o ex-presidente e repasses de dinheiro recebi-dos no exterior.

Em entrevista à revista BrazilcomZ deste mês, Mi-rian confi rmou que teve um relacionamento com Fernan-do Henrique Cardoso antes de ele tornar presidente da República, durante parte dos anos 1980 e início da década de 1990, e afi rmou que seu fi lho, Tomás Dutra Schmidt, hoje com 23 anos, é fi lho de FHC. Mirian disse ainda que o ex-presidente usou uma empresa para enviar dinheiro para o fi lho no exterior.

À Folha de São Paulo, a

jornalista disse que a primei-ra transferência foi feita por meio de um contrato fi ctício de trabalho, no fi m de 2002. O documento, obtido pelo jornal, mostra que a contratante é a Eurotrade, com sede nas Ilhas Cayman. A empresa era subsidiária do grupo Brasif que, na época, monopolizava a exploração de free shops, serviço administrado pelo go-verno federal.

Apesar de ter dado dinheiro a Tomás, Mirian disse que FHC nunca assumiu a paternidade do rapaz. Perguntada sobre o motivo de só ter trazido os fatos à tona agora, a jorna-lista disse que “está na hora das pessoas começarem a saber a verdade”.

PF pode investigar o casoO ministro da Justiça, José

Eduardo Cardozo, não des-cartou uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre o suposto uso da empresa pro FHC para enviar dinheiro para Mirian Dutra.

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016

ENERGIADIVULGAÇÃO

Sustentável O Japão vai tri-plicar a capacidade de produção de energia eólica até 2020, segundo estimativa publicada sexta (19) pelo diário económico Nikkei, com base nos planos de investimentos das principais em-presas do setor. O investimento será de 60 bilhões de ienes (478 milhões de euros)

Estado com grande comunidade latina será palco da terceira prévia do partido para escolher quem será o candidato democrata na disputa pela Casa Branca

Democratas buscam voto dos latinos em Nevada

Após Iowa e New Hamp-shire, será a terceira prévia do partido para escolher quem será o

candidato democrata na dis-puta pela Casa Branca.

Em evento de campanha na cidade de Elko, nesta sexta-feira (19), o senador por Ver-mont Bernie Sanders afi rmou que sua campanha “está aqui para ganhar” e que pretende atrair um um grande número de eleitores à disputa.

Os republicanos predomi-nam em Elko, onde há me-nos de 4.000 eleitores demo-cratas registrados. Sanders pediu a seus apoiantes que “mostrem ao mundo que a democracia está viva e bem, aqui em Nevada”.

Centenas de apoiadores acudiram a seu ato de cam-panha, sinal de sucesso em sua estratégia de obter mais apoio no Estado para ten-tar compensar a força que Hillary Clinton têm em torno de Las Vegas, maior cidade do Estado.

Realizada entre os dias 15 e 17 com 429 eleitores de-

DONALD TRUMP

Discurso extremista conquista adeptos

O desejo de ver um con-servador na Casa Branca, após 7 anos frustrada com a presidência do liberal Barack Obama, tirou Eli-zabeth Kilmarton de sua pacata vida de dona de casa em Columbia, na Carolina do Sul.

Há três meses, ela se engajou na campanha do senador ultraconservador Ted Cruz, o político mais à direita entre pré-candida-tos republicanos.

“Cansei de apoiar candi-datos que repetem velhos discursos e não apontam uma direção clara para o país. Precisamos de uma eleição de extremos, para a América voltar a ser o que era”, diz Elizabeth, se-gurando um cartaz de Cruz num cruzamento de Co-lumbia ao lado do marido e duas amigas.

Elizabeth não está sozi-nha entre os eleitores da Carolina do Sul, tradicional bastião do conservadoris-mo. Neste sábado, o Estado será a terceira escala das prévias do Partido Repu-blicano para a escolha de seu candidato nas eleições presidenciais de novembro

e os mais radicais estão na frente, segundo as pesqui-sas: em primeiro, o mag-nata Donald Trump, segui-do de Ted Cruz, senador pelo Texas.

O teor extremista da cam-panha Trump se concentra nas promessas para conter a imigração e reforçar a se-gurança doméstica, como a construção de um muro na fronteira com o México, a deportação de todos os 11 milhões de estrangeiros e o veto à entrada de muçulma-nos no país.

Para observadores políti-cos da Carolina do Sul, as pesquisas mostram que o Estado reforça uma ten-dência favorável a Trump: quanto mais é atacado, mais ganha simpatizantes, numa campanha pautada pela insatisfação contra o poder estabelecido e pelo sucesso dos “outsiders”, políticos desvinculados da cúpula do partido.

Enquanto isso, Cruz apela à intransigente defesa dos “valores cristãos” para con-quistar os corações dos re-publicanos do Estado, onde seis em cada dez pessoas se declaram evangélicos.

Hillary Clinton aposta no voto de negros e latinos para ser a indicada dos republicanos à disputa da Casa Branca

DIVULGAÇÃO

mocratas, a enquete mostra Sanders com 47% das inten-ções de voto, enquanto Hillary atinge 44%

Voto latinoNevada será um campo de

disputa democrata pelo voto latino. Contando com 17,3% dos latinos aptos a votarem no país, o Estado é um dos três onde o voto latino tem mais peso.

Na Flórida, 18% dos elei-tores são latinos. O terceiro Estado é o Colorado, com 15%. Nevada é também um dos Estados mais indecisos em relação à eleição presidencial.

Segundo a Associação Na-cional de Funcionários Públi-cos Latinos Eleitos (Naleo), cerca de 200 mil latinos parti-ciparão do caucus de Nevada, o primeiro em que poderão ter um papel decisivo.

Hillary Clinton, que aposta no voto de negros e lati-nos para ser a indicada dos republicanos à Casa Branca, trabalha em Nevada desde abril de 2015 para repetir a vitória que obteve em 2008 no Estado contra o então senador Barack Obama.

O senador Sanders apos-ta também neste segmento. Cerca de 44% do eleitorado hispânico tem entre 18 e 35.

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[email protected], DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016

Dia a [email protected], DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016

Abrigo para animais pode não sair do papelFalta de recursos, devido a crise econômica, segundo o Legislativo municipal, pode não contemplar indicação de vereador

A implantação de um abri-go municipal para ani-mais, conforme prevê a indicação 028/2015,

de autoria do vereador Everaldo Farias (PV) à Prefeitura Munici-pal de Manaus (PMM), deve es-barrar na falta de recursos para a sua implantação, de acordo com informações do Legislati-vo municipal. O corte na verba destinada às políticas públicas do município, devido à crise econômica, pode inviabilizar o sonho de anos de algumas Orga-nizações Não Governamentais (ONGs), dedicadas à luta contra o abandono de animais do-mésticos nas ruas. Conforme o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), até o ano passado, havia em Manaus aproximadamente 80 mil animais abandonados.

A indicação foi aprovada pela mesa diretora da Câmara Muni-cipal de Manaus (CMM), no ano passado, e enviada para a apre-ciação do prefeito Arthur Neto (PSDB). A referida indicação, de acordo com informações da Se-cretaria Municipal de Comuni-cação (Semcom), será analisada pela Prefeitura para a efetiva implantação, pois a obra precisa entrar no orçamento da máqui-na pública, para que o abrigo seja construído. Entretanto, diante da queda da arrecada-ção, a indicação 028/2015 pode ser vetada de forma imediata. O órgão ressalta que todos os projetos para animais são vistos com bons olhos, e a prefeitura já implantou dois centros móveis de castração e chipagem de animais e faz o possível para contemplar as demandas. Mas, com a redução no orçamento, neste momento, o projeto pode ser inviável.

PrioridadesPara a coordenadora da ONG

Proteção, Adoção e Tratamento Animal (Pata), Joana Darc Cor-deiro, a iniciativa do vereador em criar um lar é louvável, mas deve ser analisada com caute-la, para que futuramente, os

próprios animais não venham a sofrer com maus-tratos, em virtude da falta de recursos. Ela destaca que, primeiramen-te, as políticas públicas bási-cas devem ser colocadas como prioridade.

“Lógico que é um projeto bom, mas o que nos preocupa é como será feita a manutenção desse abrigo, uma vez que o município não vem investindo nas ações que requer menos recursos. Na minha opinião, deve ser dado um passo de cada vez, para que os animais não sejam depositados em um ambiente defi ciente. É um avanço? Com certeza, mas outras atividades podem ser feitas antes da implantação do lar para controlar a população animal”, avalia.

Joana ressalta também que

a criação de um abrigo público para animais pode ocasionar ainda o aumento de abandono. Segundo ela, este é um assunto complicado que não pode ser resolvido somente pelos pode-res públicos.

“A hora é de investir na castra-ção dos animais para controlar a população. Não basta pensar com o coração. Neste momento precisamos agir com a razão. Um abrigo pode gerar tantos resultados positivos como ne-gativos. As pessoas podem usar esse lar como uma ferramenta para o incentivo ao abandono, isso não seria confortável para nós que lutamos por melhor qualidade de vida para os nos-sos animais. Precisamos rever a política pública que não está sendo efi caz”, pontua.

ATRIBUIÇÃO

Atualmente, o CCZ é o único órgão pú-blico que possui a atribuição de retirar animais das ruas, em Manaus. A ação é voltada principal-mente àqueles com doenças de transmis-são vetorial

“Manaus é a maior cidade da Região Norte, porém com pouquíssimas políticas públi-cas voltadas aos animais. É necessário que nós tenha-mos um abrigo municipal, para que possa receber esses animais. Se houver criati-vidade e força de vontade, esse projeto importante para a cidade dará certo. Espera-mos que até o próximo mês a prefeitura apresente seu parecer”, informa o verea-dor Everaldo Farias, autor da proposta.

Segundo ele, o projeto tem como fi nalidade recolher cen-tenas de animais de diversas espécies, abandonados pelas ruas da capital e desafogar a demanda do CCZ. Ele tam-

bém destaca que a proposta pretende diminuir os riscos de transmissão de doenças.

A ideia, explica o parlamen-tar surgiu logo após o início do seu mandato em 2013, ao perceber que as políti-cas públicas voltadas para os animais em Manaus, são muito pequenas, mediante ao grande volume de animais abandonados nas ruas.

Para Farias, Manaus pre-cisa de um abrigo municipal que possa criar um sistema de acolhimento dos animais que estão abandonados pe-las feiras e em outros locais. Um dos objetivos do projeto é recolher e tornar os animais saudáveis para a adoção. “Ao chegar no abrigo, o animal

terá todo o atendimento necessário. O trabalho será feito desde a triagem, vaci-nação, castração até a lim-peza. Não queremos criar um deposito de bicho, queremos torná-los saudáveis para que a sociedade os adote”, ob-serva.

Questionado sobre a posi-ção da prefeitura, o vereador diz acreditar que o projeto não sofrerá as consequên-cias da crise econômica, esbarrando no corte de ver-bas. Segundo Everaldo, os recursos voltados para aten-dimento animal estão pre-vistos no orçamento federal, não apresentando qualquer despesa para o município. “O que toca o município seria

apenas o local apropriado e os profi ssionais que já são concursados e estão no qua-dro da Secretaria de Saúde. Quanto à manutenção, exis-tem várias maneiras de via-bilizar o projeto. Uma delas seria os convênios fi rmados com faculdades, uma vez que os universitários de medicina veterinária precisam de está-gio, e este setor em Manaus, ainda sofre com a defi ciência de vagas”.

O vereador ressalta que antes de apresentar a pro-posta, debateu o assunto com diversos representantes de ONGs atuantes na causa, para defi nir qual a melhor forma de tratamento aos animais recolhidos nas ruas.

Parcerias contribuem com projeto

As políticas públicas voltadas para animais em Manaus, ainda são muito pequenas, mediante ao grande volume abandonado nas ruas

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GERSON FREITAS

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Page 18: EM TEMPO - 21 de fevereiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016C2 Dia a diaExame pré-nupcial tem procura tímida em ManausApesar de não ser obrigatório, testes podem diagnosticar infecções, DSTs, incompatibilidade sanguínea, entre outros

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Realizado semanas antes do casamento, exame pode revelar uma série de complicações que podem comprometer a vida do casal no futuro

Casados e de papel pas-sado, literalmente. De preferência, antes de declarar o sim no altar,

os casais estão buscando com mais frequência realizar o exa-me pré-nupcial, que não é obri-gatório. Em Manaus, um único laboratório realiza entre 25 a 30 testes, em média, por mês. O exame detecta infecções, incompatibilidade sanguínea, infertilidade e Doenças Sexu-almente Transmissíveis (DSTs).

“Embora a maioria dos ca-sais já tenha uma vida sexual ativa, alguns exames feitos an-tes do casamento, o chamado pré-nupcial, podem avaliar a saúde tanto do homem quan-to da mulher, preparando-os e sanando dúvidas a respeito de fertilidade, incompatibilida-de sanguínea, doenças e até disfunções, garantindo a vida saudável do casal futuramen-te”, explica a bioquímica Hellen Karolyne Correia de Toledo, do Laboratório Sabin.

A médica lembra que a união é algo muito importante ao casal, por isso é essencial saber se a saúde está perfei-ta. Hellen Karolyne diz que o exame pré-nupcial é simples, a partir da coleta de sangue e urina e também vale para os casais homoafetivos. “Qual-quer casal pode realizar esse exame, sem necessariamente estar de casamento marcado.

O resultado é rápido e sai em três dias”, informa.

Nos homens, o exame é fei-to com o sangue e identifi ca doenças como hepatite B e C, Aids e sífi lis. Também é feita a tipagem sanguínea, hemogra-ma completo e glicemia. Exa-mes de fezes e urina ajudam a diagnosticar a disfunção renal. “Há ainda o espermograma, que é fundamental para verifi car a fertilidade masculina. É possível iniciar um tratamento precoce, garantindo assim uma gravidez saudável e planejada para o futuro”, comenta.

Já a toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus, que são doen-ças extremamente prejudiciais se contraídos durante a gesta-ção, podem ser diagnosticadas no pré-nupcial das mulheres. “O exame de sedimento urinário também é solicitado para diag-nosticar possíveis cistites, além de uma avaliação ginecológi-ca, incluindo o histórico clínico das pacientes para diagnosticar possíveis fatores de risco no caso de uma gestação, como hipertensão arterial, problemas de tireoide e diabetes”, esclare-ce a bioquímica.

SegurançaA universitária Bruna Souza

dos Santos Amaral, 24, realizou o exame dois meses antes de casar. Ela considera o teste importante, porque trouxe segu-

TRABALHO INFANTIL

Nos próximos dias 3 e 4 de março, órgãos da esfera trabalhista realizarão, em Manaus, o “Seminário Ama-zônico: Enfrentamento ao Trabalho Infantil e Incentivo à Aprendizagem”. O evento é uma iniciativa do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11), do Ministé-rio Público do Trabalho da 11ª Região (MPT11) e da Su-perintendência Regional do Trabalho e Previdência So-cial no Amazonas (SRTE-AM), com o objetivo de sensibilizar a sociedade amazonense so-bre as mazelas do trabalho infantil e a importância de se incentivar a inserção do jo-vem no mercado de trabalho.

O evento será voltado para operadores do Direi-to, estudantes, conselheiros tutelares e profi ssionais que atuam na rede de proteção

à criança e ao adolescente e contará com palestrantes de todo o Brasil, dentre eles, a ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e coordenadora nacional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho, Kátia Maga-lhães Arruda e o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury.

Também estão previstos para palestrar no evento o desembargador do TRT da 9ª Região), Ricardo Tadeu Mar-ques Fonseca; o desembar-gador Audaliphal Hildebran-do da Silva, Gestor Regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil no TRT11; a Procuradora do Trabalho da PRT 2ª Região, Elisiane dos Santos, Coordenadora Nacional da Coordinfância; o Coordenador da Comissão

Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil do Ministé-rio do Trabalho e Previdência Social, Leonardo Soares; e a Secretária Executiva do Fó-rum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, Isa Maria de Oliveira.

InscriçõesOs interessados em par-

ticipar do evento podem se inscrever pelo hotsite programaaprendizagem.trt11.jus.br e pelo aplicativo “APPrendizagem”, que já está disponível para dispositivos que usam o sistemas Android. Em breve, estará disponível também para o sistema iOs. Os inscritos no evento, de-verão levar no primeiro dia do seminário, 3 de março, um quilo de leite, que será revertido a instituições be-nefi centes.

Seminário abordará irregularidade

Evento pretende sensibilizar a sociedade local sobre as mazelas oriundas do trabalho infantil

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rança na relação com o, agora, marido. “Aos 19 anos, eu parti-cipei de um curso para noivos em uma igreja evangélica e fui orientada a fazer o exame pré-nupcial”, informa. “Fiz exame de sangue, de urina e, por último, o preventivo, o que foi novida-de para mim. A ginecologista que me acompanhou durante o processo me receitou uma pílula contraceptiva e fez orientações acerca dos cuidados diários. Eu

recomendo às noivas terem esse acompanhamento antes do casamento”, aconselha.

Entre as mulheres que ainda não tiveram relações sexuais, esse tipo de exame é funda-mental pois, além da avaliação história clínica, a futura esposa poderá tirar qualquer dúvida a respeito da relação sexual, ga-rantindo assim tranquilidade na noite de núpcias. “O ideal é fazer os exames pré-nupciais quatro

meses antes do casamento, pois caso sejam diagnosticadas in-fecções virais ou bacterianas é possível tratá-las a tempo. Em Manaus, esse tipo de exame não é muito divulgado como nas re-giões Sudeste e Centro-Oeste, é de fundamental importância para a vida saudável do casal”, destaca Hellen Karolyne.

Quem também resolveu re-alizar o exame antes de casar foi a assistente administrativa

Paula Ferreira, 35. Ela conta que foi orientada a fazer o exame pré-nupcial durante o curso de noivos de sua igreja. “Eu não sabia da importância do exame e nem que o mesmo existia. Eu fi z junto com o meu marido e o resultado não demorou muito. Foi bom porque eu me senti mais segura e ele também. Fizemos a coisa certa e eu indico o exame àqueles que pretendem seguir uma vida a dois”, comenta.

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Page 19: EM TEMPO - 21 de fevereiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016C3Dia a dia

Parintins (AM) – A pri-são de pessoas ligadas à facção criminosa Fa-mília do Norte (FDN),

que atua em Manaus e em municípios como Parintins (distante 369 quilômetros da capital), indica claramente que o crime organizado está migrando para o interior. Um dos primeiros sinais dessa migração foram as pichações em 2015, em alguns bairros da cidade, das iniciais da facção FDN.

O sargento Paulo (nome fi ctício), que atua no Servi-ço de Inteligência da Polícia Militar em Parintins, revelou à equipe de reportagem do EM TEMPO que a sigla em determinados locais da cida-de tem por objetivo marcar território. “Nós, da Inteligên-cia, detectamos que quando as pichações com a sigla da Família do Norte apareceram na cidade, ali se confi gurou

a chegada desse segmento do crime organizado para o baixo-Amazonas. As picha-ções indicavam que naquele determinado bairro as bocas de fumo eram controladas por pessoas ligadas à Família do Norte”, informa.

O militar, que fez um le-vantamento completo dessa nova realidade do crime em Parintins, explica que a in-fl uência do crime de Manaus no interior rompeu um pacto de amizade que havia entre os trafi cantes menores. “Até então eles conviviam harmo-niosamente, chegavam até a dividir a droga, por exemplo, acabava a maconha numa boca o dono mandava em-presar tantas gramas de outra boca até chegar a sua, hoje essa realidade mudou”.

Segundo Paulo, hoje os tra-fi cantes passaram a disputar pontos de venda e a receber coordenadas dos fornecedo-res. “Ou seja, eles deixaram de ser os donos da boca para

trabalhar em sociedade com os grandes trafi cantes de Ma-naus, obedecendo a mesma regra da capital, entre essas a de que a dívida se paga com dinheiro ou com a vida”.

Para ele, a possibilidade de outra organização da capital se instalar em Parintins não existe. “Apenas um trafi cante não entrou nesse novo es-quema e terminou expulso há cerca de 1 ano, ele era o único ligado ao Primeiro Comando da Capital, o PCC”, destaca o sargento.

O militar também confi rmou que a polícia está investigando a entrada de armas de grosso calibre em Parintins, entre elas uma metralhadora e um fuzil.

ViolênciaDepois das pichações, a polí-

cia começou a registrar homi-cídios resultantes da cobrança de dívidas com as bocas de fumo da cidade. No Carnaval de 2014, Daniel Lisboa, 28 anos, foi a primeira vítima da

nova lei do tráfi co em Parintins imposta pelos trafi cantes da capital. Ele devia dinheiro a uma boca de fumo no bairro de São Francisco, Zona Oeste da cidade, e foi executado com um tiro na nuca.

No dia 2 de novembro de 2015, uma guarnição da Polícia Militar sob comando do tenente Aluísio Cerdeira invadiu uma boca de fumo no bairro de Palmares, Zona Leste da cidade, e durante a operação um adolescente revelou que Deivid Pereira estava em Parintins para cobrar os trafi cantes que à época deviam a FDN. Ele foi preso num motel da cidade e recambiado para Manaus. Na saída de uma audiência, no fórum Vidal Pessoa, Deivid jurou de morte o sargento PM Fernando Júnior, morto duas semanas após ter escoltado Deivid até Manaus. A polícia ainda investiga o caso.

Segundo o sargento Paulo, esses ataques de pistolagem

na cidade indicam que há uma disputa interna por pontos de droga. “Isso começou depois da prisão do Deivid, inclusive, começaram a chegar armas de fogo, de grosso calibre”.

Na madrugada do último dia 7, Adriano Muniz da Costa, 28, foi preso em Parintins. Ele é um dos participantes do assas-sinato do vigia Elias Amorim, ocorrido durante um assalto, dois dias antes em Manaus. A vítima teve a arma e o colete roubados.

Escondido com o apoio de trafi cantes, Adriano foi preso no porto da cidade, no mo-mento em que aguardava a chegada da família, vinda da capital. Para se ter uma ideia da organização dos crimino-sos, Adriano chegou ao porto da cidade no dia 7, protegido por um esquema de olheiros, segundo a polícia.

Para complicar ainda mais a situação, a população se ressente da falta de estrutura para as delegacias de Parin-

tins. Apenas dez investigado-res trabalham na cidade. Na PM a situação não é melhor. O número de policiais é reduzido porque o Batalhão de Parin-tins atende os municípios de Nhamundá, Barreirinha e Boa Vista do Ramos.

AçõesO delegado adjunto de

Parintins, Reinaldo Figueira, reconhece que o crime está migrando para o interior. Ele faz uma comparação com o que aconteceu no estado do Rio de Janeiro. “Foi mais ou menos assim, quando o gover-no instalou as UPPs (Unidades Pacifi cadoras), a bandidagem migrou para as cidades de maior porte do estado. Em Manaus em razão do sufo-camento de alguns pontos do tráfi co, com o trabalho feito pelas polícias Civil e Militar, houve, sim, a transferência de alguns segmentos do crime para o interior e nosso caso, Parintins”.

Crime organizado começa a migrar para o interior Prisão de cobrador da FDN e apreensão de armas de grosso calibre em Parintins revelam poder de organização

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Apontado como cobrador da FDN, Deivid Pereira foi preso em novembro do ano passado e transferido para Manaus. Adriano Muniz tentou se esconder em Parintins, com o apoio de trafi cantes, mas acabou preso

TADEU DE SOUZA

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Page 20: EM TEMPO - 21 de fevereiro de 2016

C4 Dia a dia C5MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016

Seca castigacomunidade em

Presidente Figueiredo

Baixo nível do rio isola moradores de comunidades, obrigados a se deslocar por horas em um percurso antes realizado em poucos minutos

THIAGO FERNANDO

Quando pensamos em Presidente Figueire-do, município loca-lizado a 107 quilô-

metros ao norte de Manaus, rapidamente lembramos de suas inúmeras cachoeiras e a vastidão de fl oresta preserva-da. Terra do cupuaçu, a cidade é uma das opções preferidas dos manauenses e demais turistas, que se deslocam até a cidade em busca de lazer e descanso em seus balneários. Banhado pelo rio Uatumã, o município ilustra bem o que o escritor Leandro Tocantins escreveu no livro “O rio comanda a vida”, ao relatar que o caboclo da região depende das águas do Amazo-nas para sobreviver. Todavia, nem o mais pessimista dos moradores desta terra poderia imaginar que vários quilôme-tros de rio virariam um dia cenário de devastação. Devido à grande seca que atinge a terra das cachoeiras, muitas áreas secaram, inclusive uma parte da bacia de Balbina. Sofrendo com a baixa do nível do rio Amazonas, deixando algumas comunidades isoladas e os mo-radores encontrando difi culda-des para conseguir comprar os mantimentos básicos para se manter.

Localizada no quilômetro 165 da BR-174 (Manaus – Boa Vista), a comunidade Boa União vive um momento crítico. Na localidade, mais de 5 mil famí-lias que vivem no ramal Rumo Certo sofrem com a seca que isolou o lugar. Um exemplo do sofrimento enfrentado pelos moradores é o canoeiro Re-ginaldo de Lima, 39. Além de fi car sem seu principal meio de sustento, Reginaldo ainda perdeu toda a plantação que tinha em seu sítio. Ele explica que normalmente leva, aproxi-madamente, 45 minutos para ir de sua casa, localizada em uma das ilhas próximas, até o porto da comunidade. Porém, com a seca do rio, agora ele gasta mais de seis horas para fazer o trajeto.

“Estamos passando por isso há oito meses. São duas secas seguidas na região. Não está chovendo e o pessoal ainda está abrindo as comportas da hidrelétrica de Balbina. Aí complica mais para a gente. A difi culdade está imensa. Quem trabalha com agricultura está ferrado (Sic). Está a zero. Tinha produção de banana e acabou. Não tem como cuidar da terra. Não tenho como transportar. Acabou tudo”, desabafa o ca-noeiro, que vive com a mulher e três fi lhos no lugar.

Na última quarta-feira, a equipe do EM TEMPO acom-panhou a jornada do canoeiro, que, acompanhado do fi lho Pe-dro Henrique, 9, e do sobrinho Daniel, 11, enfrentou o fi lete de água que se transformou o rio Uatumã, em um trecho da lagoa de Balbina, para comprar gêneros alimentícios. Durante o percurso foi possível observar um “cemitério” de embarca-ções revelado pela seca, e os inúmeros troncos de árvores, outrora submersos, e que agora ilustram um cenário de deses-perança.

Reginaldo informa que as

crianças deixaram de frequen-tar as aulas por causa da seca. Segundo o morador, sem água não é possível fazer muitas coi-sas na região. “Temos que com-prar de três em três meses os suprimentos para sobreviver. Damos nosso jeito para conse-guir dinheiro, porque perdemos nosso ganha-pão. Tem parte da viagem que desço para puxar a canoa. As crianças do lago não vão estudar. Se não tem água, não tem como trazer. Algumas famílias conseguiram sair das casas e mudar para a sede de Presidente Figueiredo. Porém, quem não tem condições, fi cou e está sofrendo. Sou um des-ses”, lamenta o canoeiro, que garante não ter recebido ajuda da prefeitura até o momento.

“Ainda não temos suporte da prefeitura. Eles fi zeram promessas, mas está faltando água até para tomar banho. Sorte que temos poço. Porém, o rio está secando e daqui a pouco não temos mais. A cria-ção de ovelha está morrendo. Não tem condição. Está tudo abandonado. Isso não é garra, não é força, não é coragem, é necessidade”, avalia Reginaldo.

AbandonoOutras comunidades como

Nova Floresta, Balbina, Jardim Floresta e Nova Jerusalém tam-bém estão enfrentando difi cul-dades. A agricultora Dalva de Jesus, 45, também moradora da Boa União, admite que o desespero toma conta das fa-mílias da redondeza. Dona do açougue Boi na Brasa, Dalva foi obrigada a fechar o esta-belecimento por não ter mais dinheiro circulando no local, em virtude da seca do rio.

“Tudo foi afetado. Diminuiu o número de pessoas na co-munidade. Só melhora se en-cher novamente o rio. Foram embora mais de mil famílias. Tive que fechar o açougue, porque não tem quem comprar. Só o mercadinho que ainda sobrevive. Minhas galinhas já morreram e vou ter que ven-der meu boi, porque não tem água para beber. Ainda não veio caminhão-pipa para cá. Já estamos sofrendo há muito tempo sem água. Perdi minhas plantações de limão, cupuaçu e tangerina”, declara.

El NiñoO ex-secretário de meio am-

biente de Presidente Figueire-do e geólogo, Frederico Cruz, explica que a diminuição no fl uxo dos igarapés que banham Presidente Figueiredo nesta época do ano é normal, po-rém, na atual estação, alguns fatores colaboraram para a seca. Entre os principais está o fenômeno climático El Niño, que provocou a falta de chuvas na Amazônia.

“A seca é uma coisa normal na nossa região. As nascentes de Presidente Figueiredo estão secas, porque não choveu nes-ses últimos meses. Não haven-do chuva, consequentemente a renovação da água infl uenciou na grande seca. Nem as árvores conseguiram reter água sufi -ciente no período de chuva. O nível freático baixou, não houve reposição da própria fl oresta e não choveu. Não havendo isso, o nível baixou”, explica Cruz.

Seca revela um cenário desolador, no lago de Balbina, em Presidente Figueiredo

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Page 21: EM TEMPO - 21 de fevereiro de 2016

C4 Dia a dia C5MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016

Seca castigacomunidade em

Presidente Figueiredo

Baixo nível do rio isola moradores de comunidades, obrigados a se deslocar por horas em um percurso antes realizado em poucos minutos

THIAGO FERNANDO

Quando pensamos em Presidente Figueire-do, município loca-lizado a 107 quilô-

metros ao norte de Manaus, rapidamente lembramos de suas inúmeras cachoeiras e a vastidão de fl oresta preserva-da. Terra do cupuaçu, a cidade é uma das opções preferidas dos manauenses e demais turistas, que se deslocam até a cidade em busca de lazer e descanso em seus balneários. Banhado pelo rio Uatumã, o município ilustra bem o que o escritor Leandro Tocantins escreveu no livro “O rio comanda a vida”, ao relatar que o caboclo da região depende das águas do Amazo-nas para sobreviver. Todavia, nem o mais pessimista dos moradores desta terra poderia imaginar que vários quilôme-tros de rio virariam um dia cenário de devastação. Devido à grande seca que atinge a terra das cachoeiras, muitas áreas secaram, inclusive uma parte da bacia de Balbina. Sofrendo com a baixa do nível do rio Amazonas, deixando algumas comunidades isoladas e os mo-radores encontrando difi culda-des para conseguir comprar os mantimentos básicos para se manter.

Localizada no quilômetro 165 da BR-174 (Manaus – Boa Vista), a comunidade Boa União vive um momento crítico. Na localidade, mais de 5 mil famí-lias que vivem no ramal Rumo Certo sofrem com a seca que isolou o lugar. Um exemplo do sofrimento enfrentado pelos moradores é o canoeiro Re-ginaldo de Lima, 39. Além de fi car sem seu principal meio de sustento, Reginaldo ainda perdeu toda a plantação que tinha em seu sítio. Ele explica que normalmente leva, aproxi-madamente, 45 minutos para ir de sua casa, localizada em uma das ilhas próximas, até o porto da comunidade. Porém, com a seca do rio, agora ele gasta mais de seis horas para fazer o trajeto.

“Estamos passando por isso há oito meses. São duas secas seguidas na região. Não está chovendo e o pessoal ainda está abrindo as comportas da hidrelétrica de Balbina. Aí complica mais para a gente. A difi culdade está imensa. Quem trabalha com agricultura está ferrado (Sic). Está a zero. Tinha produção de banana e acabou. Não tem como cuidar da terra. Não tenho como transportar. Acabou tudo”, desabafa o ca-noeiro, que vive com a mulher e três fi lhos no lugar.

Na última quarta-feira, a equipe do EM TEMPO acom-panhou a jornada do canoeiro, que, acompanhado do fi lho Pe-dro Henrique, 9, e do sobrinho Daniel, 11, enfrentou o fi lete de água que se transformou o rio Uatumã, em um trecho da lagoa de Balbina, para comprar gêneros alimentícios. Durante o percurso foi possível observar um “cemitério” de embarca-ções revelado pela seca, e os inúmeros troncos de árvores, outrora submersos, e que agora ilustram um cenário de deses-perança.

Reginaldo informa que as

crianças deixaram de frequen-tar as aulas por causa da seca. Segundo o morador, sem água não é possível fazer muitas coi-sas na região. “Temos que com-prar de três em três meses os suprimentos para sobreviver. Damos nosso jeito para conse-guir dinheiro, porque perdemos nosso ganha-pão. Tem parte da viagem que desço para puxar a canoa. As crianças do lago não vão estudar. Se não tem água, não tem como trazer. Algumas famílias conseguiram sair das casas e mudar para a sede de Presidente Figueiredo. Porém, quem não tem condições, fi cou e está sofrendo. Sou um des-ses”, lamenta o canoeiro, que garante não ter recebido ajuda da prefeitura até o momento.

“Ainda não temos suporte da prefeitura. Eles fi zeram promessas, mas está faltando água até para tomar banho. Sorte que temos poço. Porém, o rio está secando e daqui a pouco não temos mais. A cria-ção de ovelha está morrendo. Não tem condição. Está tudo abandonado. Isso não é garra, não é força, não é coragem, é necessidade”, avalia Reginaldo.

AbandonoOutras comunidades como

Nova Floresta, Balbina, Jardim Floresta e Nova Jerusalém tam-bém estão enfrentando difi cul-dades. A agricultora Dalva de Jesus, 45, também moradora da Boa União, admite que o desespero toma conta das fa-mílias da redondeza. Dona do açougue Boi na Brasa, Dalva foi obrigada a fechar o esta-belecimento por não ter mais dinheiro circulando no local, em virtude da seca do rio.

“Tudo foi afetado. Diminuiu o número de pessoas na co-munidade. Só melhora se en-cher novamente o rio. Foram embora mais de mil famílias. Tive que fechar o açougue, porque não tem quem comprar. Só o mercadinho que ainda sobrevive. Minhas galinhas já morreram e vou ter que ven-der meu boi, porque não tem água para beber. Ainda não veio caminhão-pipa para cá. Já estamos sofrendo há muito tempo sem água. Perdi minhas plantações de limão, cupuaçu e tangerina”, declara.

El NiñoO ex-secretário de meio am-

biente de Presidente Figueire-do e geólogo, Frederico Cruz, explica que a diminuição no fl uxo dos igarapés que banham Presidente Figueiredo nesta época do ano é normal, po-rém, na atual estação, alguns fatores colaboraram para a seca. Entre os principais está o fenômeno climático El Niño, que provocou a falta de chuvas na Amazônia.

“A seca é uma coisa normal na nossa região. As nascentes de Presidente Figueiredo estão secas, porque não choveu nes-ses últimos meses. Não haven-do chuva, consequentemente a renovação da água infl uenciou na grande seca. Nem as árvores conseguiram reter água sufi -ciente no período de chuva. O nível freático baixou, não houve reposição da própria fl oresta e não choveu. Não havendo isso, o nível baixou”, explica Cruz.

Seca revela um cenário desolador, no lago de Balbina, em Presidente Figueiredo

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Patrocínio

GALERIA

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016C6 Dia a diaCirurgião amazonense se destaca em seleçãoMarcelo Henrique dos Santos participará de especialização voltada para cirurgias invasivas de cânceres ginecológicos

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AÇÃO

Segundo Marcelo, a cirurgia minimamente invasiva, além da constante evolução, oferece conforto à paciente

O médico residente da Fundação Centro de Controle de Onco-logia do Estado do

Amazonas (FCecon) Marce-lo Henrique dos Santos, 31, foi selecionado para a úni-ca vaga de especialização em ginecologia oncológica ofertada nacionalmente pelo Hospital de Câncer de Barre-tos (SP). A unidade é conside-rada um dos maiores centros de referência no diagnóstico e tratamento do câncer no Brasil. A capacitação tem como foco a realização de cirurgias de alta complexida-de menos invasivas, técnica que possibilita, por exemplo, a preservação da fertilida-de em parte das pacientes portadoras de cânceres gi-necológicos.

O curso de aprimoramento lato sensu (fellowship), com duração de 1 ano, reúne téc-nicas voltadas ao tratamento de pacientes com diversos tipos de câncer, entre eles o de ovário, endométrio, corpo uterino e colo do útero – este último com alta incidência no Amazonas.

Marcelo é residente do terceiro ano da cirurgia on-cológica na FCecon, hospital de referência no tratamento

de neoplasias na Amazônia Ocidental. Ele explica que escolheu participar do apri-moramento para trazer ao Estado novas modalidades cirúrgicas a serem ofertada pelo SUS.

A adesão ao curso exigiu quase 12 anos de estudos, entre graduação, residência

em cirurgia geral e em ci-rurgia oncológica, que será concluída no próximo dia 29. Ambas, segundo ele, são consideradas pré-requisitos para o curso em Barretos. “O processo seletivo foi com-posto por prova teórica, cur-ricular e entrevista. O curso tem a duração de 1 ano, com módulos práticos e teóricos sobre as técnicas cirúrgicas”, explica o especialista.

Conforme o cirurgião, as técnicas videolaparoscópi-cas e robóticas têm sido cada vez mais empregadas no tra-tamento oncológico. Entre os procedimentos, estão as histerectomias radicais, lin-fadenectomias estendidas, ooforectomias e cirurgias preservadoras de fertilidade.

A modalidade é denomi-nada minimamente invasiva porque evita grandes inci-sões, a exemplo do que ocorre nos procedimentos conven-cionais. Em substituição, os cirurgiões trabalham com aberturas de aproximada-mente um centímetro, nas quais são inseridas microcâ-meras e pinças para promo-ver a retirada dos tumores de forma segura e com menos risco de sequelas.

“A cirurgia minimamente invasiva está em constante evolução e atualmente no-vos meios de abordagem, como a cirurgia robótica, es-tão sendo difundidos. Isto implica em baixo risco de complicações relacionadas à ferida operatória, menor volume de sangramento, maior conforto da paciente e, consequentemente, mais qualidade de vida após o tratamento”, observa.

AMPLIAÇÃO

As videolaparoscopias serão ampliadas para os demais serviços cirúrgicos do hospital, tão logo seja inaugu-rada a Sala Inteligen-te da FCecon, que comporta equipamen-tos para cirurgias mi-nimamente invasivas

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016C7Dia a dia

Espaço Verde entra na ‘briga’ por prêmio nacional Desenvolvido na comunidade Campo Dourado, na Zona Norte, projeto recuperou área verde degradada ao longo dos anos

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AÇÃO

Inaugurado em junho do ano passado, projeto-piloto do Campo Dourado contou com o apoio da comunidade

Concebido com a fi nalida-de de recuperar e reva-lorizar áreas verdes de loteamentos aprovados

pelo município, o projeto Espaço Verde na Comunidade, é um dos concorrentes ao Prêmio Nacio-nal de Boas Práticas em Gestão Ambiental, promovido pelo Insti-tuto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), com recursos do Fundo Amazônia/Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), disputa na catego-ria Governança Socioambiental, com o caso do Espaço Verde (EV) Campo Dourado, localizado na Cidade Nova, Zona Norte. A área foi revitalizada e entregue à comunidade em junho de 2015, durante as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente.

O EV Campo Dourado foi a experiência-piloto do projeto. A área verde tem um total de 21 mil metros quadrados, dos quais 2,8 mil metros, equivalentes a 13% do total da área, encontravam-se degradados, servindo como pontos de lixeiras viciadas. Nes-tes trechos foram implantados equipamentos públicos como pista de caminhada, academia ao ar livre, playground, quadras

e área de convivência, proporcio-nando uma melhor integração da comunidade. As intervenções foram viabilizadas por meio de compensação ambiental e compreenderam também ações de recuperação vegetal com o plantio de mais de 2,5 mil mu-das, entre espécies fl orestais, frutíferas e ornamentais.

Além da Semmas, o projeto tem a parceria da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) e Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), além do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), responsável pelo projeto arqui-tetônico. Todas as intervenções realizadas pelo Projeto Espaço Verde na Comunidade aconte-cem em trechos degradados e obedecem a critérios legais

estabelecidos em legislações existentes, a exemplo da Reso-lução 100/2006, do Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Comdema), que prevê a implantação de áreas de lazer, como as que contem-plaram a unidade, respeitando o limite máximo de 25% de impermeabilização do solo.

O projeto também se baseia nos conceitos de área verde estabelecidos pelo Código Ambiental do Município, lei 605/2001, e o Código Florestal (Lei 12.651/2012), segundo os quais as áreas verdes são espa-ços especialmente protegidos que têm por fi nalidade propor-cionar a melhoria da qualidade de vida da população e das condições ambientais urbanas, além de garantir espaços des-tinados à integração, recreação ou lazer da comunidade.

O secretário Itamar Mar res-salta que a premiação será um importante reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela Pre-feitura de Manaus, na gestão de áreas verdes na cidade. “Esta-mos satisfeitos com o trabalho e a receptividade das comu-nidades onde ele vem sendo desenvolvido, porque o caráter participativo do projeto é o que faz a diferença no caso do Espa-ço Verde na Comunidade”, avalia.

ENTORNO

Além da criação da área de lazer em meio ao verde, as ruas do loteamen-to Campo Dourado também receberam recapeamento, pavi-mentação e implan-tação da rede de drenagem

O prêmio “Gestão Ambien-tal no Bioma Amazônia” se encontra na primeira edição. O objetivo é identifi car e certifi car boas práticas de-senvolvidas em municípios brasileiros do Bioma Ama-zônia, conferindo-lhes maior visibilidade, promovendo

seu aperfeiçoamento e esti-mulando a transferência de conhecimento e tecnologia para o desenvolvimento de outras iniciativas. O anúncio dos resultados da premiação deverá acontecer no dia 25 de abril. Além da Governança Socioambiental, os projetos

inscritos podem concorrer também nas categorias Ordenamento Territorial e Fundiário; Monitoramento, Controle e Recuperação Am-biental; Produção Sustentá-vel e Incentivos destinados à Conservação, e Educação Ambiental.

Boas práticas são selecionadas

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016C8 Dia a dia

cientistas que, no futuro, podem se transformar em grandes pes-quisadores, com trabalhos de grande relevância para o nosso município, Estado e, até mesmo, para o país”, pontua.

BenefíciosO programa quebra o para-

digma da formação científi ca exclusivamente nas instituições científi cas e de ensino superior e adentra as escolas dos ensinos fundamental (6º ao 9º ano) e mé-

dio como política pública de van-guarda que envolve professores e alunos da educação básica no universo da educação científi -ca, com a oferta de bolsas de estudo, formação continuada e elaboração de publicações de autoria dos professores e alunos participantes do programa.

Dos 420 projetos que serão selecionados nesta edição para concessão do apoio fi nanceiro, 200 serão de escolas da rede pública de ensino, em Manaus,

e 220 serão escolas no inte-rior do Amazonas. Os projetos de pesquisa terão duração de seis meses, a contar de junho deste ano.

Os professores contempla-dos receberão uma bolsa de estudo para o desenvolvimento das pesquisas e poderão contar com uma equipe de até cinco estudantes, a partir do 6º ano, que receberão bolsas de inicia-ção científi ca júnior durante a execução do projeto.

Edital oferecerá R$ 2,8 mi à iniciação científi ca Programa Ciência na Escola selecionará 420 projetos de escolas públicas das redes estadual e municipal neste ano

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AÇÃO

Programa pretende despertar o espírito científi co e a curiosidade de estudantes da rede púiblica de ensino

A partir desta segunda-feira a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas

(Fapeam), em parceria com as secretarias de Estado de Edu-cação (Seduc) e Municipal de Educação (Semed), disponibiliza o edital do Programa Ciência na Escola (PCE), com investi-mentos da ordem de R$ 2,8 milhões para apoiar projetos de alfabetização científi ca. Nesta edição, o objetivo será a con-cessão de bolsas de estudo para a execução de 420 projetos de pesquisas nas escolas da rede pública estadual e municipal de ensino em Manaus e nos muni-cípios do interior do Amazonas.

O diretor-presidente da Fapeam, René Levy Aguiar, ex-plica que o escopo do Programa Ciência na Escola é despertar nos estudantes, ainda na edu-cação básica, suas potencia-lidades a partir da execução dos projetos de pesquisa, e assim, dotá-los de alfabetiza-ção científi ca, essencial para o desenvolvimento científi co e tecnológico do Estado.

“Queremos incentivar, ao longo da educação básica, as potencialidades dos estudantes para que eles tenham a percep-ção da importância da pesquisa científi ca e tecnológica para o

desenvolvimento econômico e social do Amazonas. Nes-ta edição, nos ombreamos às instituições de Ensino Superior com sede no interior do Estado para que elas nos auxiliem na condução dos projetos do PCE, permitindo, com isso, a intera-ção entre as escolas da rede municipal e estadual de ensi-

no, a academia e a sociedade”, destaca Levy.

Dentre as principais mudan-ças no Programa Ciência na Escola está, ainda, a concessão de uma bolsa de estudo adicio-nal aos professores como auxílio para publicação de artigos com os resultados dos estudos.

ImportânciaPara o secretário de Estado

de Educação do Amazonas, Ros-

sieli Soares, o PCE é uma inicia-tiva que marca o trabalho das escolas e infl uencia, de maneira signifi cativa, o desenvolvimento dos que dele participam, espe-cialmente, os estudantes. “O Programa Ciência na Escola tem dois aspectos muito importan-tes: o incentivo aos estudantes pela pesquisa, pela ciência e, por outro lado, o envolvimento do professor. O desenvolvimento de projetos é importante para o fazer pedagógico do educa-dor, pois pode servir de ponto de partida para um mestrado ou doutorado. Isso já funciona como uma capacitação, uma qualifi cação e crescimento da carreira profi ssional do docen-te”, observa o secretário.

A secretária Municipal de Educação, Kátia Schweickardt, chama a atenção para o fato de que o PCE tem uma função importante para os alunos da educação básica. Segundo ela, por meio do programa, é pos-sível despertar o espírito crítico e científi co nas crianças. “Esse desenvolvimento crítico e cien-tífi co possibilita que as crianças sejam mais curiosas, questiona-doras e isso é muito importante. O PCE faz essa ponte entre as instituições de pesquisa e a rede básica, envolve os nos-sos alunos, formando pequenos

CRONOGRAMA

As propostas devem ser enviadas à Fape-am, somente pelo Sis-tema de Informações Gerenciais da Funda-ção (SigFapeam), até abril. Os resultados devem sair em maio e as atividades inicia-rão em junho

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[email protected], DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016

Plateia D1

PROJETO

Companhia difunde cultura indígenaPlateia D3

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AÇÃO

FOTO

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ÃO

Tudo pela LegiãoJuan tem apenas 15 anos de idade, mas já coleciona experiências de devoção à banda Legião Urbana, de Renato RussoDiferente de muitos jovens da

atualidade, um amazonense de 15 anos de idade se destaca entre os amigos por ser da

“geração Coca-Cola”. Não porque é alguém que gosta “fast food” e refrige-rante, mas por ser alguém apaixonado pela banda Legião Urbana. Estudante do primeiro ano do ensino médio, Juan Lucas está prestes a realizar um sonho: assistir a um show da banda brasiliense, que está viajando o Brasil com a turnê “Legião Urbana XXX Anos” e que chega a Manaus no próximo dia 26 de fevereiro.

O interesse de Juan pela Legião começou por infl uência do pai. O adolescente destaca que sempre ouviu as músicas e aprendeu a tocar violão inspirado nos acordes da guitarra de Dado Villa-Lobos. “Eu ainda não sei tocar todas as músicas, mas a maioria eu consigo, sim. Tudo isso começou depois eu ver o Dado tocando e pen-sei: ‘quero um dia tocar igual a ele’. Aprendi a tocar violão com 11 anos e de lá para cá venho aprendendo mais e mais as músicas da Legião Urbana”, disse.

A mãe de Juan, a jornalista Karol Pacheco, ressalta que não impede o interesse do fi lho pela banda, pelo contrário, ela é a parceira das “aven-turas legionárias”. “Nós planejamos uma viagem, porém tivemos que fazer uma conexão muito demorada em Bra-sília. Eu queria muito descansar, mas o Juan queria conhecer um pouco da cidade e da história da Legião. Então, com a ajuda de um amigo que mora lá, fi zemos um roteiro e passamos o dia andando num ‘city tour Legião Urbana’”, lembra.

Ainda de acordo com a jornalista, eles foram até o Parque da Cidade, onde há uma escultura feita em ho-menagem a Renato Russo (a obra representa a partitura da música Edu-ardo e Mônica), passaram em frente às escolas onde os integrantes da banda estudaram, foram inclusive em um galpão onde foi realizado o último show da banda na cidade.

Mas as aventuras de Karol e Juan não pararam por aí. No ano de 2014, o guitarrista Dado Villa-Lobos esteve em Manaus para uma apresentação e o adolescente pôde acompanhar a

passagem de som do ídolo. “Eu fi quei de 14h até as 19h esperando o Dado chegar. O Juan conseguiu assistir toda a passagem de som e, no fi nal, ainda conseguiu conversar com o Dado. Con-sidero importante o interesse do meu fi lho pela banda, porque tudo é válido para formação artística e cultural da pessoa”, fi nalizou a mãe.

Ao ser questionado sobre presença do ator e cantor André Frateschi, que está nos vocais da Legião, Juan foi enfático: “Ele tem muita sorte de estar no lugar que está”.

Chegou a hora de “legionários” como Juan assistirem “em casa” a um show da banda brasiliense, que aterrissa em Manaus no próximo dia 26 de fevereiro. O palco será no Studio 5 Centro de Convenções. A última vez que a banda nacional de rock esteve em Manaus com a formação original foi no fi m da década de 1980.

SERVIÇO

QUANDO: 26 de fevereiroONDE: Studio 5QUANTO: PISTA R$ 70, FRONT STAGE R$ 120, CAMAROTE R$ 200, com OPEN BAR até o fi m do show. Preços de meia-en-trada.VENDAS: Centrais da Fábrica Shopping Centers Amazonas e Sumaúma e www.fabricaingressos.comINFORMAÇÕES: (92) 3303-0100

SHOW LEGIÃO URBANA XXX ANOS

Ídolo da guitarra e fã amazonense em encontro em Manaus

Renato Russo atrai seguido-res até hoje, por meio do legado de mú-sica e poesia

Juan conheceu Brasília e pon-tos da cidade que lembram o grupo de rock Legião Urbana

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Page 26: EM TEMPO - 21 de fevereiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016D2 Plateia

[email protected] - www.conteudochic.com.br

Fernando Coelho [email protected] - www.conteudochic.com.br

Fernando Coelho Jr.

Objeto

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AÇÃO

Programação une cardápios gastronômicos e musicais em restaurante

1. A bela Alessandra Brandão enchendo de charme, evento no Ephigênio Salles2. Kalina e Marco Cohen durante brunch que movimentou o society local3. Vic Verçosa levando a simpa-tia para passear em tarde ótima

4. Samuel e Meirita Benzecry no bunch do bar mitzvah de Youssef Sabbá Tayah5. Suely Yurtsever em festa top na cidade6. A carioca Sonia Espirito Santo em comemoração fi na em Manaus

PICAPES

DJs e cantor fazem som no Belle BrunchO DJ Tubarão, residente da

casa, o DJ TooHoot e o cantor Eduardo Dornellas dão o tom musical de hoje no Belle Épo-que, durante mais uma edição do “Belle Brunch”, que reúne um cardápio gastronômico de primeira e música para agitar o último dia do fi m de semana.

O DJ TooHoot mistura ele-mentos de techno house e batidas profundas, com muito groovy e timbres graves, fa-zendo um verdadeiro mergu-

lho pela sonoridade da Ama-zônia. E para os fãs da música sertaneja, Eduardo Dornellas é uma das atrações da segunda edição do Belle Brunch, com-pletando o line-up do evento.

As pulseiras estão à ven-da na bilheteria, na hora do evento. Reservas e informa-ções pelo (92) 98413-2428 e email [email protected]. Se na música o bom gosto sai na frente, no quesito gastronomia, o Belle Époque

tem opções leves, regionais, e pratos novos da casa assi-nados pelo masterchef Erick Jacquin, com ingredientes no-bres e o toque das cozinhas francesa e amazonense.

NovidadesO novo restaurante-bar, re-

aberto em dezembro, ganhou projeto para atender espe-cialmente quem gosta de sair com amigos, funcionando do almoço ao jantar, happy hour

e para baladas com batidas eletrônicas ou um som com bons drinques à mão. A carta de bebidas da casa também tem boas novas e leva assi-natura do bartender Marcelo Serrano, escolhido como o melhor bartender em 2014 e 2015, pela revista “Veja São Paulo - Beber e Comer”. Ah, e o famoso e refrescante mos-cow mule, na canequinha de bronze, continua como hit do Belle Époque.

. O governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas

Consulta institucional

Cordas

Figura

de desejo

Début

1.

(Fapeam), lançou na sala de imprensa da sede do Executivo estadual o módulo de consulta institucional do Sistema de Informações Gerenciais da Fapeam (SigFapeam).

. O módulo permitirá que gestores de instituições de En-sino e de pesquisa no Amazonas consultem, em tempo real, informações referentes aos projetos de pesquisa e bolsas concedidas pela Fundação.

. De acordo com o diretor-presidente da Fundação, René Levy Aguiar, a medida visa garantir que as instituições possam ter amplo acesso às informações sobre os projetos de pesquisa em elaboração, submetidos, aprovados ou concluídos, bem como os recursos recebidos para auxiliar nas ações e tomada de decisões em relação à pesquisa em cada instituição. O módulo permitirá que cada gestor tenha um quadro real das ações de pesquisa em sua instituição com apoio da Fapeam.

. Um concerto para presentear o público que prestigiou as apresentações da Orquestra de Violões do Amazonas acontece neste domingo no Teatro Amazonas.

. Um passeio por obras que foram interpretadas em quatro apresentações musicais de grande sucesso da Orquestra de Vio-lões do Amazonas. O espetáculo chama-se “Retrospectiva 2015” e tem entrada gratuita e classifi cação livre.

. O concerto é idealizado e regido pelo maestro Davi Nunes, da Orquestra de Violões do Amazonas, que conta com 16 violo-nistas, uma soprano e dois percussionistas, de muita qualidade e estilo musical. No show, relembrarão momentos singulares de apresentações que contagiaram o público em 2015. Vale conferir.

. Mal acabou o Carnaval 2016, e a cantora Ivete Sangalo já sabe como será parte de sua folia em 2017.

. A cantora, que reina em cima dos trios na Bahia, será homenageada pela Grande Rio e tema do enredo da escola no próximo Carnaval.

. A informação foi confi rmada por David Brazil, que faz parte da organização da Grande Rio, em seu Instagram.

. Depois de ser apresentada nas mais diversas variações e sabores, a bo-lacha mais popular do mundo, a “Oreo”, se tornou inspiração para a Nike na hora de criar o seu novo sneaker.

. Batizado de “Oreo 1,0 Retro” o tênis traz uma “estampa” que lembra a famo-sa bolacha “Cookies & Cream”. Disponível em lojas se-lecionadas Nike p e l o valor d e 1 7 0 dólares.

. A participação da Suframa no Projeto Amazônia Co-nectada foi discutida em uma reunião com representantes do Centro Integrado de Telemática do Exército Brasileiro, ocorrida na última quarta-feira, na Sala de Autoridades da Infraero, no Aeroporto Eduardo Gomes.

. O Amazônia Conectada pretende interligar 52 muni-cípios do Amazonas através de quase 8 mil quilômetros de cabos de fi bra óptica.

. O gerente do Programa Amazônia Conectada, capi-tão Luciano Sales, explicou que o projeto aproveita as estradas naturais da Amazônia – os rios – para levar Internet aos municípios. As infovias (linhas digitais por onde trafegam os dados) devem percorrer os leitos dos rios Negro, Solimões, Madeira, Juruá e Purus. “A implan-tação do projeto está dividida em partes. Na primeira, é aproveitada a estrutura do gasoduto Manaus – Coari para levar a fi bra óptica até o interior do Amazonas. A etapa seguinte abrange o trecho entre os municípios de Coari e Tefé. A previsão é que a cerimônia de entrega ocorra em maio, com a presença da presidente Dilma”, observou o capitão, ressaltando que há previsão da interligação de Tefé a Tabatinga.

. Suzy e Francisco Deodato Guimarães serão anfi triões no próximo dia 5 de março.

. Comemoram com um festão, os 15 anos da fi lha Bruna, fechando o Dulcila Festas e Convenções para seus convidados, numa festa com formato chic e moderno.

Amazônia

3. 5.

6.

2. 4.

conectada

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Page 27: EM TEMPO - 21 de fevereiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016D3Plateia

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AÇÃO

Karine Aguiar interpreta duas canções em homenagem a Nat e Natalie Cole, ao lado de Humberto Amorim

MÚSICA

Karine Aguiar dedica show ao jazzA cantora amazonen-

se Karine Aguiar traz no próximo dia 5 de março um show dedicado espe-cialmente aos amantes do jazz. O novo espetáculo traz repertório recheado de clássicos interpretados por ícones como Ella Fitzgerald, Billie Holiday, Norah Jones, entre outros nomes de peso.

Entre as obras já confir-madas no repertório, estão temas de épocas variadas, desde a era do jazz swing, passando pela era das “big bands”, do Bebop e também do movimento “nu jazz”. Karine também irá apre-sentar temas como “The Man I Love” (Ira Gershwin & George Gershwin) e “You’ve Changed” (Carey/Fischer), que ela teve oportunidade de gravar em seu primei-ro CD, “Arraial do Mundo”.

Outros clássicos também compõem o set, como “It don’t mean a thing”, “As time goes by” (trilha sono-ra do filme “Casablanca”), “Cheek to Cheek” (Irving Berlin), “Body & Soul” (E. Heyman/R. Sour/F. Ey-ton/J. Green) e “Stormy Weather” (Harold Arlen & Teddy Koehler), que ficou bastante conhecido na voz da atriz Ethel Waters para filme homônimo em 1943.

O local do show é a sede da Associação dos Servi-dores do INPA (Assinpa), que, segundo a produção da artista, é um verdadei-ro reduto de intelectuais e apreciadores da cultura amazônica.

O evento também terá a participação especial do cantor Humberto Amorim, apresentador do progra-

ma de rádio “Momentos de Jazz” e líder da banda All that Jazz, que dividirá com Karine uma homena-gem aos artistas Nat King Cole & Natalie Cole in-terpretando canções como “Unforgettable” (I. Gordon) e “When I Fall in Love” (V. Young/ E. Heyman).

PALCO

O local do show é a sede da Associação dos Servi-dores do INPA (Assinpa), que, segundo a produção da artista, é um verda-deiro reduto de intelec-tuais e apreciadores da cultura amazônica

Temáticas relacionadas aos povos indígenas estão na linha de frente das produções da companhia teatral amazonense, que atua há 34 anos

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AÇÃO

Projeto busca difusão de cultura e arte indígenasProjeto “Maloca Mix”, da Cia. Pombal, ganha fomento de patrocínio do Banco da Amazônia e deve acontecer em março

Com mais de 34 anos de trabalho voltados para a temática in-dígena, a Companhia

Pombal de Teatro e Espaço Alternativo venceu o edital de patrocínio cultural do Banco da Amazônia com o projeto “Maloca Mix” e deve apre-sentar durante 30 dias (não defi nidos ainda) exposições sobre a cultura indígena de etnias que residem na capital amazonense. O evento está todo formatado e deve contar com a participação de 50 artistas, que farão apresen-tações de músicas, danças e espetáculos teatrais.

O “Maloca Mix” é um projeto desenvolvido pela companhia Pombal desde 2000. Este ano, será lançada a 3ª edição, que deve acontecer até o fi nal do próximo mês. A ideia do projeto, segundo o presidente da companhia, Luís Vitalli, é incentivar a valorização do trabalho indígena na nossa região, promovendo debates e discusões durante as ofi ci-nas que serão apresentadas. O evento terá a participação de artistas plásticos, músicos que compõem a Orquestra Amazonas Filarmônica, pro-

fessores de artes cênicas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), além de ar-tistas indígenas das comuni-dades mundukuru, tucano, ti-cuna, tariana e sataré-mawé.

Vitalli disse que o evento será realizado em um local público em um período de 30 dias consecutivos. Serão armadas quatro malocas no lugar para expor os trabalhos dos artistas plásticos, pro-dutos e alimentos indígenas, além de vários artesanatos. “Ainda não defi nimos o local, mas já montamos toda a programação. São mais de 50 profi ssionais envolvidos nesse projeto. A equipe é composta por atores, músicos artesãos, cantores, bailarinos e artistas plásticos da cida-de de Manaus. Vamos defi nir um dia para fazermos uma programação especial, com seis horas de apresentação, incluindo espetáculos de te-atro, danças, músicas, entre outras atrações”, disse Vitalli.

Cada uma das quatro malo-cas que serão montadas traz um perfi l diferenciado para o evento. “Teremos a ‘Maloca Mix’ propriamente dita, que é destinada para a apresenta-ção de shows, performances, danças e desfi les. A ‘Maloca

do Tempo’, onde estarão ex-postas literaturas indígenas e comidas típicas das aldeias. A ‘Maloca da Máscara’ será voltada para apresentações dos espetáculos de teatro e, por último, a maloca onde

serão oferecidos produtos de artes visuais e até tattoo tribal”, contou o presidente, ressaltando que o projeto levará ao conhecimento da população a importância da cultura indígena para nossa

região. Formado há 34 anos, o Pombal hoje se constitui como uma organização sem fi ns lucrativos. O objetivo é promover a inclusão social por meio da ação transformadora do teatro. Dentre os principais

espetáculos apresentados pela companhia estão: “Saga dos Mudurukus”, “O homem girassol”, “Amanusmente”e “Cunhã”, que encantam o pú-blico com as histórias.

BRUNA AMARAL

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016D4 Plateia

Bar MitzvahÉ a cerimônia judaica

que marca a passa-gem de um garoto à vida adulta, aos 13

anos. A partir dessa idade, ele assume a sua maioridade religiosa e passa a ter res-ponsabilidades perante sua comunidade e suas tradições. A festa tem alguns rituais específi cos da religião:

Você é um homem agoraRitual inclui estudos, leitu-

ras e obrigações.

Declamação divinaAntes da festa, por período

que pode chegar a 1 ano, o ga-roto estuda a língua hebraica e a Torá (o livro sagrado do judaísmo). Na cerimônia, ele realiza sua primeira leitu-ra pública desse texto para a comunidade. Geralmente, isso ocorre na sinagoga, e o trecho escolhido é uma das 54 porções semanais do Torá, chamadas de Parashat.

Tá chovendo glicoseAlgumas congregações in-

centivam a leitura da Haf-tará (trecho dos livros dos profetas) e a realização do Torá (uma explicação do tema da Parashat). Logo depois, o rito de passagem é celebra-do com muito canto e uma chuva de balinhas jogadas por amigos e parentes, para que o homenageado tenha uma vida doce.

Novos acessóriosEntre as novas obrigações

do garoto estão o uso do Tefi lim e do Talit. O primeiro são duas caixinhas de couro com uma das principais rezas judaicas, o Shemá Israel. Uma é presa ao braço esquerdo, mãos e dedos e a outra é en-volta na cabeça. O Talit é um xale de lã, seda ou linho, com franjas nas pontas para cobrir ombros e cabeça durante as preces. A festa também pode incluir quitutes típicos como o rugelach (feito de damasco,

passas e nozes), e danças e músicas tradicionais.

Assisti o Bar Mitzvah do Youssef Sabbá Tayah, na Sinagoga de Manaus, uma cerimônia linda, emocionan-

te, cheia de rituais e tradi-ções. Ver o menino carregar a Torá e ler em hebraico foi impressionante!

O ETERNO REINA, O ETER-

NO REINOU, O ETERNO REI-NARÁ PARA TODO SEMPRE.

E O ETERNO SERÁ REI DE TODA A TERRA; E NESSE DIA, O ETERNO SERÁ UM O SEU NOME UM.

Fontes: revista “Mo-rashá” e sites

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016D5Plateia

TV TudoIncógnita 1O mercado ainda não é

capaz de prever o impacto na carreira de garoto propa-ganda de Neymar, devido às denúncias envolvendo sone-gação de impostos durante os anos de 2011 e 2013.

Segundo a Receita Fede-ral, principalmente em pa-gamentos feitos pelo Bar-celona relacionados a sua transferência do Santos.

Incógnita 2O fato é que nenhuma

empresa gosta de associar sua imagem a alguém que esteja enfrentando proble-mas desse tipo.

No caso de Neymar, como tudo ainda precisa ser escla-recido, ele continua tocando a bola, ou seja, faturando com trabalhos do tipo.

InexplicávelAinda causa estranheza a

ausência da Globo na trans-missão da próxima luta de Anderson Silva.

O canal Combate terá total exclusividade no confronto que marcará sua volta ao UFC, dia 27, em Londres, contra Michael Bisping.

Olimpíada 1O canal Esporte Interativo,

da Turner, não fi cará ausen-te da cobertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Promete atuar em todas as mídias, com o objetivo de aproximar o apaixonado por esportes do atleta e do dia a dia de competições. O objetivo é que, mesmo quem não esteja no Rio consiga captar o clima da cidade que vai receber na-ções do mundo inteiro.

Olimpíada 2Para isso, o EI terá um estú-

dio panorâmico fi xo, na frente do Parque Olímpico, de onde fará programas, entrevistas, receberá atletas, ex-atletas, convidados e outras pesso-as que forem relevantes no momento em que os Jogos estiverem sendo realizados.

Os três canais (Esporte In-terativo, EI MAXX e EI MAXX2)

terão programação ao vivo no período dos jogos.

Sem folga 1Uma equipe da Globo co-

mandada pelo roteirista Jorge Furtado e o diretor Calvito Leal gravou por vários dias, em pleno carnaval de Salvador, cenas para um episódios da nova temporada de “Mister Brau”, movimentando Lázaro Ramos e Taís Araújo.

Sem folga 2Lázaro Ramos, na quarta-

feira de cinzas, na pele de Brau, chegou a cantar, de verdade, num trio elétrico autêntico, e foi ovacionado pela multidão aos gritos de “Mister Brau! Mister Brau!”.

Bate – Rebate• Globo não esconde seu in-

teresse no trabalho de Luan Santana...

• ...independentemente das negociações em curso, ele terá um especial só dele em de-zembro.

• GNT quer Anna Sophia Fol-ch em uma das suas próximas séries.

• Os redatores da “Escolinha do Professor Raimundo”(Globo) estão disparados no texto do programa.

• Gravações de “Haja Cora-ção”, próxima das 19h da Globo, correm soltas em São Paulo, movimentando Tatá Werneck e Gabriel Godoy.

• ESPN Brasil terá cerca de 150 profi ssionais trabalhando na cobertura da Olimpíada...

• ...e irá ocupar uma área de 700 metros quadrados no IBC, compartilhados com as demais ESPNs.

‘SuperStar’ troca a noite pelo dia na programação da Globo

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De acordo com a Globo, a próxima edição do “Criança Es-perança” será realizada em ju-lho, possivelmente na segunda quinzena.

Tudo em função dos Jogos Olímpicos que irão provocar al-terações na grade.

A emissora já iniciou contatos para reservar as atrações musi-cais para o programa.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

Só alegriaOs técnicos do “The Voice Kids” são pura descontração

nos bastidores do programa. Não é para menos, uma vez que a atração, comandada por Tiago Leifert, e com a participação de Carlinhos Brown, Ivete Sangalo e a dupla Victor & Leo, é um dos atuais sucessos de audiência da Globo aos domingos.

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

[email protected]

Canal 1

No começo deste mês a coluna informou que a Globo estudava mudanças na pró-xima edição do “SuperStar”, após anúncio que a idade mínima de inscrição caíra de 18 para 13 anos. Isso vai provocar a escolha de um horário diferente.

A informação que chega, agora, é que o “SuperStar” trocará a noite pelo dia e passará a ser apresentado na faixa atual-mente ocupada pelo “The Voice Kids”. Falta o sinal verde do alto comando da Globo.

Márcio Braz

ator, diretor e cientista social

A área cultural, neste tumultuado 2015 em tempos de crise política e econômica, tem sido das mais afetadas no que diz respeito aos recursos para suas finalísticas. Em todo o Brasil temos visto o anúncio do corte de verbas para editais, diminuição no investimento dos fundos de cultura, ações, proje-tos e programas que deixaram de existir ou foram parcialmente comprometidos. No último dia 14, o Presidente da Fundação Nacional de Arte - Funarte, Francisco Bosco, admitiu que não poderá pagar os prêmios Klauss Viana (dança), Carequinha (circo) e Programação Continuada para Música Popular (música) entrando estas em “res-tos a pagar”, em 2016.

A dívida da Funarte, segundo ele, chega a 50 milhões de reais, onde boa parte será destinado para pagamento da área “meio” e manutenção dos equipamen-tos culturais sob a jurisdição da Fundação. A Funarte conta hoje com cerca de 20 equipamentos culturais concentrados no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.

A Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas - SEC anunciou, início do ano, o corte de verbas aplicados em eventos de sua tradição, e a Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos – Manauscult acompanhou o bonde. Ou seja, não se trata de um evento particular e localizado, mas algo que tem atin-gido a todos os Estados brasileiros e municípios. No Recife, o festival “Janeiro de Grandes espetáculos” sofreu uma redução de mais de 50%, o que não o inviabilizou, mas diminuiu consideravelmente a quantidade de espetáculos a serem apresentados e o número de convidados.

Como estratégia para solucio-

nar estes problemas – e também compreendê-los -, pode ser aquilo que já tratamos nesta coluna. Existe em alguns casos – e bem isolados - o sentimento paternal em relação ao Estado e a repulsa em relação à iniciativa privada. Sabemos que uma política cultural, ufa!, não se faz de modo isolado, ou seja, somente com as inicia-tivas estatais, mas também com empresas, instituições, parcerias e com o apoio dos cidadãos, os principais beneficiários da política cultural (a verdadeira).

Equipamentos culturais podem ser geridos total ou parcialmente pela iniciativa privada. E isto é benéfico para a produção cultural, pois geraria além do emprego e renda, direto e indireto, impul-sionaria o avanço no nível da di-mensão cultural para experiências ainda não partilhadas, inclusive e principalmente pelo especta-dor. Tal proposta é encarada com certo exagero pelos puristas que possuem, geralmente, alcance in-telectual rarefeito. As cidades no Ocidente já possuem experiências capitalistas, em menor ou maior grau, e o que as diferencia é justamente a sua capacidade de produzir cultura, a capacidade que seus habitantes têm de produzir cultura.

Logo, é a cultura de um local que o diferencie de outros, é a sua forma de organização social que torna sua identidade presente. Por isso, a criatividade é o maior álibi na luta contra as crises de todo o tipo. Privatizações (ou concessões, que é como os petistas gostam de chamar as privatizações sem assustar ninguém, mas se trata da mesma coisa) e parcerias são um bom começo para a revanche, e o riso, nosso (povo do bem) principal álibi político.

Os desafi os da [email protected]

Márcio Braz

A dívida da Funarte, segundo ele, chega a 50 milhões de reais, onde boa parte será destina-do para pa-gamento da área ‘meio’ e manutenção dos equipa-mentos cul-turais sob a jurisdição da Fundação”

MÁRIO ADOLFO

GILMAL

ELVIS

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Page 30: EM TEMPO - 21 de fevereiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016D6 Plateia

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ULG

AÇÃO

Sequência de “X-Men” traz confl ito entre mutantes na “Temperatura Máxima”

SBT GLOBO4H JORNAL DA SEMANA SBT

5H BRASIL CAMINHONEIRO

5H30 TURISMO & AVENTURA

6H15 ACELERADOS

7H CHAVES

9H15 PEQUENOS CAMPEÕES

10H MUNDO DISNEY

11H DOMINGO LEGAL

13H ELIANA

17H RODA A RODA JEQUITI

17H45 SORTEIO DA TELESENA

18H PROGRAMA SILVIO SANTOS

22H CONEXÃO REPÓRTER

23H ARQUEIRO

0H15 MENTALISTA

1H CRIMES GRAVES

2H15 BIG BANG

2H45 IGREJA UNIVERSAL

BAND5H SANTO CULTO EM SEU LAR 5H30 BÍBLIA EM FOCO 5H55 ESCOLA DO AMOR RES�PONDE 6H55 RECORD KIDS 8H RECORD KIDS 9H BINGO � AMAZONAS DA SORTE 10H DOMINGO SHOW 14H30 HORA DO FARO 18H30 DOMINGO ESPETACULAR22H15 REPÓRTER EM AÇÃO 23H15 ROBERTO JUSTUS + 0H15 PROGRAMAÇÃO IURD

5H POWER RANGERS � FÚRIA DA SELVA

10H45 VERDADE E VIDA

11H10 PÉ NA ESTRADA

12H30 BAND ESPORTE CLUBE

14H GOL � O GRANDE MOMENTO DO

FUTEBOL

14H30 FUTEBOL 2016

16H50 3º TEMPO

18H30 GLEE

19H30 SABE OU NÃO SABE

20H30 SÓ RISOS

1H PÂNICO NA BAND

3H IGREJA UNIVERSAL

5H31 SANTA MISSA

6H32 AMAZÔNIA RURAL

7H PEQUENAS EMPRESAS, GRANDES NE�

GÓCIOS

7H35 GLOBO RURAL

8H29 AUTO ESPORTE

9H ESPORTE ESPETACULAR * CIRCUITO

RADICAL

12H THE VOICE KIDS * BATALHAS

13H40 TEMPERATURA MÁXIMA � X�MEN 2

16H CAMPEONATO CARIOCA � BOTAFOGO X

CABOFRIENSE

18H DOMINGÃO DO FAUSTÃO

20H FANTÁSTICO

22H16 BIG BROTHER BRASIL

23H04 PLANETA EXTREMO

23H31 DOMINGO MAIOR � CONAN, O BÁR�

BARO

1H24 FLASH BIG BROTHER

1H30 SESSÃO DE GALA � XINGU

3H12 PROVA DO CRIME

Programação de TV

CruzadinhasCinemaESTREIAS

CONTINUAÇÃO

13 Horas – Os Soldados Secretos de Benghazi: EUA. 14 anos. BO longa retratará o ataque terrorista que vitimou o embaixador dos Estados Unidos na Líbia em setembro de 2012, sob o ponto de vista de um ofi cial, vivido por John Krasinski, do grupo de elite da Marinha dos Estados Unidos. Cinemark 4 – 18h20, 21h30 (dub/diariamente).

Boneco do Mal: EUA. 14 anos. Quando a jovem Greta (Cohan) aceita um emprego como babá em uma pequena vila inglesa, ela não podia imaginar que o menino de oito anos do qual iria cuidar na verdade é um boneco de tamanho natural, a quem os pais idosos tratam como uma criança de verdade desde que perderam o fi lho há 20 anos. Depois de desobedecer algumas das rigorosas regras que recebeu do casal para cuidar do boneco, uma série de eventos perturbadores e inexplicáveis transformam a vida de Greta num terrível pesadelo, levando-a a acreditar que o boneco está realmente vivo. Cinemark 5 – 12h50, 15h30, 18h, 20h45 (dub/diariamente), 23h15 (dub/somente sábado); Kinoplex 1 – 13h55 (dub/diariamente), 21h10 (leg/diariamente), Kinoplex 5 – 18h25 (dub/diariamente).

Horas Decisivas: EUA. 10 anos. Um suspense de ação heroico, Horas Decisivas (The Finest Hours) é a extraordinária história real do maior resgate feito por um pequeno barco salva-vidas da história da Guarda Costeira norte-americana. Cinemark 1 – 13h30, 16h15, 19h, 21h45 (dub/diariamente).

ÁRIES - 21/3 a 19/4Momento marcante na vida profi ssional e crescimento fi nanceiro. Invista bem seus recursos. O cotidiano poderá se tornar um peso, mude sua rotina e não desista. Cuidado com a ostentação fuja de amiza-des vazias e nada tem para acrescentar. Poderá se apaixonar, a tendência para se jogar em uma paixão.

TOURO - 20/4 a 20/5Momento em novidades surge de forma inesperada e feliz, aproveite a boa fase para ousar um pouco mais no mundo profi ssional. No amor, o momento favorece casamento ou noivado. Um novo projeto pode fazer a diferença na sua rotina diária. Espiritu-almente, eleve seus pensamentos a Deus.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Caso a compra de imóvel seja pauta do dia, é preciso que discuta bem o assunto

e faça muitas contas. Não se deixe levar pela impulsividade ou desejo, os problemas que pode acarretar serão maiores do que pode suportar. No amor, eleve a autoestima e se jogue na relação.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 O namoro de um fi m de semana pode se transformar em relação séria, se abra para um sentimento intenso. Fase importante para o relacionamento familiar deixe a infl exibilidade de lado. Na vida profi ssional, procure compreender a equipe e participar das decisões em conjunto.

LEÃO - 23/7 a 22/8Caso deseje mudanças no plano profi s-sional, é preciso que se prepare para isso. Verifi que seus pontos fracos e corrija as defi ciências. Momento oportuno para o entendimento amoroso deixe a paixão fl o-rescer. Financeiramente, ótimo momento

para investimentos e jogos de loteria.

VIRGEM - 23/8 a 22/9Uma nova paixão pode surgir de uma paque-ra, não fi que só no platônico, vá em frente. Na vida profi ssional, mostre seus talentos e mente ágil. Possibilidade de parcerias e sociedades invista com sabedoria. Vida social em evidencia aproveite o momento para circular e conhecer pessoas.

LIBRA - 23/9 a 22/10Controle a compulsão por compras, o con-sumo exagerado pode trazer problemas. Deixe o romantismo fazer parte do seu relacionamento. Faça declarações, escreva bilhetinhos. No trabalho a vida profi ssional ganha novo impulso e poderá ganhar um aumento de salário.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11Aproveite as boas energias dos astros que

facilita o entendimento entre o casal. Em família o entendimento tende a melhorar. Cuidados com o corpo e a mente deve ser uma ação conjunta. Busque por mais conhecimento para desenvolver a vida profi ssional, com toda a sua capacidade intelectual.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12Os convites dos amigos tendem a ser maior do que sua capacidade de aceitar, cuidado para não deixar de lado suas obrigações. Saiba dizer não! Os compromissos fami-liares tende a aumentar. As fi nanças se mostram estabilizadas. No amor, aproveite os bons momentos!

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1Aproveite este momento especial em que a carreira ganha destaque, o momento é de prestigio social. A dois os momentos de íntimos ganha novas cores. Financei-

ramente, cuidado com planos ambiciosos. Cuide da alimentação, é preciso cuidar da imunidade. Espiritualmente, coloque Deus na frente das suas decisões.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2Familiares poderão estar precisando de apoio e conforto. Na vida amorosa o mo-mento que vivem é especialmente favorável a intensifi car a convivência. Coloque fl ores amarela pela casa harmonize a família.

PEIXES - 19/2 a 20/3Pode surgir uma paixão instantânea, cui-dado com a carência, para não se envolver com pessoas erradas. Aproveite para curtir os amigos e festas. Mantenha o foco no futuro, aprenda a planejar em longo pra-zo. O crescimento fi nanceiro faz parte do caminho. A saúde está em ótima forma!

Horóscopo

RECORD

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AÇÃO

Deadpool: EUA. 12 anos. Cinemark 6 – 13h15, 15h50, 18h300, 21h10 (dub/diariamente), 23h50 (dub/somente sábado), Cinemark 7 – 11h30 (dub/somente sábado e domingo), 14h10, 17h05 (dub/diariamente), 19h40, 22h10 (dub/exceto terça-feira); Kinoplex 3 – 14h30, 16h50, 19h10 (dub/diariamente), 21h30 (leg/diariamente), Kinoplex 4 – 13h40, 16h, 18h20, 20h40 (dub/diariamente).

Um Suburbano Sortudo: BRA. 14 anos. Ci-nemark 2 – 11h20 (somente sábado e domingo), 14h, 16h35, 19h10, 22h (diariamente), Cinemark 4 – 13h05, 15h40 (diariamente); Kinoplex 2 – 13h50, 16h10, 18h35, 21h (diariamente).

Epa! Cadê o Noé?: Livre. 12 anos. Cinemark 1 – 11h10 (dub/somente sábado e domingo).

O Regresso: EUA. 16 anos. Cinemark 3 – 16h (dub/diariamente), 22h25 (dub/exceto terça-feira e quarta-feira); Kinoplex 5 – 15h, 20h35 (dub/diariamente).

Os Dez Mandamentos – O Filme: BRA. 12 anos. Cinemark 8 – 12h (somente sábado e domin-go), 14h45, 17h45, 20h30 (diariamente); Kioplex 1 – 16h, 18h30 (diariamente).

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016D7Plateia

[email protected]

Guto Oliveira

***A Federação do Comércio de Bens, serviços e Turismo do Amazonas, por meio do Centro Internacional de Comércio Ex-terior, promove a 2ª Rodada de Negócios Internacional Equa-dor/ Brasil, no dia 01 de março de 2016, a partir das 9h30 na sede da Fecomércio-AM, em Adrianópolis.

Aprovar a reforma da Previdência, mesmo que tenha um impacto fi scal

no futuro, já tem impacto positivo imediato, já sinaliza maior estabilidade das contas, maior sustentabilidade”

Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa

O evento será gratuito, sendo obrigatório apenas o agenda-mento prévio para a mesa de negociação com as empresas de interesse. O agendamento ofi cial poderá ser feito até o dia 23 de fevereiro com horários disponíveis de 9h30 as 17h30.

A Rodada de Negócios permi-tirá ao empresariado local um acesso diferenciado às empre-sas do Equador para negocia-ções, bem como estabeleci-mento de contatos confi áveis e de longo prazo.

***Com o sonho olímpico vivo, o lutador e tenente da Polícia Mi-litar do Amazonas, Tasso Alves, que recebe apoio da Equador Petróleo, embarcará amanhã para a cidade de Frisco, nos Estados Unidos, onde dispu-tará o Campeonato Panameri-cano Sênior de Luta Olímpica. O evento ocorrerá reunirá os maiores atletas das Américas.

***Iniciam na próxima segunda-feira (22), as inscrições para o Processo Seletivo Simplifi ca-do (PSS) para preenchimento de 160 vagas de professores substitutos, sendo 130 para o ensino regular e 30 para educa-ção indígena. Os interessados poderão se inscrever até o dia 26 de fevereiro. O número é referente ao não preenchimen-

to das vagas disponíveis do Concurso Público realizado pela secretaria em 2014.

***A marca Issey Miyake acabou de lançar uma parceria com o designer gráfi co Ikko Tanaka: são roupas estampadas com os trabalhos do artista, desenhos bem coloridos e, em sua maio-ria, com formas geométricas, baseados na cultura japonesa. E as criações são inspiradas na tradicional cerimônia do chá! Quimonos, vestidos e blusas, to-dos no tecido plissado clássico da Miyake e com cortes bem re-tos, unem-se a bolsas e sapatos baseados nas sandálias gueta, aquelas bem tradicionais, feitas de madeira,um luxo!

O governador José Melo e o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Lu-cena Adams, lançaram a campanha Educação No Combate ao Aedes aegypti. A campanha envolve todas as esco-las públicas do estado e município. Na passagem pelo Estado, o gover-nador levou o ministro para conhecer a Arena da Amazônia, que será palco do jogo solidário “Amigos do José Aldo x Amigos do Pizzonia”, no próximo sábado, dia 27 de fevereiro.

Lançamento

A conectividade entre a natureza e a urbanidade no turismo da Amazônia é retratada no livro re-cém-lançado “Chão e Vão: Uma Amazônia Construí-da” (Paco Editorial).

A obra foi dividida em duas partes: uma para re-latar o diálogo da natureza com o turismo, ao mostrar a importância dos aloja-mentos de floresta como fio condutor no desenvol-vimento econômico e sus-tentável para o Amazonas. A outra traz o aproveita-mento turístico da paisa-gem urbana da Amazônia

ao contar a história da avenida 7 de Setembro, onde o passado e presente conseguem se encontrar e dialogar.

O livro é a reunião de dis-sertações das professoras turismólogas e pesquisa-doras da área de turismo Amanda Cristiane da Silva Morais Ramos e Márcia Raquel Cavalcante Guima-rães. Essas dissertações são frutos do 1º Minter da Universidade do Vale do Itajaí – Univali em turis-mo e hotelaria na Região Norte.

A publicação atende a

uma demanda extrema-mente carente de publi-cações em turismo no Amazonas e região que reflitam a realidade ama-zônica e, sobretudo, escrita por pesquisadoras locais dedicados aos estudos das especificidades da ativida-de turística na Amazônia. Voltado para estudiosos da região, assim como pla-nejadores e gestores pú-blicos, “Chão e Vão: Uma Amazônia Construída” já está disponível para todo o país na livraria virtu-al da Paco: http://goo.gl/e6bEAX.

LANÇAMENTO

Livro de pesquisado-ras aponta alternativas e oportunidades para o turis-mo em solo amazonense

Turismo no Amazonas em livro

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AÇÃO

Ana Carolina e Seu Jorge são nomes confi rmados na agenda da Fábrica de Eventos 2016, e o me-lhor, juntos no mesmo palco

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2016D8 Plateia

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