eleições 2014 - 18 de setembro de 2014

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Especial MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019 Eleições 2014 Eleições 2014 Especial Frente a frente, candidatos ao Senado em debate na TV Cinco candidatos que concorrem a apenas uma vaga no Senado Federal se enfrentaram, ontem, em primeiro debate O s cinco principais candidatos ao Se- nado Federal ficaram frente a frente na noite de ontem, durante o de- bate produzido por uma emis- sora de televisão local. Omar Aziz (PSD), Francisco Praciano (PT), Marcelo Serafim (PSB), Professor Queiroz (Psol) e Jô- natas Almeida (PTN) usaram o espaço para defender seus projetos e principalmente para pedir votos à população. Temas como educação, segurança e economia estiveram no centro das discussões. No primeiro bloco, os postu- lantes à única vaga disponível no Senado apresentaram suas principais intenções e seus currículos aos eleitores. Omar lembrou-se da experiência ad- quirida ao longo dos anos de vida pública, em especial quan- do esteve à frente do governo do Estado. “Nos meus 4 anos de governo, não houve um escân- dalo que envergonhasse minha administração”, afirmou. O socialista Marcelo Sera- fim destacou a parceria com a presidenciável Marina Silva e reiterou a vontade de trabalhar em prol da construção de escolas de tempo in- tegral, além da destina- ção de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o orçamento da saúde. Jônatas Almeida falou sobre sua vida como estudante de escola pública e falou sobre sua experiência no movimento estudantil e nos quadros de funcionários da Secretaria de Estado da Fazenda. Francisco Praciano (PT) foi o responsável por encerrar a rodada de apresentações. “Eu não compro voto, eu e o eleitor do Amazonas respei- tamos a democracia”, afir- mou. “Ganho eleição pela mi- nha história e pelas minhas lutas. Poucos políticos deste Estado lutaram tanto pelos estudantes como eu”, disse, lembrando das suas passa- gens pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) e Câmara Federal, onde atualmente ocupa uma cadeira pelo Par- tido dos Trabalhadores. Os postulantes ao Senado Federal falaram de suas trajetórias políticas, pretensões e propostas caso sejam eleitos para a única vaga disponível, nestas eleições, para representar o Estado do Amazonas Omar Aziz diz estar confiante nos anos que está na vida pública Marcelo Serafim afirmou querer representar o povo em Brasília Francisco Praciano lembrou sua trajetória e vitórias políticas Professor Queiroz (à esq.) chegou atrasado ao debate e levou bronca Candidato pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol), Professor Queiroz por pouco não foi excluído do debate entre os candidatos ao Senado Federal, realizado na noite de ontem. Alegan- do problemas com os con- gestionamentos da cidade, Professor Queiroz chegou faltando poucos minutos para ser iniciado o emba- te entre os cinco principais candidatos do pleito. O postulante chegou a receber o dedo em riste de um dos diretores da emissora responsável pela organização e transmissão do programa. Regras De acordo com as nor- mas estabelecidas para o encontro, os candidatos com representação na Câmara Federal deveriam estar na sede da emisso- ra até as 21h30. Queiroz chegou a cinco minutos da exibição do debate e no momento em que todos já estavam em posição para a transmissão. Candidato leva bronca por atraso FOTOS: DIEGO JANATÃ JOELMA MUNIZ Equipe EM TEMPO ELEIÇÕES 2014 - 01.indd 1 17/9/2014 23:59:45

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Eleições 2014 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO www.emtempo.com.br

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Page 1: Eleições 2014 - 18 de setembro de 2014

Especial

MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019

Eleições 2014Eleições 2014Especial

Frente a frente, candidatos ao Senado em debate na TVCinco candidatos que concorrem a apenas uma vaga no Senado Federal se enfrentaram, ontem, em primeiro debate

Os cinco principais candidatos ao Se-nado Federal fi caram frente a frente na

noite de ontem, durante o de-bate produzido por uma emis-sora de televisão local. Omar Aziz (PSD), Francisco Praciano (PT), Marcelo Serafi m (PSB), Professor Queiroz (Psol) e Jô-natas Almeida (PTN) usaram o espaço para defender seus projetos e principalmente para pedir votos à população. Temas como educação, segurança e economia estiveram no centro das discussões.

No primeiro bloco, os postu-lantes à única vaga disponível no Senado apresentaram suas principais intenções e seus currículos aos eleitores. Omar lembrou-se da experiência ad-quirida ao longo dos anos de vida pública, em especial quan-do esteve à frente do governo do Estado. “Nos meus 4 anos de governo, não houve um escân-dalo que envergonhasse minha administração”, afi rmou.

O socialista Marcelo Sera-fi m destacou a parceria com a presidenciável Marina Silva

e reiterou a vontade de t r a b a l h a r em prol da construção de escolas de tempo in-tegral, além da destina-ção de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o orçamento da saúde.

Jônatas Almeida falou sobre sua vida como estudante de escola pública e falou sobre sua experiência no movimento estudantil e nos quadros de funcionários da Secretaria de Estado da Fazenda.

Francisco Praciano (PT) foi o responsável por encerrar a rodada de apresentações. “Eu não compro voto, eu e o eleitor do Amazonas respei-tamos a democracia”, afir-mou. “Ganho eleição pela mi-nha história e pelas minhas lutas. Poucos políticos deste Estado lutaram tanto pelos estudantes como eu”, disse, lembrando das suas passa-gens pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) e Câmara Federal, onde atualmente ocupa uma cadeira pelo Par-tido dos Trabalhadores.

Os postulantes ao Senado Federal falaram de suas trajetórias políticas, pretensões e propostas caso sejam eleitos para a única vaga disponível, nestas eleições, para representar o Estado do Amazonas

Omar Aziz diz estar confi ante nos anos que está na vida pública

Marcelo Serafi m afi rmou querer representar o povo em Brasília

Francisco Praciano lembrou sua trajetória e vitórias políticas

Professor Queiroz (à esq.) chegou atrasado ao debate e levou bronca

Candidato pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol), Professor Queiroz por pouco não foi excluído do debate entre os candidatos ao Senado Federal, realizado na noite de ontem. Alegan-do problemas com os con-gestionamentos da cidade, Professor Queiroz chegou faltando poucos minutos para ser iniciado o emba-te entre os cinco principais candidatos do pleito.

O postulante chegou a receber o dedo em riste de um dos diretores da

emissora responsável pela organização e transmissão do programa.

RegrasDe acordo com as nor-

mas estabelecidas para o encontro, os candidatos com representação na Câmara Federal deveriam estar na sede da emisso-ra até as 21h30. Queiroz chegou a cinco minutos da exibição do debate e no momento em que todos já estavam em posição para a transmissão.

Candidato leva bronca por atraso

FOTOS: DIEGO JANATÃ

JOELMA MUNIZEquipe EM TEMPO

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2 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

José Melo conversa com trabalhadores do DistritoMelo iniciou a maratona de visitas na empresa LG. Em seguida, foi a vez de prestigiar os trabalhadores da Whirlpool

O governador e candi-dato à reeleição José Melo (Pros) fez visi-ta a duas empresas

do Polo Industrial de Manaus (PIM) nesta terça-feira, dia 17. Reconhecido pelo trabalho desenvolvido na educação e pelo empenho na aprovação da prorrogação da Zona Fran-ca de Manaus, o professor Melo, como era chamado pe-los industriários, foi recebido nas empresas LG Eletrônicos e Whirpool para conversar com os trabalhadores e apresentar sua plataforma de governo.

Melo iniciou a maratona de visitas a empresas do PIM pela LG. O governador foi recebido pela diretoria da multinacional, conheceu parte das instalações, conversou e almoçou com trabalhadores. Em seguida, Melo esteve na empresa Whirlpool. Durante sua passagem, o candidato também visitou as linhas de produção e cumprimentou cada um dos trabalhadores.

Nas conversas com os in-dustriários, Melo falou sobre seus projetos para a educa-ção. Entre as principais pro-postas está a expansão do orçamento do setor de 25% para 30% e a construção de escolas de tempo integral em todos os municípios. O fortale-cimento da UEA, com a criação de novos cursos, a ampliação do Cetam em Manaus e, no interior, devem ampliar os horizontes de oportunidades profi ssionais, ressaltou o go-

vernador. A proposta é oferecer no-vos cursos com grande ace i tação no mercado de trabalho.

Banco do povo Outra proposta inovadora é

a criação do Banco do Povo. Durante o bate-papo, José Melo disse que vai transfor-mar a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) em um banco popular direcio-nado aos médios e pequenos empreendedores. “É um banco comunitário onde a gente ga-rante mais facilidade na hora de acessar os recursos e me-nos burocracia. Aliado a isso, haverá um acompanhamento especializado para que o tra-balhador consiga sobreviver na fase que é a mais sensível para um novo empreendimen-to que é a inicial”, disse.

Melo reafi rmou seu compro-misso em fortalecer o modelo Zona Franca de Manaus, ga-rantindo a atração de novas empresas e criação de mais empregos. Entre as medidas, está a busca pela autonomia da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e a inclusão de representantes do Estado no grupo de traba-lho do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comercio (Mdic), que libera os Processos Produtivos Básicos (PPB) para projetos industriais.

O candidato José Melo esteve visitando, na manhã de ontem, fábricas do Distrito Industrial, onde conversou com trabalhadores

DIVULGAÇÃO ASSESSORIA

Eduardo Braga é recebido com festa em Carauari

CAMPANHA

Se tem um povo no Ama-zonas que conhece o signi-fi cado da máxima que diz que as eleições são a festa da democracia, esse povo mora em Carauari. Foi com muita festa que uma multi-dão recepcionou o senador Eduardo Braga, candidato ao governo do Amazonas pela coligação Renovação e Experiência, no comício que ele realizou na noite desta terça-feira na cidade.

Pulando e gritando, bem ao estilo “tira o pé do chão”, o povo mostrou que quer Eduardo Braga de volta ao governo do Amazonas. E na hora de ouvir as palavras do senador, parou e fi cou bem atento. “Eu não tenho o governo do meu lado. Eu não tenho a prefeitura do meu lado. Eu só tenho Deus e o povo para me ouvir e me abraçar em todo o Estado”, afi rmou o senador.

Eduardo Braga criticou a falta de propostas de seus adversários e a falta de re-alizações do atual governo em seus 4 anos de man-dato. “Quatro anos e meio depois, Carauari está cheia de buracos, esquecida e abandonada. E agora, que faltam 17 dias para as elei-ções, eles estão dizendo que vão fazer o que não fi zeram em 4 anos e meio”.

A falsa postura de humil-dade de alguns candidatos também foi citada no dis-curso de Braga. “Quem gosta

do povo, trabalha para ajudar os humildes. Quem quer o poder, se vende como hu-milde, mas esquece o povo”, afi rmou, aproveitando para pedir uma oportunidade à população de Carauari. “Eu quero poder trabalhar para mudar a vida de Carauari para melhor”, disse.

A verdade é que não há povo que saiba transformar

um comício em festa como o povo de Carauari. Após o discurso de Braga, sem se importar com o adiantado da hora, o povo levou o se-nador pelas ruas da cidade, pulando e cantando, em uma caminhada, que eles cha-mam de “esquenta”, que bem poderia ser confundida com uma micareta.

Mas não era uma micareta. Era a festa da democracia. Às vésperas das eleições. É a maneira com a qual o caraua-riense sabe dizer: “Eduardo Braga, estamos contigo! Dudu, Carauari é 15!”. Comício do candidato ao governo, Eduardo Braga, ocorreu na noite de terça-feira e reuniu uma multidão de moradores

DIVULGAÇÃO ASSESSORIA

PROPOSTA Durante visita ao município, o candida-to apresentou suas principais propostas para a população e também teceu críticas sobre a falta de revi-talização de áreas do município de Carauari

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3MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Agenda dos candidatos

Candidato cumpre agenda de visitas a municípios da calha do Juruá.

EDUARDO BRAGA

Candidato realiza bandeiraço às 6h30 no viaduto do São José. Em seguida, participa do plenário na Assem-bleia Legislativa do Amazonas. À tarde, faz caminhada no bairro Tancredo Neves, Zona Leste, e à noite tem encontro com apoiadores da Zona Centro-Sul.

MARCELO RAMOS

Candidato faz panfl etagem na sede dos Correios e à noite tem reunião com apoiadores de campanha.

HERBERT AMAZONAS

Candidato cumpre agenda no município de Coari.

ABEL ALVES

Candidato toma café da manhã às 6h no estaleiro Rio Negro. Em seguida, cumpre agenda administrativa como governador. Ao meio-dia, tem almoço com a comunidade portuguesa. No fi m da tarde, faz caminhada em bairro da Zona Norte e à noite reúne com associação de mulheres costureiras da Compensa.

JOSÉ MELO

Candidato concede entrevista pela manhã a uma emis-sora de TV local e à tarde faz viagem para os municípios de Barreirinha e Parintins.

CHICO PRETO

Candidato não divulgou agenda.

NAVARRO

Questão foi pauta principal do programa eleitoral dos candidatos José Melo e Eduardo Braga. Já Marcelo Ramos preferiu focar no eleitorado do interior

Em programa, candidatos debatem sobre segurança

Braga disse que boatos envolvendo seu nome são de opositores desesperados. Já Melo rebateu também todos os ataques

A pouco mais de duas semanas para as eleições, os prin-cipais candidatos

ao governo intensifi caram ontem os embates na pro-paganda eleitoral exibida na TV e rádio. Após a sequência de atos ocorridos relacio-nados à segurança pública na capital nos últimos dias, o senador Eduardo Braga (PMDB) e o governador José Melo (Pros) trocaram acusa-ções sobre o segmento. Já o candidato socialista Marce-lo Ramos (PSB) preferiu se manter fora da polêmica e focou sua apresentação no eleitorado do interior.

Eduardo Braga dedicou boa parte do programa para combater o que chamou de boatos disseminados pelos desesperados por conta da proximidade do pleito. Em uma reunião em que comuni-tários tiravam dúvidas sobre as “boatarias”, o candidato desmentiu informações de

que não continuará a política de valorização dos servido-res públicos. “Como eu posso acabar com uma política de valorização que eu mesmo criei?”, indagou.

O senador reforçou os ataques à gestão de Melo e do ex-governador Omar Aziz (PSD) em segurança, citando dados negativos no setor. “Eles fazem uma pro-paganda enganosa em que a segurança vai bem, mas a população sabe que não é assim”, afi rmou, mostrando comerciantes e comunitários reclamando da falta de poli-ciamento. A candidata a vice na chapa, deputada federal Rebecca Garcia (PP), reforçou o discurso e afi rmou que a violência “já domina a capital e até o interior”.

Já o governador José Melo iniciou o seu programa reba-tendo os ataques, exibindo notícias jornalísticas como “onda de assaltos” e “dis-seminação do tráfi co” ocor-ridos durante a gestão de Braga no governo, de 2003 a 2006. “Eles pensam que

vocês não têm memória”, dis-se o programa. A campanha do governador teme que o desgaste no setor estimule queda nas pesquisas, que vêm apontando um crescimento do candidato, apesar de não garantir levar a disputa para o segundo turno.

Melo mirou também o eleitorado da capital ama-zonense, abordando iniciati-vas emplacadas em parceria com o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB), aliado ao bloco. Ambos ressaltaram os proje-tos de recuperação das vias e a manutenção do abas-

tecimento de água na capital, r e c e n t e -mente aba-tido por um acidente. A campanha sugeriu que a quebra da parceria poderia “prejudicar o desenvolvimento da capital”, onde Braga lidera nas inten-ções de voto.

Correndo por foraAlertado pelas pesquisas

sobre a falta de crescimento no eleitorado do interior, o socialista Marcelo Ramos mirou a região e mostrou propostas do plano de go-verno para o setor. O par-lamentar exibiu produtores rurais em situação precária e abordou as propostas de suplementar os investimen-tos no setor primário, além de recuperar as vicinais da região. O candidato tam-bém destacou as viagens que fez ao interior para “entender as vocações”.

RAPHAEL LOBATOEquipe EM TEMPO

MIRA Braga dedicou todo o seu programa para combater o que cha-mou de boatos disse-minados por adversá-rios desesperados. José Melo disse que ondas de assalto ocorreram no governo de Braga

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Justiça indefere mandado contra CPI da Pedofi lia

A Comissão Parlamen-tar de Inquérito (CPI) da Pedofi lia da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) obteve, pela se-gunda vez, decisão fa-vorável do Tribunal de Justiça do Estado (TJAM) para continuar seu traba-lho sem interferência da Procuradoria de Coari.

É que a Justiça inde-feriu e tornou sem efeito o segundo mandado de segurança, impetrado pelo município, para ter acesso a documentos sigilosos, de posse da Comissão.

O presidente da CPI, deputado estadual Abdala Fraxe (PTN), afi rmou que a decisão da Justiça só refor-ça a seriedade dos traba-lhos desenvolvidos pela co-missão e a autonomia para continuar investigando os casos de pedofi lia pratica-dos não só em Coari, mas em todos os municípios do Estado.

“O tribunal convalidou a autonomia da CPI nas in-vestigações sem qualquer tipo de interferência”, en-fatizou o presidente, ao destacar que a comissão se

concentra, hoje, na análise dos extratos bancários da Prefeitura de Coari, envia-dos pelos bancos Bradesco, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

IndeferimentoEste foi o segundo man-

dado de segurança con-

tra a CPI, de autoria da Procuradoria de Coari, indeferido pelo TJAM. O primeiro foi extinto, em julho deste ano, após o tribunal ter entendido que a CPI da Pedofi lia tem a ga-rantia de sigilosidade dos seus atos e amparo cons-titucional para realizar as investigações.

HOMENAGEM

DECISÃO Comissão obteve on-tem pela segunda vez, a decisão favorável do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas para continuar seu trabalho sem interfe-rência da Procuradoria de Coari

Medida só reforma seriedade dos trabalhos, disse Fraxe

DIVULGAÇÃO / ASSESSORIA

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Page 4: Eleições 2014 - 18 de setembro de 2014

4 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Homem-bomba vira homem-traque e alivia CPMI

Foi tudo uma encenação patética: apresentado como “homem-bomba”, o potencial “explosivo” do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Cos-ta mais se assemelhou a um “traque”, trouxinha inofensi-va utilizada por crianças nos festejos juninos do Nordeste. O ex-diretor entrou mudo e saiu calado da CPMI, propor-cionando alívio em boa parte do plenário, onde estavam alguns suspeitos do Petrolão dos governos Lula e Dilma.

BlindagemTropa de choque do Pla-

nalto estava pronta para “blindar” o governo, caso o delator jogasse a roubalheira da Petrobras no ventilador.

Operação abafaEnvolvidos até o pesco-

ço, parlamentares do PT e PMDB atuaram para impe-dir tentativa da oposição de ouvir o ex-diretor em reunião secreta.

Olho do furacãoCom vários dirigentes cita-

dos na delação premiada de Paulo Roberto Costa, o PP não deu as caras ontem na CPMI da Petrobras.

Juntos contra umDeputado do PDT, aliado de

Dilma, Ênio Bacci (RS) seguiu exemplo do senador Gim Ar-gello (PTB-DF) e votou com a oposição na CPMI.

Espectro de Valério as-sombra sucessão mineira

Conexões de Marcos Valé-rio, do mensalão do PT, as-sombram o PSDB na sucessão estadual, em Minas. Indiciado pela PF por ter recebido R$ 300 mil, o candidato Pimenta da Veiga (PSDB) mudou a ver-são que apresentou dois anos

depois, ao retifi car o imposto de renda de pessoa física: a grana seria pagamento de consultoria, por meio de “pa-receres verbais”. Agora, ele atribui a consultoria a sua “pessoa jurídica”.

Sigilo quebradoPimenta da Veiga somente

faria retifi cação do seu im-posto de renda quando foi quebrado o sigilo bancário de Marcos Valério.

Pessoa jurídicaEsta semana, Pimenta dis-

se que não fez a declaração no prazo porque não havia constituído pessoa jurídica: “Precisava fazer por ela”.

‘Empréstimo’Faltou Pimenta da Veiga

combinar com Marcos Valé-rio: o tesoureiro do mensalão justifi cou o dinheiro como “empréstimo pessoal” ao amigo.

Já eraO PT dá como certa a der-

rota de Armando Monteiro (PTB), na disputa pelo gover-no de Pernambuco. Vai tentar “salvar” o petista João Pau-lo, empatado com Fernando Bezerra (PSB) na briga pelo Senado.

Efeito tratorO Planalto mobilizou ontem

parlamentares do PDT, PR e PCdoB, que nem sequer integram a CPMI, para lotar o plenário e ajudar o PT e o PMDB a “melar” o depoimen-to do ex-diretor corrupto da Petrobras.

A viúva sumiuViúva do ex-deputado

José Janene (PP-PR), estrela do mensalão, Stael Janene chegou a ensaiar denúncia, mas submergiu após ganhar proporções o escândalo en-volvendo Alberto Youssef e

Petrobras.

A vida como ela éA declaração de votos para

Dilma dos reitores que ela nomeou, nas universidades, só foi superada pelo apoio de supostos “líderes” dos pro-testos de 2013 que chefi am ONGs bancadas com dinheiro público.

Gastos secretosO Boletim Estatístico de

Pessoal do Ministério do Planejamento deixou de ser atualizado. Ninguém sabe ao certo quanto foi gasto com salários de servidores nos últimos meses. Dados mais recentes são de junho.

Apagão no ParáBelém se viu mergulhada

nas trevas desde terça-fei-ra, sem internet, sem celular, sem acesso a pagar contas com cartão de crédito ou débito, nem fazer saques nos caixas. Caos total. E sem explicações.

Mulheres vetadasNa negociação para defi nir

o substituto de Arruda na disputa pelo governo do DF, o escaldado Joaquim Roriz fez apenas uma imposição: manter as respectivas mu-lheres, e até fi lhas, fora da cabeça de chapa.

Pode isso, TRE?Passeata do PT no início

da noite, ontem, em Brasília, parecia desfi le de servidores do governo do DF. Sempre ausente onde é necessário, o Detran-DF se fez representar por cinco viaturas e mais cinco motos.

Pensando bem......depois de jogarem um de-

putado numa lixeira, na Ucrâ-nia, não será surpresa se come-çarem a sumir latas de lixo em Brasília, Rio, São Paulo...

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

O fogo da juventude

www.claudiohumberto.com.br

Isto aqui não é teatro”

VANESSA GRAZZIOTIN (PCDOB-AM) fi ngindo acreditar na seriedade da CPMI da Petrobras

Representando o regime militar, Eli-seu Resende foi candidato ao governo de Minas, em 1982, contra Tancredo Neves (PMDB). Pouco conhecido e sem experiência, ele cometeu um erro: centrou sua campanha na crítica à idade do adversário:

- Não podemos entregar o Estado a quem, numa idade provecta, não pode sustentar o peso da administração – declarou na TV.

Tancredo ficou ofendido, mas não passou recibo. Dois dias depois, foi à televisão, elogiou o adversário para depois acabar com ele:

- Konrad Adenauer deixou o governo da Alemanha aos 80 anos, após reconstruir o país. Já o jovem Nero, aos 31, tocou fogo em Roma...

DIVULGAÇÃO

Até agora, o tribunal registrou 23 casos de sanções envolvendo a candidata a presidente

Petista foi a candidata que teve maior registro de punição relacionadas a propaganda irregular. Aécio está em segundo

Dilma foi quem recebeu mais punições do TSE

Desde que come-çou ofi cialmente a campanha, a Justiça Eleitoral tem aplica-

do uma punição a cada três dias, em média, a candidatos à Presidência da República por propaganda eleitoral irre-gular. Foram 23 até a última segunda-feira. A presidente Dilma Rousseff , candidata à reeleição, foi quem mais sofreu sanções até agora. A coligação de Dilma tinha sofri-do 17 decisões desfavoráveis por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na sequência, aparecem seus dois principais adver-sários, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), respecti-vamente. Aécio recebeu cin-co punições e Marina, uma. Todos os casos se referem

a ilegalidades cometidas na propaganda eleitoral no rá-dio, na TV ou na internet. Por enquanto, as punições foram em caráter liminar e no sen-tido de suspender ou exigir a correção de comerciais, pan-fl etos e programas no ho-rário eleitoral. Não houve a aplicação de multas.

As campanhas de Dilma e Aécio são as que mais recor-rem à Justiça para contestar a conduta dos adversários. Dilma foi a mais acionada até o momento. As mais recentes sanções arbitradas contra ela foram em resposta a pedi-dos da campanha de Aécio por inserções veiculadas no horário eleitoral.

Em uma delas, a Justiça determinou que fosse retirada do ar a propaganda em que a campanha de Dilma referia-se a Aécio e seus apoiadores como “desesperados”. “Agora que terminou o programa dos desesperados, vai começar o programa de quem tem pro-postas para o Brasil seguir mudando para melhor”, dizia a propaganda, exibida no início deste mês no rádio.

Aécio critica cadastro de programaO candidato à Presidên-

cia da República pelo PSDB, Aécio Neves, afi rmou nesta quarta-feira (17) em evento de campanha em São Paulo que manterá o Bolsa Famí-lia, mas que irá abrir o que chamou de “caixa-preta” no cadastro dos destinatários do programa.

“Nós queremos a política da superação da pobreza. E é isso que nós estamos fa-zendo. Primeiro a questão pontual: nós vamos abrir essa caixa-preta que é o cadastro

do Bolsa Família. Ninguém sabe direito o que está acon-tecendo no Bolsa Família, você não consegue saber”, declarou o presidenciável.

No último dia 10, o Tri-bunal de Contas da União (TCU) divulgou fi scalização que aponta que o número de pobres e extremamente pobres no Brasil pode estar subestimado devido a distor-ções em índices utilizados no Bolsa Família. A distorção, segundo o TCU, está rela-cionada à falta de correção

do valor da renda usado pelo governo para defi nir se uma família é pobre ou extre-mamente pobre e, por isso, elegível a receber recursos do Bolsa Família.

O presidenciável disse já ter solicitado, como sena-dor, acesso a informações sobre o programa, mas não obteve resposta. ““O governo não responde estes requeri-mentos de informação para saber como está a escolari-dade destes meninos, a va-cinação”, disse.

BOLSA FAMÍLIA

PUNIÇÕES Na sequência, apare-cem seus dois prin-cipais adversários, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), respectivamente. Aécio recebeu cinco punições e Marina, uma

Ex-deputado deixa o semiaberto O ministro Luís Roberto

Barroso, do Supremo Tribu-nal Federal (STF), autorizou que o ex-deputado federal Bispo Rodrigues (do extinto PL, atual PR) deixe o regime semiaberto para cumprir o restante de sua pena de prisão em regime domiciliar. O pedido de progressão de regime foi feito pela defesa do ex-parlamentar no dia 4 de setembro, com a alega-ção de ele já cumpriu um sexto da pena.

Condenado a 6 anos e 3 meses de prisão no julga-mento do mensalão, Bispo Rodrigues fi cou menos de um ano na cadeia, já que foi preso no dia 5 de dezembro do ano passado. No entanto, ele teve dias da pena descon-tados porque trabalhou. A cada três dias de trabalho, o detendo pode descontar um dia da pena. Pela legislação penal, o preso pode reque-rer regime de punição mais brando depois de cumprir um sexto da punição e tiver

bom comportamento.“Quanto ao requisito tem-

poral, observa-se a existên-cia de dias remidos pela realização de atividades laborativas e educacionais devidamente comprovadas

e reconhecidas pelo juízo da execução penal do Distrito Federal. Tal como destaca o procurador-geral da Re-pública, a atual redação do art.128 da Lei de Execução Penal autoriza expressa-mente a consideração dos dias remidos para fi ns de

verifi cação do cumprimen-to do prazo exigido para a progressão”, disse Barroso ao deferir o pedido feito pela defesa do condenado no mensalão.

Bispo Rodrigues começou a trabalhar numa rádio em janeiro, enquanto cumpria pena no regime semiaberto. Em maio, o então presi-dente do Supremo e rela-tor do mensalão, Joaquim Barbosa, revogou a autori-zação de trabalho concedi-da pela Vara de Execuções Penais aos condenados no mensalão.

Em julho, o plenário do Su-premo restabeleceu a eles o direito de trabalhar fora da cadeia durante o dia. Bispo Rodrigues voltou, então, a trabalhar na rádio e a ter dias de pena descontados. Outros dois presos por con-denações no processo do mensalão já obtiveram o direito de cumprir a pena em casa– José Genoino e Jacinto Lamas.

BISPO RODRIGUES

PENA Condenado a 6 anos e 3 meses de prisão no julgamento do mensalão, Bispo Ro-drigues fi cou menos de um ano na cadei-ra, já que foi preso no dia 5 de dezembro do ano passado

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Page 5: Eleições 2014 - 18 de setembro de 2014

5MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

PRE pede à Justiça cassação de Melo, Henrique e PlatinyEm investigação, Procuradoria Eleitoral apontou que comandantes da PM usaram tropas em favor da campanha de José Melo

A PRE-AM pediu à Justiça Eleitoral a cassação do registro de candidatura de José Melo, de seu vice, Henrique Oliveira, e do policial militar e candidato a deputado estadual, Platiny Soares

A crise política no co-mando da Polícia Mi-litar (PM) resvalou na campanha à reeleição

do governador José Melo (Pros). A Procuradoria Regional Elei-toral no Amazonas (PRE-AM) pediu à Justiça Eleitoral, on-tem à tarde (17), a cassação do registro de candidatura do atual governador, de seu vice na chapa, o deputado federal Hen-rique Oliveira (SD), e do policial militar e candidato a deputado estadual, Platiny Soares (PV), por suspeita de abuso de poder político, ao usarem ilegalmente a estrutura da PM em favor da campanha de Melo.

Na mesma Ação de Investi-gação Judicial Eleitoral (Aije), o órgão pede ainda o afastamen-to do comandante e do subco-mandante da PM, os coronéis Eliezio Almeida e Aroldo Ribeiro, apontados como “cabos eleito-rais” do governador, dentro da corporação. De acordo com o procurador eleitoral substituto, Jorge Medeiros, uma das provas – e mais contundente – é uma gravação de áudio, feita no dia 27 de agosto, no quartel

do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM), localizado no bairro Cachoeirinha, Zona Sul de Manaus, a qual registra uma reunião entre o comandante Eliezio e um grupo de ofi ciais. No encontro, Eliezio exige que os ofi ciais direcionem as ações das tropas em prol da reeleição do governador, como forma de “retribuir tudo o que ele fez pela

corporação” – em uma referên-cia ao reajuste salarial concedi-dos aos policiais militares, civis e bombeiros, após paralisação de parte da categoria no meio do ano. Esta gravação, segundo Medeiros, foi entregue à PRE-AM pelo major PM Franciney Bó, que foi líder do Comando de Policiamento Especializado

(CPE) e pe-diu exonera-ção do cargo depois que Eliezio assu-miu o posto de coman-dante da PM, com a saída do coronel Almir David, dando início à crise política na PM. Ainda segundo Medeiros, um dia após a reunião no quartel, a equipe de campanha política de Melo usou viaturas policiais e o prédio de um quartel da PM para fazer gravações, cujas imagens foram ao ar na pro-paganda eleitoral gratuita no dia 8 de setembro.

‘Favores’Ele citou ainda que o comando

da PM concedeu favores admi-nistrativos, sem fundamentos legais, a policiais militares que estiveram envolvidos no movi-mento grevista, com objetivo de obter apoio político. “Foram concedidas, por exemplo, férias de 90 dias a policiais milita-res lotados na Casa Militar. A esposa do atual comandante (Eliezio) foi nomeada assessora especial da Casa Militar”, acres-centou o procurador.

AFASTAMENTOA Ação de Investigação Judicial Eleitoral pede ainda o afastamento do comandante e do sub-comandante da PM, os coronéis Eliezio Almeida e Aroldo Ribeiro, apon-tados como “cabos elei-torais” do governador

Além da gravação de áu-dio, explicou o procurador, ainda há depoimentos e publicações em boletins internos e no Diário Ofi-cial do Estado (DOE) como provas contra Melo, Henri-que, Platiny e os coronéis Eliezio e Aroldo.

Na ação, a PRE-AM pede que, ao final do processo, seja declarada a inelegi-bilidade dos candidatos por 8 anos.

Segundo o procurador eleitoral substituto, Jorge Medeiros, a movimenta-ção das tropas da PM em torno da candidatura de José Melo tinha o apoio de Platiny Soares, que é pre-sidente da Associação dos Praças do Estado do Ama-zonas (Apeam) e candidato a deputado estadual.

A candidatura dele foi im-pugnada pela Justiça Fede-ral, por conta de processo disciplinar que resultou em sua expulsão da PM. Porém,

o governador contrariou a decisão da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e publi-cou um decreto anulando a exclusão de Platiny dos quadros da PM. Com isso, o policial militar apresentou um mandado de seguran-ça para reverter a decisão judicial e tentar seguir na campanha eleitoral.

O procurador destacou que a paralisação de uma parte dos policiais milita-res, em maio, seguida da inércia do comando da PM, que soube do movimento grevista com antecedên-cia, serviu para dar proje-ção política a Platiny.

Defesa de MeloA assessoria de impren-

sa do candidato José Melo informou, ontem, que o de-partamento jurídico criti-cou a postura da PRE-AM, que anunciou o pedido de

cassação dos registros de candidatura do governa-dor antes de comunicar ao candidato. Informou ainda que os advogados irão se pronunciar somente após a notificação judicial. Platiny Soares afirmou que o apoio ao candidato José Melo ocorre dentro da legalidade e negou in-fluenciar politicamente os colegas de farda em favor do candidato.

“A minha relação com o go-vernador é entre candidatos aliados”, disse. Sobre o pro-cesso judicial que envolve a sua candidatura, ele disse que o mandado de seguran-ça está em análise.

PM não respondeuA assessoria de imprensa

da Polícia Militar recebeu e-mail com perguntas ao comandante da PM, Eliezio Almeida, mas até o fecha-mento desta edição, não houve resposta.

Procurador guarda outras provasCARLOS EDUARDO MATOSEquipe EM TEMPO

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6 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

CMM debate auxílio-alimentaçãoO projeto de lei nº

278/2014, do Executivo mu-nicipal, que garante o paga-mento auxílio-alimentação dos professores da rede municipal de ensino, iniciou tramitação na Câmara Mu-nicipal de Manaus (CMM), na manhã de ontem, em regime de urgência. Após a delibera-ção e aprovação da matéria, a mesma segue agora para a análise da Comissão de Cons-tituição, Justiça e Redação (CCJR) da casa legislativa.

A proposta em análise na casa legislativa dispõe que o parágrafo único do artigo 3º da lei nº 1.905, de 12 de se-tembro de 2014, não se aplica aos servidores profi ssionais de magistério da Secreta-ria Municipal de Educação (Semed), assegurando a per-cepção do auxílio atualmente pago pelo Executivo.

O artigo 3º da legislação municipal diz que, na hipó-tese de acumulação lícita de cargos públicos, na forma da Constituição Federal, o servi-dor receberá apenas um au-

xílio-alimentação. Com isso, criou-se uma interpretação equivocada de que algumas categorias de servidores que recebem o benefício, de for-ma cumulativa, fi cariam proi-bidos de recebê-lo, a partir

da edição da nova lei.

LegislaçãoA lei nº 1.905, de 12 de

setembro de 2014, dispõe sobre o auxílio-alimentação no âmbito do Poder Execu-tivo. Segundo o artigo 2º, o auxílio-alimentação destina-se a subsidiar as despesas

com a refeição do servidor, é pago em pecúnia e tem caráter indenizatório.

A matéria garante que a vantagem é devida aos ser-vidores ativos ocupantes de cargos, de provimento efetivo e em comissão, e empregos públicos do Poder Executivo, inclusive ao pessoal temporá-rio contratado sob o regime de direito administrativo, obe-decidos os critérios estabele-cidos em regulamento, sendo que o valor mensal do auxílio será estabelecido por decreto do chefe do Executivo.

Conforme explicou o secre-tário da Casa Civil, Louren-ço Braga, durante visita a CMM, na terça-feira (16), a lei 1.905/14 tem o objetivo de transportar para outro ambiente legal o auxílio-ali-mentação por exigência do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Até então, o benefício era pago por decreto. “Não criamos nada novo, apenas demos um novo revestimento de legalidade ao pagamento do auxílio”, destacou.

PROFESSORES

Projeto começou a tramitar ontem na Câmara e garante auxílio aos professores municipais

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Josué Neto diz que vetos não prejudicam tramitação Presidente da Aleam declara que os trabalhos na casa não estão travados e que semana que vem ocorrerá votações

O presidente da As-sembleia Legisla-tiva do Amazonas (Aleam), deputado

Josué Neto (PSD), esclareceu, ontem, que a próxima pauta de votação no plenário da casa deverá acontecer na próxima semana e que os vetos go-vernamentais em tramitação não estão impedindo a reali-zação das sessões plenárias de votação.

Segundo Josué Neto, em razão da movimentação dos deputados neste período eleitoral, às sessões de vo-

tação serão real izadas s o m e n -te quando houver pau-tas reunindo matérias do governo e de outras insti-tuições, PECs e outros projetos dos deputados. O presidente explicou que a ausência de vo-tação não signifi ca ausência de sessões normais, traba-lhos administrativos, análise de projetos etc.

Diferente do que está acon-

tecendo na Câmara dos Depu-tados, em Brasília, onde desde o mês de julho tem uma inter-rupção informal nos trabalhos, o chamado “recesso branco”, a Aleam continua trabalhan-do e realizando sessões. Para que a Assembleia não entre em “recesso branco”, a mesa diretora está estabelecendo uma pauta de votação que reúna uma quantidade sig-nifi cativa de projetos para serem votados em datas pré-estabelecidas.

Josué acrescentou que a votação mais recente acon-

teceu no dia 9 deste mês, quando foi votada em regime de urgência a PEC nº 2/14 dos Peritos, que dá autonomia ao Departamento de Polícia Técnico-Científi ca da Polícia Civil do Amazonas. De acordo com o presidente da Aleam, no momento, as matérias estão tramitando nas comissões, inclusive os vetos governa-mentais a emendas feitas em projetos de lei e, logo que houver um volume razoável de projetos, será marcada a data de votação, que poderá ser na próxima semana.

Medida Para evitar esvaziamento

do plenário legislativo, o pre-sidente da casa decidiu des-contar dos salários dos parla-mentares cada falta. Somente no primeiro mês de experi-ência, 11 dos 24 deputados estaduais tiveram alteração na sua folha de pagamento. Segundo a própria casa, a cada dia de falta o parla-mentar é descontando em R$ 668. Um deputado ganha R$ 20.042,35 por mês.

De acordo com a tabela de vencimentos, o deputado

Marcelo Ramos (PSB) foi o que sofreu maior desconto do salário, R$ 2.672,31, por quatro faltas, todas justifi -cadas solicitando o desconto de salário.

Sidney Leite (Pros) e Vera Castelo Branco (PTB) tiveram o segundo maior desconto, R$ 2.004,24 no salário de cada um, por três faltas de cada. Vera não justifi cou duas das suas faltas. Tiveram descon-tos de R$ 1.336 os deputados Cabo Maciel (PR) e Arthur Bisneto (PSDB) por duas fal-tas cada um.

Josué Neto declarou em razão da movimentação dos deputados neste período eleitoral, as sessões de votação serão realizadas somente quando houver pautas reunindo matérias do governo

TRÂMITE Após a deliberação e aprovação da matéria que discute o auxílio-alimentação, a mes-ma segue agora para análise da Comissão de Constituição Justi-ça e Redação da casa legislativa

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7MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Marina: ‘cara de santinha’ e ‘vontade de ódio’, diz SarneySenador classifi cou Marina como alguém radical e raivosa e que quando fala em diálogo “ela quer converter você”, afi rmou

Em discurso repleto de crí-ticas a rivais, o senador José Sarney (PMDB-AP) foi ao ataque contra Ma-

rina Silva e disse que a candidata ao Planalto pelo PSB tem “cara de santinha” e “vontade de ódio”. “A dona Marina, com essa cara de santinha, mas (não tem) nin-guém mais radical, mais raivosa, mais com vontade de ódio do que ela. Quando ela fala em diálogo, o que ela chama de diálogo é converter você”, afi rmou.

O ex-presidente fez as de-clarações ao estrear em São Luís, na noite de terça-feira (16), no palanque de Lobão Filho (PMDB), fi lho do ministro Edison Lobão (Minas e Ener-gia) e candidato ao governo do Estado com apoio de Sarney e sua fi lha Roseana, atual gover-nadora do Maranhão.

Em tom duro e irônico, o senador de 84 anos pediu votos para Dilma (“uma mulher de comando”) e disse conhecer a “outra”, numa referência a Marina, com quem conviveu por 16 anos no Senado. “Ela (Ma-rina) pensa que o mundo tem duas partes: uma condenada à salvação e outra à perdição”, disse Sarney, saudado pelos público presente aos gritos de “guerreiro do povo brasileiro”.

DespedidaA campanha deste ano marca

a despedida do senador e de Roseana da disputa por cargos públicos. Ele desistiu de tentar a reeleição ao Congresso, e a fi lha

não quis con-correr a vaga no Senado.

Com a ma-nutenção do poder local ameaçada por Flávio Dino (PC do B), que lidera com 42%, ante 30% de Lobão Filho, segundo Ibope do último dia 6, Sar-ney avançou contra rivais que

se dedicam a “falar mal do Maranhão”. “Quase tudo que tem na nossa terra, que eles falam mal, passou pelas mi-nhas mãos. Até mesmo esses inimigos meus, todos passa-ram pela minha mão”, disse. “Não tem um (inimigo) que não tivesse me bajulado. Se eu pedisse, eles iam lamber meus pés”, completou.

Embora tenha conquistado os últimos mandatos de se-nador pelo Amapá, Sarney fez carreira no Maranhão, onde governou de 1966 a 1971.

Em comício, no Maranhão, o senador e ex-presidente da República, José Sarney não poupou críticas e ironias a Marina Silva

De acordo com a pesquisa Ibope, divulgada pela TV Globo e o jornal “O Estado de S. Pau-lo”, Marina Silva (PSB) lidera a disputa entre os eleitores jovens, de 16 a 24 anos, com 34% das intenções de voto. Ela é seguida por Dilma Rousseff (PT), com 30%. Aécio Neves (PSDB) tem 20%. Outros can-

didatos somam 2%.Na pesquisa nacional do

Ibope, divulgada na terça-feira (16), Dilma tem 36%, contra 30% de Marina e 19% de Aécio.

Ontem, em um bate-papo com internautas do Facebook, realizado no início da noite, a candidata do PSB à Presidência

da República, Marina Silva, dis-se não ser preciso ser “gerente” para assumir a gestão do Bra-sil. A socialista citou inclusive o exemplo dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para justifi car sua afi rmação. “A história de que para ser presidente é preciso

ser um gerente é uma visão equivocada. FHC e Lula não eram gerentes, mas homens com visão estratégica. Eles conseguiram dar uma contri-buição. O sociólogo conseguiu fazer o plano da estabilidade econômica e o operário fez o plano da inclusão social”, afi rmou Marina.

Candidata lidera disputa entre jovens, diz Ibope

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Oposição: desvios são ligados ao PT

Com a manutenção da ses-são aberta da CPI mista da Petrobras e diante do silêncio do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, parlamentares da oposição adotaram a es-tratégia de relacionar as re-centes denúncias envolvendo a Petrobras com o mensalão do PT. Às vésperas das eleições, parlamentares afi rmaram que a presidente Dilma Rousseff , candidata à reeleição pelo PT, tem responsabilidade sobre o esquema. Na época em que Costa atuou na estatal, Dilma era presidente do Conselho Ad-ministrativo da empresa.

“Esse não é o mensalão dois. É o mesmo mensalão com fon-tes diferentes pagando políti-cos. O operador lá atrás [no caso do mensalão] era Marcos Valério e o operador dentro do governo era Paulo Roberto

Costa”, afi rmou o deputado Fer-nando Francischini (SDD-SP). “Ele é chamado de Paulinho por Lula. O esquema de publicidade acabou, mas outro surgiu ren-dendo mais. O governo Lula, Dilma e o PT não aprenderam com o mensalão. Lá, foram condenados pelo (STF) mas o esquema é o mesmo. Esta-mos diante da continuidade do braço indicado por Roberto Jeff erson (delator do mensa-lão)”, afi rmou o deputado Ônyx Lorenzoni (DEM-RS).

Culpa de DilmaPara o líder do PPS, deputado

Rubens Bueno (PR), Dilma tem responsabilidade sobre quem foi indicado para dirigir seto-res da Petrobras e criticou sua postura de dizer que não sabia de nada. “Estamos vendo que as nomeações daqueles que

hoje estão sendo investigados e nominados como quadrilha que tomou contra da Petrobras teve o aval, o apoio do ex-presidente Lula, da atual presidente Dilma durante todo o período. Não apenas o aval, mas a nomeação. Se não sabem de nada, o que estão fazendo lá”, disse.

Dilma tem dito que não sa-bia do esquema montado por Costa na estatal e afi rmou que, se soubesse, não apenas teria demitido o ex-diretor como te-ria mandado investigar, como aconteceu neste ano. Ela expli-cou que Costa foi demitido da Petrobras em 2012 por falta de afi nidade com ela.

Os parlamentares da opo-sição tentaram, no início da sessão, tornar a sessão secreta com o argumento de que eles poderiam tentar convencer Costa a falar alguma coisa.

Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, foi convocado a depor na CPI mas fi cou calado

AGÊNCIA SENADO

IRONIASEm tom duro e irônico, Sarney pediu votos para Dilma (“uma mulher de comando”) e disse conhecer a “ou-tra”, numa referência a Marina, com quem conviveu por 16 anos no Senado

Debate CNBB só mostrou Aécio maduro

O debate promovido na ter-ça-feira (16) pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB ) com os candidatos à Presidência da República indi-cou algumas características que os concorrentes demonstram na fala, postura e nos gestos, em meio a uma campanha eleitoral que exige esforço, resistência e fl exibilidade. Esses aspectos foram observados pela fonoau-dióloga e doutora em linguística Claudia Cotes, que analisou a linguagem corporal dos candi-datos no debate.

Segundo Claudia, Marina Sil-va (PSB), rouca e com falhas na voz, mostrou sinais de cansaço físico e possivelmente emocio-nal, após sofrer ataques dos adversários nas últimas sema-nas. Mas ao focar nas propostas, utilizou palavras que remetem a inovação e construiu bem as frases, introduzindo aspectos emocionais. A avaliação da es-pecialista foi de que Marina se saiu bem no debate.

Dilma Rousseff (PT) deixou um pouco de lado o estilo agressi-vo e se expressou melhor, de acordo com Cotes. Dilma teve momentos de rouquidão na voz, mas controlou as expres-sões faciais de irritação, raiva e preocupação, observadas nos debates anteriores.

Ainda segundo a especialista, Aécio Neves (PSDB), terceiro colocado nas pesquisas, fi xou o olhar fi rmemente na câmera, mas mostrou falta de fi rmeza na postura corporal e usou de muita formalidade na fala.

NA TVPETROBRAS

Doleiro Alberto Youssef é condenado a quatro anos

O doleiro Alberto Yous-sef foi condenado ontem (17) a quatro anos e quatro meses de prisão por em-préstimos fraudulentos que fez no Banestado, ban-co estatal do Paraná que fez uma série de operações ilegais com dólar nos anos 1990 e 2000.

Youssef havia sido per-doado por esse crime no acordo de delação pre-miada que fez em 2004. Mas, como Youssef des-respeitou a promessa de não voltar a atuar no mercado paralelo, o pro-cesso foi reaberto pelo juiz Sergio Moro. A ação penal havia sido aberta em 2003.

É a primeira conde-nação do doleiro desde que ele foi preso em

17 de março deste ano pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, sob acusação de comandar um esquema de lavagem que teria movimentado R$ 10 bilhões.

EmpréstimoSegundo decisão do

juiz, a ação penal pro-vou que o doleiro obte-ve um empréstimo em agosto de 1998 de US$ 1,5 milhão da agência do Banestado que fi ca nas Ilhas Cayman de-pois de pagar US$ 131 mil de propina ao diretor de operações internacio-nais do banco.

Ele foi condenado por corrupção ativa e por gestão fraudulenta de instituição fi nanceira.

Yousseff foi condenado por empréstimos fraudulentos

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OPERAÇÃO LAVA JATO

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8 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

EXPEDIENTEEDIÇÃO Isabella Siqueira de Castro e Costae Náis Campos

REPORTAGEMJoelma Muniz, Raphael Lobato, Márcia Oliveira e Carlos Eduardo Matos

REVISÃODernando MonteiroGracycleide Drumond eJoão Alves

DIAGRAMAÇÃOMarcelo Robert, Marcones Freire e Pablo Filard

TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

‘Nem que a vaca tussa vou reduzir direitos trabalhistas’Dilma diz que o direito às férias e ao 13º salário está entre os itens que não podem ser alterados para atender a empresários

A presidente Dilma Rousseff , que disputa a reeleição pelo PT, afi rmou ontem (17)

que não fará reformas na lei trabalhista que reduzam direi-tos dos trabalhadores, “nem que a vaca tussa”. Segundo Dilma, o direito às férias e ao décimo terceiro salário está entre os itens que não podem ser alterados para atender a interesses de empresários.

“Eu não mudo direitos na legislação trabalhista. Férias, décimo terceiro, Fundo de Ga-rantia do Tempo de Serviço (FGTS), hora extra, isso não mudo nem que a vaca tussa”, enfatizou a candidata, em en-trevista após encontro com empresários na Associação Comercial e Industrial de Cam-pinas, no interior paulista.

Em alguns casos, segundo Dil-ma, é possível fazer adaptações na lei, mas sem reduzir direitos, como no caso de trabalho de jo-vens aprendizes em micro e pe-quenas empresas. A candidata lembrou que a lei determina que os empresários paguem pela formação dos aprendizes, mas, para estimular a contratação, o governo anunciou na última semana que, nesses casos, a formação será custeada com recursos do Programa Nacional

de Acesso ao Ensino Técni-co e Emprego (Pronatec).

MedosA candi-

data à ree-leição voltou a comentar uma proposta apresentada nos últimos dias, de que, se reeleita, criará um regime tributário de transi-ção para que micro e peque-nos empresários não tenham que limitar o crescimento por medo de perder os benefícios e isenções do Simples Nacional. Dilma também se comprome-teu a “acabar com a indústria da multa”, garantindo que a atuação dos fi scais tributários nas empresas de pequeno porte seja primeiro educativa, antes da aplicação da punição.

Ela reforçou o compromisso de reduzir a burocracia para os processos de abertura e, principalmente, fechamento de empresas e disse que as primei-ras medidas serão anunciadas ainda neste mês. “Abrir e fechar empresas no Brasil é, de fato, um grande desafi o. Temos o compromisso de assegurar que esse tempo seja reduzido, que saia de 100, para, em alguns casos, cinco dias”.

Eleitor de Dilma Rous-seff nas eleições de 2010, o estudante de direito Benedito Pereira Lima, 25, foi pego de surpresa com a visita da presidente a Campi-nas, na manhã de ontem (17). “Perguntei, e dis-seram que era a Dilma. Então saí correndo para preparar meu protesto”, disse o estudante, que trabalha como vende-dor numa loja de ele-trodomésticos.

Quando retornou ao local do evento, conse-guiu se aproximar da presidente, que desfi la-va em carro aberto.

Frente a frente, pediu para pegar na mão dela e a surpreendeu ao entre-gar uma folha de papel sulfi te, onde ironizava: “Dilma, obrigado pelo trem-bala. #fi coulindo”.

Estudante protesta em Campinas

Presidente e candidata à reeleição também promete facilitar a criação e o fechamento de empresas

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Brasil terá 2,4 milhões de mesáriosNas eleições do próximo

dia 5 de outubro, mais de 2,4 milhões de mesários estarão trabalhando para atender os 142,8 milhões de eleitores que estão aptos a votar nas eleições gerais deste ano.

Mais da metade desses me-sários são voluntários, ou seja, se apresentaram de livre e espontânea vontade à Justiça Eleitoral para colaborar com o exercício da democracia no dia da eleição. Os mesários estarão espalhados pelos 5.570 municípios do país e também em 141 cidades de 89 países

onde os brasileiros podem vo-tar. “O mesário tem um papel essencial no processo eleitoral e participação importante no exercício da cidadania”, des-tacou a secretária de gestão de pessoas e coordenadora do Grupo de Trabalho de Mesários do TSE, Zélia Miranda.

Os mesários que foram con-vocados receberam a comuni-cação por meio dos Correios, que foi enviada até o dia 6 de agosto. Entre as funções de-senvolvidas por eles na seção eleitoral estão a de presidente da Mesa Receptora de Votos

e de Justifi cativas, 1º ou 2º mesário, 1º ou 2º secretário e suplente. No dia da eleição, são os mesários os responsáveis por organizar a seção eleitoral, identifi car os eleitores, autori-zá-los a votar, operar a urna ele-trônica, processar justifi cativas e conduzir, com tranquilidade, os trabalhos de votação. Eles não podem usar vestuário ou objetos que contenham qual-quer propaganda de partido, coligação ou candidato.

BenefíciosO serviço prestado pelo me-

sário não gera remuneração, mas dá direito a auxílio-alimen-tação e dois dias de folga, no serviço público ou privado, para cada dia trabalhado. Também é considerado critério de desem-pate em concursos públicos, desde que previsto em edital.

Caso o mesário não possa comparecer, ele deve enviar uma justifi cativa ao juiz elei-toral responsável até cinco dias após a convocação. Se os impedimentos surgirem depois desse prazo, haverá tolerância, quando compro-vada a justifi cativa.

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Os mesários estarão espalhados pelos 5.570 municípios do país

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