eleições 2014 - 20 de setembro de 2014

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Especial MANAUS, SÁBADO, 20 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019 Eleições 2014 Eleições 2014 Especial Dilma tem 37% dos votos, Marina 30% e Aécio 17% Pesquisa do Datafolha divulgada ontem também faz simulação de 2º turno, onde Dilma e Marina estão empatadas P esquisa Datafolha di- vulgada nesta sexta- feira (19) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto na corrida para a Presidência da Repúbli- ca: Dilma Rousseff (PT): 37%, - Marina Silva (PSB): 30%, Aécio Neves (PSDB): 17%, Pastor Everaldo (PSC): 1%, Luciana Genro (PSOL): 1%, Eduardo Jorge (PV): 1%, Zé Maria (PSTU): 0%, Rui Costa Pimenta (PCO): 0%, Eyma- el (PSDC): 0%, Levy Fidelix (PRTB): 0%, Mauro Iasi (PCB): 0%, Branco/nulo/nenhum: 6% e não sabe: 7%. No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 10, Dilma tinha 36%, Marina, 33%, e Aécio, 15%. Segundo o Datafolha, é a primeira vez que Dilma abre vantagem sobre Marina desde a entra- da da candidata do PSB na disputa, em agosto, após a morte de Eduardo Campos. A vantagem da petista passou de 3 para 7 pontos. O levantamento divulga- do ontem indica que em um eventual segundo turno entre Dilma e Marina, as candi- datas aparecem empatadas tecnicamente. A candidata do PSB tem 46% e a do PT, 44%. Na semana passada, Marina, com 47%, e Dilma, com 43%, também estavam tecnicamente empatadas. Na simulação de segundo turno entre Dilma e Aécio, a petista vence por 49% a 39% (49% a 38% na semana ante- rior). O instituto também fez uma simulação entre Marina e Aécio. O resultado foi 49% a 35% para a candidata do PSB (ante os 54% a 30% do último levantamento). O Datafolha ouviu 5.340 eleitores em 265 municípios nos dias 17 e 18 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de con- fiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00665/2014. NÚMEROS 36% Essa era a margem de votos válidos que a presi- dente Dilma Rousseff tinha na pesquisa do dia 10 Na modalidade espontâ- nea da pesquisa, os resulta- dos são os seguintes: Dilma Rousseff: 30%, Marina Sil- va: 24%, Aécio Neves: 12%, outras respostas: 1%, em branco/nulo/nenhum: 6% e não sabe: 26%. A presidente Dilma tem a maior taxa de rejeição (percentual dos que disse- ram que não votam em um candidato). Nesse item da pesquisa, os entrevistados puderam escolher mais de um nome. Dilma Roussef: 33%, Marina Silva: 22%, Aécio Neves: 21%, Pastor Everaldo: 21%, Zé Maria: 18%, Levy Fidelix: 18%, Ey- mael: 17%, Luciana Genro: 16%, Rui Costa Pimenta: 15%, Eduardo Jorge: 15% e Mauro Iasi: 14%. A pesquisa mostra que a administração da presi- dente Dilma tem a apro- vação de 37% dos entre- vistados, que se refere aos entrevistados que classificaram o governo como “ótimo” ou “bom”. Os que julgam o governo “ruim” ou “péssimo” são 24%, segundo o Datafo- lha. Para 38%, o governo é “regular”. Os dois índices são os mesmos do levan- tamento anterior. O resultado da avaliação é: ótimo/bom: 37%, regular: 38%, ruim/péssimo: 24%. Petista tem taxa de rejeição Segundo os dados divulgados, deverá ocorrer segundo turno nas eleições para presidente entre Marina Silva e Dilma Rousseff FOTOS: DIVULGAÇÃO ELEIÇÕES 2014 - 01.indd 1 19/9/2014 21:16:27

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Eleições 2014 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Eleições 2014 - 20 de setembro de 2014

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MANAUS, SÁBADO, 20 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019

Eleições 2014Eleições 2014Espe

cial

Dilma tem 37% dos votos,Marina 30% e Aécio 17% Pesquisa do Datafolha divulgada ontem também faz simulação de 2º turno, onde Dilma e Marina estão empatadas

Pesquisa Datafolha di-vulgada nesta sexta-feira (19) aponta os seguintes percentuais

de intenção de voto na corrida para a Presidência da Repúbli-ca: Dilma Rousseff (PT): 37%, - Marina Silva (PSB): 30%, Aécio Neves (PSDB): 17%, Pastor Everaldo (PSC): 1%, Luciana Genro (PSOL): 1%, Eduardo Jorge (PV): 1%, Zé Maria (PSTU): 0%, Rui Costa Pimenta (PCO): 0%, Eyma-el (PSDC): 0%, Levy Fidelix (PRTB): 0%, Mauro Iasi (PCB): 0%, Branco/nulo/nenhum: 6% e não sabe: 7%.

No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 10, Dilma tinha 36%, Marina, 33%, e Aécio, 15%. Segundo o Datafolha, é a primeira vez que Dilma abre vantagem sobre Marina desde a entra-da da candidata do PSB na disputa, em agosto, após a morte de Eduardo Campos. A vantagem da petista passou de 3 para 7 pontos.

O levantamento divulga-do ontem indica que em um eventual segundo turno entre Dilma e Marina, as candi-datas aparecem empatadas tecnicamente. A candidata do PSB tem 46% e a do PT, 44%. Na semana passada, Marina, com 47%, e Dilma, com 43%, também estavam tecnicamente empatadas.

Na simulação de segundo turno entre Dilma e Aécio, a petista vence por 49% a 39% (49% a 38% na semana ante-rior). O instituto também fez uma simulação entre Marina e Aécio. O resultado foi 49% a 35% para a candidata do PSB (ante os 54% a 30% do último levantamento).

O Datafolha ouviu 5.340 eleitores em 265 municípios nos dias 17 e 18 de setembro.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de con-fi ança é de 95%. Isso signifi ca que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00665/2014.

NÚMEROS

36%Essa era a margem de votos válidos que a presi-dente Dilma Rousseff tinha na pesquisa do dia 10

Na modalidade espontâ-nea da pesquisa, os resulta-dos são os seguintes: Dilma Rousseff : 30%, Marina Sil-va: 24%, Aécio Neves: 12%, outras respostas: 1%, em branco/nulo/nenhum: 6% e não sabe: 26%.

A presidente Dilma tem a maior taxa de rejeição (percentual dos que disse-ram que não votam em um candidato). Nesse item da pesquisa, os entrevistados puderam escolher mais de um nome. Dilma Roussef: 33%, Marina Silva: 22%, Aécio Neves: 21%, Pastor Everaldo: 21%, Zé Maria: 18%, Levy Fidelix: 18%, Ey-mael: 17%, Luciana Genro:

16%, Rui Costa Pimenta: 15%, Eduardo Jorge: 15% e Mauro Iasi: 14%.

A pesquisa mostra que a administração da presi-dente Dilma tem a apro-vação de 37% dos entre-vistados, que se refere aos entrevistados que classificaram o governo como “ótimo” ou “bom”. Os que julgam o governo “ruim” ou “péssimo” são 24%, segundo o Datafo-lha. Para 38%, o governo é “regular”. Os dois índices são os mesmos do levan-tamento anterior.

O resultado da avaliação é: ótimo/bom: 37%, regular: 38%, ruim/péssimo: 24%.

Petista tem taxa de rejeição

Segundo os dados divulgados, deverá ocorrer segundo turno nas eleições para presidente entre Marina Silva e Dilma Rousseff

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2 MANAUS, SÁBADO, 20 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Braga faz campanha em Envira As bandeiras, carros, mo-

tos e centenas de pessoas não faltaram na chegada do senador Eduardo Bra-ga, candidato da coligação Renovação e Experiência ao governo do Amazonas, no município de Envira. Afi nal, é assim, com muita festa, que ele tem sido saudado por onde passa nesta reta fi nal de campanha eleitoral.

Mas, o que realmente cha-mou a atenção de Eduardo Braga, em sua passagem pela cidade, foi a entrega de relatórios pelos moradores sobre a situação da educa-ção e da saúde em Envira. Após caminhar junto à popu-lação desde o aeroporto até o local do comício, o senador comentou no palanque a si-tuação que chegou a seu conhecimento.

“Nessa caminhada, não tenho governo, não tenho prefeitura, só tenho Deus e o povo ao meu lado. Mas o povo tem se unido para tomar uma decisão muito importante”, disse Eduardo Braga. “Eu recebi uns rela-tórios denunciando que os professores da zona rural não possuem qualifi cação adequada, que a merenda escolar é de péssima quali-dade e que dos quatro ônibus escolares apenas um está funcionando por economia de diesel”, afi rmou.

Sobre a situação pre-cária da saúde pública no município, Braga recebeu denúncias de que o hos-pital, inaugurado há pouco tempo, não tem sequer ma-

terial para fazer curativos. “Não tem medicamentos. Não tem nem soro, muito menos material para reali-zar exames”, relatou Braga, afi rmando que a situação se torna mais preocupante pelas condições de distância e isolamento de Envira.

Preocupado com a situa-ção de desmando no municí-pio – saúde e educação foram apenas dois temas dentre as irregularidades que lhe foram relatadas –, Eduardo Braga orientou a população.

“Eleição serve para a gente eleger as pessoas que quei-ram resolver os problemas da gente. Não é como jogo de futebol, que você torce pelo time do coração mesmo que ele esteja mal. Você tem que ver quem resolve seus problemas e não votar pela sua torcida”, disse. “Vejam o caso da escola estadual que está em obras desde que eu era governador. Parece que tem uma cabeça de burro enterrada lá. E cabeça de burro a gente desenterra no voto”, completou.

ItamaratiEntraves junto à Prefeitura

de Itamaraty impediram que o comício de Eduardo Braga fosse realizado na orla da cidade. Mesmo assim, o povo foi em número signifi cativo recebê-lo no aeroporto e realizar a carreata que vem marcando a reta fi nal da campanha.

“Estou me sentindo como alguém que ajudou a cons-truir uma casa e, de repente, volta e é impedido de en-trar na casa”, disse Eduar-do Braga, que começou seu discurso lendo cartazes de reivindicação levados pela população de Itamarati. “Queremos de volta o SOS Enchente”, dizia uma. “Está faltando farda e material escolar”, denunciava outra. “Queremos de volta o Rees-crevendo o Futuro”, reivindi-cava um dos cartazes.

Água potável encana-da, qualidade nas escolas, motores e equipamentos, estradas para incentivar a agricultura e a volta do cur-so normal superior foram outras reivindicações feitas em forma de cartazes.

Eduardo Braga afirmou que é justamente para isso que visita as cidades do interior. Para saber dos moradores de cada locali-dade quais são suas reais necessidades. “Não venho aqui só para conseguir votos. Estou aqui, mesmo sendo perseguido por esse prefeito, porque vocês são muito importantes para mim”, declarou.

ELEIÇÕES

RELATÓRIOS Durante sua passa-gem pela cidade de Envira, o candidato ao governo declarou que recebeu da população vários relatórios, onde denunciavam a má estrutura da saúde e da educação

Eduardo Braga foi recebido por uma multidão nesta sexta-feira no município de Envira

DIVULGAÇÃO ASSESSORIA

José Melo faz campanha na região do Alto SolimõesA Caravana 90 de Melo percorreu nesta sexta-feira os municípios de Atalaia do Norte, Benjamin Constant e Tabatinga

O governador e can-didato à reeleição José Melo (Pros) e o ex-governador

Omar Aziz (PSD), que concorre ao Senado Federal, cumpri-ram agenda política em três municípios do Alto Solimões, nesta sexta-feira, dia 19 de setembro. Acompanhados de comitiva de postulantes aos cargos de deputado estadual e federal, os candidatos da coligação Fazendo Mais Por Nossa Gente participaram de carreatas, comícios e ca-minhadas para apresentação de propostas em Atalaia do Norte, Benjamin Constant e Tabatinga. Até o próximo do-mingo (21), a Caravana 90 visita mais seis municípios.

Nas três cidades, Melo apre-sentou as propostas de governo para os próximos 4 anos. Em Atalaia do Norte, Melo e Omar mobilizaram centenas de pes-soas durante uma caminhada e comício. Para o município, a proposta de Melo é instalar uma núcleo da UEA e construir uma escola padrão com 12 salas de aula, além da reforma e am-pliação da escola Pio Veiga. “Eu acredito que é por meio da edu-cação que nossos fi lhos vão nos encher de orgulho e contribuir para o desenvolvimento eco-nômico e social deste Estado”, declarou Melo, ao acrescentar que fará também a construção de um Centro de Referência Social no município.

Em Benjamin Constant e Tabatinga, prevaleceu as propostas no setor primário, com o desenvolvimento da piscicultura e da fruticultura. Dentro do projeto está pre-visto ainda a recuperação de vicinais. O governador disse que planeja estreitar as parcerias com as prefei-turas para solucionar pro-blemas nas áreas de saúde, infraestrutura e saneamen-to básico.

Na área rural de Tabatinga, Melo e Omar visitaram duas comunidades rurais, Belém do Solimões e Feijoal. Lá, Melo defendeu a melhoria do as-faltamento das comunidades, além da construção de um estádio coberto e de viabili-zar uma antena de telefonia móvel. Omar Aziz criticou a ausência de um tratamento diferenciado para os municí-pios localizados na fronteira amazônica. “Quero ser se-nador pela experiência que tive como governador e para poder ajudar no Senado. É um absurdo que não haja nenhum tratamento diferen-ciado para essa região e não termos um senador que lute por isso”, disse Omar.

O deputado federal Hen-rique Oliveira (SD), vice-go-vernador na chapa de José Melo, prosseguiu em Manaus mobilizando a população em caminhadas nos bairros das zonas Norte e Leste. José Melo realizou uma grande caminhada na manhã de ontem no município de Atalaia do Norte e também em Benjamin Constant

DIVULGAÇÃO ASSESSORIA

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3MANAUS, SÁBADO, 20 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Agenda dos candidatos

O candidato cumpre agenda de visitas a municípios da Calha do rio Purus.

EDUARDO BRAGA

Às 8h, o candidato faz caminhada no Alvorada, Zona Centro-Oeste. às 12h, será entrevistado no programa “Nosso Encontro” e às 15h tem reunião com apoiadores da campanha, na paróquia de Santo Antônio, Santo An-tônio, Zona Oeste. Às 16h, faz caminhada na rua Loris Cordovil, Alvorada I, Zona Centro-Oeste.

MARCELO RAMOS

Candidato não divulgou agenda.

HERBERT AMAZONAS

Candidato não divulgou agenda.

ABEL ALVES

O governador e candidato à reeleição, José Melo (Pros) e o ex-governador Omar Aziz (PSD), que concorre ao Senado Federal, cumprem agenda política em municípios do Alto Solimões.

JOSÉ MELO

Candidato faz, às 7h30, bandeiraço na avenida Cons-tantino Nery, Zona Centro-Sul.

CHICO PRETO

Candidato não divulgou agenda.

NAVARRO

Desembargador do AM vai coordenar o CNJ do NorteDesembargador é nomeado pela ministra Nancy Andrighi para assessorar a Corregedoria Nacional de Justiça na Região Norte

O desembargado r Cláudio Roessing, do Tribunal de Jus-tiça do Amazonas

(TJAM), será o coordenador do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a Região Norte. A convocação foi feita pela ministra Nancy Andri-ghi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), corregedora nacional de Justiça no biê-nio 2014-2016, por meio da portaria nº 54.

A portaria foi publicada on-tem (19) e enviada à presiden-te do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo. Roessing recebeu a notícia transferin-do a honraria para a Corte de Justiça do Amazonas que, segundo ele, está sendo pres-tigiada pelo conselho, haja vista que sua nomeação é um reconhecimento nacional a um dos membros da Corte de Justiça do Amazonas.

Ao sair ontem do gabinete da presidente Graça Figuei-redo, onde comunicou a no-meação, Roessing informou que na próxima terça-feira (23) viajará para Brasília, onde terá uma reunião de trabalho com a ministra, quando serão discutidos as primeiras ações das coorde-nadorias regionais.

A tomar posse no fi nal do mês agosto deste ano, na Correge-doria do CNJ, a ministra Nancy instituiu um grupo de trabalho da Coordenação de Controle Regional das cinco regiões do país: Norte, Sul, Sudeste, Nor-deste e Centro-Oeste.

Como coordenador da Re-gião Norte, o trabalho do desembargador amazonense será assessorar a Correge-dora Nacional de Justiça na análise de informações pres-tadas pelos Tribunais de Jus-tiça. Também acompanhará os trabalhos desenvolvidos pelas Corregedorias Estadu-ais, em razão de sua atribui-ção; auxiliar na fi scalização

e execução das orienta-ções, deter-m i n a ç õ e s e metas fi -xadas pela Corregedo-ria Nacional de Justiça. O grupo também será compos-to por juízes de 2º Grau, de-signados pela Corregedoria Nacional de Justiça e exerce-rão suas funções sem prejuízo da jurisdição.

Perfi lCláudio César Ramalheira

Roessing foi eleito desem-bargador do Tribunal de Jus-tiça do Amazonas (TJAM) no dia 29 de setembro de 2009.

O juiz, que ocupava a 2ª Vara Cível e vinha compondo o Pleno do TJAM, foi eleito com 11 votos, pelo critério de merecimento.

Filho de Ermelinda e Er-nesto Roessing, Claúdio Ro-essing chegou ao cargo de desembargador após 23 anos de carreira na magistratura. Graduou-se em Direito em 1982, pela Universidade Fe-deral do Amazonas (Ufam). É pós-graduado em Direito Civil e Processual Civil pelo Centro Integrado de Ensino Superior do Amazonas (Ciesa) em 1999 e possui Mestrado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 2004.

PRESTÍGIOPortaria foi enviada à presidente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo. Roessing recebeu a notícia trans-ferindo a honraria para a Corte de Justiça do Amazonas que, segundo ele, é prestigiada

Desembargador Cláudio Roessing, do TJ-AM, será o coordenador do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a Região Norte

RAPAHEL ALVES/TJ-AM

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4 MANAUS, SÁBADO, 20 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Delação: políticos pedem acesso para fazer cena

A presidente Dilma pediu aces-so à delação premiada do ex-di-retor da Petrobras Paulo Roberto Costa, e até recorre ao Supremo Tribunal Federal, mesmo saben-do que o processo está sob se-gredo de Justiça e não pode ser compartilhado. O “jogo de cena” é igual ao das demais autoridades que pretendem a mesma coisa: todos fi ngem que não temem o que deveras temem, que seus nomes tenham sido citados.

InsistênciaAlém de Dilma, outros órgãos

federais solicitaram acesso à de-lação premiada, como Ministério da Justiça e Petrobrás. Foram indeferidos.

Nada feitoA Controladoria-Geral da

União, que nada controla e sempre age após a “porteira arrombada”, também pediu e teve negado acesso à delação.

Outras intençõesAlguns líderes da oposição,

que também temem o teor da delação, queriam saber o que foi revelado por Paulo Roberto Costa. Negado.

MedoSó na primeira fase de depoi-

mentos da delação premiada, o ex-diretor citou 49 deputados federais, senadores e ministros. Há mais.

Dilma despreza 22 embaixa-dores estrangeiros

Além da conhecida repulsa por diplomatas brasileiros e pelo Ministério das Relações Exteriores, a presidente Dilma Rousseff também não dá a me-nor pelota para diplomatas de outros países, negligenciando um dos seus papéis institucio-nais mais importantes: receber

credenciais de embaixadores designados para atuar no Brasil. Até agora, 22 embaixadores es-trangeiros aguardam que Dilma agende a cerimônia.

Torcendo o narizO embaixador do Paraguai,

Manuel Cáceres, chegou ao Bra-sil em novembro de 2013. Até hoje não conseguiu entregar as credenciais.

Cansou de esperarO embaixador paraguaio ante-

rior, Evelio Arévalos, chegou em março de 2012 e foi embora há um ano sem conseguir entregar credenciais.

PreconceitoPara Dilma, todos os diplo-

matas são como o ex-ministro Antônio Patriota. Ignora que o Itamaraty é um centro de exce-lência do serviço público.

Escolha que divideO mundo jurídico em Brasília

sabe que, reeleita, Dilma deve indicar em novembro o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) para a vaga de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal. É uma das razões de crítica do ex-presidente Lula à sucessora. Ele não gosta de Cardozo.

PV com MarinaApesar das mágoas em rela-

ção a Marina Silva, que dispu-tou em 2010 a Presidência da República pelo PV, dirigentes do partido não veem outro caminho a não ser apoiá-la no segundo turno contra Dilma.

Gastão gastadorEstá marcado para quarta (24)

o julgamento no Tribunal de Con-tas da União do presidente da Fe-comércio do Ceará, Luiz Gastão. O processo pede o ressarcimento de mais de R$ 4 milhões ao erá-rio, por contratos e pagamentos

irregulares durante a gestão de Gastão no Sesc-CE.

FavoritismoCandidato à reeleição, o go-

vernador do Paraná, Beto Richa (PSDB-PR), decidiu apertar o pas-so para derrotar Roberto Requião (PMDB) já no primeiro turno. Sabe que é grande a chance de liquidar a fatura logo.

É o caraCom habilidade e diálogo, o

diretor regional dos Correios no Rio Grande do Norte, José Alberto Brito, evitou pela terceira vez em menos de dois anos que a população sofresse com greve nos Correios.

Pega malO PT não quer Dilma ajudan-

do Armando Monteiro (PTB) na briga pelo governo de Pernam-buco. “A gente não pode, agora, desagradar o eleitor de Eduardo Campos”, explica um coordena-dor nacional do PT.

Tolerância zeroNa briga para tentar aumentar

a bancada federal em 2015, o PV agora ameaça expulsar prefei-tos, vereadores e dirigentes que apoiarem candidatos de outros partidos. A ordem é ser “impla-cável contra infi éis”.

EstratégiaApós ganhar fôlego nas úl-

timas pesquisas, Aécio Neves (PSDB) deverá subir o tom contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e segurar um pouco ataques contra Marina Silva (PSB).

FraudeNada como uma campanha

eleitoral no meio para expli-car por que a pesquisa do IBGE mostrando que aumen-taram as desigualdades mu-dou de repente para “caíram as desigualdades”.

EXPEDIENTEEDIÇÃO Isabella Siqueira de Castro e Costae Náis Campos

REPORTAGEMJoelma Muniz, Raphael Lobato, Márcia Oliveira e Carlos Eduardo Matos

REVISÃODernando MonteiroGracycleide Drumond eJoão Alves

DIAGRAMAÇÃOKleuton Silva, Klinger Santiago, Marcelo Robert, Pablo Filard

TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Um mar de leite

www.claudiohumberto.com.br

Não estou preocupada””

MARINA SILVA (PSB), sobre o crescimento das intenções de voto para Dilma (PT)

A base eleitoral do senador potiguar Agenor Maria era o alto sertão, município de Currais Novos, onde tinha uma fazenda de gado leiteiro.

Certa vez, durante o prolongado recesso parlamentar, decidiu alugar uma casa à beira-mar, em Natal, e além da numerosa família, levou para a temporada de veraneio um velho empregado da fazenda, seu Chico, que nunca tinha visto o mar.

- Chico, veja só que imensidão. Imagine tudo isso sendo nosso e, em vez de água, leite! – disse Agenor, puxando conversa na varanda da casa.

A resposta do velho vaqueiro foi carregada de signifi cado:- Prestava não, dr. Agenor. E aonde a gente ia achar tanta água pra misturar nesse leite?

Empresa abriu uma exceção e mandou carteiros distribuir 4,8 milhões de panfl etos da candidata petista em São Paulo

Dilma ‘usa’ Correios para distribuição de panfl etos

Em uma ação de “caráter excepcional”, os Correios liberaram a distribuição de 4,8 milhões de pan-

fl etos da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff em São Paulo sem que o material fosse identifi cado como parte de uma postagem ofi cial. Uma norma interna dos Correios de-termina que, para mostrar que houve pagamento pelo envio da propaganda eleitoral, deve cons-tar o nome e o CNPJ do candidato, além de outras especifi cações, como ano das eleições e origem da postagem.

A exceção foi autorizada pela Diretoria Regional Metropolita-na de São Paulo, comandada por Wilson Abadio de Oliveira, indicado pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), candidato à reeleição na chapa da petista. O caso foi revelado ontem (19) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

A liberação foi publicada em comunicado interno no dia 5 de setembro. “Está autoriza-da, em caráter excepcional, na AGF Santa Cruz da DR/SPM, a postagem de 4.812.787 folders da candidata às eleições 2014 Dilma Vana Rousseff . Os folders serão postados na modalidade de Mala Direta Postal Domi-ciliária - MDPD sem chancela ou estampa digital. O destino para distribuição são cidades da Grande São Paulo e interior do Estado”, diz o documento.

O texto ainda justifi ca a auto-rização para a saída dos panfl e-tos. “Devido a erro de produção gráfi ca, não foi confeccionada a respectiva chancela”, completou. A campanha da presidente não repassou à reportagem o gasto com o material, mas informou que “os Correios foram pagos pelo serviço de distribuição do material de campanha e por tratar-se de serviço não-conti-

nuado, não cabe a celebração de contrato, sendo realizados pagamentos a cada remessa”.

Segundo o Guia Comercial Eleições 2014 dos Correios, não há necessidade de forma-lização de contrato de eleições para prestação de serviços e venda/personalização de pro-dutos, com pagamento à vista”. O serviço não é voltado ape-nas para candidatos e partidos políticos, mas também para pessoas físicas e jurídicas e profi ssionais liberais.

RebeliãoA produção do santinhos com

conteúdo regionalizado faz parte de uma estratégia do PT para tentar ganhar espaço em São Paulo, onde a presidente en-frenta alto índice de rejeição do eleitor. A campanha decidiu enviar informativos ao eleitor paulista mostrando ações do governo federal no Estado.

O sindicato afi rmou que “ao contrário do que acon-tece com outros candidatos nas campanhas eleitorais, que postam seus materiais de propaganda nos Correios, pagando todo o correspon-dente, o material da can-didata Dilma está sendo distribuído aos carteiros sem qualquer chancela ou anotação que demonstre o pagamento por sua pos-tagem, levando-nos a crer numa irregularidade eleito-

ral”, escreveu o coordena-dor-geral do Sintect-CAS, Luís Aparecido de Moraes.

A entidade ameaçou in-clusive levar o caso para Justiça Eleitoral. Em res-posta, os Correios de São Paulo informou que as me-didas seguiam norma pre-vista no Guia Comercial Eleições 2014.

Moraes afi rmou à repor-tagem que a iniciativa de questionar a entrega dos panfl etos foi motivada pelo

desgaste que os carteiros es-tavam enfrentando nas ruas. “Muitos trabalhadores esta-vam sendo constrangidos. As pessoas estavam achando que os carteiros estavam fazendo propaganda para a presidente”, afi rmou.

Ele disse que não é ligado a nenhum partido político. “Não queremos partidari-zar esse debate, mas nós somos funcionários públi-cos e é nosso dever zelar pela coisa pública”.

Sindicato denuncia irregularidade

Carteiros foram obrigados a distribuir milhares de panfl etos da candidata à reeleição, Dilma

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