eleições 2014 - 23 de setembro de 2014

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Especial MANAUS, TERÇA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019 Eleições 2014 Eleições 2014 Especial Segurança e crise na PM acendem debate da TV Durante terceiro confronto entre candidatos ao governo do Amazonas, quesito deu a tônica nos discursos dos participantes A polêmica em torno da violência em Manaus na crise da Polícia Mi- litar (PM) tomou conta de quase todo o debate entre os cinco principais candidatos ao governo do Amazonas, rea- lizado ontem à noite, por uma emissora de TV local. O sorteio de perguntas e respostas não permitiram que os candidatos Eduardo Braga (PMDB) e José Melo (Pros) tivessem um embate, o que era esperado pelos as- sessores. O debate, que durou pouco mais de uma hora, não foi suficiente para que os can- didatos pudessem expor suas propostas aos eleitores. O primeiro bloco realizou apenas uma apresentação rá- pida do perfil dos candidatos. Já o segundo bloco foi de per- guntas feitas pela produção. O embate mais forte ficou no terceiro bloco, quando o candidato Chico Preto quase foi às lágrimas, após ter o nome da sua mulher, Silvana Castro, citado por Melo em uma resposta. Silvana sobre- viveu a um assalto, no início deste mês, que resultou na morte do sargento da PM José Cláudio Marques, o “Caju”, que a escoltava durante o transporte de dinheiro. No terceiro bloco, em que um candidato fez pergunta direta ao adversário definido em sorteio, Chico Preto per- guntou a Melo quais providên- cias ele tomaria para resgatar o programa Ronda no Bairro, argumentando que o contrato entre o governo do Estado e a empresa Delta, responsável pelo fornecimento de viaturas policiais, estaria sendo mal executado. Melo respondeu afirmando que Chico Preto, en- quanto deputado estadual da base aliada, deu apoiou à implanta- ção do Ron- da no Bairro. Na réplica, Chico res- pondeu. “Gostaria de saber em qual cidade o candidato José Melo vive, onde a segurança pública funciona”. A tréplica de Melo foi enfática: “Sou da mesma cidade onde um candidato usa a própria esposa para sacar dinheiro de campanha”, disse Melo. Chico não devolveu a ofensa, por causa das regras do debate. No final do programa, Chico Preto deixou o local rapida- mente e foi às lágrimas, após comentar a fala do adversário. “Na eleição, valem as ideias, as propostas. Percebi o de- sespero do candidato Melo ao banalizar o triste fato em que um amigo meu perdeu a vida. Tempos atrás, Melo chamava minha esposa de ‘sobrinha’. Não vou acioná-lo na Justiça, apenas lamento”, afirmou. Durante pequena participa- ção no debate, Eduardo Braga falou sobre segurança pública. O peemedebista afirmou que irá reformular o Ronda no Bair- ro, além de reforçar ações de combate ao narcotráfico nas fronteiras. “Apenas policiais ficha limpa vão comandar a polícia”, afirmou. Questionado sobre o índice de confiança da população nos políticos, Braga disse que acredita na democracia, que permite a liberdade de expressão. O candidato do Psol, Abel Alves, teve uma participação inexpressiva no debate. O can- didato que perguntou apenas uma vez ao candidato Eduardo Braga sobre ética e respondeu uma pergunta sobre seguran- ça pública, mas não foi firme em seus posicionamentos. O tema saúde também foi tratado no debate. Marcelo Ramos (PSB) afirmou que irá criar a carreira de Estado para médicos, chamar os candidatos aprovados no concurso público do Corpo de Bombeiros, criar mais um centro cirúrgico para atender aos interiores do Estado e implantar o Cen- tral Vida, um programa que irá detectar leitos disponí- veis na rede de saúde. José Melo também destacou a questão da saúde e ressal- tou que irá levar médicos especialistas ao interior do Estado e Chico Preto prometeu que irá aumentar o número de centros cirúr- gicos na capital e rever os contratos de prestação de serviços feitos pela Organi- zação de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Sobre economia, Braga e Marcelo Ramos falaram em reduzir a carga tri- butária para os serviços de internet e desonerar a cesta básica. Comissionados Questionado sobre a permanência de parentes em cargos comissionados nas secretarias estaduais, o candidato José Melo des- conversou e falou sobre programas de governo voltados para a saúde. “Quero reduzir a folha e aumentar o potencial de investimentos do Estado para investir em projetos pronto especialistas, que irá levar médicos para o in- terior do Estado, e também construir mais 14 Centros de Educação Tecnológica do Amazonas”, disse. Saúde no rol das discussões CARLOS EDUARDO MATOS Equipe EM TEMPO Braga disse que vai querer policiais ficha limpa no comando José Melo protagonizou o momento mais polêmico do debate Marcelo disse que irá criar carreiras de Estado para médicos O esperado embate político sobre segurança pública entre José Melo e Eduardo Braga não ocorreu. Candidatos se cruzaram no início do debate, mas se cumprimentaram apenas cordialmente FOTOS: RAIMUNDO VALENTIM ELEIÇÕES 2014 - 01.indd 1 9/23/2014 1:12:25 AM

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Eleições 2014 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

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Especial

MANAUS, TERÇA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019

Eleições 2014Eleições 2014Especial

Segurança e crise na PM acendem debate da TV Durante terceiro confronto entre candidatos ao governo do Amazonas, quesito deu a tônica nos discursos dos participantes

A polêmica em torno da violência em Manaus na crise da Polícia Mi-litar (PM) tomou conta

de quase todo o debate entre os cinco principais candidatos ao governo do Amazonas, rea-lizado ontem à noite, por uma emissora de TV local.

O sorteio de perguntas e respostas não permitiram que os candidatos Eduardo Braga (PMDB) e José Melo (Pros) tivessem um embate, o que era esperado pelos as-sessores. O debate, que durou pouco mais de uma hora, não foi sufi ciente para que os can-didatos pudessem expor suas propostas aos eleitores.

O primeiro bloco realizou apenas uma apresentação rá-pida do perfi l dos candidatos. Já o segundo bloco foi de per-guntas feitas pela produção. O embate mais forte fi cou no terceiro bloco, quando o candidato Chico Preto quase foi às lágrimas, após ter o nome da sua mulher, Silvana Castro, citado por Melo em uma resposta. Silvana sobre-viveu a um assalto, no início deste mês, que resultou na morte do sargento da PM José Cláudio Marques, o “Caju”, que a escoltava durante o transporte de dinheiro.

No terceiro bloco, em que um candidato fez pergunta direta ao adversário defi nido em sorteio, Chico Preto per-guntou a Melo quais providên-cias ele tomaria para resgatar o programa Ronda no Bairro, argumentando que o contrato entre o governo do Estado e a empresa Delta, responsável pelo fornecimento de viaturas policiais, estaria sendo mal executado. Melo respondeu afi rmando que Chico Preto, en-quanto deputado estadual da

base aliada, deu apoiou à implanta-ção do Ron-da no Bairro. Na réplica, Chico res-p o n d e u . “ G o s t a r i a de saber em qual cidade o candidato José Melo vive, onde a segurança pública funciona”. A tréplica de Melo foi enfática: “Sou da mesma cidade onde um candidato usa a própria esposa para sacar dinheiro de campanha”, disse Melo. Chico não devolveu a ofensa, por causa das regras do debate. No fi nal do programa, Chico Preto deixou o local rapida-mente e foi às lágrimas, após comentar a fala do adversário. “Na eleição, valem as ideias, as propostas. Percebi o de-sespero do candidato Melo ao banalizar o triste fato em que um amigo meu perdeu a vida. Tempos atrás, Melo chamava minha esposa de ‘sobrinha’. Não vou acioná-lo na Justiça, apenas lamento”, afi rmou.

Durante pequena participa-ção no debate, Eduardo Braga falou sobre segurança pública. O peemedebista afi rmou que irá reformular o Ronda no Bair-ro, além de reforçar ações de combate ao narcotráfi co nas fronteiras. “Apenas policiais fi cha limpa vão comandar a polícia”, afi rmou. Questionado sobre o índice de confi ança da população nos políticos, Braga disse que acredita na democracia, que permite a liberdade de expressão.

O candidato do Psol, Abel Alves, teve uma participação inexpressiva no debate. O can-didato que perguntou apenas uma vez ao candidato Eduardo Braga sobre ética e respondeu uma pergunta sobre seguran-ça pública, mas não foi fi rme em seus posicionamentos.

O tema saúde também foi tratado no debate. Marcelo Ramos (PSB) afi rmou que irá criar a carreira de Estado para médicos, chamar os candidatos aprovados no concurso público do Corpo de Bombeiros, criar mais um centro cirúrgico para atender aos interiores do Estado e implantar o Cen-tral Vida, um programa que irá detectar leitos disponí-veis na rede de saúde. José Melo também destacou a questão da saúde e ressal-tou que irá levar médicos especialistas ao interior do Estado e Chico Preto prometeu que irá aumentar o número de centros cirúr-gicos na capital e rever os contratos de prestação de serviços feitos pela Organi-zação de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).

Sobre economia, Braga e Marcelo Ramos falaram em reduzir a carga tri-butária para os serviços de internet e desonerar a cesta básica.

ComissionadosQuestionado sobre a

permanência de parentes em cargos comissionados nas secretarias estaduais, o candidato José Melo des-conversou e falou sobre programas de governo voltados para a saúde. “Quero reduzir a folha e aumentar o potencial de investimentos do Estado para investir em projetos pronto especialistas, que irá levar médicos para o in-terior do Estado, e também construir mais 14 Centros de Educação Tecnológica do Amazonas”, disse.

Saúde no rol das discussões

CARLOS EDUARDO MATOS Equipe EM TEMPO

Braga disse que vai querer policiais fi cha limpa no comando

José Melo protagonizou o momento mais polêmico do debate

Marcelo disse que irá criar carreiras de Estado para médicos

O esperado embate político sobre segurança pública entre José Melo e Eduardo Braga não ocorreu. Candidatos se cruzaram no início do debate, mas se cumprimentaram apenas cordialmente

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TRE pede forças federais para garantir segurança Preocupado com possível animosidade entre apoiadores dos candidatos, tribunal está pedindo reforço para os municípios

Até semana passada, já havia sido solicitado o pedido de reforço de tropas federais para eleição em Manaus e em mais 15 municípios do interior. Expectativa é que 20 regiões recebam apoio

O baixo número de policiais militares atuando nos muni-cípios do Amazonas,

o clima de animosidade en-tre os principais candidatos a governador e o possível en-volvimento pessoal de agen-tes das forças de segurança pública com as campanhas partidárias motivaram o Tri-bunal Regional Eleitoral (TRE) a aprovar, na última semana, os pedidos de reforço de tro-pas federais para a eleição em Manaus e em 15 municípios

do interior do Estado. Histo-ricamente, segundo a Justiça Eleitoral, número em torno de 20 municípios amazonenses costumam pedir reforço de tropas federais no dia do plei-to, mas a decisão sobre o envio das forças nacionais destaca a disputa “de contundência ex-tremamente acirrada” como fator complicador em 2014.

O mais recente pedido de tropas federais para Manaus foi ingressado pela Procura-doria Regional Eleitoral (PRE) e aceito por unanimidade pelo

TRE-AM no dia 11 deste mês. O pedido foi encaminhado ao Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE). O juiz relator do pedido, Affi mar Cabo Verde, concordou com a PRE e afi rmou que os 1,5 mil policiais militares disponíveis para o dia da votação em Manaus são insufi cientes para garantir a segurança.

“Manaus é a cidade com o maior eleitorado do Amazonas e, por se tratar da capital do Estado, naturalmente, o pleito se afi gura como complicador signifi cativo tendo em con-

ta as demandas cotidianas enfrentadas pelos órgãos de Segurança Pública, ainda mais quando evidenciada disputa de contundência extrema-mente acirrada, como a que se vivencia na atualidade”, disse o magistrado.

Tropas federais para o interior

Até o fi m da semana passa-da, o TRE-AM tinha aprovado 15 dos 18 pedidos de reforço federal para a segurança em municípios do interior do Es-

tado. O município de Iranduba teve o pedido negado porque, segundo entendimento da Jus-tiça Eleitoral, a cidade fi ca muito próxima a Manaus.

Para aprovar os pedidos, o TRE considerou os argumentos apresentados pelos juízes dos municípios referentes à exis-tência de rixa entre políticos locais, tentativa de agressões a membros da Justiça Eleitoral e aprovações de envio de tropas em eleições anteriores.

Foram aprovados pedidos de tropas federais para Parin-

tins, Borba, Atalaia do Norte, Ben-jamin Cons-tant, Maués, Canutama, Boca do Acre, Itaco-atiara, São Gabriel da Cachoeira, Tefé, Tabatinga, Tapauá, Coari, to-dos com histórico de violên-cia e confl itos entre cabos eleitorais durante as eleições. Os pedidos ainda estão sob a análise do TSE.

Rebecca caminha no Educandos Candidata à vice na chapa

de Eduardo Braga ao governo pela coligação Renovação e Experiência, Rebecca Garcia (PP) caminhou na manhã desta segunda-feira (22) pelo bairro do Educandos, Zona Sul da Cidade. Vários comer-ciantes e populares falaram da segurança como uma das principais preocupações e pediram a volta de Eduardo Braga para concluir o Pro-grama Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosa-mim) do bairro, um dos mais tradicionais de Manaus.

O Prosamim é um dos mais exitosos programas de impac-to social, ambiental e de saúde da administração de Eduardo Braga, com reconhecimento no exterior. Com o progra-ma, 50 mil famílias foram realocadas de áreas de risco e transferidas para conjun-tos habitacionais com padrão dignos de infraestrutura. Na outra ponta do projeto, os iga-rapés que antes abrigavam

essas pessoas, passaram por um processo de revitalização, limpeza e urbanização.

O próximo passo do progra-ma é a parte de saneamento e tratamento dos efl uentes que já deveriam ter sido imple-mentados pela atual gestão,

mas que infelizmente foi. “O Eduardo Braga deixou o go-verno com a promessa de que os complexos do Prosamim que ele deixou encaminhado seriam executados, mas o governo atual não deu conti-

nuidade. Agora, a população do bairro do Educandos quer a volta de Eduardo e do trabalho sério”, disse Rebecca Garcia.

IndústriaApós a caminhada no bairro

do Educandos, Rebecca Gar-cia visitou as fábricas Flex de eletroeletrônicos e Toma-tec 2, no Distrito Industrial. A deputada e candidata à vice-governadora ouviu as demandas de infraestrutura e logística para o Distrito Industrial, compromisso já assumido pela coligação Re-novação e Experiência.

Conversando com os tra-balhadores das linhas de produção, Rebecca ouviu muitos agradecimentos pela sua atuação no Congresso Nacional, junto com Francis-co Praciano, candidato ao Se-nado e com o próprio Eduardo Braga, para a conquista da prorrogação dos incentivos da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos.Rebecca, que é vice na coligação de Eduardo Braga, prometeu olhar com carinho para área

DIVULGAÇÃO ASSESSORIA

CAMPANHA

APELOS Durante a caminhada, a candidata conversou com os moradores e um dos principais apelos foi a questão da segurança, que tem sido a maior preocu-pação da comunidade e dos comerciantes

EBC

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3MANAUS, TERÇA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

José Melo dá férias para os comandantes da PMPedido foi homologado um dia antes do TRE acatar uma liminar que determinava o afastamento dos comandantes

Acusados pela Procura-doria Regional Eleito-ral (PRE-AM) de arti-cularem um esquema

de apoio ao governador José Melo (Pros) na Polícia Militar (PM), o comandante-geral e o subcomandante da institui-ção, Eliézio Almeida e Aroldo da Silva, receberam férias por 30 dias. A medida foi publi-cada pelo governo na última sexta-feira (19), um dia antes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) acatar uma liminar que determinava o afastamento imediato dos dirigentes.

Há menos de um mês à frente da PM, Eliézio Almeida teve o decreto de férias as-sinado por José Melo e pelos secretários Raul Zaidan (Casa Civil), Ligia Abrahim (Adminis-tração) e Afonso Lobo (Fazen-da). Ainda na última sexta-fei-ra, Aroldo Silva também teve as férias publicadas no Diário Ofi cial do Amazonas, assina-das pelo próprio comandan-te-geral. Ambos tiveram o início imediato do recesso, em período que vai até 18 de outubro, duas semanas após o fi m das eleições.

A medida para estancar os danos à campanha do can-didato à reeleição, causados pela denúncia da PRE, foi to-mada ainda antes de, no sá-bado, o TRE acatar a liminar da Procuradoria e determi-nar o afastamento imediato dos dirigentes. A denúncia ingressada Ministério Publi-co Eleitoral na última quar-ta-feira (17) acusa Melo, o candidato a vice, Henrique Oliveira (SDD), e o candidato a deputado estadual, Platiny

Soares (PV), de terem prati-cado abuso de poder na PM, “aparelhando” a instituição.

Procurada pela reportagem, a advogada da coligação do governador, Maria Benigno, afi rmou que os decretos de férias não driblam o pedido de afastamento e atendem ao tribunal. “Quando a decisão saiu, eles (Eliézio e Aroldo) já estavam afastados por férias. Então, o cumprimento da li-minar já foi esvaziado. Não há dúvidas que essas férias atendem ao pedido. Agora, vamos esperar a notifi cação para informar da situação deles”, afi rmou.

Crise na pasta A crise na pasta de Seguran-

ça e o uso do fator como ar-tilharia pela campanha do se-nador Eduardo Braga (PMDB) foi tema de uma maratona de reuniões entre o titular da pasta, Paulo Roberto Vital, Melo e Raul Zaidan na manhã de ontem. A campanha do go-vernador cancelou as agendas do dia para preparar defesas para os ataques que pode-riam surgir sobre o assun-to durante debate realizado na noite de ontem.

Apesar do encontro entre Vital e Melo, os dois nomes

que deve-rão substi-tuir Elésio e Aroldo não foram reve-lados pelo governo até a noite de ontem. A previsão é de que o anúncio possa acontecer hoje, quan-do os dois dirigentes deve-rão convocar uma coletiva de imprensa. Até a substituição, a PM deverá continuar sob direção do comandante de Estado-Maior, Marcos César Moreira da Silva.

A questão da segurança foi ontem a protagonista do pro-grama de TV de Eduardo Bra-ga. Na peça, o deputado es-tadual Marcos Rotta (PMDB) aparece em um fundo preto, destacando uma maratona de acontecimentos relacio-nados ao setor nos últimos meses. A peça exibe noti-ciários sobre exonerações e nomeações na SSP, além de destacar uma série de ocorrências como assaltos a bancos e crises carce-rárias, com depoimentos de populares.

Em resposta, o programa de José Melo repetiu a estratégia usada nos últimas peças veicu-ladas. O programa mostra ca-sos de falta de segurança du-rante a gestão de Braga e diz que “o eleitor tem memória” para lembrar os fatos. O go-vernador defendeu medidas e anunciou programas para o setor. A crise na seguran-ça foi tema também do pro-grama do deputado Marcelo Ramos (PSB), que apareceu ao lado do candidato a vice, Junior Brasil (PSB), citando propostas no setor.

RAPHAEL LOBATOEquipe EM TEMPO

MEDIDAA publicação das férias dos dois comandantes, Eliézio e Aroldo ocor-reu um dia antes do TRE acatar uma limi-nar que determinada o afastamento imediato dos dirigentes por questões eleitorais

Melo autorizou as férias dos dois comandantes e prometeu anunciar nesta terça-feira quem irá assumir a pasta interinamente

Após as reuniões com o governador, Paulo Rober-to Vital negou que o setor esteja passando por uma crise. O titular alega que todos recentes casos es-tão sendo desvendados e acusa adversários que criar uma “crise ilusória” e de disseminar o “pânico” na capital por meio das redes

sociais. O secretário citou as últimas ocorrências e dis-se que “a PM não deixou de dar rápidas respostas a nenhum deles”.

“Todos os meus atos são transparentes. A crise foi criada por eles, é ilusão. Todos esses fatos estão ou já foram desvendados. Há quantos anos não tínhamos

um assalto a banco. “Não é crise. Isso é uma responsabi-lidade de quem está usando esses fatos contra a segu-rança pública e tentando disseminar o pânico, como tentaram fazer no caso dos policiais em greve, quando eu disse que não estava acontecendo nada”, afi rmou ele, ao EM TEMPO.

‘Não há crise alguma’, diz Vital

Paulo Roberto Vital disse que os adversários estão tentando criar uma “crise ilusória”

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Aroldo teve as férias assinadas pelo próprio comandante

Eliézio Almeida pediu férias imediata na última sexta-feira

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4 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Youssef começa a dela-tar autoridades corruptas

Autoridades do Executivo e do Legislativo terão de aumentar a dose de tranqui-lizantes: após forte pressão da família e apesar da dis-cordância de um dos seus advogados, o megadoleiro Alberto Youssef começou a prestar depoimentos para se habilitar a acordo de delação premiada com a Justiça Fe-deral do Paraná, semelhante a Paulo Roberto Costa, ex-di-retor da Petrobras. Ele delata pessoas e fornece provas.

Sai de baixoAlém dos deputados André

Vargas (ex-PT) e Luiz Argôlo (SD), o megadoleiro aponta cúmplices e outros políticos que subornou.

Cana longaO objetivo de Youssef é

tentar se livrar de conde-nação longa, em razão dos seis processos em que é réu só no âmbito da operação Lava Jato.

Ele merece?Youssef terá de conquistar

confi ança para um novo acor-do, após a Justiça cancelar o anterior no caso do Banesta-do, por descumprimento.

Chave de cadeiaPreso há seis meses, Yous-

sef é réu por corrupção, qua-drilha, tráfi co de drogas etc. Está sujeito a mais de um século de cadeia.

Lula destina a Padilha quase todo dinheiro do PT

O tesoureiro nacional do PT, João Vaccari, delatado pelo ex-diretor corrupto da Petrobras Paulo Roberto Cos-ta, deixou na mão a maioria dos candidatos do PT à re-eleição, na Câmara, apesar de o partido ser campeão na arrecadação. Discreto, Vac-cari não conta, mas é Lula, como sempre, quem decide o

destino de cada centavo. E, para Lula, a prioridade é ten-tar eleger Alexandre Padilha governador paulista.

FamintosA campanha de Dilma ar-

recada facilmente doações de fornecedores do gover-no, mas, sem o dinheiro do PT, a de Padilha morreria de inanição.

SufocoPadilha tem desempenho

modesto nas pesquisas, si-tuando-se muito aquém dos primeiros colocados, afugen-tando os fi nanciadores.

Nova notaA nota de 10 euros entra em

circulação nesta terça (23). Países como Portugal temem que as caixas eletrônicos não as reconheçam.

Teatrinho políticoComo esta coluna ante-

cipou, o juiz federal Sergio Moro negou acesso à delação premiada – sob segredo de Justiça – de Paulo Roberto Costa, solicitado por Dilma e outros. Eles só queriam mos-trar que não temem o que de fato temem: as revelações do ex-diretor da Petrobras.

Recordar é viverA presidente Dilma se me-

teu em saia justa diante da recordação, em entrevista ao “Bom Dia, Brasil”, que na cam-panha de 2010 ela defendia a autonomia do Banco Central, que hoje demoniza.

NáufragosLula recebeu apelos dra-

máticos de Armando Mon-teiro (PTB), candidato a governador, e do candidato ao Senado João Paulo (PT), para ir a Pernambuco ten-tar salvá-los. Eles se sen-tem em pleno naufrágio.

Justiça em númerosOs ministros Ricardo

Lewandowski e Maria Cristina Peduzzi, presiden-te da Comissão de Gestão Estratégica do Conselho Nacional de Justiça, apre-sentam nesta terça (23) o Relatório Justiça em Números 2014.

Maiores abandonadosCandidato a senador,

Romário (PSB) se afas-ta de Lindbergh Farias, que disputa o governo do Rio, alegando que o PT não o ajuda como pro-meteu. “Não ajuda nem a mim”, adoraria dizer o próprio Lindbergh.

Mandando bemO desempenho do minis-

tro Dias Toff oli na presi-dência do Tribunal Superior Eleitoral tem surpreendi-do os mais céticos. Até os críticos reconhecem que o ex-advogado do PT adota postura de magistrado.

Alô, ProconClientes de operadores

de celular têm recebido um torpedo ameaçador: “Até o momento não identifi camos o seu contato com a Claro”. E ainda indica números para os quais as vítimas devem ligar: 0800 8821136, 400 3116 e (51) 3123-1052. Se não for crime, é pura picaretagem.

Declínio dos Correios Um leitor se surpreendeu

com a notícia de que um ministro conseguiu recu-perar um livro retido nos Correios por 40 dias: pediu pela internet um boné, e, após 50 dias, ainda está preso na alfândega.

Pensando bem......o candidato a presiden-

te Eduardo Jorge (PV) faz por merecer ações do Twit-ter na Bolsa, que “bomba” sempre que ele emite opi-niões e se torna campeão de gozações.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Salvar vida tem seu preço

www.claudiohumberto.com.br

O quadro desta eleição é o mais populista que vi na minha vida”

ARMÍNIO FRAGA, ex-presidente do Banco Central, sobre o oportunismo eleitoral

O médico Jofran Frejat (PR), hoje candidato ao governo do DF, era deputado federal em 1992 quan-do foi chamado a socorrer com urgência o colega Gastone Righi (PTB-SP) que acabara de cair em convulsão no plenário da Câmara. Frejat fez então respiração boca a boca, salvando a vida do colega, sob aplausos dos demais colegas.

Mas o então líder de PMDB e futuro presidente da Câmara, deputado Ibsen Pinheiro (RS), que viu toda a cena, não perdeu a piada:

- Parabéns, Frejat: sou testemunha de que você salvou uma vida. Mas, aqui para nós: não precisava virar os olhinhos depois de beijar na boca o Gastone Righi...

Até Frejat caiu na gargalhada.

Matéria que discute o auxílio-alimentação dos educadores foi aprovada e aguarda agora apenas a sanção do prefeito

Câmara aprova projeto que benefi cia professores

Projeto chegou à casa legislativa no dia 12 de setembro e tramitou em caráter de urgência

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou, na manhã desta segunda-fei-

ra, 22, o Projeto de Lei (PL) 278/2014, que trata do au-xílio-alimentação dos pro-fessores da rede municipal de ensino e dispõe sobre a aplicação e alcance do parágrafo único do artigo 3º da lei nº 1.905, de 12 de setembro de 2014.

O PL, que há seis dias tramitava em regime de urgência na casa legisla-tiva, seguiu para a sanção prefeito Arthur Neto (PSDB) com parecer favorável das Comissões de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), de Finanças, Economia e Orça-mento (Cfeo), de Educação (Comed) e comissão de Ser-viço Público (Comserp).

A proposta aprovada no plenário dispõe que o pará-grafo único do artigo 3º da lei nº 1.905 não se aplica aos servidores profissionais de magistério da Secretaria Municipal de Educação (Se-

med), assegurando a percep-ção do auxílio atualmente pago pelo Executivo.

O mesmo artigo da legisla-ção municipal diz, ainda, que, na hipótese de acumulação lícita de cargos públicos, na forma da Constituição Fe-deral, o servidor receberá apenas um auxílio-alimenta-ção. Com isso, criou-se uma interpretação equivocada de que algumas categorias de servidores que recebem o benefício, de forma cumu-lativa, ficariam proibidos de recebê-lo, a partir da edição da nova lei.

Na discussão do PL, o líder do PT na casa, vereador Pro-fessor Bibiano, observou que a correção do documento põe fi m a uma possível injustiça aos educadores. O vereador Waldemir José (PT) sugeriu proposta de emenda ao PL para que o auxílio-alimen-tação seja de R$ 300, mas o líder do prefeito, vereador Wilker Barreto (PHS), disse que a solicitação do aumento do benefício não é cabível, já

que o arti-go 6º da lei resguarda, ratifi ca e deixa claro que sejam respeitadas as normas legais e regulamentadas vigentes, em que fi cam mantidos os pagamentos do auxílio-ali-mentação nos valores atual-mente pagos aos servidores do Poder Executivo.

LegislaçãoA matéria garante que

a vantagem é devida aos servidores ativos ocupantes de cargos, de provimento efetivo e em comissão, e empregos públicos do Poder Executivo, inclusive ao pes-soal temporário contratado sob o regime de direito ad-ministrativo, obedecidos os critérios estabelecidos em regulamento, sendo que o valor mensal do auxílio será estabelecido por decreto do chefe do Executivo.

FHC iguala Petrobras ao mensalãoO ex-presidente Fernando

Henrique Cardoso disse que o governo federal deve respon-der, tanto a presidente Dilma Rousseff quanto os ministros, pelo escândalo de corrupção na Petrobras. Para FHC, o fato de as suspeitas envolve-rem três diretores da estatal indica uma “corrupção sistê-mica”, cuja responsabilidade é dos “donos do poder”.

“Não é possível que uma

empresa como a Petrobras tenha três dos seus direto-res acusados de corrupção e todos ligados a partidos [políticos] e quem esteve no comando nunca tenha visto nada disso. Ou é incompe-tente ou é conivente e tem que ser cobrado”, disse.

O ex-presidente afi rmou que acredita na honestidade da presidente Dilma. “Mas isso não a exime de responder

a esse descalabro”, criticou.Ele fez uma comparação

do caso Petrobras com o mensalão. “O mensalão foi obter recursos públicos e privados, sobretudo públi-cos para financiar deputa-dos, com ou sem campa-nha para que ganhasse o governo. Pelo que vejo na imprensa, parece o mes-mo processo, que é utilizar recursos públicos, no caso

da Petrobras, para financiar partidos da base”.

O presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu, porém, que a campanha do PSDB não tem tido sucesso em expor essa indignação. Ele ressaltou que não esta-va criticando o companheiro de partido Aécio Neves, que concorre à Presidência. Mas disse que falta dramatiza-ção do fato.

COMPARATIVO

Ex-presidente disse que os responsáveis devem ser punidos

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Ministro assume lugar de DilmaO presidente do Supremo

Tribunal Federal (STF), mi-nistro Ricardo Lewandowski, assumiu ontem à noite a Presidência da República. Isso porque ele é o único da linha sucessória, prevista na Constituição Federal, que estará no país para cum-prir a tarefa. Na noite desta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff embarcou para Nova York, e o vice, Michel Temer, candidato à reeleição na chapa de Dil-

ma, está cumprindo agenda em Montevidéu.

Seguindo a linha suces-sória, o presidente da Câ-mara, Henrique Eduardo Al-ves, é candidato ao governo do Rio Grande do Norte e também não poderá assu-mir. O cerimonial da Pre-sidência da República fez contato com o Senado para que o presidente da casa, Renan Calheiros, assumisse o cargo. Mas, se fissesse, Renan poderia tornar ine-

legível seu filho, Renan Ca-lheiros Filho, candidato ao governo de Alagoas.

Até hoje, apenas quatro ministros assumiram por determinado momento a Presidência da República. O último magistrado a ocupar o comando foi Marco Aurélio Mello, em 2002. De acordo com o STF, já assumiram a chefia do Executivo os minis-tros José Linhares, em 1945, Moreira Alves, em 1986, e Octavio Gallotti, em 1994.

LEWANDOWSKI

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5MANAUS, TERÇA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Acesso à delação premiada negadoO juiz Sérgio Moro, da Jus-

tiça Federal do Paraná, negou ontem (22) pedido da Comis-são Parlamentar de Inquéri-to (CPI) mista da Petrobras para ter acesso à delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso em Curitiba. Também foi rejeita-do o mesmo pedido feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Petrobras.

O magistrado afi rmou, em sua decisão, que o teste-munho de Costa ainda não foi homologado e está em segredo de Justiça. Ele é o

responsável pelos processos envolvendo a operação Lava Jato, que investiga um esque-ma milionário de lavagem de dinheiro que seria chefi ado pelo doleiro Alberto Youssef, também preso desde março deste ano. Processos com po-líticos citados na investigação foram encaminhados ao Su-premo Tribunal Federal (STF). “Quando o suposto acordo e os eventuais depoimentos colhi-dos sequer foram submetidos ao Juízo, para homologação judicial, não permite o com-partilhamento, sem prejuízo de que isso ocorra no futuro”,

defendeu o juiz em sua deci-são que negou o acesso às informações de Costa.

O juiz liberou o acesso ao de-poimento da ex-contadora de Youssef, Meire Poza. O despa-cho de Moro não cita o pedido de acesso à delação feito pela presidente Dilma Rousseff (PT). Ele também reconheceu o “papel relevante da CGU e das CPIs na investigação criminal e no controle da admi-nistração pública, bem como o auxílio que a Petrobras S/A tem prestado, até o momento, para a investigação”.

Segundo as revistas “Veja”

e “IstoÉ”, o ex-diretor da Pe-trobras revelou o nome de vários parlamentares e go-vernadores que teriam rece-bido propina para auxiliar na negociação de contratos da Petrobras. De acordo com as revistas, Costa citou o presi-dente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), candidato ao governo do RN, o presidente do Sena-do, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) e o ex-governador de Pernambu-co Eduardo Campos (PSB), morto em agosto.

PETROBRAS

Costa foi convocado pela CPI para prestar depoimento na se-mana passada, mas decidiu permanecer calado para manter o acordo feito por causa da delação premiada. Na ocasião, parla-mentares da oposição tentaram ligar o ex-diretor ao esquema do mensalão do PT. O ex-diretor da Pe-trobras foi preso em março com a defl agra-ção da operação Lava Jato da Polícia Federal. Há suspeitas de que o ex-diretor tenha des-truído provas contra ele. Para tentar reduzir a pena em uma possí-vel condenação futura, Costa decidiu no meio de agosto contribuir com as investigações, por meio de delação premiada - que é a fi -gura jurídica que prevê a redução de pena em condenação futura.

Entrou e saiu calado da CPI

Delator do caso conhecido como “Petrolão”, Paulo Roberto Costa teve seu depoimento vetado à divulgação pública

EBC

Eleitor: leva 1,4 minuto para votar

O Tribunal Superior Elei-toral (TSE) divulgou ontem (22) que o eleitor deve levar em média um mi-nuto e 14 segundos para votar na urna eletrônica. A estimativa leva em conta desde o momento em que o eleitor se apresenta ao mesário e vai à cabine de votação até o último voto na urna eletrônica. No dia 5 de outubro, se-rão eleitos deputados es-taduais e federais, sena-dores, governadores e o presidente da República.

A estimativa do TSE foi baseada no tempo gasto pelo eleitor para votar nas eleições gerais de 2010. Para agilizar a votação, o tribunal recomenda a uti-lização de um papel para anotar o número dos can-didatos. A cola está dispo-nível na página do TSE.

DIZ TSE

Justiça amazonense abre as portas para sociedade Plano do Tribunal de Justiça do Amazonas contribuirá para o alcance das metas nacionais privilegiando o que pensa a população

Com a participação de magistrados e servido-res, o Planejamento Es-tratégico do Judiciário

amazonense para os próximos seis anos começou a ser elabo-rado na semana passada. Sob determinação da presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargadora Graça Figueiredo, será construído um conjunto de indicadores, objeti-vos, metas e projetos para se-rem alcançados e desenvolvidos entre 2015 e 2020.

O plano contribuirá para o alcance das metas nacionais e das recomendações que virão nos próximos anos.

A elaboração do questionário tem como guia as discussões e deliberações obtidas pela Rede Nacional de Governança Cola-borativa do Judiciário, além das determinações contidas na Re-solução nº 198/2014 do Conse-lho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre o Planejamento e a Gestão Estratégica.

“Estamos abrindo as portas do tribunal para ouvir a socie-dade. Esse é o momento para a população se manifestar e contribuir para o nosso plane-jamento estratégico. Com essa pesquisa, vamos poder ver como o público enxerga o tribunal. Por isso, a participação de todos é fundamental”, ressaltou a pre-sidente do TJAM.

Relação com o povoO formulário começa ques-

tionando qual a relação do entrevistado com o TJAM. Em seguida, aborda temas como a Imagem Institucional do Tri-

bunal; a In-fraestrutura e Relacio-n a m e n t o oferecidos; as Políticas Institucio-nais do Poder Judic iár io ; e termina pedindo que sejam elencadas três características que precisam ser melhoradas.

Segundo a resolução do CNJ, todos os Estados preci-sam traçar o planejamento a partir do mote “Realizar Jus-

tiça”. Entre os macrodesafi os para todos os segmentos do Judiciário estão o “Combate à Corrupção e à Improbidade Ad-ministrativa”, “Celeridade e Pro-dutividade na Prestação Juris-dicional” e o “Aperfeiçoamento na Gestão de Custos”.

Já os macrodesafi os estadu-ais foram apontados pelo CNJ como a “Adoção de Soluções Alternativas de Confl itos”, “Ges-tão das Demandas Repetitivas e dos Grandes Litigantes” e o “Aprimoramento da Gestão da Justiça Criminal”.

DISCUSSÕESA elaboração do ques-tionário tem como guia as discussões e delibera-ções obtidas pela Rede Nacional de Governança Colaborativa do Judiciá-rio, além das determina-ções contidas na resolu-ção nº 198/2014

Presidente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo quer “portas abertas do Tribunal de Justiça para ouvir a sociedade”

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6 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

No Dia Mundial Sem Carro,só um vereador usa bicicletaData foi lembrada com discursos na Câmara Municipal sobre o uso excessivo de veículos e a criação de ciclovias na capital

NATHALIA SILVEIRA

Agenda dos candidatos

O candidato cumpre agenda de visitas a municípios da calha do Alto Solimões.

EDUARDO BRAGA

Às 6h30, o candidato faz bandeiraço e panfl etagem no Jorge Teixeira, Zona Leste, e às 9h participa de ses-são plenária Aleam; às 11h faz visita à fábrica da LG. À tarde, às16h, faz caminhada no bairro São Francisco, Zona Sul, e às 19h grava programa eleitoral.

MARCELO RAMOS

Pela manhã, candidato faz panfl etagem nos Correios do Centro. À tarde grava programa eleitoral e à noite tem reunião com equipe de propaganda.

HERBERT AMAZONAS

NÃO DIVULGOU AGENDA.

ABEL ALVES

Pela manhã e tarde, o candidato cumpre agenda administrativa como governador. Às 16h30 faz uma caminhada no bairro Mutirão e à noite, às 19h, faz co-mício político na casa de show Via Norte (avenida Max Teixeira), Zona Norte.

JOSÉ MELO

O candidato participa, às 8h, de sessão plenária na Assembleia Legislativa do Amazonas e às 16h faz ca-minhada na Zona Centro-Oeste. Às 19h30 tem encontro popular no conjunto residencial Viver Melhor 1.

CHICO PRETO

NÃO DIVULGOU AGENDA.

NAVARRO

O Dia Mundial Sem Carro, comemora-do ontem (22), foi alvo dos principais

discursos na Câmara Munici-pal de Manaus (CMM). Entre-tanto, o posicionamento po-sitivo, a projeção da bicicleta como modal de transporte alternativo, por pouco não se restringiu ao plenário Adriano Jorge, já que apenas o vere-adore Fabrício Lima (SDD), encarou a proposta da data, que foi a de estimular uma refl exão sobre o uso excessi-vo dos automóveis. Fabrício Lima, que utilizou a bicicleta para ir à casa legislativa, la-mentou que as políticas públi-cas de incentivo ao modelo de transporte, sejam pequenas, diante das necessidades de melhoria no sistema de mo-bilidade urbana da capital. O parlamentar destacou ainda, a necessidade de agilizar a elaboração do Plano Cicloviá-rio de Manaus, com destaque para a implantação urgente de bicicletários.

“Ao utilizar desde cedo à bicicleta, percebi ao chegar à Câmara Municipal de Manaus que não temos um estacio-namento voltado para este transporte. Por isso, minha proposta é que além da ci-clovia, possamos também trabalhar e chamar atenção para a relevância de um bici-cletário nos órgãos públicos e infraestrutura necessária, como banheiros com chuvei-ros, uma vez que nossa cida-de é bastante quente, dando oportunidade à pessoa fazer sua higiene”, comentou.

Na terça-feira (16), os de-mais parlamentares foram provocados a encarar o de-safi o de deixar o carro nas garagens, e ir ao trabalho de ônibus, bicicleta ou mesmo de carona. Das alternativas

apresenta-das simbo-l icamente, a defesa da qualida-de de vida e do meio ambiente, o petista Bi-biano, escolheu aliar a carona e o transporte coletivo, para comparecer as instalações do Legislativo municipal.

A missão segundo ele, não foi fácil. Residente no bairro Santa Etelvina, Zona Oeste de Manaus, o vereador disse ter presenciado durante seu percurso, paradas e ônibus abarrotados de usuários visi-velmente insatisfeitos com a mobilidade na cidade.

Urgência em projetoBibiano aproveitou a data

para solicitar urgência na tramitação do projeto de resolução que estabele-ce a frente parlamentar

em Defesa da Mobilidade Urbana, que atualmente aguarda parecer da Comis-são de Finanças, Economia e Orçamento (Cfeo).

“A criação da frente é im-portante para que o diálogo seja estabelecido junto à po-pulação. Ela será instrumen-to para que o Poder Execu-tivo programe políticas de mobilidade integrada, com o desenvolvimento urbano e de proteção ambiental.

JOELMA MUNIZEquipe EM TEMPO

Em Manaus, vários praticantes de ciclismo fazem mobilizações para a construção de espaços exclusivos para os praticantes

ENTENDAFabrício Lima, que utilizou a bicicleta para ir à CMM, lamentou que as políticas públicas de incentivo ao modelo de transporte, sejam pe-quenas, face as neces-sidades de melhoria no sistema de mobilidade

O petista criticou a ad-ministração municipal e lembrou o atraso na exe-cução das obras da ciclovia Boulevard - Ponta Negra, que deveria ser entregue em dezembro de 2013.

Em defesa ao Executivo

municipal, o líder da banca-da, vereador Wilker Barreto (PHS), admitiu as dificulda-des de aplicação de verbas no setor, enfatizando que “a falta de compromisso da União tem atrapalha-do o desenvolvimento de

ações”. “Vamos fazer inter-venções que considero pa-liativas, infelizmente a pro-blemática da mobilidade urbana, requer enverga-dura financeira que pou-cos Estados possuem. Temos falhas, mas é im-

portante lembrar, que estamos literalmente ter-minando o segundo ano de governo, sem que as promessas assumidas de público, pelo governo fe-deral tenham sido cumpri-das”, ressaltou.

Arthur quer empréstimo do Banco do Brasil

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7MANAUS, TERÇA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

‘Só oração contra marketing selvagem’Principal alvo de ataques

das campanhas de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), a presidenciável Ma-rina Silva (PSB) pediu ontem (22) uma oração para que o eleitorado não seja infl uen-ciado pelo que ela classifi ca como uma onda de mentiras espalhadas pelos seus princi-pais adversários.

Em encontro promovido pela Associação Nacional de Educação Católica, Ma-rina, que pertence à igreja evangélica Assembleia de Deus, afi rmou que espalha-se a afi rmação de que ela “acabará com tudo e com o resto”. “Dá para acreditar que uma pessoa possa aca-bar com o pré-sal, o Prouni,

o Fies, o Pronatec, o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida, a transposição do São Francisco, a Transnordestina, o 13º, as férias, privatizar a Petrobras, a Caixa Eco-nômica, o Banco do Brasil? Se uma pessoa pode fazer isso é porque temos um país que é o que, de papel? Não é, isso fere o bom senso, a inteligência do brasileiro”, afi rmou a candidata, citando os principais programas do governo federal na área de educação, moradia e assis-tência social.

Com base em interpretações do programa de governo de Marina, que defende um Banco Central legalmente indepen-dente e revisão dos subsídios

concedidos pelos bancos pú-blicos, a campanha de Dilma tem veiculado propagandas dizendo que as ideias de Ma-rina irão minar os principais programas sociais.

“É tanta coisa, gente. Olha, até porque vocês que são pes-soas de fé, contra o marketing selvagem não vale argumen-to, só discernimento. Então peçam a Deus para o discer-nimento do povo brasileiro”, discursou Marina no evento da associação, que reúne es-tabelecimentos confessionais católicos de educação.

Fim da reeleiçãoEm uma rápida entrevista

após o evento, Marina tam-bém comentou a acusação

do PSDB de que Dilma faz uso eleitoral do Palácio da Alvorada, que tem sediado suas últimas entrevistas elei-torais à imprensa. Segundo a pessebista, o fi m da reelei-ção, que ela defende, acabará com “essa confusão entre o uso institucional e o uso dos meios e recursos do Estado para a campanha”.

Ela também voltou a co-mentar o erro do IBGE na divulgação da Pnad (Pesqui-sa Nacional por Amostra de Domicílio), classifi cado por Dilma como banal. Segundo ela, a má gestão tem arra-nhado o prestígio de insti-tuições como IBGE, situação que não pode ser tratada como banal.Marina pediu oração para que “povo descubra as mentiras”

DIVULGAÇÃO

MARINA

Dilma nega tática do medo, mas dispara contra MarinaPresidente afi rmou que a adversária tem posição favorável aos bancos. Questionada sobre economia, disparou: “Assim é difícil”

A presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) voltou ontem (22) a mirar sua artilharia na

adversária do PSB, Marina Silva. “Ela tem uma posição favorável aos bancos. Eu não”, afi rmou, justamente após ser questio-nada sobre a campanha do medo que seu partido promove na televisão. Dilma participou da série de entrevistas com os candidatos ao Planalto do jornal “Bom Dia Brasil”, da Rede Globo. A presidente não disfarçou a irritação ao longo de toda a en-trevista, abordada sobre temas espinhosos, chegou a disparar um “assim é complicado”, ao ser questionada sobre os dados em que baseava suas respostas.

Sobre as peças publicitárias que associam Marina ao fi m da comida no prato dos mais pobres, a presidente foi cate-górica: “Estou alertando, não provocando o medo”. Disse que tudo o que sua campanha afi rma está no programa de governo da adversária, como a independên-cia do Banco Central. “Tornar o BC independente é criar um quarto poder. A Praça dos Três Poderes terá de se chamar Praça dos Quatro Poderes”, afi rmou. Sobre a redução do papel dos bancos públicos, Dilma afi rmou que programas do governo se-riam colocados em risco. “O governo coloca subsídio entre 90% e 95% (no Minha Casa, Minha Vida). Passa isso para banco privado e nunca esse país vai ver uma casa para os mais pobres”, afi rmou. “E eu é que

provoco o medo?”, prosseguiu. Dilma disse ainda que não basta dizer que quer reduzir o pa-pel dos bancos públicos, “tem que explicar para quanto quer reduzir”. “Ela tem um alinha-mento claro: tem uma posição favorável aos bancos. Eu não”, afi rmou. Na sequência, disse que os “bancos são importantíssi-mos”. A petista ainda defendeu suas medidas protecionistas e afi rmou que “não é a favor do desmame da indústria”.

Corrupção na PetrobrasDilma teve também de res-

ponder sobre o megaesquema de corrupção instalado na Pe-trobras e voltou a utilizar o dis-curso do “eu não sabia”. Sobre o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, delator do petrolão, afi rmou: “Foi uma surpresa. Se eu soubesse que ele ela corrupto, estaria ime-diatamente demitido”. Questio-nada sobre o fato de Costa ter ocupado o cargo por oito anos, dois deles quando Dilma já estava no Planalto, disse que a indicação dele não foi sua res-ponsabilidade e que o ex-diretor era funcionário de carreira da estatal, portanto, tinha creden-ciais para o cargo.

“O que eu escolhi é respon-sabilidade minha. No meu caso, não houve indicação política”. Indicado pelo PP ao posto, Costa assumiu a diretoria de Abaste-cimento em 2004, no governo Lula. Não é à toa Dilma que apressou-se a completar: “E não foi também no caso do Lula”.

Dilma se mostrou irritada durante entrevista ao “Bom Dia Brasil” principalmente nas perguntas sobre corrupção na Petrobras

EBC

A petista voltou a questio-nar o papel da imprensa na investigação de esquemas de corrupção. Disse que reporta-gens não produzem provas que possam ser analisadas pela Justiça. E afi rmou que a investigação cabe à Polícia Federal e ao Ministério Pú-blico. “Quem descobriu esse esquema fomos nós. A PF está subordinada ao Ministé-rio da Justiça, que integra o meu governo”, afi rmou. Ainda

assim, disse que não tinha co-nhecimento dos desmandos de Costa na estatal: “Crimes de corrupção não são pra-ticados à luz do dia”. Ainda que imersa em escândalos e sustentando resultados preo-cupantes – a dívida não para de crescer mesmo após a ca-pitalização de 120 bilhões de reais em setembro de 2010 – a Petrobras vai muito bem na visão da presidente. “A Petrobras já se recuperou”,

afi rmou Dilma. “Será um fa-tor imenso de crescimento para o Brasil. A produção de petróleo é importantíssima para o país”, completou, para encerrar: “A investigação não impede o crescimento da produção de petróleo”.

Discussão Foi justamente ao tratar

de economia que a irritação da presidente se tornou mais evidente. Ela discutiu com os

jornalistas acerca dos núme-ros com os quais era ques-tionada. “Não concordo com essa avaliação da situação internacional”, afi rmou, ao ouvir que países como Chile e Bolívia apresentam cresci-mento maior do que o brasi-leiro. Afi rmou que a redução do ritmo do crescimento chinês também atrapalha o Brasil. E que a melhora signifi cativa da situação depende dos rumos da economia americana.

Presidente volta a criticar poder da imprensa

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8 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

EXPEDIENTEEDIÇÃO Isabella Siqueira de Castro e Costa e Náis Campos

REPORTAGEMJoelma Muniz, Raphal Lobato, Carlos Eduardo da Silva Matos e Assessoria.

REVISÃOGracycleide Drumond e João Alves

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira, Klinger Santiago,Kleuton Silva, Mário Henrique Silva,Leonardo Cruz e Pablo Filard

TRATAMENTO DE FOTOSKlinger Santiago

Aécio não atingirá votação prevista, afi rmam aliadosEm seu “curral” eleitoral, Minas Gerais, os próprios aliados admitem que não será possível o tucano atingir a votação esperada

Sem liderar as pesquisas em seu Estado natal, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Ne-

ves, refaz as contas para che-gar no segundo turno. Aliados mineiros do senador, como o presidente do PSDB-MG, Mar-cus Pestana, admitem que não será possível atingir a votação prevista anteriormente para o Estado. A intenção sempre foi abrir grande vantagem sobre Dil-ma Rousseff em Minas - segundo maior colégio eleitoral do país e governado pelo PSDB há 12 anos - para garantir as chances na votação nacional.

“Não é possível, mudou o ce-nário, é outra eleição. A previsão era com o Eduardo (Campos) na disputa, ele teria em Minas o que o Aécio tem em Pernambu-co (3%)”, justifi ca Pestana, que lembra que Marina venceu em Belo Horizonte nas eleições de 2010. Mesmo com a recupera-

ção nas últimas pesquisas, os números ainda são modestos se comparados com os planos feitos pelos tucanos. A última pesquisa Datafolha no Estado mostra Aécio com 26%, enquan-to Marina Silva tem 25% e Dilma 33%. O Ibope desta semana mostra um quadro um pouco melhor para o ex-governador de Minas, que aparece com 29%, atrás apenas de Dilma (33%); Marina tem 22%.

Vitrine mineiraNo primeiro semestre de 2014,

era comum ouvir de tucanos mineiros que o Estado, princi-pal vitrine de Aécio e que foi governado pelo PSDB por 16 anos nas últimas duas décadas anos - era o trunfo para a vitória do neto de Tancredo. Projetava-se uma diferença de 3 milhões de votos para Dilma Rousseff , que signifi ca cerca de 20% dos mais de 15 milhões de eleitores.

“Além do dis-curso, Minas é o segundo maior colé-gio eleitoral no país. Qual-quer ponto em Minas faz uma di-ferença grande. Tem um efeito simbólico muito grande para ele, fi car nesta posição que está em Minas inviabiliza a eleição dele no país”, analisa o cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas, Marco Antônio Carvalho Teixeira.

Mais que governar, Aécio venceu em Minas três eleições de forma arrebatadora. Duas vitórias no primeiro turno para o governo do Estado - com 57% e 77% dos votos - e uma eleição para o Senado, quando Aécio teve 7,5 milhões de votos e ele elegeu também seu aliado Itamar Franco.

Apoiadores da campanha do presidenciável Aécio Neves não acreditam em votação expressiva do tucano, mas esperam uma reversão no quadro eleitoral na reta fi nal das eleições de 5 de outubro

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A esperança do PSDB no Estado é que a reação esbo-çada por Aécio nas últimas pesquisas em território na-cional traga de volta para o tucano, oposição mais tra-dicional ao PT, os eleitores que migraram para Marina Silva no chamado voto útil. “Há um sentimento majori-tário em Minas contra o PT. Quando a Marina despon-tou em segundo lugar, as pessoas migraram”, afi rma Pestana, que tem a espe-rança de que uma reação de Aécio traga de volta para o tucano, oposição mais tradicional ao PT, os que migraram para Marina no chamado voto útil.

Desde que perdeu espa-ço para Marina Silva, Aécio passou a se dedicar mais a Minas Gerais. Sua pre-sença no Estado e no pro-grama eleitoral de Pimenta da Veiga se intensifi caram e sua irmã, Andréa Neves, considerada estrategista importante para os tuca-nos, passou a se dedicar mais ao Estado. “Agora o Aécio está mais presente no programa do Pimenta, nas publicidades do Pimenta e do Anastasia. Há um mo-mento novo e, dependendo das próximas pesquisas, na hora que o pessoal perceber a chance da virada do Aécio, isso vai ser uma grande

motivação aqui em Minas”, disse Pestana.

ConcentraçãoMarco Antônio Carvalho

Teixeira acha que é válida a estratégia de Aécio de con-centrar esforços em Minas, já que Aécio tem potencial para crescer no Estado. O cientista político ressalta, porém, a força do governo federal em municípios do interior. “Minas tem 853 mu-nicípios e boa parte deles de-pende sobretudo do governo federal, não do estadual. O efeito das políticas sociais em Minas é muito grande. A batalha em Minas não é tão fácil quanto se imagina”.

Tucanos ainda aguardam reação

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