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443 CAPÍTULO 4 - SEGURANÇA PÚBLICA EFETIVO POLICIAL MILITAR: PARADIGMAS E PROPOSTA METODOLÓGICA PARA CÁLCULO DE NECESSIDADES Paulo Sergio Larson Carstens - SESP Álvaro José Periotto - UEM INTRODUÇÃO A mídia brasileira rotineiramente veicula notícias, opiniões ou medidas relacionadas com a segurança pública. Subliminarmente, a mensagem de que as políticas públicas adotadas no Brasil têm sido insuficientes no combate à criminalidade, pode ser avaliada por meio de dados oficiais do Ministério da Saúde e Ipsos, conforme registrado por Carneiro (2007, p. 83) em matéria publicada na revista Veja: Em 1997, a criminalidade era a maior preocupação para 31% dos brasileiros. Em 2007, pela primeira vez em uma década, a violência tornou-se a preocupação número 1 do país. Para 59% dos cidadãos, a falta de segurança é um problema maior que o desemprego ou os baixos salários. [...] Em 1980, o Brasil registrava 12 homicídios para cada 100.000 habitantes. Em 2005, esse número já havia subido para 26 mortes em cada 100.000 habitantes. (CARNEIRO, 2007, p.83) A SENASP - Secretaria Nacional de Segurança Pública e as Secretarias de Segurança dos Governos Estaduais, quando questionadas acerca do efetivo policial, justificam a precariedade de seus quadros de efetivos com a qualidade ou qualificação a que estão sendo submetidos os policiais, ou seja: qualidade suplanta a quantidade. Os quadros organizacionais, que deveriam evoluir através de novas rearticulações em face do aumento populacional, crescimento de fatores criminológicos e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) aquém do necessário, estão incompletos em vários Batalhões do Paraná, destacando-se o 7 o BPM (Cruzeiro do Oeste), 16 o BPM (Guarapuava), 3 o BPM (Pato Branco), 14 o BPM (Foz do Iguaçu) e 15 o BPM (Rolândia), influenciando lamentavelmente na qualidade dos serviços prestados. Em face desse contexto de defasagem do próprio quadro organizacional e de uma lacuna para as políticas públicas para suprir as demandas existentes, coloca-se em debate a seguinte questão: Qual metodologia de cálculo de efetivo se apresenta como a mais adequada a essa realidade? Diante disso e a partir de um levantamento prévio dos métodos de cálculo do efetivo policial, estabeleceu-se como objetivo principal para o presente estudo, uma análise do Sistema “Norte-Americano” e por “Tipos de Policiamento” sob as condições presentes e anseios da comunidade paranaense. Este objetivo geral se desdobra nos seguintes objetivos específicos: (a) discutir os paradigmas vigentes que envolvem o cálculo do efetivo policial militar; (b) apresentar detalhes do processo do cálculo desse efetivo por diferentes métodos; (c) aplicar tais métodos numa organização policial militar e avaliar os resultados frente ao seu contexto. A metodologia se reveste, portanto, de um ensaio pautado por dados obtidos através de análise documental para o cálculo de necessidades de efetivo do 15 o Batalhão de Polícia Militar com sede em Rolândia-PR. A análise comparativa se estabelece pela avaliação dos sistemas de cálculo “norte-americano” e “por tipo de policiamento” frente ao contexto considerado.

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443Capítulo 4 - sEGuRaNÇa pÚBlICa

GEstão dE polítICas pÚBlICas No paRaNá

EFETIVO POLICIAL MILITAR: PARADIGMAS E PROPOSTA METODOLÓGICA PARA CÁLCULO DE NECESSIDADES

Paulo Sergio Larson Carstens - SESPÁlvaro José Periotto - UEM

INTRODUÇÃO

a mídia brasileira rotineiramente veicula notícias, opiniões ou medidas relacionadas com a segurança pública. subliminarmente, a mensagem de que as políticas públicas adotadas no Brasil têm sido insuficientes no combate à criminalidade, pode ser avaliada por meio de dados oficiais do Ministério da saúde e Ipsos, conforme registrado por Carneiro (2007, p. 83) em matéria publicada na revista Veja:

Em 1997, a criminalidade era a maior preocupação para 31% dos brasileiros. Em 2007, pela primeira vez em uma década, a violência tornou-se a preocupação número 1 do país. para 59% dos cidadãos, a falta de segurança é um problema maior que o desemprego ou os baixos salários. [...] Em 1980, o Brasil registrava 12 homicídios para cada 100.000 habitantes. Em 2005, esse número já havia subido para 26 mortes em cada 100.000 habitantes. (CaRNEIRo, 2007, p.83)

a sENasp - secretaria Nacional de segurança pública e as secretarias de segurança dos Governos Estaduais, quando questionadas acerca do efetivo policial, justificam a precariedade de seus quadros de efetivos com a qualidade ou qualificação a que estão sendo submetidos os policiais, ou seja: qualidade suplanta a quantidade.

os quadros organizacionais, que deveriam evoluir através de novas rearticulações em face do aumento populacional, crescimento de fatores criminológicos e índice de desenvolvimento Humano (IdH) aquém do necessário, estão incompletos em vários Batalhões do paraná, destacando-se o 7o BpM (Cruzeiro do oeste), 16o BpM (Guarapuava), 3o BpM (pato Branco), 14o BpM (Foz do Iguaçu) e 15o BpM (Rolândia), influenciando lamentavelmente na qualidade dos serviços prestados. Em face desse contexto de defasagem do próprio quadro organizacional e de uma lacuna para as políticas públicas para suprir as demandas existentes, coloca-se em debate a seguinte questão: Qual metodologia de cálculo de efetivo se apresenta como a mais adequada a essa realidade?

diante disso e a partir de um levantamento prévio dos métodos de cálculo do efetivo policial, estabeleceu-se como objetivo principal para o presente estudo, uma análise do sistema “Norte-americano” e por “tipos de policiamento” sob as condições presentes e anseios da comunidade paranaense.

Este objetivo geral se desdobra nos seguintes objetivos específicos: (a) discutir os paradigmas vigentes que envolvem o cálculo do efetivo policial militar; (b) apresentar detalhes do processo do cálculo desse efetivo por diferentes métodos; (c) aplicar tais métodos numa organização policial militar e avaliar os resultados frente ao seu contexto.

a metodologia se reveste, portanto, de um ensaio pautado por dados obtidos através de análise documental para o cálculo de necessidades de efetivo do 15o Batalhão de polícia Militar com sede em Rolândia-pR. a análise comparativa se estabelece pela avaliação dos sistemas de cálculo “norte-americano” e “por tipo de policiamento” frente ao contexto considerado.

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a escolha do 15º Batalhão de polícia Militar para o estudo se deve à representatividade de seu contexto social, além de ser uma organização policial militar com apenas 22 anos de existência, e, por isso, reúne os atributos necessários para servir de modelo de cálculo do efetivo de um batalhão.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

as discussões em torno do dimensionamento do efetivo policial militar, invariavelmente são conduzidas frente aos paradigmas estabelecidos com um caráter conservador e do qual decorrem alguns equívocos cometidos pela imprensa, leigos e, até mesmo, por alguns organismos e autoridades ligadas à segurança pública.

No âmbito da secretaria Nacional de segurança pública não se admite a existência de um número ideal de policiais por habitantes que seja aplicável em todas as regiões do Brasil ou do mundo. aparentemente, para os gestores da sENasp, em cada região, dependendo dos recursos físicos existentes para os policiais, da qualificação dos mesmos, das características do ambiente urbano ou rural e das características da população residente, haverá uma necessidade diferenciada de policiais. tal asserção se pode extrair, também, dos diversos manuais de técnica de policiamento ostensivo utilizados na polícia Militar do paraná, como, por exemplo, o Manual Básico do policiamento ostensivo (IGpM,1988), onde as características anteriormente citadas são critérios para definição das variáveis que incidem sobre esses fatores.

a sENasp propõe que uma polícia com menor efetivo, mais qualificada e mais preparada em termos de recursos físicos, deve ser melhor avaliada que uma polícia com efetivo enorme, desqualificada e sem recursos físicos apropriados para a ação. assim, a sENasp entende que a diminuição do efetivo de algumas organizações não está necessariamente relacionada a uma diminuição da sua eficiência e eficácia.

afinal, qual Estado quer uma polícia desqualificada, despreparada, sem recursos físicos necessários? a quantidade do efetivo policial influencia na diminuição da criminalidade?

Valla (1999, p.58) é partidário dessa corrente quando afirma:

todavia, é fundamental perceber que não se diminui a criminalidade apenas tornando maior a polícia. a polícia necessita não é de um pessoal numeroso, mas de um pessoal melhor selecionado, melhor formado e melhor equipado.

Cláudio l.s. Haddad, presidente do IBMEC-sp, no prefaciar o livro: “Freakonomics” de levitt (2005) assim se manifestou:

dentre os tópicos abordados no livro, um se destaca por ser uma das especialidades de levitt e por ter causado comoção nos Estados unidos: as causas da forte redução da criminalidade a partir de 1990. Este é um assunto repleto de “sabedorias convencionais”. o crime é função da pobreza e do desemprego, e o importante é inovar no policiamento, controlar a venda de armas, fazer a economia crescer e dar sentenças alternativas que permitam a reinserção mais rápida do preso na sociedade.o problema é que estas teorias são muitas vezes validadas por correlações que não significam necessariamente causa e efeito.tome-se, por exemplo, a idéia de que mais prisões com sentenças mais duras ou o aumento do policiamento são inúteis.um número maior de presos não está diretamente associado a um aumento de criminalidade? se quando o número de crimes aumenta o de policiais e de presos também aumenta, o que adianta colocar mais policiais na rua e prender mais gente? Não será este um caso típico de alta correlação entre as variáveis, mas de relação causa e efeito equivocadas? No verão aumenta o número de mosquitos assim como a venda de inseticidas. Isso quer dizer que se fossem vendidos menos inseticidas teríamos menos mosquitos? ou que usar inseticidas é inútil? (Haddad, 2005, prefácio à edição brasileira)

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Mas afinal, será que aumentar o número de policiais reduz a criminalidade?

segundo levitt, (2005) a resposta parece óbvia – sim – mas comprovar sua veracidade já não é tão fácil. para demonstrar esta causalidade, seria necessário um cenário onde se contratassem mais policiais por motivos totalmente desvinculados do aumento do número de crimes. se fossem distribuídos policiais aleatoriamente em algumas cidades e não em outras, seria possível verificar se a criminalidade cai nas cidades que foram contempladas com esses policiais.

levitt (2005) baseou suas pesquisas nas estatísticas de índices de criminalidade das cidades dos Estados unidos onde ocorreram eleições municipais e onde o número de policiais aumentou com novas contratações, e Municípios onde não houve eleições, ou seja, onde não houve contratação de novos policiais. o acréscimo de efetivo estava completamente desvinculado do aumento do número de crimes, sendo propício tal ambiente para pesquisa, em razão desse “evento exógeno”: as eleições.

assim, confirmou-se o que é totalmente deturpado, ocultado e dissimulado pela atual conjuntura e estrutura do poder, ou seja, “mais policiais realmente contribuem para reduzir substancialmente os índices de criminalidade”. (lEVItt, 2005, p. 128)

Quanto à qualidade do serviço policial, é dever e obrigação do Estado propiciá-la. Nenhuma sociedade quer uma polícia desqualificada ou despreparada, assim como não deseja um sistema de saúde, de educação ou outro qualquer, de dever do Estado, com tais características negativas.

a qualificação está vinculada basicamente ao tempo de formação, ao investimento em recursos tecnológicos e materiais, ao acesso às especialidades, ao aprimoramento técnico- -profissional, ao controle administrativo, dentre outros, evidentemente sob a égide da hierarquia e disciplina.

outro paradigma referente ao efetivo policial militar é o que diz respeito à definição “policial/habitantes” da organização das Nações unidas (oNu), que propõe 1 (um) policial para 250 habitantes, (Valla, 1999, p. 57) parâmetro usado também por lopes, (2003) litoral Virtual, (2005) Vale paraibano, (2001) Jornal Comtexto, (2007) Giro da Notícia (2004) e a Região. (2003)

Como se observa, a imprensa, os profissionais de segurança pública e tantos outros têm usado tal parâmetro como uma base de cálculo, muitas vezes para criticar o governo, em face da situação de insegurança em algum Município proporcionado pela pequena quantidade de policiais.

porém, onde a oNu definiu tal parâmetro e qual o critério adotado?

Em recente pesquisa sobre o assunto, ficou cristalina e incontestável a resposta a este paradigma, através do Centro de Informação das Nações unidas que assim se pronunciou:

“o dado com o número de policiais por habitante não é das Nações unidas e, portanto, não sabemos responder as suas questões”. (CENtRo dE INFoRMaÇão das NaÇÕEs uNIdas, 2007)

portanto, como base de cálculo para efetivo policial, não existe qualquer parâmetro originado ou instituído pela oNu.

analogamente, no Brasil, não se registram critérios plenamente definidos e aceitos por todos para a fixação de efetivo policial militar. Nos Estados os critérios são os mais variados, sendo o número de policiais militares determinado de forma aleatória, sem metodologia ou teoria que sustente a aplicação.

Entretanto, neste trabalho adotou-se como base de cálculo desta pesquisa duas teorias, uma, citada por Conforto, baseada no sistema norte-americano e utilizada por algumas polícias

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militares do Brasil, particularmente a de Minas Gerais e do Rio Grande do sul, e outra, baseada na tabela do trabalho apresentado pelo Cel. pM pR Carlos octávio Valente aymoré, por ocasião do encerramento do Curso superior de polícia Militar da polícia Militar de são paulo no ano de 1978, que indica o quantitativo de policiais por tipos de policiamento.

CÁLCULO DO EFETIVO POLICIAL MILITAR PELO “SISTEMA NORTE- -AMERICANO”

ao descrever o sistema Norte-americano de cálculo de efetivo, Conforto (1998) explica que tal sistema é originário de profunda análise estatística e científica por técnicos americanos, que chegaram a um consenso de que o efetivo necessário para o sistema policial local, varia de 1,5 (um e meio) a 2,5 (dois e meio) policiais para cada 1000 (mil) habitantes, tanto na área urbana como na área rural.

a execução se diferencia nas duas áreas, pela maior ou menor mobilidade e pelo poder das comunicações. Estes mesmos critérios são aplicáveis à nossa realidade.

Na variação de 1,5 a 2,5 policiais para cada 1000 habitantes estão inseridos os fatores criminológicos, que variam de local para local, e que aumentam ou diminuem o índice de criminalidade, aumentando ou diminuindo em consequência o efetivo policial.

FIXAÇÃO DO EFETIVO E FATORES CRIMINOLÓGICOS

Conforto (1998) aponta os seguintes os fatores criminológicos, que implicam a ampliação ou redução de efetivos nas localidades portuária, de fronteira, de jogos e diversões, de população flutuante e de baixa renda per capita.

As localidades portuárias são os aglomerados humanos localizados às margens dos oceanos, mares, rios ou lagos e que possuem portos ou atracadouros de embarcações. Face ao movimento de pessoas, chegada e saída de embarcações, muitas vezes com prolongada permanência dos tripulantes e viajantes, aliados ao choque de culturas provoca-se o aumento de criminalidade. As localidades de fronteira determinam um permanente contato entre dois ou mais povos com culturas e hábitos diferentes, além de interesses diversos que também provocam um aumento de criminalidade. As localidades de população flutuante se caracterizam por suas peculiaridades, fazendo atrair por razões industriais, culturais, comerciais, profissionais ou outros motivos, considerável movimento permanente de pessoas estranhas àquela comunidade, com permanência efêmera, mas com instalações periódicas e renovadas de contingentes humanos que contribuem para o aumento da criminalidade As localidades de jogos e diversões são, normalmente área de centro turístico, onde as diversões são contínuas e de grande extensão, principalmente noturnas. Nestes locais existe um fluxo grande de pessoas das mais diversificadas culturas e interesses. As localidades de baixa renda per capita determinam também um aumento de criminalidade, pois os mais pobres, provocados pelo desnível social, são levados à inveja e à revolta, conduzindo os mais fracos à delinquência. (CoNFoRto, 1998, p. 42)

Nestes fatores criminológicos, são considerados o movimento de maior número de pessoas com o intuito de criminalidade; com a semente do crime, elas carregam em potencial a maior possibilidade de delinquir, tais como: toxicômanos, prostitutas, homossexuais, boêmios, alcoólatras, viciados, agiotas, agitadores, vadios etc.

Com base nos fatores criminológicos, acresce, no sistema policial, uma fração correspondente a 0,2 (dois décimos) policial por 1.000 (mil) habitantes, quando a localidade tem um fator criminológico, 0,4 (quatro décimos) policial por 1.000 (mil) habitantes, quando a localidade tem dois fatores criminológicos, e assim sucessivamente até o acréscimo, de 1

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(um) policial por 1.000 (mil) habitantes, correspondente a um máximo de 5 (cinco) fatores criminológicos.

EFETIVO OPERACIONAL E ADMINISTRATIVO - CÁLCULO DO EFETIVO

Considerando que o sistema padrão na maioria das unidades operacionais da pMpR, consiste no emprego de 80% do efetivo na atividade operacional e o restante, 20%, é dividido entre efetivo administrativo, cursos, férias, licenças etc., constata-se que, de cada 1,5 policial por mil habitantes, 1,2 estariam sendo aplicados na atividade operacional.

Então, partindo de uma realidade isenta de fatores criminológicos, tem-se de 1,2 (um vírgula dois) por mil habitantes. para uma localidade com cinco fatores criminológicos, chega-se ao teto de 2,2 (dois vírgula dois) policiais por 1.000 (mil) habitantes, tomando-se por premissa de que se aumenta 0,2 (dois décimos) policial por 1.000 habitantes para cada fator criminológico.

ou seja: o efetivo necessário ao policiamento ostensivo (E) resultaria do seguinte cálculo:

E = (1,2 + 0,2 N) H -------------------- 1000

onde, “N” representa a quantidade de fatores criminológicos e “H” representa a população (n.º de habitantes).

a título de ilustração, considerando-se hipoteticamente que a pMpR venha a criar um batalhão na área X, que possui uma população de 300.000 (trezentos mil habitantes) com dois fatores criminológicos. ( área de fronteira e população flutuante)

Neste contexto tem-se:

o efetivo mínimo é de 1,2 pM para cada 1.000 habitantes.

dois fatores criminológicos = 2X0,2 = 0,4

Então o efetivo mínimo para cada mil habitantes será de 1,2 + 0,4 = 1,6 policiais militares para cada mil habitantes.

aplicando a fórmula do cálculo do efetivo, tem-se:

E = (1,2+0,2x2) X 300.000 ----------------------------- = 480 policiais Militares 1.000

a este total deve-se acrescentar 20% de efetivo administrativo + férias, licenças e outros, resultando:

Efetivo total = 480 + 96 = 576 policiais Militares

Este seria o efetivo necessário para operacionalizar um BpM, em uma área com 300.000 habitantes e dois fatores criminológicos.

Nos batalhões onde houver serviço de guarda de estabelecimento penal, deve-se ainda prever um efetivo de 10 (dez) policiais por posto (p).

Então, nos BpM onde esta atividade for realizada a fórmula para cálculo do efetivo será:

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E = (1,2+0,2N) H ----------------- +10p 1.000

CÁLCULO DO EFETIVO POLICIAL MILITAR POR “TIPOS DE POLICIAMENTO”

Conforme Valla, (1999, p. 58) apud aymoré, o efetivo pode ser calculado por tipos de policiamento, a saber:

• PoliciamentoOstensivo Geral: visa satisfazer as necessidades basilares desegurança, inerentes a qualquer comunidade ou a qualquer cidadão. Compete a este policiamento a realização de todos os tipos de atividades afetas à polícia ostensiva. Como regra geral são de competência deste tipo de policiamento: o policiamento a pé, policiamento radiomotorizado (radiopatrulha), policiamento em bases fixas (postos, estações...), policiamento em zonas rurais, policiamento em eventos especiais (jogos de futebol, movimentos sociais, shows artísticos, eventos carnavalescos...), atendimento de solicitações da comunidade, através do telefone de emergência 190, policiamento em estabelecimentos de ensino.

• Radiopatrulhamento: tem como indicador 1 (uma) viatura para cada 15.000habitantes, no entanto, cada Município, mesmo com população menor que 15.000 habitantes, deverá ter uma radiopatrulha. para cada viatura deve-se considerar uma guarnição composta por 8 policiais militares, estando incluso neste efetivo 1 (um) sargento responsável pelo comando da guarnição.

• TrânsitoUrbano: 1 (um) policialmilitar para cada 500 (quinhentos) veículoslicenciados na localidade;

• ROTAM (RondaOstensiva Tático-Motorizada): 1 (uma) viatura para cada45.000 habitantes. por viatura, deverá ser considerado um efetivo composto por 4 (quatro) sargentos comandantes das equipes e mais 12 (doze) policiais cabos e/ou soldados;

• Patrulhaescolar:4(quatro)policiaistrabalhandoemdoisturnosdeserviço(07:00horas às 15:00 horas e 15:00 horas às 23 horas) para cada 8 (oito) colégios. Municípios com menos de 04 (quatro) colégios, deverão ter, no mínimo, 2 (dois) policiais militares para patrulha escolar;

• ProjetoPovo:Considera-seumefetivode16(dezesseis)policiaismilitarespara1(uma) viatura auto e 2 (duas) motos;

• PatrulhaRural:1(uma)viaturatraçada4x4acada1.000km2,devendo-seconsideraro mesmo efetivo da RotaM por viatura, ou seja, 4 (quatro) sargentos comandantes das equipes, mais 12 (doze) policiais cabos e/ou soldados;

• Guarda externa de estabelecimentos prisionais: 08 (oito) PM por posto deguarda.

Com essas definições de efetivos por tipos de policiamento, tem-se de forma mais concreta e adequada um método adaptável à nossa realidade social.

ESTUDO DE CASO

o estudo de caso foi realizado no 15º Batalhão de polícia Militar (BpM) sediado em Rolândia – pR.

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o 15º BpM foi criado pelo decreto estadual 5.504 de 08 de maio de 1985, do então Governador José Richa.

além de um estado-maior e um pelotão de comando e serviços (pCs), o 15º BpM possui em sua área circuscricional 17 (dezessete) Municípios divididos em 3 (três) companhias policiais militares, sendo estas assim constituídas:

• 1ª.Cia,comsedenoMunicípiodeRolândia,abrangeJaguapitã,Guaraci,Miraselvae prado Ferreira.

• 2ª.Cia,comsedeemPorecatu,abrangeosMunicípiosdeLupionópolis,Centenáriodo sul, Florestópolis, Bela Vista do paraíso, alvorada do sul, primeiro de Maio, sertanópolis e Cafeara, sendo que este último deixou de pertencer ao 4º BpM e foi agregado à área do 15º BpM em 2003.

• 3ª. Companhia, com sede em Arapongas, abrange também, Sabáudia epitangueiras.

FIGURA 1 – Área de Circunscrição do 15º BPM

FoNtE: seção de planejamento do 15º Batalhão de polícia Militar.

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o 15º BpM está organizado conforme mostra a tabela 1. Cabe considerar que nessa tabela 1 não consta previsão no Quadro organizacional (Qo) da unidade para o Município de prado Ferreira, que, na criação da organização policial Militar, (opM) era distrito de Miraselva, e o Município de pitangueiras, que era distrito de Rolândia. Na mesma tabela, o Município de Cafeara passou à subordinação da opM em 2003, não constando previsão no Qo da unidade para o mesmo.

TABELA 1 – Situação do Efetivo 15º BPM

FoNtE: seção de pessoal do 15º Batalhão de polícia Militar. 19 set. 2007.

para efeitos de cálculo, deve-se considerar, também, os indexadores apresentados na tabela 2.

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TABELA 2 – Indexadores para cálculo de efetivo

FoNtE: prefeituras Municipais (jul/2007); detran/pR (jul/2007), secretaria Estadual de Educação (jul/2007), IBGE (2006).

Com aplicação das fórmulas do sistema Norte-americano para cálculo de efetivo há de se considerar que os Municípios que abrangem a área circunscricional do 15º BpM estão isentos de fatores criminológicos, portanto aplica-se 1,2 policiais por mil habitantes. logo, o Batalhão deveria ter o seguinte efetivo, conforme tabela 3.

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TABELA 3 – Efetivo 15º BPM – Sistema Norte-Americano.

FoNtE: elaborado pelo autor a partir dos dados da tabela 2.

Redimensionando os dados da tabela 3 por companhia, observa-se a tabela 4:

TABELA 4 – Efetivo 15º BPM por Cia. – Sistema Norte-Americano.

FoNtE: elaborado pelo autor tendo como base os dados da tabela 3.

a este total deve-se acrescentar 20% de efetivo administrativo + férias, licenças, cursos e outros, resultando 334 x 20% = 67 policiais militares.

desta forma, o efetivo total pode ser obtido por: 334 + 67 = 401 policiais militares

Calculando-se o efetivo pelo sistema de tipos de policiamento, deve-se considerar como base a população de cada Município, o número de veículos licenciados, o número de escolas estaduais e a extensão territorial de cada localidade. É bom lembrar que, cada Município com população até 15.000 habitantes deverá ter, no mínimo, uma radiopatrulha; que os Municípios que possuírem até 4 escolas municipais deverão ter uma dupla de policiais para

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este tipo de policiamento, e que o efetivo e viaturas da Ronda ostensiva tático Motorizada (RotaM) e da patrulha Rural Comunitária serão definidos por companhias. Ressalte-se ainda, que após o cálculo do efetivo total por companhia, deve-se acrescentar 20% de efetivo referente ao comando, administração (atividade Meio), sala de operações (atividade auxiliar de linha), proerd, férias e outros afastamentos. desse quantitativo, somados os efetivos das companhias, aplica-se a fração de 10% que irá definir o efetivo do Estado-Maior (EM) do Batalhão e pelotão de Comando e serviços (pCs). o efetivo geral do batalhão será a soma dos efetivos das companhias com o efetivo do EM e pCs.

outrossim, o 15º BpM não possui penitenciária em sua área, portanto, não há policiamento de guarda, e o projeto povo não foi considerado para efeito de cálculo em razão de ser um tipo novo de policiamento ostensivo que depende de estudos pormenorizados para implantação em todos os Municípios da área do batalhão. Como este tipode policiamento será implantado a longo prazo, somente no futuro será possível estudar a real necessidade dos Municípios.

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pode-se observar na tabela 5, detalhes do cálculo do efetivo pelo sistema por “tipo de policiamento”. percebe-se que, segundo esse sistema, o 15º BpM deveria possuir um efetivo geral de 861 policiais militares, ou seja, 783 subordinados às companhias, mais 78 pM pertencentes ao Estado-Maior e pelotão de Comando e serviços.

CONCLUSÃO

os quadros organizacionais das corporações policiais militares devem evoluir na medida em que os problemas socioeconômicos, os fatores criminológicos, o aumento populacional e outros aspectos incidirem no aumento da criminalidade e da violência das cidades, trazendo sensação de insegurança às suas populações.

É tarefa difícil identificar um sistema de cálculo de efetivo aceito por todos para fixação de policiais militares no serviço específico de policiamento ostensivo.

Cada organização policial militar, dependendo das características do ambiente urbano rural, das características da população, e de outros fatores vinculantes do aumento da criminalidade, terá uma necessidade diferenciada de efetivo. Neste artigo procurou-se mostrar os paradigmas do efetivo policial e aplicação de dois métodos para cálculo de efetivo, o “sistema Norte-americano” e o “sistema por tipos de policiamento”.

pelo cálculo “norte-americano” seriam necessários 401 policiais militares para o 15º BpM. Este número, em que pese o batalhão possuir no momento apenas 303 pM, está aquém do quadro organizacional criado em 1985, que prevê um efetivo de 448 policiais militares.

outrossim, tal base de cálculo é aplicada em um país que exige uma cultura diferenciada do policial, onde o recrutamento e a seleção, a formação, a qualificação, a estrutura tecnológica, os recursos materiais e financeiros disponibilizados na segurança pública estão, de forma extremada, além da nossa realidade.

Já o “sistema por tipo de policiamento” acompanha a situação e a realidade brasileira.

atualmente o 15.o Batalhão de polícia Militar não possui o patrulhamento rural, policiamento destinado especificamente ao trânsito urbano e somente dois Municípios possuem patrulha escolar (arapongas e Rolândia).

sabe-se da dificuldade do Governo em contratar policiais militares, pois este problema advém de outros governos que não deram a devida importância à questão de segurança pública, provocando uma verdadeira defasagem nos quadros da organização. durante as décadas de 80 e 90 foram incorporados e implementados novos tipos de policiamento no paraná, porém, em razão da origem de cunho político, não subsistiram nos Governos posteriores. É o caso, por exemplo, do policiamento modular e do próprio projeto poVo (policiamento ostensivo Volante) que foi desativado no Governo Jaime lerner. agora, o que não pode ocorrer é a criação de novos tipos de policiamento que utilizam efetivos de tipos já existentes em detrimento desses. É principalmente por esse motivo que a utilização do método pelo sistema de mensuração de efetivo por “tipo de policiamento” se adequa melhor à nossa realidade pois, a partir da criação de novos tipos de policiamento é possível definir e selecionar o efetivo necessário à sua implantação, sem prejuízo aos tipos existentes.

por esse sistema, atualmente o 15º BpM deveria possuir um quadro efetivo de 861 policiais militares para atender bem à sociedade e fazer frente à criminalidade. praticamente, seria necessário dobrar o efetivo do quadro organizacional existente.

assim, para a realidade paranaense, a adequação do “sistema por tipo de policiamento” possibilita uma efetividade maior na atuação básica da polícia Militar, qual seja: o policiamento preventivo ostensivo fardado, no entanto, como essa mudança implica uma aprovação política,

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456 EFETIVO POLICIAL MILITAR: PARADIGMAS E PROPOSTA METODOLÓGICA PARA CÁLCULO DE NECESSIDADES

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mudança de legislação e comprometimento do orçamento do Estado, faz-se necessário, por enquanto, o recompletamento dos quadros organizacionais dos batalhões, visando minimizar os reflexos da insegurança, para que a sociedade tenha a esperança da manutenção da ordem e do bem-estar social.

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