edição nº 35

8
APÓS MANIFESTAÇÃO do Sistema Firjan-Federação das Indústrias do Estado do Rio com 400 empresários, um acordo de líderes da Assembleia Le- gislativa do Estado do Rio de Janeiro levou à modificação do projeto de lei que trata da renovação do Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais. O novo texto reduz em quatro anos, de 2018 para 2014, o prazo de vigência do Fundo. A alíquota extra de 1 ponto percentual de ICMS sobre a maioria dos produtos foi mantida. O texto anterior previa cota de 2 pontos percentuais até 2014, voltando a 1 ponto de 2015 a 2018. PÁGINA 5 Embraer vai voar mais alto Embraer vai voar mais alto A EMBRAER anunciou a criação da Embraer Defesa e Segurança, uma divisão da empresa que funcionará praticamente como uma companhia autônoma, voltada exclusivamente para a produ- ção e o desenvolvimento de equipamentos de defesa. Alguns destaques da produção são inves- timentos nos sistemas de espionagem e fabricação de aviões tanque KC-390 (foto). PÁGINA 4 FIRJAN/ANTÔNIO BATALHA BANCO DE IMAGENS Lula diz que vai vetar o projeto dos royalties CSN recebe multa de R$ 20 milhões por vazamento de produto tóxico Indústria aprova e trabalhadores criticam a decisão do Copom O PROJETO que distri- bui os royalties do petró- leo de campos já licitados entre todos os estados e municíos, e não apenas aos estados produtores, vai ser vetado. Lula anu- ciou que, após o veto, a medida provisória, como ficou definido em acor- do, vai ser reenviada ao Congresso Nacional. PÁGINA 5 O VAZAMENTO de resídu- os de carvão mineral, alta- mento tóxico, ocorreu no dia 27 de novembro, no Rio Pa- raíba do Sul, em Volta Redo- da. A multa foi aplicada pelo Conselho Diretor do Insti- tuto Estadual do Ambiente (Inea), órgão executivo da Secretaria Estadual do Am- biente (SEA). O acidente suspendeu a captação de água em duas estações da Cedae. PÁGINA 8 EM SUA ÚLTIMA reu- nião do ano, o Comitê de Política Monetária (Co- pom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 10,75% ao ano. A Confedera- çao Nacional da Indús- tria (CNI) apoiou a de- cisão e a Força Sindical, por sua vez, fez duras críticas. PÁGINA 5 ABR/WILSON DIAS Primeiro laboratório de nanociência e nanotecnologia, inaugurado no Primeiro laboratório de nanociência e nanotecnologia, inaugurado no Estado do Rio, vai ser aberto a pesquisadores a partir de fevereiro Estado do Rio, vai ser aberto a pesquisadores a partir de fevereiro PÁGINA 2 PÁGINA 2 Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,699 1,701 0,81 Dólar Paralelo 1,700 1,820 0,55 Dólar Turismo 1,650 1,800 0,55 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,561 5,562 1,36 Dólar Austrália 0,997 0,997 1,23 Dólar Canadá 1,006 1,007 0,18 Euro 1,341 1,341 1,42 Franco Suíça 0,966 0,967 1,47 Iene Japão 83,240 83,320 0,76 Libra Esterlina Inglaterra 1,587 1,587 0,42 Peso Chile 474,800 475,100 0,25 Peso Colômbia 1.901,300 1.905,800 1,18 Peso Livre Argentina 3,960 4,000 0,00 Peso MÉXICO 12,384 12,392 0,50 Peso Uruguai 19,800 20,000 0,25 Índice Valor Variação % Ibovespa 69.135,54 1,16 Dow Jones 11.428,56 0,16 Nasdaq 2.624,91 0,48 IBX 21.987,47 1,17 Merval 3.418,87 0,83 Poupança 13/12 0,567 Poupança p/ 01 mês 0,568 Juros Selic meta ao ano 10,75 Selic over 0,985 TR 0,089 Salário Mínimo (Federal) R$ 510,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88 ANO 2 N° 35 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 14 A 20 DE DEZEMBRO DE 2010 | NAS BANCAS RS 1,00 Cesta básica em alta PÁG. 3 Câmbio* Câmbio* MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) Indicadores* Indicadores* (*) FECHAMENTO: 13 DE DEZEMBRO DE 2010 (*) FECHAMENTO: 13 DE DEZEMBRO DE 2010

Upload: jornal-capital

Post on 28-Mar-2016

213 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Jornal Capital - Edição nº 35

TRANSCRIPT

1CAPITAL14 a 20 de Dezembro de 2010

APÓS MANIFESTAÇÃO do Sistema Firjan-Federação das Indústrias do Estado do Rio com 400 empresários, um acordo de líderes da Assembleia Le-gislativa do Estado do Rio de Janeiro levou à modifi cação do projeto de lei que trata da renovação do Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais. O novo texto reduz em quatro anos, de 2018 para 2014, o prazo de vigência do Fundo. A alíquota extra de 1 ponto percentual de ICMS sobre a maioria dos produtos foi mantida. O texto anterior previa cota de 2 pontos percentuais até 2014, voltando a 1 ponto de 2015 a 2018. PÁGINA 5

Embraer vai voar mais altoEmbraer vai voar mais alto

A EMBRAER anunciou a criação da Embraer Defesa e Segurança, uma divisão da empresa que funcionará praticamente como uma companhia autônoma, voltada exclusivamente para a produ-ção e o desenvolvimento de equipamentos de defesa. Alguns destaques da produção são inves-timentos nos sistemas de espionagem e fabricação de aviões tanque KC-390 (foto). PÁGINA 4

FIRJAN/ANTÔNIO BATALHA

BANCO DE IMAGENS

Lula diz que vai vetar o projeto dos royalties

CSN recebe multa de R$ 20 milhões por vazamento de produto tóxico

Indústria aprova e trabalhadores criticam a decisão do Copom

O PROJETO que distri-bui os royalties do petró-leo de campos já licitados entre todos os estados e municíos, e não apenas aos estados produtores, vai ser vetado. Lula anu-ciou que, após o veto, a medida provisória, como fi cou defi nido em acor-do, vai ser reenviada ao Congresso Nacional.

PÁGINA 5

O VAZAMENTO de resídu-os de carvão mineral, alta-mento tóxico, ocorreu no dia 27 de novembro, no Rio Pa-raíba do Sul, em Volta Redo-da. A multa foi aplicada pelo Conselho Diretor do Insti-

tuto Estadual do Ambiente (Inea), órgão executivo da Secretaria Estadual do Am-biente (SEA). O acidente suspendeu a captação de água em duas estações da Cedae. PÁGINA 8

EM SUA ÚLTIMA reu-nião do ano, o Comitê de Política Monetária (Co-pom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 10,75%

ao ano. A Confedera-çao Nacional da Indús-tria (CNI) apoiou a de-cisão e a Força Sindical, por sua vez, fez duras críticas. PÁGINA 5

ABR

/WIL

SON

DIA

S

Primeiro laboratório de nanociência e nanotecnologia, inaugurado no Primeiro laboratório de nanociência e nanotecnologia, inaugurado no Estado do Rio, vai ser aberto a pesquisadores a partir de fevereiroEstado do Rio, vai ser aberto a pesquisadores a partir de fevereiro

PÁGINA 2PÁGINA 2

Moeda Compra (R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,699 1,701 0,81Dólar Paralelo 1,700 1,820 0,55Dólar Turismo 1,650 1,800 0,55

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,561 5,562 1,36Dólar Austrália 0,997 0,997 1,23Dólar Canadá 1,006 1,007 0,18Euro 1,341 1,341 1,42Franco Suíça 0,966 0,967 1,47Iene Japão 83,240 83,320 0,76Libra Esterlina Inglaterra 1,587 1,587 0,42Peso Chile 474,800 475,100 0,25Peso Colômbia 1.901,300 1.905,800 1,18Peso Livre Argentina 3,960 4,000 0,00Peso MÉXICO 12,384 12,392 0,50Peso Uruguai 19,800 20,000 0,25

Índice Valor Variação %

Ibovespa 69.135,54 1,16Dow Jones 11.428,56 0,16Nasdaq 2.624,91 0,48IBX 21.987,47 1,17Merval 3.418,87 0,83

Poupança 13/12 0,567Poupança p/ 01 mês 0,568

Juros Selic meta ao ano 10,75Selic over 0,985TR 0,089

Salário Mínimo (Federal) R$ 510,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

ANO 2 � N° 35 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 14 A 20 DE DEZEMBRO DE 2010 | NAS BANCAS RS 1,00

Cesta básica em alta

PÁG. 3

Câmbio*Câmbio*

MO

ED

AS

CO

TAD

AS

EM

DO

LA

R (U

SA)

MO

ED

AS

CO

TAD

AS

EM

DO

LA

R (U

SA)

Indi

cado

res*

Indi

cado

res*

(*) FECHAMENTO: 13 DE DEZEMBRO DE 2010(*) FECHAMENTO: 13 DE DEZEMBRO DE 2010

CAPITAL 14 a 20 de Dezembro de 201022

Ponto de ObservaçãoPonto de ObservaçãoALBERTO MARQUES

Por que cai o PIB e sobe a infl ação?

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy)

nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002Duque de Caxias, Rio de Janeiro: Telefax: (21) 2671-6611

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:[email protected]@[email protected]

TIRAGEM: 10.000 exemplaresASSINE O CAPITAL: (21) 2671-6611

DEPARTAMENTO COMERCIAL:(21) 2671-6611 / 9287-1458 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo Cunha ([email protected])Diretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Paginação e Arte: Alberto Ellobo (21 9320-1379)

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Jorge Picciani,Karla Ferreira, Geiza Rocha, Samuel Maia e Roberto Daiub

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do InteriorFiliado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior

O valor patrimonialda informação (parte 1)

GEIZA ROCHA é jornalista e secretária-geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho. www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

O PRESIDENTE da Con-federação Nacional da In-dústria (CNI), Robson Bra-ga de Andrade, considerou tímida a evolução de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, comparada ao trimestre anterior, e disse que a ex-pectativa do empresariado era de “um crescimento acima disso”. Enquanto o PIB cai, a infl ação sobe, o que acaba penalizando os mais pobres, pois o custo da alimentação pesa mais forte justamente no boldo dos que tem menor renda, inclusive a tão badalada nova Classe C, em que as famílias tem renda de até R$ 4,8 mil por mês.

De acordo com dados divulgados no último dia 9 pelo IBGE, o ritmo de expansão da economia, de julho a setembro, fi cou aquém dos dois trimestres anteriores, o que confi rma o processo de desacelera-ção da atividade produtiva. Na avaliação do presidente da CNI, a queda de 1,3% do PIB industrial, em re-lação ao trimestre abril-junho, foi provocada pelo aumento da presença de produtos importados no país. Principalmente ma-

nufaturados e bens de con-sumo duráveis, que entram no Brasil “com preços mais competitivos do que os dos nossos produtos” por conta da valorização do Real frente ao Dólar norteamericano. Não é por outro motivo que muitas empresas brasileiras estão importando matéria prima, inclusive tecidos e compo-nentes eletroeletrônicos da China e outros países da Ásia, que deprimem artifi -cialmente as suas moedas face ao dólar americano.

Para Andrade, a queda no PIB industrial é um alerta para a necessidade de o país adotar medidas de curto prazo nas áre-as de câmbio e crédito, além de reduzir a carga tributária. “O câmbio, hoje, prejudica muito a indústria nacional, mas temos também a questão dos juros”. Ele citou ain-da a carência de melhores condições de infraestru-tura e logística, como as péssimas condições das rodovias federais, do acesso aos portos e aero-portos, além da alta carga tributária que incide so-bre investimentos, como fatores que prejudicam

o desempenho da indús-tria. “A gente tem um quadro que não facilita muito o desenvolvimento da atividade industrial”. Preocupação semelhante foi manifestada pelo Ins-tituto de Estudos para o Desenvolvimento Indus-trial (Iedi), que destacou a queda de 1,5% na produ-ção agropecuária, embora o setor de serviços tenha crescido 1%, decorrên-cia do aumento de 3,9% nos investimentos e do crescimento de 1,6% no consumo das famílias.

Enquanto isso, o Brasil ostenta uma carga tributá-ria maior que a de países como Japão, Estados Úni-cos, Suíça e Canadá. A comparação faz parte de estudo da Receita Federal divulgadoem setembro e leva em conta os dados mais recentes, apurados em 2008, entre os países-membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econô-mico (OCDE). Enquan-to o peso dos impostos no bolso do cidadão em 2008, chegou a 34,41% no Brasil, no Japão, por exemplo, fi cou em 17,6%. “A comparação com ou-

tros países é importante e serve como referência, só que a carga tributária de um país refl ete muito o Estado que se tem. A Constituição brasileira traz obrigações que im-põem certos gastos dos quais não há como fugir”, explicou o subsecretário de Tributos e Contencio-sos da Receita Federal, Sandro de Vargas Serpa.

Em momento algum, no entanto, o Governo admite que os excessi-vos gastos do Governo (principalmente os salá-rios dos servidores dos Tres Poderes, Estados e Municípios, os déficits na Previdência Social e o pagamento de juros da dívida pública interna ) exigem, a cada dia, au-mento da arrecadação. E por isso a presidente eleita Dilma Rousseff, que assume o Poder dia 1º de janeiro, já levantou a bandeira da recriação da CPMF a pretexto de reforçar o caixa do Minis-tério da Saúde. Já vimos este filme outras vezes e ninguém, a não ser os nossos insensíveis e des-preparados governantes, gostaram do seu fi nal.

O ACESSO PLENO do Labnano aos usuários está previsto para feve-reiro de 2011. Sommer alertou, porém, que os interessados já devem apresentar suas neces-sidades de pesquisa ao CBPF. O usuário tem que ser treinado para operar os equipamentos. Nesse tipo de tecnologia em escala nanométrica, que representa a bilionésima parte do metro, o próprio pesquisador deve estar próximo dos equipamen-tos ou ter uma pessoa de confiança para tocar o projeto. Ele avaliou que uma das principais vanta-gens do Labnano é a pos-sibilidade de oferece aos pesquisadores nacionais a oportunidade de fabricar estruturas que antes não eram possíveis. Como exemplo, citou sensor de campo magnético.

- Antes, a gente não tinha capacidade de fa-zer um desenho em três dimensões, projetar um sensor com dimensões

nanométricas em três eixos e construí-lo. A partir de agora, a gente já pode construir uma escala de protótipo e testar os sensores. Nós estamos entrando em uma fatia de mercado que antes era restrita a países do primeiro mundo.

O coordenador não tem dúvidas de que o Labnano vai dar maior competitividade à área científi ca brasileira, tan-to do ponto de vista da ciência básica, como da ciência aplicada e da inovação. O labo-ratório tem uma parte dedicada a aplicações industriais, voltada à solução de problemas do setor produtivo. O Lab-nano benefi cia todas as áreas do conhecimento. Foram investidos R$ 8 milhões na estrutura do Labnano, dos quais R$ 7 milhões repassados pelo MCT, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Inaugurado laboratório parafabricação de nanocomponentes

O RIO DE JANEIRO ganhou nesta sexta-feira (10/12) o Labnano, pri-meiro laboratório de nano-ciência e nanotecnologia do estado, aberto a grupos de pesquisa. O laboratório faz parte do Centro Bra-sileiro de Pesquisas Físi-cas (CBPF) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O laboratório vai impulsionar as pesquisas na área de materiais nano-estruturados e dará ênfase à produção de estruturas em escala nanométrica, tais como sensores com ampla gama de aplicações, desde imageamento térmico até sistemas lab-on-chip para diagnósticos médicos.

As decisões estratégicas relacionadas à implemen-

tação e ao gerenciamento do Labnano estão a car-go de um comitê gestor, presidido pelo diretor do CBPF, Ricardo Galvão, e integrado pelos pesquisado-res José d’Albuquerque e Castro (UFRJ), José Soares (UERJ), Fernando Lázaro Freire Jr. (PUC-Rio), Mar-celo Prado (IME), Roberto Bechara Muniz (IF-UFF), Edson Passamani (UFES). O coordenador do Labnano, Rubem Sommer, disse à Agência Brasil que o país já tem um laboratório dedicado à nanociência, em São Paulo, mais voltado à microscopia eletrônica. Sommer explicou que a principal diferença do laboratório carioca é que ele é voltado à fabricação de nanocomponentes.

Investimentos deR$ 8 milhões no projeto

BANCO DE IMAGENS

A AGÊNCIA NACIONAL do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está capacitando seus parceiros conveniados no combate às fraudes praticadas no mercado de combustíveis. Quinze fis-cais da Secretaria Estadual de Fazenda do Mato Grosso e seis delegados e investigadores da Delegacia Fazendária participa-ram das aulas apresentadas pela equipe da Superintendência de Fiscalização do Abastecimento. Na semana seguinte, foi a vez da Sefaz do Ceará, juntamente com o Procon estadual e a Polícia Civil. No decorrer da capacita-ção, realizada entre os dias 22 e 26 de novembro, as equipes dos órgãos conveniados tiveram acesso a lições teóricas, bem como acompanharam, na prá-tica, uma ação de fi scalização. Dentro da sala de aula, puderam conhecer melhor a regulamen-tação relativa à comercialização de gasolina, etanol, diesel e gás

natural veicular (GNV).Nas ruas, já sentiram o resul-

tado: um estabelecimento foi autuado em Cuiabá por exibir a marca de uma distribuidora e adquirir combustível de outra (infi delidade à marca) e outro, em Fortaleza, teve equipamento interditado por fornecer menos gasolina do que o apresentado no medidor (bomba baixa). A Agência, em acordo com a Lei do Pétroleo (Lei 9.478/97), adota a prática de celebrar convênios com outros órgãos da Administração Pública para aumentar a efetividade no com-bate às irregularidades prati-cadas no mercado nacional de combustíveis.

No âmbito da fi scalização do abastecimento, a ANP possui parcerias com 12 Secretarias de Fazenda, todos os Minis-térios Públicos estaduais, um Corpo de Bombeiros (SC), uma Prefeitura (SP) e dois Procons (Amapá e Minas Gerais).

ANP capacita Secretarias de Fazenda a combater fraudes

EM 2000 O FUTURO estava na Internet. O mer-cado que se abria para profi ssionais e estudantes de Jornalismo com a explosão dos sites de notícia representava uma esperança frente às crises pelas quais passavam os jornais. Era impossível não ade-rir às tecnologias e à velocidade de sua evolução para entrar no mundo do trabalho. Neste contexto, abriam-se janelas para que pudéssemos olhar o que acontecia.

Mais do que um site segmentado e especializado, que traz as novidades deste mundo, ele na época já era um espaço vivo de debates e troca de informação, que reunia pessoas de todo o País em uma lista de discussão, sempre ativa e interessante. E eu, ávida por conhecer este mundo, acompanhava pela teli-nha do meu computador as últimas novidades e as dúvidas e questionamentos que até hoje são atuais como, por exemplo, se os sites de informação devem restringir o conteúdo online apenas a assinantes ou deixá-lo aberto a todos os internautas.

Como é impossível falar do projeto sem citar o autor, devo dizer que sou uma privilegiada. Ao conhecer um estudante como eu à época, pude sair da posição de mera espectadora e experimentar a Internet e todas as suas possibilidades.

Naquele espaço, fui atrás do que me fascinava na rede – a diversidade de usos possíveis, o encurtamen-to das distâncias, o potencial que as novas formas de comunicação via chat traziam ao repórter – e relatei a experiência de quem usava a internet como fonte de informações para o trabalho cotidiano. A forma como nós, comunicadores, nos apropriamos desta tecnologia, agora inexorável, foi exposta naquelas entrevistas.

33CAPITAL14 a 20 de Dezembro de 2010

KARLA FERREIRA é subsecretária de Desenvolvimento Econômico de Duque de Caxias

PARA UMA NAÇÃO, seja ela qual for, uma moeda é vital para o pleno desenvolvimento socioeconô-mico que vise estabilidade em longo prazo. Para uma nação ser forte necessita de uma moeda estável trazendo segurança para a nação, e, em conseqüência novos investidores para o País.

O desenvolvimento econômico é um fenômeno his-tórico que passa a ocorrer nos países ou estados-nação que realizam sua revolução capitalista, e se caracte-riza pelo aumento sustentado da produtividade ou da renda por habitante, acompanhado por sistemático processo de acumulação de capital e incorporação de progresso técnico o qual está centrado no aumento da produção, geração de empregos e renda, melhorias dos indicadores sociais e melhor distribuição de renda da população. O desenvolvimento do país depende muito de suas características, tais como geografi a, cultura, passado histórico dentre outros fatores. O desenvolvi-mento econômico não pode ser analisado apenas por indicadores como PIB, mas deve ser complementado por indicadores que representem a melhoria da qua-lidade de vida dos indivíduos, bem como a elevação das condições de vida.

O PIB como a soma de todos os serviços e bens produzidos num período (mês, semestre, ano) numa determinada região (país, estado, cidade, continen-te) é expresso em valores monetários (no caso do Brasil em Reais) e é um importante indicador da atividade econômica de uma região, representando o crescimento econômico. O crédito é importante principalmente para as micro e pequenas empresas. Uma gestão empresarial adequada e linhas de crédito que se ajustem às demandas dessas empresas são fundamentais para a sobrevivência neste mercado tão competitivo. , ganhando economia na produção, rapidez na distribuição, maior poder de compra, conseguindo melhores preços e descobrindo novas oportunidades de negócios.

A moeda e o Desenvolvimento Econômico

O BANCO CENTRAL (BC) lançou a segunda ge-ração da família de cédulas do real, que começaram a circular nesta segunda-feira, dia 13. Primeiro, entraram em circulação as novas no-tas de R$ 50 e de R$ 100. Em 2011, será a vez das notas de R$ 10 e de R$ 20 e, por último, a partir de 2012, começará a substituição das notas de R$ 2 e de R$ 5. De acordo com o BC, as duas notas de maior valor são as que demandam maior proteção contra tentativas de falsifi cação e, por isso, estão sendo lançadas antes das demais. Mais de 70% das cédulas falsas apreen-didas no país são de R$ 50 e de R$ 100.

- As novas notas entrarão em circulação por meio dos bancos comerciais, sendo que as cédulas atuais con-tinuarão valendo e somente serão retiradas de circulação em decorrência do desgaste natural - informou o BC, em nota. “Com o avanço das tecnologias digitais nos últimos anos, é necessário dotar as nossas cédulas de recursos gráfi cos e elemen-tos antifalsificação mais modernos, capazes de conti-

nuar garantindo a segurança do dinheiro brasileiro nos próximos anos”, justifi cou o BC.

Segundo o BC, nas notas de R$ 50 e de R$ 100, “a maior novidade é a faixa holográfi ca, composta por desenhos descontínuos que, ao serem movimentados, apresentam efeitos de alter-nância de cores e formas”. Os demais elementos de se-gurança também são de fácil

visualização: marca d’água, que apresenta o valor da nota e a imagem do animal, e o número escondido, que aparece quando a nota é colocada na posição hori-zontal, na altura dos olhos.

Para lançar as novas cé-dulas, a Casa da Moeda teve que investir em equi-pamentos de impressão, já que as atuais cédulas são impressas em máquinas com mais de 30 anos de uso.

Segundo o BC, “os novos equipamentos e insumos permitem a impressão de desenhos mais complexos e com maior precisão, au-mentando a percepção de uma impressão de qualidade superior. Alguns elementos já presentes na primeira fa-mília - como a marca d’água e o número escondido - fo-ram redesenhados de modo a facilitar a sua verifi cação pela população”.

Novas notas de R$ 50 e R$ 100 já estão em circulaçãoDIVULGAÇÃO

A AMPLIAÇÃO dos aces-sos ao porto do Rio, que atravessa um período de franca revitalização, é par-te importante dos projetos em andamento na Secre-taria de Transportes. Na última sexta-feira (10), o subsecretário Delmo Pi-nho apresentou aos repre-sentantes da Comunidade Marítima uma palestra na Associação Comercial, sobre o desenvolvimento do programa Porto Século XXI, que lista a viabiliza-ção de vias ferroviárias, rodoviárias e aquaviárias. Pinho destacou dois pro-jetos, que além de inten-sifi carem a capacidade de fl uxo de cargas no porto vão refl etir diretamente na reorganização do trânsito da cidade do Rio.

O primeiro deles, a re-cém-inaugurada Av. Pref. Julio Coutinho, está se mostrando uma ferramen-ta eficaz na desintensi-fi cação da Av. Brasil, na altura do Caju. A estrada, por onde agora passam os caminhões que saem do porto com destino à Brasil, passa por traz do cemitério do Caju, eli-minando a necessidade de passagem pelo trecho inicial da Avenida Brasil, onde diariamente se for-ma um intenso gargalo. Outro projeto apresenta-do, ainda mais audacioso, prevê a construção de um viaduto ligando a Ponte Rio-Niterói à Linha Ver-melha, em sua primeira fase, avaliado em R$ 150 milhões; e posteriormente

à Avenida Brasil, em sua etapa fi nal, estimado em R$ 140 milhões.

- Este viaduto vai so-lucionar grande parte do congestionamento forma-do próximo aos acessos à ponte. O motorista que vem de Niterói não vai mais precisar ir até a Av. Rodrigues Alves, con-tornar o cemitério, para acessar a Linha Verme-lha. A Avenida Portuária, como estamos chamando esta futura intervenção, permitirá o fl uxo contínuo da Ponte à Linha Verme-lha, facilitando a vida de milhares de pessoas todos os dias – explicou o sub-secretário.

Delmo Pinho frisou que o Rio de Janeiro pode se orgulhar de ter uma carta

de projetos logísticos em andamento. Segundo o especialista, as soluções para problemas de tráfego viário e escoamento de cargas permaneceram, por muito tempo, apenas no campo das ideias e supo-sições, mas que hoje exis-tem estudos de qualidade, capazes de aperfeiçoar o desenvolvimento de nossa estrutura de logística.

De acordo com o planeja-mento portuário do Estado, o Rio se prepara para assu-mir a segunda posição no ranking brasileiro em ter-mos volume de circulação de cargas, e já em 2015, espera receber cerca de 1,2 milhão de visitantes via transatlânticos, ampliando a capacidade turística e a geração de renda pública.

Estado apresenta soluções de logística para o Porto do Rio

O CUSTO DA CESTA bá-sica da cidade do Rio de Janeiro - que equivale ao consumo médio de todas as famílias residentes no mu-nicípio - apresentou alta de 0,67% na primeira semana de dezembro em relação à ante-rior, passando de R$ 417,93 para R$ 420,72, segundo pesquisa da Fecomércio-RJ. Na quarta semana de no-vembro havia sido registrado um aumento de 0,83%. O aumento no custo da cesta, no período compreendido entre 1º e 7 de dezembro, foi sentido tanto pelas famílias que recebem até oito salários mínimos, com reajuste de

0,60%, quanto por aquelas que têm rendimento acima dessa faixa, que perceberam gastos 0,72% maiores.

Dos 39 itens que compõem a cesta, a linguiça foi o que mais subiu de preço (4,23%). Em seguida aparecem a la-ranja pera (2,81%), o frango (2,51%), a cenoura (2,29%) e a carne seca (2,18%). Em contrapartida, os que registra-ram queda nos preços foram: a batata (-5,21%) e a maionese (-3,16%). Na análise men-sal, entre 9 de novembro e 7 de dezembro, a cesta básica registrou alta de 2,85%. No acumulado do ano a infl ação do indicador é de 6,53%.

Cesta Básica sobe 0,67% naprimeira semana de dezembro no Rio

O NÚMERO DE PESSO-AS que procuraram crédito em novembro aumentou 6,2% na comparação com o mês anterior, segundo o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumi-dor por Crédito, divulgado dia 7. Em relação a novem-bro do ano passado, houve elevação de 19,8% na busca pelo crédito. No acumulado do ano, a alta é de 16,1%,

ante o mesmo período de 2009. Os consumidores que mais contribuíram para o aumento da procura por cré-dito foram os das camadas inferiores de rendimento. Para aqueles com rendi-mento mensal abaixo de R$ 500, a demanda aumentou 8,6%. Para os que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000, a elevação foi de 6,4%.

As outras faixas salariais

também registraram aumento, sendo que as variações foram de 4,4% para quem recebe mais de R$ 10.000 por mês e de 5,8% para aqueles com salário entre R$ 1.000 e R$ 2.000. No acumulado do ano, os consumidores que ganham até R$ 500 por mês, continuam liderando a busca por crédito, registrando crescimento de 43,9% na comparação com o igual período de 2009.

Demanda do consumidor por crédito é recorde em novembro

CAPITAL 14 a 20 de Dezembro de 201044

A EMBRAER ANUNCIOU a criação da Embraer Defesa e Segurança, uma divisão da empresa que funcionará pra-ticamente como uma com-panhia autônoma, voltada exclusivamente para a pro-dução e o desenvolvimento de equipamentos de defesa. A nova unidade, que será im-plantada em Gavião Peixoto, na região de Araraquara, em São Paulo, terá, inclusive, um presidente próprio. Alguns destaques da produção são investimentos nos sistemas de espionagem, escuta e produção de informações, além da fabricação de aviões tanque KC-390 (o maior da Embraer), de jatos birrea-tores Emb-145 (com mais detalhes) e jatos Phenom executivos.

A divisão foi criada devi-do ao volume crescente de negócios envolvendo a área de equipamentos bélicos. Este ano, o faturamento com defesa será de R$ 1,1 bilhão. Para 2011, a expec-tativa é que o faturamento chegue a R$ 1,5 bilhão. Se-gundo o presidente da Em-braer, Frederico Curado, a divisão dará maior “agilidade e autonomia empresarial” à companhia. Curado destacou ainda que o fortalecimento da indústria de defesa é es-tratégico para o Brasil. “É importante para o país ter autonomia para desenvolver armamentos e aviões”. A unidade inaugurada atuará não só no desenvolvimento de aviões, mas também no de equipamentos de co-municação, computação, controle e inteligência. De acordo com ele, a Embraer pretende ser a principal em-presa do plano do governo federal de fortalecer esse segmento. “A Embraer vai ser a âncora dessa cadeia”.

O desenvolvimento de produtos para atender às

necessidades das Forças Ar-madas também ajuda a abrir as portas da companhia para o mercado internacional. “Acaba gerando possibili-dades de exportação, com a criação de um portfólio”, disse Curado. Atualmente, a Embraer tem como clientes 30 forças de defesa em todo o mundo. A expansão dos negócios pode, segundo o presidente, até impulsio-nar novas contratações. “À medida que a gente cresça, com certeza precisaremos contratar mais pessoas”.

A Embraer comemorou em agosto 41 anos de exis-tência, período ao longo do qual projetou mais de 20 modelos diferentes de aeronaves para os merca-dos de aviação comercial e executiva e o segmento de defesa e entregou cerca de 5 mil aviões para 88 países em cinco continen-tes. Criada como empresa de economia mista, teve como primeiro produto para a aviação comercial o turboélice Bandeirante (EMB 110). Na década de

1970, vieram as primeiras entregas e o desenvolvi-mento de novos produtos, como a primeira aeronave executiva, o Xingu (EMB 121) e o turboélice com 30 assentos Brasilia (EMB 120). A empresa foi priva-tizada em 1994. Os jatos de passageiros da Embraer já somam mais de 1.000 unidades entregues e desde dezembro de 2008 voam também no Brasil, incial-mente nas cores da Azul e agora também nas da Trip e da Passaredo.

Embraer cria unidade para produzir aviões de guerra

O AVIÃO KC-390 da Embraer será usado para transporte e reabasteci-mento aéreo. Segundo Frederico Curado, essa é a data prevista para o primeiro voo do prin-cipal projeto da empre-sa na área de defesa, o cargueiro militar tático KC-390. Em abril de 2009, a empresa assinou um contrato de US$ 1,3 bilhão com a FAB para o desenvolvimento o avião

de transporte militar, que tem capacidade para 19 toneladas e 80 homens.

O KC-390 é o chamado avião de assalto, capaz de pousar no campo de batalha, em pistas mal-preparadas, colocando tropas e carros de combate perto da zona de confl ito. Além de ser um avião de transporte de carga, ele pode reabastecer aviões de combate durante o vôo. A Embraer estima

em cerca de 700 aero-naves a demanda futura desse tipo de avião de transporte, para substituir modelos clássicos, como o americano C-130 Her-cules, operado pela FAB e dezenas de outras forças espalhadas pelo planeta. Mais do que a participa-ção no projeto FX-2, do futuro caça da FAB, o projeto KC-390 é o que mais empolga a área de defesa da empresa.

Novo avião militar deve fazer o 1º voo em 2014

BANCO DE IMAGENS

ALB

ERT

O E

LLO

BO

DE SETEMBRO para outubro, o emprego in-dustrial mostrou estabi-lidade (0,0%), já descon-tados os efeitos sazonais, após também ter fi cado praticamente estável nos dois meses anteriores (0,1% em agosto e -0,1% em setembro). É o que mostra a Pesquisa Indus-trial Mensal de Emprego e Salário (PIMES). Na comparação com outubro de 2009, houve expan-são de 4,2%, nona taxa positiva seguida nesse tipo de comparação. O indicador acumulado no ano somou 3,4%. O acumulado nos últimos 12 meses cresceu 2,3%, resultado mais eleva-do desde novembro de 2008 (2,5%), e manteve a trajetória ascendente iniciada em dezembro de 2009. O número de horas pagas recuou 0,8% frente a setembro, mês que já havia registrado queda (- 0,4%).

Nas comparações com os mesmos períodos de 2009, as altas foram de 4,0% no índice mensal e de 4,2% no acumulado dos dez pri-meiros meses do ano. A folha de pagamento real dos trabalhadores avan-çou 0,4% frente ao mês anterior, enquanto que, em relação a iguais períodos de 2009, houve crescimento de 10,1% na taxa mensal e de 6,8% no acumulado do ano.

O índice de média mó-vel trimestral no empre-go industrial, em decor-rência dos três meses de estabilidade, registrou crescimento nulo (0,0%) entre setembro e outubro, após 14 meses de taxas positivas, durante o qual acumulou expansão de 5,5%. Desde abril esse indicador demonstra redu-ção de crescimento (0,6% em abril, 0,5% em maio, 0,4% em junho e julho, 0,3% em agosto e 0,1% em setembro).

Emprego na indústria tem estabilidade em outubro

O FATURAMENTO da in-dústria eletroeletrônica de-verá crescer 11% neste ano em comparação com 2009. Segundo estimativa da As-sociação Brasileira da In-dústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), divulgada dia 9, a movimentação fi nanceira das empresas do ramo em 2010 deverá chegar a R$ 124 bilhões ante R$ 112 bilhões do ano anterior. Os maiores aumentos percen-

tuais foram das empresas que fabricam equipamentos industriais (22%), geração, transmissão e distribuição de energia elétrica (14%), componentes eletro eletrô-nicos (13%) e informática (13%).

Apesar da expansão, a Abinee considerou o resul-tado abaixo das expectati-vas. “Diante do crescimento do PIB, da ordem de 7,3% neste ano, o faturamento do

setor poderia ter crescido pelo menos 15%”, diz a nota da entidade. O Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) também foi impor-tante para o faturamento. Mesmo assim, “o setor está preocupado com o aumento da participação dos equipa-mentos importados nas con-corrências para a compra de equipamentos destinados aos grandes projetos conti-dos no PAC”.

Faturamento da indústria eletroeletrônica deve crescer 11%

A INADIMPLÊNCIA dos consumidores registrada em novembro, que subiu 3,5% em relação a outubro, foi a maior alta para meses de novembro desde 2005, de acordo com levantamento divulgado pela Serasa Expe-rian nesta segunda-feira (13). Essa foi a sétima alta mensal seguida. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a inadim-plência cresceu 23,2% - a maior entre os meses de novembro desde 2001, de acordo com a Serasa.

O movimento de alta da inadimplência se deve ao maior endividamento dos consumidores, principalmente por conta do Dia da Criança, conforme apontaram os eco-

nomistas da Serasa Experian. A falta de pagamento relativa a cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços aumentou 7,7%, na comparação de novembro sobre outubro. Já as dívidas com cheques sem fundos cres-ceram 13,4%% e com títulos protestados, 4,4%. As dívidas bancárias recuaram 2,3%.

De janeiro a novembro deste, em relação ao mes-mo período do ano ante-rior, o valor médio dos cheques sem fundos teve alta de 24,5%, enquanto o relativo a títulos pro-testados e as dívidas não bancárias cresceu 6,4% e 4,7%, respectivamente. As dívidas com os bancos declinaram 2,7%.

Inadimplência em novembro tem a maior alta desde 2005

O VETERANO JORNALISTA e articulista político da Baixada Flu-minense, Alberto Marques, faz sua estréia nesta edição do Capital. Com foco inédito, ele fará mensalmente, análises de assuntos de interesse da comunidade empresarial. O convite

havia sido feito anteriormente pelo diretor do jornal, Marcelo Cunha, e por problemas de saúde, somente agora o jornalista pode retornar às suas atividades de uma breve parada. Na foto, o jornalista com o netinho Gustavo, de 1 ano e 7 meses.

Alberto Marques faz sua estréia no Capital

55CAPITAL14 a 20 de Dezembro de 2010

APÓS MANIFESTAÇÃO do Sistema Firjan (Fe-deração das Indústrias do Estado do Rio) com 400 empresários realiza-da na terça-feira, dia 7, um acordo de líderes da Assembleia Legislativa (Alerj) modificou, no dia seguinte, o projeto de lei 3.336/2010, que trata da renovação do Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (Lei 4.056/2002). O novo texto reduz em quatro anos, de 2018 para 2014, o prazo de vigência do Fundo. A alíquota extra de 1 ponto percentual de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercado-rias e Serviços) sobre a maioria dos produtos foi mantida. O texto anterior previa cota de 2 pontos percentuais até 2014, vol-tando a 1 ponto de 2015 a 2018. Energia elétrica e comunicações mantêm adicional de 5 pontos percentuais durante 2011, com redução escalonada em 2012/2013 (4 pontos) e em 2014 (3 pontos) . Pelo texto anterior, esses setores pagariam 2 pontos

até 2014 e depois 1 ponto até 2018.

A votação do novo texto está prevista ainda para esta semana. De acordo com a Firjan, caso fos-se aprovado, o texto ori-ginal do projeto de lei 3.336/2010 retiraria R$ 19,5 bilhões da sociedade nos próximos oito anos. A Federação ressaltou ainda que o diferencial tributário entre o Rio de Janeiro, demais estados da região Sudeste e também do Sul do País deixa a economia fl uminense em clara des-vantagem competitiva.

O Fundo de Comba-te à Pobreza e às Desi-gualdades Sociais entrou em vigor em 2003, com proposta de permanecer até este ano e alíquotas adicionais de ICMS de 5 pontos percentuais para os setores de eletricidade e comunicações e de 1 ponto percentual para os demais setores. Na com-paração com os vizinhos, a atual alíquota de ICMS é maior no Rio de Janei-ro em diversos setores, como energia elétrica, telecomunicações, óleo diesel, gasolina/combus-

tível e laminados planos de aço. Atualmente, a maior alíquota é sobre a gasolina – 30%, mais 1% para o Fundo. Nos outros estados avaliados, a alí-quota não passa de 27% e não existe acréscimo.

A Federação discutiu há quatro anos o tema com o Governo estadual, que alegou à época não haver espaço fiscal para abrir mão de arrecadação. Neste ano, no entanto, o supe-rávit nominal do Estado foi de R$ 2,5 bilhões, e a arrecadação do Fundo foi de R$ 2 bilhões.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afi rmou no dia 7 que vetará o projeto de lei que distribui os royal-ties de petróleo de campos já licitados entre todos os estados e municípios, e não apenas entre os produtores. Segundo Lula, a medida provisória original, que defi ne a redistribuição dos royalties apenas para cam-pos do pré-sal ainda não licitados, será reenviada ao Congresso Nacional. De acordo com o presiden-te, o projeto aprovado no Congresso é diferente da-quele que foi acertado em acordo com governadores e lideranças parlamentares. “Eu pretendo, ao receber a proposta do Congresso,

vetar e colocar a medida provisória que foi a razão do acordo para que eles votem, no próximo ano, no Congresso Nacional.”

Lula disse que o pré-sal tem recursos suficientes para garantir que estados produtores, como São Pau-lo, Espírito Santo e o Rio de Janeiro, não tenham prejuízo e ainda seja pos-sível dividir parte da re-ceita com outras unidades federativas. “Só temos que torcer pelo seguinte: que a Petrobras tenha toda a sor-te do mundo de tirar todo o pré-sal e a gente tenha governantes que distribu-am de forma justa todas as riquezas do pré-sal. Se isso for feito, tenho certeza de

que nós estaremos vivendo muito melhor”, acrescen-tou o presidente.

O projeto já havia passa-do pela Câmara, mas voltou ao plenário porque sofreu mudanças no Senado. Esse substitutivo do Senado para o Projeto de Lei 5940/09 foi aprovado no último dia 2. Com a decisão, Estados produtores, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, teriam de dividir recursos com todos os demais esta-dos brasileiros.

As estimativas do Gover-no do Estado, caso não hou-vesse o veto do Presidente da República, dão conta que haveria para o Rio de Janeiro uma perda de cerca de R$ 10 bilhões por ano.

Lula diz que vai vetar projeto de lei que tiraria R$ 10 bi de royalties do RJABR/ANTONIO CRUZ

Projeto que aumenta imposto muda após protesto da Firjan

ALBERTO ELLOBO

Em sua última reunião do ano, no último dia 8, o Co-mitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros (Selic) em 10,75% ao ano. Patamar que vigora desde julho último, numa demonstração da estabili-dade econômica que con-duz o país à transição de governo no próximo dia 1º de janeiro. A decisão do Copom veio em linha com a expectativa da maioria dos economistas consulta-dos todas as sextas-feiras pelo BC para acompanhar as tendências da iniciativa privada sobre os principais indicadores econômicos. Pesquisa que dá origem ao boletim Focus, divulgado sempre no primeiro dia útil da semana seguinte.

Embora as pressões in-fl acionárioas tenham au-mentado nos últimos me-

ses (0,45% em setembro, 0,75% em outubro e 0,83% em novembro) os consulto-res fi nanceiros ouvidos na pesquisa do BC entendem que as medidas anunciadas no último dia 3 vão redu-zir a oferta de crédito e o consumo interno, desaque-cendo um pouco a infl ação. Este não seria, portanto, o momento adequado para elevar a Selic.

Foi a última reunião do Copom sob o comando de Henrique Meirelles, que está no comando do BC durante os dois mandatos do presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva, e tornou-se o dirigente mais longevo do BC. Depois de oito anos à frente da auto-ridade monetária, Meirelles passará o cargo, em janeiro, para o atual diretor de Nor-mas e Organização do Sis-tema Financeiro, Alexandre Tombini.

Copom mantém taxa básica de juros em 10,75% ao ano

O PRESIDENTE da Con-federação Nacional da Indústria (CNI), Rob-son Braga de Andrade, divulgou nota na qual considera que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,75% ao ano foi a “mais acer-tada” para o momento. Segundo ele, as medidas de restrição ao crédito anunciadas, já mostram a preocupação do Banco Central com o “excesso de liquidez na economia e seus impactos sobre a trajetória da inflação, tornando desnecessário elevar a taxa Selic”.

A Força Sindical, po-rém, considerou que a manutenção da taxa bá-sica de juros vai contra os interesses da classe trabalhadora. “Esta me-dida, somada ao aperto monetário com restrições ao crédito, anunciado re-centemente, confi gura-se cenário maligno para a produção, que gera em-prego e renda”, diz a nota do presidente da central sindical, deputado Paulo Pereira da Silva. Para a Força, o atual patamar de juros benefi cia os especu-ladores e prejudica o setor produtivo e, consequente-mente, a geração de novos postos de trabalho.

Indústria aprova e trabalhadores criticam

CAPITAL 14 a 20 de Dezembro de 201066

Atualidade

A PREFEITURA de Duque de Caxias está inscrevendo jovens de 18 a 29 anos para o Projovem Trabalhador que está oferecendo 3 mil vagas no município para cursos profissionalizantes. Os interessados devem pro-curar a sede da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda, Ciência e Tecnologia na Avenida Almirante Graenfal n° 405, bloco 1, sala 51, no Centro Empresarial junto à Rodovia Washington Luiz, km 3, ou as tendas itinerantes que estão localizadas na Pra-ça do Pacifi cador, no Centro. Nesse local, o atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.

Para se inscrever o jovem deve apresentar original e cópia do CPF, da carteira de identidade, título de eleitor, comprovante de residência, carteira de trabalho, de-claração de escolaridade,

certifi cado de reservista e duas fotos 3x4. Durante o curso profissionalizante, os alunos terão direito a material didático, unifor-me, mochila, transporte e lanche no local, além de au-xílio fi nanceiro de R$ 600,

divididos em seis parcelas. “Os alunos tem ainda segu-ro de vida vigente enquanto estiver freqüentando as aulas”, informou ao Capital o Secretário Municipal de Trabalho e Renda, Jorge Cezar de Abreu.

O P r o j o v e m é u m programa do Governo Federal através do Mi-nistério do Trabalho e Emprego. Outras infor-mações poderão ser ob-tidas através do telefone 3661-9688.

Projovem Trabalhador tem 3 mil vagas em CaxiasO PRIMEIRO sorteio público do programa “Minha Casa, Minha Vida” de Queimados foi realizado dia 9, no Gi-násio da Escola Municipal Metodista. Foram sorteados os primeiros 500 aparta-mentos das 3.500 unidades habitacionais que estão em construção na cidade. Só no bairro Valdariosa, estão em construção mais mil unida-des, totalizando 1.500. Neste primeiro sorteio participaram idosos, portadores de neces-sidades especiais e mulheres chefes de família. De acordo com critérios estabelecidos pelo Ministério das Cidades, os portadores de necessida-des especiais, assim como as pessoas que estão sendo beneficiadas pelo Progra-ma Auxílio-Moradia, terão garantidos os seus imóveis, respeitadas as proporções legais. Aos idosos serão desti-nados 10% dos apartamentos remanescentes.

Os sorteados deverão com-

parecer ao pátio da Secretaria Municipal de Educação, no Centro, a partir do próximo dia 15, munidos de original e fotocópia da Carteira de Iden-tidade, CPF, comprovante ofi cial de residência e prova de estado civil (certidão de nascimento, casamento, di-vórcio/separação judicial ou óbito). Os contemplados te-rão uma semana para entregar a documentação necessária na tenda que será montada na Secretaria de Educação, ou seja, do dia 15 ao dia 21, incluindo sábado e domingo. Quem não apresentar a docu-mentação estará excluído do programa.

A lista com o nome dos sor-teados está disponível desde o dia 10 na sede da Secretaria de Habitação e Obras Públi-cas, na Vila do Tinguá, bem como no site da Prefeitura: www.queimados.rj.gov.br e nos blogs www.queimados-rj.blogspot.com e www.quei-madosdigital.com.br.

500 apartamentos popularessorteados em Queimados

A FUNDEC (Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico e Políticas Sociais) promoveu a ll Formatura dos a lunos do Programa Facid e o encerramento dos cursos de Inglês, Espanhol e In-formática de 2010. Cerca mil participantes recebe-ram nesta segunda-feira, dia 13, o certificado de conclusão dos cursos, no Teatro Municipal Raul Cortez. A cerimônia de encerramento contou com a apresentação dos alunos dos módulos três e qua-tro, do curso de Inglês, da unidade Gramacho e com

a presença do consultor, auditor líder e especia-lista em Segurança da Informação e Gerencia-mento de Projeto, Marce-lo Romano, que ministrou a palestra “Tecnologia, Segurança da Informação e o Homem - O impacto da evolução tecnológica em nossas vidas”.

Foi realizada também a apresentação do Ballet CIART (Casa de Iniciação às Artes) com a presença da deputada federal An-dreia Zito, bacharel, em Direito pela Unigranrio, que apresentou a palestra sobre “Políticas Públicas para

a Juventude”, aos jovens formandos FACID.

Para a presidente da Fun-dec, Roberta Barreto, o nú-mero de pessoas qualifi cadas na cidade vai aumentar ainda mais. “O nosso objetivo é profissionalizar os jovens duquecaxienses e prepará-los para a empregabilidade, além de motivá-los em rela-ção ao mundo do trabalho”, disse Roberta. O prefeito Zito destaca o processo de qualifi cação dos jovens para o mercado de trabalho. “So-mente desta maneira vamos garantir um futuro com mais qualidade para a população do município”, enfatizou.

FUNDEC promoveformatura para 1.036 alunos

ALBERTO ELLOBO

MOBILIZAR A SOCIE-DADE para prevenir a ex-ploração sexual infantoju-venil no setor de turismo é o objetivo da campanha

“Um Gol pelos Direitos de Crianças e Adoles-centes”, lançada dia 9 no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek,

em Brasília. A iniciativa é fruto de parceria entre o Ministério do Turismo e o Centro de Excelência em Turismo da Universidade

de Brasília (CET/UnB). De acordo com a coorde-nadora-geral do Programa Turismo Sustentável e Infância do Ministério do

Turismo, Elisabeth Bahia, a campanha terá o apoio de multiplicadores que atuarão em todo o país.

A campanha está

sendo lançada simultanea-mente em todas as cidades que sediarão os jogos da Copa de 2014 e ainda em João Pessoa, na Paraíba.

CAMPANHA CONTRA A EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS NO TURISMO

77CAPITAL14 a 20 de Dezembro de 2010

Internacional

País

O DIÁRIO OFICIAL da União publicou as novas regras para o preenchi-mento da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2011. Entre as mudanças que já vinham sendo antecipadas pela Receita Federal está o fi m do formulário de papel. O prazo de entrega começa dia 1º de março de 2011 e termina às 23h59m59s do dia 29 de abril. O valor mínimo para a obrigatorie-dade de apresentação da declaração foi corrigido e passou de R$ 17.989,81 para R$ 22.487,25. No que

diz respeito aos rendimen-tos isentos, não tributáveis ou tributados exclusiva-mente na fonte, permanece o limite de R$ 40 mil. Aci-

ma dos R$ 40 mil é preciso declarar.

O valor para a obrigato-riedade da declaração para pessoa física que teve a

posse ou propriedade de bens ou direitos também permanece igual. A decla-ração só é obrigatória se esse valor total for superior a R$ 300 mil. No que diz respeito à atividade rural, fica obrigado a declarar quem obteve receita bruta superior a R$ 112.436,25. No exercício anterior, o valor era de R$ 86.075,40. As declarações poderão ser encaminhadas pela internet ou em disquete a ser entre-gue nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Eco-nômica Federal, no horário de expediente.

Declaração do IRPF 2011 só poderá ser feita pela internet ou por disqueteBANCO DE IMAGENS

ABR/VALTER CAMPANATO

ELES NUNCA saíram do Brasil, mas em janeiro embar-cam em um navio para passar 51 dias viajando pelo mundo. Onze bolsistas do Progra-ma Universidade para Todos (ProUni) foram convidados pelo governo japonês para participar de um programa de intercâmbio ao lado de univer-sitários de dez nacionalidades. Eles conhecerão Tóquio e outras importantes capitais mundiais enquanto participam de diversas atividades e proje-tos dentro da embarcação.

O Brasil já participou seis vezes do programa Ship for World Youth. Os estudantes brasileiros sempre foram selecionados pelas universi-dades federais, mas este ano

o Ministério da Educação optou pelos participantes do ProUni. Eles foram esco-lhidos pela nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2008 e a fl uência em inglês, uma exigência do projeto. Nesta semana, estiveram em Brasília parti-cipando de um treinamento e preparando documentos. Também foram recebidos na embaixada japonesa. Os alunos embarcam no dia 9 de janeiro e chegam ao Japão no dia 11. De acordo com o governo japonês, o objetivo do programa é aprofundar a cooperação internacional e a amizade entre os jovens para o desenvolvimento da capacidade de liderança.

Alunos do ProUni vão participar deprograma de intercâmbio no Japão

UMA PESQUISA divulgada esta semana pela Confedera-ção Nacional de Municípios (CNM) revela que 98% das cidades brasileiras apresen-tam problemas de circulação de drogas. Nesses locais há registro de consumo de subs-tâncias entorpecentes, inclu-sive de crack. O levantamen-to ouviu 3.950 (71%) dos

5.563 municípios em todo o país. Destes, apenas 14,7% têm Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e 8,4% contam com programas lo-cais de combate ao crack. Ao todo, 62,4% declararam não receber apoio fi nanceiro federal, estadual ou de outras instituições.

O presidente da CNM,

Paulo Ziulkoski, consi-derou a amostra bastante signifi cativa. “Estamos fa-lando de uma geografi a do crack. O problema alcançou uma dimensão nacional. Não está mais nas grandes cidades, mas nas áreas ru-rais”. Para Ziulkoski, falta planejamento estratégico para enfrentar o problema.

Sobre o lançamento do Pla-no de Enfrentamento do Crack e outras Drogas, em maio, pelo governo federal, ele destacou que a iniciativa limitou o aces-so de muitos municípios às ações, uma vez que apenas cidades com população acima de 20 mil habitantes podem ser contempladas - um total de 1.643 (29,5%).

Pesquisa aponta: 98% das cidades do país têm problemas com drogas

A PETROLÍFERA his-pano-argentina Repsol-YPF anunciou d ia 7 a descoberta de uma megajazida de gás que deve ampliar de seis anos para 16 anos as reservas certificadas do país. O anúncio foi feito pelo vice-presidente da companhia, Sebastián Eskenazi. O reserva-tór io fo i encontrado

na província de Neuquén ( sudoes t e ) . “Exploramos e perfuramos na localida-de neuquina de Loma de La Lata com excelen-tes resultados em gás. Com o encontrado neste setor a YPF passou de seis a dezesseis anos de

reservas de gás”, revelou o executivo à presidente Cristina Kir-c h n e r , g o -vernadores, p r e f e i t o s e

legisladores do país. “A expectativa é cer-tificar reservas por 16 anos, mas pode aumen-tar muito mais”, disse

Kirchner.Para a extração desse

gás, que está retido em um terreno de argila, será necessário pulveri-zar a rocha com injeção de água e areia a alta pressão até o interior do poço, o que torna os custos de produção mais e levados e aumenta , portanto, o preço do gás no mercado.

Repsol YPF encontra megajazida de gás na Argentina

FORÇAS POLICIAIS do governo da Argen-tina e da prefeitura de Buenos Aires passa-ram os últimos três dias patrulhando o Parque Indo-Americano, no bairro de Villa Soldati, onde confrontos entre moradores da região e mais de 1,5 mil famílias sem teto deixaram três mortos desde a última terça-feira (7). Os sem-teto optaram pela ocu-pação de um prédio do parque de 130 hectares como uma maneira de chamar a atenção das autoridades para a pre-cária situação em que vivem na Grande Buenos Aires. As forças policiais continuam no local.

Os moradores queima-

ram barracas e o con-fronto deixou dezenas de feridos. No dia 8, os con-frontos se intensifi caram com a chegada de mais famílias de sem-teto e com ausência da polícia no local. O resultado foi a morte de dois bolivia-nos e de uma paraguaia. Enquanto não se encon-tra uma solução para o problema, o governo da presidenta Cristina Kirchner determinou o cerco policial para impe-dir que famílias de sem-teto continuem chegando ao parque em busca de uma resposta para seus problemas de habitação.

O governo vem dis-cut indo o problema com representantes do sem-teto.

Policiais controlam parquede Buenos Aires após mortes

O BRASIL poderá com-prar títulos da dívida pú-blica portuguesa, disse o ministro das Finanças de Portugal, Fernando Tei-xeira dos Santos. Depois de se reunir com o mi-nistro da Fazenda, Guido Mantega, o ministro por-tuguês confi rmou que o

Brasil estuda ajudar o país europeu a superar os pro-blemas na administração da dívida pública. Depois do agravamento da crise econômica na Irlanda, que pediu ajuda à União Euro-peia e ao Fundo Monetá-rio Internacional (FMI), Portugal vem enfrentando

dificuldades para emitir títulos da dívida pública, lançando os papéis com juros mais altos que o da média dos países da zona do euro. Para Teixeira dos Santos, o Brasil representa um mercado estratégico para os títulos portugueses neste momento.

- Pretendemos fazer um esforço de diversifi cação desses mercados [de títu-los] para fora da Europa. Com certeza que o Brasil, sendo uma economia es-tratégica, também repre-senta um mercado que de-vemos explorar - afi rmou o ministro português.

Brasil poderá comprar títulos da dívida pública portuguesa

CAPITAL 14 a 20 de Dezembro de 201088

O DEPARTAMENTO de Estradas de Rodagem do Estado do Rio-DER, está realizando, em caráter experimental, o que ele chama de asfalto ecológi-co, uma mistura de massa asfáltica com pneus tritu-rados. Segundo os técnicos do órgão, o resultado é uma pavimentação embor-rachada, mais resistente e que oferece mais seguran-ça em dias de chuva, além de reduzir o barulho dos veículos nas pistas, entre outras vantagens. Os pri-meiros serviços com essa tecnologia estão sendo feitos RJ-122, conhecida como Rio-Friburgo, que liga os municípios de Gua-pimirim a Cachoeiras de Macacu. Nesta última, foi instalada uma usina móvel do órgão para a produção do novo asfalto. O equi-pamento foi inventado em 1960, nos Estados Unidos, mas só foi liberado para uso em escala industrial após a quebra da patente do produto, em 1998. Ao todo, nas duas cidades, serão 35 quilômetros de

pavimentação, que deve-rão estar concluídos até o fi nal do ano que vem.

- A questão do aproveita-mento dos pneus veio como um agregado. Na realidade nós estávamos buscando uma melhor qualidade de pavimento com custo menor - disse o presidente do DER, Henrique Ribeiro. Segundo o diretor de Obras do órgão, Ângelo Pinto, cada metro

quadrado de asfalto retira do meio ambiente um pneu usado. Ele destaca que a mistura garante uma massa asfáltica com alto coefi cien-te de atrito, aumentando a performance dos carros e a redução de ruído nas pistas. No fi nal, o custo é cerca de 40 por cento menor que o asfalto tradicional. Toda a pavimentação, segundo as estimativas, deverá consu-

mir cerca de 430 mil pneus velhos.

Outra grande vantagem é durabilidade. Segundo os téc-nicos, o asfalto comum, em condições normais, tem vida útil de cerca de 10 anos. O novo asfalto chega a 20 anos, sem a necessidade de grande manutenção. O processo de-verá ainda ser normatizado e a idéia é estender o serviço a todas as cidades do Estado.

DER testa pavimentação que usaasfalto com pó de pneus usados

DIVULGAÇÃO

A COMPANHIA SIDE-RÚRGICA Nacional (CSN) foi multada em R$ 20.160.000,00 por provocar o vazamento de resíduos de carvão mine-ral, altamente tóxico, no Rio Paraíba do Sul, em Volta Redonda. O aciden-te aconteceu no dia 27 de novembro. A multa foi aplicada dia 9 pelo Con-selho Diretor do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão executivo da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA). O vazamento teve origem na Estação de Tratamen-to de Efluentes do Alto Forno 2 da CSN e levou à suspensão da captação de água nas estações de Pinheiral e Vargem Gran-de, da Cedae.

O Conselho utilizou como base para aplicar a multa o relatório dos téc-nicos sobre o vazamento e os danos ambientais ao Rio Paraíba do Sul, que fornece água para o sistema Guandu, responsável pelo abastecimento de toda a Região Metropolitana do Rio. Além da multa pelo vazamento, a CSN já se

comprometeu, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado, em outubro, com a Secretaria Estadual do Ambiente e o Inea, a investir R$ 216 milhões, dos quais R$ 16 milhões em compensa-ções ambientais e R$ 200 milhões em 90 ações, esta-belecidas em um plano de ação com diversas obriga-ções e cronograma de exe-cução que deverá ser con-cluído em três anos, com possibilidade de multas em caso de descumprimento.

As exigências à CSN resultaram de uma ampla auditoria, realizada entre setembro e dezembro do ano passado, após o va-zamento de um material oleoso da unidade de car-boquímicos que atingiu o Rio Paraíba do Sul, epi-sódio pelo qual a empresa foi responsável e punida. A auditoria concluiu que a siderúrgica, instalada há mais de 50 anos, não atendia aos padrões am-bientais previstos na legis-lação. Desde o acidente, a CSN faz correções em seu sistema para evitar novos prejuízos ao ambiente.

CSN é multada em R$ 20 milhões por vazamento no Rio Paraíba do Sul

O DEPARTAMENTO de Proteção e Defesa do Consu-midor (DPDC) do Ministério da Justiça multou em mais de R$ 6 milhões sete empresas de telefonia que descumpriram o decreto que regulamenta o Serviço de Atendimento ao Consumidor, também conhe-cidos como call centers. As decisões do DPDC foram publicadas dia 9 no Diário Ofi cial da União. Após fi scali-zações, o DPDC concluiu que as empresas Claro, Embratel, GVT, Nextel, Telemar Norte Leste (atual Oi), Tim e Vivo infringiram normas referentes ao acesso ao serviço e à entrega de cópia da gravação do aten-dimento. Segundo o decreto, é direito básico do consumidor obter informação adequada e clara sobre os serviços que contratar.

De acordo com o Ministé-rio da Justiça, os processos foram instaurados no fi nal de 2009 e motivados pelo gran-

de volume de reclamações que chegaram aos Procons de todo o país nos primeiros 12 meses de vigência do decre-to, que completou dois anos este mês. As multas foram

calculadas com base, entre outros fatores, na extensão do dano causado aos consumi-dores, na vantagem auferida e na condição econômica das empresas.

Sete telefônicas são multadas em mais de R$ 6 milhõesO AUMENTO no preço das carnes foi a principal infl uência para a infl ação de 5,25% acumulada no período de janeiro a no-vembro deste ano. Neste período, as carnes tiveram aumento de 26,79%, se-gundo dados divulgados dia 8 pelo Instituto Brasilei-ro de Geografi a e Estatísti-ca (IBGE). De acordo com o IBGE, o quilo da alcatra no Rio de Janeiro passou de R$ 13,74 em dezembro de 2009 para R$ 18,32 em novembro deste ano. Em São Paulo, o preço passou de R$ 15,41 para R$ 19,88 no mesmo período.

Segundo a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, o aumento no preço das carnes pode ser expli-cado pela alta no preço das rações (provocada pelo cres-cimento no valor dos cereais que compõem a ração) e pela redução no rebanho bovino no Brasil. “O rebanho bovi-no no Brasil encontra-se em menor oferta. Há cerca de três anos, houve um abate de matrizes [espécimes re-produtores]. A menor oferta, aliada à alta dos produtos importantes, o milho etc. faz com que o custo do produtor seja maior. Também houve

aumento da demanda. Isso forçou o preço para cima”, disse Eulina dos Santos.

Em geral, os alimentos vêm apresentando aumento nos preços neste ano, o que vem pressionando a alta da infl ação. Entre janeiro e novembro deste ano, os alimentos acumulam infl ação de 8,95%. Neste período, além das carnes, também foram registrados aumentos nos preços de feijão-fradinho (67,13%), feijão-preto (32,64%), açú-car cristal (22,77%), carne seca (18,48%), leite pasteu-rizado (17,04%) e açúcar refi nado (14,00%).

Carne foi o produto que mais infl uenciou a alta no IPCA