ecos de ródão nº. 94

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Publicação online semanal com sede em Vila Velha de Ródão Direcção de J. Mendes Serr Direcção de J. Mendes Serr Direcção de J. Mendes Serr Direcção de J. Mendes Serrasqueiro asqueiro asqueiro asqueiro – Paginação e Arte Final de Gina Nunes Paginação e Arte Final de Gina Nunes Paginação e Arte Final de Gina Nunes Paginação e Arte Final de Gina Nunes Nº. 94 de 02 de Maio de 2013 – Neste número: 12 Páginas – Gratuito ________________________________________________________________________________________________________________ Seguro diz que " Editorial Editorial Editorial Editorial Lemos há dias num jornal regional um “reparo” que o autor diz que poderia chamar-lhe “revolta, quei- xa, denúncia ou protesto” no qual esclarece que se ficava por aqui “ porque não queria ser grosseiro! E, depois, explicava melhor a razão da sua azia… Segundo tudo o que escreveu baseava-se no facto de à conferência so- bre associativismo e jor- nalismo regionais, o nume ro de participantes não encheu o Auditório da Ca- sa de Artes, e uma sessão de esclarecimen- to promovida pela GNR lo- cal, também não teve assistentes a condizer com o interesse da ses- são. Afirmou, então, o articu- lista que não terá havido interesse por parte dos “nossos patrícios, espe- cialmente dos que têm paredes meias com a Casa onde se realizaram tais iniciativas”. Continuamos no Continuamos no Continuamos no Continuamos no fio da Navalha fio da Navalha fio da Navalha fio da Navalha Escreveu CRUZ DOS SANTOS Coimbra Uma Nação é uma Família… de Pessoas; não de Privados. Se um Governo não visa o bem-estar dos seus Cidadãos, para que é que ele serve? Só uma alternativa se nos depa- ra: ou uma rápida “adaptação” ao novo mundo, ou expectativas de bem-estar sempre falhadas. “Isto não à volta a dar”! Ora entre este cenário negativista e um outro “cor-de-rosa”, existe a fase em que nos encontramos. É a fase do pleno conhecimento dos problemas que nos afectam,em que pode haver divergências nas soluções, mas não Continua na pag. 2 Ora eu estive, com todo o interesse na Casa de Artes e só não estive na sessão promovida pela GNR porque este jornal não recebeu qualquer convite ou simples informação por parte de quem realizou ou promo- veu essa sessão. E, provavelmente como eu haveria mais pessoas! Um livro que nos fala sobre o Geopark Natur- tejo e do Estuário do Rio Tejo A Escola Superior de Educação (ESE) de Castelo Branco apresenta o livro “O Tejo: virtuosismo das suas águas e gentes” Mendes Serrasqueiro A sessão solene da apresentação deste excelente trabalho da Prof. Lurdes Cardoso realiza-se no próximo dia 7 de Maio, pelas 16.00 horas, naquele estabelecimento de ensino de Castelo Branco.

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Page 1: Ecos de Ródão nº. 94

Publicação online semanal com sede em Vila Velha de Ródão Direcção de J. Mendes SerrDirecção de J. Mendes SerrDirecção de J. Mendes SerrDirecção de J. Mendes Serrasqueiro asqueiro asqueiro asqueiro –––– Paginação e Arte Final de Gina Nunes Paginação e Arte Final de Gina Nunes Paginação e Arte Final de Gina Nunes Paginação e Arte Final de Gina Nunes Nº. 94 de 02 de Maio de 2013 – Neste número: 12 Páginas – Gratuito

________________________________________________________________________________________________________________

Seguro diz que "

EditorialEditorialEditorialEditorial

Lemos há dias num jornal regional um “reparo” que o autor diz que poderia chamar-lhe “revolta, quei- xa, denúncia ou protesto” no qual esclarece que se ficava por aqui “ porque não queria ser grosseiro! E, depois, explicava melhor a razão da sua azia… Segundo tudo o que escreveu baseava-se no facto de à conferência so- bre associativismo e jor- nalismo regionais, o nume ro de participantes não encheu o Auditório da Ca-sa de Artes, e uma sessão de esclarecimen- to promovida pela GNR lo- cal, também não teve assistentes a condizer com o interesse da ses- são. Afirmou, então, o articu- lista que não terá havido interesse por parte dos “nossos patrícios, espe- cialmente dos que têm paredes meias com a Casa onde se realizaram tais iniciativas”.

Continuamos no Continuamos no Continuamos no Continuamos no

fio da Navalhafio da Navalhafio da Navalhafio da Navalha Escreveu CRUZ DOS SANTOS

Coimbra

Uma Nação é uma Família… de Pessoas; não de Privados. Se um Governo não visa o bem-estar dos seus Cidadãos, para que é que ele serve? Só uma alternativa se nos depa- ra: ou uma rápida “adaptação” ao novo mundo, ou expectativas de bem-estar sempre falhadas. “Isto não à volta a dar”! Ora entre este cenário negativista e um outro “cor-de-rosa”, existe a fase em que nos encontramos. É a fase do pleno conhecimento dos problemas que nos afectam,em que pode haver divergências nas soluções, mas já não Continua na pag. 2

Ora eu estive, com todo o interesse na Casa de Artes e só não estive na sessão promovida pela GNR porque este jornal não recebeu qualquer convite ou simples informação por parte de quem realizou ou promo-veu essa sessão. E, provavelmente como eu haveria mais pessoas!

Um livro que nos fala sobre o Geopark Natur- tejo e do Estuário do Rio Tejo

A Escola Superior de Educação (ESE) de

Castelo Branco apresenta o livro

“O Tejo: virtuosismo das suas águas e

gentes”

Mendes Serrasqueiro

A sessão solene da apresentação deste

excelente trabalho da Prof. Lurdes Cardoso realiza-se no próximo dia 7 de Maio, pelas 16.00 horas, naquele estabelecimento de ensino de Castelo

Branco.

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Pag. 2

-

Escreveu: CRUZ DOS SANTOS

Continuação da 1ª. página

nos objectivos, e em que se adquiriu – colectivamente – a consciência de que não nos resta outra alternativa senão procurar soluções novas para regressar ao caminho do crescimento. Diz o Povo: “as dificuldades aguçam o engenho” e, nessa medida, elas podem ser impulsionadoras do salto necessário e inadiável de que o País precisa. Uma coisa é certa: não podemos estar agarrados, eternamente, ao “fado choradinho”; sempre a protestar, a barafustar, de barriga cheia, a vermos “passar os comboios”! É preciso acabarmos com os benefícios concedidos pelo Estado a altos funcionários, constante de morada, alimentação e serviços gerais. É preciso reduzir o número de deputados, reduzir o número de viaturas no Estado e outras mordomias. É preciso trabalhar mais, inovar mais, ousar mais para conseguirmos crescer mais. É preciso “dividir o mal pelas aldeias”, como se diz em gíria popular. É que são sempre os mesmos a pagar! E já não existem as condições, que no século XX, permitiram o êxito sem paralelo de um Estado a um tempo “redistribuidor”, “regulador”, “desenvolvimentista” e “estratega”. Agora a Europa, não é já a dos “30 gloriosos anos”. Longe disso! Caríssimos Amigos: a Europa está falida, assim como nós. O Estado português perdeu poderes em consequência da “europeização”! Necessitamos de “investir” quatro vezes mais, ou, de “exportar” três vezes mais para conseguirmos o mesmo resultado final, dum certo valor do aumento de “consumo”. É urgente, tomarmos consciência da realidade, o que significa aprender as novas circunstâncias em que vivemos. Quanto ao plano político e partidário, continuam a existir distorções de “fachadas” que dificultam o entendimento das mudanças. E a falta da “ajuda” presidencial, como a que tem vigorado, poderá transformar-se numa fragilidade cada vez mais penosa, para todos nós.

Perceber-se-á então, quanto é prejudicial essa falha, num País decadente e notoriamente fora do tempo como o nosso, carecido de organização, persistência, exigência e de responsabilidade, onde, por certo, havemos de continuar a penar, mendigar e, pior que tudo, encostados ao “fio da navalha”!

Cruz dos SantosCruz dos SantosCruz dos SantosCruz dos Santos ---- Coimbra

Milhares de Pessoas comemoraram o Dia do Trabalhador

Milhares de pessoas participaram por todo o país nas comemorações do Dia do Trabalhador, dia 1º. de Maio, reivindicando, particularmente, mudanças de política e de Governo.

A nível do concelho de Vila Velha de Ródão, nomeadamente no Fratel e em Perais, as populações realizaram manifestações populares alusivas à efeméride, o mesmo acontecendo em Castelo Branco e nalgumas povoações do concelho.

Em Lisboa e no Porto, ao som de música de intervenção, os milhares de manifestan-

tes escutaram os discursos dos líderes sindicais, desfilando depois por várias ruas, perante as câmaras de televisão, que transmitiram depois as imagens, algumas muito impressionantes. O grupo “Cubanitos” realizou no Porto um concerto, tudo num crescendo de lutas nas empresas e nas ruas.

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\\\\

Aprender a crescer em Vila Velha de Ródão Um artigo do Director do Jornal ECONÓMICO

Jornalista Pedro Santos Guerreiro

Enviado por um dos nossos habituais colaboradores, chegou à nossa Redacção o excelente artigo com o título supracitado, notável trabalho jornalístico que, por tocar a sensibilidade de Vila Velha de Ródão, nomeadamente focando uma grande empresa aqui instalada, per- mitimo-nos, com a devida vénia, transcrever a oportuna peça jornalistica, necessariamente para quantos gostam de ler o que se diz e quem diz bem sobre a nossa terra. _____________________

Já começámos a crescer? Não? Hum… Isto é cruel de dizer, mas este pacote para o crescimento é mais souflé do que fermento. Defender o crescimento económico é como desejar a paz no mundo e o fim da fome: é discurso de Miss Universo. É bonito, enche a vista, não puxa carroça. Já vamos às medidas Miss Fotogenia. Percebamos antes em que país estamos.

Ontem, à mesma hora que o ministro da Economia detalhava a carta para o

crescimento, uma empresa reunia os seus quadros numa das suas fábricas,

apresentando o balanço de 2012: as vendas subiram 12% para 543 milhões de

euros, o EBITDA subiu 27%, a margem operacional é agora de 26,4%, a dívida

líquida não chega a cinco vezes o EBITDA. Slide seguinte, previsões para 2013:

aumentar as vendas mais 10%, melhorar a eficiência. Mas…isto é mesmo

Portugal? Sim, é a ALTRI que exporta mais de 90% da produção.

O encontro decorreu na Celtejo, em Vila Velha de Ródão, e não se ouviu falar de

Governo mas de equipas, não se pediram apoios mas empenho, não se exigiram

políticas, explicaram-se estratégias. Dinheiro da banca? Não falta. E nem é caro.

Este editorial não é sobre a ALTRI, é sobre a economia que somos. As empresas

que, através de capacidade de gestão, de investimento, de competitividade

conseguem competir nos mercados globais singram. As que estão sujeitas ao

mercado interno, massacrado pela austeridade e pela falta de confiança, mirram.

É por isso que é muito difícil apresentar um programa de crescimento português.

Álvaro é Santos, mas não é santo. Para crescer é preciso investimento,

investimento privado há pouco (caiu 33,6 mil milhões em 2008 para 23 mil milhões

em 2012), para investimento público não há dinheiro. Como inverter isto?

Economistas como Vítor Gaspar entendem que há um problema de oferta, ou seja,

que o mercado não está em concorrência perfeita, falta acesso ao crédito, falta

desregulamentação de lei laboral, pelo que depois das reformas estruturais o

crescimento medraria das forças vivas do tecido económico. Do outro lado estão

economistas que consideram que o que há é um problema de procura, ou seja, que

a perda de rendimento leva a que os consumidores não comprem os produtos

disponíveis.

O problema de base chama-se confiança. Portugal soma ao seu risco específico

de país pouco solvente o risco sistémico do euro, o que leva as famílias a

retraírem-se e os empresários a não investir. Só um plano europeu tem

capacidade de arrastamento suficiente para beneficiar Portugal. É por isso que

continua válida a sugestão anedótica de Roubini, de que Merkel deveria dar um

cheque–Algarve a todos os alemães, para que cá viessem passar férias.

Cresceríamos num instante.

O plano de Álvaro é uma boa resposta a Seguro. A cinco medidas vagas do PS

responde com oito medidas vagas do Governo. O que foi apresentado é tudo bom,

mas soa inconclusivo. Já ouvimos mil promessas de redução da burocracia, não

Continua na página 6

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TURISMO Beira Interior acolhe “caminhadas” com rebanhos

como atracção turística

Seis municípios da Beira Interior vão acolher, entre 01 a 19 de maio, um conjunto de dez caminhadas com rebanhos que vão recriar as antigas rotas dos pastores. Sob o título de Grande Rota da Transumância,

as caminhadas pretendem ser uma atraccão

turística e vão passar pelos concelhos de

Idanha-a-Nova, Castelo Branco, Fundão, Covilhã, Manteigas e Seia. ão estar envolvidas 2.013 ovelhas de 12 rebanhos e haverá actividades organizadas em diferentes pontos com as escolas locais, para além de estar programada a passagem por algumas festas regionais.

A primeira caminhada foi feita ontem, dia 01 de Maio, entre Alares e Rosmaninhal, no concelho de Idanha-a-Nova, zona onde antigamente os pastores guardavam os rebanhos durante o inverno, por ser a zona com as condições mais amenas da Beira Interior. Dali e de outros pontos da região os rebanhos partiam em busca dos prados mais frescos no planalto da Serra da Estrela, para passarem o verão.

Amanhã, dia 03 de Maio, a caminhada segue em direcção à montanha, seguindo depois para a travessia da cidade de Castelo Branco e no dia 04 a caminhada será feita entre a freguesia de Lardosa (Castelo Branco) e a Soalheira, já no concelho do Fundão. A Grande Rota da Transumância chega àquela aldeia quando estiver a decorrer a Feira do Queijo, principal produto da freguesia, feito com leite de ovelhas da região e recomendado por revistas internacionais.

O percurso de dia 05 passa pelos campos da Soalheira, seguindo-se no dia 06 uma caminhada entre Alpedrinha e o Fundão e no dia 10 será feita a travessia da Covilhã, já subindo a encosta sul da Serra da Estrela, por entre os edifícios das antigas fábricas de lanifícios. No dia 11, já no Parque Natural, a caminhada será feita entre Valhelhas e Fernão Joanes, no dia 12 entre Senhora do Soito e Fernão Joanes, no dia 18 entre São Gabriel e Manteigas e a última caminhada será feita no dia 19 entre Manteigas e Penhas Douradas.

A participação é livre e as informações detalhadas estão disponíveis em www.transumancia.com na Internet.

Entretanto, a Grande Rota da Transumância promove ainda outros três eventos em junho: o Festival do Borrego, 01 e 02 de Junho no Rosmaninhal, Idanha-a-Nova; a Festa do Borrego, em 08 e 09 de Junho em Escalos de Baixo (Castelo Branco) e a Festa dos Pastores, de 21 a 29 de Junho em Seia.

Segundo Paulo Fernandes, vereador da Câmara de Fundão, esta Grande Rota da Transumância será uma edição zero da iniciativa, sendo que a primeira edição vai decorrer em Setembro, recriando a altura em que os rebanhos desciam da serra por ocasião de outras festas da região.

Esta "edição zero" está orçada em 50 mil euros, comparticipada a 85 por cento pelo programa Provere, no âmbito da estratégia iNature de promoção das áreas protegidas.

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Fotos sobre

A Estalagem “Portas de Ródão” foi o local escolhido para o almoço de convívio da

ALTRI

Decorreu em Vila Velha de Ródão, nas instalações fabris da Celtejo, Empresa de Celulose do Tejo, SA, (produção e comercialização de pasta de papel) e principal unidade industrial da Altri, a reunião anual de directores e accionistas da empresa. Após a sessão protocolar que preencheu a manhã, seguiu-se o almoço de convívio que foi servido pela Estalagem “Portas de Ródão”, onde também participaram os produtores locais “Queijaria Lourenço”, “Enchidos Rodrigues” e “Incentivos Outdoors”. Desse convívio publicamos duas fotos.

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Aprender a crescer em Vila Velha de Ródão Escreveu o Jornalista Pedro Santos Guerreiro

- Director do Jornal ECONÓMICO

Continuação da página 3

foi detalhado o que se fará no IRC, os planos para a Caixa são contraditórios,

mesmo o Banco de Fomento (que pode ser excelente) não está consolidado, não

se percebendo a sua missão nem se conseguirá compensar o mau uso dos

fundos comunitários.

Não fala a voz do cepticismo, fala a voz da experiência. Este problema é europeu

e precisa de resposta europeia. A resposta portuguesa não pode ser apenas

“agora vamos crescer”, que é coisa pífia. Tem de se, como escrevia Daniel

Bessa no “Expresso”, manter a austeridade no Estado e aliviar no sector

privado, ou seja, cortar despesa pública e baixar impostos. Só assim se começa

um caminho de competitividade. E se o Terreiro do Paço precisar, pode fazer

uma viagem de estudo a Vila Velha de Ródão. É um pulinho. A A23 até está às

moscas.

Pedro Santos GuerreiroPedro Santos GuerreiroPedro Santos GuerreiroPedro Santos Guerreiro

Milhares de pessoas comemoraram em todo o país

o Dia do Trabalhador

Milhares de pessoas participaram por todo o país nas comemorações do Dia do Trabalhador, reivindicando, particularmente mudanças de política e de Governo.

A nível do concelho de Vila Velha de Ródão, algumas populações realizaram manifesta-ções populares alusivas à efeméride, o mesmo acontecendo em Castelo Branco e nalgumas povoações do concelho.

No Fratel (Vila Velha de Ródão) o Dia do Trabalhador começou com uma “caminhada” pelos arredores da aldeia, seguindo-se um almoço/ convívio, oferecido pela Junta de Freguesia e, no final, a Banda de Música local assinalou o Dia do Trabalhador com um concerto musical que constituiu um fim de festa muito apreciado.

Em Lisboa, Porto e Coimbra, principais cidades das comemorações do 1º. de Maio, os milhares de manifestantes escutaram os discursos dos líderes sindicais, desfilando depois, ao som de música de intervenção por várias ruas, perante as câmaras de tele-

visão, que transmitiram as imagens para todo o país.

Portugal ainda aceita sacrifício

da carreira das Mulheres

Os países nórdicos são os únicos na Europa a rejeitar, de forma clara, que as mulheres sacrifiquem as suas carreiras profissionais pela família, mas em Portugal essa possibilidade tem mais aceitação, segundo um inquérito. As conclusões estão numa análise a dados do Inquérito Social Europeu e que foram apresentadas, no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

.No resumo do trabalho a que a agência LUSA teve acesso, pode ler-se que há uma "tendência igualitária de género", isto é a convergência entre todos os países da Europa e um elevado grau de concordância com a "ideia de que os homens deviam ter tantas responsabilidades como as mulheres em relação à casa e aos filhos".

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Escreveu AURÉLIO CRUZ

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Quão difícil deve ser para quem, como nós, durante grande parte da vida, no

seu melhor, profissional e militarmente, ao ver-se agora privado de usufruir da reforma que lhe caberia por direito legal, sentirá uma natural revolta… Porque não foram “meia dúzia” de anos a contribuir que granjearam até final das suas vidas as marcas das rugas, dos calos, cabelos brancos e, como não podia deixar de ser, algumas chagas inevitáveis na sua saúde! O triste e doloro- so é ver-se enganado por aqueles que lhe solicitaram apoio nos actos eleitoralistas com o intuito (único e simples) de poderem vir a usufruír do “bem bom” ou seja, alcançando lugares cimeiros mas onde “reinam” os tachos, as panelas e as frigideiras… Para o trabalhador, era e é obrigatório dar o seu esforço profissional durante, pelo menos, três dezenas e meia de anos para, no final, ser granjeado pelo seu próprio trabalho, com uma mísera reforma. No entanto, para aqueles que se intitulam de “políticos defensores democráticos” basta-lhes agora dormir nas almofadadas cadeiras da Assembleia da República, nos cadeirões dos gabinetes, pelo menos durante 4, 6 ou 8 anos, para almejarem uma reforma choruda e vitalícia!... Outros, ainda pertencentes a esta classe, não são esquecidos. São compensados com benesses em firmas ou empresas de amigos (ou instituições) para lugares reservados de presidentes de conselho, gestores, directores gerais, conselheiros, enfim, um sem número de cargos com o intuito de se pagarem favores recebidos e/ ou dispensados! Ao povo trabalhador apenas resta a contribuição frente às urnas eleitorais, porque, depois, como sempre acontece, os figurões políticos estão se marimbando para o antes prometido… Palavras, afinal, leva-as o vento! Por tudo que vem acontecendo, chegamos à conclusão que o dedo do poder económico vai-se instalando cada vez mais. E, assim, os cargos oficiais já surgem com nomes delineados com o intuito de se proceder à “cobrança” dos dividendos pelos “serviços prestados” durante o tempo que perdurar a vigência. Essas situações vêm acontecendo,, infelizmente, desde a chamada “Revolução dos Cravos” - tacho para mim, panela para ti e frigideira para familiar ou amigo! Para o povo trabalhador, que eles juraram defender, nicles! Nenhuma justiça. Esta é que é a verdade, nua e crua. No entanto, há sempre a esperança de que, algum dia, possa surgir alguém, com decisões fortes (para não dizer outra coisa) e que à face da lei faça a verdadeira justiça. Temos o direito a uma justiça totalmente livre dos poderes instalados para que nos seja restituída a hombridade de podermos caminhar novamente, com a cabeça erguida e de nos orgulharmos de ser portugueses! Quando isso acontecer, então sim, eu respeitarei a vontade séria do dr. Zeca Afonso e juntar-me-ei a todos, cantando também … “Grândola Vila Morena”!...

Aurélio CruzAurélio CruzAurélio CruzAurélio Cruz

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Organização - Grupo de Amigos de Vilas Ruivas Para informações: contactos – Tel. 96 244 3960 (moche)

email: [email protected]

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*****

CDRC/ Vila Velha de Ródão Um aplauso para Eles… Foi uma experiência vivida com fair play e, sobretudo, conquistan- do a simpatia de todos os roden- ses e de quem vive o futebol como desporto de eleição. A juventude dos atletas, aliada à experiência de um staff notável de dirigentes, averbaram resultados muito posi-

tivos, muito para além de qualquer classificação que fosse melhor. Merece, portan- to, que se tire o chapéu a esta plêiade de atletas que fizeram quanto lhes foi pos- sível, mas que, mais importante, levaram mais longe o nome do clube e da terra que representaram, e foram anfitriões, particularmente, num Estádio bonito que recebeu muitos desportistas/ forasteiros. E nem só por isso, mas também por isso, porque abriram as portas ao desporto, um pouco mais a sério, em Vila Velha de Ródão. E, agora que terminou o futebol (nesta época) que viva o futebol (já a seguir) mas que não tenha de ser apenas com as ajudas cada vez mais dos mesmos! Assim “mandam” as re-gras do jogo, que não é o futebol. Obviamente!

Para que os clubes da região se possam desde já inscrever num torneio de Futsal, o CDRC de Vila

Velha de Ródão já afixou os cartazes a anunciar, para o início de Junho próximo, mais um dos seus concorridos torneios que, como sempre, está aberto às associações do concelho e da região beirã, inclusive, também, às empresas que habitualmente inscre vem equipas “Juvenis” 7/13 anos e “Seniores” . Este torneio está previsto para equipas masculinas e deverá ter o apoio das entida- des oficiais e particulares de Vila Velha de Ródão.

O Sport Benfica e Cas

telo Branco terminou

num brilhante 5º.lugar

Foi brilhantíssimo o 5º lugar que o clube albicastrense conquistou no “nacional” da II Divisão de Futebol que terminou no último Domingo. Parabéns ao popular Clube.

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Exportação de medicamentos essenciais boicotada

O Infarmed vai criar uma lista com todos os medicamentos essenciais aos utentes que só poderão ser comercializados após autorização prévia. Esta medida vai ao encontro da proibição do Ministério da Saúde face à exportação de medicamentos que estejam em falta no mercado. De modo a evitar a ruptura no stock dos medicamentos tidos como essenciais aos utentes, o Ministério da Saúde proíbe a exportação destes fármacos quando estiverem em falta no mercado. A partir de agora, a comercialização apenas poderá ser feita com um pedido de autorização prévio feito ao Infarmed, que está responsável por listar os fármacos em causa.

Em declarações o presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, confirma esta medida e garante que “no prazo de três dias, poderá decidir-se sobre a imprescindibilidade dos medicamentos por razões de saúde pública” e explica ainda que se trata de uma “proibição de exportação/distribuição intracomunitária dos medicamentos que têm estado em falta no mercado” e que estará suportada por um conjunto de coimas que podem superar os 44 mil euros.

Esta medida deverá, segundo o presidente do Infarmed, ser implementada no prazo de “um a dois meses”, tendo ainda que ser criada uma lista com os medicamentos em questão. Por sua vez o jornal “Diário de Notícias” escreve que entre os medicamentos que facilmente rompem o stock das farmácias portuguesas estão a insulina, os antiepilépticos e os antiasmáticos.

Ministro da Saúde disse que a legislação não permite aos

taxistas transportar doentes

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse nesta segunda-feira que o quadro legal não permite que o transporte de doentes seja efectuado em táxis, mas revelou que foi criado um grupo de trabalho para estudar a matéria. Segundo Paulo Macedo, os taxistas vão ser recebidos, já este mês, pelos secretários de Estado do Ministério da Saúde “para analisar a situação”.

Para Paulo Macedo, o mais importante para o Governo é haver “um esforço no sentido de serem assegurados os transportes às populações”. Recordando que o transporte de doentes “era uma área de elevadíssima fraude”, o ministro reafirmou que “as administrações regionais de saúde e os hospitais têm vindo a fazer, paulatinamente, uma gestão integrada que, de forma mais racional, continue a assegurar aquilo que é essencial, que é o transporte dos doentes de uma forma eficaz”.

A intenção do Governo em centralizar os exames nos hospitais públicos está a levar a um aumento excessivo de exames por realizar. Segundo a Comunicação Social da especialidade, a marcação de ecografias, colonoscopias ou endoscopias pode durar mais de seis meses a ser feita, o que está a levar alguns utentes e médicos hospitalares a pedir aos médicos de família que façam o requerimento para os hospitais privados.

Page 11: Ecos de Ródão nº. 94

Pag. 11

R.do Arrabalde,28 6030-235

Vila Velha de Ródão Nº, 94 de 02 de Maio de

2013

Neste número:12 Páginas Semanário Regionalista

Editado em Vila Velha de Ródão

Director J. Mendes Serrasqueiro

Paginação e Arte Final Gina Nunes

E-mail mendes.serrasqueiro

@gmail.com

Telefones 272 545323- 272 541077

Telemóveis 96 287 0251 – 96 518 3777

“Ecos de Ródão” é enviado às quintas-feiras

entre as 20 e 22 horas

Envio gratuito por E-mail

Pode visitar todas as nossas edições em

ecosderodao.blog spot.com

Primeiro Festival das Sopas de Peixe Numa organização conjunta da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão,

Progestur, Adraces e Naturtejo, vai realizar-se na sede deste concelho, de 17

a 19 de Maio, o “I Festival das Sopas de Peixe de Vila V. de Ródão”.

Trata-se de uma aposta nos recursos endógenos da região, valorizando um

produto diferenciador e típico como as Sopas de Peixe de Vila V. de Ródão.

A iniciativa tem como principal objectivo atrair visitantes e tomar Maio o mês

das Sopas de Peixe na região da Beira Baixa. Pretende envolver as di-

ferentes áreas de negócio do concelho, ligadas ao turismo – como a restau-

ração, enologia, gastronomia, artesanato, hotelaria e os seus agentes: pro-

dutores, chefes de cozinha, artesãos, artistas – criando sinergias numa pro-

gramação transversal com actividades lúdico-sociais, animação de rua,

actuações de grupos de música e danças tradicionais, workshops, showcoo-

king, entre outras.

I Festival de Sopas de Peixe

Conferência de Imprensa

Para dar a conhecer como será o I Festival das So- pas de Vila Velha de Ródão, a Câmara Municipal di- rigiu convites à Comunicação Social para uma Con- ferência de Imprensa a realizar. dia 9 de Maio, pelas

10.30 horas, na Casa de Artes de Vila Velha de Ródão.

Prestígio para o Futebol Nacional

Sport Lisboa e Benfica

Finalista na Liga Europa

1 golo de Gaitan, 2 de Cardoso e foi aberto o ca- minho para a final com o Chelsea em Amesterdão

Page 12: Ecos de Ródão nº. 94

Pag.12

Advogados: Drs. Ana Cristina Santos e A. Ferreira da Rocha

Conclusão deste trabalho iniciado no nº. 92 deste jornal

Retomamos, para desta vez concluir, o tema iniciado na edição nº 92 deste periódico, intitulado direito de preferência. Como dissémos na parte final do nosso artigo publicado naquela edição, deixávamos o tratamento da matéria relativa ao incumprimento do dever de comunicação por parte do vinculado à preferência para o próximo artigo a publicar na edição subsequente. Ei-lo, pois, conforme prometido. I - Incumprimento do dever de comunicação por parte do vinculado à preferência, no quadro relativo aos direitos convencionais de preferência. Se o obrigado à preferência vender a coisa (móvel ou imóvel) a terceiro sem fazer a comunicação referida no artigo 416º do Código Civil, incorre em responsabilidade civil por incumprimento do pacto (contrato) de preferência, ficando constituído na obrigação de indemnizar o titular do direito de preferência nos termos gerais de direito – artigo 483º e seguintes do Código Civil. É claro que, acontece o mesmo se, não obstante ter feito a comunicação do projecto de contrato previsto na Lei, vender a coisa a terceiro sem aguardar uma tomada de posição do preferente dentro do prazo em que pode fazê-lo. A mesma consequência ocorrerá se o vinculado à preferência vender a coisa a terceiro em condições mais favoráveis para este do que as indicadas na comunicação do projecto de contrato feita ao titular do direito de preferência. II - Incumprimento do dever de comunicação por parte do obrigado à preferência, no quadro relativo aos direitos legais de preferência. Neste caso, para além da responsabilidade civil que decorre de tal incumprimento, abre-se ao titular do direito de preferência (por exemplo, o arrendatário) a possibilidade legal de forçar a obtenção da coisa alienada pela via judicial mediante a instauração de uma acção destinada a essa finalidade, nos termos do artigo 1410º do Código Civil. A acção de preferência tem por finalidade obter sentença que decrete a substituição do preferente como comprador no contrato de alienação que o vinculado à preferência celebrou com terceiro. Nas palavras, sempre judiciosas, do Prof. Henrique Mesquita, trata-se, no fundo, de conseguir, «à custa de um terceiro, em relação ao qual o direito de opção é eficaz, a execução específica da prestação, que o vinculado à preferência não cumpriu, de, em igualdade de condições (tanto por tanto), realizar o negócio com o preferente interessado em fazer valer o seu direito.» A acção de preferência tem necessariamente de ser intentada contra o vendedor (obrigado a dar a preferência ao seu titular) e o adquirente do bem a preferir, para que a Sentença possa produzir o seu efeito útil relativamente a todos os envolvidos no negócio. O preço a depositar incluirá, além do preço propriamente dito, o IMT (Imposto Municipal sobre Transacções), o IS (Imposto de Selo) e eventualmente a despesa da escritura se o adquirente vier alegar tais despesas e alegar que o preferente as teria de suportar se tivesse sido ele o outorgante na escritura ou documento particular autenticado.

Dra. Ana Cristina Dra. Ana Cristina Dra. Ana Cristina Dra. Ana Cristina SantosSantosSantosSantos

Dr. A. Ferreira da RochaDr. A. Ferreira da RochaDr. A. Ferreira da RochaDr. A. Ferreira da Rocha