ecos de ródão - nº. 56

12
Publicação online semanal com sede no Concelho de Vila Velha de Ródão Direcção de J. Mendes Serrasqueiro Direcção de J. Mendes Serrasqueiro Direcção de J. Mendes Serrasqueiro Direcção de J. Mendes Serrasqueiro – Paginação e Arte Final de Gina Nunes Paginação e Arte Final de Gina Nunes Paginação e Arte Final de Gina Nunes Paginação e Arte Final de Gina Nunes Nº. 56 de 19 de Julho de 2012 – Neste número: 12 Páginas Editorial Editorial Editorial Editorial Mendes Serrasqueiro Não nos apercebemos de um acidente de viação que ocorreu há poucos dias quando um veículo li- geiro embateu na parede da sacristia da igreja ma- triz. Soubemos depois que ninguém se magoou e isso foi, de facto, o mais importante. Ficou, porém, o aviso, mais um, para quem pode e deve solucionar algumas “ratoeiras” a que os condutores têm que fugir quando circulam pe- la sede do concelho. O nosso colaborador Paulo Miguel vem no jornal de hoje lembrar (e muito a propósito) que Vi- la Velha de Ródão bem precisa de um ordenamen to de trânsito, particular- mente em zonas que ele próprio aponta até com uma certa acuidade. Fá-lo com a correcção que já lhe reconhecemos peculiar. Será que a sua “voz” poderá ser ouvida? A preocupante realidade da Inversão da Pirâmide Demográfica - Por Dulce Santana Falemos do parado- xo que é o aumento da esperança média de vida e longevida- de, versus o decrés- cimo acentuado da natalidade. De acordo com o INE (Instituto Nacio- nal de Estatística), estima-se que daqui a 25 anos o número de idosos com mais de 65 anos seja o dobro dos jovens com 14 anos. Os esforços sociais, e económicos a rea- lizar nestas áreas serão absurdos se considerarmos que por cada “idoso” de- pendente haverá cada vez menos jo- vens capazes de lhes prestar cuida- dos. Num momento em que tanto se fala da sustentabilidade da segurança social, Continua na pag. 2 Lagar de Varas – Testemunhos antigos e estudos referentes à história do azeite em Portugal e, necessariamente, em Vila Velha de Ródão, identificam este património cultural de interesse municipal, numa das margens do rio Tejo, como centro produtor de azeite já na Idade Média. Importa visitá-lo para conhecer o seu valor. - Página 5 Por gentileza do ilustre Advo- gado de Coimbra, Dr. A. Ferreira da Rocha, que também tem Escri- tório em Vila Velha de Ródão, conjuntamente com a Advogada, sua Esposa, Dra. Ana Cristina, “Ecos de Ródão” conta agora com uma Secçção Jurídica, de muito nível, de grande apreço e. necessariamente, muito interesse para os nossos Leitores. Leia, hoje, na página 12.

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Page 1: Ecos de Ródão - Nº. 56

Publicação online semanal com sede no Concelho de Vila Velha de Ródão

Direcção de J. Mendes Serrasqueiro Direcção de J. Mendes Serrasqueiro Direcção de J. Mendes Serrasqueiro Direcção de J. Mendes Serrasqueiro –––– Paginação e Arte Final de Gina Nunes Paginação e Arte Final de Gina Nunes Paginação e Arte Final de Gina Nunes Paginação e Arte Final de Gina Nunes Nº. 56 de 19 de Julho de 2012 – Neste número: 12 Páginas

EditorialEditorialEditorialEditorial Mendes Serrasqueiro

Não nos apercebemos de um acidente de viação que ocorreu há poucos

dias quando um veículo li- geiro embateu na parede da sacristia da igreja ma-

triz. Soubemos depois que ninguém se magoou e isso foi, de facto, o mais

importante. Ficou, porém, o aviso,

mais um, para quem pode e deve solucionar

algumas “ratoeiras” a que os condutores têm que

fugir quando circulam pe- la sede do concelho. O nosso colaborador Paulo Miguel vem no

jornal de hoje lembrar (e muito a propósito) que Vi-

la Velha de Ródão bem precisa de um ordenamen to de trânsito, particular- mente em zonas que ele próprio aponta até com

uma certa acuidade. Fá-lo com a correcção que já

lhe reconhecemos peculiar. Será que a sua “voz” poderá ser ouvida?

A preocupante realidade da

Inversão da Pirâmide

Demográfica - Por Dulce Santana

Falemos do parado-

xo que é o aumento

da esperança média

de vida e longevida-

de, versus o decrés-

cimo acentuado da

natalidade.

De acordo com o

INE (Instituto Nacio-

nal de Estatística),

estima-se que daqui

a 25 anos o número

de idosos com mais

de 65 anos seja o

dobro dos jovens

com 14 anos.

Os esforços sociais,

e económicos a rea-

lizar nestas áreas

serão absurdos se

considerarmos que

por cada “idoso” de-

pendente haverá

cada vez menos jo-

vens capazes de

lhes prestar cuida-

dos.

Num momento em

que tanto se fala da

sustentabilidade da

segurança social, Continua na pag. 2

Lagar de Varas – Testemunhos antigos e estudos referentes à história do azeite em Portugal e, necessariamente, em Vila Velha de Ródão, identificam este património cultural de interesse municipal, numa das margens do rio Tejo, como centro produtor de azeite já na Idade Média. Importa visitá-lo para conhecer o seu valor. - Página 5

Por gentileza do ilustre Advo- gado de Coimbra, Dr. A. Ferreira da Rocha, que também tem Escri- tório em Vila Velha de Ródão,

conjuntamente com a Advogada, sua Esposa, Dra. Ana Cristina,

“Ecos de Ródão” conta agora com uma Secçção Jurídica, de muito

nível, de grande apreço e. necessariamente, muito interesse

para os nossos Leitores.

Leia, hoje, na página 12.

Page 2: Ecos de Ródão - Nº. 56

Pag. 2

- Continuação da 1ª. página

este é sem dúvida o seu maior problema!

Segundo o Presidente do Instituto

do Envelhecimento – Manuel

Villaverde Cabral, as politicas adoptadas para

esta realidade … ”continuam a laborar em dois

grandes equívocos: (1) colocar tudo o

que não seja pensões, nem saúde … nas mãos

da chamada sociedade civil,

nas mãos das IPSS; (2) confiar nas relações

intergeracionais,

familiares para que os mais novos tratem dos

mais velhos …”

Este sociólogo e investigador é da opinião que,

estas politicas estão

condenadas ao fracasso, dentro de 20 a 30

anos, muito se devendo este

facto à inversão da Pirâmide de Natalidade.

As práticas de Envelhecimento Activo que hoje

estão identificadas, têm

tendência a melhorar devido ao investimento na

investigação

sócio-demográfica e biomédica que tem sido

levado a cabo.

Bons hábitos

de saúde, actividade intelectual e até a

continuação da actividade

laboral, são práticas muito importantes para um

estilo de vida

saudável, e uma qualidade de vida sustentável.

De acordo com investigações efectuadas,

sabemos que o abandono precoce

da actividade laboral, quando não desejada,

pode potenciar o

aparecimento de doenças, essencialmente do

foro psicológico.

Contudo, no que concerne à manutenção do

posto de trabalho

(flexibilização da idade da

reforma/aposentação), não depende apenas

da vontade das pessoas ou das políticas

adoptadas.

Falta uma politica

de envelhecimento activo, onde por exemplo o

ensino ao longo da vida e

o trabalho em part-time seriam medidas

Se vai de Férias Casas de Luxo mais caras

no Algarve

O mercado de aluguer de casas para o verão no

Algarve está a atravessar dias mais complicados devido à crise económica, com empresários a registarem quebras significativas relativamente a anos anteriores e outros a adaptarem-se reduzindo preços.

E como vamos sobre segurança rodoviária?

Duzentas e noventa e seis pessoas

morreram nas estradas portuguesas

desde o início do ano, menos 44 do que

em igual período de 2011, quando se

registaram 340 vítimas - informou a

Autoridade Nacional de Segurança

Rodoviária (ANSR).

Segundo a mesma fonte, entre 01 de janeiro e 15 de julho

de 2012, o período analisado, foram contabilizados 1.063

feridos graves, contra 1.216 no ano passado. Os dados

recolhidos pela Polícia de Segurança Pública (PSP) e pela

Guarda Nacional Republicana (GNR) indicam que o

número de feridos ligeiros se fixou em 18.041,

menos 2.817 do que no mesmo período de 2011.2011.2011.2011.

Com cuidado faça uma boa viagem!

adoptadas.

O presidente do Instituto de Envelheci-

mento considera ainda que o que faz

realmente falta são manifestações e

movimentos de expressão dos interes-

ses e desejos dos próprios seniores, que

podem não corresponder ao que defen-

dem aqueles que falam em nome dos

“idosos”.

Para reflexão:

“Relações intergeracionais promovem a

Inclusão e diminuem o isolamento”

Dulce Cristina Santana

A preocupante realidade da A preocupante realidade da A preocupante realidade da A preocupante realidade da

inversão da Pinversão da Pinversão da Pinversão da Pirâmide irâmide irâmide irâmide DemográficaDemográficaDemográficaDemográfica

- Escreveu Dulce Santana Licenciada em Educação Social

Page 3: Ecos de Ródão - Nº. 56

Pag.3

Fernando Nobre nos E.U.A.

“Eu não fui eleito Presidente da Assembleia da República porque

membros do meu próprio Partido me apunhalaram…

O médico Fernando Nobre, Presidente da AMI, esteve recentemente nos Estados

Unidos, tendo participado numa reunião do Conselho Económico e Social das

Nações Unidas, no qual a AMI é, desde há anos, organização convidada.

De passagem por Newark, no Estado de New Jersey, e acompanhado pelo

legislador Alberto Coutinho, personalidade da Comunidade, o médico português

visitou o Luso-Americano, grande bandeira da comunidade portuguesa,

praticamente um ano após ter renunciado à sua condição de deputado à

Assembleia da República pelo PSD.

A semana passada a AMI, que administra 17 projectos sociais, divulgou o

programa “SOS Pobreza” em colaboração com nove grandes produtores nacionais

e os quatro maiores supermercados portugueses, falando ao Luso Americano

sobre esse importante programa de solidariedade social.

Sobre a política portuguesa, por sua vez, Fernando Nobre não se furta ao diálogo;

“Contribuí com algo para o nosso país. Tive um resultado notável nas últimas eleições e quando telefonei a Cavaco Silva para o felicitar pela sua vitória, ele disse-me que naquela noite houve dois vencedores - ele, Cavaco e eu, pelo resultado notável que tive.” Sobre o seu momento político, Nobre não hesita em confirmar o seu apoio a Pedro

Passos Coelho: “Tive um convite do PS para um entendimento mas optei pelo convite do líder do PSD que considero uma pessoa digna,” diz. “O acordo que toda a gente conhece, era para o caso do PSD ganhar eu ser proposto para Presidente da Assembleia da República, condição que muita gente não viu com bons olhos, por ser um independente a ocupar aquele lugar. Entretanto, diz Fernando Nobre: “… eu não fui desafiado para ser deputado e quando percebi os lobbies, dos Drs. Mota Amaral, Guilherme Silva e António Capucho, vi logo que aquilo não ia a lado nenhum. Compreendi, então, que se fosse Presidente da Assembleia seria difícil, dentro de cinco anos, barrarem-me o caminho para a Presidência. Assim, na minha carta de renúncia, escrevi que me sentia mais útil na área humanitária do que na política. E, aqui estou.” Quanto às razões que levaram Fernando Nobre à política, o ex-deputado não

hesita em apontar o dedo a governos despesistas, acentuando: “Desde o 25 Abril até há sete anos, quando Sócrates tomou o poder, nós tínhamos uma dívida acumulada de cerca de 80 mil milhões de euros. Em apenas seis anos o governo Sócrates fez outro endividamento igual. Todos sabíamos, assim, que estávamos a caminho da bancarrota e que o governo que tomasse posse teria de adoptar medidas de rigor excepcionais. Há factores externos que não controlamos, mas há factores internos que controlamos. E, justamente por isso, não podemos viver acima das nossas possibilidades. Houve na verdade uma política de despesismo e uma enorme corrupção que fez mal a Portugal.” Fernando Nobre afirma que Pedro Passos Coelho está a fazer o possível para que

Portugal não fique na mesma situação da Grécia e diz abominar os opinadores que

criticam mas não oferecem soluções, enquanto os caciques dos Partidos

continuam a dominar a política. - Continua na página 4

Page 4: Ecos de Ródão - Nº. 56

Pag. 4

-

**********

Fernando Nobre nos E.U.A.

Eu não fui eleito Presidente da Assembleia da RepEu não fui eleito Presidente da Assembleia da RepEu não fui eleito Presidente da Assembleia da RepEu não fui eleito Presidente da Assembleia da Repúúúública porque …blica porque …blica porque …blica porque …

olhando-o como deve ser, passando a ser o nono País do mundo. É aí que vamos encontrar a nossa sustentabilidade. Se assim não o fizermos, um dia destes vão dizer-nos que a zona marítima da Europa passa a ser da Europa mas com Portugal a perder o barco.” “Transcrito, com a devida vénia do “Luso Americano – USA”

Continuação da página 3

“Eu não fui eleito Presidente da Assembleia da República porque membros do meu próprio Partido que eu ajudei a ganhar as eleições e a formar governo, me apunhalaram e provavelmente um deles foi o Dr. Pacheco Pereira,” afirma. Sobre o renegociamento da dívida, Fernando Nobre é peremptório: “no dia em que isso acontecer é o fim do País. Temos de ser inovadores e criar riqueza que possa ser vendida no exterior. Temos de olhar para o Mar com outros olhos,

Vai ser extinta a Entidade

Regional de Turismo da

Serra da Estrela

O Governo vai extinguir as entidades

regionais de turismo , nomeadamente do

pólo da Serra da Estrela, e ainda os

pólos de Leiria-Fátima, do Oeste, do

Alqueva e do Alentejo Litoral, de acordo

com uma proposta de diploma discutida

esta semana

entre a tutela e um sindicato.

O ante-projecto de proposta de lei de

alteração do regime jurídico das áreas

regionais de turismo e das entidades

regionais de turismo, discutido entre a

secretária de Estado do Turismo e o

Sindicato dos Trabalhadores da

Administração Pública, vai alterar a

actual regulamentação das áreas

regionais de turismo e das entidades

regionais de turismo.

O documento justifica a alteração

legislativa com a necessidade de

"adaptação às novas realidades da

Administração Pública, mas igualmente

para assegurar uma maior eficiência no

seu funcionamento e na prossecução

dos seus fins".

Neste âmbito, são mantidas as actuais

cinco áreas regionais de turismo e são

extintas seis entidades regionaids,

relativas a seis pólos de turismo, por

fusão noutras entidades de turismo.

Neste âmbito, são mantidas as actuais

cinco áreas regionais de turismo e são

extintas seis entidades regionais

relativas a seis pólos de turismo, por fu-

são noutras entidades de turismo.

Em Castelo Branco foram

plantadas 10 mil árvores em

Cinco anos

A Câmara de Castelo Branco plantou na cidade, nos últimos cinco anos, dez mil novas árvores, prometendo continuar com estas plantações nos próximos anos.

A capital do distrito já tem, assim, mais espaços agradáveis", sobretudo nos parques urbanos, nas avenidas, nas urbanizações e na zona industrial.

Neste processo, segundo o presidente Joaquim Morão, foram investidos 750 mil euros.

Page 5: Ecos de Ródão - Nº. 56

Pag. 5

Embora não se conheçam as datas da sua construção, os testemunhos

materiais revelam que são bastante antigos, porque estudos referentes à história do

azeite em Portugal identificam esta margem do Tejo como centro produtor e

consumidor deste produto alimentar já na Idade Média.

O Lagar de Varas de Vila Velha de Ródão foi adquirido pela autarquia em 2007, quando

o edifício se encontrava em completo estado de degradação. Em 2011 deu-se início a

sua requalificação, que teve uma comparticipação do programa “Mais Centro”, de valor

de um milhão de euros.

Procedeu-se à obra e a sua reabertura, realizou-se com cerimónia na qual participaram

as forças vivas do concelho e algumas entidades oficiais, conforme também já

noticiámos.

Agora, o “novo” Lagar de Varas. documenta todas as fases históricas do fabrico do

azeite, desde o uso da energia humana e animal até ao recurso da força hidráulica e da

mecânica. É constituído por um edifício construído em alvenaria típica da região (xisto

e quartzito), com os seguintes espaços: recepção/sala da fornalha , tulhas, moinho de

tracção animal, estábulo, sala das varas, sala das duas prensas de vara, tanque das

tarefas, moinho hidráulico e prensa hidráulica vertical e roda de água vertical.

No piso superior está patente a exposição permanente: o Azeite, oiro de Ródão, onde é

apresentada uma perspectiva territorial enquadrada em todo o tipo de património

associado à produção do azeite existente no concelho com testemunhos históricos e

actuais.

Merecedor de ser visto, o Lagar de Varas está a ser visitado com muito interesse nos

seguintes horários: de terças-feiras a sábados: 10.00 h às 12.30 h. e das 14.00 h às

17.30 horas.

Page 6: Ecos de Ródão - Nº. 56

Pag. 6

- EscreveuEscreveu

com o devido respeito, não pretendo, neste meu pequeno texto, fazer um

balanço dos Governos constitucionais deste regime. Mas, sinceramente, este Governo deve ser, provavelmente, o pior de todos. Com apenas um ano de vida, exibe já uma saúde decrépita, uma incoerência inadmissível, uma falta de sensibilidade jamais registada nos anais da nossa História. Parece chegar ao fim, antes mesmo de ter começado. Anda a pequenos “passos”, sem saber onde se encostar. Rente às paredes, parece abrigar-se, mesmo quando não chove e quando decide mostrar energia, apenas revela estridência artificial, fraqueza, desentendimentos. Recordam-se daquele debate televisivo, entre o dr. Passos Coelho, num frente-a-frente, com o engº. Sócrates, na RTP1, em 20/5-2011? Quando Passos Coelho, disse: (passo a citar): “-…O engº. Sócrates é o primeiro-ministro da área Socialista, que mais maldades e mal feitorias fez ao Estado Social (…) cortou salários na função pública (…) reduziu as prestações sociais e levou os custos de acesso à saúde; diminuiu as comparticipações nos medicamentos e acabou com muitos milhares de abonos de família. O Senhor, que tem vindo por razão de insustentabilidade das finanças públicas, a colocar em causa, a sustentabilidade do Estado Social, vem agora dizer ao País: - se Isto está mal, é por causa da crise internacional e que não tem culpas? Sr. Engº. Sócrates, se o Estado Social está mal tratado e, o sinal da falência que o Senhor seguiu, está nos 700.000 desempregados…historicamente mais elevado e com o Estado Social, menos presente para apoiar as pessoas, depois de me responder a esta questão…nós podemos falar da divisão Constitucional!” Pois é, Sr. dr. Passos Coelho, “cá se fazem, cá se pagam”! Já agora diga-nos, o que é que o Senhor tem feito pelo Estado Social? E pelo desemprego? Olhe: aumentou a intranquilidade dos Cidadãos relativamente às doenças, à protecção da saúde pública, à defesa do consumidor e aos direitos dos utentes dos serviços públicos. Deixou crescer o desespero de todos, perante a incapacidade de organização do sistema de saúde, a desordem hospitalar, as filas de espera e a desumanidade dos serviços. Olhe, Sr. Primeiro-Ministro: Oiça os Srs. Juízes e a Ordem dos Advogados! Oiça os Médicos! Oiça os Enfermeiros, que estão a ser tratados como lacaios! Oiça os nossos Professores! Oiça os Agentes da PSP e da GNR! Oiça os Pensionistas e os Funcionários Públicos, que ficaram, inconstitucionalmente, sem os seus Subsídios de Férias e de Natal! Oiça o Povo! O catálogo poderia continuar. Mas corre-se o risco de fadiga depressiva. Verdade é que nem sequer uns arremedos de energia, talvez na Justiça, quem sabe se na Segurança Social, eventualmente no ambiente, conseguem equilibrar um quadro tétrico de imperícia. A ponto de ser difícil definir, em poucas palavras, o seu principal defeito. Será a descrença? Já agora, oiça os Militantes do PSD e do CDS e vai ver a surpresa que irá ter. Vocês, não sabem governar. Julgam que a gestão substitui a direcção. Souberam chegar lá, não são capazes de agir e reformar. Gostam de estar, não sabem ser! DEMITAM-SE!

Cruz dos SantosCruz dos SantosCruz dos SantosCruz dos Santos

Escreveu: Cruz dos Santos . COIMBRA

Page 7: Ecos de Ródão - Nº. 56

Pag.7

Foi mandado limpar pelo município o pasto junto ao Bairro da Fonte Nova, em V.V. de Ródão, e

muito bem, pois aquilo era um rastilho para um incêndio que poderia ser de graves consequência. Sei que os moradores daquela zona ficaram agradecidos pois, agora, estão mais sossegados.

Os condutores de veículos também agradecem os arranjos do pavimento junto ao “Mini Preço” e á

ponte do Enxarrique bem como no “Bairro Alto”. Permito-me, no entanto, chamar a atenção de quem de direito para a degradação das “lombas” na EN 18, nesta zona.

A rega gota-a-gota existente em vários locais da Vila não está a funcionar este ano. E, pergunta-se:

porque será? Falta de agua? Ou será como se diz, que é “para as laranjeiras secarem” para se ter argumentos para se cortarem? Pessoalmente, não acredito!...

O acidente de viação verificado na lateral da sacristia da igreja Matriz, como se sabe, felizmente não

teve consequências de maior para o motorista … para além do grande prejuízo ocasionado na viatura de quem hoje reclama a falta de um simples sinal de trânsito naquele local. E já que estamos nas “proximidades” de outro local sempre perigoso para o trânsito, gostaria que alguém me explicasse por que “carga d’águas” é que se considera “rotunda” o largo (rectangular) da Igreja. Como está deveria obrigar a mais um sinal de “aproximação de via com prioridade” para os condutores que entram naquela largo vindo da Avenida da Serra. Tudo isto faz com que alguns moradores estejam a dar a sua opinião: “Não estará na altura de se fazer um novo ordenamento do trânsito nas ruas de Vila Velha de Ródão? É que, dizem as pessoas que existem por cá muitas armadilhas que estão á vista de toda a gente, Basta apenas um pouco de boa vontade de quem manda para ver e ouvir quem se tem pronunciado sobre ruas em que não justifica trânsito nos dois sentidos, ruas que poderiam voltar ao sistema antigo (sem trânsito) com as devidas excepções, locais onde nem uma bicicleta devia estacionar… Dou apenas 2 exemplos, do que ouço: porquê trânsito nos dois sentidos nas ruas 1.º de Maio e de Santo António (Cemitério)? Não será altura de prevenir? Ou será preciso haver acidentes? vamos pensar nisto?

Não gosto de falar da política nem dos políticos portugueses porque, regra geral, não merecem o

meu respeito. Mas não posso deixar passar em claro o último discurso de D. Januário Torgal, Bispo das Forças Armadas. O que ele disse nem foi duro nem violento, foi apenas o expressar do que vai na alma de milhões de portugueses. O Sr. Bispo apenas teve a “coragem” de ter coragem de dizer,de chamar os bois pelo nome, de ser a voz dos desempregados dos que passam fome dos indignados. da geração á rasca, dos que têm que entregar a casa ao Fisco, dos que não são atendidos com dignidade no Serviço Nacional de Saúde, etc.etc..

Peço a V… e à “equipa de “Ecos de Ródão”, que não tenham medo de dizer o que lhe vai na alma,

mesmo que a Igreja, que deve estar ao lado dos oprimidos e dos pobres, tape o Sol com uma peneira, mesmo que o ministro da Defesa peça a sua demissão e não do seu colega Relvas. O sr. ministro também será daqueles que têm interesses ou tem escritórios de advogados? Penso que “Ecos de Ródão não deve ter receio de ser a voz de um povo triste e pobre mas que, por sua vez, terá milhões a seu lado. E eu serei um deles. Não será altura de os portugueses deixarem de ser "piegas" e passarem à acção? talvez V…. possa ser o exemplo para o povo pondo essa gentalha no lugar que merece.

Paulo Miguel

---- Uma Secção Uma Secção Uma Secção Uma Secção de Paulo Miguelde Paulo Miguelde Paulo Miguelde Paulo Miguel

Page 8: Ecos de Ródão - Nº. 56

Pag.8

Há 2324 portugueses presos no estrangeiro! Só nos Estados Unidos há 168 portugueses detidos e Renato

Seabra é o preso mais mediático

Estão detidos 622 portugueses em França, 334 em celas britânicas, 268 nos Estados Unidos Estão detidos 622 portugueses em França, 334 em celas britânicas, 268 nos Estados Unidos Estão detidos 622 portugueses em França, 334 em celas britânicas, 268 nos Estados Unidos Estão detidos 622 portugueses em França, 334 em celas britânicas, 268 nos Estados Unidos e 348 espalhade 348 espalhade 348 espalhade 348 espalhados por prisões na América Latina. No total há 2324 portugueses presos em 45 os por prisões na América Latina. No total há 2324 portugueses presos em 45 os por prisões na América Latina. No total há 2324 portugueses presos em 45 os por prisões na América Latina. No total há 2324 portugueses presos em 45 países de todos os continentes. Na Dinamarca, por exemplo, estão detidas 13 pessoas com países de todos os continentes. Na Dinamarca, por exemplo, estão detidas 13 pessoas com países de todos os continentes. Na Dinamarca, por exemplo, estão detidas 13 pessoas com países de todos os continentes. Na Dinamarca, por exemplo, estão detidas 13 pessoas com bilhete de identidade nacional, no Japão, seis, e até na China há um recluso português.bilhete de identidade nacional, no Japão, seis, e até na China há um recluso português.bilhete de identidade nacional, no Japão, seis, e até na China há um recluso português.bilhete de identidade nacional, no Japão, seis, e até na China há um recluso português. O núO núO núO número real de portugueses atrás das grades será maior, mas os dados existentes são mero real de portugueses atrás das grades será maior, mas os dados existentes são mero real de portugueses atrás das grades será maior, mas os dados existentes são mero real de portugueses atrás das grades será maior, mas os dados existentes são apenas dos reclusos que solicitaram apoio consular à Secretaria de Estado das apenas dos reclusos que solicitaram apoio consular à Secretaria de Estado das apenas dos reclusos que solicitaram apoio consular à Secretaria de Estado das apenas dos reclusos que solicitaram apoio consular à Secretaria de Estado das Comunidades.Comunidades.Comunidades.Comunidades. Nos Estados Unidos, dos 168 portugueses presos, 51 cumprem longas penas de prisãoNos Estados Unidos, dos 168 portugueses presos, 51 cumprem longas penas de prisãoNos Estados Unidos, dos 168 portugueses presos, 51 cumprem longas penas de prisãoNos Estados Unidos, dos 168 portugueses presos, 51 cumprem longas penas de prisão. O . O . O . O presidiário mais mediático é Renato Seabra, suspeito de ter assassinado o cronista presidiário mais mediático é Renato Seabra, suspeito de ter assassinado o cronista presidiário mais mediático é Renato Seabra, suspeito de ter assassinado o cronista presidiário mais mediático é Renato Seabra, suspeito de ter assassinado o cronista português Carlos Castro nos primeiros dias de 2011 em Nova Iorque. Seabra aguarda português Carlos Castro nos primeiros dias de 2011 em Nova Iorque. Seabra aguarda português Carlos Castro nos primeiros dias de 2011 em Nova Iorque. Seabra aguarda português Carlos Castro nos primeiros dias de 2011 em Nova Iorque. Seabra aguarda decisão do Juiz que deverá marcar a data do início do julgamento para o próximo mês dedecisão do Juiz que deverá marcar a data do início do julgamento para o próximo mês dedecisão do Juiz que deverá marcar a data do início do julgamento para o próximo mês dedecisão do Juiz que deverá marcar a data do início do julgamento para o próximo mês de SetemSetemSetemSetembro, logo após as bro, logo após as bro, logo após as bro, logo após as férias judiciais.férias judiciais.férias judiciais.férias judiciais. É É É É na América Latina que se registam as piores condições prisionais a que estes portugueses na América Latina que se registam as piores condições prisionais a que estes portugueses na América Latina que se registam as piores condições prisionais a que estes portugueses na América Latina que se registam as piores condições prisionais a que estes portugueses estão sujeitos.estão sujeitos.estão sujeitos.estão sujeitos. Luís Santos, antigo piloto da Air Luxor, viveu durante 15 meses em cadeias da Luís Santos, antigo piloto da Air Luxor, viveu durante 15 meses em cadeias da Luís Santos, antigo piloto da Air Luxor, viveu durante 15 meses em cadeias da Luís Santos, antigo piloto da Air Luxor, viveu durante 15 meses em cadeias da Venezuela, onde neste momenVenezuela, onde neste momenVenezuela, onde neste momenVenezuela, onde neste momento existem 37 portugueses que pediram auxílio legal ao to existem 37 portugueses que pediram auxílio legal ao to existem 37 portugueses que pediram auxílio legal ao to existem 37 portugueses que pediram auxílio legal ao consulado. Luís Santos conhece a realidade prisional do país onde, apesar de inocente,consulado. Luís Santos conhece a realidade prisional do país onde, apesar de inocente,consulado. Luís Santos conhece a realidade prisional do país onde, apesar de inocente,consulado. Luís Santos conhece a realidade prisional do país onde, apesar de inocente, foi foi foi foi apanhado num processo de tráfico de droga. Entrou pela primeira vez numa prisão a 24 de apanhado num processo de tráfico de droga. Entrou pela primeira vez numa prisão a 24 de apanhado num processo de tráfico de droga. Entrou pela primeira vez numa prisão a 24 de apanhado num processo de tráfico de droga. Entrou pela primeira vez numa prisão a 24 de Outubro de 2004. A mOutubro de 2004. A mOutubro de 2004. A mOutubro de 2004. A maior parte do tempo de reclusão esteve na sobrelotada aior parte do tempo de reclusão esteve na sobrelotada aior parte do tempo de reclusão esteve na sobrelotada aior parte do tempo de reclusão esteve na sobrelotada cadeia cadeia cadeia cadeia de de de de LosLosLosLos Teques, a 40 quilómetros de Caracas, onde viveu um autêntico pesadelo.Teques, a 40 quilómetros de Caracas, onde viveu um autêntico pesadelo.Teques, a 40 quilómetros de Caracas, onde viveu um autêntico pesadelo.Teques, a 40 quilómetros de Caracas, onde viveu um autêntico pesadelo. "A cadeia tinha mil presos. Na ala onde estava havia uma sanita para 170 pessoas","A cadeia tinha mil presos. Na ala onde estava havia uma sanita para 170 pessoas","A cadeia tinha mil presos. Na ala onde estava havia uma sanita para 170 pessoas","A cadeia tinha mil presos. Na ala onde estava havia uma sanita para 170 pessoas", recorda recorda recorda recorda o piloto. O clima quento piloto. O clima quento piloto. O clima quento piloto. O clima quente e húmido tornava o fardo de se manter vivo e longe de problemas e e húmido tornava o fardo de se manter vivo e longe de problemas e e húmido tornava o fardo de se manter vivo e longe de problemas e e húmido tornava o fardo de se manter vivo e longe de problemas uma prioridade diária. uma prioridade diária. uma prioridade diária. uma prioridade diária. "Naquele clima só h"Naquele clima só h"Naquele clima só h"Naquele clima só havia água quando os guardaavia água quando os guardaavia água quando os guardaavia água quando os guardas s s s queriam. Só existia queriam. Só existia queriam. Só existia queriam. Só existia uma torneira, que quando era aberta jorrava para um bidão. Muitas vezes, os guardas uma torneira, que quando era aberta jorrava para um bidão. Muitas vezes, os guardas uma torneira, que quando era aberta jorrava para um bidão. Muitas vezes, os guardas uma torneira, que quando era aberta jorrava para um bidão. Muitas vezes, os guardas embriagavamembriagavamembriagavamembriagavam----sesesese e não nos davam água", e não nos davam água", e não nos davam água", e não nos davam água", adianta Luís Santos. adianta Luís Santos. adianta Luís Santos. adianta Luís Santos. O piloto lembra que no meio de tanta desgraça teve a sorte de ficar numa área reservada a O piloto lembra que no meio de tanta desgraça teve a sorte de ficar numa área reservada a O piloto lembra que no meio de tanta desgraça teve a sorte de ficar numa área reservada a O piloto lembra que no meio de tanta desgraça teve a sorte de ficar numa área reservada a traficantes de droga. Longe dos condenados por crimes violentos.traficantes de droga. Longe dos condenados por crimes violentos.traficantes de droga. Longe dos condenados por crimes violentos.traficantes de droga. Longe dos condenados por crimes violentos. Em Los Teques, uma cadeia dominada pelos Em Los Teques, uma cadeia dominada pelos Em Los Teques, uma cadeia dominada pelos Em Los Teques, uma cadeia dominada pelos ganguesganguesganguesgangues,,,, conheconheconheconheceu três portugueses, todos ceu três portugueses, todos ceu três portugueses, todos ceu três portugueses, todos com processos por tráfico de droga.com processos por tráfico de droga.com processos por tráfico de droga.com processos por tráfico de droga. O piloto que agora vive em liberdade não esquece a companheira de infortúnio, Maria O piloto que agora vive em liberdade não esquece a companheira de infortúnio, Maria O piloto que agora vive em liberdade não esquece a companheira de infortúnio, Maria O piloto que agora vive em liberdade não esquece a companheira de infortúnio, Maria Antonieta, repatriada recentemente após seis anos em cadeias venezuelanas.Antonieta, repatriada recentemente após seis anos em cadeias venezuelanas.Antonieta, repatriada recentemente após seis anos em cadeias venezuelanas.Antonieta, repatriada recentemente após seis anos em cadeias venezuelanas. Nicolas Bento esteve detido no ReNicolas Bento esteve detido no ReNicolas Bento esteve detido no ReNicolas Bento esteve detido no Reino Unido, onde estão presos, pelo menos, 334 ino Unido, onde estão presos, pelo menos, 334 ino Unido, onde estão presos, pelo menos, 334 ino Unido, onde estão presos, pelo menos, 334 portugueses.portugueses.portugueses.portugueses. Recorda com precisão os dias que esteve atrás das grades na prisão de Bedford. “Recorda com precisão os dias que esteve atrás das grades na prisão de Bedford. “Recorda com precisão os dias que esteve atrás das grades na prisão de Bedford. “Recorda com precisão os dias que esteve atrás das grades na prisão de Bedford. “Dois anosDois anosDois anosDois anos,,,, quatro meses e 25 dias."quatro meses e 25 dias."quatro meses e 25 dias."quatro meses e 25 dias." Viveu na cadeia até que em Julho do ano passado o Tribunal daViveu na cadeia até que em Julho do ano passado o Tribunal daViveu na cadeia até que em Julho do ano passado o Tribunal daViveu na cadeia até que em Julho do ano passado o Tribunal da Coroa de Luton deCoroa de Luton deCoroa de Luton deCoroa de Luton declarou a sua inocência por falta de provas. Foi acusado de matar a própria clarou a sua inocência por falta de provas. Foi acusado de matar a própria clarou a sua inocência por falta de provas. Foi acusado de matar a própria clarou a sua inocência por falta de provas. Foi acusado de matar a própria namorada. namorada. namorada. namorada. "Vivi um inferno. Estar preso sabendo que estava inocente é terrível e mil vezes"Vivi um inferno. Estar preso sabendo que estava inocente é terrível e mil vezes"Vivi um inferno. Estar preso sabendo que estava inocente é terrível e mil vezes"Vivi um inferno. Estar preso sabendo que estava inocente é terrível e mil vezes pior"pior"pior"pior", conta Nicolas., conta Nicolas., conta Nicolas., conta Nicolas. "A vida na cadeia é um horror. "A vida na cadeia é um horror. "A vida na cadeia é um horror. "A vida na cadeia é um horror. Quando cheguei à cela Quando cheguei à cela Quando cheguei à cela Quando cheguei à cela tinha as paredetinha as paredetinha as paredetinha as paredes manchadas de s manchadas de s manchadas de s manchadas de sangue. Tive de as limpar" sangue. Tive de as limpar" sangue. Tive de as limpar" sangue. Tive de as limpar" ---- recorda. "recorda. "recorda. "recorda. "A comida era péssima. Tive a sorte de uma família queA comida era péssima. Tive a sorte de uma família queA comida era péssima. Tive a sorte de uma família queA comida era péssima. Tive a sorte de uma família que me ajudava e dava dinheiro para comprar comida. Nunca comi a da cadeia."me ajudava e dava dinheiro para comprar comida. Nunca comi a da cadeia."me ajudava e dava dinheiro para comprar comida. Nunca comi a da cadeia."me ajudava e dava dinheiro para comprar comida. Nunca comi a da cadeia." Nicolas Bento conta que a luta de Nicolas Bento conta que a luta de Nicolas Bento conta que a luta de Nicolas Bento conta que a luta de ganguesganguesganguesgangues é algo de normal dentro das quat é algo de normal dentro das quat é algo de normal dentro das quat é algo de normal dentro das quatro paredes de ro paredes de ro paredes de ro paredes de uma prisão britânica. uma prisão britânica. uma prisão britânica. uma prisão britânica. "Lutam pelo domínio territorial e pelo tráfico de "Lutam pelo domínio territorial e pelo tráfico de "Lutam pelo domínio territorial e pelo tráfico de "Lutam pelo domínio territorial e pelo tráfico de droga dentro da droga dentro da droga dentro da droga dentro da cadeia" cadeia" cadeia" cadeia" ---- diz diz diz diz o homem que viveu esta realidade e que a descreveo homem que viveu esta realidade e que a descreveo homem que viveu esta realidade e que a descreveo homem que viveu esta realidade e que a descreve no livrono livrono livrono livro”””” Inocent Inocent Inocent Inocent/ /Not / /Not / /Not / /Not GuiGuiGuiGuilty”.lty”.lty”.lty”. Em França, o País com mais pedidos de apoio consular Em França, o País com mais pedidos de apoio consular Em França, o País com mais pedidos de apoio consular Em França, o País com mais pedidos de apoio consular para reclusos portugueses, há um para reclusos portugueses, há um para reclusos portugueses, há um para reclusos portugueses, há um homem que convive quase de forma diária com os reclusos portugueses. Filipe Antunes é homem que convive quase de forma diária com os reclusos portugueses. Filipe Antunes é homem que convive quase de forma diária com os reclusos portugueses. Filipe Antunes é homem que convive quase de forma diária com os reclusos portugueses. Filipe Antunes é professor de francês de estabelecimentos prisionais da zona de Paris. O país, segundo professor de francês de estabelecimentos prisionais da zona de Paris. O país, segundo professor de francês de estabelecimentos prisionais da zona de Paris. O país, segundo professor de francês de estabelecimentos prisionais da zona de Paris. O país, segundo relatórios da Comissão Europeia, apresenta uma densrelatórios da Comissão Europeia, apresenta uma densrelatórios da Comissão Europeia, apresenta uma densrelatórios da Comissão Europeia, apresenta uma densidade populacional superior à média idade populacional superior à média idade populacional superior à média idade populacional superior à média europeia.europeia.europeia.europeia.

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R.do Arrabalde,28 6030-235

Vila Velha de Ródão. Nº, 56 de 19 de Julho de

2012

Neste número: 12 Páginas Semanário Regionalista

Editado em Vila Velha de Ródão

Director J. Mendes Serrasqueiro

Paginação e Arte Final Gina Nunes

E-mail mendes.serrasqueiro

@gmail.com

Telefones 272 545323- 272 541077

Telemóveis 96 287 0251 – 96 518 3777

“Ecos de Ródão” é enviado às quintas-feiras

entre as 20 e 22 horas

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Pode visitar todas as nossas edições em

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Falar Claro

Escreveu César Amaro

A conjuntura que se vive em Portugal é de tal modo complexa, que já não tem ponta por onde se lhe possa pegar. As situações que se vivem, a todo o momento, são tão difíceis e tão gravosas, que a grande maioria dos Portugueses dá já sinais de absoluta desconfiança na perda de esperança, para que surjam condições na melhoria de vida com dignidade. Os responsáveis deste País, quer o Governo, em quem todos acreditaram na solução do problema da crise, quer a Oposição na sua generalidade, mais não faz senão acusar o Poder Instituído. Pretende fazer esquecer a situação caótica em que o País ficou, provocado pelo último Governo Socialista. Atingiram já entre si o maior e o mais elevado grau de desfazamento, jamais imaginado, relevando para segundo plano a procura de soluções para resolver os graves problemas em que o País está mergulhado. O Senhor Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho fixou-se numa posição sagrada, estando tão-somente preocupado e até obcecado relativamente aos compromissos assumidos com a TROIKA, ou seja, diz ele - Portugal tem de cumprir na íntegra, custe o que custar e doa a quem doer, afirmando com toda a convicção que não há lugar à prorrogação dos prazos convencionados, ou quaisquer renegociações, ao contrário do que está a acontecer com outros Países da Zona Euro. Os Portugueses não estão alheios aos compromissos assumidos pela Nação Portuguesa, os quais infelizmente resultaram da governação danosa dos anteriores Governos. O que se torna caricato é que havendo possibilidades de minorar os sacrifícios que estão a ser exigidos à grande maioria do povo Português, não seja aproveitada tal oportunidade. Surge agora de forma extemporânea o alerta pelo Tribunal Constitucional vetando os cortes referentes aos subsídios de Férias e de Natal aplicados aos funcionários

públicos e aos pensionistas, que aliás, já tiveram início em 2011. No entanto, o TC apesar de considerar inconstitucionais tais cortes, determina que os mesmos ainda sejam aplicados no ano de 2012; ou seja, é a moeda com duas faces, na medida em que, por um lado, não se compreende este abuso, porquanto, esta decisão deveria ter sido tomada no tempo oportuno; por outro lado, é argumentado que tal matéria faz parte integrante no Orçamento de Estado para 2012, como se não existam rectificações nos Orçamentos de Estado - arranjos de conveniência, concluindo-se, desta forma, que a inconstitucionalidade só terá efeitos no ano de 2013, a menos que não se registem quaisquer alterações em contrário, como é óbvio! Até porque o Primeiro-Ministro Passos Coelho se bem que tenha anunciado, em face do

“pecado mortal” dos cortes dos subsídios, não haver mais aumentos de impostos nem outros sacrifícios a impor, aos que na sua grande maioria já estão penalizados. Será sempre previsível. No entanto não deixou de omitir, que uma considerável faixa de pessoas tem sido salvaguardada e excluída de tais sacrifícios. A verdade é que nas entrelinhas vai alertando que não estará de todo excluída a hipótese, se necessário for, e desse modo não hesitará em aplicar mais uma dose de austeridade. Refira-se a propósito que o Povo anónimo não é “estúpido”, muito menos está alheio a tudo o que se passa e move em seu redor. Também não acredita em milagres - pois se os houve já pertencem a um passado bastante longínquo, e, muito menos acreditam no Pai Natal, que há imenso tempo deixou de descer pelas chaminés, trazendo muitos e bons presentes. Com todo o respeito pelo pensamento e o ideal de cada cidadão, poderá eventualmente imaginar-se e até perguntar-se aos donos e aos sábios deste País secular: - Será que é tudo para ruir e só depois renascer das cinzas?... Já tudo é possível acontecer! Respeitemos a liberdade de todos e de cada um em particular no seu modo e maneira de actuação. Vivemos num País de maravilhas, para muitos, claro está. Qual crise? ... Não passará de pura imaginação. Já pertence ao passado! O Mundo é isto mesmo e, o futuro a Deus pertence.

Saudações e boas férias para todos, ou pelo menos para alguns. César Amaro.

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Festas Populares em Vale de Pousadas e Marmelal

Vale de Pousadas Sábado, 28 de Julho

- Grupo de Bombos “Toc & Ródão”

- Rancho Folclórico de Cebolais de Cima

-Arraial com Tiago Silva e Ricardo Soler

Marmelal Sábado, 28 de Julho - Arraial com o grupo “100 X€TA” Domingo, 29 de Julho - Rancho de Sarnadas - Arraial com o grupo “Rodrigo & Filipa”

Rodrigo e Filipa

Sábado, 21. Julho

Arraial com o excelente

“entretainer” Manuel Emídio E ainda:

Animação com os Grupos da Associação “Gentes de Ródão – “Bombos de Percussão” e “Grupo de Danças de

Salão”

Dias 10, 11, 12 e 13 de Agosto

Sexta-feira, 10

Arraial Popular com o Grupo “Já T’Digo”

Sábado, 11

10.00 horas – Animação com o Grupo de Percussão “Toc & Ródão”

À noite – Arraial com o Grupo Musical

“Sentido Obrigatório”

Domingo, 12

16.00 h. Missa seguida de Procissão Banda de Fratel

À noite Arraial com o Grupo Musical

“Banda Kontrol e fogo de artifício

Segunda-feira, 13 13.ooh – Almoço/Convívio; 18.00 h. – Fute-

bol “Solteiros/Casados, 23.00 h. – Arraial com o Grupo “F4”

Gina Reis nas Festas

Populares de Gavião de

Ródão

A excelente acordeonista e cantora actuará na noite de 5 de Agosto.

Entretanto, as Festas Po- pulares terão mais atrac- ções: dia 3, “Duo Lunar”;

dia 4, Elizabete Serra. No próximo número falare

mos do programa total.

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O que vai na alma de uma Funcionária Pública …

Quero lá saber !!!. Eu quero lá saber Da roubalheira e da alta corrupção

Que o Djaló esteja no Benfica ou no

Casaquistão

Que não se consiga controlar a inflação

Eu quero lá saber Que haja cada vez mais desempregados

Que dêem diplomas e haja cursos aldrabados

Que me considerem reformada ou uma

excedentária?

Que se financie cada vez mais a fundação do

Mário

Que se iliba o Sócrates do processo

Que não haja na democracia um só sucesso

Eu quero lá saber Que o Sócrates já não finja que namora a

Câncio,

Que o BCE se livre do pavão armado do

Constâncio

Que roubem multibancos com

retroescavadora

Que o Nascimento esburaque os processos à

tesoura

Que deixe até de haver o feriado do 1º de Maio

Que a tuberculose seja mesmo um tacho pró

Sampaio

Que em Bruxelas mamem muitos deputados

Que o Guterres trate apenas dos refugiados,

que a nós nos deixou bem entalados

Eu quero lá saber Que ele vá a cento e sessenta e não pague a

multa

Que amanhã ilibem os aldrabões da face

oculta

Que o Godinho pese a sucata e abata a tara

Que p’ra compensar mande uns robalos ao Vara

Que o buraco da Madeira sobre também para

mim

Que a Merkl se esteja borrifando pró Jardim

Eu quero lá saber Que a corja dos deputados só se levante ao

meio-dia

Que a "justiça" indemnize os pedófilos da Casa

Pia

Que não haja aumentos de salários

Nem digna concertação social

Que os ministros e gestores ganhem muito e

façam mal

Que Guimarães este ano se mantenha a capital

Que alguém compre gasolina na cidade de

Elvas

Que só abasteça o condutor do Dr. Relvas

Que na Assembleia continuem 230 cretinos

Que nas autarquias haja muitos Isaltinos

Que o Álvaro por tu, ai esse sim, eu hei-de vir

a tratar

Que se lixe o falar doce do grande actor

Gaspar

Que morram os pobres e os velhos portugueses

Que eles querem é que fiquem só os alemães e

os franceses

Eu quero lá saber Que o Zé seja montado quer por baixo quer por

cima

Que a justiça safe bem depressa o influente

Duarte Lima

Que o bancário Costa não volte a dormir na

prisão

Que o Cavaco chegue ao fim do mês sem um

tostão

Que na Procuradoria continue o Pinto Monteiro

que prós aldrabões tem sido um gajo porreiro

Eu quero lá saber

Que os “offsores” andem a lavar dinheiro

Que o BPN tenha sido gamado pelo Loureiro

Que no BPP prescrevam os processos do

Rendeiro

Que à CEE presida um ex-maoista sacana e

manhoso, que agora é o snob democrata Zé

Manel Barroso

Eu quero lá saber

Tudo isto já nada p’ra mim tem de anormal

mas o que eu quero mesmo saber é onde está

o meu país chamado Portugal

Que isto aqui é vilanagem pura, roubalheira,

corrupção

Meu Deus manda de novo o Marquês de Pombal

antes que este povo inerte permita a

destruição!

Maria (pseudónimo, claro!)

Funcionária Pública

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Secção Jurídica

Pelo Dr. A. Ferreira da RochaPelo Dr. A. Ferreira da RochaPelo Dr. A. Ferreira da RochaPelo Dr. A. Ferreira da Rocha

O casamento é, de par com o parentesco, a afinidade e a adopção, uma das fontes das

relações jurídicas de Direito da Família, encontrando-se regulado no Livro IV, Título II do Código Civil, artigos 1587º e seguintes. O casamento, enquanto contrato jurídico celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida, tem implicações patrimoniais de elevadíssima importância, suscitando a necessidade de se definir o regime de bens que disciplinará a titularidade dos bens do casal, ou seja, a repartição dos bens entre o património comum, o património do marido e o património da mulher. O ordenamento jurídico português prevê a existência de três regimes de bens, a saber, o regime da separação de bens, o regime da comunhão geral de bens e o regime da comunhão de adquiridos. Sem pretendermos exaurir esta riquíssima temática do Direito, a qual não caberia no propósito de divulgação do presente artigo, detenhamo-nos numa descrição sumária do último dos regimes de bens acima referenciado, o qual constitui o regime mais comummente adoptado na sociedade portuguesa, em virtude da sua aplicação supletiva (nomeadamente, desde a data de 1 de Junho de 1967). Segundo este regime (regulado nos artigos 1721º a 1731º do Código Civil), a cada um dos cônjuges pertence apenas os bens que tinha antes de casar e os bens que, depois do casamento e na constância deste, venha a receber por sucessão (por morte de outra pessoa) ou por doação, ou venha a adquirir por virtude de direito próprio anterior. A ambos os cônjuges pertencem os outros bens, ou seja, os bens adquiridos depois do casamento sem ser por sucessão, doação ou direito próprio anterior. Nestes está incluído o produto do trabalho dos cônjuges e os rendimentos dos bens que pertençam apenas a cada um deles. O conjunto destes bens designa-se de património comum, composto por um activo (bens) e um eventual passivo (dívidas), do qual cada um dos cônjuges participa em metade. Claro está que, como quase tudo na vida, existem excepções ao regime simplísticamente acima descrito. Basta pensarmos no seguinte caso: um terceiro realiza uma doação de um bem a favor e no interesse de ambos os cônjuges; estaremos perante um bem próprio ou de um bem comum? Salvo melhor entendimento, parece-nos que o bem resultante da doação efectuada a favor do casal há-de considerar-se comum. Chamamos a particular atenção para o artigo 1725º do Código Civil, nos termos do qual o legislador consignou que todos os bens móveis do casal presumem-se comuns, salvo quando a comunicabilidade dos bens seja afastada mediante documento donde resulte expressamente que se tratam de bens próprios de um dos cônjuges. Os particularismos e as especificidades da realidade social moldam os casos da vida atribuindo-lhes uma singularidade que não se contém em fórmulas racionais tipificadas, tornando difícil a tarefa dos divulgadores de qualquer área técnica do saber. Conscientes desta dificuldade, e não obstante o que acima dissemos, é sempre de aconselhar a consulta de um advogado.

A. A. A. A. Ferreira da Rocha

Advogado